Revista VERO | Nov/2014

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EDITORIAL VERO DIRETOR

- *. " *55$ b ( - *.Ŷ1 -*X *(X - GERENTE * -/ 0-' ) b -* -/ !0-' )Ŷ1 -*X *(X - EDITOR EXECUTIVO #$ * 3 b #$ *( 3Ŷ1 -*X *(X EDITORA # µ. )/Iŷ) b /# $.Ŷ1 -*X *(X REPORTAGEM -$ ' $ $-* b - +*-/ " (Ŷ1 -*X *(X - COLUNISTAS Bob Wollhein, Carlos Julio, Flávio Gikovate, Julio Lamas, Luis Felipe Pondé, Mário Sérgio Cortella e Xico Sá

De dentro pra fora AS CIDADES e a vida urbana estão mais em voga do que nunca. Com o fim da disputa eleitoral, todos nós estamos ansiosos para saber sobre as medidas que serão tomadas para garantir o futuro da nação, mas não sem esquecer as nossas cidades. É como diz o ditado: “Educação começa em casa”. Por isso, a VERO está fazendo o dever de casa. Para garantir que a mudança será de dentro para fora, nada melhor do que abordar as alterações profundas pelas quais nossa cidade deve passar nos próximos meses. A implantação de um plano cicloviário com mais de 56 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas é uma delas. E ela está estampada, mais uma vez, nas

páginas da revista. Na página 24, você confere uma matéria feita pelo jornalista Alexandre Finelli sobre as mudanças que as bicicletas já promoveram na vida das pessoas ao redor do mundo – e também aqui no Brasil. Já na página 72 está a entrevista com o secretário de Planejamento e Urbanismo de Barueri, José Eduardo Hyppolito, sobre o plano que quer interligar todos os bairros da cidade por meio das bikes. E, como dissemos que a mudança deve começar dentro do nosso próprio jardim, também estamos mudados – em um novo endereço. Veja todos os detalhes da nossa nova casa, o OrgâniCo Creative Coworking, na página 34!

Entenda os 3 cadernos: caderno neurônio VERo

Entrevistas exclusivas e matérias relacionadas a temas relevantes como ética, comportamento, empreendedorismo e urbanidades, além de colunistas de peso

CIDADES | ATITUDE COMPORTAMENTO | PERSONA ÉTICA EMPREENDEDORISMO

COLABORADORES DE TEXTO Alexandre Finelli, Camila do Bem, Jacyara Azevedo, Juliana Duarte, Leonardo Valle e Ronaldo Bressane DESIGN Chico Max (direção), Janaína Diniz (designer) e Eduardo Prieto (assistente de arte) FOTOGRAFIA Rogerio Alonso, Thiago Henrique e Zé Gabriel REVISÃO 3GB Consulting PRODUÇÃO GRÁFICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Luiz Vasconcellos, Pupi Serra, Thiago Soler e Maria Dulce Toledo (assistente) CAMPANHA ATITUDE ALPHAVILLE Felipe Marcon e Janine Klein

GRUPO VERO

EDITORA LAGE & IVANESCIUC LAGE & IVANESCIUC COMUNICAÇÃO LAGE & IVANESCIUC SERVIÇOS Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72, Alphaville, Barueri/SP (11)4195-9666 - +*-/ " (Ŷ1 -*X *(X - )0 -$*Ŷ1 -*X *(X - vero.com.br DIRETOR DE OPERAÇÕES Walter Coscia GERENTE FINANCEIRA ŷ) -­ * -$"0 . b ) - Ŷ1 -*X *(X - DEPARTAMENTO FINANCEIRO Lilian Merçon (assistente financeira) e Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES Emanuelle Coelhas (assistente de infraestrutura) CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Log & Print 20 mil exemplares FOTO DA CAPA Zé Gabriel

caderno local vero

Aqui você poderá ficar por dentro de assuntos que têm impacto direto na região e ver roteiros exclusivos com dicas do que há de melhor na programação do mês

caderno promo vero

Um guia de consumo, serviços, saúde e promoções

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42 Aos 64 anos, a psicóloga Rosely Sayão – uma das maiores especialistas em educação infantil de São Paulo – conta que tem um objetivo único e simples: dizer aos pais "Sim, você dá conta [de educar seus filhos]"

14 Projeto espalha geladeiras velhas repletas de livros para empréstimo na cidade de Mairiporã. Não é necessário fazer cadastro nem há limite de prazo para devolução das obras

Criada há mais de 150 anos, a bicicleta está redesenhando a forma como as pessoas se deslocam nas grandes cidades

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Banco de imagens cria galeria de fotos de mulheres "reais", em atividades como levantamento de peso e trabalho braçal, a fim de mudar a percepção estereotipada delas na sociedade

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14Atitude | 18Novos Talentos | 20Atitude Educação | 22Julio Lamas | 24Bicicleta: o veículo do futuro | 30Novos Tenistas 32 34OrgâniCo | 38Bob Wollheim | 40Carlos Júlio | 42Rosely Sayão | 50 52Gikovate 54Xico Sá | 56Ética | 58Cortella | 60Pondé | 62 64Família MPD | 66Persona

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ATITUDE

#cidades #urbanismo #vizinhança

JUNTOS E MISTURADOS

Com participação coletiva, projeto transforma espaços abandonados de Porto Alegre em palcos culturais cheios de vida

“Nos alegra lembrar de uma senhora de 82 anos fazendo grafite com um artista de 20. Isso nos diz tanto sobre a vida, o aprender e o ensinar, o conviver...” Com essa cena, as empreendedoras sociais Márcia Braga e Aline Bueno ilustram o principal objetivo do Projeto Vizinhança, que, por meio da participação coletiva, busca transformar espaços ociosos de Porto Alegre em palcos de novas experiências culturais e artísticas – tornando a cidade mais humana e aproximando os vizinhos. Desde 2012, o projeto já mobilizou, em sete edições, mais de 300 artistas e aproximadamente 3.000 pessoas em atividades como oficinas de arte, música, dança, teatro, contação de histórias, apresentações teatrais, shows, exposições, piqueniques e cafés da manhã. COMO SE DEU A IDEIA DE ATIVAR ESPAÇOS OCIOSOS DA CIDADE? A ideia surgiu depois que a Márcia voltou de Barcelona, onde morou por vários anos. Lá existem equipamentos urbanos chamados de Centros Cívicos, que estão distribuídos em vários bairros da cidade. Neles acontecem uma série de atividades de cultura, lazer e ócio. Tudo é oferecido à comunidade com um custo mínimo. Esses locais acabam se convertendo em pontos de encontro da vizinhança, de todas as gerações, e foram os grandes inspiradores para nossa ação. O projeto nasceu como uma reação à situação que encontramos no retorno a Porto Alegre. O estado dos espaços públicos e o distanciamento entre as pessoas fizeram com que desejássemos muito utilizar aqueles locais.

POR QUE HÁ TANTOS ESPAÇOS PÚBLICOS ABANDONADOS? Acreditamos que o “problema” da falta de proximidade entre as pessoas está diretamente ligado às condições – quase sempre precárias – dos espaços públicos da cidade, que deveriam ser cuidados de forma a proporcionar e estimular os encontros entre a comunidade. COMO O PROJETO CRESCEU? A cada edição, mais pessoas passavam a participar do projeto, não apenas como visitantes, mas também como realizadores de atividades, dando oficinas, se apresentando e ajudando na produção dos encontros. Em cada bairro que vamos, uma nova turma se junta ao grupo, e vamos construindo uma rede linda. E aqueles que não podem participar ajudam a divulgar.

No dia 12 de novembro, a campanha Atitude Alphaville promove um encontro superespecial: os arquitetos e urbanistas Carlos Leite e Juliana Awad, autor e coautora, respectivamente, do livro Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes (Blookman), se reúnem na livraria Saraiva do Iguatemi Alphaville para a palestra “Alphaville, Tamboré e Região: um futuro urbano mais sustentável”. Para os interessados em participar, a entrada é gratuita, mas os lugares são limitados e é preciso confirmar presença pelo e-mail atitude@ vero.com.br. Após a palestra, haverá sessão de autógrafos do livro. O evento começa às 19h30.

ZÉ GABRIEL

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PALESTRA URBANA

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PINTURA NO MURO DE CASA

O playground do Edifício Granville, localizado na Alameda Itapecuru, em Alphaville, estava com a pintura da parede gasta e descascada. Foi quando o avô de duas crianças do condomínio, o artista plástico uruguaio Francisco Mazzaferro, teve uma ideia: chamou toda a garotada do prédio e orquestrou uma pintura coletiva. O resultado final, claro, foi uma grande festa. A parede recebeu uma primeira pintura de fundo, na qual o artista imprimiu seus traços. Em seguida, em um agradável piquenique, as crianças, acompanhadas de seus pais e familiares, usaram tintas para colorir os desenhos do artista. Deu tão certo que Francisco pretende expandir a proposta para outros condomínios.

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Francisco Mazzaferro chamou a criançada para pintar muro de prédio em Alphaville

LIVROS NA GELADEIRA

A cidade de Mairiporã, na região metropolitana de São Paulo, uniu o útil ao agradável. Desde setembro, a prefeitura, por meio da Secretaria da Educação, Esportes e Cultura, espalha geladeiras antigas, que não têm mais uso, repletas de livros, pela cidade. As obras encontradas dentro da Geloteca estão disponíveis para empréstimo e têm como finalidade promover a leitura e a circulação de livros entre as pessoas

PARA MELHORAR A VIDA

Em geral, a tecnologia vem para facilitar a vida. Os smartphones estão aí para provar isso. Com eles, conseguimos pagar contas, localizar endereços e realizar videochamadas com alguns “cliques”. Mas não é só isso. Alguns apps têm como objetivo tornar a vida nas cidades melhor e mais prática. Um bom exemplo é Peerby, que permite que vizinhos compartilhem seus pertences. Funciona assim: você publica seu pedido, e os usuários respondem. Sabe quando você precisa “daquela” xícara de açúcar? Talvez seu vizinho esteja disposto a doá-la.

de forma livre e gratuita! Não há necessidade de cadastro para o empréstimo de livros, nem prazos estabelecidos para a devolução deles. Além disso, as pessoas também podem fazer doações. Inicialmente, cinco geladeiras, customizadas pelos alunos da Oficina de Grafite e recheadas de livros, estão à disposição da população em locais como o terminal rodoviário e unidades de saúde.

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ALPHA ILUMINADA

Com o objetivo de fazer os moradores do bairro se sentirem em casa desde o momento em que cruzam o letreiro “Alphaville”, a loja de iluminação Lunare criou um projeto de iluminação especial para o monumento. Nele, as 12 luminárias tipo projetor – bem posicionadas e com um tom “quente” da cor amarela – dão efeito moderno e aconchegante. A parceria com a Interlight garantiu lâmpadas de LED – que têm vida útil longa, poucos custos com manutenção e não têm materiais pesados, por isso, não poluem o meio ambiente. O projeto foi concebido pelo arquiteto Gutho Galiano e teve autorização da AREA. Conhece outras iniciativas positivas, na nossa região ou em outras cidades, para deixar a vida das pessoas melhor? Indique para reportagem@vero.com.br

SANDRO ALMEIDA/FOLHA DE ALPHAVILLE

PATROCÍNIO ATITUDE ALPHAVILLE

COPATROCÍNIO

CINEMA SUSTENTÁVEL ITINERANTE

Uma van equipada com placas solares e com um conversor que transforma a energia captada do sol em elétrica. O veículo também carrega cadeiras, sistema de som e projeção, telão e até uma cabine de DJ. Assim é o CineSolar, que, desde janeiro, viaja por cidades brasileiras exibindo filmes e apresentações artísticas. Idealizado por Cynthia Alario, o projeto já levou 90 sessões de cinema para um público de mais de 13 mil pessoas. Mais: com isso, conseguiu uma economia de energia elétrica maior que 220 mil watts – o equivalente a quase 400 horas de uma geladeira ligada sem interrupções.

MAIS ANIMAIS, MENOS IMPOSTOS

Na cidade de Araquari, em Santa Catarina, quem adota um cão ou gato de rua pode ganhar de 25% a 50% de desconto na cobrança anual do IPTU. Essa foi a solução que a prefeitura encontrou para cuidar dos animais de rua e, ao mesmo tempo, conscientizar a população sobre a importância de tratar bem os bichos. A adoção é feita em parceria com a ONG Projeto Esperança Animal em Araquari (PEAA), que recolhe os animais da rua e os coloca para adoção já vacinados. A concessão do desconto foi até regulamentada por lei.

APOIO

APOIO ESPECIAL EDUCAÇÃO Escola Castanheiras Escola Morumbi Colégio Objetivo Red Balloon

Participe! Leia as matérias, cole o adesivo e seja um voluntário nas ações! Informações: atitudealphaville.com.br

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TALENTOS

#esportes #invenção #ciências

ELES SABEM O QUE QUEREM

ROGÉRIO ALONSO

EM JANEIRO do ano passado, a estudante da Escola Morumbi, Gabriela Cianciarullo, de 11 anos, começou a praticar taekwondo na American Taekwondo Association (ATA), em Alphaville. Três meses depois, ainda faixa branca, sua instrutora a incentivou a disputar o Campeonato Brasileiro. Sabe o que aconteceu? Ela ganhou em primeiro lugar nas categorias defesa e ataque. Foi segundo lugar em armas e ficou com a terceira colocação em fórmulas. Neste ano, no mesmo campeonato, também saiu vencedora. Para 2015, a garota, que deseja fazer do esporte sua profissão, já tem meta definida: ser faixa preta e vermelha.

COM APENAS 15 anos de idade, Matías Apablaza, estudante do Instituto Tecnológico del Comahue de Neuquén, na Argentina, conseguiu um feito que muito adulto nem sonha: desenvolveu um equipamento que ajuda as pessoas cegas a “enxergar” em cores. Trata-se de um dispositivo que converte a cor em sons associados, ou seja, cada cor é representada por um barulho diferente. O grande lance é que sua invenção é portátil e de baixo custo – os equipamentos já existentes no mercado eram caros e inacessíveis. A obra rendeu-lhe o primeiro lugar na edição argentina da Feira de Ciência do Google.

DIVULGAÇÃO

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Donos de talentos diferentes, três jovens têm ideias bem parecidas quando o assunto é atitude

O ESTUDANTE do Colégio Objetivo Alphaville João Lucas Reis da Silva, 14 anos, tem uma certeza sobre seu futuro: vai ser tenista! O garoto, que também adora matemática, já é um colecionador de títulos: campeão no Sulamericano de Seleções pelo Brasil e do Torneio Cosat do Chile, vicecampeão em cinco etapas da gira Sul-americana do Cosat (Peru, Equador, Paraguai e Brasil), campeão no Máster na Costa do Sauipe, além do recém-conquistado campeonato da categoria de 16 anos no Cosat de Londrina, no Paraná. Desde julho, João Lucas integra a equipe do Instituto Tênis, treina de segunda a sexta-feira e sonha em ser como seus grandes ídolos, Roger Federer e Rafael Nadal. Menino de ouro, né?!

REALIZAÇÃO

APOIO ESPECIAL

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ATITUDE EDUCAÇÃO

#literatura

#música #viagem

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Escolas e instituições de ensino da região mostram que o aprendizado pode ir muito além do quadro-negro 1c DEBATE COM O AUTOR No dia 7 de outubro, os alunos do 8º ano do Colégio Objetivo Alphaville estiveram cara a cara com Laurentino Gomes – autor do livro 1822. A atividade faz parte do programa Encontros com a Literatura, em que os alunos leem os livros propostos para depois discuti-los com os próprios escritores. A programação segue a relação de livros estudados em sala de aula e reforça a importância da leitura na formação do aluno: estimula a criatividade, amplia o conhecimento, aumenta o vocabulário, facilita a escrita e contribui para formar o repertório necessário para o desenvolvimento pessoal e do senso crítico.

do Red Balloon’s Got Talent, onde os alunos, em grupo ou individualmente, realizaram apresentações como canto, dança, teatro e até mesmo Stand up Comedy. Detalhe: todos os números foram feitos na língua inglesa, claro!

3c VIAGEM DE CAMPO Entre os dias 9 e 20 de outubro, um grupo de educadores da Escola Castanheiras – diretores, coordenadores e professores – viajou para as cidades de São Francisco, São Diego e região, nos Estados Unidos, para conhecer escolas com projetos inovadores e educadores que têm se comprometido com o estudo e a pesquisa 2c SHOW DE TALENTOS no campo do ensino e da Um palco montado no pátio, com direito a som e microfone. aprendizagem. Krause Tudo para os alunos mostrarem Center for Innovation e Universidade de Stanford o que sabem e gostam de foram algumas das fazer. Foi o que aconteceu instituições visitadas. nos dias 8 e 9 de outubro “A aprendizagem baseada para comemorar o mês das em projetos e princípios crianças na Red Balloon. A compartilhados na escola organizou a 2ª edição

comunidade foi o destaque desses encontros, que, sem dúvida nenhuma, vão trazer desdobramentos felizes ao futuro da escola”, conta Débora Vaz, diretora da Castanheiras. 4c NOVO PERÍODO INTEGRAL A partir de 2015, o período integral da Escola Morumbi será reestruturado para os alunos da Educação Infantil e Fundamental I. Os pais vão poder escolher uma grade com atividades diversas para os filhos, além das opções entre matutino e vespertino, e a quantidade de dias (de dois a cinco por semana). Para essa nova fase, foi desenvolvida uma rotina em que os alunos realizarão lição de casa, recreação dirigida, alimentação, ateliê (trabalhos de artes e culinária), toda a grade de esportes (como natação, judô, ballet, futsal, jazz e sapateado) e, ainda, o Re-Creation Happy Learning, programa de aulas de inglês em um ambiente lúdico de aprendizagem, para os pequenos de 4 e 5 anos.

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FOTOS DIVULGAÇÃO

APRENDER BRINCANDO

REALIZAÇÃO

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SER URBANO

#ciclovias #bikes #automóveis

Modais diferentes, regras iguais TENHO percebido duas tendências claras em muitas cidades da região metropolitana de São Paulo. A primeira é que há de fato mais ciclistas nas ruas, especialmente agora que as ciclovias se popularizaram. A segunda é que os novos ciclistas não entenderam que as regras do Código Nacional de Trânsito se aplicam a eles também. Como promotor de um estilo de vida sustentável, fico dividido e me sentindo um pouco como Montaigne quando escreveu “Com eles porque são muitos, contra eles porque são vários”. E são tantas infrações, desde cruzar o farol vermelho e desrespeitar a faixa de pedestres até andar na contramão ou na calçada ao lado das mesmas ciclovias. É certo que, entre os novos entusiastas da mobilidade ativa, há um misto de excitação com as ciclovias e um pouco de comemoração com esta vitória que elas representam para quem as tanto defendeu nos últimos anos. Mas também é certo que esses comportamentos não nos ajudam a defender a ideia de que elas podem ser uma solução para o caos da mobilidade entre os mais resistentes segmentos da sociedade, como os taxistas malufistas (pausa para risos). Em uma análise rasa, acredito que

isso se deve a anos de péssimos hábitos de ciclistas mais experientes e calejados, que nos tempos mais duros de militância pelas magrelas tinham que disputar espaço com os carros em alta velocidade. Esses vícios de condução persistem e de alguma forma são passados para quem pega no guidão pela primeira vez para permutar. Eu mesmo, o “senhor vamos pensar verde”, tenho que admitir que não respeitei alguns sinais. E o pior, fiz isso sabendo que, perante a lei, não emitir dióxido de carbono não me faz diferente de alguém que anda ou dirige um veículo motorizado. Esse problema de percepção, no entanto, não é incomum e tem sido alvo de diversas campanhas municipais pela segurança no trânsito. Em Ribeirão Preto, por exemplo, fiquei sabendo de um técnico da seleção brasileira de ciclismo que promove com a prefeitura um programa de educação para crianças. A ideia é corrigir o mais cedo possível esses vícios que podem resultar em mortes. E, pasmem, essa é uma cidade com atuais cinco quilômetros de ciclovia. Na Holanda, a Meca da Bikelândia, o mesmo está acontecendo. Por lá, onde 33% das viagens são feitas de bicicleta, as infrações dos ciclistas são crescentes. Em um único cruzamento

de Amsterdã, a polícia chega a aplicar cerca de 144 multas por dia nos pedalantes que passam no farol vermelho, segundo o site Bicycle Dutch. As autoridades ainda estão pensando em como desenhar intereseções para evitar infrações e acidentes. Em Nova York, outra que tem investido em espaços para bicicletas, a solução tem sido apostar na redução de velocidade para 40 km/h em todas as ruas. Se não podem corrigir os vícios dos ciclistas ou multá-los, o jeito é evitar que as eventuais colisões com veículos levem à morte em 82% dos casos. No Brasil, onde se estima que de 10% a 15% dos acidentes de trânsito fatais envolvam ciclistas, isso já ajudaria nos centros urbanos, como São Paulo, que tem um ciclista morto por semana. A cidade já tem uma cultura de bicicleta e se esforça para aumentar a infraestrutura, mas precisa preparar os futuros e atuais pedalantes para essa mudança tanto em educação quanto em segurança. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

JULIO LAMAS é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável

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REPORTAGEM

#mobilidade #ventonorosto #veículo

O veículo do futuro

Criada há mais de 150 anos, a bicicleta se transforma numa alternativa real aos congestionamentos, levando diversas cidades ao redor do mundo a investir em estruturas cicloviárias. Um gesto capaz de redesenhar a forma como as pessoas se deslocarão nos grandes centros urbanos por

Alexandre Finelli

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UM POUCO DE HISTÓRIA Engarrafamentos quilométricos, espaço restrito a veículos, praças dando lugar a estacionamentos e inúmeras propriedades demolidas para alargar ruas e colocar mais carros. O cenário descrito poderia ser de qualquer metrópole ao redor do mundo que teve crescimento demasiado de veículos, porém, a cidade em questão é hoje conhecida mundialmente como a capital do ciclismo: Amsterdã, Holanda. O país, que atualmente tem o maior número de ciclistas do mundo proporcionalmente, nem sempre foi referência em mobilidade urbana. Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a Holanda teve um crescimento econômico acelerado, seguido de um volume de

carros maior do que poderia suportar. Segundo o holandês Warner Wonk, especialista em mobilidade urbana, eram 21 pessoas mortas no trânsito a cada 100 mil habitantes nos anos 1970, um número muito parecido com os da realidade brasileira hoje. “Após a implantação de estruturas planejadas para ciclistas e pedestres, esse número se reduziu para quatro”, conta. O índice explica por que o país hoje é considerado o mais seguro do planeta para pedalar. Wonk é fundador da Ifluxo, uma empresa carioca cujo time de consultores desenvolveu ciclovias em cidades como Nova York, Bogotá, São Paulo, Rio de Janeiro e tantas outras. Em todas elas, o processo foi parecido, sendo necessário lidar com a insatisfação inicial de boa parte da população. “Em todos os projetos em que trabalhei, muitas pessoas eram contra. Mas quando a ciclorrota é bem adotada, a infraestrutura traz benefícios para todos, e as reclamações diminuem gradativamente”, conta. Na opinião do especialista, um dos maiores obstáculos para o investimento em ciclovias é a falta de diálogo. “Por isso, acredito que um planejamento participativo ajuda na execução de um projeto de mobilidade, pois o processo é facilitado desde o início, da identificação dos problemas até a implantação das soluções”, sugere. Wonk explica que não se trata de um projeto técnico, mas de algo para a sociedade, cuja participação é fundamental para que a estrutura seja bem-sucedida. “A adesão de novos ciclistas leva de três meses a um ano, porque é necessária uma mudança de comportamento de todos”, afirma.

“QUANDO A CICLORROTA É BEM ADOTADA, A INFRAESTRUTURA TRAZ BENEFÍCIOS PARA TODOS, E AS RECLAMAÇÕES DIMINUEM GRADATIVAMENTE” WARNER WONK

Warner Wonk, especialista em mobilidade urbana e fundador da Ifluxo

ARQUIVO PESSOAL

Não dá para negar: a bicicleta é a “roda” da vez. A magrela – como é carinhosamente apelidada pelos ciclistas – está obrigando cidades ao redor do mundo a repensar a forma como as pessoas se locomovem. Pela primeira vez desde a Segunda Guerra Mundial, foram vendidas mais bikes do que carros em 25 dos 27 países da União Europeia, segundo um comparativo entre a Associação de Veículos com Rodas da Europa e a Associação Europeia de Fabricantes de Carros, em 2013. No Brasil, a situação é similar. De acordo com a Associação Brasileira dos Fabricantes de Motocicletas, Ciclomotores, Motonetas, Bicicletas e Similares (Abraciclo), foram produzidas 4,6 milhões de bikes no país, além das 370 mil importadas, em 2011. No mesmo período, venderam-se 3,4 milhões de carros.

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ARQUIVO PESSOAL

ZÉ GABRIEL

Ricardo Romero, um dos organizadores do Pedal Paulista, que chega a reunir mais de 300 ciclistas em passeios por SP

Alexandre e Guilherme, sócios da Pedal Alpha, levam grupos de ciclistas para pedalar por Alphaville

ECONOMIA E SOCIABILIDADE Considerado o terceiro maior fabricante mundial de bikes desde o início desta década, o Brasil deve atingir a marca de aproximadamente 4,5 milhões de unidades vendidas até o final deste ano, aponta a Abraciclo. Embora não haja dados oficiais, a associação estima que a frota nacional de magrelas seja superior a 70 milhões. Diante desse cenário, diversos ciclistas transformaram a paixão pela bike numa oportunidade de negócio. É o caso de Alexandre Esteves, sócio da loja Pedal Alpha, inaugurada em maio deste ano, em Alphaville. “A ideia de abrir uma bike shop surgiu pela paixão por pedalar e por se tratar de um veículo que representa o futuro do transporte mundial”, garante. Em sua opinião, a demanda pelas bicicletas está aumentando em função da preocupação da população por mais bem-estar físico. Mas, além de vender bikes, acessórios e prestar serviços aos ciclistas, as bike shops de hoje exercem um papel fundamental para sua popularização: reúnem entusiastas para passeios semanais. A Pedal Alpha criou grupos de ciclistas de níveis variados para pedalar pelo bairro, fazer passeios em outras regiões e realizar workshops – uma forma bem-sucedida de juntar quem tem uma paixão em comum para se conhecer, se divertir e trocar experiências.

Outro grupo que se destaca pelos encontros é o Pedal Paulista, em São Paulo. Um passeio de nível moderado costuma juntar cerca de 300 ciclistas. Segundo Ricardo Romero, arquiteto, sócio da Sunny Bikes e um dos organizadores, o PP nasceu para unir as pessoas. “Nosso objetivo é agregar o máximo de pessoas que gostam das mesmas coisas e que, por conta de morar numa cidade como São Paulo, não têm oportunidades de fazer novos amigos”, explica. Em sua opinião, o maior trunfo do grupo é que os passeios não são voltados para obter lucro. “Aqui você só é obrigado a ter bom humor, aguentar o trajeto, respeitar as meninas do pedal e usar o capacete”, acrescenta. Para quem curte contato com a natureza, o Pedal Paulista organiza trilhas mensais em que mato e lama são os principais atrativos. “É diversão do começo ao fim. Não fazemos trajetos em locais sem cachoeira ou represa. Para nós, uma trilha onde você não pode dar um mergulho não vale a pena”, diverte-se. Durante todo o percurso, os ciclistas contam com hidratação, carros de apoio e mecânicos. Outro ponto que vale citar é que não são apenas as bicicletarias que estão lucrando com essa nova realidade. Ao contrário do que muitos pensam, imóveis e demais estabelecimentos comerciais

tornam-se mais valorizados nas regiões onde há estrutura para bicicletas. “Em Nova York, por exemplo, há dados que revelam um aumento na receita do comércio local em torno de 70%. A explicação é simples: quanto maior a acessibilidade nos bairros, maior sua valorização”, resume Wonk. DE BIKE PARA O TRABALHO Uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo com o Instituto Ibope em 2012 apontou que 65% das pessoas entrevistadas aceitariam deixar o carro em casa se o transporte público e a bicicleta fossem viáveis. O índice subiu para 81% entre as pessoas que têm curso superior. São números que comprovam que o investimento em ciclovias e ciclofaixas é não apenas um bem necessário, mas também uma possível alternativa para lidar com uma das maiores fontes de estresse das grandes cidades: os congestionamentos urbanos (confira na página 72 a entrevista com o secretário de planejamento e urbanismo de Barueri, José Eduardo Hyppolito, sobre a proposta de um plano cicloviário para a cidade). Sidnei Ber, engenheiro civil, é um claro exemplo de quem se sentiu estimulado a deixar o carro na garagem depois que as ciclovias cruzaram bairros e avenidas importantes de São Paulo. “Comecei a

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ALEXANDRE ESTEVES, PEDAL ALPHA ir para o trabalho de bike em abril. A estrutura incentivou, pois não me sentia seguro ao transitar entre carros”, conta. O percurso que faz da sua casa para o trabalho tem sete quilômetros, e para driblar o possível desconforto gerado pela transpiração, Ber optou por uma bike elétrica. “No meu escritório, não tem vestiário. Então, vou para o trabalho com o modo elétrico e volto para a casa pedalando”, explica. Antes de fazer o investimento, Ber fez testes durante seis meses com as bicicletas compartilhadas em estações de bike. “Percebi que otimizava o tempo e dava um prazer em transitar pela cidade que o carro não me proporcionava. Sem falar na sensação do vento batendo no rosto, na liberdade...”, explica. A bicicleta virou mesmo a melhor amiga daqueles que não suportam mais ficar horas parados no trânsito. Esse ganho de tempo pode ser percebido mesmo quando a distância entre a casa e o trabalho é maior. O gerente de contas Martin Shimidt reside em Alphaville, mas trabalha em São Paulo. Apesar da distância, ele pedala até o escritório pelo menos duas vezes por semana. “Tudo começou quando trabalhava numa editora na marginal Pinheiros. Como toda sexta-feira o trânsito é mais complicado e coincidia com o meu rodízio, arrisquei ir de bicicleta. Gostei tanto que agora vou toda semana.”

DE AMPARO PARA SANTIAGO DO CHILE... DE BIKE! Você teria disposição de pedalar 3.600 km em 27 dias? O empresário Márcio Piassa teve. Ao lado do amigo José Carlos Marcatto, ele saiu da cidade de Amparo, no interior de SP, e partiu para a capital chilena. Pedalando, claro. “Tudo aconteceu muito rápido. O José vinha ao meu estabelecimento várias vezes dizendo ter vontade de ir para o Chile de bike, mas não tinha com quem ir. Certa vez, eu disse que se ele quisesse mesmo, poderia fazer companhia, mas teríamos que partir em dez dias. Ele achou uma loucura, mas concordou”, relembra. Dali em diante, Márcio do Bar, como é conhecido na região, e seu amigo foram atrás de algumas empresas, a fim de conseguirem apoio e patrocínio. “Não tínhamos treinado, mal sabíamos o que levar nem como chegaríamos lá direito, mas montamos nas bikes e fomos”, diverte-se. “Enfrentamos do sol forte ao vento gelado da Cordilheira dos Andes. Dormíamos onde dava, de albergues

a quintais nas casas dos outros”, conta. Ciclista inveterado, a bike entrou em sua vida há 20 anos, quando comprou uma bicicleta antiga, uma Humber inglesa, de 1948. “Desde então, comecei a colecionar. Hoje são cerca de 120 magrelas antigas, entre nacionais, alemãs, italianas, inglesas, francesas... Tem dos anos de 1930 até 1980”, explica. Além de reunir bikes raras em sua garagem, a bicicleta é responsável por uma história de superação em especial. “Eu pesava 123 quilos. Desde que comecei a praticar mountain bike, em 2006, me apaixonei e não parei mais. Hoje peso aproximadamente 70 quilos, sou triatleta e tenho dezenas de cicloviagens no meu currículo”, comemora. Além disso, Márcio orgulha-se de ter conseguido levar tanta gente para o esporte e ter transformado o seu bar num ponto de referência e encontro entre ciclistas tão apaixonados quanto ele. ARQUIVO PESSOAL

“A IDEIA DE ABRIR UMA BIKE SHOP SURGIU PELA PAIXÃO POR PEDALAR E POR SE TRATAR DE UM VEÍCULO QUE REPRESENTA O FUTURO DO TRANSPORTE MUNDIAL”

Márcio Piassa: 3.600 km em 27 dias

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ARQUIVO PESSOAL

“TRABALHAVA NUMA EDITORA NA MARGINAL PINHEIROS. COMO TODA SEXTA-FEIRA O TRÂNSITO É MAIS COMPLICADO, ARRISQUEI IR DE BICICLETA. GOSTEI TANTO QUE AGORA VOU TODA SEMANA” MARTIN SHIMIDT, MORADOR DE ALPHAVILLE

ENTREGAS SOBRE DUAS RODAS

Martin Shimidt: mora em Alpha e trabalha em SP. De carro, leva 1h40 para fazer o trajeto de 26 km; de bike são 50 minutos

A falta de um espaço apropriado para bicicletas já rendeu a Schimidt alguns sustos. “Uma vez, na rodovia Castelo Branco, na entrada do Rodoanel, um carro veio da pista da esquerda e entrou com tudo. O susto foi tão grande que até decidi voltar para casa”, lembra. Para ele, se houvesse uma estrutura cicloviária na rodovia, muita gente utilizaria a bicicleta para trabalhar em São Paulo. Para percorrer o trajeto de 26 km de carro, ele leva 1h40. De bike, são 50 minutos. ANJOS SOBRE RODAS Quem não tem ciclovia nem um anjo da guarda tão bem disposto quanto o de Shimidt pode contatar o bike anjo, um ciclista experiente e voluntário que ajuda iniciantes a se deslocar pela cidade com mais segurança. João Paulo Amaral, coordenador da rede, conta que, pelo site bikeanjo.org, podem ser solicitados diferentes serviços. “Pela nossa plataforma, os interessados podem requisitar uma sugestão de rota, um acompanhante no trânsito, dicas de

ZÉ GABRIEL

Se trafegar pequenas distâncias entre carros gera arrepios até em ciclistas mais experientes, imagine pedalar o dia inteiro com bagageiros acoplados em sua bike, com uma mochila nas costas e em alta velocidade! Essa é a rotina do ciclocourrier, profissional que faz entregas de bike. O americano Deco Goodman, de 28 anos, está há dois anos nessa profissão, em Nova York. Mesmo em uma cidade mais preparada para ciclistas, o bike messenger, como também são conhecidos, enfrenta o desrespeito dos motoristas. “Tento ser rápido a ponto que não me percebam, ocupando os espaços vazios deixados por eles. Mas eu fico louco quando vejo motoristas colocando em risco a vida de outros ciclistas menos experientes”, desabafa. O acidente mais sério que sofreu foi quando levou uma “portada” de um motorista desatento ao sair do carro. “Levei 30 pontos pelo corpo e tive a bike danificada”, relembra. O profissional explica que, infelizmente, quem põe os ciclistas em risco são os mesmos que deveriam protegêlos. Para Goodman, a melhor forma de estabelecer um convívio pacífico entre ciclistas e motoristas é simples: “Educação deve funcionar em qualquer parte do mundo”, resume.

medidas de segurança, entre outras ações feitas por meio de nossas campanhas e workshops”, conta. Criada em São Paulo em 2010, a rede de anjos está disponível em 220 cidades por todo o país, reunindo cerca de 1.300 voluntários. Para Amaral, a importância da ciclovia e ciclofaixa é que elas trazem mais segurança e confiança para quem quer fazer parte desse mundo. “Em algumas ocasiões, o fluxo do trânsito permite essas estruturas segregadas, exclusivas para bicicletas. E, fazendo bem feita, os ciclistas aparecem”, opina. Com base nessas pesquisas e relatos, fica claro que a bicicleta está sendo cada vez mais utilizada para deslocar as pessoas no dia a dia e assumindo um papel mais relevante na questão da mobilidade urbana. Longe de ser a única solução para os congestionamentos e os altos índices de fatalidade no trânsito, mas, com isso, cresce a criação de políticas de desenvolvimento sustentável, levando a acreditar que o veículo do futuro, diferentemente do que imaginávamos, chegou faz tempo.

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ESPORTE

#tênis #incentivo #projetosocial

novos tenistas Programa de inclusão social do Alphaville Tênis Clube vai oferecer formação para 200 jovens atletas locais; inciativa privada pode contribuir destinando parte do IR Juliana Duarte

Carlos Alberto Idoeta, presidente do ATC: "Queremos formar tenistas de alto nível"

ROGÉRIO ALONSO

por

Incentivar a prática do tênis por meio de projetos sociais é coisa de país de primeiro mundo, certo? Errado! No Alphaville Tênis Clube (ATC), o projeto Tênis 2014 deve ganhar vida em breve. Só depende de incentivo da iniciativa privada. Aprovado pelo Ministério do Esporte, o programa de inclusão social vai oferecer a preparação necessária para a formação de 200 atletas locais – cem alunos do ATC e cem jovens de comunidades de Santana de Parnaíba e Barueri –, todos entre 12 a 17 anos. “Nossa meta é atender não apenas os sócios, mas também toda a comunidade. Já firmamos parcerias com as duas prefeituras para formar tenistas de alto nível aptos a disputar torneios nacionais e internacionais”, afirma Carlos Alberto Idoeta, presidente do clube. Criado em 2009, o projeto, construído com base na Lei de Incentivo ao Esporte (Lei 11.438/2006), está na fase de captação de recursos. Funciona assim: empresas e pessoas físicas podem investir parte do que pagariam em Imposto de Renda no projeto. É possível destinar 1% (pessoas jurídicas) ou até 6% (pessoas físicas) – valor que será deduzido do pagamento do IR. Segundo Idoeta, o prazo para a captação termina no dia 31 de dezembro deste ano. “Queremos angariar parceiros para desenvolver os próximos passos. Isso é um convite para que empresários da região contatem o clube. É importante ressaltar que o dinheiro não sai diretamente do bolso do investidor, mas sim do montante que ele pagaria ao governo”, explica o presidente. Toda a quantia será enviada diretamente para uma conta exclusiva do projeto (não entra no caixa do clube) e passará por auditoria do Tribunal de Contas da União e também do próprio Ministério. “O parceiro deve ter a consciência de que estará aliando a marca dele a um projeto social importante e a um clube sério, de qualidade”, afirma o presidente.

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“É MUITO GRATIFICANTE QUANDO JOVENS E CRIANÇAS CONSEGUEM TRANSFERIR A DISCIPLINA ADQUIRIDA DENTRO DA QUADRA PARA A VIDA. O ESPORTE DÁ TUDO ISSO PARA AS PESSOAS” THOMAZ BELLUCCI, QUE TREINA NO ALPHAVILLE TÊNIS CLUBE

CENÁRIO MUNDIAL

GETTY IMAGES LATAM/DIVULGAÇÃO ADIDAS

Nas grandes potências mundiais do tênis, como a Espanha, estímulos aos jovens é fundamental. No país, que tem uma das melhores infraestruturas do mundo, o esporte faz parte da grade curricular de muitas escolas. Tal cenário se repete em países como França e Estados Unidos. Dá resultado! Para se ter uma ideia, atualmente, a Espanha é nação que tem o maior número de profissionais no ranking da Associação de Tenistas Profissionais (ATP). São 12 no total, sendo que o seu grande nome, Rafael Nadal, aparece na segunda colocação (atrás apenas do sérvio Novak Djokovic).

Entre as necessidades do programa, estão a aquisição de materiais didáticos e pedagógicos, o custeio de cursos modulares de aperfeiçoamento e consultoria técnica, a contratação de novos profissionais, o financiamento de viagens e a verba para organização de torneios e para a área de recursos humanos. A iniciativa tem também, entre os objetivos, a geração de empregos, já que o ATC pretende formar uma equipe qualificada, composta por fisioterapeutas, treinadores, fisiologistas, nutricionistas, preparadores físicos e assistentes sociais. O projeto do ATC é composto por três etapas. A primeira tem por objetivo a preparação e o aperfeiçoamento dos atletas. Em seguida, os grupos passarão a participar de competições, desenvolvendo assim o espírito esportivo. Por fim, os jovens serão estimulados a fazer parte de torneios cada vez mais fortes, além de ter um acompanhamento técnico constante. DISCIPLINA PARA A VIDA Morador de Alphaville há 13 anos, o tenista Thomaz Bellucci treina no ATC e defende a criação de iniciativas como essa. “Acho excelente para

desenvolver o esporte, criar a base e ainda descobrir talentos. Espero que o ATC consiga realizar um bom trabalho”, ressalta. De acordo com ele, independentemente de querer ou não disputar campeonatos importantes, fazer algum tipo de atividade por si só já é um grande ganho. “É muito gratificante quando jovens e crianças conseguem transferir a disciplina adquirida dentro da quadra para a vida. O esporte dá tudo isso para as pessoas”, afirma Bellucci, que tem conquistado espaço no cenário internacional com vitórias importantes, como os três títulos simples em torneios ATP (2009, 2010 e 2013) e o torneiro de duplas em Stuttgart, na Alemanha (2013). PAIXÃO NACIONAL? No Brasil, o movimento do tênis ganhou força com a ascensão do catarinense

Gustavo Kuerten, o Guga, que em 2000 chegou ao topo do ranking mundial depois de vitórias históricas, como o tricampeonato de Rolland-Garros. A partir daí, o interesse pelo esporte cresceu. De acordo com a Federação Paulista de Tênis (FPT), apenas de 1996 a 2000, época do auge de Guga, o número de inscritos em competições regionais saltou de 2.500 para 5.000. Atualmente, exatos 14 anos depois, a Confederação Brasileira de Tênis (CBT) tem 2 milhões de praticantes, 370 torneios por ano e 33.675 jogadores devidamente registrados – dados que fazem o esporte aparecer entre os dez mais praticados e disseminados no país. Dois grandes representantes dessa evolução contínua são os tenistas Thomaz Bellucci e João Olavo Souza, que estão entre os cem primeiros do ranking da ATP (eles aparecem em 43º e 92º, respectivamente).

Quer contribuir com o Tênis 2014? É simples! O dinheiro não sai diretamente do bolso do investidor, e sim do montante que ele pagaria ao governo. Pessoas jurídicas podem destinar 1%, e pessoas físicas, até 6% do valor que deduziriam do Imposto de Renda. O prazo para se inscrever é até 31 de dezembro de 2014. Contate o ATC: (11) 4191-3490.

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PERFIL EMPREENDEDOR

#cases #sucesso #empreendedorismo

EMPREENDER É PRECISO

Ousadia, vontade e reinvenção são algumas das principais características de empreendedores em diferentes fases do negócio. Confira! Em 2007, o empresário Marcos Leta teve a ideia de criar sucos 100% naturais, livres de açúcar, conservantes e aditivos químicos, utilizando apenas frutas – nada de água para completar. O segredo dos sucos do bem está na embalagem a vácuo, sem oxigênio, que permite que o produto dure mais. O que parecia até ideologia deu certo: hoje, a empresa – que tem acordo de distribuição com o Grupo Pão de Açúcar – vende para o país todo e ainda ampliou os negócios. Nas praias cariocas, os sucos também são ofertados em galão, como o tradicional Mate. Neste ano, a marca ainda lançou uma pulseira inteligente, que mede o movimento do corpo e o padrão do sono. Tudo nessa linha de mais qualidade de vida. “Precisamos ir com calma, dar um passo de cada vez, para oferecer a experiência ‘do bem’ como ela deve ser”, afirma.

FOTOS DIVULGAÇÃO

VONTADE PRÓPRIA

REINVENÇÃO CONSTANTE

Para ser empreendedor, muitas vezes, é preciso se reinventar. Essa lição, o experiente empresário Renato Teixeira sabe de cor. Ele começou aos 14 anos numa pequena imobiliária na periferia de São Paulo. Aos 20, montou sua própria corretora, onde construiu uma carteira notável de clientes – que, mais tarde, vendeu por US$ 1,5 mil. Nos anos 90, descobriu Alphaville, que ainda tinha muitos terrenos para explorar. Na crise, passou um tempo vendendo imóveis em Miami. “Sabia que tinha que voltar, pois tinha um espaço muito grande aqui”, conta. De volta, em 2008, foi responsável por trazer a Re/Max – uma das maiores redes de franquias imobiliárias do mundo – para o Brasil. Hoje são mais de 200 unidades pelo país.

PLANO OUSADO

Sua movimentação dentro das lojas pode estar sendo monitorada. E não apenas pelas câmeras. O projeto do jovem empreendedor Luiz Vito Martinez, 25, é mais ousado. Seu sistema, o Heatmaper, é capaz de gerar um mapa do calor a partir da filmagem da movimentação dos consumidores em torno das prateleiras. Com isso, os comerciantes podem posicionar melhor os seus produtos e, claro, vender mais. Como uma tecnologia como essa, que monitora o comportamento, é eticamente questionável, principalmente no Brasil – onde não há lei que regulamente a prática –, Luiz e seu amigo Luccas Menezes, cofundador da GeekSys, caminham rumo à consolidação, mas de forma gradual, não a passos largos. Como consequência, hoje a empresa tem mais clientes fora do país.

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ORGÂNICO

#coworking #pontodeencontro #negóciosecultura

IDEIAS, PESSOAS E NEGÓCIOS

Espaço inovador abre as portas em Alphaville e amplia as opções para empreendedores, freelancers e público em geral

NASCEU! Um hub de ideias, negócios e inovação no coração de Alphaville. Assim é o OrgâniCo Creative Coworking – a primeira comunidade de empreendedores da região, idealizado pelos empresários Marcos Lage, Ricardo Marques, Teddy Lorentziadis e Walter Coscia. Tudo foi planejado nos mínimos detalhes: com o objetivo de permitir que as pessoas trabalhem, mas também possam interagir, fazer networking e trocar experiências,

CHICO MAX

Novo espaço de coworking de Alphaville fica no Alpha Square Mall

o projeto arquitetônico é amplo, iluminado, arejado e, claro, integrado. O pé-direito alto abriga um aconchegante café. Ao lado, há uma parede de escaladas. O mezanino conta com salas de reuniões construídas dentro de containers. O espaço é multiúso e pode ser aproveitado no pós-expediente com eventos como aulas de yoga, workshops, happy-hours, cursos e palestras – essas últimas já começaram a acontecer (o

filósofo Luiz Felipe Pondé, na foto ao lado, abriu o ciclo de palestras). Assim, apesar de ser idealizado para startups, pequenas empresas, freelancers e até executivos cansados de encarar o trânsito todos os dias, o espaço também deve atrair o público em geral e ser um ponto de encontro entre empresas, empreendedores, universidades, iniciativa privada e poder público. Confira!

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CHICO MAX

ROGÉRIO ALONSO

ROGÉRIO ALONSO

CHICO MAX

Projeto arquitetônico do OrgâniCo é amplo, iluminado e integrado. Grafitado, pé-direito dá espaço para café e parede de escalada. Containers coloridos abrigam as salas de reunião. Abaixo, palestra do Pondé

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MAIS CULTURA

PALESTRAS

No dia 4 de novembro, a administradora de empresas Ling Wang dá sequência à série de palestras que almejam trazer mais cultura e conhecimento à região. Idealizados pelo projeto Na Sala, da socióloga e moradora de Alphaville Eliana Paludo, os encontros ganham, agora, no OrgâniCo, espaço para crescer e se desenvolver. Confira os outros nomes que ministram palestra no mês de novembro. NEGÓCIO DA CHINA Uma das mais importantes economias atuais, a China é o ponto central da palestra de Ling Wang, no dia 4 de novembro. O encontro tem como objetivo apresentar as diferenças culturais do país e seus efeitos no processo de negociação com outras potências. Este é um excelente momento para entender o que está acontecendo na China, já que a desaceleração da economia chinesa pode afetar outros mercados, inclusive o brasileiro. Ling nasceu em Taiwan e chegou ao Brasil aos 7 anos. É administradora de empresas, tem experiência em marketing e já liderou equipes multiculturais. HOMEM X MULHER Constituídos a partir de uma diferença radical, homens e mulheres buscam viver próximos e, mesmo, ser complementares. Será? A psicanalista Marcia Lucia Homem traça, no dia 11 de novembro, as bases das representações do masculino e do feminino no início do século XXI. O que vem a ser "homem" e "mulher" hoje é a grande questão do debate. Maria Lucia é professor na FAAP e no Núcleo Diversitas da USP, e autora de No limiar do silêncio e da letra – traços da autoria em Clarice Lispector (Boitempo, 2012). EDUCAÇÃO E CONSUMO Psicóloga e consultora educacional, Rosely Sayão tem mais de 30 anos de experiência em clínica, supervisão e docência. Por isso, no dia 18 de novembro, ela é a responsável por abordar o papael da escola na educação. “Como educar jovens na era do consumo” permeia todo o debate. Rosely é colunista da Folha de S.Paulo e da Band News FM. Autora dos livros Sexo: prazer em conhecê-lo (Artes e Ofícios, 1995) e Sexo é sexo (Companhia das Letras, 1997) (veja a entrevista com ela na página 42). NOVA GERAÇÃO? Colunista da VERO e da Folha de S.Paulo, o filósofo Luiz Felipe Pondé volta ao OrgâniCo no dia 22 de novembro, para debater “Geração Y: existe mesmo uma mudança acontecendo com os jovens de hoje?”. Sempre questionador, o professor da PUC-SP e da FAAP, professor convidado da Universidade de Marburg, da Universidade de Sevilla e do Kings College de Londres promete fazer suas tradicionais provocações ao público presente.

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TÊTE-À-TÊTE

TALKS

Em paralelo às palestras, um novo modelo de encontros acaba de nascer no OrgâniCo. Idealizados pela Spaghetti Eventos, os “talks” – ou conversas mais informais – sobre inovação e tendências vão trazer grandes especialistas do mercado para debater assuntos pertinentes para quem quer evoluir profissionalmente. Confira os nomes e datas dos eventos.

INOVAÇÃO E NEGÓCIOS "Design Thinking" é o tema do encontro do dia 12 de novembro com o especialista em empreendedorismo e inovação Ricardo Ruffo. Sócio-fundador de diversas iniciativas, como a Design Echos – organização que tem por objetivo gerar uma transformação social no país por meio dos negócios e da inovação, oferecendo consultoria em projetos de grande magnitude e processos de aprendizagem e educação –, Ricardo promete trazer para o talk sua experiência.

TROCA VERDADEIRA Formada em Design de Produto, com especialização em Inovação Social pela School of Visual Artes nos EUA e em Design Thinking na D. School, na Alemanha, a cofundadora da Design Echos & Escola Design Thinking Juliana Proserpio aborda, no dia 19 de novembro, como a inovação social estabelece um novo paradigma no capitalismo, fazendo com que os negócios feitos por pessoas e para as pessoas se transformem em sistemas reais de troca.

A HORA DO CAPITALISMO Com a palestra “Espiga de milho R$ 1,50 com fio dental R$ 2”, o diretor de marketing e ambientes digitais da Tecnisa, Romeo Busarello, debate, no dia 26 de novembro, o que ele chama de “um dos melhores momentos do capitalismo brasileiro”. De acordo com ele, estamos vivendo o ressurgimento do empreendedorismo no Brasil. Busarello também é professor nos cursos de MBA e pós-graduação da ESPM e do Insper.

TALENTO DE SOBRA Empresário, palestrante, professor e autor de muito sucesso, o administrador de empresas Carlos Alberto Júlio aborda o tema "Qual é o seu talento" no encontro que acontece no dia 8 de dezembro. Sócio da Carlos Julio Educação, Gestão e Negócios e da HSM Global, Carlos já foi presidente da Tecnisa S.A, é conselheiro Certificado pelo Instituto Brasileiro de Governança Corporativa (IBGC) e membro dos conselhos de administração de diversos grupos.

CICLO DE PALESTRAS ORGÂNICO 04/11 às 20h – Ling Wang 11/11 às 20h – Maria Lucia Homem 18/11 às 20h – Rosely Sayão 22/11 às 11h – Luiz Felipe Pondé

TALKS SOBRE INOVAÇÃO NO ORGÂNICO 12/11 – Ricardo Rufo 19/11 – Juliana Proserpio 26/11 – Romeu Busarello 08/12 – Carlos Julio

R$ 165 cada palestra t Inscrições e informações: 4191-1730, 99370-4884 ou elianapaludo@hotmail.com

R$ 200 cada talk t Sempre às 19h30 t Inscrições e informações: 2424-1616 ou lurdinha@spgteventos.com.br

ORGÂNICO CREATIVE COWORKING – Alpha Square Mall – Av. Sagitário, 138, loja 72 – www.organicoworking.com.br

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PENSAMENTO EMPREENDEDOR

#autoajuda #crenças #realidade

O empreendedorismo hey-ho! O SER HUMANO adora uma autoajuda – via livros, palestras, seminários, revistas e, claro, a autoajuda digital pelo Facebook, Twitter, Instagram e tantas outras plataformas. Quem não está com o Face inundado de imagens bonitas com frases inspiradoras? Já observou quanta gente adora que a frase seja de sua própria autoria (às vezes misturada com uma do Gandhi ou do Einstein, santa arrogância, Batman!)? O mundo tá repleto de autoajuda pra todo lado. Bom ou ruim, pouco vem ao caso. É fato. Já que é assim, naturalmente que o empreendedorismo não seria exceção. Não é algo da natureza do empreendedorismo, é do ser humano. Faz sentido. Mas é importante a gente parar pra pensar, pois tudo tem limites, e ficar fazendo autoajuda de empreendedorismo me parece uma coisa no mínimo temerária. Empreender, todas as estatísticas estão aí pra provar, é algo dificílimo, e o sucesso é a exceção, e não a regra. Empreender é o acontecimento do improvável e depende, claro, de sua própria vontade e energia, mas NÃO é essa coisa divina em que tudo se

resolve com vontade, garra e crença em si próprio. “Acredite, você pode” ou “Sua realidade não pode te limitar” são bordões que vendem, que atraem milhares de seguidores e fãs, vendem cursos e livros, mas que, na minha opinião, beiram a irresponsabilidade. Não, sinto informar, não basta acreditar! Não basta achar que você não tem realidades que o limitam. Mentira! Não basta ter fé, vontade, garra, ou seja lá a palavra bonita que lhe disseram. A imensa maioria dos negócios não dá certo. A competição é enorme. Os desafios são monstruosos. E seria muito simples achar que essa maioria que fracassou é porque não acreditou ou não teve fé em si mesma! E ouvir essas frases vazias da boca de pessoas que quase nada fizeram na vida ou de outros que centram tudo em si próprios é triste. Triste. Tenho pena das pessoas que entram nessas viagens, profetas e professores do vazio, ilusionistas e irresponsáveis que atiram seus seguidores e ouvintes em viagens que, muito provavelmente, serão muito ruins, desastrosas e poderão acabar com a vida de pessoas bacanas! Sim, a autoajuda é parte da humanidade. Mas promover algo

tão complexo como empreender usando esses truques baratos me parece picaretagem. Se ao menos fosse algo de graça, uma doação da pessoa para a humanidade. Mas em 99% dos casos, são coisas que visam o sucesso próprio do ou da autoajudante. Veja quantos autoajudantes são autocentrados, entendem que a solução está neles (quando não SÃO eles!) e se autoelogiam nos nomes de seus cursos, livros, palestras, etc. etc.? Picaretagem pura. Irresponsabilidade pura. Essas coisas e pessoas deveriam obrigatoriamente vir com aqueles alertas que o governo obriga produtos como cigarros ou bebidas alcoólicas a publicar: “Em caso de fracasso, não nos responsabilizamos” ou “Só aceitamos o sucesso, guarde seus fracassos para você”, ou ainda “Se persistirem os sintomas de fracasso, vá estudar”!

Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

BOB WOLLHEIM é fundador do youPIX e do Startupi, autor de Empreender não é Brincadeira e venture corp da Endeavor

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SUCESSO

#política #ideologia #morarforadopaís

O país que eu quero ter ESCREVO este texto antes da eleição de 26 de outubro, que dividiu o Brasil ao meio. Mas tenho certeza de que servirá para reflexão dos amigos leitores, qualquer que tenha sido o eleito. Nestes tempos de acirrados debates e amplas contradições, muitos dos meus amigos, aqueles financeiramente realizados, estão deixando o país. Alguns adquiriram casas em Miami ou Orlando, nos Estados Unidos, onde dizem ter encontrado segurança e organização. Outros partiram para a Europa, onde apreciam a tradição, a cultura e a estabilidade. Mudaram-se porque se declaram inconformados com a falta de ética e de lisura no que tange à coisa pública. Travaram a boa luta, mas se julgaram incapazes de alterar o paradigma. Segue a mãe gentil com seu perverso jeitinho, prevalece a Lei de Gérson, e alguns ainda levam vantagem em tudo. São propinas de estatais, órgãos públicos aparelhados por partidos e verbas públicas que se convertem em moeda de troca nos mensalões sem fim. Mas não é somente na cúpula do poder que ocorrem essas tramoias. No piso da sociedade, repete-se o mesmo padrão. É o carro sobre a faixa de pedestre, a “cervejinha” para o guarda, a fraude contábil que ninguém percebeu, a fila furada no banco ou no supermercado, a cola na prova e o trabalho escolar copiado da internet. Evidentemente, não somos todos assim.

Mas vigora um padrão de conformismo com a desonestidade, como se ela fosse inevitável, como se dependêssemos dela para sobreviver e prosperar. Às vezes, boto a cabeça no travesseiro e me ponho a pensar: quanto avançaríamos se estabelecêssemos um acordo coletivo de respeito à lei e ao direito do próximo. Em minha utopia noturna, regrada pela justiça, vejo profissionais mais bem preparados, empresas florescendo e um governo realmente dedicado a garantir o bem-estar social. De repente, desperto e recupero o sentido da realidade. Nesses momentos, admito, fico tentado a seguir a rota de meus amigos que optaram pelo exílio. Logo, no entanto, sopram os ares da manhã, o sol invade a casa e abre-se a agenda de trabalho. Aos poucos, me animo novamente. Teimoso, considero que é possível fazer acontecer. Dias atrás, depois de repassar mentalmente o assunto, acabei reproduzindo, sozinho, para mim mesmo, as palavras do falecido Eduardo Campos: não podemos desistir do Brasil. Se o brasileiro não se rende nunca, e já deu provas dessa coragem, acredito que podemos, sim, construir (ou reconstruir) este país, resgatando os valores da ética e da cidadania. Teria prazer de honrar meus impostos e atribuir a esse pagamento um sentido de missão. E me alegraria saber que esses recursos seriam utilizados no resgate

dos menos favorecidos. No entanto, melhor seria se essa chamada “inclusão” se desse pela educação e pela capacitação, e não pela oferta regular da esmola. Disse e repito: prontifico-me a trabalhar quatro anos para o Ministério da Educação, sem qualquer remuneração ou mordomia. Minhas condições: preciso confiar no ministro da pasta e no presidente da República. Quero ter certeza de que estão ali para trabalhar como eu, para o progresso do Brasil, e não para preservar este ou aquele grupo no poder. Será possível? Não quero partir. Quero permanecer. O povo é bom, as praias são ótimas e o clima é fantástico. Entretanto, quero mais ficar porque há enormes problemas no aguardo de solução, porque a adversidade me atiça, porque o erro me convida a implantar o acerto. Quero ficar para construir, para deixar realmente algo melhor do que encontrei. Como fazemos? A palavra fica com você, querido leitor. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

CARLOS JÚLIO é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios

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CAPA

#maioridadepenal #medicalização #novafamília

Educação sentimental Notável por suas colunas que tratam sobre educação de maneira simples, direta e iluminadora, Rosely Sayão usa como poucos uma qualidade fundamental: o bom senso por

Ronaldo Bressane |

fotos

Zé Gabriel

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A psicóloga fará palestra no OrgâniCo, em Alphaville, dia 18 de novembro

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Uma luz! Uma luz! É tudo o que pede um pai, uma mãe, uma professora em polvorosa ou em pandarecos, quando confrontados com questões transcendentais trazidas por petizes em chamas, aborrescentes com excesso de energia ou nenês ainda com déficit de fraldas. E lá vem a dona Rosely Sayão com sua lanterna mágica. “Sou apenas uma tradutora”, ela ilumina. “Traduzo conceitos complexos da psicologia para uma linguagem acessível a uma pessoa sem conceitos”, explica. E sua luz é ofuscante, de tão básica: “Meu desafio hoje é simplesmente dizer ao pai e à mãe: ‘Sim, você dá conta’”. Parece simples, mas dona Sayão tem o dom de educar sem parecer professoral, chata, pernóstica, maternal ou hermética. Ela transita pelo caminho do meio e exige de seus leitores apavorados com os descaminhos da infância e da juventude aquilo com que todos nascemos, mas volta e meia esquecemos de usar: o bom senso. Há mais de 20 anos ela usa o bom senso para falar de educação na Folha de S.Paulo, toda semana, e na BandNews, duas vezes por dia. Começou a colunar em 1989, no Notícias Populares, aquele jornal que, quando a gente espremia, saía sangue (mas quanta saudade daquele jornalismo arrojado pautado por grandes dramas humanos). “Uma das grandes qualidades que tenho é a coragem. Escrever nos anos 80 no NP era malvisto pelos colegas”, conta essa psicóloga formada na USP. “Ninguém escrevia sobre educação. E lá ainda era sobre temas mais tabus da sexualidade.” Uma experiência importante para sua formação como escritora, diz. “Achava muito lindo que as pessoas recorriam a mim em busca de informação. Eu me sentia responsável por elas”, contou à VERO, em sua voz muito serena e divertida, direto de sua casa, em Sorocaba (SP), para onde escapou há um ano, fugindo do nervosismo de São Paulo, sua cidade natal. Rosely começou a carreira como professora de psicologia no ensino superior, depois passou para o ensino médio, ao mesmo tempo em que sempre clinicou para adultos. Hoje parou: só escreve para o caderno Cotidiano e para a Folhinha, na Folha de S.Paulo (também teve uma coluna sobre sexo no extinto caderno Folhateen). “É difícil ser conciso”, ela diz; “me exige muita leitura e investigação sobre o que acontece no mundo das famílias”. Rosely também participa da rádio BandNews em dois boletins diários. E é supersolicitada para palestras, cursos, para pais e professores, ou mesmo diálogos com grupos pequenos. Aos 64 anos, se considera jovem. “Ser velho é só uma condição biológica”, ri. Seu ritmo é acordar tarde, escrever à noite e ler muito até as três da madrugada. Tem relido muito o filósofo polonês Zygmunt Bauman. Indica Einstein teve tempo para brincar, de Kathy Hirsh-Pasek e Diane Eyer, duas doutoras em educação que fizeram “uma pesquisa muito interessante sobre como a brincadeira deixa a criança mais esperta”. Gostou também de Por que as crianças francesas não fazem manha?, de Pamela Druckerman, que “traz outros pontos de vista sobre cultura e educação que mexem muito com as nossas certezas”. Para demonstrar o quanto a escola tradicional pode emperrar a educação, ela indica assistir ao filme Vermelho como o céu, de Cristiano Bortoni. E outro livro essencial, claro, é O senhor das moscas, de William

Golding, “que mostra o que as crianças fazem fora da civilização”. Rosely Sayão mora com a filha de 39 anos; tem também um filho de 35. Mas ainda não é avó, lamenta. Separou-se há tempos, quando os filhos tinham três anos. “Era uma época difícil de fazer essa escolha”, lembra. “Nem no meio universitário se via bem uma mãe solteira. Felizmente, isso mudou.” Hoje organiza suas colunas no projeto de transformá-las em livro. Mas segue mantendo na linha o que conta ter sido seu grande desafio: “Entender que ser mãe é uma categoria totalmente diferente de ser educadora”. Ser mãe, segundo ela, envolve afetividade – o que muda tudo. “Meu conhecimento em psicologia só me possibilitava entender o que eu tinha feito errado. No dia seguinte, tentava ser melhor, não fazer os mesmos erros. Não fazer mais do mesmo, reconhecer os erros. Às vezes é difícil admitir que nossos filhos estão crescendo”, lembra. Afinal, como superar o enigma das crianças perdidas? Os pais se acostumam à criança de um ano, mas quando ela tem dois anos se perguntam: onde foi parar aquela criança? E assim continua acontecendo quando os filhos fazem três, quatro, sete, dez anos... A resposta, para toda questão é “Você dá conta”. “Na cultura da medicalização, acham que um especialista pode educar o filho. Quando esperam de mim a fórmula mágica, apenas ajudo os pais a pensar. A solução tem que partir deles mesmos”, ensina. A seguir, mais algumas lições iluminadoras – por tão simples e bem situadas – de Rosely Sayão.

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Máquina de escrever herdada do pai, açogueiro, quando entrou na faculdade. Sua primeira coluna foi escrita nela. Ao lado, representação de Pã, um ser mitológico, em quadro que ganhou de suas alunas. Acima, suas leituras prediletas.

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SOMOS DEPENDENTES DE UMA RELAÇÃO AFETIVA COM OS FILHOS. ISSO TORNA A CRIANÇA DETENTORA DE UMA AUTORIDADE. E ELAS USAM ESSA AUTORIDADE, VIU! TORNAMSE PEQUENOS DITADORES

NAS ESTATÍSTICAS SOBRE EDUCAÇÃO, O BRASIL SEMPRE FICA POR BAIXO. COMO REVERTER ESSE QUADRO? A primeira dificuldade é que somos muito tradicionais no que diz respeito à escola. Temos resistido muito a mudanças. Achamos que o jeito tradicional funciona, apenas melhorando o conteúdo – e esquecemos que o mundo mudou, e as crianças e jovens são diferentes. Uma solução seria aceitar mudanças na instituição escolar. A segunda seria solicitar à escola não que apenas transmita conteúdo, mas também ensine a aprender. Os jovens têm informação de todo lado, mas como transformar isso em conhecimento, como aplicar essa informação? As escolas não estão ensinando os alunos a aprender. Temos de deixar que eles decifrem os enigmas. O professor não pode decifrar tudo. Temos de permitir que o aluno erre mais, para aprender seus próprios caminhos para resolver os problemas. Desprezamos o potencial dos alunos, achamos que eles não vão dar conta. Não podemos represar seu potencial.

UMA QUESTÃO-CHAVE PARA A EDUCAÇÃO BRASILEIRA PASSA PELA IDEIA DE PRIVATIZAÇÃO DO ENSINO. PRIVATIZAR A USP É UMA SOLUÇÃO? Não sei se privatizar resolve. A privatização das escolas básicas não resolveu problema algum. Ao contrário: as escolas particulares perderam na performance de seus alunos nas últimas pesquisas. Muitas escolas vão fechando, falindo. O que não sei é se a USP é uma instituição democrática. A participação de todo o público nas decisões seria indispensável. DUAS OPÇÕES RADICAIS: ESCOLA INTEGRAL OU UNSCHOOLING? Sou radicalmente contra o movimento de tirar crianças das escolas. No Brasil, legalmente não é aceito. Uma das coisas fundamentais da escola é a convivência no espaço público. Ensina a conviver com pensamentos diferentes, aprender a ter colegas, negociar diferenças. Isso em família quase não acontece, porque a relação afetiva se impõe. No entanto, na cidadania, temos de trabalhar com pessoas que não escolhemos, respeitar antipáticos ou chatos. Já a escola integral é uma ideia com que simpatizo. Mas sem exagero. Hoje há escolas que ficam com alunos até 12 horas. Não acho legal. Entre seis e sete horas é melhor, se a escola souber se planejar. É preciso saber o que a criança vai fazer desse tempo. Porque ficar em casa tem um significado diferente. A casa da criança representa segurança, a presença dos pais mesmo quando eles não estão lá. A criança se sente protegida. Na escola, ela está sempre exposta, o que pode ser cansativo. RECENTEMENTE, O PSICANALISTA CONTARDO CALLIGARIS, ESCREVENDO A PROPÓSITO DA PEÇA REI LEAR, DE SHAKESPEARE, E A DIFERENÇA ENTRE RESPEITAR OS MAIS VELHOS E AMÁ-LOS, CHEGOU A ESTA QUESTÃO MUITO COMPLICADA: A IMPORTÂNCIA DE VALORIZAR OS SENTIMENTOS TRANSFORMOU A EDUCAÇÃO DOS FILHOS NUMA TAREFA IMPRATICÁVEL. COMO É POSSÍVEL SE IMPOR A ALGUÉM DE QUEM QUEREMOS, ANTES DE MAIS NADA, QUE NOS AME? É uma equação complicada, que na contemporaneidade nós invertemos. Na era moderna, os filhos se permitiam ser educados e respeitar os pais – pois

tinham o medo de perder o amor dos pais. Esse era o diferencial para que a educação acontecesse. Hoje não queremos que os filhos tenham medo, o que afetou muito as relações entre os adultos – são relações muito mais voláteis. Como somos dependentes de uma relação afetiva, temos apostado pesadamente nessa relação com os filhos. Isso torna a criança detentora de uma autoridade. E elas usam essa autoridade, viu! Tornam-se pequenos ditadores, nos deixando escravos de seus caprichos e suas vontades. Só que uma das funções da educação é ter domínio sobre si mesmo, disciplina, esforço, foco. Hoje se percebe que há pais com disciplina e esforço, mas seus filhos, não. Os pais não precisam depender tanto do amor dos filhos: precisam desenvolver um amor mais altruísta, menos egoísta. TER FILHOS É UM INVESTIMENTO A FUNDO PERDIDO... Sim, não sabemos jamais se vamos ter “retorno”. Os pais e as mães dizem com frequência assustadora “Eu te amo”. Cada vez que um pai ou uma mãe diz isso, espera uma resposta. Isso se chama cobrança. Não é um amor de graça. É por isso que existem tantos pais frustrados. Afinal, nossos filhos não são e nunca serão aquilo que queremos. Eles serão o que podem ser, o que conseguem ser. Talvez isso signifique não ter sucesso, nem ser popular. Se as mães querem esse objetivo, o fracasso virá rápido. Ganhar o jogo deve ser apenas no jogo. Não se pode pensar em perdedor ou vencedor. Não se pode exigir da criança que seja o artilheiro. Às vezes se ganha, às vezes se perde. Os pais precisam ensinar as crianças a aprender com o fracasso. Nós não aceitamos o fracasso dos nossos filhos. Precisamos ensiná-los a aprender como reagir. A FAMÍLIA COMO CÉLULA-MÁTER DA SOCIEDADE NÃO EXISTE MAIS NOS MOLDES DE 50 ANOS ATRÁS. HÁ FAMÍLIAS CADA VEZ MAIS DIFERENTES, COM PAIS SEPARADOS, OU EM QUE OS PAIS SÃO DOIS HOMENS, OU DUAS MULHERES, OU COM AVÓS, AMIGOS E BABÁS TAMBÉM PARTICIPANDO. QUAL A IMPORTÂNCIA DESSA MUDANÇA DE PARADIGMAS NA EDUCAÇÃO? Estamos em plena era de mudanças. Sempre considero a mudança como algo positivo. Há crises. O problema é que a escola ainda pensa na família ideal. E não

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Rosely, à direita, com toda a sua família, na comemoração dos 50 anos de casamento de seus pais.

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NÃO É O CASAMENTO, E SIM A PRESENÇA DOS PAIS. SE ESTES SE SEPARAREM LOGO, MAS CONTINUAREM SENDO PAIS E MÃES DAQUELA CRIANÇA, HÁ POUCOS DANOS

é só o desenho da família que mudou. As relações também mudaram. Ainda não sabemos no que isso vai dar, mas temos algumas pistas. As crianças crescem melhor se são educadas por mais de uma pessoa, mesmo que sejam pais separados. Os pais devem continuar a exercer a paternidade e a maternidade quando estão com seus filhos. Sem falar que muitos casais respingam as próprias mágoas do fim do relacionamento sobre os filhos. E os filhos pagam o pato pela separação dos pais. No Brasil, ainda falta tradição de nossa parte de como enfrentar uma separação com filhos. HÁ MUITA SEPARAÇÃO ENTRE CASAIS COM FILHOS PEQUENOS, NÃO? Não há problema nisso. A criança vai crescer pensando que essa é a organização social que existe. Porque não é o casamento que resolve questões, e sim a presença dos pais. Se estes se separarem logo, mas continuarem sendo pais e mães daquela criança, há poucos danos. De algum modo, a separação pode afetá-la – mas ainda não sabemos. A criança não precisa necessariamente da figura paterna ou materna – mas precisa da função paterna ou materna: ela depende de quem exerce bem essas funções.

COMO VÊ O CURIOSO FENÔMENO DE FILHOS COM MAIS DE 40 ANOS VIVENDO COM OS PAIS?

É difícil um jovem conseguir arcar com todas as despesas de sua própria casa. Por outro lado, temos uma geração criada com tudo na mão. Ao pensar no trabalho que terá ao assumir a própria vida, não vai querer sair de casa. É uma geração que não quer esforço, tem outro conceito de liberdade e autonomia. Pode ser para ter uma boa convivência com os pais, mas também pode ser porque não encontrou outra opção – o que não é legal. A INTERNET HOJE ESPELHA UM MUNDO EM QUE TUDO ESTÁ AO DISPOR DO CONSUMO, E TUDO PODE SER OBTIDO QUASE DE GRAÇA. CONSEGUE IMAGINAR QUE EFEITO TERÁ DAQUI A UNS DEZ ANOS ESSA ÉPOCA PERMISSIVA? O primeiro efeito é engraçado: a internet acabou com a dúvida. O Google responde tudo. Mas será que é bom viver sem dúvida? Ficamos congelados nessa busca de soluções que nos angustiam, e isso pode ser bom para a solução de novos problemas. E mais: a internet faz parte da instantaneidade da nossa época. Questões complexas não se resolvem na hora. Precisamos elaborar. Acho que a internet ajuda na nossa superficialidade. Vemos muitas pessoas se informando pela Wikipédia. É muito difícil se debruçar sobre um texto longo. Eu acho que a linguagem própria para ser usada no Facebook, no Twitter, na carta, na leitura, no e-mail, em vários níveis, deveria ser ensinada na escola. Há um problema hoje de comunicação: os alunos querem usar a linguagem da internet em seus trabalhos, e o professor quer o contrário. EXISTE TAMBÉM OUTRO LADO, QUE É A ENORME VARIEDADE DE OPÇÕES DE CURSOS EXTRAS PARA CRIANÇAS. É MELHOR EXIGIR DELES O MÁXIMO? Acho que não é na infância que se promove isso. Precisamos garantir a infância. Quando a criança tem tanta atividade dirigida e escolhida, perde a capacidade de ficar sem fazer nada, de imaginar, de sonhar. Sou adepta da desaceleração da vida da criança. Não é preciso exigir tanto deles. Quanto mais profundo, melhor. Se fizer uma única atividade, ótimo. Nada deve ser bom em exagero, nem tanto o videogame nem tanto o estudo o dia inteiro. A infância é uma época de descobertas. Felizmente,

o mundo não é uma coisa só. Precisamos mostrar: agora chega de videogame, chega de estudo, chega de futebol, está na hora de fazer outra coisa. Esse vazio de fazer nada é que mobiliza a criatividade, o autoconhecimento. O CONSUMO DE RITALINA POR CRIANÇAS NUNCA FOI TÃO ALTO QUANTO AGORA. SEM FALAR NO CONSUMO DE ANTIDEPRESSIVOS, QUE TEM CRESCIDO. MEDICAR É MAIS FÁCIL DO QUE SOFRER? Medicar é muito mais fácil do que educar. Hoje vivemos a medicalização da vida e da educação. Vive-se sob a lógica médica. Todo pai ou mãe quer um diagnóstico para seu filho que não segue o ritmo pedido na escola: “Ele tem algum problema”, pensa. Medicalizar pode ser mais fácil que educar – mas não sei se será mais eficiente. CASTIGO FUNCIONA? OU O CASTIGO PODE SE VOLTAR CONTRA O PRÓPRIO CASTIGADOR? Castigo, se usado como simples punição, para provocar sofrimento, não funciona. Temporariamente, talvez. A criança, depois dos seis anos, precisa entender que o que faz ou deixa de fazer traz consequências. Não gosto de castigo – prefiro sanção, o termo usado pelo educador Jean Piaget. A sanção marca uma consequência daquilo que você fez. Tudo o que faz traz consequência, boa ou não. A sanção tem que ter relação com a transgressão cometida. Ultrapassou a conta do celular? Fica sem o celular. A pessoa tem de aprender com o erro cometido. Agora, colocar no cantinho é tentar controlar o pensamento. A criança fica com raiva, não resolve. O QUE VOCÊ ACHA DA DIMINUIÇÃO DA MAIORIDADE PENAL? Adoramos demonizar os mais novos – como se a sociedade adulta fosse exemplar. Recentemente, um programa do jornalista Caco Barcellos demonstrou que apenas 1,9% dos crimes é cometido por adolescentes. Não entendo por que falamos tanto nesse tema – como se essa quantidade fosse imensa. O mais importante não se diz: os crimes são cometidos por nós, adultos. Lidemos com eles.

A psicóloga fará palestra no OrgâniCo, em Alphaville, dia 18 de novembro (ver pág. 36).

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#comportamento #mulheres #internet

CHRISTOPHER MALCOLM

RADAR

Coleção Lean In reúne fotos de mulheres "reais" sendo elas mesmas

WHO RUNS THE WORLD? Banco de imagens traz fotos de mulheres reais para mudar a percepção sobre elas

Que os tempos mudaram e as mulheres não são mais as únicas responsáveis pela criação dos filhos e pelos afazeres domésticos, todo mundo sabe. No entanto, basta o primeiro comercial de cerveja para notarmos que o estereótipo de “sex symbol” segue sendo todo delas. Foi pensando em mudar essa percepção de como as mulheres são vistas na sociedade que a Getty Images, um dos maiores bancos de imagens do mundo, em parceria com a LeanIn.Org – organização sem fins lucrativos para a capacitação de mulheres fundada pela diretora de operações do Facebook, Sheryl Sandberg –, lançou em fevereiro a coleção Lean In: uma biblioteca de fotos criativas de mulheres sendo elas mesmas – seja comandando uma grande empresa, seja fazendo trabalho braçal. “Acreditamos que, mostrando imagens de mulheres reais e poderosas, podemos mudar o mundo!”, diz a coordenadora do projeto, Jessica Bennett. DE QUE FORMA O PROJETO COMEÇOU? Há uma necessidade real de imagens realistas que ampliem as percepções do que uma mulher pode “ser”. O nosso lema é que você não pode ser o que você não pode ver. Precisamos dar a mulheres e meninas algo a aspirar – imagens que mostrem que elas podem ser líderes, fortes e confiantes. As mulheres reais são complicadas, imperfeitas, ambiciosas, multifacetadas. Já a mulheres que, comumente, aparecem na mídia têm

corpos perfeitos, são retocadas, passivas, têm obrigação de falar pouco e são, em geral, colocadas em papéis coadjuvantes nas cidade e no poder. São sexualizadas e simplificadas. Ou seja: ou uma boa moça ou uma "mulher fácil". Essa é a mensagem que as imagens de mulheres produzidas passam às mulheres jovens. O QUE ESSAS FOTOS APRESENTAM? Além de representações de todas as etnias, o empoderamento feminino. As situações

que aparecem aqui são mais próximas da realidade: as mães atuais trabalham e cuidam dos filhos. As meninas se interessam por atividades diferentes das usualmente direcionadas a elas – não só boneca e casinha. Há mulheres que levantam peso, que comandam grandes instituições e exercem atividades braçais… Os homens apresentados no projeto contribuem para a formação dos filhos e não são apenas os provedores. São pais, companheiros e iguais a essas mulheres. COMO AS FOTOS SÃO CAPTADAS? Desde fevereiro, já captamos 4.000 fotos. Elas são obtidas de duas maneiras: fazemos curadoria das fotos que já estão no banco de dados da Getty e também captamos novas imagens. Como a Getty trabalha com milhares de fotógrafos de todo o mundo, quando lançamos o projeto, nossos diretores de arte pautaram esses fotógrafos para que fizessem fotos com essa nova pegada. O melhor é que o retorno tem sido ótimo! As imagens estão sendo usadas em campanhas de publicidade e nos meios de comunicação. Já foram licenciadas em mais de 50 países. Confira as fotos em gettyimages.pt/leanin

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SEXO OU WHATSAPP?

Uma pesquisa norteamericana do portal Huffington Post revelou que 48% das americanas preferem ficar sem sexo a ficar sem seus smartphones. Só esse dado da pesquisa já seria catastrófico para namorados, maridos ou amantes de plantão, mas as 3.583 mulheres entrevistadas revelaram ainda mais: 47% delas deixam o celular ao lado da cama para usá-lo no segundo em que abrem os olhos de manhã. E, ainda, 39% delas usam o telefone até mesmo no banheiro. Ainda tem dúvidas sobre o nível de dependência que esses aparelhinhos criaram nas pessoas? Outra pesquisa mostra que um simples gesto pode acabar com qualquer conversa: colocar o celular, assim que chegam a um restaurante, sobre a mesa, faz desaparecem as chances de qualquer conversa séria.

PELADO, PELADO

A inovação e a piração na hora de registrar fotos durante viagens não param. A ideia ousada da vez é o projeto Naked Handstander, de autoria anônima, que reúne fotos de um homem de pontacabeça e completamente nu em diversos pontos do mundo. De acordo com o site, há dois objetivos principais: fazer as pessoas pensarem sobre o lugar em que vivem e conscientizá-las sobre o processo de encurtamento deliberado da vida útil dos produtos. Por esse motivo, claro, ele não usa roupas nas fotos!

FOTOS DIVULGAÇÃO

MANDA-CHUVA DO TEXAS

Viver mais com menos. Esse é o objetivo da experiência que o professor de ciência ambiental da Universidade Huston-Tillotson Dr. Jeff Wilson vai viver no próximo ano. Ele vai habitar os três metros de uma lixeira adaptada no campus universitário no Texas (EUA). Durante o The Dumpster Project (“Projeto Lixeira”), Wilson terá de lidar com a separação da família e sobreviver ao verão texano. Mais: a troca de roupas não será muito constante, já que, dentro da lixeira, o guarda-roupa é limitado.

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DIVÃ

#mudanças #medos #direções

A influência da família na educação FREUD TINHA BOAS razões para, há mais de cem anos, atribuir às relações familiares um papel essencial para a formação básica das crianças, o que, de fato, se dá ao longo dos primeiros cinco anos de vida. Naquele tempo, as crianças não frequentavam a escola antes dos seis anos de idade, conviviam essencialmente com seus pais, irmãos e outros parentes próximos. Brincavam nas ruas, com crianças vizinhas pertencentes a famílias em tudo semelhantes às suas. O mundo era outro; e mesmo nas grandes cidades era assim que se vivia. Não existiam os recursos tecnológicos que hoje nos envolvem, de modo que o convívio humano era o que ditava aquilo que as crianças haveriam de aprender. Além disso, a estrutura da família era bem definida e clara, sendo que ao pai cabia uma liderança inquestionável. Os padrões de conduta eram bem rígidos, ao menos aos olhos das crianças. Seus heróis eram seus pais, avós e eventualmente algum tio. As famílias eram praticamente indissolúveis, de modo que não existiam estruturas alternativas de qualquer tipo. Nos meus primeiros anos de infância, na década de 1940, o contexto em que eu vivi ainda era muito parecido com o que Freud descrevera, de modo que as tramas familiares ainda eram muito parecidas, reinando a inveja, os ciúmes, os triângulos amorosos... Talvez as únicas novidades que já interferiam no cotidiano das crianças consistiam na crescente importância do cinema e do rádio. A partir dos anos 1950, entramos na era da tecnologia marcada inicialmente pela chegada da televisão. Afora isso, as escolas maternais levavam as crianças para um

ambiente mais heterodoxo já aos três anos de idade. Isso além do elo familiar ter se afrouxado a ponto de as separações conjugais se tornarem cada vez mais frequentes. No final do século XX, estávamos diante de um contexto completamente diferente: um número crescente de mulheres inseridas no mercado de trabalho – e não raramente em posições de estaque; as crianças, por isso mesmo, passaram a ir para creches ou escolas maternais aos 18 meses de idade; eram entretidas, além da televisão, por DVDs infantis de todo tipo, passaram a ter acesso direto aos recursos eletrônicos que só têm se aprimorado e sobre os quais elas, desde cedo, parecem deter um domínio quase natural. Não espanta que a influência do modo de ser de cada família só tenha diminuído. Isso afora o fato de que todos, inclusive os adultos mais atentos, passaram a sofrer o efeito do massacre de informações externas, que tem levado quase todo o mundo a viver de modo muito parecido, apesar da crescente liberdade individual: adultos e crianças estão sob total influência da publicidade e de toda sorte de meios de comunicação de massas. Qual o peso da família e seus valores num contexto assim diferente daquele em que Freud viveu? Difícil imaginar que se mantenha o mesmo. Isso nos obriga a rever uma boa parte de suas concepções, atualizando-as à nossa realidade. Os pais ainda influenciam muito o modo de ser de seus filhos? Ainda são os seus heróis, aqueles a quem imitarão? Acho cada vez menos provável que assim seja, salvo naqueles raros casos em que sejam efetivamente admiráveis. As crianças de hoje são

abastecidas de uma quantidade muito maior de informações vindas das mais variadas fontes. Aos três anos de idade, já sabem coisas que as de antigamente nem suspeitavam! As crianças estão muito mais espertas e ocupam um espaço maior em suas famílias, onde não é rara a desestruturação interna e nas quais a autoridade masculina cada vez mais se esvai, dado que as mulheres também são muito influentes; isso afora a influência enorme e precoce de tudo o que a cerca; o resultado é que o papel dos pais decresceu sobremaneira, e as crianças crescem sob a influência de inúmeras outras variáveis, como regra mais relevantes do que as domésticas. Penso em outro fator que dilui ainda mais a influência da família: o fato de o pai ter, como regra, um modo de ser, e a mãe, outro: um mais calmo, o outro mais estourado; um mais generoso, e o outro mais egoísta... A criança se vê exposta, em sua própria casa, a dois tipos de referencial e se identifica com um deles (se forem dois filhos, um será parecido com o pai, e outro, com a mãe). A falta de unidade doméstica enfraquece ainda mais a influência familiar. Minha experiência diz que, quando o pai e a mãe são mais parecidos e afinados em suas condutas, a influência familiar ainda é bem relevante. Em caso contrário, o resultado fica por conta do que a própria criança concluir e todas as inúmeras influências externas. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

FLÁVIO GIKOVATE é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN

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MODOS DE MACHO

#mulher #homem #diferenças

A lenda do relacionamento aberto O LEITOR indaga este destemido consultor sentimental à queimaroupa, em um encontro na estação Consolação: “O relacionamento aberto pode dar certo?”, tasca, com cara de quem está sendo passado para o último vagão dos homens no descarrilado e derradeiro metrô do amor e da sorte. “Ela propôs. Disse que é assim ou nada”, insiste o amigo. Tive dó daquela criatura. Pensei em jogar uma teoria, lembrar do poliamor, defendido naqueles livraços sacanas do Roberto Freire. Pensei também em aconselhar a leitura de A cama na varanda, da brava Regina Navarro Lins, minha colega na bancada do programa Amor & Sexo. Pensei na delícia que pode ser tentar sair por aí, à franciscana, sempre na base do é dando que se recebe. Fiquei tentado também a presenteálo com o bilhete único da obviedade rodriguiana: Meio amor não é amor, cai fora, se liga. Se fechado não funciona, imagina na base do “liberou geral”. O sujeito de meia-idade, vestes invernosas puídas em plena primavera, exalava a naftalina de outras dores acumuladas no guarda-roupa:

“Me ajuda”, disse, em um abraço de cortar coração, fígado, moela e todos os miúdos da humanidade. Era uma dessas criaturas infelizes no amor. Ponto. Tentei reanimá-lo com aqueles clichês da esperança a qualquer custo que aprendi nos filmes de Frank Capra. Levei o desalmado para uma bisteca crepuscular no Sujinho, estabelecimento que sempre funcionou como a minha clínica sangrenta de psicanálise selvagem. Na primeira cerveja, ele chorou por ela. Para tentar desconstruir minimamente o mito do amor romântico, perguntei: “Gostosa?”. “A única que me levou ao nirvana!”, diz Roberto, na casa dos cinquenta, babando na bisteca, inconformado. “Amor aberto, amor aberto, amor aberto”, balbucia, obsessivo. “Amor aberto, amor aberto, amor aberto…” Realmente o amor aberto é uma beleza. Para o(a) dono(a) da iniciativa, da chave e do cadeado. Para quem decide abrir a cancela dos sentimentos, para quem grita primeiro pelo menino da porteira. O pior da proposta de amor aberto, fui obrigado a alertar o Roberto, é que pode ser um baita truque. Coisa de quem está apenas te

largando para viver um aferrolhado e fidelíssimo amor com outro(a). Muitas vezes a tese do amor aberto não passa de uma desculpa menos dolorosa (menos?) para dizer que está indo embora. “Preciso ter o meu espaço etc.” Aquela coisa meio doutor Smith perdido nas galáxias dos sentimentos. Toda vez que escuto a expressão amor aberto, me fecho para balanço. Com a ajuda dos generosos garçons, coloquei Roberto num táxi rumo à praça da Árvore. Ele babava: “Amor aberto, amor aberto, amor aberto…”. E você, amigo(a), já teve alguma experiência do gênero? Isso existe ou é apenas coisa de livro e tese? Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

XICO SÁ é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Cia. das Letras), entre outros livros

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REFLEXÃO

#ética #consumo #fazerobem

AO INFINITO E ALÉM

Jovem usa impressora 3D para criar próteses de baixo custo, inspiradas em super-herói, para crianças carentes O estudante de engenharia e projetista mecânico Marcelo Botelho, 29 anos, já projetava todo tipo de dispositivos e máquinas. No começo do ano, ganhou uma impressora 3D quebrada – que ele logo consertou – e passou a canalizar seu lado "professor Pardal" para fazer o bem. “Um dia, saindo do trabalho, encontrei um rapaz sem uma mão jogando bolinhas em um farol. Perguntei: ‘Você aceitaria que eu fizesse uma prótese para você?’”, conta. Esbarrou nos altos custos. Achava que só era possível trabalhar com termoplástico (material comumente usado em órteses), que custa bem caro no Brasil (R$ 260 por um pedaço de 30 x 30cm). Mas logo Marcelo encontrou na internet um projeto bem diferente: o E-nabling the Future (enablingthefuture.org). Trata-se de uma ONG global que disponibiliza para download modelos detalhados de próteses infantis, de baixo custo, que podem ser produzidos a partir da tecnologia de impressão 3D. Mais: os modelos são todos inspirados em super-heróis. COMO SURGIU A IDEIA DE FAZER UMA PRÓTESE COM IMPRESSORA 3D? Comecei com a ideia de usar termoplástico – material comumente usado em órteses. Consertei a impressora 3D quebrada que ganhei, desvendei o mundo da impressão 3D e comecei o processo de construção. Mas fui surpreendido pelo alto custo. Mesmo assim, divulguei minha intenção em um jornal local, a fim de encontrar mais pessoas que necessitassem de uma prótese. Foi quando descobri o modelo Cyborg Beast, um dos muitos disponibilizados pelo E-nable. Não compreendo a parte médica, mas o modelo 3D do E-nable é muito simples: basta fazer o download e imprimir. Ao ver a reportagem, a Kátia, fundadora de uma ONG que assiste crianças carentes na periferia de Santo André, a Casa do Jardim, me mandou um e-mail pedindo que fizesse uma para o Kelvin – um dos garotos assistidos pela ONG. Kelvin tem 6 anos e passa as tardes na Casa do Jardim aprendendo matemática e português. ENABLINGTHEFUTURE.ORG

COMO FOI A REAÇÃO DO KEVIN? Ele ficou encantado e feliz. No início, ao chegar à ONG, ele mantinha sua mão escondida. Agora, com sua prótese nas cores do super-herói favorito, o Ben 10, ele brinca feliz e se acostuma cada vez mais com sua prótese.

COMO É, PARA UMA CRIANÇA, TER UMA PRÓTESE INSPIRADA EM SUPER-HERÓI? As cores e outros detalhes ajudam na aceitação do uso de uma prótese. Enquanto adultos têm mais resistência para usar uma prótese que lembra o braço de um robô, as crianças se sentem orgulhosas e especiais. Quem dera todos pudéssemos ser um “super-herói” todos os dias. COMO É A QUESTÃO DOS CUSTOS? QUAIS OS PLANOS PARA O FUTURO? O gasto com o plástico varia de acordo com o tamanho da prótese. O plástico é vendido por R$ 120/kg. A prótese do Kelvin gastou aproximadamente 120 g de plástico, pedaços de elástico, linha de pesca, espuma e velcro. Comprei todos em grande quantidade. Mas o que usei na prótese equivale a R$ 50. Hoje tenho duas impressoras, estou montando a terceira e tenho muitos projetos pela frente – todos no sentido de ajudar pessoas com suas deficiências. Infelizmente, o contato com as pessoas que necessitam ainda é pouco, pela pouca divulgação. Uma pessoa do Paraná entrou em contato. Então, vou imprimir e enviar pelo correio, ele irá montar e entregar para um menino de 3 anos e meio. Também estou imprimindo a prótese para o rapaz do farol do começo da história – pela preferência de idade, a do Kelvin foi feita primeiro, mas não esqueci dele. Conheço umas dez pessoas aqui no Brasil, de vários estados, e sempre estamos em contato. Para o futuro, a intenção é traduzir o site do enabling ou criar algo em português para melhorar o entendimento dos brasileiros e buscar novos contatos com fabricantes de impressoras, faculdades, fornecedores de plástico, etc. Meu objetivo é influenciar, motivar e mobilizar pessoas para a causa. Gostou da iniciativa? Você pode entrar em contato com o Marcelo pelo e-mail: marcelobotelho1986@gmail.com.

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CONSUMO CONSCIENTE

FOTOS DIVULGAÇÃO

Há dois anos, a marca de jaquetas e roupas para atividades ao ar livre Patagônia vem se cercando de uma estratégia de publicidade ousada: ao invés de incentivar as compras, ela incita a aquisição consciente de seus próprios produtos. Em seu site, a empresa diz: “Nós projetamos e vendemos coisas feitas para durar e ser úteis. Pedimos a nossos clientes para não comprar de nós o que eles não precisam. Tudo o que fazemos custa mais ao planeta do que nos dá de volta”. O cerne ambientalista começou com um anúncio em um dos maiores jornais dos EUA, o New York Times, durante o eventosímbolo do consumismo norte-americano, a Black Friday, em 2013. “Não compre este casaco”, dizia o informe.

TOURO DE ISOPOR

Na cidade de Mataelpino, na Espanha, as tradicionais corridas de touro não são mais as mesmas. Após muito protesto de ativistas a respeito da crueldade que acontece aos touros durante os eventos, a prefeitura da cidade resolveu testar uma adaptação: substituiu os touros por grandes bolas de isopor. No novo modelo, os moradores tentam ultrapassar ou desviar das bolas gigantes que vão ladeira abaixo.

MADE IN BRAZIL Dê uma olhada para o seu tênis agora! Provavelmente, a maior parte dele foi produzida fora do país. Mesmo que ele seja de uma marca nacional, muitos de seus componentes devem ser importados. Agora, imagine um tênis totalmente brasileiro e com extração responsável de recursos naturais. Assim é o Vert: produzido no Rio Grande do Sul com lona de algodão ecológico do Ceará, látex certificado do Acre e couro com curtimento ecológico. Para certificar a retirada de borracha do Acre, um comitê gestor – que envolve a Vert, o WWF-Brasil, o Governo do Acre, entre outras instituições – foi criado em 2010. Antes disso, a matéria-prima vinha 100% da Reserva Extrativista Chico Mendes. Os tênis, de diferentes modelos, podem ser comprados pela internet: vert-shoes.com.br.

LIGADONA PRA SEMPRE Uma pilha eterna! Essa é a proposta de um grupo de franceses que desenvolveu um sistema que transforma a energia do movimento (cinética) em carga. Sua primeira solução, a Pilo, uma bateria do tipo AA, precisa ser chacoalhada umas três vezes para que a carga volte aos 100%. Apesar de não ser muito potente, essa energia é suficiente para dar vida eterna a aparelhos como controle remotos. Um par de pilhas sai por 10 euros (cerca de R$ 30). Além disso, a pilha não traz metais pesados.

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PENSE BEM

#temporalidade #lazer #coisaséria

Pois as coisas findas... EM UMA ÉPOCA em que a televisão ainda não estava presente em inúmeras cidades pelo nosso país afora, a grande e quase única diversão especial infantil e juvenil durante as férias de inverno era o cinema. Aqueles que tivemos de viver e pudemos fruir as obrigações ausentes naquelas circunstâncias, seja em função de uma idade mais avançada hoje, seja pelo lugar em que vivíamos há 40 anos ou mais, ficamos, claro, com muitas imagens nas nossas “retinas tão fatigadas”. Grandes salas, grandes telas, grandes expectativas, grandes memórias. Há algumas poucas décadas, por exemplo, encarnávamos com perfeição a ansiedade pelo término das aulas no meio do ano letivo e, também, vivíamos a esperança de que as “grandes atrações” – que começáramos a chamar de filmes, substituindo a palavra fita usada pelos adultos – não deixassem de chegar logo, antes que acabassem os folguedos (outra deliciosa palavra antiga!). Uma das recorrentes atrações era o inesquecível desenho longa-metragem Fantasia, de Walt Disney; produzido em 1940, passou a reencantar anualmente nossas vidas. Afinal, é uma animação que apresentou a muitos de nós, nos capturando pelo restante da existência, a beleza profunda de músicas realmente clássicas, como as de Bach, Tchaikovsky, Dukas (menos conhecido, mas o mais lembrado pelas cenas do Mickey como Aprendiz de Feiticeiro), Stravinsky, Beethoven Mussorgsky, Schubert e, pelo meio, o Amilcare Ponchielli. Esse italiano

compôs em 1876 a ópera La Gioconda e jamais deve ter imaginado que dela um dia se usaria a Dança das Horas para seduzir nossas lembranças com os impossíveis e graciosos movimentos de balé feitos por hipopótamos, elefantes, avestruzes e jacarés... Com o final do recesso, e o encerramento das exibições da linda Fantasia – no duplo sentido, restavanos esperar que o ano viesse logo a terminar. As férias de final de ano – do começo de dezembro até o final de fevereiro – eram mais longas, demoravam agradavelmente para passar (sendo que agora até a semana passa rápido demais); por isso, com um calendário estirado, também os dias ficavam mais elásticos, com uma busca vagarosa e preguiçosa de preenchimento. Só nas longas férias de verão é que conseguíamos compreender aquilo que é exclusividade da infância: a imensa e perturbadora consciência contraditória de que, embora se queira tudo para já, há um tempo para tudo na vida. Tempo para tudo! Nas Escrituras hebraicas está o Livro do Eclesiastes, incorporado pelo cristianismo em sua Bíblia; esse texto tem uma segunda parte muito conhecida, que vai diretamente contra as vaidosas temporalidades humanas, especialmente na nossa incompreensão sobre o efêmero e o duradouro, sobre a relação entre o passageiro e o infinito. No capítulo 3 do livro religioso, do versículo 1 até o 8, são apresentadas 14 das

oposições que estão sempre presentes como conteúdo da vida humana e que vale reproduzir na totalidade. “Para tudo há momento, e tempo para cada coisa sob o céu: tempo de dar à luz e tempo de morrer; tempo de plantar e tempo de arrancar o que se plantou; tempo de matar e tempo de curar; tempo de solapar e tempo de construir; tempo de chorar e tempo de rir; tempo de lamentar e tempo de dançar; tempo de atirar pedras e tempo de juntar pedras; tempo de abraçar e tempo de evitar o abraço; tempo de procurar e tempo de perder; tempo de guardar e tempo de jogar fora; tempo de rasgar e tempo de costurar; tempo de calar e tempo de falar; tempo de amar e tempo de odiar; tempo de guerra e tempo de paz.” Dança das horas! É o duradouro dentro do efêmero. Por isso, ainda bem que continua existindo o eterno de Carlos Drummond de Andrade, expresso no poema Memória: “Pois as coisas findas, muito mais que lindas, estas ficarão”.

* Este é um trecho do livro Não Espere Pelo Epitáfio! (Provocações Filosóficas), publicado pela editora Vozes. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

MARIO SERGIO CORTELLA é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN.

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CONTRA UM MUNDO MELHOR

#cultura #autoestima #educação

Como a cultura da autoestima pode arruinar uma geração RECENTEMENTE tropecei num livro (ainda sem tradução, e nem sei se um dia terá) que se chama The Snowflake Effect, How the Self-esteem Movement Ruined a Generation. A expressão “Floquinho de neve” é uma expressão comum pra se referir a um filhinho querido (ou filhinha querida – hoje em dia a gente tem que tomar cuidado pra não ferir os sentimentos de ninguém, não é?). O livro trata do título desta coluna: quais são os efeitos de uma cultura da autoestima? Como diz o autor, Trey Willis, péssimos. A cultura do autoestima começa, segundo o autor, quando somos todos tratados desde cedo como muito especiais. Claro, essa cultura é um produto ao alcance, principalmente, da classe média pra cima. Hoje em dia, cada vez que temos menos filhos, os que temos se tornam objeto de grande ansiedade: o que comem, como dormem, como vão na aula de mandarim, qual intercâmbio que farão aos 13 anos, qual espiritualidade terão aos 15, enfim, quais orientações sexuais “escolherão” aos 10... um massacre de expectativas sobre o pequeno recém-chegado no mundo que fará mesmo ele precisar de muita autoestima. Infelizmente não há workshop de autoestima que funcione, são todos golpe. A autoestima é coisa difícil mesmo, porque o mundo está cheio de gente melhor do que nós: mais ricas, mais

bem-sucedidas, com amigos mais legais, mais magras, mais saudáveis, mais bonitas, enfim, “mais”. Mas a cultura da autoestima é algo mais amplo e ao mesmo tempo mais específico. Ela parte da ideia de que todos nós somos de alguma forma especiais, quando isso não é verdade. A mania de dizer que todo mundo é especial acaba por eliminar a própria ideia do que seja especial. Passa pelo fato de que filhos se tornaram um “projeto de sucesso” (medimos o narcisismo dos pais pelas expectativas de perfeição que depositam sobre os filhos), assim como a pós no Europa que fazemos e o esporte que praticamos regularmente pra combater os quilinhos a mais e o estresse. Outro traço marcante dessa cultura é o modo como ela torna a própria educação refém dela: professores e escolas não podem de modo nenhum ferir a autoestima dos nossos filhos. Alunos ruins que merecem ser reprovados nunca são os nossos, os nossos sempre têm déficit de atenção ou são hiperativos, e por isso merecem uma terceira chance na prova. O problema é que a cultura da autoestima faz das crianças pequenos monstrinhos com iPads. Daí, chegam aos adolescentes e suas viagens egoicas, cultivadas por professores e pais que queriam ser iguais a eles e, por isso mesmo, os deixam envergonhados de tanta inversão de papéis. Os instintos

são todos justificados dizendo que fazem parte de um suposto equilíbrio espiritual comprovado pelo último budista especialista em neurociências. E aí, chega o mundo real, “The Jungle”. Um parque temático colorido de opções, todas “amazing”, e os personagens do parque temático todos deprimidos, porque a cultura da autoestima é falsa como whisky paraguaio (como diziam meus pais back in the sixties) – sem querer ofender os paraguaios, que são gente excelente, como todos nós. O cotidiano e seu gosto por ambivalências, frustrações e limitações mostram seus dentes. Além da palavra “energia” (que devemos usar apenas quando nos referimos à Eletropaulo ou CPFL), devemos medir a inteligência e sofisticação intelectual de alguém por quantas vezes usa a palavra “autoestima” a sério. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

LUIZ FELIPE PONDÉ é filósofo e autor de vários livros, entre eles, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)

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PERFIL SOCIAL

#esporte #corrida #liçãodevida

VENTO NO ROSTO Com o projeto “Pernas de Aluguel”, Eduardo Godoy leva cadeirantes para realizarem provas de corrida por

Gabriela Ribeiro

COMO FUNCIONA O PROJETO? A logística para eu pegar as crianças da Rainha da Paz e levar para algum lugar é muito grande. Não é como levar um filho para passear. Eles moram longe e precisam estar prontos praticamente de madrugada. Então, a ideia é ter duas cadeiras. Vou levar de dois em dois, para competirem de dois em dois meses. Além disso, precisamos de vários corredores para cada cadeirante. Uma pessoa não consegue fazer o trajeto todo, então, precisamos revezar para empurrar a cadeira. Por enquanto, já temos 25 corredores inscritos e 20 cadeirantes selecionados. COMO É FEITA A SELEÇÃO DOS CADEIRANTES? Na Associação temos cerca de 300 crianças. A equipe de fisioterapia é quem seleciona qual está apta a participar de uma atividade como essa. O Circuito Atenas, no dia 2 de novembro, acontece na Marginal Pinheiros e tem um trajeto de 21 km. Não são todos que estão preparados para o evento. Não queremos restringir apenas às crianças da Rainha da Paz. Qualquer cadeirante pode entrar

em contato conosco para participar. Só precisa de um comprovante clínico e, no caso de menores, autorização dos pais. VOCÊ ENCONTROU DIFICULDADES PARA CONSEGUIR A CADEIRA CERTA? Na verdade, eu não esperava que fosse ter tanta dificuldade. Foi a parte mais difícil, porque precisamos de uma especial, que se adapte a qualquer pessoa. O apoio precisa ir para frente ou para trás, para cima ou para baixo. Como essa não é uma cadeira comercial, as empresas que produzem acabaram fugindo. Agora, estou juntando duas pessoas: uma que desenha e outra que vai montar esse triciclo. QUAIS BENEFÍCIOS OS CADEIRANTES TERÃO? A corrida envolve muita coisa. Além de sentir as sensações da largada até a chegada, há a inclusão social, que é muito importante. A garotada vai estar no meio de uma população muito sadia. Isso vai fazer muito bem a todos: a eles, por sentirem tudo isso, a mim, e às pessoas que estarão em volta. Não vou fazer ninguém se recuperar ou andar,

CHICO MAX

Formado em engenharia elétrica e gastronomia, Eduardo Godoy, de 47 anos, já se dedicava ao voluntariado há 12 anos – ele é o Papai Noel oficial da ONG Rainha da Paz, que fica em Santana de Parnaíba, e dedica todos os seus sábados a brincadeiras com as crianças e jovens assistidos pela instituição. Há cerca de um ano, assistiu ao vídeo do Team Hoyt, equipe norte-americana formada por Dick e Rick Hoyt – pai e filho, respectivamente – que viaja o mundo competindo em provas de corrida e triátlon. Rick é tetraplégico desde o nascimento e “corre” sentado em uma cadeira de rodas, que é empurrada pelo pai, Dick. Edu ficou emocionado com o vídeo e pensou: “Poxa, eu gosto de correr, conheço os cadeirantes da Associação Rainha da Paz e conheço um grupo de atletas. Vou fazer o mesmo aqui”. Desde então, ele vem desenvolvendo a ideia. Esbarrou em algumas dificuldades: como não encontrou cadeiras para corrida à venda, terá que produzir as suas – mas nada que tirasse o foco da superestreia, que já terá acontecido quando você estiver lendo este texto: os dois primeiros cadeirantes correram no dia 2 de novembro, no Circuito Atenas, em São Paulo. mas o que importa é o prazer de estar lá e receber uma medalha. VOCÊ JÁ VIVEU ESSA EXPERIÊNCIA DE CORRER COM UM CADEIRANTE? Já fiz algumas provas com uma mãe que corre com a filha. Chegar com a criança na linha de chegada e a galera aplaudindo não tem preço. Na hora em que o cadeirante passa, ele é único. A receptividade das pessoas é muito grande. Com o triciclo, precisamos de um espaço maior e de um cuidado especial. Mas as pessoas abrem caminho. Queremos fazer uma plaquinha para colocar em frente ao carrinho do Pernas de Aluguel com o nome do cadeirante. Se alguém de fora gritar por ele, vai ser muito legal. GOSTOU DA INICIATIVA? Você também pode ajudar: Pernas de Aluguel – pernasdealuguel.com. br ou pernasdealuguel@mandic.com.br Rainha da Paz – abcrainhadapaz.com.br ou 4154-5060 Conhece um trabalho social e quer ver ele aqui? Indique para reportagem@vero.com.br

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VIVER ALPHAVILLE E TAMBORÉ

#atividadefísica #energia #qualidadedevida

Os pais Simone e Maurício com as filhas, Vitória e Rafaela

Esporte cotidiano Crianças incentivadas a praticar exercícios físicos desde cedo tornam-se jovens mais ativos no futuro. Conheça a história de uma família que passou por essa experiência por

Leonardo Valle

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Rogério Alonso

VITÓRIA Ibrahin tem 19 anos e cursa faculdade de educação física. Sua irmã, Rafaela, completou 15 anos e adora treinar muay thai e malhar na academia. O gosto pelo esporte não veio de graça: ambas foram incentivadas por seus pais – a empresária Simone Martins Yamaoka Ibrahin e o piloto de avião Maurício Ibrahin – desde pequenas. “Hoje as duas têm consciência da importância da atividade física para melhorar a qualidade de vida. Os pequenos, quando praticam esportes, não têm tempo para pensar em bobagens, como drogas”, defende

Simone, que também é formada em educação física e, hoje, é proprietária de uma lavanderia industrial em Barueri. A todo vapor Ainda hoje, os pais seguem dando o exemplo para as filhas. Maurício gosta de pedalar, correr e caminhar pelo Terraços Tamboré, onde mora com a família. Já Simone vai à academia do condomínio sempre que pode e, há 16 anos, faz trabalho voluntário no Instituto de Desenvolvimento Humanitário “O Semeador”, em Alphaville. Além

disso, integra a comissão de eventos do Terraços Tamboré. “Já realizamos algumas festas temáticas, como Halloween, anos 70 e celebração do Dia das Crianças”, conta, animada. “O intuito é integrar os moradores e conhecer nossos vizinhos. É um momento de descontração e, o melhor, sem sair do condomínio”, destaca. OFERECIMENTO

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PERSONA VERO

#históriadevida #autoconhecimento #personalidade

CONRADO MITROVICH ROVIRA por

Gabriela Ribeiro

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Chico Max

HOMENAGEM DA VERO AOS PERSONAGENS DO BAIRRO E SUAS HISTÓRIAS DE VIDA INSPIRADORAS “O homem feliz não usava camisa”, ele não precisava de mais nada, além de uma casinha simples – e talvez uma cadeira –, em meio à natureza, para ter paz de espírito. Essa história resume Conrado Mitrovich Rovira, uruguaio, de 67 anos, arquiteto e designer de móveis que baseia sua vida no “ser”, e não no “ter”. Pode até parecer controverso vindo de um criador de móveis. Mas bastam dois dedinhos de prosa para entender: o seu trabalho transita na função, ergonomia e durabilidade das peças, e corre na contramão do competitivo mercado atual, que é muito preocupado com a forma. “Se eu disser que uma cadeira Thonet fabricada há 50 anos vai durar mais 200, muita gente vai ignorá-la, porque querem um produto novo. Mas isso não me convence. É difícil fazer as pessoas entenderem que existe um caminho diferente, livre, que depende exclusivamente de conhecer e respeitar a si mesmo, não importando tanto o que o mercado dita como certo”, diz Conrado.

Casado, com dois filhos e dois netos, Conrado veio viver no Brasil há 35 anos e, em Alphaville, há 25. Antes disso, formou-se em arquitetura e desenho de produtos na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo de Montevideo, no Uruguai, onde desenvolveu um estudo para mobiliário de residências populares. Foi premiado diversas vezes, como em 1989, com a cadeira “PIL/B”, no 3º Prêmio Museu da Casa Brasileira (MCB).

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• NOTÍCIAS REGIONAIS, ROTEIROS E ENTRETENIMENTO •

BIKES

PEDALADA Coloque na agenda e prepare a magrela: 16 de novembro é dia de rodar pelas ruas da região

Entrevista sobre plano cicloviário para a cidade pág. 72

IMÓVEIS

Especial mostra valorização da região pág. 90

Caldo de mocotó, budismo moderno, restauração de porcelanas e mais 18 endereços curiosos do CENTRO

COMERCIAL ALPHAVILLE

pág. 80

MAIS:

Gente: os principais eventos da região pág. 108

GPTW: as melhores empresas para trabalhar pág. 112

Piquenique: a criançada curte a praça pág. 114

Conheça os projetos para revitalizar o Boulevard de Barueri pág. 102

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Participe da

pedalada atitude alphaville Largada e chegada: Shopping Iguatemi Alphaville s 0ARTICIPA ÎO GRATUITA s )NSCRI ÜES NO LOCAL REALIZAÇÃO

16/11 A partir das 9h30

Informações: atitude@vero.com.br (11) 4195-9666

APOIO

CORREALIZAÇÃO

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Kit com camiseta, mochila, água e barrinha de cereal

Distribuição de frutas e sucos

Espaço Kids

Exposição de bikes e tenda para manutenção e conserto

Carro-madrinha acompanhando todo o circuito

Alongamento e aquecimento

Distribuição de brindes e vouchers

É só chegar e pedalar!

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entrevista

ciclovia

POR MAIS BIKES NA CIDADE

O secretĂĄrio de Planejamento e Urbanismo de Barueri, JosĂŠ Eduardo Hyppolito, fala sobre a proposta de interligar os bairros da cidade com ciclovias, ciclofaixa e ciclorrotas por Gabriela Ribeiro foto Chico Max

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ASSIM COMO mostrou

a VERO na edição passada (outubro – 178), a proposta da Prefeitura de Barueri que pretende implantar 56,5 km de ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas interligando todos os bairros ao centro da cidade, a partir do próximo ano, é polêmica. A Associação Residencial e Empresarial de Alphaville (AREA), por exemplo, posicionou-se contra o projeto – principalmente se o canteiro central da Rio Negro for afetado. Já a Associação de Indústria Imobiliária de Alphaville Tamboré e Região (AIAT) acha o plano excelente. Para aprofundar ainda mais a discussão, o secretário de Planejamento e Urbanismo de Barueri, José Eduardo Hyppolito, recebeu a nossa redação, em seu gabinete, para uma entrevista exclusiva. Confira!

principalmente nessa parte mais polêmica [se passa ou não pela Rio Negro]. Por isso, já estamos ouvindo alguns representantes da população, como a AREA, que tem uma posição diferente, a AIAT, a associação dos arquitetos, associação de síndicos dos condomínios, a Associação Comercial e Industrial de Barueri (ACIB), entre outros. Consideramos que o morador comum, que normalmente já utiliza a bicicleta na Via Parque ou em outros bairros da cidade, está de acordo com o projeto.

Seria viável implantar a ciclovia no canteiro central da Rio Negro sem agredir o projeto paisagístico? Esse caso não é como o do corredor de ônibus, muito discutido, que pode causar a perda da característica principal do bairro, o paisagismo. Para a ciclovia, nós acreditamos que existem pessoas capazes – na arquitetura – de fazer um projeto que possa preservar a riqueza do paisagismo, de forma que ele se valorize ainda mais. Porém, é uma situação em que só o cidadão vai poder decidir se a intervenção poderá ser feita ou não.

Qual a principal diferença da ciclofaixa que já existe na Via Parque para esse novo projeto? A ciclofaixa da Via Parque foi implantada para o lazer aos finais de semana. Mas, antigamente, isso não apresentava conflito do uso. Ou seja, a gente fechava uma faixa e não atrapalhava o outro cidadão que passava por lá de carro. E, de acordo com a pesquisa realizada pela Secretaria de Transporte e Mobilidade Urbana, apenas quatro usuários por hora passavam por lá aos sábados. Então essa causa acaba ficando prejudicada, com mais prejuízos do que lazer. O que estamos fazendo agora é um plano cicloviário para toda a cidade, um projeto muito grande, para as pessoas utilizarem a bicicleta como meio de transporte, inclusive durante a semana, para ir trabalhar.

E como vocês ouvirão a população nesse caso? Em projetos como esse, nós preferimos trabalhar com a opinião do cidadão,

Como seria implantada essa faixa na Via Parque? Uma das possibilidades – vimos que há condições – é fazer essa faixa dentro da margem do Rio

Tietê, ao lado da Via Parque. Ou seja, não seria no nível da rua, mas sim um pouco mais pra baixo. O cheiro pode ser ruim, porém, é o mesmo de mais um pouquinho pra cima. Mais: com isso, podemos ainda mostrar para a população a importância de resgatar o rio Tietê. O usuário da ciclovia vai contar com uma estrutura para, por exemplo, deixar sua bike em algum ponto e ir para o trabalho a pé ou com outro transporte? Claro que sim. A ideia é justamente essa. Além das ciclovias, ciclofaixas e ciclorrotas, serão implantados bicicletários para o ciclista deixar sua bicicleta com toda a segurança necessária. Precisamos fazer também campanhas de conscientização e mobilização para atender o usuário que precisa ser respeitado. Você acredita que as pessoas vão aderir à bicicleta como meio de transporte? Essa é uma questão cultural. Ninguém vai trocar seu conforto, sua mobilidade, por uma aventura assim de repente. Agora, se as pessoas tiverem essa alternativa com segurança, elas vão começar a aderir. Atualmente, já existem alguns usuários que, por exemplo, vão de bike até a estação de trem do Silveira, onde tem um bicicletário, e seguem para o trabalho de trem. Então, acreditamos que, a partir do momento em que todos tiverem apoio e todas as condições e infraestrutura necessárias forem implantadas, as pessoas vão começar a deixar o carro em casa. 2014 | NOVEMBRO | LOCAL VERO | 73

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atitude

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PEDALADA DE ATITUDE

O QUE VAI TER?

Alongamento e aquecimento Kit com camiseta, mochila, água e barrinha de cereal Exposição de bikes e tenda para manutenção gratuita Distribução de frutas e sucos Espaço Kids Carro-madrinha acompanhando todo o circuito Parada para descanso na Target

Coloque na agenda e prepare a magrela: 16 de novembro é dia de rodar pelas ruas da região

PEDALADA DA CAMPANHA ATITUDE Dia 16/11, 9h30 Largada e chegada Shopping Iguatemi Alphaville Participação gratuita REALIZAÇÃO

CORREALIZAÇÃO

APOIO

Primeira edição da pedalada reuniu 500 moradores da região

A CAMPANHA Atitude Alphaville não para! No dia 16 de novembro, acontece a segunda edição da pedalada. Com largada e chegada no Iguatemi Alphaville, os bikers vão percorrer um circuito leve, de cerca de 10 km, pelas ruas do bairro. Na concentração, haverá diversas atrações, que podem ser aproveitadas também durante a pedalada – para quem não for fazer o percurso, mas quiser acompanhar alguém até o shopping (confira as atrações ao lado). Para a garotada, haverá um percurso especial reduzido, com acompanhamento de

guias e monitores especializados. “Essa é mais uma ação com o objetivo de reunir a comunidade e resgatar o espírito de pertencimento ao bairro”, lembra a coordenadora da campanha, Janine Klein. A gerente de marketing do Iguatemi Alphaville, Magda Martins, acrescenta: "Os moradores valorizam muito o bem-estar e a qualidade de vida, e é gratificante apoiar ações que estimulem esse conceito". As inscrições são gratuitas e feitas na hora, no local. É só chegar com a magrela!

Informações: atitude@ vero.com.br ou (11) 4195-9666

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R TEIRO

Jacyara Azevedo, jornalista, foi editora da VERO e dos roteiros da Veja Comer & Beber. Moradora de Alphaville desde 1982, ela divide aqui os endereços mais bacanas na região e em São Paulo.

CENTRO COMERCIAL ALPHAVILLE

No cantinho da degustação do Sabores do Cerrado, é possível provar doces e licores do CentroOeste

CCA para todos os gostos GASTRONOMIA

SABORES DO CERRADO EMPÓRIO E CAFÉ

Por trás da fachada de madeira pintada de azul, há mais do que ingredientes da culinária da região Centro-Oeste do Brasil – mais especificamente, de Goiás e Minas Gerais. Passar algum tempo por ali revela, aos mais atentos, alguns dos costumes de quem vive naqueles estados. A lista de

especialidades típicas inclui bolinhos (fubá com erva-doce e geleia de goiabada ou laranja com geleia da fruta, gengibre e abacaxi; R$ 6,50 cada um), doce de leite, que aparece em até 11 variações, pimentas, compotas e conservas naturais (a de pequi custa R$ 15,50, com 260 gramas). O funrundum, doce ralado à base de melado de cana, mamão, coco, cravo e gengibre (R$ 19,50, 650 gramas) está entre as sugestões mais

exóticas. Tudo produzido artesanalmente e livre de conservantes artificiais: frutas são processadas logo que colhidas, leite é levado ao tacho de cobre pouco tempo depois de tirado da vaca no curral, embalagens de vidro esterilizadas recebem licores de sabores inesperados, como jenipapo, banana e murici (a partir de R$ 19,50 cada um). Se tiver algum receio, você pode provar produtos disponíveis

no “cantinho da degustação”, uma cortesia da casa – boa sacada de Flávia Penido, que está comemorando um ano de abertura da loja. Para comer em uma das mesinhas, o empadão goiano leva linguiça artesanal, peito de frango, milho verde, azeitona, pedaços de queijo minas padrão e guariroba – espécie de palmito com sabor mais amargo. Custa R$ 15,00 e é servido com salada. A carta de bebidas lista cachaças

Preços checados entre 20 e 24 de outubro de 2014.

A VERO está de casa nova (confira na pág. 34). Mas, antes de nos mudar, passamos um mês no Centro Comercial. Confira os serviços, comidinhas e passeios inusitados que encontramos por lá

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premiadas. Uma dica: os doces das marcas Sabor Campestre (R$ 19,50) e Jatiboca (R$ 35) são uma ótima sugestão para dar de presente. Calç. das Azaleias, 36, 4191-2860. 8h/18h30 (fecha sáb. e dom.).

ALPHA FRUT

Caso raro, tem dois endereços que levam exatamente ao mesmo lugar. Instalada em uma esquina (eis a explicação), nesta loja há frutas fresquinhas todos os dias. Uvas, atemoias, ameixas, mangas, bananas, sempre da estação, ficam dispostas em bandejas embaladas para viagem. Abacaxi, melancia e melão também aparecem em pedaços (R$ 3,00 a porção), devidamente descascados. A salada de frutas pode ser coberta por mel, granola ou leite condensado. Custa R$ 6,00 em qualquer versão. Tem açaí, sanduíches, água de coco e prepara sucos – o de milho, servido geladinho, é inesquecível (R$ 4,50, 300 mililitros; R$ 6, 500 mililitros; R$ 11, 1 litro). Na mesma linha, vende pamonha e curau (R$ 4 cada um). Faz entregas no Centro Comercial e arredores. Calç. das Magnólias, 71, e Calç. das Palmas, 11, 4208-6709. 7h30/17h30 (sex. até 17h; fecha sáb. e dom.).

ALPHA MIX DOCES E UTILIDADES

Em um passeio pelas calçadas e praças do CCA uma coisa é certeza: você vai encontrar alguém chupando um "juju", ou geladinho, como também é conhecida a famosa raspadinha congelada dentro de um saquinho. Dos cinco sabores vendidos pela pequena lojinha – chocolate, maracujá, morango, manga e coco –, o último esgota mais rápido. Pesam em média 140 gramas e saem por R$ 1,60 cada um. Prestes a entrarem na geladeira, açaí, abacate, amendoim e biscoito

serão os sabores do verão. Mas isso não é tudo. A loja é certeira: de um lado, estão posicionados chocolates, biscoitos e salgadinhos, e, do outro, adaptadores de tomada, acessórios para celular, controles remotos, pendrives. Menos de dois anos atrás, quando abriram as portas, os antigos sócios estavam na dúvida sobre qual segmento daria mais certo. Os dois!

Calç. das Margaridas, 70, 4195-9144. 10h/19h30 (fecha sáb. e dom.).

CASA DO NORTE BARRETO VI

Em menos de três anos, o restaurante com ares de boteco nortista passa pela segunda ampliação – as mesas mais disputadas ficam no deck instalado na praça. Da cozinha saem pratos à la carte da culinária brasileira. O baião de dois (arroz, feijão fradinho, calabresa em pedaços e queijo coalho) aparece em 11 variações. Bastante solicitado, o de jabá (carne-seca) é servido com mandioca frita (R$ 19). Também faz sucesso o mocotó, cartilagem de boi acompanhada de arroz, feijão e salada (R$ 14). A feijoada, às quartas e sábados, satisfaz duas pessoas (R$ 24). No happy hour, tente escolher uma das 20 porções. Para beber, a carta inclui 16 tipos de pingas regionais. Com mel, a dose da Kariri sai por R$ 4,50.

PALETERIA CANCUN

Entre na fila sobre a calçada e experimente uma paleta ao estilo mexicano – picolé produzido artesanalmente com ingredientes naturais e sem corantes ou outros aditivos químicos que virou febre no Brasil. São 22 versões, agrupadas em sabores frutados (R$ 7,50 cada um), cremosos (R$ 8,50), recheados (R$ 9,50) e alcoólicos (R$ 9,50). O saboroso gelado de morango preenchido por leite condensado é o mais requisitado – o palito de maracujá também pode vir com o mesmo recheio. Entre as opções mais ousadas, aparecem melancia com abacaxi, paçoca, merengue, romeu e julieta, banana

com chocolate, coco com brigadeiro, chocowhisky, caipirinha, café... Os sorvetes, que têm pedaços dos ingredientes utilizados em cada receita e pesam 120 gramas (quase o dobro do tamanho convencional), ficam enfileirados em geladeiras horizontais de vidro atrás do balcão. Recém-inaugurada – abriu as portas na segunda quinzena de outubro –, a franquia abriga apenas três mesinhas. O programa, portanto, inclui uma caminhada pelos arredores da loja. Calç. das Violetas, 118, 4208-7136/7137. 11h/19h (sáb. e dom. a partir de 12h). paleteriacancun.com.br

Praç. das Rosas, 88, 4193-8850. 11h30/23h (fecha dom.).

CHOCOLATARIA GRAMADO

Trufas, barrinhas, bombons recheados, ramas, pastilhas, entre outras gostosuras, formam pilhas sobre móveis rústicos de madeira. Dá para ver quase tudo (e desejar) ainda do lado de fora da loja envidraçada – como a saborosa vitrine do filme Chocolate, protagonizado por Juliette Binoche. Especializada em chocolates artesanais, a marca nasceu na cidadezinha 2014 | NOVEMBRO | LOCAL VERO | 81

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centro comercial

conhecida também por seu festival de cinema, no Rio Grande do Sul, e conta com mais de 60 unidades espalhadas pelo Brasil. Aqui no bairro, as trufas – 18 sabores – são as mais pedidas (R$ 1,75 cada uma). Recémchegada, a língua de gato vem em três versões: ao leite (R$ 7,50, embalagem com 80 gramas), com 73% de cacau (R$ 9,50) e diet (R$ 13). A partir da segunda quinzena de novembro, abrirá aos sábados. Praç. das Tulipas, 26, 4191-2914. 8h30/18h30 (sáb. 9h/13h; fecha dom.). chocolatariagramado.com.br

da simpática loja. À frente das assadeiras está a ex-comissária de bordo Angélica Guimarães Amorim, de 38 anos, moradora da região. Apaixonada por doces, em maio deste ano ela resolveu atender um pedido insistente da filha: cozinhar, em uma manhã de domingo, um muffin de blueberry. Os elogios renderam encomendas da família e dos amigos, resultando no novo negócio, aberto desde 8 de outubro. Na linha café da manhã, a maioria das receitas leva farinha integral

generoso brownie com doce de leite e ganache de chocolate. O único item feito fora dali são os biscoitinhos, obra de Yolanda Guimarães, de 81 anos, avó da proprietária. Praç. das Tulipas, 70, 99393-7203. 8h/18h (sáb. 9h/14h; fecha dom.).

SERVIÇOS AULAS DE BUDISMO E YOGA

NOSSO ESPAÇO

Nas noites de segunda-feira, reúne praticantes do budismo

Calç. das Violetas, 44, 4191-1106. 10h/18h (sáb. até 14h; fecha dom.).

PINK MUFFIN

Como o nome entrega, a especialidade da casa são os bolinhos individuais. As delícias são preparadas todos os dias a partir das 6h na cozinha instalada no segundo andar

Calç. Vitória Régia, 40, 2ª andar, 4191-8604. 9h/22h (fecha sáb. e dom.). nossoespacoalphaville.com.br

CONSERTO DE ELETRÔNICOS

PASTEL E CALDO DE CANA

Embora mantenha endereço fixo há dez anos, o jeitão de feira livre predomina neste endereço, na esquina da Calçada das Violetas com a das Palmas. Parte da graça está em sentar em uma das banquetas de plástico para devorar um cachorro-quente (custa R$ 3,50 e pode ser servido com 11 acompanhamentos). Ou ainda em escolher entre oito recheios de pastel (R$ 3,50 cada um). Mas é o caldo de cana espremido na hora, novidade no cardápio desde o início de outubro, que dá o clima ao lugar. O proprietário, Felipe Fernandes, compra 20 dúzias do caule por semana e as exibe na vitrine. A garapa pode passar pura pela máquina, com limão – a versão mais solicitada – ou abacaxi. Custam R$ 3 (300 mililitros) e R$ 5 (500 mililitros). Vende também sucos naturais, água de coco, pedaços ou salada de frutas. Aceita cartão.

instituições carentes ao redor do mundo). Na escola, idealizada pela professora de yoga Fátima Zanjácomo, há ainda grupos de tai chi chuan, yoga para adolescentes, adultos e gestantes, além da chamada baby yoga – para fortalecer o vínculo entre mãe e bebê no período pós-parto. Um corpo de profissionais realiza atendimentos em psicoterapias, medicina ortomolecular, acupuntura e reiki.

ALPHA SERVICE ELETRÔNICA

Antes mesmo de passar pela porta de vidro, a clientela é recebida com um simpático sorriso de Luiz Ortega – um bem-humorado senhor de 73 anos, proprietário do local há mais de 30. Do outro lado de seu balcão, conserta-se de tudo um pouco: aspiradores de pó, microondas, ventiladores, secadores de cabelo, entre outros eletrodomésticos. O orçamento depende do diagnóstico, e, de tão honesto, “Seu Luiz” avisa quando um item novo vale mais a pena. Também vende copos de liquidificador dos principais modelos.

Calç. Flor de Lótus, 19, 4195-4983. 8h/17h (sáb. até 12h; fecha dom.).

atitude@vero.com.br - (11) 4195 9666

ESCOLA DE CULINÁRIA

BÉTH SOÂRES e vem acompanhada de geleia, manteiga ou cream cheese. Há invenções como tapioca ou banana com mel. O cardápio inclui versões doces e salgadas (a partir de R$ 4,50 a unidade), além dos “muffinis”, recheados e prensados na tostadeira (a partir de R$ 5,50 cada um). Todos os sabores variam conforme os ingredientes do dia – torça para encontrar o de milho cremoso! Serve também oito tipos de croques (sanduíches gratinados), pão de queijo caseiro, um

“moderno” ou “kadampa”, interpretação do renomado monge tibetano Geshe Kelsang Gyatso para transmitir os ensinamentos de Buda – por meio da meditação, os participantes aprendem a solucionar questões do dia a dia e buscar significado. As aulas, uma parceria com o Centro de Meditação Mahabodhi, em Pinheiros, acontecem das 19h30 às 21h e pedem uma doação de R$ 20 por encontro (a arrecadação beneficia

Sejamos honestos: lavar bem, passar bem, cozinhar bem, fazer a faxina bem e manter a casa bem arrumada não são tarefas das mais triviais. Ainda mais quando estão concentradas em uma única funcionária. Nesta escola, em funcionamento há dez anos no mesmo endereço, arrumadeiras, copeiras, cozinheiras, lavadeiras, passadeiras, motoristas e governantas – ou apenas a sua empregada doméstica – aprendem a cuidar (bem) da rotina de um lar. O treinamento

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centro comercial

completo de capacitação acontece ao longo de dez aulas práticas (R$ 120,00 por encontro), com material de apoio incluído. Os temas são “cozinha e culinária”, “serviços gerais” e “lavar e passar” – há a possibilidade de contratar módulos avulsos. O conteúdo, desenvolvido pela idealizadora do espaço (a mineira Béth Soâres), pode ser aplicado no local ou na residência do contratante. Em tempo: a proprietária faz também o serviço de personal organizer, em que organiza pessoalmente a casa ou o cômodo da cliente e treina seus funcionários para manter tudo arrumado. O local tem ainda cursos de culinária para iniciantes e aspirantes a gourmets.

ESCOLA DE PORTUGUÊS

CRIAR LÍNGUA PORTUGUESA E REDAÇÃO

Dedicar-se aos saberes da escrita pode parecer um ideal romântico. Mas esta escola, uma rede de franquias especializada nesse segmento, existe há 23 anos e possui 20 unidades – somando todas, já recebeu mais de 10 mil alunos. Desde o ensino fundamental (a partir do 6º ano) até a preparação para o vestibular e cursos específicos de capacitação, o espaço concebido pelo professor Luiz Cláudio

familiar levou a ex-produtora de eventos Neide Silva, de 48 anos, a conhecer o tai chi chuan (e mudar o rumo de sua trajetória). Mais de duas décadas se passaram – com direito a estadias na China e no Japão –, e a hoje professora, que lecionou a prática durante 13 anos na Sociedade Brasileira de Tai Chi Chuan, inaugurou este espaço em maio deste ano. Além de ensinar a prática (R$ 250 por mês, com duas aulas semanais de 60 minutos), ela também presta

Praç. das Paineiras, 82, 4208-3538. 11h/20h (sex. até 16h; sáb. 9h/14h; fecha dom.). macunaima.com.br

Calç. das Gloxíneas, 7, 2175-2384 e 98162-3709. 8h/18h (fecha sáb. e dom.). bspaladarerequinte.com.br

EXPOSIÇÃO DE ARTE

ARTE NA PRAÇA

ESCOLA DE MÚSICA

MUSIC VILLE

Se estivesse instalado em algum lugar da Europa, este predinho de três andares teria status de conservatório de música. Nele se ensina de tudo: violão, baixo, guitarra, cavaco, bateria, teclado, acordeão, gaita, sax, flauta transversal. Um dos mais procurados neste ano, o violino também faz parte da lista – assim como aulas de técnica vocal, coral popular e musicalização infantil. São sete salas, 12 professores e mais de 150 alunos sob a supervisão do músico Marquinhos Santana, de 45 anos, que abriu a escola em 1991. A mensalidade, para qualquer curso, tem preço fixo de R$ 230 – o atendimento é individual, 50 minutos por semana. Há um ano funciona no piso térreo a loja que comercializa de instrumentos a acessórios dos mais variados (cordas custam a partir de R$ 30). É possível contratar aulas em casa. Calç. das Orquídeas, 257, 4191-6924. 9h30/21h30 (sáb. 8h/14h; fecha dom.). musicville.com.br

no bairro. Com três salas de aula, a unidade conta com os professores e a infraestrutura de cinco salas de teatro da matriz. Ministra cursos para crianças, iniciantes e gente interessada em profissionalizarse (frequentada durante a semana, a sequência dura dois anos e meio, habilitando a fazer o registro na Delegacia Regional do Trabalho). Seu método utiliza como base o sistema de formação de atores criado por Constantin Stanislavski, ator, diretor, escritor e pedagogo russo que teve destaque nos séculos XIX e XX.

atitude@vero.com.br - (11) 4195 9666

Jubilato versa sobre gramática, redação, linguagens e códigos, obras literárias e atualidades, além de promover atividades culturais. Abriu em Alphaville em 2009. A partir de R$ 245 por mês, o aluno frequenta uma aula semanal e o plantão de redação. Calç. dos Ciclames, 68, 4195-0719. 9h/19h (fecha sáb. e dom.). cursocriar.com.br

ESCOLA DE TAI CHI CHUAN

VIA ZEN

Uma depressão de um

atendimento em massoterapia – shiatsu e drenagem linfática –, quiropraxia e reiki (a partir de R$ 100 a sessão).

Calç. das Samambaias, 10, sala 1, 99148-9334. 8h/19h (sáb. até 12h; fecha dom.). viazentaichichuan.com

ESCOLA DE TEATRO

MACUNAÍMA

Uma das escolas do gênero mais antigas da capital, em atividade desde 1974. Em 2015, completa dez anos

Quando estiver caminhando pelas calçadas do Centro Comercial Alphaville, não se surpreenda ao se deparar com reproduções de obras célebres de Van Gogh, Cézanne, Renoir, Modigliani e Botticelli, entre outros mestres da pintura. Desde maio deste ano, 17 praças (das 23 existentes no local) exibem peças do artista plástico Angelo Nicolosi, morador do bairro que usa como tela a pedra goiás. Ao todo são 50 trabalhos – cada um deles acompanhado por uma placa com informações sobre a versão original e a vida de seu criador. Centro Comercial Alphaville (retire seu mapa na Central de Atendimento ao Cliente, Praç. dos Cravos, s/n, ao lado dos Correios), 4196-6591. 6h/23h. Mostra permanente. centrocomercial.com.br

RESTAURAÇÃO DE PEÇAS

TABAPUÃ

De tanto receber clientes que atravessavam a Castelo e a Marginal até a rua que lhe empresta o nome, no bairro do Itaim, a família Soares decidiu abrir (sete anos atrás) um ponto de apoio em Alphaville. O endereço funciona apenas

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centro comercial

para pegar e devolver objetos de metal, cristal e porcelana precisando de restauração – que podem receber na matriz banhos de ouro, prata, latão, níquel e cobre. Negócio de uma família composta por fundidores, ourives e restauradores, a casa funciona desde 1984. Entre os serviços, metaliza sapatinhos e peças de cerâmica como esculturas. Calç. das Samambaias, 21, 4195-2846 e 7857-8014. 10h/17h (fecha sáb. e dom.). restauracaotabapua.com.br

Star Wars, super-heróis, Mario Bros, entre outras referências das telonas, quadrinhos, games e TV. Em fevereiro deste ano, pedidos insistentes levaram à abertura do espaço físico. Do acervo com mais de mil itens, destacam-se os bonecos action figure. O termo traduz as figuras de personagens de ação feitas pelos próprios estúdios de cinema para colecionadores, em tamanhos de até 30 centímetros. Vão do desenho sensação Adventure Time, exibido no Cartoon Network,

Calç. das Gardênias, 36, 4193-3025. 10h/18h (sáb. até 14h; fecha dom). furianerd.com.br

LOJA DE FANTASIAS

PONTO MÁGICO

Sempre tem a brincadeira na escola, uma festa de Halloween, o baile de Carnaval ou até mesmo uma tarde diferente entre crianças. Aí, pinta a dúvida: onde achar uma fantasia bacana? Pois aqui você pode escolher entre mais de 800 modelos (muitos trazidos dos EUA), além

TATUAGEM PARA CALVOS

MICROPIGMENTAÇÃO CAPILAR BRASIL

COMPRAS LOJA DE ARTIGOS GEEKS

FURIA NERD

Velhos conhecidos de qualquer ser humano que já tenha passado pela adolescência, os nerds de antigamente ganham cada vez mais status com o avançar do século XXI. Esta loja, que nasceu virtual há menos de três anos, atende justamente os hoje conhecidos como geeks – ou amantes da cultura pop, em uma tradução livre. Ou seja, qualquer ser que já tenha vibrado com

Calç. Vitória Régia, 77, 4195-9352 / 99329-3991. 10h/19h (sáb. 11h/15h; fecha dom.). pontomagico.com

SEX SHOP

Desenvolvida para pessoas com calvície, esta técnica pigmenta o couro cabeludo imitando a aparência de uma cabeça raspada. A rede trabalha com três equipamentos diferentes de alta precisão, 20 tipos de agulhas (a espessura é a de um fio de cabelo) e 24 cores de pigmentos, todos aprovados pela Anvisa. Geralmente são necessárias duas sessões de quatro horas. Oferece um ano de garantia. É possível contratar o serviço VIP, com atendimento em domicílio. Para simular o resultado, os mais reticentes podem realizar o procedimento temporário, que sai na primeira lavagem. Atendimentos apenas com hora marcada.

Calç. das Papoulas, 137, 2º andar, 4063-0168 / 96432-5211. micropigmentacaocapilarbr.com.br

os clientes. Alice no País das Maravilhas está entre as mais procuradas pelas mulheres (o valor muda conforme o modelo). Vale a pena provar a imponente roupa da Malévola (R$ 180), uma novidade. Inspirados no papel do ator Johnny Depp, os homens ficam ótimos como Chapeleiro Maluco (R$ 150). Há também Capitão América, Batman, Homem Aranha (a partir de R$ 110) – alguns reforçados com músculos de espuma.

FORBELLE MODA FEMININA

atitude@vero.com.br - (11) 4195 9666

à série japonesa de mangá conhecida como Os Cavaleiros do Zodíaco, do final da década de 1980. Custam a partir de R$ 10 cada um. Em tamanho natural, o busto de Neytiri, do filme Avatar, sai por R$ 2.949,90. As estantes exibem também peças de vestuário, enfeites para decorar a casa, acessórios para celular, canecas, jogos de tabuleiro, livros, pôsteres, personagens de pelúcia. Se não puder permanecer horas fuçando por ali, a marca tem uma loja virtual.

de encontrar acessórios como máscaras, luvas e sangue de vampiro. As fantasias infantis estão disponíveis apenas para venda. Meninas gostam de se vestir de princesa (a partir de R$ 69,90) ou personagens de Monster High (a partir de R$ 109,90). Os moleques ficam uma graça de Buzz Lightyear (R$ 89,90), da animação Toy Story. Para os adultos, a opção é o aluguel. Os preços vão de R$ 60 a R$ 200, e, em geral, as roupas ficam cerca de três dias com

Embora o sobrenome despiste, o luminoso por trás da vitrine não deixa dúvida: trata-se de uma sex shop. Por dentro, prateleiras exibem uma infinidade de cosméticos sensuais, como são chamados no meio, e brinquedos. Fazem sucesso o par de algemas de metal (R$ 45) ou as fantasias – nesta ordem – de doméstica, enfermeira e estudante (a partir de R$ 20 cada uma). Sim, há as lingeries, digamos, tradicionais. Mas o bacana ali são as 13 modelagens disponíveis de corset, que podem ser encomendadas em qualquer cor (a partir de R$ 170, abaixo do busto; e de R$ 195, acima). Todas são feitas com 12 barbatanas de aço e três camadas de tecido, para serem usadas como roupa ou “tight lacing”, prática de vestir o adereço por longos períodos com o objetivo de reduzir a circunferência da cintura. Mãe e filha, as proprietárias dão detalhadas explicações sobre cada produto. Uma vez por mês, organizam cursos de pompoarismo, massagem tailandesa e “lap dancing” (dança de colo) com strip tease. Calç. das Violetas, 22, 4191-0290. 10h/19h (sáb. até 18h; fecha dom.).

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Château dos Bichos

BOM PRA BICHO

Inovador pet resort da região oferece atendimento e hospedagem personalizados e superexclusivos para cães e gatos por Camila do Bem

NO CHÂTEAU dos Bichos, um pet resort

localizado em Aldeia da Serra, o requisito básico para ser funcionário é amar os animais. E isso muda tudo. Por lá, um cãozinho não fica sozinho nunca. Todas as atividades são supervisionadas por uma equipe cheia de amor e carinho, atenta às necessidades e características de cada cão. Além disso, os bichos são sempre estimulados a socializar e fazer novas amizades animais. O espaço de 2.000 metros quadrados conta com ar condicionado, cromoterapia e som ambiente. Ao todo, são 40 apartamentos com capacidade para hospedar até 80 peludos. Do lado externo, há muita grama sintética para brincar (o que assegura limpeza, higiene e segurança), piscina aquecida, além de brinquedos e acessórios para estímulos sensoriais e outras brincadeiras. “Nosso conceito é de que o bicho deve brincar,

interagir e ser feliz, para que o convívio seja harmonioso e tranquilo”, diz Junia Couto, criadora do espaço.

GATOS

Os bichanos têm um comportamento totalmente diferente do dos cães, por isso têm um lugar especial: “Montamos um gatil cheio de arranhadores, túneis, tocas, guizos, fontes, nichos: tudo de que eles gostam”, explica Junia. A estrutura respeita a forma como eles gostam de viver, e há, inclusive, nichos independentes para gatos que não gostam de fazer amigos. A área de estética dos felinos também é diferenciada: aromaterapia com essências específicas que deixam os bichanos calmos e desestressados na hora do banho – para voltarem pra casa mais lindos e cheirosos do que chegaram.

DIVULGAÇÃO

No pet resort, bichos nunca ficam sozinhos e contam com mimos especiais, como piscina aquecida

“Tudo o que construí aqui foi feito pensando única e exclusivamente nos animais. Esta é a casa deles. Busquei tudo o que sempre quis para os meus bichos, que amo tanto, e quero oferecer esse amor a todos os que vierem.” JUNIA COUTO, IDEALIZADORA DO CHÂTEAU DOS BICHOS

Château dos Bichos Rua Eufrides Moreira Bastos, s/n Aldeia da Serra Tel.: (11) 4192-2590 / 4192-1394 chateaudosbichos.com.br

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especial

imobiliário

Valorização constante Enquanto no Brasil o setor imobiliário segue crescendo, mas em ritmo desacelerado, Alphaville e região continuam atraindo investimentos e oferecendo oportunidades para diferentes perfis por Gabriela Ribeiro

QUEM COMPROU um imóvel em Alphaville e

região – seja para morar, seja para investir – nos últimos anos certamente fez um bom negócio. Em média, entre 2012 e 2014, a região valorizou 64,8%. Muito próximo a São Paulo, Alphaville reúne itens como qualidade de vida, áreas verdes, segurança e infraestrutura, a preços bem mais atrativos que na capital paulista. Para se ter uma ideia, um apartamento médio, de 69 m2, custa R$ 449.190 em Alphaville. Em São Paulo, a mesma metragem custa, em média, R$ 571.113 – em alguns bairros, como o Jardim Europa, o preço salta para R$ 1.018.164. Mas o maior diferencial

vem agora: o bairro está se posicionando na contramão do restante do país. De acordo com um levantamento feito pelo Banco Central divulgado em janeiro deste ano, do período pós-crise de 2008 até 2011, o Brasil foi o país que conseguiu a maior valorização imobiliária do mundo – o preço médio dos imóveis brasileiros subiu 121,6%. No entanto, nos últimos dois anos, o país vem sentindo uma desaceleração – o que não acontece por aqui. Nem no setor corporativo. De acordo com analistas, apesar da queda de preço desses imóveis no último ano, ele continua promissor e com perspectivas de crescimento.

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ALPHAVILLE

Mas a pergunta que não quer calar é: Alphaville vai continuar com esse alto poder de valorização? O questionamento é comum tendo em vista os problemas que vieram com o desenvolvimento – especialmente o trânsito. As principais incorporadoras da região continuam confiantes. É o caso da MPD. “Além do crescimento residencial, Alphaville tornou-se um polo comercial e industrial que atrai grandes empresas. O valor do m2 na região é atrativo e tem grande potencial de valorização. A infraestrutura local de comércio, serviços e a segurança também são pontos fortes na região, além da qualidade de vida, que certamente é melhor em comparação com as grandes cidades”, diz Mauro Santi, vicepresidente de Incorporações da MPD. Para Luíz Henrique Moreira, diretor da Módena Incorporadora, Alphaville está com uma curva de valorização sólida, com taxas realistas e salutares para o setor. “Eu acredito, por exemplo, que a região do Melville vai atingir a média de R$ 8 mil/m2 em 12 meses”, diz ele. Segundo Paulo Pinheiro, sóciodiretor da unidade de negócios da Lopes, a região segue, felizmente, com um cenário atípico em relação ao mercado imobiliário brasileiro. “Tivemos aumento no número de empreendimentos e unidades lançadas, aumento do preço e na quantidade de estoque”, explica. O

METRO QUADRADO ATRATIVO E COM POTENCIAL DE VALORIZAÇÃO RESIDENCIAL Junho 2012: R$ 3.950/m2 Junho 2014: R$ 6.510/m2 Valorização: 64,8% 3% do estoque proporcional é de apartamentos de até R$ 199 mil 22% de R$ 200 mil a R$ 699 mil 53% a partir de R$ 700 mil

Painel de Mercado Lopes – pesquisa contínua realizada pela Inteligência de Mercado sobre empreendimentos lançados na Região Metropolitana de São Paulo – mostra que, nos últimos três anos, a região, que inclui Barueri e Santana de Parnaíba, recebeu 37 lançamentos residenciais. Os empreendimentos somam 92 torres, 10.485 unidades, e movimentaram R$ 3,1 bilhões em VGV (valor geral de vendas). “Além das vantagens de localização e proximidade com a capital, a região também oferece projetos de alta

Metro quadrado hoje: Santana de Parnaíba: R$ 4.199 Alphaville (incluindo Tamboré e região): de R$ 6.381 a R$ 7.348 Barueri: de R$ 4.363 a R$ 5.172

Principais atrativos:

áreas verdes segurança infraestrutura

qualidade, com preços vantajosos quando comparados aos praticados em São Paulo”, afirma Pinheiro. Ainda de acordo com o levantamento, o metro quadrado residencial da região gira em torno de R$ 6.510. “Com uma velocidade de vendas impulsionada pela variedade de tipologias oferecidas, a região mantém 19% das unidades em estoque, ou seja, um nível saudável. E com perspectivas positivas para o mercado regional: já mapeamos 21 lançamentos futuros”, ressalta Pinheiro.

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especial

imobiliário

BETHAVILLE

Alguns desses lançamentos estão no bairro de Bethaville, em Barueri. O local é um novo polo residencial e de negócios que fica em uma região muito próxima a Alphaville, na saída 26A da Rodovia Castelo Branco. “Nosso primeiro empreendimento em Bethaville foi a torre comercial Office Bethaville, cujas obras serão finalizadas em outubro deste ano. Além dele, temos o recém-lançado Resort Bethaville, um condomínio vertical e residencial que oferece uma proposta completa para toda a família, com opções variadas de serviços e lazer”, conta Santi, da MPD. Já para o sócio da Lopes, Pinheiro, a expectativa de vendas desse empreendimento era de 40%, mas foi além: “Vendemos 80% das unidades, e, apesar de ser uma região menor que Alphaville, ela já

POLO RESIDENCIAL E DE NEGÓCIOS Principais atrativos:

preço fácil acesso à Rodovia Castelo Branco próximo ao centro de Barueri

está consolidada”, diz. Segundo ele, Bethaville é atrativa pelo acesso muito fácil à Castelo e pelo fato de não estar inserido dentro de Alphaville e não sofrer com o problema do trânsito. Para Luiz Paulo Pompéia, diretor da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp), Bethaville é um bairro com planejamento, em processo de ocupação e crescimento”, diz Pompéia.

OSASCO

Outra cidade que vem se destacando no mercado imobiliário, com valorização cada vez mais expressiva, é Osasco. De acordo com o Painel de Mercado Lopes realizado em junho de 2014, por lá, nos últimos três anos foram lançados 48 empreendimentos, com VGV de R$ 3 bilhões, divididos em 78 torres e 7.925 apartamentos. Desses, 11 (23%) estão totalmente vendidos e 37 (77%) em comercialização. O preço médio do metro quadrado na cidade é de R$ 5.820. Pompéia explica que três motivos fortes deixam a cidade atrativa: a localização – é um dos municípios mais próximos à capital, situado na zona Oeste, além de também estar pertinho da Cidade Universitária (USP) e das marginais do Rio Pinheiros; a grande oferta de empregos; e os preços, que são muito menores que em São Paulo. Deve-se levar em consideração também a infraestrutura voltada para o lazer: Osasco tem três grandes shoppings – Osasco Plaza Shopping, Super Shopping Osasco e Shopping União de Osasco –, além de diversos parques, com destaque para Parque Municipal Chico Mendes, o maior da cidade.

PERTINHO DE SP E CHEIO DE LAZER RESIDENCIAL Junho 2012: R$ 3.780/m² Junho 2014: R$ 5.820/m² Valorização: 53,96% 17% do estoque proporcional é de apartamentos de até R$ 399 mil 21% entre R$ 400 mil e R$ 699 mil 23% a partir de R$ 700 mil

“Vendemos 80% das unidades, e, apesar de ser uma região menor que Alphaville, Bethaville está consolidada"

Principais atrativos:

fácil acesso às principais rodovias próximo à capital paulista grande oferta de empregos infraestrutura voltada ao lazer

PAULO PINHEIRO, SÓCIO-DIRETOR DA LOPES

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Localização privilegiada e de fácil acesso – além de uma das menores alíquotas de ISS do estado (no caso de Barueri) – seduzem os empresários. A ocupação também se mantém aquecida, porque as empresas já instaladas por aqui, muitas vezes, mudam de endereço dentro da própria região. Especialmente em Alphaville, apesar da queda de preço do último ano, o setor corporativo continua promissor e com uma grande quantidade de imóveis disponíveis. “São muitos edifícios novos construídos em Alphaville. A oferta hoje é maior, e as demais conjunturas macroeconômicas também influenciam a queda dos preços”, explica Tadeu Bronhara, diretor-geral da Real Brokers, empresa de consultoria imobiliária. Segundo Paulo Casoni, gerente de negócios da consultoria de investimentos e serviços imobiliários da Jones Lang LaSalle (JLL), Alphaville tem à disposição empreendimentos de alta qualidade. Ele afirma, por exemplo, que os espaços para escritórios no bairro são mais eficientes do ponto de vista técnico, capazes de atender à demanda de grandes corporações a preços muito atraentes quando comparados aos das demais regiões corporativas de São Paulo. “Esses novos escritórios, naturalmente, levarão um tempo até serem absorvidos pelo mercado. Mas, como o ritmo de ocupação se mantém forte e a previsão de entrega de empreendimentos comerciais para os próximos anos não é grande, a tendência é de que a vacância diminua”, diz Casoni. Essa é também é a expectativa de Bronhara: “Os preços vão subir nos próximos anos de forma gradual, conforme a taxa de ocupação subir”, conclui.

OPORTUNIDADES PARA EMPRESAS ALPHAVILLE E REGIÃO VENDA: entre R$ 9 mil/m² e R$ 12 mil/m² LOCAÇÃO: entre R$ 50/m² e R$ 70/m² BETHAVILLE VENDA: entre R$ 7 mil/m² e R$ 9 mil/m² LOCAÇÃO: entre R$ 40/m² e R$ 50/m² OSASCO LOCAÇÃO: entre R$ 12,50/m2 e R$ 77/m²

AEROINDAIA

MERCADO CORPORATIVO E COMERCIAL

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especial

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Onde morar, trabalhar e investir ALPHAVILLE E REGIÃO | RESIDENCIAL

Nas próximas páginas, você confere uma relação com os principais empreendimentos residenciais e corporativos da região

Glass Design Alphaville

Site glassalphaville.com.br Incorporação Módena Incorporadora S.A. Localização Avenida Ômega 310, Melville Vendas Fernandes Mera | Informações (11) 4134-3333 | Opções de metragem 63 m2 a 67 m2 | Dormitórios 2 ou 1 (com living ampliado) | Projeto de arquitetura Pedro Kartalian | Projeto paisagístico Eduardo Mera | Projeto de decoração Camila Klein Número de torres 1 | Pavimentos 21 Elevadores 4

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ALPHAVILLE | RESIDENCIAL

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imobiliário

Life Park

Site cnl.com.br/lifepark Incorporação CNL Empreendimentos Imobiliários | Localização Av. Andrômeda, 2.000 – Green Valley | Vendas Fernandez Mera | Informações (11) 4134-3333 Opções de metragens 62 m² e 73 m² Dormitórios 2 e 3 | Data de entrega maio/2017 | Projeto de arquitetura Rubio & Luongo Arquitetura Projeto paisagístico Martha Gavião Arquitetos Associados Projeto de decoração Ana Andrade Total de unidades 346 | Número de torres 2 | Pavimentos 26 (Torre A) e 23 (Torre B) | Elevadores 8

Present Alphaville

Site presentalphaville.com.br Incorporação MPD e Tamboré Empreendimentos e Participações Localização Av. Ômega, 171 – Alphaville Vendas Fernandez Mera, Lopes e Top Brokers | Informações (11) 4195-6080 Opções de metragem 85 m² e 112 m² Dormitórios 1, 2 e 3 suítes | Projeto de arquitetura Reinaldo Pestana Arquitetura e Urbanismo |Projeto paisagístico Luciana Moraes Paisagismo | Projeto de decoração Claudia Albertini & Chris Silveira Arquitetos Número de torres 1 | Pavimentos 20 Elevadores 4

Royal Park

Site royalparkalphaville.com.br Incorporação CNA Spitaletti Localização Av. Andrômeda, n° 2.000 – Green Park – Alphaville Vendas Imobiliária Fernandes Mera Informações (11) 4134-3333 | Opções de metragem 81 m² e 90 m² | Dormitórios 3 (com 1 suíte), 2 (com 2 suítes e sala ampliada) | Projeto de arquitetura Mario Carvalho Lima Neto | Projeto paisagístico Martha Gavião | Projeto de decoração Ana Andrade | Número de torres 3 Pavimentos 3 Subsolos e 19 andares Elevadores 2 por torre

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imobiliário

Wi House

Site wihousealphaville.com.br Incorporação MPD e Tamboré Empreendimentos e Participações Localização Al. Amazonas, 495 – Alphaville Barueri | Vendas Fernandez Mera, Lopes e TOPbrk | Informações (11) 2755-2075 Opções de metragem 49 m², 52 m² e 53 m² e 78 m² | Dormitórios 1 e 2 suítes Projeto de arquitetura Reinaldo Pestana Projeto paisagístico Rodolfo Geiser Paisagismo | Projeto de decoração Fernanda Marques Arquitetos Associados | Número de torres 1 Pavimentos 16 | Elevadores 4

Complexo Madeira

Site complexomadeiraalphaville.com.br Incorporação Alphapar e Tivoli Localização Al. Madeira | Vendas CIA e Abyara | Informações (11) 4191-3337 Opções de metragens salas a partir de 45 m², lajes de 900 m², apartamentos de 26 m² e 52 m² | Data de entrega 2014 Projeto arquitetônico Ricardo Julião Projeto paisagístico Benedito Abbud Total de unidades 674 | Número de torres 2 integradas (1 vertical e 1 horizontal) Pavimentos 26 andares + 3 subsolos Elevadores 15 + 2 escadas rolantes

ALPHAVILLE | CORPORATIVO

ALPHAVILLE | CORPORATIVO

ALPHAVILLE | RESIDENCIAL

especial

Escritórios Rio Negro

Site cyrela.com.br/Rio_Negro Incorporação Cyrela | Localização Al. Rio Negro, 503 - Alphaville Vendas Seller | Informações (11)4502-3001 Opções de metragem 42 m2 a 970 m² Data de entrega maio/2015 Projeto de arquitetura José Lucena Projeto paisagístico Benedito Abbud Projeto de decoração Fernanda Marques Número de torres 1 | Pavimentos 25 Elevadores 10 (sociais), 1 (serviço), 3 (entre térreo e garagens para transfer)

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imobiliário

Office Bethaville

Site officebethaville.com.br Incorporação MPD e Tamboré Empreendimentos e Participações Localização Av. Trindade, 254 Bethaville - Barueri/SP Vendas Fernandez Mera e Lopes Informações (11) 4163-3002 Opções de metragem De 41 m2 a 853 m2 (privativos) Projeto de arquitetura José Lucena Arquitetura e Planejamento Projeto paisagístico Luciana Moraes Projeto de decoração Ana Rita Souza e Silva | Número de torres 1 Pavimentos 16 | Elevadores 7

Rossi Mais Parque da Lagoa

Site rossiresidencial.com.br/parquedalagoa Incorporação Rossi | Localização Estrada dos Romeiros, 262 – Barueri Vendas Lopes e Rossi | Informações (11) 4003-0980 |Opções de metragem 60 m2 e 71 m2 | Dormitórios 2 ou 3 (sendo 1 suíte) | Projeto de arquitetura Adesa Arquitetura | Projeto paisagístico Hus – Arquitetura, Urbanismo & Desenho da Paisagem | Projeto de decoração Vanessa Féres Arquitetos Associados | Número de torres 3 | Pavimentos térreo + 20 | Elevadores 3 por torre

OSASCO | RESIDENCIAL

BARUERI | RESIDENCIAL

BARUERI | CORPORATIVO E COMERCIAL

especial

Piscine Home Resort

Site piscinehomeresort.com.br Incorporação Gamaro Localização Av. Franz Voegeli, 924 Osasco | Vendas Fernandez Mera Informações (11) 4063-3600 Opções de metragem 40 m2, 61 m2 e 79 m2 Dormitórios 1, 2 ou 3 | Projeto de arquitetura Rubio e Luongo Arquitetura Ltda | Projeto paisagístico Martha Gavião Arquitetura Paisagística | Projeto de decoração Ana Andrade Arquitetura e Interiores | Número de torres 3 | Pavimentos 23| Elevadores 6

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nononono

DIVULGAÇÃO

ononononno

CENTRO

NOVO

Resultado do concurso para revitalização do Boulevard e do bairro deve ser anunciado em breve. Confira cinco destaques escolhidos pelo júri técnico

Com quase 20 anos, a famosa praça do centro de Barueri – o Boulevard – é o principal foco da revitalização do bairro, que ganhou muitas ideias por meio de um concurso 102 | LOCAL VERO | NOVEMBRO | 2014

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Quase 20 anos após a inauguração da extensa praça que simboliza a cidade de Barueri, o Boulevard, a prefeitura decidiu lançar um Concurso Internacional de Arquitetura e Urbanismo, a fim de escolher as melhores ideias para revitalizar o Boulevard e seu entorno – ou seja, toda a região central. Foram 29 inscritos – entre profissionais daqui e de países como Uruguai, Portugal e China. Desses, 11 projetos foram entregues. No dia 5 de novembro, a Prefeitura anuncia, oficialmente, os vencedores (confira no nosso Facebook). Aqui você confere os cinco finalistas do concurso, escolhidos por um júri técnico especializado.

GRANDE ESPAÇO DE EVENTOS Propõe a criação de infraestrutura para diversos equipamentos urbanos, como Centro Comercial, Centro de Eventos e edifícios empresariais. A proposta contempla um parque linear acima do nível atual da praça. Abaixo dele ficaria o espaço para circulação de veículos e um estacionamento coberto, circundado de áreas verdes, para atividades ao ar livre.

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MAIS ÁRVORES

A proposta preocupa-se muito com a reurbanização do Boulevard e do centro de Barueri, além de dar atenção especial ao meio ambiente. Propõe aumentar significativamente o número de árvores e áreas permeáveis na cidade, além de criar também uma integração maior entre o terminal de ônibus e o terminal ferroviário, por meio da inclusão deles em um edifício garagem.

CENTRO VERTICAL

Verticalização do ambiente, com qualidade, é o mote central. Para abrigar novos equipamentos e áreas residenciais mais próximas ao centro, o projeto considera a construção de prédios multiúso. Prevê ainda suprimir parte do tráfego atual, garantindo mais áreas de circulação para os pedestres.

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CALÇADA INVERTIDA

Sugere uma inversão da área destinada ao convívio e da área destinada à passagem de veículos. As praças se deslocariam do meio para a extensão das calçadas, dando mais visibilidade ao comércio local. Os veículos passariam a ocupar a área central, onde hoje se concentra a praça.

COM CICLOVIA

Priorização da área de convívio para pedestres e ciclistas. Essa é a proposta desenvolvida pelo grupo, que pretende criar uma via subterrânea de um dos lados do Boulevard. Assim, o calçadão poderia ser estendido no nível superior e deixaria espaço para a ciclovia, assim como alguns equipamentos relacionados a ela, como bicicletários. Outros equipamentos urbanos, como biblioteca itinerante, marquise, lanchonetes e banheiros, também ganhariam espaço no novo calçadão. 2014 | NOVEMBRO | LOCAL VERO | 105

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Os Embaixadores Atitude Alphaville ajudam a implementar de forma colaborativa as ações da campanha. Por essa contribuição direta com a transformação positiva da região, seus trabalhos são amplamente divulgados na VERO. Inscreva-se: www.atitudealphaville.com.br

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Em quase um ano, a campanha Atitude Alphaville já fez muita coisa bacana pelo nosso bairro. E vai fazer muito mais! PRINCIPAIS AÇÕES DA CAMPANHA

CÊ TAMBÉM Vem aí a Pedalada Atitude Alphaville, dia 16 de novembro! Participe! Saiba mais nesta edição. Veja todas as ações da campanha: atitudealphaville.com.br

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Iniciativas voluntárias dos Embaixadores Atitude Alphaville ~ ?X`dT]X`dTb ]P ?aPÍP >XP_^`dT ~ Pintura do letreiro de Alphaville, com dez artistas convidados ~ Entrega de mil caixinhas da Pílula da Alegria (Tic Tac), com frases divertidas ~ Entrega de mais de 1.000 flores ~ Mais de 200 displays em restaurantes da região, incentivando as pessoas a usarem menos o celular à mesa Ações na Vero, Somma e Folha de Alphaville ~ Mais de 400 pessoas fotografadas apoiando a campanha ~ Mais de 100 mil adesivos entregues ~ Mais de 100 páginas de matérias incentivando e divulgando a campanha e iniciativas positivas para comunidade ~ Mais de 20 páginas de anúncios sobre a campanha

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eventos da região

Cliques do mês 1

2 Art At Florense, em Alphaville 1. Cris Maczka e Renattoo Oliveira 2. Sonia Menna Barreto Festa de inauguração da Botteh Tapetes, em Alphaville 3. Marcelo Faisal, Amir e Masoud Shahrouzi 4. Leide Canuto e Kurosh Darakhshan

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Reunião mensal do PNUD, em prol dos Objetivos de Desenvolvimento do Milênio, na Quinta das Flores, em Alphaville 5. Wagner Caetano Apresentação para os alunos e suas famílias do Projeto Cultural “Conhecendo o Mundo”, na Kids Place, em Alphaville 6. Guilherme, Karina, Marcelo e Laura Magnanelli

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eventos da região

1 Comemoração dos 38 anos do Alphaville Tênis Clube 1. Paulo Sergio, Leonardo Oliveira e Leonardo Baston 2. Reinaldo Alves e Roberto Pinto 3. Armando Girello Jr. e Waldemir Ramos

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Terceiro + Café e + Gestão da ABRHSP, na FGV Alphaville 4. Fernando Lima 5. Eduardo Camargo 6. Silvana Lima, Paulo Bastos e Salete Allgayer Premiação da MPD como uma das melhores empresas na gestão de pessoas no Brasil, do jornal Valor Econômico 7. Aroldo Vieira, Milton Meyer, Antonio Jambeiro, Mauro Dottori, Lucia Meili, Cintia Marotti e Luiz Carlos Tonolli

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encontro com empresários

Um bom lugar para trabalhar

O GREAT PLACE TO WORK desenvolve a pesquisa

"Melhores Empresas para Trabalhar" em 53 países. Em 2015, pela primeira vez, o ranking de Barueri e região será divulgado pela VERO e pela Folha de Alphaville. Para que os empresários da região soubessem um pouco mais sobre o prêmio, um café da manhã foi realizado, no dia 8 de outubro, na Universidade do Hambúrguer, em Alphaville. O McDonald's – premiado 16 vezes como uma das melhores empresas para trabalhar – foi o principal case do encontro. Confira quem marcou presença.

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FOTOS ZÉ GABRIEL

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1. Maria Regina R. de Lima e Luiz Fernando Petroni, do Centro Comercial Alphaville 2. Iris Barbosa, do McDonald's 3. Roberto Souza, Julia Castilho e Elka Tuhel Silva, do Bradesco 4. Gabriel Terçarole, da ACIB; Francisco de Souza, da Globbal Marcas e Patentes; Moacir Felix, da ACIB; Regis Salles, vereador de Santana de Parnaíba; Claudio Cleto, da Clássico Alphaville; Perci Blanco Jr. e Alexandre Gonzaga, da Flytour 5. Maria Paula e Thiago Contador, da St. George's School 6. Isabel Xavier, franqueada Kopenhagen REALIZAÇÃO

APOIO INSTITUCIONAL

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piquenique

atitude alphaville

PARA PEQUENOS

Quarta edição do piquenique Atitude Alphaville, que aconteceu no dia 12 de outubro, na Praça Oiapoque, foi especial para a criançada

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FOTOS ZÉ GABRIEL

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NO DIA 12 de outubro, a

criançada fez a festa na quarta edição do Piquenique promovido pela campanha Atitude Alphaville. A Praça Oiapoque se transformou num cenário multicolorido: um Fusca roxo, totalmente customizado – disponibilizado pela Bassil Brinquedos –, aguçou a curiosidade dos pequenos. A mesma empresa também levou uma oficina de pintura de camisetas e distribuiu balões e vouchers no valor de R$ 50, para serem trocados por brinquedos na loja. O caricaturista Antônio Vaz, da Animê Arte, também fez sucesso entre a garotada. O evento contou, ainda, com distribuição de pirulitos com figurinhas, levados pela

5 6 embaixadora Inaié Cardoso; docinhos do Café da Gigi; livros infantis doados por Vivi Serpentini, do site Arquitetura Clássica, e por Norma Amaral; sticks de açaí e sorvete de tapioca com coco da Ecofresh; sanduíches da voluntária Daniela Bartoletti; bambolês levados por Armindo e Roberto de Almeida; e 70 mudas de ipês, doadas pelo CES Alphaville e levadas por Luis Pereira e Mariza Cundari. O EVENTO TEVE APOIO DA AREA E DO DEMUTRAN.

1. e 2. Fusca customizado e oficina de pintura de camisetas, da Bassil Brinquedos 3. Criançada aproveitando todas as atrações 4. Bambolês coloridos levados por Armindo e Roberto de Almeida 5. Garotinha posando para o caricaturista 6. Garoto com muda de ipê levada por Luis Pereira e Mariza Cundari Pereira

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DESCONTOS

Todo mês, a VERO apresenta as melhores promoções de Alphaville e região. Aproveite! E, se tiver uma dica para esta seção, mande para a gente. BLACK FRIDAY Dia 28 de novembro, acontece o Black Friday brasileiro, que oferece descontos de produtos e serviços de todos os segmentos. CVC, Hering, Saraiva, Marisa, Tim, Dell, Colombo e Netshoes são algumas das empresas confirmadas. A Centauro, que também participa, vai contar com promoções como a Chuteira F5 do Messi, de R$ 149,99 por R$ 79,99, e as chuteiras Adidas, de R$ 149,99 por R$ 69,99 – esses descontos são válidos em todas as lojas físicas e pelo e-commerce. blackfriday.com.br

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COLUNA DOS

DESCONTOS

Certas coisas são muito importantes... Alarmes Monitoramento 24 horas Circuíto fechado de TV

(11) 4153-7931

BROTHER& BROTHER Durante todo o mês de novembro, o recém-inaugurado quiosque da Brother&Brother – marca de relógios customizados – no Shopping Tamboré está com peças com 10% de desconto e pagamento em até 10x sem juros. brotherand brother.com OUTBACK STEAKHOUSE Para celebrar o 20º aniversário do seriado Friends, o restaurante se uniu com a Warner Channel para uma ação especial. Até o dia 19 de novembro, de domingo a quartafeira, a partir das 18h, o cliente que comprar um combo especial com duas saladas, dois steaks e duas guarnições (R$ 67) recebe uma raspadinha com um número para ser cadastrado no site outback.com.br/ friends. O vencedor vai visitar, com um acompanhante, os estúdios da Warner em Burbank, Califórnia, onde foram gravados todos os episódios de Friends e outras grandes séries, como Two and a Half Men. outback.com.br/ friends

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DESCONTOS

BENDITA HORA Até o final de novembro, a cada pedido feito no delivery do Bendita Hora, o cliente ganha um refrigerante Coca-Cola (de dois litros). Para fazer o pedido, o telefone de Alphaville é (11) 4689-4444. benditahora.com.br CATARINA FASHION OUTLET Inaugurado em outubro, o outlet – que fica no km 60 da Rodovia Castelo Branco – traz descontos de 30% a 80%. O local conta com lojas de diversas marcas (nacionais e internacionais) de moda feminina e masculina, esportivas e de casa e decoração. Alguns exemplos são Armany, Adidas, Bo.bô,Calvin Klein, Daslu e Michael Kors. catarinaoutlet. com.br 3GB CONSULTING Novos clientes da empresa especializada em revisão de texto e tradução têm 15% de desconto. A 3GB atende agências de publicidade, empresas que publiquemqualquer tipo de material escrito e pessoas físicas. 3gbconsulting. com.br 128 | PROMO VERO | NOVEBRO | 2014

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DESCONTOS

OLYMPIKUS A marca acaba de lançar sua loja online com mais de 10 mil produtos voltados para a prática esportiva, e até o dia 20 de novembro oferece frete grátis para todo o Brasil nas compras acima de R$ 99,90. olympikus.com.br REGATTA CASA A loja de decoração está com desconto em toda a sua Linha Couro. Alguns exemplos são o Bau Canvas (de R$ 2.410 por R$ 1.928), o jogo de porta-copos (de R$ 132,90 por R$ 106,32) e o kit home office (de R$ 650 por R$ 520). A promoção vai até o final do estoque. regattacasa.com.br

Tem uma promoção para indicar? Envie sua sugestão para reportagem@ vero.com.br

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escolha do leitor

ZÉ GABRIEL

Puro lúpulo

AMARGOR CERTO Dortmund White IPA (R$ 21,90) "Combinação dos estilos Witbier e American India Pale Ale. Tem o frescor das especiarias de trigo e os melhores lúpulos da American IPA. Amarga e ideal pro happy hour! Vai com caldos, queijos, salada, comida indiana e japonesa"

O VERÃO, QUE SE APROXIMA, COMBINA COM CERVEJA GELADA. À CONVITE DA VERO, RAQUEL CERVANTES DÁ DICAS PARA TODAS AS OCASIÕES Raquel Cervantes, 25 anos, descobriu a paixão pelas cervejas artesanais num intercâmbio pela Alemanha, em 2010. De lá para cá, experimentou mais de 200 rótulos e montou uma coleção com mais de 20 copos, afinal "não adianta tomar uma cerveja especial em qualquer lugar". Na foto, Raquel degusta um chopinho na Cachaçaria Água Doce, em Alphaville.

ELEFANTE ROSA Delirium Tremens (R$ 23,90) "Um clássico belga, de estilo Belgian Golden Strong Ale, a cerveja do elefante cor de rosa é boa para tomar com amigos. Vai bem com queijo gouda, massas e salmão"

emporioveredas.com.br

A DOIS DeuS (R$ 169,90) "Essa cerveja é especial. Tem graduação alcoólica alta, mas é refrescante. Lembra o champagne: cor dourada, leve e espumante. Perfeita para tomar a dois! Harmoniza com queijos e frutos do mar" cervejastore.com.br

cervejastore.com.br

UM DIA FRIO Founders Backwood Bastards (R$ 22) "Envelhecida no barril de carvalho, é uma cerveja muito intensa e ideal para dias mais frescos. Tem pitadas de baunilha e chocolate. Harmoniza com churrasco e cordeiro" altodospinheiros.com.br

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DE TRIGO Weihenstephaner Vitus (R$ 19,90) "Umas das melhores cervejas de trigo que já tomei. A primeira Weizenbock clara a chegar ao Brasil. Bem encorpada, cítrica, aromática e forte. Não pode faltar na lista de quem gosta de cerveja de trigo. Harmoniza com queijos fortes, carne de porco, cordeiro e comida chinesa" cervejastore.com.br

*Preços consultados em outubro de 2014.

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