Revista VERO | Jun/2014

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+ CULTURA

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NA ZICO ´ AREA

QUANDO SE FALA EM “DINHEIRO PÚBLICO HÁ OUTRAS

PRIORIDADES, EM VEZ DE INVESTIR EM ESTÁDIOS DE FUTEBOL

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PARTICIPE VOCÊ T COLE ESTE ADESIVO NO SEU CARRO LIGUE E PEÇA O SEU: (11) 4195-9666

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SEJA UM EMBAIXADOR

Os Embaixadores Atitude Alphaville ajudam a implementar de forma colaborativa as ações da campanha. Por essa contribuição direta com a transformação positiva da região, seus trabalhos são amplamente divulgados na VERO. Inscreva-se pelo e-mail atitude@vero.com.br

VEJA O VÍDEO

VÍDEO

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Em apenas 5 meses a campanha Atitude Alphaville já fez muita coisa bacana pelo nosso bairro. E vai fazer muito mais! PRINCIPAIS AÇÕES DA CAMPANHA

Ê TAMBÉM PATROCÍNIO

COPATROCÍNIO

APOIO

Iniciativas voluntárias dos Embaixadores Atitude Alphaville ~ Pintura do letreiro de Alphaville, com dez artistas convidados. Ação temporária, com apoio da prefeitura e da AREA ~ Entrega de mil caixinhas da Pílula da Alegria (Tic Tac), com a frase: “Tome quando desejar sorrir” ~ Entrega de 500 flores, com a frase: “Gentileza gera gentileza. A Atitude Alphaville ajuda você a fazer outra pessoa sorrir. Entregue esta flor para alguém especial” ~ Mais de 200 displays instalados em restaurantes da região, incentivando as pessoas a usarem menos o celular à mesa Ações na Vero, Somma e Folha de Alphaville ~ Mais de 400 pessoas fotografadas apoiando a campanha ~ Mais de 100 mil adesivos entregues ~ Mais de 100 páginas de matérias incentivando e divulgando a campanha e iniciativas positivas para comunidade ~ Mais de 20 páginas de anúncios sobre a campanha ~ Três vídeos sobre o tema

APOIO ESPECIAL EDUCAÇÃO

REALIZAÇÃO

Colégio Objetivo Escola Castanheiras Escola Morumbi Red Balloon

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editorial

Olho do furacĂŁo

E

a Copa chegou! HĂĄ exato um ano do ĂĄpice das manifestaçþes que chacoalharam o paĂ­s, um pensamento continua no ar: devemos sabotar o mundial, torcer contra? Ou usar a publicidade do evento para mostrar ao mundo as fraquezas do Brasil? Uns dizem que esse movimento ĂŠ corajoso, e outros, que se trata da nossa “sĂ­ndrome de vira-lataâ€?. Diante de tanta notĂ­cia, informação, memes de Facebook e Whatsapp, fiquei pensando. Brasil nĂŁo ĂŠ a soma de todos nĂłs? Sinto que resmungamos como se o paĂ­s fosse uma entidade separada de nĂłs, os brasileiros. Lembrei-me de quando era moleque, em 1982, quando acompanhei minha primeira Copa, justamente a Ăşltima em que uma Seleção Bra-

sileira encantou o mundo com seu futebol-arte – e provou que nem sempre o melhor vence. O camisa 10 era o genial Zico, nosso entrevistado de capa, que em uma conversa exclusiva com a VERO fala, dentre outras coisas, sobre Copa do Mundo! Mudando de assunto. Independentemente do seu ponto de vista polĂ­tico, caro leitor, todos concordamos que com cultura e educação se faz uma nação. Fomos atrĂĄs de exemplos de longe e daqui do bairro para fazer a matĂŠria +Cultura, pilar da campanha Atitude Alphaville. Com o conhecimento pode vir o bom senso, virtude que esperamos dos protagonistas da implantação da usina de tratamento de lixo, prevista para funcionar ano que vem, aqui, pertinho da gente. Boa leitura.

VERO DIRETOR Marcos Lage Gozzi q NBSDPT!WFSP DPN CS GERENTE Roberta Furlan q SPCFSUBGVSMBO!WFSP DPN CS EDITOR EXECUTIVO Chico Max q DIJDPNBY!WFSP DPN CS EDITORA CONVIDADA Jacyara Azevedo REPORTAGEM Gabriela Ribeiro COLABORADORES DE TEXTO Alana Dela Nina, Daniela Paiva, Daniela Vinic, Gabriela AraĂşjo, Marcos Diego Nogueira, Priscilla Zamarioni, Tatiana Babadobulos

CHICO MAX Editor Executivo

DESIGN Chico Max (direção), Janaína Diniz (designer) e Eduardo Prieto (estagiårio) FOTOGRAFIA Nina Amaral, Priscilla Zamarioni, Rodrigo Sacramento e RogÊrio Alonso

16 Coquetel

54 Atitude Educação

As novas da região – com dicas pra Copa!

O que as escolas da regiĂŁo tĂŞm pra contar

18 Entrevista

56 Atitude Jovem

Alexandre Citvaras, diretor da empresa que promete transformar lixo em energia elĂŠtrica

Os talentos do mĂŞs na pele de seis esportistas

20 Segurança Alphaville e TamborÊ continuam seguros?

24 Planejamento urbano O resultado do estudo realizado pela USP sobre o trânsito do bairro

32 O poder da cultura Projetos e pessoas que disseminam conhecimento na regiĂŁo

36 Letreiro de Alphaville Artistas da regiĂŁo colorem o monumento de boas-vindas do bairro

50 Mais Gentileza Restaurantes aderem Ă campanha

66 Gente Os agitos por aqui e mais ali

82 Vitrine A wish list da VERO

90 Festival Gourmet Tudo o que rolou na terceira edição do evento mais apetitoso de Alphaville

102 Portfólio Educação Raio X de instituiçþes de ensino da região

112 Roteiro ImobiliĂĄrio Qualidade e custo-benefĂ­cio da regiĂŁo continua m atraindo novos empreendimentos

132 Persona Rubens FamĂĄ, "o mestre" que ĂŠ reconhecido pelos alunos em qualquer lugar onde esteja

67 Caderno NeurĂ´nio

“Hoje vocĂŞ sabe como ĂŠ, o cara anda por aĂ­ com a nĂŠcessaire estourando o zĂ­per de tanto creminhoâ€? Xico SĂĄ

58 Capa 78 Especial Namorados Zico, Ă­dolo do futebol mundial

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Dois casais escolhem seus presentes no Shopping TamborĂŠ. Aproveite as dicas!

REVISĂƒO 3GB Consulting PRODUĂ‡ĂƒO GRĂ FICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Luiz Vasconcellos, Pupi Serra, Thiago Soler e Maria Dulce Toledo (assistente) CAMPANHA ATITUDE ALPHAVILLE Felipe Marcon

GRUPO VERO EDITORA LAGE & IVANESCIUC LAGE & IVANESCIUC COMUNICAĂ‡ĂƒO LAGE & IVANESCIUC SERVIÇOS Al. Rio Negro, 585, Ed. Jaçari, Cj. 44/45, Alphaville, Barueri/SP (11)4195-9666 SFQPSUBHFN!WFSP DPN CS BOVBSJP!WFSP DPN CS vero.com.br DIRETOR DE OPERAÇÕES Walter Coscia GERENTE FINANCEIRA AndrĂŠa Rodrigues q BOESFB!WFSP DPN CS DEPARTAMENTO FINANCEIRO Lilian Merçon (assistente financeira) e Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES Emanuelle Coelhas (assistente de infraestrutura) CTP, IMPRESSĂƒO E ACABAMENTO GrĂĄfica Pancrom 20 mil exemplares FOTO DA CAPA Jorge Bispo

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coquetel

ESTAÇÃO DE BIKE EM BARUERI

Novidade para quem gosta de pedalar: a Rossi Construtora e Incorporadora acaba de inaugar uma estação de bicicletas em Barueri – ativa até 26 de outubro. As bikes ficam disponíveis no estande de vendas do empreendimento Rossi Mais, na Estrada dos Romeiros, todos os dias, das 9h às 17h (incluindo finais de semana e feriados). Para o empréstimo é necessário fazer um cadastro, mostrando documento com foto e assinando um termo de responsabilidade.

Móveis novos A nova coleção da Florense Alphaville, batizada de AWA Collection, já está disponível na loja. São poltronas, aparadores, mesas de apoio lateral e central, bancos, pufes, entre outras peças assinadas com exclusividade para a franquia por designers como Rejane Carvalho Leite, Fernanda Brunoro e Heloisa Crocco. FLORENSE ALPHAVILLE – AL. RIO NEGRO, 1.030 ALPHAVILLE – (11)4191-6885 FLORENSEALPHAVILLE.COM.BR

SHUTTERSTOCK

DIVULGAÇÃO

ROSSI MAIS PARQUE DA LAGOA R. CAMPOS SALES COM ESTR. DOS ROMEIROS – ROSSIRESIDENCIAL.COM.BR/ PARQUEDALAGOA

+ uma Carolina Fraga

COPA DO MUNDO NO GRAND CRU

Já fez sua programação para assistir aos jogos da Copa? Pois inclua na sua lista o restaurante Grand Cru de Alphaville, que montou um pacote especial para beber à vontade nos dias em que a Seleção Brasileira entra em campo. Custa R$ 80 por pessoa (quatro convites saem por R$ 280). As opções são diversas: cinco rótulos de vinhos e outros cinco de cervejas, como a HB Original.

A loja de roupas e acessórios femininos abriu mais uma unidade no Flamingo – a primeira, no mesmo shopping, funciona há cinco anos. Carlota Costa e Aishty estão entre as marcas exibidas nas araras.

GRAND CRU ALPHAVILLE – AL. ARAGUAIA, 1.443 A – ALPHAVILLE – (11)4191-8707 GRANDCRUALPHAVILLE.COM.BR

CAROLINA FRAGA – SHOPPING FLAMINGO – LJ 36 – (11)4208-6368

DIVULGAÇÃO

KIT CHURRASCO NO MUNDIAL Nada melhor que churrasco e cerveja para ver os jogos da Copa do Mundo. Em edição limitada, a boutique de carnes Cowpig lançou dois kits especiais. O Prata (R$ 175) inclui 650 g de linguiça de lombo, 600 g de costelinha suína temperada, 750 g de baby beef, 1 kg de bife de chorizo e, para acompanhar, um galão de cerveja Heineken (5 litros). A segunda opção, o kit Ouro (R$ 295), tem 600 g de espetinho de queijo coalho, 800 g de bife ancho e 1,1 kg de picanha, além dos 650 g de linguiça de lombo, 600 g de costelinha suína temperada e do galão de Heineken. Os dois pacotes servem oito pessoas e ainda acompanham uma taça personalizada da Copa e uma bolsa térmica. No período dos jogos, haverá delivery sem taxa para toda a região da Grande São Paulo. De segunda a sábado, das 9h às 20h (domingos e feriados, até às 14h). COWPIG BOUTIQUE DE CARNES ALPHAVILLE – SHOPPING ALPHA SQUARE MALL – (11)4191-8399 – COWPIG.COM.BR

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entrevista

Uma usina de lixo em Barueri Até o final de 2015, uma fábrica no município promete transformar lixo em energia elétrica. Alexandre Citvaras, diretor da empresa que fará a operação, fala sobre o empreendimento que ninguém gostaria de ter como vizinho. Ele garante: não há riscos para a população por Tatiana Babadobulos foto Rogério Alonso

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É

fato: a partir do segundo semestre do ano que vem, uma usina de lixo estará funcionando aqui na região, mais precisamente em um terreno que constitui parte da área da Estação de Tratamento de Esgoto de Barueri, no bairro Aldeia de Barueri, vizinho da porta de entrada de Alphaville (o acesso é direto pela Estrada da Aldeinha, a rua das concessionárias). O desafio do lixo nas cidades é cada vez maior, e na nossa região não é diferente. Após o fechamento do lixão de Santana de Parnaíba em 2010, todo o lixo doméstico vai para um aterro privado. O projeto, uma Parceria Público-Privada (PPP) com a Prefeitura de Barueri, também vem atender essa necessidade. Com duração de 30 anos, o valor da concessão é de R$ 400 milhões. Apesar da proximidade com a estação de tratamento da Sabesp e o braço do rio Tietê que atravessa a região, a Foxx Haztec, empresa responsável pela construção e administração da Unidade de Recuperação Energética (URE) – a primeira do país! –, promete transformar o lixo de Barueri em energia elétrica. Para entender melhor o plano, a VERO conversou com o diretor de novos negócios da companhia, Alexandre Citvaras. O que é a PPP entre a Prefeitura de Barueri e a Foxx Haztec? Somos responsáveis pelo licenciamento, implantação e operação da unidade, e a Prefeitura, pela regulação e fiscalização. A usina trará algum benefício para o município? Barueri assume um papel de protagonista no cenário nacional, tornando-se pioneira na adoção de medidas modernas para a gestão de resíduos, com um processo mais barato e seguro. Além da vantagem local, a energia elétrica gerada será negociada no Mercado Livre de Energia Brasileiro, contribuindo para diversificar a matriz energética do país, na qual apenas 15% da energia é renovável. Com o parque de recuperação energética a partir do lixo, o Brasil pode subir essa participação para 24%. E os riscos para a saúde de quem vive ao redor da usina? A URE não traz risco à saúde da

população nem ao meio ambiente. Ela é uma alternativa que atende aos mais rígidos padrões de segurança do mundo, com as mais avançadas tecnologias para o processo térmico, a filtragem e os controles de emissões. Trata-se de uma opção importante para o saneamento básico, pois o lixo não fica exposto a céu aberto – o que evita a contaminação de solo e águas, a presença de animais vetores de doenças e o contato dos funcionários com o resíduo durante o tratamento térmico. Todas as determinações da Secretaria de Meio Ambiente do Estado de São Paulo serão respeitadas. Se compararmos a URE com outros modelos de destinação final de resíduos, como os aterros sanitários, ela evita, em uma projeção de dez anos, a emissão de 900 mil toneladas de CO2 na atmosfera – um dos principais gases causadores do efeito estufa. Essa redução equivale ao plantio de mais de 5,5 milhões de árvores. Será necessária alguma mudança para adequar o entorno da usina? Não. Ao contrário dos aterros sanitários, as UREs precisam de pequenas áreas para sua instalação e, por esse motivo, se apresentam como uma tecnologia apropriada para os grandes centros urbanos, a exemplo de Paris. O impacto deve acontecer com o fluxo intenso de caminhões de lixo em um bairro que hoje é bastante tranquilo. Por isso, a Prefeitura de Barueri informa que está em estudo a construção de uma nova via, um prolongamento da marginal esquerda que ligará a Aldeia de Barueri a Carapicuíba, desse modo, os caminhões com destino à usina não precisariam circular por dentro do bairro. Como a URE funciona? Utilizaremos processos tecnológicos que transformam o lixo doméstico em energia elétrica. (Leia mais no box ao lado) O lixo produzido pelo município é suficiente para gerar qual quantidade de energia? A Unidade de Recuperação Energética de Barueri terá capacidade para tratar 825 toneladas de resíduos por dia e, já no início da operação, poderá gerar 15 MWh. Esse é um volume de energia suficiente para abastecer uma cidade com 80 mil residências.

Por favor, explique a diferença em relação aos aterros tradicionais. Trata-se de uma opção mais vantajosa, pois contribui para a construção do chamado “ciclo positivo do resíduo”, ou seja, soluciona passivos ambientais, transformando-os em fonte de geração de energia e reduzindo o consumo de recursos naturais. Ela também é uma ferramenta importante para a segurança e o saneamento básico. Há algum impacto no processo de reciclagem do município? A coleta seletiva direcionada para reciclagem é de responsabilidade da Prefeitura e um processo anterior à etapa de tratamento térmico dos resíduos. Nossa unidade receberá apenas os resíduos que não são encaminhados para reciclagem.

O lixo não fica exposto a céu aberto, o que evita a contaminação de solo e águas, a presença de animais vetores de doenças e o contato dos funcionários com o resíduo

Existem outras cidades que foram sondadas para receber o projeto? Em alguma delas a construção já está em andamento? Há outros dois projetos a serem implementados: em Osasco e, possivelmente, no Rio de Janeiro.

COMO LIXO VIRA ENERGIA 1- Caminhões despejam os resíduos em um fosso blindado. 2- Os resíduos são recolhidos por guindastes e transportados até alimentadores. Depois, seguem para a câmara de combustão. 3- O lixo desce até a grelha de combustão, e o processo de queima é iniciado. 4- O calor gerado na combustão é aproveitado para aquecer uma caldeira que produz vapor e movimenta uma turbina, produzindo eletricidade. 5- Os gases extraídos da combustão seguem até o tratamento, onde são submetidos a três estágios distintos. 6- Em um reator seco são retirados gases ácidos, metais pesados, derivados de óxido de enxofre, dioxinas e furanos. 7- Filtros retêm até 99,99% das partículas leves. 8- Um sistema adicional reenvia para o reator os particulados contaminados. 9- Depois de passarem pelo sistema de tratamento, os gases da queima podem ser liberados pela chaminé em níveis seguros para o meio ambiente.

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segurança em alphaville

?

a d n a o a ça s m s n o C no ura a eg s T

odos os moradores de Alphaville e região já ouviram falar de alguém que foi assaltado por aqui. A diferença de quem mora em grandes centros é que na maioria das vezes a própria pessoa já sofreu diretamente com a ação de criminosos ou tem um parente que já passou por esse desgosto. Não há dúvidas – e os números comprovam – de que a nossa região é muito segura, com índices de primeiro mundo. No entanto, como nas cidades do interior, o boca a boca por aqui é forte. E ajuda a alterar a percepção das pessoas em relação à realidade. As proporções tomadas com o crescente uso de grupos locais nas redes sociais também contribuem para que as notícias

ruins se espalhem rapidamente. Mas será que nossa segurança realmente está comprometida? A VERO fez um levantamento e foi ouvir alguns órgãos responsáveis, para trazer essa resposta aos leitores. Apesar de os números não serem dramáticos, a tendência não é boa. Por isso vale discutir o assunto a tempo de investir esforços para buscar soluções. Para se ter uma ideia do desafio, estima-se que só a população flutuante, empregada em Alphaville e Tamboré, seja de cerca de 250 mil pessoas nos dias úteis. Some agora os moradores, aproximadamente 70 mil. Juntos, esses dois públicos do bairro trazem para a alameda Rio Negro, a principal via de acesso à região, cerca de 70 mil

Embora os números não sejam alarmantes, a curva de criminalidade preocupa na região por Tatiana Babadobulos

carros todos os dias, segundo dados do Demutran (Departamento Municipal de Trânsito de Barueri). A matemática da segurança não é muito complexa: quanto mais gente, maior a atratividade para os infratores. Em Alphaville e Tamboré, além da Polícia Militar e da Guarda Municipal (de Barueri e de Santana de Parnaíba), trabalham em conjunto a SIA (Sociedade Alphaville e Tamboré) e a AREA (Associação Residencial Empresarial Alphaville), com câmeras nas ruas, central de vigilância, viaturas e postos fixos espalhados. Sem falar nas empresas privadas que operam dentro dos prédios comerciais e residenciais e também nos condomínios horizontais.

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segurança em alphaville Graças a toda essa força integrada, os números da criminalidade ainda são baixos quando olhados de forma absoluta e principalmente quando comparados com os de grandes cidades. Mas, de fato, há um aumento nas ocorrências. Os dados apresentados aqui foram registrados pela AREA, via agentes da entidade e câmeras de monitoramento, já que a PM não faz levantamentos separados por bairro. Entre 2011 e 2012, a quantidade de furtos em geral subiu de 16 para 33 casos. Entre 2012 e 2013, porém, eles caíram de 33 para 23. Já as ocorrências de furto específico de veículos aumentaram de 27 para 47 de 2011 a 2013. Os furtos de acessórios de veículos subiram de 3 para 33 e um crime que era praticamente inexistente passou a ser mais frequente por aqui. Os roubos em geral tiveram uma leve queda nos últimos três anos, diminuindo de 40 para 30 casos. Mas os casos de roubo a pedestres dispararam de 6, em 2011, para 27 em 2013. Falando agora deste ano, no primeiro quadrimestre a entidade afirma que a quantidade de ocorrências também cresceu em relação ao mesmo período dos anos anteriores. Por exemplo: em 2011, nesses quatro meses, foram apenas dois furtos registrados. Em 2014, o número chegou a 18. Já a quantidade de furtos de veículos passou de 10, em 2011, para 21 em 2014. A de roubos, porém, teve uma queda, de 14 para 8 casos. Em compensação, a de roubos a transeuntes disparou de 3 para 15. Já os furtos de acessórios passaram de zero, em 2011, para 3 em 2014. O gerente-geral da AREA, Leonardo Cunha, acredita que o aumento dos crimes tem como base a legislação brasileira. “Nossas leis trazem a certeza da impunidade, e os bandidos ficaram mais ousados”, diz. “Quando alguém comete um furto, geralmente não fica preso. O furto, em nosso país, é considerado um delito leve. Então a pessoa paga a fiança e volta para a rua.” O delegado titular do 2º Distrito Policial de Barueri, Alexandre Palermo, compartilha a opinião: “Com furto é difícil manter o bandido na cadeia. Em outubro do ano passado, prendemos duas vezes a mesma dupla que atuava na região”.

COMO VOCÊ PODE AJUDAR De acordo com Palermo, há um detalhe fundamental sobre o aumento das ocorrências: o crescimento do registro por boletim de ocorrência. Nos últimos anos, as pessoas passaram a formalizar mais os delitos sofridos. “Mas ainda precisamos de mais apoio da população. Somente com o registro do B.O. podemos ter a noção real da situação por aqui”, diz ele. Vale ressaltar que em Alphaville, além do B.O., é importante notificar a AREA, que faz o acompanhamento dos números locais. Basta ir até a sede da associação e registrar o ocorrido. A AREA não fará investigação do caso, mas poderá avaliar melhor quais são os locais com maior índice de ocorrência para melhorar o patrulhamento. Segundo Palermo, desde o ano passado estão sendo realizadas reuniões mensais na Secretaria de Segurança Pública, para traçar metas sobre a questão. “Em alguns meses de 2013, recuamos as ocorrências, mas os números continuam elevados, principalmente quando os furtos acontecem sobre motocicletas, com maior agilidade de fuga”, explica. Uma das medidas para a diminuição se deu por conta do fechamento dos desmanches que existiam em Barueri. Trabalhando em parceria com Carapicuíba e Osasco, o delegado está tentando fechar endereços do gênero nesses municípios também. Além dos veículos, os celulares são os “objetos de desejo” dos bandidos.

O roubo a pedestres é cada vez mais frequente, assim como o furto de acessórios de carros. No entanto, por aqui, praticamente não ocorrem crimes violentos

O registro das ocorrências é fundamental para que os números sejam cada vez mais um espelho da realidade. Isso só depende da população

“Os cidadãos devem adotar procedimentos mais cautelosos”, lembra Leonardo Cunha. Estacionar o carro em local seguro, não mostrar o dinheiro que acabou de sacar, não usar o caixa eletrônico em locais pouco movimentados e não ficar namorando dentro do carro. De novo o carro... Esse, por enquanto, é o principal problema de segurança do bairro. “Quando você estaciona o automóvel na rua e em volta não tem nada, o ladrão percebe que não está sendo observado e comete o crime”, conta Cunha. O delegado Alexandre Palermo também faz duas ressalvas para prevenir o problema: não ficar parado dentro do carro e não deixá-lo estacionado por um longo período, o que facilita a ação dos bandidos. “Os cuidados devem ser redobrados nas alamedas Madeira, Araguaia, nas vias próximas ao Shopping Tamboré, na Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, na Tucunaré e na Tamboré. É onde os crimes mais acontecem”, alerta. Atualmente a maior quantidade de delitos registrada no bairro é contra o patrimônio. Segundo a AREA, não há os crimes mais violentos, como homicídio ou latrocínio (roubo seguido de morte). O principal alvo acabam sendo as pessoas que trabalham por aqui todos os dias, aquelas 250 mil, pois são abordadas mais facilmente quando saem da empresa, à noite, por exemplo, ou a pé, quando estão vulneráveis ou com pouco movimento ao redor. “É nessas situações que os ladrões levam bolsas e, como sempre, aparelhos celulares. Geralmente o índice maior de roubos acontece contra a mulher, uma covardia descarada”, completa. Como a solução para o problema está longe de ser simples, é fundamental o envolvimento da população, participando mais ativamente, acompanhando o trabalho e comparecendo às reuniões do CONSEG (Conselho Comunitário de Segurança Barueri – Alphaville/Tamboré), por exemplo. “Além de mais atenção, a comunidade também precisa interagir mais”, afirma Palermo. O mais importante, esclarece, é registrar os delitos na Polícia Militar e também na AREA. Somente desta forma todos nós poderemos ter a verdadeira resposta para a pergunta que inicia esta matéria.

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planejamento urbano

Uma proposta

Um estudo sobre mobilidade realizado pela USP apresenta sugestões de soluções para o tráfego em Alphaville por Gabriela Ribeiro

U

m estudo encomendado a especialistas da USP acaba de ser divulgado, com oito recomendações para melhorar o trânsito aqui na região. No dia 8 de maio, a análise pedida pela Associação da Indústria Imobiliária em Alphaville, Tamboré e Região (AIAT) em parceria com a Prefeitura de Barueri foi apresentada no Centro de Eventos de Barueri pelos professores da instituição Nicolau D. Fares Gualda e Percival Bisca. Foram necessários seis meses de pesquisas de campo e simulações para que o Laboratório de Planejamento e Operações de Transportes do Departamento de Engenharia de Transportes da Escola Politécnica da Universidade de São Paulo (LPT/EPUSP) chegasse às orientações para otimizar a mobilidade na região, buscando maneiras de equilibrar o sistema viário com o desenvolvimento do bairro. Segundo Mauro Piccoloto Dottori, presidente da associação e da construtora e incorporadora MPD, o mercado imobiliário precisa ajudar a encontrar soluções para o trânsito para que Alphaville e Tamboré continuem se desenvolvendo. “Como morador da região, quero continuar vivendo aqui

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para o trânsito Saiba quais são as propostas da USP PARA IMPLANTAR EM ATÉ CINCO ANOS: Corredor Av. Tucunaré, com viadutos ligando-a à pista leste da Rod. Castello Branco e à Av. Araguaia (por cima dela). Desnivelamentos na Pça. Mackenzie e nos encontros da Av. Tucunaré com as avenidas Mackenzie e Aruanã.

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Prolongamento das marginais da Castello, desde o quilômetro 24 até o 31, incluindo novas pontes passando sobre o rio Tietê.

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Reformulação do Trevo de entrada e saída da Al. Rio Negro, eliminando todos os conflitos em nível.

Corredor Via Parque, incluindo um novo acesso à Castello, com itens funcionais para eliminar os conflitos e aumentar a capacidade, formando um corredor livre de cruzamentos em nível.

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Linha de BRT ligando Santana de Parnaíba a Barueri, na Estação Antonio João da CPTM, com rota pela Estr. Tenente Marques, Av. Yojiro Takaoka, Av. Alphaville, Al. Rio Negro e Estr. da Aldeinha. A proposta inclui passagens em desnível na Al. Mamoré, nos cruzamentos com a Al. Rio Negro e a Av. Alphaville e no encontro da Yojiro Takaoka com a Marcos Penteado.

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PARA IMPLANTAR ENTRE CINCO E DEZ ANOS:

6 Investimentos em transporte público de alta qualidade e obras viárias fazem parte das recomendações, subdivididas em ações para os próximos cinco, dez e quinze anos

Ligação das avenidas Yojiro Takaoka e Marcos Penteado pela região do Melville.

Viaduto da Av. Piracema sobre a Al. Araguaia, caso o comportamento do trânsito não tenha melhorado com as outras medidas.

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PARA IMPLANTAR ENTRE DEZ E QUINZE ANOS: Desnivelamentos em toda a região, detalhados pelo estudo feito pelo Escritório de Arquitetura José Lucena, também encomendado pela AIAT.

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planejamento urbano

com qualidade de vida. Como empresário, acredito que se não dermos alguma contribuição, o nosso próprio negócio estará comprometido. O estudo é um grande instrumento para que possamos analisar melhor as possibilidades e propor soluções”, afirma Dottori. Durante as simulações apresentadas, ficou claro que nenhuma das alternativas desafogaria a Rio Negro. Além das propostas de mudanças e obras viárias, será preciso investir em transporte coletivo de qualidade. Isso porque os pesquisadores constataram que o fluxo não pode ser transferido para vias paralelas (por ser a origem ou o destino de muitos condutores). “É preciso ter um transporte coletivo em Alphaville, assim como existe em qualquer lugar civilizado do mundo”, diz Bisca. Por conta disso, o Bus Rapid Transit (BRT), projeto proposto pela Empresa Metropolitana de Transportes Urbanos (EMTU), foi levado em consideração durante o estudo e, de acordo com os pesquisadores, pode ser uma solução desde que seja implantado com parâmetros de

alta qualidade. “O BRT tem de ser atrativo para uma parcela de pelo menos 15% a 20% dos usuários de carro particular. Do contrário, em 20 anos a Alameda Rio Negro não suportará o aumento da demanda de tráfego de automóveis”, ressalva o professor. Já Leonardo Cunha, gerente-geral da Area (Associação Residencial Empresarial Alphaville), presente na apresentação, não concorda com a visão. A associação é contra o projeto do BRT principalmente por passar pela Rio Negro. “Isso não vai resolver nada. O trânsito vai continuar.” Além de um transporte coletivo eficiente, a proposta inclui obras viárias para atender as demandas atual e adicional, que vai acontecer em médio prazo (a nova regra de parcelamento do solo da região foi aprovada e há empreendimentos para serem construídos). “Fizemos análises a partir de um diagnóstico baseado na observação do fluxo de 2013 e projetamos três cenários”, explica o professor Gualda. Agora, cabe à Prefeitura avaliar o que pode ser viabilizado.

A OPÇÃO SOBRE TRILHOS Também presente no evento, a CPTM (Companha Paulista de Trens Metropolitanos) falou brevemente sobre o projeto que liga Alphaville e Tamboré à Linha 8/ Diamante (Julio Prestes - Itapevi) e à Linha 4/Amarela, na futura Estação Taboão da Serra. “Trata-se do futuro serviço de média capacidade que atenderá os municípios de Barueri, Carapicuíba, Osasco e Taboão da Serra. O papel da CPTM é metropolitano. O que interessa para nós é fazer a ligação entre os municípios e fazer projetos de alta qualidade sempre. Estamos trabalhando para que o projeto seja diferente e atrativo”, afirmou Luciano Luz, gerente de planejamento da CPTM. O contrato para elaboração do projeto funcional (diretrizes de traçado, valores estimados para o empreendimento e localização das estações) foi assinado no ano passado com o Consórcio Oficina/Setec, vencedor da licitação. A conclusão do estudo está prevista para o segundo semestre. Depois dela serão contratados os projetos básico e executivo.

VEJA POR ONDE PASSAM AS INTERVENÇÕES SUGERIDAS AQUI NA REGIÃO 1 - Viaduto Av. Tucunaré – Pista Leste da SP280 2 - Prolongamento das Vias Marginais da SP280 3 - Reformulação do trevo da Al. Rio Negro 4 - Linha de Bus Rapid Transit (BRT) 5 - Corredor Tucunaré – Paiol Velho - Marcos Penteado 6 - Corredor Via Parque Novos cruzamentos em desnível

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publieditorial St. George’s

A

prender inglês em uma escola de primeiro mundo, sem sair de Alphaville. Essa é a proposta da St. George’s School, que acaba de chegar à região, trazendo na bagagem 800 anos de excelência em ensino por meio da parceria educacional com a Cambridge University Press. A Universidade de Cambridge é a número um do mundo em ensino de língua inglesa, com 88 prêmios Nobel e alunos ilustres como Isaac Newton, Charles Darwin e John Harvard. Na unidade de Alphaville, a tradição secular de qualidade de ensino une-se ao que há de mais atual em tecnologia e infraestrutura. No prédio moderno e superequipado, localizado na área central do bairro, as salas contam com lousas digitais, biblioteca, laboratório, cafeteria e estacionamento com manobristas.

APRENDA INGLÊS EM UMA ESCOLA DE PRIMEIRO MUNDO Recém-instalada na região, a St. George’s School mudou o padrão de ensino de inglês em Alphaville. A escola, que traz na bagagem 800 anos de excelência por meio da parceria educacional com a Cambridge University Press, já encanta centenas de alunos moradores da região POR JULIANA DINIZ FOTOS RODRIGO SACRAMENTO

EXCELÊNCIA MÁXIMA DE ENSINO Com cursos para adultos e crianças – a partir dos 11 anos de idade –, a St. George’s acredita que aprender inglês não deve ser um experiência ruim. “Nossas aulas fogem do padrão tradicional e entretêm os alunos com filmes, músicas, jogos, desafios, debates e tecnologia interativa. Os nossos alunos vêm felizes para as aulas, diz o diretor da St. George’s School em Alphaville, Thiago Contador. Todo o trabalho na escola é baseado em três pilares: qualidade, formação internacional e excelência no atendimento. “Nossa qualidade é baseada na melhor equipe pedagógica, nos mais modernos materiais didáticos e em uma metodologia inovadora”, diz Thiago. MAIS DO QUE UMA ESCOLA DE INGLÊS A escola acredita que, para que seus alunos tenham condições de se relacionar com o mundo – profissional ou pessoalmente –, não basta que apenas saibam falar inglês. “Além da comunicação, eles precisam saber se expressar, ter conhecimento multicultural e visão global de mundo”, comenta. “Muito mais do que proporcionar fluência no idioma, nosso objetivo é tornar nossos alunos cidadãos internacionais, preparados para enfrentar o mundo globalizado”, ressalta Thiago. Para atingir o objetivo, além das aulas de inglês, os estudantes da St. George’s participam do pro-

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“Em pouco tempo eu consegui conversar em inglês sem ter medo. ” LURDINHA CAPOBIANCO SÓCIA DA SPAGHETTI EVENTOS

"A escola trouxe inovação, tudo nela é diferente dos outros lugares onde já estudei inglês. Aqui a aula passa muito rápido e você não quer ir embora. Estou encantada." IOLANDA PINHEIRO DE CARVALHO DIRETORIA DA APAS

O prédio da escola, na área central de Alphaville, está equipado com lousas digitais, laboratório, biblioteca, cafeteria e manobristas

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grama International Being, que tem como foco, por meio de debates, discussões, workshops, formar cidadãos globais, utilizando o inglês como base. O programa tem dois parceiros de peso na geração de conteúdo: o Discovery Education, do canal Discovery Channel; e o Newsweek Education, da renomada revista Newsweek.

Os espaços estimulam a convivência e a troca de experiências entre os alunos, que interagem em inglês

"A St. Georges School ensina inglês de um jeito prazeroso. As aulas são interativas e estimulantes, fazendo com que eu aprenda naturalmente. Estou adorando ser aluna da escola!" DANIELA BARROS APRESENTADORA DE TV

COMPROMISSO COM O APRENDIZADO Atendimento de qualidade para a St. George’s é estar comprometido com o aprendizado e a melhor formação dos seus alunos. “Diferentemente das grandes redes nacionais, nas quais o aluno é mais um, o nosso compromisso com os alunos é verdadeiro e personalizado. Por meio de uma equipe pedagógica exclusiva, damos todo o apoio de que o aluno necessita, sem nos limitarmos à sala de aula.” Essa combinação é a chave de ouro para a revolução que queremos trazer no cenário de escolas de idioma no Brasil”, finaliza o diretor da St. George’s School.

Al. Araguaia, 661 Alphaville – (11)4382-9270 / (11)4382-9271 atendimento@stgeorgeschool.com.br stgeorgeschool.com.br

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inspire-se e deixe nosso bairro mais cidadão

Cultura

é ação

Exemplos ao redor do mundo e aqui mesmo, em Alphaville, provam que abrir o acesso à cultura e à educação pode transformar realidades por Alana Dela Nina

“O

conhecimento é o recurso mais valioso e o único verdadeiramente renovável do mundo atual.” A frase do jornalista americano Thomas L. Friedman, conhecido por sua coluna no New York Times e pelos seus três prêmios Pulitzer, apesar de se referir aos dias de hoje, poderia ter sido dita a qualquer tempo e sob qualquer circunstância – ela revela uma das verdades mais preciosas da humanidade: sem conhecimento não somos ninguém. Você há de concordar. Só temos chance de desenvolver pensamentos críticos e ideias próprias com uma base sólida. Só

temos oportunidade de criar uma sociedade livre e produtiva com acesso à cultura e à educação. Pensando nisso, buscamos, no Brasil e no mundo, mais exemplos de pessoas e organizações que decidiram transformar a realidade de muita gente por meio da cultura e da educação. Mostramos ainda pessoas e empresas de Alphaville que também se preocupam em disseminar, de acordo com seus conhecimentos e possibilidades, mais cultura para a comunidade. Quem sabe você se inspira, afinal, é esse o propósito da campanha Atitude Alphaville (leia mais no box da página 48).

ALGUMAS INICIATIVAS QUE JÁ TRANSFORMARAM A VIDA DE GENTE DO BAIRRO, DO BRASIL E DO MUNDO

DIVULGAÇÃO

O Grupo Cultural AfroReggae nasceu em 1993 com uma missão e tanto: lutar pela transformação social por meio da cultura e da arte, desenvolvendo o potencial artístico de jovens moradores de favelas. Mais de 20 anos depois, a organização cresceu e tornou-se uma das mais importantes do cenário social no país, seguindo firme com o seu propósito. Liderado pelo influente José Junior, que, entre outras coisas, apresenta o programa Conexões Urbanas no Multishow, o grupo atua em várias frentes, sempre tendo como pilares a arte, a cultura afro-brasileira e a educação. São mais de 50 projetos no ar e núcleos espalhados por seis favelas do Rio de Janeiro (onde crianças, jovens e adultos podem aproveitar atividades culturais, educacionais e esportivas oferecidas). A ONG começou com um informativo distribuído de

Eliana Paludo

Formada em Sociologia, a professora de inglês por opção define-se como uma curiosa permanente sobre "os assuntos que movem o mundo". Foi essa sede por conhecimento que a levou, há quatro anos, a criar o Projeto Sala, Cultura, Cinema e Viagens de Conhecimento, no qual promove cursos e palestras em um espaço instalado nos fundos de sua casa em um residencial de Alphaville, onde mora há 31 anos. “Dou aula em casa há 22 anos e decidi aproveitar o espaço que tenho também para fazer esses eventos. Com a ajuda de uma amiga, convidei o Luiz Felipe Pondé para conduzir um curso, e deu supercerto. De lá para cá, foram muitos professores e temas”, conta Eliana. No lugar, que acomoda cerca de 35 pessoas, acontecem aulas sobre cinema, filosofia, artes, música, educação, psicologia, economia, política, atualidades, entre outras – todas ministradas por professores cujos nomes são referência em suas áreas de atuação. Alguns exemplos? Celso Wing, Jaime Spitzcovsky, Sérgio Rizzo, Lídia Aratangy, Lúcia Avelar, Luiz Fernando Furlan e José Miguel Wisnik. Os participantes, todos amigos, pagam um valor mensal de R$ 150 e têm direito de participar de um curso por mês. “Apesar de bem organizado, é um evento informal, só para os mais próximos. É como um bate-papo regado a vinho e algumas comidinhas.” Mas planos para o futuro não faltam. Eliana quer levar os cursos para mais pessoas. “A ideia é que o projeto cresça. Quero ter um espaço multicultural e atingir os jovens principalmente.” Em tempo: além dos encontros na casa da professora, ela também organiza grupos para viagens de conhecimento. “Em março fui com o Pondé e mais 21 pessoas para Israel e Jordânia, onde ele ministrou o curso Deus e Filosofia. Já temos programado para setembro Cinema em Nova York, com Sérgio Rizzo, e, no ano que vem, queremos fazer Dostoiévsky e Tolstoi na Rússia ou Iluminismo Inglês na Irlanda Medieval e Escócia”, entrega. ROGÉRIO ALONSO

AfroReggae

ESTÍMULO AO SABER ENTRE OS MORADORES

graça – e sem anunciantes –, que debatia problemas sobre a vida de negros e pobres. Com a chacina de Vigário Geral no ano de sua fundação, os idealizadores decidiram criar ações ainda mais próximas dos moradores da favela, como oficinas de capoeira, percussão, dança afro e reciclagem de lixo. A ideia era oferecer uma nova perspectiva de vida a eles. A luta ganhou cada vez mais apoiadores, possibilitando projetos de projeção nacional, sempre diminuindo distâncias sociais por meio da arte.

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CULTURA É LAZER PARA QUEM PRECISA DE CARINHO

ROGÉRIO ALONSO

Cláudia Collesi

A artista plástica de 64 anos, moradora de Alphaville há 35, decidiu dedicar seu tempo livre às crianças com deficiências físicas e psíquicas atendidas na associação beneficente Rainha da Paz, em Santana de Parnaíba. Ao chegar lá, entretanto, ela percebeu que a meninada estava bem assistida – enquanto um outro público parecia carente de atenção: as mães das crianças. “Eu trabalhava como voluntária junto à terapeuta ocupacional. Mas a equipe me mostrou que eram as mães à espera do atendimento de seus filhos quem precisava de bastante ajuda”, relembra Cláudia. Assim, ela deu início a uma oficina de argila destinada a essas mães pacientes que, até então, ficavam ociosas e preocupadas com o andamento do trabalho com os filhos. “Há mulheres lá que têm dois ou até três filhos excepcionais. É uma carga pesada. Agora, enquanto seus filhos estão sendo cuidados pela associação, elas ficam comigo, fazendo esse trabalho manual com a argila. O projeto está agradando porque as ajuda a ter mais paciência com a situação de vida delas”, explica. A oficina, que acontece todas as terças-feiras, às 13h, é uma atividade livre, ou seja, sem compromissos com programas ou prazos. As mães começam seus projetos e retomam de onde pararam, porque a finalidade não é ter um produto final, mas proporcionar um momento de lazer. “Eu falo assim para elas: ‘Quando vocês entrarem aqui, vão se desligar de tudo o que está lá fora’. É uma maneira de conseguirem se soltar. E, para mim, também é muito bom. Sinto que estou contribuindo com alguma coisa importante”, diz. Apesar da proposta livre, a artista tem planos para as peças criadas na oficina. “Vamos trabalhar com argila o ano inteiro. Dependendo do andamento da produção, queremos organizar uma exposição ou até um bazar mais para frente”, planeja.

A Big Apple, uma das cidades mais badaladas dos Estados Unidos, é reconhecida no mundo todo pelos seus movimentos artísticos, lançando tendências que reverberam pelo planeta. Além da cultura a céu aberto que Nova York exala, há iniciativas como a Municipal Art Society of New York (MASNYC), uma organização sem fins lucrativos que, há mais de 120 anos, dedica-se à cultura, à sustentabilidade, à diversidade social e ao planejamento urbano do local. Fundada em 1893, a MAS participou de diversos movimentos importantes da cidade, a fim de preservar seus marcos históricos e oferecer melhores condições à população. Alguns deles: a construção de mais abrigos e banheiros públicos ocorrida em 1908, o apoio à edificação do Rockefeller Center, em 1930 – que recebeu muitas críticas na época –, a bem-sucedida campanha liderada por Jacqueline Kennedy Onassis para salvar o Grand Central Terminal, em 1978, a manifestação, no ano seguinte, contra a demolição do Radio City Music Hall e, nos anos 1980, a campanha que deu à Times Square o status de marco histórico, garantindo que todas as novas construções feitas ali fossem devidamente

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Municipal Art Society of New York

iluminadas, respeitando a sinalização característica do cruzamento mais famoso do mundo. Ainda hoje o MAS se destaca por projetos que continuam movimentando a cidade, a exemplo do recrutamento e do treinamento de profissionais das mais diversas áreas para caminhadas e tours; do Urban Center, uma galeria voltada para o

planejamento urbano e o design da cidade; do ImagineConey, o projeto de revitalização de Coney Island; entre muitos outros. Prova que uma instituição com propósitos sólidos e de impacto para sua região pode atravessar séculos ajudando a fazer a história (e a fama) de um lugar. Já pensou uma MAS em Alphaville?!

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ROGÉRIO ALONSO

inspire-se e deixe nosso bairro mais cidadão

E você, já colou o adesivo da campanha no seu carro? Se perdeu o encarte da última edição, ligue e peça o seu: (11)4195-9666.

E-learning: Coursera e edX

Ele não esquece. Foi aos 13 anos que operou pela primeira vez um rádio amador. E nunca mais parou. Nos últimos 58 anos (ele está com 71), Dary mexeu em telégrafos, radiotelégrafos, radiofones, rádio amadores, entre muitos outros meios de comunicação. Fascinado pela história da telecomunicação, decidiu trazer para seu escritório em Alphaville o acervo pessoal – com todos os aparelhos que já operou na vida! “Hoje, no país, você não encontra muitos registros históricos da telecomunicação. Eu tenho um material muito rico. Com o museu, quero proporcionar conhecimento, principalmente aos alunos das escolas de comunicação”, explica. Os aparelhos, que estão em Águas de Santa Bárbara, devem chegar ainda neste mês ao Grupo Avanzi, empresa dirigida por Dary. Adivinhe em que área ela atua... Soluções em telecomunicações! A iniciativa é um dos muitos projetos de seu idealizar, todos ligados a sua paixão de menino. Considerado uma lenda no mercado, o empresário dá diversas entrevistas sobre sua trajetória e é personagem constante em documentários sobre o tema. O jornalista Marco Barrero está escrevendo um livro sobre a evolução da comunicação e, claro, a história de Dary – que se fundem a partir de 1956, ano em que o empresário descobriu o rádio amador.

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NOVO MUSEU NA REGIÃO

Dary Bonomi Avanzi

Na onda dos cursos online, plataformas como Coursera.org e edX.org ampliaram o leque de conhecimento disponível para as pessoas. Imagine, elas oferecem pela internet os chamados MOOCs (Massive Online Open Courses), cursos de universidades renomadas – MIT, Yale, Harvard, Stanford, Princenton, entre outras –, tudo de graça! E ainda têm outro diferencial, seus programas vão além da grade curricular padrão, agregando conteúdos culturais e humanistas. O Coursera atualmente soma 4 milhões de usuários, sendo que o Brasil representa 5,9% dos alunos (o maior número de acessos fora dos Estados Unidos). Os cursos, que podem ser filtrados por idioma – 14 no total –, categoria e instituição, oferecem desde recortes relevantes sobre um tema até panoramas gerais. Já o edX, criado pela Harvard em parceria com o MIT, só tem conteúdos em inglês. As duas plataformas oferecem um programa bem estruturado, com prazos, lições de casa corrigidas em esquema colaborativo, pelos próprios participantes, e certificados (estes pagos, muitas vezes). Mas, mesmo com cronogramas planejados, as aulas podem ser acessadas a qualquer momento. O atrativo ainda fica por conta dos cursos disponíveis, muito mais amplos que aqueles que aprendemos na escola ou na universidade. No Coursera, por exemplo, é possível estudar Galáxia e Cosmologia, Fundamentos de Estratégias de Negócios, Moralidade da Vida Cotidiana, Arquitetura Romana, entre milhares de alternativas. Já no edX, os interessados encontram conteúdos como Introdução para Falar em Público, Como se Tornar uma Pessoa Resiliente, Desastres Naturais, A Ciência da Felicidade e a Arte da Poesia – possibilidades intermináveis para mudar a forma de se relacionar com o mundo.

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PATROCÍNIO

APOIO

DIVULGAÇÃO

COPATROCÍNIO

ABERTO PARA TODOS

Espaço Cultural em Alphaville

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A ideia era oferecer, inicialmente só para funcionários e seus familiares, um espaço dedicado à cultura e a informações institucionais sobre a empresa. Pensando assim, a Capgemini – um dos principais provedores globais de serviços de consultoria, tecnologia e terceirização – inaugurou, em julho do ano passado, um espaço cultural que leva seu nome, uma área com cerca de 120 m² dentro do escritório em Alphaville. Com recursos multimídia de última geração, o local acabou sendo aberto para o público em geral. Concebido para abrigar as mais variadas exposições, o projeto estreou exibindo as obras do muralista Eduardo Kobra – em exibição até o momento. “A street art brasileira é reconhecida mundialmente e decidimos destacar o trabalho de um dos nossos mais proeminentes artistas”, diz a diretora de marketing e comunicação da empresa, Sirlene Cavaliere. A criação do espaço veio da necessidade da empresa de atender às diretrizes de sustentabilidade e responsabilidade corporativa da sede

do grupo francês. “Consideramos o fato de a França, onde fica nossa matriz, ser o berço da cultura e das artes no mundo ocidental. Então, elegemos a cultura como pilar de sustentação dos nossos programas locais”, explica a diretora. A mostra de Eduardo Kobra acontece em três grandes dimensões: fotografias dos muros desenhados pelo artista, ala multimídia com vídeos em que ele fala sobre seus processos de criação e conteúdo web em que as pessoas podem encontrar um rico material complementar. Além disso, um totem interativo permite que os visitantes tirem fotos e criem avatares divertidos, podendo compartilhar o material produzido direto no Facebook. Ao final da exibição, a proposta é doar as peças para uma instituição sem fins lucrativos, de modo que ela possa formar uma exibição permanente. A obra de Eduardo Kobra fica em cartaz no Espaço Cultural Capgemini até julho, quando será substituída por uma nova exposição. “Desta vez traremos uma mostra de esculturas ligada à sustentabilidade”, adianta Sirlene.

Khan Academy

Educação gratuita para todos e em qualquer lugar. Essa é a premissa básica da Khan Academy (khanacademy.org), entidade sem fins lucrativos que leva a milhões de pessoas do mundo inteiro videoaulas de diversas disciplinas, principalmente na área de Exatas – como Matemática, Química e Ciências da Computação. O fundador, Salman Khan, tem formação em matemática, ciências da computação e engenharia elétrica, todas pelo Massachusetts Institute of Technology, o MIT. Antes de fundar a Khan Academy, ele foi analista do mercado financeiro, além de ter trabalhado em empresas de tecnologia do Vale do Silício. Em 2009 passou a dedicar-se integralmente a seu projeto pessoal. Até hoje, já ofereceu mais de 3,8 mil videoaulas gratuitas, criadas por especialistas em conteúdo de diversas áreas do ensino e traduzidas para dez idiomas – entre eles o português. Além da vasta biblioteca de conteúdos, os alunos podem participar de desafios interativos e avaliações constantes. Por aqui os vídeos da instituição virtual já viraram referência de ensino de qualidade. O próprio MEC já disponibilizou videoaulas da Khan Academy no Portal do Professor (portaldoprofessor.mec.gov.br).

APOIO ESPECIAL EDUCAÇÃO Escola Castanheiras Escola Morumbi Colégio Objetivo Red Balloon

ADESIVOS DA CAMPANHA

PREVISTO PARA

AGOSTO

ENTREGUE EM

MAIO

ENTREGUE EM

MARÇO E ABRIL

Participe! Leia as matérias, cole os adesivos e seja um voluntário nas ações! Informações: atitude@vero.com.br

VÍDEO

ATITUDE ALPHAVILLE EM ÁUDIO E VÍDEO

OU DIGITE TVERO DIGITAL 2014 | JUNHO | VERO | 35

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ações dos embaixadores pelo bairro

Mais

cor,

por

favor

UM DOMINGO DIFERENTE

Artistas da região colorem temporariamente o letreiro de boas-vindas de Alphaville. Uma ideia simples, quase óbvia, que já mudou o jeito de olhar para a nosso bairro por Gabriela Araújo fotos Rogério Alonso

S

em cor, sem brilho, sem ser notado. Ficava ali, cinza, entre luzes apressadas, à espera de um olhar ou de algo maior que o esquecimento para a maioria das pessoas. Se o letreiro de Alphaville, na Alameda Rio Negro, fosse um personagem de ficção, essa poderia ser a descrição de sua vida até um determinado dia, um domingo ensolarado do mês de abril quando, enfim, ele vol-

tou a ser destaque na região. Quem passa pela principal via de acesso de Alphaville certamente notou a diferença. As dez letras que compõem o nome do bairro ganharam vida pelas mãos de artistas plásticos locais, incentivados pelo movimento Atitude Alphaville. Organizados pelos embaixadores voluntários da campanha, dez artistas convidados transformaram a entrada do bairro em arte. O concreto cinza de outro-

ra deu lugar a diferentes estilos e técnicas, trazendo cor e alegria para o cartão-postal de Alphaville. A ideia surgiu logo na segunda reunião dos embaixadores voluntários do grupo Atitude Mais Cultura, que, assim como os outros dois grupos inseridos na campanha (Mais Alegria e Mais Gentileza), se reúne periodicamente para bolar ações com um impacto positivo na vida de quem mora ou trabalha por aqui. Depois de pensarem em colorir uma praça, eles chegaram à conclusão mais ousada: o monumento de boas-vindas ao bairro. Em apenas um mês e meio, conseguiram a autorização e apoio necessários da Associação Residencial e Empresarial Alphaville (AREA), responsável pela manutenção da escultura, e a adesão voluntária dos artistas – que levaram, cada um, o próprio material de trabalho para realizar sua obra.

Diversas técnicas deram vida ao monumento instalado na entrada principal do bairro

A primeira ação do Mais Cultura ganhou corpo na manhã do dia 27 de abril, com um piquenique que acompanhou as quase seis horas de trabalho. “Foi muito gostoso estar ao lado de tantos artistas, todos de forma espontânea querendo contribuir com o bairro. Virou um momento de confraternização e chamou a atenção de quem passava por ali. Muita gente parou, tirou fotos ou perguntou o que estava acontecendo. Deu para perceber na hora o impacto que uma ação como essa pode causar”, conta o advogado Marcio Amato, um dos embaixadores voluntários. De fato, havia quem buzinasse ou gritasse do carro mesmo coisas como “Parabéns” ou “Isso é arte!”. Teve até gente que voltou

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com a família só para ver de perto ou quem carregou cadeiras para o balão central só para observar com mais calma e celebrar com pessoas cheias de vontade de mudar a cara do bairro. Ao todo eram cerca de 50 pessoas lá no meio do canteiro, brincando e pintando juntas. Para a gerente da VERO, Roberta Furlan, a ação mostra que a comunidade pode ocupar mais aquele espaço, de maneira positiva. “A Alameda Rio Negro é a principal via de acesso ao bairro, e o canteiro central é o melhor palco para iniciativas coletivas. É fundamental levar vida e promover o uso desse espaço. Quem sabe, um dia, o canteiro seja transformado em um parque com pista de caminhada ou bike?!”, diz ela. O músico e professor Bunny Man, outro embaixador do movimento e responsável por filmar e editar os vídeos das ações (que depois são publicados no Facebook da VERO), ressalta que, além do clima descontraído, o resultado da iniciativa também foi muito positivo. “Achei a ideia brilhante, Alphaville precisava desse toque de cor. Está um dia lindo de sol, todo mundo se divertindo, no clima do piquenique. Esse tipo de evento faz com que a gente se conheça melhor e tenha vontade de querer colaborar, além de revigorar o ânimo de quem passa por aqui”, defende. E ele tem razão! Como publicamos em uma reportagem da edição de março, basta uma simples atitude para deixar o nosso dia mais leve e feliz – ou inspirar mais gente a querer fazer o mesmo. Um dos patrocinadores da campanha, o Centro Comercial Alphaville, por exemplo, participou ativamente da ação. Sua equipe quem ajudou os embaixa-

Cerca de 50 pessoas passaram quase seis horas do domingo 27 de abril vendo as letras ganharem cor e forma pelas mãos dos artistas convidados

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dores a entrar em contato com os artistas, convidando-os para a ação. “O Centro Comercial está inserido na comunidade e quer estar próximo, participando de projetos como este, que traz mais cultura, alegria e gentileza para a região. Esta ação, além de todos os benefícios, ainda prestigiou artistas locais. E é muito importante que a população daqui, moradora ou flutuante, seja valorizada”, comenta o gerente-geral do local, Eduardo Pereira. “Nosso objetivo era fazer todo mundo se lembrar do monumento que foi criado para ser olhado, mas, por estar cinza e apagado, não era mais visto pela maioria das pessoas”, conclui o coordenador da Atitude Alphaville, Felipe Marcon. “Agora o letreiro está colorido e alegre, dizendo ‘seja bem-vindo’ a Alphaville”, completa.

A VIRADA RIO NEGRO VEM AÍ As pinturas permanecerão no letreiro durante 90 dias, ou seja, até o fim do mês de julho. Depois disso, o monumento será lavado pela equipe da Secretaria de Serviços Municipais de Barueri. Fique calmo, tudo foi planejado pelos embaixadores do Mais Cultura! Eles não querem que os desenhos sofram do mesmo mal que o concreto cinza sofreu:

cair no esquecimento. Uma das saídas é trocar as pinturas atuais por novas obras, algo que será discutido posteriormente. Mas uma certeza eles já têm. Concluída a primeira etapa da ação, a próxima intervenção cultural já tem data marcada. A segunda etapa, programada para junho, leva um grande piquenique à Alameda Rio Negro – desde a rotatória do Residencial 1 até o retorno em frente ao posto Ipiranga, na esquina com a Alameda Madeira. Também vamos colorir as guias. “Com tinta à base de água, que sai com a chuva, a comunidade pode ajudar os embaixadores a transformar as guias da avenida em um jar-

A obra permanecerá colorida por 90 dias, até o fim de julho, quando será lavada para dar lugar a outras iniciativas

dim gigante”, explica Felipe Marcon. O piquenique está garantido, desta vez, embalado por apresentações musicais espontâneas. “Quem quiser pode ajudar como voluntário. Estão todos convidados para participar de mais uma transformação”, convida Roberta Furlan. A presidente do CONSEG de Alphaville e também embaixadora voluntária da campanha, Gislane Gandra, complementa. “Já chamamos a atenção das pessoas com as letras coloridas pintadas por nossos artistas. Agora queremos interagir ainda mais, trazendo as pessoas para ocupar um espaço que não deve ser apenas contemplativo”, finaliza.

DEZ LETRAS, DEZ ARTISTAS

Cada um concebeu a sua obra, doando o próprio material de trabalho. Conheça os artistas que ajudaram a mudar a cara do bairro

Norma Amaral Se a música perdeu uma cantora, as artes plásticas ganharam uma representante. Influenciada por uma tia que era cantora lírica (e ainda desenhava e pintava), Norma Amaral, 57 anos, cresceu apreciando o universo das artes. Moradora de Alphaville há 20 anos, ela é proprietária de um ateliê no CCA, que oferece cursos de arte e uma galeria para exposições. A artista, professora de matemática por formação, também organiza uma feira de artesanato. Em suas obras, utiliza uma técnica mista que une massa e tela, com desenhos tanto figurativos como abstratos. São dela os arco-íris que enfeitam a primeira letra do letreiro de Alphaville. “Não queria tirar a forma da letra A. Então, segui as linhas paralelas e fiz um arco-íris, que representa cor, traz esperança e alegria. Acredito que é isto que estamos precisando na região: cor, alegria e integração entre as pessoas, assim como fizemos aqui, juntando as obras de diversos artistas.”

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Elza Aidar Quando tinha apenas 5 anos de idade, ela já se arriscava no piano. Mas só descobriu sua verdadeira aptidão artística, a pintura, depois de crescer e ter filhos. Para ajudar seus pequenos nos trabalhos de artes da escola, Elza Aidar fez cursos de pintura em tecido, cerâmica e porcelana, até conhecer o patchwork, técnica com a qual se identificou. Misturando materiais, a artista cria quadros que unem essa modalidade com pintura em tela. Para os que têm vontade de se aventurar, ela mantém um site com vídeos em que ensina patchwork. Durante a pintura da letra L – escolhida por ser a inicial do marido, Laurindo –, Elza ganhou a companhia inesperada de crianças. “Quando vi uma mãe e sua filha, perguntei se a menina queria pintar comigo. Depois surgiu mais uma, que ainda me agradeceu porque nunca tinha tido coragem de colocar sua criatividade para fora. Essa ajuda e essa solidariedade são os maiores legados de ações como estas. Alphaville já foi muita mais solidária, precisamos resgatar isso.”

“Todas as ações da Atitude Alphaville são importantes. Algumas causam grande impacto, como a pintura do letreiro, um ponto estratégico impossível de não ser notado. Quem mora ou frequenta o bairro pode se sensibilizar com a campanha” Eduardo Pereira, gerente-geral do Centro Comercial Alphaville

Paula Portella O que para muitos é uma brincadeira de criança, para a artista plástica e musicista Paula Portella, 32 anos, é material de trabalho. Pioneira no país em uma técnica que utiliza massinha de modelar em painéis, essa moradora de Alphaville há 16 anos começou a se interessar por arte contemporânea ainda na infância. Aos 10 anos, ela já havia feito um curso de Artes Plásticas na Academia Brasileira de Arte. A artista ficou empolgada quando recebeu o convite para pintar o letreiro. “Achei uma ação muito interessante e ousada. É a primeira vez que fazemos arte urbana em Alphaville e uma honra participar disso. Muito além da pintura, abracei a causa da campanha Atitude.” Para a ação, ela concebeu um trompete do qual saem rosas vermelhas. “As rosas representam o amor, a gentileza. A música nos traz alegria. São posturas que o movimento está estimulando.”

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Ângelo Nicolosi Uma pedra no caminho de Ângelo Nicolosi, 62 anos, não se transformará em um problema, mas em arte. Depois de um longo período criando desenhos, cartazes e pinturas, e de fazer exposições fora do país, o morador de Alphaville enveredou há cinco anos por uma nova e pouco difundida técnica, a pintura em pedras. “Quanto mais rústica e irregular, mais bonito fica o resultado”, diz ele, que tem entre sua matéria-prima preferida a pedra goiás (com bastante relevo e aspereza, ideal para tinta acrílica). A pintura no letreiro teve um significado especial para este morador de Alphaville, que está na região há 29 anos. “Fiz um polvo porque Alphaville cresceu muito, e seus ‘tentáculos’ cresceram também. Quando cheguei aqui, não havia quase nada. Hoje os braços do bairro chegam a Osasco, Santana de Parnaíba, Aldeia da Serra. Fomos mudando nossas cores, nos moldando e transformando, assim como um polvo!”

Renattoo Oliveira “Além da mudança estética, esta ação foi uma oportunidade de discussão e interação entre moradores e pessoas que passam diariamente pelo bairro. Todos devem refletir sobre o que almejam para o futuro de Alphaville” Letícia Baroni, supervisora de marketing do Centro Comercial Alphaville

O que começou como uma atividade despretensiosa atualmente é a “profissão paralela” do designer gráfico Renattoo Oliveira, 32 anos. Há dois ele começou a pintar telas, por hobby. Depois de postar alguns de seus trabalhos na internet, viu surgir uma grande procura por seus quadros. “Muita gente começou a encomendar quadros ou pedir para eu pintar a parede do apartamento. Não tenho regras, pinto em qualquer superfície”, diz o artista, que utiliza canetas marcadores, spray e tinta acrílica em suas obras, influenciadas por street art, arte abstrata e até referências de tatuagem. Esse mix de estilos fica nítido na letra pintada por Renattoo. Entre o branco e o preto, surge um coração vermelho com a palavra amor. “Fiz formas geométricas que remetessem aos prédios, uma coisa mais urbana, e coloquei o coração vermelho representando amor. Amor pela cidade, pela arte e pela cultura. Precisamos muito disso, e essa ação ajudou a dar vida para o letreiro. Ele estava aqui, mas muita gente não olhava. Agora todos estão vendo.”

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Makarra O artista cresceu em Alphaville, onde moram sua família e muitos amigos. Foi na região que ele começou a desenhar, seguindo os passos da mãe, artista plástica, que o ensinava na infância a aprimorar seus desenhos com técnicas de perspectiva, por exemplo. Autoditada, Makarra iniciou na pintura em 2001. Ele coloca em suas obras cores fortes, trabalhando a monocromia e o tom sobre tom, utilizando como tema a sinestesia (com a qual mistura os cinco sentidos). Na fase atual, ele não se restringe às telas com tinta acrílica, testando diferentes materiais como lonas de caminhão, tonéis de óleo e outros objetos que mostram que “o lixo é uma questão de atitude”. Seus trabalhos recentes serão expostos na Sampa + Verde, projeto que sugere uma utilização mais consciente de recursos naturais. Na pintura da letra V, o artista apostou em diversos tons de verde e no desenho de olhos, característicos de seu trabalho. “Quis sugerir uma atitude, um olhar. Ter consciência é o primeiro passo para uma postura mais sustentável.”

Teca Passos Quem observar a letra I do letreiro de Alphaville descobre exatamente o estilo de Teca Passos, 54 anos. A arte abstrata geométrica é característica marcante das obras da artista plástica, que desde 2001 se dedica a seu ateliê em Alphaville. Após fazer inúmeros cursos de arte, Teca desenvolveu uma técnica na qual utiliza apenas as mãos para pintar, com tinta acrílica na maior parte dos trabalhos (quando as obras seguem a linha figurativa, a artista opta pela tinta a óleo). Na iniciativa da Atitude Alphaville, ela diz que tentou fazer algo diretamente ligado à campanha. “Queria representar o valor da Atitude Alphaville, por isso, estilizei um diamante formando as letras A e V no pingo do I. No corpo da letra, fiz exatamente o que costumo fazer nas minhas telas, deixando uma impressão tridimensional com diferentes tonalidades de azul”, diz a artista, que teve alunos e amigos prestigiando sua pintura no domingo da ação.

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Sérgio Piancó O artista plástico cearense de 50 anos conheceu Alphaville há cerca de 12, quando começou a trabalhar na região como professor de inglês. Hoje morador do bairro, realiza a maioria de suas obras com tinta acrílica em painel. Entre seus temas, passa pelo folclore, mitologia e pinturas abstratas. A arte o acompanha “a vida inteira” – começou como um hobby e foi tomando proporções cada vez maiores. Nos últimos anos, Sérgio Piancó expôs em importantes polos culturais do mundo, como Nova York, Paris, Lyon e Dubai. No letreiro de Alphaville, o L ganhou tons de amarelo, vermelho e azul. “Quis passar a mensagem de que as pessoas são únicas, mas comuns ao mesmo tempo. Alphaville recebe indivíduos de todos os tipos, moradores, trabalhadores, gente de todas as classes, cor e modos. As figuras que fiz têm cores diferentes, assim como as pessoas, que são únicas.”

Nelson dos Passos Depois de se aposentar, o engenheiro de telecomunicações pôde finalmente se dedicar a uma grande paixão: a pintura. “Larguei tudo e fui fazer o curso de Artes Plásticas na Escola Panamericana”, conta o morador de Alphaville desde 1995, que ainda criança se encantava com os desenhos feitos pelo pai – mas a correria da vida adulta só permitia que ele dedicasse os finais de semana a sua paixão. Detalhista, utiliza como técnica principal o óleo sobre tela, que o permite trabalhar minuciosamente. Ele também gosta de pinturas geometrizadas, com bordas bem definidas e nítidas. Seu L recebeu cores fortes e formas bem definidas, que pudessem ser vistas com alguma distância. “Adaptei meu estilo para aquela pintura. Já havia feito telas grandes, mas nunca tinha pintado sobre concreto. Foi uma experiência nova e gostei muito. A melhor parte é o convívio com outros artistas.”

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Embaixadores de boas causas

Bruno Portella A música foi o primeiro contato do publicitário e artista plástico Bruno Portella, 33 anos, com a arte. Ainda criança, ele cantava e tocava baixo e guitarra. Lá começava a despertar para sua paixão, o fogo. “Coitados dos meus pais, eu botava fogo em tudo”, brinca. “Fogo é hipnotizante, destrói, transforma e renova”, completa. Mais tarde, conheceu o true fire, técnica que simula o fogo em carros antigos customizados. Foi a inspiração necessária para emprestar a técnica para o mundo da arte, em diferentes plataformas (telas, MDF, chapas de plástico, paredes, tudo recebe as cerca de 15 camadas de tintas aerográficas). Para a última letra que nomeia o bairro, o artista usou grafite, apostando em suas chamas para representar o momento que a região vive. “O fogo é bem pertinente, Alphaville passa por um momento de crescimento desordenado. Ao mesmo tempo, também conversa com a transformação que queremos que aconteça por aqui. Um lugar renovado, onde as pessoas possam tomar as ruas e aproveitar as áreas comuns.”

Por trás de cada ação da Atitude Alphaville, eles estão lá, criando, executando, buscando apoio, aprovação. São os embaixadores da campanha, gente que se voluntariou para fazer parte do movimento que quer transformar o bairro, pessoas que colocam em prática a cidadania e a paixão pela região. “O trabalho dos embaixadores é fundamental para que a Atitude Alphaville ganhe forças. De forma colaborativa, eles se reúnem e definem quais ações serão feitas para levar Mais Gentileza, Mais Cultura e Mais Alegria para a região”, explica a gerente da VERO, Roberta Furlan. Cada um tem um motivo particular para fazer parte do grupo, mas todos têm algo em comum: acreditam ser possível melhorar o lugar onde moram ou trabalham. Profissionais de diversas áreas fazem parte dos grupos que se reúnem semanalmente para discutir e planejar as ações. E você, quer ser um embaixador? Envie um email com seu nome e celular para atitude@vero.com.br

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Gentileza se põe à mesa Restaurantes da região aderem à campanha Atitude Alphaville e incentivam deixar o celular de lado para aproveitar melhor as refeições e as companhias por Gabriela Araújo fotos Rogério Alonso

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onfesse para você mesmo se nunca perdeu algum pedaço de uma boa companhia ou deixou alguém sem resposta só porque deu uma espiadinha nas últimas mensagens daquele grupo do WhatsApp ou checou o inbox no Facebook? A cena já é quase um clássico da modernidade: você entra em um restaurante e, ao olhar para os lados, se depara com inúmeras mesas nas quais os clientes não conversam entre si, pois suas atenções estão voltadas para celulares e tablets. Triste, né?! Pensando nisso, os embaixadores Atitude Alphaville, voluntários da campanha, do grupo que estimula Mais Gentileza, bolaram um jeito de despertar

a reflexão de quem frequenta os estabelecimentos do bairro. Eles começaram a espalhar em restaurantes daqui displays com mensagens como “Vamos conversar #aovivo” ou “Celular: Desliga aí, se liga aqui”. Foi a embaixadora Conceição Schettini, moradora de Alphaville há 11 anos, quem concebeu as frases expostas sobre todas as mesas de cada estabelecimento. “Pensei em criar algo intimista, para a pessoa se sentir convidada a fazer a ação. Eu mesma sou superconectada, então, tentei imaginar o que seria bacana, não obrigatório ou politicamente chato, porque aí ninguém aceitaria”, explica. Deu certo! A clientela do restau-

Ação foi idealizada pelos embaixadores voluntários da campanha

rante Outback, por exemplo, tem lido as frases e procurado saber mais sobre a campanha Atitude Alphaville. “A ação está sendo bem recebida, os clientes têm mostrado interesse e já nos pediram até o adesivo da Atitude Mais Gentileza”, conta o proprietário, João Justtino, pai de adolescentes que também sofre com o uso de celulares na hora das refeições. “Sei como é difícil fazer com que as pessoas aproveitem o momento das refeições para confraternizar”, diz ele. Outro estabelecimento que já está participando da ação é o Bendita Hora. “A iniciativa desperta as pessoas a falar sobre o tema”, acredita o proprietário Gustavo Rodrigues Bacellar, defensor da atmosfera de proximidade entre os frequentadores. O local não tem TV, e a rede Wi-Fi é bloqueada. “Somos um restaurante gerenciado por uma família e incentivamos esse lado mais próximo, como esta iniciativa da Atitude Alphaville”, completa. O estímulo a deixar as traquitanas de lado para interagir no mundo real – a primeira ação do grupo Gentileza – não tem data para terminar. A ideia é deixar os

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displays sobre as mesas o tempo que os restaurantes permitirem. E, evidentemente, angariar novos endereços no bairro. “Hoje em dia, conversar com a pessoa ao seu lado está cada vez mais difícil, todo mundo está ligado na internet. Aqui, por mais que as pessoas venham para uma refeição rápida na hora do almoço, elas não deixam o celular de lado”, fala uma das proprietárias do Container, Luna Albuquerque, que também faz parte da ação. A lista tem ainda o restaurante Grand Cru nesta primeira etapa da iniciativa.

A primeira ação dos embaixadores do grupo Mais Gentileza não tem prazo para acabar. As mensagens ficam enquanto os restaurantes permitirem – eles buscam, inclusive, mais adeptos

SE LIGUE! Engana-se quem pensa que o celular só é utilizado depois de um longo tempo fazendo outras coisas. Uma pesquisa com mais de 150 mil usuários, realizada pela empresa Locket, mostrou que uma pessoa desbloqueia a tela do seu celular em média 110 vezes por dia (isso já desconsiderando as oito horas de sono que deveríamos ter...), ou seja, um desbloqueio a cada oito minutos! Então, não importa se os ávidos usuários de celular estão em um longo jantar ou em uma pequena pausa para um café: muito provavelmente eles estarão mexendo nos aparelhos. Conhecida como nomofobia, a utilização excessiva do celular pode virar uma doença. O termo, criado na Inglaterra, é a abreviação de “no mobile”, que descreve o medo de não conseguir se comunicar. Nesses casos, ficar sem utilizar o aparelho móvel causa sensações de angústia, ansiedade e sintomas físicos, como o suor em excesso e a taquicardia. “A tecnologia tem suas vantagens, acelera a comunicação. Mas nada substitui o estar presente, ouvir uma voz, sentir a energia da pessoa que está com você. Dar atenção a alguém é um ato de gentileza, e, quando se é gentil, consegue-se até provocar um sorriso no outro, uma atitude de prazer”, defende a embaixadora Janine Klein. Segundo ela, a ideia do grupo surgiu justamente ao falarem da falta de conexão entre as pessoas. “Com os displays, esperamos que as pessoas se conscientizem e conversem mais, que elas aproveitem melhor o momento que estão tendo ao lado de alguém”, afirmam os voluntários Michael Abreu e Michel Romão, que fizeram a arte dos displays.

Participe você também!

Quatro restaurantes da região já aderiram à campanha, espalhando os displays em suas mesas: Bendita Hora, Container, Grand Cru e Outback. São os estabelecimentos que, engajados com a ideia, investem na impressão das plaquinhas – assim, ajudam a viabilizar a ação levando mais gentileza para as pessoas nos seus restaurantes. Eles tomam conhecimento da Atitude Alphaville por meio de uma apresentação feita pelos voluntários. E contratam a gráfica diretamente, pagando somente o custo de impressão dos displays, sem qualquer valor adicional. Para se ter uma ideia, 40 displays custam apenas R$ 320 (com isso, o estabelecimento já pode participar do movimento). Você tem um restaurante ou casa do gênero? Então, participe conosco dessa ideia. Custa muito pouco estimular a gentileza! Para mais informações, ligue para (11)4195-9666.

“A tecnologia tem suas vantagens, acelera a comunicação. Mas nada substitui o estar presente. Dar atenção a alguém é um ato de gentileza”, defende a embaixadora voluntária Janine Klein

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educação

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INICIATIVAS POSITIVAS DAS ESCOLAS DA REGIÃO

Reunião de diplomatas

FAMILY DAY

Na Red Balloon, maio não foi só das mães, mas da família toda. No dia 15, Dia da Família, os alunos puderam contar em inglês um pouquinho da sua história familiar e ainda representar, por meio de trabalhos artísticos, tudo aquilo que sentem por seus entes queridos. “Os alunos sentiram que, independentemente da estrutura familiar, há sempre amor e carinho para ser celebrado e compartilhado”, explica a diretora da escola, Tarsila Miranda.

Refletir sobre a ética

A Escola Castanheiras promoveu um encontro entre pais de alunos e o filósofo Mario Sergio Cortella, como uma das ações do Escola de Pais. O ingresso solidário reverteu donativos para a Associação Santa Terezinha, que cuida de crianças em Carapicuíba. O palestrante refletiu sobre ética, indivíduo e sociedade, abordando conceitos como cinismo, narcisismo, violência e delinquência e dilemas morais do dia a dia, panos de fundo para a fundamentação da ética nos dia de hoje.

PELO BEM COMUM

A UNIP Alphaville renovou a parceria com a Instituição Rainha da Paz, que atende crianças e adolescentes carentes, além de suas famílias, em Santana de Parnaíba. Sob a coordenação da professora Dulci Vagenas, alunos das áreas de saúde e psicologia vão prestar serviços gratuitamente a 300 pessoas na instituição: os estudantes de enfermagem desenvolvem ações preventivas; os de biologia participam com aconselhamento genético; os de educação física, com um programa de exercícios adaptados; os de farmácia, com horta orgânica; os de fisioterapia, com atividades lúdico-terapêuticas para crianças com deficiência; os de nutrição, com dieta; e os de psicologia, fazendo atendimento clínico. SHUTTERSTOCK

CHICO MAX

Apoio institucional:

DIVULGAÇÃO

Imagine a responsabilidade de ser escolhido entre alunos do ensino médio de todo o Brasil para representar sua escola e simular um debate diplomático. Foi o que aconteceu com 12 alunos do curso de relações internacionais (atividade extracurricular) da Escola Morumbi, convidada pela primeira vez para participar do X Fórum FAAP de Discussão Estudantil, em que cada escola representa um país e discute temas da política mundial, como o desenvolvimento do Chifre da África, corrupção e segurança cibernética. Os estudantes da Morumbi foram porta-vozes do Reino Unido. “Saímos muito satisfeitos, desde a preparação até os últimos minutos. O evento exigiu dedicação, mas estávamos preparados”, diz Rodrigo Franco, um dos participantes. Os melhores alunos receberam menção honrosa.

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jovem

A GAROTADA AQUI DO BAIRRO, CHEIA DE ATITUDE

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Quando eram pequenos, não havia quem impedisse os irmãos Gagliardi de jogar bola dentro de casa (incluindo aquelas improvisadas com meias, caso a de verdade estivesse confiscada). Com o tempo – e com quase todos os enfeites da família quebrados –, Caio, de 14 anos, e Guilherme, de 15, foram levados pelos pais para uma escolinha de futebol. Há sete anos, a dupla passou pela peneira do Corinthians, onde treina até hoje. No clube eles participam de competições internas e já ganharam muitas medalhas de ouro, prata e bronze. Sonho de qualquer garoto apaixonado por futebol, os meninos, alunos também da Red Balloon, querem seguir carreira e, quem sabe, figurar um dia entre os ídolos do esporte. Estamos na torcida!

Quando começou a fazer aulas de xadrez na Escola Morumbi, Tiago Oliveira, de 14 anos, não imaginava o desdobramento que a atividade teria em sua vida. O ano era 2007, e, quatro meses depois, ele consagrou-se Campeão Brasileiro sub-8 (categoria por faixa de idade). Na sequência vieram os títulos sub-10, 12 e 14, além de prêmios estaduais e o SulAmericano de Xadrez da Juventude, que aconteceu na Bolívia em 2010. Com a conquista, recebeu da FIDE (Federação Internacional de Xadrez) o título de Candidato a Mestre de Xadrez. Ah, ele ainda representa o país em campeonatos mundiais, luta taekwondo, foi Campeão Paulista de basquete sub14 no ano passado e quer estudar engenharia na USP ou no ITA. Ufa!

Apoio institucional:

Com 14 anos, Laura Brassanini tem um dom raro para a sua idade. E a sorte de já tê-lo descoberto! Além de saltar na categoria préjunior pela equipe da Quality Horses, a garota ajuda a preparar os bichos para a alta competição. Sob o comando do premiado ginete brasileiro Yuri Mansur, ela monta de sete a oito cavalos diferentes todos os dias, com a responsabilidade de transformálos em campeões. A cavaleira, que treina desde os noves anos, faz grandes apostas e trabalha para se profissionalizar nesses dois segmentos do hipismo. Alguém duvida? Em 2011 ela foi eleita a atleta com o melhor índice técnico de sua categoria na prova Regional Metropolitana, do estado de São Paulo.

FOTOS ROGÉRIO ALONSO

Dois alunos do Colégio Objetivo são a prova viva de que a meninada de hoje está cada vez mais esperta. Igor Gimenez, 14 anos, e Ana Luiza Cruz, 12, fazem bonito quando o assunto é tênis. Atletas desde 2012 do Instituto Tênis, aqui na região, eles dominam as quadras. Ela começou a jogar aos 4 anos e ganhou seu primeiro campeonato aos 9. Ele, que estreou aos 6, acumula títulos nacionais e internacionais.

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Zico não “

ganhou a Copa? Azar da

” Copa! por Marcos Diego Nogueira retrato Jorge Bispo

A frase ficou famosa, daquelas que a gente não sabe direito quando foi dita. A autoria é atribuida ao jornalista Fernando Calazans e repetida centenas de milhares de vezes por ser uma opinião facilmente compartilhada. Desavenças à parte, o que importa é que o futebol ganhou Zico 58 | VERO | JUNHO | 2013

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A os 61 anos de idade, Arthur Antunes Coimbra é uma sumidade no futebol. Considerado por muitos o “Pelé Branco”, Zico fez história com as camisas do Flamengo, onde conquistou a Taça Libertadores da América e o Mundial Interclubes, e da Seleção Brasileira, pela qual participou das Copas do Mundo de 1978, 1982 e 1986 – tendo sido o capitão do famoso escrete canarinho dirigido por Telê Santana, o time que jogava “mais bonito da história” para os admiradores do futebol. Nos anos 1990, mudou-se para o Japão, onde acabou virando embaixador do esporte (mais tarde, ao encerrar sua carreira de jogador, atuava como treinador do país durante o Mundial de 2006). Como técnico, atuou também na Turquia (Fenerbahçe), Uzbequistão (Bunyodkor), Rússia (CSKA Moscow), Grécia (Olympiakos), Catar (Al-Gharafa) e Seleção Iraquiana. Seu extenso currículo acumula ainda a função de dirigente esportivo, em uma breve passagem pelo Flamengo em 2010, e importantes reconhecimentos mundo afora. Pela Federação Internacional de História e Estatísticas do Futebol, a IFFHS, foi eleito o terceiro maior futebolista brasileiro do século XX e, pela Federação Internacional de Futebol, a FIFA, o oitavo maior jogador do século, além de figurar entre os 100 maiores brasileiros de todos os tempos em concurso comandado pela rede de televisão SBT em parceria com a BBC de Londres. A capital inglesa, inclusive, tem o Galinho de Quintino como colunista

Que legado a Copa do Mundo de 2014 deve deixar ao país? A gente esperava que pudessem ter mais preocupações do que só as com os estádios, apesar de ser uma necessidade, já que os estádios brasileiros estavam envelhecidos, precisando de reformas. Claro que, por ser o país do futebol, o Brasil precisa de bons estádios, que já estão sendo importantes em jogos do Campeonato Brasileiro. Mas não é só isso. Acho que a maioria dos países que realizaram uma Copa teve como benefícios melhorar a infraestrutura de aeroportos, de mobilidade urbana e o uso das tecnologias, puxando até para outras áreas, como a turística e a parte local. Na minha opinião, o que poderia ter ficado de maior legado em infraestrutura seria a mobilidade urbana. Mas muita gente não se preocupou com isso, então, acho que o que vai ficar mesmo são os estádios. E só. É uma pena. Em breve os investimentos no futebol tendem a cair muito, porque as empresas vão debandar para outros campos, outras áreas. O Rio de Janeiro ainda vai ter mais benefícios por sediar a Olimpíada em 2016. É uma pena mesmo. Eu não estou muito a par de como os gastos aconteceram, mas quando se vendeu a Copa do Mundo para o torcedor brasileiro, dizia-se que os investimentos seriam mais da iniciativa privada. O que a gente tem visto e o que tem se falado é que o dinheiro público foi usado para o evento. Aí, quando se fala em dinheiro público, acho que as prioridades são outras do que investir em estádios de futebol.

do jornal The Guardian durante o período da Copa do Mundo no Brasil. Este é o cara que, em entrevista exclusiva à VERO, dá seus palpites sobre a seleção, o futebol mundial e brasileiro, o racismo no esporte e qual a final de Mundial esperada por ele no Maracanã. Sua rotina atual parece bem intensa. O que tem feito às vésperas da Copa? Tenho dado muitas palestras, mas é estranho, porque não têm nada a ver com a Copa do Mundo – e sim com a questão das equipes, das empresas. E, lógico, tenho recebido de fora do Brasil muitos convites para talk shows e pedidos de entrevistas. Estou mais em função disso e de receber pessoas no meu Centro de Futebol, no Rio. Essas palestras são motivacionais? Normalmente são sobre a formação de uma equipe, por eu ter jogado e também atuado como treinador. Qual será sua agenda durante a Copa do Mundo? Eu vou ficar acompanhando os jogos, vou escrever para o The Guardian e tenho uns compromissos aqui no Rio de Janeiro com a televisão alemã. Talvez os jogos no Maracanã eu consiga ver ao vivo. Como é, para quem tem o futebol no sangue, assistir a uma Copa do Mundo do lado de fora? Eu não sinto essa coisa de estar do lado de fora. Como sou torcedor, para mim é uma grande festa do Brasil. Porque nosso país fez muita coisa no futebol depois que sediou a Copa do Mundo em 1950, uma Copa atípica por ter ocorrido no pós-Guerra. Foi depois dali que nos tornamos uma grande potência no futebol, não é?! Tivemos grandes conquistas, grandes jogadores, o melhor de todos, que foi o Pelé, e, por tudo isso, hoje temos a matéria-prima mais valorizada – e clubes com tantos títulos. Acho que o Brasil merecia sediar uma Copa do Mundo por isso. Sinto como se fizesse parte disso tudo, com uma pequena contribuição para que essas coisas pudessem acontecer.

“Quando se fala em dinheiro público, as prioridades são outras do que investir em estádios de futebol”

É uma pena que não tenha acontecido como em Barcelona, por exemplo. Mas Barcelona foi questão de Olimpíada, e não de Mundial. Por isso acredito que o Rio de Janeiro vai ter outros benefícios, muitas obras e tal. Aliás, muita gente pode achar que são obras não acabadas a tempo da Copa do Mundo. Nada disso, o Rio vai continuar a se preparar para a Olimpíada e isso vai ser importante para a cidade.

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AGÊNCIA O GLOBO

Nos tempos de jogador, no início da década de 1970, vestindo o uniforme da seleção brasileira, que defendeu em 1978, 1982 e 1986

O que vai ficar mesmo são os estádios. E só. É uma pena

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não está na seleção e tem características de arrancada e de jogar para o ataque é o Kaká. Acho que na seleção de hoje poucos fazem a função que eu fazia. É difícil comparar, agora o posicionamento é outro. A gente jogava diferente.

Política desportiva no Brasil não existe

Sem comparações, mas pensando em o quanto ele era uma promessa em 2010, e a realidade em 2014, o que acontece com o Paulo Henrique Ganso? O que aconteceu com ele foi um problema de contusão. Isso aí é comum, não é fácil o cara ter que fazer duas ou três cirurgias quando está despontando. No auge, Ganso teve uma lesão grave. Eu tive também, mas já estava no final da minha carreira. Então, se adaptar a isso tudo é complicado, fazer uma reincidência de uma cirurgia é difícil. Esse talvez tenha sido o problema maior, perder aquela segurança, a confiança. E dá para notar olhando a movimentação dele. Tive até a oportunidade de falar com ele no jogo das estrelas que fizemos juntos. Eu via a dificuldade dele de dobrar a perna, de movimentá-la, isso tira um pouco a mobilidade. Mas Ganso vai ter que se adaptar, porque tem que fazer isso o tempo todo, com musculação e coisas para manter uma boa estabilidade no joelho.

Uma pesquisa rápida no Google diz que você é chamado por muitos lá fora de "Pelé branco". Qual o peso dessa responsabilidade? Isso daí traz uma expectativa de que você tem que resolver os problemas como o Pelé resolvia. O Rei era ele. Nunca deixei que as pessoas me chamassem muito desse jeito. Com essa imagem, a pressão passa a ser maior, e isso (de tentar encontrar outro Pelé) prejudicou muita gente na carreira. Tentei fazer com que as pessoas me vissem com as minhas qualidades, e não com as de outro jogador. A responsabilidade existe pelo fato de você estar em uma seleção, ter feito alguma coisa, isso é normal. Jogar pelo Brasil já traz um compromisso. Quando você começa a aparecer na sua atividade ou no futebol, e as pessoas esperam muito de você, é sinal de que você tem alguma coisa a dar. Nunca me preocupei com a minha responsabilidade, só com a comparação. Felipão escolheu o Thiago Silva para capitão da nossa seleção na Copa. Ele tem o perfil para assumir a braçadeira nesse time? Eu acho que a faixa está bem entregue ao Thiago Silva. Ele é um jogador que tem uma liderança boa, um bom perfil para a função. No futebol brasileiro atual, existe alguém que tenha características futebolísticas parecidas com as suas? Eu não gosto de fazer comparações. Elas são perigosas, qualquer coisa que se fale pode levar para outro lado. Acho que jogadores são sempre diferentes. Mas um jogador que

“O dirigente amador que chega no clube às sete da noite e fica dizendo que ama aquele clube, que é torcedor, que não ganha nada pela função, na verdade só quer tirar proveito para ter benefícios pessoais no dia a dia”

Houve alguma injustiça na convocação do Felipão? Não. Acho que o futebol brasileiro está bem nivelado, então não existe um destaque que permita montar duas ou três seleções diferentes para defender o Brasil – como se fazia na época da convocação. Atualmente está bem previsível fazer uma lista. Infelizmente a gente não tem jogadores que só estejam jogando no Brasil para formar uma seleção brasileira. Você é um dos embaixadores do futebol no Japão. Como vê o atual nível do esporte naquele país? Eu acho que o Japão está dando saltos de qualidade, mostrando cada vez mais um crescimento. Já é a quarta Copa seguida que ele participa por mérito, porque foi classificado. A grande diferença hoje é a quantidade de jogadores japoneses que estão no exterior e são titulares. Isso é bom. Eu peguei uma época em que os jogadores iam para fora, mas não jogavam. Aí, muitas vezes você convocava os caras para

a seleção, e eles estavam há dois, três meses sem entrar em campo. A meu ver, essa é a diferença no futebol do Japão. E a ascensão do mercado chinês? Ela acontece só no mercado de contratação, não do trabalho de base e renovação, como Japão e Coreia fazem. Pode ver que, na última Olimpíada, essas duas seleções ficaram entre as quatro finalistas no ranking. A China não, está muito atrasada no trabalho de base. Essa é a diferença, lá você não tem um time forte, nem formou jogadores para o futuro. O país está levando jogadores de fora para lá e esses profissionais, ao meu ver, não estão com o comprometimento de evoluir o futebol da China, mas sim com o de faturar. Já o Japão se preocupou muito com isso, levou a gente para jogar lá, para ajudar na evolução do futebol japonês. O ponto principal que eu noto na China é que ela não está trabalhando para conquistar uma renovação de valores e montar uma seleção para o futuro. O trabalho é muito fraco e isso acaba refletindo na equipe principal. É preciso uma geração forte para se montar uma seleção com nível de Copa do Mundo. O Japão, sem dúvida, já tem um time pronto para os Jogos Olímpicos de 2016. Você é treinador e também foi dirigente do Flamengo. Qual sua opinião sobre a política desportiva no Brasil? Mexeria em alguma coisa? Ela não existe. O grande problema no futebol, na minha visão, é que você mistura profissionalismo com amadorismo. Hoje isso não cabe mais. Dirigente amador que chega no clube às sete da noite e fica dizendo que ama aquele clube, que é torcedor, que não ganha nada pela função, na verdade só quer tirar proveito para ter benefícios pessoais no dia a dia. O cara profissional chega lá às oito da manhã, e fica até as seis da tarde, que é quando está quase chegando o cara amador – muitas vezes ele é um dos vice-presidentes e acha que está fazendo algo pelo seu clube. A diferença é essa. Os clubes que estão trabalhando na base do profissionalismo estão saindo na frente. Você apoiou o Daniel Alves na campanha contra o racismo. Como vê esse tema na atualidade?

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AGÊNCIA O GLOBO

Infelizmente não temos jogadores para formar uma seleção brasileira só com quem está jogando no Brasil

Eu vi o racismo de perto na Rússia, um negócio absurdo. Havia um jogador do Níger no meu time e, em uma semifinal de Copa, de repente todo mundo começou a fazer som de macaco. Meu jogador parou, começou a discutir com a torcida e a fazer gestos. Eu acabei tirando-o no intervalo e enviei um documento à UEFA e à Federação Russa. Tinha a impressão de que era uma coisa normal lá, porque toda hora acontecia. Há lugares bem atrasados no respeito ao ser humano. E é algo que vem crescendo ou a gente só está tomando mais conhecimento? Vem crescendo porque não existem punições adequadas, como aconteceu na NBA, que deu o maior exemplo, e até mesmo no Villareal.

Na hora que começarem a praticar punições rigorosas, e a prender as pessoas, se dará um basta no preconceito. Alphaville vive uma campanha que contempla mais gentileza, cultura e alegria. Movimentos assim poderiam acontecer dentro do futebol? Claro! Mas acho importante também que as coisas aconteçam no próprio dia a dia, em muitas outras áreas. Por enquanto, a gente só está olhando isso (a questão do racismo) no futebol. Agora dê sua opinião... Qual e como será a final desse mundial? Qual eu não sei, mas vou torcer para que seja entre Brasil e Argentina. Ou seja, que a gente possa ver

Zico marca gol na partida contra a Argentina, na 2ª fase da Copa do Mundo na Espanha em 1982

dois dos grandes nomes do futebol mundial jogando, Neymar e Messi, e que o Brasil ganhe (risos). Esse é meu desejo. Mas aposto também na Alemanha, na Espanha, no Uruguai. Acho difícil que apareça uma outra seleção aqui que faça diferença. Talvez Portugal, com o Cristiano Ronaldo, que atravessa um bom momento. Embora seleções que dependem muito de um jogador podem ter problemas. Como ex-jogador e treinador, o que é melhor: uma equipe que joga bonito sem títulos ou uma pragmática que dá resultados? Uma que jogue bonito e dê resultado. A Espanha fez isso, jogou bonito e ganhou. Só joga bonito quem sabe, quem não sabe não pode jogar bonito (risos).

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viver alphaville e tamboré

CAMINHOS QUE SE CRUZAM Uma história de amor que começou em São Paulo e trouxe um monte de gente para morar em Alphaville por Daniella Vinic foto Rogério Alonso

A

na Beatriz Nascimento cresceu no tradicional bairro de Higienópolis. Rafael Soares, em Taboão da Serra, próximo da rodovia Raposo Tavares. Mais tarde conheceram-se no curso de engenharia de materiais do Mackenzie, instalado no bairro dela, e engataram o romance que deu em casamento. Antes de trocarem alianças, no entanto, tiveram de incluir mais uma região na rota diária: Alphaville – onde ela conseguiu um estágio (na empresa em que trabalha até hoje). Cansada da maratona diária de longas distâncias, Ana Beatriz sugeriu um teste ao planejar a vida depois do casório com Rafael, em 2009. “A proposta foi alugar um

apartamento pertinho do meu trabalho. Como o Rafael trabalha em Taboão, o caminho também seria fácil para ele”, explica ela. O noivo topou a ideia e se animou mais ao pesquisar e perceber que, na comparação com os valores praticados em São Paulo, eles ainda economizariam nas despesas. Apesar da vantagem, no início o casal passou por um processo de adaptação aqui no bairro. “O começo foi difícil. Na época a infraestrutura não era tão bacana e estávamos longe dos nossos amigos e familiares”, relembra. DEFINITIVAMENTE, ALPHAVILLE!

Ao final do período combinado para o piloto, Ana e Rafael estavam

O casal Rafael e Ana Beatriz, ambos com 29 anos, no jardim do Paisagem Tamboré, empreendimento para o qual vão se mudar em novembro

Patrocínio:

convencidos de que o bairro seria o lugar ideal para viverem em família. Compraram, então, um apartamento na planta, que deve ser entregue até o final deste ano. “Nesse meio-tempo tivemos de voltar a morar em Higienópolis, o que para mim foi um choque! Não vejo a hora de nos mudarmos de volta. Queremos passar o Natal e o aniversário do Rafael na casa nova”, planeja. A empolgação contagiou até outros membros da família. Os pais de Ana Beatriz (e os tios também!) estão se mudando para a região. “Eles compraram um empreendimento no Boulevard Tamboré, que fica pronto em 2017. Até lá teremos tempo de convencer os pais do Rafael a fazer o mesmo”, garante. Se alguém questiona a decisão, ela tem os argumentos na ponta da língua: “O bairro é arborizado e seguro. Tenho certeza de que os filhos que planejamos ter um dia desfrutarão de mais qualidade de vida em Alphaville. Assim como nós”. Hoje amigos do casal não faltam na região. No período em que viveram no apartamento alugado, eles começaram a frequentar uma igreja batista e, assim, criaram um bom círculo de amizades – e não precisam sair do bairro nem nos momentos de lazer. “De repente, Alphaville ficou muito familiar, não havia mais por que pensar em morar em qualquer outro lugar da cidade”, revela a moça.

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GENTE 1) Claudio Zafiro, na festa de entrega do empreendimento Evolution Corporate, da Odebrecht, em Alphaville

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3) Daniela Bernauer e Beatriz Modolin, na apresentação dos principais destaques do SPFW, no Cinépolis Iguatemi Alphaville 4) Claudio Landsberg, Mauro Santi e Luiz Carlos Tonolli, no coquetel de préapresentação do Eléve, da MPD, em Jundiaí

DIVULGAÇÃO

5) Vanessa Marinho, Adriana Armelin e Vanessa Charles, no coquetel de lançamento da Artemis Joias, no Club Femme, em Alphaville

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2) Merina e Andressa Marchesi, na celebração do Dia da Família, na Kids Place, em Alphaville

6) Flávia Piña, na apresentação de sua wishlist para Ellus, em São Paulo 7) Aziz Maluf, na inauguração do circuito Arte na Praça, no Centro Comercial Alphaville 8) Thaisa Sedrez, no coquetel de apresentação da Mosarte Store e SCA para arquitetos, clientes e parceiros, em Alphaville 9) Thiago Roth de Sá, no evento da campanha para o incentivo do uso de cinto de segurança, na Red Balloon Alphaville

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Veja a cobertura completa destes e de outros eventos no facebook.com/RevistaVeroAlphaville

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10) Aline Manzoli, no lançamento do Life Park da CNL Empreendimentos

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a p oi o

Iniciativa da Revista VERO para o fomento da reflexão sobre temas relevantes em prol de uma sociedade mais criativa, humana e equilibrada

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Todos os meses na VERO. Acompanhe!

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} LUIZ FELIPE PONDÉ

THE BRAZILIAN UNREST esde junho do ano passado, parece vivermos num país diferente. Na realidade, nem tanto, mas nossa memória é sempre frágil e pobre, como nossa consciência. Refiro-me às chamadas “jornadas de junho”, que prefiro chamar de “baladas de junho”, porque tinham algo de “happy hour” no modo como foram cantadas em prosa e verso. Falava-se muito em manifestações pacíficas conturbadas por elementos alheios à “festa da democracia direta”. Não entendo muito bem como impedir o trânsito, fazer pessoas perderem compromissos ou voos podem ser atos completamente pacíficos, mas, claro, comparando-se com quebradeiras de patrimônio e pessoas, fazer você perder o voo até que é pacífico. O “gigante finalmente acordou”, dizia-se na segunda feira 16 de ju- ao monopólio legítimo da violênnho de 2013. Na mídia internacio- cia na mão do Estado e seu branal falava-se de “Brazilian unrest”, ço armado, a polícia. Refiro-me termo com forte conteúdo dra- aos linchamentos. Aliás, críticas mático: inquietação, ansiedade. à polícia por todos os setores da Mas aqui, a maioria escolheu ver intelligentsia inundaram a mídia naquilo um processo de “tomada e a universidade desde junho do de consciência”. E, de fato, não se ano passado. pode excluir essa ideia como um Além dessas críticas (algumas dedos elementos que compõem pro- las exageradas, porque a polícia até cessos como aquele. Mas processos que conseguiu manter o nível de de crise de representação política violência dela sob controle; quem como aquele (quando, por alguns acabou matando uma pessoa, o momentos que podem se estender, cinegrafista da Band, foram dois se transformar ou desaparecer, a manifestantes mais violentos), o “soberania popular”, que dá poder cenário de constante crescimento aos representante, invade as ruas) da violência e o sentimento da pose parecem mais com movimentos pulação de estar abandonada aos mecânicos do que movimentos bandidos (muitas vezes, aos olhos “conscientes”, porque implicam em do homem e da mulher comuns “massa”, e toda “massa humana” que andam na rua sem carro bliné perigosa em algum nível. Uma dado ou seguranças, esse bandicomparação possível também é do é objeto aparente de excessiva com uma inundação por conta da misericórdia por parte do Estado) quebra de uma represa. acabaram por causar alguns evenDe lá pra cá as grandes manifes- tos infelizes e violentos que devem tações desapareceram e deram ser duramente reprimidos, porque lugar a grupos mais organizados, ninguém pode “fazer justiça” com violentos explicitamente ou não. as próprias mãos. Grandes promessas de “não vai A intelligentsia (sempre cega ao ter Copa” apareceram aqui e ali, que sente o homem e a mulher muitos acham que durante a comuns que não trabalham em universidades, nem em redaCopa vai piorar. Mas outro fenômeno surgiu nes- ções de jornais, nem frequentam se tempo, que, a princípio, parece templos das ciências sociais em não ter a ver com aquela crise de faculdades caras e/ou de difícil representação política, mas que acesso) viu aí apenas os velhos eu suspeito que, sim, tem muito a preconceitos raciais e sociais do ver com ela. Refiro-me à crise do Brasil, no que, diga-se de passacontrato social no que se refere gem, não deixa de ser verdade.

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Luiz Felipe Pondé, filósofo, doutor pela USP, pós-doutor pela Universidade de Tel Aviv, colunista da Folha de São Paulo, professor da PUCSP e FAAP, autor de, entre outros, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)

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Espancamentos se somam, e até suspeitos de práticas de “bruxaria” tornam-se vítimas de morte por linchamento. Penso que esses dois fenômenos (manifestações e linchamentos) estão intimamente associados, mesmo que para as ciências sociais não sejam a mesma coisa. A relação entre eles está, de novo, na metáfora mecânica ou hidráulica. As constante manifestações e interrupções da ordem pública funcionam como rachaduras nas “paredes” do contrato social, e as consequências podem demorar, mas surgem com o tempo, às vezes em pequenos efeitos que se somam numa grande inundação de desordem social. Se grupo X e Y podem queimar ônibus, parar o trânsito, depredar bancos e estações de metrô, por que Fulano não pode se juntar e “manifestar” seu medo ou desagrado com pessoas que eles julgam ameaçá-los? Devemos pensar não como “sociólogos” (gente normalmente cega para com a vida concreta), mas sim como gente que sofre a vida concreta sem teorias. “Democracia direta” é um falácia, ela sempre leva a violência e injustiças “diretas”. Temos que acordar, aí de fato, e perceber que brincamos com fogo ao lermos tais manifestações como algo da ordem da “consciência social desperta”. Gigantes costumam pisar em cima de todo mundo quando passam.

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} FLÁVIO GIKOVATE

EM QUE CONSISTE A INTIMIDADE?

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Psicoterapeuta e autor de mais de 30 livros, entre eles Sexualidade sem fronteiras (MG Editores) e Nossa sorte, nosso norte: Para onde vamos? (Papirus 7 Mares). Também é âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN

EDUARDO KNAPP

Aintimidade consiste em uma adorável sensação de proximidade e cumplicidade com uma pessoa especial: um amigo sincero, um parente, um parceiro sentimental. Ela só se constrói em determinadas condições especiais, sendo que a mais importante delas tem a ver com a maneira como se constituiu nosso modo de pensar. Cada um de nós desenvolveu um jeito de correlacionar as palavras e os pensamentos que é mais original do que pensamos. Apesar de todos falarmos a mesma língua, nem sempre o que dizemos corresponde exatamente ao que o outro ouve; e, o que é o principal, muitas vezes não está em sintonia com aquilo que estava em nossa mente. Ou seja, como cada cérebro é único, não é raro que aquilo que estou escrevendo aqui agora – e que é o fruto de um esforço de transformar em palavras o que se passa em facilmente provocar a sensação minha mente – não corresponda de cobrança, crítica ou acusação. ao que você, leitor, estará enten- Se algo me desagrada no outro, dendo. Isso não se deve apenas a posso dizer a ele que “Eu fico trisuma eventual dificuldade minha te quando acontece isso ou aquilo de me comunicar, e sim a dife- entre nós” em vez de “Não acho renças relevantes entre os nossos que você deveria fazer isso ou modos de pensar. aquilo”; ou, pior ainda: “Não aceito Em contrapartida, há vezes em – não admito – que você faça isso que o que falamos ou escrevemos ou aquilo”. Ninguém tem o direito parece corresponder exatamente de exigir nada de ninguém, muito ao que nosso interlocutor enten- menos dos mais íntimos. Temos o deu. A sensação é extremamente direito e mesmo o dever de inforagradável, uma vez que nos sen- má-lo sobre os desdobramentos de timos devidamente entendidos, seus atos: “Quando você age dessa e isso define uma importante ou daquela maneira, isso provoca afinidade no sistema de pensar, em mim tantas e tais sensações condição indispensável para que e emoções”. Se o outro quiser nos se constitua um relacionamento agradar, certamente tenderá a eviíntimo. Quando ocorre essa comu- tar as condutas que nos entristenicação bem-sucedida, nossa sen- cem. Se não for esse o caso, cabe a sação é de aconchego, de não es- nós decidir se aceitamos ou não o tarmos tão sozinhos neste mundo. convívio com essa pessoa. Ao longo do convívio com alguém Outro ingrediente que considero cujo modo de pensar é suficiente- fundamental para a continuidade mente parecido com o nosso, é cla- dos relacionamentos baseados em ro que podem surgir divergências respeito e intimidade é a ausência de pontos de vista e mesmo de ati- de críticas. Quando uma pessoa tudes diante das várias condições relevante nos censura, nossa senobjetivas da vida de cada um dos sação é muito desagradável; e é que são íntimos. É indispensável especialmente ruim se esperávaque esse canal fluente e fácil de mos algum tipo de compreensão comunicação não se feche, o que ou alívio de um desconforto que exige certos cuidados muito rele- nós mesmos estejamos sentindo vantes. O primeiro deles diz res- por termos cometido algum erro. peito ao modo como colocamos Quando esperamos colo e recebenossas diferenças: o melhor cami- mos uma reprimenda, tendemos nho consiste no uso da primeira a nos calar; e não só naquela dada pessoa do singular, e não a tercei- situação específica, mas também ra pessoa, uma vez ela que pode em qualquer outra que venha a

ser passível de algum tipo de reprimenda. Um exemplo: se eu contar para o meu parceiro sentimental algo no qual eu tenha falhado – ou algum sonho ou pensamento não muito abonador –, eu não gostaria de ouvir algo do tipo “Nossa, nunca pensei que você fosse fazer essa bobagem ou ter tal tipo de pensamento”. É claro que da próxima vez que eu fizer algo que possa ser censurável ou pensar algo não tão agradável não mais contarei o que se passou comigo. Assim, o que mais comumente interrompe a comunicação e impede a intimidade são atitudes críticas e reprovadoras vindas de parceiros cuja aceitação nos é tão importante. Se ao invés de críticas ouvirmos algo do tipo “Você sabe que em uma dada ocasião fiz algo parecido e sei muito bem como é chato errar, imagino como você deva estar se sentindo; mas não se aflija, pois isso logo passa”, é claro que a intimidade cresce e se fortalece. Em síntese, as boas relações de companheirismo acontecem entre aqueles cujos modos de ser e de pensar assemelhados, que sejam muito cautelosos ao colocar suas divergências – sempre dando prioridade para a descrição da repercussão das ações do outro sobre si mesmo – e, mais que tudo, entre pessoas que não se arvorem em juízes e que sejam acima de tudo cúmplices.

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} MARIO SERGIO CORTELLA

FELICIDADE FOI-SE EMBORA? uando tinha dezessete anos, o jovem Lupicínio Rodrigues, nascido em Porto Alegre no mesmo dia que Paulo Freire, 19 de setembro, só que sete anos antes, em 1914, compôs música memorável chamada Felicidade, regravada um dia por Caetano Veloso, em 1974, mesmo ano da morte do gaúcho. Lembra o começo? Felicidade foi-se embora / E a saudade no meu peito ainda mora / E é por isso que eu gosto lá de fora / Porque sei que a falsidade não vigora. E aí? Tristeza não tem fim, felicidade, sim? Já abandonamos o desejo de vida feliz? Agora é só competir, enfrentar, vencer, derrotar? É a guerra da vida? Ora, a sobrevivência da espécie humana só foi possível por conta Por isso mesmo é que somos anida capacidade de cooperação en- mais gregários. O radical “greg”, tre seus indivíduos. Para continu- em indo-europeu, significa “rebaarmos, a missão é vivermos juntos nho”. Temos de viver em rebanho, e em paz. Às vezes, quando se fala não no sentido de indiferenciação do homem primitivo, que é o ho- e comportamento disperso, mas, mem pré-histórico ou o “homem isso sim, no sentido de “juntos”. das cavernas”, muitos o imaginam Por causa do greg é que a gente como homem de violência. Mas “congrega”, “agrega”, adora “conpela perspectiva da antropologia, gresso” e precisa ter cuidado para é preciso lembrar que a grande não “segregar”. valia da nossa espécie, quando Há pessoas que, em vez de admitir estávamos nos estruturando, foi a mecanismos de construir a concapacidade de cooperação. solidação da congregação, acham Nós não fomos um animal que mais fácil segregar. E essa segretrouxe a competição como modo gação se dá no ambiente familiar, de vida. Aliás, se não fôssemos um no ambiente da saúde mental, no animal cooperativo, não teríamos ambiente da escola, no ambiente sobrevivido. As outras espécies empresarial. Por exemplo: “Temos que são mais fortes que nós, mais um problema sério com alguém da velozes que nós, têm mais condi- escola, vamos segregá-lo. Porque ções de sobrevivência. Somos um se nós o congregarmos, vamos ter animal frágil, e a nossa fragilidade de lidar com ele e com o problema”. é tão grande que nós temos de vi- A perspectiva de vida da congrever juntos o tempo todo para ter- gação, aquilo que faz com que vimos a força. vamos juntos, exige a ideia de que vivamos em paz. E o que é paz? Retomo sempre: paz é não ser vitimado pela ausência de trabalho honroso. É não ser atingido pela falta de socorro na saúde. É não ser humilhado pela ausência de uma escolaridade completa. É ter uma habitação saudável. Paz é não apequenar a vida. Paz é estar em paz. Quando você e eu estamos em paz? A paz não é uma coisa contínua. É preciso, como dizia Paulo Freire, lutar por

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Filósofo e escritor. Este é um trecho do livro Não Nascemos Prontos! (Provocações Filosóficas), publicado pela editora Vozes

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ela. Parece uma contradição lutar pela paz. É curioso, mas a ONU, inclusive, tem um mecanismo chamado “força de paz”. A paz não afasta a ideia de força; o que a paz exige é que nós qualifiquemos a força, qual força será usada para que a paz se sustente. Pode ser a força do exemplo, a força do grupo, às vezes, a força armada, que é aquela que garante que a nossa vida não tenha a paz ameaçada. Muitos imaginam que a paz seria a ausência de qualquer tipo de pressão, e não é. A paz é justamente a condição de impedirmos qualquer forma de segregação ou de apequenamento da vida e também da nossa condição de felicidade. Evidentemente, nada disso é projeto e caminho individual, o que coloca a necessidade de estudarmos juntos, de irmos atrás de quem nos ajude, conhece, e fundamentalmente, de dedicarmos mais tempo a isso. Senão, vai-se embora mesmo.

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} CARLOS JÚLIO

CARREIRAS E NEGÓCIOS: OS 7 ERROS FATAIS m quase 40 anos de vida profissional, listei os erros que não poderia voltar a cometer. Recentemente, verifiquei a relação e me deparei com mais de 50 itens. Decidi, então, sintetizá-la e atualizá-la, considerando a contribuição de amigos e experts no tema. Esse “estudo” se converteu em uma palestra, que em breve estará disponível na internet. Em maio, citei a lista durante a locução de minha coluna Gestão Descomplicada, na Rádio CBN. De pronto, os ouvintes me cobraram um pequeno resumo desse trabalho. Divulguei-o em minha newsletter e, agora, reproduzo-o aqui. Provavelmente, algumas das orientações servirão para você, querido amigo domina os números não domina o de Alphaville. negócio. Muitos empreendedores 1º. Erro – Não conhecer profunda- reúnem inúmeras competências mente o seu negócio. Refiro-me a técnicas. Fracassam, no entanto, operações, concorrência, merca- porque desprezam a Matemática. do e clientes. Se você não conhe- 3º. Erro - Não ter metas claras para ce seu próprio território, é bem TODA a organização. Não duviprovável que desperdice energias de: se você não sabe exatamente movendo-se na velocidade errada, o que quer, é bem provável que na direção errada. fracasse. Se você deseja um bom 2º. Erro - Não dominar os núme- trabalho, ofereça a seus parceiros ros. Compreenda: o que não se e colaboradores bons desafios, de mede não se gerencia! Quem não forma clara e objetiva. Na hora de

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Carlos Júlio é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios DIVULGAÇÃO

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começar, constitua um bom plano de negócio. 4º. Erro – Não acompanhar as vendas, não cortar custos! As vendas é que fazem a empresa respirar. Ouça, visite e atenda seus clientes. Valorize-os. Qualifique pessoas para essa tarefa. Ao mesmo tempo, corte custos desnecessários. Custo é como unha: precisa ser cortado sempre. 5º. Erro – Não envolver as pessoas e não liderar pelo coletivo. Liderar é servir. Liderar é colocar as pessoas certas no lugar certo. Liderar é oferecer condições para que a equipe atinja as metas com qualidade e consistência. Liderar é representar a empresa e zelar por sua reputação. 6º. Erro - Não desenvolver lideranças e não baixar o turnover! O bom líder multiplica seu saber e delega responsabilidades. Demitir, em geral, custa caro. Drena recursos financeiros e exige novo esforço em qualificação. Sucessão planejada é o que garante a sustentabilidade da gestão. Forme sucessores nas posições estratégicas do negócio. 7º. Erro – Não ter visão de longo prazo. Construir o futuro da organização é a missão maior da liderança. Se você tem visão, pode eleger metas. As metas, quando claras, convertem-se em planos. Os bons planos transformam-se em rotinas. E as rotinas é que produzem, no seu caixa, o tilintar dos ingressos financeiros. Responda: o seu presente está construindo o futuro do seu negócio?

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} XICO SÁ

HOMEM COM H m uma reação bem-humorada à onda metrossexual que assola a humanidade, vi agora na tevê uma propaganda de um desodorante para o homem-homem. Você provavelmente já deve ter visto também a essa altura. O cara manda a porrada no coqueiro e cata um coco para agradar a dama. E haja cenas épicas do gênero, como acender uma vela de um jantar romântico com um lança-chamas. Tudo para fazer derreter a mocinha como em um filme do Velho Oeste. Aí vem a assinatura, em uma voz que pulveriza testosterona na sala: o desodorante do cabra-macho! Não chega a anunciar uma nova terra prometida pelos caubóis de essa versão ainda mais original, o Marlboro, mas é um comercial macho roots, o macho de raiz. O ousadíssimo para tempos exage- termo nasceu mais precisamente radamente corretos. E com um no sítio das Cobras, na zona rural humor, a partir dos clichezões da de Santana do Cariri, onde este macheza perdida, que você não cronista entre bravos se criou. encontra mais na publicidade Revisitemos, pois, a capanga do apenas engraçadinha e adoles- macho-jurubeba, que já foi tema de meu blog e agora relembramos para cente de hoje. Óbvio que eu preferia o gaúcho de as novas e desavisadas gerações: Alegrete Paulo César Pereio ou, no Era um sujeito vaidoso, sim, mas mínimo, o Zé Mayer, mineiro de sem frescuras. Não confunda. Jaguaraçu, no papel que coube ao Na capanga do macho-jurubeba, Malvino Salvador, com todo o res- encontramos um espelhinho oval com o escudo do seu time ou peito ao moço, óbvio. O reclame me fez recordar os usos uma diva em trajes sumários, um e costumes do macho-jurubeba, pente nas marcas Flamengo ou

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Xico Sá é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Companhia das Letras), entre outros livros

CHICO MAX

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Carioca, um corta-unhas Trim ou Unhex, um tubo de brilhantina no caso dos cabeleiras, um frasco de leite de colônia faz vezes de desodorante. Vemos também, no fundo do embornal, uma latinha de Minâncora e outra de banha de peixe-boi da Amazônia em caso de eventuais ferimentos, calos ou cabruncos. Em viagens mais longas, barbeador, gillette, pedra-hume – o seu pós-barba naturalíssimo, nada melhor para refrescar a pele e fechar os poros. Alguns pré-modernos e distintos se antecipavam aos novos tempos usando também Aqua Velva, a loção para o rosto utilizada pelos “homens de maior distinção em todo o mundo”. Vemos também, no kit macho, emplasto poroso Sabiá, pedras de isqueiro com a marca Colibri e um item atual até nossos dias, o polvilho antisséptico, afinal de contas, a praga do chulé é atemporal e indisfarçável. O lenço de pano nem se comenta, não podia faltar nunca. Era o máximo permitido. Hoje você sabe como é, o cara anda por aí com a nécessaire estourando o zíper de tanto creminho. Outro dia uma amiga de SP foi obrigada a dar uma dura no namorado: “Ah, não, bancada de creme maior do que a minha na-na-ni-não”. E rolou a maior DR, a mitológica discussão de relacionamento, da história do bairro das Perdizes e arredores.

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especial shopping tamboré

O AMOR

ESTÁ NO AR

Mesmo em clima de Copa do Mundo, quem dispensaria um mimo superbacana na data mais romântica do ano? Convidamos dois casais com pegadas diferentes para escolher seus presentes no Shopping Tamboré. Inspire-se e acerte em cheio com o seu amoreco! texto e fotos Priscilla Zamarioni

LEANDRO RODRIGUES Bem-humorado, este analista de sistemas de 28 anos se autointitula como “um nerd que gosta de praticar esportes”. Por isso, ele escolheu presentes úteis para seu dia a dia. E sabe bem como punir a namorada, a "beauty addict" Victoria (na página ao lado), caso não ganhe ao menos um dos itens de sua wish list: “Eu a impediria de fazer as unhas durante um mês. Ou melhor, eu a deixaria um mês sem maquiagem (risos)”. Frequentador assíduo do shopping, Leandro curte a academia, o cinema, os restaurantes, os botecos e as lojas do local.

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ȴˆ ȵˆ ȱˆ Camisa slim fit manga longa (R$ 189) GARBO – (11)4191-1245 Ȳˆ Headset da marca Razer Orca (R$ 339) POWERNICK INFORMÁTICA – (11)4191-2011 ȳˆ Tênis Mizzuno Wave Creation (R$ 649,90) CENTAURO – (11)4193-1678 ȴˆ Sapatênis em couro lixado (R$ 289) CNS – (11)2166-9753 ȵˆ Óculos espelhado Oakley (R$ 517) ÓTICA SR – (11)4208-7889

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VICTORIA IGLESIAS Embora seja uma "baladeira assumida", a assistente jurídica e modelo nas horas livres não abre mão de um bom cineminha na companhia de seu amor. “A gente sempre vem assistir filmes aqui no Tamboré e eu aproveito para dar uma olhada nas lojas! Gosto da variedade de opções e dos preços deste shopping”, entrega. A bela, supervaidosa e agitada, também planejou como será o castigo do parceiro se ele não comprar um dos mimos listados abaixo. “Sem dúvida alguma, eu o deixaria uma semana sem o notebook. Ele enlouqueceria”, conta, às gargalhadas. Melhor não arriscar, né?!

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ȱˆ Bolsa python (R$ 559,90) SANTA LOLA – (11)3581-0391 Ȳˆ Conjunto de colares de elos entrelaçados (R$ 49) e de strass com cetim (R$ 189) BALONÈ ACESSÓRIOS – (11)3581-0364 ȳˆ Blusa de malha estampada (R$ 79,90) MEMOVE – (11)4195-9700 ȴˆ Calça flare tricô (R$ 298) TRISKAL – (11)4193-8671 ȵˆ Scarpin preto de verniz (R$ 269,90) MY SHOES (11)3581-0360

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especial shopping tamboré

ANDRÉ PRATI Aventureiro e experimentalista, este publicitário (e empresário) de 30 anos já foi se adiantando: “Se a minha namorada (a Ana Luisa, da página ao lado) não me presentear com alguma coisa da minha lista... Ela terá de fazer, por um tempo, tudo o que eu mandar. Ou seja, me acompanhar nas minhas loucuras" (risos). Em seguida, ele pondera. Diz que, apesar das diferenças de estilo, o casal tem muito em comum. “Não somos tão baladeiros, não saímos de casa só por sair. Curtimos ver filmes juntos e ir à praia. E ela não é tão geniosa quanto diz...", brinca. E emenda uma declaração: "Ela é um amor”, derrete-se este fã dos restaurantes do Tamboré.

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ȱˆ XBox One (R$ 2.099) HOUSE GAMES – (11)3581-0394 Ȳˆ Guitarra Epiphone custom Zakk Wylde (R$ 2.999,99) SKY BLUE MUSIC – (11)2166-9887 ȳˆ Óculos Ray Ban Wayfarer (R$ 499) ÓTICAS CAROL (11)2166-9771 ȴˆ Bola Brazuca WC (R$ 79,99) AUTHENTIC FEET – (11)4195-8877 ȵˆ Skate elétrico SK8 Tronik 800w (R$ 3.190) SUPER TUBES SURF SHOP – (11)4195-8555

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ANA LUISA KERR O rostinho delicado de menina à primeira vista não revela a personalidade forte típica de quem sabe o que quer. É a própria estudante de arquitetura de 23 anos quem se define como uma pessoa “oito ou 80”. Passeando pelos corredores do Tamboré, ela não demorou mais que o necessário para montar sua lista. “Gostei destas opções. Caso não ganhe nenhuma delas do André, acho que deixarei o carro dele apreendido na minha garagem por uma semana. Ele enlouqueceria”, diz ela, enquanto olha as vitrines e elogia a arquitetura com áreas abertas do shopping.

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ȱˆ Bota biker estampa étnica (R$ 399,90) AREZZO – (11)2166-9831 Ȳˆ Perfume DKNY Golden 30 ml (R$ 159) DELLIAN PERFUMES – (11)4193-4230 ȳˆ Relógio retrô Michael Kors Runway, com fundo turquesa (R$ 1.503) MADRID JOALHERIA (11)4191-6138 ȴˆ Maxibolsa animal print, da Carmim (R$ 908) MARI BRANDSTORE – (11)4195-1448 ȵˆ Pingente luvas de boxe Life (R$ 140) VIVARA – (11)4193-6180

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Dia dos Namorados

PRESENTES INESQUECÍVES SELECIONADOS PELA VERO

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NESTA EDIÇÃO 84 84, 85, 86 85 85 84, 85, 87 84, 85, 88 85 84 84, 85, 89

Artemis Joias Carolina Fraga Debora Matarazzo Grand Cru Alphaville Kingster Patricia Salvador Store Samantha Abrão Tivolli Sports Uatt?

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WISH LIST DA

FINA Brinco Cacho de rubis e brilhantes (10x de R$6.790) Artemis Joias ALPHA SQUARE OFFICE (11)3022-5010

BÁSICA T-Shirt Polaroid feminina (R$29,90) Kingster SHOPPING TAMBORÉ (11)4191-4245

ESPORTISTAS Camiseta oficial da Seleção Brasileira 2014, feminina (R$199,90) e masculina (R$229,90) Tivolli Sports

FOFO Porta-retrato gravador Amor Declarado (R$94,90) Uatt?

ALPHASHOPPING (11)4191-7873

SHOPPING TAMBORÉ (11)3581-0350

CHIQUÉRRIMA Blusa de seda com tule (R$458,80) Patricia Salvador Store SHOPPING FLAMINGO

FASHION Calças animal print Aishty (R$109 cada) Carolina Fraga SHOPPING FLAMINGO (11)4193-1669

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SUAVE Terres de Berne Côtes de Provence (R$87) Grand Cru Alphaville AL. ARAGUAIA, 1.443 - (11)4191-8707

CHARMOSA Jaqueta feminina de couro ecológico Aishty (R$199) Carolina Fraga SHOPPING FLAMINGO (11)4193-1669

BRILHANTE Colar em homenagem a Salvador Dali em ouro branco 18k com rubi (R$5.370) Samantha Abrão IGUATEMI ALPHAVILLE - (11)4195-8152

ESTILOSA Saia de couro pink (R$288,80) Patricia Salvador Store SHOPPING FLAMINGO

CASUAL T-Shirt Left Right masculina (R$29,90) Kingster SHOPPING TAMBORÉ (11)4191-4245

PRÁTICOS Bandeja para lanche a dois Combinação Perfeita (R$49,90) Uatt? SHOPPING TAMBORÉ (11)3581-0350

CHARMOSA Pulseiras, com coração (R$110) e com trevo (R$69), ambas folheadas a ouro com zircônias encravadas Debora Matarazzo AV. DOS PINHEIROS, 80 - LJ 12 ALDEIA DA SERRA (11)4192-2353

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festival gourmet

PIQUENIQUE GOURMET A 3ª edição do evento gastronômico da região bate um recorde: 5.400 pessoas degustando boa comida e companhia por Daniela Paiva Se o cardápio de dar água na boca ou a chance de encontrar os amigos e fazer um programa diferente com a família não fossem suficientes, certamente o friozinho ensolarado, típico do outono, já teria sido um argumento pra lá de convincente. Em um clima superdescontraído de piquenique, com comidinhas deliciosas, música de primeira e rodas de conversa fiada (enquanto a criançada corria solta), aconteceu a 3ª Edição do Festival Gourmet, no Iguatemi Alphaville, durante a tarde do sábado 17.

O evento teve recorde de visitantes: 5.400 pessoas! E marcou, definitivamente, um espaço cativo na agenda dos moradores da região. Ao todo, 16 barracas de restaurantes renomados apresentaram suas especialidades em pequenas porções, além de taças de vinho e cervejas gourmet. Os preços variaram de R$ 6 a R$ 24. Difícil mesmo era escolher entre as inúmeras opções. A programação, que teve início às 12h, incluiu uma área para crianças, com pula-pula, escorregador inflável, piscina de bolinhas e

Fique de olho, a próxima edição do evento acontece no segundo semestre. Curta e acompanhe as novidades no facebook.com/ festivalgourmet oficial

personagens dos desenhos animados, uma exposição de carros e shows das bandas Brasil Jazz Trio e Tritono Blues, além do cantor Dom Paulinho Lima. Sucesso na edição anterior, em setembro de 2013, o Gnocchi de Banana da Terra, da dupla Luana e Fabio Perez, do Bendito Cacao, bateu as expectativas. Ainda no meio da tarde, os 54 quilos de massa programados simplesmente acabaram! Resultado: mais 9 quilos tiveram de vir da sede, de última hora. “A divulgação do evento foi essencial para nós. Nosso fluxo de pessoas já aumentou no restaurante, e, por conta da demanda de pedidos, teremos que incluir o gnocchi no cardápio”, revela a chef. Outros destaques foram o Buzina Food Truck, estreante no festival com suas comidinhas de rua, os premiados doces portugueses da confeitaria Casa Mathilde, o menu do Ville Du Vin. A barraca Culinária Mineira também seduziu os visitantes preparando uma paella mineira, combinação de costelinha suína, linguiça da roça, franco caipira e pururuca de barriga. Surpresa de última hora, a participação de A Queijaria (badalado endereço da Vila Madalena repleto de queijos brasileiros artesanais) também fez sucesso.

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FOTOS RODRIGO SACRAMENTO

Pratos exclusivos do festival, espaço para exposição de automóveis, comidinhas e diversão garantida para a meninada. À esquerda, Carolina Romanini, do Iguatemi Alphaville

O evento teve ainda a presença de convidados ilustres, como o prefeito de Barueri, Gil Arantes, e sua esposa, Sílvia, e o proprietário da rede Iguatemi Carlos Jereissati Filho. “O Festival tem sido excepcional, e a ideia é levá-lo para outros endereços do grupo”, afirmou o empresário.

CHEIO DE BOSSA Acompanhado da cantora Teca Maris, o Brazil Jazz Trio abriu a programação musical com sucessos da MPB e clássicos internacionais. Depois, o Tritono

Blues, que tem uma relação afetiva com Alphaville (o vocalista Bruno Sant’Anna morou no bairro), lançou mão de gaita, teclado e carron para interpretar nomes como Blues Brothers e Amy Winehouse. “Tocamos à tarde por conta das crianças. Gostamos desse astral familiar”, disse. Para encerrar, Dom Paulinho Lima esquentou a noite com canções de Seal, Barry White e Tim Maia. Realizado duas vezes ao ano, o Festival Gourmet é promovido pelo shopping Iguatemi Alphaville e pela Spaghetti Eventos.

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festival gourmet

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1 QUEM PARTICIPOU DO FESTIVAL Nesta edição do festival, os cardápios foram assinados por 1) Luana Perez, do Bendito Cacao 2) Thiago Caiafa e Ricardo Vieira, do Culinária Mineira 3) Rafael Leão, do Ville Du Vin Bistrô 4) Guga Caiuby e Luciana Vialli, do Gastronomia para Eventos 5) Equipe do Bar Central Mr. Beer 6) Carlos Ohata, do Roppongi 7) Walter Cordeiro, da Bendita Hora 8)Priscila de Oliveira, do Pobre Juan 9) Edson Brito, do Nagarê Sushi 10) Cássia Garcia e Claudio Biah, da A Queijaria 11) John Carvalho, da Trattoria Vitória Régia

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12) Rafael Rodrigues, do Bombay Herbs & Spices 13) Fundo Social de Barueri 14) Brunno Cesar Martins Oliveira, da Cervejaria Patriarca 15) Vera Iague e Ricardo M. Rocha, da Casa Mathilde 16) Jorge Gonzalez, do Buzina Food Truck 17) Francisco Aldueles, do Gardenia

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festival gourmet

ATITUDE EM TODO LUGAR! O movimento Atitude Alphaville aproveitou o agito do festival para distribuir cultura, alegria e gentileza, os pilares da campanha que busca trazer mais cidadania e ações positivas para a comunidade. Os embaixadores entregaram adesivos da campanha, além de gérberas coloridas para representar as atitudes capazes de estimular sentimentos positivos de carinho, respeito e cuidado com o próximo. As Pílulas da Alegria, com frases divertidas, também foram distribuídas, convidando os visitantes ao riso e à felicidade.

FOTOS RODRIGO SACRAMENTO

THIAGO HENRIQUE DA SILVA

Acima, sala de relacionamento by Louge Mobilier (lougemobilier. com.br). À esquerda, polenta cremosa com ragu de linguiça artesanal, uma opção do cardápio preparada pelo Ville Du Vin Bistrô, e visitantes do evento com adesivos do movimento Atitude Alphaville. Abaixo, Tritono Blues em ação

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festival gourmet

BIBI FON-FON, ELE VAI PASSAR

THIAGO HENRIQUE DA SILVA

FOTOS RODRIGO SACRAMENTO

Estreante no festival, o Buzina Food Truck acumulou uma das filas mais concorridas ao longo das nove horas de evento. Prova que a comida de rua está mesmo em alta! Seu cardápio destacou duas versões de hambúrguer: o Buzina Burger, com batata frita dentro do lanche, aioli e linguiça portuguesa, e o Truck Burger, preenchido por cebola caramelizada e queijo gruyère. “São Paulo teve um crescimento no número de eventos de gastronomia. Achei legal participar do Festival Gourmet porque a proposta era menor, com apenas 16 barracas”, disse Jorge Gonzalez, sócio do caminhão gourmet ao lado de Marcio Silva. E ele se divertiu mesmo. Conversava, sorria e brincava com a clientela ávida em frente ao veículo – que passou o evento cercado por rodinhas de conversa animadas.

Acima, a cantora Teca Maris, com o Brasil Jazz Trio, e o clima de piquenique entre amigos no gramado da festa. Ao lado, o cantor Dom Paulinho Lima desce do palco para fechar a noite entre os convidados, produtos vendidos pela Bombay e o time Spaghetti, que realiza o Festival Gourmet

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PARA TODA

A FAMÍLIA Personagens de desenhos divertem a criançada no Costão do Santinho Resort, Golf & Spa em julho, enquanto os pais acompanham a Copa do Mundo via megatelão

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braçado pela exuberância verde da Mata Atlântica e a imensidão azul do mar, a bela paisagem é apenas um dos motivos que facilmente justificam uma viagem ao Costão do Santinho Resort, Golf & Spa, em Florianópolis (SC), eleito sete vezes o Melhor Resort de Praia do Brasil. Somado ao cenário paradisíaco, há boa comida,

Ao pé do Morro das Aranhas, o Costão do Santinho Resort, Golf & Spa conversa com o mar, bem ali de frente

esportes, conforto e muita paz. Sim, enquanto os adultos aproveitam piscinas aquecidas, tratamentos relaxantes do Costão SPA e telão com as emoções da Copa do Mundo, a garotada também tem diversão garantida com os personagens do Cartoon Network, que desembarcam por lá no período das férias de inverno, especialmente para distrair os mais novos (e tranquilizar os mais velhos!).

Direto da telinha, Scooby-Doo, Florzinha e Ben 10 alegram os pequenos hóspedes durante a pausa escolar, entre os dias 28 de junho e 27 de julho, além de muitas brincadeiras temáticas, sempre sob os olhares cuidadosos dos monitores da equipe de Esporte e Lazer do resort, treinada para atender a todas as faixas de idade. Para os menorzinhos, por exemplo, uma das atrações será o “Resgate da Flor-

FOTOS: DIVULGAÇÃO

por Rafaela Marques

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zinha”. Já os mais crescidos vão se aventurar pelos “Mistérios com Scooby-Doo” e “Aventuras com Ben 10”. A magia dos personagens também estará na decoração, especialmente na brinquedoteca, onde a sensação será a de estar dentro de um desenho. Ainda na esteira do universo animado, o período de férias apresentará outra novidade. Trata-se do Cine Costão, com filmes e animações

do Cartoon Network. As sessões serão divididas por faixa etária: a turminha até seis anos tem apresentações programadas após o almoço. e os maiores ganham exibições no fim das tardes. Brincadeiras de criança à parte, os adultos também têm muito o que fazer no inverno do Costão do Santinho. Enquanto os pequeninos mergulham no universo animado, os pais podem acompanhar

a Copa do Mundo em um megatelão, onde serão transmitidos todos os jogos do Mundial, que acontece até 13 de julho. Quem não quiser a agitação entre os torcedores, pode desfrutar das piscinas, que, aquecidas, convidam a um mergulho, descontração ou descanso. Relaxar, aliás, é uma das especialidades do lugar, que oferece sessões diárias de alongamento, academia de ginástica, caminhadas eco-

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lógicas, surfe, arvorismo, paintball e sessões de mergulho. O Costão SPA traz um variado menu de massagens e tratamentos. E, por falar em cardápio, a gastronomia do resort promete agradar a gregos e troianos. São cinco restaurantes que transitam pelas cozinhas internacionais francesa, italiana e japonesa, além de servir pratos da culinária local, rica em frutos do mar e, claro, churrasco. A lista de motivos para passar as férias de inverno no Costão do Santinho tem mais atrações: cassino, boate, peças de teatro e shows de humor. O valor? Durante as férias escolares, sete noites – por pessoa – em apartamento superior saem por R$ 3.020,00. EVENTOS TEMÁTICOS Adeptos das quadras de tênis, aficionados por dança e fãs da cultura japonesa terão semanas especiais no Costão do Santinho. Nas férias de julho, o resort programou três eventos temáticos. Agendada para os dias 6 a 13 e 13 a 20 de julho, a Clínica de Tênis traz treinadores de peso para ensinar o esporte aos hóspedes. As aulas serão comandadas por Glauco Pereira e Carla Tiene, na primeira

A natureza exuberante do entorno e o conforto do resort convidam para dias de pleno descanso

semana, e Marcos Daniel na última. O valor de sete noites – por pessoa – em apartamento superior participante é de R$ 4.906,00. Quem gosta de dançar até perder o fôlego pode aproveitar o Baila Costão, de 24 a 27 de julho. As aulas correm sob a chancela de Jaime Arôxa, Rodrigo Scherer, Gabriel Consoli e os tricampeões mundiais de dança country Bel e Euler Consoli. Tango, forró, zouk, samba e bolero também estão na programação. O pacote de três noites – por pessoa – em apartamento superior custa R$ 1.522,50. Já o tradicional Costão Matsuri, que completa dez anos neste ano, apresenta show do

Derico, do Sexteto do Jô, e acontece de 16 a 20 de julho, junto com um festival de tênis de mesa com Hugo Hoyama, shows, oficinas, dança e, claro, gastronomia japonesa. O valor referente ao período de três noites – por pessoa – em apartamento superior é de R$ 1.523,00. Ufa! Agora é só fazer a reserva...

Estr. Vereador Onildo Lemos, 2.505 Florianópolis – SC – 0800-48-1000 costao.com.br

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Portfólio educação

O segundo semestre está chegando, hora de escolher onde estudar ou dar um upgrade na formação. Nas próximas páginas, conheça algumas instituições de ensino da região

Alpha Strong FUNDAÇÃO

1996

NA REGIÃO

há 8 anos

CURSOS

pós-graduação e MBA

ENDEREÇO

Al. Tocantins, 125 Ed. 2 (anexo e 10º andar) Ed. Westgate Alphaville

TELEFONE SITE

(11)3711-1000 strong.com.br/ fgvalphaville

Red Balloon FUNDAÇÃO

1969

NA REGIÃO

há 12 anos

IDIOMA

inglês

PÚBLICO

crianças e adolescentes

ENDEREÇO

Al. Amazonas, 560 – Alphaville

TELEFONE SITE

(11)4193-1053 redballoon. com.br

Fundada em 1996 como uma das primeiras conveniadas da FGV no Brasil, a Strong conta com cinco unidades na Grande São Paulo e na Baixada Santista, sendo uma delas em Alphaville, aberta em 2006. Oferece cursos de pós-graduação em Administração de Empresas e de MBA, nas áreas de Gestão Empresarial, Finanças, Projetos, TI, Pessoas, Marketing e Logística. Suas dez salas de aula têm infraestrutura multimídia e capacidade para 45 alunos cada uma. O local tem ainda auditório, biblioteca e espaço de convivência.

A escola de inglês especializada no ensino de crianças e adolescentes tem como diferencial a carga horária ao todo, são seis horas por semana dedicadas à aprendizagem do idioma. Os alunos passam quatro delas em aulas formais, e as duas restantes, em atividades práticas e técnicas de teatro – tudo incluso na mensalidade, para ajudar na fluência do idioma. Aos 15 anos os estudantes estão aptos a prestar o First Certificate in English (FCE), certificado de nível intermediário superior da University of Cambridge. Um ano depois, podem fazer o Cambridge English Advanced (CAE), como prova de alto desempenho. A unidade de Alphaville oferece 19 salas de aula, além das de vídeo, artes, brinquedos e computadores.

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Cultura Inglesa com ensaios ao longo do ano e apresentações de, no máximo, 35 minutos no Teatro Cultura Inglesa Pinheiros, todo mês de junho), coral de música pop (os participantes cantam os maiores sucessos de bandas inglesas, como Coldplay, Rolling Stones e Oasis), grupos de leitura, festival de bandas e artistas solo, eventos culturais e o ESU Competition (uma competição anual de oratória em que os alunos apresentam um discurso em inglês sobre um tema específico, abordando temas de natureza socioeconômica com impacto global). Em Alphaville, a estrutura da unidade atende às exigências do mercado e vai além, tem oito salas de aula com ar condicionado e quadro interativo (equipamento capaz de modificar textos, projetar imagens, interagir com internet e outros ambientes), laboratório multimídia, acesso Wi-Fi nos espaços da escola, acervo de livros para empréstimos e cantina. A marca atualmente é a maior rede de escolas não franqueadas do país. Conta com 31 unidades no estado de São Paulo e quatro em Santa Catarina, com mais de 65 mil alunos e 400 professores no corpo docente.

FUNDAÇÃO

1935

NA REGIÃO

há 9 anos

IDIOMA

inglês

PÚBLICO

crianças, adolescentes e adultos

ENDEREÇO

Calç. Procion, 8 Centro de Apoio 2 – Alphaville

TELEFONE

(11)4153-9143

SITE

culturainglesasp.com.br

IMAGENS DIVULGAÇÃO

Com 79 anos de existência, a Cultura Inglesa é uma escola de tradição. Os professores – são mais de 30 unidades pelo Brasil – passam por um rigoroso processo de treinamento continuado, participando de cursos, congressos, e sendo estimulados para obter certificações de instituições estrangeiras e de metodologia aplicada ao ensino de inglês (que abrange leitura, conversação, redação e atividades culturais). “Os alunos aprendem a se comunicar espontaneamente, sem serem forçados a repetir de forma mecânica ou a decorar estruturas gramaticais. Nossa abordagem os prepara para serem cada vez mais independentes da mera tradução da língua portuguesa”, explica Renato Morato, gerente da unidade Alphaville. Além das aulas, a escola aposta em atividades complementares, que já estão inclusas na mensalidade. Entre elas, o e-Campus (um website para a prática do idioma na internet, com mais de 3.700 atividades disponíveis), grupos de teatro para jovens e adultos (e o Drama Festival,

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portfólio educação

St. George’s

School encanta centenas de moradores que dizem que estudar lá é uma experiência de ensino única, prazerosa e culturalmente interessante. Atendimento de qualidade para a St. George’s é realmente estar comprometido com o aprendizado e a melhor formação dos seus alunos."Diferentemente das grandes redes nacionais, em que o aluno é mais um, o compromisso com os estudantes é verdadeiro e personalizado", afirma Thiago Contador, diretor da escola. Com uma equipe pedagógica exclusiva e superqualificada, damos todo o apoio de que o aluno necessita, sem se limitar à sala de aula. "Toda essa combinação coloca a St. George’s em um patamar único, revolucionando o setor de escolas de idiomas do pais", diz Thiago.

FUNDAÇÃO

2013

NA REGIÃO

há oito meses

IDIOMA

inglês

PÚBLICO

infantil e adulto

ENDEREÇO

Al. Araguaia 661 – Alphaville

TELEFONE

(11)4382-9270 / (11)4382-9271

SITE

stgeorgeschool.com.br

IMAGENS DIVULGAÇÃO

Aprender inglês em uma escola de primeiro mundo sem sair de Alphaville é a proposta da St. George’s School, que traz na bagagem 800 anos de excelência em ensino por meio da parceria com a Cambridge University Press. A instituição inglesa acumula 88 prêmios Nobel e alunos ilustres como Isaac Newton, Charles Darwin e John Harvard. A St. George's oferece cursos de inglês para adultos e crianças a partir dos 11 anos de idade. Excelência máxima em ensino, atendimento personalizado e uma estrutura nunca vista no Brasil é o que a escola oferece. Em seu prédio moderno e superequipado localizado na área central do bairro, além das salas com lousas digitais, há biblioteca, laboratório, cafeteria e estacionamento com manobristas. Recém-inaugurada, em outubro de 2013, a escola já

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Escola Morumbi A escola, de 45 anos, tem três unidades: Jardins e Jardim Europa, em São Paulo, e no Tamboré, criada graças à procura de pais que haviam sido alunos na capital. “Muitos, ao constituírem família, mudaram-se para Alphaville e sentiam falta do nosso método de ensino”, conta Dona Janet, proprietária da escola. O sistema de ensino é próprio, fundamentado em teóricos da educação e desenvolvido por pesquisadores do comportamento humano, aliado a técnicas e estratégias didáticas facilitadas por recursos tecnológicos de última geração. Além da metodologia, outro ponto forte da escola é o contato com os familiares dos alunos, seja nos encontros semestrais em que os trabalhos dos filhos são apresentados, seja em entrevistas particulares realizadas com professores e orientadores, destinadas a manter os pais atualizados.

NOME

Escola Morumbi

FUNDAÇÃO

1969

NA REGIÃO

há 12 anos

ENSINO

berçário, educação infantil, ensino fundamental I e II e ensino médio

ATIVIDADES

aulas de reforço, teatro, teatro das mães, inglês, espanhol, artes plásticas, informática, música, xadrez, fanfarra, estudo do meio, trabalho fonoaudiológico preventivo, educação física, educação do movimento, capoeira, cursinho pré-vestibular e orientação vocacional individualizada

INCLUÍDAS

ENDEREÇO

Al. América, 710 – Tamboré (11)2666-2888

SITE

escolamorumbi.com.br

IMAGENS DIVULGAÇÃO

TELEFONE

Colégio

Rio Branco Tradicional – em 2014 completa 68 anos –, o colégio formou renomados artistas, jornalistas, políticos, empresários, esportistas e importantes personalidades do cenário nacional. A unidade da Granja Viana tem uma grande estrutura, piscina semiolímpica aquecida, pista de atletismo, campo de futebol, ginásio de esportes, bosque e auditório com capacidade para 500 pessoas. Tem programas preparatórios para o vestibular desde o ensino fundamental, como as aulas de aprofundamento, que são focadas na discussão de temas relevantes. Tem também simulados mensais com questões dos principais vestibulares e Enem, a partir do 2º ano do ensino médio, além do Pré-vest, cursinho pré-vestibular, opcional, em parceria com Intergraus.

FUNDAÇÃO

1946

NA REGIÃO

há 28 anos

ENSINO

infantil, fundamental e médio

ATIVIDADES

Futebol, escola de esportes, ginástica

INCLUÍDAS

olímpica, basquetebol, voleibol, handebol, futsal, coral, teatro, xadrez, audiovisual e comunicação, robótica, artes, módulos eletivos optativos (curso de programação), aulas de aprofundamento, programa de estudos avançados.

ENDEREÇO

Rod. Raposo Tavares, 7.200 (km 24) – Cotia

TELEFONE

(11)4613-8579/ 8580

SITE

crb.g12.br

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portfólio educação

Colégio

Objetivo segura no ambiente escolar e no relacionamento com os educadores. Já a meta do ensino fundamental é a formação integral do educando. A metodologia aplicada nessa fase é a da aprendizagem por meio de diversas atividades educacionais, com aulas teóricas e práticas e a utilização de recursos tecnológicos. No ensino médio o foco é preparar os alunos para o Enem e os vestibulares. Para tanto, programação avançada, tecnologia de ponta, plantões de dúvida, orientação profissional e exames simulados são alguns dos recursos oferecidos. O Objetivo conta ainda com programas de atividades extracurriculares durante todo o ano letivo. Entre eles, os cursos especiais (de astronomia, astronáutica, fisica, quimica, biologia, entre outros) para as Olimpíadas Cientificas. Recentemente, pensando em aprimorar o conhecimento dos seus aluno na língua inglesa, fechou parceria com a Cel Lep.

FUNDAÇÃO

1965

NA REGIÃO

há 26 anos

ENSINO

infantil, fundamental e médio

ATIVIDADES

cursos para Olimpíadas

INCLUÍDAS

Científicas, aulas sobre temas da atualidade, exames simulados, laboratório de redação, plantão de dúvidas, programação avançada, programa Objetivo de Incentivo ao talento e música

ENDEREÇO

Av. Yojiro Takaoka, 3.500 Alphaville

TELEFONE

(11)4152-8812 / 4152-8813

SITE

objetivo.br

IMAGENS DIVULGAÇÃO

Linguística, raciocínio lógico e matemático, iniciação científica, consciência do meio ambiente, visão histórica, experiência artística, formação ética e construção da cidadania, domínio de recursos tecnológicos. Para formar um aluno completo, são esses os ideais que alimentam a proposta educacional do Colégio Objetivo. Em Alphaville desde 1988, a escola chegou ao bairro pela demanda de moradores por uma unidade local. “Fomos procurados por pais que sabiam da atuação do colégio em São Paulo. Isso, para mim, é algo inesquecível”, diz o diretor-geral do Grupo UNIP-Objetivo, Jorge Brihy. Compreensível. A razão maior era a credibilidade que a instituição já havia alcançado. Ao longo de quase meio século de experiência pedagógica, o colégio desenvolveu um processo de ensino que estimula a criatividade. Na educação infantil, por exemplo, o trabalho busca que a criança se sinta autoconfiante,

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Universidade

Paulista

Um dos exemplos é a brinquedoteca, que atende, em média, 40 crianças por ano e faz orientação e acompanhamento de estudos, identifica defasagens (idade/série), resgata a autoestima e a confiança, além de direcionar aos pais os procedimentos a serem seguidos com os filhos. Na instituição, também prestam serviços gratuitos o Escritório de Assistência Jurídica (EAJ); Centro de Psicologia Aplicada (CPA); Clínica de Fisioterapia; Avaliação Nutricional; e Clínica de Enfermagem. O método de seleção para entrar na universidade é por meio de processo seletivo – prova tradicional ou por agendamento – ENEM ou portadores de diploma de nível superior (modalidade de processo seletivo destinada a alunos com diploma). Disponibiliza programas de crédito estudantil e bolsa, como FIES, PROUNI e Escola da Família.

FUNDAÇÃO

1988

NA REGIÃO

há 22 anos

CURSO

graduação (tradicional e tecnológica) e pós-graduação

ENDEREÇO

Av. Yojiro Takaoka, 3.500 Alphaville

TELEFONE

(11)4152-8888 e 0800 010 9000

SITE

unip.br

IMAGENS DIVULGAÇÃO

Com 27 unidades no Brasil – em São Paulo, Goiânia, Brasília e Manaus –, a UNIP é uma das maiores instituições de ensino superior do país. Inaugurado em 1992, o Campus da UNIP Alphaville começou com 483 estudantes nos cursos de Administração de Empresas, Análise de Sistemas e Propaganda e Marketing. Hoje são mais de 11 mil alunos, distribuídos em mais de 50 cursos superiores de graduação – tradicionais e tecnológicos, presenciais e à distância, nas áreas de ciências humanas, sociais, exatas e saúde – e pós-graduação. Sua infraestrutura inclui um teatro com capacidade para 500 pessoas, três quadras poliesportivas e laboratórios de arquitetura, informática, estúdio de rádio, fotografia, vídeo, entre outros. A universidade também é conhecida por ser uma grande parceira da comunidade, já que disponibiliza diversos serviços gratuitos, executados pelos alunos, sob orientação de seus coordenadores e professores.

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roteiro imobiliário

Em baixa, que nada! O setor imobiliário de Alphaville e região continua é promissor. Qualidade e custobenefício dos empreendimentos, entre outros motivos, são fortes atrativos para residenciais e corporativos por Gabriela Ribeiro

O

trânsito pode até ter atrapalhado um pouco, mas não afastou os investidores do mercado imobiliário de Alphaville e região. De acordo com um estudo recém-divulgado, feito pela Lopes Inteligência de Mercado, entre janeiro de 2011 e abril de 2014 foram lançados 40 empreendimentos residenciais (em Barueri e Santana de Parnaíba), totalizando exatos 10.572 apartamentos com preço médio de lançamento de R$ 4.510 por m². “O mercado imobiliário está em constante crescimento, a demanda sempre existe. Nos últimos anos, foram lançados produtos de todos os tipos, de um a quatro dormitórios – todos bastante procurados”, diz Paulo Pinheiro, sócio-diretor da Lopes. Motivos não faltam para atrair novos moradores: o parque empresarial oferece vasta oferta de empregos, há grandes shoppings, opções de entretenimento, boas escolas, faculdades e universidades, hospitais e supermercados. E claro, toda essa infraestrutura em uma localização privilegiada e de fácil acesso – além de ser uma das menores alíquotas de ISS do estado, o que seduz os empresários a estabelecerem negócios por aqui. A ocupação também se mantém aquecida porque as empresas já instaladas em Alphaville muitas vezes mudam de endereço den-

tro da própria região. Resumindo, o setor imobiliário de Alphaville e Tamboré continua promissor. Segundo Paulo Casoni, gerente de negócios da consultoria de investimentos e serviços imobiliários Jones Lang LaSalle (JLL), Alphaville tem à disposição empreendimentos de alta qualidade. A consultoria afirma, por exemplo, que os espaços para escritórios no bairro são mais eficientes do ponto de vista técnico, capazes de atender à demanda de grandes corporações a preços muito atraentes quando comparados aos das demais regiões corporativas de São Paulo. Vale ressaltar ainda a relação custo-benefício, lembra Claudio Landsberg, diretor comercial da MPD Empreendimentos. “O preço dos imóveis daqui está cerca de 30% abaixo do valor dos imóveis da capital na mesma categoria. Temos ainda a indiscutível qualidade de vida que Alphaville oferece”, diz. Uma curiosidade: em 2012 a região registrou a terceira maior absorção entre as 12 áreas corporativas monitoradas pela JLL em São Paulo – alcançando a marca de 59.662 m² ocupados; em 2013, registrou 49.061 m², ficando na quarta posição. Mesmo diante desse cenário, Renato Ishikawa, presidente da CNL Empreendimentos Imobiliários, acredita que o mercado está agindo de forma mais cautelosa. “O número de empreendimentos na região para fim comercial cresceu bastante, fa-

Entre 2011 e 2014, o bairro teve 40 empreendimentos residenciais lançados (um total de 10.572 apartamentos). Já na área corporativa, em 2012 a região alcançou a marca de 59.662 m2 ocupados. Na foto abaixo, prédios com vista para a Reserva Ecológica do Tamboré

zendo com que a oferta ultrapassasse a procura”, afirma. Por isso, para reduzir os riscos, o empresário apostou no mercado residencial. “Agimos com os pés no chão e lançamos o Life Park, focado em famílias menores e casais iniciando a vida agora”, explica Ishikawa. A JLLS concorda que a oferta ultrapassou a procura, mas diz que a situação não perdura por muito tempo. “O grande volume de estoque de escritórios, naturalmente, levará um tempo até ser absorvido pelo mercado. Porém, como o ritmo de ocupação se mantém forte e a previsão de entrega para os próximos anos não é grande, a tendência é que a vacância (volume de imóveis disponíveis) diminua”, diz o gerente de negócios da empresa. Landsberg também aposta nesse quadro positivo: “Preferimos pensar em médio e longo prazo. Neste ano ainda faremos três novos lançamentos de produtos diferenciados”. Portanto, para quem pretende trazer sua empresa para cá, expandir seu escritório ou simplesmente mudar de endereço, este pode ser o momento ideal. “Frente ao grande volume de oferta disponível, os proprietários tendem a ser mais flexíveis nas negociações. Isso não durará para sempre”, garante o gerente de negócios da Jones Lang LaSalle. A seguir, confira opções de imóveis residenciais e corporativos da região, além de ofertas no interior e em Miami.

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ALPHAVILLE E REGIÃO | RESIDENCIAL

roteiro imobiliário

Alpha Park Site alphasquare.com.br/alphapark Incorporação Odebrecht Realizações Imobiliárias Localização Av. Sagitário, 138 – Alphaville Vendas Lopes e Fernandez Mera Informações (11)4199-5700 Opções de metragem de 50 m² a 190 m² Dormitórios 1, 2, 3 e 4 Data de entrega julho/2013 Projeto de arquitetura Pablo Slemenson Projeto paisagístico Marcelo Novaes Projeto de decoração Débora Aguiar Total de unidades 556 Número de torres 5 Pavimentos 27 na Torre Central Park Elevadores 21

Boulevard Tamboré Site boulevardtambore.com.br Incorporação MPD e Tamboré Empreendimentos e Participações Localização Al. Cores da Mata, 10 – Tamboré Vendas Fernandez Mera, Lopes e Top Brokers Informações (11)4152-3333 Opções de metragens 136 m², 168 m² e 224 m² Dormitórios 2, 3 e 4 suítes Data de entrega fevereiro/2017 (1ª fase) e fevereiro/2018 (2ª fase) Projeto de arquitetura Roberto Candusso Arquitetos Associados Projeto paisagístico Benedito Abbud Arquitetura Paisagística Projeto de decoração Camila Klein Arquitetura e Interiores Total de unidades 360 Número de torres 6 Pavimentos térreo + 14 Elevadores 5 (Torre A) 3 (Torres B, C, D, E e F)

Life Park Site cnl.com.br/lifepark Incorporação CNL Emprendimentos Imobiliários Localização Av. Andrômeda, 2.000 – Green Valley Vendas Fernandez Mera Informações (11)4134-3333 Opções de metragens 62 m² e 73 m² Dormitórios 2 e 3 Data de entrega maio/2017 Projeto de arquitetura Rubio & Luongo Arquitetura Projeto paisagístico Martha Gavião Arquitetos Associados Projeto de decoração Ana Andrade Total de unidades 346 Número de torres 2 Pavimentos 26 (Torre A) e 23 (Torre B) Elevadores 8

Present Alphaville Site presentalphaville.com.br Incorporação MPD e Tamboré Empreendimentos e Participações Localização Av. Ômega, 171 – Alphaville Vendas Fernandez Mera, Lopes e Top Brokers Informações (11)4195-6080 Opções de metragem 85 m² e 112 m² Dormitórios 1,2 e 3 suítes Projeto de arquitetura Reinaldo Pestana Arquitetura e Urbanismo Projeto paisagístico Luciana Moraes Paisagismo Projeto de decoração Claudia Albertini & Chris Silveira Arquitetos Número de torres 1 Pavimentos 20 Elevadores 4

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roteiro imobiliário

ALPHAVILLE E REGIÃO | RESIDENCIAL

Reserva Alphasítio Site reservaalphasitio.com.br Incorporação MPD Engenharia Localização Av. Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 1.001, esquina com Av. dos Parques – Tamboré Vendas Fernandez Mera, Lopes e Top Brokers Informações (11)4152-3470 Opções de metragem 72 m², 96 m² e 116 m² Dormitórios 2 (1 suíte), 3 (1 suíte) e 3 suítes Data de entrega primeiro semestre de 2015 Projeto de arquitetura Roberto Candusso Arquitetos Associados Projeto paisagístico Benedito Abbud Projeto de decoração Ana Weilenmann Número de torres 2 Pavimentos 15 Elevadores 3

Rossi Mais Parque da lagoa Site rossiresidencial.com.br/parquedalagoa Incorporação Rossi Localização R. Campos Sales com a Estr. dos Romeiros Vendas Lopes, Habitcasa e Rossi Informações (11)4003-0980 Opções de metragem 60 m² e 71 m² Dormitórios 2 e 3 (1 suíte) Data de entrega junho/2017 Projeto de arquitetura Adesa Arquitetura Projeto paisagístico HUS Arquitetura, Urbanismo& Desenho da Paisagem Projeto de decoração Vanessa Féres Total de unidades 495 Número de torres 3 Pavimentos térreo + 20 Elevadores 3 por torre

Site grandbourbon.com.br Incorporação Goincorp Empreendimentos Imobiliários Localização Av. Andrômeda, 655 – Alphaville Vendas Abyara, Lopes e imobiliárias locais Administração hoteleira Bourbon Hotéis e Resorts Informações (11)4166-5555 Opções de metragens de 23,55 m² a 59,35 m² Data de entrega dezembro/2016 Projeto de arquitetura Formo Arquitetura e Design Projeto de decoração Regina Ulhôa Canto Total de unidades 461 Número de torres 1 Pavimentos 36 Elevadores 10

CORPORATIVO, COMERCIAL, RESIDENCIAL E HOTEL

ALPHAVILLE E REGIÃO | MIXED-USE

ALPHAVILLE E REGIÃO | HOTELEIRO

Grand Bourbon Alphaville

Complexo Madeira Site complexomadeiraalphaville.com.br Incorporação Alphapar e Tivoli Localização Al. Madeira Vendas CIA e Abyara Informações (11)4191-3337 Opções de metragens salas a partir de 45 m², lajes de 900 m², apartamentos de 26 m² e 52 m² Data de entrega 2014 Projeto arquitetônico Ricardo Julião Projeto paisagístico Benedito Abbud Total de unidades 674 Número de torres 2 integradas (1 vertical e 1 horizontal) Pavimentos 26 andares + 3 subsolos Elevadores 15 + 2 escadas rolantes

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CORPORATIVO, COMERCIAL, RESIDENCIAL E HOTEL

ALPHAVILLE E REGIÃO | MIXED-USE

roteiro imobiliário

Duetto Absolutto Site duettoalphaville.com.br Incorporação CNA Spitaletti e Módena Localização Av. Andrômeda, 615 – Green Valley Vendas Alpha Prime e Lopes Informações (11)2424-5481 / 0800 038 4088 Opções de metragens de 27 m² a 35 m² (flats) e de 26 a 182 m² (módulos corporativos) Dormitórios 1 (flat) Data de entrega março/2017 Projeto de arquitetura Kartal Arquitetura Projeto de decoração Suzana Mesa Total de unidades 627 Número de torres 1 Pavimentos 41 Elevadores 12

Link Studios & Offices Site linkmpd.com.br Incorporação MPD Engenharia Localização Av. Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, altura do nº 1.001, esquina com Av. dos Parques – Santana de Parnaíba Vendas Fernandez Mera, Lopes e TOP Brokers Informações (11)2424-8696 Opções de metragens 45 m² e 58 m² (studios) e 30 m² a 480 m² (offices) Data de entrega fevereiro/2016 Projeto de arquitetura JL Serviços de Arquitetura Projeto paisagístico Mera Arquitetura Paisagística Projeto de decoração AR Ana Rita Arquitetura Total de unidades 371 Número de torres 3 Pavimentos 18

MIAMI

INTERIOR DE SÃO PAULO | RESIDENCIAL

Elevadores 4 (studios) e 4 (offices)

Fazenda Alvorada Site fazendalvorada.com.br Incorporação Pentágono Empreendimentos Imobiliários Localização km 104 da Castello Branco, Sorocaba/Itu Vendas Juliana Buick Imóveis Informações (11)4013-7200 ou 7797-0096 Opções de metragem de 1.000 m² a 2.300 m² Projeto de arquitetura Alexandre Chaguri Total de unidades 350 lotes (opções de terrenos e casas prontas variadas)

Muse Condo Boutique Site cibazuazu.com Incorporação Property Markets Group Localização Sunny Isles – Miami Beach Vendas S2 Development Informações (11)3181-4251 (BR) e +1 786 246-0972 (USA) Opções de metragem de 219 m² a 538 m² Dormitórios 2, 3, 4 e 5 Data de entrega 2017 Projeto de arquitetura Sieger Suarez Architectural Projeto paisagístico Carlos Ott Projeto de decoração By Antrobus + Ramirez Total de unidades 68 Número de torres 1 Pavimentos 49 Elevadores 2 (social) e 1 (serviço)

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Certas coisas sĂŁo muito importantes... Alarmes Monitoramento 24 horas CircuĂ­to fechado de TV

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RUBENS FAMÁ por Gabriela Ribeiro foto Rodrigo Sacramento

O professor de administração e contabilidade de 76 anos mora em Alphaville há 12. Apaixonado pelo que faz, deu aula na USP até se aposentar, há seis anos, e continua lecionando na PUC de São Paulo. Publicou cinco livros, participou de mais de 160 bancas examinadoras e, em maio, recebeu uma homenagem da Revista Contabilidade & Finanças, da USP, por ter sido o quarto autor mais citado nos últimos 25 anos em obras de terceiros.

Assim que Rubens pisa na rua é praticamente certo. Vai ouvir em algum momento uma exclamação entusiasmada chamando sua atenção. “Meeestre!”, dizem seus alunos, não importa se o encontro acontece aqui no bairro, no meio de São Paulo ou até no litoral norte, aonde vai sempre com a família. “Eles gostam de mim e eu gosto deles. O tempo que passamos juntos é sempre agradável", diz o professor doutor de administração. Aos 76 anos, ele não pensa em parar. “Me alegra muito ensinar. Enquanto me aceitarem, estarei na universidade.” Aos incontáveis pupilos, dois filhos e um enteado, Rubão, como é chamado carinhosamente, dá o exemplo na prática de sua grande lição: ter paixão por aquilo que se faz. “O que mais tenho orgulho é da minha carreira." Pudera. Além de décadas como executivo e 41 anos em sala de aula, são cinco livros publicados e inúmeras homenagens recebidas. Mas dentro de casa sua paixão tem outro nome: Bianca (9) e Lucca (6), os netinhos, com quem faz questão de falar todos os dias e estar sempre por perto. Nessas horas, o professor sai de cena, e o vovô coruja se derrete. 132 | VERO | JUNHO | 2014

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