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EDITORIAL VERO DIRETOR
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Por uma vida feliz “ALEGRIA é a melhor coisa que existe”, já dizia o poeta Vinicius de Moraes. Aqui na VERO, a gente acredita pra valer nessa máxima. Por isso, durante todo o mês, vestimos nosso melhor sorriso antes de vir para a redação preparar esta revista cheia de histórias inspiradoras. Mas, dessa vez, a gente foi além. Fomos até a casa de José Simão – sim, o próprio Esculhambador Geral da República! Com exclusividade e muitas gargalhadas, ele conta, na entrevista da página 28A, que o segredo do sucesso do seu trabalho – que já dura 40 anos – é o bom humor. E seu combustível está na inesgotável criatividade do brasileiro. E mais: ele é gente como a gente e tão viciado quanto nós em internet – e em Angry Birds! E já que estamos falando em vida feliz, na página 14A, o repórter Julio Lamas reuniu alguns rankings das melhores
REPORTAGEM -$ ' $ $-* b - +*-/ " (Ŷ1 -*X *(X -
cidades do mundo para se viver. Tem representantes brasileiras por lá, mas o melhor de tudo é descobrir que algumas das características dessas Easter Eggs estão mais perto do que a gente imagina: aqui mesmo, no nosso bairro. E como não podia faltar, no mês em que se comemora o dia das mamães, reunimos dicas de presentes especiais para elas (pág. 4C). Já no nosso roteiro, que neste mês traz os cantinhos mais exóticos para você provar a típica comida brasileira, distribuímos alguns selinhos indicando boas opções para o almoço com a Mama (pág. 16B)! Ah, tem também uma mamãe de primeira viagem contado tudo o que aprendeu com seu filhote (pág. 16C). Com tanta coisa boa, não tem como deixar de ser alegre! THAIS SANT'ANA
Entenda os 3 cadernos: caderno A : neurônio VERo
Entrevistas exclusivas e matérias relacionadas a temas relevantes como ética, comportamento, empreendedorismo e urbanidades, além de colunistas de peso
DESIGN Chico Max (direção), Janaína Diniz (designer) e Eduardo Prieto (assistente de arte) COLUNISTAS Bob Wollhein, Carlos Julio, Flávio Gikovate, Julio Lamas, Luis Felipe Pondé, Mário Sérgio Cortella e Xico Sá COLABORADORES DE TEXTO Camila do Bem, Jacyara Azevedo e Julio Lamas FOTOGRAFIA Ateliê Amarelo, Rogério Alonso, Thiago Henrique e Zé Gabriel FOTO DA CAPA Chico Max REVISÃO 3GB Consulting PRODUÇÃO GRÁFICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Maria Dulce Toledo (assistente), Marília Genari, Priscila Orenstein (marketing) e Pupi Serra ATITUDE ALPHAVILLE Janine Klein (coordenadora) e Isabella Magalhães (estagiária) FINANCEIRO – SAFE BACK OFFICE Andrea Rodrigues (gerente), André Bucater (atendimento), Lilian Merçon (assistente financeira), Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) e Gleice Silva
EDITORA LAGE
OrgâniCo Working Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72, Alphaville, Barueri/SP (11) 4195-9666 vero.com.br CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Log & Print 20 mil exemplares
CIDADES | ATITUDE COMPORTAMENTO | PERSONA ÉTICA EMPREENDEDORISMO
caderno B: local vero
Aqui você poderá ficar por dentro de assuntos que têm impacto direto na região e ver roteiros exclusivos com dicas do que há de melhor na programação do mês
caderno C: promo vero
Um guia de consumo, serviços, saúde e promoções
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"Sou tipo um filtro Melita: pego a tragédia e transformo em comédia." Assim o jornalista humorístico Zé Simão se define
22 Óculos inovadores permitem que pessoas com baixa visão enxerguem pela primeira vez
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Coletivo cola etiquetas em espaços públicos de bairro de São Paulo para que população diga o que gostaria que existisse ali Pacientes com doenças terminais ganham chance de realizar último desejo
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10Atitude | 12Novos Talentos | 14Melhores cidades para viver | 20Julio Lamas | 22Empreendedorismo 24Bob Wollheim | 26Carlos Júlio | 28José Simão | 36Gikovate 38Xico Sá | 40Ética | 44Cortella | 46Pondé | 48Perfil Social | 50Persona
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ATITUDE
#cidades #intervenções #urbanidades
DIVULGAÇÃO
COMO FOI FEITA A ESCOLHA DOS LOCAIS PARA COLOCAR OS ADESIVOS? Durante o mapeamento dos locais em que poríamos os adesivos, nos deparamos com o entrave: onde começa e onde termina o Belenzinho? Isso parece simples, mas o primeiro passo para que exista uma identificação dos moradores com o bairro é que eles saibam no que consiste esse bairro e quais espaços dizem respeito a ele. Feitos os estudos de delimitação geográfica e de mapeamento de lotes e construções, definimos os pontos em que colaríamos os adesivos. Com isso, aquele lote vazio ou aquela casa para alugar deixaram de ser ignoradas e passaram a perguntar coisas, evidenciando que aquilo podia trazer benefícios para o bairro.
MURO DE IDEIAS
Moradores da Zona Leste opinam sobre interesses culturais e comerciais da região Sabe aquele prédio encalhado na rua da sua casa? E aquele terreno baldio da esquina? No bairro do Belém, Zona Leste de São Paulo, um grupo se uniu para perguntar aos moradores o que eles achavam que deveria ser feitos desses espaços sem uso. Por meio de uma intervenção urbana que espalhou etiquetas com a frase “Queria que isso fosse” em lugares diversos, o projeto BemBelém deu a liberdade para as pessoas completarem com o que elas gostariam que houvesse no local. A idealizadora, Thays Damin, inspirou-se no trabalho semelhante que a artista Candy Chang fez em New Orleans, nos Estados Unidos. O objetivo é o mesmo: entender as necessidades de quem vive ou passa pelo bairro antes de reivindicar por mudanças. Confira a entrevista:
QUE TIPO DE RESPOSTAS TIVERAM? As respostas não foram tão surpreendentes para nós, que somos moradores. O Belenzinho é extremamente residencial e, apesar de oferecer comércio que atende os moradores durante a semana, não tem oferta cultural e de lazer suficientes. Sendo assim, muitas das respostas foram centro cultural, estúdio musical, praça, lugar de convivência. Os adesivos, além de servir como pesquisa de opinião que pode atender até mesmo os empreendedores, também provocam interações que reavivam o pertencimento dos moradores e frequentadores com relação ao bairro. COMO PRETENDEM IMPLEMENTAR AS MUDANÇAS SUGERIDAS? Queremos elaborar formas seguras de entender os desejos deles para, aí sim, fazer algum contato com a Subprefeitura. Estamos na primeira fase do projeto e decidimos começar com ações que chamassem a atenção do bairro para os moradores. Com conteúdo relevante e intervenções físicas, queremos que os moradores e frequentadores se familiarizem conosco para, depois, começarmos a levantar pontos de modificação e fazer o planejamento.
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ZÉ GABRIEL
CICLOVIAS, PRA QUE AS QUEREMOS?
PREPARE A TOALHA
Os piqueniques de 2015 da Campanha Atitude Alphaville, na praça Oiapoque, já estão movimentando o bairro. Entre os principais destaques deste ano, estão a Oficina de Mandalas, orientada por Erica Aidar, e a roda de capoeira, do grupo Caravela Negra. O próximo encontro acontece no dia 17 de maio! EM CASO DE CHUVA NO SÁBADO OU NO DOMINGO, O PIQUENIQUE SERÁ AUTOMATICAMENTE CANCELADO.
Para mostrar que existe demanda para as faixas exclusivas para bikes, a Prefeitura de São Paulo lançou um sistema que conta em tempo real a quantidade de ciclistas que passam pela ciclovia da Avenida Faria Lima. O Contador de Ciclistas é uma iniciativa experimental e colaborativa do Laboratório de Inovação (LabProdam), que filma a ciclovia e disponibiliza as imagens ao vivo no site do São Paulo Aberta, responsável pelo projeto. A imagem de uma câmera simples, instalada em um prédio da Faria Lima, alimenta o software que detecta o que é fundo da imagem (estático) do que é dinâmico (pessoas, carros e ônibus) e consegue identificar as bicicletas para fazer o cálculo. Confira: www.youtube.com/ watch?v=40TxRieXVqQ.
COPATROCÍNIO
REALIZAÇÃO
APOIO
ÔNIBUS-ESCRITÓRIO OU ESCRITÓRIO-ÔNIBUS?
Muita gente reclama do tempo que se perde no transporte público, principalmente nas grandes cidades. Em São Francisco, nos Estados Unidos, essa experiência já pode ser diferente – graças ao Leap, um ônibus diferenciado que passa pelos principais pontos da cidade e cujo interior é adaptado para funcionar como um café e escritório. Por lá, você pode usar o tempo que passa dentro do ônibus para responder e-mails, carregar o celular, fazer pequenas reuniões ou até almoçar um sanduíche. O veículo é mais confortável, dispõe de internet sem fio e carregadores USB e vende alimentos orgânicos, tornando a viagem muito mais produtiva. Além disso, um aplicativo gratuito avisa quando um dos ônibus está se aproximando, mostra a quantidade de lugares vagos e permite comprar a passagem diretamente no celular. A passagem do Leap sai por US$ 6, contra US$ 2,25 do ônibus regular.
Participe! Leia as matérias e faça parte do movimento por uma região cada vez mais gostosa! Informações: atitudealphaville.com.br
Conhece outras iniciativas positivas, na nossa região ou em outras cidades, para deixar a vida das pessoas melhor? Indique para atitude@vero.com.br
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TALENTOS
#música #empreendedorismo #ciência
PEQUENOS BRILHANTES
JÁ É DIFÍCIL conseguir uma vaga em uma universidade federal brasileira. Agora, imagine ser aceito em nove instituições dos Estados Unidos, como Stanford University, Yale University, Minerva e Columbia University. Esse é o feito conquistado pela baiana, Geórgia Gabriela da Silva, de 19 anos – mas não é o único nem o mais importante. No ano passado, ela foi premiada em um concurso na Universidade de Harvard por criar um kit para diagnosticar, de forma rápida e barata, a endometriose. Segundo a jovem, cientificamente, essa não é uma ideia inédita, porém, os pesquisadores nunca foram muito adiante. O objetivo agora é continuar o projeto com a ajuda de um orientador, talvez, depois da difícil tarefa de escolher em qual universidade estudar.
NÃO SE ENGANE com a pouca idade. Aos 7 anos, Julia Abdalla será a única brasileira a competir no concurso de flauta doce do Open Recorder Days Amsterdam (ORDA) – evento que reúne concertos, concurso e palestras na Holanda, de 14 a 17 de maio. Aqui no Brasil, não há competições das quais uma garota tão novinha possa participar, por isso, ela vai atravessar o oceano para representar o Centro Suzuki, onde ela estuda o instrumento, na Vila Mariana, em São Paulo. Nascida numa família de músicos, Julia tem contado com a ajuda dos pais e da professora para fazer bonito na cidade de tantos flautistas de sucesso – para quem não sabe, Amsterdã é a terra da flauta doce e de artistas como Frans Bruggen, Paul Leenhouts e o quarteto Amsterdam Loeki Stardust Quartet – que são algumas de suas referências.
FOTOS DIVULGAÇÃO
As histórias de três jovens da música, da ciência e do empreendedorismo que não deixaram a oportunidade passar batida
EM 2011 o americano Moziah Bridges tinha apenas 9 anos quando resolveu vender gravatas-borboletas. Rapidamente, a ideia simples tornou-se um bom negócio. É que, um ano depois, ele participou de um programa de TV nos Estados Unidos no qual pessoas comuns apresentavam suas ideias a fim de receber investimentos para viabilizá-las. E o pequeno impressionou. Hoje a empresa já vendeu mais de US$ 200 mil dólares em produtos – cada gravata é vendida a US$ 50, e Moziah, com 13 anos, tem muitos planos para o futuro, como criar a sua linha completa de roupas masculinas.
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CIDADES
#melhoresdomundo #rankings #qualidadedevida
O que faz as melhores cidades do mundo tão boas? Inovação, oportunidades para empreender, transporte coletivo de qualidade, espaços públicos bem cuidados ou até mesmo capacidade de se reinventar após crises e catástrofes naturais. Essas são algumas das características das cidades ideais para se viver ao redor do mundo. Conheça-as! por
Julio Lamas
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VIVER em uma cidade ideal, onde é possível aliar trabalho, educação e qualidade de vida, é o plano de muitas pessoas. Se você está entre esses românticos, a surpresa vem agora: não há uma cidade ideal. Pelo menos não absoluta. O que existem são diversos rankings conceituados que nos dão algumas ideias dos principais atributos que fazem uma cidade “boa para se viver”. A melhor delas, claro, deve ser aquela que reúne mais coisas que tenham a ver com você. Para o antropólogo e cineasta Andreas Dalsgaard, autor de documentários que analisam a relação entre os homens e as cidades, como A Escala Humana e Democrazy, ela poderia estar bem perto. Aos 35 anos, no entanto, a paixão pela dinâmica e intensidade dos grandes centros urbanos o levaram para quase todos os lugares atrás da resposta para a pergunta “O que faz uma cidade ser boa ou ruim no século XXI?”. De Copenhague, onde mora, a Nova Déli e Nova York, ele viajou para entrevistar prefeitos, urbanistas, arquitetos, cientistas políticos, planejadores e pessoas – as mais comuns –, tentado descobrir o que é essencial para a felicidade nas metrópoles. EM PROL DO MEIO AMBIENTE E DA VIDA EM COMUNIDADE “Para alguns economistas e jornalistas, há maneiras de se chegar a um coeficiente que determine qual a melhor cidade para se viver. Se dependesse deles, eu nem sairia de casa”, diz Daslgaard. De fato, Copenhague lidera algumas listas globais em qualidade
de vida e infraestrutura urbana. Um deles, o Copenhagenize, assim chamado por conta da cidade, é um dos mais renomados. A ideia desse ranking é avaliar cidades pelas condições que oferecem ao transporte alternativo, em especial, as bicicletas. Não à toa, pois um terço das viagens feitas diariamente dentro de Copenhague por seus 560 mil habitantes é em duas rodas. O Copenhagenize é um dos poucos rankings internacionais de cidades que põe uma brasileira entre as mais bem avaliadas, caso do Rio de Janeiro, que está em 12o lugar na lista de 2013. “A cidade colocou ciclovias por suas principais praias e dobrou sua infraestrutura para ciclistas desde 1992. Isso está na mira da qualidade de vida, pois cidades carrocêntricas tendem a ser mais poluídas e barulhentas e oferecer menos segurança para pedestres”, afirma Paul Steely White, diretor da Transportation Alternatives, uma das mais antigas instituições de Nova York de defesa das bicicletas. Contudo, ele ainda acredita que os cariocas teriam avalições melhores se, ao lado das ciclovias, as ruas tivessem velocidade reduzida. “É estranho ter uma ciclovia e ao lado uma rua em que o limite é 70 km/h. Quando a velocidade dos carros excede os 35 km/h, a qualidade humana nas ruas começa a se perder; o barulho aumenta, tornando as conversas mais difíceis; além do perigo, que cresce de forma exponencial, tirando as pessoas do espaço público”, explica ele. “Ainda enfrentamos nas cidades resistência de um pequeno grupo de pessoas
SOBRE DUAS RODAS
De acordo com o Copenhaginize, as melhores cidades para viver são as que têm as melhores condições em transporte alternativo: 1 Amsterdã 2 Copenhague 3 Utrecht 4 Sevilha/Bordeaux 5 Nantes/Antuérpia 6 Eidhoven 7 Malmö 8 Berlim 9 Dublin 10 Tóquio 11 Munique/Montreal/Nagoia 12 Rio de Janeiro 13 Barcelona/Budapeste 14 Paris/Hamburgo
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que acreditam que as ruas deveriam ser domínio exclusivo de carros e caminhões. Porém, as estatísticas estão do nosso lado. A geração do novo milênio está mais propensa a adotar um estilo de vida menos dependente ou livre do carro particular”, conta White. White é categórico ao afirmar que políticas públicas para atrair essa nova geração de jovens, chamada de Millenials, que surgiu entre os anos 1990 e 2000, surtem efeito e têm sido preponderantes nos critérios usados por vários rankings. “Eles são 20% da população global hoje! É uma geração nascida na era dos grandes avanços tecnológicos e da prosperidade econômica, em ambientes altamente urbanizados. Os valores são outros em termos de meio ambiente, relações de trabalho e vida em comunidade, pois tudo está conectado pela lógica da grande rede social que as cidades podem ser também”, diz. De acordo com Andrew Tuck, editor de cidades da revista londrina Monocle, as melhores cidades encontram equilíbrio entre a tradição e a inovação. São capazes de ter história e ainda atrair jovens criativos. “Se por um lado iniciativas de planejamento que tiram os carros das ruas são maravilhosas, por outro elas podem ser eficazes em matar tendências. Novos empreendimentos, desenvolvidos para atrair investimentos, podem aumentar fortunas locais, mas ao mesmo tempo expulsar as pessoas que tornam a cidade interessante em primeiro lugar, caso de artistas, formadores de opiniões, críticos...”, conta ele.
COM ARTE E STARTUPS Cidades como Nova York e São Francisco, de acordo com Tuck, têm sofrido para combinar esses elementos e por isso sumiram do ranking que a Monocle faz desde 2006. Se por um lado essas cidades são focos de dinheiro, elas encontram dificuldade para atrair inovação. Os Millenials têm migrado para cidades consideradas "betas", como Portland e Seatle. A gentrificação em Nova York, por exemplo, fez o custo médio de vida na cidade aumentar em 144% desde 2005. “Ter um apartamento no centro de Manhattan se tornou impossível. A recuperação da Times Square e a criação de espaços como o High Line tiraram carros das ruas e mostraram que apreciar a cidade é possível a pé ou de bicicleta. Contudo, quais jovens são capazes de ganhar 55 mil dólares por ano e ainda fazer faculdade ou investir em startups?”, pergunta o editor. Berlim e Madri, respectivamente, atrás de Copenhague no ranking da Monocle em 2008, se saíram melhor pelos mesmos motivos que a dinamarquesa, mas conseguem atrair mais jovens, afirma Dalsgaard. “Minha percepção é que a capital alemã e suas galerias de arte e espaços coletivos para startups criam um ambiente perfeito para essa nova geração. Elas somam um lugar barato para morar com uma cena artística que funciona 24 horas”, conta Dalsgaard. Outra que vai pelo mesmo caminho é Madri: “O movimento recente entre as corporações, de se trabalhar menos horas para produzir mais, enriquece a vida nas ruas”, diz.
SONHO UNIVERSITÁRIO
Pelo ranking da Monocle, as melhores cidades são aquelas onde é possível bancar uma faculdade, empreender e, ainda, curtir a cena artística: 1 Copenhague 2 Tóquio 3 Melbourne 4 Estocolmo 5 Helsinque 6 Viena 7 Zurique 8 Munique 9 Kyoto 10 Fukuoka
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TORONTO É A CIDADE QUE LIDERA EM 2015 COMO MAIS HABITÁVEL NO RANKING DA ECONOMIST INTELLIGENCE UNIT
CAPACIDADE DE SE REINVENTAR “Os Millenials buscam felicidade e um estilo de vida mais sustentável. No entanto, quando colocamos as coisas em perspectiva futura, o cenário pode mudar. Planejamento pode ser tudo”, comenta o pesquisador britânico Richard Barkam. Quando falamos sobre a resiliência das cidades, estamos, na verdade, falando de sua capacidade de reação diante dos mais diversos desafios, atuais e eventuais. Podemos incluir nisso desde desastres naturais, como furacões e tsunamis, até problemas sociais causados por desemprego, violência e falta de acesso a recursos básicos. E em um cenário global de acelerado ritmo de expansão urbana e aumento populacional, o planejamento das cidades deve lidar com um difícil presente ao mesmo tempo em que se prepara para o pior no futuro. Publicado no ano passado por analistas
do Grosvenor Group, fundo britânico de investimentos imobiliários com escritórios em mais de 18 países, com apoio de pesquisadores da Universidade de Cambridge, um relatório mostra quais as cidades globais mais resilientes do mundo. O estudo colocou em rankings as 50 maiores metrópoles com base em capacidade de adaptação e vulnerabilidade e o coeficiente que se obtém entre as duas, a já citada resiliência. Para medir a capacidade de adaptação das cidades, foram levadas em conta governança, organização institucional, acesso a tecnologia e educação, planejamento de sistemas urbanos e estrutura financeira. Esses parâmetros avaliaram, entre outras coisas, a transparência dos governos locais, a participação democrática da população na gestão, a proximidade de recursos naturais e o potencial de
arrecadar investimentos nacionais ou internacionais. Além disso, planos de emergência em eventos climáticos, projetos de desenvolvimento sustentável e combate ao aquecimento global foram incluídos como variáveis. Três cidades canadenses aparecem encabeçando tanto a lista das menos vulneráveis quanto a das mais resilientes: Calgary, Vancouver e Toronto, a cidade que lidera em 2015 como mais habitável no ranking da Economist Intelligence Unit. Entre os menos vulneráveis, elas são seguidas por Frankfurt, na Alemanha, e Zurique, na Suíça. Destacada no relatório, Vancouver está entre as cinco primeiras em todos os quesitos, exceto vulnerabilidade às mudanças climáticas. No entanto, a cidade tem um planejamento urbano voltado para amenizar suas consequências, o que a faz ganhar outros pontos na média. “O ministro do Meio
MAIS RESILIENTES
COM MAIS CAPACIDADE DE ADAPTAÇÃO
1 Toronto 2 Vancouver 3 Calgary 4 Chicago 5 Pittsburgh 6 Estocolmo 7 Boston 8 Zurique 9 Washington 10 Atlanta 41 São Paulo 45 Rio de Janeiro
1 Nova York 2 Toronto 3 Los Angeles 4 Washington 5 Chicago 6 São Francisco 7 Houston 8 Estocolmo 9 Boston 10 Pittsburgh 40 São Paulo 46 Rio de Janeiro
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EMBORA APAREÇA COMO 14ª EM RESILIÊNCIA, NOVA YORK É DESTACADA POR SUA VELOCIDADE DE IMPLANTAR PROJETOS
Ambiente da Colúmbia Britânica fez uso das pesquisas de previsão das elevações do nível do mar nos planejamentos urbanos atuais. O objetivo de Vancouver de se tornar a cidade mais verde do mundo até 2020 contém metas voltadas para diminuição das emissões de dióxido de carbono, redução da geração de lixo e preservação dos ecossistemas”, explica Barkham, diretor da pesquisa. Embora apareça como 14ª em resiliência, Nova York é destacada por sua velocidade de implantar projetos. Desde 2007, a cidade tem se reinventado em diversos aspectos abrangidos pelo PlanNYC, seu plano-diretor para os 20 anos seguintes. Das 127 iniciativas propostas para atrair investimentos e crescer sustentavelmente, 97% foram desenvolvidas e colocadas em prática logo no primeiro ano. O estudo aponta entre essas a criação de mais espaços verdes e um plano de mobilidade que prioriza pedestres e ciclistas. A Big Apple marcou as maiores pontuações no que se refere a governança, estrutura financeira e acesso a tecnologia e educação. Alarmantemente, as cidades de países emergentes – palco de 80% do crescimento urbano global até 2050, segundo a ONU – ocupam as últimas posições do ranking de resiliência. Na parte de baixo da tabela, estão cidades como Xangai (40ª), na China, e Cidade do México (44ª), ao lado das brasileiras São Paulo (41ª) e Rio de Janeiro (45ª). De acordo com os pesquisadores, esses são centros urbanos pressionados a crescer, mas cujas infraestruturas não acompanharam no mesmo passo o
aumento de suas respectivas classes médias. Um dado é exemplar para justificar a péssima posição das brasileiras: pelo menos quatro de cada dez cidades brasileiras sofreram com inundações ou deslizamentos de terra nos últimos cinco anos, e 48% dos municípios não têm instrumentos de prevenção e gestão de riscos como esses, segundo o estudo “Perfil dos Municípios Brasileiros 2013” (Munic, 2013). EQUILÍBRIO Encontrar um equilíbrio entre oportunidades de negócios, qualidade de vida e meio ambiente na mesma cidade exige planejamento pensando no futuro e na resiliência. Qual cidade consegue fazer isso? Segundo um estudo da Arcadis, um famoso escritório de design e urbanismo da Holanda, seria a alemã Frankfurt. Os pesquisadores chegaram a essa conclusão montando um ranking das 50 cidades globais mais equilibradas com base em questões econômicas (PIB per capita, sensação de desigualdade...), sociais (nível médio de escolarização, saúde, segurança pública) e ambientais (emissões de GEEs, riscos de desastres naturais, etc.). De fato, Frankfurt lidera na média das três. Seu planejamento de mobilidade é fantástico, tem uma das mais renomadas universidades da Europa e
oportunidades não faltam em empresas internacionais. Ela lidera em termos ambientais e econômicos, mas, quando o critério é social, cai para nono lugar. A disparidade entre ricos e pobres, na sua maioria imigrantes, é um problema sério. Uma cidade tão boa para viver e ao mesmo tempo pouco receptiva, aponta o estudo. A holandesa Roterdã, quinto lugar no geral, domina no social, seguida por Seul e Londres. A busca por bemestar social está funcionando ali. As que estão no fundo da lista são as usuais, como as asiáticas e problemáticas Jacarta e Mumbai. Mas as brasileiras integrantes do ranking surpreendem! Curiosamente, não estão nem entre as primeiras nem entre as últimas. São Paulo está em 31º lugar na média geral, e Rio de Janeiro, no 40º, acompanhados por outras intermediárias, caso de Cidade do México, Dubai e Buenos Aires. No ambiental, elas “arrasam”. São Paulo chega à posição 16, e o Rio, à 17. O planejamento urbano cada vez menos "carro-dependente", programas de mitigação de emissões e reciclagem estão funcionando. Pelo menos aos olhos do mundo. O problema, na verdade, reside no econômico e social, sendo um consequência do outro. A qualidade dos serviços públicos de segurança, saúde e educação é desafiante. São Paulo cai logo para o 39º lugar com base nesses quesitos, e os cariocas, para o 46º (perigando rebaixamento), mantendoos quando se trata de oportunidades financeiras e homogeneidade entre as faixas de renda.
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SER URBANO
#energiasolar #vantagens #desafios
Um app para desvendar a energia solar na cidade COMPENSA ter energia solar na cidade? Na verdade, essa pergunta é um pouco mais complicada do que parece. Primeiro, deve-se levar em consideração o tamanho e o preço do sistema que se quer e pode instalar. Depois disso, qual pode ser a economia na conta de luz e descobrir se, ao longo dos anos, o investimento realmente se paga. A complexidade desses cálculos pode afastar as pessoas inicialmente interessadas. O principal desafio é sempre coletar informações e comparálas. Contudo, pular todas essas etapas é exatamente o que faz o Mapdwell, um aplicativo desenvolvido por programadores, arquitetos e urbanistas do Massachusetts Institute of Technology (MIT), em Cambridge, nos EUA. Nele, basta digitar o seu endereço e ter as respostas sobre os custos de instalação, potencial de geração de energia e compensação econômica, além de ter essa conta com o desconto de subsídios dados pelo governo. E o melhor é que isso é apresentado em uma plataforma digital fácil de entender, quase instintiva e “user friendly”. Com dados obtidos de imagens aéreas, o app cria um modelo em 3-D completo da área de ruas, bairros e cidades metro por metro e avalia as condições – entre “excelente” e “pobre” – de cada terreno para a instalação das placas fotovoltaicas, que captam a luz do sol para gerar energia elétrica. Esses
modelos acabam comparados com informações históricas do clima, como a quantidade anual de chuva e dias de sol, entre outros 8.600 parâmetros estudados de cada região, que podem afetar a captação da energia solar. Para o arquiteto e designer Eduardo Berlin, CEO e cofundador do Mapdwell, a ferramenta permite que usuários possam personalizar seus sistemas de energia solar conforme a sua demanda. “Você pode construir o seu modelo de acordo com o quanto pode gastar, quanta energia quer gerar baseada no seu consumo ou quanto quer impactar o meio ambiente de maneira sustentável”, afirma ele, cujo projeto foi finalista do prêmio Innovation by Design da revista Fastcompany em 2014. “E, no futuro, a proposta é que as instalações das residências compartilhem as informações para gerar dados ainda mais precisos para empresas e as cidades”, conta. Por enquanto, o Mapdwell está presente em quatro cidades americanas: Cambridge, Wellfleet, Boston e Washington. A proposta é expandir essa zona de atuação globalmente e também ampliar o espectro do app com informações para sistemas de coleta de água da chuva, energia eólica e telhados verdes nos centros urbanos. Nas cidades norte-americanas e europeias, o aplicativo pode vingar, pois os preços das placas baixam
por conta do ganho de escala, e os investimentos se pagam rapidamente. Nos EUA, por exemplo, a participação solar na matriz energética cresceu 400% desde 2010, tornando quase 60% mais baratas as instalações e fazendo os custos serem pagos em até dois anos. Já no Brasil, onde a energia solar responde por 0,01% do total gerado nas cidades, segundo a Agência Nacional de Energia Elétrica, faltam iniciativas mais amplas. Por aqui, pode-se pagar entre 15 e 25 mil reais, e o sistema demora, em média, uma década para ser compensado na conta de luz, aponta o Instituto para o Desenvolvimento de Energias Alternativas para a América Latina (IDEAL). Ainda assim, Berlin acredita que o Mapdwell pode democratizar a busca por sustentabilidade nas metrópoles brasileiras. “O desafio é interessar as pessoas e deixá-las excitadas com todas essas pequenas coisas que podemos fazer para melhorar a vida na cidade. Se eu fizer, você fizer e nosso vizinho fizer também, isso gera um enorme impacto. A informação pode empoderar as pessoas e causar mudanças”, disse. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
JULIO LAMAS é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável
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EMPREENDEDORISMO
#óculos #startups #feira
DIVULGAÇÃO
COMO FUNCIONA ESTA TECNOLOGIA? Quando uma pessoa com baixa capacidade de visão coloca os óculos, uma câmera instalada no aparelho registra o que está na frente deles. Essa imagem é exibida nas telas de LED, localizadas dentro dos óculos. Isso ajuda a preencher todos os pontos cegos e faz coisas que estão longe parecerem mais claras e nítidas para o usuário, pois trabalha a visão periférica. Além disso, há um controlador conectado ao fone de ouvido, que permite que o usuário personalize a imagem que está vendo, por meio de ajuste de cores e contrates, além de ampliar a imagem do que está à frente dele. Os melhores resultados até agora foram com pessoas que ainda tinham um pouco mais de capacidade de visão no olho esquerdo.
NOVO OLHAR
Conheça os óculos capazes de fazer deficientes visuais voltarem a enxergar O engenheiro elétrico Conrad Lewis acompanhou de perto sua irmã sofrer durante anos com uma doença degenerativa que a deixou parcialmente cega – a doença de Stargardt causa perda significativa da visão central, mas mantém pouco da visão periférica. Em 2007, Lewis prometeu que faria a irmã voltar a enxergar e assim fundou a eSight Eyewear. Foram seis anos de pesquisa e muitos testes até que o engenheiro e sua equipe conseguissem desenvolver um produto inovador: óculos capazes de fazer pessoas com baixa capacidade de visão voltarem a enxergar normalmente. O produto já está à venda e traz esperança a milhares de pessoas nessas condições.
HÁ MUITOS INTERESSADOS EM COMPRAR O PRODUTO, MAS O VOLUME DE VENDAS É BAIXO. POR QUÊ? Atualmente, os óculos são vendidos em toda a América do Norte e custam US$ 15.000 (equivalente a quase 45 mil reais) cada. O custo é alto por causa da tecnologia utilizada na produção. No entanto, acreditamos que os benefícios ocasionados pelo aparelho são muito maiores do que o valor cobrado por ele. COMO VOCÊS PRETENDEM MUDAR ESSA SITUAÇÃO? Entendemos que o valor seja uma barreira para muitas pessoas, por isso nos empenhamos ao máximo para que os óculos sejam acessíveis. Há equipes nos EUA e Canadá focadas em arrecadar fundos para que possamos entregar o eSight a quem precisa.
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DIVULGAÇÃO
BRASIL É O PAÍS ONDE MAIS SE EMPREENDE Você sabia que três em cada dez brasileiros adultos entre 18 e 64 anos têm uma empresa ou estão envolvidos com a criação de um negócio próprio? Segundo a pesquisa Global Entrepreneurship Monitor (GEM), feita no Brasil pelo Sebrae e pelo Instituto Brasileiro de Qualidade e Produtividade (IBQP), em dez anos, a taxa total de empreendedorismo no Brasil aumentou de 23%, em 2004, para 34,5% no ano passado. Na comparação mundial, o Brasil destaca-se com a maior taxa de empreendedorismo, quase 8 pontos porcentuais à frente da China, o segundo colocado, com taxa de 26,7%. O número de empreendedores entre a população adulta no país é também superior ao dos Estados Unidos (20%), Reino Unido (17%), Japão (10,5%) e França (8,1%).
ESTUDANTES ENSINAM SOBRE FINANÇAS A JOVENS E ADULTOS
PLÁSTICO DE MANDIOCA
Muito tem se discutido sobre os danos que o plástico causa ao meio ambiente – ele demora de 500 a 1.000 anos para ser decomposto. Pois a empresa indonésia Tinta Marta criou uma alternativa: o plástico biodegradável Ecoplas, que usa como base a mandioca e, embora seja um pouco mais caro do que o comum, pode ser consumido pela natureza em apenas dez dias. O material demorou dez anos para ser desenvolvido e já está sendo utilizado em sacolas de empresas como a Zara e a GAP na Ásia e nos Estados Unidos. De acordo com os criadores; o benefício não é só para a natureza, os agricultores também ganham, pois agora têm mais um cliente a quem vender a produção de mandioca.
Em geral, o brasileiro não costuma fazer um planejamento adequado de suas finanças, endivida-se muito e paga preços – e juros – abusivos. Pensando nisso, os estudantes de Economia Thomas Mainzer e Luiz Felipe Curado e a estudante de Engenharia Dafne Coelho criaram o Projeto Bem Gasto, com objetivo de ensinar jovens e adultos sobre dinheiro e como administrar suas despesas. Desde 2012, o projeto ganhou voluntários e até a mentoria do consultor financeiro Gustavo Cerbasi. Com a ajuda de professores do Insper, eles criaram apostilas com aulas expositivas. Hoje o formato de aula é ensinado em diversas escolas e instituições do Brasil. Quer saber mais? facebook. com/projetobemgasto.
EMPREENDEDORISMO NA COMUNIDADE
O Facebook inaugurou, recentemente, seu primeiro laboratório de inovações na comunidade de Heliópolis, em São Paulo. Em parceria com o Sebrae e o IAB Brasil, o objetivo da rede social é oferecer cursos de empreendedorismo e marketing digital para os moradores da região – de acordo com uma pesquisa, atualmente quase 90% da população de Heliópolis usam a plataforma. Embora a comunidade seja muito ativa, com mais de 5.000 comerciantes locais, 86% deles ainda não têm uma página e ainda não descobriram como podem aumentar seus negócios por meio do Facebook. No entanto, o laboratório é vitalício para a comunidade e terá utilização livre quando não houver aulas de capacitação no espaço, que conta com 15 computadores.
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PENSAMENTO EMPREENDEDOR
#vírus #compromisso #envolvimento
O vírus devo ser eu! OUTRO DIA, conversando com um amigo sobre as dificuldades de tocar um negócio e especialmente de gerenciar pessoas, ele me contava que todo dia alguém está com alguma doença! “Acho incrível como o povo fica doente e falta, e deixa tudo parado na boa, sem o menor problema. Comigo não acontece isso, Bob. Não consigo ficar doente, não posso ficar doente, como ficam os clientes, os jobs, as entregas?” me dizia ele, entre indignado e angustiado, terminando a frase dizendo “O vírus devo ser eu, porra!”. Rimos juntos, claro, e vi na minha frente um verdadeiro empreendedor. Aquele que trabalha porque ama o que faz, realiza tudo por paixão, não vê a hora passar e se sentiria um inútil se ficasse um dia inteiro em casa por conta de uma disenteriazinha, dorzinha de garganta ou qualquer coisa do tipo. Além do tédio que seria ficar assistindo a vídeos no YouTube sem fazer nada de bacana – no caso de nós, empreendedores, algo que tenha a ver com nosso negócio. Na hora que ele falou “o vírus devo ser eu, porra!”, disse que iria transformar
isso em um artigo, pois tem um ponto que é superimportante que nós, empreendedores, entendamos: não dá pra gente esperar que as pessoas, nossos colaboradores, sintam o mesmo que nós sentimos pela empresa. O compromisso, o envolvimento, a ligação é outra, e não tem jeito, tem que ser assim, por uma razão muito simples: se não for, ou o cara vira sócio da empresa ou monta a sua própria e vai ser nosso concorrente. Não dá pra comer, sonhar, dormir, viver uma empresa que não é sua. A pessoa não tem poder de decisão, não pode mudar o rumo das coisas, não pode interferir como quiser, então, tem que ser mais distante, mais separado e menos atavicamente ligada à empresa. Vivi isso nas ocasiões em que estive executivo e precisei repensar um tanto, pois no começo eu agia e pensava como empreendedor de uma empresa que não era minha, na qual, portanto, eu não tinha poder de decidir e de mudar. Precisei de um tempo para entender que, como executivo, eu tinha que ter uma distância
diferente, senão a frustração seria enorme. É claro que faltar por qualquer espirro é sacanagem mesmo, não tem nada a ver com isso, mas pedir que um colaborador sinta o que nós, empreendedores, sentimos é exigir algo que não acontece, é exigir o impossível. Falamos um pouco de tudo isso, e eu disse pro meu amigo: “É claro que o vírus é você! Mas não o vírus que faz as pessoas faltarem, e sim o vírus que faz a sua empresa acontecer, porra!”. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
BOB WOLLHEIM é fundador do youPIX e do Startupi, autor de Empreender não é Brincadeira e venture corp da Endeavor
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SUCESSO
#mudanças #perguntascertas #planejamento
Que indagação fazer ao gato? PARA resumir este primeiro trimestre, marcado por incertezas, considerei necessária a produção de um artigo sobre o processo da mudança e a escolha de caminhos. Retomo tema recente de minha newsletter, no qual resgato a história de Alice no País das Maravilhas, de Lewis Carroll, mais especificamente o trecho em que a protagonista, ansiosa por escapar dos domínios da Duquesa, conversa com o Gato de Chesire. – O senhor poderia me dizer, por favor, qual o caminho que devo tomar para sair daqui? – indaga a menina. – Isso depende muito de para onde você quer ir – responde o gato. – Não me importo muito para onde… – retruca Alice. – Então não importa o caminho que você escolha – informa o felino. – … contanto que dê em algum lugar – completa a garota. – Oh, você pode ter certeza de que vai chegar a algum lugar se caminhar bastante – explica o gato. Enfim, esse diálogo ficcional, aparentemente maluco, serve de ilustração para a angústia daqueles que, em algum momento de desorientação, buscam o deslocamento, qualquer deslocamento. Ora, mas se a ideia é estabelecer mudanças positivas na condução de negócios e carreiras, é necessária a adoção de uma estratégia. E, sim, só adotamos uma estratégia quando somos capazes de escolher um destino. Por isso, muitas vezes, antes de nos concentrarmos na busca por novas respostas, temos de nos empenhar em modificar nossas perguntas. Afinal, como mostrou o filósofo Sócrates, muitas vezes a sabedoria se expressa não em longas respostas ou elaborados discursos, mas na precisão das indagações.
Portanto, se você quer mesmo mudar para melhor, estude o ambiente, consulte os mapas, identifique as oportunidades, defina um ponto de chegada e, por fim, formule a pergunta certa ao gato. Preste atenção: as perguntas erradas multiplicam-se em tempos de crise. Por quê? Porque sem planejamento encontramos dificuldade para determinar quais as informações realmente necessárias. Em períodos de vacas magras, muitos gestores e empreendedores raciocinam assim: “Se há insegurança e tudo está mudando rapidamente, não vale a pena gastar tempo com isso”. Quem pensa dessa forma considera que Zeca Pagodinho, em sua famosa Deixa a Vida me Levar, sugere a passividade. Ora, ouso acreditar que essa é uma interpretação equivocada da vida e da peça musical. Em meu livro Você, um Grande Estrategista, explico que existem quatro mandamentos que devem ser seguidos para se estabelecer a necessária estratégia nos negócios. 1. Estratégia se faz com PLANEJAMENTO e execução. 2. É crucial investir tempo e recursos financeiros em estratégia. 3. Deve-se criar o hábito de pensar em estratégia. Se você faz isso na vida pessoal, já é um excelente treino para conseguir fazer o mesmo em sua empresa. 4. Foco, disciplina e diferenciação são as chaves para se chegar mais rapidamente aos objetivos desejados. Voltemos, agora, ao Zeca Pagodinho. Na verdade, considerada sua bela biografia, ele sugere paciência, resiliência e capacidade de adaptação. “De mansinho”, sem desespero, ele faz seu caminho. Essa tem sido a marca de sua vida pessoal e profissional. Os desafios cotidianos muitas
vezes se assemelham ao rafting. Os praticantes deslocam-se em águas furiosas. É evidente que seguem a corrente. Entretanto, caso se rendessem à passividade, nem precisariam de remos. Concorda? Mesmo nessas situações, é sempre possível (e necessário) planejar para se ter o maior controle possível sobre os eventos futuros. No rafting, mesmo nas mais agitadas corredeiras, os remadores têm um mapa mental do trajeto e realizam manobras. Caso contrário, o resultado seria sempre uma coleção de cabeças quebradas nas rochas e uns tantos aventureiros afogados. Se há crise, desconfiança e perigo, planeje também no curto prazo. Defina uma estratégia para o mês, para a semana, para as atividades de hoje. Nesses momentos, é preciso corrigir mais vezes o rumo e as práticas definidas para se atingir o objetivo. Por vezes, é fundamental até mesmo adequar os objetivos. Se não podemos triunfar perseguindo a meta A, convém manter o barco em movimento e buscar a meta AA. Convivemos com incertezas? Sim. Então, é hora de estudar mais, de formular as perguntas certas ao gato, de planejar, de corrigir e de remar sempre que possível, na direção certa. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
CARLOS JÚLIO é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios
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CAPA
#humor #macacosimão #esculhambador
“Faço humor jornalístico. Talvez, seja o único” Com coluna fixa na Folha de S.Paulo há quase 30 anos e na rádio Band News há mais de 10, JOSÉ SIMÃO conta que não abre mão do bom humor em todos os momentos da sua vida. Mas não um humor fácil, baseado no preconceito: “Me perguntam: ‘Usando humor não está banalizando os escândalos?’. Não! Sem humor, sim, seríamos um bando de rancorosos babando”, diz. por
Thais Sant’Ana |
retrato
Chico Max
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“BUEMBA! Buemba! Macaco Simão urgente, direto do país da piada pronta. O Esculhambador Geral da República.” Quem escuta essas chamadas diariamente na rádio Band News FM (desde 2004) – ou lê, na Folha de S.Paulo (desde 1987) – pode não imaginar, mas, ao vivo e em cores, o jornalista humorístico José Simão, 71 anos, é exatamente igual aos seus personagens nesses veículos. Com muita simpatia e gargalhadas – nem parece que tem pânico de palcos –, ele recebeu a VERO em seu amplo e moderno apartamento, na região central de São Paulo. A única interrupção foi para responder seu celular, que não parava de apitar: “Aí, é meu grupo! Chama ‘Os Conspiradores’. A gente conspira sobre tudo, o tempo todo”, revelou. Seus temas favoritos? Política, futebol e sexo. “É o que o brasileiro fala, é o que acontece no mundo”, relata. Apesar da mistura de muita pop-arte com peças mais clássicas e fotos antigas distribuídas pelas paredes do apê, ele garante que não tem um acervo de todas as pérolas que recebe diariamente pela internet – sua queridinha. “Pareço um pastor com o iPad debaixo do braço, pra cima e pra baixo, o dia inteiro. A internet é maravilhosa. Sem contar o Angry Birds, que sou viciado”, conta. E acrescenta: “Recebo muita colaboração de leitor. Não é que colaboração vem pronta, mas já me localizo com o que as pessoas estão lendo. É um termômetro”. “Mas o que mais gosto mesmo são os memes”, relata ele, que não se cansa de elogiar a criatividade do povo brasileiro – sua principal fonte de inspiração. Mas alerta: “Gosto da terra das bananas, mas de banana, não! Prefiro marrom glacê, macarons e Prada!”.
continuei rindo, e o cara não entendendo nada”. Outro falou que o arroz queimou, porque ficou ouvindo, dando risada.
VOCÊ É BEM-HUMORADO NATURALMENTE OU PROFISSIONALMENTE? Trabalho há 30 anos nisso. É claro que já me acostumei a ser bem-humorado também. Mas sou desde criança. Sou sarcástico, irônico. É uma coisa minha, da minha personalidade. Tanto que, quando entrei na Folha, meus amigos já me chamaram por isso. Claro que não fico o dia inteiro dando risada, porque a vida não é um piquenique, mas meus momentos de tristeza são muito rápidos, porque meu trabalho é um pouco isso: pego a tragédia e transformo em comédia. Sou tipo um filtro Melita.
ONDE ACHA QUE ESTÁ A FORÇA DO RÁDIO? No engarrafamento. Porque as pessoas passam muito tempo no carro, acho que um dos fatores é esse. Outro é que ele é mais fácil, porque você liga e desliga. E sempre que aparecem novas mídias, elas acabam fortalecendo as outras. Quando apareceu o DVD, acharam que ia acabar com o cinema; pelo contrário, fortaleceu. A internet fortaleceu o rádio.
O QUE É HUMOR PARA VOCÊ? Humor é interferir na realidade, essa é a base do humor. Colocar a realidade de cabeça para baixo. O humor nasce da indignação com a realidade. Eu queria ser uma voz em off no mundo, para tudo o que acontecesse, eu poder comentar. Tipo um Lombarde, só a voz. COMO É SUA ROTINA? Gosto de acordar cedo, ficar no WhatsApp, e não fecho a matraca nem no cinema. O que me move é a curiosidade: quero acordar logo para saber o que está acontecendo no mundo. Acordo praticamente em pé. Não acordo, pulo. Já acordo na vertical. Aí vou para o computador, ver as últimas notícias. Vejo sites, charges, leio e-mails – porque tem muita colaboração de leitor. Não é
que colaboração vem pronta, mas já me localizo com o que as pessoas estão lendo. É um termômetro. Aí faço meu roteiro para o rádio – entro por telefone. Mas, antes disso tudo, claro, tomo banho, não faço de moletom, de pijama. Me preparo. É como se fosse entrar em cena. E o programa é ao vivo. Claro, tem o Boechat, é um bate-bola e tem um roteiro, mas tem muito caco também. Quando desligo o telefone, já toca o interfone: meu personal trainner. Porque preciso malhar, né? Depois, já tenho que escrever a coluna para a Folha, aí eu sento no computador e começo. Escrevo em voz alta, para dar ritmo. Sempre escrevi em voz alta, por isso acho que agora eu tenho uma voz alta interna. O leitor hoje tem um controle remoto na cabeça, se você não pega pelo ritmo, a pessoa muda de página. Acho que o ritmo é tão importante quanto o conteúdo, tanto na rádio quanto na Folha e no blog do Uol. QUAL A DIFERENÇA DA RÁDIO E DO JORNAL? Rádio é engraçado. A Folha dá prestígio, você fica famoso, e com a rádio você fica muito popular. As pessoas param o carro, gritam: “Esculhambador”, “te amo”. Provoca essa coisa emocional nas pessoas. E eu sou muito emocional mesmo. As pessoas percebem isso. Tem gente que fala que ia entrar no túnel, mas o programa começou e resolveu parar o carro e ficar ouvindo. Outro dia uma mulher falou assim: “Eu bati o carro, porque estava ouvindo, dando risada, parei o carro e
EM GERAL O SENTIMENTO É POSITIVO? Geralmente é. Meu humor é cruel, claro. Mas não existe humor a favor. Duas coisas que nunca deram certo: humor a favor e biografia autorizada. Meu humor é cruel, mas não é baixo-astral, agressivo. É demolidor, supercrítico, mas eu esculhambo, o que é diferente: esculhambar é criticar com humor, e não com rancor, tanto que um dos meus slogans é “Viva o humor e abaixo ao rancor”. Me perguntam assim: “Você, usando humor, não está banalizando os escândalos?”. Não! Sem humor, sim, seríamos um bando de rancorosos babando, um pânico, um horror.
E O JORNAL? ESTÁ SENDO FORTALECIDO PELAS OUTRAS MÍDIAS, TAMBÉM, OU VAI ACABAR? Vai demorar, mas vai acabar. A internet é a nova imprensa. O jornal tem um delay: eu escrevo em um dia para sair no dia seguinte; enquanto isso, todo mundo já falou, comentou, publicou coisa na internet, fez meme, tudo, e você ainda está lá. O jornal se segura muito pelas análises, pelas opiniões, pela credibilidade das fontes. Porque fonte de internet não tem credibilidade, né? Mas acho que um dia ele vai acabar. Não o conteúdo, mas o formato. Ele vai para o digital. A INTERNET MUDOU SUA VIDA? A internet mudou o mundo. Primeiro, porque as informações estão chegando mais rápido. Segundo, porque muda o ritmo do trabalho. A linguagem é outra, é mais moderna. Tem horas que me dá vontade de escrever tudo assim: pq, tb, kd, vc. Isso vai dinamizando a linguagem. E é a informação em tempo
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Em foto de 1973 – durante o póstropicalismo –, no Rio de Janeiro, Zé Simão, à direita, com o poeta Waly Salomão, ao centro, e a passista da Mangueira, Rubia, à esquerda
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O QUE SALVA O BRASILEIRO É O HUMOR. O POVO BRASILEIRO GOSTA DE ESCULHAMBAÇÃO, TANTO FAZ SE É CARNAVAL OU SE É ENCHENTE
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real. Um exemplo: Primavera Árabe. Eu seguia um cara que tuitava da praça, então, eu sabia o que estava acontecendo naquele exato minuto, antes de jornal, CNN, eu sabia. Você consegue viver sem WhatsApp? Eu pareço um pastor evangélico com a Bíblia, eu ando com o iPad embaixo do braço o dia inteiro. O QUE MAIS GOSTA NA INTERNET? Uma coisa que eu adoro, que foi criada na internet, são os memes. Eles não existiam antes da internet. E a rapidez com que fazem meme? Na Copa do Mundo, foi impressionante, acabava o jogo e já tinha oitocentos mil memes. Isso é muito interessante. As pessoas começaram a ficar interativas, dinâmicas. Na minha coluna mesmo, eu ponho opinião de amigos, porque não quero transmitir só o meu olhar, quero transmitir o olhar de todos, fazer uma gandaia coletiva. ACHA QUE O BRASIL TEM JEITO? O Brasil tem um jeito fascinante. Eu me emociono quando eu falo do Brasil. Se a Folha me mandasse ficar um ano em Nova York como repórter especial, para mim, seria um castigo. Sinto saudades quando eu vou para fora, viajar e tudo. MESMO COM OS PROBLEMAS DO PAÍS? Mas problema é superado. O que interessa é o povo brasileiro, que é
criativo, musical, bem-humorado. O que salva o brasileiro é o humor. O povo brasileiro gosta de esculhambação, tanto faz se é carnaval ou se é enchente. Essa autoironia, essa esculhambação... Claro que tem os problemas, mas o Brasil é um país muito novo, eu acho que a gente teria que passar por tudo isso mesmo. O QUE MAIS GOSTA NO POVO BRASILEIRO? Amo como o brasileiro escreve tudo errado, acho incrível. As pessoas acham que, quando coloco aquelas placas, é uma crítica à ignorância brasileira, e não é. É para mostrar como o brasileiro, em um momento precário, consegue superar e criar alguma coisa. Ele escreve tudo errado, mas todo mundo se entende! Adoro essas placas com a partícula “se”, que não serve para nada, é a coisa mais aleatória do mundo: “Vende-se frango-se”. O QUE ACHA DO CENÁRIO POLÍTICO ATUAL? No Brasil nem a esquerda é direita. O momento atual é esse. Uma coisa que uso muito em política é que não tem virgem na zona. Não tem. A política é, em qualquer lugar do mundo, em qualquer que seja o partido, corrupção e sexo, é House of Cards, é Scandal. E a direita é muito conservadora e paranoica, vê comunista embaixo da cama, na fila do Outback. Por isso que eu sou da cintura para baixo, não sou nem de esquerda nem de direita, sou a libido. Criei um partido para ironizar tudo isso, para fazer uma sátira, o Partido da Genitália Nacional. “Chega de hipocrisia, sexo de noite, sexo de dia” é o slogan. Agora, o Facebook é uma carnificina, as pessoas se matam. As pessoas não discutem mais, elas se xingam: “coxinha”, “petralha”. É um inferno. ISSO, DE ALGUMA FORMA, PODE TRAZER MAIS CONSCIÊNCIA POLÍTICA? Sim. As pessoas estão tentando participar. Acho que o Brasil teria que passar por isso. Acho que estamos amadurecendo. Pense bem, o Brasil como era antes... Até 20 anos atrás, era de Fernando Henrique e Lula. Era uma fazenda. Hoje os dois únicos líderes políticos do Brasil estão velhos e cansados. Claro que o Brasil virou um hospício também. As pessoas enlouqueceram.
Elas estão muito inflamadas, tanto politicamente quanto no comportamento. E dá muita gente maluca também [nas manifestações]. Cada cartaz que é absurdo. O HUMORISMO, EM GERAL, TEM PASSADO POR CENSURA? Acho que não. Esse tipo de humorista, que alega que é censurado e patrulhado, é porque quer fazer humor fácil, que é o humor antigo, baseado no preconceito: é negro, gay, mulher. A sociedade evoluiu, e o humor tem que evoluir. As minorias se organizaram no mundo, elas não aceitam mais que o humorista chegue e fale “o preto no escuro”, “aí, a bicha chegou e falou”. Eu faço humor politicamente incorreto há 30 anos, nunca apelei para o preconceito. Claro que, às vezes, você escorrega, mas você tem consciência. Não acho que as pessoas não possam falar isso, elas não podem pensar isso. Aí é que está. Porque o humor é o fio da navalha, só agressão não tem graça alguma, mas fazer piada certinha também não tem graça. Por isso que o humor é uma arte, não é para qualquer um. Um dia fui a um stand up, e o cara falava “o preto” e todo mundo começou a rir. É agressão pura, é humor fácil. Faço humor jornalístico, que pouquíssimas pessoas no Brasil fazem. Talvez eu seja o único. VOCÊ GOSTA DE BANANA? DE ONDE SURGIU O MACACO SIMÃO? Não! Eu gosto é de marrom glacê, de Prada, de macaron. Gosto da terra das bananas, que é o Brasil. Mas pra comer, gosto mesmo é de cachorro-quente, pizza, espaguete. Tenho um paladar muito infantil. Como muito menu kids por aí (risos). O Macaco Simão é um personagem infantil. Na minha época, tinha disquinho, livro, e no colégio me chamavam de Macaco Simão. Quando comecei a escrever na Folha, com essa zoeira toda, falei: “Estou parecendo um macaco em loja de louça, acho que vou usar o codinome de Macaco Simão, se colar, colou”. E as pessoas gostaram. Porque o macaco, na realidade, está no subconsciente infantil de todo mundo, todo mundo já teve experiência com macaco, as pessoas amam macaco, perdoam o macaco, ele tem licença poética, meio que pode tudo. Uso o Macaco Simão, uso o Esculhambador Geral da República, é um cargo, uma coisa solene.
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Alguns cantinhos da sala cheia de pop-art: fotografia do galo é de Antonio Gaudério; o Zé Pilintra "fashion"é de Pinky Wainer; algumas fotos de Fabio Morozini; calendário com a data de nascimento de Simão é de Jarbas Lopes; e o cartaz Taboo foi tirado de uma parede em uma rua de Barcelona
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ATUALMENTE, ESTOU GOSTANDO MAIS DE TELEJORNAL DO QUE DE NOVELA. OS PERSONAGENS SÃO MAIS INESPERADOS. NOVELA VOCÊ SABE O QUE VAI ACONTECER
”
VOCÊ COMEÇOU ESCREVENDO SOBRE TV E NOVELAS... AO QUE ASSISTE? Atualmente, estou gostando mais de telejornal do que de novela. Os personagens são mais inesperados. Novela você sabe o que vai acontecer; no telejornal, não, aqueles personagens fazem coisas que você não espera.
SUA ENTRADA NO JORNALISMO FOI UM POUCO INESPERADA, NÃO? Foi por um acaso, como tudo o que acontece na minha vida. Precisava de dinheiro, precisava trabalhar, gostava de escrever e tinha muitos amigos na Folha de S.Paulo. Coincidentemente, eles estavam precisando de uma pessoa como eu para escrever uma coluna sobre tudo, uma coisa mais bem-humorada. E a rádio também. Eu sempre falo não. Depois que eu penso, amadureço. Comecei a fazer reclamando, porque é diferente. Escrever, você lida com imagem, palavra, com a arte de escrever mesmo. O rádio é voz, interpretação. E COMO SURGIU O LIVRO? Foi o que a editora me sugeriu. As pessoas sugerem muito. Queriam que eu escrevesse a história do Brasil. Então, escrevi sobre personagens da história do Brasil, que é Galvão Bueno, Suplicy.
Como é que você vai escrever a história do Brasil sem o Galvão Bueno? Por mais que você goste ou odeie. É uma história do Brasil moderna, com personagens... Não adianta eu colocar Tiradentes... QUEM VOCÊ ESCOLHERIA PARA PRESIDENTE? Escolheria Ivete Sangalo, por exemplo. Quem conhece a alma e o corpo do povo brasileiro? A Ivete Sangalo. Tô brincando, não tenho a menor ideia. Mas gosto que seja mulher. Não que eu goste da Dilma, mas gosto da ideia de ser uma mulher. A mulher entende mais as pessoas, tem aquela coisa maternal, aquela sensibilidade. Gostaria que fosse uma mulher. Um gay. O próximo, eu não sei... Eu não voto. Desde que comecei a falar de política, passei a não votar, para não torcer, não interferir. Fico analisando. E o que vier eu traço! Claro que tenho minhas preferências por pessoas mais modernas. Não gosto de gente conservadora. SÃO PAULO OU SALVADOR? Prefiro São Paulo, que é a cidade onde eu nasci. Sou elétrico e preciso de eletricidade para renovar a minha energia, me manter vivo, e São Paulo é uma cidade muito elétrica: tem 800 peças – gosto muito de arte, cultura –, tem muitas tribos, pessoas diferentes. Nunca tenho tédio, porque, se eu começo a ter um pouco, saio andando e fico numa esquina da Paulista para ver as pessoas – você vê umas 800 tribos andando. Se não pudesse morar em São Paulo, gostaria de morar na Bahia. Já morei muitos anos, tenho uma casa de praia em Arembepe, que ainda tem cavalo na praia, tem roda de capoeira... Lógico que hoje está moderna, tem periguete, tem Lek Lek (risos). Vou sempre que posso. A Bahia é minha segunda terra, é inexplicável, é a luz, as pessoas. VOCÊ LARGOU O DIREITO... Eu era amigo do namorado da Wanderleia. A gente matava a aula para ir ao programa de rádio do Erasmo Carlos. Você acha que eu podia ser advogado? Fiz direito porque, na época em que eu tinha que entrar na faculdade, as opções eram muito poucas: engenharia, medicina ou direito. E como eu gostava muito de humanas, de escrever, de literatura, achava que era direito, tanto que, nos exames que fiz em todas as universidades, na redação eu tirei nota máxima.
SE NÃO FOSSE JORNALISTA HUMORÍSTICO, O QUE VOCÊ SERIA? Gostaria de ser ator, mas tenho pânico de palco. Por isso, rádio é uma coisa que eu gosto de fazer, é uma forma de atuar, sem palco. Mas rezo para não ganhar prêmio. De televisão também tenho pânico, por causa disso. Então, seria ator de cinema mudo (risos). VOCÊ NUNCA TEVE NENHUMA DÚVIDA SOBRE SEU CAMINHO? Dúvidas eu não tive. Mas não era uma coisa que eu imaginava que seria. Lembro que, quando era adolescente, uma cigana leu minha mão e falou que eu ia ganhar dinheiro escrevendo. Falei: “Impossível”. Porque antes, escrever era só escrever livro. Mas eu sempre gostei muito de ler e escrever. Meu pai tinha uma biblioteca imensa, que ocupava várias paredes no escritório. E eu lia tudo. Era asmático, então, não podia fazer nada de rua, não podia correr, então, eu lia. Era uma criança bem nerd. Asmático, de óculos, lendo, só faltava ser ruivo (risos). VOCÊ DISSE QUE UM DIA FOI RECONHECIDO NA RUA COMO “AQUELE CARA QUE FAZ PIADA NO RÁDIO”... Meu pai ficaria chateado, porque meu pai gostava de Proust. Eu não fiquei chateado, mas ele ficaria. Tanto investimento cultural, para eu fazer piada no rádio? (risos). POLÍTICA, FUTEBOL OU SEXO? Os três. Sou insaciável. Gosto muito desses três temas. São os principais, que todo brasileiro gosta. E a minha coluna, tanto no rádio, na Band News, quanto na Folha, tem sempre esses três elementos – não é que eu faça questão, mas é o que o brasileiro fala, é o que acontece no mundo. QUAL FOI A ESCULHAMBADA QUE TEVE MAIS PRAZER DE FAZER? Todas. Pra mim, esculhambar me dá prazer. Não tenho uma... Não tenho preferência por pessoas e temas. Sou muito momentâneo. Não tenho antipatias nem simpatias eternas por ninguém. O QUE GOSTARIA QUE ESTIVESSE ESCRITO NA SUA LÁPIDE? Obrigado, Brasil, pela zoeira (risos).
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DIVÃ
#relacionamentos #elos #afinidades
Como definir a amizade? A AMIZADE corresponde a um elo sentimental forte que surge entre duas pessoas, ao que parece, em função de alguns dos ingredientes que nem sempre estão presentes no processo do encantamento sentimental. A simpatia costuma acontecer mais ou menos rapidamente, um achando graça no modo de ser, de falar, de rir e de pensar do outro, e isso é parecido com o que acontece no amor. As afinidades intelectuais surgem mais ou menos rapidamente à medida que o relacionamento se aprofunda e são a principal causa dessa intimidade crescente que caracteriza esse que talvez seja o encontro sentimental mais maduro e mais distante dos elos sentimentais infantis. Pena não estar presente na maioria das relações ditas amorosas. Aqui predomina o respeito pelas diferenças, e o modo de ser de cada um determina um rápido processo de confiança recíproca; a intimidade mais delicada costuma ser compartilhada sem medo que o amigo venha a fazer um uso inadequado da confidência. Trata-se um tipo de relacionamento desprovido de “jogo”: amigos não buscam obter vantagens indevidas nesse tipo de relacionamento. As relações de amizade incluem alguma dose de ciúme e muito pouca inveja, posto que costumam acontecer entre pessoas que estão em condições socioculturais semelhantes. Quando existe algum indício de inveja, ela é vivida intimamente, evitando ao máximo magoar aquele que está feliz por alguma conquista especial. O ciúme existe, mas é discreto, de modo que melhores amigos têm outros amigos também íntimos e isso não os maltrata nem impede que a amizade e a confiança persistam. Entre os que se amam da forma usual, o ciúme costuma se manifestar de uma forma opressiva, dando mesmo o direito dos amantes
de exigir o afastamento de todas as pessoas que possam provocar essa sensação desagradável. A propósito, uma das principais características desse tipo de relação é que a existência do vínculo e do sentimento que o caracteriza não atribui aos amigos direitos de um sobre o outro. Amigos não “cobram” como cobram os que se amam. Amigos se respeitam e não exigem comportamentos que firam a liberdade e o modo de ser do outro. Amigos muitas vezes se afastam por tempo longo, e o curioso é que, quando se reencontram, parece que estiveram juntos na véspera! A intimidade se refaz imediatamente, e não existem questionamentos que indiquem que um deve satisfações ao outro do que andou fazendo e com quem esteve. Amigos respeitam os relacionamentos amorosos que surgem em paralelo e não costumam competir com aqueles que são objeto do amor. O ciúme, quando existe, é maior de outros amigos do que do parceiro amoroso. É como se houvesse um genuíno respeito hierárquico, pelo qual todos estão de acordo que as relações amorosas são mais importantes que as amizades, de modo que não há competição entre esses dois tipos de sentimentos. O fato curioso é que muitos relacionamentos amorosos incluem intimidades bem menores do que aquela que continua a existir entre amigos. É como se, apesar de tudo, as pessoas confiassem mais em seus amigos do que em seus amados; é como se um amigo tivesse menos chance de trair ou usar mal a confidência que o amado. Amigos, de fato, não se traem. Muitas dessas relações se enfraquecem com os anos por força de caminhos divergentes tomados por cada um ou em decorrência de relacionamentos afetivos em que os novos parceiros não
se dão tão bem com os velhos amigos do amado (ou com suas parceiras); quanto mais gente estiver envolvida, maior será a dificuldade no sentido de todos serem igualmente amigos. Quando algum amigo trai nossa confiança, é porque nos equivocamos e, sem nos apercebermos, confiamos em algum impostor que, bom ator, se fez passar por “amigo” quando não o era desde o início. Não espanta, pois, que uma das tarefas às quais tenho me dedicado com mais vigor seja a de contribuir para que as escolhas sentimentais sigam os passos das amizades, que, do meu ponto de vista, são o tipo de relacionamento mais bem-sucedido. Quando as pessoas se tornam mais maduras e mais independentes, conseguem ver em seus parceiros amorosos seus melhores amigos. Isso porque os amantes foram escolhidos segundo os mesmos critérios que costumamos usar para estabelecer elos de amizade: a busca de afinidades de caráter, gostos, interesses e, é claro, aquela simpatia pelo jeito de ser um do outro que é tão encantadora e tão difícil de ser definida. No amor ainda entra o ingrediente erótico, como regra ausente nas boas escolhas sentimentais. É preciso cuidado, pois o sexo não raramente prejudica as boas escolhas: nem sempre os mais atraentes têm os ingredientes essenciais para uma ótima amizade. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
FLÁVIO GIKOVATE é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN
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MODOS DE MACHO
#google #sabetudo #ignorância
O fim da idade dos porquês VOCÊ AÍ, amigo tiozão, reparou como a molecada nos faz cada vez menos perguntas? O papai leitor também já sentiu o drama e foi humilhado em público pelo garoto sabichão e arrogante. Sim, pode ser um motivo de orgulho, dependendo do corujismo do sujeito com o seu pequeno príncipe ou a com sua delicada princesa. Ah, sem essa de gagarejar o antisséptico da nostalgia, é que os meninos andam abusados mesmo. Cada vez nos indagam menos. Cada vez encurtam mais a fase dos porquês. Somos diariamente humilhados pelo sr. Google e outros sábios buscadores, como me confessa, na brisa da rua da Moeda, no Recife Antigo, o amigo Jordão, pai de Helena e Francisco. Para completar, diz ele, ainda tem a Wikipédia, que funciona como aquele titio pescador, sempre com histórias fabulosas e nem sempre confiáveis. Sem saída. Haveremos de nos acostumar a não ter mais respostas. Agora nas minhas férias, rodeado de sobrinhos, até preferi a contramão: me vinguei enchendo a todos de perguntas. Interrogações a boiar como
anzóis sobre as águas do velho Chico. Não é nada bom se sentir obsoleto, porém, no meu pollyanismo crônico, vejo um conforto no novo costume. A meninada para de encher o saco, e ficamos apenas com o dever moral de lançar alguns conselhos inúteis, que não serão cumpridos mesmo, e de outros resmungos caseiros na vã tentativa de enquadrá-los. Eles sabem de tudo. Vão nos restar apenas os gugus-dadás dos bebês. Perfeito. Porque, convenhamos, era cada pergunta maluca. Achavam que éramos um programa de busca, uns oráculos, uns Sócrates, uns Platões de bobeira prontos para tirar todas as dúvidas do universo. Melhor mesmo a arrogância tecnológica dos pequenos do que os velhos interrogatórios. Como chutávamos, meninos, nas respostas. Vocês não sabem quanto estão ganhando com as novas ferramentas da vida. Da cegonha à ida do homem à lua, haja chute. E explicar por que o Kurt Cobain se matou? Tive que passar por essa com o filho de uma ex-namorada. Haja filosofia de quinta e enrolação propriamente dita
para me safar do nó existencial do rapaz do Nirvana. Gastei toda a minha ignorância no mundo pedagógico de Jean Piaget e não teve jeito. O mesmo guri foi mais longe, durante a passagem de uma troça do carnaval de Olinda: “Tio, para que tanta alegria?”. Aí só me restou colocálo no ombro e seguir o inexplicável coro dos contentes. Ufa, viva São Google e todas as buscas automáticas. E o titio fabulador também, gracias, afinal de contas, o mundo carece de obras abertas que misturem ficção e realidade. É um ótimo exercício para os pimpolhos dessa geração tão prática e objetiva. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
XICO SÁ é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Cia. das Letras), entre outros livros
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#ética #últimodesejo #mundomelhor
DIVULGAÇÃO
REFLEXÃO
QUAL A ESTRUTURA PARA A REALIZAÇÃO DESTES PASSEIOS? A negociação é feita em consulta entre o paciente e seus familiares; apenas quando o paciente está internado no hospital é que precisamos de uma autorização do médico. Trabalhamos com 230 profissionais e uma estrutura completa dentro da ambulância, para que o paciente não sofra nenhuma complicação durante o passeio. A cama é confortável e ainda há espaço interno para duas pessoas que queiram acompanhá-lo, como amigos ou familiares. A ambulância tem vidros escuros e possibilita que o paciente veja tudo o que acontece do lado de fora sem que seja visto por quem está do outro lado das janelas.
MAKE A WISH
Pacientes com doenças terminais ganham chance de realizar seus últimos desejos Kees Veldboer é motorista de ambulância há 15 anos em Roterdã, na Holanda. Em novembro de 2006, enquanto transportava um paciente de um hospital para outro, Veldboer aproveitou o tempo de espera para parar em frente ao canal Vlaardingen e, juntos, contemplaram um belo dia de sol. O paciente ficou comovido com a experiência e comentou que gostaria de velejar novamente, pois havia feito isso por muitos anos. Kees prometeu que o ajudaria e conseguiu. Com a ajuda do diretor de uma empresa que faz tours pela cidade, o paciente foi transportado para a experiência que o deixou com lágrimas nos olhos de felicidade. Nesse dia Kees decidiu que ajudaria mais pessoas a satisfazer o último desejo em vida, e assim nasceu a The Ambulance Wish Foundation (Fundação da Ambulância dos Desejos, em tradução livre). Um ano depois, Kees comprou a primeira ambulância. Hoje conta com a ajuda de 230 médicos voluntários e também recebe doações de famílias e empresas, para que possa ajudar outros pacientes. Segundo ele, mais de 6.000 pedidos já foram atendidos nos últimos oito anos.
QUAIS OS DESEJOS MAIS COMUNS? Nós levamos as pessoas para terem um contato com o mar, alguns preferem ir dizer adeus à casa onde moravam antes de ir para o hospital, outros desejam ir a concertos ou eventos e tem até quem deseje viajar para outro país, para recordar férias antigas. VOCÊ CONSEGUIRIA DESCREVER O SENTIMENTO DOS ENVOLVIDOS APÓS UM DESEJO REALIZADO? O paciente fica muito feliz por ter a oportunidade de resgatar parte de sua história ou fazer algo novo. A família entende que aquele provavelmente será o último desejo antes da partida e se apega àquele momento como uma memória bonita. Para nós, que tornamos isso possível, é muito gratificante.
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MPD GANHA PRÊMIO DE SUSTENTABILIDADE
A MPD foi contemplada como uma das empresas que mais contribuíram com a conservação do meio ambiente em 2014. Esta é a quinta vez que a empresa de construção civil sediada em Alphaville conquista o Prêmio SustentaX. Ficou curioso para saber como uma empresa desse ramo pode ser sustentável? Simples: desde 2008, a companhia mantém um Comitê de Sustentabilidade. Nele seus próprios colaboradores têm como objetivo disseminar atitudes sustentáveis, em todas as suas atividades, começando pela sede e indo até os canteiros de obras. Entre as ações implementadas, estão gerenciamento dos resíduos ambientais; recuperação ambiental; reaproveitamento de água; viveiro de mudas, para o enriquecimento da vegetação nativa próxima aos empreendimentos; e coleta seletiva dos diferentes resíduos de obra.
IRANIANO COMPRA ESCRAVAS SEXUAIS DO ESTADO ISLÂMICO PARA DEVOLVER ÀS FAMÍLIAS
Atualmente, cerca de 3.500 mulheres e crianças estão sob domínio do Estado Islâmico. Por não seguirem o islamismo como religião, elas foram sequestradas e escravizadas, principalmente para fins sexuais. Mas um homem resolveu mudar essa situação – ou pelo menos começar esse processo. Sob anonimato, um iraniano tem frequentando os leilões promovidos pelo Estado Islâmico e comprado algumas dessas escravas sexuais. Só que, ao invés de abusar delas, ele as ajuda a voltar para casa. Não se sabe o nome do benfeitor nem quantas mulheres ele já conseguiu libertar. Mas, recentemente, caiu na rede um vídeo em que uma yazidi (membro de uma comunidade étnico-religiosa curda que pratica uma antiga religião sincrética, o iazidismo) que estava escravizada reencontra seu pai, graças a ele. Confira o vídeo: goo.gl/CuYWj9
MULHERES UNIDAS! Campanha nos EUA pede figura de mulher nas notas de dólar Você já reparou que apenas figuras masculinas aparecem nas notas de dólares americanos? Pois uma campanha virtual nos Estados Unidos quer acabar com o monopólio. O objetivo da “Women on 20s” (“mulheres nas notas de 20”) é coletar assinaturas para pedir ao presidente Barack Obama que substitua, na nota de 20 dólares, a imagem do sétimo presidente estadunidense, Andrew Jackson (1767-1845) – que ficou conhecido pela conduta militarista, além de ter desalojado povos indígenas e não concordar com a ideia de um Banco Central nos EUA –, pela de uma mulher. Como o projeto é popular, a mulher que vai ser reivindicada para ocupar essa posição será escolhida por votação: no site da campanha, é possível votar na ex-primeira-dama e embaixadora na ONU Eleanor Roosevelt (1884-1962), na ativista civil Rosa Parks (1913-2005) e na líder feminista Alice Paul (1885-1977), entre outras.
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PENSE BEM
#consumo #desejos #vontadeprópria
Se você parar para pensar... NA CORRERIA do dia a dia, o urgente não vem deixando tempo para o importante! Essa constatação, carregada de estranha obviedade, nos obriga quase a tratar como uma circunstância paralela e eventual aquela que deve ser considerada a marca humana por excelência: a capacidade de reflexão e consciência. Aliás, em alguns momentos, as pessoas usam até de uma advertência (quando querem afirmar que algo não vai bem ou está errado): se você parar para pensar... Por que parar para pensar? Será tão difícil pensar enquanto se continua fazendo outras coisas, ou, melhor ainda, seria possível fazer sem pensar e, num determinado momento, ter de parar? Ora, pensar é uma atitude contínua, e não um evento episódico! Não é preciso parar, e nem se deve fazê-lo, sob pena de romper com nossa liberdade consciente. Isso, de certa forma, retoma uma séria brincadeira feita pelo escritor francês Anatole France (Nobel de Literatura em 1921, um mestre da ironia e do ceticismo) quando dizia que “o pensamento é uma doença peculiar de certos indivíduos e que, a propagarse, em breve acabaria com a espécie”. Talvez pensar mais não levasse necessariamente ao “término da espécie”, mas, com muita probabilidade, dificultaria a presença daqueles no mundo dos negócios e da comunicação que só entendem e tratam as pessoas como consumidores vorazes e insanos.
Talvez um pensar mais nos levaria a gritar que basta de tantos imperativos! Compre! Olhe! Veja! Faça! Leia! Sinta! E a vontade própria e o desejo sem contornos? E (ainda lembras?) a liberdade de decidir, escolher, optar, aderir? Será um basta do corpo e da mente que já não mais aguentam tantas medicinas, tantas dietas compulsórias, tantas ordens da moda e admoestações da mídia; corpo e mente que carecem, cada dia mais, de horas de sono complementares, horas de lazer suplementares e horas de sossego regulamentares, quase esgotados na capacidade de persistir, combater e evitar o amortecimento dos sentidos e dos sonhos pessoais e sinceros. Essa demora em pensar mais, esse retardamento da reflexão como uma atitude continuada e deliberada, vem produzindo um fenômeno quase coletivo: mais e mais pessoas querendo desistir, largar tudo, com vontade imensa de sumir, na ânsia de mudar de vida, transformar-se, livrando-se das pequenas situações que torturam, amarguram, esvaem. Vêm à tona impulsos de romper as amarras da civilidade e partir, célere, em direção ao incerto, ao sedutor repouso oferecido pela irracionalidade e pela inconsequência. Desejo grandão de experimentar o famoso “primeiro a gente enlouquece e, depois, vê como é que fica”... Cansaço imenso de um grande sertão com diminutas veredas? Quando o inglês (nascido na Índia...)
George Orwell, no final dos anos 40 do século passado, publicou a obra 1984 – uma assustadora utopia negativa quanto ao futuro das sociedades, nas quais não haveria liberdade, individualidade e privacidade –, despontou no Ocidente um disfarçado e ansiado consenso (apoiado em uma simulada expectativa): tudo aquilo que ele colocara no livro jamais poderia acontecer, nem se relacionava com o porvir do mundo capitalista. No entanto, a macabra história sobre uma sociedade totalitária vai além de fatos abstratos e atinge hoje, em cheio, o terreno da mercadolatria; Orwell disse que, numa sociedade como a que prenunciou, “o crime de pensar não implica a morte; o crime de pensar é a própria morte”. Pouco importa, dado que ser humano é ser capaz de dizer não ao que parece não ter alternativa. Apesar dos constrangimentos e da tentativa de sequestro da nossa subjetividade, pensar não é, de fato, crime, e, por isso, claro, não se deve parar... * Filósofo e escritor. Este é um trecho do livro Não Nascemos Prontos! (Provocações Filosóficas), publicado pela editora Vozes. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
MARIO SERGIO CORTELLA é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN
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CONTRA UM MUNDO MELHOR
#crenças #filosofia #confiança
A vida sem Deus MUITOS se perguntam se é possível viver sem Deus. Ou deuses. Eu, pessoalmente, acho plenamente possível. Com isso, não quero dizer que a vida sem Deus seja um ato de inteligência superior. Tampouco penso que o ateísmo seja, necessariamente, o resultado de um esforço do intelecto. Considero o ateísmo a atitude filosófica mais elementar. Fiquei ateu com oito anos. Muitos temem que sem Deus a vida moral se perca. Essa pergunta pode ser vista como ingênua, e o é, de certa forma, porque crentes e ateus podem ser maus na mesma medida. Mas, sem dúvida, a relação entre moral e religião sempre povoou a Terra e, com certeza, continuará a povoar, porque ateus têm menos filhos do que crentes. Não porque a fé, pura e simplesmente, aumente o desejo sexual, mas porque a fé, concretizada numa vida cotidiana em que homens e mulheres tenham funções muito claras e diferentes (homens cuidam da vida exterior à casa, mulheres cuidam da vida interior), ajuda a querer fazer sexo. A multiplicidade de papéis na modernidade dilui a libido. Talvez este seja o maior pecado da modernidade: nos fazer perder a libido de tanto querermos refundar o mundo e a vida, e sermos os criadores do sentido da coisas. Afora isso, a “vida sem Deus” pode sempre ser uma vida com outros deuses, como o cartão Visa. Assim sendo, “a vida sem Deus” pode ter vários significados. O mais evidente é pensar que não existe ninguém que tenha criado o universo e, portanto, ninguém que tenha uma agenda para ele. O vazio do universo implica sempre o vazio de um sentido maior das coisas, de alguma maneira. A filosofia, algumas
vezes, concluiu que o vazio no lugar dos deuses pode ser melhor para o homem porque o liberta das expectativas de uma eternidade de danações. Entretanto, por outro lado, a maioria das pessoas vê a “vida sem Deus” como uma negação da eternidade pós-morte e, com isso, entra em desespero, porque o pó se torna o repouso definitivo. Ainda que, suspeito, essas pessoas raramente tenham se posto a pensar que a eternidade, justamente por ser eterna, pode ser muito cansativa. Outras assumem que a “vida sem Deus” implica uma vida melancólica. Ainda que assumo que não estejam completamente erradas, a “vida sem Deus” não tira completamente o sentido das coisas, principalmente, porque muitos melancólicos são religiosos. Você pode viver sem religião ou sem Deus (muitos fazem diferença entre as duas posições, mas suspeito que isso seja coisa de homem que quer dizer que não vai à missa mas crê num grande engenheiro das coisas, que, normalmente, não significa nada de concreto, nem sirva pra muita coisa) e ainda assim encontrar sentido nas coisas do dia a dia. A prova é que o ateísmo não implica em ausência de gosto pelo trabalho, pelas pessoas ou pelo futuro. O mecanismo pelo qual encontramos sentido nas coisas ainda é um mistério sem solução. Podemos também entender “a vida sem Deus” como uma vida sem prática religiosa. Mas, na maioria do casos, os deuses, incluindo Deus no pacote, não sobrevivem muito quando não preenchem o cotidiano com ritos, rituais e demandas dos mais variados tipos. “Ter que fazer coisas” para Deus ajuda a mantê-lo vivo na alma.
Ainda existe o problema apresentado pelo escritor inglês Chesterton no início do século passado. O problema de se deixar de crer em Deus é que passamos a crer em qualquer bobagem. Nós, modernos, além de inférteis, somos dados a crer em bobagens de todos os tipos. Na sociedade, na natureza, na história, na ciência, no mercado, na política e, pior, em mim mesmo. A literatura motivacional ou de autoestima é a prova definitiva de que a modernidade fracassou em algo muito profundo, que ainda não conseguimos dizer com certeza o que é. Concordo com Chesterton. Deus, por sua complexidade e ancestralidade, pode ser uma garantia elegante contra a breguice da fé na ciência ou em si mesmo. Mas, entre todos os significados, acho que o pior é se “a vida sem Deus” significar a falta de confiança na vida. A possibilidade de crer pode ser um signo de saúde, e não de doença. Um sinal de amadurecimento na medida em que nos faz assumir que o mais importante está fora de nós, e não dentro de nós. Claro, não necessariamente precisamos de Deus pra isso, mas Ele é, ainda, um clássico para aprendermos a reverenciar algo além desse nosso pequeno ego infinito. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
LUIZ FELIPE PONDÉ é filósofo e autor de vários livros, entre eles, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)
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PERFIL SOCIAL
#música #fazendoobem #hobby
Há mais ou menos sete anos, a partir do momento em que comecei a gravar sozinho. Como conhecia as necessidades das instituições “Cruz Verde” e “Casa de Dom Inácio”, passei a destinar toda a renda da venda dos CDs, arcando com os custos da gravação do CD. Mas não me importo com o custo, pois faço o que gosto e, ainda, ajudo as pessoas com o lucro.
CANTANDO PARA AJUDAR O PRÓXIMO Alguns o chamam de Xavier de Aquino, outros, de Zeca. Conheça o desembargador que, nas horas vagas, usa seu hobby para ajudar pessoas por
Gabriela Ribeiro foto Chico Max
Cinco livros de Direito publicados versus oito CDs de música, além de composições gravadas por artistas como Ivan Lins e Seu Jorge. Esses trabalhos distintos são realizados pela mesma pessoa, acredite. Com 63 anos, Xavier de Aquino – como é conhecido nos tribunais – ou Zeca de Aquino, seu nome artístico, é desembargador há 15 no Palácio da Justiça de São Paulo e será, daqui a seis meses, o decano do tribunal (membro mais antigo). Mas esse não é seu único trabalho. Ele destina toda a renda que ganha com a sua carreira paralela – a música – para instituições beneficentes: a Associação Cruz Verde, que cuida de crianças com paralisia cerebral, em São Paulo, e a Casa de Dom Inácio, que faz cirurgias espirituais em Abadiânia, Goiás. Por essas causas, ele já vendeu 6.000 CDs e arrecadou cerca de R$ 125 mil. DESEMBARGADOR CANTOR NÃO É UM PERFIL COMUM DE ENCONTRAR. COMO VOCÊ CONCILIA ESSES DOIS TRABALHOS? No início da minha carreira jurídica, o fato de ser músico era conflituoso. Larguei a música por mais de 25 anos; no entanto, ela foi generosa e não me largou. Em 2000, a magistratura estava
COMO SE SENTE POR PODER AJUDAR DESSA FORMA? O que faço é muito pouco em relação ao que precisam essas entidades beneficentes. Se um dia você estiver cabisbaixo, down, estressado, etc., basta você chegar na Vila Clementino, em São Paulo, onde fica a sede da Cruz Verde, e fazer uma breve visita para as crianças abrigadas lá. Tenho certeza absoluta de que você vai sair com um modo diferente de pensar e agradecerá a Deus por ter uma vida normal. Sinto-me grato e com o dever cumprido. QUANDO ACONTECEM OS SEUS SHOWS E ONDE AS PESSOAS PODEM ENCONTRAR OS CDS? Geralmente faço um só show por ano, que é quando lanço um CD. Neste ano, aconteceu agora, no dia 27 de abril, no Bar Brahma, em São Paulo. Já os CDs são encontrados normalmente nas melhores casas do ramo, como Livraria Cultura, Saraiva, em lojas de departamentos e também nos sites trattore.com, deezer.com, CDBaby.com, entre outros. Engraçado, o primeiro disco vendido, destinado à Casa de Dom Inácio, foi adquirido em Tóquio, Japão, em um desses sites.
muito distante do povo. Foi quando o presidente da minha associação de classe pediu para que eu voltasse a cantar, com o intuito de mostrar que juiz também era gente.
GOSTOU DA INICIATIVA? Você também pode ajudar as casas: Associação Cruz Verde - cruzverde.org.br Casa de Dom Inácio de Loyola joaodedeus.com.br
DESDE QUANDO VOCÊ DESTINA A RENDA QUE GANHA COM A MÚSICA A INSTITUIÇÕES SOCIAIS?
Conhece um trabalho social e quer vê-lo aqui? Indique para reportagem@vero.com.br
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PERSONA VERO
#inspiração #históriadevida #esportes
ERALDO OSELE por
Gabriela Ribeiro
foto
Zé Gabriel
HOMENAGEM DA VERO A PERSONAGENS INSPIRADORES Engana-se quem pensa que só é possível praticar um esporte se começar desde cedo. O engenheiro civil Eraldo Osele já tinha 45 anos, dois filhos e algumas complicações de saúde causadas pelo estresse quando veio a recomendação médica: atividade física na cabeça – ou melhor, nas pernas! “Eu até corria aos fins de semana, mas o doutor disse que não era suficiente”, conta ele, hoje com 56 anos. Foi então que decidiu levar o esporte mais a sério. Passou a treinar corrida três vezes por semana, e logo, uma vez por ano, estava correndo maratonas em Paris, na França, e Chicago, nos Estados Unidos. Mas não foi só na diminuição do estresse que o novo vício ajudou. Segundo Eraldo, o esporte uniu ainda mais a família e deu forças para enfrentar um dos maiores desafios da sua vida, que viria a seguir: “Quando pensei que estava em plena forma, fui diagnosticado com câncer de próstata, em 2011. Foi um baque pra mim!”, conta, emocionado. Foram apenas dois meses de recuperação após a cirurgia e lá estava ele, em Londres, correndo mais 42 quilômetros. “O sentimento de chegar à linha final é indescritível”, diz, orgulhoso. Sua última prova, o Cruce de Los Andes, aconteceu em fevereiro deste ano, na Patagônia, e a próxima já está marcada para 2016, em Boston. Morador de Alphaville há dez anos, Eraldo é engenheiro civil e tem uma construtora em Guarulhos. Casado há 29 anos e com dois filhos (um de 28 e uma de 25), já correu sete maratonas ao redor do mundo e carrega sempre a família embaixo das asas.
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• NOTÍCIAS REGIONAIS, ROTEIROS E ENTRETENIMENTO •
ENTREVISTA Nova lei autoriza construção de estacionamentos em terrenos públicos pág. 2B
COQUETEL Confira tudo que acontece por aqui pág. 8B
COMIDA BRASILEIRA
Roteiro com 23 lugares para degustar o melhor da culinária típica do país – de norte a sul pág. 16B
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entrevista
estacionamentos
NOVA LEI MUNICIPAL PERMITE ESTACIONAMENTO EM ESPAÇOS PÚBLICOS Pelo texto, onde existe hoje o calçadão da Rio Negro, poderia ser construído um estacionamento subterrâneo, desde que a parte de cima não fosse alterada por Gabriela Ribeiro foto Rogerio Alonso
Secretário de Transporte e Mobilidade Urbana de Barueri, João Amancio da Conceição 2B | LOCAL VERO | MAIO | 2015
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FUNCIONA assim: a
Prefeitura de Barueri vai “disponibilizar” um terreno público – em locais específicos e previamente definidos – para empresários interessados em construir, implantar e operar estacionamentos lineares ou subterrâneos. O tempo de concessão será de até 25 anos. Nesse período, o empresário deve conseguir recuperar seu investimento e lucrar – afinal, o terreno é oferecido gratuitamente pela Prefeitura, mas o aporte para construir o estacionamento é todo da iniciativa privada. Assim é a Lei 2.393, aprovada no último 8 de abril na cidade. A partir dela, onde existe hoje o calçadão da Rio Negro, poderia ser construído um estacionamento subterrâneo, desde que não alterasse em nada a parte de cima. Para explicar um pouco mais sobre a lei, o secretário de Transporte e Mobilidade Urbana, João Amancio da Conceição, recebeu a VERO em seu gabinete. Confira a entrevista! Para entendermos melhor: se apresentarem um projeto para a construção de um estacionamento onde existe uma praça, poderia ser aprovado?
Se for subterrâneo, sim! Mas a parte de cima tem que ficar do jeito que estava. Essa parte superior não pode ser alterada, principalmente onde já existe uma benfeitoria. Agora, um estacionamento no nível da rua pode ser feito em outros lugares, como naquele córrego que fica próximo à avenida Piracema (Shopping Tamboré). Ele poderia ser fechado, e a parte de cima, usada. Então, já que o espaço será cedido pela Prefeitura, a operação do estacionamento pode cobrar um preço mais barato para os usuários? Aí vai depender do custo da construção. Se a obrar custar 2 milhões de reais, a empresa terá de fazer um cálculo de quanto poderá cobrar para conseguir recuperar o dinheiro investido. Pela lógica, teria que ser mais barato do que é cobrado hoje em um estacionamento particular. Mas claro que a Prefeitura vai fiscalizar isso, até porque existe uma tabela de custo. Qual é a demanda principal para esses estacionamentos? Geralmente, esse tipo de estacionamento é típico para mensalista mesmo. Então,
a demanda é para o horário comercial, para quem vem trabalhar aqui. O morador tem o estacionamento na casa dele – às vezes, ele pode até ter interesse, caso a família tenha mais carros do que vagas. Quantos carros circulam hoje em Alphaville? Hoje são 420 mil carros que circulam na cidade de Barueri por dia, sendo 80% deles em Alphaville. Temos registrados no município 179 mil veículos (que são residentes), o restante é do público visitante. Em média, 100 mil vêm de São Paulo, 60 mil de Osasco, 40 mil de Carapicuíba e 28 mil de Santana de Parnaíba. Essa medida dos estacionamentos pode amenizar o trânsito? Sim, porque estacionamento hoje é um grande problema em Alphaville. A rua foi feita para o carro andar, e não para parar. Para isso, você tem os estacionamentos rotativos, que são áreas de Zonal Azul, que devem ser ampliadas. E o resto para em estacionamentos, porque as ruas estão ficando mais difíceis de parar. Pra você ter uma ideia, só dentro do túnel da Araguaia passam 1.399 ônibus intermunicipais
por dia. Sem contar o resto... só fretados são 1.500. É muita coisa. Então, você tem que pensar em alguma coisa, e o estacionamento é uma medida que vai amenizar um pouco. Mas se ninguém tiver interesse em construir, não vai ajudar em nada. Então, depende de quantos estacionamentos serão feitos, para podermos ter uma expectativa de quanto isso irá ajudar. Não existe ainda nenhum projeto em vista? Não, não tem nenhum. A lei foi aprovada em abril (a entrevista foi feita 15 dias após a aprovação da lei). O interessado precisa vir até a Secretaria, consultar em quais locais ele pode construir, fazer um projeto, saber qual o custo da obra, enfim, fazer todo um levantamento, para passar pela aprovação. Ao vencer o prazo da concessão de 25 anos, o que acontece? Quando acabar a concessão, será tudo da Prefeitura. Os espaços serão restituídos ao município, com todas as construções e equipamentos incorporados. O que a pessoa recebe é o lucro dela durante a operação. 2015 | MAIO | LOCAL VERO | 3B
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ATITUDE ALPHAVILLE
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Começamos!
Com diversão e conteúdo, nosso objetivo é deixar a região cada vez mais gostosa para viver
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PRINCIPAIS AÇÕES
î Piquenique na praça ï 3DOHVWUDV VREUH FLGDGHV ï 3HGDODGD ï 3U¬PLR $WLWXGH $OSKDYLOOH ï 5HSRUWDJHQV H PXLWR PDLV
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Mostre que você é parte integrante desta comunidade. Participe das ações. Seja um embaixador. DWLWXGHDOSKDYLOOH FRP EU
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COPATROCÍNIO
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APOIO CULTURAL
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novidades da região
LUCAS MALKUT
coquetel
Algumas delícias da última edição do Festival Gastronômico Iguatemi, que aconteceu em setembro: pastel de nata da Casa Mathilde, Moules et frites e uma das tortas da Easy Cooking
BOA GASTRONOMIA EM ALPHAVILLE
Grandes chefs, de restaurantes renomados, servindo pratos exclusivos a preços pra lá de convidativos aqui em Alphaville. Se você já estava com saudades, prepare-se, porque o Festival Gastronômico Iguatemi – que já faz parte do calendário de eventos do bairro – está de volta, em sua quinta edição. Dia 23 de maio, das 12h às 21h, o Iguatemi Alphaville recebe cerca de 15 barraquinhas e promete novidades: um cardápio inédito, com convidados do próprio shopping, da região e de São Paulo. Os preços vão de R$ 6 a R$ 20. E não só isso. Além das comidinhas deliciosas, o evento vai contar com bebidas, como cervejas gourmet e vinhos. Para temperar, uma boa pitada de música: mais uma vez, um palco com apresentações de jazz e blues. É ou não é uma ótima oportunidade para reencontrar e bater um papo com os amigos? Para conhecer os detalhes da programação, fique de olho no Facebook da VERO, que vai divulgar tudo nas próximas semanas. IGUATEMI ALPHAVILLE – (11) 2078-8000 – IGUATEMIALPHAVILLE.COM.BR SPAGHETTI EVENTOS – (11) 2176-2200
CORRIDA, FOCO, FORÇA E FÉ!
CALÇ. ALDEBARÃ, 23 – CENTRO DE APOIO 2 – (11) 4153-8596 – FACEBOOK. COM/BIOTIPOCHALLENGERACE
DUPLICAÇÃO DA VIA PARQUE
As obras para a duplicação da Via Parque foram iniciadas nos municípios de Barueri e Santana de Parnaíba. A previsão de conclusão das quatro faixas é de 12 meses, na parte de Barueri, e 24, em Santana. O custo da intervenção será de R$ 14.465.815.
DIVULGAÇÃO
Para deixar a corrida de rua ainda mais desafiadora, que tal acrescentar alguns obstáculos? Dia 21 de junho, acontece a Biotipo Challenge Race, uma corrida de 5 km recheada de objetivos militares como escalar paredes, carregar troncos e rastejar por baixo do arame farpado. A prova tem início às 8h, em frente à Academia Biotipo, no Centro de Apoio 2. Inscrições em minhasinscricoes. com.br - a partir de R$ 95.
SECRETARIA DE OBRAS DE BARUERI (11) 4199-1900 – BARUERI.SP.GOV.BR SECRETARIA DE OBRAS DE SANTANA DE PARNAÍBA – (11) 4622-7500 SANTANADEPARNAIBA.SP.GOV.BR
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MASSAGEM GRÁTIS Sessão de shiatsu, massagem, hidratação facial, avaliação estética e escola de artes marciais são apenas algumas das atividades oferecidas na semana do bem-estar do Centro Comercial Alphaville. O evento acontece nos dias 14 e 15 de maio, das 11h às 14h, na Praça das Orquídeas. A entrada é gratuita.
CASA LINDA
Especializada em casa e cozinha, a Kit&Home acaba de chegar ao Centro Comercial Alphaville. A loja conta com utensílios domésticos de marcas reconhecidas mundialmente, como Tovolo, dos Estados Unidos; Tubtrugs, do Reino Unido; e Mixe, da Austrália, além de produtos gourmet da Miss Croc, Pipó, entre outros. PRAÇA DAS ORQUÍDEAS, 28 KITEHOME.COM.BR
DIVULGAÇÃO
PÇA. DAS ORQUÍDEAS CENTRO COMERCIAL ALPHAVILLE (11) 4196-6560 CENTROCOMERCIAL.COM.BR
FOTOS SHUTTERSTOCK
MAIS AGILIDADE
MUITO S2 ENVOLVIDO
Os micro e pequenos empresários agora podem ter atendimento personalizado dos Correios em um espaço exclusivo aqui em Alphaville. É que foi inaugurada em abril uma unidade das Agências de Correios MPE – lançado nacionalmente em dezembro passado –, para contribuir com a competitividade dos micro e pequenos negócios por meio da simplificação da contratação dos seus serviços.
AL. ARAGUAIA, 360 ALPHAVILLE – (11) 4688-2594 CORREIOSPARCERIA.COM.BR
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Para celebrar o Dia das Mães, o grupo AlphaMães – formado por blogueiras que falam sobre maternidade – realiza a exposição “Fotografias de amor” no Iguatemi Alphaville. Com a curadoria de Olivian Moioli, a mostra, que traz 36 fotos de mães da região em momentos marcantes com seus pequenos, vai até 17 de maio. A exposição é gratuita e acontece no Piso Rio Negro. IGUATEMI ALPHAVILLE (11) 2078-8000 ALPHAMAES.COM.BR
36 fotos de mães e bebês da região estarão em exposição
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coquetel
novidades da região
PARA BRINCAR E AJUDAR!
Nos dias 9, 16 e 23 de maio, às 10h e às 11h, a academia Slice Tennis fará aulas experimentais do esporte para crianças de 4 a 12 anos. Para participar, é preciso pagar R$ 30 – toda a renda arrecadada nesses dias será revertida para a ONG Aubrigo de Cães. AL. ÁFRICA, 619 TAMBORÉ – SANTANA DE PARNAÍBA (11) 4152-3159 ACADEMIASLICETENNIS. COM.BR
MELHOR LUGAR PARA TRABALHAR
Em junho, a VERO e a Folha de Alphaville publicam um suplemento especial com a primeira edição do “Great Place to Work – As melhores empresas para trabalhar em Barueri e região”. A publicação apresenta as 15 empresas classificadas, suas políticas internas e seus ambientes de trabalho, juntamente com um panorama do mercado de trabalho local. As inscrições para a lista de 2016 já estão abertas. A participação é gratuita. INFORMAÇÕES EM GREATPLACETOWORK.COM.BR.
CHEIROS DA TERRA
Em parceria com a loja virtual Bemglô, que tem curadoria de Glória Pires, a Avatim lançou uma linha exclusiva de cosméticos e aromatizantes que tem o mesmo nome do e-commerce. São produtos como perfume para interiores, difusor de essências, hidratante corporal e creme para mãos – todos podem ser encontrados na loja fixa da Avatim e no site da Bemglô. SHOPPING FLAMINGO – (11) 4193-3149 AVATIM.COM.BR – BEMGLO.COM
SHUTTERSTOCK
Já imaginou contratar seu plano de saúde com um representante na sua casa ou no seu trabalho, a qualquer hora? A Vita Senior, que presta serviços de consultoria exclusiva para a OMINT, acaba de expandir sua área de atendimento para Alphaville e região. Com oito anos de atuação na capital paulista, a empresa comercializa planos de saúde e odontologia com contratação individual e empresarial para executivos, empresários e suas respectivas famílias. AL. RIO NEGRO, 1084 – CJ 38 – (11) 4688-1951 – VITASENIOR.COM.BR
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SAÚDE 100%
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empreendedorismo na região
imóveis
IMÓVEIS VERSÃO HI-TECH Sem imóveis duplicados, sem anúncios e com agrupamento por empreendimentos, nova plataforma digital promete reunir 80% dos imóveis disponíveis na região
THIAGO HENRIQUE
Marcelo Takoka lidera grupo de empresários que criou plataforma digital de venda de imóveis
QUEM busca um imóvel pela internet provavelmente já se deparou com alguma dificuldade, como encontrar um apartamento em duplicidade ou ter a tela invadida por anúncios publicitários. Por isso, o que difere o recém-lançado ImobTrade dos sites atuais de busca é justamente a forma como as informações são disponibilizadas: “Não há imóveis duplicados, e a busca é feita por empreendimento, e não por casa/apartamento”, explica Marcelo Takaoka, um dos criadores da nova plataforma. Dessa forma, é possível procurar, por exemplo, por “Residencial Alphaville 2”. Nessa busca, você consegue saber quantas e quais unidades estão disponíveis nesse local e pode acessar cada uma delas
separadamente, para obter detalhes de planta, metragem e imagens. Afinal, para os investidores, a taxa de liquidez é maior quando a pessoa não tem mais dúvidas de que já consultou todas as opções que se encaixam em seu perfil. Agora Takaoka busca o retorno do investimento com um novo formato de retenção: para cadastrar os imóveis na plataforma, não é necessário pagar nada. “Também não há publicidade nem empreendimentos em destaque, e o resultado da busca é completamente orgânico”, diz. O lucro vem depois da venda: o ImobTrade recebe 0,18% sobre o valor do imóvel vendido por intermédio da plataforma. Para um imóvel de R$ 750 mil, por exemplo, o ImobTrade recebe R$ 1.350. Inicialmente, a plataforma abrange apenas empreendimentos de Barueri e Santana do Parnaíba. Já são mais de 2.000 imóveis cadastrados, e a estimativa é que, nos próximos meses, chegue a 6.000, o que representa cerca de 80% dos imóveis disponíveis nas duas cidades. Outro ponto importante: na plataforma, o cadastramento só pode ser realizado por corretores parceiros registrados no CRECI (Conselho Regional de Corretores de Imóveis) – reforçando a parceria com imobiliárias e incorporadoras de qualidade. O projeto, que demorou cinco anos para ser concluído, conta com apoio de um grupo de investidores com vasta experiência no setor imobiliário e financeiro: Mario Rocha Neto (exsuperintendente da Gafisa e atual CEO da Rocontec), Simon Schvartzman (ex-diretor de operações internacionais da Itaútec e atual Chief of Latin America Mckinney Rogers), Roberto Sampaio (ex-diretor de crédito imobiliário do banco HSBC e CitiBank e atual diretor da Empírica Real Estate), Douglas Tevis (ex-diretor de inovação do Bradesco e CEO da Dest) e Sérgio Darcy (ex-diretor do Banco Central).
CONHEÇA MAIS: imobtrade.com
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publieditorial
Dr. Thomas Benson
PLĂ STICA COM KNOW-HOW INTERNACIONAL EM ALPHAVILLE
Dr. Thomas Benson em seu consultĂłrio
ÀS VEZESü 5 98 58^ ç N5 ü 85
Ă? ĂĽ 6 ĂŒ 9 v 6 5 5 X 8 5 8\6 diretamente ligados Ă qualidade de vida. “O 6Ă? ^ Ă? 6 86 96 6 8 5ĂŒ5 6 no sorriso de cada paciente. Elas voltam ao consultĂłrio mais felizes e com a autoestima 96Ă?5 5ÿü 585 6 \6 X 8 6 + 6 5 É 9 69ĂĽ Ă? 596 ĂĽ 5 85 9 5 8^ 9 5 melhorar a vida das pessoas por meio dos bisturis. Ă‚ 6Ă? ^ 6ĂĽ ^ 58 5 98 6 i9 6 96 Brasil com tĂtulo de especialista pelo European É65 6 Ă‹ 5 8 * ĂŁ 69 6 # 6 5 Ă‹ X 8 5äü 6 5 5Ă? 6 5 9 6 de maior credibilidade possĂvel: indicaçþes. “Eu 58 9 5 5 95 \6 *\6 Ă‹5 6ĂĽ 5 X 8 9 5 pacientes no bairro. Elas começaram a me indicar para outras, que nem sempre conseguiam se 6 5 58^ 9 5 v9 5 95 5 85 ÿü 6985ç $6 59 6 6 \6ĂĽ 95 6 96 É 5 6 95 59 5ĂĽ 5ĂŒ 5 9 5 95 5 9 5 5 5 58 9 6 5 ç N5 9\6 9 5 95 5 ^ĂŚ58 9 986ç # 8 5 5 86 5ĂŠ Ă…# 5 5 6 5 ĂŠ 5ç '5 95 Nunes, levo minha equipe para a Innove Clinic, que tem uma infraestrutura multidisciplinar necessĂĄria para as consultasâ€?, explica.
Ăšnico no Brasil com tĂtulo de especialista pelo Conselho Europeu de Cirurgia PlĂĄstica, Thomas Benson expande agenda para o bairro para fazer o que mais gosta: elevar autoestima das pessoas texto Camila do Bem foto RogĂŠrio Alonso
$6 5 6 5 O9 Ă? 5 &5 ĂŒ 6ĂĽ 95 59 5ĂĽ É 9 69 8 Ă? 6 5 69 6 95 O9 Ă? 5 *\6 Ă‹5 6 ĂŁO*Ëäü 69 85 ĂŒ^ se especializou em cirurgia geral e cirurgia plĂĄstica. Ă‹6 5 ĂĽ 85 ĂŒ^ 8 Ă? 6 6 8 9 5 5 8 98 6 96 5 6 Ă‹ 6 ç ĂŠ ç $5ĂŒ 6 5 5 5 6 69 6 v6 6ç d `9 5 ^ 5 *\6 Ă‹5 6ĂĽ É 9 69 Ă?6 86 para a Europa para ser reconhecido como 5 85 5 X 8 5 5 8^8 5 85 ĂŒ^ 6 6Ă? 96 5 \6ç Ă‹5 5 6ĂĽ 6 necessĂĄrio cumprir novamente o perĂodo de `9 5 ^ 5ç d 6ĂŒ8 6 8v8 6ĂĽ ĂŽ 5 5 5 N 9 ĂŁ 5 5 5 6 9 8 8 —h 5 X 8 5 5 # 6 5ä 6 dois anos, onde priorizou o aprendizado voltado Ă segurança e aos detalhes da cirurgia plĂĄstica. $6 5 596 8 6 85 5—\6 para desenvolver um trabalho de excelĂŞncia 59—5 ĂŁ v9 6 6ä 58 9 986ĂĽ buscando sempre o melhor resultado clĂnico e 8^8 6 5 6986 96 6 6 5 ĂĽ 5 5ĂĽ 5 69 8 —\6 5 X 5ç ^ 6ĂĽ 5 5 \6 5 5 5 6 85 `9 5ĂĽ 6 6 6 &6 85 Ă 5 85 ĂŒ 8 # 9 8 9ĂĽ *v 6ĂŚ Ăˆ ĂŒ59` ĂĽ Ă‚ 5 6 *\6 Ăˆ ç
Dr. Thomas Benson – CRM 119278 Âş ĂŠ6 86 ĂŁĂ‹ Êä 5 O9 Ă? 5 &5 ĂŒ 6 ĂŁ 59 5ä 5 O9 Ă? 5 *\6 Ă‹5 6 ĂŁO*Ëä Âş # 5 85 6986 96 corporal, mama, face e 69 8 —\6 5 X 5 Âş 8 9 986 5Ă? ĂŠ terças e quintas, das 14h Ă s 19h Âş # 5 85 8 5ĂŒ5 5 conjunto no pĂłs-atendimento: dermatologistas, esteticistas e endocrinologistas ALPHAVILLE Ă 996Ă? 9 / ç % 5 5iĂĽ Ă?! *5 5 ç / ĂŁ ä Ă Ă?Ă?ĂŚ Ă? Ă? www.innoveclinic.com.br SĂƒO PAULO Ă?ç 98f9 6 765 N6 5 9 5 ĂĽ / , 5 -6Ă?5 69 —\6 / ĂŁ ä Ă ĂŚĂ? www.thomasbenson.com.br
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R TEIRO
Jacyara Azevedo, jornalista, foi editora da VERO e dos roteiros da Veja Comer & Beber. Moradora de Alphaville desde 1982, ela divide aqui os endereços mais bacanas na região e em São Paulo.
COMIDA REGIONAL
DAS MÃES
Os endereços marcados com esse selinhos são sugestões da VERO para o almoço do dia das mães
Gostinho de Brasil Esqueça todos os pratos típicos que você já comeu por aí. Preparamos um roteiro com o melhor da gastronomia tupiniquim – separada por regiões – para você descobrir de uma vez por todas os sabores daqui RESTAURANTES NORTE AMAZÔNIA
Infiltrada entre as cantinas típicas do Bixiga, esta casinha próxima ao Teatro Sérgio Cardoso prepara receitas clássicas do Amazonas e do Pará. Nascido em Belém, o
dono, Paulo Leite, retoma suas raízes servindo pratos como o popular tacacá (R$ 21), caldo que leva camarão seco, folhas de jambu (vegetal conhecido por causar sensação anestésica na boca), goma de mandioca e tucupi, mais um sumo resultante da mandioca, que demora quase um dia inteiro para ficar pronto.
Também faz parte da seleção a maniçoba (R$ 63, para duas pessoas), uma parente da feijoada, de origem indígena, que mistura carnes de porco e bovina com pasta da folha da mandioca – aqui, o ingrediente é moído e fervido durante sete dias. Além do menu à la carte, o almoço monta bufê com sete iguarias
que traduzem a culinária do Norte: pato ao tucupi, peixada, caranguejada, maniçoba, vatapá do Pará, caruru e pirarucu de casaca, famoso peixe da região (R$ 71 por pessoa). Para a sobremesa, há os sorvetes trazidos de lá (cupuaçu e graviola entre os sabores) e o açaí cremoso original, servido com farinha de tapioca e livre de xarope de guaraná.
R. Rui Barbosa, 206, Bela Vista, São Paulo, 3142-9264. 12h/15h e 19h/23h (sáb. almoço até 16h; dom. sem intervalo 12h/16h; fecha seg.). amazoniarestaurante. wordpress.com
Preços apurados entre os dias 13 e 17 de abril de 2015.
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Linguado na brasa, do Sobaria, especializado em culinária do Mato Grosso do Sul
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NORDESTE AMIGOS DO PICUÍ
Não se atenha ao ambiente modestíssimo. Nesta churrascaria você prova a carne de sol à moda da pequena cidade de Picuí, no interior da Paraíba, apontada como a precursora do preparo tradicional – o segredo está em atingir o ponto exato: ligeiramente salgado e com uma casquinha conservando a parte de dentro macia e úmida. Ocupando praticamente todo o cardápio, a receita surge em versões como o filé-mignon de sol, na forma de bife, assado na brasa com manteiga de garrafa. Chega à mesa acompanhado de arroz, feijão-verde, purê de macaxeira, farofa, vinagrete e mais macaxeira, frita ou cozida (R$ 76,90, para duas pessoas; R$ 107,90, para quatro pessoas). Encerre a comilança pedindo um doce nordestino, de jaca ou caju.
típica, o feijão-verde é cozido na manteiga da terra com cebola, cheiro-verde, queijo coalho, jerimum e maxixe (R$ 47,10). R. Doutor Mário Ferraz, 563, Jardim Paulistano, São Paulo, 3079-3087 e 3168-8068. 12h/16h e 19h/23h (sex. jantar até 23h30; sáb. sem intervalo 12h/23h30; dom. só almoço 12h/18h; seg. só almoço 12h/15h30). colherdepau.com.br
CONSULADO DA BAHIA
Tem jeitão de bar, com mesas espalhadas pela calçada em frente à fachada colorida.
Máscaras de orixás e baianas feitas de cabaça decoram o interior do salão. O menu lista ícones da Bahia, detalhados atenciosamente pelos garçons. Especialidade da casa, a moqueca aparece em cerca de 12 interpretações diferentes – as combinações podem acontecer a pedido do freguês. Todas atendem duas pessoas e vêm acompanhadas do trio arroz, pirão de peixe e farofa de mandioca ou na versão preparada com azeite de dendê. Entre as mais requisitadas, aparecem a de dourado (R$ 105) e a de abadejo com camarão
(R$ 130). Fecha a refeição a cocada cremosa à base de leite condensado (R$ 14).
R. dos Pinheiros, 534, Pinheiros, São Paulo, 3085-3873. 12h/24h (dom. até 22h; fecha seg.). consuladodabahia.com.br
MOCOTÓ
Santo de casa pode fazer milagre, sim. Em funcionamento há mais de 40 anos na Zona Norte de São Paulo, o restaurante fundado pelo pernambucano José Oliveira de Almeida mantém a fama de ser o melhor de comida brasileira
R. Clélia, 1.017, Lapa, São Paulo, 3673-4085. 12h/21h (sex. e sáb. até 22h; dom. até 17h; fecha seg.). amigosdopicui.com.br
FOTOS DIVULGAÇÃO
COLHER DE PAU
Atração turística em Fortaleza, o restaurante de Ana Campos tem um extenso cardápio dedicado à cozinha do Ceará – há desde os frutos do mar da costa litorânea até as carnes do sertão. O clima rústico chique dá o tom da filial paulistana. Os pratos, apresentados em travessas de barro, são feitos para compartilhar (a maioria serve duas pessoas). Entre os mais procurados, a peixada cearense, postas de pescada cozidas com legumes e ovos, vem escoltada por arroz e pirão (R$ 122,40). O carneiro, cozido no próprio caldo acrescido de legumes e pimenta de cheiro, aparece junto de pirão da mesma carne e arroz (R$ 86,80). Outra receita
ACARAJÉ DA INÊS
A vizinhança com o disputado restaurante Mocotó, no mesmo bairro, ajudou. A fachada colorida remetendo ao casario do Pelourinho, em Salvador, também. Mas a baiana Maria Inês dos Santos fez fama mesmo servindo seu caprichado acarajé, responsável por tirá-la de vez de sua antiga ocupação de empregada doméstica. Feito na hora (por ela mesma) com massa de feijão-fradinho triturada à
mão, o bolinho frito no azeite de dendê chega crocante à mesa, preenchido por vatapá, camarão e vinagrete (R$ 15). Mais vantagem pedir a versão completa, pelo mesmo preço, acompanhada de caruru (um cozido à base de camarão, quiabo e pimenta). Os mais preocupados com a silhueta podem pedir a receita light, conhecida como abará, que vem com os mesmos recheios, mas tem o bolinho cozido no vapor (R$ 16). Se a fome persistir, o cardápio
inclui pratos principais (baião de dois, escondidinho de carne-seca e camarão etc.) e caipirinhas, uma delas feita de rapadura baiana. Desde o fim de 2014, uma filial passou a existir em Santana, em horário reduzido.
Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.144, Vila Medeiros, São Paulo, 2982-1243. 12h/22h (dom. até 17h; fecha seg.). R. Ezequiel Freire, 265, Santana, São Paulo, 35824286. 17h/23h (fecha dom.). acarajedaines.com.br
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na cidade. As longas filas de espera nos fins de semana que o digam. Gente de bairros distantes chega ali em busca da comida do sertão nordestino, concebida pelo premiado chef Rodrigo Oliveira, filho do criador. Mas milagre mesmo será escolher entre tantas sugestões: dobradinha (tirinhas de bucho cozidas com linguiça defumada, servidas com pão e torrada, R$ 29,90); carne-seca desfiada com cebola-roxa, puxada na manteiga-de-garrafa e acompanhada de pimenta-debico, mandioca cozida e jerimum assado – nome nordestino da abóbora (R$ 46,90); atolado de bode (cabrito guisado à moda sertaneja, dourado no forno e servido com mandioca, tomatinho, cebolinha, azeitona
e cheiro-verde, R$ 46,90). Há ainda caldo de mocotó, favada, sarapatel, feijão-de-corda, entre muitas outras especialidades. Não vá embora sem provar o cremoso sorvete de rapadura, servido com pedaços do doce e melado de cana (R$ 6,90, uma bola; R$ 13,90, duas bolas). Av. Nossa Senhora do Loreto, 1.100, Vila Medeiros, São Paulo, 2951-3056. 12h/23h (sáb. a partir das 11h30; dom. só almoço 11h30/17h; fecha seg.). mocoto.com.br
GALINHADA DO BAHIA
Fica ao lado do estádio da Portuguesa, dentro de uma vila residencial muito simples e mal pavimentada. Ainda assim, já atraiu gente como
o chef Olivier Anquier e o apresentador Luciano Faccioli. O nome entrega a mistura de influências da cozinha do ex-vaqueiro Raimundo Soares, o “Bahia”. Embora a galinhada típica tenha surgido em Minas Gerais, ele prepara a versão nordestina da receita. Bastante procurado, o bem servido rodízio da galinhada (R$ 49 por pessoa) é uma verdadeira ode à ave. Compõem a sequência galinha cozida, galinha à cabidela (ao molho pardo, do próprio sangue), pirão de galinha, todos os miúdos, arroz com pequi (fruto do cerrado), baião de dois, feijão-tropeiro, legumes como maxixe, quiabo e jerimum, carne-de-sol com mandioca e torresmo fritos e, acredite, salada. Uma versão considerada completa acrescenta carne de carneiro cozida e buchada de bode à sequência (R$ 60 por pessoa). Para a adoçar o paladar, há compotas de mamão com coco, goiaba, caju, entre outras (R$ 8 a porção).
R. Azurita, 46, Casa 8, Canindé, São Paulo, 3315-8614. 12h/16h (sáb. e dom. até 18h). galinhadadobahia.com.br
SUL
DIA DAS
FOGO DE CHÃO
MÃES
MANZUÁ
Novo nome do antigo Bargaço, em homenagem ao equipamento de pesca da lagosta utilizado no Nordeste. O endereço, na rua ícone dos Jardins, permanece o mesmo. Assim como a vocação da cozinha: comida baiana representada em autênticas moquecas (são mais de dez versões como devem ser, preparadas no caldo de leite de coco e azeite de dendê) e muitas outras especialidades. O camarão, por exemplo, surge à baiana, refogado no azeite e alho com molho à base de
tomate, pimentão e cebola, servido com arroz, pirão e farofa (R$ 130). Também no bobó com vatapá mais creme de aipim, arroz e farofa (R$ 145) ou na moranga com catupiry guarnecida de arroz (R$ 130). Essas três versões servem duas pessoas. Entre as sobremesas, vá de cocada branca ou escura, quindim, pudim de tapioca...
R. Oscar Freire, 1.189, Cerqueira César, São Paulo, 3085-5058 e 3082-2626. 12h/15h e 18h30/24h (sáb. sem intervalo 12h/24h; dom. sem intervalo 12h/23h). manzua.com.br
Pioneira no sistema de rodízio (o chamado espeto corrido), prepara há mais de três décadas o típico churrasco gaúcho: carnes temperadas só com sal grosso, assadas na brasa e servidas no próprio espeto, para você escolher a parte que mais agradar. Vários cortes se revezam na hora de ir à mesa – costela, alcatra, fraldinha, bife ancho, paleta de cordeiro, a clássica picanha. Basta indicar o ponto da carne para os garçons vestidos em trajes típicos. O ritual inclui ainda coxa e sobrecoxa de frango, linguiça e visitas ao generoso bufê de saladas e antepastos (não existem pescados ou sushis, nada que possa competir com a estrela
da casa). Considerado um dos melhores da capital, tem cinco endereços em São Paulo. Cobra R$ 116 por pessoa.
Av. dos Bandeirantes, 538, Vila Olímpia, São Paulo, 5505-0791. 12h/24h (dom. até 22h30). fogodechao.com.br
O CATARINA
Começou em um salão de 35 m², onde o pescador Renato Silvy Andrade abriu sua petiscaria de frutos do mar. Deu tão certo que, a poucos metros do bar, nasceu este pequeno restaurante decorado com coloridas toalhas de chita. Criado na praia de Canavieiras, em Florianópolis, são dele todas as receitas do cardápio típico da capital catarinense. De lá chegam as ostras (R$ 29, seis unidades; R$ 44, a porção de uma dúzia) fresquinhas, servidas às terças, sextas e sábados, e parte da equipe de cozinheiros. Das redondezas vêm a carne de siri (trazida de Laguna), o berbigão (vulgo vôngole, comprado com mulheres que sobrevivem da atividade na praia de Ribeirão da Ilha) e a cachaça (de Luís Alves). A porção de mariscos, em média com 20 unidades, sai por R$ 40. A famosa sequência de camarão traz o crustáceo à milanesa, à paulista (frito ao alho e óleo com a casca) e cozido no bafo. Finaliza o desfile o filé de pescada ao molho de camarão mais arroz, pirão, batata frita e salada. O banquete custa R$ 180, mas garante a refeição de até três pessoas. R. Caraíbas, 417, Perdizes, São Paulo, 3854-5656. 12h/15h e 18h/24h (sáb. sem intervalo; dom. sem intervalo até 22h; fecha seg.). ocatarina.com.br
SUDESTE CONSULADO MINEIRO
Mineiros saudosos, paulistanos e turistas daqui e de fora misturam-se na fila nos fins de semana, ávidos para comer
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clássicos das cozinhas de Minas Gerais. Além da espera, o cardápio (com tradução para o inglês) também é longo, mas recompensador. Todos os pratos satisfazem no mínimo duas pessoas. O leitão à pururuca vem acompanhado de tutu de feijão, farofa, couve e arroz (R$ 99). A famosa galinhada mineira tem frango com arroz escoltado por açafrão, cenoura, vagem, cheiro-verde, cebola e, mais uma vez, tutu (R$ 85). Na hora de adoçar a boca, há doce de leite, pudim, abóbora com coco, ambrosia, entre muitas outras opções (R$ 9,50 cada uma).
GRAÇA MINEIRA
Mineira da Zona da Mata, Maria das Graças sabe usar bem seu maior mérito: a simplicidade acolhedora. Serve comida trivial e bem feita daquelas bandas, em porções fartíssimas (alguns pratos satisfazem até três pessoas!). Um exemplo: lombo suíno com feijãotropeiro, torresmo, couve e arroz (R$ 82,90). Destaque para a carta de cachaças, com cerca de 40 rótulos produzidos em seu estado.
FEIJOADA DA LANA
Como o nome entrega, serve o prato-símbolo da cozinha brasileira (a combinação ganhou sua forma atual no século XIX, nos restaurantes frequentados pela elite escravocrata do Rio de Janeiro). Simples e charmosa, a antiga residência adaptada funciona apenas no almoço. A receita fica dividida em panelas de barro no bufê. Desse modo, a clientela consegue selecionar os pertences que vão para o prato: feijão-preto, linguiça,
Pç. Benedito Calixto, 74, Pinheiros, São Paulo, 3064-3882. 12h/24h (sáb. até 20h; dom. até 23h; fecha seg.). consuladomineiro.com.br
DONA LUCINHA
Na entrada do salão em estilo colonial, a dose de cachaça é cortesia. A hospitalidade da casa originária de Minas Gerais segue no extenso bufê servido no almoço (R$ 49 de terça a sexta; R$ 61 nos fins de semana), maior mérito do restaurante fundado pela octogenária Maria Lúcia Clementino Nunes. Disputam lugar no prato receitas do tempo dos ciclos do ouro e do diamante, objeto de pesquisa da cozinheira. O festival inclui canjiquinha com costela de porco, frango com quiabo e angu, feijão tropeiro e vaca atolada, um cozido de costela de boi enriquecido com mandioca, tomate, cheiro-verde e cebola. Faz parte da atração (e do preço) a mesa de doces caipiras, que exibe guloseimas como o curau de milho. Alguns produtos podem ser levados para casa. O doce de leite custa R$ 18 (300 g).
Av. Chibarás, 399, Planalto Paulista, São Paulo, 5051-2050. 12h/15h e 19h/22h30 (sáb. almoço até 16h; dom. almoço até 16h30; fecha seg.). donalucinha.com.br
Fazem parte da seleção as excelentes Anísio Santiago (antiga Havana), Boi Parido e Tabaroa, além das mais solicitadas em terras paulistas, caso da Salinas, da Boazinha, da Seleta e do Espírito de Minas.
R. Machado Bitencourt, 75, Vila Mariana, São Paulo, 5579-9686. 11h30/23h (sex. e sáb. até 23h30; dom. até 16h30; fecha seg.). gracamineira.com.br
carne-seca, lombinho com costela, orelha e rabo, arroz, laranja, couve e farofa. Também à parte, um molho apimentado valoriza a mistura. Custa R$ 42, de segunda a sexta. Aos sábados e domingos, sobe para R$ 74 – mas inclui extras como caldinho de feijão, batida de limão, dez opções de cachaça e quatro tipos de doce. Em tempo: aberto há quase duas décadas pela jornalista Lana Nowikow, o endereço agora
está sob a supervisão de sua filha, Luísa.
R. Aspicuelta, 421, Pinheiros, São Paulo, 3814-9191. 12h/15h30 (sáb. 12h30/17h30; dom. 12h30/16h30). facebook.com/feijoadadalana
MEAÍPE
Nada de dendê e leite de coco, aqui a moqueca recebe o tratamento capixaba. Mais leve, a fórmula parece simples: suculentas postas de peixe – cação-anjo ou badejo – são cozidas no caldo preenchido por legumes. Tomates e muitas ervas garantem o sabor. Uma segunda versão pode acrescentar camarões ao molho. Só com peixe, a moqueca custa R$ 26 (para uma pessoa). Com camarão, vai para R$ 44. As duas chegam em panelas de ferro, acompanhadas de generosas porções de pirão e arroz. Para acrescentar, uma cumbuca com farinha de mandioca pura fica sobre as mesas. A casa é simples. Frequentadores fiéis gostam dos lugares na calçada e, como sugere o dono, de levantar para pegar uma latinha dentro da geladeira no salão. Nascido em Cachoeiro de Itapemirim, Paulo Cesar Casagrande bate ponto nesta unidade, servindo pessoalmente os clientes. Há mais três endereços na cidade. R. Fradique Coutinho, 276, Pinheiros, São Paulo, 3088-9103. 12h/16h (sáb. e dom. até 23h). moquecapixaba.com.br
CENTRO-OESTE SOBARIA
Neste sobradinho simples e acolhedor, são preparados apenas pratos do Mato Grosso do Sul, uma raridade por estas bandas paulistas. O nome faz menção ao soba, um macarrão artesanal feito de trigo sarraceno, preparado em caldo quente com diversos acompanhamentos (herança
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dos imigrantes japoneses que chegaram a Campo Grande no início do século XX). São sete versões, todas no caldo quente com cebolinha e omelete. Mudam as carnes. Com filé-mignon, o caldo sai por R$ 29 o pequeno e R$ 35 o médio. Também abre o apetite a longa linguiça de Maracaju na brasa, servida no réchaud e guarnecida de mandioca à moda sul-mato-grossense, cozida e servida na companhia de vinagrete, farofa na manteiga e arroz (R$ 84, para duas pessoas). As mesmas guarnições seguem a costela bovina assada com linguiça (R$ 47, a porção individual), outra representante da culinária do Centro-Oeste. Para beber, o tereré é uma espécie de chimarrão (erva-mate) gelado com gotas de limão (R$ 15).
está presente em um dos licores de sabor inesperado, assim como os de murici, buriti, açaí e tamarindo (a partir de R$ 19,50 cada um). Produtos selecionados ficam disponíveis no “cantinho da degustação”, uma cortesia da casa, que também comercializa itens trazidos de Minas Gerais. Centro Comercial Alphaville, Calç. das Azaléias, 36, 4191-2860. 8h/18h30 (fecha sáb. e dom.). saboresdocerrado.com.br
e no cardápio do restaurante aberto desde 2006. Inesquecíveis, as receitas abrangem da costela de porco com tutu, couve, torresmo e arroz (R$ 65) ao arroz de pato com tucupi e jambu, escoltado por purê de inhame e bananada-terra grelhada (R$ 95; inclui o decorado prato da “Boa Lembrança”, para guardar em casa). Há ainda interessantes menus temporários. Já fizeram parte da seleção pratos dedicados ao Paraná e, ainda em cartaz, ao Espírito Santo.
R. José Maria Lisboa, 228, Jardim Paulista, 3473-6849. 12h/15h30 e 19h/23h (sáb. almoço até 16h; fecha dom.). restaurantemicaela.com.br
R. Áurea, 343, Vila Mariana, São Paulo, 5084-8014. 12h/23h (sex. e sáb. até 24h). sobaria.com.br
TORDESILHAS
SABORES DO CERRADO
Neste roteiro dedicado à comida regional, é o único estabelecimento de Alphaville a integrar a lista. Endereço para garimpar especialidades típicas de Goiás, tem uma simpática fachada de madeira pintada de azul. Para comer em uma das mesinhas, o empadão goiano recebe linguiça artesanal, peito de frango, milho verde, azeitona, pedaços de queijo minas padrão e guariroba, espécie de palmito com sabor mais amargo. Custa R$ 15 e é servido com salada. O bolo rústico “mané pelado” leva na mistura mandioca e coco ralados, queijo minas e leite de coco (R$ 11 o pedaço). Do pequi, fruto nativo do cerrado brasileiro, há a conserva em lascas à base de vinagre e sal (R$ 15,50; 260 g) e o óleo (R$ 12; 140 ml) – ambos vão bem no preparo do arroz branco combinado com frango, por exemplo. A iguaria também
filha da bisa Micaela, influência determinante em sua vida profissional. Autoral, o cardápio sugere releituras de pratos de diversas regiões brasileiras. O picadinho de carne bovina vem acompanhado de arroz cremoso com queijo canastra, mandioquinha chips e farofa caipira fria (R$ 41). A caldeirada de surubim, peixe de água doce, recebe também camarões médios, cogumelos e abóbora, todos grelhados em caldo de tucupi com aroma de iquiriba – semente encontrada na região Norte do país, de sabor intenso e agradável (R$ 70). Atenção especial para a carta de drinques da casa, aberta em novembro de 2013.
UM POUQUINHO DE TUDO BRASIL A GOSTO
Neta de avós cearense e mineira, a chef Ana Luiza Trajano cresceu sentindo o aroma das panelas. Após uma temporada de estudos na Itália, passou a pesquisar os ingredientes, as receitas e a importância cultural de cada prato da cozinha brasileira. Suas viagens pelo país resultaram em dois livros
R. Professor Azevedo Amaral, 70, Jardim Paulista, 3086-3565. 19h/24h (sex. e sáb. almoço 12h/17h; dom. só almoço até 17h; fecha seg.). brasilagosto.com.br
MICAELA
Chef revelação na concorrida cena paulistana, Fábio Vieira guarda um hábito trazido de sua infância no interior de São Paulo, na cidade de Avaré. Ele gosta de consultar o caderno de receitas da avó Adriana,
Cabe aqui um breve clichê. Cozinheira “de mão cheia”, a chef Mara Salles é uma profunda conhecedora das nossas raízes. O lugar-comum para por aqui. Seu cardápio mistura criações próprias e clássicos da nossa cozinha – há moqueca capixaba ao molho de urucum, feijoada no almoço dos sábados; barreado, típico de Morretes, no Paraná, uma carne cozida no mínimo 14 horas em panela de barro vedada sobre uma chapa, nunca diretamente no fogo – tudo feito com a intimidade necessária para transformar o trivial em um acontecimento. Quer provar uma coisinha de cada região? Aposte no menu degustação (R$ 160 por pessoa), disponível no jantar de terça a sábado. O pedido traz torresminhos harmonizados com cachaça branca e frutas da época, pastéis (carne, queijo e camarão) com pimentas, camarão ensopadinho com chuchu e farofa de azeite de buriti, entre outros pratos, além da sobremesa,
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trio de sorvetes amazônicos sobre pérolas de jambu e café com paçoquinha de amendoim.
Al. Tietê, 489, Jardim Paulista, 3107-7444. 18h/1h (sáb. almoço 12h/17h e jantar 19h/1h; dom. só almoço 12h/17h; fecha seg.). tordesilhas.com.br
COMIDINHAS A QUEIJARIA
Depois da primeira visita, você vai querer voltar sempre. Precursora das lojas paulistanas especializadas em queijos nacionais de excelente qualidade, fica em um sobrado fofíssimo, em uma das ruas mais bacanas da Vila Madalena. Inaugurada há dois anos pelo entusiasta de queijos Fernando Oliveira, vende exemplares totalmente artesanais da rica produção brasileira. Os produtos, dispostos sobre pedaços de ardósia, têm sua origem descrita com giz em papel – são de Minas Gerais, interior de São Paulo, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e até Pernambuco. Há peças como o Canastra Real (R$ 130, o quilo), que lembra o emmental, e o Serra do Salitre, salgado (R$ 58, a peça com cerca de 700 g e dois meses de cura; R$ 88, a peça extra curada). O Serrano do Rio Grande do Sul (R$ 98, o quilo) é suave, amarelado por fora e macio por dentro. A seleção pode mudar a cada ida, conforme muda a oferta dos pequenos produtores. As prateleiras também enfileiram geleias, linguiças e outras iguarias caseiras garimpadas Brasil afora. De tempos em tempos, organiza uma feira ao ar livre com fornecedores vendendo a preço de fazenda e chefs de cozinha conhecidos. R. Aspicuelta, 35, Pinheiros, São Paulo, 3812-6449. 9h/20h (fecha dom.). aqueijaria.com.br
IL BARISTA CAFÉS ESPECIAIS
Peça para os garçons explicarem os diferentes
métodos de elaboração destes premiados cafés gourmet. Feitos com grãos 100% do tipo arábica e denominação de origem controlada (D.O.C.), os rótulos, todos de marca própria, são de autoria da proprietária da rede, Gelma Franco, considerada referência entre especialistas na bebida. Cultivados em São Paulo e Minas (são mais de dez variedades), podem ser comprados já moídos para fazer em casa. Basta escolher a moagem adequada, para
características). Mantém endereços nos shoppings Morumbi e Vila Olímpia.
R. Doutor Mário Ferraz, 414, Casa do Saber, Jardim Paulistano, São Paulo, 3297-7131. 8h/23h (sáb. 10h/16h; fecha dom.). ilbarista.com.br
TAPIOCARIA MARKET
Dedica-se a gostosuras feitas com a goma extraída da mandioca, muito comum no Nordeste e agora em São Paulo – livre do polêmico
e pizza ou montada como sanduíche. Recém-atualizado, o cardápio tem invenções como a tapi burguer, dois discos preenchidos por 200 g de hambúrguer de picanha e queijo (R$ 23,90; o cliente opta entre cheddar e mozarela de búfala). A tartar de salmão pode receber guacamole ou cream cheese, e a de mozarela de búfala leva tomate ao molho pesto (R$ 19,90 cada uma). Todas vêm acompanhadas de mix de folhas. Se aguentar a sobremesa, escolha a tapioca de café com doce de leite e chocolate amargo (R$ 13,90). Para ter a consciência mais leve, a versão de frutas com iogurte e granola sai pelo mesmo preço. Shopping Cidade Jardim, Av. Magalhães de Castro, 12.000, 5º piso (Food Hall), São Paulo, 3198-9419. 12h/22h (dom. até 21h). tapiocariamarket.com.br
VÓ SINHÁ CAFÉ
preparar no coador, na cafeteira italiana e até na turca. Algumas sugestões: tango, do Norte do Paraná (R$ 17,50, o pacote com 250 g), samba, orgânico (R$ 22,50, o pacote com 250 g), e bossa, do cerrado (R$ 17,50, o pacote com 250 g). Se preferir degustar no local, o cremoso cappuccino custa R$ 9,20. No site da marca, uma interessante ferramenta indica os blends que mais combinam com as preferências do cliente (aroma e acidez, entre outras
glúten, o ingrediente tem conquistado cada vez mais espaço em dietas, despensas e restaurantes. Prepara mais de 25 sugestões com recheios salgados, doces e opções vegetarianas em massa fininha e crocante (a farinha passa pela peneira antes de chegar à chapa de ferro). Há o manjado formato da tapioca em crepe, como não poderia deixar de ser. Mas a goma também surge de maneiras inusitadas: na forma de temaki, wrap
Produzido em Belo Horizonte, Minas Gerais, o pão de queijo viaja cerca de 588 quilômetros até chegar a este pequeno café, vizinho da famosa Galeria Ouro Fino. Vendido por R$ 4 a unidade, faz dobradinha com o expresso (R$ 4,20). O salgado pode ganhar recheio de carne-seca com catupiry (R$ 7 a unidade). Do mesmo estado, local de origem dos proprietários, é trazido o biscoito de queijo em formato de canudo (R$ 5 a unidade). O doce de leite vem de Viçosa, a mais de 650 quilômetros de distância. Para levar, custa R$ 12,90 o pote com 400 gramas – por R$ 18,90 adquire-se a lata com 800 gramas do doce mineiro. Ele preenche o bolo de bem-casado, à base de pão de ló, servido na loja em fatias (R$ 60 o quilo). Assada no forno, a pamonha custa R$ 5,50 o pedaço (R$ 16,90 a bandejinha com quatro pedaços). R. Augusta, 2.724, Cerqueira César, São Paulo, 3081-2389. 8h/20h (sáb. 8h30/17h30; fecha dom.).
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Cliques do mês 1
2 Comemoração dos 20 anos da CNL, em Alphaville 1. Renato Ishikawa 2. Daniel Luxo 3. Walter Melillo Junior
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Inauguração do Consultório de Neurologia e Psiquiatria, em Alphaville 4. Saulo Nader 5. Maria Fernanda Caliani 6. Pedro Senne e Renata Boaventura Lançamento do bairro planejado Nova Jaguari, comercializado pela Apoena Imóveis, em Santana de Parnaíba 7. Alexandre Cardoso 8. Durval Paulo 9. Erivelto Rodrigues
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FOTOS THIAGO HENRIQUE
FOTO ATELIÊ AMARELO
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eventos da região
Palestra com Mario Sergio Cortella na Escola Castanheiras 1. Cortella 2. Daniel Castanho 3. Debora Vaz 4. Gabriel Ralston Correia Ribeiro
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Lançamento da Campanha do Agasalho de Barueri, no Teatro Municipal 5. Silvia Arantes 6. Sebastião Carlos do Nascimento 7. Auta Veridiana de Oliveira Dutra
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Lançamento da Imobtrade, plataforma de transação imobiliária, da Takaoka Desenvolvimento 8. Roberto Sampaio 9. Simon Schvartzman 10. Wilson Honda
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Palestra com Luiz Fernando Furlan, no OrgâniCo Working 1. Oscar Schmidt 2. Luiz Fernando Furlan 3. Paula Mc Darby 4. Ednaldo Souza Jr. Dia especial no Studio Terra, em Alphaville 5. Laura Barreto e Fabricio Minhanelli 6. Andreia Pacheco 7. Camila Leme e Maria Susana de Souza
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FOTOS THIAGO HENRIQUE
Comemoração do aniversário de Barueri, na Câmara Municipal 8. Dr. Gilberto Otavio Tolaini 9. Gil Arantes 8. Dr. Jaques Artur Munhoz
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orgânico
agenda de maio
LUIZ FELIPE PONDÉ E ROSELY SAYÃO EM ALPHAVILLE Neste mês de maio, o projeto NaSala traz para o OrgâniCo palestras com grandes nomes da filosofia e da educação O BRASIL EM MEIO ÀS FORMAS MODERNAS DE POLÍTICA
A CRIANÇA NA NOVA FAMÍLIA
A psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão apresenta a terceira de quatro palestras sobre educação infantil. Ela aborda o papel das crianças nas novas estruturas de família. Colunista da Folha de S.Paulo e da Band News FM, Rosely tem mais de 30 anos de experiência.
Colunista da VERO e da Folha de S. Paulo, o filósofo Luiz Felipe Pondé comanda um bate-papo sobre as novas formas de política e a situação do país frente a elas. Professor da PUC-SP e da FAAP, Pondé também é convidado da Universidade de Marburg, da Universidade de Sevilla e do Kings College.
09/05, às 11h – R$ 160*
19/05, às 20h – R$ 160*
* Desconto de 25% para clientes DNA OrgâniCo e NaSala – pagamento antecipado.
AGENDE-SE PARA OUTRAS PALESTRAS NO ORGÂNICO
Especialista em consultoria de imagem pessoal/corporativa e pesquisadora de comportamento humano, Telma Trigo ministra palestra sobre como usar a imagem pessoal ao nosso favor. Ela promete usar a consultoria associada a conhecimentos psiquiátricos e neurocientíficos para dar respostas as principais dúvidas do assunto. Telma também é médica pela USP e criadora do Café Emocional.
06/05, às 20h – Grátis
AS INSCRIÇÕES PARA TODOS OS EVENTOS DEVEM SER FEITAS EM ORGANICOWORKING.COM.BR/#EVENTOS
MEDITAÇÃO TRANSCENDENTAL
Renoe Valério e Elisa de Lima apresentam palestra introdutória ao curso de uma das técnicas de meditação mais praticadas e eficazes da atualidade: a meditação transcendental. Certificados para o ensino da técnica pela Maharishi European Research University, Renoe e Elisa são diretores da Sociedade Internacional de Meditação.
11/05, às 20h – Grátis
ORGÂNICO CREATIVE WORKING
MEDITAÇÃO E DEEKSHA
A terapeuta Agni Rita, que trabalha com desenvolvimento humano há dez anos, ministra aula de meditação e deeksha. Ela realiza um trabalho de conexão interior por meio da meditação, da música e da ferramenta energética deeksha, que se propõe a promover uma transformação automática na vida das pessoas. Agni é trainer pela Oneness University.
25/05, às 20h – R$ 15
Alpha Square Mall – Av. Sagitário, 138, loja 72 – (11) 2424-1010 www.organicoworking.com.br
FOTOS DIVULGAÇÃO
MAIO
IMAGEM PESSOAL: O QUE HÁ POR DETRÁS DELA?
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ESPECIAL
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dicas de presentes para todos os estilos
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vitrine
DELICADO Kit Amor Perfeito com hidratante, deo-colônia e sabonete em barra (R$ 75,60) Avatim – Shopping Flamingo – (11) 4193-3149 avatim.com.br
Com muito amor
REUNIMOS 40 SUGESTÕES DE PRESENTES PARA AGRADAR TODAS AS MAMÃES. AFINAL, ELAS MERECEM
DIFERENTE Banco Arepita com estrutura em aço e pés e assentos em madeira (R$ 970) COD Alphaville Shopping Flamingo – loja 35T (11) 2424 9979 – codbr.com
SALTO ALTO Sapato de verniz preto Luiza Barcelos (R$ 439) Lu Maranhão Al. Madeira, 44 – loja 03 – (11) 4193-2974 Shopping Flamingo – loja 38 – (11) 4191-0369 Instagram: @lumaranhaoSP
CHEIRO BOM Difusor de aromas com notas de pinho, lavanda, magnólia, eucalipto, alecrim e cedro (R$ 87) Anna Pegova Calç. das Bétulas, 49 Centro Comercial Alphaville (11) 4195-1414 annapegova.com.br
FINO Anel de ouro branco e pedras turquesas (R$ 5.600) Laura Marchi Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins – (11) 4209-1880 lauramarchi.com.br
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ARTES, CORES E SABORES Viagem de 19 dias para a Itália, com um roteiro de 15 cidades (a partir de R$ 24.308, incluso aéreo + terrestre em apto. duplo, válido para as saídas em 9 de jun. e 22 de set.) Queensberry Al. Araguaia 750 e 751 – 2º andar (11) 3217-7650 queensberryalphaville. com.br
ÚTIL Panela (R$ 295) e frigideira (R$195) azul-Tiffany, Linha Retrô da Neoflam Di Sappo - Alphashopping – (11) 4191-4314 Shopping Flamingo – (11) 4191-6930 disappo.com.br
VINTAGE Molduras autobrilho, com várias opções de modelos e cores (preço sob consulta) Moldura Minuto Iguatemi Alphaville Piso Rio Negro – (11) 4209-1890 molduraminuto.com.br
DESCOLADA Conjunto de cinco pulseiras grafite e prata (R$ 89) Originale Shopping Flamingo (11) 4191-3238 | Shopping Tamboré – (11) 4191-7543 La Ville Mall - (11) 4153-6220 originaleacessorios.com.br
BUSINESS WOMAN Blazer Navy (R$ 329,90) GAP – Iguatemi Alphaville Piso Xingu – (11) 3038-2501 – gap.com
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PARA O CORPO Kit Bemglô com gel de banho (R$ 18,90), hidratante (R$ 31,50), deo-colônia (R$ 73,50) e emulsão para as mãos (R$ 19,90) Avatim Shopping Flamingo (11) 4193-3149 avatim.com.br
SOLTINHO Vestido verde de veludo devorê (R$ 535) Gregory Al. Rio Negro, 1.030 (11) 4191-5568 | Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins (11) 4191-5399 Shopping Tamboré (11) 4191-9029 gregory.com.br
CONFORTÁVEL Bota caramelo (R$ 459) Lu Maranhão Al. Madeira, 44 – loja 03 (11) 4193-2974 Shopping Flamingo – loja 38 (11) 4191-0369 Instagram: @lumaranhaoSP
HIPPIE CHIC Carteira em couro feita à mão (R$ 279) Fuchic Shopping Flamingo – (11) 4192-1408 Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins – (11) 4191-0605 Av. dos Patos, 95 – Aldeia da Serra – (11) 4192-2986 – fuchic.com.br
CLÁSSICO Espelho oval com moldura prata (R$ 495) Moldura Minuto Iguatemi Alphaville Piso Rio Negro (11) 4209-1890 molduraminuto.com.br
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TCHAN NO VISUAL Colar Várias Voltas na cor grafite com cristais (R$ 49)
CHIQUE Vestido da marca Argentum (preço sob consulta)
Originale Shopping Flamingo (11) 4191-3238 Shopping Tamboré (11) 4191-7543 La Ville Mall (11) 4153-6220 originaleacessorios.com.br
ANIMAL PRINT Bolsa python (R$ 4.960) Dyva's Alphashopping – loja 16 (11) 4193-2067
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CASUAL Camisa xadrez rosa e branca (R$ 169,90) GAP Iguatemi Alphaville Piso Xingu (11) 3038-2501 gap.com
PRA DECORAR Miniatura de chaise longue (R$ 91), que tem o tamanho um pouco maior que o de uma caneta COD Alphaville Shopping Flamingo loja 35T (11) 2424 9979 codbr.com
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VERSÁTIL Bota preta com brilho (R$ 380) Dyva's Alphashopping – loja 16 (11) 4193-2067
PRETO NO BRANCO Camisa de seda estampada da Cori (preço sob consulta) Glamour Alphashopping – Piso Madeira (11) 4195-2849
PRÁTICO Cafeteira italiana estampada com pintura esmaltada (R$ 69) Di Sappo Alphashopping (11) 4191-4314 Shopping Flamingo (11) 4191-6930 disappo.com.br
BRILHA MUITO Braceletes de ouro amarelo e baguetes (R$ 11.000), de ouro branco com brilhantes baguetes (R$15.500) e de ouro rosé com diamantes baguetes (R$9.400) Laura Marchi Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins – (11) 4209-1880 lauramarchi.com.br
BÁSICA Calça jeans dark wash (R$ 219,90) GAP Iguatemi Alphaville Piso Xingu (11) 3038-2501 gap.com
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PARA A CASA Kit Hora do Sossego, da Bemglô, com perfume para interiores (R$ 38,80), sabonete líquido (R$ 26,30), difusor de essências (R$ 88,20) e velas (R$ 44,10 a caixa com 2 unidades) Avatim Shopping Flamingo (11) 4193-3149 avatim.com.br
DIAS FRIOS Bota preta de cano alto Luiza Barcelos (R$ 819) Lu Maranhão Al. Madeira, 44 – loja 03 (11) 4193-2974 Shopping Flamingo – loja 38 (11) 4191-0369 Instagram: @lumaranhaoSP
CULT Quadro com montagem com friso dourado, que realça a gravura e o passe-partout branco (R$ 870) Moldura Minuto – Iguatemi Alphaville Piso Rio Negro (11) 4209-1890 molduraminuto.com.br
QUENTINHO Colete de pele (R$ 1.158) Gregory Al. Rio Negro, 1.030 (11) 4191-5568 Iguatemi Alphaville Piso Tocantins (11) 4191-5399 Shopping Tamboré (11) 4191-9029 gregory.com.br
FASHION Óculos de sol Salvatore Ferragamo, da Marchon (R$ 845) Óticas Wanny R. Oscar Freire, 1.051 – Cerqueira César São Paulo – (11) 3064-5119 oticaswanny.com.br
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INVERNO COM ESTILO Jaqueta preta de couro com gola de pelo (R$ 2.600) PODEROSO Anel de rubi e brilhantes (R$11.200)
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LEVEZA Blusa de seda com manga de renda (R$ 228) Originale Shopping Flamingo (11) 4191-3238 Shopping Tamboré (11) 4191-7543 La Ville Mall (11) 4153-6220 originaleacessorios.com.br
PARA PASSEAR Anabela feita de fibras naturais (R$ 299) Fuchic Shopping Flamingo (11) 4192-1408 | Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins (11) 4191-0605 | Av. dos Patos, 95 – Aldeia da Serra (11) 4192-2986 fuchic.com.br
COLOR Calça em sarja da Cori (preço sob consulta) Glamour Alphashopping Piso Madeira (11) 4195-2849
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ESTILOSA Jaqueta estampada marrom (R$ 368) e calça chamois (R$ 595) Gregory Al. Rio Negro, 1.030 (11) 4191-5568 | Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins (11) 4191-5399 Shopping Tamboré (11) 4191-9029 gregory.com.br
PRAIANA Bolsa de palha de piaçava (R$ 139) Fuchic Shopping Flamingo (11) 4192-1408 | Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins (11) 4191-0605 | Av. dos Patos, 95 Aldeia da Serra (11) 4192-2986 – fuchic.com.br
CHARMOSAS Conjunto de quatro bowls em porcelana (R$ 79) Di Sappo Alphashopping (11) 4191-4314 Shopping Flamingo (11) 4191-6930 disappo.com.br
PRA ILUMINAR Luminária Equo Desk (R$ 1.521) COD Alphaville Shopping Flamingo – loja 35T (11) 2424 9979 – codbr.com
CRIATIVO Composição de quadros Rebecca Plotnick (R$ 688,50, cada quadro) Design da Vila Av. Valville, 550 (11) 4154-5052 designdavila.com.br
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COLUNA DOS
DESCONTOS
Certas coisas são muito importantes... Alarmes Monitoramento 24 horas Circuíto fechado de TV
11 4153-7931 contato@unihkoon.com.br UNIHKOON MONITORAMENTO www.unihkoon.com.br
Todo mês, a VERO apresenta as melhores promoções de Alphaville e região. Aproveite! E se tiver uma dica para esta seção, mande para a gente. ANNA PEGOVA Nas compras acima de R$ 480 em produtos, o cliente ganha um Crème Reminéralisante, que é reparador, antienvelhecimento e restaurador. O preço de venda é R$ 213. annapegova.com.br SHOPPING TAMBORÉ Para comemorar o Dia das Mães, o shopping lançou a promoção: a cada R$ 300 em compras o cliente pode concorrer a um kit que contempla uma Adega 8 Garaffas EX, um iPad Air 2 de 16 GB, um celular Samsung Galaxy A7 e uma Smart TV LED 3D 42" com WebOS. No total, serão sorteados 15 kits até o dia 10 de maio. shopping tambore.com.br
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COLUNA DOS
DESCONTOS
RAPOSO SHOPPING Até o dia 21 de junho, o shopping realiza uma campanha conjunta de duas grandes comemorações: Dia das Mães e dos Namorados. A cada R$ 200 em compras nas lojas participantes, o cliente tem direito a um cupom para concorrer a dez celulares Samsung Galaxy S5, um par de Scooters Honda Biz 100 ES e um Ford Ka SE 0 km. De segunda a quinta-feira, as compras valem cupons em dobro – o balcão de trocas fica no Piso São Paulo. Os sorteios dos celulares serão realizados nos dias 11 de maio e 12 de junho, sendo cinco aparelhos em cada dia. No dia 12 de junho, também será conhecido o ganhador do par de motos. E no dia 22 de junho, é a vez do carro. raposo shopping.com.br
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Participe da VERO! PERSONA
Perfil de um morador do bairro, acima de 60 anos, com uma trajetória de vida inspiradora
Indique personagens da região e pautas para as nossas seções:
PERFIL EMPREENDEDOR
Quem inova no ramo dos negócios
PERFIL SOCIAL
Alguém à frente de uma iniciativa social positiva, pode ser pequena ou grande, só precisa ser legal
ATITUDE
Exemplos de boas ações na região e nas cidades pelo mundo
Mais: quer ver alguém na capa da VERO ou quer que a gente explore algum tema? Escreva pra gente: reportagem@vero.com.br
COLUNA DOS
DESCONTOS
OUTBACK STEAKHOUSE Leva para casa a famosa faca da rede o consumidor que comprar o jantar da promoção SteaKnife, que traz a salada El Ranchito (uma combinação de alface, cenoura, repolho roxo, mix de queijos, bacon, tiras de nachos e molho Barbecue Ranch), o steak Ribeye (corte de 325g da parte mais nobre do Rib), além de um acompanhamento à escolha do cliente, por R$ 55,50. A promoção é válida de domingo a quinta-feira, a partir das 17h30, até dia 21 de maio ou enquanto durarem os estoques. outback.com.br
Tem uma promoção para indicar? Envie sua sugestão para reportagem@ vero.com.br
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escolha do leitor
ROGERIO ALONSO
Mamãe a pela 1 vez
SEM ENCOSTAR Termômetro sem contato, da Taisheng (R$ 114,20) "É quase impossível manter um termômetro debaixo do braço de uma criança. Ainda bem que hoje existem esses, sem contato"
TEM COISAS QUE A GENTE SÓ APRENDE NA PRÁTICA! A CONVITE DA VERO, A MAMÃE DE PRIMEIRA VIAGEM ANA LUISA DÁ ALGUMAS DICAS DO QUE DESCOBRIU COM SEU FILHOTE, O NICO Moradora de Alphaville, Ana Luisa Carlessi Carboni, 28 anos, sempre sonhou em ser mãe. Por isso, o primogênito, Nicholas, veio logo – um pouquinho depois do casamento. E ela revela que não deve parar por aí: "Quem sabe ele não ganha uns dois irmãozinhos, mais pra frente", diverte-se
lihtinthebox.com
NÃO É A MAMÃE Chupeta Wubbanub com bico Soothie, da Avent (R$ 109,90) "O Nico não pegava nenhuma chupeta. Até que descobri essa, que imita o bico do peito e vem com um bichinho fofo. Ele amou" nenelegal.com.br
SEM RECLAMAÇÃO Macacão de raposa com zíper, da Carters (R$ 67,90) "O macacão de botões demora para fechar. A criança fica impaciente, começa a se mexer e não dá certo. O de zíper é prático e rápido" bebeimportados.com
PAPINHA CASEIRA E DE QUALIDADE Prepador de papinha BabyCook, da Béaba (R$ 699) "Com um aparelhinho só, que você liga na tomada, dá para cozinhar, triturar e manter a papinha aquecida" semprebaby.com.br
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NANA NENÊ Naninha de Zebra, da Sonho de Luz (R$ 39,90) "Os brinquedos preto e branco chamam mais atenção do que os coloridos quando eles são recém-nascidos e ainda não identificam muito bem as cores" lojakidsvitirne. com.br
*Preços consultados em abril de 2015.
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