RPPN SANTA BÁRBARA
AVES FOTOGRAFADAS NA COMUNIDADE ECOVILA RAINHA DA FLORESTA E RPPN SANTA BÁRBARA - ANA RECH – CAXIAS DO SUL - RS
CAXIAS DO SUL , 2015
AVES FOTOGRAFADAS NA COMUNIDADE ECOVILA RAINHA DA FLORESTA E RPPN SANTA BÁRBARA - ANA RECH – CAXIAS DO SUL - RS As aves fotografadas na nossa região foram identificadas com o auxílio da bióloga Luciane Baretta e de guias de aves. As fotos foram tiradas pelos moradores da comunidade. Há muitas aves comuns, adaptadas também a outros ambientes, como as rolinhas (pomba-de-bando, rolinha picuí, pomba-roxa, juriti pu-pu), joão-de-barro, bemte-vi, anu-branco, sabiás etc... Encontramos também aves só avistadas em matas mais preservadas, como o pica-pau do gênero picummus, arapaçus, trepadores etc.. Nessa região temos fragmentos de mata de araucária, floresta ombrófila mista, como é conhecida, muito degradada, na última década houve um grande crescimento de loteamentos, tanto clandestinos como legalizados. São várias as espécies de aves que dependem da araucária que sofrem com seu desaparecimento, como a gralha-azul (cyanocorax caeruleus), dispersadora de sementes; jacutinga (pipile jacutinga); o papagaio charão (Amazona pretrei), já praticamente extinto; a curicaca, conhecida como a ave das araucárias, (Theristicus caudatus); e o pequeno pássaro grimpeiro (Leptasthenura setaria). Nas redondezas, já foram avistadas perdizes, seriemas (Cariama cristata), martim pescador, garça-branca-pequena (Egretta thula), maçarico-do-banhado (Phimosus infuscatus), galinhola (Gallinula galeata) e a maria-faceira (Syrigma sibilatrix). A riqueza é muito grande e nesse pequeno guia encontram-se uma pequena parte, mas sabemos, ouvindo a grande diversidade de cantos, que ainda há muitas aves a serem identificadas. Observamos também aves migratórias, avistadas no verão, como as andorinhas (Pygochelidon cyanoleuca) e andorinhão-velho-de-cascata (Cypseloides senex). A riqueza é muito grande nessas paragens e temos consciência que o desmatamento acelerado nas redondezas está colocando em risco muitas espécies, não só de aves como de outros animais silvestres. Nosso maior objetivo ao identificar as aves de nossa região é a preservação das matas, pois a conservação de muitas espécies depende da conservação de seu ambiente natural. A criação de reservas naturais, RPPNs vem de encontro a esse fim. Desde 2009 recolhemos esse material, fotos e informações no blog “Observando Aves “ (http://explorandoaves.blogspot.com.br/), este pequeno guia é uma compilação dessa pesquisa. Procuramos reforçar a importância das aves, tanto para nós, seres humanos, na sua dimensão estética como para o equilíbrio da natureza. Valorizando as aves incentivamos os cuidados com o meio ambiente, a morada desses seres.
Vera E. Medeiros/ outubro de 2015 Abre-asa-de-cabeça-cinza Nome Científico: Mionectes rufiventris Família: Rhynchocyclidae Essa ave tem a cabeça e pescoço cinza. O dorso é esverdeado e o peito amarelado. Mede em média 13 centímetros de comprimento. A da foto está se recompondo depois de ter batido no vidro de uma janela. Logo saiu voando.( A partir dai usamos adesivos nos vidros).
Alma-de-gato Nome Científico: Piaya cayana pallescens Família: Cuculidae Essa ave aparece solitária, ou em casal, deslisando sobre a borda da mata, furtivamente. Possui 40 a 50 cm. A parte dorsal do corpo é de um vermelho alaranjado escuro, o peito é cinzento. As pontas das penas da cauda são claras. A íris é avermelhada e o bico amarelado. Possui um chamado que lembra o miado de gato, por isso o seu nome. Sua cauda é maior do que o corpo. Alimenta-se de insetos, frutos e ovos de outras aves.
Anu-branco Nome Científico: Guira guira Família: Cuculidae Ave de 47 cm, também conhecida como rabo-de-palha, aparecem em bandos barulhentos. Possui um topete alaranjado na cabeça. Sua cauda tem uma faixa preta com pontas brancas. Bico laranja. O anu-branco possui disposição dos dedos chamada zigodáctila, isto é, dois dedos na frente e dois atrás. Carnívoros, alimentam-se de frutos também.
Arapaçu-escamoso Nome científico: Lepidocolaptes squamatus Família: Dendrocolaptidae Os arapaçus são muito ariscos. Possuem 19 cm de comprimento, dorso e asas possuem uma coloração marromavermelhada e peito rajado com pintas escuras sobre tom esbranquiçado. Como outros arapaçus, possuem a cauda com pontas para ficarem firmes verticalmente nos troncos de árvores a procura de insetos. Ocorre no sul do Brasil, habita as matas de altitude elevada, como as matas de araucária.
Arapaçu-grande Nome Científico: Dendrocolaptes platyrostris Família: Dendrocolaptidae É encontrado nas matas. Arisco, mede 26 cm de comprimento. Seu canto chama a atenção. Percorre os troncos de árvores a procura de insetos. As penas da cauda são pontudas, usada como apoio para ser firmar verticalmente.
Arapaçu-verde Nome Científico: Sittasomus griseicapillus Família: Dendrocolaptidae O arapaçu-verde é encontrado no interior da mata, onde movese a partir da base do tronco até alcançar as partes mais altas, voando para a base de outra árvore. Possui 15 cm, de cor olivácea e as extremidades da cauda e asas são avermelhadas. O bico é curto e apresenta pontas espinhosas na ponta da cauda que lhe dão firmeza ao andar nos troncos de árvores a procura de insetos, formigas e cupins.
Azulinho Nome Científico: Cyanoloxia glaucocaerulea Família: Cardinalidae O macho é azul, asas e cauda são mais escuras. O bico é escuro e grosso. As fêmeas e filhotes são pardacentos. É um pássaro cantador, canta tanto de dia como de noite. Comprimento: 14 cm A época da nidificação é entre setembro e fevereiro, onde incuba de 2 a 3 ovos, com mais de uma ninhada por temporada. É encontrado em toda a região leste do Brasil, nas bordas das matas onde alimenta-se de sementes, frutas e insetos.
Beija-flor-de-papo-branco Nome Científico: Leucochloris albicollis Família: Trochilidae Podemos vê-lo na primavera sugando néctar das flores, pousa nos fios de luz por muito tempo. É territorialista. Mede aproximadamente 10,5 cm. Esse beija-flor é identificado pelo papo branco. Além do pólen das flores, captura insetos em voo.
Beija-flor-verde-e-branco Nome Científico: Amazilia chionogaster Família: Trochilidae Esse minúsculo beija-flor, de uns 9 cm, possui peito branco, dorso esverdeado, penas das asas marrom. Esse beija-flor pousou perto de uma árvore na borda da mata e ficou muito tempo se limpando e observando.
Bem-te-vi Nome Científico: Pitangus sulphuratus Família: Tyrannidae É um dos primeiros pássaros que canta ao amanhecer. Seu canto é muito conhecido, referenciando o seu nome: bem-te-vi, bem-te-vi. Ave agressiva e territorialista, mede 20 cm. Tem o peito e abdomen amarelos. A garganta é branca com uma faixa preta sobre o olho. A parte de cima da cabeça é preta, ai esconde-se um topete amarelo. Tem uma alimentação variada, é insetívoro, mas também come frutas e pequenos roedores.
Bem-te-vi-peitica Nome Científico: Empidonomus varius Família : Tyrannidae Sua plumagem é rajado de cinza escuro, possui 18 cm de comprimento. A base superior da cauda e bordas são marrom avermelhado. Pousa em poleiros nas árvores, onde caça insetos em voo. Alimenta-se também de frutinhas nativas. Pássaro migratório. Nidifica de outubro a fevereiro. Seu ninho é elaborado com gravetos e grama, onde põe 3 a 4 ovos, incubados em torno de 2 semanas. Encontrado nas bordas das matas.
Bem-te-vi-rajado Nome científico: Myiodynastes maculatus Família: Tyrannidae Possui plumagem rajada e um bico grande. São vistos mais frequentemente na primavera, quando estão nidificando. Em torno de 20 cm. Agressivos, defendem o ninho dos tucanos. A fêmea constrói o ninho, em torno de 16 dias nascem os filhotes. Mas eles precisam ainda em torno de 20 dias para deixar o ninho. O macho e a fêmea se revezam na alimentação dos filhotes. Canta de forma estridente de manhãzinha ou ao entardecer.
Besourinho-de-bico-vermelho Nome científico: Chlorostilbon aureoventris. Família: Trochilidae Beija-flor minúsculo, sendo territorialista é possível de ser encontrado sempre no mesmo lugar. Vi esse minúsculo beijaflor na borda da mata. Antes escutei o som de um besouro. Olhando para os galhos de uma árvore sem folhas percebi uma folha que se mexia deferente das outras. Focando com a máquina captei esse mini-beija-flor. Ele tem 8,5 cm, pesando 3,5 gramas. O bico vermelho se destaca, bem como suas peninhas brilhantes.
Borboletinha-do-mato Nome Científico: Phylloscartes ventralis Família: Rhynchocyclidae Essa pequena ave saltita sobre os galhos das árvores a cata de insetos, irrequieta está sempre em alerta. Possui 12 cm de comprimento. Possui ventre amarelado, face e garganta cinzentos. Dorso e asas verde oliva, com traços amarelados. Caça insetos pelos galhos das árvores. Constrói um ninho fechado e camuflado.
Cabecinha-castanha Nome Científico: Pyrrhocoma ruficeps Familia: Thraupidae Essa ave é muito difícil de ser avistada. Seu comprimento é de 14 cm. Cabeça e garganta castanho alaranjado. Máscara negra em torno dos olhos. Corpo cinzento. A fêmea tem cores mais neutras, em tons de verde oliva e castanho. Alimentam-se de sementes e frutas. Vivem nas partes baixas e média da vegetação. Estavam ciscando na lavoura ao lado da mata.
Canário-da-terra Nome Científico: Sicalis flaveola Família: Emberizidae O canário-da-terra é um pássaro nativo do Brasil. O canário macho é amarelo com estrias mais escuras nas costas e tons avermelhados na cabeça. Sua cauda e asas puxam mais para o tom oliva. Tem aproximadamente 13 cm. A fêmea e os filhotes tem cor acinzentada. Os machos são muito briguentos entre si, principalmente na disputa por fêmeas ou na defesa do seu ninho. Eles alimentam-se de sementes de gramínea. Seu ninho é feito em cavidades, ou ninhos abandonados, como o ninho do joão-de-barro. A fêmea incuba cerca de 4 ovos por 15 dias.
Carcará Nome Científico: Caracara plancus Família: Falconidae Chamado Caracará, um dos falcões mais fáceis de se encontrar em beira de estrada. Já foi encontrado nas proximidades do centro urbano de Caxias. Possui uma envergadura em torno de uns 123 cm, com 56 centímetros da cabeça a cauda. O topo da cabeça é preto, bico forte, adunco e alto,a face é laranjada. Peito carijó, patas compridas, manchas de cor clara na parte média das extremidade das asas
Choca-da-mata Nome Científico: Thamnophilus caerulescens Família: Thamnophilidae Essa ave é muito difícil de ser vista, tem 15 cm de comprimento. Sua plumagem fica bem disfarçada entre as folhas das árvores, onde se alimenta de pequenos insetos. Há dimorfismo sexual, pois o macho possui o alto da cabeça negro sobre um fundo acinzentado. A fêmea possui plumagem mais parda, porém, como o macho, possui as pintas claras nas asas.
Chopim Nome Científico: Molothrus bonariensis Família: Icteridae Essa ave tem hábitos parasitários, pois os ovos, de 3 a 4, são colocados em ninhos de outras aves. Em 11 dias eclodem, um em cada ninho, muitas vezes o filhote de chopim nasce antes dos ovos do seu hospedeiro, o que possibilita que ele expulse os outros filhotes menores. Os filhotes de tico-tico, os mais parasitados, sofrem por serem menores, quando enfrentam a companhia de um filhote de chopim, este bem maior, requisita mais comida, prejudicando os outros da ninhada. Um outro flagrante é que os filhotes de chopim ainda são alimentados pelas mães adotivas por mais 15 dias.
Coleirinho Nome Científico: Sporophila caerulescens Família: Emberizidae Mede 12 cm. Também conhecido como papa-capim ou tui tui. Seu bico forte é de cor amarelada. Possui um colar branco abaixo do bico com uma tira branca vertical atingindo o bico. A fêmea é parda sem a tira branca.
Corruíra Nome Científico:Troglodytes musculus Família: Troglodytidae Também conhecida como cambaxirra. Considerada uma ave cantadora. É pequena, mede 12 cm. Possui um bico fino e pontudo. As asas e a cauda são barradas. Essa ave alimenta-se de insetos e aranhas. Muito irrequieta com a cauda levantada seguidamente. É muito conhecida pois encontra-se facilmente em jardins e quintais.
Corujinha-do-mato Nome científico: Otus choliba Família:Strigidae Essa coruja é comum nas matas. Conhecemos seu canto, mas por seus hábitos noturnos não são fáceis de serem vistas. Alimentam-se de insetos e pequenos roedores. Essa foto é incomum, foi tirada de dia, por volta das 15 horas da tarde!
Curicaca Nome científico: Theristicus caudatus Família: Threskiornithidae Apresenta o bico longo e curvo. Seu dorso é cinzento, o macho é maior que a fêmea. No final do ano passado um ninho de curucaca caiu de uma araucária. Dos três filhotes, um se salvou, ficou no galho do pinheiro, outro caiu com o ninho e morreu e o terceiro quebrou uma das patas. O veterinário colocou uma tala, mas infelizmente a ave não aprendeu a voar. Ela viveu um tempo domesticada, sob os cuidados da família Rodrigues, carnívora, aprendeu a ser alimentada, mas um dia saiu voando e não voltou mais.
Frango-d'água Nome Científico: Gallinula galeata Família: Rallidae Também é chamada de galinhola. Vi essa galinhola nadando e imaginei que fosse um pato. Só percebi tratar-se de um tipo de galinha quando vi seus grandes pés. Descobri que existem em várias partes do planeta e em todo o Brasil, com exceção da Amazônia e Pantanal. Gostam de lugares com água, pantanosos, onde fazem seus ninhos e podem se esconder.
Gavião-carijó Nome Científico: Rupornis magnirostris Família: Accipitridae Esse nome deve-se a plumagem carijó do seu peito. O macho é menor do que a fêmea, tem em torno de 30 cm de comprimento. O peito é cor creme com listas horizontais mais escuras. Cabeça e dorso mais escuro com listas mais claras. Adultos tem plumagem diferenciada dos mais jovens. Estes possuem coloração carijó mais marrom, parte superior das asas mais escuras. Ave de rapina, come insetos, pequenos animais, pequenas aves etc. A fêmea põe 2 ovos incubados durante um mês, sendo alimentada pelo macho durante esse período. Encontrado em campos, perto da água, bordas de mata e também em ambientes urbanos.
Gavião-Carrapateiro Nome científico: Milvago chimachima Família: Falconidae Essa ave de rapina também é conhecida como chimango-branco devido a cor clara de seu peito. Dia 21 de setembro de 2015, de manhã cedo esse gavião deliciava-se com sua presa a beira da estrada. Foram vários dias de chuva e a ave aproveita para caçar na estiagem. Possui cabeça, pescoço e ventre branco amarelado, suas asas e cauda são marrom escuro, as penas da cauda são listadas. possui um faixa preta na faixa anterior ao olho, este é preto margeado de amarelo. Possui cerca de 40 cm de comprimento. Seu nome é devido a sua aproximação com o gado na cata de carrapatos para se alimentar.
Gavião-de-cauda-curta Nome Científico: Buteo brachyurus Família: Accipitridae Este gavião estava sorrateiro no meio da mata, a espreita da caça. Seu comprimento é de 35 a 45 cm. Alimentação: preferencialmente pequenas aves, mas como ave de rapina, alimenta-se também de pequenos animais.
Gralha-azul Nome Científico: Cyanocorax caeruleus Família: Corvidae Aqui nessa região as gralhas aparecem de manhã cedinho, anunciam sua chegada com seu canto rouco. Pousam num galho alto e ficam algum tempo. À tardinha elas aparecem de novo. Essa ave está em extinção, bem como as araucárias (Araucaria angustifolia), que fornece seu alimento. A gralha azul enterra pinhões para comê-los mais tarde. As sementes esquecidas brotam, nascendo novos pinheiros. Mas as gralhas não vivem somente em florestas de araucárias, elas encontram-se ao longo da Mata Atlântica. Tem cauda longa e asas largas com plumagem azul escura e o pescoço e peito pretos. Tem capacidade de imitar vozes de outros bichos.
Grimpeiro Nome Científico: Leptasthenura setaria Família: Furnariidae O grimpeiro nasce e vive nas grimpas da aruacária, de onde retira seu alimento. Possui 17 cm de comprimento. Possui um topete na cabeça, rajado de preto e cinza. Seu peito é cinzento, penas e cauda são ferrugens com pontas escuras. Sua cauda é longa e pontuda. Alimenta-se de artrópodes, insetos e outros bichinhos encontrados nos galhos e araucária. Seu ninho é feito nos galhos secos da araucária, por serem espinhentos, protegem o ninho de predadores. Encontrado nas araucárias de regiões serranas da região sul e sudeste, lugares de clima frio e úmido.
Guaracava-de-bico-curto Nome científico: Elaenia parvirostris Família : Tyrannidae - Elaenia é um gênero da subfamília Elaeniinae A guaracava-de-bico-curto tem 15 cm de comprimento. Espécie migratória, segundo Belton (Aves Silvestres do RS), há aves desse gênero semelhantes, o que torna difícil a identificação, como o tuque, ou a guaracava-de-peito-amarelo, semelhantes a Guaracava-de-bico-curto, o que as diferencia é a crista branca escondida nesta última. Possui peito amarelado. Asas escuras, verde-oliva com barras claras, dorso verde cinzento. Ao redor do olho nota-se um anel mais claro. Alimenta-se de frutinhas silvestres e insetos.
Inhambu-guaçu Nome Científico: Crypturellus obsoletus Família: Tinamidae
Essa ave foi encontrada morta na trilha do rio, na RPPN, não encontramos indícios da causa da sua morte.
Os nhambus são aves ariscas. Voam pouco, pois são pesadas para suas asas, vivem perto de rios e riachos. O comprimento é de 30 cm. As fêmeas são um pouco maiores. Possuem bico e pés acinzentados. As penas são avermelhadas, mais avermelhadas nas fêmeas, asas são mais escuras, dorso avermelhado nas fêmeas. Do abdomen até as coberteiras inferiores a plumagem é rajada em tons claros e escuros. Ciscam no chão a procura de insetos, como grilos, gafanhotos e formigas, mas comem sementes, folhas e frutos encontrados no chão. O período de nidificação é entre setembro a dezembro. Fazem o ninho no chão, onde postam de 2 a 3 ovos que são incubados pelo macho em torno de 20 dias. Ave arisca, habita as matas. Canta de manhã cedo. Seu Valdemar, morador antigo diz que estão em extinção, eram caçados há uns 30 anos, não caçam mais, mas mesmo assim essas aves estão rareando.
Jacuaçu Nome Científico:Penélope Obscura Família:Cracidae São aves de grande porte, podem atingir até 85 cm de comprimento. Andam pela comunidade em bandos. Os jacus têm um papo vermelho e saliente na garganta. A plumagem é escura, em geral preta com estrias brancas. A cauda é longa. Tem a cabeça pequena e pescoço alongado. Alimentam-se de frutas, folhas, brotos, grãos e insetos. São monogâmicos, vivem em bandos. Incubam de 2 a 3 ovos em torno de 28 dias, de outubro a março.
João-de-barro Nome Científico: Furnarius rufus Família: Furnariidae O João-de-barro constrói seu ninho de barro em forma arredondada, os ovos são postos no centro, protegido das intempéries. Faz o ninho em árvores ou postes de eletricidade. Em cada temporada ele usa um ninho novo. Possui dorso marrom e peito mais claro.
Juriti-pupu Nome Científico: Leptotila verreauxi Família: Columbidae Seu nome origina-se do som que emite “pu pu”, facilmente ouvido no interior das matas, porém dificilmente observada, pois fica camuflada entre os galhos. Comprimento: 29 cm. O dorso é de tons de marrom, peito mais claro, cabeça cinza, a fêmea tem tons mais claros. Alimenta-se de grãos, sementes e pequenos frutos. Constrói um ninho frágil com gravetos, no chão ou em arbustos. Alimenta os filhotes com uma secreção do papo semelhante ao leite.
Juruviara Nome Científico: Vireo olivaceus chivi Família: Vireonidae Pássaro migratório. Aparece na primavera, quando o clima é mais quente, para nidificar. Uma característica dessa espécie é a sobrancelha branca sobre os olhos e uma boina cinza. O dorso é esverdeado e o peito e ventre são mais claros. Foi avistado por acaso entre as folhas na copa das árvores, por ser pequeno e ter cores discretas que o confundem com as cores das folhagens. Possui 14 cm de comprimento. O topo da cabeça é cinza, uma sobrancelha branca margeia o olho. Dorso tem tons oliva e o peito é mais claro. Alimenta-se de insetos e frutinhas. Elabora um ninho com capim revestido com musgos, presos por fios de teia de aranha, onde incuba 3 ovos por 13 dias.
Mariquita Nome científico: Setophaga pitiayumi Família: Parulidae Essa pequena ave, 10 cm, é difícil de ser observada, pois além de ser pequeninha é irriquieta, pula de um galho a outro a procura de insetos. Plumagem de um amarelo vivo no ventre e garganta. Azul nas costas. Uma faixa negra ao redor dos olhos e faixas brancas nas asas. Alimenta-se de pequenos insetos, que captura em pleno voo. De agosto a novembro é seu período reprodutivo. Seu ninho fica no alto das árvores, bem escondido. Essa foi encontrada no inicio da tarde de abril, estava frio e ela ficou bastante tempo pelos galhos das árvores.
Maçarico-do-banhado Nome Científico: Phimosus infuscatus (Lichtenstein, 1823) Família: Threskiornithidae O maçarico-do-banhado também é conhecido como tapicurude-cara-pelada, ou maçarico-preto. Eles estão aparecendo muito nessa região, nos locais onde há água. O longo bico amarelado contrasta com o corpo negro. Como seu próprio nome diz vivem em brejos e áreas alagadas. Seu bico longo é justamente para melhor procurar alimentos (crustáceos, moluscos...) na água.
Pica-pau-anão-carijó Nome Científico: Picumnus nebulosus Família: Picidae Possui 11 cm de comprimento. Seu dorso é bege, cabeça preta com pintas brancas, peito estriado. Os machos possuem a fronte vermelha. Penas da cauda possuem lista branca em todo comprimento. Alimenta-se de larvas de pequenos insetos e formigas. A fêmea incuba os ovos em buracos nos tocos e árvores próximo ao solo. Ocorre na região serrana do RS, nas mata de araucária no interior da mata, no alto das árvores, em capoeirões, é difícil de ser visualizado pelo seu minúsculo tamanho, mas é percebido pelo seu tamborilar nos galhos. tem os pés grandes para se firmar.
Pica-pau-do-campo Nome Científico: Colaptes campestris Família: Picidae
Subespécie colaptes campestris campestroides (garganta branca)
Sua cor amarela no peito e laterais do pescoço chamam a atenção para esse pica-pau grande, em torno de 30 cm. Com as costas e asas marrons listradas de branco, boné preto e garganta branca. Também é conhecido pelos nomes de chanchão. Eles aparecem de tardezinha em bando chamando atenção com seu vozerio forte, pulam nos galhos altos das árvores, ou no poste de luz a espera de todos do bando, depois que todos chegam voam de novo para outro ponto.
Pica-Pau-Dourado Nome Científico: Piculus chrysochloros Família: Picidae Mede cerca de 20 cm de comprimento e possui duas faixas amarelas do lado da cabeça e vermelho no alto da cabeça. Piculus chrysochloros compreende nove subespécies, com variações especificas habitando florestas e serrados. Ave insetívora, alimenta-se de insetos nas árvores ou no solo.
Picapauzinho-verde-carijó Nome científico:Veniliornis spilogaster Família: Picidae Mede 17,5 cm. Alimenta-se de insetos nos troncos de árvores. Bico curto e forte e estrias pelo corpo, garganta esbranquiçada. Ele é muito rápido, no pé de uma árvore, vai subindo capturando alimentos por toda árvore até o alto, depois desce aos pés de outra árvore reiniciando sua labuta. Fica muito tempo perfurando cascas de jerivá (Syagrus romanzoffiana).
Pintassilgo Nome Científico: Sporagra magellanica Família: Fringillidae O macho possui cabeça preta, peito amarelo e asas pretas com manchas amarelas. As fêmeas tem a cabeça e lado inferior oliváceos. Pode ser visto em bandos quando não é época de reprodução, pois nesse período andam em casais. Seu canto é bastante variado, com gorjear fino. O pintassilgo tem um canto característico, porém pode imitar o canto de outras aves. Mede 11 centímetros de comprimento.
Pitiguari Nome Científico: Cyclarhis gujanensis Família: Vireonidae Ave de atividades predatórias, come pequenos insetos e frutos. Possui cabeça grande e um bico adunco. São monogâmicos. Em torno de 3 ovos são incubados pelo casal. Vivem a beira da mata. Comum em todos os biomas do país.
Pomba-de-bando Nome Científico: Zenaida auriculata Família: Columbidae Seu nome origina-se da sua capacidade de formar grandes bandos, chegando a milhares de indivíduos durante a migração. Também conhecida como avoante e rolinha. É uma ave campestre. É uma espécie pequena, intermediária entre a rolinha e o pombo. Mede em torno de 21 cm. Uma característica dessa pomba são as manchas escuras circulares nas asas.
Pula-pula Nome Científico: Basileuterus culicivorus Família: Parulidae Pássaro pequeno, 10 cm de comprimento. Possui dorso marrom e peito amarelo, tem um faixa branca sobre a sobrancelha e outra no alto da cabeça. Pula sem parar sobre os galhos, voa até o tronco de outra árvore e depois nas pontas dos galhos picando nas folhas a procura de insetos. É conhecido também pelo nome de Sebinho. Incuba 2 ou 3 ovos num ninho feito no chão.
Pula-pula-assobiador Nome Científico: Basileuterus leucoblepharus Família: Parulidae Pássaro pequeno, de 14 cm, por isso de longe parece um pulapula, ou uma corruíra. Olhando mais de perto percebemos seu peito, cabeça e pescoço cinza. Asas, cauda e dorso são verde oliva com um círculo branco ao redor dos olhos. Alimenta-se de insetos no chão da floresta. Seu ninho é construído perto do chão, entre folhas secas, ou em barrancos. Encontrado em florestas na serra. Considerado endêmico na parte sul da Mata Atlântica.
Quero-quero Nome Científico: Vanellus chilensis Família: Charadriidae
O quero-quero é uma ave muito popular habita as planícies de campos abertos ou próximo a rios e lagoas. Encontrado até mesmo nas cidades em campos de futebol e parques abertos. É conhecido como sentinela dos campos. Grupos dessas aves sobrevoam a RPPN fazendo grande alarido. Ave símbolo do RS.
Quete Nome Científico: Poospiza lateralis Família: Emberizidae Possui 15 cm de comprimento. A cabeça é cinzenta, o peito é mais claro, cor telha nos flancos e dorso. Sobrancelhas e "bigodes" são brancos. Alimenta-se de insetos e gramíneas. No período reprodutivo isola-se aos pares para nidificar. Encontrado em matas de altitude, nas matas de araucária e de pinus iliotis, como a serra gaúcha.
Rolinha Picuí Nome Científico: Columbina picui Família: Columbidae Essa minúscula rolinha tem 15 cm. O macho tem coloração cinza azulada. A fêmea tem plumagem em tons de marrom. Alimenta-se de sementes. Dois ovos são incubados pelo casal por 12 dias. Espécie adaptada a ambientes urbanos, encontradas em áreas abertas, como campos.
Rolinha-roxa Nome Científico: Columbina talpacoti Família: Columbidae Essa rolinha é nativa, mas adapta-se a ambientes urbanos. Tem 17 cm de comprimento. O macho possui cabeça cinza e corpo marrom com tom avermelhado, a fêmea é de cor parda. Possuem marcas pretas nas penas.
Sabiá-de-coleira Nome Científico: Turdus albicollis Família: Turdidae Esse sabiá é difícil de ser avistado. Faz algum tempo que percebo o vulto dele dentro da mata, pois é grande, mede uns 20 cm. De uns tempos pra cá vários estão vindo alimentar-se numa árvore nativa. Consegui essas fotos e filmagens depois de ficar bastante tempo camuflada por trás de outras árvores sem ser percebida, pois ao menor sinal eles desaparecem na mata. Alimenta-se de frutos de nativas. Ocorre no interior de matas.
Sabiá-do-campo Nome Científico: Mimus saturninus Família: Mimidae Essa ave tem um grande repertório de cantos, pode imitar outras aves. São dóceis como os pardais, não temem a presença humana. Possui pontos brancos no extremo da ponta da cauda.
Sabiá-laranjeira Nome Científico: Turdus rufiventris Família: Turdidae O sabiá-laranjeira também é conhecido como sabiá do peito roxo, ou amarelo. O canto do sabiá-laranjeira é muito apreciado. O macho canta para demarcar território e para atrair a fêmea. Encontrado em áreas mais abertas e nas bordas das matas, principalmente em áreas com água para poderem se banhar.
Sabiá-poca Nome Científico:Turdus amaurochalinus Família: Turdidae Também chamado de sabiá-branco, tem 21 cm, com dorso em tons escuro, o peito é mais claro. Possui um ar de bravo devido a marca escura entre o bico e o olho. Seu bico é forte e amarelado no período da reprodução. Alimenta-se no solo, insetos e frutos. O bico fica amarelado no período da reprodução a a partir de agosto. A postura é de 3 ovos.
Saíra-preciosa Família: Thraupidae Nome Científico: Tangara preciosa Comprimento: 15 cm. Possui peito esverdeado, ponta das asas e cauda azuis com base creme. Cabeça e dorso bege. Os olhos são circundados por uma faixa negra. As fêmeas possuem o corpo esverdeado e a cabeça bege. Os filhotes possuem cores mais pardas. Alimenta-se de insetos e frutas. Encontrado nas matas de araucária e bordas de matas.
Saíra-Viúva Nome Científico: Pipraeidea melanonota Família:Thraupidae Possui 15 cm de comprimento. Possui peito e garganta amarelos, preto ao redor do olho, alto da cabeça em azul claro, asas e dorso azul mais escuro. Alimentam-se de frutos, sementes e insetos. Constrói ninhos feitos com musgos no alto das árvores. Ocorre em todo o Brasil.
Sanhaço-amarelo Nome científico: Pipraeidea bonariensis Família : Thraupidae Sanhaço-amarelo, ou Sanhaço-papa-laranja, pássaro de grande beleza pelo contraste entre o amarelo do peito e azul da cabeças e asas. Possuem 18 cm de comprimento, consomem frutas, pode-se observá-lo alimentando-se de frutas no pé. Seu ninho lembra uma taça. Podem ter mais de uma ninhada em cada temporada, os filhotes, 2 a 3, nascem em 13 dias de postura. O macho possui a cabeça azul com uma máscara negra na altura dos olhos. O peito e uropígio são alaranjados , as asas são azuis com negro. A fêmea tem cores mais discretas, em tons esverdeados. Vivem em pequenos bandos, ou pares. Preferem matas abertas ou áreas de cultivo, mas adaptam-se em ambientes urbanos, como jardins, praças e parques.
Sanhaço-cinzento Nome científico: Thraupis sayaca Família : Thraupidae Esta ave alimenta-se principalmente de frutos, por isso é classificada como frugívora. Encontrada nos eucaliptos, matas abertas, mas também em centros urbanos. Seu cinza azulado é bem característico. Quando jovem suas cores são mais cinzentas.
Sanhaço-frade Nome Científico: Stephanophorus diadematus Família: Thraupidae Sua plumagem é azul, com branco no alto da cabeça e topete vermelho. Máscara negra sobre os olhos. Sua alimentação é frugívora. Três a quatro ovos são chocados num ninho tipo tigela e incubados por 13 dias. Conhecido como azulão da serra. O ipê-amarelo está cheio de brotinhos de folhas novas eles estão se alimentando das folhinhas novas. Mede 19 cm de comprimento e aparecem no ipê aos pares.
Saracura-do-mato Nome Científico: Aramides saracura Família: Rallidae As saracuras quando cantam estão chamando chuva, isso acontece de manhã cedinho ou a tardinha. Elas são muito ariscas. Vi uma delas ao longe e constatei um bando de saracuras. Estavam próximas ao rio. Elas tem muita habilidade de subir o barranco ao redor do rio e esconder-se. Pequenas mas com pernas compridas tem facilidade de se locomover.
Suiriri Nome Científico: Tyrannys melancholicus Família:Tyrannidae Pássaro agressivo e solitário. Mede 21 cm. É uma ave migratória. Possui a garganta cinza, peito amarelo e dorso oliváceo. Possui um topete alaranjado que fica oculto. Pousam em lugares altos, como fios de energia elétrica e alto das árvores, assim ampliam seu campo de visão para capturar insetos, ou proteção dos ninhos. No RS aparece no verão, depois migra para o norte.
Surucuá-variado Nome Científico: Trogon surrucura Família: Trogonidae Aqui na região serrana de Caxias do Sul encontra-se a subespécie Trogon surrucura surrucura com o peito vermelho. A subespécie aurantis possui o peito amarelo. Medem cerca de 30 cm. Macho e fêmea são diferentes nas cores, as fêmeas possuem o peito vermelho mas são cinzentas, como os jovens, enquanto que os machos são mais coloridos, possuem cabeça azulada e costas verdes.
Tangará-dançador Nome Científico: Chiroxiphia caudata Família: Pipridae Pequenos com comprimento de 13 cm. Possui dimorfismo sexual, os jovens são esverdeados, o jovem macho possui a coroa vermelha no alto da cabeça que continuará quando adulto, porém a plumagem esverdeada ficará azul celeste, com a cabeça e pescoço pretos. Ponta das asas e cauda também são negras. As fêmeas são esverdeadas. Pássaro onívoro, alimentase de frutinhas e pequenos artrópodes. O ninho é construído com o auxílio de teias de aranha. Por 18 dias a fêmea incuba dois ovos. Uma característica dessa espécie é a poligamia, com um macho dominante. Os machos enfileiram-se para apresentarem-se à fêmea. Encontra-se principalmente na região sudeste e sul.
Tecelão Nome Científico: Cacicus chrysopterus Família: Icteridae Pássaro tecelão, nome devido a sua habilidade de tecer seu ninho. Também conhecido como Sargento. Pássaro negro com uma faixa amarela nas asas, de grande contraste. Mede em torno de 17 cm. Tem o dom de imitar outros pássaros.
Tesourinha Nome Científico: Tyrannus savana Família: Tyrannidae Possui um boné preto na cabeça, peito branco e penas longas que caracterizam seu nome. Aparecem na primavera, em bandos. Migram em grupos, encontrados em áreas abertas, matas e na cidade também.
Tico-tico Nome Científico: Zonotrichia capensis Família: Emberizidae O tico-tico é muito conhecido no Brasil, chamado por nomes diferentes conforme a região em que se encontra, como toinho e tiquinho. É muito comum nas cidades. Às vezes confundido com o pardal. O ninho é feito no chão ou próximo ao chão, em árvores ou arbustos baixos. O tico-tico é vítima de outros pássaros que usam seu ninho para nidificar, como o parasita chopim.
Tiê-preto Nome Científico: Tachyphonus coronatus Família: Thraupidae
A plumagem é azul escura brilhante, conforme a iluminação pode parecer escura. Aparece em grupos de 3 ou 4 indivíduos, acompanhados de uma fêmea, em tons marrom. Bate as asas rapidinho aparecendo o branco embaixo das asas. Tem uma crista vermelha que fica escondida a maior parte do tempo. Mede em torno de 18 cm. Alimenta-se de sementes, frutos, e insetos. Frequenta comedouros com quirera de milho e migalhas de pão. Confecciona o ninho com ramos e folhas onde são postos de 2 a 3 ovos.
Tiriva-de-testa-vermelha Nome Científico: Pyrrhura frontalis Família: Psittacidae Bandos de tirivas passam pela comunidade, principalmente a tardinha. São verdes, com tom mais escuro no dorso. Ao redor do olho um círculo branco se destaca. Essas foram vistas nas redondezas alimentando-se de caqui. Medem em torno de 27 cm, alimentam-se de frutas, verduras, insetos, sementes e larvas.
Tororó Nome Científico: Poecilotriccus plumbeiceps Família: Rhynchocyclidae Alimenta-se de insetos e larvas. Essa pequena ave possui 9
cm de comprimento, ocorrem na borda de matas úmidas.
Trepador-quiete Nome Científico: Syndactyla rufosuperciliata Família: Furnariidae Há tempos pensei que esta ave fosse um arapaçuu, porém a dúvida era a diferença do bico, maior no arapaçu, mas consegui gravar sua vocalização e descobri que é um trepador-quiete. Comprimento: 17 cm. Rajado no peito, costas em tons de marrom, cauda avermelhada. Faixa branca sobre o anel ocular. A garganta é mais clara. Pula de galho em galho vocalizando enquanto captura insetos nas árvores. Alimenta-se de insetos.
Trepadorzinho Nome Científico: Heliobletus contaminatus Família: Furnariidae A primeira vista parece um pica-pau ou um arapaçu, mas é da família Furnariidae, a mesma do joão-de-barro. Bico curto e forte e estrias pelo corpo, garganta esbranquiçada. Faixa clara sobre o olho. Ele é muito rápido, tem 13 cm de comprimento, no pé de uma árvore, vai subindo capturando insetos por toda árvore até o alto, depois desce aos pés de outra árvore reiniciando sua labuta.
Trinca-ferro Nome científico: Saltator similis Família: Thraupidae Alimenta-se de frutos, insetos, sementes, folhas e flores. Seu nome é devido ao seu bico forte. A lista branca acima dos olhos é uma de suas características. Dorso e asas esverdeadas. Mede em torno de 22 cm. Esse pássaro tem um canto forte para atrair a fêmea e marcar território. Infelizmente é uma ave muito procurada para comércio ilegal. A garganta esbranquiçada, com asas esverdeadas, cauda e lados da cabeça acinzentados. Sobre os cílios apresenta uma listra branca. Seu nome provém do seu bico forte. Tucano-de-bico-verde Nome científico: Ramphastos dicolorus Família: Ramphastidae Os tucanos quando aparecem na comunidade, provocam muito alarde de outros pássaros, principalmente o bem-te-vi-rajado que os atacam quando rondam os ninhos. Pois além de se alimentarem de frutos, alimentam-se também de filhotes e ovos nos ninhos de aves.
Tuque Nome Científico: Elaenia mesoleuca Família: Tyrannidae Espécie migratória, aparece no estado do RS na época da nidificação. Muito semelhante a Guaracava-de-bico-curto (Elaenia parvirostris), porém esta última possui uma crista branca escondida. No local onde foi fotografada essa espécie foi encontrado um filhote caído fora do ninho, morto, ao ser examinado verificou-se escoriações em uma das asas e não possuía a crista branca. Possui 15 cm de comprimento. Partes superiores são cor oliva com barras claras nas asas, peito mais claro. O olho é marcado por um anel de cor clara, realçando o olho escuro. Alimenta-se de frutos e insetos. Põe 2 a 3 ovos em um ninho de pouca altura, camuflados com líquens.
BIBLIOGRAFIA
BELTON, William, Aves Silvestres do Rio Grande do Sul, 4ª ed.atual.-Porto Alegre: Fundação Zoobotânica do Rio Grande do Sul, 2004 NAROSKY, Tito, Aves de Argentina y Uruguay: guia para la identificación: edicion de oro/15ª ed. – Buenos Aires: Vazquez Mazzini, 2003
CRÉDITO DAS FOTOS:
Cláudia B. Fredo Gessy B. Dillon Valesca F. Longarai Vera Elenita Medeiros