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todas as cidades têm solução ENRIQUE PEÑALOSA, ex-prefeito de Bogotå, conta em entrevista exclusiva à VERO como mudou a dura realidade de congestionamentos, poluição e violência da capital colombiana em apenas quatro anos
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Não dá pra mudar do dia pra noite. Mas com pequenas iniciativas podemos construir um caminho diferente AÇÕES EM 2014
• Piquenique na praça • Pintura do letreiro • Distribuição de flores • Pedalada • Repertório em matérias • Palestras e muito mais
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ATITUDE ALPHAVILLE
Com diversão e conteúdo, nosso objetivo é deixar a região cada vez melhor para viver www.atitudealphaville.com.br
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EDITORIAL VERO DIRETOR
- *. " *55$ b ( - *.Ŷ1 -*X *(X - GERENTE * -/ 0-' ) b -* -/ !0-' )Ŷ1 -*X *(X - EDITOR EXECUTIVO #$ * 3 b #$ *( 3Ŷ1 -*X *(X EDITORA # $. )/Iŷ) b /# $.Ŷ1 -*X *(X REPORTAGEM -$ ' $ $-* b - +*-/ " (Ŷ1 -*X *(X - COLUNISTAS Bob Wollhein, Carlos Julio, Flávio Gikovate, Julio Lamas, Luis Felipe Pondé, Mário Sérgio Cortella e Xico Sá
Mais atitude SÓ QUANDO chega o Natal é que a gente se dá conta de que o ano passou voando. Para nós, aqui da VERO, o mais importante é olhar para trás e perceber tudo o que a gente fez... E nós estamos orgulhosos de 2014: reformulamos o projeto gráfico e editorial da revista, mudamos de casa (conheça um pouco mais sobre nosso novo lar, o OrgâniCo, e os seus primeiros coworkers na página 36) e acompanhamos, de pertinho, os projetos – e as pequenas ações – que têm a proposta de transformar a vida de quem mora e trabalha na região. Isso porque, pra gente, mais importante do que mudar é fazer parte das mudanças que acontecem no entorno. Por
COLABORADORES DE TEXTO Camila do Bem, Jacyara Azevedo, Juliana Duarte, Julio Lamas, Leonardo Valle e Priscilla Zamarioni
isso, encabeçar a Campanha Atitude Alphaville, que teve início em janeiro e tem como principal objetivo resgatar nosso espírito de comunidade, é um grande orgulho. Distribuição de flores no farol, piqueniques e cãominhada são só algumas das realizações da campanha neste ano. Na página 24, você confere um compilado de tudo que rolou. Mais: para encerrar o ano com chave de ouro, a campanha promoveu dois eventos: uma pedalada pelas ruas da região (pág. 90) e uma premiação para homenagear os principais nomes por trás das transformações do bairro (pág. 84). Para 2015, nosso desejo é um só: ainda mais atitude para todos nós!
Entenda os 3 cadernos: caderno neurônio VERo
Entrevistas exclusivas e matérias relacionadas a temas relevantes como ética, comportamento, empreendedorismo e urbanidades, além de colunistas de peso
CIDADES | ATITUDE COMPORTAMENTO | PERSONA ÉTICA EMPREENDEDORISMO
caderno local vero
Aqui você poderá ficar por dentro de assuntos que têm impacto direto na região e ver roteiros exclusivos com dicas do que há de melhor na programação do mês
caderno promo vero
Um guia de consumo, serviços, saúde e promoções
DESIGN Chico Max (direção), Janaína Diniz (designer) e Eduardo Prieto (assistente de arte) FOTOGRAFIA Graziela Alcova, Rodrigo Sacramento, Rogerio Alonso, Thiago Henrique e Zé Gabriel REVISÃO 3GB Consulting PRODUÇÃO GRÁFICA Daniel Vasques COMERCIAL E MARKETING Fernanda Junqueira, Maria Dulce Toledo (assistente), Priscila Orenstein (marketing), Pupi Serra e Thiago Soler CAMPANHA ATITUDE ALPHAVILLE Felipe Marcon e Janine Klein
GRUPO VERO
EDITORA LAGE & IVANESCIUC LAGE & IVANESCIUC COMUNICAÇÃO LAGE & IVANESCIUC SERVIÇOS Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72, Alphaville, Barueri/SP (11)4195-9666 - +*-/ " (Ŷ1 -*X *(X - )0 -$*Ŷ1 -*X *(X - vero.com.br DIRETOR DE OPERAÇÕES Walter Coscia GERENTE FINANCEIRA ŷ) - * -$"0 . b ) - Ŷ1 -*X *(X - DEPARTAMENTO FINANCEIRO Lilian Merçon (assistente financeira) e Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) DEPARTAMENTO DE OPERAÇÕES Emanuelle Coelhas (assistente de infraestrutura) CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Log & Print 20 mil exemplares FOTO DA CAPA FolhaPress
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42 Ex-prefeito de Bogotá, Enrique Peñalosa fala sobre os avanços da capital colombiana em temas como mobilidade e restrições aos carros e destaca os desafios de planejamento urbano das grandes cidades
54 Por uma infância menos acelerada: movimento Slow Kids resgata a importância do ócio e do contato com a natureza para as crianças
Para economizar água, morador de Alphaville busca tonéis gigantes de armazenamento e distribui para os vizinhos
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Especialista em marketing digital, designer de impressora 3D, marketeira para PMEs... Conheça os primeiros coworkers do OrgâniCo Creative Coworking
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12Atitude | 16Boulevard | 20Novos Talentos | 22Atitude Educação | 24Campanha Atitude 2014 | 30Julio Lamas | 32Empreendedorismo 34Perfil Empreendedor | 36OrgâniCo | 38Bob Wollheim | 40Carlos Júlio | 42Capa: Enrique Peñalosa | 54Comportamento | 56Gikovate 58Xico Sá | 60Cortella | 62Pondé | 64Perfil Social | 66Persona
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ATITUDE
#cidades #arte #cidadania
SERVIÇOS GERAIS DIVULGAÇÃO
Com um olhar diferente, três rapazes circulam por São Paulo fazendo reparos em locais públicos da cidade
Rodrigo Machado é artista plástico e conheceu os cineastas Gustavo McNair e Filipe Machado em 2010, durante o festival SWU. Os três descobriram que tinham a mesma inquietação sobre o abandono da cidade e a vontade de fazer algo para mudar essa situação, beneficiar os cidadãos e deixar São Paulo mais bonita. Desde 2011, eles observam a cidade por um novo olhar: em busca do que podem consertar, revitalizar, melhorar ou facilitar o uso. Juntos já fizeram 38 intervenções que são registadas em vídeo e publicadas no servicosgerais.tumblr.br. COMO ESCOLHEM O QUE VÃO “REPARAR”? Filipe Machado – Temos um grupo no Whatsapp e trocamos fotos entre a gente. Então, de vez em quando, já saímos com algo em mente. Mas, na maioria das vezes, nos encontramos e saímos em busca de algo para fazer. Sempre encontramos alguma coisa. QUAL TIPO DE INTERVENÇÃO VOCÊS COSTUMAM REALIZAR? Gustavo McNair – Fazemos várias. Algumas são mais simbólicas, remetendo à infinidade de reparos de que a cidade precisa (fonte, calçada, faixa de pedestres). Outras são bem práticas, evidenciando a facilidade, viabilidade e acessibilidade a todos que participam da cidade.
Desde 2011, grupo já realizou 38 intervenções pela cidade
QUAL É A REAÇÃO DAS PESSOAS ENQUANTO VOCÊS REALIZAM OS REPAROS? Rodrigo Machado – Elas ficam espantadas, porque não é comum ver pessoas (que não trabalham para a Prefeitura) consertando algo na rua. Algumas pessoas param, elogiam nosso trabalho e dão opiniões de como fazer melhor. Tem até quem pense que estamos fazendo algo ilegal e avise que a polícia está chegando (risos).
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DIVULGAÇÃO
NOSSO ESPAÇO
BANHO DE ECONOMIA
Não é de hoje que os espaços públicos – e os seus (bons) usos – vêm ganhando admiradores no Brasil e no mundo. Pois, a partir de agora, o país tem um conselho próprio para debater e divulgar iniciativas de placemaking – processo de planejamento, criação e gestão de espaços públicos que estimulem a interação entre as pessoas. Quem pode participar do conselho? Qualquer um! Acha que tem aptidão para pensar no futuro dos espaços públicos? Inscreva-se pelo site placemaking.org. br. O conselho também já conta com um blog, que, em breve, deve estar cheio de novidades.
Morador de Alphaville ajuda vizinhos a economizar água
Uma pesquisa recente da Unicamp revelou que o Sistema Cantareira – principal reservatório da capital paulista e de várias cidades da Grande São Paulo – deve demorar de quatro a cinco anos para se reestabelecer. Isso se chover dentro da média histórica nos próximos anos. Por essa e outras é que o morador de Alphaville Felipe Marx está fazendo sua parte – e a de alguns vizinhos também! Acostumado a reaproveitar água desde pequeno, um dia ele decidiu comprar alguns tonéis onde poderia guardar a sobra da máquina de lavar para, mais tarde, lavar o quintal, o carro e os banheiros. Bastou ele anunciar isso num grupo de moradores da região, no Facebook, para que chovessem pedidos como “traz um pra mim também”. Resultado: de setembro até agora, ele já trouxe mais de 300 tonéis de São Paulo para Alphaville. Mais do que isso: Felipe faz questão de instalar, em cada tonel, uma torneirinha, para que a retirada da água fique mais fácil. E os repassa pelo custo exato que tem – sem lucro nenhum. Mas Felipe alerta: “Não sou um benfeitor. Sou apenas um cidadão que está passando aos vizinhos o que aprendi com meu pai e meu avô. Um único tonel desses pode economizar até 1.500 litros de água por mês”.
PEDALOU, FATUROU
Já imaginou sair de casa, em um dia qualquer, e ser parado na esquina para receber uma bonificação – em dinheiro – pelo simples fato de ter trocado o carro pela bike ou pelas próprias pernas para o passeio? Pode parecer um sonho em terras tupiniquins, mas, na cidade norueguesa Lillestrøm isso é uma realidade. A prefeitura realizou a ação para premiar financeiramente quem se locomove de forma mais sustentável. Chamada de Pedágio Inverso, a intervenção aconteceu no início do mês de outubro – e foi surpresa. Pedestres e ciclistas que passavam pela avenida principal de Lillestrøm foram abordados por policiais locais e comemoraram ao descobrir que ganhariam uma quantia similar a R$ 35. A ação durou apenas algumas horas, mas o governo acredita que foi suficiente para fazer a população refletir sobre seus hábitos de mobilidade – e, claro, mudá-los.
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DEIXE UM ARTISTA PINTAR SEU MURO
Uma ponte entre artistas em busca de muros brancos e moradores à procura de cor. Assim é o projeto Color+City, idealizado pelo artista Victor Garcia. Funciona assim: uma plataforma online é disponibilizada para que as pessoas sugiram uma parede para uma intervenção artística. Pode ser o muro de casa ou a fachada da empresa. No mesmo site, os artistas visualizam as paredes disponíveis e, com um clique, fazem uma reserva antes de ir ao endereço com seus sprays. Não tem custo pra nenhum dos lados. Sabe de um muro para indicar? colorpluscity.com.
Conhece outras iniciativas positivas, na nossa região ou em outras cidades para deixar a vida das pessoas melhor? Indique para atitude@vero.com.br
PATROCÍNIO ATITUDE ALPHAVILLE
SUJISMUNDO
Tramita no Senado um projeto de lei que obriga todos os municípios brasileiros a aplicar punição em dinheiro (multa) para quem for pego jogando resíduos de forma incorreta nas vias públicas. Ou seja, fora das lixeiras. Em contrapartida, claro, a proposta também obrigaria todas as cidades a dar condições adequadas para o descarte – lixeiras por todos os cantos. Criado pelo senador Pedro Taques, o projeto foi apresentado em 2013 e só agora foi aprovado pela primeira comissão a que foi submetido, a de Constituição e Justiça. Para virar lei, de fato, ainda precisa passar pela Comissão de Meio Ambiente, ser votado na Câmara dos Deputados e no Senado e, se aprovado, ir para sanção da presidente da República. Se sair, a nova lei integrará a Política Nacional de Resíduos Sólidos, e os municípios terão dois anos para cumpri-la.
MOBILIÁRIO POLÍTICO
O ano de 2014 chegou ao fim. E, como em todo ano de eleição, cavaletes ilegais e santinhos no chão causaram polêmica. Para resolver essa situação, o Mobilize, iniciativa sem fins lucrativos que visa contribuir com a melhoria da mobilidade urbana, e o designer Maurício Arruda criaram o projeto Mobiliário Político. ”Com os cavaletes que recolhemos em situação ilegal pelas ruas de São Paulo, projetamos cinco móveis e disponibilizamos os modelos”, conta o site do projeto. Isso significa que qualquer um pode acessar os tutoriais e fazer seus próprios móveis, de maneira fácil e rápida. O projeto nasceu como uma provocação política, mas, como a matériaprima dos protótipos é básica, nem precisa esperar até 2016 para agir. Dá pra começar com qualquer ripa de madeira: mobiliariopolitico.com.br.
COPATROCÍNIO
APOIO
APOIO ESPECIAL EDUCAÇÃO Escola Castanheiras Escola Morumbi Colégio Objetivo Red Balloon
Participe! Leia as matérias, cole o adesivo e seja um voluntário nas ações! Informações: atitudealphaville.com.br
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BOULEVARD
#concurso #propostas #arquitetura
Mais verde e mais integrado Concurso Reviva Boulevard deu novas ideias de melhoria para o centro de Barueri. Conheça quem está por trás delas e tudo que pode acontecer nos próximos anos no bairro Imagine chegar ao centro de Barueri e se deparar com um belo edifício-garagem integrando o terminal de ônibus e o terminal ferroviário. Nele, além de estacionamento, haveria lojas, serviços e praça de alimentação. A ligação com o Boulevard seria por meio de uma extensa e bonita ponte de pedestres. Abaixo dela, muitas árvores e áreas permeáveis. No que depender dos arquitetos Hélio Mitica Neto, Alvaro Luque e Tatiana Vicentini, do Terra Urbanismo, de São Paulo, esse pode ser o cenário da cidade em pouco tempo. Eles foram os vencedores do Concurso Internacional de Arquitetura e Urbanismo “Reviva Boulevard”, que premiou as melhores ideias para revitalizar a famosa praça e todo o seu entorno. Além de contar
com as opiniões de todos os integrantes do escritório, a proposta do Terra Urbanismo, que tem um cuidado especial com o meio ambiente, chama atenção por ter ouvido também alguns moradores da cidade. “A ideia do anteprojeto é dar mais qualidade de vida para as pessoas. Fazer do Centro exemplo para a região metropolitana de São Paulo, mostrando que é possível crescer com adensamento, desenvolvimento econômico, uso misto e espaços 'vertiqualificados'”, conta Mitica, que liderou o grupo. Pela primeira colocação no concurso, a equipe recebeu um cheque no valor de R$ 50 mil na cerimônia realizada na noite do dia 11 de novembro, no auditório da Secretaria dos Direitos da Pessoa com Deficiência, no Jardim Belval – prêmio oferecido pela
Associação da Indústria Imobiliária de Alphaville, Tamboré e Região (AIAT). Mais ousada, mas não menos elegante, a proposta do arquiteto Diego Wisnivesky, da empresa Arch Lab 360 – sediada nos EUA, mas com escritório em Campinas –, que prevê a criação de um parque linear acima do atual nível da praça existente, ficou com a segunda colocação e recebeu R$ 20 mil. Inspirado no parque nova-iorquino High Line, o projeto prevê a implantação de ciclovia, área para circulação de pedestres, áreas verdes e mobiliário urbano – tudo nessa nova área suspensa. Os espaços para veículos – circulação e estacionamento – ficariam concentrados todos abaixo dela. Por fim, os arquitetos Guilherme Gabriel Alves e Ricardo Calejo ficaram com
Liderada pelo arquiteto Hélio Mitica Neto (de camisa branca, ao centro), equipe vencedora, do escritório Terra Urbanismo, propõe a criação de um novo edifício-garagem e uma marcante ponte de pedestres
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Inspirada no parque novaiorquino High Line, proposta que levou o segundo lugar, de Diego Wisnivesky, do escritório norteamericano Arch Lab 360, prevê a criação de um parque linear acima do atual nível da praça existente
o terceiro lugar – e R$ 10 mil – por privilegiarem, em sua proposta, o forte ponto de comércio de rua que já existe na região. Eles inverteram alguns valores: as calçadas seriam estendidas no sentido da rua, dando mais espaço para a circulação de pedestres no entorno das lojas. A praça central que existe hoje seria reduzida a um canteiro central. Assim, os veículos circulariam no centro, enquanto a praça propriamente iria para as calçadas. “O legal do nosso projeto é que ele é de baixo custo, pode ser implementado amanhã, se a prefeitura desejar”, conta Ricardo. “Em longo prazo, previmos complementos, como a construção de um edifício marco, para caracterizar o centro da cidade, e a implantação do VLT, a fim de integrar toda a malha rodoviária da cidade”, completa Guilherme.
"O legal do nosso projeto é que ele é de baixo custo, poderia ser implentado amanhã mesmo", revelam os arquitetos Guilherme Gabriel Alves e Ricardo Calejo sobre proposta que levou o terceiro lugar na competição
Além disso, o jovem barueriense João Rafael Morette, que é técnico em edificações e está concluindo a faculdade de arquitetura, não levou prêmio, mas teve seu projeto destacado pela Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente, que integrou a Comissão Organizadora do Concurso. Juntamente com Máira Carolina Teres Martins, coautora do projeto, ele planejou soluções verdadeiramente sustentáveis para o centro da cidade, como a despoluição e descanalização do rio que passa, atualmente, por baixo do Boulevard, a implementação de tetos verdes em todos os prédios da região (que poderiam ser usados para a produção de alimentos e captação de água das chuvas – que seria armazenada e reaproveitada), a criação de projetos
Os jovens baruerienses João Rafael Morette e Máira Carolina Teres Martins não levaram prêmio, mas tiveram o projeto destacado pela Secretaria de Recursos Naturais e Meio Ambiente
de compostagem nos restaurantes do bairro, a implantação de postes multifuncionais (que agregam, num mesmo local, luz, telefone público, lixeira e placas), além da construção de um parque linear cicloviário que interligaria diversos bairros da cidade. Quem gostou de um pouquinho de cada projeto não precisa ficar desanimado. A prefeitura da cidade garante que a premiação foi uma forma de aferir as novas ideias. "Tudo que for bom de cada projeto poderá ser implementado nos próximos anos", revela o secretário de Planejamento e Urbanismo, José Eduardo Hyppolito, que conduziu o concurso. É esperar pra ver! Quer conhecer mais dos projetos vencedores? Visite o Facebook da VERO.
O concurso público foi aberto a profissionais credenciados pelo Conselho Regional de Engenharia e Agronomia (CREA) ou Conselho de Arquitetura e Urbanismo (CAU) e participantes internacionais. Teve realização da Prefeitura de Barueri, por intermédio da Secretaria de Planejamento e Urbanismo, patrocínio da Associação da Indústria Imobiliária de Alphaville, Tamboré e região (AIAT) e apoio do jornal Folha de Alphaville, da revista VERO e do Grupo CCR Viaoeste.
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TALENTOS
#literatura #hipismo #balé
JOVENS CAMPEÕES
FOTOS ROGÉRIO ALONSO
Moradores da região são destaque na literatura, no hipismo e no balé
MORADORA da Aldeia da Serra há dez anos, a estudante da Escola Morumbi Natália Ladeira Liboni, 11, começou a praticar hipismo no ano passado e já é uma campeã do esporte. Ficou em segundo lugar na prova de vara no chão, na categoria iniciante, da Segunda Etapa Metropolitana de São Paulo e em primeiro na Segunda Etapa Metropolitana do Circuito Inter Hípicas. "Assim que iniciei as primeiras aulas, meu professor me incentivou a competir. À medida que fui evoluindo, os desafios foram aumentando, e me empolguei ainda mais. Ao lado da minha família, sinto o apoio necessário para conquistar novas etapas", conta Natália. Mas, apesar do talento, o que ela ama mesmo são os animais: quando crescer, quer ser veterinária.
QUATRO vezes por semana, Mariana Oliveira Barbosa, 16 anos, estudante da Red Balloon, dedica-se ao balé – começou a dançar aos quatro anos, mas parou aos seis. Só voltou aos 12, quando realmente surgiu o amor pela dança. Esforçada, hoje ela não enxerga outro futuro a não ser o de seguir carreira de bailarina. Mariana já participou de grandes festivais, como o de Joinville, que aconteceu em julho deste ano, e o Salto Fast Dance 2014, no qual conquistou a vaga para o Alliance Dance, na Califórnia, que acontece no próximo ano. Estamos na torcida pelos próximos títulos!
AS JOVENS Isabelle Louise dos Santos e Julia Marsan de Carvalho, de 12 e 11 anos, têm muito em comum: ambas são estudantes do Colégio Objetivo Alphaville, apaixonadas por literatura e participaram do Concurso Literário Interno do Colégio Objetivo (CLICO). Dentre os 2.560 textos de alunos de todas as unidades, elas conseguiram posições de destaque: segundo e quinto lugar, na categoria Júnior, respectivamente. Isabelle pretende se formar em direito ou arquitetura. Já Julia sonha em ser professora de português. “Eu quero mudar a educação brasileira e ensinar as crianças a nossa língua”, diz ela, confiante.
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#inglês #música #literatura
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ATITUDE EDUCAÇÃO
ALÉM DA IMAGINAÇÃO O que as escolas da região fazem para ampliar o modo de aprender dos alunos e propor novas experiências 1c TODAS AS CRENÇAS A Escola Morumbi é laica, com igual espaço para todas as religiões professadas pelos alunos. Entretanto, tornou-se tradição uma iniciativa sugerida há mais de 40 anos por mães de alunos católicos: preparar as crianças em grupo para fazerem juntas a Primeira Comunhão. Neste ano, a cerimônia aconteceu no dia 25 de outubro, na Igreja Nossa Senhora do Brasil (São Paulo), reunindo cerca de 80 alunos das unidades Jardins e Tamboré. "A escola não segue uma linha religiosa, mas dá às crianças a oportunidade de fazer a Catequese fora do horário escolar", explica a orientadora Solange de Andrade. A organização do evento fica a cargo de uma Comissão de Mães que se renova anualmente e conta com o suporte da escola para determinar todos os detalhes, como as músicas, flores e lembrancinhas. 2c IN ENGLISH, PLEASE No dia 7 de dezembro, o Red Balloon Drama Group apresenta o musical Matilda, no Teatro Augusta, em São
Paulo. O espetáculo, que será encenado, obviamente, em inglês, mostra a vida de uma garotinha que adora ler e contar histórias, mas precisa enfrentar a cruel diretora da escola. Todos os alunos da unidade podem participar das aulas de Drama Class, que são gratuitas e acontecem às sextas-feiras, nos períodos da manhã e da tarde. O curso usa técnicas e jogos teatrais para crianças e adolescentes desenvolverem a língua inglesa sem ter medo do idioma. “Se eles não entenderem alguma frase, podem perguntar, fazer mímica e tudo o que for preciso para se comunicar”, conta Tarsila Miranda, diretora da Red Balloon.
e escolas e aproximá-los nas discussões e debates de temas diversos. Além dos debates, eles participaram de várias atividades organizadas pelo grupo A Banca, uma produtora cultural e social que promoveu oficinas de vivência de cultura urbana, com DJ, dança e grafite. No encerramento, o grupo Ôncalo, banda de jovens músicos que difunde o conceito de street band no país e no mundo, deu um show de música instrumental.
4c QUAL A SUA CIDADE IDEAL? Revelar talentos na arte de escrever é uma das especialidades do Concurso Literário Interno do Colégio Objetivo (CLICO), que, em 2014, completa 17 anos. O último evento aconteceu no dia 18 de 3c DO MUNDO TODO outubro, no Teatro da UNIP A Escola Castanheiras Indianópolis, em São Paulo, e promoveu o I Seminário premiou alunos na categoria Castanheiras da Juventude Júnior (do 6º e 7º anos) e nos dias 30 e 31 de outubro, Sênior (7º e 8º anos). Foram para os alunos do Ensino produzidos cerca de 2.560 Médio. O evento contou com participantes do Brasil, Uruguai, textos com o tema proposto: Timor Leste, Alemanha, Austrália, Cidade Ideal. Entre os cinco primeiros lugares na categoria Nova Zelândia e Eslováquia, e Júnior, o Objetivo Alphaville teve como objetivo integrar teve dois textos premiados. jovens de diferentes realidades
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ATITUDE ALPHAVILLE
#campanha #1ano #embaixadores
EMBAIXADORES VOLUNTÁRIOS
um ano cheio de atitude
2014 chega ao fim, mas a campanha Atitude Alphaville continua! Relembre todas as ações deste ano Parece que foi ontem. Lançada em janeiro deste ano, cercada de grande expectativa, a campanha Atitude Alphaville nasceu para dar continuidade à campanha +40, que instigava os moradores a questionar o futuro do bairro. A nova missão era incentivar ações simples e positivas, individuais e coletivas, que pudessem resgatar e fortalecer o sentimento de comunidade e o orgulho de pertencer a Alphaville, Tamboré e Aldeia da Serra, além de ajudar a transformar a região em um lugar cada vez melhor para morar e trabalhar. Funcionou! Mas, para concretizar o plano, voluntários foram fundamentais. Cerca de 80 embaixadores – como foram chamados desde o início – participaram da campanha ao longo do ano, além de algumas dezenas de apoiadores. Para a voluntária Mariza Cundari, foi muito gratificante participar. "A maior ação, para mim, é o próprio movimento e o que isso causou na comunidade", conta. Janine Klein, coordenadora da campanha, garante que o próximo ano terá ainda mais surpresas. "Queremos crescer ainda mais em 2015, com mais ações, como piqueniques e pedaladas, mais apoiadores e embaixadores", diz. A seguir, confira tudo o que já rolou.
O período de inscrições para a Campanha Atitude Alphaville durou apenas um mês. Foi o suficiente para receber o contato de dezenas de pessoas que desejavam se tornar embaixadores. O primeiro encontro com todos os inscritos aconteceu em março, na St. George's School. Lá três grupos foram montados, e cada participante pôde escolher em qual frente queria trabalhar: Gentileza, Cultura ou Alegria. Inicialmente a campanha seguiu com esses três pilares separados, mas, depois, percebeuse a necessidade de formar um grupo só, mais forte. "A união do grupo em torno do ideal de conseguirmos algo melhor para a região trouxe um impacto muito positivo para todos", conta o embaixador Luís Henrique Pereira. "Achei que a comunidade não ia participar por falta de tempo, por ter outros interesses. Mas me enganei! Esse engajamento mostrou que o bairro não depende só do poder público", completa Sarita de Oliveira, também embaixadora. Nas reuniões, que continuam no próximo ano, o grupo define ações como piqueniques e pintura do letreira de Alphaville.
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PÍLULA DA ALEGRIA
POR MENOS CELULARES
Quem passou pela Via Parque, pista da Mamoré e pela Praça da Gruta no dia 6 de abril pôde apreciar uma das primeiras ações dos embaixadores. Por lá havia música ao vivo e muitos sorrisos, além de água, adesivos, bexigas e as “pílulas da alegria” – caixinhas de balas personalizadas, com a recomendação simbólica para serem tomadas sempre que "desejar sorrir". Vestidos com jalecos
Provavelmente você já perdeu alguma parte de uma conversa ou deixou por alguns segundos um amigo falando sozinho porque foi dar uma espiadinha nas mensagens daquele grupo do Whatsapp, num inbox do Facebook ou nas fotos do Instagram. Esse é um hábito que se tornou corriqueiro. Diante disso, os embaixadores criaram uma forma de despertar a reflexão do público da região. Nas mesas de alguns restaurantes do
brancos e munidos de estetoscópios, os voluntários se reuniram para fazer a diferença em uma manhã de domingo de muitas pessoas. "Quando fizemos as entregas das pílulas incentivando alegria, tivemos uma abordagem mais 'olho no olho' e vimos diversas reações. Teve gente que chorou ao receber aquela simples homenagem", contam os voluntários.
bairro, foram colocados displays com mensagens como "Vamos conversar #aovivo" e "Celular: sentou, desligou". Outback, Bendita Hora, Container, Petit Bistrô, Trindade e Grand Cru apoiaram a ação. Eles pagaram apenas o custo dos displays para participar . "Mesmo que não surta efeito imediato, temos certeza de que estamos plantando uma semente", conta Henrico Rodrigues, do Petit Bistrô.
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“NÃO PODÍAMOS DEIXAR DE PARTICIPAR E COPATROCINAR UMA CAMPANHA QUE PROMOVE A VALORIZAÇÃO DOS MORADORES E DA REGIÃO. NOSSO PRINCIPAL OBJETIVO É ESTIMULAR E FORTALECER OS LAÇOS DA COMUNIDADE” RICARDO NAPOLI – DIRETOR ADMINISTRATIVO OPERACIONAL DO GRUPO HAGANÁ
“ACREDITAMOS NA CAMPANHA ATITUDE ALPHAVILLE, POIS ELA ESTIMULA OS MORADORES E VISITANTES DO BAIRRO PARA AÇÕES POSITIVAS. A REGIÃO MERECE UM MOVIMENTO COMO ESSE” LÚCIA HELENA MEILI - DIRETORA DE RH DA MPD
PINTURA DO LETREIRO O monumento mais tradicional de Alphaville, bem na entrada do bairro, onde se lê o seu nome, também passou por uma transformação encabeçada pelos embaixadores. Entre 27 de abril e 27 de julho, as dez letras ganharam vida pelas mãos de artistas plásticos locais. Organizados pelos embaixadores, dez artistas convidados transformaram a entrada do bairro em uma galeria. O concreto cinza deu lugar a diferentes estilos e técnicas, trazendo cor e alegria para o cartãopostal de Alphaville.
Essa foi a ação que mais causou repercussão, principalmente nas redes sociais. "Chegamos a contar 500 comentários positivos em nossa página do Facebook e em grupos fechados da região", conta Felipe Marcon, coordenador da campanha. Os dez artistas que pintaram o letreiro (que doaram eles próprios o material de trabalho), seguindo a ordem das letras, foram Norma Amaral, Elza Aidar, Paula Portella, Ângelo Nicolosi, Renatoo Oliveira, Makarra, Teca Passos, Sérgio Piancó, Nelson dos Passos e Bruno Portella.
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PIQUENIQUE ATITUDE Ao todo, foram realizados quatro piqueniques pela campanha. O primeiro aconteceu no dia 1º de junho, no canteiro central da Alameda Rio Negro. Os demais foram realizados na Praça Oiapoque, ali pertinho da Gruta. Cada encontro reuniu, em clima de confraternização, cerca de cem pessoas, contando com adultos, crianças e diversas atrações – todas oferecidas de forma colaborativa. Aulas de tai chi chuan, doações de livros, distribuição de ingressos para o cinema e caricaturas foram algumas delas. O piquenique é uma das ações que com certeza vão continuar em 2015. A campanha já recebeu telefonemas de várias pessoas da comunidade elogiando as ações e, principalmente, querendo saber as datas dos piqueniques.
“A CAMPANHA ATITUDE ALPHAVILLE VAI AO ENCONTRO DA EDUCAÇÃO. EDUCAR COM QUALIDADE É AGIR EM PROL DE UMA SOCIEDADE MELHOR, DE UM MUNDO MELHOR PARA TODOS” JESSICA BRIHY DIRETORA DE MARKETING DO GRUPO UNIP-OBJETIVO
“ESTAMOS DISPOSTOS A PARTICIPAR DE TODO E QUALQUER MOVIMENTO QUE OBJETIVE A MELHORIA DA REGIÃO” ALINE MANZOLI GERENTE DE MARKETING DA CNL EMPREENDIMENTOS IMOBILIÁRIOS
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CÃOMINHADA DO CCA A primeira edição da Cãominhada do Centro Comercial Alphaville, que teve apoio da Campanha Atitude Alphaville, aconteceu no dia 17 de agosto e reuniu cerca de 200 cães das mais variadas raças e tamanhos, acompanhados de aproximadamente 400 pessoas – entre donos, amigos e simpatizantes. O evento teve um trajeto de 1.400 metros, passando por 13 praças do CCA. Doze tendas de serviços foram espalhadas pelo estacionamento do CCA. "As pessoas saíram perguntando quando seria a próxima. Nossa ideia é fazer esses eventos em intervalos menores e regulares”, diz Letícia Baroni, supervisora de marketing do CCA.
PRÊMIO DE ATITUDE Para finalizar o primeiro ano de Campanha Atitude Alphaville, a VERO selecionou e premiou alguns projetos transformadores, que fazem a diferença na região. Confira todos os detalhes sobre a premiação na página 84.
PATROCÍNIO ATITUDE ALPHAVILLE
FALANDO SOBRE URBANISMO No dia 12 de novembro, a Campanha Atitude Alphaville realizou, na Livraria Saraiva do Iguatemi Alphaville, a palestra com os professores de arquitetura e urbanismo Carlos Leite e Juliana Awad. Com o tema “Um futuro urbano mais sustentável”, a conversa teve um foco especial em Alphaville, Tamboré e região e reuniu cerca de 40 pessoas, entre arquitetos, embaixadores e convidados. Carlos Leite e Juliana Awad são autores do livro “Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes”, que mostra um panorama da sustentabilidade das cidades, abordando seus maiores desafios: questões ambientais, moradia, mobilidade, exclusão, segurança, oportunidades e governança.
COPATROCÍNIO
APOIO
APOIO ESPECIAL EDUCAÇÃO Escola Castanheiras Escola Morumbi Colégio Objetivo Red Balloon
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SER URBANO
#boacausa #saúde #inspiração
Lute por uma causa na cidade e viva mais FOI com um misto de surpresa e algo como “Ah! Mas isso é óbvio” que li uma pesquisa publicada na revista médica inglesa The Lancet no final de novembro. Nela, um estudo realizado por pesquisadores da Universidade de Princeton e da Universidade College de Londres chega à conclusão de que quem se dedica a um propósito na vida – na família, na carreira, estudos ou filantropia – apresenta 30% menos chance de morrer em comparação com quem se sente inútil, dispensável e passivo diante da realidade. O levantamento acompanhou 9.000 homens e mulheres com idade média de 60 anos e foi um dos primeiros a constatar que, além de fazer exercícios e se alimentar corretamente, lutar por uma causa faz bem para a saúde por si só. Não se entra nos méritos de essas causas serem boas ou ruins para o mundo, mas se constatou que os participantes da pesquisa que alegaram ter uma razão para viver, além de apenas viver, apresentavam um metabolismo melhor, boa imunidade, desempenho cerebral superior e menor propensão a terem osteoporose do que o segundo grupo, dos sem propósitos. E isso, ressalta-se, mesmo sem praticarem esportes ou consumirem comidas saudáveis. Por um lado, isso me deixou feliz. Como
jornalista que cobre os fenômenos urbanos, tenho tido contatos com todo tipo de gente que se dedica de alguma forma ou de outra a defender causas justas nas cidades. O pai da periferia que montou uma biblioteca móvel em seu bairro, o ciclista que luta por democracia em nossas ruas e menos violência no trânsito, o empresário que quer fazer a primeira rua lixo zero da cidade, o economista que defende a criação de um parque no centro, a publicitária que se interessa pela preservação de símbolos arquitetônicos abandonados, etc. Todos eles, se a pesquisa estiver certa, estarão por aí por um bom tempo para melhorar a vida no espaço urbano. Por outro lado, senti pena de quem não entende esse ímpeto, essa vontade de se dedicar a uma cidade mais feliz, de ser prestativo para a construção da felicidade coletiva. Vou esclarecer... Outro dia um conhecido meu postou em sua página no Facebook uma reportagem sobre três amigos, um artista plástico e dois cineastas, que se juntam pelo menos uma vez por mês em algum lugar de São Paulo para fazer pequenos serviços de manutenção na cidade, como pintar faixas de pedestres desbotadas, podar matos, desentortar sinais de trânsito, consertar botões de semáforo para pedestres, entre outras coisas. Na hora que vi, pensei: “Uau! Tá aí um carinho pela cidade e um exemplo
de amor ao próximo raro de encontrar nesta metrópole”. Realmente, isso me inspirou. Justo eu, um dos maiores “reclamões” de tudo que está aí (por natureza da profissão), fiquei comovido, mas o que vi nos comentários do post do meu amigo foi bem diferente disso. À direita lia coisas como “isso é serviço dessa prefeitura incompetente, pagamos impostos para esse tipo de coisa e olha o que o desespero faz com um cidadão”. À esquerda lia “mais um grupo de ‘coxinhas’ tentando privatizar o espaço público para provar um ponto”. E fato é que foram poucos os que entenderam ali a recompensa de devolver o amor pela cidade com um pouco de mão na massa. Mas sorte a nossa que agora sabemos, cientificamente sabemos, que ter um propósito enriquece a vida. E, se você não tem um, corra atrás de ter. Muhammad Ali, lendário boxeador e defensor dos direitos civis, resumiu premonitoriamente isso: “Você não perde nada lutando por uma causa. Na minha mente, os perdedores são aqueles que não têm uma causa pela qual lutar”. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
JULIO LAMAS é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável
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EMPREENDEDORISMO
#startup #tecnologia #ideias
PARA QUEM TEM COLÍRIO – OU NÃO
Eles começaram a produzir óculos de madeira como hobby. O negócio cresceu e virou um estúdio – não só de óculos, também de novas ideias “Quando nossos óculos estiverem bem conhecidos, não vamos aumentar o preço. Vamos parar de fazê-los e criar outra coisa.” Assim o jovem empreendedor Juan Carri, 24 anos, explica o modelo de negócios da sua empresa, a Leaf – que ele define como um estúdio de ideias. Tudo começou há dois anos, quando Carri descobriu uns óculos de madeira no exterior. Com ajuda de suas habilidades manuais, ele e o irmão fizeram o primeiro modelo do país. Em pouco tempo, o negócio decolou. O segredo, segundo Carri, foi manter a produção artesanal cobrando um preço justo. No entanto, ele é cético ao argumentar: “Uma hora, os óculos vão se esgotar”. O caminho para manter a sede do mercado por novos produtos Carri já tem: “Temos um painel enorme, que é abastecido por novas ideias todos os dias. Se 10% forem para frente, já é o suficiente”. COMO FOI O PROCESSO DE CRIAÇÃO DOS ÓCULOS? Tudo começou há uns dois anos. Vi um vídeo na internet de uma galera que fazia óculos de madeira lá fora. O problema é que, para comprar, além de ser caríssimo, demorava muito, e eu não sabia como ia ficar. Na minha casa, nós sempre velejamos, então, tínhamos habilidade manual com ferramentas. Chamei meu irmão, desmontamos um Ray-Ban, pegamos madeira e fizemos os primeiros óculos. Ficou tosco. Mas na segunda,
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Leaf: primeiros óculos de madeira do país
quando cheguei à faculdade, todo mundo curtiu. Aí começamos a melhorar. Todo fim de semana, ficávamos trabalhando no projeto dos óculos. A gente caçava coisas na internet, descobria como cortava armação, buscava fornecedor para lente... QUANDO O HOBBY VIROU NEGÓCIO? Uns dez óculos depois, descobri que não queria mais trabalhar com internet, que era o que eu fazia na época. Decidimos embarcar nos óculos. O principal desafio foi escalar o negócio. A primeira ideia
foi fazer dez óculos e vender para os amigos mais próximos, para levantar uma graninha e comprar a maquininha de cortar madeira. Depois disso, começamos a produzir mais. Fomos para um estúdio bem pequeno na galeria Ouro Fino e começamos a virar efetivamente uma empresa. Como não existia nada parecido no Brasil, conseguimos fechar uma parceria com uma loja de design na Al. Gabriel Monteiro da Silva. Aí o negócio alavancou de vez. Cresceu tanto que eu comecei a precisar de mais gente para trabalhar. Pouco tempo depois, larguei a faculdade de engenharia e fiquei 100% na Leaf. Esse período foi muito importante, pois começamos a pensar na questão ambiental e, mais do que isso, pensamos no modelo de negócios da empresa. COMO É A QUESTÃO DA SUSTENTABILIDADE NA LEAF? Garantir madeira certificada e cuidados básicos com a sustentabilidade passou a ser um pressuposto. Não existe mais a possibilidade de não usar. E não se usa madeira certificada porque é mais bonitinho. Descobrimos que dá pra ser lucrativo da maneira “correta”. Desenvolvemos uma gestão voltada para design e sustentabilidade. E descobrimos que sustentabilidade não está só no verde. Envolve também a maneira como as pessoas se tratam... COMO É SER UM ESTÚDIO, E NÃO UMA FÁBRICA? Nossos produtos são feitos à mão. Não temos como e também não temos interesse em produzir em larga escala. Mesmo assim, buscamos oferecer o melhor produto do mercado, sem entrar em linha de produção e cobrando um preço justo. O segredo desse modelo de negócio é se transformar em um estúdio de ideias. Quando os óculos se esgotarem, não vamos cobrar mais caro por eles, e sim apresentar um novo produto. Isso serve para atender à sede de novidades do mercado e pra gente também. Uma hora a gente vai enjoar de ver óculos pela frente.
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IMÓVEL EM MIAMI
A notícia de que os brasileiros estão investindo, cada dia mais, em imóveis nos Estados Unidos – principalmente em Miami – não é nova. Agora, imagine se, antes de comprar um apê nas terras do Tio Sam, você pudesse contar com uma consultoria personalizada, que o acompanhasse em todo o processo – desde a intenção de compra até a manutenção da propriedade, passando pela decoração –, feita por um brasileiro especialista no setor imobiliário. O morador de Alphaville Claudio Landsberg (ex-MPD) está embarcando nesse projeto. Em parceria com a designer de interiores Dani Landsberg, ele oferece o que chama de “full package service”. “Se a casa for de veraneio, providenciamos todo o suporte para a vinda da família. Ajudamos com a água, energia, carteira de habilitação, etc.”, conta Claudio. Saiba mais: landsbergconsulting.com
Começar um negócio nem sempre é fácil. Quem não tem capital inicial precisa arranjar um bom investidor ou arrecadar algum. Pra isso, alguns sites de crowdfunding dão uma mãozinha. No Catarse (catarse.me/pt), o método usado para arrecadação é o “tudo ou nada” (você estabelece quanto precisa arrecadar. Se as doações atingirem o valor estipulado, você leva a grana, se não, não – nesse caso, o dinheiro volta para o doador, que pode ter o valor de sua contribuição de volta ou pode transferi-lo para outro projeto da plataforma). Caso o realizador alcance sua meta, o site cobra 13%. O Kickante (kickante.com.br) arrecada dinheiro para causas sociais, mas também aceita projetos criativos e de empreendedores. As campanhas são nos modos “tudo ou nada” (com 12% de taxa) e flexível (com 15% sobre a arrecadação). Já o Benfeitoria (benfeitoria.com) reúne iniciativas em categorias como cidades, cultura e arte, educação, inclusão social e saúde. Diferentemente dos outros, o site não recebe nenhuma comissão sobre o dinheiro arrecadado. Assim, sua receita é baseada em doações, parcerias e serviços como consultorias.
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FINANCIAMENTO COLETIVO
O QUE OS JOVENS QUEREM
Setenta e um por cento dos jovens brasileiros de 20 a 24 anos desejam ter seu próprio negócio, e 40% deles devem colocar o plano em prática nos próximos cinco anos. É o que revelou uma pesquisa realizada pelo IBOPE e USP a pedido da Fundação Telefônica Vivo. Os números, que tiveram como base uma amostra de 1.440 entrevistas, também mostraram que a internet é o meio que 60% dos jovens usam para planejar e desenvolver uma ideia. Dos entrevistados, 16% se veem como possíveis empregados, 27% estão indecisos e 57% se imaginam como possíveis empregadores.
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PERFIL EMPREENDEDOR
#cases #sucesso #empreendedorismo
CASOS DE EMPREENDEDOR
Quem disse que história de empreendedor é tudo igual? Realmente, há quem já comece com um objetivo claro, mas nem sempre é assim... Confira alguns cases inspiradores!
FOTOS DIVULGAÇÃO
Vicente Dorsa e Carlos Paludo, sócios do Eu Paciente. Ao lado, Paulo Luisada e Flávio França, da tokEcompre
NO ALVO
BUSCA DO IDEAL
"Nosso principal motivador é o paciente." Assim o publicitário e morador de Alphaville Carlos Paludo define o público-alvo de sua "rede social da saúde e do bem-estar". No Eu-Paciente, lançado há pouco mais de um ano, o acesso do paciente é sempre gratuito. “Queremos nos relacionar com steakholders da saúde para que eles entrem com o investimento”, conta Carlos. No site, em vez de reclamar do trânsito e postar fotos, os usuários cadastram suas doenças e relatam seus sintomas – o que garante uma troca de experiências enriquecedora no sentido de descobrir novos tratamentos e remédios. “Ao mesmo tempo em que ajudam os pacientes, as informações postadas por eles podem ajudar laboratórios a desenvolver pesquisas e criar novos remédios.” Os números não deixam dúvida: nesse curto período, a rede já conquistou mais de 7.000 usuários e extrapolou as fronteiras, atingindo Portugal. O desafio agora é atrair investidores e transformar a rede em um negócio cada vez mais rentável.
CONHEÇA MAIS SOBRE OS PROJETOS: Eu Paciente: eupaciente.com.br tokEcompre: ntk.com.br (ou baixe o app no smartphone)
De Alphaville, a startup já nasceu com um objetivo central: diversificar as opções de serviços delivery. Além das tradicionais pizzas, a ideia era disponibilizar, numa mesma plataforma, tudo o que poderia ser útil ao consumidor: de refeições a sobremesas, passando por remédios, flores e lavanderias. O local onde isso tudo estaria não poderia ser mais atual: um app para smartphones. Com a recente entrada de investidores, a coisa ganhou corpo, e a QR Pro Retail, que já oferecia soluções de aplicativos para clientes, lançou seu próprio app, o tokEcompre, em sociedade com a NTK. “Somente o ramo de alimentação estava trazendo comerciantes de pequeno e médio porte para o ‘mobile’. Temos uma grande camada que quer estar nesse canal de vendas e não sabia como. A partir de agora, eles podem”, conta o sócio-fundador da empresa, Paulo Luisada.
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ORGÂNICO
#empreendedores #coworking #startups
O COMEÇO DE UMA REDE
Primeiros coworkers do OrgâniCo – hub de empreendedores da região – contam um pouco sobre seus negócios e as possibilidades de conexões do espaço por
Thais Sant'Ana
fotos
Chico Max
MORADOR de Alphaville, o especialista em marketing digital Gabriel Matias, de 26 anos, estava cogitando se mudar para São Paulo para ficar mais próximo de um escritório de coworking, em que pudesse trabalhar longe das distrações que os profissionais autônomos, normalmente, têm em casa. Foi quando, por intermédio de uma amiga, descobriu o OrgâniCo, cuja estrutura vai além de coworking. Tratase de um hub de empreendedores que acomoda, no mesmo espaço, diferentes empresas e profissionais, e é incrementado por discussões de negócios, palestras, cursos e atividades de lazer, como parede de escalada. Foi amor à primeira vista. Gabriel, que além de comandar a agência Crowd também deve lançar sua startup de conexões de freelancers em breve, conheceu o espaço num dia e começou a trabalhar nele no outro. “Achei o lugar incrível, as pessoas, o ambiente e todas as possibilidades de networking que ele me abre”, conta ele, que, inclusive, já tem projetos engatilhados: “Estou fazendo um projeto digital com a VERO e devo começar um plano para arrecadar investimento para a minha startup”. Um dos contatos de Gabriel pode estar sentado na mesa ao lado. O designer Leonardo Aguiar, de 34 anos, trabalha com ilustração 3D, mas está migrando para o ramo de impressão 3D. Para isso, antes de começar o negócio, ele montou, junto com o pai, que é economista e trabalha com finanças, uma carteira de investimentos em empresas que trabalham com 3D. “Conhecemos um fundo de investimento nessa área num seminário,
AGÊNCIA CROWD O QUE FAZ? Projetos digitais, de produção de sites a estratégias de conteúdo e de anúncios digitais. CONTATO: Gabriel Matias | agenciacrowd.com.br
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no ano passado. Criamos, então, a carteira e, em três meses, já tivemos retorno suficiente para suprir as demandas iniciais da empresa”, conta. Com algumas buscas na internet, Leonardo encontrou, no OrgâniCo, o lugar ideal para colocar o bloco na rua: “Minha ideia é ser um intermediário nesse processo de democratização das impressoras 3D. É possível fazer coisas incríveis nessas máquinas, mas a tecnologia delas ainda é um pouco difícil. É aí que entra meu trabalho de designer”, conta ele, que é formado em design industrial e especialista em projetos de produtos.
“No nosso site, há um formulário em que as pessoas podem descrever o que querem imprimir em 3D. A partir das ideias iniciais, vamos conversando até chegar ao produto perfeito”, conta. Se precisar preparar um material de marketing "mais tradicional" para divulgar sua empresa, Leonardo também pode contar com a Uoss, de Sandra Fernandes, que está com o OrgâniCo desde que o projeto ainda era um embrião. Como ela já conhecia o ambiente de um coworking de São Paulo e tinha boas experiências, decidiu procurar uma opção parecida em Alphaville, que, além de ser mais perto
da sua casa, é uma região próspera para o seu mercado. "Quando entrei em contato, o OrgâniCo ainda não existia. Me deram uma mesa dentro da própria VERO, e eu fui. Fiquei lá por alguns meses enquanto o OrgâniCo era construído, mas feliz, pois já estava respirando dentro do meu mundo", conta. A partir de então, oportunidades surgiram: "Fiz campanhas para a VERO, para o OrgâniCo, e atuo constantemente junto com a Spaghetti (braço de eventos da VERO)", enumera, animada. "Minha ideia é mesmo tercerizar o trabalho de marketing para empresas que não têm esse departamento internamente", finaliza.
UOSS MARKETING O QUE FAZ? Tercerização de marketing para pequenas e médias empresas CONTATO: Sandra Fernandes | facebook.com/uossmarketing
BOUTIQUE 3D O QUE FAZ? Impressões em 3D de qualquer peça ou produto que possa ser feito em material plástico. CONTATO: Leonardo Aguiar | boutique3d.net.br
O OrgâniCo também conta com as equipes da VERO, Somma, Spaghetti e Safe em suas instalações, entre outros coworkers. Ficou curioso para conhecer esses e outros projetos inovadores? Visite: Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138 - loja 72 |organicoworking.com.br
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PENSAMENTO EMPREENDEDOR
#nãoaoconformismo #limitação #forçavital
Zona de desconforto NOS acostumamos a tudo rapidamente. Tanto a coisas boas, rapidíssimo, quanto a coisas ruins, um pouco mais lentamente, é verdade. Nos acostumamos tanto que, do costume, criamos até a dificuldade de sair dele e, mesmo que não gostemos da situação, muitas vezes resistimos um monte para mudar, o que me parece incrível. Outro dia, ouvindo um amigo palestrar sobre a tal da zona de conforto – o cantinho quente, como ele coloca de uma maneira que qualquer um entende –, fiquei pensando: quantas pessoas vivem anos e anos no seu cantinho quente, apesar de, conscientemente, acharem aquilo um caminho totalmente errado para suas vidas? Só de memória, me vêm à cabeça vários! Gente que passa o dia reclamando do chefe, da empresa, dos colegas, dos clientes, do marido, da mulher, do professor, do pai, da mãe, dos clientes, dos fornecedores, dos outros, do tempo, da falta dele... gente que transforma suas vidas em dizer que tudo está ruim e que, se dependesse deles próprios, tudo seria diferente. Ah, e tem uma geração nova (e jovem!) que faz isso na web. Criam um blog pra
dizer tudo o que está errado, falam dos outros sem parar, metem a boca, é um tal de “cyber reclamation” geral que vira uma grande “cyber desculpa”. É gente que vive de desculpas e justificativas para si mesma e que não parte pra ação. Gente que não dá um “pique empreendedor” para suas vidas e fica sempre no “se...”. São como se fossem vidas condicionais, vidas que só seriam bacanas mesmo “se o chefe fosse outro...” ou “se a empresa nos respeitasse...” ou “se eu ganhasse melhor...” ou “se minha mulher...”. A lista de “ses” é enorme, infindável e, claro, sempre está lá pra justificar tudo. Quando olho os empreendedores, por outro lado, vejo que isso é tudo o que NÃO existe nas nossas cabeças. O tal do “gente que faz” é um estado de espírito que move. Quando ouvimos coisas como “não dá pra fazer” ou “ninguém nunca fez isso” ou “se tivéssemos dinheiro...”, ficamos provocados e desafiados e vamos lá e fazemos. Quebramos a cara ou acertamos, pouco importa, mas fazemos. Não ficamos no “se”. Temos o vírus empreendedor que nos empurra pra fora desse cantinho. A angústia é tão grande que trocamos
sem pestanejar o conhecido pelo desconhecido se nele aparecem chances de realização. Não somos gente de cantinho quentinho ou da zona de conforto, definições que talvez estejam talvez até minimizando demais a coisa toda e que poderiam receber outras denominações um tanto mais cruéis. Quer ver? Se, querendo se referir à zona de conforto, alguém, em vez de falar em cantinho quentinho, dissesse pra gente que estamos no “cantinho da desculpa” ou no “cantinho fácil” ou até mesmo no “cantinho do conforto de não tentar”, ou quem sabe ainda no “cantinho da covardia” ou, mais fria e secamente, no “cantinho podre e fedido, mas conhecido”... certamente essa frase deixaria qualquer um numa bela zona de desconforto, não é? Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
BOB WOLLHEIM é fundador do youPIX e do Startupi, autor de Empreender não é Brincadeira e venture corp da Endeavor
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SUCESSO
#desafios #lições #mudanças
As dez lições de um ano desafiador “UMA VIDA sem desafios não vale a pena ser vivida”: é o que nos ensinou o grande filósofo Sócrates. E, assim, o complexo 2014 nos fez viver plenamente, no embate e no debate. Arrisco um elenco das dez demandas apresentadas por este estranho e fascinante ano. 1) Fomos estimulados a pensar seriamente na finitude da existência. Muita gente importante nos deixou, algumas de maneira totalmente inesperada. Tivemos de continuar a caminhada sem o locutor Luciano do Valle, sem o jogador Fernandão, sem o ator Robin Willians, sem a musa Lauren Bacall, sem o poeta Manoel de Barros, sem os intelectuais Rubem Alves e Ariano Suassuna e sem o empresário Samuel Klein. Depois do choro, convém buscar as biografias. Eles têm muito a nos ensinar, ainda. 2) A tecnologia do hoje é aquela das coisas efêmeras. Os dispositivos móveis mudaram. Alteraram-se as ferramentas do mundo informatizado. Acabou o suporte ao clássico Windows XP. E morreu também o Orkut, a primeira grande rede social a mobilizar e integrar os brasileiros. Percebemos que, nessa área, não há apego possível. Gerir a vida digital equivale a gerir mudanças permanentes. Heráclito ri com seu triunfo. 3) Não, essa bobagem não acabou. Um torcedor do Vilarreal jogou uma banana para ofender o jogador Daniel Alves. E viramos “todos macacos”. A NBA enfrentou o dono do Los Angeles Clippers, que se enrolou em declarações racistas. No Sul, o goleiro Aranha, do Santos, bateu de frente com uma parcela de torcedores racistas do Grêmio. Aprendemos que essa luta não cessa, nunca. Precisamos estar atentos, vigilantes, dia e noite. 4) Descobrimos que a segurança é limitada e que a Terra ainda é vasta
demais. Um avião da Malaysia Airlines, com 239 passageiros, simplesmente sumiu. Toda a nossa tecnologia de rastreamento e localização se mostrou limitada. Meses depois, outra aeronave lotada foi abatida entre a Ucrânia e a Rússia. Por aqui, Eduardo Campos encerrou sua jornada em uma trágica viagem aérea. Percebemos novamente que a vida é frágil. E, se é curta, deve ser curtida. 5) De repente, a Ucrânia derrubou seu presidente. E parte do país resolveu juntar-se à Rússia. Sentimos na pele o arrepio de um capítulo complementar da Guerra Fria. Insurgências são complexas e devem ser analisadas à luz da história e dos interesses econômicos e políticos em disputa. Receita: equilíbrio e bom senso. 6) Como eco dos protestos de junho de 2013, vivemos o horror da morte do cinegrafista da Rede Bandeirantes, em um protesto no Rio de Janeiro. Sem dúvida, precisamos nos manifestar, exigir direitos, reclamar da corrupção, exercitar a cidadania. No entanto, aprendemos que isso não se faz de qualquer jeito, tampouco com qualquer um. Os levantes juvenis tiveram méritos, mas também empilharam graves pecados. Toda violência aponta para o retrocesso. 7) O avanço brutal do Estado Islâmico mostrou que o fundamentalismo ainda nos ameaça. E nem todas as guerras podem sufocá-lo. Vimos minorias étnicas em fuga pelo deserto e jovens ocidentais decapitados. Aprendemos que problemas complexos jamais têm soluções fáceis. Precisamos de exércitos, sim, mas também de boa diplomacia, de educação e de integração comercial. 8) Realizamos a Copa do Mundo da Fifa no Brasil. Os organizadores cometeram muitos dos erros previstos. Faltou boa gestão em vários dos projetos do evento. No entanto, o povo brasileiro
se superou, e os estrangeiros foram embora satisfeitos, prometendo voltar. Precisamos nos aprimorar, é certo. Mas exibimos talentos e virtudes. Que saibamos tirar proveito dessa experiência e promover uma boa olimpíada em 2016. 9) Sim, tivemos eleições. Foi um processo duríssimo, complicado, que rachou a sociedade. Prosseguimos, no entanto, todos brasileiros, interessados em um futuro melhor. Somos um país que tem à frente largos horizontes. Aos que venceram: humildade para reconhecer os erros e efetuar as correções necessárias. Aos que perderam: a fibra para continuar exigindo mudanças. Precisamos de um Estado limpo, enxuto, menos intervencionista, sem aparelhamentos partidários, capaz de reduzir a burocracia. E, sim: combater a corrupção é nossa obrigação moral. 10) Percebemos que a ciência é limitada e que este mundo ainda é muito desigual. Assistimos amargurados às cenas de morte provocadas pelo ebola na África. Noutro canal, vimos com entusiasmo o módulo Philae, da sonda Rosetta, pousar sobre um cometa! Lição: (quase) tudo podemos. Para alcançar o sucesso, porém, precisamos de boa gestão de processos, de amor no coração e, sobretudo, de coragem para lutar os bons combates. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
CARLOS JÚLIO é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios
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CAPA
#mobilidade #cidadeparaaspessoas #transformação
“As calçadas são para brincar, conversar, negociar e dar beijos!” Em entrevista exclusiva para a VERO, o economista, historiador e ex-prefeito de Bogotá Enrique Peñalosa fala sobre mobilidade, democracia urbana, restrições aos carros e os desafios das cidades no combate à desigualdade Por
Julio Lamas*
*Colunista da VERO, colaborador da National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável
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FOLHAPRESS
Em 2008, Peñalosa esteve em São Paulo e testou o transporte público da capital paulista. Na ocasião, ele concedeu uma entrevista ao jornal Folha de S.Paulo
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“O verdadeiro conflito de classes, hoje, nos países em desenvolvimento, não foi previsto por Karl Marx. Ele não está entre ricos e pobres, mas entre quem tem um carro e o resto da sociedade”, argumenta o economista e historiador colombiano Enrique Peñalosa Lodoño, 60 anos. Para quem não conhece sua biografia, a frase que abre o texto pode parecer vinda de um defensor do modelo “bolivariano” de organização social, mas quem sabe da sua jornada como uma das figuras mais proeminentes da política colombiana contemporânea entende que seu discurso não se coloca nem à esquerda nem à direita. Enquanto prefeito de Bogotá, entre 1998 e 2001, sua posição sempre esteve ao lado de todas as pessoas e de um bem-sucedido resgate da escala humana para a sua cidade, por meio do planejamento urbano e da recuperação de valores democráticos. “O primeiro artigo da constituição de muitos países afirma que todos são iguais perante a lei. Mas isso não se traduz no desenho das ruas. Em uma democracia, por que um ônibus que transporta 80 pessoas não teria direito a mais espaço nas ruas do que um carro que leva apenas uma?”, comenta ele, defendendo a ideia de que a percepção de desigualdade social é intrínseca à vivência do espaço urbano e, especialmente, à mobilidade. Essa retórica simples, porém contestadora, do planejamento urbano "carrocêntrico" que se fez em boa parte do século XX esteve no cerne de suas propostas para a revitalização da mobilidade e da qualidade de vida na capital colombiana, uma cidade com 8 milhões de habitantes com um drama histórico de violência, poluição e congestionamentos. Transformada em case de sucesso na gestão pública 12 anos atrás, Bogotá foi revolucionada por Peñalosa e sua equipe de governo, que contou, então, com alguns dos melhores executivos, técnicos e empresários do setor privado. “Foi um período para criar uma cidade democrática, sem ruído e poluição. Não estávamos ali para teorizar”, conta. Entre suas obras mais significativas estão cerca de 450 km de ciclovias na cidade, utilizadas por cerca de 400 mil pessoas todos os dias, e o sistema de Bus Rapid Transit (BRT) TransMilênio, um dos maiores do mundo, que atende 1,7 milhão de pessoas diariamente. Inspirado nas vias expressas e exclusivas para ônibus do “Ligeirinho”, criado em Curitiba pelo urbanista brasileiro Jaime Lerner na década de 1970, o TransMilênio é utilizado por 45 mil passageiros por hora em ambos os sentidos por onde cruza. É um dos projetos mais bem avaliados pelos colombianos e um exemplo estudado por governos de países emergentes, como a China, e de cidades brasileiras como Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Recife e Palmas. “Restringimos o uso dos carros nos horários de pico para estimular o uso do TransMilênio e deu certo, as pessoas gostaram. Acredito que há um sentido mais amplo da cidade e de cidadania quando um executivo divide espaço no ônibus com um pedreiro, um encanador...”, explica Peñalosa. Seu governo priorizou, em vez de obras como elevados e viadutos, bibliotecas públicas que atendem hoje 400 mil pessoas, além de parques e áreas de lazer nas periferias. Em um discurso para a ONU em 2001, ele chegou a dizer que não poderia fazer os cidadãos de Bogotá ricos como os europeus e norte-americanos, mas poderia fazê-los tão felizes quanto eles em sua cidade. Isso, todavia, não aconteceu da noite para o dia e sem resistência. Seus planos para ampliar calçadas, implantar ciclovias e colocar
o TransMilênio para funcionar exigiam restrições aos automóveis particulares e seu uso, gerando uma oposição forte de empresários e comerciantes. “Tive que mandar minha filha para o Canadá por conta das ameaças. Tenho uma ideia do que Fernando Haddad, em São Paulo, e Eduardo Paes, no Rio de Janeiro, passaram nos últimos anos”, relembra ele, que viu sua taxa de aprovação passar de 18%, entre 1998 e 1999, para mais de 80% entre 2000 e 2001 – a maior da história para um prefeito de Bogotá –, quando suas visões foram concretizadas e compreendidas. Figura central no debate global sobre planejamento urbano, Peñalosa é, desde 2009, presidente do conselho do Institute for Transportation and Development Policy (ITDP) – entidade de pesquisa e promoção da mobilidade sustentável com sede em Nova York, presente em mais de oito países. Formado em Economia e História pela Duke University, nos EUA, e com MBA em gestão pública na França, ele viaja o mundo como um dos mais populares TED talkers da atualidade e dá palestras para governos, empresas e para a sociedade civil. De Londres, na Inglaterra, onde esteve para uma série de debates e apresentações sobre estacionamentos e vagas inteligentes, ele concedeu uma entrevista para a VERO na qual fala sobre este seu novo foco de interesse, o custo social do espaço para estacionar carros, além de sua experiência com o urbanismo, suas opiniões políticas e sua análise dos principais desafios enfrentados pelos centros urbanos nos dias de hoje.
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Antes e depois: no bairro do Cartucho, no centro de Bogotá – semelhante à Cracolândia paulistana –, a quatro quadras do Palácio Presidencial, foram demolidos 600 prédios e foi construído o Parque do Terceiro Milênio.
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A IDEIA DE QUE COMPRAR UM CARRO GERA AO GOVERNO A OBRIGAÇÃO DE CRIAR VAGAS DE ESTACIONAMENTO EQUIVALE A PENSAR QUE, SE ALGUÉM COMPRAR UM PIANO, O GOVERNO É OBRIGADO A LHE DAR UM APARTAMENTO
”
HOJE VOCÊ SE DEDICA AO ESTUDO E PROMOÇÃO DA SUSTENTABILIDADE NO TRANSPORTE. POR QUE ESSE TEMA LHE INTERESSA TANTO? Uma das razões pela qual o transporte é um problema distinto dos demais entraves da sociedade, como a educação ou a saúde, se deve ao fato de que ele tende a piorar à medida que as pessoas se tornam mais ricas. Mais acesso ao crédito significa maiores taxas de motorização individual nas cidades, o que já constitui um sistema insustentável. Uma vez que há mais carros, mais viagens são feitas e, consequentemente, há mais engarrafamentos. E, de certa forma, essa questão também é especial porque é contraintuitiva, ou seja, é diferente do que parece ser, e suas soluções não são aquelas que parecem ser as mais óbvias. Um grande exemplo disso é o que os urbanistas e especialistas em mobilidade chamam de “trânsito induzido”. Quem não entende o tema pode pensar que o problema reside na falta de investimentos para a ampliação das vias para os automóveis, mas quanto mais espaços se constroem para os carros nas cidades – desde elevados e túneis até largas avenidas e acessos expressos –, mais
espaços os carros ocupam eventualmente. Esse tipo de solução viária “carrocêntrica” estimula ainda mais o uso do automóvel e reduz antidemocraticamente o espaço de convivência nas cidades, o espaço para pedestres e o espaço de quem escolhe outros modos de locomoção. Em termos de planejamento, isso é tão bom quanto, como se diz no Brasil, tentar secar gelo. DURANTE BOA PARTE DO SÉCULO XX, PLANEJAMOS AS CIDADES PARA O USO DE CARROS PARTICULARES . COMO SE PODE REPENSAR HOJE A MOBILIDADE? Em um primeiro momento, qualquer um pode pensar que são os carros que causam os engarrafamentos, mas, além disso, há o número de viagens e suas durações como suas principais causas. Esses dois fatores estão ligados à quantidade de espaços destinados para os carros em prejuízo do transporte público e de outros modos de deslocamento. Para repensar a cidade agora, é necessário entender que a mobilidade e os engarrafamentos são problemas diferentes e requerem soluções distintas. A mobilidade se soluciona com transporte de massa, como Bus Rapid Transit (BRT), metrôs, etc. Você pode ter uma linha de BRT ou de metrô em cada rua que os engarrafamentos continuarão. Londres tem um dos sistemas de transporte de massa mais completos do mundo, mas tinha tanto trânsito que teve de cobrar pelo uso de carros em seu centro. RESOLVE-SE A QUESTÃO DA DEMANDA POR TRANSPORTE PÚBLICO, MAS AINDA ASSIM SOBRAM A POLUIÇÃO ATMOSFÉRICA, A POLUIÇÃO SONORA E O DÉFICIT DE QUALIDADE DE VIDA CAUSADOS PELOS CONGESTIONAMENTOS. A única maneira de resolver congestionamentos é com restrições ao uso do carro. Governantes podem adotar impostos mais altos para a gasolina, rodízios, pedágios, sistemas de “congestion charging”... E, veja bem, digo restringir o uso, e não a propriedade. Isso é importante, pois as pessoas têm todo o direito e liberdade para ter carros, assim como são livres para andar nas calçadas, usar bicicletas ou escolher o transporte público. A questão é equilibrar melhor a divisão entre modelos de transporte, e melhorar a qualidade de vida e a sensação de igualdade social nas cidades, com menos carros na rua.
NO MOMENTO, SEU FOCO DE INTERESSE COMO PRESIDENTE DE CONSELHO DO ITDP SÃO OS ESTACIONAMENTOS. POR QUÊ? Hoje é a maneira mais óbvia e eficiente de restringir o uso do carro. Quem dirige, normalmente, sai de casa programando onde e quanto vai gastar estacionando. Tirar as vagas pode estimular uma escolha por uma bicicleta ou o transporte público. Mas a transição cultural para isso deve primeiro restringir a prática pouco cidadã de estacionar nas ruas e calçadas. Nos países emergentes, caso do México e do Brasil, há muitos carros estacionados onde deveria haver espaço para os pedestres. É muito importante lembrar que a rua não pertence mais a um adulto com um carro de luxo do que pertence a uma criança ou um cidadão pobre sem veículo próprio. Em uma cidade, o espaço mais valioso é o que está entre os prédios, onde as pessoas convivem, negociam, namoram... Esse espaço é a rua. ENTÃO COMO DISTRIBUIR A RUA ENTRE PEDESTRES, CICLISTAS, TRANSPORTE PÚBLICO E CARROS? Não é tanto uma decisão técnica quanto é uma decisão ideológica e política. Mas quem decidiu entregarmos o espaço da rua para os carros estacionarem? Alguém votou? Muitas cidades dão mais espaço aos carros estacionados do que aos seres humanos! Embora muitas constituições, como a do Brasil, incluam diversos direitos, estacionar não está entre eles. É estúpido que as pessoas pensem assim. Se um prefeito elimina os estacionamentos e os cidadãos lhe perguntam onde vão colocar seus carros daqui pra frente, ele pode muito bem responder algo como “Isso é o mesmo que me perguntar onde devem guardar sua roupa ou sua comida, não é um problema meu como gestor da cidade”. Essa ideia de que comprar um carro gera ao governo uma obrigação de criar vagas de estacionamento é o equivalente a pensar que, se alguém compra uma geladeira ou um piano, o governo é obrigado a lhe dar um apartamento. O NOVO PLANO DIRETOR DE SÃO PAULO, APROVADO EM JULHO DESTE ANO, ACABA COM A EXIGÊNCIA DE UM MÍNIMO DE VAGAS PARA EDIFÍCIOS NOVOS. ISSO FUNCIONA?
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Trânsito de Bogotá antes e depois das transformações promovidas por Peñalosa, que receberam reconhecimentos internacionais, como o Leão Dourado da Bienal de Veneza e o Stockholm Challenge.
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OS EMPRESÁRIOS ESTÃO MUITO EQUIVOCADOS. INCLUSIVE, EM UM SENTIDO QUE OS PREJUDICA, POIS HÁ MAIS POTENCIAL DE NEGÓCIOS NOS PEDESTRES DO QUE ENTRE MOTORISTAS
”
Em uma democracia, não se deve exigir que edifícios residenciais tenham vagas nem proibi-los de não tê-las. Desse modo, restringe-se a propriedade, e não o uso do carro, que é prioritário. Se as pessoas querem ter um, dois, cinco carros... Isso não importa, contanto que se restrinja seu uso, especialmente durante os horários de pico. Ter um carro não gera custo social, mas seu uso gera. Por outro lado, é necessário restringir o estacionamento em prédios comerciais, escritórios, shoppings, etc. Ou seja, tem muito mais chance de dar certo se as vagas forem eliminadas nos pontos de destinos das viagens, e não nos pontos de origem, que são as casas. AS VAGAS ATRAPALHAM O PLANEJAMENTO DAS CIDADES MAIS DENSAS? Sim, as próprias vagas e estacionamentos trazem um custo social alto, pois ficam no caminho de um planejamento que permite mais densidade urbana, o que está intrinsecamente ligado aos altos valores dos imóveis nos centros e ao déficit de habitação nas cidades. No centro de Londres, que tem um problema histórico com poucas ofertas acessíveis de moradia, há mais de 40 anos os imóveis comerciais não podem ter estacionamentos. O Shard, edifício do arquiteto Renzo Piano inaugurado em 2012, é um exemplo disso. Ali trabalham 10 mil pessoas e há apenas 43 vagas para veículos.
AS CICLOVIAS EM MUITAS CIDADES BRASILEIRAS, COMO SÃO PAULO, SOFREM FORTE OPOSIÇÃO POR TIRAR DOS MOTORISTAS ESPAÇOS QUE ERAM VAGAS. ESSA OPOSIÇÃO NORMALMENTE VEM DO SETOR PRIVADO, REPRESENTADO POR COMERCIANTES E EMPRESÁRIOS. A maioria dos habitantes de São Paulo não se locomove em carros particulares. Esses empresários não têm direito algum sobre o espaço público, estão muito equivocados. Inclusive, em um sentido que os prejudica, pois há mais potencial de negócios nos pedestres do que entre motoristas. As pessoas vão aos shoppings porque querem caminhar. É agradável caminhar em um shopping. Nesses lugares, pode-se andar com a cadeira de rodas do avô, com um carrinho de bebê ou com uma criança sem a ameaça nem o barulho dos carros. Todavia, nas cidades mais avançadas do mundo, as melhores lojas, os mais bem-sucedidos comércios, não estão nos shoppings. É assim em Manhattan, Londres, Paris, Madrid, onde há poucos ou não há shoppings. Mas – e isso é muito importante – é bom lembrar que os vizinhos das ciclovias, incluindo nisso os residenciais, não têm mais ou menos direito de decidir como se usa o espaço público da rua do que a pessoa que vive longe dali. Quem vive em um apartamento de 20 milhões de dólares em frente ao Central Park não tem mais direitos de decidir como se usa o parque em comparação com quem mora no Bronx. COMO PREFEITO, QUAL FOI SUA MAIOR DIFICULDADE EM BOGOTÁ PARA COMBATER ESSE TIPO DE MENTALIDADE PRIVATIZADORA DO ESPAÇO PÚBLICO? Tivemos uma luta grande para tirar os carros das ruas e aumentar os espaços para pedestres e ciclistas. Os comerciantes se organizaram para me derrubar e criaram fundos privados para me processar. Foi muito difícil. Cheguei a ter uma imagem negativa entre 85% da população. Os cidadãos mais poderosos e influentes, que eram amigos dos comerciantes, eram jornalistas, donos de jornais, de canais de televisão... Eu era o inimigo público número um. Tive que enviar minha filha, na época com 12 anos, para viver com meu irmão no Canadá. Mas, ao final disso, terminei meu mandato com a imagem
mais positiva que um prefeito já teve em Bogotá. As pessoas entenderam que fazer calçadas amplas, de qualidade, ciclovias, arborização e bibliotecas, em vez de viadutos, aumenta o valor da propriedade e aumenta a quantidade de clientes. ESSA FOI TAMBÉM UMA LUTA EM NOME DA FELICIDADE COLETIVA, NÃO? OU DA PERCEPÇÃO DE FELICIDADE NA CIDADE E DO COMBATE À DESIGUALDADE SOCIAL? Claro! Cada detalhe na cidade deve refletir que o ser humano é sagrado. Me diziam: “Prefeito, não seja teimoso, há espaço suficiente nas calçadas para estacionar os carros e também para que as pessoas passem”. Então, fizemos várias campanhas na televisão. Uma dizia: “Acreditamos que as calçadas são parentes das ruas, porque vivem juntas...”. Mas as calçadas, ao contrário das ruas, não são para ir de um lugar ao outro. Claro, podem servir para isso também, mas as calçadas são para mais do que isso! As calçadas são para brincar, para conversar, para negociar, para dar beijos! Elas acabam sendo mais parentes, no final das contas, dos parques e das praças. E dizer que a calçada é suficientemente ampla para que passem as pessoas e também se estacionem carros é o equivalente a dizer que podemos converter uma praça ou um parque em um estacionamento ao ar livre, desde que deixemos espaço suficiente para que as pessoas passem. HÁ UM TAMANHO IDEAL PARA AS CICLOVIAS OU CALÇADAS? QUAL É A MEDIDA CERTA DA ESCALA HUMANA NAS CIDADES? Não há uma resposta ideal, pois também se trata de uma decisão política e ideológica. Como queremos distribuir o espaço mais valioso de uma cidade, que pertence a todos, incluindo pobres e crianças, entre pedestres, ciclistas, ônibus e carros? O que é mais importante para uma sociedade? As pessoas ou os carros? São as pessoas, claro. E não se pode permitir que uma minoria, a que anda de carro, obstrua a felicidade de 7 milhões de pessoas, como foi o caso de Bogotá. As calçadas e as ciclovias são símbolos poderosos de igualdade. Elas demonstram que um cidadão em uma bicicleta de 600 reais é igual a um cidadão em um carro de 60 mil.
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ESPECIAL SHOPPING TAMBORÉ
#natal #festas #presentes
Então, é Natal!
Para celebrar a data, nada melhor do que estar perto de quem amamos... Mas um presentinho (ou presentão) também não faz mal a ninguém! Convidamos uma família especial para fazer sua wishlist no Shopping Tamboré. E você, já fez seu pedido ao bom velhinho? fotos e texto
STEFANIA TARIKIAN
Priscilla Zamarioni
A empresária de 36 anos é do tipo mãezona, que não abre mão de ensinar valores às crianças, desde cedo. “Tento passar aos meus filhos princípios e incentivá-los a praticar boas ações. Quero que entendam que o Natal é uma data que não se comemora apenas festejando e ganhando presentes”, decreta. Mas como toda mulher vaidosa, tem, na ponta da língua, uma listinha de mimos indispensáveis, que, se não ganhar, já adianta: “Chocolate vetado durante um bom tempo”, diverte-se.
Óculos Ray-Ban de acetato (R$ 530) Óticas Campano – (11) 3581-0355 Tênis on running T On F Cloud (R$ 449) Track & Field – (11) 4208-6980 Árvore Flor de Luz 110 v (R$ 199,90) Imaginarium – (11) 4208-4474 Chinelo Slim Animals (R$ 29,90) Havaianas – (11) 4193-2367 Kit rasteira e bolsa (R$ 79,90) My Shoes – (11) 3581-0360
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CAIO NOUER
O patriarca da família apoia a esposa em suas decisões com os filhos e é bastante calmo, mas não se omite na hora de impor disciplina aos pequenos. “Na hora do vamos ver, eu sou mais bravo que ela mesmo”, admite. Empresário na área de turismo, o papai de 47 anos é amante do esporte e defende uma vida saudável como exemplo para os filhos. “Gosto desse shopping porque há variadas opções esportivas, além de boas sugestões gastronômicas”, comenta. Sobre o castigo se não ganhar algum dos presentes escolhidos? “A ‘família tapioca’ ficará sem a iguaria no café da manhã preparada especialmente por mim”, sentencia, aos risos.
Óculos Ray Ban modelo aviador (R$ 517) Ópticas Di Santi – (11) 4195-2568 Tênis Mizuno Wave Creation 15 (R$ 499,99) Authentic Feet – (11) 4195-8877 Poltrona massageadora Relax Medic Infinity Life (R$ 13.599) Polishop – (11) 4191-9080 Chinelo Brasil Logo (R$ 33,90) Havaianas – (11) 4193-2367 Sapatênis de couro (R$ 209,90) Mr Cat – (11) 4191-5660
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INES TARIKIAN NOUER
Cheia de personalidade, a irmã do meio, de 5 anos, é dengosa e sabe como castigar os demais se não ganhar um dos presentes escolhidos: “Sem beijo e abraço por uma semana, pelo menos”, diz. Por ser a única garotinha da família, também é bastante vaidosa e vai logo encontrando roupas e makes descolados para incrementar o visual, enquanto anda pelo shopping.
Sapatilha de oncinha (R$ 89,90) My Shoes – (11) 3581-0360 Maleta maquiagem Markwins Teen (R$ 112) Dellian – (11) 4193-4230 Microfone SM48 (R$ 499,99) Sky Blue Music – (11) 2166-9887 Conjunto regata (R$ 64,99) e short com cinto (R$ 94,99) PUC – (11) 4195-4757 Boneca Baby Alive (R$ 129) PB Kids – (11) 2166-9816
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FRANCISCO TARIKIAN NOUER
O primogênito, 10, assim como o pai, é fã de esportes e está sempre atento às novidades do futebol, em especial do São Paulo Futebol Clube, seu time de coração, além dos ídolos Neymar Jr. e Messi. “Jogo de atacante ou meia”, esclarece, orgulhoso. Tranquilo e protetor, mesmo em frente à ala de jogos, não desgruda os olhos do irmão caçula, o pequeno Valentin, que acaba de completar 1 ano e que, assim como a irmã, estaria isento do castigo caso não ganhe pelo menos um item da sua whishlist. “Nem pensaria muito. Proibiria meu pai de bater uma bola e a minha mãe de jogar tênis”, finaliza.
Camisa Barcelona Nike (R$ 189) Centauro – (11) 4193-1678 Jogo Perfil 4 Grow (R$ 79,99) PB Kids – (11) 2166-9816 Chuteira Adidas do Messi (R$ 199,99) Magic Feet – (11) 4191-7653 Jogo Fifa 15 em português para PS4 ou Xbox One (R$200 cada) House Games – (11) 3581-0394 Guitarra Fender Telecaster modelo 575 (R$ 2.999,99) Sky Blue Music – (11) 2166-9887 2014 | DEZEMBRO | NEURÔNIO VERO | 53
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RADAR
#comportamento #crianças #cachorros
MARIANA CHAMA
QUAL A IMPORTÂNCIA DA DESACELERAÇÃO DA ROTINA INFANTIL? As crianças estão em um ritmo cada vez mais agitado, com o dia cheio de atividades. Os pais devem entender que as crianças precisam de tempo para se desenvolver de forma livre. Essa lacuna de atividades durante o dia é importante para que ela desenvolva a imaginação e se sinta bem sem depender de TV e aparelhos eletrônicos para se divertir.
Feira de troca de brinquedos e trilha para observação de pássaros são algumas atividades do Slow Kids
POR UMA INFÂNCIA MENOS ACELERADA
Movimento Slow Kids aborda a importância de valorizar o tempo livre das crianças e o contato com a natureza Em 2011, o Slow Move era um projeto de cinema ao ar livre com uma temática sustentável. No entanto, Tatiana Weberman e Juliana Borges, suas criadoras, perceberam que havia muitas famílias nos encontros e decidiram montar uma atividade específica para as crianças. Em 2013, nascia o Slow Kids. O objetivo central é fazer com que os pequenos tenham novas experiências, desaceleradas, em contato com a natureza. As atividades são recomendadas para crianças de 0 a 12 anos.
COM QUE FREQUÊNCIA OCORREM OS ENCONTROS? Por enquanto, ainda não temos uma agenda fechada. Fizemos duas edições neste ano (maio e novembro) e já temos planos para novos encontros em 2015. Sempre que fechamos uma data, divulgamos no site (www. slowkids.com.br) e no Facebook (www. facebook.com/movimentoslowkids). Nosso objetivo é fazer pelo menos dois grandes eventos por ano e também encontros menores, em diversas cidades, para espalhar o movimento. QUAIS SÃO AS ATIVIDADES? Cada encontro é único, e oferecemos diferentes atividades de acordo com o lugar e os parceiros. Na última edição, que aconteceu no mês passado, no parque Burle Marx, tivemos feira de troca de brinquedos, trilha para observação de pássaros (atividade de interação entre pais e filhos), arte para bebês, roda de leitura embaixo de árvores e show “Brasileirinhos”, de Paulo Bira, com músicas sobre os animais da natureza.
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ME DÁ UM PEDAÇO?
GRUDE PERIGOSO
Um fotógrafo londrino decidiu sair às ruas a fim de confirmar sua suspeita de que os smartphones estão roubando a cena na vida das pessoas. Comprovou com êxito! De mesas de restaurantes a portas de hospitais, passando por parques, transporte público e até no meio das compras – em todas essas situações, BabyCakes Romero encontrou pessoas vidradas em seus aparelhinhos. Para Romero, isso mostra que os celulares estão se tornando uma barreira para comunicação pessoal. “Vi como as pessoas os usam como adereço social, para esconder seu constrangimento, mas, à medida que eu continuei observando e documentando, senti que os dispositivos foram, afinal, a causa desse constrangimento”, diz.
DIVULGAÇÃO
O canal americano do YouTube OckTV realizou um experimento social simples: colocou um jovem bem vestido para pedir comida na rua a estranhos. O garoto ouviu muitos nãos, até que o primeiro sim, inesperado, veio de um morador de rua, que tinha acabado de ganhar alguns pedaços de pizza de outra pessoa. E você, como agiria nessa situação? Confira o vídeo em youtube. com/TheOckShow.
SHUTTERSTOCK
DEBATE BOM
CACHORRO NO TRABALHO
Tem algum cachorro no seu trabalho? Isso mesmo: cachorro. Daqueles com quatro patas, peludos e babões... Pois talvez seja a hora de você (ou o seu chefe) começar a considerar essa possibilidade. Um estudo do site de pesquisa de opinião Statista, da Alemanha, revelou que 40% dos profissionais estão convencidos de que ter um animal no local de trabalho reduz o estresse e tem efeitos relaxantes. De acordo com Markus Beyer, presidente da associação Berlin Dogtrainer, ter um cão no escritório tem efeitos benéficos não apenas para seu dono, mas também para os demais colegas, e contribui para gerar um clima de bom humor. “As pessoas liberam oxitocina – conhecido também como hormônio do amor – quando estão em contato com um cachorro”, conta.
Você sabia que tramita no Congresso Nacional um projeto de lei que prevê a regulamentação do comércio de maconha? Há também um projeto que obrigaria as companhias aéreas a devolver a bagagem do passageiro em, no máximo, 20 minutos após o início do desembarque. Concorda com esses projetos? Acha um absurdo? Quer conhecer outros ou debater sobre o assunto? Pois no site Vote na Web (votenaweb.com.br) é possível saber a autoria de diversos projetos em tramitação, votar neles – e também visualizar, num gráfico interativo, quantas pessoas estão contra ou a favor – e comentar ou debater as leis com outros usuários do site. A plataforma ainda promete enviar relatórios periódicos ao Congresso com o resultado da participação dos eleitores e informar aos participantes sobre qualquer resposta dos parlamentares sobre as propostas.
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DIVÃ
#diferenças #casais #relacionamento
Afinidades no casal são mesmo essenciais? A QUESTÃO das diferenças ou afinidades de temperamento, caráter, gostos e interesses nos casais é de enorme relevância nos dias que correm. Não foi sempre assim. Aliás, há cerca de cem anos, Freud (“Uma Introdução ao Narcisismo”) defendia a ideia de que o ideal eram elos complementares, em que um tivesse as propriedades inexistentes no outro; isso implicaria um fortalecimento do casal como um todo, criando condições ótimas para o melhor enfrentamento das adversidades da vida prática. Hoje falamos em “almas gêmeas”; antes se falava em “a tampa e a panela”. Por que tivemos que rever racionalmente esses critérios? A importância da existência de afinidades entre os que se amam derivou das mudanças que ocorreram no planeta especialmente ao longo dos últimos cem anos. Não é que Freud estava equivocado; ele apenas estava se referindo às circunstâncias de sua época, e não a um padrão universal que valeria para sempre. Desde então, inúmeras e importantes conquistas humanas determinaram alterações dramáticas no habitat e também no nosso modo de viver. Cito as mais importantes. O avanço tecnológico tem tornado a vida mais fácil: as máquinas domésticas melhoraram o trabalho cotidiano relacionado à confecção das refeições, lavagem de roupas, refrigeração etc. O avanço determinou também a diminuição da importância da força física para inúmeras tarefas, o que abriu o caminho para que as mulheres tivessem acesso às atividades profissionais fora de casa, muitas delas relacionadas com a prestação de serviços. A pílula anticoncepcional abriu as portas para o início do fim das desigualdades sexuais e sociais entre homens e mulheres. O número de filhos em cada casal diminuiu
dramaticamente, e os casamentos passaram a acontecer muito mais tarde, agora por volta dos 30 anos de idade tanto para rapazes como para as moças. As mudanças tecnológicas direcionadas para o lazer se multiplicaram de uma forma assombrosa nos últimos 50 anos. Assim, o cinema tem sido pródigo em produções de enorme diversidade; na televisão existem centenas de canais diferentes voltados para todo tipo de interesse; na internet então, o número de possibilidades cresce para perto do infinito. Se a vida de antigamente era restrita a um espaço físico relativamente pequeno que poderia ser percorrido a pé ou a cavalo, hoje os carros e aviões nos transportam rapidamente para qualquer parte do mundo. Em uma frase: as possibilidades de entretenimento se multiplicaram de uma forma assombrosa em poucas décadas. Talvez a variável mais marcante de todas tenha a ver com o papel da mulher: se antes ela deveria se comportar como uma “sombra”, como alguém que acompanhava o marido para onde ele quisesse ir – o que não era tão difícil, pois quase não se ia a lugar algum! –, hoje elas são maioria nas universidades, estudam e trabalham tanto ou mais que os homens e, em alguns países, já ganham, em média, mais que eles. Assim, se antes se dançava grudado, o homem dava o tom e à mulher cabia apenas acompanhá-lo, hoje estamos diante de uma situação igualitária que se expressa até mesmo na dança, em que, desgrudados, cada um faz os passos que acha mais adequado. Se no passado um comandava e o outro obedecia, fato que era tratado como natural e pouco relevante, dado que o cotidiano era mesmo determinado pelo empenho recíproco de resolução das necessidades práticas, hoje são dois a
pensar, a ter gostos e interesses, a dispor de mais tempo para o divertimento. Se há cem anos a vida média era de cerca de 50 anos, hoje vivemos 50% a mais! O número de horas de trabalho diminuiu, o tempo reservado para o lazer cresceu, o número de filhos diminuiu, os homens podem executar as tarefas domésticas com certa facilidade, já que as máquinas facilitaram muitas das atividades. Ainda mais uma variável relevante: a qualidade de vida das pessoas solteiras melhorou dramaticamente, de modo que a tolerância para relacionamentos frustrantes e desinteressantes só vem diminuindo. Novo contexto, novas exigências e novos encaixes. Para que se possa conviver em harmonia, é essencial que ambos tenham gostos e interesses bem parecidos. A capacidade de fazer concessões só tem diminuído, pois elas deixaram de ser essenciais. Sempre existirão diferenças, e elas terão que ser respeitadas, o que determina uma maior independência de cada membro do casal. E as afinidades e interesses em comum têm que predominar tanto no plano das atividades lúdicas quanto principalmente no que diz respeito aos projetos de vida. Foram tantas as mudanças, e elas aconteceram em tão pouco tempo. Não espanta que a maior parte das pessoas ainda não tenha se adaptado a essa nova mentalidade. Espanta menos ainda que o encantamento amoroso não tenha acompanhado imediatamente esse novo momento. Mas caminhará inexoravelmente para lá. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
FLÁVIO GIKOVATE é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN
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MODOS DE MACHO
#traição #redessociais #ciúmes
Adultério & tecnologia de ponta A AMIGA W., tão amadora em novas tecnologias quanto este cronista pterossáurico da Chapada do Araripe, me diz, entre o riso e o espanto: "Esses programas de geolocalização vão acabar com o mistério mais velho e bíblico da humanidade: a suspeita de estar ou não sendo traído". A mulher com W maiúsculo, personagem de uma letra da banda Mundo Livre S/A, discorria sobre a possibilidade de sermos facilmente rastreados com um simples clique. A velha história contada pelo camarada George Orwell no seu livro “1984”, que agora se torna banalidade. Alheio ao novidadismo mais radical, não esquento com essa história das máquinas saberem onde estamos, mas a observação da amiga faz sentido. Você pode simplesmente entrar em um motel na Marginal Pinheiros, em São Paulo, e ser traído pelo emaranhado do sistema, do GPS, da rede fenomenal do Big Brother. Não estou aqui na defesa da pulada
de cerca 100% segura, essa é uma utopia fora do nosso alcance. Simplesmente lamentamos, depois de várias caipirinhas na agradável e sexy companhia de W., o fim do suspense hitchcockiano do chifre. Como se não bastassem os orkuts, facebooks e twitters da vida, onde transmitimos nossos atos e mesquinharias para toda a humanidade, o avanço dos programas de geolocalização radicaliza essa transparência. O pretexto dos criadores de tais ferramentas é a cadeia de consumo, mas ignoram a tragédia grega ou a comédia humana que podem estar por trás de cada rastreamento. Um homem ou uma mulher ciumentos são capazes de fazer as maiores besteiras diante de qualquer desconfiança. Imagine o mapa do crime do suposto adúltero riscado na telinha de um aparelho móvel! A prosa com W. não é naquela linha nostálgica e velhaca de quem se nega a viver no novo mundo. É de gracejo
com os destinos da raça humana e as gambiarras modernas. No que a linda afilhada de Balzac, depois de mais uma caipirinha de frutas vermelhas, tira mais uma onda: "O que os olhos não veem o coração não sente? Esqueça essa velha crença, amigo, pois agora tudo está à mostra". Exagerada essa moça, capaz de nos deixar coçando a testa e refletindo horas sobre o que denominamos, mais literalmente que nunca, de tecnologia de ponta. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
XICO SÁ é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Cia. das Letras), entre outros livros
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PENSE BEM
#simplicidade #resoluções #inspirações
O mistério do simples PASSADA uma década da publicação de "O Livro das Ignorãças", do sempre centenário poeta Manoel de Barros, continua mais vivo o seu desnorteante "Uma didática da invenção"; nesse poema o mato-grossense teceu chinesa constatação ao anotar: "O rio que fazia uma volta atrás de nossa casa era a imagem de um vidro mole que fazia uma volta atrás de casa. / Passou um homem depois e disse: Essa volta que o rio faz por trás de sua casa se chama enseada. / Não era mais a imagem de uma cobra de vidro que fazia uma volta atrás de casa. / Era uma enseada. / Acho que o nome empobreceu a imagem". Uma imagem continua valendo mais que mil palavras? É provável; afinal, a imagem é síntese, agrega em si múltiplos sentidos e, ao mesmo tempo, expressa com vigor a capacidade de alargar a compreensão. Lembremo-nos que o verbo compreender vai além da ideia de entender ou saber; o significado original é de incluir, envolver e abraçar e, desse modo, a imagem favorece a compreensão, isto é, facilita o alcance da abrangência. A imagem é mais clara e transparente porque não está, como a grande parte dos discursos, cheia de dobras internas ou de meandros semânticos (nela presentes mas não dominantes). Entretanto, a grande vantagem da imagem é poder ser simples; com ela seria possível oferecer todo o conteúdo de um parágrafo como este sem precisar tantos volteios. Há, contudo, muitas maneiras de
dizer-se e dizer o mundo por meio de palavras; a mais poderosa dessas maneiras é aquela que consegue gerar palavras grávidas de imagens, como nas metáforas, parábolas e alegorias. Outro jeito poderoso é trazer para dentro da expressão das ideias uma arquitetura das palavras que seja – como o essencial das imagens – simples, ou seja, sem complicações. Ser simples, por contraditório que soe, é muito complicado, e isso todos dizemos. Complicado? Sim, e, por incrível que pareça, a ideia de simples e a de complicado estão etimologicamente ligadas. O vocábulo simples veio para nós do latino simplex, no qual sim (ou sem) participa a noção de um ou único, isto é, não composto tal como nas palavras similaridade ou semelhante (de só um modo). Por sua vez, o plex origina-se do indo-europeu plek, e este exprime o substantivo “dobra” ou “laço”. Assim, simplificado é com uma só dobra ou sem qualquer uma delas, enquanto complicado é aquilo que está muito dobrado, pois o prefixo cum indica intensidade. Por isso, o compositor Renato Teixeira descomplica bastante o mistério ao cantar que “O maior mistério é ver mistérios / Ai de mim, senhora natureza humana / Olhar as coisas como são, quem dera / E apreciar o simples que de tudo emana. / Nem tanto pelo encanto da palavra / Mas pela beleza de se ter a fala”.
Para não ficar perplexo (enredado em laçadas), é melhor ex/plicar (com a acepção mesma de tirar as dobras, desdobrar, arrancar os laços para fora), deixando a tessitura da ideia bem lisa, aberta, evidente, sem complicações. Explicar com perfeição exige ver e ouvir por inteiro as imagens presentes nas falas recolhidas por Guimarães Rosa nos implicados cafundós. Para entender mais sobre simplicidade, é bom ler, reler e fruir aquilo que qualquer personagem dele singelamente diria, como “pra não nascer, já é tarde; pra morrer, inda é cedo”; ou, ainda, “viver de graça é mais barato” e, talvez, “rir, antes da hora, engasga”. Porém, mesmo quem não é destes grandes sertões também consegue ser um pouco riobaldiana; isso nos ensina Alice Roosevelt Langsworth: “Minha filosofia é simples. Encha o que estiver vazio. Esvazie o que estiver cheio. E coce quando sentir coceira”. * Este é um trecho do livro Não Espere Pelo Epitáfio! (Provocações Filosóficas), publicado pela editora Vozes. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
MARIO SERGIO CORTELLA é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN.
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CONTRA UM MUNDO MELHOR
#eventos #jantar #sociedade
Como fazer um jantar inteligente? JÁ ESCREVI algumas vezes sobre jantares inteligentes. Muitos leitores me perguntam o que é um jantar inteligente. Vou descrever um desses jantares, mas com a intenção verdadeira de que você nunca faça um. E se, um dia, por acaso, cair num jantar desses, faz-se necessário saber se comportar, porque pessoas que fazem jantares inteligentes são, na maioria das vezes, pessoas que tendem a ser insensíveis com pessoas reais e muito sensíveis com pessoas que não passam de “ideias” ou estão seguramente (tanto no sentido de “certeza” quanto no sentido de “segurança oposto de risco”) longe delas. Primeiro, o ambiente. Um jantar inteligente deve acontecer em espaços muito carregados de design descolado ou espaços que preservem a ilusão de preservar a natureza. Uma primeira característica de um jantar inteligente “a nível de ideias” é nunca lembrar que câncer é tão natural quando praias desertas. Se você for ouvir música, até pode ser um aparelho da Apple, mas o melhor é vinil. Música, sempre jazz, porque o mundo está dividido entre as pessoas que gostam de jazz e as que gostariam de gostar de jazz. E os personagens? Fundamental esse quesito. Antes de tudo, um limite. Dificilmente, nestas primeiras décadas do século XXI, um jantar inteligente teria pessoas acima de 60 anos. O ideal seria entre 30 e 50 anos. Antes, normalmente, se tem menos dinheiro; depois, sofre-se mais com mentiras sobre si mesmo. Nesse sentido, se você não estiver na faixa etária ideal, talvez um filho ou uma neta possa fazer um jantar inteligente e convidá-lo. Entretanto, essa hipótese seria improvável, porque dificilmente se convida um familiar para um jantar inteligente, porque a alma
dele é a mentira social (como tudo que é moralmente puritano, e o jantar inteligente é um espaço de gente que se acha “puro” moralmente), e familiares, normalmente, sabem que você está mentindo sobre ser uma pessoa sensível ao sofrimento dos outros – ele sabe que você está processando sua irmã pelos apartamentos que seu pai deixou. Jantar inteligente é sempre melhor entre amigos que mentem juntos sobre si mesmos. Mas voltando aos personagens. Eles são essenciais. Médicos são sempre bem-vindos, porque parecem ser pessoas inteligentes, uma vez que passaram em vestibulares competitivos. Mas, fundamental: depende, claro, da faculdade de medicina que fez. Dependendo da faculdade, melhor não ir, porque jantares inteligentes são, normalmente, especialmente insensíveis a pessoas pobres ou com um curriculum medíocre. Professores, só se for de coisas como ciências sociais ou filosofia em faculdades de marca. Jamais da “rede” ou faculdades em que pobres estudam. Pessoas que frequentam jantares inteligentes, apesar de poderem votar no PSOL, detestam pobres – aliás, como o próprio PSOL. Se for médico epidemiologista, melhor, porque é meio médico, meio sociólogo. Ideal mesmo são artistas plásticos, gente que faz “performance”, atores cujos pais são ricos, por isso podem fazer teatro e não começar a cheirar a pobre. Entre os psicanalistas, os lacanianos são os melhores porque leem em francês e assimilam rapidamente a dureza indiferente que só um parisiense consegue ter, mantendo a pose de gente “consciente”. Arquitetos e urbanistas hoje em dia estão em alta, porque podem chamar as ciclofaixas de “virada civilizacional”. Claro, melhor
nenhum dos homens vir com uma mulher 20 anos mais nova que a média dos casais, porque ela vai causar muito ressentimento entre as mulheres e desejos entre os homens. E isso sempre estraga a noite dos outros casais. Um homem mais jovem, então, nem pensar, porque as outras mulheres vão ter certeza de que a “amiga” pagou por ele. Outras profissões, como engenheiros e empresários (estes, só de forem do setor “cultural”) ou juízes, jamais. São gente muito careta e que só pensa, declaradamente, em dinheiro. Alguém pode me perguntar por que digo que juízes só pensam em dinheiro. Devo um esclarecimento: penso mais em juízes trabalhistas ou cíveis, que vivem pensando em como tirar dinheiros dos outros e fazer justiça com esse dinheiro dos outros. Num jantar inteligente, nunca se fala de dinheiro: primeiro, pra parecer que está sobrando; depois, pra fingir que se está acima dele. Finalmente, e quanto a viagens de férias? De Dubrovnik pra lá. E, claro, comida e bebida? Pouca, sempre. Pessoas inteligentes comem pouco, pra não dar espaço para as outras se sentirem mais magras que elas. O menu, sempre light, e a bebida, fresca, para, em dias quentes, ninguém suar! Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
LUIZ FELIPE PONDÉ é filósofo e autor de vários livros, entre eles, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)
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PERFIL SOCIAL
#cães #bichos #resgate
AMOR ANIMAL À frente da ONG Anjo dos Bichos, Renata Buono ajuda a tirar milhares de bichos abandonados das ruas por
Juliana Duarte
COMO FUNCIONA A ONG? Não recolhemos nem adotamos animais. Nosso papel é dar as orientações necessárias a quem encontrou um cão ou gato abandonado e quer ajudar de alguma maneira. Caso a pessoa não possa abrigá-lo em sua própria casa, pode ser seu padrinho. Basicamente, a pessoa só precisa me ligar para tirar dúvidas e pegar sugestões (11 991984598). Indicamos o encaminhamento dos animais a hotéis especializados, que são nossos parceiros e oferecem preços mais em conta e, claro, podem cuidar muito bem dos bichos. Também recomendamos a castração, considerada um ato de amor. Tudo isso é subsidiado pelos padrinhos. Quando estão 100% saudáveis, esses animais são levados, por nós, para os eventos de adoção que realizamos periodicamente. COM QUAL FREQUÊNCIA ESSES EVENTOS OCORREM? Realizamos as doações todos os sábados. E a partir de janeiro de 2015, elas serão em um novo local fixo: o estacionamento do Centro Comercial de Alphaville,
que estará de portas abertas, a partir do dia 10, para quem desejar adotar uma vida. Também realizamos eventos especiais em parceria com a Pedigree, divulgados previamente em nossa página no Facebook (facebook.com/ AnjosdosBichos). O QUE É NECESSÁRIO FAZER PARA ADOTAR UM BICHINHO? É preciso ser maior de 18 anos, ter CPF, comprovante de endereço e dar uma contribuição de R$ 50, que é revertida em prol do bem-estar e da saúde dos bichinhos que estão para adoção. Também é fundamental ter a certeza de que quer um companheiro para sempre, sem arrependimentos. QUEM ENCONTRAR UM ANIMAL ABANDONADO DEVE FAZER O QUÊ? Me liguem. Vou orientar tudo o que deve ser feito para garantir a saúde e o bemestar dele. Quem quiser ser um padrinho irá custear as despesas do animal até a adoção. É possível apadrinhar quantos cães e gatos quiser, mesmo quem não pode levá-los para casa.
ROGÉRIO ALONSO
Uma década atrás, Renata Buono, de 55 anos, decidiu visitar um abrigo para animais abandonados. A experiência mudou sua vida. Ao se deparar com mais de 120 cachorros à espera de uma nova chance, ela saiu do local com uma certeza: precisava fazer algo por aqueles e por outros bichinhos. De bate-pronto, a solução foi organizar um evento de adoção. “Doamos seis cães já na primeira empreitada”, comemora. A iniciativa deu tão certo que foi além dos cachorros e passou a atender também outras espécies, como gatos e tartarugas, e logo ganhou um nome: Anjo dos Bichos – uma organização sem fins lucrativos que ajuda, desde 2006, a dar uma vida melhor a seres tão especiais. Como não poderia deixar de ser, vários bichos foram parar na sua casa. Hoje Renata tem cães, gatos, tartarugas e até galinhas e ovelhas – todos tirados das ruas.
QUANTOS ANIMAIS JÁ FORAM AJUDADOS PELA ANJO DOS BICHOS? Já doamos mais de 4.000 animais, entre cães, gatos, galinhas e até um peru. Sempre com cuidado, para que a adoção seja responsável e definitiva. O trabalho vem sendo realizado em Barueri, Santana de Parnaíba, Araçariguama, Jandira e Pirapora, entre outros municípios locais. Para nossa satisfação, há muitas pessoas ligadas a essa causa e dispostas a ajudar, mas ainda precisamos de mais padrinhos e voluntários. Que tal começar agora? Eu faço a diferença, e você?
GOSTOU DA INICIATIVA? Você também pode ajudar! Anjo dos Bichos (11) 99198-4598 anjosdosbichos@gmail.com anjosdosbichos.com.br
Conhece um trabalho social e quer ver ele aqui? Indique para reportagem@vero.com.br
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PERSONA VERO
#históriadevida #inspiração #personalidade
LUIZ VASCONCELLOS por
Gabriela Ribeiro
foto
Chico Max
HOMENAGEM DA VERO A PERSONAGENS INSPIRADORES Esta foto foi feita no primeiro dia de Seu Vasco em seu novo trabalho. Aos 75 anos, ele passa a integrar a equipe comercial da Revista Somma. Esse é mais um capítulo da sua história na VERO, que já dura 15 anos. "Nessa altura da vida, não esperava receber uma proposta de trabalho." A Somma é uma marca que nasceu da VERO, e hoje as duas dividem espaço no OrgâniCo, onde aconteceu essa dança de cadeiras entre amigos. Para quem convive com ele todos os dias, não há nenhuma surpresa. Vasco costuma dizer que o trabalho é a sua pinga: "Não penso em parar jamais". Todos os dias, ele cumprimenta, pessoalmente e um por vez, seus colegas de trabalho. Ao telefone, tem sempre uma piada: "Alô. É o Vasco, não o Flamengo". Por trás de tanta simpatia, gentileza e determinação, uma boa dose de inspiração. Casado há 46 anos, pediu a mão de Cláudia depois de um mês de namoro. Seu filho lhe deu uma netinha, a pequena Maya, de um ano – sua mais nova paixão. Conhecido por sua “parada de mão”, que aprendeu a fazer na época em que foi campeão brasileiro de ginástica artística, aos 17 anos, hoje ele “só” faz aulas de alongamento, caminhadas matinais – nas quais aproveita para recolher o lixo que encontra – e joga tênis com a mulher, com quem "namora até hoje", garante o último romântico. Cheia de causos, a vida de Seu Vasco renderia uma excelente história de aventura em quadrinhos. E que venham os próximos capítulos!
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• NOTÍCIAS REGIONAIS, ROTEIROS E ENTRETENIMENTO •
ROTEIRO DE NATAL Ceia, decoração e passeios: 19 dicas que vão facilitar a sua vida neste fim de ano pág. 68
Prêmio e Pedalada encerram as ações de 2014 da
CAMPANHA ATITUDE ALPHAVILLE
pág. 84
GENTE
Os principais eventos da região pág. 96
Em funcionamento desde 1926, a Casa Santa Luzia trata o Natal como assunto de gente grande
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roteiro
natal
R TEIRO
Jacyara Azevedo, jornalista, foi editora da VERO e dos roteiros da Veja Comer & Beber. Moradora de Alphaville desde 1982, ela divide aqui os endereços mais bacanas na região e em São Paulo.
NATAL
O centro histórico de Santana de Parnaíba é uma das melhores opções de decoração ao ar livre da região
Noites felizes PASSEIOS CENTRO COMERCIAL ALPHAVILLE
A programação de Natal agrada tanto os pequenos como os pais. Caminhe pelas 23 praças ao ar livre, todas decoradas para a data, ou concentre esforços na Praça das Orquídeas, onde Papai Noel finca posição de segunda a sexta, das 11h às 19h, e aos sábados, das 10h às 16h. Nela também acontecem apresentações musicais, oficinas e workshops, entre outras atividades culturais. Alguns destaques: no sábado 13, entre 10h e 16h, há distribuição de balas, pirulitos, pipoca e algodão-doce, além de aulas de scrapbook; na sexta-feira 19, um grupo teatral compõe o presépio vivo entre 11h30 e 14h30.
Centro Comercial Alphaville, Praç. das Orquídeas, 4196-6591. 6h/23h. centrocomercial.com.br
CENTRO HISTÓRICO DE SANTANA DE PARNAÍBA
Nada de atravessar oceanos para encontrar uma decoração natalina a céu aberto de encher os olhos. O centrinho de Santana de Parnaíba vale a visita, pode apostar. Todos os anos, a Praça 14 de Novembro, ao lado da Igreja Matriz, fica tomada por milhares de luzes espalhadas pelas árvores, no coreto construído em 1892, na fachada da igreja e no conjunto de casebres coloniais do entorno – um dos mais antigos e preservados do estado de São Paulo (a cidade foi fundada em 1580). O ponto alto é o
imenso presépio composto por bonecos em tamanho natural. Recontando a história do nascimento de Jesus Cristo, o cenário mostra a Sagrada Família, os Reis Magos, os pastores e muitos animais, além de Maria grávida, até o dia 24, quando a imagem do menino aparece na manjedoura. Como manda a tradição, os enfeites ficam por lá até 6 de janeiro, Dia de Reis. O melhor horário para fazer a visita é ao cair da noite. Praça 14 de Novembro, s/n, Centro, Santana de Parnaíba. Diariamente 8h/24h. santanadeparnaiba.sp.gov.br
NATAL EM SÃO PAULO
Se você tem curiosidade, mas sempre se rende à preguiça na hora de fazer os tradicionais
passeios natalinos pela capital paulistana, eis alguns bons argumentos. Dá para espiar as principais atrações de dentro do carro, caso não queira estacionar e caminhar a pé. Mas a vontade de descer virá, garanto. Comece pela Avenida Paulista, que fica praticamente toda enfeitada – os principais trechos são entre as ruas Padre João Manuel e Ministro Rocha Azevedo, incluindo a esquina onde fica a agência do Itaú Personnalité e o prédio do Conjunto Nacional, com projeto inspirado nos templos japoneses – tem estrelas e cerejeiras feitas de garrafas PET, além do presépio na área interna. De lá, siga para a 23 de Maio, pegue o Complexo Viário Ayrton Senna e vá até a altura do Obelisco,
Preços checados entre 17 e 23 de novembro de 2014.
Preparamos uma seleção de passeios para apreciar belas decorações natalinas e listamos os locais onde você pode comprar tudo para deixar a sua casa e ceia perfeitas. Confira!
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natal
onde é impossível não enxergar a Árvore de Natal do Ibirapuera, com altura equivalente à de um prédio (são 54 metros, 60 bolas, 70 estrelas e 35 laços, além das luzinhas de LED!). Neste ano, entretanto, a construção deve ficar pronta apenas cerca de dez dias antes do Natal. Aproveite e olhe, do outro lado da Pedro Álvares Cabral, a fonte do parque, com projeções de histórias e 200 árvores iluminadas no entorno – as apresentações, gratuitas, acontecem desde o início do mês, diariamente, às 20h30 e às 21h, com 25 minutos de duração cada. No caminho de volta para casa, continue atento: a Prefeitura ilumina as árvores das principais vias da cidade.
noturna. Da janela do carro (ou de bicicleta, para os mais animados), grande parte do roteiro se concentra ao longo da Alameda Rio Negro. Revezando as cores branca, vermelha e azul, a AREA iluminou árvores por todo o canteiro central, além de outros pontos com bastante visibilidade. Em uma possível sequência, comece pela rotatória do ATC e Pista da Mamoré – olhando o muro do Alpha 1 –, passe pelo balão do residencial, siga vendo em direção ao Almanara, padaria La
e estique até a saída do Residencial 2 e a Avenida Yojiro Takaoka, onde as portarias dos condomínios costumam se esmerar também.
Al. Mamoré, Al. Rio Negro, Av. Yojiro Takaoka, s/n.
SHOPPINGS DO BAIRRO
Se você tem ou convive com crianças, há de concordar: o Natal não seria o mesmo sem a tradicional visita ao Papai Noel. Pois o velhinho já está de plantão aqui na região. No Iguatemi Alphaville, no Piso Tocantins,
Iguatemi Alphaville, Al. Rio Negro, 111, 2078-8000. 10h/22h (dom. 14h/20h). iguatemi.com.br/alphaville Shopping Tamboré, Av. Piracema, 669, 2166-9702. 10h/22h (dom. e feriados 14h/20h). shoppingtambore.com.br Alphashopping, Al. Rio Negro, 1.033, 4191-1190. 10h/22h (dom. 12h/20h; dia 24, até 18h; fecha dia 28). alphashopping.com.br Shopping Flamingo, Al. Araguaia, 762, 4688-2658. 10h/22h (fecha dom.; entre os dias 15 e 23, até 22h; dom. 21, 12h/20h). shoppingflamingo.com.br
Av. Paulista e Parque do Ibirapuera. natal.spturis.com.br
O MAIOR PAPAI NOEL DO MUNDO
As palavras acima não são apenas um título sugestivo. Com 20 metros de altura, o Papai Noel gigante montado pelo segundo ano consecutivo no estacionamento do Shopping Center Norte foi certificado pelo livro dos recordes, o Guinness World Records, em 2013. O boneco, que pesa 14 toneladas, soma quatro metros de bota, três metros de perna, nove metros de tronco e quatro metros de cabeça. Dá para ver do carro mesmo, passando pela Marginal Tietê. Mas, se estiver bem disposto, entre com a família no complexo de compras, procure o estúdio fotográfico e coloque sua imagem no ombro do enorme velhinho. Shopping Center Norte, Marginal Tietê (sentido Castelo Branco), Travessa Casalbuono, 120, Vila Guilherme, São Paulo, 2224-5959. 10h/22h (dom. 14h/20h). centernorte.com.br
RUAS DO BAIRRO
Não deixe de percorrer as principais vias da região, especialmente para admirar as luzinhas natalinas na paisagem
do Discovery Kids. Instalada no Piso Xingu, a atração principal oferece brincadeiras interativas dentro de casinhas (há tiro ao alvo, martelo de força e roda giragira). Já no Shopping Tamboré, quem toma conta dos enfeites são o xerife Woody, o patrulheiro espacial Buzz Lightyear e a vaqueira Jessie, do longa Toy Story. A decoração principal, com réplicas dos bonecos, fica em frente ao Cinemark. Papai Noel pode ser visto por lá diariamente das 12h às 20h. Alphashopping e Shopping Flamingo funcionam em horários especiais durante o mês.
COMPRAS & SERVIÇOS CECILIA DALE
Ville, entradas da Galeria Yojiro Takaoka, Alphashopping (que tem ainda a fachada coberta de luzes), Droga Yoshi e, inevitável, o letreiro de Alphaville ao lado do obelisco. O monumento serve de suporte para a árvore de luzes mais tradicional do bairro nesta época do ano. Continuando pela mesma via, há ornamentos na base da associação residencial e empresarial, pouco antes dos que ficam na passarela de pedestres para a Alameda Tocantins. Aproveite o embalo
ele bate ponto em sua poltrona das 12h às 20h, até o dia 19, e aumenta o expediente entre os dias 20 e 23, das 10h até as 22h – durante o dia 24, fica disponível das 10h às 18h30. Antes de cumprimentá-lo, passe no espaço dedicado às oficinas, no mesmo andar, onde monitores ajudam a confeccionar as cartinhas com os pedidos. Aproveite também para ver a decoração do mall, inspirada nos parques de diversões, que traz personagens do desenho animado “As Aventuras de Doki”,
Conhecida pelas vitrines lindíssimas nesta época do ano, são meses de trabalho nos bastidores até o lançamento da coleção de Natal. Não estranhe se ficar na dúvida entre as sete linhas de decoração. Novidade, a rústica Pine Chess usa a pinha natural em enfeites artesanais e combinações com tecido (a partir de R$ 3,90). Há ainda árvores de todos os tamanhos. Quem compra tudo na loja pode contratar o serviço de montagem e desmontagem – os valores variam de acordo com a proporção e a complexidade.
Iguatemi Alphaville, Piso Tocantins, Al. Rio Negro, 111, 41955220 e 3372-3912 (agendamento da montagem). 10h/22h (dom. 14h/20h). ceciliadale.com.br
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DECOR ALPHAVILLE
Se sentir falta de algum enfeite de Natal e não quiser encarar o trânsito de São Paulo, esta lojinha dedicada ao tema monta base temporária no Centro Comercial pelo segundo ano consecutivo. Tem luzinhas, guirlandas, botas de Papai Noel, presépios, árvores, entre outras bugigangas. O endereço fica em um predinho na altura da Calçada das Flores (passando pela entrada de vidro, suba um pequeno lance de escada e toque a campainha na primeira portinha à direita).
custam a partir de R$ 15 a unidade – em materiais nobres, como madeira, acrílico, espelho ou laca, vão para a faixa de R$ 160 cada uma. A cadeira Dior, de acrílico transparente, pode ser sua por um dia por R$ 9 a unidade. Tem ainda pufes e módulos para montar lounges, aparadores, almofadas, sofás, poltronas, banquetas, mesas de centro – e sempre que necessário, a orientação da proprietária (a moradora do bairro Paula Raduan), que acumula experiência na área
rede pertencente ao Grupo Walmart apresenta uma porção de produtos importados a preços interessantes. Há desde guirlandas, presépios, bolas, bonecos de Papai Noel, almofadas e potes de biscoito até itens de maior impacto. Para dentro ou fora de casa, as três caixas de presentes iluminadas com LED saem por R$ 199,98. Com 34 peças, o Conjunto Vilarejo reproduz em miniatura uma cidadezinha típica europeia, com igreja, prédios históricos, postes, pinheiros e gente
Centro Comercial Alphaville, Calç. das Violetas, 288, Piso Térreo, 4191-2249.
FLAVIA ROCCO FLORES
A conhecida florista de estilo clean, que mantém quiosque há mais de uma década na matriz paulistana do Shopping Iguatemi, mas tem clientela fixa em Alphaville, cria projetos sob medida para colorir a casa no Natal. Pagando uma taxa de visita de R$ 150 (abatida do orçamento em caso de contratação do serviço), a cliente recebe uma sugestão detalhada com os tipos de arranjos e os locais onde colocá-los. Outra opção, mais em conta, é solicitar um dos arranjos disponíveis no extenso catálogo. O cachepô de rosas vermelhas com um boneco do velhinho sai por R$ 120.
Receber em casa e acomodar bem quitutes e convidados nunca foi tão fácil. Instalada em um galpão de 1.200 metros quadrados em Barueri, esta loja especializada em locação de móveis para festas lista mais de 5.000 objetos. Do contemporâneo ao retrô, o extenso catálogo abrange quase todos os estilos e bolsos – não há valor mínimo exigido para o aluguel. As mesas básicas, para utilização com toalha,
Esqueça a multidão da 25 de Março. Nesta loja temporária instalada no Shopping Tamboré, há tudo o que se possa imaginar para esperar a chegada do bom velhinho. Inaugurada no início de novembro, vende mais de 700 itens importados e de fabricação própria, de simples (e lindos) penduricalhos a objetos inusitados. Começando pelo trivial, tem bolas dos mais variados materiais e enfeites em diversos temas, como ninhos de passarinho, biscoitos, estrelas e até uma imponente pena de metal (a partir de R$ 5 cada um). Exibe também uma fita vermelha com LED, de dez metros de comprimento, bacana para fazer um grande laço iluminado na ponta da árvore de Natal (R$ 210 a unidade). Entre as sugestões mais criativas e caras, estão o anjo dourado de jardim com cerca de 1,5 metro de altura (R$ 350), a rena de pelúcia em tamanho natural (R$ 2.000 cada uma) e o pinheiro com 60 fios de LED embutidos e três metros de altura (R$ 5.350). Funciona até o dia 24. Shopping Tamboré, Loja 4 (corredor do Carrefour), Av. Piracema, 669, 97984-1723. 10h/22h (dom. 14h/20h). thematicstore.com.br
GASTRONOMIA BUFFET CHRISTIAN FORMON
R. Indiana, 723, Brooklin, São Paulo, 3721-7083 e 5093-3229. 8h/17h (fecha sáb. e dom.) flaviarocco.com.br
LOUNGE MOBILIER
THEMATIC STORE
de assessoria de eventos. Encomendas até o dia 19 – para uso entre os dias 24 e 26, o cliente paga apenas uma diária. Frete a partir de R$ 300. 4191-9093. 9h/18h (fecha sáb. e dom.). loungemobilier.com.br
SAM’S CLUB
Se você viajou para fora e se esqueceu de trazer na mala alguns enfeites de Natal com ares de primeiro mundo, este é o endereço para suprir a pendência. O catálogo da
pelas ruas – toca oito músicas natalinas e inclui fio de luzes para acender a vila (R$ 399,99). Aproveite a visita para resolver aquelas lembrancinhas de final de ano. Uma caixa com 250 gramas de chocolates em formatos de renas e árvores custa R$ 19,98. Para fazer compras no local, é necessário tornar-se sócio, pagando uma anuidade de R$ 60.
Al. Araguaia, 2.751, 2184-6251/6200 7h/21h (dom. e feriados 9h/19h). samsclub.com.br
Nem mesmo o castelo da família (cercado por 60 hectares de floresta em Toutlemonde) segurou o chef francês em sua terra natal. O amor por uma brasileira falou mais alto 27 anos atrás. Com um sotaque singular, Christian Formon comanda, no bairro da Santa Cecília, a cozinha de seu bufê, bastante requisitado. A ceia completa de Natal lista dez pratos e serve até 12 pessoas (R$ 2.990) – o peru ao vinho do Porto e funghi vem preenchido por farofa molhada e acompanhado de farofa de banana da terra e chips de presunto cru. Também entrega
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sob encomenda algumas sugestões avulsas, a exemplo do tender desossado – com 1,5 quilo – ao molho de mostarda e mel guarnecido de compota de frutas secas (R$ 590). Pedidos até o dia 19. 3221-8051 e 3223-9891. 9h/17h (fecha sáb. e dom.). buffetchristianformon.com.br
CASA DE BOLOS
Basta pisar na loja para sentir o irresistível cheiro de bolo quente recém-saído do forno. Somente neste endereço da franquia são assados cerca de 860 unidades por semana. Preparadas no local, as receitas não levam essências artificiais ou conservantes. Parecem tiradas dos cadernos culinários das avós: massa fofinha e nada de coberturas ou recheios enjoativos. Aberto no bairro no fim de agosto, o endereço prepara 44 sabores de bolo, todos vendidos inteiros – boa parte custa R$ 11. Criado para o Natal, leve para casa o Bolo da Amizade, massa aerada com canela e açúcar mascavo, recheada com uvas-passas, damasco e nozes e coberta por caramelo (R$ 22). Também fazem sucesso os de fubá cremoso e de mandioca (R$ 12 cada um). Aceita encomendas.
selecionando os produtos e escolhendo a embalagem – uma equipe orienta a melhor harmonização para compor o mimo, além de empacotar tudo. No mesmo espaço, podem ser feitas encomendas para a rotisseria e a confeitaria, até o dia 10. O cardápio, dos chefs consultores Carlos Siffert e Paola Biselli, inclui o bacalhau à provençal, do tipo Gadus Morhua, que vem com minitomates doces e cebolas assadas, além de azeitonas pretas e verdes (R$ 181 o quilo). Corra para comprar
DABEL GASTRONOMIA E EVENTOS
Bióloga de formação, neta de cozinheira profissional e filha de mestre-cuca de mão cheia, Isabel Gonçalves rendeu-se ao forno e fogão por incentivo dos amigos, que frequentavam seus jantares em casa e acabaram virando clientes. Moradora de Alphaville e muito requisitada por estas bandas, a banqueteira tem um cardápio especial para a ceia de Natal. São mais de 20 sugestões, entre entradas, carnes, peixes, massas, acompanhamentos
4153-3582 e 99281-6915. 9h/18h. dabelgastronomia.com.br
LADURÉE MACARONS
Mate a saudade de Paris na única filial da luxuosa confeitaria francesa em terras sulamericanas, clone da famosa casa fundada em 1862. Para incrementar o cafezinho do Natal, será difícil escolher entre os coloridos macarons – delicados biscoitinhos compostos de dois discos de farinha de amêndoa recheados com creme – que deram fama à marca. Direto da França e da Suíça, a produção chega de navio por aqui, em sabores como baunilha, chocolate, café, pétala de rosa e o clássico pistache (R$ 10 cada um). As embalagens para presente fazem bonito. A Napoleon tem quatro opções de cor: preto, lilás, rosa e verde (R$ 86, com 6 unidades). JK Iguatemi, Piso Térreo, Av. Presidente Juscelino Kubitschek, 2.041, Itaim Bibi, São Paulo, 3152-6028. 10h/22h (dom. e feriados 14h/20h). laduree.com
LA VILLE
Centro Comercial Alphaville, Calç. das Azaleias, 11, 4195-6752. 8h/18h (sáb. 9h/13h; fecha dom.). casadebolos.com.br
CASA SANTA LUZIA
Endereço tradicionalíssimo dos paulistanos, em funcionamento desde 1926, o empório gourmet trata o Natal como assunto de gente grande (a começar pela decoração da loja para a data, assinada por Vic Meirelles). O mezanino concentra itens selecionados para as festas de fim de ano. Há os famosos chocolates da chef Renata Arassiro, os biscoitos e as elegantes cestas de Natal. São 30 kits de bebidas e 44 opções de cestas prontas (de R$ 68 a R$ 4.183). O cliente pode ainda optar pelo serviço de personalização de presentes,
com cerca de 1,5 quilo). Aceita encomendas até o dia 18.
uma das 300 unidades do Panetone Artigianale Naturalle, de fabricação própria, feito com fermentação natural durante 36 horas – para cada quilo de farinha, é adicionado outro quilo de frutas. Custa R$ 60 e pesa 600 gramas. Outra boa opção é a releitura do Savarin à l’Orange et Fruits Frais, coberta com frutas frescas da estação (R$ 131 a unidade, com 1,380 quilo). Al. Lorena, 1.471, Jardins, São Paulo, 3897-5000. 8h/20h45 (fecha dom.). santaluzia.com.br
e sobremesas. O queijo brie folhado de massa filo – servido quente – vem acompanhado de compota de frutas vermelhas e torradas (R$ 250, 1 quilo). Entre os pratos principais, há o tender fatiado com compota de frutas (damasco, figo e cereja) e o peito de peru com pera e cenourinha caramelizada. De sobremesa, o bolo de sorvete de nata com framboesa leva recheio de castanhas, amendoim e chocolate, além da calda de frutas vermelhas (R$ 190,
Nem todo mundo sabe, mas a padaria mais antiga de Alphaville prepara uma farta ceia de Natal. São mais de 60 pratos, entre assados, guarnições, saladas, massas, risotos, pães, frutas e sobremesas, além do panetone. É possível encomendar itens do cardápio especial (até o dia 21) ou escolher pessoalmente na tarde do 24 aquilo que vai levar para casa. Das 15h30 às 19h, o conhecido bufê do local dá espaço para todas as receitas natalinas. Há embalagens para viagem, e o valor é cobrado por quilo. Peru, cordeiro, leitão e pernil podem ser comprados fatiados ou inteiros. Mas corra, porque, das cerca de 500 unidades só de peru, a maioria acaba antes da véspera. Al. Rio Negro, 1.286, 4133-1200. Ceia self-service para viagem no dia 24, 15h30/19h. padarialaville.com.br
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Inventando Moda Atelier
UMA FESTA
Oficina de customização e festa do pijama personalizada são os destaques do atelier
DIFERENTE Festa do pijama ou no formato de uma oficina de customização são algumas das novas opções que o Inventando Moda Atelier traz para Alphaville
por Camila do Bem mais uma exclusividade das adolescentes. Agora pode ser para todas as idades e também para os meninos. Mas essa não é a única opção personalizada oferecida pelo Inventando Moda Atelier – empresa que começou no Rio de Janeiro, a partir da junção de duas paixões da estilista Gabi Duarte: moda e crianças. Há também a oficina de customização – em que a criançada pode customizar bonés, camisetas, portaretratos, almofadas, bonecas de pano e outros acessórios feitos previamente pelo atelier. Tudo isso pode acontecer em casa, no salão de festas ou no buffet infantil – a gosto do cliente. Seja qual for a escolha, uma coisa é garantida: além da diversão e integração entre todos os participantes, inclusive jovens e adultos, os convidados ainda levam todos os presentes para casa.
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FOTOS: 1. E 4. MONIQUE OLIVEIRA; 2. E 3. DIVULGAÇÃO
FOI-SE o tempo em que festa do pijama era sinônimo de um bando de garotas comendo brigadeiro e chorando diante de um filme romântico qualquer da TV. No que depender do recém-chegado a Alphaville Inventando Moda Atelier, a festança, agora, é mais alegre e começa muito antes. “A primeira etapa é a garota escolher, dentre as várias opções que temos, o modelo do pijama que será entregue às amiguinhas”, explica a coordenadorageral do atelier que traz uma proposta inovadora para São Paulo, Roberta Molteni. Depois de tudo escolhido – modelo, cores, tecidos e personalização (os pijamas são bordados com a inicial do nome da aniversariante e de cada uma das amigas) –, as estilistas e costureiras do atelier entram em ação. E não é só pijama que produzem; elas também criam um kit com nécessaire, sandália e máscara de dormir – tudo no mesmo tema – e coordenam a produção dos docinhos e comidinhas personalizadas. Mais: a empresa leva até a casa do cliente toda a estrutura, com colchão, roupa de cama e monitoria para acompanhar a farra do começo ao fim. As brincadeiras são lúdicas e sensoriais – o que garante que o evento não seja
FAÇA SUA FESTA Festa do pijama – a partir de 10 crianças – das 18h às 9h do dia seguinte
Inventando Moda Atelier (11) 2690-6338 (11) 97210-0301 www.inventandomodatelier.com.br sp@inventandomodatelier.com.br
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Festa do Atelier de Customização – a partir de dez crianças – 4 horas de atividades, em qualquer período do dia, com customização, costura e recreação
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decorados
BELA INSPIRAÇÃO Até quem não está procurando lugar para morar gosta de ver e visitar. Conheça os projetos de dois decorados recémlançados na região por Leonardo Valle
PRIMEIRA chance para futuro moradores imaginarem como será o novo apartamento, os decorados são decisivos para quem está escolhendo um lar. Neles é possível entender a distribuição dos espaços e traçar um plano para a decoração. A seguir, dois projetos em perspectiva, para despertar ainda mais a curiosidade, adiantando apenas uma parte de todo o charme dos projetos que, sem dúvida, merecem ser conferidos ao vivo.
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TOQUE DE ACONCHEGO Os apartamentos decorados do Double Home Clube & Mall, do AN Grupo, no Bethaville, em Barueri, passam a sensação de amplitude. Isso graças à proposta de aliar ambientes integrados com nuances claras e móveis despojados. O alto padrão de acabamentos faz com que o resultado final seja uma atmosfera convidativa e aconchegante, que promete acolher as visitas e proporcionar aos moradores bons momentos em família. O empreendimento ainda traz o plus de combinar condomínio com um pequeno centro comercial repleto de opções de lazer. Double Home Clube & Mall Construtora: AN Grupo Decorados de 62m2 e 75m2 Av. Trindade, 344 Bethaville – Barueri doublebethaville.com.br
Acima, cozinha e sala integradas da planta de 62 m2 (ao lado). Abaixo, perspectiva com living ampliado da opção de 75 m2
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BEM-ESTAR ACIMA DE TUDO O apartamento decorado de dois dormitórios (que pode ser transformado em um dormitório com a ampliação do living) do Life Park, da CNL, em Alphaville, traz diferenciais exclusivos para o bem-estar dos moradores. As surpresas começam no terraço gourmet em L, planejado para dar acesso direto à cozinha e ao living. Destaque para o caixilho, também em L, que possibilita maior amplitude para admiração da paisagem, além de privilegiar iluminação e
ventilação naturais. A unidade abusa dos revestimentos com texturas e de móveis de madeira, sutilmente pontuados na área social – onde há bastante espaço para receber os amigos confortavelmente. Life Park Construtora: CNL Decorado de 62 m2 Av. Andrômeda, 2.000 Alphaville - Barueri cnl.com.br/index.php/life-park Acima, living ampliado do decorado de 62 m2 do Life Park. Ao centro, planta baixa. Ao lado, perspectiva a partir da varanda
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Dance Studio
1. Abertura do espetáculo "Allegria" 2. Equipe Dance Studio 3. Coreografia Banquete 4. Coreografia Damas de Honra 5. Coreografia Legião do Mal
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QUEM DANÇA OS MALES ESPANTA Com o conflito entre o bem e o mal como pano de fundo, espetáculo de final de ano da Dance Studio contou com 160 bailarinos e 1.400 convidados no Teatro Dom Bosco, em SP 2
por Gabriela Ribeiro fotos Thiago Henrique
O REI dos Céus organizou uma grande festa e convidou todas as comemorações do mundo para ir ao Paraíso. Do outro lado, o Líder do Mal, que detesta alegria, conseguiu se infiltrar para tentar destruir a festa. Mas graças ao Anjo Guerreiro, todo o mal e seus seguidores foram exterminados. Assim, o bem venceu e a festa continuou, com o Natal e o Ano-Novo dando a todos esperança e alegria. Esse é apenas um resumo da história contada em “Allegria”, apresentada pela escola de dança Dance Studio Alphaville no dia 22 de novembro,
no Teatro Dom Bosco, em São Paulo. O tradicional espetáculo, que encerra o ano letivo, durou cerca de duas horas, contou com 160 bailarinos e reuniu 1.400 convidados.
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Dance Studio R. Escorpião, 13 – Centro Comercial Alpha Conde – (11) 4191-5358 dancestudioalphaville.com
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DESTAQUE ELEITO PELO JÚRI
1º PRÊMIO
Associação para Prosperidade da Pessoa com Deficiência (Aproex) Eliane Alvares e Jacira Aquilino
HOMENAGEM AOS BONS
Desde 1997 realiza oficinas diversas para a capacitação do deficiente, preparando-o para o mercado de trabalho. Atualmente, atende 50 pessoas por mês (acima de 14 anos) em Santana de Parnaíba. As oficinas da Aproex envolvem informática, artes, culinária, embalagens (sacos de lixo), bijuterias, música e Reiki. “A premiação é uma recompensa pelo trabalho da gente, que não é fácil. É uma luta do dia a dia. Esse tipo de iniciativa é muito importante porque é uma forma de divulgar o que fazemos. Sentimos essa necessidade das pessoas irem nos conhecer, saber como podem ajudar e se tornarem voluntárias”, explica Eliane Alvares. Mais informações: (11) 4154-2924 | aproex.org.br
Primeiro Prêmio Atitude Alphaville reconheceu atitudes transformadoras da região por Gabriela Ribeiro fotos Thiago Henrique
UMA ação positiva – seja ela individual seja de uma
instituição consolidada – sempre deve ser reconhecida. Não só para que continue crescendo, mas também para incentivar e inspirar a comunidade. Desde o início do ano, com o lançamento da Campanha Atitude Alphaville, a VERO tem buscado projetos transformadores que façam a diferença em Alphaville e região. Para fechar o ano, as pessoas por trás dessas atitudes foram homenageadas com o Prêmio Atitude Alphaville. A ideia é valorizar os indivíduos que realizam ou estão à frente de projetos que tornam a região um lugar melhor para viver e trabalhar. Ao todo, 20 projetos foram inscritos e 10 foram selecionados pela VERO para serem homenageados na noite de 24 de novembro, no OrgâniCo Creative Coworking. Dentre esses, três foram escolhidos como os destaques por um júri composto por Alessandra Storto, da Red Balloon, Diógenes Carvalho Lima, da Haganá, Eduardo Pereira, do Centro Comercial Alphaville, Jessica Brihy, do Grupo Objetivo/UNIP, Lucia Meili, da MPD, Marcelo Foffá, da Folha de Alphaville, Marcelo Ivanesciuc, da Somma, Renato Ishikawa, da CNL, e Roberta Furlan, da VERO, além dos embaixadores da campanha Gilberto Gonçalves e Gislane Gandra. “O prêmio fecha o ano de 2014 da Campanha Atitude Alphaville, com o objetivo não de eleger um projeto, mas de valorizar todos, pois o grande ganhador é a comunidade”, disse Angela Valiera, embaixadora que apresentou a cerimônia de premiação. A seguir, confira os laureados. 84 | LOCAL VERO | DEZEMBRO | 2014
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Grupo Vida Brasil Regina Abujamha
Com o projeto VincuLar, atende gratuitamente cem idosos em domicílio, com serviços de orientação e apoio. Conta com uma equipe técnica multiprofissional, composta por assistentes sociais, psicólogas, enfermeiras, fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais e cuidadoras – disponibilizadas para auxiliar nas atividades da vida diária, como banho, alimentação, hidratação, banho de sol e organização do quarto. “Esse é um reconhecimento por um trabalho bem feito. Receber um prêmio é sempre um incentivo para a gente continuar, cada vez melhor, pela sociedade e pelo idoso”, diz Regina. Mais informações: (11) 4198-3047 | grupovidabrasil.org.br
DESTAQUE ELEITO PELO JÚRI
Pernas de Aluguel
Eduardo de Godoy O principal objetivo do projeto é oferecer pernas a quem não tem movimentos. De que forma? Atletas e voluntários se disponibilizam a conduzir triciclos especialmente desenvolvidos para levar crianças e adolescentes (e até mesmo adultos) assistidos pela Associação Beneficente Comunidade de Amor Rainha da Paz para participar de corridas de rua. Numa próxima fase, a meta é receber qualquer cadeirante, seja ele atendido ou não pela ONG. “Melhor do que receber o prêmio é estar aqui e conhecer outras pessoas que também fazem trabalhos voluntários e poder nos conectar uns com os outros”, conta Eduardo. Mais informações: (11) 4154-5060 | pernasdealuguel.com.br 2014 | DEZEMBRO | LOCAL VERO | 85
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MAIS SETE PROJETOS HOMENAGEADOS PELA VERO: Instituto Tênis Hélio Sileman e William Ribeiro Grigoletto
Instituição sem fins lucrativos que trabalha no desenvolvimento do tênis nacional, oferecendo toda a estrutura de treinamento e competições que um jovem tenista de alto rendimento necessita. O Centro de Treinamento fica em Santana de Parnaíba e atende 39 atletas. Mais informações: institutotenis.org.br
Mais Caronas, Menos Carros Gabriela Camargo e Fernando Antonio Cunha Júnior
Incentiva as pessoas a usarem menos o carro e a oferecerem mais caronas. O projeto atinge o tripé social, econômico e ambiental. “Hoje, além de uma atitude familiar, a empresa em que trabalho aderiu e criou um ponto de carona. Ter esse reconhecimento com o Prêmio é muito gratificante”, conta Fernando. Mais informações: (11) 4446-2468 di_fernando04@hotmail.com
Meninonas S.A. Meire Ribeiro e Loilhana Alonso Gonzalez
Grupo de 200 mulheres de Alphaville e região que desenvolvem trabalhos voluntários e ações beneficentes. “Somos formiguinhas. Fazemos um pouquinho de tudo. Receber esse reconhecimento me deixou muito orgulhosa e ainda mais animada”, diz Loilhana. Mais informações: meninonas.com.br
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Fundo Social de Barueri Núcleo de Gastronomia Silvana Cardoso
Trabalha na capacitação de jovens e adultos para diversas habilidades na culinária, oferecendo aulas teóricas e práticas. “Estamos extremamente felizes. O nosso curso é um sucesso. Só posso agradecer à VERO por nos ter acolhido tão bem e proporcionado esse momento”, diz Silvana. Mais informações: (11) 4199-2800 fundosocial@barueri.sp.gov.br
As Cores do meu Bairro Francisco Mazzaferro
O artista plástico uruguaio recebeu ajuda da garotada do prédio para dar vida (desenhando e pintando) à parede – gasta e descascada – do playground do Edifício Granville, em Alphaville. “A iniciativa do prêmio é muito bonita e empolgante, porque incentiva outras pessoas a participar. Nossa esperança é plantar uma sementinha nas crianças, pra que elas cresçam com essa consciência”, conta Francisco. Informações: (11) 2834-7403 franciscomazzaferro@uol.com.br
Portal Mobilize Brasil Ricky e Cristina Ribeiro
Em três anos no ar, o portal Mobilize Brasil tornou-se referência nacional em mobilidade urbana sustentável. “Fazemos ‘room office’, pois trabalhamos literalmente no quarto do Ricky Ribeiro, criador do portal e portador de Esclerose Lateral Amiotrófica (ELA). Estamos muito honrados com o reconhecimento”, explica Cristina. Mais informações: (11) 41535081 | mobilize.org.br
Associação Girassol Alzira Martins
O principal projeto da Associação, o Girarte, direcionado aos jovens de 11 a 16 anos, tem o objetivo de aumentar a autoestima dos adolescentes com oficinas de teatro em Santana de Parnaíba. “É um sentimento de agradecimento por nosso trabalho estar sendo visto e apreciado. Como toda ONG, dependemos do auxílio de todos para nosso trabalho fluir”, conta Alzira. Mais informações: (11) 4124-5789 | girassol.art.br 2014 | DEZEMBRO | LOCAL VERO | 87
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OUTROS PERSONAGENS DA FESTA DE PREMIAÇÃO 1
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1. A embaixadora Gislane Gandra 2. Angela Valiera, embaixadora que apresentou o Prêmio 3. Eduardo Pereira, do Centro Comercial Alphaville 4. Renato Ishikawa, da CNL 5. Grupo de embaixadores da campanha Atitude Alphaville 6. Parte do grupo de arquitetos e colaboradores que realizaram o estudo do Boulevard Rio Negro 7. Diógenes Lima, da Haganá 5
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campanha atitude alphaville
pedalada
FESTA EM DUAS RODAS
Pedalada Atitude Alphaville reuniu mais de 500 pessoas para pedalar pelas ruas do bairro DOMINGO é dia de pedalar!
FOTOS CHICO MAX E RODRIGO SACRAMENTO
Essa já é uma realidade para alguns moradores da região, mas, no dia 16 de novembro, o programa ficou mais completo e colorido. Isso porque a Campanha Atitude Alphaville, com ajuda do Demutran, fechou algumas ruas do bairro para que os ciclistas pudessem se divertir em cima da magrela. Para guiar o passeio, um caminhão de som tomou a frente e, para garantir proteção aos participantes, um carro-madrinha acompanhou todo o circuito. Mais: na concentração, que aconteceu no Iguatemi Alphaville (correalizador do evento), teve tenda para manutenção e conserto de bikes e distribuição de frutas, sorvetes, brindes, além de um kit com camiseta, mochila, água e barrinha de cereal e um exclusivo espaço kids. Após o alongamento, todos seguiram pela Via Parque até a academia Target, no 18 do Forte, onde ganharam sticks de açaí. O percurso teve 11,25 km e reuniu mais de 500 pessoas. Quem não foi com a própria bike pôde alugar uma no local.
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1) Carros da KIA em exposição no Iguatemi Alphaville; carromadrinha e de apoio para acompanhar o percurso 2) Instrutores da Bodytech conduzem o alongamento 3) Participantes na concentração 4) Pão de Açúcar: frutas fresquinhas 5) Alergoshop: protetor solar e gifts 6) Na academia Target: parada para hidratação 7) Pedal Alpha: conserto e manutenção de bikes
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2 1) Animação antes da largada 2) Espaço Kids contou com várias atrações da Bassil Brinquedos 3) Os pais aproveitaram para pedalar com os pequenos 4) Profissionais do Albert Einstein realizaram medição de gordura corporal 5) Animê Arte, no estande da Escola Morumbi, fez muitas caricaturas para os participantes guardarem de recordação 6) Equipe VERO e Spaghetti
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1) Participantes passando pela Via Parque 2) O Colégio Objetivo montou uma sala de aula na concentração do evento, onde apresentou um aplicativo sobre o corpo humano 3)Distribuição de sticks de açaí da Ecofresh 4) Quem quisesse podia pegar os deliciosos picolés Rochinha, levados pela CNL
REALIZAÇÃO
CORREALIZAÇÃO
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gente
eventos da região
Cliques do mês 1
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Palestra exclusiva do Iguatemi Alphaville e WGSN para apresentação de tendências de moda e lifestyle, no Cinépolis 1. Bruna Ortega 2. Daniela Dantas 3. Melissa Bosquê e Teca Heine Lançamento de produtos da Anna Pegova, em Alphaville 4. Ivone Alves 5. Elena Adam Coquetel de fim de ano da Riolax, em Alphaville 6. Marcio Passero, Antonio Gibelato e Leonardo Faria 7. Juliana Gatti e Rosangela Cunha Lançamento do Portfólio Arquitetura + Design 2015, da Somma Conteúdo, na Bendita Toscana, em Aldeia da Serra 8. Equipe Somma
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DIVULGAÇÃO
1 Eventos MPD: Premiação do 3º SECONCI-SP, em São Paulo; coquetel de entrega do empreendimento Office Bethaville, em Barueri; e festa de fim de ano do Resort Bethaville
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1. Thiago Barbosa Yonamine, Leonardo Lucas, Carlos Cristofani, Nilson Soares e Antônio Jambeiro 2. Mauro Santi 3. Milton Meyer Filho 4. Renato Oliveira e Sil Batista 5. Amanda Pimenta Guerra
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FOTOS THIAGO HENRIQUE, GRAZIELA ALCOVA E GILBERTO ANAYA
Café da manhã da ACIB para empresários no CCA e no Grupo Carrera, em Alphaville 6. Sueli Sanches 7. Cido Rodrigues e Wanda Dutra 8. André Peggion
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gente
eventos da região
Entre amigos
1. Guilherme e Mariana Botelho, da Brazilian Espresso Cafés Especiais 2. Leticia Baroni e Gisele Ferreira, do Centro Comercial Alphaville 3. Cícero Venicio Barreto, da Omint 4. Angélica Guimaraes, da Pink Muffin 5. Pedro Garaude, da Netville
Coquetel petit-comité no OrgâniCo marcou lançamento da edição de novembro da VERO 1
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FOTOS THIAGO HENRIQUE
6. Jorge Aguiar e Fabiana Dias, da La Luna Agência 7. Jessica Brihy, do Grupo UNIP-Objetivo 8. Nick Lorentziadis, da 4Performe 9. Junia Couto, do Château dos Bichos
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OS MELHORES SERVIÇOS, COMPRAS E PROMOÇÕES DA REGIÃO
ÍNDICE DE PRESENTES DE NATAL Marcas Ar Escritório de Arte Bassil Brinquedos Brazilian Espresso Chocolate Gramado Debora Matarazzo Motorbike You by Picadilly
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Os melhores presentes de Natal Pág. 100
SHUTTERSTOCK
Sapatos para um Réveillon estiloso Pág. 114
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vitrine
PRÁTICO Chaleira elétrica de 1,7 litro (R$ 699,99) KitchenAid (11) 4004-1759 loja.kitchenaid. com.br
CHARMOSAS Jogo de seis xícaras Burberry em porcelana (R$ 75) DIAS QUENTES Bermuda (R$ 228) e cinto (R$ 198), ambos Cori
Pra todo mundo
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FAMÍLIA, AMIGOS, NAMORADO, ESPOSA, MARIDO, FILHO! CONFIRA AS MELHORES DICAS DE PRESENTES DE NATAL CICLISTA Bicicleta Sense Elétrica Wind (R$ 3.490) Sense Bike 0800-737-3673 sensebike.com.br
EXCLUSIVO Brinco Gota Shadow Maxi (R$ 611) Hector Albertazzi hectoralbertazzi.com.br
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SELECIONADO Whisky escocês The Macallan Ruby de 700 ml (R$ 1.093) Varanda Delivery (11) 3035-5857 varanda.com.br
JANTAR FINO Pratos rasos avulsos Verbano em porcelana (R$ 26 cada)
CASUAL Bolsa Fellipe Krein preta (R$ 296,70)
Di Sappo Alphashopping e Flamingo (11) 4191-4314 disappo.com.br
Fellipe Krein (11) 3017-3343 fellipekrein.com.br
ESTILOSA Óculos Maskaviator Valentino (R$ 1.030) Óticas Wanny – R. Oscar Freire, 1051 (11) 3088-9309 – oticaswanny.com.br
COLOR Mesa lateral Ravy para área externa (R$ 690) Nobre Casa Decor – Al. Araguaia, 350 (11) 4382-9259 – nobrecasa.com
FOTOS DIVULGAÇÃO
SEQUINHO Toalha Reserved (R$ 169) DESCOLADA Blusa Cori (R$ 99) Glamour – Alphashopping (11) 4195-2849
Sergio K Home JK Iguatemi (11) 3079-0007 sergiok.com.br
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DELICADA Pingente Nossa Senhora das Graças em ouro 18k com diamantes e colar de fio veneziano (R$ 2.896)
MULHER COM JEITO DE MENINA Vestido estampado (R$ 378) Glamour Alphashopping (11) 4195-2849
Carla Buaiz (27) 3315-7016 carlabuaiz.com
ARTESANAL Cachepot em cerâmica da 6F Di Sappo – Alphashopping e Flamingo (11) 4191-4314 – disappo.com.br
ELEGANTE Anel folheado a ouro 18k com zircônias (R$ 189) Debora Matarazzo Av. dos Pinheiros – Aldeia da Serra – (11) 4192-2353 deboramatarazzo.com
CLÁSSICA Caneta Cross Townsend de Tinteiro em ouro 18k (R$ 1.866,68) COFFEE BREAK Máquina de café espresso em cápsula (R$ 499) Brazilian Espresso (11) 4193-6339 brazilianespresso.com.br
Casa das Canetas casadascanetas.com.br
FOR KIDS Boneca Moranguinho cantora (R$ 179,99) e caminhão de lixo Trash Pack (R$ 129,99) Bassil Brinquedos Alphashopping e Centro Comercial Alphaville (11) 4191-2909 bassilbrinquedos. com.br
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COLUNA DOS
DESCONTOS
Todo mês, a VERO apresenta as melhores promoções de Alphaville e região. Aproveite! E, se tiver uma dica para esta seção, mande para a gente. PARQUE SHOPPING BARUERI Até o dia 24 de dezembro, a cada R$ 200 em compras no shopping, o cliente ganha um cupom (de segunda a quintafeira, os cupons são em dobro) para concorrer aos grandes prêmios de final de ano: um Volkswagen UP e R$ 10 mil em compras. O balcão para trocar as notas fiscais pelo cupom fica no piso L1, próximo à decoração de Natal. O sorteio acontece no dia 29 de dezembro, às 19h. parqueshopping barueri.com.br
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COLUNA DOS
DESCONTOS
IGUATEMI ALPHAVILLE A cada R$ 400 em compras, em qualquer estabelecimento do shopping, os clientes poderão trocar suas notas fiscais, no estande localizado no Piso Xingu, por um Chocottone Especial Bauducco e, ainda, receberão um cupom para concorrer a dois carros i30. A promoção acontece até dia 28 de dezembro. O sorteio é no dia 29, às 11h. iguatemialphaville. com.br CAMICADO A rede promove sua mega e já tradicional liquidação Renove sua Casa, de 26 de dezembro a 3 de fevereiro. Nesse período, mais de mil itens estarão com descontos de até 40%, entre copos, taças, faqueiros e talheres, porcelanas, panelas, artigos de cama, mesa e banho, objetos de decoração, eletroportáteis, além de inúmeros utensílios para mesa. A liquidação é válida em todas as lojas do Brasil e também pelo site da Camicado. camicado.com.br 2014 | DEZEMBRO | PROMO VERO | 111
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COLUNA DOS
DESCONTOS
PEDAL ALPHA Até o dia 31 de dezembro, a bicicleta infantil aro 20 sai por R$ 350. A loja funciona de segunda a sexta, das 9h às 18h, e aos sábados, das 8h às 14h. pedalalpha.com.br
ALERGOSHOP A loja de cosméticos, que fica no Iguatemi Alphaville, está com 20% de desconto nas colorações hipoalergênicas para cabelos e em toda a sua linha de maquiagens, também hipoalergênicas (batom, gloss, sombra, lápis e delineadores, pó compacto e corretivos). A promoção segue por todo o mês de dezembro. alergoshop.com.br
Certas coisas são muito importantes... Alarmes Monitoramento 24 horas Circuíto fechado de TV
(11) 4153-7931
ALPHA SQUARE MALL O cliente que gastar R$ 200 em compras em qualquer loja do shopping, ganha R$ 20 para gastar com o que quiser. A promoção vai até dia 31 de dezembro. alphasquare mall.com.br
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DESCONTOS
AVANTI A marca de carpetes e tapetes realiza sua liquidação de 8 de janeiro a 15 de fevereiro (ou enquanto durarem os estoques). Estarão em promoção mais de 500 tapetes, para pronta entrega, com até 50% de desconto no metro quadrado. Os modelos sob encomenda (menos os artesanais) e todos os carpetes em rolos residenciais têm até 20% de desconto. avantiempresa. com.br
ARGENTUM A loja de moda feminina, que fica no Iguatemi Alphaville, está com até 50% de desconto em várias peças, até o dia 31 de dezembro. argentum online.com.br
Tem uma promoção para indicar? Envie sua sugestão para reportagem@ vero.com.br
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escolha do leitor
PRAIA Rasteira Shine Oyster Schutz (R$ 310) "Para um Ano-Novo elegante e confortável na praia: rasteirinha. Escolhi uma com brilhos e pedras, para deixar o look mais cool. Vai estar bem para pular as sete ondinhas" schutz.com.br
Moradora de Alphaville e apaixonada por moda "desde sempre", Ariela Munhoz, 30 anos, formouse em estilismo e criou, junto com a amiga Monique Benitez, a marca Moár
Com o pé direito!
arezzo.com.br
NAS RUAS Tênis Glitter Metallic Schutz (R$ 290) "Quem prefere o show da virada e o calor da multidão deve apostar em um tênis bonito e curtir muito"
FOTOS DIVULGAÇÃO
arezzo.com.br
santalolla.com.br
FESTA CHIQUE Sandália com glitter Arezzo (R$ 249,90) "O sapato errado pode estragar o look de qualquer mulher. No caso de uma boa festa, a dica é entrar com glamour. Não dispense o salto alto e o brilho"
A PEDIDO DA VERO, A ESTILISTA ARIELA MUNHOZ LISTOU OS MELHORES SAPATOS PARA PASSAR O RÉVEILLON EM GRANDE ESTILO, EM QUALQUER OCASIÃO! EM CASA Sandália plataforma de couro Arezzo (R$ 249,90) "Não é porque você vai passar o fim de ano em casa que vai estar mal vestida, não é mesmo? Que tal um vestidinho mais Anabela estilosa?"
CAMPO Rasteira Princess Santa Lolla (R$ 329,90) "Se o seu destino no final de ano for a natureza, opte por uma sapatilha ou rasteirinha. A festa pode ser na grama, e não há risco de o seu salto ficar por lá"
schutz.com.br
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*Preços consultados em novembro de 2014.
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