Ave sinodal

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QUATRO ESTAÇÕES

NOSSAS AVES


QUATRO ESTAÇÕES - NOSSAS AVES COLÉGIO SINODAL

Texto e fotografia: Luciane Baretta Desenhos: Vera Elenita Medeiros

São Leopoldo - RS Ano letivo de 2014


É tempo de nascer, de brotar, de repensar, de respeitar, de entender, de aprender, de conhecer as belezas e os mistÊrios do mundo...... Professora Luciane Baretta



Relação das Aves e Nome Científico Andorinha-pequena-de-casa - Pygochelidon cyanoleuca Anu-branco - Guirra guirra Bem-te-vi - Pitangus sulphuratus Canário-da-terra - Sicalis flaveola Corruíra - Troglodytes musculus Coruja-do-campo - Athene cunicularia João-de-barro - Furnarius rufus Pica-pau-do-campo -Colaptes campestris Pomba-de-bando - Zenaida auriculata Pomba-rola - Columbina picui Quero-quero - Vanellus chilensis Sabiá-do-campo - Mimus saturninus Sabiá-laranjeira - Turdus rufiventris Suiriri - Tyrannus melancholicus Tesourinha - Tyrannus savana Tico-Tico - Zanotrichia capensis


Andorinha-pequena-de-casa Pygochelidon cyanoleuca


Andorinha-pequena-de-casa Pygochelidon cyanoleuca A andorinha-pequena-de-casa ocorre nas regiões sudeste e sul do Brasil. Passam a maior parte do tempo voando, pousando em árvores, fios de eletricidade e antenas para descançar ou aguardar o tempo ruim passar. É uma ave migratória, mas não realiza viagens longas como as demais espécies de andorinhas. Suas cores são azul-metálico na cabeça, dorso e asas, o pescoço e peito são brancos. Alimentam-se de insetos, como cupins e formigas aladas. Fazem seus ninhos em barrancos ou outros buracos como telhas e canos. No período reprodutivo a fêmea põe de 3 a 5 ovos. A fêmea é alimentada pelo macho enquanto está chocando. Depois eles se revezam na alimentação dos filhotes.


Anu-branco Guirra guirra


Anu-branco Guirra guirra O anu-branco, rabo-de-palha ou gralha-branca possui uma cauda comprida, com o dorso e asas de cor rajada e peito branco. Macho e fêmea são semelhantes. Carnívoras, alimentam-se de gafanhotos, percevejos, aranhas, lagartas, lagartixas, camundongos e filhotes de outras aves. Possuem um cheiro forte atraindo morcegos hematófogos e outros animais carnívoros. Sua vocalização é alta e estridente. Ocorrem do Amapá ao Rio Grande do Sul, habitando campos, lavouras e ambientes mais abertos. A fêmea põe ovos muito grandes no período reprodutivo, tendo eles de 17 a 25% do seu peso. Os adultos não zelam muito por seus ninhos, os abandonando algumas vezes. Os filhotes abandonam o ninho antes mesmo de poderem voar, sendo alimentados durante algumas semanas.


Bem-te-vi

Pitangus sulphuratus


Bem-te-vi Pitangus sulphuratus O Bem-te-vi é encontrado em todo Brasil, nas cidades, matas, plantações e pastagens. Seu nome é uma onomatopéia do seu canto. Tem o dorso pardo, a barriga de um amarelo vivo, uma listra branca no alto da cabeça, acima dos olhos, cauda e bico pretos e garganta branca. São agressivos e territorialistas. A alimentação do bem-te-vi é bastante variada a base de insetos, frutas, ovos de outras aves, flores de jardim, pequenos lagartos, cobras, crustáceos, peixes e girinos. No período reprodutivo constroem um ninho grande e esférico onde a fêmea põe de 2 a 4 ovos.


Canรกrio-da-terra Sicalis flaveola


Canário-da-terra Sicalis flaveola O canário-da-terra é um pássaro nativo do Brasil. Pela sua beleza e seu canto é uma grande vítima de tráfico de aves silvestres. O canário macho é amarelo com estrias mais escuras nas costas e tons avermelhados na cabeça. Sua cauda e asas puxam mais para o tom oliva. Tem aproximadamente 13 cm. A fêmea e os filhotes tem cor acinzentada. Os machos são muito briguentos entre si, na disputa por fêmeas ou na defesa do seu ninho. Fora do período de acasalamento vive em grupos de dezenas de indivíduos. Eles alimentam-se de sementes de gramínea e insetos. Seu ninho é feito em cavidades protegidas, ou ninhos abandonados, como o ninho do joão-de-barro. A fêmea incuba cerca de 4 ovos por 15 dias. São encontrados em campos, bordas de matas, cerrados, plantações, jardins e gramados.


CorruĂ­ra

Troglodytes musculus


Corruíra Troglodytes musculus A corruíra ocorre em todo o Brasil. Seu canto alegre e melodioso é ouvido principalmente no começo da manhã e quando em casal, é possível ouvir um dueto do macho e fêma. Sua espécie é bastante pequena, medindo até 12cm. As cores da corruíra são marrom no dorso e nas asas e marrom claro no pescoço e peito. Alimentam-se de pequenos insetos, aranhas e filhotes de lagartixa. Fazem ninhos em cavidades, aproveitando ninhos artificiais oferecidos pelo homem. A fêmea põe de 3 a 6 ovos que demoram 14 dias para eclodir. Os pais se revezam para cuidar dos filhotes.


Coruja-do-campo Athene cunicularia


Coruja-do-campo Athene cunicularia

A coruja-do-campo, ou coruja-buraqueira é uma excelente caçadora, tem uma visão que lhe permite ver em três dimensões e uma ótima audição para localizar sua presa. Encontrada principalmente nas regiões sul e sudeste. Sua reprodução ocorre entre os meses de março ou abril. Alimentam-se de pequenos mamíferos, insetos e aranhas. Costumam viver em campos, pastos, restingas, desertos, planícies, praias e aeroportos.


Os ovos são incubados por 30 dias. Os filhotes saem do ninho com 14 dias, mas ainda são alimentados pelo pai, somente com 40 dias saem para caçar.


As corujas jovens são gorduchinhas e desengonçadas.O peito é branco, suas penas são descabeladas e mais claras do que as corujas adultas.


Jo達o-de-barro Furnarius rufus


João-de-barro Furnarius rufus O joão-de-barro, como o nome diz, faz seu ninho de barro, no formato de um forno. Possui o dorso marrom avermelhado e o peito marrom claro. Ocorre principalmente nas regiões sul, sudeste e centro-oeste, habitando paisagens abertas como campos, pastagens, cerrados, ao longo de rodovias e jardins. Para se alimentar está sempre revirando folhas a procura de cupins, formigas, minhocas e pequenos moluscos. No período reprodutivo o casal constrói o ninho de barro que demora de 18 dias a 1 mês para ser concluído. O mesmo ninho não é utilizado por duas estações seguidas. A fêmea põe de 3 a 4 ovos incubados por 14 a 18 dias.


Pica-pau-do-campo Colaptes campestris


Pica-pau-do-campo Colaptes campestris O pica-pau-do-campo, ou pica-pau-chã-chã, ocorre do nordeste ao sul do Brasil. Possui coloração amarela na cabeça, pescoço e peito, preta na nuca e bico, barrada no manto e na barriga. Alimenta-se de insetos, como formigas e cupins, capturados com sua língua comprida e grudenta. Habita campos e cerrados, fazendo seus ninhos em barrancos ou troncos de árvores. A fêmea, no período reprodutivo, põe de 4 a 5 ovos, incubados por ambos. Os filhotes nascem cegos e nus, sendo alimentados e cuidados pelos pais.


Pomba-de-bando Zenaida auriculata


Pomba-de-bando Zenaida auriculata Essas pombas se adaptam bem em centros urbanos. Gostam de áreas abertas, onde são facilmente encontradas. Alimenta-se de grãos. Nidificam na primavera. O casal cuida do ninho, afastando outras pombas de perto. Os ninhos são feitos de ramos e gravetos feitos em galhos de árvores com copas fechadas. Dois ovos são chocados pelo macho e fêmea por 12 dias. Os filhotes já saem do ninho com 2 semanas de vida.


Pomba-rola

Columbina picui


Pomba-rola Columbina picui A pomba-rola é uma pequena rola que mede em torno de 15 cm. Sua cor varia de branca, cinza ou parda-amarronzada com uma listra escura nas asas. Alimenta-se principalmente de sementes de gramíneas e outras plantas no solo. Ela possui ampla ocorrência do nordeste ao sul do Brasil, habitando áreas semi-abertas, capoeiras, beiras de matas, campos e cidade. O ninho é feito nas árvores com galhos mal arranjados, onde a fêmea põe dois ovos, chocados pelo casal. Os filhotes ao nascer são alimentados até depois de terem saído do ninho.


Quero-quero Vanellus chilensis


Quero-quero Vanellus chilensis O quero-quero tem seu nome originado de uma derivação onomatopaica de seu grito, na maioria das vezes em defesa do seu território. O macho e a fêmea são semelhantes, possuem um esporão ósseo pontiagudo entre as asas que mede 1cm, uma faixa preta que desce do pescoço ao peito, um desenho preto, branco e cinza na plumagem e os olhos e pernas tem coloração avermelhada.


Na primavera a fêmea põe de três a quatro ovos num ninho feito no chão. Os filhotes abandonam o ninho logo após o descascamento do ovo.


O quero-quero ocorre em grande parte da América do Sul, habitando campos úmidos. Alimenta-se de pequenos invertebrados aquáticos, artrópodes e moluscos.


Sabiรก-do-campo Mimus saturninus


Sabiá-do-campo Mimus saturninus O sabiá-do-campo possui um vasto repertório de cantos, imitando até mesmo outras espécies. Sua coloração é cinzenta no dorso, alto da cabeça, asas e cauda, e branco-amarelada no peito e ventre. Alimenta-se de pequenos invertebrados e frutos, com destaque para os insetos. Encontrado do norte ao sul no Brasil em regiões campestres. Durante o período reprodutivo a fêmea põe de 3 a 4 ovos, incubados de 12 a 14 dias. Muitas vezes o casal é ajudado por um terceiro ou quarto indivíduo do bando no cuidado com os filhotes.


Sabiรก-laranjeira Turdus rufiventris


Sabiá-laranjeira Turdus rufiventris O sabiá-laranjeira é uma ave popular, cujo canto é citado por

diversos poetas como o pássaro que canta na estação do amor, a primavera. Tem plumagem parda, porém no seu ventre se destaca a cor alaranjada. No Brasil ocorre do Maranhão ao Rio Grande do Sul. Alimentase de insetos, minhocas, larvas e frutas maduras. No período reprodutivo macho e fêmea constroem o ninho, onde a fêmea coloca de 3 a 4 ovos, incubados em torno de 14 dias.


Suiriri Tyrannus melancholicus


Suiriri Tyrannus melancholicus O suiriri é encontrado em todo o Brasil. No sul essa ave é migratória. Pousa em fios, ou galhos secos feito poleiros, onde fica de olho nos insetos, que captura no ar, voltando para o mesmo lugar. Além de insetos, alimenta-se de frutos. Tem aproximadamente 21 cm. Constroem o ninho em forma de taça, onde são postos 2 a 3 ovos. São agressivos e territorialistas. Possuem o ventre amarelo e cabeça e pescoço cinza, as penas das asas e cauda são marrom em tons de ferrugem.


Tesourinha Tyrannus savana


Tesourinha Tyrannus savana A tesourinha possui uma cauda em forma de tesoura, daí o seu nome. Tem a cabeça preta, dorso cinza e partes inferiores brancas. O macho possui a cauda mais prolongada do que a fêmea. Ocorrem em todo o Brasil, as do sul migram para região amazônica até o inverno terminar. Preferem habitar áreas abertas como cerrados, pastagem e áreas de cultivo. As tesourinhas se alimentam de insetos e frutas, e como não comem as sementes e limpam seus bicos nos troncos das árvores, são grandes disseminadores da erva-de-passarinho. O período reprodutivo ocorre de setembro a dezembro, onde a fêmea põe de 1 a 3 ovos com um período de incubação médio de 14 dias.


Tico-Tico

Zanotrichia capensis


Tico-Tico Zanotrichia capensis O tico-tico é muito encontrado nas áreas urbanas, sendo confundido com o pardal. Sua coloração dorsal é pardoacinzentada, tendo a cabeça cinza com duas tiras negras e na nuca possui um cor vermelho-ferrugínea. Possui um pequeno topete com desenho estriado na cabeça. Ocorrem em todo Brasil, com exceção das áreas da Floresta Amazônica. Gostam de áreas abertas, plantações, jardins e pátios. Se alimentam de frutos, brotos, sementes e insetos.


O período reprodutivo ocorre da primavera ao verão, onde o macho defende energicamente o território. A fêmea põe de 2 a 5 ovos, incubados de 13 a 14 dias. O macho tem um pequeno topete na cabeça. A fêmea não tem o topete, e possui uma coloração mais apagada.



Texto: Luciane Baretta Desenhos: Vera Elenita Medeiros Ano letivo de 2014


Bibliografia - Belton, William Aves silvestres do Rio Grande do Sul- 4ª ed. Atual – Porto Alegre: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 2004 - Narosky , Tito Aves de Argentina y Uruguay: Guia para La Identificacion – 15ª. ed. Buenos Aires: Editora: Vazquez Mazzini


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