Revista VERO | Mai/2014

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CADERNO NEURÔNIO q .BSJP 4FSHJP $PSUFMMB q 'MÂWJP (JLPWBUF q -VJ[ 'FMJQF 1POEÉ q $BSMPT +ØMJP q 9JDP 4Â

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MIAMI

6N SPUFJSP OBEB DPOWFODJPOBM EB DJEBEF F TFV NFSDBEP JNPCJMJÂSJP ATITUDE ALPHAVILLE )JTUÒSJBT JOTQJSBEPSBT EF HFOUF EB SFHJÇP ACABOU A LUZ? %JSFUPSB SFHJPOBM EB "&4 &MFUSPQBVMP Maria Tereza Vellano FYQMJDB P QPSRVÊ

“A AUTOAJUDA

É ESCRAVIZANTE”

CLÓVIS DE BARROS FILHO, um dos grandes pensadores da atualidade, lança o livro Ética e vergonha na cara!


COLE NESSA ATITUDE! Ajude a trazer mais cultura, mais alegria e mais gentileza para a nossa regiĂŁo!

O movimento Atitude Alphaville promove iniciativas para melhorar o dia a dia na nossa regiĂŁo por meio de atitudes simples! Participe dos eventos, leia as matĂŠrias, cole o adesivo no seu carro e compartilhe essa ideia.


SEJA UM EMBAIXADOR

Os Embaixadores Atitude Alphaville ajudam a implementar de forma colaborativa as ações da campanha. Por essa contribuição direta com a transformação positiva da região, seus trabalhos são amplamente divulgados na VERO. Inscreva-se pelo email atitude@vero.com.br

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COLE ESTE ADESIVO NO SEU CARRO PEGUE NESTA EDIÇÃO DA VERO OU LIGUE E PEÇA O SEU: (11) 4195-9666

VÍDEO

VEJA MAIS NAS PÁGINAS 30, 36, 40 E 42 realização

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COPATROCÍNIO

APOIO

APOIO ESPECIAL EDUCAÇÃO

Colégio Objetivo Escola Castanheiras Escola Morumbi Red Balloon

Para patrocinar e apoiar esta campanha: atitude@vero.com.br - (11) 4195-9666


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Vem aí

a 3ª Edição

do Festival Gourmet

17 de maio no Iguatemi Alphaville

Entrada Gratuita

Horário: das 12h às 21h Acesso exclusivo ao evento pelo PISO XINGU

Em ep

Venh gastr de tu www

Promo

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Marcio Silva Jorge Gonzalez

Rafael Leão VILLE DU VIN BISTRÔ

BUZINA FOOD TRUCK

Thiago Caiafa e Ricardo Vieira

Chef Dimitrios MYLOS

CULINÁRIA MINEIRA

Walter Cordeiro BENDITA HORA

Edson Brito NAGARÊ SUSHI

Brunno Cesar Martins Oliveira CERVEJARIA PATRIARCA

Francisco Aldueles

Luana e Fabio Perez

GARDENIA

BENDITO CACAO

Carlos Ohata

Alex Caputo

ROPPONGI

EATINERANTE

Priscila Oliveira

John Carvalho

POBRE JUAN

TRATTORIA VITÓRIA RÉGIA

E mais: espaço kids e programação musical Venha conferir e provar! Novo cardápio, novos participantes e uma experiência gastronômica para toda a família, acesse nosso Facebook e fique por dentro de tudo o que acontece no 3º Festival Gourmet Alphaville. www.facebook.com/FESTIVALGOURMETOFICIAL Promoção

Realização

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sumĂĄrio

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24 Coquetel 0 RVF UFN EF OPWP

ESPECIAL

MIAMI

Entrevista Maria Tereza Vellano, diretora regional da AES Eletropaulo

30 Atitude Cultura Projetos e histórias de pessoas RVF USB[FN DVMUVSB QSB SFHJÇP

Dicas de lazer, cultura e Atitude Alegria NFSDBEP JNPCJMJĂ‚SJP EB DJEBEF &NCBJYBEPSFT EJTUSJCVFN B 1Ă?MVMB EB "MFHSJB FN "MQIBWJMMF

40 Atitude Educação O que as escolas da regiĂŁo UĂŠN QSB DPOUBS

42 Atitude Jovem #BJMBSJOBT QJBOJTUBT F DBNQFĂ–FT EF IJQJTNP NPTUSBN TFVT UBMFOUPT

Vitrine

DIVULGAĂ‡ĂƒO

Caderno NeurĂ´nio

EDITOR EXECUTIVO Chico Max q DIJDPNBY!WFSP DPN CS EDITORA CONVIDADA Jacyara Azevedo REPORTAGEM (BCSJFMB 3JCFJSP COLABORADORES DE TEXTO %BOJFMB 7JOJD 'MĂ‚WJB 1JĂ‘B (BCSJFMB "SBĂ˜KP .BSDPT %JFHP /PHVFJSB 1SJTDJMMB ;BNBSJPOJ F 3FOBUB 1SJNBWFSB DESIGN Chico Max (direção), JanaĂ­na Diniz (designer) e Eduardo Prieto (estagiĂĄrio)

Moda

REVISĂƒO 3GB Consulting

2VBUSP NÇFT FTDPMIFN P RVF HPTUBSJBN EF HBOIBS OP 4IPQQJOH 5BNCPSÉ

3Âş Festival Gourmet 0 FWFOUP NBJT HPTUPTP da regiĂŁo estĂĄ de volta

100 Planejamento Urbano Barueri vai ganhar revitalização no centro da cidade

“A questĂŁo ĂŠ que falar a verdade TPCSF BT DPJTBT NVJUBT WF[FT QBSFDF VNB GBMUB EF FEVDBĂˆĂ‡Pt Luiz Felipe PondĂŠ

GERENTE 3PCFSUB 'VSMBO q SPCFSUBGVSMBO!WFSP DPN CS

FOTOGRAFIA /JOB "NBSBM 1SJTDJMMB ;BNBSJPOJ 3PESJHP 4BDSBNFOUP F 3PHÉSJP "MPOTP

Especial Dia Das MĂŁes

ClĂłvis de Barros Filho: advogado, jornalista, professor e consultor de ĂŠtica da Unesco

DIRETOR Marcos Lage Gozzi q NBSDPT!WFSP DPN CS

4VHFTUÖFT EF QSFTFOUFT QBSB BT NBNÇFT

Nossa stylist FlĂĄvia PiĂąa apresenta as tendĂŞncias para o inverno

44 Capa

VERO

102 Gente &WFOUPT F QFTTPBT FN EFTUBRVF

Persona Reynaldo Collesi ĂŠ dentista, professor universitĂĄrio e palestrante

PRODUĂ‡ĂƒO GRĂ FICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Luiz Vasconcellos, Pupi Serra, Thiago Soler e Maria Dulce Toledo (assistente) CAMPANHA ATITUDE ALPHAVILLE Felipe Marcon

GRUPO VERO EDITORA LAGE & IVANESCIUC LAGE & IVANESCIUC COMUNICAĂ‡ĂƒO LAGE & IVANESCIUC SERVIÇOS "M 3JP /FHSP &E +BĂˆBSJ $K "MQIBWJMMF #BSVFSJ 41 Ä? SFQPSUBHFN!WFSP DPN CS BOVBSJP!WFSP DPN CS WFSP DPN CS DIRETOR DE OPERAÇÕES Walter Coscia GERENTE FINANCEIRA AndrĂŠa Rodrigues q BOESFB!WFSP DPN CS DEPARTAMENTO FINANCEIRO Lilian Merçon (assistente financeira) F 8FTMMFZ %BNBTDFOP BVYJMJBS çOBODFJSP DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES &NBOVFMMF $PFMIBT (assistente de infraestrutura) CTP, IMPRESSĂƒO E ACABAMENTO GrĂĄfica Pancron NJM FYFNQMBSFT

Cortella

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PondĂŠ

Gikovate

Carlos JĂşlio

Xico SĂĄ

FOTO DA CAPA RogĂŠrio Alonso

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editorial

“Existo, logo penso” A

capa desta edição traz um dos pensadores da nova safra, o advogado, jornalista e professor de ética da USP Clóvis de Barros Filho. Com 48 anos, casado e pai de três filhos, ele vem ganhando fama com sua personalidade espontânea – e a habilidade de traduzir teorias filosóficas para uma linguagem fácil e até engraçada. Acima de tudo, o paulistano prega um olhar realista diante da vida, sem falsas expectativas ou fórmulas prontas. Para isso, sugere: “Ninguém entende mais de você do que você. Então, você tem que explorar toda a sua potencialidade reflexiva para viver da melhor maneira possível”. Em sua coluna aqui na VERO, o filósofo Luiz Felipe Pondé vai na mesma linha: “As expectativas num mundo competitivo são altíssimas, por isso o mínimo de esperança vale tudo”, cutuca. Mas não se engane. As provocações podem impulsioná-lo para uma postura otimista, no sentido de apropriar-se do seu momento presente (sem ficar responsabilizando os outros pelas suas frustrações). Pensando assim, o movimento

Atitude Alphaville propõe uma mudança na forma de se relacionar com o lugar onde você vive. Os embaixadores da campanha já descruzaram os braços. Eles estão se reunindo periodicamente para provar que atitudes simples podem transformar todo o entorno. A partir da página 30, você confere a terceira reportagem da série – ela fala sobre a importância de fomentar a cultura, mostrando gente daqui da região comprometida em fazer a sua parte. A revista traz muito mais: uma entrevista com a diretora regional da Eletropaulo, Maria Tereza Vellano, em que ela explica por que falta tanta luz por aqui (e o que a concessionária está fazendo para resolver o problema) e uma matéria especial sobre Miami, com dicas para curtir a cidade e até investir em imóveis em um mercado superacessível. Em Vitrine (página 64) e no Especial Tamboré (página 76), dicas para presentear no Dia das Mães. Finalmente, no dia 17, acontece a terceira edição do Festival Gourmet, no Iguatemi Alphaville. Corra até a página 82 para conhecer as novidades do evento.

Chico Max Editor executivo



coquetel

PASSEIO EM RODAS

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IMAGENS SHUTTERSTOCK

Aficionados por motos agora têm encontro marcado todas as quintas-feiras na Motorbike Garage, em Alphaville. O Quinta’s Night Ride reúne motoqueiros de todos os tipos para falar sobre a paixão pelas duas rodas e fazer passeios em grupo, que somam cerca de 100 km, ida e volta. A reunião começa por volta das 18h30, e a partida é às 20h, com volta prevista até a meia-noite. QUINTA’S NIGHT RIDE – MOTORBIKE GARAGE – AL. ARAGUAIA, 1.645 ALPHAVILLE – (11)4195-9324 MOTORBIKEGARAGE8.COM.BR

Iguatemi para os pequenos

Durante este mê, palhaços, contadores de histórias e malabaristas fazem a festa da criançada no espaço lazer do Parque Shopping Barueri – todos os sábados a partir das 14h. Todo mundo que participa ainda ganha pipoca e algodão-doce durante a brincadeira gratuita. PARQUE SHOPPING BARUERI – (11) 4688-6800 PARQUESHOPPING BARUERI.COM.BR

IGUATEMI ALPHAVILLE – PISO XINGU – (11)2078-8000 IGUATEMIALPHAVILLE.COM.BR

GUESS NO VILLALOBOS

DIVULGAÇÃO

Maio no Parque Shopping Barueri

Até o dia 26 de maio, um circuito para pilotar carrinhos elétricos (brincadeira chamada de Off Road Kids) vai divertir crianças entre 2 e 8 anos no Iguatemi Alphaville. A diversão custa R$ 15, com direito a sete voltas. Funciona de segunda a sexta, das 14h às 20h; sábados, das 11h às 21h; e domingos, das 13h às 20h. A partir do dia 27 de maio, é a vez do Bumber Boat fazer a alegria da meninada. O pedalinho na água, movido a bateria, é indicado para meninos e meninas a partir dos dois anos (com peso máximo de 60 kg). Cinco minutos saem pelo preço da atração anterior. O horário também é o mesmo.

A grife americana inaugurou em abril sua loja no shopping VillaLobos – a terceira unidade a abrir as portas no Brasil. Em suas araras e prateleiras estão as linhas feminina, masculina e de acessórios (relógios, bolsas e óculos), todas da coleção outonoinverno 2014. A primeira loja GUESS chegou ao país em 2013. GUESS – SHOPPING VILLALOBOS SEGUNDO PISO – LJ 212 (11)3024-3738 – GUESS.COM

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coquetel

DIVULGAÇÃO

+ SOBRE DORIVAL CAYMMI Até o dia 30 de julho, a Galeria de Artes de Barueri (que funciona no Teatro Municipal) apresenta a mostra Dorival Caymmi, 100 Anos. A exposição é uma homenagem ao centenário do artista baiano e relembra vida e obra do cantor, compositor, violonista, pintor e ator brasileiro – entre suas canções de sucesso estão Samba da Minha Terra, Marina, Samba da Bahia, O Dengo Que a Nega Tem e Saudade de Itapoã. As visitas podem ser feitas de terça à sábado, das 9h às 18h. A entrada é gratuita. EXPOSIÇÃO DORIVAL CAYMMI, 100 ANOS GALERIA DE ARTES DE BARUERI R. MINISTRO RAPHAEL DE BARROS MONTEIRO, 255 JARDIM DOS CAMARGOS – BARUERI (11)4198-0972

Coworking O OrgâniCO Creative Coworking, um espaço de trabalho compartilhado que já funciona na Al. Rio Negro, será inaugurado oficialmente em agosto no Alpha Square Mall. Dez arquitetos assinam a concepção do projeto, que promete inovar o conceito de espaço coletivo. ORGÂNICO CREATIVE COWORKING AL. RIO NEGRO, 585 – ED. JAÇARI BLOCO A – 4º ANDAR – ALPHAVILLE (11)4195-9666

Novas lojas no Tamboré

Nos dias 24 e 31 de maio, às 20h, no Auditório Alphaville, se apresentam artistas da música erudita com carreira internacional. Uma delas é a soprano Gabriela Pace, vencedora do Prêmio Carlos Gomes 2010. A artista vai apresentar obras vocais baseadas em personagens femininas dos romances de Goethe, em canções e árias de Schumann, Schubert, Gounod, entre outros. O ingresso custa R$ 140. Estudantes e idosos pagam meia-entrada. CENTRO COMERCIAL ALPHAVILLE CENTROCOMERCIAL.COM.BR

SHOPPING TAMBORÉ (11)2166-9702 SHOPPINGTAMBORÉ.COM.BR

MAIS OPÇÕES NO ALPHASHOPPING

A Le Casa, loja de decoração, e a iChicas, de moda feminina, acabam de abrir as portas no AlphaShopping. A primeira é especializada em cama, mesa e banho. Já a segunda apresenta linhas de roupas assinadas por nomes como Clara Ibarguren, Ayres e Sathya. ALPHASHOPPING – (11) 4191-1190 ALPHASHOPPING.COM.BR

IMAGENS SHUTTERSTOCK

Música erudita no CCA

Quatro lojas foram inauguradas no Shopping Tamboré: a joalheria Pandora, com mais de 10 mil unidades em 65 países; a marca de moda masculina Kingster; a rede de sorvetes premium Cold Stone; e a grife de calçados e acessórios femininos Anacapri.

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entrevista

Luz no fim do túnel por Daniella Vinic foto Rogério Alonso

Diretora regional da AES Eletropaulo, Maria Tereza Vellano fala sobre os frequentes problemas de queda de energia na região e o que a concessionária está fazendo para resolver essa questão 28 | VERO | MAIO | 2014

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uem mora ou trabalha por aqui sabe: a qualquer instante, mesmo sem um temporal, pode faltar energia elétrica na região. Por esse motivo, a VERO procurou a AES Eletropaulo para saber qual a posição da fornecedora diante de um dos maiores problemas enfrentados pelo bairro. Em entrevista à VERO, a diretora regional da concessionária, Maria Tereza Vellano, explicou o motivo das falhas. “Hoje a maior parte da queda de energia em Alphaville ocorre pela queda de galhos e árvores sobre a fiação elétrica e pela interferência na rede causada por ventos ou outros agentes. Um pequeno percentual ainda vem de postes derrubados por colisões de veículos, além dos desligamentos programados para melhorias no sistema”, diz ela, e adianta quais são os investimentos da empresa para resolver o problema. O maior deles promete transformar Barueri no primeiro município em região metropolitana do Brasil a contar com uma rede inteligente de distribuição de energia, à altura das utilizadas na Europa e nos Estados Unidos. O projeto, batizado Smart Grid, vai implementar medidores digitais em 62 mil casas, comércios e indústrias da cidade de Barueri e parte de Vargem Grande, para monitorar automaticamente o fornecimento (ou a falta) de energia – detectando defeitos na rede e acionando a concessionária automaticamente. Dependendo da ocorrência, o serviço de restabelecimento ocorrerá de forma remota. Com a tecnologia, os clientes ainda poderão acompanhar diariamente seu consumo. O valor investido será de R$ 72 milhões, e os primeiros medidores eletrônicos já devem ser instalados a partir deste mês. A seguir, outras ações em andamento no município. Uma das grandes reclamações dos moradores de Alphaville diz respeito às constantes quedas de energia. Quais os projetos previstos para minimizar os problemas na região? A AES Eletropaulo está atenta

e vem investindo em melhorias para o bairro. Um exemplo é a obra na Avenida Yojiro Takaoka. A reforma substitui postes e fiações por redes mais robustas, chamadas “spacer cable”. Esses cabos de alta tecnologia evitam o desligamento automático quando há qualquer intervenção externa, aumentando portanto a confiabilidade do sistema. O investimento nessa ação é de R$ 1,2 milhão, e a conclusão está prevista para a segunda quinzena de maio. Nos últimos meses, já percebemos uma diminuição no número de reclamações. Realizamos reuniões constantes com nossos clientes corporativos e do Poder Público, para acompanhar os indicadores de qualidade – nelas, apresentamos todo o plano de investimentos por parte da concessionária e nossos esforços para melhorar o fornecimento de energia e os serviços prestados pela empresa. Além disso, escolhemos Barueri para ser o primeiro município em região metropolitana do Brasil a ter uma rede de ponta com o projeto Smart Grid. O que é a tecnologia Smart Grid? A Smart Grid integra as tecnologias de automação e de medição eletrônica na rede elétrica às residências dos clientes. Ela é suportada por uma infraestrutura de telecom e TI, o que possibilita à distribuidora de energia monitorar e controlar remotamente a rede. Uma das vantagens é que os clientes não precisarão ligar para o call center e informar a falta de energia: a concessionária identificará automaticamente a interrupção e, dependendo da ocorrência, executará comandos à distância para restabelecer o sistema. Caso seja necessário o envio de equipe, a empresa informará o cliente via SMS sobre a ocorrência e a previsão de restabelecimento. Outro benefício do sistema é que ele disponibiliza informações diretamente aos usuários, o que permite fazer a autogestão do consumo. Em que fase está a implementação do projeto? Já preparamos toda a rede elétrica para receber o sistema. Os primei-

ros medidores eletrônicos devem ser instalados a partir deste mês (maio de 2014), e a finalização do projeto está prevista para 2017. Estamos investindo em tecnologias de automação das redes elétricas e em telemedição de 100 mil clientes, incluindo os de comunidades que foram regularizadas – a concessionária regularizou todas as comunidades da cidade de Barueri (as que estavam em situações clandestinas, mas que agora têm o fornecimento legalizado).

Os clientes não precisarão ligar para o call center e informar a falta de energia: a concessionária identificará automaticamente a interrupção

Além da atualização tecnológica, vocês pretendem ampliar a capacidade da rede? A concessionária vem fazendo grandes obras na cidade de Barueri e nos municípios do entorno que beneficiarão, inclusive, o bairro de Alphaville. A principal é a do Complexo Jandira, que terá três novas linhas de subtransmissão de energia com aproximadamente 10 quilômetros de extensão e capacidade de transportar um total de 900 megawatts de carga. Essa quantidade é capaz de abastecer cerca de 1 milhão de clientes. A obra está em fase de finalização, com previsão de conclusão para julho deste ano. O investimento desse projeto é de R$ 104 milhões. Fazemos manutenções preventivas periódicas nos circuitos elétricos do bairro, com troca de equipamentos e podas em árvores. A Eletropaulo tem alguma ação focada em sustentabilidade? Temos um ponto de reciclagem em Barueri chamado “Recicle Mais, Pague Menos”, que oferece à população a possibilidade de trocar resíduos sólidos por desconto na conta de energia. Os interessados podem ir ao local da coleta para receber um cartão personalizado. Ao levar os resíduos separados até lá, o material é pesado e precificado (de acordo com a tabela praticada pelo mercado). Não há limite para o desconto, ou seja, se o valor correspondente à pesagem dos resíduos superar o consumido, o cliente não paga a conta e fica com crédito na próxima fatura. A coleta fica na Avenida Marginal Direira, s/n, ao lado da UBS do Jardim Paulista.

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atitude alphaville

Cole o adesivo encartado nesta edição no seu carro e mostre que você quer melhorar o dia a dia na nossa região!

Queremos mais cultura! Através dos tempos, o acesso à cultura vem mudando a visão de mundo da humanidade. A campanha Atitude Alphaville também incentiva a cultura, tema fundamental para a formação das sociedades por Daniella Vinic

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uem nunca entoou um refrão dos Beatles, soltou a imaginação diante do sorriso da Mona Lisa ou encaixou um “ser ou não ser” em alguma conversa entre amigos? Não importa em qual década (ou século) você nasceu, certamente já se deparou com muitos ícones da história – e sabe o quanto eles influenciam a maneira de agir e pensar de gerações inteiras. A campanha Atitude Alphaville também incentiva a cultura, um tema tão amplo e fundamental para a formação das sociedades. Por isso, apresentamos aqui grandes feitos culturais da humanidade, além de pessoas que promovem iniciativas positivas na região. Claro, não temos a pretensão de abranger todo o legado da produção cultural, mas destacamos uma fatia expressiva. O motivo? Queremos inspirá-lo a também deixar a sua mar-

ca. Sim, é disso que trata o movimento Atitude Alphaville: estimular gestos bacanas de gente que mora ou trabalha no bairro, tudo para construir coletivamente um lugar mais gostoso de estar. Lembrando que o projeto foi dividido em três bases: cultura, gentileza e alegria. Nas próximas páginas, você encontra muitas ideias que podem lhe dar alguns insights. Esta seção da revista também mostra o que já está sendo feito pelos embaixadores da campanha, voluntários que se reúnem periodicamente para criar ações colaborativas pela nossa região, como as Pílulas da Alegria (leia reportagem na página 36). Na próxima edição, você vai conferir a cobertura completa de outra iniciativa pensada pelo grupo, uma intervenção feita por artistas locais no letreiro ALPHAVILLE, na entrada principal do bairro. Não perca!

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Augusto Rodrigues

RODRIGO SACRAMENTO

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Para suprir uma carência da sua juventude, o morador de Barueri desde 1984 idealizou a associação Viva Feliz, um lugar para adquirir cultura e trocar experiências Há 14 anos ele colocou em prática um sonho antigo: oferecer capacitação e encaminhamento profissional na periferia de Barueri. Como ele mesmo nunca teve a oportunidade de fazer um curso profissionalizante, Augusto buscou parceiros e apoio para criar a associação sem fins lucrativos Viva Feliz. “Começamos trabalhando com adultos. Com os anos, percebemos que as crianças e os adolescentes também precisavam de atenção, porque ficavam ociosos fora do período escolar”, explica. Em 2010 o lugar passou a oferecer oficinas para esse público também. O projeto ganhou aulas como hip hop, jazz, balé, teatro e violão, todas disputadíssimas. “Além de ensinar a prática, cada oficina aborda questões teóricas da arte, contextualizando a dança, a música ou o teatro na história”, conta. Além da programação fixa, outras atividades como visitas a museus, bibliotecas e teatros acontecem. “À medida que os jovens tomam posse da cultura, eles conseguem compreender o mundo de uma forma mais ampla, fazer melhores escolhas e sair da vida nas ruas”, conclui.

Andrea Colen Sarubbi

Produtora de eventos e moradora de Alphaville, ela usou seu conhecimento para criar um encontro de poesias em casa Uma doença na família pode mudar a vida de todos os envolvidos. No caso de Andrea Sarubbi, para melhor, apesar do diagnóstico de sua mãe, um inesperado problema no coração. “Levei-a para ser cuidada na minha casa e precisava inspirá-la de alguma maneira. Como ela sempre gostou de poesia, decidi fazer eventos em casa, para que conseguisse participar”, diz. Assim, há um ano, em todas as primeiras quintas-feiras de cada mês, a produtora de eventos promove o Poesia de Quinta, que conta com 18 participantes fixos em sua casa, em Barueri. A cada encontro o grupo estuda um poeta brasileiro diferente – pelas redes sociais, a organizadora informa o autor escolhido, e os convidados preparam textos com curiosidades e poesias do escritor para compartilhar. “Além das pesquisas, ainda brincamos de fazer Raikai (um pequeno poema com métricas orientais). Nosso grupo não é grande, mas penso que cada ação como essa pode provocar interesse nas pessoas. Temos uma cultura muito vasta e grandes artistas que precisamos conhecer”, afirma. Precisa dizer mais alguma coisa?

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atitude alphaville

Universo das palavras

Escritas há dezenas de séculos em idiomas arcaicos, escrituras como a Bíblia Sagrada e o Alcorão são as mais traduzidas do mundo ao longo da história – só a Bíblia tem versões em mais de 300 línguas. Depois das obras religiosas, o ranking de livros mais vendidos em todos os tempos inclui as aventuras do cavaleiro errante Dom Quixote e de seu fiel escudeiro, Sancho Pança, escritas por Miguel de Cervantes em 1605 (a estimativa é que a obra do espanhol tenha alcançado mais de 500 milhões de cópias), e O Pequeno Príncipe, do francês Antoine de Saint-Exupéry, publicado em 1943 com as primeiras edições em 60 línguas diferentes. Estima-se que a narrativa poética repleta de ensinamentos filosóficos vendeu cerca de 180 milhões de exemplares. Mais recente, de 1997, o primeiro volume da série Harry Potter atingiu entre 110 e 130 milhões de volumes. Feito da escritora britânica J. K. Rowling, criadora do menino órfão que ingressa em uma escola de bruxos.

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Roseli Aparecida Lopes Barros Olah

Há quatro anos ela ajuda pessoas com deficiências mentais a se descobrirem por meio do teatro Formada em música e pós-graduada em artes cênicas, Roseli trabalha com cultura há mais de 30 anos. Convidada pela Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência de Barueri, em 2010, passou a ministrar oficinas para deficientes mentais e viu surgir o Grupo Asas de Teatro Inclusivo. Duas vezes por semana, ela cuida de dois grupos com 27 alunos que têm Síndrome de Down, paralisia cerebral, autismo, deficiências intelectuais ou surtos psicóticos. Todos, garante, aprendem a respeitar o tempo uns dos outros. “Nosso grupo busca ajudá-los a conquistar autonomia e descobrir suas habilidades.” A partir de conversas surgem textos, cenários, figurinos e trilha sonora para as peças encenadas. “A oralidade, até então adormecida, ressurge com potência e propriedade. A postura tímida e o olhar cabisbaixo ficam altivos e firmes. Essa vivência os ajuda a se socializarem e exercerem seu direito de expressão”, comemora.

Entre telas e pincéis

Com o sorriso mais enigmático do mundo, a Mona Lisa (pintada entre 1503 e 1506), de Leonardo da Vinci, marcou a história da arte. A pintura a óleo exposta no Museu do Louvre, em Paris, ainda é a maior atração do local. Do mesmo artista são as telas de O Homem Vitruviano (datada de 1492) e A Última Ceia (criada entre 1495 e 1498). Seu conterrâneo italiano Michelangelo – pintor, escultor e arquiteto – assina os afrescos da Capela Sistina (desenvolvidos entre 1508 e 1512). De suas esculturas mais célebres destacam-se Davi (1501-04) e A Pietà (1499-1500). O holandês Vincent Van Gogh foi incompreendido até a morte. Sua Noite Estrelada (1889) é uma das mais reproduzidas no mundo. O francês Claud Monet foi precursor do impressionismo com impressão em Sol Levante (1872). Dos espanhóis, Pablo Picasso e sua ousada Les Demoiselles d´Avignon (1907), Joan Miró e o surrealismo de Carnaval do Arlequim (1924-25) e Mulheres e Pássaros ao Luar (1949), e Salvador Dalí, com seus quadros oníricos –A Persistência da Memória (1931) e Sono (1937) –, conquistou a eternidade.

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Sobre os palcos

Escritas no século XIV, as peças teatrais do dramaturgo e poeta inglês William Shakespeare venceram a noção de data e estão entre as mais encenadas do mundo. No topo da lista, adivinhe, aparece Romeu e Julieta – considerada a maior história de amor de todos os tempos. Em seguida vêm suas tragédias, a exemplo de Hamlet, MacBeth, Rei Lear, e as histórias mais divertidas, como Sonhos de Uma Noite de Verão. Pule para o século XX, quando o dramaturgo alemão Bertold Brecht, nascido em 1898, ganhou destaque por escrever teatro com uma linguagem acessível. Ele também fundamentou sua teoria de teatro épico com textos que abordam conflitos sociais. Entre suas peças mais famosas, vale ressaltar Terror e Miséria do Terceiro Reich e A Boa Alma de Setsuan.

Luciano Mendes Aguiar

Engenheiro de formação, ele participa da gestão dos Festivais de Aldeia da Serra, onde mora Inquieto, daqueles que não conseguem ficar alheios às deficiências de sua região, ele se mudou para Aldeia da Serra em 2001. Seis anos depois percebeu que o único evento regional era a Festa de Santo Antônio (quando criou o website da paróquia que frequentava). Resolveu, então, visitar o gabinete da Secretaria de Cultura de Barueri, e logo vieram os resultados. “Levamos para Aldeia oficinas culturais de artes plásticas, artesanato, tricô e crochê, tudo funcionando em salas de uma escola municipal”, orgulha-se. O próximo passo seria organizar um grande evento cultural. Para celebrar os 30 anos de Aldeia da Serra, em 2010 criou o Cultura na Aldeia e se juntou a três sócios. O endereço virtual virou um canal importante para a arte na região. “No mês de março, tivemos mais de 10 mil visitas. O número duplica quando anunciamos a programação do Festival de Aldeia da Serra. A plateia dos eventos também cresceu, 250% em três anos”, comemora.

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Os donos da música

Norte-americano, o ex-caminhoneiro Elvis Presley invadiu as rádios com suas canções em 1954 e logo ganhou fama mundial. Com roupas e cabelo extravagantes, suas apresentações performáticas (e seu jeito rebelde) misturavam música negra, caribenha, folk e gospel. Músicas como Suspicious Minds ou It´s Now or Never, eternizadas em sua voz, continuam embalando gerações. Foram mais de 700 canções gravadas. Mesmo 36 anos após sua morte, seus direitos autorais rendem uma das maiores cifras do meio musical. Nesta seleção temos de lembrar de quatro garotos britânicos, de Liverpool, que chegaram a Nova York apresentando um show na TV, assistido por 73 milhões de pessoas. Era 1964 e The Beatles, banda formada por John Lennon, Paul McCartney, George Harrison e Ringo Star tornou-se a maior do planeta, ultrapassando mais de 1 bilhão de discos vendidos, Yeah, Yeah, Yeah. O quarteto acabou em 1969, mas no ano 2000 uma coletânea com 27 canções tops nas paradas da Inglaterra e dos EUA (a exemplo de Yellow Submarine e I Want to Hold Your Hand) vendeu 13,5 milhões de cópias pelo mundo.

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atitude alphaville

Futebol também é arte

No mês que vem, vamos destacar mais histórias de gente da região com ações de incentivo cultural. Envie sua sugestão para atitude@vero.com.br

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Jogado em praticamente todos os países, o futebol é capaz de reunir o planeta durante as Copas do Mundo – sem juízos de religião ou raça. O torneio teve início em 1930, no Uruguai. De lá pra cá, o espetáculo da bola se repete a cada quatro anos (só não ocorreu nos anos de 1942 e 1946, por conta da Segunda Guerra Mundial). No gramado o mundo conheceu a arte de jogadores como Pelé, Maradona, Zidane, Fontaine, Beckenbauer, Roberto Baggio. Mas o esporte extrapola as linhas do campo. Prateleiras das livrarias estão repletas de livros sobre o tema, há filmes e canções com inspiração nas grandes partidas, sem contar a influência na moda e nos costumes.

PATROCÍNIO

COPATROCÍNIO

Centro Comercial Alphaville De teatro a música clássica, programação cultural é constante Os visitantes que passam pelo Centro Comercial Alphaville não estão apenas a trabalho ou em busca de compras, serviços e restaurantes. Um calendário anual diversificado oferece também boas opções de atividades culturais, muitas delas gratuitas. O projeto Arte na Praça, que será lançado no dia 20 deste mês, por exemplo, permitirá que o público tenha acesso a reproduções (pintadas sobre pedras Goiás) de 50 obras de arte de artistas renomados, a exemplo de Leonardo da Vinci, Claude Monet, Vincent Van Gogh e Cézanne. O artista plástico Angelo Nicolosi, morador de Alphaville, é o responsável pelas peças, que ficarão expostas nas charmosas praças do local. Na agenda do CCA, também não faltam peças de teatro para adultos e crianças, festivais de música, shows ao ar livre e outras ações como Circuito de Piano, Mostra de Orquídeas e atrações infantis – a Praça da Diversão, agora em maio, no dia 31, trará uma oficina de dança especialmente para os pequenos. Ali também estão instaladas a tradicional escola de teatro Macunaíma, escolas de dança, ateliês e até uma feira, chamada Encontro dos Artistas, com artes plásticas, poesia, artesanato e música, realizada em parceria com Norma Amaral, também moradora de Alphaville e artista plástica. Quer curtir um programa cultural pertinho de casa? Passa lá!

APOIO

APOIO ESPECIAL EDUCAÇÃO Escola Castanheiras Escola Morumbi Colégio Objetivo Red Balloon

NESTA EDIÇÃO

ENTREGUE EM

MARÇO E ABRIL

VÍDEO

PREVISTO PARA

AGOSTO

Participe! Leia as matérias, cole os adesivos e seja um voluntário nas ações! Informações: atitude@vero.com.br

ATITUDE ALPHAVILLE EM ÁUDIO E VÍDEO

OU DIGITE TVERO DIGITAL

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atitude alphaville

Pílulas da

alegria

Distribuídas na rua por voluntários, caixinhas de balas com frases simpáticas são a primeira ação da campanha. Em um domingo típico no bairro, muita gente provou e sorriu

“L

egal ficar sorrindo à toa, sorrir pra qualquer pessoa...” Embalados por versos de músicas que falam da simplicidade e da alegria no dia a dia, embaixadores da Atitude Alphaville surpreenderam ciclistas, pedestres e motoristas do bairro na manhã do domingo 6 de abril. Quem passou pela Via Parque, pela pista de cooper da Mamoré ou pela praça da Gruta naquele dia pôde apreciar música ao vivo – na voz do cantor Jorginho, conhecido nos bares da região – e ganhar água, bexigas, adesivos e “pílulas da alegria”, caixinhas de balas personalizadas com uma recomendação simbólica: “Tome sempre que desejar sorrir”. Vestidos com jalecos de médico e munidos de estetoscópios e maletas repletas de pílulas, os embaixadores do Atitude Alegria realizaram sua primeira ação, idealizada durante as reuniões que o grupo faz periodicamente. A ideia era simples: fazer

por Gabriela Araújo fotos Igor Dias sorrir. E funcionou. A moradora de Alphaville Iris Zahotei passeava de bicicleta na Via Parque quando foi abordada pela iniciativa. “Isso é ótimo, deveríamos ter sempre. Agora estou exalando alegria”, brincou a ciclista. Não era média. Depois de terminar seu circuito, ela voltou ao local onde os voluntários estavam reunidos para fotografar o grupo. “Vou divulgar para os meus amigos. Atitudes assim precisam ser compartilhadas, têm que contagiar as pessoas”, disse animada. Flávia Simonelli, que caminhava na pista da Mamoré, concorda. “A ação desperta nossa consciência para olhar mais o outro. Um sorriso ou qualquer gesto de gentileza mudam a realidade, a minha e a da pessoa ao lado”, falou. Na saída da missa da Gruta, mais uma surpresa. O prefeito de Barueri, Gil Arantes, foi abordado pelo grupo. “Esta é uma ação importante. Não podemos nos acostumar com a frieza, precisamos de alegria em nossas

Na foto acima, Cinthia Bispo, Alcione de França, Felipe Marcon, Julieta Burke, Luciano Carneiro, Jorginho, Adriana Capobianco, Bunny Man, Roberta Furlan, Daniela Bartoletti, Rejane Gabriel e Alex Gaspar

relações”, disse ele ao receber pílulas de uma das embaixadoras.

POR UMA BOA CAUSA Os voluntários que se inscreveram para serem embaixadores da Atitude Alphaville foram divididos em três grupos: Mais alegria, Mais Gentileza e Mais Cultura. Batizados de embaixadores da campanha, eles são moradores ou pessoas que trabalham na região de Alphaville. Todos têm em comum o carinho pelo bairro. Um exemplo é o da Alcione França, que mora no Parque Imperial, em Barueri, mas trabalha em Alphaville há dez anos. Ela acredita que o grupo terá um importante papel nos problemas da região. “Essa é uma atitude simples, criativa. Ela ajuda as pessoas a perceberem que o amor e o espírito da alegria são necessários. É bom ver que, apesar das dificuldades, dá para manter a alegria.” A moradora Adriana Capobianco, no bairro há 30 anos, também

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# entrou no grupo de embaixadores em busca de dar sua contribuição para o lugar onde cresceu: “Senti necessidade de fazer algo. Antes a região era calorosa, os vizinhos se conheciam. Hoje as pessoas estão muito preocupadas com elas mesmas, e Alphaville pode perder suas características”. Para ela, ações como a Atitude Alphaville podem resgatar essas qualidades. “Pequenas atitudes podem estimular a transformação na comunidade”, defendeu. Outra embaixadora presente no encontro, Rejane Gabriel, mudou-se para Alphaville há apenas cinco meses. “Vim do interior e lá estava acostumada a puxar papo. Aqui tem quem entra no elevador e não responde o seu bom-dia, mas eu acredito nas pessoas, um empurrãozinho pode deixar qualquer um mais feliz e gentil”, disse. O coordenador da Atitude Alphaville, Felipe Marcon, compartilha a opinião. “Nossa intenção aqui é espalhar a alegria, fazer as pessoas rir, mudar o dia com um pequeno gesto. Já tivemos várias ideias e escolhemos esta primeira ação. Filmamos tudo e vamos soltar um viral na internet para atingir o maior número de pessoas possível”, explicou ele. A organização dos embaixadores, todos voluntários, foi fundamental para a realização das “Pílulas da Alegria”. “O desenvolvimento desse grupo e desse movimento mostra

VIU ALGUM TIPO DE GENTILEZA OU ALEGRIA NO SEU DIA? FOTOGRAFE E MARQUE COM AS HASHTAGS: #ATITUDEALPHAVILLE #ATITUDEMAISALEGRIA #ATITUDEMAISGENTILEZA

Todo mundo se divertiu na blitz: famílias ouviram música, crianças brincaram com bexigas, muita gente ganhou adesivos e água da campanha. Até o Demutran parou para brincar!

Apoio desta ação:

que a mudança é possível na região. Tudo aqui partiu dos embaixadores, a ideia, a execução, a busca por apoiadores. Trata-se de uma ação da comunidade”, afirmou Roberta Furlan, gerente da VERO. Foram distribuídas um total de 200 caixinhas de pílulas da alegria, além de bexigas e garrafas d’água. Os embaixadores idealizaram toda a ação, buscaram os apoios necessários e foram para as ruas distribuir sorrisos! Em breve novas iniciativas como essa tomarão as ruas de Alphaville.

QUER VER UM PEQUENO VÍDEO DA AÇÃO? ACESSE!

VÍDEO

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INFORMAÇÕES: ATITUDE@VERO.COM.BR

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[ atitude educação ] HORA DE LER

Uma manhã dedicada à literatura. Assim será o dia 10 de maio na Escola Castanheiras, que, das 10h às 14h, reúne alunos, pais, amigos, professores e funcionários para o Encontro de Leitores. "Este projeto foi planejado como uma estratégia de formação permanente. Lemos, refletimos, pensamos e ampliamos a nossa visão de mundo. Isso nos torna mais sensíveis para perceber e valorizar a diversidade", diz a coordenadora pedagógica Ester Broner. O Encontro de Leitores se destaca como um dos mais expressivos e importantes atos de cultura da Escola. Uma festa literária e democrática: escritores importantes são homenageados, escritores nascentes são apresentados e leitores se multiplicam.

A Terra em pauta

GIORGIO FALCO

IMAGENS SHUTTERSTOCK

Em tempos de crise ambiental, não adianta discursar sem dar o exemplo. Pensando nisso, a Red Balloon colocou mais uma vez a garotada para fazer uma série de atividades reutilizando materiais como caixas de papelão e leite, jornais ou vidros de geleia. A iniciativa, batizada de Earth Day, aconteceu nos dias 23 e 24 de abril para encorajar os alunos a se interessar por atitudes que contribuam para a sustentabilidade e a preservação do meio ambiente (e da vida na Terra!). “Devemos respeitar e cuidar do lugar onde vivemos”, diz a coordenadora da escola Jacqueline Soares.

ALUNOS NA ESTRADA

BOA PEDALADA

Falar de um assunto sério pode ser bem divertido. Para comemorar a Semana do Meio Ambiente, o Colégio Objetivo realiza, no fim do mês, o Passeio Ciclístico. Com trajeto de 8 quilômetros, a pedalada envolve os alunos, seus familiares, professores, coordenadores e orientadores e estimula, entre outros, a prática de exercícios físicos. Além do passeio, são realizadas discussões de diversas temáticas em sala de aula. Economia de água e de energia elétrica, redução da emissão de gases, diminuição do lixo e descarte adequado: tudo entra na pauta.

Apoio institucional:

Nada como experimentar a vida de fato. Os alunos da Escola Morumbi puderam conhecer de perto conteúdos estudados em sala de aula. Em abril e maio, os estudantes do 2º ano do ensino médio visitaram a cidade de Paraty, e os do 3º ano foram até São José dos Campos, Itatiaia e Bananal – acompanhados pelas professoras Maria Antonieta Calabrese, de Química, e Elizabeth Laranjeira, de Literatura. “Ouvir histórias dos moradores locais é um ganho cultural importante. Os alunos saem com um repertório muito mais amplo para o vestibular e o mercado de trabalho”, diz Calabrese. As pesquisas iniciadas nessas viagens serão vistas na Feira de Ciências do Ensino Médio, no segundo semestre. O 1º ano não fica de fora: dia 7 de maio, vão ao PETAR (Parque Estadual e Turístico do Alto do Ribeira), em Apiaí, São Paulo.

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[ atitude jovem ]

Foi aqui no ATC que a estudante da Escola Morumbi Fernanda Fabbri Botelho fez sua primeira aula de balé, aos 3 aninhos. Uma década se passou e ela investiu no projeto de se tornar bailarina profissional. Aluna do Estúdio de Ballet Cisne Negro, em São Paulo, ela leva a ideia a sério: treina cerca de três horas por dia e, pela quinta vez, se classificou para o tradicional espetáculo “O Quebra-Nozes” – que acontece durante dez dias no Teatro Alfa. Em julho, Fernanda embarca para Londres, onde fará um curso de 15 dias na Royal Academy of Dance.

juntos, eles acumulam mais de 70 títulos de hipismo (o caçula tem mais de 30, e o irmão mais velho, mais de 40). São pelo menos 30 campeonatos por ano,

atualmente representando o estado da Paraíba pela FEPA (Federação Paraibana de Hipismo). Ah, a dupla tem o mesmo sonho... Saltar em uma Olimpíada.

Mais uma dupla que divide uma paixão. Alunas da Escola Castanheiras, Julia de Bortole Grohmann e Bruna Merlini Pires de Campos, ambas de 15 anos, passam horas a fio em frente ao piano. E têm futuro. Elas se apresentam todo fim de ano, individualmente, no Teatro Municipal de Barueri. Para tanto, fazem aulas semanais com professores particulares, além do estudo diário em casa. As meninas até pensam em seguir carreira, afinal, quem na idade delas tem como ídolos Claude Debussy e Johann Sebastian Bach?!

Não é só a natureza que define se alguém pode ser bailarina. Além do corpo esguio, é preciso ter a dedicação como traço da personalidade. Yasmin Andrade Sultan, estudante do Colégio Objetivo, começou a fazer balé aos 4 anos e despende cerca de cinco horas por dia para ensaiar. A jovem já recebeu alguns prêmios, entre eles o Passo de Arte. Em um dos festivais da Simone Abreu, ganhou a vaga do curso intensivo da companhia profissional Miami City Ballet, realizado em 2013. Neste ano será a Primeira Bailarina do espetáculo de fim de ano da academia Applause Dance Center, e isso com apenas 15 anos.

FOTOS ROGÉRIO ALONSO

Não é só o sobrenome e a idade próxima que os irmãos Henrique e Felipe de Lorenzo têm em comum. Os moradores de Alphaville, de 12 e 13 anos respectivamente, também são apaixonados por cavalos. Campeões brasileiros de hipismo, os dois treinam quase todos os dias, de três a quatro horas. E o esforço vale a pena:

Apoio institucional:

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a vida

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é

como

ela Advogado, jornalista e professor de ética da USP, o paulistano Clóvis de Barros Filho lança seu mais novo livro, “Ética e vergonha na cara!”. Traduzindo teorias filosóficas para o cotidiano, ele se firma como um dos grandes pensadores dos tempos atuais por Marcos Diego Nogueira fotos Rogério Alonso

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magine que você vá começar um relacionamento com uma pessoa, afetivo ou de amizade, e que você seja um extraordinário comedor de quiabo. A outra pessoa detesta quiabo, então a convivência exige que você pelo menos diminua a frequência da degustação do quiabo.” As analogias de Clóvis de Barros Filho costumam arrancar gargalhadas das plateias por onde ele passa. Não à toa, suas palestras fazem sucesso Brasil afora, e os vídeos – como o da entrevista que deu a Jô Soares no ano passado – somam milhares de cliques na internet. Com 48 anos, casado e pai de três filhos, o advogado, jornalista e professor de ética da USP vem ganhando fama ao traduzir teorias filosóficas para a linguagem do dia a dia. “Tenho a impressão de que todas as ideias filosóficas têm uma correspondência no cotidiano”, diz o paulistano que acaba de lançar o livro Ética e Vergonha na Cara! (ed. Papirus 7 Mares), em parceria com o filósofo Mario Sergio Cortella. Clóvis também é autor, entre outros, de A vida que vale a pena ser vivida (este com Arthur Meucci, pela ed. Vozes), Comunicação do Eu: ética e solidão (assinado também por Felipe Lopes e Bernardo Issler, da ed. Vozes) e A Filosofia Explica as Grandes Questões da Humanidade (Casa do Saber/Casa da Palavra). “Todo o meu trabalho é uma espécie de antiautoajuda, porque a autoajuda oferece fórmulas prontas para situações concretas da vida. Minha função é permitir que as pessoas reflitam sobre as situações de vida e decidam livremente”, explica. O talento para pensar as questões atuais rendeu-lhe até o cargo de consultor da Unesco em uma pesquisa a respeito da publi-

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cidade brasileira para o público infantil, em parceria com o Ministério da Justiça. Dado a desenvolver cada degrau de seu pensamento, uma qualidade dos grandes pensadores, o professor sabe como traduzir conceitos áridos para a linguagem do cotidiano. O senhor acha que é possível ensinar a viver melhor? Como se diferenciar da autoajuda? Na verdade todo o meu trabalho é uma espécie de antiautoajuda, porque a autoajuda oferece fórmulas prontas para situações concretas da vida. O meu trabalho é o de permitir às pessoas refletir sobre as situações de vida e decidir livremente. Eu não tenho nenhuma solução pronta. A não ser a preocupação de permitir um pensamento mais qualitativo a respeito da própria vida e, portanto, sempre devolvendo a cada vivente a liberdade que é sua para escolher o seu caminho. Minha postura é emancipadora, enquanto a autoajuda é escravizante. Ela já diz “faça isto e seja feliz”. Basta inverter para descobrir o que ela quer dizer, que é “Se você não fizer o que estou falando, vai viver tristemente”. Existe uma ameaça velada por trás. No meu caso, não. A minha filosofia acredita que você é o maior especialista em você mesmo. Isso significa que ninguém entende mais de você do que você. Então, você tem que explorar toda a sua potencialidade reflexiva para viver da melhor maneira possível. Falando sobre como “não há fórmulas para a boa vida”, você compara a pamonha com o matrimônio. Como cria essas imagens, essas analogias? Acho que eu sempre fui um bom contador de histórias. Passo a minha vida, o tempo inteiro, observando o que acontece comigo. As experiências que são minhas vão se traduzindo para mim em forma de narrativas. Por exemplo, a história da pamonha. Eu gosto muito de pamonha, já parei em pamonharia várias vezes na estrada e me dei conta, pela gula, de que depois da primeira pamonha, a segunda é difícil, e a terceira, quase impossível. O que faço é uma observação do que acontece comigo e uma tradução disso numa narrativa interessante.

Você já declarou que “O amor é o que dá colorido à vida. É o amor que confere interesse a tudo o que é interessante”. Eu acho que, no final das contas, a vida boa é uma vida revestida de boas sensações, né? E não cabe a menor dúvida de que boa parte das sensações agradáveis têm a ver com a palavra amor. Seja o amor entendido como aquilo que você gostaria de ter, caso do homem apaixonado (e nesse caso o amor é um desejo), seja pelas coisas que te fazem bem – nesse caso, o amor é alegria e satisfação. E seja também aquele amor em que você, por alguma estranha razão, quer que as pessoas a sua volta vivam bem também. Tenho a nítida impressão de que, entre aquilo que a gente gostaria de ter e aquilo que a gente tem e nos faz bem, na perspectiva de ter gente por perto para celebrar junto, conseguimos aí um pacote de sensações que confere a qualquer um uma vida bastante interessante. E mesmo que você diga preferir falar de dinheiro ou futebol no lugar de amor, você imediatamente será obrigado a admitir que isso se deve porque ama o dinheiro ou o futebol, recaindo no primeiro caso. Então os Beatles tinham razão quando cantavam “All you need is love”... Ah, não tenha dúvida. Os Beatles tinham sempre muita razão. Eu tenho a nítida impressão também de que grande parte da sua vida no mundo e do interesse que as pessoas possam ter por você tem a ver com a sua capacidade de desejar e de se alegrar. Uma pessoa interessante é uma pessoa que deseja e se alegra. Mas precisa dos dois, viu? Alguém que só deseje é um frustrado, outro que só se alegre, por qualquer coisa, é um bobo. Pessoas atraentes são grandes “desejantes” que conseguem converter seus desejos em alegria. Poderíamos dizer assim: as pessoas encantadoras são aquelas que conseguem traduzir a falta do desejo em presença alegre. E, no final das contas, é por esse motivo que eu estou absolutamente convencido de que o amor está por trás da vida boa e que, sem amor, a vida é paralisante, entediante, deprimente.


A capacidade que o mundo tem de te brochar ĂŠ infinita

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Mesmo que houvesse uma vontade política de formar moralmente os nossos jovens, não haveria professores para isso

Atualmente se discute muito a respeito do tempo. Qual a importância do ócio na sociedade hoje? O mundo do capital durante algum tempo associou a felicidade ao lucro e à produtividade. Nessa nova fase, de uns anos para cá, percebeu-se que a vida boa deveria transcender a essa concentração do capital, ao trabalho e à produtividade. E aí então surge a ideia do ócio devendo ser entendido como um tempo de existência não consagrado à produção e à utilidade. Há um problema em propor isso: reforçar a ideia de que todo e qualquer trabalho é incompatível com o conceito de uma vida boa ou de uma vida feliz. Tem-se a impressão então de que é só no ócio que a vida pode atingir a sua plena realização criativa. Eu, pessoalmente, não concordo. Acredito que o ócio é só uma forma, entre outras, de proporcionar uma vida plena. De qualquer maneira, essa ideia é ainda uma proposta teórica muito distante do cotidiano da maioria das pessoas, que continuam escravizadas pelo capital e pelo seu lugar no sistema produtivo. Como a gente sabe se está num ócio produtivo ou apenas sendo inútil? Eu tenho a impressão de que, no final das contas, o ócio de quali-

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dade ocorre quando ele permite um pleno desabrochar dos nossos próprias potenciais. Então, longe de ser um momento para coçar e não fazer nada, o ócio é uma oportunidade que nos damos para ter iniciativas que nos sejam experiências de vida intensas, potencializadoras, energizantes. Por que é tão comum as pessoas passarem a maior parte do tempo se sentindo inadequadas ao local onde estão ou desconfortáveis com o que estão fazendo? Porque não é fácil mesmo. Nem sempre as condições materiais de vida que o mundo oferece têm a ver com as nossas inclinações, apetites e alegrias. Então é muito provável essa inadequação entre o que você gostaria e o que te alegra, e aquilo que o mundo te oferece como condição de vida, de outro lado. Poderíamos, de maneira pomposa, chamar isso de tensão permanente entre o princípio do prazer e o princípio da realidade – e aí você teria um jargão psicanalítico para dizer a mesma coisa. O princípio de realidade são as condições do mundo (a civilização, a sociedade, as circunstâncias materiais ou físicas, etc.), e o de prazer é essa busca permanente que você tem por resgatar as sensações do útero materno, as experiências de prazer. O que acontece então? De um lado, você tem essa inclinação desejante, esse tesão permanente, e, de outro, um mundo colocando areia na sua sopa. E aí a capacidade que o mundo tem de te brochar é infinita. Enquanto a energia que você tem para desejar é limitada pelas suas células, a capacidade que o mundo tem de te brochar é interminável. Por isso eu me atreveria a dizer que o mundo ganha sempre, razão pela qual as pessoas frequentemente se sentem apequenadas, inadequadas e tristes. É uma visão entristecedora pensarmos que o mundo brochador ganha sempre, não? Sim, é uma visão triste, mas é a minha visão. Esse é o meu negócio, eu sou uma pessoa desconfiada da vida. Talvez por isso tenha me interessado em escrever o livro A vida que vale a pena ser vivida. Não por acreditar em uma publicidade de margarina, pelo contrário,

por entender que é difícil sempre, e a chance de dar errado é enorme. Aliás, se eu pudesse resumir o meu pensamento em uma única frase, seria esta: “A chance de você se dar mal na vida é muito grande”. Seu livro A filosofia explica as grandes questões da humanidade ficou entre os cinco mais vendidos da Livraria Cultura em 2013. Como é possível levar a filosofia para o cotidiano de forma compreensível? Fazendo o que eu faço (risos). Tenho a impressão de que todas as ideias filosóficas têm uma correspondência no cotidiano. Todas. Não há nada na filosofia que não possa ter alguma relação direta com as nossas experiências de vida. Por isso, uma forma de apresentar a filosofia é mostrar as ideias já indicando os momentos da existência em que essas ideias são pertinentes ou têm a ver. E aí, aquilo que parece num primeiro momento estritamente hermético, na verdade, faz todo o sentido. Para que a filosofia tenha alguma graça fora da Universidade, é preciso que ela venha acompanhada de experiências do cotidiano, porque só isso permite uma aproximação das ideias abstratas com o repertório das pessoas. É isso que eu tento fazer ao longo da minha vida como professor. No capítulo “É vergonhoso não ser querido”, do seu livro mais recente (Ética e vergonha na cara), você diz que “enquanto não convivermos com a ética como a arte do conviver bem para além dos prazeres individuais, não teremos entendido muita coisa”. O que isso significa? Vamos imaginar que você vá começar um relacionamento com uma pessoa, pode até ser afetivo ou mesmo de amizade, e aí vamos dizer que você seja um extraordinário comedor de quiabo. Você gosta muito de quiabo, e essa pessoa detesta. Então a convivência exige que você pelo menos diminua a frequência da degustação do quiabo. Em nome da convivência, você agora come um pouco menos, ou seja, a convivência exigiu uma mudança na política de satisfação dos seus apetites. Você trocou a plena satisfação deles por ou-


Na verdade todo o meu trabalho ĂŠ uma espĂŠcie de antiautoajuda

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A sociedade te prepara para gostar daquilo que você vai estar autorizado a gostar

tra mais moderada, em nome da convivência com aquela pessoa. A ética é a convivência com todo mundo, nela cabe uma disposição de abrir mão de certos apetites em nome da melhor convivência possível com todo o mundo. Assim como o quiabo, na ética você abre mão de uma série de impulsos em nome de um convívio mais sadio – caso contrário você vai inviabilizar a relação. Então poderíamos dizer que a arte da convivência pressupõe uma política de gestão dos próprios apetites. Isso significa que, se um indivíduo sair para o mundo com a perspectiva de que buscará a plena satisfação dos próprios interesses, ele terá um problema ético. Claro, não se trata de abrir mão o tempo inteiro, senão seria insuportável. Mas existe na ética uma necessária regulação coletiva dos apetites, que passa por uma abdicação de certos interesses e a satisfação de outros. A arte da convivência é delicada porque, queira ou não, sempre haverá por parte de muitos a busca de uma maior satisfação de si no lugar da abdicação. Ou seja, passaremos o tempo inteiro lutando para ceder menos e ganhar mais. O problema? Os outros também farão o mesmo. Quer dizer que invariavelmente a ética pressupõe uma negociação permanente daquilo que será possível ou não.

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É possível mudar o pensamento de que comportamentos corruptos fazem parte da cultura brasileira e devem ser aceitos como algo “normal”? É possível e necessário mudar esse pensamento. Para tanto, vejo dois caminhos possíveis. O primeiro, o da formação moral, demonstra o seguinte: toda a vez que você usa o “jeitinho”, no fundo você está tentando triunfar um apetite seu em detrimento de uma convivência sadia – lembrando, se todo mundo resolver fazer o mesmo, vai inviabilizar a convivência. Estamos falando aqui de uma questão de formação. Quando essa formação não existe, a sociedade tem que sobreviver de qualquer maneira, então, o uso da punição torna-se necessário no sentido de preservar a ordem e olhar em qual medida aquele comportamento desviante prejudica as relações sociais. Você sempre pode mudar esse cenário “numa boa”, traduzindo, dando às pessoas lucidez moral; ou então mudar isso de uma forma um pouco mais violenta (quando uso essa palavra, quero dizer dentro do estado de direito, aplicando com eficácia as leis de uma sociedade). A impressão é de que aqui no país faltam as duas coisas. É verdade, na nossa sociedade faltam as duas coisas de maneira clara. Eu acho que o nosso Poder Judiciário até está tentando funcionar um pouco melhor, mas a nossa formação moral é pífia, completamente insuficiente. Mesmo que houvesse uma vontade política de formar moralmente nossos jovens, não haveria professores para isso. Então estamos falando de uma empreitada muito longa. O senhor diz que tinha fama de estranho na adolescência e que as coisas mudaram aos 13 anos, quando o professor de Geografia pediu um seminário sobre petróleo. Por quê? Acha que ali percebeu a sua vocação para dar aulas? Na verdade eu não era um estranho apenas até os meus 13 anos. Eu sempre fui muito estranho. Mas o que aconteceu naquele momento foi algo importante. Ali eu entendi que, se a vida podia con-

seguir alguma chance de ter graça, seria ensinando as coisas para as outras pessoas. Tenho a nítida impressão de que existem certas situações na vida que fazem com que ela tenha graça. E outras não. O senhor sofreu bullying por pensar diferente? Eu acho que não sofri bullying. Não me lembro, mas acho até que meus colegas eram bem cordiais comigo de uma maneira geral. Penso que o bullying existe em todo lugar, ele não é um fenômeno restrito ao ambiente escolar. Ele é a maneira como a sociedade alinha os apetites em função dos seus interesses. Em outras palavras, toda vez que você tiver um comportamento desviante, você sofrerá bullying. O problema é que a maneira de manifestar essa conduta às vezes pode ser violenta fisicamente, ou de uma violência psicológica repleta de chacotas e desqualificação. Nesse sentido, a sociedade, por meio do bullying, ortopediza os corpos, eu diria, como se fossem uma palmilha. Essa palmilha faz com que você passe a se alegrar com tudo aquilo que a sociedade considera de bom gosto – e passe a se entristecer com as coisas que ela considera de mau gosto. De certa maneira a publicidade faz exatamente isso. Toda a nossa vida social é um processo de socialização pedagógico. Um exemplo que eu adoro é o da propaganda da Sukita, aquela do “tiozinho do elevador”. O que você vê nela é uma condenação radical do tiozinho por ele tentar passar um xaveco na moça, como se os afetos tivessem uma idade-padrão para acontecer. Portanto, existe uma espécie de ditadura dos afetos que faz com que você tenha de sentir coisas por pessoas que pertençam a uma espécie de órbita ou categoria autorizadas para o seu perfil. Se, por um acaso, você se alegrar com pessoas que sejam pertencentes a nichos desautorizados, vai sofrer, e muito. Nosso corpo não pode sentir na espontaneidade, só no lugar onde a sociedade nos autoriza. E a sociedade prepara você ao longo da vida para gostar daquilo que estará autorizado a gostar, porque, se você resolver pisar fora da bacia, você pode apanhar, entre outras consequências.


C • A • D • E • R • N • O

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Iniciativa da Revista VERO para o fomento da reflexão sobre temas relevantes em prol de uma sociedade mais criativa, humana e equilibrada

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Todos os meses na VERO. Acompanhe!

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} LUIZ FELIPE PONDÉ

DA VERDADE CONTRA O RIDÍCULO

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Luiz Felipe Pondé, filósofo, doutor pela USP, pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv, colunista da Folha de São Paulo, professor da PUCSP e FAAP, autor de, entre outros, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)

CHICO MAX

Écomum se falar hoje sobre felicidade e sucesso. Oportunistas de todos os tipos enganam as pessoas vendendo fórmulas de felicidade e sucesso não só em livros de autoajuda, como também no mundo corporativo. Tudo bem, o mundo sempre foi o lugar do ridículo e do engano, mas meditemos por alguns instantes sobre esse ridículo e esse engano mais próximos de nós. Por que, afinal de contas, uma empresa gasta dinheiro para fingir que acredita que os colaboradores (nome chique pra empregados) acreditam nesse lero-lero de fórmulas de felicidade empacotada pra presente? Estudos indicam que, por exemplo, no Dia Internacional da Mulher, dar flores para as colaboradoras faz elas se sentirem meio bobas, uma vez que sabem que a empre- rantes e lazer em geral. O cansasa, na realidade, e com razão, quer ço, o desencanto, o sexo medíocre, é que elas cumpram suas funções. o estresse e o medo do adoeciPalestras de como é linda a vida mento e envelhecimento nos acoparecem ter o mesmo efeito nega- metem de modo impiedoso. tivo em médio prazo. A pergunta, Em meio a isso, o risco da produmais elaborada, é: por que o ne- tividade cair é enorme. Às vezes, cessário pragmatismo do mundo quem sabe, umas duas horas sem corporativo precisa degenerar ter que produzir, mesmo que seja num flerte com a crença de que pra escutar algo que no fundo do seus empregados (colaboradores?) coração sabemos ser falso, pode são um tanto “retardados men- ser vivido como uma pequena tais” ou infantis? bênção, principalmente se vier A resposta está, talvez, longe de banhado num fim de semana num ser difícil. O dia a dia é quase sem- hotel pelo menos honesto. pre esmagador, no mundo corpo- Apesar de isso parecer ridículo, a rativo ou fora dele. Quando jo- vida cotidiana acontece em meio a vens, temos milhares de sonhos, essas pequenas horas e pequenas quando não nascemos muito po- esperanças. As expectativas num bres. Com o tempo, terminada a mundo competitivo são altíssiescola ou a faculdade, entramos mas, por isso o mínimo de espeno mercado de trabalho, a maio- rança vale tudo. A consequência ria de nós casa e tem filhos. Com é que se gasta dinheiro com gurus isso, homens e mulheres dividem que vendem falsas esperanças, o ônus de cada vez ter que ganhar já que perdemos quase todas ao mais dinheiro pra casa, condomí- longo dos anos. A questão é que nio, água, luz, carros, escolas dos falar a verdade sobre as coisas, filhos, viagens de férias, restau- muitas vezes, parece uma falta de educação. Dizer que temos medo do fracasso profissional e afetivo, que nossos parceiros podem nos ser infiéis e que o envelhecimento pode nos tornar inúteis para o mercado e o sexo é estarrecedor. A chave é mentir sobre o cotidiano. Mesmo a espiritualidade hoje serve a essa ridícula tentativa de tapar o sol com a peneira.

Especialistas em educação superior nos EUA suspeitam que discutir questões sobre a vida de modo corajoso e direto nos cursos chamados de “liberal arts” (livres de pressão para resultados ou lucros de que espécie for) só são possíveis para pessoas das classes mais abastadas. Ou seja, pra elite. Logo, autoajuda é coisa de pobre. Uma discussão mais sincera e menos ridícula sobre as coisas da vida só é possível num ambiente em que se aceita que o espírito humano precisa da honestidade intelectual como o pulmão precisa de ar. Quanto mais pobre é nosso espírito, mais ridículo é o mundo corporativo na sua vã tentativa de fingir que se importa com a “felicidade” de seus colaboradores. Quem sabe seria melhor encará-los como adultos que são capazes de, mesmo sabendo que têm que dar resultados, refletir sobre os problemas que lhes acometem. Talvez seja esse um dos significado de dizer que a verdade nos libertará.

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} FLÁVIO GIKOVATE

A REALIZAÇÃO PROFISSIONAL E A FELICIDADE EM FAMÍLIA essoas felizes e realizadas no trabalho nem sempre conseguem transferir os bons resultados para o ambiente familiar. Muitas são as questões envolvidas, e talvez uma das mais relevantes tenha a ver com a dinâmica conjugal; é a ela que vou me dedicar aqui. Também irei me ater, apenas para efeito de síntese, à condição mais frequente, qual seja, a dos homens como os mais bem-sucedidos profissionalmente. O maior problema, a meu ver, é que muitos deles não integram suas parceiras em suas atividades: elas não participam das dificuldades nem a elas é atribuída parte dos louros do sucesso. Isso acaba por determinar um perigoso afastamento conjugal, não raramente recheado de ingredientes invejosos – quem é excluído fica suscetível a esse sentimento. Muitos homens, por não quere- nhão e cumplicidade no casal: rem preocupar suas parceiras ambos ganham e ambos perdem. ou então por estarem cansados e Formam-se alianças solidárias, essem vontade de conversar sobre táveis e fundadas em um só conos assuntos do trabalho, as dei- junto de valores. Não há rivalidade xam por fora desse tipo de inquie- ou inveja, não há um mais e outro tação. A pretexto de poupá-las, na menos bem-sucedido: ambos são realidade as estão excluindo, sub- vencedores. O modo de ser desses traindo sua função como copiloto! casais é governado por um único Na maior parte das vezes, são ca- conjunto de normas, construídas sados com mulheres inteligentes com a colaboração e anuência de e bem formadas que poderiam e ambos. Casais com filosofia de deveriam funcionar como con- vida e projetos em comum têm selheiras competentes e idôneas; muito mais chance de ser felizes quando isso não acontece, elas se e curtir os desdobramentos do susentem muito mal aproveitadas. cesso profissional de qualquer um Acabam se dedicando quase ex- deles, já que todo sucesso – e todo clusivamente às tarefas domés- fracasso – é compartilhado. ticas e à gestão do cotidiano dos Outro desdobramento fundamenfilhos, tarefas hoje pouco valori- tal desse estilo de vida em que o zadas que nem sempre as preen- casal está unido em torno de ideais chem intelectualmente. claros e unificados é que os filhos Acaba abrindo-se uma fissura crescem num ambiente de concórno elo conjugal, o que é extrema- dia e onde há apenas um código de mente maligno e prejudicial para valores. Quando não é esse o caso, o futuro da relação e também para ou seja, quando um dos cônjuges a educação dos filhos. A cumplici- é mais estourado e intolerante e o dade de um casal no qual o homem outro mais sereno e dócil, os filhos pilota a atividade profissional e a têm dois padrões com os quais pomulher é o copiloto não tem qual- dem se identificar, e, se forem dois, quer conotação machista. O piloto cada um será de um modo, o que é é alguém que ocupa a função por péssimo, porque desde cedo viveser admirado pela parceira, respei- rão às turras e, no futuro, seguirão tado por ela, que se encantou sen- caminhos bem diferentes. timentalmente em virtude de suas Casais harmônicos em que ambos qualidades. No caso em que ambos batalham, cada um no seu papel, trabalham, na atividade da mulher para o sucesso e felicidade profisela será o piloto, e ele, o copiloto. sional transmitem, pelo exemplo, O importante é que haja comu- todas as boas virtudes que eles

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Psicoterapeuta e autor de mais de 30 livros, entre eles Sexualidade sem fronteiras (MG Editores) e Nossa sorte, nosso norte: Para onde vamos? (Papirus 7 Mares). Também é âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN

EDUARDO KNAPP

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cultivam para seus filhos. Quando um é trabalhador e o outro é ocioso, o exemplo que se passa é de dois tipos, e o mais provável é que isso redundará em dois “modelos” de filhos. Se ambos forem determinados, disciplinados, tolerantes a frustrações, contrariedades e revezes, seus filhos sairão à sua imagem e semelhança! Quanto mais sólidos forem os valores familiares, menor será a influência do meio. Ou seja, o mais provável é que, quaisquer que sejam as circunstâncias sociais, os filhos tendam a seguir os passos de seus pais. Pais felizes e ambos realizados em suas funções de piloto e copiloto costumam ter filhos igualmente felizes que serão guiados essencialmente pelo exemplo doméstico: a felicidade do casal se estende aos filhos. Filhos que convivem em um ambiente de concórdia e carinho tenderão a buscar parceiros sentimentais com os quais se afinam bem e possam constituir vínculos similares aos que assistiram em casa. E terão filhos parecidos com eles, com seus avós e assim por diante. Assim se constrói uma saga fundada em bons resultados profissionais e humanos, em que as pessoas conseguem usufruir da máxima felicidade cabível a nós, humanos, sempre sujeitos a todos os tipos de intempéries, contrariedades e doenças.

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} MARIO SERGIO CORTELLA

VIDA, MINHA VIDA, OLHA O QUE É QUE EU FIZ? antas são as vezes em que citamos Chico Buarque que isso só reafirma o caráter genial da sua obra e a perenidade das inquietações e emoções que nos legou; no entanto, mesmo em meio a tamanha profusão estética, frases de algumas de suas músicas servem para variadas situações e são, de forma recorrente, lembradas. Aquela que mais me assusta, quando penso nas escolhas que temos de fazer na construção da necessária proporcionalidade entre o conjunto da nossa Vida e a Carreira que dela faz parte, aparece em 1980, quando lançou exatamente a canção Vida. Lembra do primeiro verso? “Vida, minha vida, olha o que é que eu fiz.” Frase de arrependimento, autopiedade, consciência crítica, desespero? Tanto faz; sempre dela flui uma aparente suspensão do fluir a percepção de nossa fragilidade do tempo, permitindo um distanquando nos distraímos e deixamos ciamento das aflições cotidianas e de atentar para o fluir inexorável uma recusa momentânea às perdo tempo que precisa ser pensado turbações que o existir nos oferta. para bem viver, em vez de desper- O que fazer para ter paz interior? Provocar situações, individuais ou diçado por desleixo ou descuido. Bem viver! O que seria isso? Não em parceria, nas quais aquela sené, claro, uma vida ostentatória e sação mental possa vir à tona: oufútil; não é, também, o acúmulo vir música que emociona, cozinhar obsessivo e tolo que esquece ser com a família, ver a lua junto, mebanal a posse sem partilha ou o ditar silente, jogar truco, dar uma ótima aula, admirar obra feita por poder sem generosidade. Bem viver é poder viver as inú- mim ou por aqueles que comigo meras dimensões da nossa exis- partilham a vida, fruir a integritência – família, trabalho, amiza- dade de ter tomado uma decisão de, cidadania, entre outras – sem eticamente necessária e, claro, admitir, passiva ou ativamente, a repousar o corpo após o cansaço dissonância e a desproporção na produzido com graça e vitalidade. harmonia que afasta o sofrimento No entanto, mesmo com o impac(pelo limite vivido) e a culpa (pela to do “olha o que é que eu fiz”, o que mais me alerta na música suposta impotência). Bem viver é acolher instantes de- é o perigo presente da próxima liberados de paz interior. Essa é estrofe: “Deixei a fatia mais doce uma prazerosa sensação mental – da vida / Na mesa dos homens de ainda que provisória – na qual há vida vazia / Mas, vida, ali, quem sabe, eu fui feliz”. Dois são os temores: de um lado, a possibilidade de ser cúmplice, protetor ou parceiro dos homens de vida vazia; por outro, a sedução que tal vacuidade exerce, pois entorpece e simula felicidade, penumbrando a letargia interior e a agonia exterior. Vida vazia? Imagine, diria algum; não tenho mais tempo para nada, de tanto que esta vida está cheia. Há um tempo, porém, que precisa

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Filósofo e escritor. Este é um trecho do livro Não Nascemos Prontos! (Provocações Filosóficas), publicado pela editora Vozes

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ser escolhido: aquele que permite pensar fundamente em trecho da conversa de uma boneca de pano e um sabugo de milho, lá no Memórias de Emília, do especial Monteiro Lobato: “A vida, Senhor Visconde, é um pisca-pisca. A gente nasce, isto é, começa a piscar. Quem para de piscar, chegou ao fim, morreu. Piscar é abrir e fechar os olhos – viver é isso. É um dorme-e-acorda, dorme-e-acorda, até que dorme e não acorda mais. A vida das gentes neste mundo, senhor sabugo, é isso. Um rosário de piscadas. Cada pisco é um dia. Pisca e mama. Pisca e anda. Pisca e brinca. Pisca e estuda. Pisca e ama. Pisca e cria filhos. Pisca e geme os reumatismos. Por fim, pisca pela última vez e morre. – E depois que morre? – perguntou o Visconde. – Depois que morre, vira hipótese. É ou não é?” É.

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} CARLOS JÚLIO

O HORÁRIO ELEITORAL EM TEMPO INTEGRAL ou ser sincero, caro leitor. Algo me incomoda, e muito. Ao analisar o desempenho da administração pública, identifico gestores que instituíram o horário eleitoral em tempo integral. Depois de vencer um pleito, iniciam imediatamente a campanha para a eleição seguinte. Perseveram nos comícios e esgotam recursos e energias em escandaloso proselitismo. Infelizmente, essa parece ser uma tendência mundial, constituída em parte por conta da revolução digital, que instaurou renhidas disputas por espaços e audiências. Todos desejam ser ouvidos o tempo todo. No caso do Brasil, há um elemento peculiar adicional. Lula foi instruído na atividade sindical. Aprendeu a fazer sua pregação pelo palanque A campanha interminável, obviae não abandonou esse costume mente, também exige dinheiro. nos oito anos em que ocupou a Por isso, muitos gestores cedem presidência do país. à tentação e acabam por estabeleComo poderoso indutor de com- cer parcerias criminosas. portamentos, acabou por consoli- Sofremos, assim, com máfias que dar um tipo nocivo de campanha promovem mensalões, cartéis, sem fim, que mistura a causa ide- desvios de verbas e fraudes em licitações. ológica e o interesse eleitoral Hoje, até nas pequenas cidades, Logicamente, esse Estado perduvemos gestores que investem lário pouco devolve à população. alto em solenidades de inaugura- Da rua esburacada à estatal mal ção, mesmo de obras inacabadas gerida, experimentamos os horou irrelevantes. rores da falta de planejamento e Procuram desesperadamente os de zelo com a coisa pública. programas de TV e de rádio e, to- Confira você mesmo: quem faz dos os dias, difundem propagan- marketing demais certamente das nos meios cibernéticos, especialmente nas redes sociais. Se reservam tempo excessivo à publicidade, falta-lhes tempo para cuidar do básico: ouvir a sociedade, eleger prioridades, planejar, executar, aperfeiçoar e preservar.

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Carlos Júlio é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios DIVULGAÇÃO

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não encontra tempo para planificar aprimoramentos em estradas, escolas e hospitais. Neste ano, sejamos enfim mais criteriosos, analisemos com rigor os candidatos e exijamos deles mais atenção aos interesses da coletividade do que aos seus próprios. Vamos conceder apoio àqueles de competência comprovada e que realmente estejam empenhados em usar seus saberes para melhorar a cidade, o estado e o país. O voto funciona. Mas precisamos urgentemente desenvolver estratégias para multiplicá-lo. Que sejamos muitos a dizer: basta!

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} XICO SÁ

A GUERRA CAPILAR DAS MULHERES ia desses, amigo, andava meio bravo com uma mulher que me deixou mascando o jiló do desprezo, e, ali querendo rogar-lhe alguma praga, o que me veio à careca desmiolada foi só uma coisa: que essa orgulhosa senhorita desperte todo dia em uma briga sem fim com a sua linda cabeleira. Porque, leitor amigo da VERO, nada pior para uma mulher que acorda em uma peleja sem fim com as madeixas. E tem dia, meu velho, que não adianta, as leis cósmicas conspiram contra os fios do cocuruto feminino e não há milagre que dê jeito. Seja ela de que religião ou corrente filosófica for. Não era nem o caso da desalmada em jogo, que sempre soube século, Muhammad Ali X George dar um toque sublime e ligeiro no Foreman (1974), que ficou mais inpenteado. É que nos últimos dias crível ainda quando narrada pelo do nosso romance, a testemunhei escritor Norman Mailer. em uma peleja contra uns fios Uma guerra contra o franjão desoda franja que vou te contar, que bediente! Ela querendo sair para o embate!, me lembrou a luta do trabalho, e nada dava jeito na re-

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Xico Sá é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Companhia das Letras), entre outros livros

CHICO MAX

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volta capilar inesquecível. No momento até tentei ajudá-la, com o máximo possível que um homem pode fazer nesse momento: dar uma força, um incentivo moral e torcer para que os deuses capilares amansem as suas fúrias e tempestades. Calma, calma, calma... e tudo ficou nos conformes. Inevitável foi rogar essa praga ao final da nossa história. Por mais que tenha o capítulo da decisão da roupa, também fundamentalíssimo para o gênero feminino, nada, porém, se compara com os cabelos. No vestuário dá-se um jeito, um truque. Nos cabelos, não. É um sofrimento. Com ou sem grana. Porque se a madame vai no melhor salão da cidade, também volta ao lar doce lar com a juba até lisa, mas cheia de interrogações em todas as pontas. Com ou sem chapinha. Black-power, crespo, seja qual for a pegada e o estilo. Guerra sem fim. Tem dia mesmo que os cabelos desobedecem a todas as leis do cosmo.

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viver alphaville e tamboré

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AMOR DE FACULDADE O casal de publicitários só se conheceu durante a universidade, mas descobriu ter em comum o amor incondicional pelo bairro por Gabriela Ribeiro foto Nina Amaral

mbora Marcos Gonçalves, de 34 anos, e Juliana Covo, de 31, tenham passado boa parte de suas vidas em Alphaville, eles nunca haviam se encontrado até entrarem na faculdade de publicidade, em 2005. Foi em um corredor da universidade que ele a viu pela primeira vez. “Depois disso quase não assistia aula só para tentar reencontrá-la”, conta Marcos, que passou a investigar tudo sobre a moça. Deu certo: ele conseguiu o telefone da amada e começou a bombardeá-la com mensagens. Quatro meses depois, a própria Juliana o convidou para sair. O namoro ainda demorou mais três meses para começar, e, seis anos mais tarde, o casal trocava alianças. O pequeno Romeo (o fofo da foto ao lado) entrou há 8 meses nesta história... ENTRE AMIGOS E CRIANÇAS

Família Gonçalves: Marcos, Juliana e o pequeno Romeo, de oito meses, moradores do Jardins de Tamboré

Marcos mora em Alphaville desde 1984, e Juliana chegou ao bairro 15 anos depois dele. Quando decidiram se

casar, os dois queriam a segurança, a tranquilidade e a infraestrutura que tinham quando viviam com os pais. A matemática foi simples, continuar morando na região. “Fomos conhecer praticamente todos os empreendimentos do bairro até nos apaixonarmos pelo Jardins de Tamboré. A planta é muito bem planejada, tem uma varanda espaçosa com churrasqueira e até um quartinho de depósito para cada apartamento, no lobby de cada andar”, justifica Marcos. A surpresa veio com a mudança, quando os dois perceberam a quantidade de amigos que também estava por lá. “Todo mundo se encontra o tempo todo. Sempre temos alguma festinha e conhecemos ainda mais moradores. O condomínio ainda é cheio de crianças, perfeito para essa nova fase”, finaliza o mais novo pai do pedaço.

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A pedidos, nossa stylist e consultora de moda e imagem separou mais quatro tendências para o inverno, todas com dicas detalhadas para não errar

1. Saia godê midi com cintura marcada e inspiração anos 40, Patricia Mota 2. Saia com estampa verde e preta e cintura marcada ultrafeminina, TUFI DUEK 3. Look soltinho em degradê cinza, ELLUS

por Flávia Piña assistente Roberto Silveira

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e você não leu a edição passada da VERO, nós vamos te dar uma canjinha... Nas próximas páginas selecionamos mais quatro tendências de moda para este inverno. Nossa convidada especial, a personal stylist e consultora de moda e imagem Flávia Piña (que já assinou uma coluna fixa na revista), traduz cada conceito para ajudá-la a fazer boas compras e a usar com sabedoria tudo o que se viu nas passarelas do Outono-Inverno 2014, e que já está nas araras das melhores grifes. Flávia, que já trabalhou para labels como Burberry, Furla e Ellus, apresenta aqui quatro possibilidades para a época mais fria do ano. Uma matéria especialíssima com explicações e dicas preciosas de quem entende (muito) do assunto!

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dica Saias under knee são excelentes em looks de trabalho, para um visual simples, chic e feminino. O ideal é combiná-las com cinto e scarpin clássico. As fashionistas podem usar com top cropped, em um jogo de esconde-revela, ou bota over knee de salto altíssimo. Puro luxo...

LADY LIKE

atenção Nunca é demais lembrar que o under knee pode ser perigoso para as mais baixinhas. E a composição total do look também precisa ser considerada. Traduzindo: ankle boots e muitas cores na mesma combinação ficam reservadas apenas às mulheres mais altas.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

As saias invadem os armários neste inverno, mas o comprimento da vez é novidade. Apesar de as curtinhas ainda darem as caras, a saia do inverno chega mais longa, abaixo do joelho, predominantemente fluida nas modelagens godê ou lápis. Além da under knee, peplum, estampas florais, pied de poule e xadrez compõem esse estilo superfeminino. A cintura é mais alta e bem marcada. Para combinar, os estilistas elegeram top cropped (mas sem aparecer a barriga), jaqueta, colete e blusas neutras com ar bem comportado.

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GRAFISMO P&B

Um dos hits da temporada, o grafismo é marcado por formas, em especial as geométricas. Tendência superurbana, teve destaque nas tonalidades de preto, branco e cinza (cores complementares apareceram com timidez). Com ar sofisticado e ultramoderno, a estamparia ganha corpo em listras, xadrez, zigue-zague e formas que remetem à arquitetura de grandes metrópoles. Pinceladas e rabiscos também estiveram presentes em uma das promessas da estação.

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1. Tomara que caia com saia godê, Acquastudio 2. Volume nas mangas e ares dos anos 40, Fernanda Yamamoto 3. Cintura alta e colete com estampas gráficas, Tufi Duek 4. Vestido com jaqueta longa, Tufi Duek 5. Mix de estampas P&B com barra e punhos de veludo vinho, Filhas de Gaia 6. Vestido com estampa inspirada na arquitetura de São Paulo, sobreposto por casaco amarelo, FORUM

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dica Chique-sem-esforço, o grafismo é a cara da mulher moderna – e o minimalismo da cartela de cores, fácil de compor com outras peças. Para as fashion lovers, a mistura de duas ou mais estampas no mesmo tom (de preferência o P&B) pode ser irresistível!

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atenção Evite o excesso de misturas com outras tendências. Como a proposta é minimal, mantenha a cartela do look inteira nos tons preto, branco e cinza. E respeite a proporção: imagens menores para tipos mignon, e maiores para mulheres mais altas.

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1. Monocromático verde e couro, Coca-Cola Clothing 2. Casaco longo com formas geométricas, Coca-Cola Clothing 3. Moletom com zíper e transparência, Têca 4. Calça, top cropped e jaqueta, todos com aplicações jeans e couro, Colcci 5. Blusa com detalhe em seda, Têca 6. Estampa gráfica, Alexandre Herchcovitch

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MOLETOM DELUXE

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Engana-se quem pensa que roupa de moletom é artigo para usar em casa, longe da vista dos outros. A nova versão do tecido empresta charme ao visual quando bem combinada ao couro ou à malha, com aplicações de seda, jacquard ou matelassê, alongado ou curtinho, com ou sem zíper, estampado ou liso. E ela ainda ajuda a esquentar os dias mais frios! Nas propostas desfiladas nas semanas de moda de São Paulo e do Rio, o moletom mostrou a que veio: compor looks casuais e até mesmo mais elaborados. Vale apostar.

dica Pode levar o moletom para o ambiente profissional, mas a escolha dos outros tecidos é imprescindível: nada de malha ou jeans. Aposte nos cortes de alfaiataria ou no modelo suéter com (ou sem) zíper. Um detalhe no punho ou na barra já dão bossa à produção. Nos dias de lazer, se jogue na tendência. Puro conforto!

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Casacos de moletom com corte mais tradicional – com gola redonda fechada e comprimento no quadril – achatam e enfatizam a área do busto. Em matelassê, o volume aumenta ainda mais. Se não quiser chamar atenção para a mid section do corpo, o melhor é apostar em modelos com gola em V ou aqueles mais abertinhos.

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atenção

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moda

dica Modelos maxi ou longos podem encurtar a silhueta e aumentar a proporção horizontal. Por isso, sempre use-os com uma base mais seca e ajustada ao corpo. Entre as calças, a skinny é a melhor opção. Se combinar com botas, escolha a altura com carinho: long coat fechado (usado como vestido) pede uma over knee.

atenção Cuidado ao comprar uma capa para chamar de sua! Dependendo da cor e do tecido, corre-se o risco de parecer um personagem do filme Matrix. Também preste atenção ao comprimento e à largura. É importante ter sempre em mente o seu biotipo antes de entrar de cabeça em uma tendência.

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1. Tricot longo vermelho com manga volumosa em tom rosa, OhBoy! 2. Casaco preto e branco com inspiração oriental, ELLUS 3. Capa longa branca com forro preto, Auslander 4. Utilitário largo vermelho com detalhes pretos, Coca-Cola Clothing 5. Casulo branco com ombros enormes, Filhas de Gaia 6. Blazer alongado e calça de cintura alta creme, Tufi Duek

EXTRA LARGE

Protagonista soberano da época mais fria do ano, o casaco não poderia deixar de aparecer nesta edição. A boa notícia: algo de novo foi visto nas passarelas. A modelagem da vez é ampla e longa, sobrepondo muitas vezes o comprimento das barras de saias e de vestidos. Com os ombros arredondados, pode fazer a função de uma capa ou parecer estar alguns tamanhos acima. Ou seja, guarde suas jaquetinhas e seus casaquinhos básicos. Feitos de tecidos e texturas variados, os maxicasacos da vez querem que você faça uma aposta e rompa de vez com a monotonia do inverno...

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Contatos Acquastudio, tel. ( 11) 3223-2133, SP. Alexandre Herchcovicht, Rua Melo Alves, 561, tel. (11) 3063-2888, SP. Coca-Cola Clothing, tel. (47) 3247-3000, SC. Ellus, tel. (11) 3061-2900, SP. Fernanda Yamamoto, Rua Aspicuelta, 441, tel. (11) 3032-7200, SP. Filhas de Gaia, Fashion Mall, Estrada da Gávea, 899, São Conrado, tel. ( 21) 3322-7015, RJ. Forum, Rua Oscar Freire, 916, tel. (11) 3085-6269, SP. Oh, Boy!, tel. (21) 3816-1381, RJ. Patricia Motta, tel. ( 11) 3068-2000, SP. Têca, Alameda Franca, 1.342, tel. (11) 3085-4476, SP. Tufi Duek, Rua Oscar Freire, 916, tel. (11) 3085-6269, SP.

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publieditorial artemis

PRIVATE ADDRESS

Chega a Alphaville joalheria com conceito de atendimento exclusivíssimo. A Artemis Joias só atende com hora marcada

Al. Sargitário, 138 – Torre London, sl 2.708 – Espaço ClubFemme Alpha Square Offices Alphaville – (11)3022-5010/8876 artemisjoias@uol.com.br

POR GABRIELA RIBEIRO FOTOS ROGÉRIO ALONSO

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Acima: Ana Lorenzetti e Adriane Armelin. Abaixo: brincos Chandelier com safiras, black diamonds e brilhantes (10x de R$1.300) e Raios em tanzanita e brilhantes (10x de R$1.150); anéis com safiras ceilão e brilhantes (10x de R$2.280) e flor pavê de safiras e brilhantes (10x de R$1.730)

ilha de Zeus e Leto (a deusa do anoitecer), Ártemis era ligada à caça e à luz da lua, considerada na mitologia grega a mais pura das deusas. Ela tinha uma vida selvagem e, muitas vezes, era perseguida por feras, especialmente cães e leões. Esse mito serviu de inspiração para as sócias Adriane Armelin e Ana Lorenzetti batizarem seu ateliê de joias com o nome da deusa. O motivo? A dupla trabalha com um conceito superespecial, o de ateliê by appoitment. Explicando: para ser atendido na Artemis Joias, é preciso agendar um horário – ao reservar um espaço exclusivamente para si, o cliente recebe atenção personalizada e tem sua privacidade garantida. E ainda recebe mimos como uma taça de prosecco, um suco ou um bolinho, enquanto aprecia as pe-

ças de altíssima qualidade, quesito indissociável da proposta desse formato de atendimento privado. “Ártemis costumava enfrentar e vencer muitas barreiras. É isso o que nos motiva, queremos vencer os obstáculos do nosso mercado tão competitivo”, explica Adriane. Além da linha diversificada de joias, a loja faz serviços de manutenção e conserto em sua ourivesaria. As sócias têm ainda parcerias com designers para desenvolver suas criações. A última celada foi com a empresária Carol Bassi, e pretendem juntas oferecer um serviço mais sofisticado e de bom gosto. Aberta há três meses em São Paulo, a grife inaugura endereço em Alphaville no dia 14 de maio, no Espaço ClubFemme do Alpha Square Offices. “O público daqui é perfeito para o nosso produto”, garante Adriane.

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especial shopping tamboré

NO DIA D(ELAS)

Convidamos quatro mães de estilos diferentes para fazer sua wish list no Shopping Tamboré. A seguir, dicas para presentear sua mãe em 2014 texto e fotos Priscilla Zamarioni

ANA FLAVIA ANDRADE A empresária, estudante de psicologia e (ufa!) blogueira à frente do Girls From Alphaville, de 31 anos, é mãe da Helena, de 3. Ela gosta de moda e de investir no mix de clássicos com peças mais acessíveis. “Adorei garimpar meu presente aqui no Tamboré. Encontrei opções interessantes para compor meus próximos looks. Se meu marido (o publicitário Vitor de Andrade, de 32 anos) não me presentear com uma delas, ficará sem carinho por uma semana”, diverte-se.

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ȱˆ Sapatilha preta de verniz (R$ 149,90) SANTA LOLA – (11) 3581-0391 ȳˆ Vestido de chifon franzido (R$ 265) ARESTTA – (11) 2166-9942 ȴˆ Anel de ouro 18k da coleção Begônia (R$ 3.590) VIVARA – (11) 4193-6180 ȵˆ Prada Infusion d'Iris Eau de Parfum 100 ml (R$ 409) DELLIAN PERFUMES – (11) 4193-4230

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CAROLINE DE ALMEIDA LANDUCCI Mãe de duas menininhas (Manoela, 4 anos, e Valentina, 8 meses), a gerente comercial de 34 anos leva um estilo de vida "mais despojado". Ela gosta de frequentar o Tamboré por ser de fácil acesso e ter boas opções de restaurante e entretenimento para as pequenas. Se não ganhar os presentes que escolheu, diz que fará greve de brincadeiras em casa. “Também deixarei de dar meus amassos nelas, mas só por um dia. É o máximo que dá para aguentar”.

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ȵˆ ȱˆ Kit Mandacaru com água de colônia, sabonete e shower cream (R$ 116) QUIOSQUE L'OCCITANE – (11) 4193-3431 Ȳˆ Óculos Ray Ban modelo aviador (R$ 450) SUNGLASS HUT (Luxottica) – (11) 4191-9143 ȳˆ Tênis Adidas modelo Springblade (R$ 999,99) CENTAURO – (11) 4193-1678 ȴˆ Camisa com babados (R$ 259,90) MR. KITSCH – (11) 3581-0399 ȵˆ Máscara de cílios What's Your Type (R$ 69,90) – THE BEAUTY BOX (11) 4191-0440

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especial shopping tamboré

FRANCINE MARTINEZ A publicitária de 38 anos, mãe das gêmeas Pietra e Ana Clara, de 7, é supervaidosa e viaja bastante. “Gosto de ganhar roupas, sapatos e itens pessoais. Ou seja, não me deem presentes para a casa! Assim as meninas terão minha companhia até dormirem, além de comidinhas especiais”, diverte-se ela, que gosta da praticidade do shopping de ter apenas um piso térreo. "Aqui ainda tem restaurantes bacanas onde posso comer bem e passar momentos especiais em família”, finaliza.

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ȱˆ Pacote Turquia e Grécia em 12 dias, com acompanhante, passagens aéreas ida e volta, traslados, café da manhã e quatro almoços ou jantares na Capadócia, Konya, Pamukkale e Kusadasi (R$ 24.850) TAM VIAGENS (11) 4133-7711 Ȳˆ Bolsa vermelha de couro com metais banhados a ouro (R$ 799,90) CARMEN STEFFENS – (11) 3581-0357 ȳˆ Vestido soft velvet com mangas de renda (R$ 699,90) TVZ – (11) 2166-9969 ȴˆ Scarpin azul de phyton (R$ 769,90) MY SHOES – (11) 3581-0360 ȵˆ Corselet de cetim com calcinha triple-string (R$ 229 e R$ 69, respectivamente) HOPE – (11) 2166-9888

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LUCIANA PEREIRA XAVIER Educadora por formação, esta mamãe de 35 anos deu um tempo na profissão para se dedicar à filhota, Bruna, de 10 meses. Ela, que preza pela praticidade, incluiu presentes para a família na sua listinha, mas não se esqueceu de alguns mimos (começando por uma boa massagem). “Se eu não ganhar essas horinhas só para mim, vou colocar meu marido trocando fraldas no meu lugar”, brinca. E completa: “É uma delícia passear com a minha pequena nas áreas abertas no Tamboré ".

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ȱˆ Massagem íonredux modeladora com associação de eletroterapia e manobras manuais (R$ 100 a sessão) ONODERA (11) 4191-7075 Ȳˆ Linha Slim Fresh Pop-Up (R$ 34,90) HAVAIANAS – (11) 4193-2367 ȳˆ Moringa Le Petit, do Pequeno Príncipe (R$ 89,90) UATT? – (11) 3581-0350 ȴˆ Fritadeira Air Fryer Mondial, frita sem óleo e traz sugestões de receitas (R$ 599,90) CASA & COISA – (11) 4191-9631 ȵˆ Sabonete cremoso Sweet Anis, com PH da pele, 800 ml (R$ 42) MAHOGANY (11) 2166-9798

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publieditorial Win Dogs

SEU MELHOR AMIGO MERECE Novo centro de serviços no bairro traz o que há de melhor nos cuidados para cachorros POR RENATA PRIMAVERA FOTOS ROGÉRIO ALONSO

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uem tem cachorro sabe: é difícil confiar em um lugar para cuidar do seu melhor amigo. Sempre que o cão está fora de casa, a gente fica pensando se estão tomando conta dele, quanto tempo o bicho ficará preso naquela jaulinha... A boa notícia? Acaba de inaugurar em Alphaville um dos maiores centros de serviços especializados para cachorros no Brasil, o Win Dogs. Instalado em um terreno de 13 mil m2, em uma área verde próxima ao Colégio Pentágono, o lugar oferece uma série de opções para tratar bem qualquer cãozinho (ou cãozão). Entre as opções estão banho, tosa, Day Care, hotel cinco estrelas e pet shop com entrega de produtos em Alphaville e Tamboré – todas respeitando as necessidades e características de cada raça. O empreendimento é uma iniciativa do jogador de pôquer profissional André Akkari em parceria com a médica veterinária Clarissa Troccoli, moradora de Alphaville há 30 anos e sócia responsável pelo centro veterinário da empresa, além do especialista em cuidados de cachorros Mário Navarro. “Transformamos o Win Dogs em um verdadeiro paraíso para cachorros. Alphaville tem potencial para receber um serviço como o nosso, da mais alta qualidade”, diz Akkari. O local ainda abriga a clínica veterinária Win Vet e

o canil Win Goldens, especializado na criação e no aperfeiçoamento da raça Golden Retriever.

BANHO E TOSA O atendimento dedicado ao banho e à tosa utiliza as melhores técnicas para cada raça – a spitz alemão, por exemplo, não pede o uso de condicionador na hora do banho. O serviço inclui trimming (“aparar” os pelos de acordo com a especificidade do cão) e grooming (“cuidar da aparência”, ou seja, escovação, banho e cuidados de higiene como corte de unhas, limpeza dos olhos, do interior das orelhas e dos dentes). Os produtos e os enfeites também respeitam as características de cada cachorro. Todos os cães que chegam para banho e tosa – a equipe os busca na região de Alphaville e Tamboré – são atendidos pela médica veterinária da empresa. “Checamos se as vacinas estão em dia, se há algum problema de saúde, se a pele e o pelo estão saudáveis. E orientamos os donos caso haja algum problema”, explica Troccoli.

HOTEL E DAY CARE Nas instalações do Win Dogs, os cães são tratados como verdadeiros hóspedes. Após o check in, cada um passa por um check up completo com a Dra. Clarissa, que tem múltiplas especializações na área,

Estrada de Ipanema, 254 – Alphaville Santana de Parnaíba (11)4154-7133 windogs.com.br Horário de funcionamento: segunda à sexta, das 9h às 18h, sábados e feriados até 16h. Hotel e atendimento veterinário para os cães hospedados funcionam 24h.

incluindo fisioterapia, obstetrícia, neonatologia e obesidade. A avaliação do estado geral do cachorro inclui checagem dos ouvidos, peso, prescrição de remédios, condições dos pelos e o entendimento do dia a dia do cão em casa. Uma programação diária de atividades, planejadas individualmente, abrange brincadeiras por porte e temperamento, banho de sol, rotina de exercícios e alimentação personalizada – tudo supervisionado por uma equipe de monitores especializados e câmeras de segurança. São quatro picadeiros playgrounds (o principal com 350 m²), dois centros de estética para banho, tosa, trimming e grooming, duas maternidades para filhotes, um fitness center e 35 apartamentos com área coberta e solarium. Os cães somente dormem e comem dentro dos canis individuais; no restante do dia, ficam soltos. Para o hotel, há serviço de Taxi Dog para retirar cães em São Paulo.

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festival gourmet

Os chefs estão de volta! O evento gastronômico que já virou tradição na região chega a sua terceira edição recheado de novidades por Daniella Vinic Se você gosta de boa comida, de passar bons momentos em família e de encontrar os amigos, reserve um espaço na sua agenda: no dia 17 acontece a 3ª edição do Festival Gourmet, no Iguatemi Alphaville. Inspirado nas grandes feiras gastronômicas que acontecem ao redor do planeta, o Festival Gourmet junta tudo o que todo mundo gosta, com nomes renomados servindo um cardápio inédito, a preços pra lá de convidativos (entre R$ 6 e R$ 22). Um dos diferenciais em relação a outros festivais do gênero é que

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este acontece em um shopping e, por isso, conta com toda a infraestrutura e o conforto do local, como estacionamento, segurança e toaletes. Ao todo 16 chefs, da região e da capital, apresentam cerca de 60 pratos e sobremesas das culinárias brasileira e mundial – que podem ser acompanhados por vinhos, cervejas artesanais, sucos orgânicos, além de água e refrigerantes. Uma experiência gastronômica imperdível. O evento, que reuniu pessoas de todas as idades nas duas primeiras edições, traz novidades fresqui-

O encontro acontece no dia 17 deste mês, um sábado, entre 12h e 21h, no Iguatemi

nhas: cardápio novo, os inéditos food trucks Buzina e EATinerante (cozinhas móveis) e a premiada doceria Casa Mathilde, com seus tradicionais confeitos portugueses. Estreantes no Festival há o restaurante Pobre Juan e os chefs Thiago Caiafa e Ricardo Vieira, que trazem receitas super-regionais direto de Minas Gerais. Como nas edições anteriores, o encontro acontece na área externa do Iguatemi e conta com uma estrutura totalmente voltada ao lazer para toda e qualquer idade, incluindo programação musical, mesas bistrô e banquinhos para jogar conversa fora degustando pratos deliciosos, além de espaço kids. Sim, os pequenos também se divertem enquanto os pais deixam a dieta de lado para provar cada sugestão, uma mais irresistível que a outra.

Casa Mathilde Doçaria Portuguesa Estrategicamente localizada no centro de São Paulo, a tradicional doçaria portuguesa agrada os amantes da cozinha lusitana com suas guloseimas típicas de Portugal, a exemplo do pastel de nata ou do travesseiro de Sintra, que, assim como o salame de chocolate, pode ser comprado individualmente (R$ 6 cada um) ou em caixas de 4 ou 6 unidades. Feitos por chefs confeiteiros trazidos de lá, há ainda salgados como o famoso pão caseiro e o pão com linguiça portuguesa (que sai a R$ 8 a unidade).

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Chefs Fábio e Luciana Perez, do Bendito Cacao Desde 2012, quando inauguraram em Aldeia da Serra o restaurante de arquitetura inspirada na região da Toscana, os irmãos e sócios apresentam um vasto cardápio com especialidades italianas. Para o evento, a dupla elegeu o nhoque de banana da terra regado ao ragu de mignon, a canjiquinha cremosa com costelinha suína e o gateau feito de mandioquinha, camarão e alho-poró ao bechamel com grouet de cacau (R$ 18 cada um). O menu inclui ainda o mini-panzotti de búfala ao molho de tomates frescos e manjericão (R$ 16) e, para adoçar o paladar, cheesecake de brownie (R$ 12).

Chef Rafael Leão, do Ville Du Vin Autor das sugestões encontradas no bistrô, que mescla cozinha francesa e internacional com ingredientes brasileiros, o chef traz ao Festival sua polenta cremosa com ragu de linguiça artesanal e o arroz de bacalhau (R$ 14 cada prato), além de uma vasta carta de vinhos para harmonizar, com rótulos argentinos, chilenos, portugueses e americanos (entre R$ 10 e R$ 18 a taça). Para finalizar, brigadeiro de colher com farofa de amêndoas (R$ 12).

CHECK- IN DO DEGUSTADOR: dicas para aproveitar melhor o evento Venha com tempo. Além das muitas sugestões do cardápio, é uma oportunidade para confraternizar e encontrar outros moradores da região. Use roupas confortáveis. Há mesas de apoio, mas como em toda feira do gênero, você pode ter de comer em pé. Dê uma volta pelo evento e conheça todas as sugestões oferecidas antes de começar a degustação. Assim, você escolhe melhor as bebidas adequadas para harmonizar com cada prato. Aproveite o espaço kids para que seus filhos curtam o passeio e você possa experimentar com calma todas as comidinhas. Lembre-se: a feira acontece em um espaço aberto. Filtro solar em dia de sol e casaco para o friozinho são indispensáveis.

Mr Beer Bar Nhoque de banana da terra ao ragu de mignon, arroz de bacalhau, sakerita de lichia e cervejas especias: tudo no menu do Festival Gourmet

Responsável pelo bar do Festival Gourmet, lista mais de 100 rótulos de cervejas – muitos deles exclusivos – de diversas nacionalidades. Entre as sugestões, há cervejas artesanais, como Tereza e Real Pilsen, as alemãs Schweiger Trigo e Engel Dunkel, além da belga Gauloise Ale. Chope artesanal estilo pilsen também está na carta. Para quem não bebe alcoólicos, o refrigerante custa R$ 6, e a água mineral, R$ 4. A marca também vende kits para presentes e acessórios especiais – um exemplo é a taça para a produção de cerveja em casa. Vale conferir!

Chef Carlos Ohata, do Roppongi Aos 18 anos ele se mudou para o Japão para conhecer in loco a culinária nipônica. Consultor em casas da Europa e dos EUA, implantou o primeiro restaurante da rede americana Benihana no Brasil. Do Roppongi, o chefe executivo selecionou opções como o minitirashi com atum, vieiras e crisp de legumes, tradicional prato à base de arroz avinagrado com sementes de gergelim (R$ 20). Para beber, a sakerita de lichia sai a R$ 10 cada.

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festival gourmet

Chef Francisco Aldueles, do Gardenia Há nove anos no restaurante contemporâneo que tem como especialidade pratos à base de cordeiro, o chef traz ao evento opções como a paleta de cordeiro com couscous marroquino, o nhoque de mandioquinha (R$ 26 cada um), o croquete de cordeiro com chutney de manga (R$ 16) e o bolinho de arroz recheado com parmesão (R$ 12).

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FOME

DE SOLIDARIEDADE

Entre uma comidinha e outra, quem passar pelo ponto do Fundo Social de Solidariedade de Barueri pode adquirir itens confeccionados pelos participantes dos programas desenvolvidos em prol da população do município. Não deixe de colaborar!

Chef Walter Cordeiro, do Bendita Hora Com uma trajetória profissional que inclui as cozinhas do Moinho Santo Antônio, do Jeca Jones e da E.A.T Casual Food, o chef responsável pelo almoço à lenha do Bendita Hora (das unidades Alphaville e Perdizes) apresenta sugestões que vão desde o sanduíche de pernil assado na lenha (R$ 12) até o tartelete de aspargos e presunto parma (R$ 14) e o camarão na moranga (R$ 18). Para sobremesa, caem bem as carolinas (R$ 8 cada).

Chef Priscila Oliveira, do Pobre Juan Com vasta experiência internacional em restaurantes estrelados pelo reconhecido Guia Michelin, a chef assumiu a cozinha do Pobre Juan em 2001. Desde então, ela mescla seu estilo aos tradicionais pratos argentinos servidos no local. Os visitantes que passarem pela sua barraca na Feira podem provar brochete de bife de chorizo com farofa (R$ 18), sirloin ao chimichurri (R$ 16) e miniempanada de carne (R$ 6). Sem contar o churro de doce de leite (R$ 8), servido no capricho.

Chef John Carvalho, do Trattoria Vitória Régia Desde de 2011 à frente da cozinha da trattoria, o chef assina opções como o agnelotte recheado com funghi seco e o raviolini preenchido por camembert (R$ 18 cada prato). Para a sobremesa, uma receita que combina creme de leite fresco, mascarpone e calda de frutas vermelhas, batizada de "Presente dos deuses" (R$ 14). Há ainda uma carta de vinhos selecionada para o evento, que inclui espumante, prosecco italiano e rótulos de diversas origens (os preços variam de R$ 16 a R$ 20).

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Chef Brunno Cesar Martins Oliveira, do Patriarca Inaugurado em dezembro de 2011 no tradicional bairro paulistano do Tatuapé, o bar lista no menu porções de coxinha de frango com catupiry e de costela bovina preparada no bafo, carro-chefe do local, batizado de chapinha Bento Gonçalves. Na Feira vêm a porção de cinco pastéis de costela desfiada, o brasileirinho, combinação de três bolinhos de feijoada e outros três de arroz cremoso com queijo brie (R$ 16 cada uma). Para a saideira tem tiramisù (R$ 12) e sorvete de limão, leite e vodka (R$ 10 a porção).

Chef Edson Brito, do Nagarê Sushi Este jovem já acumula 14 anos de experiência e trabalhou com grandes nomes da cozinha internacional. Influenciado pelas culinárias francesa e italiana, seu trabalho traz fusões com o melhor da cozinha japonesa. No Nagarê há sete anos, escolheu para o Festival Gourmet casquinha de camarão ao creme de coco (R$ 18) e ceviche de vieiras e polvo ao molho siciliano (R$ 24).

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As sugestões para degustação são muitas (e criativas), a exemplo da casquinha de camarão ao creme de coco, os bolinhos de feijoada, o hot dog empanado e o sanduíche de aioli, linguiça portuguesa e fritas

Chef Alex Caputo, do EATinerante Gastronomia Apostando no conceito de restaurante móvel, Caputo e seu sócio, Cristhian Felix Daniel, aderiram ao food truck – um caminhão onde oferecem opções gourmet assinadas. Entre as comidinhas trazidas para o evento estão o corn, hot dog empanado em massa de milho e bacon com molho barbecue (R$ 10), a polenta ao tartufo e fungui porcini (R$ 20) e a torta de nociolla, recheada com chocolate belga e Nutella (R$ 16).

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Chefs Marcio Silva e Jorge Gonzalez, do Buzina Food Truck

Com uma proposta baseada em ingredientes preferencialmente orgânicos (a preços convidativos), a dupla aposta na cultura gastronômica de rua, tão difundida nas grandes metrópoles mundiais e que acabou virando febre em São Paulo. No Iguatemi o caminhão traz o arroz de pato confitado, o sanduíche de porco e o lanche que leva aioli, linguiça portuguesa e fritas (R$ 16 cada um).

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festival gourmet

Chefs Thiago Caiafa e Ricardo Vieira, do Chefs de Minas

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Quem resiste a uma comidinha mineira? Se for o seu caso, aproveite o Festival Gourmet para degustar a paella de costelinha suína, a linguiça da roça, o frango caipira, a pururuca de barriga e o ragu de costela bovina defumada com polenta de colher e queijo canastra (R$ 18 cada prato). Hum... Tem ainda os pastéis de angu preenchidos por carne, seca ou tradicional (R$ 14), preparados pelo chef Thiago Caiafa, que estagiou com nomes do calibre de Alex Atalla e hoje leciona na PUC Minas. Seu sócio, o chef Ricardo Vieira, também começou no restaurante D.O.M e já teve seu nome citado em revistas internacionais como a Good Food, de Dubai, e em matérias da BBC de Londres. A dupla participa pela primeira vez do nosso evento.

Bombay Alphaville

Chef Dimitris, do Mylos

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Dedicado à cozinha mediterrânea com alguns pratos tradicionais da Grécia, o restaurante foi inaugurado em Alphaville sob o comando de um dos sócios, o chef grego Dimitris – ele esteve à frente de diversas cozinhas na Europa e no México. Para a terceira edição do Festival, seu cardápio inclui a spanakopita, uma pasta do tipo filo recheada com espinafre e queijo branco (R$ 10); o burger griego, um hambúrguer caseiro feito de duas carnes (de cordeiro e de boi) e servido com molho de iogurte (R$ 14); e o sorbete de baclava, um sorvete de creme com nozes, canela, mel e pasta filo (R$ 10).

As culinárias regionais e internacionais, além das especiarias finas, também marcam presença na feira

PATROCINADOR

Anote aí: q 4ÂCBEP EF NBJP EBT I ÅT I q &OUSBEB HSBUVJUB q /B ÂSFB FYUFSOB EP Iguatemi (saída ao lado da Kalunga) q Os cardápios podem sofrer alterações até a data do evento

! NOVO

Criada por Nelusko Linguanotto Neto, a marca comemora dez anos de existência. Sob o comando de Rafael Rodrigues, o primeiro quiosque em Alphaville, instalado no Shopping Iguatemi, apresenta mais de 300 tipos de ervas e especiarias, além de 60 variações de pimentas. No evento, a Bombay exibe temperos como o chimichurri (R$ 24), a pimenta jalapeño (R$ 10) e uma mistura especial para churrasco (R$ 18), além de azeites (incluindo os raríssimos trufados), entre outras opções. Ideal para quem nãoabre mão de um temperinho a mais.

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Muito alĂŠm das compras

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Miami oferece uma agitada vida cultural, ótimos restaurantes e boas opções para a prática de esportes. Confira nossa seleção de programas fora do roteiro turístico convencional e um panorama do mercado imobiliário mais atrativo do mundo

SHUTERSTOCK

Por Carolina Camargo e Caroline Marques

squeça a ideia de que Miami é uma ótima opção apenas para compras. Na última década, a cidade mudou, ganhou alma cosmopolita e hoje oferece inúmeras opções culturais e excelentes restaurantes. “Eu tinha aquela ideia da cidade das compras, mas estou encantado com Miami. Ela abriga os maiores festivais de arte, literatura e música dos Estados Unidos”, afirma Pedro Andrade, 35 anos, apresentador de uma atração no canal Fusion, que faz parte do grupo ABC, e do Manhattan Connection, do GNT. O publicitário Lorenzo Martone, 51, exnamorado do estilista Marc Jacobs e dono da empresa de bikes fashion Martone Cycling, também é habitué. “Adoro a praia, os restaurantes e a vida noturna de lá. Embora o que mais me impressione seja a cena artística. Hoje os museus de Miami competem com os de Nova York”, diz o empresário. De acordo com a Greater Miami Convention & Visitors Bureau, nos últimos três anos o fluxo de estrangeiros na cidade vindos do Brasil cresceu 19,4%, chegando a 755 mil só em 2013. Outro dado: a média de gastos desses visitantes chega a US$ 700 por dia. E, acredite, eles não estão interessados somente em fazer compras na famosa Lincon Road (avenida que concentra as grifes e os restaurantes mais cobiçados da praia) ou em outlets como o Sawgrass Mills, onde 68% do faturamento é garantido por nós, brasileiros. Nem apenas nas badalações da Ocean Drive, a badalada avenida da praia de South Beach que caiu nas graças de gente como David e Victoria Beckham – o casal comprou ali a mansão do estilista italiano Gianni Versace. Quem procura o destino também está de olho nos imóveis. Nos anos de 2011 e 2012, os brasucas foram responsáveis por 12% das vendas de imóveis para estrangeiros (incluindo Miami e o sul da Flórida), segundo a Miami Association of Realtors. Aqui em Alphaville, por exemplo, muita gente mantém endereço fixo na cidade. Por isso a VERO preparou uma matéria especial com dicas nada óbvias para aproveitar o melhor daquela região, além de um perfil do mercado imobiliário que vem atraindo cada vez mais brasileiros. Confira nas próximas páginas!

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Circuito das artes

î Se pretende visitar a cidade no fim do ano, anote aí. Considerada a maior feira de arte moderna e contemporânea do mundo, a Art Basel já está em sua 13ª edição. Nascida na cidade de mesmo nome, na Suíça, a versão da Flórida tornou-se mais importante do que a original. A feira acontece sempre em dezembro – neste ano entre os dias 4 e 7 do mês. Nela as principais galerias do globo exibem obras dos artistas mais importantes da atualidade, como o norte-americano Jeff Koons, 58, e o indiano Anish Kapoor, 59. Também é possível encontrar à venda obras originais de Pablo Picasso (1881-1973), Joan Miró (1893-1983) e Jean-Michel Basquiat (1960-1988). A edição do ano passado contou com a participação de mais de 250 galerias, reunindo 70

mil visitantes (o valor total dos artigos expostos ultrapassou os US$ 3 bilhões de dólares). “É o evento que mais atrai turistas para Miami e a época mais importante do ano para quem aprecia cultura. A cidade se transforma em uma festa”, fala o CEO da loja de móveis Artefacto, Paulo Bacchi. (www.artbasel.com/ en/Miami-Beach)

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Recém-inaugurado, o Pérez Art Museum Miami é uma atração imperdível em Miami Downtown. Construído em Bayside, custou US$ 220 milhões e tem seu projeto assinado pelo escritório suíço Herzog & de Meuron. O museu de arte moderna e contemporânea tem exibições agendadas do britânico Simon Starling, da paquistanesa Sairia Sanader e da brasileira Beatriz Milhases. (www.pamm.org)

Tereza Siqueira Brasil, administradora de empresas, mora em Alphaville desde 2002 e mantém um apartamento em Boca Raton

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Quatro anos atrás, compramos um apartamento em Coconut Creek. Hoje estamos em Boca Raton, cidade muito próxima de Miami, onde recebemos a família e os amigos com o mesmo conforto que temos em Alphaville. A localização nos permite ter acesso a serviços e bens de consumo de qualidade e uma praia maravilhosa. Além de ser um bom investimento, comprar um imóvel em outro país dá conforto, segurança e uma vida tranquila, qualidades que almejamos no Brasil. Nos Estados Unidos há profissionais competentes, fluentes em português, capazes de entender as nossas necessidades e oferecer exatamente o que buscamos. Sem contar a facilidade para a aquisição, incluindo o valor e o trâmite acelerado para a documentação


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Luciana Salles, pedagoga, moradora de Alphaville há 14 anos, tem uma casa em Orlando

Há dois anos tivemos uma boa oferta de um imóvel bem próximo aos parques da Disney, em Lake Buena Vista, e aproveitamos a oportunidade para investir nosso dinheiro. Adoramos o lugar e vamos com frequência, por isso achamos que valeria a pena, tanto para usar nas férias, como para alugar quando não estivéssemos por lá. Gostamos muito de Orlando porque é uma cidade onde crianças e adultos se divertem, com um clima bom durante praticamente o ano todo, além da excelente infraestrutura. O custobenefício da compra foi ótimo. Sempre que não estamos lá, sublocamos e temos uma renda. Nas férias aproveitamos todas as facilidades e acaba saindo bem mais barato do que pagar a hospedagem em um hotel

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Bairro do momento, o Wynwood Arts District (www. wynwoodmiami.com) era uma área industrial repleta de galpões, que se transformou na região mais cool da cidade. Atualmente comporta mais de 70 galerias de arte e estúdios de artistas, além de diversos restaurantes. As paredes dos prédios são cobertas por grafites – Eduardo Kobra e Os Gêmeos são alguns dos que deixaram trabalhos nas construções. Na região, o Wynwood Walls reúne uma boa seleção de obras (www.thewynwoodwalls. com), galeria e dois restaurantes. Jay-Z e Beyoncé já foram flagrados fazendo refeições no Joey's (www. joeyswynwood.com). Vale tomar um café no descolado Panther Coffee (www.panthercoffee.com). Em frente ao lugar, há uma grande mesa comunitária ao redor de uma árvore enorme. Em alguns sábados, acontecem tours guiados pelo bairro e você encontra DJs tocando nas ruas, além de trailers de comidas, os chamados food trucks.

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Quem quer ver os musicais da Broadway também não precisa voar até Nova York. O Adrienne Arsht Center for the Performing Arts oferece uma programação com peças de teatro, dança, números de ópera, orquestras e shows. Neste mês, por exemplo, estão programadas apresentações do musical Evita e do Blue Man Group. (www.arshtcenter.org)

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O New Word Center, casa da New World Symphony, tem projeto assinado pelo arquiteto canadense Frank Gehry, responsável pelo Museu Guggenheim de Bilbao, na Espanha. Na fachada, além de uma enorme estrutura de vidro, o prédio conta com uma parede branca gigantesca onde são projetadas as apresentações ao vivo da orquestra, shows e filmes, feito um cinema a céu aberto. (newworldcenter.com)

POR QUE MIAMI... Ao contrário do que acontece no Brasil, onde o valor dos imóveis cresceu cerca de 25% só no último ano, na Flórida os preços vêm diminuindo desde 2005 – hoje são os mais baixos registrados em todos os tempos. Na opinião do CEO da Keller Williams Realty de Miami Beach, Tom Toolin, o mercado imobiliário de Miami e do sul da Flórida é atualmente o mais acessível do mundo. “Esse é um dos motivos que fazem os brasileiros investirem aqui”, comenta. E acrescenta: “Todos os meses, cerca de 30% do nosso fechamento é feito com investidores estrangeiros, 12% deles são brasileiros. Temos muitos corretores do Brasil, o que facilita o atendimento”. Uma das funcionárias, Cibele Zuazu, se mudou para a cidade há quatro anos. “Recebo gente de São Paulo, Rio, Belo Horizonte e Vitória. Todos querem vir para cá em busca de qualidade de vida, boas escolas e segurança”, explica a corretora.


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Rota gastronômica

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Depois de Milão e Dubai, o estilista italiano Roberto Cavalli,

73, elegeu Miami para abrir as portas de seu Cavalli Restaurant & Lounge (www.cavallimiami. com). Situado em uma luxuosa casa no número 150 da Ocean Drive, o design interior do ambiente leva a assinatura do próprio estilista, em parceria com o arquiteto Italo Rota. Sob o comando do chef Stefano Mazzi, o menu apresenta pratos tradicionais da cozinha italiana com um toque moderno.

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Com casas em várias cidades do mundo, como Nova York, Monte Carlo e Ibiza, outro italiano famoso é o Cipriani (www.cipriani.com), o restaurante mais badalado do momento em Miami. Para ver e ser visto, ele tem em sua clientela todo o jet set internacional. Mais uma opção da culinária vinda da Itália, o Casa Tua (www.casatualifestyle. com/miami/), como o próprio nome sugere, tem decoração como se fosse uma casa de verdade. Entre seus habitués estão Fausto Silva, 63, e Roberto Justus, 58.

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Quem é fã da cozinha japonesa não pode deixar de conhecer o Zuma (www.zumarestaurant. com), instalado dentro do Epic Hotel, e o Nobu (www.noburestaurants.com), do badalado chef Nobu Matsuhisa, que está no Shore Club Hotel.

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Na cobertura do prédio 1.111 da Lincoln Road, o Juvia tem uma das melhores vistas do skyline da cidade. Com clima de balada, o local está sempre lotado de gente jovem e descolada. (www.juviamiami.com)


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î No Design District você encontra um dos restaurantes mais charmosos da cidade. Trata-se do grego Mandolin Aegean Bistro (www.mandolinmiami.com). Ambientado todo em tons de branco e azul, você realmente se sente como se estivesse em Mykonos ou Santorini. Escolha uma mesa na área externa, que é parte mais gostosa do lugar.

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Na região da Purdy Avenue, em South Beach, não faltam opções para todos os gostos. A rua começou a ser procurada há

Cassio Faccin, diretor executivo

menos de um ano, ou seja, ela ainda não foi completamente descoberta pelos turistas! Em poucos quarteirões é possível encontrar uma pizzaria, a Lucalli, o espanhol Barceloneta (www.barcelonetarestaurant. com), o japonês Pubelly Sushi (www.pubbellysushi.com), a casa de carnes PB Steak (www.pbsteak.com) e o mexicano TeQuiztlán (www.tequiztlan.com). O juice bar Jugo Fresh (www.jugofresh.com) tem as sugestões mais gostosas da cidade – prove o Asharam,

da Faccin Investments/ FCI International Realty, reside nos Estados Unidos há 18 anos e, nos últimos 14, trabalha com assessoria imobiliária para compradores estrangeiros.

O mercado de Miami continua aquecido para os padrões norte-americanos. Chegamos a enfrentar cinco anos de crise, com poucas ofertas de lançamentos. Mas hoje há mais de 80 projetos sendo construídos simultaneamente. Projeções e indicadores econômicos mostram a retomada e a recuperação da economia local. Sem dúvida alguma, um dos maiores responsáveis por ela foi o mercado imobiliário.

feito com grapefruit, limão, mel e pimenta cayenne. Hum!

AS REGIÕES QUERIDINHAS Segundo a vice-presidente de relações públicas e internacionais da Miami Association of Realtors, Lynda Fernandez, os compradores brasileiros preferem regiões como Brickell, Downtown e Miami Beach. O CEO da Keller Williams Realty, Tom Toolin, confirma e acrescenta que há também os prédios mais procurados por brasileiros, como Il Villagio, em Miami Beach.

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E O VISTO?

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Não existe um visto especial para brasileiros adquirirem imóveis nos EUA. “Eles podem entrar e sair do país como turistas, desde que obedeçam às regras deste visto”, diz o advogado do escritório internacional Choi & Menezes LLP, Sidney Menezes. Aqueles que desejam passar um tempo mais longo no país podem recorrer a um advogado para viabilizar permissões específicas de investidores ou empresários que decidem montar um negócio na América do Norte. “A situação de cada cliente deve ser estudada individualmente”, recomenda Menezes.


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Para esportistas

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Miami também convida à prática de esportes. Em Key Biscayne, ilha ao sul de Miami Beach, ciclistas e corredores tomam as ruas durante os finais de semana. Na região também é possível alugar pranchas de stand up paddle, kayaks e canoas. O parque Oleta River State (www. bluemoonoutdoor.com), em Aventura, também oferece o serviço de aluguel de equipamentos e conta com pistas de mountain bike em diferentes níveis de dificuldade.

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O programa tradicional da cidade é assistir aos jogos do Heat, time de basquete campeão da NBA nas duas últimas temporadas, no American Airlines Arena (www. aaarena.com). Mesmo quem não é fã do esporte se diverte com o espetáculo, que tem apresentações de DJs e cheerleaders. As estrelas do time são LeBron James, 29, e Dwyane Wade, 32. Quem gosta de futebol americano pode conferir os jogos do Dolphins (www.miamidolphins.com). Mesmo com 30ºC de temperatura, a cidade também tem seu time de hóquei no gelo, o Florida Panthers (panthers.nhl.com).

Luciana Puggina, sócia e diretora de novos negócios da FL Alliance Group LLC em Miami, empresa de consultoria que trabalha com investimentos imobiliários, mudou-se para a cidade em 2010.

A demanda por imóveis em Miami supera a oferta. Esse baixo estoque faz com que o investimento seja muito mais seguro, garantindo uma tendência de alta dos preços. A taxa de câmbio e a possibilidade de financiar parte do valor a juros baixos colaboram positivamente. Além disso, graças à alta densidade demográfica da região e ao enorme fluxo de turistas, quando se trata de proteção patrimonial o mercado imobiliário fica muito atrativo, porque oferece oportunidades seguras e rentáveis

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AS QUESTÕES LEGAIS Na hora de fechar um contrato de compra e venda de imóvel, alguns detalhes podem ser um pouco complicados para quem não conhece as regras do mercado americano. “Se o brasileiro não compra à vista, o processo de empréstimo é longo e pode ser esmagador”, fala a gerente de contratos Yaquelin Vazquez, que orienta corretores de várias empresas – em 2013, 83% dos brasileiros compraram imóveis em dinheiro na cidade. “A comissão imobiliária na Flórida é paga pelo vendedor”, explica Yaquelin. Para que tudo corra bem, há gente especializada em auxiliar o comprador a fazer um fechamento bem-sucedido. A documentação necessária para a compra varia; entretanto, facilita ter conta bancária nos Estados Unidos. Outra decisão é se a compra será feita por pessoa física ou jurídica. Segundo o advogado Sidney Menezes, do Choi & Menezes LLP, há vantagens em cada situação. “O imposto na venda do imóvel para PF é mais baixo, mas em caso de falecimento, haverá incidência de imposto de herança e o valor pode chegar a 50% do total de bens do falecido nos EUA”, exemplifica. Por essas e outras questões, o recomendável seria contratar uma empresa para assessorar na aquisição do imóvel.


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Vista atual do Boulevard Arnaldo Rodrigues Bittencourt, construído em 1992 sobre o rio Barueri-Mirim. A reforma mais recente ocorreu em 2005

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UM NOVO BOULEVARD PARA BARUERI Lançado o edital do concurso que escolherá as soluções para a arquitetura e o bom aproveitamento da região por Daniella Vinic

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or anos a revitalização do centro de Barueri esteve na pauta da prefeitura, mas a reforma efetiva nunca saiu do papel. Agora, o secretário de Planejamento e Urbanismo da cidade, José Eduardo Hyppolito, garante que a população finalmente poderá aproveitar melhor o Boulevard Arnaldo Rodrigues Bittencourt e se orgulhar da região com a realização do projeto Reviva Boulevard. “Mais do que embelezar o centro, acreditamos que essa medida irá atrair novos investimentos por aqui, tendo em vista que Alphaville está ficando saturado. Por isso, não podemos mais adiar as obras”, justifica. A primeira etapa foi colocada em prática no dia 24 de abril, quando a prefeitura publicou o edital do concurso para a elaboração do anteprojeto de arquitetura e urbanismo. A ideia é eleger os melhores trabalhos e deles as propostas mais importantes. Os anteprojetos devem incluir soluções para usos múltiplos do espaço, além da ligação com seu entorno, contemplando entretenimento, cultura, negócios, comércio e turismo. Ainda será preciso pensar nos padrões construtivos (oferecendo soluções para o tratamento de imóveis e áreas ociosas ou deterioradas), em como garantir a segurança nas vias públicas (tanto aos pedestres e ciclitas quanto aos

motoristas), iluminação, drenagem, sinalização eficientes, entre outros aspectos. “Isso tudo incluindo a paisagem, com áreas verdes e boas alternativas para que a população possa desfrutar do Boulevard”, complementa Hyppolito. Ele ainda acrescenta que acessibilidade, sustentabilidade e mobilidade urbana são pontos “importantíssimos” que serão considerados. “É preciso que o espaço seja de todos e para todos. Além disso, boas saídas para cuidar do meio ambiente são sempre bem-vindas”, diz. Como ainda não há um orçamento definido pela prefeitura para o projeto, é possível que a proposta vencedora não seja executada exatamente de acordo com a proposta do autor. “Existe a possibilidade de termos de utilizar boas sugestões de vários participantes, nos comprometendo a creditar a autoria intelectual de cada um”, afirma Hyppolito. “Imagine que um dePERÍODO DE INSCRIÇÃO de 24 de abril a 3 de julho de 2014, gratuita

VISITAS TÉCNICAS de 21 a 23 de maio de 2014 e de 24 a 26 de junho de 2014

ENTREGA DAS PROPOSTAS 22 a 26 de setembro de 2014

RESULTADO 15 de outubro de 2014 PREMIAÇÃO 1º lugar: R$ 50.000,00 2º lugar: R$ 20.000,00 3º lugar: R$ 10.000,00

SITE OFICIAL:

www.revivaboulevard.com.br

As inscrições para participar do projeto de revitalização do centro de Barueri podem ser feitas na sede da entidade organizadora (de 2ª a 6ª, das 9h às 17h) ou pelo site oficial revivaboulevard. com.br.

les dê um incrível tratamento ao transporte e outro capriche mais na questão da paisagem. Então ambas as ideias poderão sair do papel, dependendo do custo de intervenção, é claro”, exemplifica.

COMO PARTICIPAR Podem se inscrever profissionais ou empresas habilitadas pelo Conselho Profissional (CREA/CAU) – tanto as brasileiras quanto as internacionais, desde que essas sejam consorciadas com empresas nacionais. Os interessados devem fazer a inscrição e aguardar a confirmação de participação a partir do envio dos documentos que cumpram os requisitos citados no edital. O passo seguinte é o envio do material. “Para que os concorrentes possam fazer um bom estudo do local, serão realizadas visitas técnicas guiadas entre 21 e 23 de maio e entre 24 e 26 de junho, com agendamento prévio na Secretaria de Planejamento e Urbanismo”, explica Hyppolito. O júri técnico será composto por representantes da Prefeitura Municipal de Barueri, juntamente com a Associação Brasileira de Escritórios de Arquitetura (AsBEA), Associação dos Engenheiros e Arquitetos de Barueri (ASSEAB), Associação Comercial e Industrial de Barueri (ACIB) e um professor universitário de Arquitetura e Urbanismo. Essa equipe, baseada em seus conhecimentos técnicos, selecionará cinco anteprojetos, dos quais três serão premiados com quantias em dinheiro: o primeiro colocado ganhará R$ 50 mil, o segundo receberá R$ 20 mil, e o terceiro, R$ 10 mil. “Mas também precisamos ouvir a população, saber o que os moradores desejam para esse espaço, que é público. Por isso haverá ainda o voto do chamado júri participativo”, aponta o secretário. A população poderá votar, por meio de redes sociais da Câmara Municipal, da Folha de Alphaville e da VERO, os projetos que receberão o prêmio de Menção Honrosa. Nesse quesito entrarão os destaques nas áreas de Acessibilidade e Mobilidade, Paisagem e Ambiente Urbano e Sustentabilidade. Os pontos mais importantes levantados pelo júri participativo deverão ser incorporados ao projeto principal, uma reunião das melhores ideias propostas.

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REYNALDO COLLESI por Gabriela Ribeiro foto Rodrigo Sacramento

O morador de Alphaville desde 1981 tem 69 anos, é dentista há quatro décadas e professor universitário – já deu aula na USP e na Associação Brasileira de Odontologia. Na sala de aula ou em família (são 43 anos de casado, três filhos e três netos), ele preza por valores como comprometimento e honestidade.

Acredite, o simpático senhor aí ao alto leva fama de ser "rigoroso e exigente". E não se incomoda, até tenta justificar, muito educado, como construiu essa imagem diante dos três filhos e dos alunos de odontologia. "Educar dá trabalho. É preciso ficar em cima, orientando e corrigindo o tempo todo", diz. "Mas todos são gratos pela educação que receberam", pondera. Certa vez, na sala de aula da USP, ele explicou: “Depois, se quiserem sair para tomar chope ou contar piada, eu vou junto. Mas aqui dentro não me considerem um amigo, quero fazer vocês aprenderem”. O dentista e professor sempre prezou por valores que considera fundamentais, como comprometimento e honestidade. Há quem discorde – não dos princípios, mas da imagem rigorosa. São seus três netos (Manuela, 5 anos; Bernardo, 4; e Bruno, 3). “Aqui em casa eles podem tudo. Vêm aqui uma vez por semana e eu vou dar bronca?! Deixo o trabalho para meus filhos”, diverte-se. 116 | VERO | MAIO | 2014

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