Revista VERO | Ago/2015

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16 O VALOR DE SER POSITIVO

ESPECIAL

AUTOS pĂĄg. 1C

“Sou o âncOra

brasileiro que mais dĂĄ opiniĂŁo, polemizaâ€? Aos 63 anos, o carismĂĄtico jornalista Ricardo Boechat vive o auge da carreira: fala sobre assuntos ĂĄrduos no rĂĄdio e na TV com a mesma facilidade com que conquista a admiração do pĂşblico pĂĄg. 22A

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EDITORIAL

De dar gosto

VERO

CIDADES, comportamento, ética e empreendedorismo. Quando escolhemos esses quatro pilares para nortear todo o conteúdo da VERO, uma coisa estava clara: queríamos trazer – de uma forma bem bacana –, para nossos leitores, um pouquinho mais sobre os assuntos que, basicamente, movem as nossas vidas. E a edição de agosto está caprichada nesses temas. Pra começar, nossa capa, o jornalista Ricardo Boechat (pág. 22A), nos falou tudo sobre sua visão do comportamento da sociedade brasileira. Carismático, franco e polêmico, ele esbanjou bom humor na entrevista exclusiva que concedeu à VERO e deu detalhes da sua vida, família, carreira e rotina. Já nas páginas 48A e 50A, respectivamente, contamos duas histórias que têm tudo a ver com ética. Leonardo Henri de Oliveira foi deixado, recém-nascido, na porta de um abrigo, que o acolheu e o educou, Hoje, 51 anos depois, ele tornou-se mantenedor da

casa e dá oportunidades a crianças e adolescentes que sofrem com a mesma situação pela qual ele já passou. Já o morador de Alphaville Geraldo Rufino conta como construiu sua empresa do zero e hoje é feliz por distribuir carinho aos seus funcionários. Na página 36A, você fica sabendo tudo sobre o Prêmio da Campanha Atitude, que incentiva ações que contribuem para deixar nosso bairro e nossa cidade cada vez melhores para se viver e trabalhar. E, por falar nisso, os sempre presentes empreendedores da região não poderiam faltar. Com um novo modelo de negócios, dez empresários que se uniram pelo amor ao hambúrguer contam tudo sobre a nova opção gastronômica da região (pág. 8B). E como estamos em agosto, claro, não podiam faltar as sugestões de presente para o homenageado do mês: o papai! THAIS SANT'ANA

Entenda os 3 cadernos: caderno A : neurônio VERo

Entrevistas exclusivas e matérias relacionadas a temas relevantes como ética, comportamento, empreendedorismo e urbanidades, além de colunistas de peso

CIDADES | ATITUDE COMPORTAMENTO | PERSONA ÉTICA EMPREENDEDORISMO

caderno B: local vero

Aqui você poderá ficar por dentro de assuntos que têm impacto direto na região e ver roteiros exclusivos com dicas do que há de melhor na programação do mês

caderno C: promo vero

Um guia de consumo, serviços, saúde e promoções

DIRETOR Marcos Lage Gozzi b marcos@vero.com.br DIRETORA EXECUTIVA Roberta Furlan b robertafurlan@vero.com.br EDITORA CHEFE Thais Sant'Ana b thais@vero.com.br REPORTAGEM Gabriela Ribeiro b reportagem@vero.com.br DESIGN Janaína Diniz (direção) e Cindia Ferragoni (designer) COLABORADOR ESPECIAL Chico Max b chicomax@vero.com.br COLUNISTAS Bob Wollheim, Flávio Gikovate, Julio Lamas, Luis Felipe Pondé, Mário Sérgio Cortella e Xico Sá COLABORADORA DE TEXTO Camila do Bem FOTOGRAFIA Chico Morais, Rogerio Alonso e Thiago Henrique FOTO DA CAPA Chico Max REVISÃO 3GB Consulting PRODUÇÃO GRÁFICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Marília Genari e Pupi Serra ATITUDE ALPHAVILLE Janine Klein (coordenadora) e Isabella Magalhães (estagiária) FINANCEIRO – SAFE BACK OFFICE Andrea Rodrigues (gerente), André Bucater (atendimento), Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) e Gleice Silva (estagiária)

EDITORA LAGE

OrgâniCo Working Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72, Alphaville, Barueri/SP (11) 4195-9666 vero.com.br CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Log & Print 20 mil exemplares

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AGOSTO 2015

SUMÁRIO

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Polêmico apresentador do Jornal da Band e da Rádio BandNews FM fala com exclusividade à VERO

Perfil empreendedor: jovens criam app que ajuda pessoas a realizar sonhos

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Bonecas ressaltam a inclusão social e a diversidade

Jornalista Gabriela Gasparin publica livro com depoimentos emocionantes sobre o que as pessoas consideram ser o sentido da vida

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12Empreendedorismo | 14Perfil Empreendedor | 16GPTW | 18Bob Wollheim 20Comportamento | 22Capa: Boechat | 30Gikovate | 32Xico Sá | 34Novos Talentos 36Prêmio Atitude Alphaville | 38Agenda Positiva | 40Julio Lamas | 42Ética 44Cortella | 46Pondé | 48Perfil Social | 50Persona

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#negócios #inovação #crescimento

FOTOS: DIVULGAÇÃO

EMPREENDEDORISMO

UMA BROWNIERIA AMBULANTE

Sem dinheiro para food-truck, casal vende doces pelas ruas da cidade de bicicleta Apostar em um negócio “da moda” é, muitas vezes, arriscado! Antes, então, é preciso inovar no modelo, para que ele não seja mais um do mesmo. Foi o que o casal Mariana Paashaus e Marcelo Moura fez. Eles já tinham uma receita de brownie famosa entre amigos e familiares. Quando veio o boom dos food-trucks, não tiveram verba para acompanhar, mas surgiu uma ideia: ir para a rua vender os doces, mas de bicicleta! A Docecleta nasceu em 2014 e hoje conta com cinco bikes espalhadas pelas ruas de Recife, em Pernambuco, sendo uma delas fixa no shopping Rio Mar. O itinerário é divulgado diariamente nas redes sociais. O negócio deu tão certo que o casal já pensa em expandir o negócio com o sistema de franquias. COMO FOI O INÍCIO? Tínhamos a ideia e o produto, faltavam só alguns detalhes. Fizemos um teste numa cidade aqui perto de Recife (Cabo de Santo Agostinho), onde Marcelo trabalhava num restaurante, e deu supercerto. Ele trabalhava fora, e eu tomava conta da casa e da filhota; nos

fins de semana, nos dedicávamos à bike. Fazíamos tudo em casa e, com um mês de rua, vimos o negócio pegar fogo. Marcelo largou o emprego, matriculamos nossa filha em uma escola integral e alugamos uma casa. Assim começamos nossa fábrica. Em dois meses, tiramos o nosso investimento inicial.

POR QUE BICICLETAS? Há mais ou menos um ano começaram a aparecer os food-trucks por aqui. Em paralelo, Recife começou a viver o boom das bicicletas, com o aparecimento das ciclofaixas, levando muita gente para pedalar nas ruas. Optamos pela bicicleta pela flexibilidade que ela nos dá, já que podemos estar em vários lugares em um dia só e também pelo custo ser bem mais acessível. Somos a primeira food-bike de Pernambuco e a quarta do Brasil. INVESTIR EM COMIDA DE RUA É UMA BOA OPÇÃO PARA NOVOS EMPREENDEDORES? Comparado com outros investimentos de street food, o investimento de food-bike é mais baixo. Mas depende do que você quer colocar nela e quanto que você quer investir. Quesitos como marca, identidade visual e assessoria de imprensa pesam. Para a gente, o retorno é muito positivo, e o negócio é rentável. O que acontece é que muitos começam por achar que é fácil, por ser moda. Mas, se não trabalhar duro, não se profissionalizar, fica no meio do caminho.

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HERMANOS COMANDAM QUANDO O ASSUNTO É EMPREENDEDORISMO

FIM DE NAMORO VIRA BOM NEGÓCIO

O céu é o limite para empreendedores de visão. Isso explica a mais nova criação australiana: o site Sorry, it’s over (“Desculpe, está acabado” – em tradução livre). O objetivo é ajudar as pessoas que não têm coragem de terminar namoros, casamentos ou qualquer outro tipo de relacionamento afetivo. Aliás, ajudar, não! Ele faz tudo sozinho, a fim de evitar que o usuário tenha que lidar com o desgaste do término pessoalmente. O “terminante” só tem de escolher o melhor método para entregar a notícia: pode ser SMS, e-mail, ligação, carta tradicional, cesta de café da manhã, flores ou até mesmo um encontro presencial com um dos mensageiros do site. Mais: há duas opções de textos já prontos, mas o usuário também pode escrever seu próprio termo de despedida. Os preços dos serviços variam de 5 a 60 dólares australianos (aproximadamente, R$ 13 a R$ 180). Por enquanto, ainda não está disponível por aqui.

Buenos Aires, na Argentina, foi eleita a cidade do empreendedorismo durante o último Congresso Global de Empreendedorismo. De acordo com o diretor-geral da agência governamental Buenos Aires Empreende, Mariano Mayer, até quinze anos atrás isso não era nem um sonho. O segredo, como dica para o Brasil, foi a criação de um Plano de Apoio a Empreendedores, que unificou diversos programas que já existiam e implantou novas políticas, a fim de colocar o empreendedor como agente de mudanças e criador de valor econômico, social e ambiental. Hoje o apoio é uma das prioridades do governo. Vale dizer também que, por lá, esse trabalho é feito em colaboração com organizações da sociedade civil, universidades, empresas e organizações internacionais.

TEM ALGUÉM VENDENDO MAIS

Se, por um lado, o setor de varejo de rua tem registrado baixas consecutivas, por outro, o pequeno e médio empreendedor desse segmento pode se animar. Isso porque as vendas online, que são uma enorme oportunidade para PMEs, vêm de uma crescente e devem aumentar ainda mais. Segundo dados do E-bit (ebit.com.br), a expectativa é que, em 2015, as vendas de bens de consumo pela internet ultrapassem os R$ 43 bilhões. Em 2012, 2013 e 2014, elas foram, respectivamente, de R$ 22,5, R$ 28,8 e R$ 35,8 bi.

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PERFIL EMPREENDEDOR

#sonhos #desejos #compras

BAITA INOVAÇÃO!

Conheça jovens empreendedores que estão criando aplicativos que facilitam a vida das pessoas

QUAL é o seu desejo? Pode ser uma coisa simples, como aprender a cozinhar, fazer uma trilha de bike, ser voluntário, doar sangue ou aprender a tocar um instrumento. Todos têm uma lista de aspirações que, por conta da correria do dia a dia, acabam ficando de lado. Inspirados por aqueles livros de “coisas que você não pode deixar de fazer antes de morrer”, os jovens empreendedores Lucas Araújo, 33 anos, Pedro Vasconcellos, 24, Raphael Felício, 27, e Roberta Vasconcellos, 27, criaram um aplicativo que promete acabar com as desculpas para não realizar os sonhos, o Tysdo (uma abreviação de “things you should do”). Funciona assim: o app coleta informações sobre os interesses futuros dos usuários, que são cruzadas com serviços/produtos de empresas parceiras. Trata-se de uma via de mão dupla, pois, ao mesmo tempo em que atende os interesses do público, possibilita que as empresas atinjam um target bem definido: “Diferentemente das redes sociais que abordam o passado ou o presente, sabemos o futuro, onde as pessoas querem estar e o que querem fazer. Temos a demanda antes da oferta. Por exemplo, no Instagram as pessoas postam que estão ou que foram para Fernando de Noronha; no Tysdo sabemos que elas querem ir a Machu Picchu. Assim, podemos fornecer uma opção de hotel, uma passagem com desconto, entre outros”, relata Roberta Vasconcellos, umas das inventoras do app. Lançado em junho de 2013, no palco da Demo Brasil, ele já conta com mais de 30 parcerias firmadas, com clientes como Halls, Ambev (Fusion) e 3 Corações, e atingiu marcas consideráveis, como 7.000 downloads em 15 dias de lançamento oficial na App Store e destaque como um dos melhores de 2014 da App Store no Brasil.

Grabit permite comprar produtos de anúncio impresso com um click no celular

FOTOS: DIVULGAÇÃO

Tysdo promete "adivinhar" desejos – e garantir a realização – para os clientes

IMAGINE poder comprar o ingresso do jogo de futebol, de um show, de um espetáculo ou até mesmo um produto a partir de um anúncio do evento ou da loja em qualquer mídia impressa, por meio da leitura de um QR Code. É o que oferece o Grabit, plataforma interativa de compra e compartilhamento mobile recémcriada pelos jovens sócios Eduardo Gonzalo, Caue Brioli – engenheiros de 23 anos – e Melina Cabral – jornalista, de 25. Basicamente, o app funciona como uma central de ingressos. A interface é muito favorável para finalizar a compra. Ela evita o gargalo entre ver um anúncio interessante e comprar e, ainda, serve como substituição da apresentação do ingresso (já que ele fica disponível ali, para ser apresentado no estabelecimento). Mais, no app, que é uma espécie de rede social, os usuários podem trocar experiências sobre os eventos e produtos e convidar amigos. O projeto ficou entre os três melhores do StartUsUp, programa do Grupo ABC que apoia construção do business plan e material de marketing e já está funcionando.

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GPTW

#melhoresempresas #ranking #cases

bons exemplos

Eleita uma das melhores empresas para trabalhar pelo GPTW, Morana apresenta seu case e convida companhias para a segunda edição do ranking de Barueri e região CINQUENTA e três países é a quantidade de lugares, ao redor do mundo, em que a pesquisa que elege as Melhores Empresas para Trabalhar é feita pelo Great Place to Work. Em 2015, ela foi realizada pela primeira vez em Barueri e região. Escolhida como a 10a colocada entre as médias empresas, a Morana contou como chegou até lá aos empresários da região, em um evento na sede da companhia, no dia 1o de julho. Roberta Hummel, do GPTW, falou sobre outros cases de sucesso. As inscrições

para a segunda edição do ranking já estão abertas. Para participar, é preciso atender um único pré-requisito: ter 30 ou mais funcionários. Companhias das cidades de Barueri, Carapicuíba, Osasco, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus podem se inscrever. A participação é gratuita e deve ser feita pelo site do GPTW (greatplacetowork.com.br) – demora menos de um minuto. Quanto antes a empresa se inscrever, mais tempo tem para participar da pesquisa, que acontece em seguida.

1 1. Valéria Miguel, da Morana 2. Roberta Hummel, do GPTW 3. Jae Ho Lee, da Morana 4. Thais Cruz e Carine Lima, da CRE-Plus, e Leticia Baumann, da Adidas

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GPTW BARUERI E REGIÃO 2a EDIÇÃO. PARTICIPE! As empresas que se inscreverem até agosto receberão um conteúdo exclusivo com cases de sucesso das Melhores Empresas para Trabalhar GPTW, com exemplos de práticas que muitas vezes requerem baixo ou nenhum investimento financeiro e que impactam positivamente a percepção dos funcionários. A inscrição deve ser feita pelo site greatplacetowork.com.br

APOIO

FOTOS THIAGO HENRIQUE

REALIZAÇÃO

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PENSAMENTO EMPREENDEDOR

#crenças #poder #empreendedorismo

Acreditar acreditando ME LEMBRO dos tempos de infância quando o português era uma coisa que íamos aprendendo – e sofrendo – aos poucos. Lamentavelmente minha curiosidade com nossa língua absolutamente não existia naqueles tempos, o que me fez pegar algumas recuperações de redação (ainda bem que a gente evolui!), e eu mais sofria do que aprendia. “Acreditar acreditando” era uma das explicações que eu daria se alguém me perguntasse naquela época o que é acreditar de verdade. “Acreditar acreditando” me parecia óbvio demais, apesar de não ser nenhuma explicação em si, vejo hoje. “Acreditar acreditando”, por outro lado, é o que o empreendedor faz quando – mesmo contra todas as evidências e no meio de mais um crise (difícil de dizer se maior

que as outras tantas pelas quais passamos, mas que parece maior, parece) – segue com determinação, garra, persistência e luta, perseguindo suas ideias, seus sonhos e seus projetos. É difícil explicar o que é “acreditar acreditando” para quem não sonha, para quem não enxerga o futuro, para quem não é capaz de construir o futuro empreendendo. “Acreditar acreditando” parece muitas vezes algo bobo, quase infantil, mas, ao contrário, é algo poderoso, que move montanhas, que faz o improvável acontecer e que permite que coisas impossíveis se realizem. E algo que precisamos muito neste momento do país! Eu acredito. Como? Acreditando! Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

BOB WOLLHEIM é fundador do youPIX e do Startupi, autor de Empreender não é Brincadeira e venture corp da Endeavor

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COMPORTAMENTO

#sentidodavida #brincadeiras #boasações

FOTOS DIVULGAÇÃO

Alguns dos entrevistados do projeto Vidaria: Eduardo Martins Machado, ex-monge budista, e Érika Ramos, em tratamento contra o câncer

CHEIA DE SENTIDOS

Jornalista publica livro com depoimentos emocionantes sobre o sentido da vida Qual o sentido da vida? Há quem passe toda a existência tentando descobrir a resposta para esse questionamento. Intrigada, a jornalista Gabriela Gasparin teve a ideia de fazer um experimento social: sair por aí fazendo essa pergunta, sem restrição. Ela deixou para trás emprego fixo, carro, apartamento e férias remuneradas, além de uma vida que não fazia muito sentido. O resultado foi surpreendente: apesar dos diferentes tipos de pessoas e classes sociais, de forma geral, as respostas são parecidas. Os depoimentos, que são publicados no blog da jornalista, viraram livro: “Vidaria, uma coletânea de sentidos da vida para refletir, divertir e emocionar”. Agora, além de ter repensado o sentido da sua própria vida e adotado comportamentos para melhor aproveitá-la, ela também se dedica à produção de livros de memórias e biografias, a fim de dar propósito a outras vidas. Confira! DEFINIR O SENTIDO DA VIDA É ALGO COMPLEXO. COMO VOCÊ ESCOLHE AS PESSOAS A QUEM QUESTIONAR? No começo eu abordava as pessoas que encontrava no meu caminho, na rua mesmo. Um cego no metrô, uma moradora de rua... aos poucos passei a agendar entrevistas com pessoas que tinham passado por situações impactantes, como

um rapaz que contraiu HIV, uma idosa milionária (que ficou viúva aos 50 anos e nunca mais casou); também fui à prisão, falei com detentas, homossexuais e até líderes religiosos. Já falei com mais de cem pessoas e ainda continuo falando! Minha intenção sempre foi abordar diversas classes sociais e tipos de pessoas, sem restrição.

AS RESPOSTAS SÃO DIFERENTES? De forma geral, as respostas são parecidas. No livro, divido os depoimentos em grupos, justamente pela semelhança. As pessoas costumam dizer que o sentido da vida é estar vivo, viver para a família, amar a Deus, querer o bem e ser honesto, por exemplo. Recebo poucos relatos espontâneos, mas um deles foi o mais impactante no blog até hoje: um rapaz, filho único, que perdeu o pai e a mãe e conta como superou a dor da perda. É o mais lido até hoje. COMO AS RESPOSTAS IMPACTAM NA SUA VIDA? Eu me comovo com quase todas as entrevistas. O projeto fez eu repensar minha vida e atitudes diante dela. Tomar consciência de que tudo pode acabar ou mudar de um dia para o outro me deixou mais livre para tomar decisões. Agora, tento eliminar situações que não me deixam confortável, como manter um emprego que já não dava brilho nos olhos, só pela estabilidade. Criei o site www.vidarialivros.com.br baseado no projeto e agora estou trabalhando com produção de livros de memórias e biografias, para dar sentido a outras vidas. Sem sair de casa, faço projetos de que gosto, leio mais poesias, faço ioga, corro todos os dias e me alimento melhor. Ainda tenho muito para mudar, mas é uma busca, e estou feliz por isso. SAIBA MAIS: vidaria.com.br

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SEM SEXO, POR OPÇÃO

REPENSE SEU ERRO, DOE SANGUE

A Santa Casa de Misericórdia de Porto Alegre criou um projeto interessante contra desrespeitos cotidianos, como gente que estaciona em vaga reservada para deficientes físicos. A instituição produziu adesivos que, por meio de frases provocativas, devem fazer a pessoa repensar seu erro, estimulando-a a doar sangue! Bela maneira, não? É possível fazer o download do adesivo no site adesivosincero.tumblr.com

Um estudo recente da Associação Japonesa de Planejamento Familiar (JFPA) revelou que 48,1% dos homens e 50,1% das mulheres japonesas não tiveram relações sexuais no último mês. O mais curioso vem a seguir: entre os homens jovens, de 25 a 29 anos, 20% afirmaram que o motivo é que o sexo, simplesmente, “não interessa”. Eles são os denominados “soshoku-kei danshi” (“herbívoros”, em tradução livre), um conceito popularizado no Japão nos últimos anos que designa “jovens que não têm uma atitude positiva para o amor e o sexo”. A má notícia é que o celibato voluntário ameaça piorar a baixa taxa de natalidade do país.

VOLUNTÁRIOS SÃO MAIS FELIZES

Um estudo realizado na Suíça revelou que pessoas que praticam o voluntariado são mais realizadas no trabalho. Os voluntários apresentam um índice de estresse muito menor que os não voluntários. Além disso, também demonstram um equilíbrio maior entre sua vida pessoal e profissional. Outros estudos mais antigos já sugeriram que o voluntariado pode ser a chave para felicidade. Um artigo de 2012 da Psychological Science mostrou que, quando as pessoas oferecem seu tempo para ajudar os outros, elas se sentem melhor.

SHUTTERSTOCK

CONTRA A ADULTIZAÇÃO DAS CRIANÇAS

Para incentivar a reflexão das pessoas sobre o valor da infância e da brincadeira, o site Garatujas Fantásticas criou a ação #NãoSeEsqueçaDeBrincar. A ideia, simples e original, é que as pessoas (pais, tios, amigos) compartilhem fotos dos pequenos se divertindo exatamente como crianças, acompanhadas da hashtag. Também valem desenhos, colagens e outras criações feitas por eles por meio da brincadeira e da diversão.

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CAPA

#jornalismo #polêmicas #opinião

“Sou muito de conversar, falar, ouvir, discutir. gosto de polemizar” Com 45 anos de experiência no jornalismo e 26 anos de televisão, já tendo passado pelos veículos mais renomados do país, RICARDO BOECHAT, 63, vive hoje um grande momento: sem abrir mão da repercussão e audiência da TV, tem no rádio espaço e tempo para criar uma relação mais próxima com as pessoas. Escolhido em 2014 como o jornalista mais admirado do Brasil pela Jornalistas&Cia e com três prêmios Esso, ele se destaca pela simpatia e carisma com o público e se esbalda com a oportunidade de ter sido pai, novamente, depois dos 50 por

Gabriela Ribeiro e Thais Sant’Ana | retrato Chico Max

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Dupla jornada na Band: Boechat comanda o noticiテ。rio matutino da rテ。dio e a bancada do telejornal noturno da TV

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“TÁ LINDO, chefe!”, “Ô, mestre, está bonitão”, “Nossa, capa de revista, hein?”. Aos 63 anos, o jornalista Ricardo Boechat causa frisson mesmo nos corredores da emissora em que trabalha há mais de dez anos. Essas foram algumas das frases que ouvimos quando ele concedeu esta entrevista exclusiva à VERO – junto com uma seção de fotos – na sede do Grupo Bandeirantes, em São Paulo. A cada investida, ele parava tudo. Cumprimentava, abraçava e agradecia. “Sou assim. De conversar, falar, ouvir, discutir”, conta. Fora dali, na vida real, age da mesma maneira. “Gosto quando as pessoas me abordam, procuro reagir a qualquer abordagem em qualquer circunstância. Se me pedem para fazer uma foto, eu faço; se me pedem para conversar, converso; se me pedem um autógrafo, dou. Quando tem criança, então, eu adoro! Parece que sou candidato a cargo eletivo, pego no colo, faço a maior festa...”, diz, aos risos. Carismático e polêmico: desde pequeno muito ligado à política brasileira (graças à influência do pai) e a temas de grande interesse público, ele nunca teve medo de se posicionar "contra ou a favor" em relação aos mais variados assuntos. As manifestações populares de 2013 e o recente caso envolvendo o pastor Silas Malafaia são alguns exemplos. “Sou hoje, no jornalismo brasileiro, o âncora que mais faz caco, que mais dá opinião”, orgulha-se. Depois de passar por O Globo, Rede Globo, O Estado de S. Paulo, entre outros, atualmente faz dupla jornada na Band: de manhã, comanda o noticiário matutino da rádio Band News FM, ao lado de Tatiana Vasconcellos e Eduardo Barão, e à noite divide a bancada do Jornal da Band com Paloma Tocci. “O rádio permite que eu me estenda mais sobre os assuntos. Meu papel ali é de comentarista, analista, intérprete dos fatos. Já a televisão me dá muita satisfação, tem grande repercussão e grande audiência”, conta. Para dar conta da rotina, claro, ele dedica boa parte do dia ao ofício: “Minha jornada começa às 6h da manhã, quando acordo. Entro no ar às 7h15. Vou até as 11h. Depois, na parte da tarde, chego às 15h e fico até as 21h. Ou seja, uma jornada que qualquer jornalista faz. Com a vantagem circunstancial de poder ter o miolo do dia... Almoço em casa, vou na escola das minhas filhas. Trabalho muito, como sempre trabalhei, mas não é desumano. Nem na carga horária, nem na sua natureza”. Ganhador de três prêmios Esso e escolhido em 2014 como o jornalista mais admirado do Brasil pela Jornalistas&Cia, ele ainda tem uma coluna semanal na revista IstoÉ, mas garante que sobra tempo para ser pai, de seis filhos. “Os quatro mais velhos já são adultos e moram no Rio de Janeiro. São meus ‘amigos’. Agora, as duas pequenas, Catarina e Valentina, que têm nove e sete anos, minhas filhas com a Veruska, pra mim, são a maior curtição. É muito diferente ser pai mais maduro. Está sendo uma viagem.”

VOCÊ É CONHECIDO POR SER MUITO CARISMÁTICO, ISSO É NATURAL? Sou muito de conversar, de falar, ouvir, discutir e polemizar. E estou há muitos anos exposto na mídia. Desde 1996 faço televisão. Eu e qualquer pacote de absorvente que apareça na televisão, naturalmente, chamamos atenção. Agora, no meu caso, tem uma reação pública que é perceptível, as pessoas o abordam, escrevem para você. A forma como eu sou abordado me dá um retorno pessoal muito gratificante. Confesso que, às vezes, acho engraçado. Às vezes, penso: "Que situação gaiata essa em que você está". Mas é muito prazeroso! COMO SE APROXIMOU DO JORNALISMO POLÍTICO?

A política sempre fez parte da minha vida. Meu pai, embora nunca tenha sido político, era militante do Partido Comunista e sindicalista. Então, na minha casa, a discussão sobre política sempre esteve muito presente. E sempre foi um tipo de assunto que me atraiu. Na época da escola, também militei pelo Partido Comunista. Hoje tenho ojeriza a política formal. Mas acho que a política faz parte da nossa vida tanto quanto o oxigênio. Tudo que nos atinge, tudo que diz respeito ao nosso dia a dia, de alguma maneira, queira você ou não, tem política por trás. No Brasil, particularmente, porque é um terreno fértil para você comentar, discutir, especular, nós temos uma atividade política muito intensa e particular. Num nível muito baixo, mas muito ativo.

TV OU RÁDIO? ONDE VOCÊ TEM MAIS LIBERDADE? Não tenho liberdade distinta entre um veículo e outro, o que seria maluco imaginar considerando que estou dentro do mesmo grupo de comunicação. O que difere é o tempo. O rádio permite, e até demanda, que eu me estenda mais sobre os assuntos. Meu papel ali é de comentarista, de analista, de intérprete dos fatos. Seria preciso achar uma frase absolutamente genial, todos os dias, para dizer, em dez segundos na TV, o que eu comento em dez minutos no rádio. E, obviamente, eu não tenho esse predicado. O rádio fala muito mais de perto com o público, embora careça de imagem, cor e recursos técnicos que a TV tem abundantemente. Mas ele mexe muito mais com a imaginação e até com os sentimentos das pessoas. Você não vê as pessoas terem um ímpeto de pegar o telefone e ligar para o programa de televisão. Já para o rádio isso é comum, pois é um veículo mais popular no sentido de que as pessoas interagem, vibram, se envolvem. ENTÃO, TRABALHAR NO RÁDIO É MAIS PRAZEROSO PARA VOCÊ... Me completa mais. Televisão me dá muita satisfação, tem uma grande repercussão e uma grande audiência, mas o rádio é um veículo em que estou convivendo há menos tempo, então, até por isso, exerce um fascínio sobre mim, de novidade ainda. É o veículo no qual me permito ser mais eu mesmo. Não que na televisão eu não seja. Mas ela mesma me põe limitações que cerceiam um pouco essa possibilidade de se soltar mais, de improvisar, de errar mais. Acho que a TV estabeleceu um padrão "poser". É só notar como o público vê as pessoas da TV no jornalismo e como os próprios profissionais se veem. Eles não se veem iguais às pessoas normais, comuns. Se veem um pouco numa instância de divindade. Não sinto a mesma aproximação das pessoas, a mesma intimidade, quando me abordam falando do rádio e falando do Jornal da Band. E olha que eu sou, no jornalismo brasileiro, hoje, o âncora que mais faz caco, que mais dá opinião, e mesmo assim estou longe de fazer como faço no rádio.

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REDES SOCIAIS: É O FIM DO MONOPÓLIO DA DIFUSÃO, UM PODER QUE FOI SEMPRE DOS JORNALISTAS. ACHO ISSO FASCINANTE!

Com 45 anos de experiência, Boechat passou por redações de O Globo, Rede Globo, O Estado de S. Paulo, entre outros

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O BRASIL NÃO SE ENCONTROU AINDA, NÃO CONSEGUIU SE REALIZAR COMO NAÇÃO. É UMA SOCIEDADE QUE ESTÁ ENVELHECENDO SEM TER ENCONTRADO UM MODELO QUE A SATISFAÇA

ACHA QUE O JORNALISMO NA TV VEM TENTANDO SE MODERNIZAR? O jornalismo brasileiro na televisão é engravatado, maquiado, emproado e muito antigo. As pessoas acham que modernizar a linguagem no jornalismo é fazer o âncora levantar para conversar com a apresentadora do tempo. Tem dó... E COMO DEIXAR A TV MAIS PRÓXIMA? Procurando ser exatamente como um espectador. Eu não vejo as matérias prontas antes de irem para o ar. Sei os assuntos, a pauta e as manchetes, que sou eu que faço. Mas só em algumas raríssimas ocasiões me envolvo na edição da matéria. Então, o jornal vem para mim como vai para você na sua casa. Eu reajo a ele da forma como a pessoa reage no sofá da sala. VOCÊ ESCOLHEU A BAND OU FOI O CONTRÁRIO? A Band que me escolheu. Estava trabalhando fora da mídia eletrônica quando a emissora me chamou para dirigir o jornalismo no Rio de Janeiro. Comecei fazendo entradas diárias no Jornal da Band, que era ancorado pelo Carlos Nascimento. Depois, com a

inauguração da Band News FM, passei a fazer rádio. Vim para cá como qualquer trabalhador vai para qualquer trabalho. Agora, a Band tem um DNA jornalístico muito forte e tem uma tradição muito grande de respeitar a opinião de seus profissionais. Eu e o Boris Casoy, apesar da amizade e do carinho que temos um pelo outro, provavelmente concordamos muito pouco, em muitos aspectos, na opinião política. Eu divirjo também do meu querido chefe, Fernando Mitri, e ele de mim. Muitas posições editoriais da Band não coincidem com as minhas como cidadão, como espectador. Mas em momento algum, em dez anos, tive qualquer constrangimento por exercitar minhas próprias opiniões no ar. COMO AS REDES SOCIAIS MUDAM O PAPEL DO JORNALISTA E DO PÚBLICO GERAL? Acho que é um mundo novo – e maravilhoso. É o fim do monopólio da difusão, um poder que foi sempre dos jornalistas. Agora quem captura o fato difunde também. Ele mesmo filma, grava, edita e bota o fato na rede. É cada vez maior o número de inserções na rede que alcançam notoriedade que antes só os veículos de massa conseguiam. E isso é uma tendência. Eu acho fascinante. Estou com pena de não poder estar aqui na plenitude disso. VOCÊ TAMBÉM SE RENDEU A ELAS. O QUE ESTÁ ACHANDO? Na verdade, sucumbi a duas pressões simultâneas. Uma da minha esposa, Veruska, que também é jornalista e há muito tempo ponderava que eu tinha que ter um Facebook. E outra da Band, que resolveu fazer uma página para todos os conteúdos da casa, e falaram que era importante a minha participação nesse movimento. A emissora e minha esposa estão me ajudando muito, e estou achando sensacional. Virou um brinquedo novo na mão de um velho. Tem me surpreendido muito a repercussão de certas coisas, de como os seguidores (é assim que chama, né?) trocam mensagem entre eles, completamente malucas, e é muito legal. Na polêmica com o Malafaia, por exemplo, só tinha gente me elogiando.

POR QUE VOCÊ ACHA QUE A DISCUSSÃO COM O MALAFAIA CHEGOU AONDE CHEGOU (BOECHAT E O PASTOR TROCARAM OFENSAS DEPOIS QUE O JORNALISTA AFIRMOU, EM SEU PROGRAMA NO RÁDIO, QUE É NAS IGREJAS NEOPENTECOSTAIS ONDE ACONTECEM INCITAÇÕES À INTOLERÂNCIA RELIGIOSA)? O que aconteceu foi um embate provocado por linguagem indevida na agressão que eu sofri e na forma como reagi a ela. Se o debate proposto por ele tivesse sido em termo civilizados, minha reação seria civilizada. Não vou permitir que alguém que me agrida decida em que termos vou responder à agressão. Está longe de mim qualquer desejo de ser o anti-Malafaia. Tenho outras ambições. Ele achou que podia postar comentário a meu respeito em um tom ofensivo e eu achei que podia responder no tom que respondi. Me parece que ele procurou briga e encontrou alguém que briga. Foi ofender e foi ofendido. VOCÊ VIU QUE CRIARAM UMA COMUNIDADE PRA AJUDÁ-LO COM A VAQUINHA CONTRA O PROCESSO DO MALAFAIA? Sim, mas é um gesto de carinho. Não tenho obviamente essa pretensão real. Foi uma brincadeira, movimento típico da internet. VOCÊ É A FAVOR OU CONTRA A REDUÇÃO DA MAIORIDADE PENAL? Sou contra. Acho que a realidade social brasileira não produz números, tragédias ou distorções que possam ser resolvidas com encarceramento. Mas esse é um desejo majoritário. Então, embora eu, pessoalmente, entenda que não vai ser uma solução, reconheço como legítima a vontade de uma parte expressiva da sociedade brasileira, de exigir que as autoridades tomem alguma atitude. Agora, a forma como isso foi decidido... Seu Eduardo Cunha diz que é legítimo. Os opositores dizem que não. Vão recorrer ao Supremo, e eu vou ficar esperando pra ver o que será decidido.

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Acima, Boechat em diferentes momentos com as filhas caçulas: "Ser pai mais velho e maduro, pra mim, está sendo uma viagem!". Ao lado, com o amigo e colega de trabalho Boris Casoy: "Apesar do carinho que temos um pelo outro, temos opiniões políticas muito diferentes". E o importantíssimo caderno de telefones carinhosamente apelidado de "seboso"

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A POLÍTICA BRASILEIRA TEM UM BAIXO NÍVEL ASTRONÔMICO. ARRISCO A DIZER QUE A ESCÓRIA DA SOCIEDADE ESTÁ NA POLÍTICA, NÃO NAS PRISÕES

O QUE ACHOU DO ROMPIMENTO DO CUNHA COM A DILMA? Não acho nada. Sabe quantas vezes vi, nesses 45 anos de jornalismo, a imprensa e os próprios agentes políticos venderem para a opinião pública coisas que ganharam nome de crise institucional e, na verdade, eram retrato de pó de cocô de cavalo de bandido? Dezenas de vezes. Boa parte do que a gente consome como fato político é circo, e boa parte que é circo é fato político. Comento no rádio porque está na ordem do dia, mas é uma bobagem. A política brasileira tem um baixo nível astronômico e muita má qualidade. Arrisco dizer que a escória da sociedade brasileira está na política, e não nas prisões. NO BRASIL, VIVEMOS RADICALISMOS ENTRE OPOSIÇÕES? Acho que a gente está um pouco pelancudo. Estamos cheios de “não me toques”, qualquer divergência passa a ser encarada como algo ofensivo, agressivo, sabe? Cheio de “senões”. O Brasil é um país que está há muito tempo vivendo indefinições, dúvidas, é um país que não se encontrou ainda, não conseguiu se realizar como Nação. É uma sociedade que está envelhecendo sem ter encontrado um modelo que a satisfaça. Um Estado que se tornou independente da sociedade

e que só tem feito barbaridades. Que rouba muito, que trabalha mais pra si do que para a sociedade – ou quase exclusivamente pra si. Os governantes governam como se não houvesse uma sociedade a ser respeitada, a ser levada em conta, fazem de acordo com seus interesses e seu jogo. E a sociedade se conforma em se manifestar formalmente apenas a cada quatro (ou dois) anos, no processo eleitoral, que de resto não produz as mudanças ou consequências preconizadas nos discursos de campanha. Ou seja, nós temos problemas demais, que exacerbam os sentimentos, os ânimos. ENXERGA ALGUMA SOLUÇÃO? Falta muito para que sociedade brasileira se sinta dona do país, proprietária do Estado. Nós temos políticos ladrões, notoriamente corruptos. Quem deveria chegar ali e dizer “não”? A sociedade. Como é possível que ela não diga não? Alguém vai querer me convencer de que Renan Calheiros é um político que mereça estar onde está porque os eleitores de Alagoas voltaram nele? Em que circunstâncias votaram? Em que nível de consciência política? Então, você acaba vendo que nós temos uma sociedade organizada por agrupamento humano, mas não como grito político e reivindicação. É QUESTÃO DE TEMPO PARA ISSO ACONTECER? Espero que sim. Os otimistas dizem que somos uma sociedade jovem e que, daqui a 500 anos, empataremos com o nível político que prevalece hoje na Europa. Mas a questão, talvez, não seja de tempo, e sim de rumo. Hoje, do jeito que o mundo está, com as pessoas interagindo com essa intensidade, você não precisa esperar as mesmas escalas de tempo que antes esperava para que determinadas mudanças aconteçam. Por que tenho que esperar mais 20 anos para que o meu senador não seja um ladrão explícito? É como desmatamento. Não preciso desmatar toda a Amazônia, como os europeus fizeram com a Europa, para chegar à conclusão de que o desmatamento não é um bom negócio. É uma questão de tempo? Tomara que

sim, porque se for, algum dia isso vai melhorar. Mas se for uma questão de rumo, não sei se vai melhorar... SE VOCÊ NÃO FOSSE JORNALISTA, O QUE SERIA? Hoje, depois de velho? Eu quero é me aposentar e depois morrer (risos). Estou brincando. Mas se você me perguntar o que eu imagino que poderia ter sido se a vida não tivesse me levado para onde levou, tenho a impressão de que estaria na área de humanas fazendo algo como direito ou trabalhando no mercado de artes, não como artista, evidentemente, mas como operador, curador. Agora, como ilusão, adoraria tocar um instrumento. Se eu tivesse o dom da música. Mas pode ser que hoje estivesse “puto” por aí, carregando meu violão e tocando no metrô, né? (risos). VOCÊ TEM SEIS FILHOS. COMO DÁ CONTA DE TODOS APESAR DA SUA JORNADA DE TRABALHO? De quatro deles eu não dou conta mais há um tempo, já são adultos. Moram no Rio de Janeiro, sozinhos. São meus amigos. Agora, as duas pequenas, a Catarina e a Valentina, que têm nove e sete anos, são minhas filhas e da Veruska, que é uma mãe extremada. Daquelas que leva na escola, busca, leva na hípica, na aula de violino, na natação... Ela é muito presente no cotidiano das meninas, e isso me dá um conforto enorme. Diferentemente do que foi com os meus filhos mais velhos, que moravam comigo e eu morava sozinho. Com as pequenas, tem muita coisa com que eu não me envolvo na mesma proporção. É DIFERENTE SER PAI MAIS VELHO? Se há alguma coisa que a vida me ensinou é que os filhos tidos numa idade mais adulta são filhos que você curte mais. Você já está mais maduro, já venceu algumas fases mais complicadas e disputadas da vida. Patrimonialmente, já resolveu questões fundamentais. De casa, de imóvel, coisas desse tipo. E você se torna mais tolerante, fica menos exigente com determinadas coisas do convívio e da educação, o que permite usufruir mais prazerosamente esse cotidiano. Então, pra mim, está sendo uma viagem!

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DIVÃ

#mal #agressão #deliberação

Um certo gosto pela maldade TALVEZ uma boa definição de maldade seja a prática de um ato em que outra pessoa é prejudicada de forma consciente. Ou seja, aquele que pratica a maldade sabe das consequências danosas do seu ato, sabe que se trata de uma ação indevida e a pratica assim mesmo. A maldade distingue-se das reações agressivas a que todos nós estamos sujeitos tanto no papel ativo como no passivo: quando alguém é agredido, existe uma tendência natural para reagir à agressão de uma forma ou de outra. A ação agressiva pode ou não ser intencional, e não é raro que a reação venha a corresponder a um ato maldoso; porém, houve uma agressão que a antecedeu. Um exemplo peculiar de reação agressiva é a inveja, não raramente maldosa: uma pessoa compara-se com outra, sente-se por baixo, e isso provoca uma sensação de humilhação que é vivenciada como agressão; reage a essa suposta agressão de forma sutil e desleal, tentando rebaixar ou diminuir aquele que despertou a inveja. Esse tipo de maldade pode vir a ser praticado por qualquer um de nós. Na grande maioria dos casos de maldade, o ato é motivado pelo desejo da pessoa de obter algum benefício que não lhe é devido. Assim, uma pessoa egoísta fará o que for necessário para alcançar seus objetivos materiais, intelectuais ou sentimentais sem se preocupar com os danos que porventura venha a causar nos interlocutores. Estará agindo em defesa dos seus interesses, desprovida de sentimento de culpa e de uma forma nada empática. Não irá se incomodar com a dor provocada. Porém, não é essa sua primeira intenção; a real motivação é a de se apropriar daquele dado benefício; o dano ao outro é um desdobramento do objetivo inicial e não é fonte de satisfação nem de dor.

Em alguns casos, o ato agressivo está claramente associado ao erotismo. Há décadas venho afirmando que o sexo, especialmente nos homens, tem importantes conexões com a agressividade, de modo que isso explica comportamentos sádicos, consentidos ou não, assim como os mais dramáticos atos eróticos relacionados com estupro, exibicionismo, pedofilia... A associação entre sexo e agressividade pode explicar alguns comportamentos machistas, assim como algumas formas de maldade feminina – ser muito provocante para seu parceiro e, mais ou menos regularmente, rejeitar sua abordagem! A maldade nem sempre envolve violência ou apropriação indevida de objetos ou cargos. Por vezes pode se exercer de forma sutil, provocando dor psíquica, como é o caso do ato de humilhar deliberadamente outra pessoa. Nas crianças que batem nas mais fracas ou que praticam o bullying, tenho a impressão de que o que está em jogo é a autoafirmação: a criança avalia-se como mais forte ao rebaixar física ou moralmente alguma outra. Não é fácil explicar os atos violentos contra alguns animais domésticos que são objeto de maus-tratos por parte de algumas poucas crianças. Alguns acham que isso indicaria a existência de algum tipo de predisposição biológica para a prática de ações agressivas e maldosas. Não estou convencido de que essa seja uma boa explicação. Sim, porque, se houver uma predisposição para a maldade, aquele que a pratica não pode ser responsabilizado; estará “apenas” exercendo sua natureza (segundo o dicionário de filosofia de Comte Sponville)! Talvez seja mais uma manifestação do tipo da autoafirmação, especialmente se estiver sendo exercida diante de outras crianças. Seria também uma exibição de coragem, de “sangue

frio”, de ser mais competente para o exercício da violência. É mais ou menos nessa linha que acredito que se possam explicar certas condutas que parecem exclusivamente maldosas, desprovidas de benefício para quem a pratica, próprias dos psicopatas. Sendo pessoas destemidas, muitos gostam de se exibir como mais ousados para executar qualquer ato violento. Isso pode parecer gratuito, mas está a serviço da vaidade, de se sentir superior aos outros membros de um grupo. A vaidade consiste no prazer (erótico) relacionado ao ato de se destacar; e num grupo de marginais, talvez o destaque ganhe essa forma, qual seja, a de ser capaz de maldades mais ostensivas e desnecessárias. Além da vaidade de ser um membro destemido do grupo, o que costuma determinar um posto de liderança perante aqueles que sejam portadores de algum medo, o ato violento aparentemente gratuito também costuma estar a serviço de intimidar os membros do grupo, reforçando e definindo de modo claro e definitivo o papel de liderança daquele que é totalmente destemido e, claro, desprovido de qualquer tipo de culpa ou empatia. Aliás, esse gosto pela maldade pode ser chamado de “empatia negativa”: o prazer de se afirmar praticando o mal. Conte pra gente o que achou desta coluna! Escreva para neuronio@vero.com.br

FLÁVIO GIKOVATE é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN

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MODOS DE MACHO

#animais #amor #identificação

Do amor e dos animais OS ANIMAIS de estimação são mais importantes no amor do que supõe a nossa vã qualquer-coisa, chamemos aqui de filosofia. Importantíssimos. Já terminei romances em que fiquei com tanta saudade da ex quanto do seu bichano, gato ou cachorro... e até dos ratos que roeram as nossas vestes do desejo, seja no Recife, Rio, São Paulo ou sem roupa na doce vida de Roma. Quando ainda morava no sertão, nos tempos pré-politicamente corretos, ficava morrendo de amor pelos tatus criados em fundo de quintais, preás de estimação, tejus, timbus, morrendo de amor pelos macacos e até pelos papagaios, dá o pé, louro! Também já ocorreu de conquistar mulheres, ou pelo menos consolidar boas histórias amorosas, por demonstrar carinho e afeto com os tais quadrúpedes, aves ou pássaros. Como sair de casa altas horas da madrugada para comprar a ração do felino. E, de quebra, trazer um patê especial para o danado. Sim, o amor passa pelos bichos, eu acredito. Uma mulher que afaga e trata bem o meu cachorro, meu corvo Edgar, meu papagaio Florbé, meu bode Ressaca ou minha gata Margarita marca pontos importantíssimos, além de fazer o necessário, que é respeitar essas inocentes e existencialistas criaturas.

Claro que essa forma de ver o amado ou a amada nos seus animais de estimação pode gerar também pequenos desastres. Uma amiga do Rio, por exemplo, evitava as gracinhas do cão do seu ex sempre que ele aprontava. Chegava a ser indelicada, grosseira, como se visse naquele labrador as pisadas na bola do seu dono. Acontece. Afinal de contas, os bichos ficam um pouco, com o tempo, com os mesmos focinhos dos seus digníssimos proprietários. Além de tudo isso, pelos animais que tem se conhece mais um pouco um homem. Sério. O cara que cria um gato tem muito mais chance de ser um homem sensível, embora até enfrente um certo preconceito entre os seus amigos, que insinuam uma certa viadagem, para usar o termo do qual abusamos nos nossos encontros masculinos de futebol e tavernas. O homem que passeia orgulhosamente com o seu pitbull pode até não ser um monstro, mas aquela focinheira já diz um pouco do seu dono, não? Não que o cão tenha alguma culpa, ele está no mundo dele. O erro é de quem o desloca e o usa como extensão das suas próprias garras.

Mas voltemos aos gatos, esses metafísicos e misteriosos animais. Como eles dizem tudo sobre o amor e sobre nós, n'era Theodora? O casal briga, e eles incorporam o barraco. O último que conheci a fundo, de uma ex-mulher, cujo vulto ainda hoje vejo e do qual tenho saudades, quebrava tudo, virava os objetos da casa pelo avesso depois das nossas brigas. Na harmonia e no amor intenso, lá estava ele, sempre aos nossos pés. Como eles adoram ver e sentir os cheiros da hora do sexo. Eta, bichanos voyeuristas. Esse gato, especificamente, sempre se enroscava na cama depois das nossas melhores noites. Dava uma passada como se para cumprimentar-nos pelo afeto e pela performance. Era o seu “miau” de parabéns, como se dissesse, a nos arranhar de leve, “estão vendo como o amor pode dar certo, seus cachorros?!”. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

XICO SÁ é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Cia. das Letras), entre outros livros

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TALENTOS

#cinema #ciências #empreendedorismo

JOVEM INSPIRAÇÃO

FOTOS DIVULGAÇÃO

Conheça um cineasta, um cientista e uma empreendedora nata que estão fazendo a diferença aqui e no mundo

MORADOR de Aldeia da Serra, Rafael Yoshida, 28, já é um cineasta de carreira internacional reconhecida. Dois anos depois de se formar em Rádio e TV, ele participou de um grande projeto – o filme Colegas –, sendo o responsável pela pré-produção e captação de recursos do longa. E isso lhe abriu portas. Em 2012, encarou o desafio de dirigir o longa The Owner, com mais 24 cineastas de todo o mundo. O projeto rendeu o prêmio German IPTV Award e a participação em festivais como Corona Fastnet Short Film Festival 2012 (Irlanda), Holmfirth Film Festival 2012 (Reino Unido) e East Lansing Film Festival 2012 (EUA). Agora o jovem diretor está em processo de desenvolvimento de outros filmes: Hilda, que pretende produzir e rodar nos EUA; e Under My Skimboarding, a ser filmado no Brasil, EUA e México, mas que ainda não tem financiamento.

EM UM FUTURO próximo, o Alzheimer poderá ser identificado até dez anos antes de apresentar os primeiros sintomas. E quem tem todo o mérito dessa descoberta é um garoto de 15 anos de idade, chamado Krtin Nithiyanandam. Morador do condado de Surrey, na Inglaterra, o estudante desenvolveu um anticorpo tipo “cavalo de troia”, que penetra no cérebro e se liga a proteínas neurotóxicas presentes nos primeiros estágios da doença e a partículas florescentes, facilitando a identificação. Krtin inscreveu seu teste no Prêmio de Ciências do Google, destinado a adolescentes de até 18 anos que desenvolvem projetos científicos inovadores, e já é um dos finalistas. O prêmio é uma bolsa de estudos de US$ 50 mil para levar seu projeto adiante.

QUANDO se fala em incubadora de startups (entidade que busca apoiar os estágios iniciais de pequenas empresas), logo se imagina um empresário experiente no comando. Mas nem sempre é assim. Em 2012, aos sete anos de idade, a americana Kylee Majkowski fundou a Tomorrow’s Lemonade Stand (“Vendinha de limonada do amanhã” – em tradução livre), com o objetivo de incentivar crianças a ter suas próprias empresas. E o negócio tem funcionado. Hoje são mais de cem jovens prodígios participando da iniciativa. Em setembro, ela estará no Brasil por três meses, em uma escola do Rio de Janeiro que se interessou pela metodologia. Mais informações em tomorrowslemonadestand.com.

REALIZAÇÃO

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PRÊMIO

#boasações #homenagens #inspiração

reconhecimento para iniciativas positivas na região Qualquer ONG ou pessoa física pode participar da segunda edição do Prêmio Atitude Alphaville, que acontece em outubro. Inscreva-se! por Gabriela Ribeiro EDUARDO de Godoy, morador de Alphaville, criou o projeto Pernas de Aluguel, que leva cadeirantes para corridas de rua – eles são conduzidos por corredores voluntários em um triciclo especialmente desenvolvido para esse fim. Fernando Antonio Cunha Júnior incentiva as pessoas a usar menos o carro e a oferecer mais caronas. Ele ajudou a criar, na empresa em que trabalha, um ponto de carona para os funcionários. A Aproex (Associação para Prosperidade da Pessoa com Deficiência), que fica em Santana de Parnaíba, desde

1997 realiza oficinas diversas para a capacitação do deficiente, preparando-o para o mercado de trabalho. Esses são alguns exemplos de pessoas que fazem o bem – seja com atitudes simples individuais, seja por meio de uma instituição consolidada. Com o objetivo de incentivar ações como essas, foi criado o Prêmio Atitude Alphaville, no ano passado. A primeira edição do evento homenageou, além dos três exemplos acima, mais sete projetos. Até o dia da premiação, em 2014, Eduardo de Godoy estava orgulhoso por ter feito uma corrida e

conseguido 25 corredores cadastrados no projeto Pernas de Aluguel. Hoje já estão na conta sete competições e 750 voluntários cadastrados de várias cidades do Brasil. “O prêmio trouxe um otimismo muito bom. Encontrei pessoas que gostaram da ideia e divulgaram o projeto. Esse é um evento em que todos ganham, e, o mais importante, você vai conhecer gente pregando o bem, algo que não se encontra em todo lugar”, conta Godoy. Neste ano a premiação acontece em outubro, e as inscrições para participar estão abertas até o dia 15 de setembro. “Queremos mostrar as coisas boas que já estão acontecendo no bairro e nem todos sabem. Colocar luz sobre atitudes e iniciativas positivas que só trazem melhoria para a região”, conta a coordenadora da Campanha Atitude Alphaville, Janine Klein, que está com uma grande expectativa em relação ao número de inscrições neste ano. Para Marco Antonio De Marco, diretor social da Embrase, empresa copatrocinadora da campanha, o prêmio dá visibilidade a iniciativas que trazem benefícios à sociedade. "Reconhecer e acreditar nelas é fundamental para um futuro melhor", comenta.

O projeto Pernas de Aluguel foi um homenageados em 2014

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Outro homenageado de 2014, o projeto As Cores do Meu Bairro, criado pelo artista plåstico Francisco Mazzaferro, levou a criançada para pintar o muro do prÊdio

CONFIRA OS PROJETOS HOMENAGEADOS EM 2014 c š..* $ Ĺ´Ă?* + - -*.+ -$ ..* *( !$ $ÂŽ) $ ˆš+-* 3‰

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AGENDA POSITIVA

#forfree #diversão #pets

CULTURA, LAZER E ENTRETENIMENTO EM EVENTOS GRATUITOS Acompanhe e participe das ações que vão deixar nossa região ainda mais feliz e agradável

Sábado divertido na Florense A Florense Alphaville promove um sábado divertido em sua loja, com contos, teatro de fantoches e pintura de Mandalas, além de um superbrinquedão. Aberto para toda a criançada, o evento acontece ao ar livre, no estacionamento em frente à loja. 22 DE AGOSTO, ÀS 11H FLORENSE ALPHAVILLE AL. RIO NEGRO, 1.030 – LJ 1 (11) 4191-6885 FLORENSEALPHAVILLE.COM.BR

Pintura do Letreiro e Piquenique na Gruta

A partir do dia 15 de agosto, Alphaville vai estar mais colorida, mais uma vez, graças à nova pintura do letreiro, que será feita por dez artistas convidados. Já no dia 23, acontece mais uma edição do tradicional Piquenique da Campanha Atitude Alphaville. Prepare sua toalha e seu cesto de comidinhas e leve a criançada. PINTURA DO LETREIRO: A PARTIR DE 15 DE AGOSTO AL. RIO NEGRO, S/N PIQUENIQUE: 23 DE AGOSTO, DAS 10H ÀS 13H PRAÇA OIAPOQUE, S/N ATITUDEALPHAVILLE.COM.BR

Domingo diferente no shopping Para deixar o tradicional passeio de domingo no shopping ainda mais gostoso, o Tamboré montou uma programação superespecial para o penúltimo fim de semana do mês de agosto! Quem passar por lá vai poder fazer aula de zumba com professores da Bio Ritmo, curtir uma apresentação de hip hop promovida pela Sketchers e participar da feirinha de adoção de cachorros da Anjo dos Bichos. 23 DE AGOSTO, A PARTIR DAS 11H SHOPPING TAMBORÉ – (11) 2166-9702 – SHOPPINGTAMBORE.COM.BR

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CINEMA GRATUITO NO IGUATEMI ALPHAVILLE

O shopping vai oferecer uma sessão exclusiva, para 174 pessoas, do filme Missão Impossível – Nação Secreta, com direito a pipoca e refrigerante, no dia 18 de agosto, às 21h. Para estar entre os contemplados, participe do sorteio no Facebook da VERO (facebook.com/RevistaVeroAlphaville), que será realizado no dia 13.

DEGUSTAÇÃO DE CERVEJAS ARTESANAIS NO FLAMINGO Em comemoração ao Dia dos Pais, o Shopping Flamingo promove degustações gratuitas de cervejas artesanais. Para participar, é só chegar. O evento é aberto a todos os clientes do mall – homens e mulheres. Durante os 15 dias de evento, mestrescervejeiros vão explicar a composição dos rótulos e contar curiosidades e as melhores harmonizações. 3 A 19 DE AGOSTO DURANTE O HORÁRIO DE FUNCIONAMENTO DO SHOPPING FLAMINGO (11) 4688-2658 SHOPPINGFLAMINGO.COM.BR

Cãominhada do Centro Comercial Alphaville Pra quem quer curtir uma caminhada sem deixar os bichinhos de fora, o Centro Comercial Alphaville promove, no dia 16 de agosto, a 2a Cãominhada. O trajeto de 1,5 km dentro do CCA promete um dia de interação da família com os pets. A concentração acontece no estacionamento, próximo à Portaria 2 (Al. Madeira). Não é preciso fazer inscrição, basta chegar com antecedência para retirar o kit, com sacola personalizada, camiseta e saquinho coletor. Haverá vacinação antirrábica, distribuição de brindes caninos e Feira de Adoção da Anjo dos Bichos. Para agitar a garotada, será realizada a Praça da Diversão, com pula-pula, pintura facial, escultura de balões em formato de pets, pipoca e algodão-doce. 16 DE AGOSTO, DAS 10H ÀS 16H – CENTRO COMERCIAL ALPHAVILLE (11) 4196-6560 – CENTROCOMERCIAL.COM.BR

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SER URBANO

#água #estiagem #métodos

Como uma técnica de mil anos está salvando Lima da seca COM 9 MILHÕES de habitantes, Lima, capital do Peru, é a segunda mais populosa metrópole do mundo em uma área de deserto, perdendo apenas para a egípcia Cairo. A maior parte do seu abastecimento de água vem dos seus três principais rios – o Rimac, o Luri e o Chillón –, que nascem na cordilheira dos Andes. Durante os meses de chuva, entre dezembro e abril, não há estresse hídrico, mas tudo muda no resto do ano, quando a seca e os racionamentos afetam todos os setores. Construir usinas de dessalinização na costa do oceano Pacífico esteve entre as principais possíveis soluções para os meses de estiagem na última década. Contudo, o alto custo para implantação e produção, entre US$ 0,50 e US$ 1 para cada 100 litros, não facilita a adoção da medida. Diante do problema, a companhia de abastecimento local, a Sedapal, decidiu pensar diferente e agora quer captar água dos Andes de maneira sustentável, recuperando uma tecnologia desenvolvida há mais de mil anos pelo povo huari (500 a 1200 d.C.). Antes das dominações inca e espanhola na região, os huaris já

tinham florescido como uma civilização baseada na agricultura. Dependentes da água que desce das montanhas pela chuva ou derretimento da neve, eles desenvolveram as amunas, um método que recarregava aquíferos e criava reservas para o período de seca nas partes baixas dos Andes. Essas valas de argamassa e aparência primitiva canalizavam água a 5.000 metros de altitude e a transportavam para áreas de rocha fissuradas ou fraturadas da cordilheira, onde era drenada lentamente para dentro do solo. Meses depois, essa água aflorava nos mananciais, olhos d’água e aquedutos, que estão entre 1.500 ou 2.000 metros para baixo de onde são captadas. É basicamente plantar água em um lugar e colher em outro. A Sedapal deve investir cerca de US$ 23 milhões até 2020 no projeto por meio de um aumento de 5% na conta de água dos usuários limenhos. Para descobrir onde ainda funcionam essas infraestruturas milenares, a empresa está usando uma tinta especial para descobrir os locais em que a água canalizada vai parar. Por enquanto, foram descobertas apenas 50 “nascentes” das amunas com possibilidade de uso

na bacia do Chillón, mas o potencial é enorme. De acordo com um estudo da ONG peruana Condesan, a recuperação das amunas pode aumentar a oferta de água da capital peruana em 26 bilhões de litros, o suficiente para reduzir em até 60% o déficit dos meses secos. Os huaris eram profundos conhecedores do ciclo natural da água e se mantiveram com as amunas estudando muito bem seu território. Depois da colonização espanhola, elas acabaram abandonadas, mas ainda há centenas que podem ser usadas novamente. Redescobri-las para abastecer Lima exigirá uma extensa pesquisa arqueológica e hidrológica. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

JULIO LAMAS é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável

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REFLEXÃO

#diversidade #arte #pets

FOTOS DIVULGAÇÃO

Antonia Joyce com algumas das bonecas do projeto Preta Pretinha

BRINCADEIRA SEM PRECONCEITO

Para ressaltar inclusão e diversidade, três irmãs confeccionam e vendem bonecas diferentes das tradicionais As irmãs Antonia Joyce, Lucia e Maria Cristina Venancio cresceram no bairro da Vila Madalena, em São Paulo. Na infância, chateavam-se com a constatação de que não havia bonecas negras à venda no Brasil. A avó Maria Francisca, com quem passavam boa parte do tempo, usava, então, meias para personalizar as bonecas tradicionais, deixando-as negras. As meninas cresceram e seguiram profissões diferentes, mas nunca se esqueceram das bonecas da vovó. Um dia, uma delas estava com dificuldades de encontrar emprego e teve a ideia de retomar a inventividade da avó. Nascia o projeto Preta Pretinha, um atelier de bonecas negras que hoje também conta com outras etnias, como as asiáticas, indígenas e muçulmanas, além das inclusivas, como as cadeirantes. DE ONDE SURGIU A IDEIA? LUCIA – A Joyce fez faculdade de psicologia, mas estava com dificuldade para encontrar emprego. Há pouco mais de 15 anos, foi dela a ideia de montar um atelier com oficinas que pudessem espalhar as bonecas negras

para que mais crianças pudessem se identificar com elas. A mesma coisa aconteceu com os bonecos étnicos e inclusivos. O nosso objetivo sempre foi mostrar a inclusão e a diversidade por meio do lúdico, para provar que não existe diferença.

OS BONECOS ÉTNICOS E INCLUSIVO SÃO BEM VENDIDOS? LUCIA – No começo, achávamos que somente crianças de certa etnia ou com algum tipo de deficiência se interessariam por eles, mas é bem mais abrangente. Algumas crianças se interessam por eles porque têm amiguinhos diferentes e querem fazer uma homenagem, por exemplo. Além disso, recebemos encomendas para escolas e empresas que realizam atividades específicas. Um bom exemplo é o nosso boneco com sobrepeso, que é utilizado para falar sobre a obesidade infantil nas escolas e ajuda no processo de reeducação alimentar das crianças. O mesmo acontece com os cadeirantes e muletantes, que hoje são comuns nas escolas, e é preciso orientar as crianças para evitar o preconceito. COMO É FEITA A PRODUÇÃO DAS BONECAS? HÁ ALGUM CUNHO SOCIAL? LUCIA – Nós temos o atelier na Vila Madalena, onde há todos os tipos de bonecos que fabricamos, mas aqui é um espaço para desenvolvermos ideias e expormos os produtos, que também estão no nosso site. As encomendas não acontecem o tempo todo, mas costumam ser grandes, como 300 ou 600 bonecas, dependendo da utilidade para as instituições. Assim, distribuímos a demanda entre as nossas parceiras. Atualmente são 20 fixas, mas temos mais de 120 espalhadas por aí. Essa capacitação é feita por nós, no Instituto Preta Pretinha, criado em 2008 para ajudar mães a gerar renda com a venda de bonecas. SAIBA MAIS: pretapretinha.com.br

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FALANDO NISSO...

A Koralle criou um estojo de giz de cera com 12 cores “de pele”, que variam do bege ao marrom-escuro. A ideia é fazer com que as crianças encontrem tons mais realistas, mostrar a diversidade racial da nossa população e promover a igualdade entre os alunos. O estojo é distribuído aos professores do Rio Grande do Sul, que realizam um curso de qualificação de ensino de história e cultura africanas para escolas públicas. Mas você pode encontrar o kit de giz de cera à venda no site da empresa (koralle.com.br). O projeto é feito em parceria com a Uniafro (Programa de Ações Afirmativas para a População Negra).

DOAÇÃO DE SANGUE PRA CACHORRO

O Château dos Bichos, hotel para animais de Aldeia da Serra, promove uma grande coleta de sangue canino na região. A campanha Bicho Sangue Bom visa impactar o maior número possível de doadores para ajudar no tratamento de doenças que acometem os cães e requerem transfusão – hoje a disponibilidade de sangue é muito escassa na região. A equipe do Banco de Sangue Pets&Life será a responsável pela coleta nas dependências do hotel. O procedimento é simples e sem risco para o animal. Para participar, ele precisa ter de 1 a 8 anos, mais de 27 kg e estar em dia com vacina, vermifugação e livre de pulgas. As coletas serão feitas às quartas-feiras de agosto. Para colaborar, é só ligar para (11) 4192-2590 ou enviar um e-mail para contato@chateaudosdosbichos.com.br.

ARTE COLABORATIVA E SOCIAL

“São Paulo: uma realidade aumentada“ é o mais novo projeto do artista Eduardo Kobra – responsável por alguns dos mais incríveis murais de diversas metrópoles pelo mundo –, que mistura arte e ação social. Ele leva um painel em branco às ruas e faz intervenções contando com a colaboração dos transeuntes. A primeira etapa aconteceu no Centro, na região conhecida como Cracolândia, e contou com a participação de dependentes químicos. Depois de concluídos, os painéis serão leiloados na Galeria Victor Hugo, e o valor será repassado ao programa Braços Abertos, da Prefeitura de São Paulo, que fornece abrigo e incentiva a recuperação dos usuários de drogas.

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PENSE BEM

#diferenças #desigualdades #preconceitos

E essa tal diversidade? DIVERSIDADE é a expressão da vida humana nas suas múltiplas, variadas e particulares manifestações. O segredo da natureza é a biodiversidade; o segredo da humanidade é a antropodiversidade. O respeito à diversidade é a capacidade de afastar a tolice arrogante que supõe ser o único modo correto de existir e, ao mesmo tempo, indica inteligência estratégica de aprender com o diverso e, portanto, com aquilo que comporta outro olhar e alternativas de percepção e ação. Sempre ficamos imaginando qual seria o lugar mais exato de onde emana o preconceito; contudo, não há fonte única para o desprezo ao diverso; as fontes são inúmeras para a intolerância, desde as bases familiares até instituições sociais como certa mídia, algumas igrejas, determinados processos pedagógicos, que carregam a caricaturização do diferente como se ele fosse também desigual. Nos tempos atuais, até muitas empresas procuram trazer o acolhimento da diversidade como um dos seus pilares de presença valorizada nas comunidades nas quais se inserem. Ações de inclusão e diversidade fazem parte da dimensão ética da prática da empresa séria e com honestidade de propósitos. No entanto, lembro amiúde, ética não é cosmética, não dever ser mera maquiagem provisória e superficial. Por isso, o passo mais forte nessa direção precisa ser dado pelo consumidor/cliente consciente dos equívocos que podem ser cometidos

em toda a cadeia produtiva ou de serviços e, ao juntar-se em movimentos organizados, rejeitar a relação de negócios com quem for biocida ou liberticida, tal como já ocorre em alguns países. Afinal, a responsabilidade é coletiva, e, para tanto, precisamos demolir com urgência o primado da máxima (bastante mínima) "Cada um por si, e Deus por todos" pela força histórica da outra "Um por todos e todos por um". A vida é obra coletiva, construída no cotidiano e com sentido na História. O poeta João Cabral de Melo Neto nos alertou que “um galo sozinho não tece uma manhã”; por outro lado, além da união em torno da causa, não podemos nos esquecer da força que as ações litigantes (e que recusam a discriminação, o preconceito ou a exclusão) podem ter na normatização jurídica de nossa convivência. No nosso país, vale uma grande indagação: estamos caminhando rumo à equidade ou rumo a uma sociedade em que as pessoas estarão cada vez mais focadas em suas próprias realidades e interesses? Podemos ter os dois cenários, e a escolha por um deles não é mera decisão individual. Se quisermos evitar o esboroamento de qualquer civilidade, é necessário nos juntarmos aos que também rejeitam tal possibilidade e partirmos para a ação que pode, inclusive, nos obrigar a abrir mão de privilégios eventuais, mas que nos permitirá futuro. A preservação e o respeito à

individualidade são valores a serem protegidos; o grande risco está em admitir o individualismo, ou seja, a postura egocêntrica e exclusivista que costuma redundar em convivência predatória. Porém, há muitos homens e muitas mulheres que rejeitam tal posição e, em vez de ficarem bradando por aí “alguém tem de fazer alguma coisa!”, juntam-se para fazer o que pode e precisa ser feito. É possível, sim, recusar o fratricídio paulatino e aderir a princípios de compartilhamento da vida que nos impeçam de desprezar a fraternidade. Há um passo essencial: lembrar sempre que reconhecer as diferenças não implica em exaltar as desigualdades. Homens e mulheres são diferentes; não são desiguais. Nordestinos e sudestinos são diferentes; não são desiguais. Negros e brancos são diferentes, não são desiguais. A igualdade é um constitutivo ético, enquanto a diferença resulta do biológico ou de uma história que também pode ser mudada para melhor. Este é um trecho do livro Não Se Desespere! (Provocações Filosóficas) publicado pela editora Vozes Conte pra gente o que achou desta coluna! Escreva para neuronio@vero.com.br

MARIO SERGIO CORTELLA é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN

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CONTRA UM MUNDO MELHOR

#felicidade #conhecimento #ignorância

Conhecimento leva a felicidade? MUITO conhecimento pode deixar você em crise com terapias de consumo ou de motivação, que é, basicamente, a forma mais democrática de felicidade ao alcance de todos. A estupidez de massa demanda o otimismo como visão de mundo. Podemos, claro, indagar o que é conhecimento. A filosofia, como você sabe, é arte de fazer você ficar em dúvida com o que você acha que sabe. Se você pratica muito filosofia, pensavam muitos gregos, você corre o risco de ficar cético e pensar que a crença em alguma coisa é por si só signo de ignorância. Vamos pensar em conhecimento como o acúmulo de informações e referências combinadas que rompem com o mero conhecimento técnico pragmático do cotidiano. Por exemplo: se você lê um pouco mais sobre democracia, sabe que não sabemos muito bem o que queremos dizer quando falamos a palavra “democracia”. Pode ser um regime baseado no voto, pode ser “o povo no poder”, pode ser um sistema em que o poder está sob controle de instituições que “dividem” o poder. Enfim, pode ser apenas a vontade de que ouçam o que eu quero dizer porque sinto que sou irrelevante e invisível – uma patologia da modernidade avançada em que vivemos. Uma longa tradição na filosofia, desde a medicina grega e escolas filosóficas antigas como o estoicismo, até filósofos como Montaigne, Pascal, Schopenhauer e Cioran, associa o conhecimento a melancolia. A suspeita de muitos filósofos é que pessoas mais inteligentes são melancólicas, inclusive, porque não gostam do “barulho” do

mundo dos outros. O que aumentaria sua melancolia, na medida em que veriam o ridículo de um mundo que acredita demais em suas modas, manias e dietas. Falando em moda, sabe-se que pessoas chiques não podem rir muito, nem parecer muitos felizes, porque pessoas assim são superficiais e mal informadas, se não, não seriam tão felizes e não ririam tão fácil. Rico que ri à toa é novo rico ou mal-educado. Inclusive, para não humilhar a tristeza dos pobres. Tristeza, não melancolia, porque melancolia não combina com a pobreza, que torna tudo muito pouco sutil e muito pouco sofisticado. O pecado maior da pobreza é ser literal demais. Mas grandes filósofos, como Sócrates, Platão e Nietzsche, pensavam que a filosofia verdadeira (a deles, claro) nos levaria à felicidade, fosse ela metafísica, como no caso de Platão, fosse ela a pura consciência de que estava errado e que aprendo com isso, como no caso de Sócrates, fosse ela a pura e simples “vida estética”, como se diz em filosofia, ou seja, a vida pelas sensações e pelos desejos, como no caso de Nietzsche, que, aliás, abominava a felicidade metafísica platônica. Eu acredito que o conhecimento pode tornar você uma pessoa mais sofisticada na percepção da vida, das pessoas e do mundo. Isso nada tem a ver com felicidade (não vou discutir o que é felicidade). Perceber o mundo a sua volta com mais profundidade e sofisticação carrega um prazer em si, até uma certa vaidade de ver a ignorância que nos cerca e da qual escapamos.

Mas suspeito que os “simples” são mais felizes pelo simples fato de que a vida é muito literal em suas formas de sofrimentos e necessidades. Muitas vezes pessoas mais ricas e com maior repertório se perguntam como suas empregadas podem ser mais felizes do que elas. Talvez porque tudo que elas (as empregadas) têm é tão difícil de ter e de manter que a felicidade parece chegar mais rápido para elas, porque sabem que a escassez é a mãe de tudo a nossa volta. São gratas por conseguirem respirar. Enfim, o conhecimento traz felicidade? Acho que não. Nem sempre o conhecimento faz você se sentir bem. Muitas vezes, ele faz você ficar confuso com as diversas opções e sentir que muito do que fazemos e sentimos é puro automatismo social, e isso pode afastar você das alegrias cotidianas dos mais “simples” e fazê-lo sofrer com seu barulho. Mas isso não significa que não exista um prazer característico na atividade do conhecimento. Inclusive esse prazer pode nos levar a dizer “Deus me livre de ser feliz”, principalmente se para isso eu tiver que viver as modas, as manias e as dietas do mundo ridículo que ri muito alto. Conte pra gente o que achou desta coluna! Escreva para neuronio@vero.com.br

LUIZ FELIPE PONDÉ é filósofo e autor de vários livros, entre eles, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)

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#acolhimento #crianças #família

DIVULGAÇÃO

PERFIL SOCIAL

Henri e Nilma no canto direito com seus irmãos e filhos

DE MÃE PARA FILHOS Primeiro bebê acolhido em lar para menores carentes iniciado em 1957 vira mantenedor da iniciativa, 51 anos depois por Camila do Bem

A missionária americana Edna Blanche Deakins largou tudo que tinha nos Estados Unidos e veio para o Brasil, em 1957, com um objetivo: cuidar de órfãos e crianças abandonadas. Sem fonte de renda, ela contou com ajuda de amigos americanos para iniciar o “Lar da Tia Edna”. Em 29 anos de trabalho, acolheu mais de 200 crianças e adolescentes, que a tinham como mãe e eram amados como filhos, independentemente da história de vida e de como haviam chegado ao lar. Em 1986, no entanto, foi diagnosticada com câncer de mama e ficou preocupada com a continuidade do seu trabalho. Conversou com os filhos mais velhos e, aos poucos, foi incentivando um casal em especial: Leonardo Henri de Oliveira, o primeiro recém-nascido acolhido no lar, e sua futura esposa, Nilma Silva de Oliveira. Edna faleceu poucos meses depois, e desde então o casal se dedica ao trabalho iniciado por ela. Nesses quase 30 anos, eles já foram responsáveis por mais de 50 crianças e adolescentes. Confira! COMO FOI A SUA CRIAÇÃO NO LAR DA TIA EDNA? HENRI: Cheguei ao lar em dezembro de 1964, enrolado em um único cobertor, que teve de ser devolvido. Segundo minha mãe Edna, minha mãe biológica a procurou, grávida, meses antes, e disse que eu era o fruto de uma relação extraconjugal e não poderia ficar comigo, pois era casada e tinha outros filhos. Os mais velhos diziam que fui muito mimado, por ser o primeiro bebê a chegar ao lar. A criação da minha mãe Edna foi fundamental e decisória para meu

desenvolvimento pessoal e emocional. A base de nossa educação sempre foi pautada nos princípios de amor a Deus e respeito ao próximo. COMO É REPASSAR ESSES VALORES PARA OUTRAS CRIANÇAS? HENRI: No dia em que ela partiu, voltamos do funeral e ficamos conversando com nossos irmãos. Acabamos dormindo no lar naquela noite. E ficamos! A cada dia, as responsabilidades aumentavam. Mas, de certa forma, dar continuidade

ao trabalho que minha mãe havia iniciado e por consequência passar os mesmos valores que recebemos tem relação direta com a pessoa que pude me tornar graças a ela. Fui bem educado, aprendi a valorizar as coisas, tive oportunidades. Hoje sou casado, tenho filhos, um bom trabalho e condições de ser útil à sociedade. Tentamos passar para as crianças tudo que ela nos ensinou. Assim como ela, queremos o melhor para cada um deles. Nosso maior orgulho é vê-los crescendo, se desenvolvendo e aproveitando as oportunidades. NILMA: Já se passaram quase 30 anos desde aquele dia, e mais de 50 crianças já entraram e saíram do lar desde que assumimos a direção. Algumas crianças são adotadas, outras voltam para o convívio com a família biológica, algumas saem e não voltam mais. Mas tenho a mente tranquila de que ensinamos sempre o melhor para cada um deles. No ano passado, uma de nossas filhas (do lar) se apresentou nos Estados Unidos, pois é formada em música. Ganhei a passagem de presente e fui assistir a ela. Foi emocionante! COMO É O DIA A DIA NO LAR? NILMA: Aqui, todos são irmãos. Aprendem a ser educados e a compartilhar. Nosso objetivo é que eles tenham uma vida normal – convivam em família, brinquem, tenham tempo para fazer a tarefa de casa e descansem. Atualmente, estamos com sete meninas aqui, mas o grupo já foi bem maior. Chegamos a ter 32 crianças. Hoje recebemos crianças encaminhadas pela Vara da Infância e Juventude, e elas ficam aqui até completarem a maioridade. Alguns continuam como voluntários. GOSTOU DA INICIATIVA? Você também pode ajudar: Lar da Tia Edna – (11) 2577-2043 Rua Luis Goes, 262 – Mirandópolis, SP www.lardatiaedna.com.br Conhece um trabalho social e quer vê-lo aqui? Indique para reportagem@vero.com.br

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PERSONA VERO

#inspiração #históriasdevida #ladobom

GERALDO RUFINO por

Gabriela Ribeiro

foto

Rogerio Alonso

HOMENAGEM DA VERO A PERSONAGENS INSPIRADORES “Pense positivo!” Essa frase está em todas as peças de comunicação da empresa de Geraldo Rufino, 56 anos: cartão de visita, site, comunicados, etc. A explicação é simples: esse é o lema da vida do mineiro, que veio para São Paulo aos quatro, com os pais e mais sete irmãos. Pode parecer clichê, mas ele sempre encontrou a felicidade nas coisas simples. Para brincar, por exemplo, fabricava seus próprios carrinhos. A necessidade de trabalhar veio cedo. Desde os 8, ajudava a pagar as contas de casa. Passou por fábrica de carvão e aterro sanitário – recolhendo lixo reciclável –, até chegar ao Grupo Play Center, no qual ficou por 17 anos. Entrou como office boy e saiu como diretor, para cuidar da sua própria empresa, a JR Diesel, que se tornou uma das maiores recicladoras automotivas do país. Uma reviravolta e tanto! Por isso, a principal regra para seus 180 funcionários é olhar sempre o lado bom das coisas. Pra quem segue o conselho, ele oferece liberdade. “Ensino-os para que façam melhor que eu”, conta. Só assim, hoje, ele pode fazer o que mais gosta: “Sou especialista em fazer nada (risos). Meus filhos comandam tudo, eles são bem melhores que eu. Venho para a empresa para cuidar das pessoas, distribuir sorrisos. Disciplina é bom, mas carinho não tem preço”, diz, satisfeito.

Morador de Tamboré, Geraldo Rufino é casado há 35 anos com Marlene – diferentemente de seu pai, que casou dez vezes antes de falecer, aos 106, no ano passado. Tem três filhos, quatro netinhos e muito amor pra dar.

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Edição Local N OT Í C I A S R E G I O N A I S

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DICAS

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R OT E I R O S

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E N T R E T E N I M E N TO

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E N T R E V I STA S

Grupo de empresários investe em hambúrguer de verdade pág. 8B

VITRINE 25 sugestões de presentes para o seu pai pág. 2B

COWORKING Confira a agenda do OrgâniCo neste mês pág. 16B

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Publieditorial

Florense Alphaville

LANCE DO BEM

Promovido pela Florense Alphaville, o leilão beneficente em prol da Apae Barueri arrecadou cerca de R$ 35 mil com o arremate de 106 peças doadas por profissionais e artistas da região FOTOS THIAGO HENRIQUE

A NOITE de 27 de julho foi histórica para a

Florense Alphaville. Embalados pela frase do animado leiloeiro Roberto Mauro, que dizia: "Não esqueçam que a causa é nobre!", os convidados do leilão beneficente promovido pela loja em prol da Apae Barueri, foram generosos. Eles arremataram 106 peças – parte confeccionada por profissionais de arquitetura e decoração, e parte doada por artistas da região –, o que resultou na arrecadação de R$ 35 mil. "O evento foi incrível, graças ao comparecimento e à participação da comunidade. Até o Mauro (leiloeiro) doou sua comissão para a instituição", conta Cristina Maczka, proprietária da Florense. "As crianças da Apae e toda a equipe agradecem. Estamos muito felizes", completa Samara Lima, coordenadora de desenvolvimento institucional da Apae Barueri .

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1. Equipe da Florense comemora arremate da obra assinada por Michael Clayton 2. Roberto Mauro, leiloeiro 3. Luis Henrique Pereira, Mateus Corradi, Sueli Adorni, Glorinha Battista e Mariza Cundari 4. Michael Clayton 5. Sueli Marques e Samara Lima, da Apae Barueri 6. Cristina Maczka 7. Eduardo e Gisely Oliveira 8. Rodrigo Barga e Graciela Piñero 6B | LOCAL VERO | AGOSTO | 2015

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Capa local

Real Burger

BATE-PAPO COM O GERENTE DO RB Julio Xavier Junior

O público está entendendo o conceito da hamburgueria? Na verdade, estamos tomando muito cuidado em explicar esse conceito. A ideia é apresentar um hambúrguer bacana, com ingredientes de primeira, e fazer disso uma experiência única. Tentamos fazer com que as pessoas saiam daqui pensando “nossa, que gostoso, quero mais!”. E não passando mal de tanto comer, sem lembrar do gosto do hambúrguer. Como ter um atendimento de qualidade? O segredo é uma equipe a fim de trabalhar e com o conceito da casa na ponta da língua. Eles conseguem passar de forma natural.

Espaço interno do Real Burger, que fica na Av. Sagitário, 138, no Alpha Square Mall

VAI UM BURGER AÍ?

Como revela o nome, nova hamburgueria de Alphaville, Real Burger, promete entregar hambúrguer de verdade e de qualidade em ambiente descontraído. No comando, dez empreendedores apaixonados por carne

Quantos burgers saem por dia? Estamos com uma média de 150, 160 lanches por dia. Às vezes mais, outras menos. A expectativa agora é passar os 200. O que mais sai é o Real, que é um clássico cheese-salada, e em segundo, está o Cheddar, que leva hambúrguer artesanal, queijo cheddar, cebolas roxas feita na chapa e pão preto.

por Gabriela Ribeiro fotos Chico Morais

CARNE de primeira. Que, depois de cortada,

moída, modelada – e temperada –, vira hambúrguer. Mas não um qualquer. Um hambúrguer de verdade. Essa é a proposta da mais nova hamburgueria de Alphaville, o Real Burger – inaugurado no dia 6 de julho, no Alpha Square Mall. “Preparamos tudo – tudo mesmo – aqui na casa, diariamente”, garante um dos sócios, Marcio Gozzi. O blend das carnes é segredo para os clientes, mas a base é fraldinha. E não é só isso. Assim como a principal matéria-prima, todos os demais

ingredientes são selecionados. “Queremos oferecer hambúrgueres artesanais feitos sem frescura, mas com qualidade. Acreditamos que menos é mais! Gostamos das coisas simples e muito bem feitas. Foi isso que levamos para a hamburgueria”, relata Marcio. Alinhado a esse princípio, o cardápio da casa, claro, é enxuto. São quatro burgers de carne e um único veggie, três saladas, batata frita rústica e uma sobremesa (tiramisù). Pra acompanhar, cervejas artesanais Jupiter e uma também enxuta – e clássica – carta de drinks. Outros

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pontos contribuem para que o lugar seja um novo point no bairro: ambiente bem cuidado e descolado, atendimento atencioso e uma trilha sonora pensada para deixar todos bem à vontade. Segundo o gerente do RB, Julio Xavier Junior (veja o bate-papo ao lado), a intenção é abolir definitivamente a ideia de que lanches monstruosos é que matam a fome. O que vale aqui é saborear um hambúrguer bem feito e curtir a sensação de viver uma experiência única, em um lugar agradável e aconchegante. Acima, carro-chefe da casa, Real Burger: suculento burger artesanal com blend secreto, queijo prato, tomate, alface americana, picles e pão especial. Abaixo, Kafta, que leva dois burgers de kafta, cebola caramelizada, couve crispy, molho de coalhada com pepino, toque de tahine em dois minipães pita

NOVO MODELO DE NEGÓCIO

Não só de uma proposta diferenciada vive o Real Burger. O modelo de negócios também é inusitado. À frente do restaurante de 60 metros quadrados estão dez sócios. Os idealizadores, Marcos Lage e Lelo Ramos, convidaram oito amigos empreendedores para se juntar à empreitada com um objetivo principal: aumentar a rede social e, consequentemente, a chance de sucesso. “Quando alguém abre um restaurante, conta com a divulgação boca a boca dos seus familiares e amigos. Agora, imagina quando esse

lugar tem dez sócios”, explica Victor Maximiano, que também é um deles. “A quantidade de sócios é uma grande arma para trazer o maior público possível. O interessante é que o grupo é bem relacionado com todo mundo. Cada sócio tem sua rede de amigos, o que potencializa ainda mais essa ideia”, complementa. Esse modelo também foi o que permitiu que os empresários investissem em um ano de cenário econômico incerto. “O investimento, da forma que foi feito, acabou não sendo algo complicado ou arriscado”, conta Carlos Mateos. E Diego Fachini concorda: “Acredito no mercado de Alphaville, e temos um ótimo business para a ativação gastronômica da região”. E mais: garantiu que pessoas de diferentes segmentos participassem do negócio, como é o caso de Carlos Paludo. “Sempre quis ter algo relacionado a gastronomia, porém, minhas atividades são muito distantes. Agora é possível não só estar dentro de um projeto como esse, mas também fazer isso com amigos, ‘gente como eu’, que gosta de comida boa, um bom drink e música de primeira”, conta satisfeito.

QUEM SÃO ELES?

1. CARLOS PALUDO, head da agência Reserva de Ideias, cofundador da rede social EuPaciente e parceiro do Na.SALA; 2. GABRIEL MATIAS, proprietário da Agência Crowd; 3. MARCOS LAGE, fundador da Editora Vero e do OrgâniCo Working; 4. LELO RAMOS, proprietário de bares e restaurantes como o Piola e Cervejaria Patriarca; 5. RAPHAEL VINHA, sócioproprietário da On Construções; 6. PAULO ADORNI, diretor da produtora Adorni Films; 7. VICTOR MAXIMIANO, diretor da Mape Corretora; 8. CARLOS MATEOS, especialista em gestão de investimentos; 9. DIEGO FACHINI, diretor da Dell Anno Alphaville; 10. MARCIO GOZZI, empresário e coordenador de obras na Reinstal.

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Publieditorial

Grupo Plurimus

CONSULTORIA PARA RECUPERAR CRÉDITOS

Com equipe jurídica qualificada, Grupo Plurimus ajuda médias e grandes empresas a reaver valores pagos em impostos e taxas desnecessárias

É COMUM vermos por aí notícias de fraudes contra a Receita Federal – pessoas físicas que sonegam declarações ou mesmo pessoas jurídicas que dão o calote no órgão federal. O que pouca gente sabe é que o contrário também acontece. Mais comum do que se imagina são os casos de empresários que, por vezes, pagam mais impostos que o devido. “O empresário brasileiro é ‘conservador’ e, na hora de pagar impostos, só desconta os créditos dos principais insumos, enquanto especialistas conseguem ter uma visão mais abrangente e segura do que é devido”, explica Dr. Osmar Sampaio, diretor do Grupo Plurimus, escritório especializado em advocacia tributária. Por isso, cada vez mais, médias e grandes empresas estão buscando assessoria para recuperar créditos do Fisco. O Grupo Plurimus, por meio de uma revisão fiscal e tributária, detecta quando foram pagos mais impostos do que o devido e ajuda a reaver o dinheiro ou crédito, pelas vias administrativa ou judicial. Dr. Osmar explica, no entanto, que muitos empresários e gestores ainda têm medo de buscar a recuperação desses créditos. “Existe uma resistência porque eles acreditam que o fato de pedirem esses créditos

CRÉDITOS

pode despertar interesse da Receita Federal e atrair a fiscalização. Mas, com a informatização crescente que vivemos, não será um questionamento administrativo ou judicial que vai atrair a atenção dos auditores”, diz. Outra opção oferecida pelo Grupo é a recuperação de crédito da Previdência Social. “Por meio da revisão previdenciária, ajudamos a empresa a apurar se fez recolhimento maior ou indevido e, ainda, se deixou de excluir alguma tributação. Movemos

um processo administrativo, que pode resultar em crédito para compensar impostos vencidos ou a vencer”, relata. E conclui: “O importante é destacar que, antes de oficializar o pedido de recuperação de crédito, é preciso fazer uma ampla revisão tributária, que envolve o cruzamento de várias informações e consultas às legislações vigentes. Somente após essa etapa é que a empresa pode apresentar ao Fisco o pedido de restituição, com

a segurança dos resultados positivos, dignificando todo o trabalho prestado por nós, especialistas na área. Dá trabalho, pode demorar, mas vale a pena investir!”

Alameda Araguaia, 2.044 Torre 1 – 15o andar – cj. 1501/1514 (11) 4208-5959 www.grupoplurimus.com.br

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Publieditorial

Coaching

O QUE É COACHING?

Segundo John Withmore, ícone em liderança corporativa, o coaching é um processo que libera o potencial de uma pessoa para aumentar ao máximo seu desempenho, ajudando-a aprender, ao invés de ensinar. É um dos dez mais importantes processos de aperfeiçoamento humano, capaz de gerar resultados em menor tempo do que qualquer outro

COACHING: TÉCNICA PRA SE DESENVOLVER

Mais do que um treinamento para se dar bem na carreira, coaching é um processo de aperfeiçoamento humano e promete ajudar a atingir objetivos profissionais e pessoais DIRETOR financeiro de

uma grande multinacional, Fernando Santos nunca hesitou ao ascender em sua carreira profissional. Até que surgiu um novo – e inédito – desafio: suceder a presidência da empresa. Aí bateu aquela angústia. “É um momento delicado, são novas responsabilidades, além de a gestão de pessoas ser muito mais complexa. Hoje tenho uma equipe de gerentes, todos da área financeira administrativa. Quando assumir a presidência, terei uma equipe enorme de diretores de todas as áreas, inclusive meus pares, e esse é um grande desafio”, relata. Para enfrentar essa barreira, ele procurou um processo que tem se mostrado cada vez mais em evidência: o coaching. Funcionou! “Nas conversas com a minha coach, ela não me dizia o que

eu deveria saber para ser um presidente ou como agir, não tem receita de bolo. O que ela fazia era me questionar o tempo todo. E, quando eu explicava o que achava, eu mesmo entendia meus gaps”, conta. E completa: “Hoje estou mais seguro, mas ainda tenho que treinar bastante! O coaching nos dá uma direção, conseguimos ver nossos pontos fortes e o que temos de melhorar; conseguimos identificar quais recursos precisamos, mas temos que treinar para conquistá-los”. No Brasil, o coaching ainda é uma atividade recente – e, às vezes, um pouco incompreendida. Especialistas no processo, Lucila Marques e Mariane Ortiz explicam que a técnica pode ser utilizada tanto na vida profissional quanto na pessoal. “Atingir metas no trabalho, financeiras

ou pessoais, desenvolver ou melhorar alguma competência específica (comunicação, liderança, relacionamento, planejamento, organização, disciplina, etc.), mudar de emprego ou de carreira, preparar-se para uma promoção, planejar a aposentadoria e tomar uma decisão importante são alguns dos objetivos em que o coaching pode ajudar”, relata Lucila. Mas Mariane adverte: “Ele permite a conscientização e a geração de insights para o indivíduo, ajuda a pensar de maneira mais estruturada sobre o que deseja, a perceber pontos obscuros e a analisar a eficácia de suas atitudes para que siga até onde escolheu chegar. No entanto, o maior responsável pelo sucesso do processo de coaching é a própria pessoa”.

“O coach é um amigo profissional, com quem podemos conversar os assuntos que não podemos falar para nossos líderes, colaboradores ou até mesmo em casa. É importante ressaltar que coaching não é terapia, consultoria ou mentoria; pode até esbarrar nesses conceitos mas tem uma condução bastante diferente" Lucila Marques

“Muitos profissionais reclamam que suas empresas não realizam um plano de carreira, mas esquecem que esse planejamento precisa ser feito, primeiramente, por eles mesmos. Planejar significa saber onde você está, aonde quer chegar e quais caminhos e metas deverá cumprir” Mariane Ortiz

Lucila Marques e Mariane Ortiz são coachees e facilitadoras de treinamento comportamental para áreas comerciais. “Fazemos treinamentos sob medida para atender as necessidades e expectativas dos clientes, alinhando ferramentas de coaching com 25 anos de carreira comercial e de marketing”

lucila@lucilamarques.com.br (11) 99906-7789 mariane@marianeortiz.com.br (11) 99946-2089

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OrgâniCo

Agenda de agosto

CELSO MING E COMEMORAÇÃO DO COWORKING DAY EM ALPHAVILLE

Primeiro encontro do 3o Ciclo de Palestras do projeto Na.SALA, com Celso Ming, e programação especial em comemoração ao Coworking Day são os destaque deste mês no OrgâniCo

VOCÊ SABE O QUE É COWORKING?

AGOSTO

Jornalista e comentarista de economia de O Estado de São Paulo há 15 anos, Celso Ming comanda um bate-papo descontraído sobre o cenário do país. E esse é só o primeiro encontro do 3o Ciclo de Palestras do Na.SALA. No segundo semestre, o projeto apresenta nomes como Carlos Bremer, Luiz Felipe Pondé, Ling Wang e Rosely Sayão. Fique ligado! 18/08, às 20h – R$ 160

INBOUND MARKETING – APRENDA COMO TRANSFORMAR OS VISITANTES DE SEU WEBSITE EM CLIENTES O Inbound marketing ou marketing de atração é uma forma de publicidade digital eficaz na qual a empresa se promove por meio de ferramentas como blogs, podcasts, vídeo, ebooks, newsletters, whitepapers e SEO. Especialista no assunto, Alexandre

Cezário de Campos, que é também cocriador e diretor de Negócios da Agência Visia, ministra palestra no dia 12.

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07/08, das 10h às 20h – Coworking Day no OrgâniCo De 10 a 14/08 – Semana para degustação do espaço do OrgâniCo (necessário agendar antecipadamente pelo telefone (11) 2424-1010)

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CONVERSANDO COM CELSO MING

É um modelo de trabalho que se baseia no compartilhamento de espaço e recursos de escritório! Nele se reúnem profissionais liberais, empresários, empreendedores, entre outros. É um espaço para networking, geração de negócios e ideias. O conceito, que inspirou a criação, no ano passado, em Alphaville, do OrgâniCo – um inovador hub de empreendedores –, completa dez anos em 2015. Tudo começou com o americano Brad Neuberg, que decidiu compartilhar com outros interessados o espaço que alugava para trabalhar. Hoje coworkings do mundo inteiro celebram o 9 de agosto como o Coworking Day. No Brasil, neste ano, o evento será comemorado no dia 7 de agosto e o OrgâniCo não vai ficar de fora. Nesse dia, haverá uma programação especial no espaço, com comidinhas, palestra especial, escalada e happy hour com música boa e cerveja. Na semana seguinte, de 10 a 14 de agosto, qualquer pessoa pode escolher um dia para fazer uma degustação. Ou seja, trabalhar durante um dia inteiro gratuitamente!

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Kia mohave 4X4 3.8 v6 24v 275Cv 4 portas automátiCo Gasolina r$ 59.900 Com 70.000 km, teto solar elétrico, roda de liga leve, 10 air bags, vidros e travas elétricas, ar-condicionado digital, 7 lugares, placa final 5

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