JORNAL ACIAJA
ACIAJA
ANOS
Edição 6 | Setembro 2012
Páginas 4 e 5
CANDIDATOS A PREFEITO FALAM SOBRE SUAS PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO SUSTENTADO DE JABOTICABAL
PEPA SERVIDONE
PROFESSOR EMERSON
BACCARIN
MAURO CENÇO
RAUL GÍRIO
UMA AGENDA PARA JABOTICABAL:
O QUE PENSAM OS EMPRESÁRIOS? Páginas 6 e 7
ISMAEL PERINA JÚNIOR Conhecer profundamente as empresas locais
CÉLIA DE STÉFANI Promover a formação técnica profissionalizante dos trabalhadores
CELSO AP. CASSIANO Construção de projeto estruturado e com foco
BENVINDO GONÇALO DA SILVA Industrializar e promover o crescimento populacional
WLADMIR MORGATTO Diversificar a atividade econômica
HUMBERTO MONTANS BELLODI Investir em Infraestrutura
Editorial
Novos convênios
Os convênios firmados pela ACIAJA beneficiam os associados. Verifique condições antes de contratar.
No dia 7 de outubro, os jaboticabalenses vão escolher o prefeito que vai comandar os destinos da cidade pelos próximos quatro anos. O clima pré-eleitoral toma conta dos debates. Em cada esquina, nas empresas, entre amigos, o assunto são as eleições. As urnas mobilizam a opinião pública. A Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Jaboticabal, por meio de seu jornal, apresenta a proposta dos cinco candidatos a prefeito da cidade sobre os elementos decisivos para a plataforma de desenvolvimento de Jaboticabal. Que cidade queremos ter nos próximos anos? O nosso objetivo com essa publicação especial é que o empresariado local possa analisar o ponto de vista dos candidatos e suas iniciativas para pautar a economia. A Aciaja entende que o pleno desenvolvimento deve estar fundado na sustentabilidade, na promoção de oportunidades para todos os segmentos da sociedade. Para a Aciaja desenvolvimento pressupõe inclusão social e a estreita participação do empresariado na definição das estratégias e na gestão da política econômica para o município. Humberto Montans Bellodi Presidente ACIAJA
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ANOS
AGENDA A Empresa e os Novos Tempos Dia 02/10/2012 Local: ACIAJA Horário: das 19h às 21h
Qualidade e Produtividade- Conceitos que mudam um Negócio
Dia 09/10/2012 Local: ACIAJA Horário: das 19h às 21h Público- Alvo: Empresários Individuais, Empresários e Gerentes das Micro e Pequenas Empresas. Atividades realizadas por consultores especialistas do SEBRAE- SP
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ACIAJA Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Jaboticabal Rua São Sebastião, 179 - Centro - Jaboticabal-SP - CEP 14870-290 | Telefone: (16) 3202-0315
Produção: Fábrica da Palavra Textos: Denise Sacco – MTb 22.184 Diretoria - Biênio 2011/2012 Presidente Humberto Montans Bellodi Vice-Presidentes Celso Ap. Cassiano Antonio Carlos Ferraro Secretários José Francisco Penariol Marcelo José Perina Tesoureiros Ricardo Bellodi Bueno Paulo César Mataqueiro
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ACIAJA • 80 ANOS
A Associação Comercial, Industrial e do Agronegócio de Jaboticabal registra a perda irreparável do empresário Nesio Antonio Martucci. Ex-presidente e membro do Conselho Deliberativo da Aciaja, Nesio faleceu a 3 de agosto, em Jaboticabal. Suas idéias pioneiras, a coragem empreendedora o jeito afável de tratar as pessoas farão muita falta. Na foto, a homenagem prestada a Nesio Antonio Martucci pela ACIAJA durante a festa que comemorou os 80 anos da Associação.
Periodicidade: Trimestral Tiragem: 1.000 Diretores Adjuntos Benvindo Gonçalo Silva José Sylvio Vantini Júlio César Tomé Edson Calvo Lobo Conselho Deliberativo Ex-Presidentes Luiz Gonzaga Brunini Fontes Apparecido Augusto da Silva (in memorian)
Nésio Antonio Martucci
Distribuição: Associados e empresas locais
Ovilson Carnio (in memorian)
José Carlos Artoni Conselho Deliberativo Oswaldo Martins Cruz Jr. Antonio Carlos Ijanc Francisco Carlos Beraldo José Fernando dos Santos Campos Carmo Leonildo da Cunha Paulo César de Oliveira Souza Eurico de Carvalho
Lucilene Cristina Camargo Silva Claudionor Santana Luiz Gonzaga Beraldo Rogério de Camargo Vera Lúcia Machado de Araújo Gustavo Carlos Dos Santos Hugo de Stefani Nelson Aparecido Pretti
ANTONIO CARLOS FERRARO
O EMPRESÁRIO ENCONTRA O CAMINHO DA LITERATURA Paulista de Cabreúva, cidadão do mundo e morador de Jaboticabal há 12 anos, Antonio Carlos Ferraro não demorou a encontrar semelhanças entre pessoas, causos e histórias de sua cidade natal com esta, que ele escolheu para viver. Ainda presidente da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Jaboticabal, em 2010, Antonio Carlos Ferraro lançou seu primeiro romance “Cair da Tarde”, uma obra de fôlego deliciosa. Ao longo de 414 páginas o escritor empresário brinda os leitores com histórias que falam de paixões, amizades, intrigas, enfim tudo o que é humano e nos envolve como gente. Filho de cirurgião dentista da rede escolar, cursou o ensino científico em Itu. Nos turbulentos anos 60, fazia faculdade de Serviço Social na PUC São Paulo e assistiu de perto ao movimento estudantil. Mas o jovem Ferraro precisava trabalhar e encontrou uma oportunidade como officeboy em uma corretora de seguros. Ali começava a sua trajetória ascendente no mercado de seguros, um segmento que apenas começava no país. Chegou à gerência da empresa, a Ajax, na época, corretora de seguros do Banco do Brasil, e foi transferido para realizar operações em Curitiba, onde permaneceu por dois anos. Foi a primeira das muitas transferências que o levaram a conhecer o Brasil de ponta a ponta. No Paraná, teve contato com a diretoria do Bamerindus (já extinto) e foi convidado pelo Banco a assumir a gerência de seguros em São Paulo. Era década de 70 e os bancos brasileiros começavam a especializar-se em seguros. Já em 1975 foi transferido como gerente geral da Bamerindus Seguros para o Rio de Janeiro, onde permaneceu até 1990. Nesse período foi diretor do Sindicato dos Seguradores do Rio de Janeiro, Diretor Adjunto da Federação Nacional de Seguradoras, Fenaseg e a partir de indicação do mercado segurador nacional, assumiu a diretoria do Brasil Salvage, empresa multilateral que regulava o sinistro de navios e aviões. Tempo de muitas viagens de negócio fora do país. Ferraro era um alto executivo brasileiro, bilíngüe, que ainda não se reconhecia como escritor. Doze, quatorze ou mais horas diárias de trabalho, viagens intermináveis, contato com empresários e políticos poderosos resumem a memória dessa época. No final dos anos 90, já de volta a São Paulo como Diretor Estadual da empresa de Seguros, assumiu integralmente a formação dos três filhos adolescentes, depois da morte prematura de sua mulher. “Tive que conciliar a agenda cheia de executivo, com as funções de pai e mãe. Isso fortaleceu muito nossos vínculos. Foi uma dura experiência
e meus filhos foram grandes companheiros”, conta emocionado. ENCONTRO Em breve Jaboticabal aconteceria em sua vida. Como diretor de Seguradora, foi responsável pelo atendimento ao Grupo Stéfani, que queria constituir sua corretora de seguros. Em 1991, esteve na cidade pela primeira vez para o churrasco oferecido pelo Grupo para selar seu ingresso no mercado de seguros. Nessa ocasião, conheceu a empresária Célia Teixeira de Stéfani com quem se casaria quatro anos depois. Passaram-se seis anos até que Ferraro optou por deixar a carreira de executivo e transferir-se de São Paulo para Jaboticabal. Com uma tradição de sempre participar de entidades de classe, Ferraro foi indicado pelo empresário Nilo de Stéfani para assumir a diretoria da Aciaja. Participou como secretário do então presidente Benvindo Gonçalo da Silva. Foi vice-presidente da Associação e assumiu a presidência em seguida. Seu ingresso no varejo é recente. Há cinco anos está a frente da bem sucedida casa de ferragens Aladin que já prepara um movimento de expansão. INSPIRAÇÃO O caminho da escrita começou a ser trilhado em 2007, com artigos para revistas, poesias. A inspiração para as letras vem de escritores como Jorge Amado e Monteiro Lobato. O primeiro livro estava inteirinho na sua mente, até começar a pô-lo no papel. Escreve a mão, e sempre bem cedinho, antes do nascer do sol. Ferraro considera mais difícil ser empresário do que escritor; DESENVOLVIMENTO “Jaboticabal é uma cidade promissora. O Agronegócio é forte, somos grandes produtores de amendoim. A terra é fértil, o que é uma das premissas do progresso. Nós da Aciaja temos que trabalhar para constituir um grupo formado por empresários, intelectuais, professores, formadores de opinião, que atue como um núcleo que pense o desenvolvimento local. É preciso projetar a cidade que queremos para as próximas décadas”, acredita. “É preciso que as empresas também façam sua parte, respeitando regras de escrituração contábil, com escrituras profissionalizadas para que possam pleitear recursos para órgãos de fomento”, afirma.
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ELEIÇÕES 2012
CANDIDATOS A PREFEITO APRESENTAM SUAS PROPOSTAS PARA O DESENVOLVIMENTO ECONÔMICO DE JABOTICABAL. Entenda como foi realizada a consulta aos candidatos No dia 28 de agosto, a Aciaja enviou um e-mail aos coordenadores de campanha dos candidatos a Prefeito de Jaboticabal solicitando um texto de, máximo de 15 linhas de 70 toques contendo as propostas do candidato para o desenvolvimento econômico de Jaboticabal. A data de retorno dos textos foi estabelecida em 6 de setembro, e posteriormente estendida até 13 de setembro.
Ademilson Aparecido Servidone (Pepa) Cláudio da Arca A geração de renda em uma cidade está interligada com todos os setores, envolve todas as pessoas com suas profissões dentro das empresas, comércio, indústria e profissionais liberais. Não se pode falar em desenvolvimento econômico se este não trabalhar todas estas áreas dentro da cidade. Quando há ou não investimento em um setor, afeta outro setor e assim sucessivamente. Por isso, no Plano de Governo de Pepa os investimentos abrangem todas as áreas e mais, será primordial o estímulo às indústrias já existentes, assim como o incentivo para instalação de novas indústrias em nossa cidade e também o apoio a agricultura. Dessa forma, gera-se mais empregos, que por sua vez aumenta o poder aquisitivo das famílias jaboticabalenses que poderão ter um maior poder de consumo, que estimulará o comércio
de um modo geral. Desta forma, a cidade desenvolve-se como um todo. Outro trabalho importante que se faz necessário, são os cursos profissionalizantes para as novas gerações. Mas não basta apenas oferecer cursos aleatoriamente e sim, oferecer cursos que se encaixam dentro da realidade de nossa cidade e de acordo com as necessidades das indústrias e do comércio. Atualmente, Jaboticabal está estagnada em todos os setores. O verdadeiro desenvolvimento econômico não pode ser medido apenas por números, mas com um todo. Ele deve resultar no bem estar de cada cidadão. Com as ações acima citadas toda a estrutura da cidade se desenvolverá, gerando mais qualidade de vida, melhores condições de saúde, moradias, educação e mais, alimentará as perspectivas de futuro para todos.
Emerson Rodrigo Camargo Renata Assirati “Jaboticabal não chegou aonde chegou por acaso. O crescimento econômico experimentado pelo município nas últimas décadas, acompanhado de seu forte setor agroindustrial, cooperativista, industrial e comercial, é fruto de muita luta, planejamento e discernimento de seus empresários, empreendedores, funcionários e entidades representativas. O desafio de nosso governo é acelerar o desenvolvimento econômico, apoiando micro, médias e grandes empresas de nossa cidade e atrair novos investimentos para dar melhor impulso a dinâmica econômica que vivemos. Para isso, nossas propostas estão centradas nas: elaboração e consolidação de Políticas Públicas voltadas ao desenvolvimento econômico, facilitar a abertura de novas empresas e 4
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as manutenções das existentes, discutir a redução de impostos como atrativos para o crescimento comercial e industrial, apoiar o comércio e a indústria de nossa cidade em suas decisões voltadas para o desenvolvimento econômico e social, qualificar (gratuitamente) as mãos de obra de nossa cidade, com as implantações de cursos profissionalizantes da indústria, do comércio e prestações de serviços, ampliar o diálogo com os empresários e funcionários no intuito de promover uma administração séria, transparente e participativa, implantar segurança no município e garantir qualidade de trabalho.”
José Giacomo Baccarin Murilo Gaspardo “A Política Municipal de Desenvolvimento Econômico deve aproveitar as oportunidades decorrentes de ações do Governo da Presidenta Dilma, como redução de impostos, juros e tarifa de energia elétrica, e ampliação das linhas de financiamento. É preciso também conhecer e estimular os potenciais de Jaboticabal na indústria (especialmente metalúrgica, químico-farmacêutica veterinária, alimentícia e ceramista), no comércio e no agronegócio, bem como atrair novas empresas, por meio de ações como: 1. Agência de Desenvolvimento para pesquisa e assessoramento das empresas na obtenção de financiamentos e expansão de suas atividades. 2. Ampliação dos Distritos Industriais e
construção de vias marginais às rodovias. 3. Revitalização da Incubadora de Empresas. 4. Qualificação profissional, especialmente por meio da implantação de ensino médio profissionalizante nas áreas industrial e de serviços de informática, e do Senac e do Senai. 5. Polo de Agrotecnologia, aproveitando o potencial decorrente do Campus da UNESP. 6. Parceria com associações representativas dos empresários para estimular a compra no comércio local e o fortalecimento do setor terciário. 7. Apoio ao desenvolvimento de serviços e comércio ligados à educação. O Programa de Governo completo está disponível em www.baccarin13.com.br.”
Mauro Cenço Dr. Nuno “Incentivo aos empresários para instalação de empresas no distrito industrial, inclusive de agronegócios trazendo mais empregos e renda à economia local, com respeito ao meio ambiente. Desinterdição do aeroporto, buscando solução para a reforma e adequação do mesmo de acordo com as exigências da ANAC, dotando o munícipio de mais um canal apropriado para escoamento de nossa produção, além de pousos e decolagens de aviões de passageiros e a liberação da área tambémpara lazer e turismo como as festas aviatórias que foram sucesso no
passado, etc. Promover em parceria com as entidades de classe, eventos diversos através da Secretaria de Indústria, Comércio e Turismo voltado ao desenvolvimento local, como decoração de final de ano, Parada de Natal, etc. Normatizar a situação dos vendedores ambulantes. Terminar todas as obras em andamento. Revitalizar a Avenida Carlos Berchieri, duplicando a sua iluminação. É compromisso nosso que esta pasta seja inicialmente representada por cinco pessoas técnicas indicadas pelas entidades de classe, e uma escolhida.
Raul José Gírio Dr. Aloísio Vamos investir na qualificação de mão de obra, principalmente dos nossos jovens. Já temos 21 empresas em construção no Distrito Industrial, que irão contratar profissionais especializados. Este é um dos papéis da administração pública. Vamos investir na educação básica, capacitar e entregar ao mercado profissionais com melhor bagagem cultural e profissional. Implantamos a FATEC e, como amigos do governador Alckmin, vamos lutar para trazer, no mínimo, mais dois cursos. Prefeitura e Governo de São Paulo oferecendo faculdade de graça, uma conquista de Jaboticabal. Nossa UNESP também deve ganhar um novo curso nos próximos anos. O curso técnico será valorizado, para abrir portas e oferecer melhores
salários. O nosso bom relacionamento com a FIESP vai gerar frutos. Vamos oferecer mais vagas em cursos técnicos. Nossos jovens e as indústrias precisam deste apoio. Nossa administração irá fazer parceria com a CDL e a ACIAJA para capacitar jovens para o comércio. Vamos ampliar o Distrito Industrial e trazer novas empresas, que serão atraídas por uma cidade estruturada e com qualidade de vida. O bom relacionamento e o diálogo com os empresários de todos os portes será mantido. Trabalhei 35 anos na UNESP e 4 como vice-prefeito do HORI. Sou professor da área acadêmica e tecnológica. Sei como valorizar os profissionais, e vou valorizar muito isso.
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OS EMPRESÁRIOS
UMA AGENDA PARA JABOTICABAL:
O QUE PENSAM OS EMPRESÁRIOS? Conhecer profundamente as empresas locais
Ismael Perina Júnior, Empresário, Presidente da Associação dos Plantadores de Cana da Região CentroSul do Brasil.
“Entendo que a grande preocupação do poder público deva estar relacionada com a qualidade de vida das pessoas. As ações dos governantes devem ser no sentido de criar mecanismos para que os serviços públicos sejam eficazes e eficientes, pois criarão um ambiente onde as pessoas se sintam estimuladas a contribuir cada vez mais, com a percepção que seus anseios estarão sendo atendidos. São necessários cuidados básicos com saúde, educação, saneamento básico e infraestrutura. Para que isso seja possível é importante que a cidade tenha boas empresas e tenham o poder público como parceiro, viabilizando sua
operacionalidade e ajudando-a no sentido de viabilizar suas atividades econômicas, pois é, através de empresas economicamente fortes que os recursos serão gerados. As medidas essenciais para o desenvolvimento passariam por um conhecimento mais profundo do município em relação às suas empresas, trabalhando conjuntamente para o aprimoramento das mesmas e, da mesma forma, procurando criar oportunidades para novos empreendimentos visando à criação de novos postos de trabalho e melhoria de todo o conjunto que estas promoveriam”.
Industrializar e promover o crescimento populacional “Deve ser difícil administrar, a cidade dentro dos sonhos que os candidatos apresentam no seu plano de governo. Sempre tivemos ótimos prefeitos, que nunca prevaricaram das suas promessas, porém mesmo com prorrogação dos mandatos os mesmos não conseguem realizar tudo aquilo que sonham para nossa cidade. Minha opinião é que se possível, o próximo prefeito, tenha disposição e coragem de buscar um crescimento demográfico populacional para Jaboticabal, para não tornarmos distrital de outras cidades da região. Que esse prefeito consiga
trazer indústrias geradoras de postos de trabalho para a referida população. Que se preocupe com jovens que estão migrando para outros centros em busca de oportunidade ocupacional, pois corremos o risco de Jaboticabal ser a cidade dos velhinhos, e o pior os nossos filhos não virem nos visitar. Que faça investimento na segurança com a contabilização da criminalidade para que o Estado tome conhecimento da real necessidade de contingente das Polícias Civil e Militar para garantir a segurança.”
Benvindo Gonçalo da Silva, Empresário e Diretor Adjunto da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Jaboticabal
Promover a formação técnica profissionalizante dos trabalhadores Célia de Stéfani, Empresária.
“No nosso entender, o desenvolvimento econômico de nossa cidade deverá ser centrado na expansão do numero de pequenas e médias empresas, possibilitando assim uma sustentabilidade para as maiores já instaladas em Jaboticabal (usinas, metalúrgicas, cerâmicas, indústrias químicas etc) gerando empregos e fortalecendo nosso comércio. A formação técnica profissionalizante dos nossos trabalhadores é o ponto primordial para acolhermos
as novas empresas e atendermos a demanda das que estão no processo de expansão. Temos que pensar também em uma infraestrutura moderna com um aeroporto totalmente remodelado, a finalização da duplicação da rodovia Faria Lima, pedágios com tarifas mais justas, conduta esta que necessita de um trabalho das autoridades municipais junto ao governo estadual e até mesmo federal.”
Construção de projeto estruturado e com foco “Esse assunto gera muita polêmica toda vez que é debatido e isso só ocorre em função de sua importância para a comunidade. Existe uma série de medidas que ao serem tomadas, poderão ao longo do tempo promover as mudanças essenciais. Em nosso entendimento, todo processo de mudança exige um projeto bem estruturado e com muito foco. Isso vale para nossa vida pessoal, para o país, para os estados e para os municípios e, com base nessa premissa, não podemos pensar em desenvolvimento sem antes 6
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construirmos um projeto com esse propósito. Para construção desse projeto, seria necessário conhecer em profundidade as peculiaridades que formam o conjunto das condições que irão determinar o potencial de desenvolvimento do município, criar um grupo de trabalho composto por pessoas comprometidas, tendo a Prefeitura como fonte geradora de energia capaz de perenizar o projeto independentemente de quem estiver ocupando a cadeira de prefeito.”
Celso Aparecido Cassiano, empresário e vice-presidente da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Jaboticabal
Diversificar a atividade econômica Wladimir Morgatto, Empresário.
“Cada município possui um conjunto singular de condições locais que podem aumentar o potencial para o desenvolvimento econômico local. São essas condições que determinam a vantagem relativa de uma cidade na sua capacidade para atrair, gerar e reter investimentos. Jaboticabal é uma cidade bem localizada, com boas vias de acesso para escoamento de produção e recepção de matéria-prima. Acredito que o desafio do próximo prefeito, no que tange o desenvolvimento econômico de Jaboticabal, seria fortalecer o comércio e a indústria locais, pois existem várias empresas já instaladas no município que poderiam aumentar a sua capacidade de produção e consequentemente o número de vagas de trabalho, com o comércio e a indústria local
fortalecidos, você valoriza aquilo que já existe na cidade e aumenta geração de renda e trabalho. Outro passo importante seria buscar novos investimentos, criando mecanismos e condições para que Jaboticabal se torne atrativa aos olhos dos investidores, não somente em sua vocação principal, na área agrícola, mais também em outros setores, uma cidade com vários segmentos dificilmente é atingida por crises sazonais. Faço votos para que o próximo prefeito administre com austeridade e competência nossa querida Jaboticabal, para que seus filhos possam se fazer aqui, sem a necessidade de procurar emprego em outras praças por falta de oportunidade local.”
Investir em Infraestrutura “Como presidente da Aciaja e empresário do ramo da construção civil, observo que Jaboticabal viveu, nos últimos anos, um crescimento diferenciado em relação às cidades em seu entorno. O nível de investimento do setor público alavancou este crescimento. Assim sendo, espero do próximo prefeito que continue investindo em infraestrutura em nosso município, buscando recursos junto aos
Clube de Benefícios
governos Federal e Estadual, pleiteando emendas aos deputados que possuem boa base eleitoral em nossa cidade. Se o próximo prefeito conseguir manter o crescimento é certo que não faltarão novas indústrias, recursos para a educação e saúde. Aliado a estes tópicos, é fundamental uma boa administração.”
Humberto Montans Bellodi, Empresário e Presidente da Associação Comercial, Industrial e de Agronegócios de Jaboticabal.
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ENTREVISTA: ALEUDO SANTANA
LIÇÃO DE SUSTENTABILIDADE
S
eu modo de produzir baseia-se num processo que envolve um profundo respeito pelos profissionais, um senso de negócios que leva em consideração toda a cadeia produtiva (clientes e fornecedores) e uma verdadeira dedicação ao ambiente de produção, com práticas que vão da conservação do solo a correta disposição final dos insumos utilizados na lavoura. Respeita o tripé pessoas, lucro e meio ambiente, no qual baseiam-se todas as premissas da produção sustentável. Aleudo Santana: o nome do empresário sempre esteve associado à sustentabilidade. “Com respeito a normas e regulamentos é possível produzir e lucrar.”, acredita e pratica. Em 40 anos de trabalho orgulha-se por nunca ter sofrido uma ação trabalhista. Também não é por acaso que suas propriedades rurais são sempre cogitadas para visita de auditores para das empresas para as quais fornece cana-deaçúcar. “A terra não é do proprietário, nem de sua família. É um bem natural, que deve ser cuidado”, ensina. Foi em sua propriedade rural que a Embrapa implantou a primeira fossa biológica. O “Doutor” que as pessoas utilizam a se referir a Aleudo tem razão de ser. Filho de pai desembargador, deixou Fortaleza com apenas 17 anos de vida e partiu para o Rio de Janeiro para estudar medicina. Formou-se pela Faculdade Nacional do Rio de Janeiro cinco anos depois. Foi um amigo de faculdade que influenciou-o a conhecer Jaboticabal: Dr. Jamil Sader trazia Dr. Aleudo para passar férias na cidade. E em uma dessas ocasiões, Dr. Aleudo conheceu sua futura mulher: Valda, com quem casou-se em 1964 e com quem teve três filhas: Adele, Simone e Paula. Cursou pós-graduação na área de urologia e mudou-se para Maringá, onde instalou a primeira clínica da especialidade, naquela então promissora cidade paranaense, que à época tinha uma população de apenas 60 mil habitantes. Clinicou por 12 anos. “Ninguém trabalha como um médico. Minha carga era de 16 horas por dia. Eu atendia a quem pagava e também a quem não podia pagar afinal essa é a missão do profissional de saúde”, acredita. Anos 70, sua clínica se estruturava para apoiar a realização de transplante de rim, quando a morte do sogro alterou os seus planos profissionais. “Optei por interromper a carreira médica por cinco anos para me unir à família da minha mulher e cuidar das lavouras de soja e milho. Já em Jaboticabal, fui convidado a clinicar pela direção dos dois hospitais da cidade, mas não foi possível conciliar. Eu deixei definitivamente de exercer a
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medicina, mas me sinto médico até hoje, recebo e leio revistas especializadas”, conta. Diversificação A cana–de-açúcar é parte de sua história familiar. Seus avós já cultivavam cana e criavam gado na propriedade no Vale do Cariri, no interior do Ceará. Com a família da mulher, expandiu suas atividades para Mato Grosso do Sul, até dividirem a propriedade. Adepto da diversificação de culturas, cultivou laranja, mas há 20 anos percebeu a crise que o setor viveria e optou por erradicar a cultura. “Nós empresários não tomamos atitudes guiados apena pelo sentimento. A decisão leva em conta o caráter racional de nossas escolhas”, afirma. Também investiu na fruticultura irrigada. Mais recentemente passou a produzir macadâmia, uma noz saborosa, muito aceita no mercado internacional que passou a ser consumida por brasileiros e hoje apresenta um mercado promissor no país. De olho nesse filão, o empresário lançou marca própria para sua macadâmia e passou a dedicar-se à relação com o varejo, distribuindo o produto em pontos de venda e pensando em embalagens que tornam a mercadoria mais atrativa aos olhos de quem compra. A Macadâmia Fazendinha chega agora aos pontos de venda em uma versão que leva canela e açúcar. Ao lado das filhas, dedica-se ao novo negócio com entusiasmo e vê a nova empresa crescer, prosperar-se e consolidar-se com uma energia invejável. Para ele a macadâmia é uma oportunidade de agregar valor à atividade agrícola, já que há a etapa de beneficiamento industrial do fruto e o relacionamento com o varejo. Nove trabalhadores estão fixados na propriedade graça à macadâmia. A cultura exige a presença constante da mãode-obra. Ele mantém casas de colono na propriedade e avisa: “não entro nas casas dos meus funcionários. A casa pode ser minha,mas o lar é do trabalhador e deve ser respeitado”, afirma. Definitivamente adotou a cidade em que vive e se entusiasma ao falar das fortalezas e dos desafios a serem superados. “Jaboticabal não cresceu muito, mas melhorou. É possível sentir as mudanças recentes no comércio. É o fim do provincianismo. As lojas estão bonitas. As pessoas estão investindo no comércio local. Agora, temos problemas com o trânsito e com a segurança. A única alternativa é um investimento maciço em educação. É isso que faz a diferença”, afirma.