Revista VERO | Jun/2015

Page 1

ยงยค 7>< b 867;

O VALOR DE SER POSITIVO

para empreender

โ nรฃo hรก

momento idealโ ( *. +$*) $-*. $)/ -) / )* ลต- .$'W Bob WollheimW !0) *- * 4*0 *'0)$./ W *)/ *(* -$ .0 +-ร +-$ .*-/ pรกg. 32A

PALESTRA GRATUITA DIA 16/06, ร S 20H, NO ORGร NICO WORKING

VR186_capa+R.indd 1

27/05/15 18:58


VR186_Duplas_Neur么nio.indd 2

27/05/15 19:59


VR186_Duplas_Neur么nio.indd 3

27/05/15 20:00


VR186_Duplas_Neur么nio.indd 4

27/05/15 20:00


VR186_Duplas_Neur么nio.indd 5

27/05/15 20:00


VR186_Duplas_Neur么nio.indd 6

27/05/15 20:00


VR186_Duplas_Neur么nio.indd 7

27/05/15 20:01


ATITUDE ALPHAVILLE

2015

Começamos!

Com diversão e conteúdo, nosso objetivo é deixar a região cada vez mais gostosa para viver

VR186_Duplas_Neurônio.indd 8

PRINCIPAIS AÇÕES

î Piquenique na praça ï 3DOHVWUDV VREUH FLGDGHV ï 3U¬PLR $WLWXGH $OSKDYLOOH ï 5HSRUWDJHQV H PXLWR PDLV

27/05/15 20:01


Mostre que você é parte integrante desta comunidade. Participe das ações. Seja um embaixador.

COPATROCÍNIO E APOIO

REALIZAÇÃO

DWLWXGHDOSKDYLOOH FRP EU

VR186_Duplas_Neurônio.indd 9

27/05/15 20:01


EDITORIAL VERO DIRETOR

- *. " *55$ b ( - *.Ŷ1 -*X *(X - GERENTE * -/ 0-' ) b -* -/ !0-' )Ŷ1 -*X *(X -

Aquecendo os motores TODO )* ­ ..$(X - ,0 + .. 1* ) *X 0 ) * " )/ . Ë *)/ W . $. ( . . . + .. - (W . )"- ) " ). %Ë ./Í* /* * 1 +*-X ŷ'$Ë.W +*- ,0$W ./Í* ( .(* K )* -$/(* ./ $ŴÍ*U ŵ* *''# $(W )*.. + ' $ )/- 1$./ ) +Ë"X 98ŷ W ,0 * $" X " (+- ) *- 0( *. +-$( $-*. /- '# - *( $)/ -) / )* ŵ- .$'W ' )*. *)/*0 *(* *) $'$ +*.$ŴÍ* 'µ - 0( *. ( $*- . "-0+*. *(0)$ ŴÍ* * + µ. .0 +-Å+-$ (+- . W 4*0 X - 1 ' \ H Í* #Ë (*( )/* $ ' + - (+- ) -X .. - (*W ­ +- $.* -$ - +-Å+-$ .*-/ W )Í* Ë + - .+ - - ' $- )* *'*HX 0/- (+- .Ë-$ K ,0$ - "$Í* KW -$. 5& W +-*+-$ /Ë-$ '*- ). ŷ'+# 1$'' W *) *- / )/* *( ŵ* ,0 W ) *)/- (Í* .. )Ë-$* $) -/ 5 .W ./Ë (+'$ ) * .0 '*% 3+ ) $) * .0 '$)# (Å1 $. +Ë"X 8ŵ X ŷ$) .* - * ..0)/*W )*.. . ŴÍ* (+- ) *-$.(* +Ë"X 8>ŷ *)/ #$./Å-$ *$.

%*1 ). ,0 - !*-Ŵ ( $ $ ,0 W + - -$ - 0( *( ) "Å $*W )Í* ­ +- $.* - $)1 )/ - -* X *( 0( .*'0ŴÍ* .$(+' . *)Æ($ W ' . - .*'1 - ( 0( +-* ' ( *(0(\ * .+ #* ) *( ) . K ./Í* '0 - ) * *( $..*X * ( $* / )/*. *). ) "Å $*.W * )*/µ $ ­ ,0 . $ . / ( ­( . "0 ( )*. .0-+- ) ) *X +Ë"$) 7>ŷW - 0)$(*. $1 -.*. . . '* $. ,0 ./Í* - 0+ - ) * . 0. -$*. 0- )*. W *( $..*W 0( )/ ) * ,0 '$ 1$ ,0 ( (*- +*- + -/* K W ,0 - W %0 ) * - .*'1 - * +-* ' ( (0) $ ' -$. IË"0 U ( $) * ' )Ŵ ( )/* . "0) $ŴÍ* * - )&$)" - / ' /* *-& Hŷ. ( '#*- . (+- . . + - /- '# - K ŵ -0 -$ - "$Í*H 8<ŷ 0( .+ $ ' 0 ŴÍ* 76ŵ U 0 1 )# ( ( $. . $. ( . . # $*. (+- ) *-$.(*W 0 ŴÍ* $ )$ X THAIS SANT'ANA

Entenda os 3 cadernos: caderno A : neurônio VERo

)/- 1$./ . 3 '0.$1 . ( /­-$ . - ' $*) . / ( . - ' 1 )/ . *(* ­/$ W *(+*-/ ( )/*W (+- ) *-$.(* 0- )$ .W '­( *'0)$./ . + .*

CIDADES | ATITUDE

EDITOR EXECUTIVO #$ * 3 b #$ *( 3Ŷ1 -*X *(X EDITORA # $. )/Iŷ) b /# $.Ŷ1 -*X *(X REPORTAGEM -$ ' $ $-* b - +*-/ " (Ŷ1 -*X *(X - DESIGN #$ * 3 $- ŴÍ* W ) µ) $)$5 .$") - 0 - * -$ /* ..$./ )/ -/ COLUNISTAS ŵ* *''# $(W 'Ë1$* $&*1 / W 0'$* ( .W 0$. '$+ *) ­W Ë-$* ­-"$* *-/ '' $ * Ë COLABORADORES DE TEXTO ($' * ŵ (W -) ) Iŷ)" '*W 4 - ŷ5 1 *W 0'$ ) 0 -/ 0'$* ( . FOTOGRAFIA - 5$ ŷ' *1 W 0 . '&0/W * -$"* - ( )/*W *"­-$* ŷ'*).*W /$ ) ( -"*W #$ "* )-$,0 ­ -$ ' FOTO DA CAPA Chico Max REVISÃO 9 ŵ *).0'/$)" PRODUÇÃO GRÁFICA )$ ' .,0 . COMERCIAL -) ) 0),0 $- W -$ 0' *' * ..$./ )/ W

-µ'$ ) -$ 0+$ -- ATITUDE ALPHAVILLE )$) ' $) **- ) *- . ''

" '#Í . ./ "$Ë-$ FINANCEIRO – SAFE BACK OFFICE ŷ) - * -$"0 . " - )/ W ŷ) -­ ŵ0 / - / ) $( )/* W $'$ ) -Ŵ*) ..$./ )/ !$) ) $- W .'' 4 ( . )* 03$'$ - !$) ) $-* ' $ $'1

EDITORA LAGE

-"Ì)$ * *-&$)" ŷ'+# ,0 - '' ŷ1X "$/Ë-$*W 79>W '*% =8W ŷ'+# 1$'' W ŵ -0 -$D (11) 4195-9666 1 -*X *(X CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO -Ë!$ *" @ -$)/ 86 ($' 3 (+' - .

ŷ F ŷ ÉTICA

caderno B: local vero

ŷ,0$ 1* ® +* -Ë !$ - +*- )/-* ..0)/*. ,0 /®( $(+ /* $- /* ) - "$Í* 1 - -*/ $-*. 3 '0.$1*. *( $ . * ,0 #Ë ( '#*- ) +-*"- ( ŴÍ* * (®.

caderno C: promo vero

( "0$ *).0(*W . -1$Ŵ*.W . Ô +-*(*ŴÇ .

10A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Capa neuronio+R.indd 10

27/05/15 18:35


32 Empreendedor nato e pioneiro em fazer negócios com internet, Bob Wollheim revela suas projeções para o segundo semestre de 2015

28 Dupla cria o Mandaê, uma solução simples, barata e lucrativa para envio de encomendas

12

Como cuidar da sua rua, do seu bairro e da sua cidade sem depender de ações do governo

Cidades pelo mundo estão resgatando seus rios metropolitanos. Confira!

18

12Atitude | 16Novos Talentos | 18Rios pelo mundo| 24Julio Lamas 26GPTW Barueri e região | 28Empreendedorismo | 30Bob Wollheim | 32Capa | 40Gikovate 42Xico Sá | 44Cortella | 46Pondé | 48Perfil Social | 50Persona

VR186_Capa neuronio+R.indd 11

27/05/15 18:35


ATITUDE

#cidades #intervenções #urbanidades

QUAL FOI O DESAFIO MAIS RECENTE CRIADO PELO MÚRMURA? Foi o desafio “Traga a Natureza pra Cidade”, criado em parceria com a Zebu Mídias Sustentáveis – empresa que trabalha com experiência, design e sustentabilidade, usando materiais recicláveis, tintas orgânicas e recursos limpos para criar propostas de comunicação mais coerentes com o mundo atual. Como o nome já diz, o objetivo é inspirar e engajar a população para criar intervenções que atinjam o objetivo de “trazer a natureza para a cidade”, seja com um canteirinho verde em uma calçada, seja com uma horta orgânica numa praça.

Plataforma colaborativa de crowdfunding incentiva pessoas a criar – e executar – ações que melhorem a vida nas cidades Quem nunca se pegou reclamando da falta de ações dos governos para melhorar a vida nas cidades? O problema é que, por outro lado, pouquíssimas pessoas já notaram que cuidar da sua rua, do seu bairro e da sua cidade também é responsabilidade delas. O objetivo da plataforma colaborativa de crowdfunding Múrmura (murmura.cc) é justamente este: ajudar as pessoas a criarem ações simples, criativas, replicáveis e inspiradoras para as cidades. Mas não basta apenas lançar a ideia, é preciso colocar a mão na massa e promovê-las. “Uma das formas como atuamos é por meio de desafios. Um desafio é um convite para que qualquer pessoa, coletivo ou organização realize intervenções urbanas em qualquer escala e em qualquer lugar público e, em troca, além dos benefícios que as ações trazem para o coletivo, receba uma recompensa pela participação”, conta Gabriel Gomes, fundador do projeto. O dinheiro para premiar essas iniciativas inspiradoras vem dos Patronos do Múrmura – pessoas que todos os meses doam uma quantia para que a plataforma exista. É ou não é uma boa ideia? Confira a entrevista:

QUAL O OBJETIVO PRINCIPAL DOS DESAFIOS? Nosso objetivo é mostrar que pequenas ações podem, sim, ser replicadas em grande escala. Tanto que o ganhador do desafio receberá apoio para replicar a ação em grande escala no Rio de Janeiro. Para escolher o vencedor, os Patronos do Múrmura – pessoas que todos os meses doam uma quantia para que a plataforma exista – vão votar, junto com a equipe do Múrmura e da Zebu, na ação vencedora. De qualquer forma, todos os participantes do desafio ganham uma recompensa surpresa por suas iniciativas.

FOTOS DIVULGAÇÃO

YES, WE CAN!

E COMO, EM GERAL, É O RECEBIMENTO DESSES DESAFIOS PELAS PESSOAS? A participação ainda é tímida, mas vem aumentando progressivamente. Esse desafio da natureza, por exemplo, foi lançado no dia 13 de abril, e estendemos o prazo de envio de ações até o dia 31 de maio. Até o momento (a entrevista foi realizada no dia 20 de maio), já recebemos 12 inscrições. Algumas são ações de fato, outras são ideias de ações que ainda não foram implementadas. Entre as ações, podemos destacar a Poste Parade, criado pelo Coletivo Escala Humana (bit.ly/posteparade); a horta comunitária do Cosme Velho, criada e mantida por moradores do bairro no antigo terreno baldio ao lado do bondinho para o Cristo Redentor (bit.ly/cosmevelho); e o projeto Ervas SP (bit.ly/ervassp).

12A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Notas_Cidades_B+R.indd 12

28/05/15 11:47


GIGANTE DE MADEIRA

Quando alguém conta que determinado prédio foi construído com recursos sustentáveis, você já logo imagina aquelas coisas mirabolantes invisíveis para os reles mortais, certo? Pois vem do escritório dinamarquês de arquitetura C.F. Moller uma novidade que vai saltar aos olhos na cidade de Estocolmo: o primeiro arranha-céu com estrutura de madeira maciça do planeta. A obra de 34 andares e 11 mil m², com término previsto até 2023, tem tudo para se tornar um marco arquitetônico visivelmente sustentável. Apenas o núcleo empregará concreto. O restante do esqueleto levará apenas CLT (madeira laminada cruzada) aparente. Pra completar: todos os cem apartamentos serão abastecidos com a energia proveniente de painéis solares.

ALPHAVILLE COLORIDA OUTRA VEZ!

Quem estava ansioso para ver cores cobrindo as dez letras que compõem o principal cartão-postal de Alphaville – o letreiro na entrada do bairro –, pode comemorar! No próximo dia 15 de agosto, ele vai se transformar numa grande tela para artistas da região. Organizada pela campanha Atitude Alphaville – e autorizada pela Associação Residencial e Empresarial Alphaville (AREA) –, a pintura vai dar vida ao letreiro por 90 dias. Já dá para preparar a pose e a câmera fotográfica!

MAIS 1.500 KM DE CICLOVIAS EM SP

A prefeitura da cidade de São Paulo pretende instalar mais de 1.500 km de ciclovias por toda a capital até 2030. É o que revelou a primeira versão do Plano de Mobilidade de São Paulo – Modo Bicicleta, divulgado recentemente pela Secretaria Municipal de Transportes. Além da construção dos novos trechos, o projeto prevê ampliação da rede, expansão do compartilhamento de bicicletas, bicicletários e paraciclos e criação de ações e programas educacionais que promovam o uso da magrela.

2015 | JUNHO | NEURÔNIO VERO | 13A

VR186_Notas_Cidades_B+R.indd 13

28/05/15 11:47


PALESTRA COM JULIO LAMAS EM ALPHAVILLE

O colunista da VERO e especialista em cidades Julio Lamas ministra palestra em Alphaville no dia 15 de junho! O tema é “Ser urbano - problemas e soluções sustentáveis para as cidades no século XXI?”. Gostou? Confira todas as informações na página 32B.

PRÊMIO ATITUDE ALPHAVILLE

MAIS TRANSPORTE SOBRE TRILHOS

Em 2014, os sistemas de transporte sobre trilhos em operação no Brasil transportaram 2,9 bilhões de passageiros – 4,4% mais do que em 2013, de acordo com a Associação Nacional dos Transportadores de Passageiros sobre Trilhos (ANPTrilhos). Parece pouco, mas a tendência é de melhora. De acordo com a mesma entidade, o transporte sobre trilhos tem hoje pouco mais de mil quilômetros espalhados por 40 linhas. Nos próximos cinco anos, os sistemas devem ser ampliados em 336 quilômetros, por conta de 20 projetos que já estão contratados ou em execução. Entre eles, novas linhas de trem e metrô em São Paulo e projetos de VLT no Rio, em Cuiabá, Fortaleza e Goiânia.

OBJETIVO É HOMENAGEAR AS BOAS AÇÕES DO BAIRRO

Conhece alguém que contribui com o bairro com alguma ação positiva? Pode ser uma pessoa que oferece carona aos vizinhos para diminuir o número de carros nas ruas, uma ONG ou um sujeito que junta a criançada do condomínio para fazer arte! Uma das bandeiras da Campanha Atitude Alphaville é enaltecer essas atitudes transformadoras que, às vezes, estão mais perto do que a gente imagina. Por isso, os interessados em participar do Prêmio Atitude Alphaville, que neste ano será revelado em outubro, já podem se inscrever pelo e-mail atitude@vero. com.br. Participe ou indique alguém!

COPATROCÍNIO E APOIO

Conhece outras iniciativas positivas, na nossa região ou em outras cidades, para deixar a vida das pessoas melhor? Indique para atitude@vero.com.br

REALIZAÇÃO

Participe! Leia as matérias e faça parte do movimento por uma região cada vez mais gostosa! Informações: atitudealphaville.com.br

14A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Notas_Cidades_B+R.indd 14

28/05/15 11:47


VR186_Notas_Cidades_B+R.indd 15

BRIEL

2015 | JUNHO | NEURテ年IO VERO | 15A

28/05/15 11:47


TALENTOS

#partiuHarvard #prêmioderobótica #nalistadaForbes

JOVENS CABEÇAS!

Dar aula em Harvard, vencer competição de robótica e criar uma startup milionária. Parece coisa de gente grande, né? Conheça esses meninos que realmente sabem usar a tecnologia a seu favor

DE CAICÓ, cidade do interior do Rio Grande do Norte, saiu Jesiel Lucena, 24, rumo a Boston, nos Estados Unidos, sem saber que se tornaria professor da Harvard. A mudança de país aconteceu há um ano, quando o jovem – que cursou Engenharia da Computação na Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) depois de passar no vestibular aos 17 – foi fazer mestrado na Worcester Polytechnic Institute, na mesma cidade, por meio do programa Ciências sem Fronteiras. Sua pretensão era estudar todo o universo dos games. Ele só não esperava conseguir o estágio dos sonhos: dar aulas de Vídeo Game Development e Produção Musical – já que também é DJ e produtor musical – em um curso de verão na mais prestigiada universidade do mundo. As aulas começam na última semana de junho e se estendem até a segunda semana de agosto. “Nunca achei que fosse chegar aqui, está sendo tudo maravilhoso", conta. Alguém duvida que esse menino tem futuro?

PROJETAR e programar um robô com eficiência e estratégia não era a única função da jovem estudante de 13 anos Caroline Santos Garcia e sua turma do 9 o ano do colégio SESI-SP de Birigui, interior de São Paulo. Para conseguir uma boa pontuação no Torneio de Robótica First Lego League (FLL), eles também precisavam apresentar soluções inovadoras no tema desta temporada – o futuro da aprendizagem – e demonstrar companheirismo e ética na disputa. Fizeram isso tão bem que venceram a competição, em março deste ano, em Brasília, superando outras 59 equipes de escolas públicas e particulares de 18 estados. E não foi só isso: “No projeto da robótica, também consegui me expressar melhor, o que vai ser essencial para o meu futuro como jornalista”, sonha a garota.

TORNAR-SE milionário aos 18 anos com sua empresa própria não é para qualquer um. Pedro Franceschi, carioca, e Henrique Dubugras, paulista, são dois sócios da mesma idade que conseguiram esse feito. Amantes da tecnologia desde novinhos, eles resolveram se unir e investir na startup Pagar.me, um sistema de pagamentos online para lojas virtuais. Hoje os pequenos gigantes já somam mais de 200 clientes na cartela, como Veduca e Catarse, e faturaram 500 milhões de reais. E mais: neste ano eles aparecem entre os jovens mais influentes abaixo de 30 anos da revista Forbes. Em 2018 os garotos planejam focar nos estudos, já que foram aprovados nas universidades americanas MIT e Babson College.

REALIZAÇÃO

16A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Talentos+R.indd 16

27/05/15 18:41


VR186_Talentos+R.indd 17

27/05/15 18:41


CIDADES

#rios #resgate #semcrisehídrica

Resgatam-se rios! Diversas cidades globais estão investindo em projetos urbanísticos para recuperar seus rios metropolitanos. Escondidos ou não pelo asfalto, o resgate deles pode ser a solução para mais sustentabilidade e água no futuro por

Julio Lamas

Em Seul, via elevada construída sobre o rio foi derrubada, 40 anos depois, e curso do Cheonggyecheon foi recuperado

18A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat_rios+r.indd 18

27/05/15 18:42


QUEM passou, no mês de abril, entre a 7ª e a 9ª ruas que cruzam a Market Street, uma das principais vias de São Francisco, na Califórnia, escutou sons diferentes e destoantes da sonoplastia incidental de uma cidade grande: os cantos de pássaros que não se podiam enxergar, o vento passando entre as folhagens de árvores que não estavam lá e o correr de um riacho invisível. Este último é o único que existe, mas está sob os carros. “Seu nome é Hayes Creek. Ele passa por baixo da San Francisco Symphony Hall e de prédios do Civic Center. Até o final do século XIX, era possível vê-lo na primavera e no verão. No entanto, conforme a cidade se expandia, ele se tornou um obstáculo incômodo e foi pavimentado como muitos rios e córregos da cidade”, conta a designer e artista plástica Emily Slickman, criadora da instalação “Ghost Arroyos” (combinação de “fantasma”, em inglês, e “riacho” em espanhol), que simula a sensação de se estar próximo ao Hayes Creek sem a necessidade de uma máquina do tempo. Pintado em cima do asfalto está o desenho do seu provável curso natural. “Nosso objetivo era trazer ao conhecimento das pessoas essa geografia natural e esquecida, que não aparece mais nos mapas de hoje”, explica ela. O projeto de Slickman marcou o San Francisco Prototyping Festival, cuja proposta é usar o espaço físico da rua como plataforma para a criação de instalações de arte públicas e interativas. Ressuscitar o Hayes Creek por meio de mapas antigos, de acordo com a artista, é também uma forma de colocar uma pergunta: uma relação mais próxima e sustentável com os rios urbanos é

possível? “Em muitos lugares em que não suspeitamos, correm rios, escondidos pelos prédios e ruas. Há movimentos em muitas cidades globais para trazê-los de volta para a paisagem”, diz. Na própria São Francisco, por exemplo, a prefeitura, por meio de seu departamento de águas, estuda a possibilidade de tornar real o resgate de um dos seus cursos d’água a partir de 2016, o Upper Yosemite Creek, que nasce nos limites do famoso parque Yosemite e avança por baixo da cidade até a Universidade Mound Reservoir. Resgates dessa natureza têm se tornado comuns por dois motivos, explica a arquiteta americana Mia Lehrer, uma das autoras do plano diretor de revitalização do rio Los Angeles, na Califórnia. “Dentro do contexto das mudanças climáticas e do aquecimento global, os rios urbanos, quando recuperados, ajudam a reduzir as altas temperaturas das ilhas de calor causadas pelas emissões de CO2 e a criar novas fontes de abastecimento de água. Isso vem a calhar em uma metrópole como Los Angeles, que sofre há quatro anos com a crise hídrica, a exemplo de São Paulo. O desafio é fazer isso de maneira sustentável, equilibrando a demanda por moradias e transporte”, conta. O Los Angeles passa ao lado de 390 mil residências e 80 mil empresas. Da sua vazão de 6,4 metros cúbicos por segundo, quase nada é usado para o consumo humano, pois a água ainda está poluída por agrotóxicos e efluentes. Com investimentos de 1 bilhão de dólares em parques, trilhas e áreas verdes com mata nativa, a cidade tem como objetivo fazer uso de sua água até 2020.

ALTO CUSTO POLÍTICO “No entanto, executar projetos como a recuperação de um rio no meio da cidade pode representar um custo político alto. Isso pode ir de encontro a interesses imobiliários ou tirar espaços dos carros particulares nas ruas, como foi no caso de Seul”, pondera o urbanista sul-coreano In Keun Lee, ex-secretário de planejamento e infraestrutura do governo metropolitano de Seul. Ele foi responsável por um dos mais bemsucedidos cases globais de recuperação de um rio urbano: o Cheonggyecheon. Vítima de um processo acelerado de urbanização e industrialização, esse rio acabou poluído após o desmatamento de suas marginais, na década de 1940, e se tornou um obstáculo à expansão da cidade por conta de enchentes frequentes. A resposta encontrada pelos governantes, em 1961, foi pavimentá-lo, transformando-o em uma importante via de acesso da capital sul-coreana. “Como em São Paulo, o resultado foi uma cidade estagnada pelo excesso de veículos, ameaçada por um ar perigosamente poluído e com déficit de áreas verdes”, conta Lee. Em 2000, o governo viu-se obrigado a investir em uma reforma da obra rodoviária. “A decisão foi ousada e bastante contestada. Gastamos 367 milhões de dólares, derrubamos o elevado, investimos em linhas de ônibus exclusivas e recuperamos o curso do Cheonggyecheon, junto com a sua biodiversidade natural”, lembra. A ideia não era apenas ressuscitar o coração verde de Seul, mas também criar um novo símbolo da identidade da cidade no século XXI, afirma Lee. Realizado entre 2003 e 2005, o projeto transformou

2015 | JUNHO | NEURÔNIO VERO | 19A

VR186_mat_rios+r.indd 19

27/05/15 18:42


EM SEUL, O PROJETO DE RECUPERAÇÃO DO RIO CHEONGGYECHEON CRIOU UM PARQUE DE 5,3 KM QUE RECEBE 60 MIL PESSOAS DIARIAMENTE a área asfaltada em um parque de quase 5,3 quilômetros junto ao curso do rio, que recebe diariamente cerca de 60 mil pessoas. “Entre obras de mobilidade voltadas para o transporte público, novas políticas de estacionamento e a volta do Cheonggyecheon à superfície com o parque, cerca de 170 mil carros foram tirados do centro da cidade. Com a redução do tráfego, conseguimos cortar pela metade as emissões dos veículos e reduzir a temperatura da região em até 5oC”, diz Lee. De acordo com ele, São Paulo poderia trabalhar com conceitos semelhantes, combinando planejamento de mobilidade e recuperação de rios, mas teria que controlar também ocupações desordenadas em áreas de mananciais. MANANCIAIS (RE)ORDENADOS Para se ter uma ideia, em março de 2015, pela primeira vez desde a sua construção, em 1973, o sistema Cantareira deixou de ser a principal fonte de abastecimento da maior metrópole brasileira, segundo a Sabesp. Com 69% de sua capacidade de 1,2 trilhão de litros destinados a isso, a Guarapiranga ocupou a liderança, fornecendo água para 5,2 milhões nas regiões sul e sudeste da capital paulista, além dos municípios de Embu-Guaçu, Taboão da Serra e Cotia. Contudo, a ocupação desorganizada ao redor do

manancial impõe uma verdadeira ameaça à qualidade da água captada ali. Das 800 mil pessoas que vivem nos arredores, a Sabesp estima que apenas metade conte com algum serviço de coleta de esgoto e 40% das moradias estejam em terrenos invadidos. “Além disso, parte da água que chega ali é do Rio Pinheiros (considerado um rio altamente poluído, segundo os parâmetros de qualidade do Conselho Nacional de Meio Ambiente). Na prática, água não falta, mas está poluída por uma cidade que cresceu desordenadamente”, comenta Ney Meyer, engenheiro do Departamento de Águas e Energia Elétrica do Estado de São Paulo (DAEE). “Por lá, a poluição do esgoto despejado gera florações de algas que dificultam e encarecem o tratamento da água”, explica Ricardo Araújo, coordenador do Programa Mananciais da Sabesp. Essas algas são cianobactérias, se alimentam da matéria orgânica do esgoto despejado ali e produzem toxinas prejudiciais para o bioma aquático e os seres humanos que venham a consumi-la. A mesma situação se repete na Billings. Quatro vezes maior que a Guarapiranga, ela tem cerca 800 quilômetros de margens e capacidade de armazenamento dez vezes maior que a do sistema Cantareira. Embora a Sabesp utilize parte disso para o abastecimento – por volta de 7,4

COMO SÃO TRATADOS OS RIOS NA CAPITAL PAULISTA

São Paulo coleta 97% de seu esgoto, mas trata apenas 75% dele, segundo a Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) Aproximadamente 10 milhões de litros de esgoto industrial – que é até seis vezes mais tóxico que o residencial – são despejados por hora nos rios da capital No Rio Pinheiros, 40% do esgoto gerado nas proximidades é despejado em sua bacia. Ele teria apenas 1/5 do volume atual se não recebesse o esgoto de outros córregos, galerias e ligações sanitárias clandestinas

20A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat_rios+r.indd 20

27/05/15 18:42


metros cúbicos por segundo, em dois pontos distantes da periferia que a cerca –, ela está muito aquém do que poderia fornecer. Considerada uma “caixa d’água” para a região metropolitana, planos de aumentar seu uso ainda em 2015 foram abandonados pelo governador Geraldo Alckmin por conta dos altos custos para tratar suas águas extremamente poluídas em curto prazo. Um dos fatores complicantes é que mais de 50% de sua água vem do Rio Pinheiros. “Em 1980, a região da Guarapiranga tinha 320 mil moradores – cerca de 15 anos depois, já eram 550 mil. Hoje, somando com a ocupação da Billings, são mais de 2,3 milhões de moradores em áreas de mananciais na cidade, uma população maior que a de capitais como Recife ou Porto Alegre que desmatou uma grande área de Mata Atlântica diretamente adjacente aos maiores reservatórios de água da cidade”, conta Araújo. “Em 1990, o custo para limpar a água das represas já tinha aumentado demais, mas o nível de poluição é mantido estacionário pelo controle da Sabesp desde então. O mais prático seria tirar as pessoas dali, mas isso é socialmente impossível. O custo é imensurável, pois algumas estão ali há mais de 30 ou 40 anos”, diz. UM CANTINHO NO CÉU Contudo, parte do problema já poderia ser resolvida localmente com uma urbanização mais inteligente das suas margens. Em 2009, como forma de regularizar as ocupações, o governo do estado criou uma lei específica para anistiar cerca de 200 mil imóveis que estivessem a mais de 50 metros

da represa Billings, abrindo espaço para as obras de saneamento básico da Sabesp e um novo planejamento. Entre 2008 e 2012, o arquiteto Marcos Boldarini – responsável pelo projeto de requalificação do bairro Cantinho do Céu, na área do manancial – e um grupo multitécnico de urbanistas trabalharam nesse pequeno pedaço da Billings, onde vivem aproximadamente 30 mil pessoas, com o objetivo de conciliar as moradias irregulares com a conservação da água. Financiados pela Secretaria Municipal de Habitação de São Paulo e pela Sabesp, eles realojaram os moradores em áreas de riscos de deslizamentos e redesenharam ruas de acordo com os pontos de interesse social da região, integrando-os às malhas viárias principais e ao sistema de transporte público. “Além disso, como forma de recuperar drenagem natural

e inserir os habitantes na paisagem da represa, um parque de 1,5 quilômetro foi criado com decks, pistas de skate, quadras poliesportivas, um cinema ao ar livre e amplas áreas de passeio para pedestres e ciclistas”, conta Boldarini. Nos próximos sete anos, a prefeitura e a Sabesp devem investir mais de 2 bilhões de reais em iniciativas de urbanização de áreas de mananciais a partir das lições aprendidas com o Cantinho do Céu. No interior do estado, é possível encontrar uma relação entre cidade e rio que deu certo. O rio Sorocaba tornou-se uma fonte de renda turística. Parte do trabalho foi requalificar as ruas de suas marginais com um plano de adequação ambiental e paisagística realizado pela ESALQ/USP. O Projeto Beira-Rio, terminado em 2012, manteve a preservação da vegetação local no

Bairro Cantinho do Céu, localizado numa área de manacial da reprea Billings, foi recuperado por arquitetos com o objetivo de conciliar moradias irregulares com a conservação da água

2015 | JUNHO | NEURÔNIO VERO | 21A

VR186_mat_rios+r.indd 21

27/05/15 18:43


"A CRISE NÃO É HÍDRICA, É HUMANA. O QUE GERA A CRISE É A NOSSA INTERFERÊNCIA", DIZ O GEÓGRAFO LUIZ DE CAMPOS JR.

TEM JEITO? Recuperação do Tietê pode estar perto

Instalação “Ghost Arroyos” pintou no asfalto de San Francisco o provável curso do rio Hayes Creek

cerne da recuperação do rio. Engenheiros ambientais realizaram um censo local das espécies vegetais e com isso implantaram corredores verdes e interligações para os remanescentes florestais da região. “Com tratamento da água e preservação da natureza ao seu redor, é possível que cidade e água possam coexistir”, afirma Carlos Leite, professor da FAU-USP e responsável pelo projeto de revitalização do Rio Sorocaba, que tem calçadas para caminhada e 14 km de ciclovias, nas margens direitas e esquerda, além de ciclopontes interligando as duas pistas. A SOLUÇÃO É RECONECTAR “A gente costuma brincar dizendo que a crise não é hídrica, é humana. O que gera a crise é a nossa interferência, o que fazemos e o que jogamos na água todos os dias”, comenta o geógrafo Luiz de Campos Jr., co-criador da iniciativa Rios e Ruas ao lado do amigo e arquiteto

José Bueno. Juntos, eles já fizeram mais de 80 expedições pela cidade em busca dos cursos d’água da capital que foram escondidos pelo crescimento da cidade, a exemplo do Hayes Creek. Ao todo, já foram descobertos mais de 300 rios, riachos e córregos “invisíveis” nos últimos cinco anos – número maio que a estimativa do mapa hidrográfico oficial da cidade, que conta 287. “Eles se espalham por mais de 3,5 mil quilômetros. A cada 200 metros que se anda em São Paulo, há um curso enterrado vivo sob o asfalto. Na avenida Paulista, por exemplo, tem o Saracura, que desce pela avenida Nove de Julho até o Tamanduateí. Sob a 23 de Maio, temos o Tororó”, conta Bueno. Revitalizar esses trechos, segundo eles, depende também de uma reconexão dos paulistanos com o riacho. “Precisamos resgatar as histórias desses rios. Se essas mesmas águas ajudaram a criar a cidade, hoje elas podem salvá-la”, diz Campos.

Calcula-se que 30% do esgoto gerado e não tratado em toda a cidade acabe no Rio Tietê. Mas, de acordo com a Fundação SOS Mata Atlântica, um futuro no qual o rio possa ser usado para o abastecimento da cidade novamente não está tão distante. Relatório de 2014 da ONG aponta que o trecho considerado morto do rio Tietê diminuiu 70,8% em quatro anos. O levantamento indica que o trecho sem oxigênio, ou seja, sem capacidade de comportar vida, caiu de 243 km em 2010 para 71 km em 2014, entre Guarulhos e Pirapora do Bom Jesus. “Em municípios como Salesópolis e Mogi das Cruzes, no alto da bacia, já é considerado um trecho de classe dois, que pode ser usado no abastecimento e na irrigação de alimentos”, conta Malu Ribeiro, coordenadora da SOS Mata Atlântica. “Quando ele chega à capital, se torna completamente alterado, a vazão é baixa e a carga de poluição dificulta o tratamento e também o transporte. Porém, nos períodos de chuva, quando a vazão aumenta, as atividades com contato humano são possíveis. Basta termos um sistema de coleta e tratamento de resíduos melhor”, afirma. Afinal, segundo ela, a recuperação do Tietê deixou de ser uma causa ambiental para se tornar uma necessidade para a sobrevivência da metrópole.

22A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat_rios+r.indd 22

27/05/15 18:43


2015 | JUNHO | NEURテ年IO VERO | 23A

VR186_mat_rios+r.indd 23

27/05/15 18:43


SER URBANO

#rejuvenecimentodosbairros #vidaurbana #ocuparespaços

Gentrificação ou “youthification” “AMOR, o banheiro está entupido e a água não para de subir pelo ralo. Na cozinha, agora temos, finalmente, uma torneira que se encaixou no encanamento, mas o cifão antigo está com furos. Espera... Ah! Um pedaço do assoalho acaba de se desfazer. E, por favor, não se esquece de falar para a imobiliária das janelas que não abrem e das cinco tomadas da casa que estão mortas. Me liga no celular quando chegar em casa, para que eu abra a porta pra você, estamos com o interfone quebrado”, diz ela. “É só isso? Tem certeza?”, pergunto, aflito, no meio de uma reunião de pauta. “Deixa eu ver... Sim! A máquina de lavar não cabe na área de serviço. Volta logo, por favor. Beijo”, desliga, enquanto peso o desespero em sua voz. Era nosso primeiro dia no “novo” apartamento do Centro Antigo de São Paulo. Um senhor de respeito e espaçoso, mas com todos os problemas de saúde que se pode ter aos 80 e poucos anos de idade. Nos últimos dez anos vivendo entre os Jardins e a Bela Vista, na capital paulista, fiquei mal-acostumado com a comodidade e os confortos de morar em prédios novos de fato. Não me lembro da última vez que tinha precisado de um encanador ou eletricista. Nem sequer passava pela minha cabeça que alguns lugares fossem tão antigos que, quando projetados, os arquitetos e engenheiros não concebessem a ideia de criar um espaço extra nas áreas de serviço para

PALESTRA GRATUITA COM JULIO LAMAS DIA 15/06, ÀS 20H, NO ORGÂNICO WORKING

Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72 (11) 2424-1010 organicoworking.com.br Veja a programação completa de palestras na pág. 32B

um equipamento mágico do futuro que lavasse as roupas das pessoas automaticamente. “Coisa de loucos! A modernidade já está aqui, meus caros. Não existe nada mais moderno que a penicilina e a máquina de costura”, me pego zombando desses pioneiros. Justiça seja feita, ser um deles não é fácil. Estou vivendo isso na pele de uma outra forma. Sou o primeiro dos meus amigos a se mudar para o “centrão”. Um sonho antigo e romântico de uma terra em que os apartamentos são baratos, têm pés-direitos altos e a diversidade urbana de transgêneros, viciados em crack e funcionários públicos de peruca é a fonte de inspiração para meus livros a vir. A qualquer momento, uma cena agridoce de Domicílio Conjugal, de Truffaut, pode se desenrolar na minha frente. Contudo, mais importantes são a agitação e a facilidade de estar perto de tudo a pé, de bicicleta ou de metrô. Tudo está aqui. Pelo menos tudo que me encanta, para o horror dos meus pais. Finquei uma bandeira no coração da cidade. Uma decisão ousada. E, por incrível que pareça, não sou o único pagando pelos riscos disso. Na vizinhança, há uma quantidade impressionante de jornalistas, artistas plásticos, atores, etc. Quase nenhum com mais de 35 anos. O zelador afirma que, nos últimos três anos, o fluxo de jovens para estes lados tem sido alto. Fui pesquisar mais a respeito e descobri que é verdade e, mais do que isso, trata-se de um fenômeno global, segundo o geógrafo e planejador urbano canadense Markus Moos, da Universidade de Waterloo. “O processo de rejuvenescimento (ou 'youthification') dos bairros centrais decadentes das grandes metrópoles difere da gentrificação – um aumento no status social de um bairro –, pois não é tão explicitamente baseado em classe e renda”, conta ele. “Millenials e jovens da geração Y, no Canadá e nos EUA, estão vivenciando uma situação com menos segurança financeira e no trabalho, tendo filhos mais tarde e pagando altos valores em imóveis novos. Por outro lado, há um entusiasmo pela vida urbana que as gerações passadas já não

têm. Isso dá origem a esse fenômeno de bairros antigos e velhas zonas industriais sendo ocupadas cada vez mais por jovens”, diz Moos. Analisando estatisticamente renda média, valores de aluguéis, tamanhos dos imóveis e a idade dos moradores nas cidades de Vancouver, Toronto e Montreal, ele chegou à conclusão de que, nesses bairros, quanto mais alta a densidade – quando trabalho, educação, cultura e transporte estão mais próximos –, maior a incidência de jovens. Enquanto isso, conforme as idades avançam, maior a expansão para os subúrbios menos densos. “Há bairros que são eternamente jovens. Conforme as famílias crescem ou as pessoas envelhecem e saem, os jovens ocupam espaços. E isso é bom, é o que torna os centros vivos e ainda lugares para inovação, atrações culturais e mudanças sustentáveis, a exemplo de ciclovias, áreas verdes e coleta seletiva. Porém, é visível que há também uma divisão geracional. O desafio para as cidades no futuro será ter bairros sempre jovens, mas sem gentrificação, um processo que pode significar exclusão”, explica. Com todas as vantagens e desvantagens de morar em um lugar antigo, conta Moos, o importante é que os pioneiros se interessem mais pela cidade. “Essa geração está mais disposta a correr riscos. Eles se interessam pelas cidades e trazem melhorias por uma cobrança mais ativa. Quando você conserta o seu apartamento velho, você acaba desencadeando processos que mudam o cenário urbano para melhor. Aguenta firme, cara”, me diz. Estou tentando. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

JULIO LAMAS é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável

24A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Coluna_Julio Lamas+r.indd 24

27/05/15 18:44


VR186_Coluna_Julio Lamas+r.indd 25

27/05/15 18:44


EMPREENDEDORISMO

#GPTW #melhoresempresas #bompratrabalhar

Sua empresa entre as melhores No mês em que o primeiro ranking "GPTW – Barueri e região" é entregue, VERO e Folha de Alphaville convidam as empresas para participar da segunda edição da premiação. Inscreva-se!

BARUERI conta hoje com cerca de 13 mil empresas de pequeno, médio e grande porte e, de acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), soma quase 300 mil pontos de trabalho – ou seja, é a cidade que mais emprega em toda a região. Por isso, não é nenhuma surpresa que a primeira lista das companhias classificadas pelo índice Great Place To Work (GPTW) como as melhores para se trabalhar em Barueri e região tenha sido um sucesso (você confere todas elas no suplemento encartado junto com esta edição da VERO). Ao todo, entre as 65 empresas inscritas, quatro de grande porte (com mais de mil funcionários) e 11 organizações de médio porte (com até mil colaboradores) foram premiadas. A boa notícia é que as inscrições para a segunda edição do ranking já estão abertas. E, para se inscrever, é preciso atender um único pré-requisito: ter 30 ou mais funcionários. Companhias das cidades de Barueri, Carapicuíba, Osasco, Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba e Pirapora do Bom Jesus podem participar. A inscrição é gratuita. O ponto mais interessante é que a inscrição, pela página do GPTW na internet (greatplacetowork.com.br), é rápida – menos de um minuto –, e quanto antes a empresa se inscreve, mais

tempo tem para participar da pesquisa, que acontece em seguida. Basicamente, depois que a inscrição é efetuada, o GPTW distribui uma pesquisa aos funcionários, pela internet ou por papel. Todas as pesquisas, claro, são realizadas de maneira anônima. Além disso, a empresa também deve enviar informações sobre suas políticas e práticas culturais. Dois terços dos resultados baseiam-se na pesquisa de funcionários, e um terço, no questionário de práticas. Outra boa notícia é que, caso sua empresa queira utilizar o resultado da avaliação para processos internos de melhoria, a pesquisa pode ser fornecida pelo GPTW algumas semanas após a conclusão. Bárbara Gianetti e Luise Freitas, responsáveis pela condução do trabalho do Great Place to Work em Barueri e região, contam que os funcionários das empresas escolhidas como as melhores para se trabalhar têm orgulho de suas companhias. E isso é uma vantagem competitiva nos dias de hoje. Mais: segundo Bárbara, as melhores empresas para trabalhar passam até a receber mais currículos depois de divulgada a lista e aumentam seu potencial para reter talentos. A lista nacional do GPTW é publicada pela Época. Na região, VERO e Folha de Alphaville fazem a divulgação.

Alguns números das empresas escolhidas na primeira edição do GPTW – as melhores para trabalhar em Barueri e região: Têm, em média, 23 anos de existência Juntas, têm faturamento superior a R$ 115 bilhões, com crescimento anual de cerca de 5,2% Seus colaboradores têm, na maioria, menos de 25 anos Mulheres representam 51% das equipes dessas empresas 28% dos colaboradores têm ensino superior completo, e 25% estão cursando 73% das empresas oferecem planos individuais de desenvolvimento para todos os funcionários 53% investem mais de 50 horas de treinamento, por ano, por funcionário

26A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat_GPTW+R.indd 26

28/05/15 12:11


2015 | JUNHO | NEURテ年IO VERO | 27A

VR186_mat_GPTW+R.indd 27

28/05/15 12:11


#startups #negócios #ideiasinovadoras

DIVULGAÇÃO

EMPREENDEDORISMO

Karim Hardano e Marcelo Fujimoto criaram solução para o envio de encomendas

COMO SURGIU A IDEIA DE POUPAR AS PESSOAS DE TODAS AS ETAPAS DE ENVIO DE MERCADORIA? Nós trabalhávamos em uma startup de e-commerce na qual eram enviados milhares de itens frequentemente. Lidávamos com essa dificuldade e a complexidade da logística... Há um ano resolvemos, então, criar a Mandaê, para solucionar esse grande problema. A missão da empresa é simplificar a vida de nossos clientes e tornar o processo de envio mais agradável. É gratificante ver como eles gostam do serviço e o quanto facilita o dia a dia deles.

Dupla oferece serviço completo – e barato – de envio de encomendas... Daquelas ideias para dizer: como não pensei nisso antes?

VOCÊS COBRAM UMA TAXA DE APENAS R$ 10 DE RETIRADA E, EM ALGUNS CASOS, NEM COBRAM. COMO LUCRAM, SE O CLIENTE PAGA A MESMA TARIFA DO BALCÃO DOS CORREIOS? É muito engraçado, porque diversas vezes as pessoas não acreditam que é verdade. Ligam para saber se é real. Fizemos até um post no nosso blog para explicar como funciona o serviço (a taxa de coleta é cobrada apenas para envio de uma única encomenda ou postagem pré-paga – quando é mais que uma, nem cobramos). O nosso modelo de negócio é economicamente simples: cobramos os mesmos preços do balcão dos Correios, mas recebemos descontos substanciais pelo alto volume de envios. É aí que lucramos!

Quem nunca ficou com preguiça só de imaginar ter que despachar um produto? É preciso embalar, encaixotar, etiquetar e ir até uma agência dos Correios pessoalmente. Às vezes dá até vontade de desistir, não é? Pois a dupla de empreendedores Karim Hardano e Marcelo Fujimoto criou uma solução tão simples que chega a ser surpreendente para resolver esse problemão: o Mandaê. Trata-se de uma plataforma (site e aplicativo mobile) em que você apenas solicita a retirada do produto. O resto fica todo por conta deles: eles pegam a encomenda na sua casa, embalam e enviam para o destino – nacional ou internacional. O custo disso tudo? Apenas R$ 10. Isso se você for despachar uma encomenda só. A partir de duas, eles nem cobram nada. Segundo Jacqueline Alves, coordenadora de marketing do Mandaê, o serviço é tão admirável que tem até gente que duvida. A boa notícia é que ele existe, e mais de 36 mil encomendas já chegaram ao destino por meio dele. Saiba como!

ATUALMENTE, ESTÃO EM APENAS ALGUMAS REGIÕES DE SÃO PAULO, COMO ESTÁ O PLANO DE EXPANSÃO? A equipe da Mandaê é composta por 40 colaboradores. Atualmente atendemos o centro, a zona Oeste e a zona Norte em sua totalidade. Atendemos 60% da zona Leste e 75% da zona Sul. Nossa ideia é, até julho deste ano, atender a capital inteira e aumentar para a Grande São Paulo (estamos apenas em Osasco).

SEM ESTRESSE PARA DESPACHAR

28A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Notas_Empreendedorismo+R.indd 28

28/05/15 13:59


ILUSTRAÇÃO SHUTTERSTOCK

ESCOLA DE CRIATIVIDADE

Nem sempre quem quer empreender sabe por onde começar. Por isso, dizem, criatividade é fundamental Pensando nisso, os jogadores de pôquer – e empreendedores – Leonardo Bueno, 27, e André Akkari, 40, fundaram a Escola Surto, que traz cursos multidisciplinares com foco no desenvolvimento pessoal e profissional por meio da criatividade. As aulas ensinam desde pilotagem de drones até empreendedorismo tecnológico. O objetivo é estimular a curiosidade e a capacidade de pensar em soluções para problemas. Ou seja: empreender. A escola já oferece dez cursos com cerca de quatro aulas cada, com preço médio de R$ 900. O faturamento previsto para este ano é de R$ 500 mil.

DRONES PARA COMBATER DESMATAMENTO

A startup britânica BioCarbon Engineering tem uma meta ousada para os queridinhos do momento: os drones! A ideia é usá-los para nada menos do que combater o desmatamento global. A empresa, liderada pelo engenheiro Lauren Fletcher, que trabalhou 20 anos na NASA, planeja plantar 1 bilhão de árvores por ano usando múltiplos drones – hoje são replantados cerca de 15 bilhões de árvores por ano em todo o mundo. Vai funcionar assim: primeiro, os veículos não tripulados vão mapear as áreas afetadas pelo desmatamento e depois carregar sementes pré-germinadas de determinadas espécies. Dois operadores devem comandar os múltiplos drones, com capacidade para disparar as sementes a uma taxa de dez pastilhas por minuto, totalizando 36 mil árvores por dia. As sementes serão cobertas com um hidrogel nutritivo, que as torna mais propícias a florescer. Segundo a startup, seu método de plantio vai custar 85% menos que o formato tradicional.

DIVULGAÇÃO

VOCÊ SABIA QUE O BRASIL TEM HOJE QUASE 5 MILHÕES DE MICROEMPREENDEDORES?

O grande problema, de acordo com o Sebrae, é que metade deles é inadimplente. E não por falta de recursos, mas de informações sobre quanto e quando pagar! Para resolver essa situação, o próprio Sebrae, em parceria com o Buscapé, lançou o aplicativo Qipu. A ferramenta ajuda a controlar, pelo celular ou pela versão web, as obrigações das microempresas, mandando alertas sobre contribuições fiscais, arrecadação do microempreendedor ou os benefícios a que ele tem direito. O aplicativo tem, por exemplo, um sistema de controle financeiro que vincula as receitas e gastos à declaração anual e permite registrar e emitir notas fiscais e recibos pelo celular. O app é gratuito e está disponível para Android, iOS e Windows Phone, além da versão web.

2015 | JUNHO | NEURÔNIO VERO | 29A

VR186_Notas_Empreendedorismo+R.indd 29

28/05/15 13:59


PENSAMENTO EMPREENDEDOR

#modelo #inspiração #empreendedorismo

Mr. Jens, meu amigo, meu herói MEU AVÔ Mr. Jens, como o chamavam (alguns de vocês já devem ter lido coisas minhas sobre ele, perdoemme se me repito), era uma pessoa especial, dessas que não quer só passar pelo mundo, mas também quer viver intensamente, experimentar, ousar, acontecer. Como empreendedor – e esse será o único link deste texto com o tema, fiquei na verdade com vontade de escrever sobre Mr. Jens — é fundamental que tenhamos algum modelo, alguém que nos guie mentalmente, alguém para se espelhar… E meu avô é esse modelo para mim. Mr. Jens era um grande aventureiro, aquele tipo de pessoa que se entrega na vida, mergulha de cabeça no que faz e vive intensamente. Uma pessoa que gosta de gente, tem curiosidade pelas pessoas, pelo ser humano, e que fez da sua vida uma história verdadeira e única. Mr. Jens me mostrou que o que se leva dessa vida é a vida que se leva. Sem exageros na loucura, mas sem exageros na normalidade também. Ser normal, igual, é muito chato. Mr.

PALESTRA GRATUITA COM BOB WOLLHEIM: DIA 16/06, ÀS 20H, NO ORGÂNICO WORKING

Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72 (11) 2424-1010 organicoworking.com.br Veja a programação completa de palestras na pág. 32B

Jens me mostrou que os sonhos que se sonha acontecem mesmo se não tivermos dinheiro, poder, riqueza. Me mostrou que muitas vezes não ganharemos todo o dinheiro que queríamos e que isso é ok e que não o impedirá de ser feliz. Ser feliz é mais importante do que ser rico. Mr. Jens me mostrou que a convivência com pessoas especiais pode ser muito mais gratificante do que dinheiro no banco ou carrão na garagem. Mr. Jens me mostrou que uma coisa simples na vida como tomar um copinho de cerveja todo dia às 11h da manhã, só para saborear, sorvendo lentamente cada gole, pode ser tão mais saboroso do que um porre. Mostrou também que, quando se precisa de um belo porre, deve-se tomá-lo dignamente. Mr. Jens me mostrou que existe um mundo lá fora, muito além do nosso bairro, do nosso trabalho, do boteco da esquina ou da balada de quinta, esperando para ser descoberto, desvendado e experimentado. Mostrou também que um bom vizinho pode ser ótimo. Mr. Jens me mostrou que a gente vê o mundo conforme os nossos olhos e que, se mudarmos nosso olhar, o mundo também muda. Mr. Jens me mostrou que viver vale a pena, mesmo quando parece que não. Mr. Jens me mostrou que laços de família são coisas formais, às vezes bons, às vezes ruins. Mr. Jens me mostrou que não existe sonho impossível, projeto impossível. Mostrou também que muita coisa não vai dar certo na nossa vida, mas que, afinal, isso é normal, tantas outras darão. Mr. Jens me mostrou que é preciso viver o instante presente e que viver sempre no futuro, no projeto, no condicional, é péssimo. O tempo passa rápido, e o tal futuro não chega nunca.

Mr. Jens me mostrou que o mundo é lindo e que, quando parece o contrário, é porque não estamos vendo direito. Mostrou também que existe gente do mal e que, para esses, nada resta. Ignore-os. Mr. Jens me mostrou o lado da vida de aventura e que viver é em si uma grande aventura. Mostrou que a felicidade está dentro da gente, não nas coisas ou nas outras pessoas. Mostrou que nossa busca deve ser por realização pessoal, íntima, e não pelas coisas que o mundo nos dita, nos impõe. Me fez ver que devemos seguir nossa intuição, e não a manada, que segue numa direção sem saber por quê. Mr. Jens me ensinou a ser simples, a ver o simples, a dar valor para o simples. Mr. Jens me mostrou que o sofisticado, elaborado, é delicioso, saboroso, mas que, se não pudermos obtê-lo, tudo bem, podemos ser felizes assim mesmo. E me mostrou que viver intensamente é a única chance de não nos arrependermos quando chegarmos aos 80, 90, e que não existe nada mais triste do que alguém que passou por essa vida e não viveu, como dizia o poeta. Obrigado, Mr. Jens, por ter me ajudado a ver o mundo desse jeito especial e otimista. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

BOB WOLLHEIM é fundador do youPIX e do Startupi, autor de Empreender não é Brincadeira e venture corp da Endeavor

30A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Coluna_Bob Wollheim+r.indd 30

27/05/15 18:43


2015 | MAIO | NEURテ年IO VERO | A31

VR186_Coluna_Bob Wollheim+r.indd 31

27/05/15 18:43


CAPA

#empreendedorismo #negócios #mercado

“a curva do empreendedorismo só melhora” Pioneiro quando o assunto é explorar a internet no Brasil, BOB WOLLHEIM conta, em entrevista exclusiva à VERO, que está otimista em relação ao empreendedorismo. "Não adianta esperar que alguém crie a situação ideal para você empreender. Tem gente que tem sorte e tem gente que cria sorte", relata. por

Bruna Martins Fontes |

retrato

Chico Max

32A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat de capa+R.indd 32

27/05/15 18:46


PALESTRA GRATUITA COM BOB WOLLHEIM: DIA 16/06, ÀS 20H, NOORGÂNICO WORKING

Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72 (11) 2424-1010 organicoworking.com.br Veja a programação completa de palestras na pág. 32B 2015 | JUNHO | NEURÔNIO VERO | 33A

VR186_mat de capa+R.indd 33

27/05/15 18:46


BOB WOLLHEIM voltou de uma viagem aos Estados Unidos, em 1995, empolgado com sua primeira experiência de navegar na web. Por aqui, a internet ainda era uma novidade. Mas, na bagagem, ele já trouxe a ideia de abrir uma das primeiras empresas de criação de sites do país, a Yes!Design. “Nosso negócio era bem como na música do Gilberto Gil: ‘Fazer uma homepage’. Nem minha mulher entendia que diabos eu fazia”, relembra, rindo. Deu certo, e a empresa foi vendida a um grupo americano, mas Wollheim, gaúcho criado em São Paulo, não parou por aí. Inquieto, o aspirante a engenheiro que se formou em Administração na Fundação Getulio Vargas acabou se apaixonando pelo mundo da comunicação online. Tomou gosto por criar negócios digitais e virou um empreendedor serial conhecido por sua atuação na produtora de conteúdo Sixpix, que abarca o youPIX, um site focado no público jovem e responsável pelo festival de internet mais famoso do país. Em seu currículo figuram também a incubadora Ideias.com, o site Startupi e a aceleradora de desenvolvedores Appies.co. Mas sua trajetória está longe de ser linear: tem seus picos e vales, como ele gosta de demonstrar rabiscando sua linha de raciocínio com uma lapiseira 0.5 em várias folhas de papel em branco enquanto fala. Alterna momentos de sucesso, como o youPIX, e de fechar um negócio milionário no estouro da bolha da internet em 2000, além de ter intervalos nos quais Wollheim trocou o chapéu de empreendedor pelo crachá de executivo em outras empresas de mídia. “É bom não ser o dono de vez em quando. Quando você é funcionário e um projeto fracassa, pode achar mil razões externas, dizer que o chefe era um imbecil. Se você está empreendendo, você é o imbecil. Isso tira muita energia da gente”, afirma. Hoje ele concilia o papel de sócio do youPIX – comandada por sua mulher, Bia Granja – com um cargo executivo. No ano passado, foi convocado para ser head da área digital do Grupo ABC, fundado por Nizan Guanaes e Guga Valente, que reúne as agências DM9DDB, Africa, MPM e Loducca. Foi na sede do Grupo ABC que Wollheim recebeu a VERO para falar sobre empreendedorismo de forma bastante otimista. “O ambiente nunca esteve tão bom para negócios digitais”, crava, sem titubear. Ele fala com a autoridade de quem há anos dá palestras sobre empreendedorismo, atua como mentor de jovens na Endeavor e escreveu um livro sobre o assunto – Empreender Não é Brincadeira, da editora Campus Elsevier.

SUA PRIMEIRA EMPRESA NASCEU MESMO NA GARAGEM? Primeiro fomos para um quarto de empregada, depois passamos para a garagem da casa do irmão de um dos sócios, que era como uma saleta dos fundos. Mas não tinha nada a ver com essas garagens mitológicas do Vale do Silício. Era um pequeno estúdio de criação e comunicação. Não tinha nenhuma tecnologia. Era só um lugar em que dava para colocar duas mesas e montar o negócio. Só que o irmão desse sócio tinha um cachorro. Se alguém tocasse a campainha do vizinho, ele ficava enlouquecido. Era impossível falar no telefone, a gente passava muita vergonha. QUAL FOI A PRIMEIRA IDEIA DE NEGÓCIO? Para o trabalho de conclusão da faculdade, pensamos em criar classificados online, um negócio que batizamos de teletrônico. Isso foi em 1986, a gente nem conhecia a internet. Vimos os primeiros PCs e imaginamos

que seria legal criar algo assim. Era uma grande brincadeira, porque a gente não tinha a menor condição de abrir essa empresa. Mas isso nos deu vontade de empreender, então criamos um estúdio de comunicação. Uns seis ou sete anos depois, vi um CD-Rom pela primeira vez e achei incrível. Começamos a fazer conteúdo para essa mídia. Mas logo percebi que havia limites: se mudasse uma informação, já era, não dava para atualizar. Em 1995, viajei para os Estados Unidos e conheci a internet. Daí a minha vida mudou. POR QUÊ? Até então, eu passava por uma fase de descoberta, de autoconhecimento, até me achar no mercado. Quando embarquei na internet, vi um movimento chegando um pouco mais cedo do que outras pessoas. Montei um estúdio de produção de sites e passei a ter um escritório de verdade. Esse foi meu primeiro negócio. Depois, vendi a Yes!Design para uma empresa americana e fiquei como CEO por dois anos.

VOCÊ TINHA OUTRO NEGÓCIO EM MENTE? Preferi dar uma pausa nessa história de ser dono do negócio. Resolvi fazer um MBA na prática: fui contratado para ser VP do portal StarMedia, em Nova York. O lado ruim de ser empreendedor é não ter tempo nem dinheiro para fazer um curso, por estar sempre correndo atrás do prejuízo. Na StarMedia, me libertei um pouco disso e pude conhecer o mundo do venture capital e do empreendedorismo americano. FOI UMA ESPÉCIE DE SABÁTICO PRODUTIVO? Sim, é ótimo não ser o responsável por tudo. Dei uma relaxada, mas continuei no jogo. Sou muito ansioso para conseguir tirar um sabático. Esse negócio de caminhar em Santiago de Compostela não é para mim, ia ficar louco de tanto ter ideia. Então prefiro intercalar minha vida empreendedora com momentos em que eu não sou o dono, mas ajudo a reinventar o negócio. Na maioria das empresas, o empreendedor não se encaixa como executivo. E QUAL FOI O PRÓXIMO NEGÓCIO? Fiquei dois anos na StarMedia e saí para montar uma incubadora de novos negócios, a Ideia.com. Só que a gente abriu a empresa em fevereiro de 2000, e em abril a Bolsa virou. Levantamos US$ 7 milhões no exterior, mas depois disso não conseguimos achar um caminho, então desmontamos tudo. Em 2003 abri uma empresa de conteúdo para o público jovem, que hoje é a youPIX. Hoje vivo uma mistura de empreendedor com um segundo MBA prático, como head de digital no Grupo ABC. Continuo tendo muitas ideias. Algumas eu aplico no ABC, outras deixo numa caixinha que pode render negócios no futuro. Isso me dá uma paz de espírito. O empreendedor não vive no presente: sua cabeça está sempre à frente. DE ONDE VEM ESSA INQUIETAÇÃO? Desde jovem tenho uma angústia empreendedora. Não sabia dar nome para essa energia, só sentia que ela tinha uma faísca maior que a do meu conformismo. Meu primeiro estágio foi na Ford Tratores. Em três semanas, não aguentava mais ficar tirando xerox. Falei com o meu chefe, e ele me deu um

34A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat de capa+R.indd 34

27/05/15 18:46


DESDE JOVEM TENHO UMA ANGÚSTIA EMPREENDEDORA. NÃO SABIA DAR NOME PARA ESSA ENERGIA, SÓ SENTIA QUE ELA TINHA UMA FAÍSCA MAIOR QUE A DO MEU CONFORMISMO

ARQUIVO PESSOAL

Com sua irma Claudia, avô e avó em uma praia de Ubatuba nos anos 70

2015 | JUNHO | NEURÔNIO VERO | 35A

VR186_mat de capa+R.indd 35

27/05/15 18:46


FAÇO UM PRODUTO MINIMAMENTE VIÁVEL, COLOCO COISAS NO AR, FAÇO PESQUISAS ONLINE. NADA DISSO REQUER MUITA ESTRUTURA, DINHEIRO OU DEDICAÇÃO INTEGRAL

projeto que, depois fui descobrir, era o mais importante da empresa. Morri de medo, mas essa experiência foi muito marcante. Seu futuro é você que constrói, não o ambiente. Não adianta esperar que alguém crie a situação ideal para você empreender. Tem gente que tem sorte e tem gente que cria sorte. COMO VOCÊ DESCOBRE SE UMA IDEIA É BOA? Meu jeito passa por muita intuição e experimentação. Faço um produto minimamente viável, coloco coisas no ar, faço pesquisas online. Nada disso requer muita estrutura, dinheiro ou dedicação integral. A parte boa é agir e ver resultados, ter feedbacks para corrigir o rumo, decidir se paro ou continuo. Mas se eu fosse mais estratégico, talvez perdesse menos tempo com experimentos que não dão em lugar algum. Algumas pessoas são mais intuitivas; outras, mais analíticas. Às vezes, o que dá certo é juntar dois sócios diferentes que se complementem. PLANEJAR DEMAIS ATRAPALHA? Quem tem um perfil mais analítico e pragmático tem que buscar um sócio intuitivo, sonhador, senão não abre o negócio. Se essa pessoa cria um plano de negócios que, na projeção pessimista,

dê um prejuízo de US$ 10 milhões, ela vai ficar tão apavorada que não sairá do lugar. Mesmo que a projeção otimista dê receita de US$ 10 milhões, esse empreendedor vai ter medo do risco, de se endividar até as próximas gerações. O cara intuitivo o estimula a ir atrás do sonho, dá um equilíbrio. VOCÊ CANSA DOS NEGÓCIOS QUE CRIA? Um empreendedor serial gosta do novo, por isso enjoa, sim. Isso gera um enorme problema, que é o de ter muita iniciativa e pouca “acabativa”. Tenho um pouco disso, mas estou me policiando. Buscar novidades é mais divertido, mas não leva a lugar algum. Chega um momento em que você se cobra para chegar a algum lugar. ALÉM DA PARTE FINANCEIRA, QUAL É A GRAÇA EM EMPREENDER? A realização, o prazer. Adoro tirar coisas do zero. Tenho um prazer enorme de ver uma folha branca, fazer meus rabiscos e ver esse plano acontecer. Mas estou equilibrando esse meu lado, para baixar a dose de prazer de tirar do zero para aumentar a de satisfação de realizar mais, de ver acontecer. Dinheiro não é a minha primeira motivação, mas também é interessante ver um negócio parrudo fechar um ciclo e ser vendido. Estou em equilíbrio entre fazer o novo e consolidar as coisas que tenho feito. COMO FOI O ÚLTIMO ANO? Foi um momento de parar ou redesenhar negócios. A Appies.co, um marketplace para desenvolvedores que eu criei há três anos, se mostrou menos efetiva do que eu gostaria. Parece que está no momento e no país errado, que não tem um ecossistema de desenvolvedores de apps. Meu fluxo normal seria seguir tentando, mexer no modelo, mas congelei o projeto para retomar no futuro, nos Estados Unidos. Já o youPIX está sendo redesenhado para se consolidar. FRACASSOU MUITO? Um empreendedor coleciona muito mais erros do que acertos. Minha maior frustração foi com a Appies. co. Foi a ideia mais original que eu já tive: uma plataforma para conectar desenvolvedores com o mercado, ajudálos a ganhar mais dinheiro e crescer. O fato de a startup hoje estar congelada me

martela. É uma frustração não conseguir virar um negócio que me parece incrível. E O QUE DEU CERTO? Meu maior sucesso, em termos de realização, é o youPIX. Não é a empresa que mais me rendeu grana. Tive outros negócios que são menos relevantes para mim, mas que me deram mais dinheiro. No caso da youPIX, é uma satisfação por criar um negócio reconhecido e de muita relevância. A MARÉ ESTÁ BOA PARA EMPREENDER EM TECNOLOGIA? O ambiente nunca esteve tão bom. Está tudo meio esquisito em 2015, mas a curva do empreendedorismo só melhora. Há mais investidores, os custos para atuar na internet são menores, há mais informação para se preparar, a burocracia está ficando mais simples. Para negócios digitais, 2015 é um ano de alta. Há um movimento de migração e substituição de meios e de busca por mais eficiência, e o digital propicia tudo isso. Mesmo nos setores mais complicados, um negócio que tem uma solução para reduzir o custo dos clientes vai estar em alta. VOCÊ ESTÁ OTIMISTA? Superotimista. Neste momento, a tecnologia é mais necessária do que nunca, mas não é qualquer coisa que está em alta. O país precisa de ganho de eficiência e redução de custos. Mas tem que ser uma solução de curto prazo, não daquelas que levam anos de investimento. Se o empreendedor tem uma ideia que vai levar dez anos para ser desenvolvida, talvez este não seja o melhor momento para começar. Se for para aumentar a eficiência, é a hora certa. O mercado está mais imediatista. DÁ PARA GANHAR DINHEIRO COM COMUNICAÇÃO NA INTERNET? Dá, mas é difícil. Esse é o grande desafio do mundo da comunicação, da produção de conteúdo. Esse setor passa por algo semelhante ao que vimos na música: LP e CD viraram nichos, e quem não migrou para o Spotify está dançando. Há um panorama rico, de muito consumo de conteúdo e publicidade, mas ao mesmo tempo muito tenso. As empresas de mídia passam pelo mesmo dilema das gravadoras. Mesmo para novos negócios na internet, o ambiente não

36A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat de capa+R.indd 36

27/05/15 18:46


FOTOS: ARQUIVO PESSOAL

Bob, com cerca de 6 meses; windsurfando, por volta dos 18 anos; viajando pela AmĂŠrica do Sul; com a esposa, Bia Granja, e o herdeiro, Nico Granja Wollheim

VR186_mat de capa+R.indd 37

27/05/15 18:47


IMAGINO MEU FILHO, QUE TEM UM ANO E MEIO, CHEGANDO À ESCOLA. DEPOIS DE TER ACESSO A TANTA INFORMAÇÃO NA INTERNET, NÃO DÁ PARA SENTAR NA CADEIRINHA OUVINDO UM PROFESSOR DESCONECTADO QUE SE ACHA O DETENTOR DA VERDADE

é nada simples. Há uma concentração de dinheiro no Google e no Facebook. Dá para lucrar, mas tem que matutar, porque é um mundo de competição global por atenção na internet. VOCÊ ACHA QUE O IMPRESSO VAI ACABAR? Se você pensa como mídia, sim. Como conteúdo, não necessariamente. O New York Times não se pensa mais como jornal, e sim como produtor de conteúdo. Na internet, atingiu mais de 1 milhão de assinantes e está se encontrando em um novo meio. Vai morrer? Acho que não. Mas não sei se o jornal vai sobreviver, se vai ser um produto de nicho, evoluir para autoimpressão, tiragens pequenas. A marca não vai acabar, porque eles conseguiram migrar para o formato em que se veem como produtores de conteúdo. QUAL É O NEGÓCIO MAIS EMPOLGANTE DA INTERNET? A educação online. É um segmento que tem poder de transformação enorme e

um potencial de negócios igualmente interessante. Não é EAD, é pensar em educação usando novos meios, como faz a Khan Academy. O potencial da internet é subaproveitado na educação, falta dar um salto. Imagino meu filho, que tem um ano e meio, chegando à escola. Depois de ter acesso a tanta informação na internet, não dá para sentar na cadeirinha ouvindo um professor desconectado que se acha o detentor da verdade. VOCÊ FOI PAI RECENTEMENTE... Sim, meu primeiro filho, o Nico, vai fazer um ano e meio. Foi a única coisa que eu comecei tarde. A PATERNIDADE MUDOU SUA VISÃO DE MUNDO? Olha, aumentou a minha taxa de “bundamolice”. O primeiro ano de paternidade é de uma dedicação intensa a um ser de fragilidade absoluta. Meu organismo sabiamente me comandou para ser menos “easy rider”. Também desenvolvi um senso de pensar o futuro com responsabilidade. Antes eu não ficava muito preso à perspectiva do que seria a minha vida em 20 anos. Agora faço checkup, me preocupo mais. Mas sem exagerar na “bundamolice”, porque se o Nico crescer e me vir assim, não vai conhecer a pessoa que eu verdadeiramente sou. Ouço muito esse discurso de que, depois de ter um filho, todo o resto fica irrelevante. Não concordo: o resto continua relevante. Para a vida ser bacana, ela precisa ser composta por um monte de coisas. Meu filho é tão importante quanto as minhas empresas. Ser pai é uma experiência muito interessante de autoconhecimento. O AUTOCONHECIMENTO AJUDA A SER UM EMPREENDEDOR MELHOR? Claro! O empreendedor precisa entender por que está fazendo o que faz e o que quer provar para o mundo. Senão, vai entrar nesse mundo de gaiato ou muito iludido. Empreender é algo muito íntimo, que gera uma realização muito grande e um sofrimento também. Só quem busca o autoconhecimento antes e durante consegue gerenciar bem esse mix de realização e frustração. Sem isso, pode-se bater no muro de uma maneira muito violenta, fatal para a autoestima. Empreender é foda, mas é foda [pausa]. Pode escrever isso na revista [risos]?

DICAS DO BOB

LEITURAS E VÍDEOS SOBRE EMPREENDEDORISMO TEXTOS b (+- ) - .$'X *(X -D '*"D866;D77D6;D( 0C 1*C( 0C ($"*C ( 0C( ./- D b (+- ) - .$'X *(X -D '*"D7??=D77D6;D # $-*C C$)! ) $ D TEDS E VÍDEOS A escola mata a criatividade? b/ X *(D/ '&.D& )O-* $).*)O. 4.O . #**'.O&$''O - /$1$/4V' )"0 " N+/C O maestro Benjamin Zander fala sobre música e paixão b/ X *(D/ '&.D )% ($)O5 ) -O*)O (0.$ O ) O+ ..$*)V' )"0 " N+/C Empreendedorismo e inovação b *-) -X./ )!*- X 0 ONDE APRENDER SOBRE STARTUPS b/# ' )./ -/0+X *( b 0.$) ..(* '" ) - /$*)X *( b/ # -0) #X *( BONS CURSOS NA WEB b.$)"0' -$/40X*-" b+/X&# ) (4X*-" b" ) - ' .. ( X'4 b * X*-"

PALESTRA GRATUITA COM BOB WOLLHEIM: DIA 16/06, ÀS 20H, NO ORGÂNICO WORKING

Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72 (11) 2424-1010 organicoworking.com.br Veja a programação completa de palestras na pág. 32B

38A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_mat de capa+R.indd 38

27/05/15 18:47


2015 | JUNHO | NEURテ年IO VERO | 39A

VR186_mat de capa+R.indd 39

27/05/15 18:47


DIVÃ

#sexo #casais #curiosidades

O que é ser “bom de cama”? MUITA gente acha que a questão da sexualidade está equacionada e “resolvida”. Tanto isso é verdade que os livros sobre o assunto escassearam, e os sexólogos praticamente desapareceram. Não compartilho desse ponto de vista. Acho que temos vivido uma época fortemente influenciada pela indústria pornográfica; isso nos leva a pensar o sexo de uma forma curiosa, como algo parecido com os exercícios físicos mais exigentes e rigorosos. A influência desses filmes que estão, aos milhares, disponíveis pela internet tem sido tal que voltaram algumas das antigas preocupações e preconceitos: agora, de novo, os homens têm se preocupado com as dimensões de seus pênis; o orgasmo vaginal parece ter voltado a ser fundamental para que uma mulher se satisfaça de verdade e seja realmente “boa de cama”. Suponho que esses ingredientes sejam muito interessantes do ponto de vista das filmagens; porém, na vida real, não têm maior serventia. Tanto nos filmes eróticos como na publicidade e no conteúdo das obras de ficção, tudo leva o observador a crer que o relacionamento erótico entre duas pessoas não passa de um jogo de sedução e poder em que, tomando como exemplo o ambiente heterossexual, uma mulher poderosa tenta submeter o homem, encantado por sua beleza e desenvoltura; isso enquanto o homem, graças às suas aptidões físicas, tenta despertar nela o prazer que, nessa linguagem corpórea peculiar, teria o significado de uma rendição. Não espanta que tantas não alcancem o orgasmo num relacionamento íntimo, apesar de todos os esforços de seus parceiros; essas mesmas mulheres, ao se masturbar, alcançam o clímax com grande facilidade; ou seja, trata-se não de um problema sexual, e sim de um empenho em não se deixar subjugar.

Num contexto como esse, agrava-se a já natural associação entre o sexo e a agressividade, afastando bastante o relacionamento íntimo de qualquer tipo de convívio sentimental. Não estou me referindo a elos matrimoniais; penso que o encontro erótico entre pessoas que mal se conhecem só pode se tornar uma espécie de demonstração de competência de ambas as partes e onde vale tudo, inclusive fingir o prazer – condição cada vez mais frequente, talvez também influenciada pela indústria pornográfica. Os homens se empenham em “dar” prazer à mulher com o intuito de deixá-la dominada e também para seu deleite pessoal: ele se orgulha de ser competente o suficiente para estimulá-la do jeito certo para que ela chegue lá; isso basicamente como manifestação de vaidade pessoal, e não como anseio genuíno de agradar o parceiro. Um indivíduo que aja assim pode muito bem ser considerado “bom de cama”. Da mesma forma, a mulher que aceita variações mais “picantes” durante o ato e que emite os ruídos considerados eróticos acaba sendo considerada “boa de cama” mesmo se tudo isso contiver uma boa dose de falsidade. Penso que é muito importante retomarmos as reflexões acerca da nossa sexualidade, pois ela vem tomando um rumo nada interessante. É possível tratar o tema de uma forma radicalmente oposta à que vem sendo conduzida: ao invés do sexo vinculado ao controle – controle sobre as próprias sensações e controle sobre o parceiro –, considerar que a verdadeira liberdade sexual consiste em ser capaz de se “descontrolar”. Uma mulher pode se colocar sexualmente de forma insinuante, ousada e disposta a impressionar o parceiro; ou então, apenas se despojar de todas as armas e armaduras, soltar-se e se deixar embalar pelas sensações agradáveis

que derivam das trocas de carícias próprias da estimulação das zonas erógenas. A mulher não se entrega ao homem, e sim ao prazer, durante as trocas de carícias com um parceiro confiável, sendo essa condição bastante mais comum do que a capacidade de se soltar diante de parceiros que tenham acabado de conhecer. Essa talvez seja a mulher verdadeiramente “boa de cama”! Um homem que esteja realmente despreocupado com seu desempenho e com todos os aspectos quantitativos relacionados à sua sexualidade pode se entregar ao prazer das trocas de carícias sem pretender subjugar, dominar, controlar; buscará apenas o seu prazer e o deleite derivado do prazer da parceira. Não é necessário ser agressivo, ter “pegada” para ser “bom de cama”; basta estar ali de corpo e alma. Nos casais acostumados a entender o sexo como jogo de sedução e de dominação, o erotismo tende a decrescer muito depois de consolidado o vínculo; sim, porque não há mais necessidade de seduzir! Se tiverem desenvolvido o gosto por mergulhar no sexo como fonte efetiva de prazer, não terão problemas em manter o nível de interesse em suas práticas ao longo das décadas. Será importante reforço da intimidade e cumplicidade indispensável para a longa vida dos casais, além, é claro, de ser adorável fonte de descontração e relaxamento. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

FLÁVIO GIKOVATE é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN

40A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Coluna_Gikovate+r.indd 40

28/05/15 11:27


2015 | ABRIL | NEURテ年IO VERO | A41

VR186_Coluna_Gikovate+r.indd 41

28/05/15 11:27


MODOS DE MACHO

#cafuné #carinho #arrepionocangote

Campanha pela volta do cafuné DOS DENGOS femininos, ou historicamente femininos, o que mais nos faz falta é o cafuné. Nos dias avexados de hoje, não há mais tempo nem devoção para os delicados estalinhos no cocoruto do mancebo. Pela volta imediata do mais nobre dos gestos de carinho e delicadeza. Nem que seja pago, como o sexo das belas raparigas dos lupanares, mas que devolvam vossas mãos às nossas cabeças. Pela criação imediata da Casa de Cafunés Gilberto Freyre, como me propõe, em sociedade, a amiga Maria Eduarda Risoflora Belém. Ótima ideia a ser espalhada por todo o país. Milhares de casas, guichês, varandas, redes debaixo de coqueiros, sofás na rua... Tudo a serviço dos breves e deliciosos estalinhos dos dedos das moças. Gilberto Freyre era um entusiasta do cafuné e a ele dedicou páginas e páginas. GF, aliás, escrevia como quem dá cafuné, prosa mole, ritmo dos mais sensoriais. Como também assenta palavras outro Freire, sem o estilingue do Y, o Marcelino, de Contos Negreiros.

Que machos & fêmeas sejam treinados, em um programa social de emergência, para reaprenderem o hábito do cafuné. Melhor: que seja feita uma campanha de saúde pública. Ah, quantas doenças de fundo nervoso seriam evitadas, quantos barracos de casais seriam esquecidos, quantos juízos agoniados seriam libertos! Sem se falar no erotismo que desperta o dengo, como anotou outro sociólogo, o francês Roger Bastide, no seu belo ensaio Psicanálise do Cafuné. Pura libido. Delícia de se sentir; beleza de se ver. O cafuné de uma mulher em outra, ave palavra!, puro cinema, para além muito além do lesbian chic. Como era comum, na leseira de fim de tarde, nos quintais e nas calçadas. Ao luar, então, sertões e agrestes adentro, era puro filme de Kurosawa. O resto era silêncio. Ai, que preguiça boa danada, ai, que arrepio no cangote, quero de volta meus cafunés. Viver de brisa, como na receita de Bandeira, numa rede na rua da Aurora,

sob a graça dos dedos de uma morena jambo ou de uma morena caldo-de-feijão. Como pode uma criatura, como esses rapazes de hoje, passar pela vida sem provar do êxtase de um cafuné? Pela obrigatoriedade do cafuné nos recreios escolares, nas missas, nos cultos, nos intervalos dos jogos de qualquer esporte. Não é possível que se condene toda uma geração a viver sem cafuné. Eis uma questão de segurança nacional. Tão importante como aprender a assinar o próprio nome. O cafuné, aliás, é a assinatura em linda e barroca caligrafia de mulher. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

XICO SÁ é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Cia. das Letras), entre outros livros

42A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Coluna_Xico Sá+r.indd 42

28/05/15 11:25


VR186_Coluna_Xico Sรก+r.indd 43

28/05/15 11:25


PENSE BEM

#esperança #sonho #nãodesista

Enquanto há vida... TEMOS HOJE um razoável consenso: os tempos estão terríveis, difíceis, complicados; partilhamos uma época de grande intranquilidade espiritual, de inúmeros padecimentos físicos, de infindos distúrbios existenciais, de profundos dilemas morais. Cabe, porém, uma questão: alguma vez não foi assim? Levando em conta que todo e cada ser humano sempre viveu na era contemporânea, em qual delas não teria valido, então, o alerta de Guimarães Rosa de que “viver é muito perigoso”? No entanto, resistimos! A esperança é um princípio vital, expresso na sábia e verdadeira constatação comum de que “enquanto há vida há esperança”; mesmo face às mais (aparentemente) intransponíveis circunstâncias, achamos possível ser de outro modo, inventamos e reinventamos alternativas, recusamos a possibilidade de as realidades nos dominarem e, sem cessar, sonhamos com o mais e o melhor. Em princípio, como para outros animais, as memórias das inevitáveis e sofridas (mas não exclusivas) experiências cotidianas deveriam nos deixar como legado o medo da repetição, o temor cauteloso pelo retorno da sensação ruim e, até, um impulso em direção ao desalento. Contudo, de novo, resistimos! É por isso que, em pleno Renascimento (sempre renascimento...) do século XVI ocidental, o magistral Michelangelo dizia que “Deus concedeu uma irmã à recordação, e chamou-lhe esperança”. Essa ideia foi retomada no

século XIX pelo dramaturgo francês Victor Hugo – não por acaso, um dos expoentes máximos do Romantismo – que afirmava ser “a esperança uma memória que deseja”; e, ainda, na obra Os Miseráveis, o mesmo autor nos instiga, afirmando que “julgar-se-ia bem mais corretamente um homem por aquilo que ele sonha do que por aquilo que ele pensa”. Sonho aí não significa, claro, devaneio inútil ou delírio; sonho, nessa acepção, é o lugar do não pronto, mas desejado, ansiado, querido. Nessa direção, também o Oriente nos socorre com a milenar inspiração que anima os escritos de Zhou Shuren (mestre da moderna literatura chinesa, conhecido pelo pseudônimo literário Lu Xun); escreveu ele que “a esperança não é nem realidade nem quimera; ela é como os caminhos da terra: sobre a terra não havia caminhos; eles foram feitos pelo grande número dos que passam”. O dinamarquês (depois naturalizado norte-americano) Jacob Riis (considerado o primeiro fotojornalista do mundo) dedicou sua arte, na transição do século XIX para o XX, a escancarar a magnitude dramática da pobreza urbana; publicou centenas de fotografias daqueles que Victor Hugo imortalizara como miseráveis, mas plenos de esperança. O fotógrafo consignou a humana capacidade de não desistir em uma belíssima imagem, ao dizer que “quando nada parece ajudar, eu vou e olho o cortador de pedras martelando sua rocha talvez cem vezes

sem que uma só rachadura apareça. No entanto, na centésima primeira martelada, a pedra se abre em duas, e eu sei que não foi aquela a que conseguiu, mas todas as que vieram antes”. Os excessivamente pragmáticos (ou corretamente chamados de idiotas da objetividade) diriam ser essa uma concepção piegas; são esses, com muita probabilidade, incapazes de compreender a esperança como produtora de futuro e aniquiladora da dureza do existir. Assim, não perceberiam a profunda beleza contida na lenda atribuída ao também cortador de pedras Michelangelo. Ao ser perguntado sobre como fizera a escultura de David (com quase 4,5 metros em um só bloco de mármore, guardada na Academia de Belas Artes de Florença), ele disse: “Foi fácil; fiquei um bom tempo olhando o mármore até nele enxergar o David. Aí, peguei o martelo e o cinzel e tirei tudo o que não era David”... * Filósofo e escritor. Este é um trecho do livro Não Nascemos Prontos! (Provocações Filosóficas), publicado pela editora Vozes. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

MARIO SERGIO CORTELLA é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN

44A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Coluna_Cortella+r.indd 44

27/05/15 18:39


VR186_Coluna_Cortella+r.indd 45

27/05/15 18:39


CONTRA UM MUNDO MELHOR

#autoajuda #existência #medodamorte

Envelhecimento e marketing existencial UM dos temas cada vez mais comuns na agenda contemporânea é a autoajuda pra lidar com o envelhecimento. Mas por quê? Primeiro porque o fenômeno autoajuda é típico de uma cultura de medo em que vivemos. A vida é um risco e sempre foi, mas nos últimos 200 anos decidimos que esse fato é injustiça social ou cósmica. A literatura de autoajuda aparece como ferramenta essencial na lida com o peso da realidade. “O universo conspira a seu favor”, “terapia do salto quântico”, “seminários motivacionais”, “entre em contato com sua criança interior”. Lixo, lixo, lixo, lixo. Para qualquer um que acompanhe essa indústria de bobagens, fica claro o caráter de retardo mental que ela produz na vida de seus consumidores amedrontados. Mas um dos temas top dessa cultura é o envelhecimento. Ele sempre foi difícil porque, como dizia Freud, o envelhecimento é uma ferida narcísica grave. Perda da saúde, perda da beleza, morte próxima. E hoje, somase a essas perdas o sentimento esmagador de perda de importância, perda de significado social, perda de afeto familiar, perda de reverência pela experiência acumulada, porque, aparentemente, o mundo é dos jovens, e os velhos devem imitá-los (o que acaba por aumentar o sentimento de retardo mental da cultura contemporânea como um todo). Sobre o assunto, recomendo, para quem ainda não viu, o filme Acima das Nuvens, com Juliette Binoche e Kristen Stewart. No filme, a personagem de Binoche é uma atriz famosa obrigada a lidar com seu envelhecimento e o medo de se perder nele. Numa das cenas mais importantes, um jovem escritor admirador da carreira da personagem de Binoche (Maria Enders é seu nome no filme), que a acompanha

desde jovem, diz que nunca esqueceu quando ela, ainda jovem, disse que “nunca se arrependeria de nada do que fez, porque quando se está 100% seguro do que se faz, não há lugar para arrependimentos posteriores”. O jovem fã pergunta a ela se ela mudou de ideia, e ela responde, claramente assustada: “Não! Continuo a pensar assim 100%!”. Aqui está uma das chaves para explicar seu medo de se perder no envelhecimento: com a idade perdemos a segurança do que achávamos óbvio, e quem diz o contrário mente, salvo raríssimas exceções. Você leu as duas frases entre aspas no parágrafo acima direito? Se não, leia as duas frases de novo, por favor, porque elas são essenciais para compreender uma das maiores armadilhas para o envelhecimento no mundo contemporâneo. Na verdade, não apenas para o envelhecimento, mas principalmente para ele. O sentido das duas frases é que a segurança no que se faz e no que se escolhe é a chave para não se arrepender na vida e, portanto, sofrer menos ou não parecer ridículo no futuro. Não vou seguir o filme (não sou spoiler), ainda que a solução final para a personagem da Binoche seja, de certa forma, bastante rica e bem sacada. Volto às frases entre aspas. Será mesmo que, quando temos certeza do que escolhemos aos 20, nos garantimos contra o arrependimento aos 50 ou 60? Não acho isso óbvio, mas pior ainda é a personagem da Binoche (ter que) dizer que concorda 100% com o que disse quando era uma jovem atriz, do contrário trairia a fé de seu jovem fã (e com a idade, perde-se a possibilidade de ser objeto de paixões dos outros, além, claro, de parecer insegura e em dúvida “depois de velha”). Ninguém pode garantir uma coisa dessas. Principalmente porque ninguém

pode ter certeza “de quem será aos 50”, e mais, como serão as pessoas à sua volta quando você tiver 50 ou 60 anos. Refiro-me mesmo aos seus entes mais próximos, como filhos, cônjuges e pais. Na maioria das vezes, são justamente seus entes mais próximos e “queridos” que jogam na sua cara o quanto você está perdido em meio ao envelhecimento. Aliado à perda gradativa do “frescor” da juventude, que, normalmente, se traduz em saúde, espontaneidade e inocência (estas duas últimas, marcas típicas de quem conhece pouco as coisas), nunca se arrepender aos 50 ou 60 por algo que se fez ou escolheu aos 20, porque naquela altura se tinha segurança na escolha, é tão falso quanto afirmar a existência de Papai Noel. As perdas das certezas, seguranças, “concepções de vida” e “dogmas existenciais” são marcas características do envelhecimento, e quando não podem se manifestar, você provavelmente está fadado ao ridículo. Ou condenado àquele tipo de prisão típica de quem vive a vida como objeto do marketing existencial: tudo está bem, sou ótimo, vencedor e seguro de mim mesmo. Mas hoje em dia, tomados pela mentira como estratégia de marketing existencial, negamos tudo que nos leve a crer que “perdemos algo” na vida. A escravidão ao sucesso nos tornará a todos uns velhos ridículos. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

LUIZ FELIPE PONDÉ é filósofo e autor de vários livros, entre eles, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)

46A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Coluna_Pondé+r.indd 46

27/05/15 18:53


VR186_Coluna_PondĂŠ+r.indd 47

27/05/15 18:53


PERFIL SOCIAL

#aprendizagem #atividadeslúdicas #novométodo

o nome), mas tivemos dificuldades, principalmente por falta de espaço adequado, e, infelizmente, atualmente não conseguimos oferecer isso a eles. Hoje buscamos parceiros e voluntários para auxiliar na construção do picadeiro, para que possamos oferecer a equoterapia como mais uma forma de aprendizado e desenvolvimento.

UM NOVO JEITO DE APRENDER

Isabel Cristina notou que a dificuldade de aprendizado atrapalha muitas crianças. Criou sua ONG e instituiu uma nova forma de ensinar por

Camila do Bem foto Rogerio Alonso

Desde criança, Isabel Cristina Antunes, 63 anos, observava que algumas pessoas têm mais dificuldade de aprendizado do que outras. Mais: na maioria das vezes, notava, esses indivíduos não recebem apoio, e sim discriminação. Quando terminou o colégio, a jovem veio de Barretos, no interior paulista, para a capital a fim de estudar psicologia. Especializou-se em educação especial e trabalho com pessoas portadoras de deficiência cognitiva e criou o Núcleo Educativo Terapêutico Helena Antunes – em homenagem a sua mãe. Inicialmente, o espaço era destinado a educação infantil. Hoje engloba diversas atividades para o público de todas as idades. O aprendizado se dá de forma lúdica, com aulas de culinária, recreação na piscina e até exercícios com cavalos – motivo pelo qual, algum tempo depois, o Núcleo deu origem à Associação Equoluz. Atualmente, o trabalho desta última está pausado pela falta de espaço, mas as demais atividades seguem de vento em popa. Conheça! QUE ATIVIDADES SÃO REALIZADAS NO NÚCLEO EDUCATIVO TERAPÊUTICO? Nosso método é a “psicologia artística”, que consiste no aprendizado por meio de atividades lúdicas que permitem interação e diversão. Para estudar geografia, por exemplo, eles aprendem uma música, uma dança ou até uma comida típica da região, com apoio de aulas de culinária. É tudo integrado, e não tem restrição. Eles se desenvolvem

fazendo teatro, se expressando a sua maneira, entre outras atividades, como jardinagem e até pedagogia aquática – com a ajuda de grandes parceiros, conseguimos construir uma piscina adaptada para cadeirantes. Para muitos, essa é a melhor forma de alfabetização. E NA ASSOCIAÇÃO EQUOLUZ? No início, o objetivo da associação era oferecer terapia com cavalos (daí

COMO VOCÊS MEDEM O DESENVOLVIMENTO DOS ALUNOS? Para alguns, o simples fato de aprender a segurar um garfo e comer sozinhos ou trocar de roupa sem auxílio já é uma evolução. Esses, com dificuldade mais acentuada, recebem apoio específico para ações do dia a dia, além de nossas atividades tradicionais. Alguns retornam ao núcleo duas vezes na semana apenas para apoio pedagógico e reforço escolar, pois já conseguiram se inserir no ensino regular. HÁ RESTRIÇÃO DE IDADE? QUANTAS PESSOAS SÃO ATENDIDAS? Não temos restrição de idade, nem de permanência. Atualmente, cerca de 65 alunos são amparados pela nossa equipe. COMO VOCÊS SE MANTÊM? Nos mantemos com a ajuda da comunidade, parceiros, doações e eventos de arrecadação. Também criamos a “Oficina do Comércio”, um bazar mensal para vender os trabalhos produzidos por eles e familiares. Tudo é revertido para a manutenção do espaço e materiais para o desenvolvimento dos alunos. Temos uma equipe de 15 profissionais (monitores, auxiliares, pedagogos e terapeutas especialistas em fisioterapia, fonoaudiologia e psicologia) que é responsável por todas as atividades.

GOSTOU DA INICIATIVA? Você também pode ajudar: Associação Equoluz – Rua Portugal, 27 Jd. São Luiz – Santana de Parnaíba (11) 4154-1413 – nucleoespecial.com.br Conhece um trabalho social e quer vê-lo aqui? Indique para reportagem@vero.com.br

48A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_perfil social+R.indd 48

27/05/15 18:37


VR186_perfil social+R.indd 49

27/05/15 18:37


PERSONA VERO

#históriadevida #inspiração #dedicação

SIDNEY SEPULCRE por

Gabriela Ribeiro

foto

Zé Gabriel

HOMENAGEM DA VERO A PERSONAGENS INSPIRADORES Uma vez, Sidney recebeu uma surpresa em seu consultório: a “zoiuda” – como ele chamava uma menina pequenininha, mas com os olhos bem grandes – reapareceu por lá, depois de 20 anos, formada em enfermagem e trabalhando com crianças com câncer. “Ela disse que tinha escolhido essa profissão por minha influência. Fiquei muito orgulhoso!”, relata, com um sorriso largo no rosto. Quando criança, o doutor sonhava em ser ator de novela. Não chegou às telinhas, mas ganhou fama mesmo assim. Hoje o médico pediatra é querido em Barueri e região como se fosse um artista. Com 61 anos, sendo 32 deles dedicados à rede pública da cidade (está aposentado há seis meses), ele sempre é abordado por seus ex-pacientes, no supermercado, no shopping, na rua e até no Facebook. “Não é toda especialidade da medicina que tem essa vantagem de receber tanto carinho. Ser pediatra é especial porque cuidamos dos bebês, que depois crescem e voltam com seus filhos e netos. Assim, me tornei amigo de muitas famílias”, conta. “Independentemente de onde você trabalha, é preciso se dedicar ao máximo como ser humano. Só assim temos retorno, e não estou falando de financeiro, claro”, conclui, satisfeito. Mesmo aposentado, Sidney – casado há 38 anos com Sueli, que também é pediatra aposentada – divide um consultório com os dois filhos, que herdaram a profissão dos pais: Sidney Jr., ultrassonografista, 36, e Daniela, endocrinologista, 34. Os três netos da família têm atenção total dos avóscorujas, que disputam a chance de levá-los e buscá-los na escola.

50A | NEURÔNIO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Persona+R.indd 50

27/05/15 18:55


JUNHO 2015

• NOTÍCIAS REGIONAIS, ROTEIROS E ENTRETENIMENTO •

ESPECIAL EDUCAÇÃO Qual a importância da escola na formação dos cidadãos? pág. 10B

FESTIVAL GASTRONÔMICO Confira o que rolou pág. 20B

CRIS MACZKA Na contramão da crise, empresária expande loja com linha de móveis corporativos pág. 2B

VR186_Capa_LOCAL+R.indd 1

27/05/15 19:42


capa

Florense Alphaville

Ambiente da nova coleção de móveis corporativos

NOVIDADE POSITIVA NO MERCADO Sem se deixar levar pela onda de pessimismo, a empresária Cristina Maczka, da Florense Alphaville, amplia sua loja com soluções para ambientes corporativos e living por Camila do Bem fotos Rogerio Alonso

EM UM ANO com cenário econômico incerto, a proprietária da loja de móveis planejados Florense Alphaville, Cristina Maczka, não teve dúvidas: em vez de tirar o bloco da rua e esperar a chuva passar, decidiu arriscar e expandir sua linha de produtos. Medo? De forma alguma. Segundo Cris, a cidade cresceu muito nos últimos anos, não só no âmbito imobiliário, como também no de negócios, o que tornou a inclusão do segmento corporativo no catálogo um processo natural. No dia 21 de maio, a marca que está há 27 anos na região lançou

oficialmente a Linha Corporativa Lumina, com soluções moldáveis para todos os cenários. Para tanto, o ambiente da loja foi ampliado. Conectado ao espaço já existente está agora a área Living & Office, que conta também com estofados, mesas e complementos para a área residencial – a ideia é que a loja tenha opções que possam ser mixadas para customizar qualquer ambiente – e totaliza a loja em mil metros quadrados: "Antes tínhamos 750 metros, acrescentamos 250 com a abertura da loja ao lado", conta Cris, que pretende aumentar o

faturamento da loja em 20% com os novos lançamentos. De onde surgiu a ideia para a expansão da loja Florense Alphaville? Depois de 27 anos estabelecida na região, a Florense Alphaville, como primeira franquia da rede nacional, viu a necessidade de expandir a área de demonstração de seus produtos na contramão da crise. Não é de hoje que a Florense vem acompanhando o crescimento da região e do mercado. No início da década de 1990, começamos com as

cozinhas. Depois ampliamos para uma extensa linha de armários. Agora, nada mais natural que seguirmos a tendência mundial e expandir para a linha Corporativa. A Florense também viu a oportunidade de absorver parte do mercado de salas, com estofados, complementos e peças de design. E a melhor maneira de mostrar isso ao público é expandindo a área de loja. Como você vê o mercado de móveis planejados para ambiente corporativo?

2B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_matéria Florense3.indd 2

27/05/15 19:23


Como o mercado de Alphaville cresceu muito no setor comercial, vimos a necessidade de nos especializar nesse segmento. A Florense Alphaville faz grandes obras, como o Teatro Bradesco, e também atende a pequenos e médios escritórios, clínicas e consultórios – com ou sem o acompanhamento de um profissional da área. Como vai ser a variedade de produtos nessas novas linhas?

A Linha Corporativa da Florense é muito extensa, pois atua tanto com móveis prontos da Linha Operativa quanto com especiais da Linha Diretiva e Presidente. Todas essas alternativas existem devido à possibilidade de customização por meio do mix de produtos corporativos com Linha Residencial, o que permite inúmeras possibilidades e ambientes que podem ter formato padrão ou não, de acordo com o espaço.

Cris Maczka, proprietária da Florense Alphaville

Exposição beneficente abre a nova coleção

Para marcar a inauguração do novo espaço, a Florense Alphaville reuniu cerca de 80 artistas e profissionais da área de arquitetura e decoração para criar uma exposição em prol da APAE Barueri Uma oficina de artes com 60 profissionais de arquitetura e decoração foi o pontapé inicial. Eles customizaram peças em vidro, madeira e gesso. Mais cerca de 20 artistas locais doaram telas e esculturas de seus acervos pessoais. Todas essas obras foram reunidas em uma exposição que permanece no espaço da Florense até o mês que vem. Ao final da mostra, as peças serão leiloadas, e o valor, revertido à APAE de Barueri. “Acreditamos que todo e qualquer movimento que possa interferir na comunidade de forma cultural é benéfico”, diz Cristina. Mostra Florense Alphaville em prol da APAE Barueri Até 16 de julho – dia do leilão Al. Rio Negro, 1.030 – lj 1

“Doei uma pintura “Doei uma tela de “A Florense “Produzi um criadooriginal minha: acrílico com colagem. Alphaville acertou mudo com detalhes uma caveira Foi um privilégio em cheio e foi além em tecido nas gavetas. flamejante intitulada participar deste do foco comercial Além de ter ficado 'Untitled Skull'. evento que une em prol de uma causa muito legal, ainda me Estou muito feliz, empreendedorismo nobre. Desenvolvi deu a oportunidade pois foi uma para fazer o bem. um baú de madeira de participar dessa oportunidade de Conheço a Cris há com uma pintura iniciativa bacana. direcionar o meu muito tempo, e ela que faz uma releitura Produzir a peça foi trabalho para faz a diferença em da estampa da uma experiência ótima transformar vidas" nossa comunidade" Louis Vuitton" e prazerosa" BRUNO PORTELLA Artista plástico

Profissionais de arquitetura e decoração que produziram peças: Adriana Casella, Adriana Mob, Ana Carolina Abranches, Ana Cristina Fazzio, Ana Cristina Quitete, Ana Weilenmann, Beatriz Azpiri, Bianca Noia, Camila Zanchet, Carolina Bayer, Celia Bernhart, Cintia Carrara, Cleide Vieira Santos, Dani Gauch, Daniella Malta, Dini Sena, Fernanda Funari, Fernanda Guertas, Flávia Brandão, Gislene de Paula, Giulia Carrara, Glorinha Baptista, Haithem Slaimi, Laila Sá, Laís Berardo, Leila Galiano, Leonardo Faria, Leticia Torres, Lucia Moraes, Luciana de Marchi, Luciana Sampaio, Luis Café e Vivian Contri, Luiz Henrique Marques Pereira, Maira Serrano, Marcia Assad, Mariza Cundari Pereira, Melissa Corbet, Nanci Formigoni Sarzi, Prudence Winardi, Raquel Lampoglia, Rebecca Catalucci Regina Amaral, Regina Dottori,

GABY FALTAY Artista plástica

LEONARDO FARIA Arquiteto

SIMONE MELLO Arquiteta

Regina Serrano, Renata Bernhart, Roberto Moraes, Sandra Amaral, Sandra Guertas, Sandra Pedro, Sergio Piancó, Sharon Fliter, Simone Mello, Sissi Mudat, Stephanie Moraes, Tatiana Caçapietra, Vera Teixeira, Vivian Nassif. Artistas que doaram peças: André Brunharo, Antonio Braz, Arlete Mello, Atelier do Gato, Bruna Caçapietra, Bruno Portella, Caio Machado, Clara Fujikawa, Damiana Suriani, Daniele Camargo, Edson Lovato, Estela Carvalho, Fabiola Magno, Francisca Junqueira, Gabi Faltay Castro, Haithem Slaimi, Janine Klein, Leslie Amaral, Marcelo Hardt, Marcia Vinhas Fernandes, Margareth Byington, Mariangela Forni, Michael Clayton, Nelson Dos Passos, Regina Dottori, Renattoo Oliveira, Rose Rossetti, Satio Tomita, Sergio Piancó, Teca Passos, Vanda Ramirez, Vanessa Gomes

2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 3B

VR186_matéria Florense3.indd 3

27/05/15 19:23


gente

Florense Alphaville

Living & Office O evento que marcou a expansão das linhas de móveis da Florense aconteceu na noite de 21 de maio e reuniu profissionais da área de decoração, artistas e convidados

1

2 1. Olga Krell 2. Bobby Krell 3. Satio Tomita e Lucas Zanchett 4. Dani Gauch e Melissa Corbett 5. Mateus Corradi

3

4

5

6

7

8

9

FOTOS THIAGO HENRIQUE

6. Ana Cristina Quitete, Glorinha Battista e Regina Ulhôa 7. Irene Maczka 8. Rebeca Catalucci e Dawison Hidaka 9. Marcio Amato e Ana Cristina Fazzio

4B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Gente_florense+R.indd 4

27/05/15 19:20


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 5B

VR186_Gente_florense+R.indd 5

27/05/15 19:20


Grupo Plurimus

ZÉ GABRIEL

publieditorial

CONSULTORIA E PLANEJAMENTO PARA AUMENTAR OS LUCROS Com uma equipe qualificada, Grupo Plurimus oferece assessoria jurídica e tributária para empresas de diferentes setores a fim de reduzir riscos e alavancar ganhos por Juliana Duarte

JÁ PAROU para pensar nas

semelhanças entre direito e economia? Dá até pra dizer que são áreas completamente diferentes, não é? Enganase quem pensa assim. Pelo menos quando o assunto é advocacia preventiva. A prática – que no Brasil ainda é pouco usual, mas nos Estados Unidos já acontece há muito tempo – tem como objetivo ajudar empresários no controle de riscos e, principalmente, na redução de impostos e no aumento de ganhos. Como? Com orientações e ações preventivas que podem evitar demandas administrativas e judiciais. A assistência, nesse caso, vai desde a instrução para elaboração correta de

documentos da empresa até a condução de demandas. “Com isso, essa especialidade se torna um investimento que gera ganhos e economia com segurança para o empresário”, conta Dr. Osmar Sampaio, diretor do Grupo Plurimus, especializado em advocacia tributária. Essa orientação não é o único serviço oferecido pelo Grupo. Revisão fiscal tributária e previdenciária é outro trabalho recorrente. Nesse caso, os colaboradores do Grupo Plurimus fazem uma análise completa do cliente, começando por verificar se os tributos e impostos foram pagos corretamente. “Muitas vezes, o cliente acaba

gastando mais com itens desnecessários e não sabe disso”, relata Dr. Osmar. Realizada em 30 dias, em média, essa análise ainda permite que o cliente desenvolva um planejamento tributário, ou seja, se organize para não gastar dinheiro com impostos ou taxas que não dizem respeito à sua área de atuação. “Uma assessoria jurídico-tributária correta é imprescindível para manter a regularidade fiscal do contribuinte, bem como a redução de custos para suas empresas. Queremos levar conhecimentos que ajudem nossos clientes a se destacarem nos mercados em que atuam”, afirma.

SOBRE O GRUPO PLURIMUS

O Grupo Plurimus tem por objetivo ser uma empresa referenciada como inovadora, confiável e precisa no setor de consultoria e inteligência empresarial. A dedicação e a qualificação da equipe multidisciplinar fazem a diferença no dia a dia. Todos os integrantes do time têm vasta experiência na área e se dedicam inteiramente às causas das pessoas e empresas que os procuram. Nem poderia ser diferente, já que cada um é escolhido a partir de um importante princípio: “O valor das pessoas é proporcional à seriedade com os seus compromissos”, pontua Dr. Osmar Sampaio.

Alameda Araguaia, 2.044 Torre 1 – 15º andar Cj. 1501/1514 (11) 4208-5959 grupoplurimus.com.br

6B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Publi_Plurimus 2+R.indd 6

27/05/15 19:24


VR186_Publi_Plurimus 2+R.indd 7

27/05/15 19:24


publieditorial

Complexo Madeira

Fachada do novo Complexo Madeira, que está prestes a ser inaugurado – últimas unidades à venda

ENTREGUE NOVO MIXED USE DE ALPHAVILLE Prestes a ser inaugurado, Complexo Madeira, na alameda de mesmo nome, reúne hotel, spa, escritórios e boulevard gastronômico no mesmo lugar, além do maior centro de convenções da região por Fernanda D'Angelo

TRABALHAR perto de casa

equivale a 20 dias de folga por ano. É o que garante um estudo recente feito pelo portal Emprego Ligado. Segundo a pesquisa, a proximidade da casa com o trabalho resulta em maior qualidade de vida aliada a produtividade. No que depender

do novo megaempreendimento de uso misto de Alphaville, o Complexo Madeira, pelo menos os ocupantes de seus 279 escritórios estão mais próximos de viver essa realidade. Isso porque o complexo, idealizado pela Alphaville Participações (Alphapar) em parceria com

o grupo Tivoli, já está finalizado e deve começar a funcionar em breve. Além da torre corporativa (com os 279 escritórios – as últimas unidades estão à venda), o empreendimento vai contar com um hotel premium da rede Blue Tree, composto

por academia, spa e piscina, um boulevard com lojas e restaurantes e o maior centro de convenções da região. Por isso, ter uma rotina mais simplificada sem precisar se locomover de carro é apenas uma das vantagens que os executivos com escritórios

8B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Publi_Madeira+R.indd 8

27/05/15 19:28


ali terão. A outra é que eles também vão contar com uma nova opção de lazer. A lista seleta de restaurantes do boulevard do complexo vai incluir um Fran’s Café – que vai oferecer a novidade da rede: o Fran's Lounge para happy hours –, os badalados L’Entrecôte de Paris e Maria João, além de um novo restaurante japonês e uma sofisticada loja de vinhos da Expand. Outros serviços, como agência de câmbio e farmácia, completam o rol. “Empreendimentos imobiliários multifuncionais assim poupam ao máximo as pessoas do trânsito caótico, aproveitando, dessa forma, ainda mais o lazer em família. Será uma boa experiência para Alphaville”, diz o arquiteto Ricardo Julião, responsável pelo projeto que conta com fachada moderna e imponente. O projeto paisagístico é do conceituado escritório de

Benedito Abbud e evidencia o conceito inovador. São 55.720 metros quadrados de área construída no total, dos quais 13.077 m2 comportam o hotel e 19.327 m2 o edifício comercial. A intenção do complexo é movimentar ainda mais a economia local, assim como aquecer o setor hoteleiro na região, trazendo opção de hospedagem da rede internacional Blue Tree aos de passagem pelo bairro. O hotel traz 324 suítes, e os hóspedes poderão desfrutar do Noah Gastronomia, além de spa, fitness center e uma piscina com raia de 20 metros. Entretanto, todos os executivos da torre comercial e o público em geral também terão acesso a essas conveniências. Um facilitador para quem não abre mão da prática de esportes, por exemplo, hábito cada vez maior entre os brasileiros – segundo dados da pesquisa Vigitel

NÃO PRECISAR SE LOCOMOVER DE CARRO É UMA DAS VANTAGENS DE QUEM TIVER UM ESCRITÓRIO NO COMPLEXO (Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico), de 2014, o número de pessoas que se exercitam aumentou 18% nos últimos seis anos. Novidade à parte, o maior centro de convenções do bairro tem capacidade para até 900 pessoas. De arquitetura modular e sistema acústico de alto padrão, o espaço para eventos corporativos e sociais permite até três eventos simultâneos e atenderá tanto

os empresários (fica no térreo da torre do hotel) quanto o hotel e os moradores da região. “É uma questão de necessidade e qualidade de vida ter complexos como esse em grandes centros urbanos como Alphaville”, revela Ricardo Julião. Pelo jeito, não é só ele que está ansioso pela inauguração. “Os moradores querem saber quando o Complexo Madeira começará a funcionar, estão numa grande expectativa também!”, completa.

COMPLEXO MADEIRA Al. Madeira, 362 complexomadeiraalphaville.com.br (11) 4191-6348

RAIO X DO EMPREENDIMENTO Torre Corporativa Torre vertical de 19 mil m2 com 18 andares 279 salas comerciais, a partir de 45 m2 Lajes corporativas de 900 m2 Hotel Blue Tree Torre horizontal de 13 mil m2 com seis pavimentos 324 suítes, sendo 64 suítes long stay Hall privativo e acesso exclusivo aos hóspedes Fitness center, spa e piscina com raia de 20 m, que pode ser acessada por hóspedes, executivos e público em geral Boulevard gastronômico, com restaurantes como L'Entrecôte de Paris e Maria João Centro de convenções com capacidade para até 900 pessoas

2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 9B

VR186_Publi_Madeira+R.indd 9

27/05/15 19:28


especial

educação

NÃO MATE ESTA AULA

É na escola que acontecem as primeiras relações fora da família, por isso, a importância da instituição vai muito além do conteúdo. Conversamos com os especialistas Rosely Sayão, Clóvis de Barros Filho e Mario Sergio Cortella para elucidar essa questão por Gabriela Ribeiro

PENSE rápido: o que você

aprendeu na escola? Certamente você logo se arrepiou lembrandose da tabuada, da separação de sílabas ou da elaboração da redação. Mas tão importante quanto esse aprendizado todo foi quando você iniciou novas amizades, precisou seguir regras diferentes das que tinha em casa – pelo menos, às vezes – ou percebeu que não tinha a atenção exclusiva de todos ao seu redor. Foi nesses momentos que se iniciou o processo da formação do cidadão que você é hoje. É na escola que acontecem as primeiras relações fora da família, por isso, a importância da instituição vai muito além de passar o conteúdo que fará o aluno “ganhar a vida”. O grande problema, de acordo com a psicóloga infantil e autora do livro Conversa com criança, Daniella Freixo de Faria, é que muitas famílias não sabem o que esperar da escola em relação a essa formação do aluno. “Não existe a melhor escola ou o melhor método. Existe a melhor escola para cada família e para cada criança. Umas irão considerar mais o lado emocional, outras, menos. O importante é cada família primeiro se conhecer bastante, depois, conhecer bem as escolas”, explica ela. Para o professor de ética da Universidade de São Paulo (USP) Clóvis de Barros Filho, para a escola ser capaz de formar um

cidadão é preciso um conjunto completo de requisitos: "Que haja professores selecionados e remunerados e, principalmente, que disciplinas como ética e cidadania sejam conteúdos transversais, presentes em todas as matérias, que os professores tenham isso como prioridade e que os alunos sejam diariamente estimulados ao debate, à discussão e à reflexão sobre princípios de convivência", relata.

CAMINHO DAS PEDRAS

De acordo com Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, a escola é um espaço público onde há diversidade, um aglomerado de crianças e adultos que propicia o processo de cidadania. “É lá, nas relações interpessoais, e não afetivas, que a gente aprende a ser cidadão. Uma coisa é você discutir com um integrante da família ou um amigo, porque depois fica tudo bem, agora, como conviver com pessoas com as quais você não tem vínculo afetivo? Isso é cidadania”, explica ela. O ambiente escolar deixa, então, de ser mero espaço de aprendizagem formal e torna-se o cenário das primeiras frustrações, realizações, encontros, disputas, competitividade e dificuldades de relações interpessoais da criança. Para os alunos, toda essa experiência será uma explosão de emoções. E a primeira coisa que o professor deve fazer,

“A família tem de fazer o seu trabalho prioritário, que é cuidar dos seus filhos, e uma das maneiras é observar e ter parceria com a escola” MARIO SERGIO CORTELLA segundo Rosely, é ensiná-los a ser alunos. “Não é só chegar lá, se apresentar, conhecê-los e começar a dar aula. É preciso ensinar a conviver, porque as crianças, quando chegam à escola, têm a tendência de falar: ‘Você não manda em mim, você não é minha mãe’. Então, elas vão descobrir um novo mundo, no qual há adultos que vão orientálas no que vão fazer, quando e onde”, diz a psicóloga. Para Clóvis, o professor tem um papel decisivo nessa história. “Cabe a ele compensar uma socialização muito deficitária. Ele precisa propiciar condições não para que os alunos decorem aquela verdade pré-estabelecida, mas para que tenham condições de aprender a argumentar, discutir e debater. Cabe ao professor criar uma situação laboratorial mesmo, de simulação da sociedade”, afirma. Uma pesquisa sobre a importância da escola na formação do cidadão foi realizada em três instituições, sendo duas públicas e uma particular, respectivamente em Ceilândia, no Plano Piloto e em Taguatinga, regiões do Distrito Federal. Os

estudantes foram questionados se a escola tem a responsabilidade de ser um ambiente formador de cidadãos e se ela tem cumprido esse papel: 76% responderam que sim, e 24% disseram que a escola tem essa responsabilidade, mas que não é cumprida. Sessenta e seis por cento dos professores alegaram que trabalham para conseguir esse objetivo.

FAMÍLIA X ESCOLA

Para o filósofo e professor Mario Sergio Cortella, a escola não é

O QUE PENSAM OS EDUCADORES DA REGIÃO

“A escola, assim como os educadores, deve respeitar a criança para que ela cresça um cidadão responsável, cumpridor das suas obrigações e ao mesmo tempo feliz consigo mesmo” SUZANA GUIDA TARTUCE

Diretora da Tip Toe Discovery

10B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Materia educação ok+R.indd 10

28/05/15 11:40


"Que haja professores selecionados e remunerados e, principalmente, que disciplinas como ética e cidadania sejam conteúdos presentes em todas matérias"

“É preciso ensinar a conviver, porque as crianças, quando chegam à escola, têm a tendência de falar: ‘Você não manda em mim, você não é minha mãe’

CLÓVIS DE BARROS FILHO

ROSELY SAYÃO

responsável por toda a educação da criança; na verdade, ela tem o papel de auxiliar a família. “A família tem de fazer o seu trabalho prioritário, que é cuidar dos seus filhos, e uma das maneiras é observar e ter parceria com a escola”, conta. Em uma entrevista que Cortella concedeu ao programa de rádio EPC, em 2014, ele afirma que, se a família não cumpre sua parte, a escola também não dará conta. “Hoje a família passa por um momento de submissão

da criança. Muitas vezes, o professor é o primeiro adulto no dia a dia de algumas crianças que decide exercer sobre elas a autoridade. E autoridade não é autoritarismo.” Ainda segundo ele, em entrevista para a VERO, de nada adianta a escola ter a perspectiva do uso da autoridade docente se a família, por qualquer razão, enfraquece essa autoridade sendo benevolente com a criança ou com o jovem. “Isso precisa ser uma trajetória de mão dupla”, complementa.

“Na educação infantil, o 'aprender a conviver' é um dos aspectos mais relevantes. É fundamental investir para que as crianças possam conhecer a si mesmas e aprender quais as maneiras de convivermos num espaço em que os vínculos afetivos ganham outra dimensão”

“O mais importante para a preparação de cidadãos é que, desde pequenos, ainda na infância, as crianças tenham referências sobre respeito, compromisso, solidariedade e ética, tendo a oportunidade de vivenciar e exercitar essa cidadania”

ROSÂNGELA VELIAGO

Diretora assistente do Colégio Rio Branco – Unidade Granja Vianna

Diretora pedagógica da Escola de Educação Infantil Ursinho Branco

TATIANA MARTINEZ

A interferência tanto da família como da escola em uma questão da outra pode não só prejudicar a criança, como também a sua educação escolar pode não acontecer plenamente. Mas esse é um fato muito comum em qualquer escola, tanto particular como pública. “Eu vejo muito os pais interferirem na escola porque os filhos sofreram uma pequena injustiça. Mas cidadania é saber enfrentar as pequenas injustiças também. Então, eu preferiria que na

escola a relação fosse dos professores com os alunos, até porque, se eles percebem que a família não confia na escola, eles também não vão confiar”, esclarece Sayão. Quem concorda é a psicóloga Daniella Freixo de Faria: “Quando há esses conflitos, a criança fica, normalmente, do lado da família e passa a não mais respeitar seu ambiente escolar da mesma forma. A parceria, a conversa, a união frente ao desenvolvimento acontece quando há confiança, e ela é construída pelas duas partes. Para isso, é preciso aceitar críticas, pedir desculpas pelos erros, parar de buscar culpados e nos responsabilizarmos pelo que nós, pais, mães, professores e orientadores podemos fazer pelo processo de desenvolvimento dessa criança”, afirma. O professor Clóvis ainda lembra um ponto importante: se os professores são vítimas de condições de trabalho indevidas, acabam também dando de ombros. “E aí, nem a escola nem a família acabam cumprindo o seu papel, que é o de civilizador por excelência, de formador de pessoas pensantes, convictas a exercer a sua liberdade.” Rosely dá a dica: “O mundo mudou, a família mudou, e os alunos mudaram. Então, a escola tem que mudar também, se atualizar!”.

“A prioridade da escola é saber equalizar orientação de estudos e formação acadêmica a práticas reais de cidadania, incluindo a valorização de todas as áreas do conhecimento, trabalho social, voluntariado, desprendimento e altruísmo”

“Vivemos em tempos de intolerância, impaciência e individualismo. Mais do que nunca, agora, confere-se à escola a função de treinar os alunos para que aprendam a conviver, aceitando espontaneamente as naturais diferenças”

VERA MARIA ALVES MENDES

ISABELLA FREITAS

Diretora do Colégio Mackenzie Tamboré

Diretora da Escola Morumbi

2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 11B

VR186_Materia educação ok+R.indd 11

28/05/15 11:40


Portfólio Educação

Do ensino infantil à graduação, passando por uma boa rede de escolas de idiomas, Alphaville tem diversas opções quando o assunto é estudo

COLÉGIO RIO BRANCO Fundação: 1946 | Na região há 29 anos Ensino: infantil, fundamental e médio Rod. Raposo Tavares, 7.200 (km 24) | Granja Viana Cotia | Telefone: (11) 4613-8579/ 8580 | Site: crb.g12.br Com quase 70 anos de tradição, o colégio é mantido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo e já formou renomados artistas, jornalistas, políticos, empresários, esportistas e importantes personalidades do cenário nacional. Trabalhar as dimensões intelectual, social, emocional, expressiva, cultural e interacional faz parte do seu projeto pedagógico. A

unidade – que oferece Período Integral Modular Bilíngue e Minimaternal – conta, em suas instalações, com salas de aula equipadas com kit multimídia, auditório com capacidade para 500 lugares, estúdio de TV, laboratórios, quadras poliesportivas, ambulatório médico, piscina semiolímpica aquecida, pista de atletismo, bosque e campo de futebol e de rugby.

CULTURA INGLESA Fundação: 1935 | Na região há 10 anos | Idioma: inglês Calç. Procion, 8 | Centro de Apoio 2 | Alphaville Telefone: (11) 4153-9143 | Site: culturainglesasp.com.br Na Cultura Inglesa os professores passam por um rigoroso processo de treinamento continuado, participando de cursos, congressos e sendo estimulados a obter certificações de instituições estrangeiras e de metodologias aplicadas ao ensino de inglês (que abrange leitura, conversação, redação e atividades culturais). A instituição aposta em atividades complementares, que já estão inclusas na mensalidade. Entre elas, o e-Campus (um website

para a prática do idioma na internet, com mais de 3.700 atividades disponíveis), grupos de teatro para jovens e adultos, coral de música pop, grupos de leitura, festival de bandas e artistas solo e eventos culturais. Atualmente é a maior rede de escolas não franqueadas do país. Conta com 46 unidades no estado de São Paulo (sendo uma em Alphaville) e quatro em Santa Catarina.

12B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Portfolio_Educacao.indd 12

28/05/15 11:38


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 13B

VR186_Portfolio_Educacao.indd 13

28/05/15 11:38


portfólio

educação

ESCOLA MORUMBI Fundação: 1969 | Na região há 12 anos | Ensino: berçário, educação infantil, ensino fundamental I e II e ensino médio Al. América, 710 | Tamboré | (11) 2666-2888 Site: escolamorumbi.com.br A diretriz básica da Escola Morumbi é criar condições para o desenvolvimento integral do aluno, visando a sua formação emocional, moral, artística, social e intelectual, respeitando os aspectos específicos de sua personalidade. A instituição, que tem mais de 45 anos de tradição, preza pelo aprendizado da convivência, estimulando o espírito de participação em

equipe. Por isso, além das aulas da grade horária normal, promove campeonatos internos e interescolares de diversas modalidades. Iniciação musical, robótica, transporte escolar, natação, judô e ballet também são algumas das atividades oferecidas à parte. Além da unidade localizada no Tamboré, a Escola Morumbi está nos bairros do Jardins e Moema, em São Paulo.

INSTITUTO PRESBITERIANO MACKENZIE Fundação: 1870 | Na região há 35 anos | Ensino: infantil, fundamental, médio e graduação | Av. Mackenzie, 905 Tamboré | (11) 3555-2139 | Site: mackenzie.br O colégio oferece ensino de qualidade, norteado por uma filosofia baseada em princípios éticos e cristãos. Na educação infantil, as crianças têm a oportunidade de ampliar sua socialização. Durante os nove anos de ensino fundamental, são estimuladas a construir o conhecimento e desenvolver o raciocínio lógico e a capacidade de comunicação. No ensino médio, a educação é voltada para a

solução de problemas concretos e de conteúdos que visem à formação. Há ainda mais de 30 cursos de graduação em diversas áreas. Tem nota máxima do MEC e foi classificada, pela terceira vez consecutiva, como a Melhor Universidade Privada de São Paulo, segundo o Ranking Universitário Folha de São Paulo 2014. Além de Tamboré, também está em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro e Brasília.

14B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Portfolio_Educacao.indd 14

28/05/15 11:38


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 15B

VR186_Portfolio_Educacao.indd 15

28/05/15 11:38


portfólio

educação

RED BALLOON Fundação: 1969 | Na região há 12 anos | Idioma: inglês Público: crianças e adolescentes | Al. Amazonas, 560 Alphaville | Telefone: (11) 4193-1053 | Al. Dali, 85 Centro Comercial Burle Marx | Site: redballoon.com.br Com duas unidades em Alphaville – a mais nova, no Centro Comercial Burle Marx, abriu as portas no dia 13 do mês passado –, é especializada no ensino de inglês para crianças e adolescentes de 3 a 16 anos. Na Red Balloon os alunos praticam o idioma de forma lúdica e dinâmica, por meio de brincadeiras, jogos, artes, tecnologia, entre outros.

Com uma carga horária de seis horas por semana, eles terminam o curso com a formação completa – inclusive, por volta dos 9 anos, já estão aptos a prestar exames de proficiência Cambridge. Além das salas de aula tradicionais, a escola conta com uma boa infraestrutura, com espaços de vídeo, artes, brinquedos e computadores.

ST.GEORGE'S SCHOOL OF ENGLISH Fundação: 2013 | Na região há 1 ano | Idioma: inglês Público: infantil e adulto | Al. Araguaia, 661 | Alphaville Telefone: (11) 4382-9270 / 4382-9271 | Site: stgeorges.com.br Aprender inglês em uma escola de primeiro mundo sem sair de Alphaville é a proposta da St. George’s School, que traz na bagagem 800 anos de excelência de ensino por meio da parceria com a Cambridge University

Press. A St. George's oferece cursos de inglês para adultos e crianças a partir dos 11 anos de idade. Excelência máxima em ensino, atendimento personalizado e uma estrutura nunca vista no Brasil é o que a escola oferece.

16B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Portfolio_Educacao.indd 16

28/05/15 11:38


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 17B

VR186_Portfolio_Educacao.indd 17

28/05/15 11:38


portfólio

educação

TIP TOE DISCOVERY SCHOOL Fundação: 1997 | Na região há 18 anos | Ensino: infantil, fundamental I e II | Estr. de Ipanema, 300 | Vila Velha Santana de Parnaíba | (11) 4154-1875 | Site: tiptoediscovery.com.br A escola, que segue o currículo e calendário americanos, estimula a independência, a concentração, o senso de organização, a preocupação com o meio ambiente e a aprendizagem da língua inglesa. Está instalada em uma área verde de 10 mil m2, com amplas salas de aula, quadra poliesportiva coberta, laboratório de ciências, sala de teatro e música, sala de informática e horta. Transporte escolar, aulas de culinária, artes, futebol, jogos

estratégicos, ginástica olímpica, jazz e street dance são algumas das atividades extracurriculares oferecidas. Dos 18 meses aos 5 anos de idade, a escola segue a linha Montessori de ensino. As aulas de português são dadas do 1°até o 9° ano do ensino fundamental, seguindo o método sociointerativo. Oferece, ainda, um dia experimental gratuito para que o futuro aluno conheça a rotina, a metodologia e o ambiente escolar.

URSINHO BRANCO Fundação: 1975 | Na região há 16 anos Ensino: berçário e infantil | Al. Castanheiras, 125 Tamboré | (11) 4152-2580 | Site: escolaursinhobranco.com.br A escola trabalha exclusivamente com a educação infantil, com crianças de 4 meses a 5 anos. Por lá, alguns pontos são considerados bem importantes: a preservação da cultura da infância como princípio para a escolha das práticas escolares, a criação de bons cenários de aprendizagem que possibilitem a concepção de boas situações-problemas

e a busca pela condição de protagonismo das crianças, para que desenvolvam, progressivamente, sua independência prática e intelectual. Além da grade horária normal, a Ursinho Branco conta com período integral e atividades à parte que podem ser incluídas na mensalidade, como English Time, oferecido pela escola de idioma Language in Life, ballet e judô.

18B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Portfolio_Educacao.indd 18

28/05/15 11:38


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 19B

VR186_Portfolio_Educacao.indd 19

28/05/15 11:38


comidinhas

Festival Gastronômico

DE BOM GOSTO

Nem só de boa comida é feito um Festival Gastronômico. A quinta edição do evento, que acontece no Iguatemi Alphaville, também teve música de qualidade e público em peso! 1

2

5

3

4

1. Capeletti com recheio de pato e polpettone, da Trattoria Vitória Régia 2. Hambúrguer de cordeiro do Merenda de Rua 3. Pasteizinhos da Cervejaria Patriarca 4. Caipirinha do Pirajá 5. Delícias portuguesas da Casa Mathilde 20B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_festival gourmet+r.indd 20

28/05/15 12:19


COMIDINHAS da melhor qualidade, gente bonita e música boa. Esses três ingredientes não podem faltar no Festival Gastronômico, que já virou tradição no Iguatemi Alphaville. Foi assim no último dia 23 de maio. Os visitantes marcaram presença na quinta edição do evento. As delícias que encheram os olhos – e a barriga – de quem passou por lá foram preparadas pelos chefs renomados de restaurantes daqui e de São

1

Paulo: Bendita Hora, Carlos Bertolazzi, Casa Mathilde, Cervejaria Patriarca, Easy Cooking, Merenda de Rua, Nagarê Sushi, Piola, Pirajá, Pobre Juan, Saj, Sonheria Dulca e Trattoria Vitória Régia. As bebidas foram garantidas pelo famoso food truck de vinhos Los Mendozitos. O Bombay deu um tempero especial ao evento. Já Dom Paulinho Lima e Tritono Blues garantiram o som de primeiríssima qualidade!

3 2

4

5

1. e 2. Pausa para o drink e para descansar nas cadeiras de sol 3. Sanduíche Castelões do Pirajá 4. Gnocchi com ragu de ossobucco e cebolas crocantes, e coxinha de pato do Carlos Bertolazzi 5. e 6. Público curtiu o entardecer no Festival 7. Empanadas do Pobre Juan

6

7

2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 21B

VR186_festival gourmet+r.indd 21

28/05/15 12:20


comidinhas

Festival Gastronômico

1

2 1. Tritono Blues fazendo um som 2. Sukiyaki com molho nagarê à base de soja e creme de mandioquinha com camarão, do Nagarê Sushi 3. Participantes aproveitaram todos os cantinhos do gramado 4. Delícias libanesas do Saj 5. Churros do Pobre Juan 6. Sonhos da Sonheria Dulca 7. Rafael A. B. Rodrigues, da Bombay 8. Dom Paulinho Lima 9. Equipe da Casa Mathilde 10. Momento selfie 11. Equipe do Iguatemi Alphaville

3

4

7

5

8

6

9

22B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_festival gourmet+r.indd 22

28/05/15 12:21


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 23B

VR186_festival gourmet+r.indd 23

28/05/15 12:21


piquenique

atitude alphaville

DIAS DE ALEGRIA

Tornar a região ainda mais gostosa para viver. Para isso, não é preciso mais do que amigos, uma toalha estendida no gramado e uma cesta cheia de comidinhas. Embaixadores da campanha Atitude Alphaville têm garantido essas e muito mais atrações nos piqueniques na Praça Oiapoque. Confira! OFICINA de mandalas, roda

1

de capoeira e drones voadores são apenas algumas novidades deste ano dos Piqueniques da Campanha Atitude Alphaville. Os domingos ensolarados ficaram ainda mais gostosos com a família reunida e reencontros de amigos e vizinhos para colocar o papo dia. O evento tem reunido, a cada edição, mais participantes e contado com muitas novidades. Fique de olho no Facebook da VERO e saiba as datas dos próximos piqueniques. Participe!

2

5

3

3

6

4

COPATROCÍNIO

7

8

APOIO

REALIZAÇÃO 1 e 3. Os participantes levaram suas cestas cheias de comidinhas 2. Pausa para a foto com os embaixadores da campanha 4. Oficina de mandalas ministrada pela embaixadora Erica Aidar 5. Ogg Ibrahim levou um drone pra fotografar os participantes do evento 6. Delícias que uma garotinha preparou e distribuiu no piquenique 7. O artista Antonio Braz (Animê Arte) fazendo a alegria da criançada 8. Apresentação de capoeira do grupo Caravela Negra 24B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Piquenique _C+R.indd 24

28/05/15 11:48


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 25B

VR186_Piquenique _C+R.indd 25

28/05/15 11:48


gente

eventos da região

Cliques do mês

3

1

2

4

5 Encontro entre amigas do Iguatemi Alphaville com Alphaville & Arredores 1. Camila Menna Barreto 2. Eliane Juliano, Paula Cardoso e Daniela Benoliel

6

7

Lançamento da Coleção Bailarinas, dos esmaltes Granado, no Iguatemi Alphaville 5. Lalá Noleto Reinauguração da Portobello Shop Alphaville 6. Flavia Brandão 7. Siomara Oliveira e Luiz Mokdeci Inauguração da Itatiaia Mercedes-Benz no Brooklin, em São Paulo 8. Luciana Aidar e Patricia Maluf 9. Christiane e Cassio Saddi

8

9

FOTOS: 1, 2, 3, 4, 8 E 9 - RODRIGO SACRAMENTO; 5, 6 E 7 - THIAGO HENRIQUE

Bate-papo com as dermatologistas da Clínica Jerez na Gazar Alphaville 3. Marluce e Mellina Nunes 4. Tatiana e Thais Jerez

26B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Gente+R.indd 26

28/05/15 12:16


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 27B

VR186_Gente+R.indd 27

28/05/15 12:16


gente

eventos da região

Lançamento da coleção Eternity, da Laura Marchi, no Iguatemi Alphaville 1. Laura Marchi 2. Duda Cyrulin Desfile da coleção de inverno 2015 da Spezzato Teen, no Iguatemi Alphaville 3. Sofia e Luci Damian Lançamento do Bellagio Eco Park Alphaville 4. Wonia, Richard e Moses Fliter 1

2

Lançamento do Plano de Incentivos 2015 do Polo Alphaville 5. Carolina Lui e Liége Zomignani 6. Mayla Mikaelian e Bianca Freitas Coquetel de reinauguração do Embrase Golf Center, em São Paulo 7. Rubinho Barrichello 8. Álvaro Almeida 9. Klaus Behrens, Antonio Carlos Padula e Wagner Martins

FOTOS: 1 E 2 - LUCAS MALKUT; 3 - TATIANA CAMARGO; 4 - GRAZI ALCOVA; 5, 6, 7, 8, 9 E 10 - THIAGO HENRIQUE

Coquetel de inauguração da Drogavet Alphaville 10. Daniela Gonçalves 3

4

5

6

7

8

9

10 10

28B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Gente+R.indd 28

28/05/15 12:16


2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 29B

VR186_Gente+R.indd 29

28/05/15 12:16


gente

eventos da região

1

2

3

4

5

6

7

9

10

Coquetel de Dia das Mães do Shopping VillaLobos 1. Lethicia Bronstein Lançamento da exposição “Fotografias de Amor”, do Alphamães, no Iguatemi Alphaville 2. Ana Flávia Carramaschi Inauguração da You By Piccadilly no Shopping Tamboré 3. Renata Fukuda Inauguração do Clube Morena Rosa no Shopping Tamboré 4. Silvana Naressi 5. Natalia Rabelo Coquetel de inauguração da Vila Lume Centro de Saúde e Bem-estar 6. Mary Rios e Pâmela Lima 7. Daniella Gomes e Fabio Portas

8

FOTOS: 1, 2, 4, 5, 8, 9 E 10 - THIAGO HENRIQUE; 3, 6 E 7 - TATIANA CAMARGO

Coquetel na Boutique de Luxo, em Alphaville 8. Raquel e Karine Fares 9. Adriana Furlan, Renata Lourenço e Graciela Piñero 10. Daniela Holler

30B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Gente+R.indd 30

28/05/15 12:16


Atenção, artistas, diretores de arte, profissionais e estudantes de design ou arquitetura: vem aí o concurso que vai escolher a logomarca de Alphaville informações: atitude@vero.com.br

2015 | JUNHO | LOCAL VERO | 31B

VR186_Gente+R.indd 31

28/05/15 12:16


orgânico

agenda de junho e julho

ROSELY SAYÃO, JULIO LAMAS E BOB WOLHEIM EM ALPHAVILLE

Além da especialista em educação, que volta ao OrgâniCo à convite do projeto NaSala, outros grandes nomes das áreas de cidades e empreendedorismo completam a grade de palestras

A psicóloga e consultora educacional Rosely Sayão apresenta a última palestra de seu ciclo sobre educação infantil. Colunista da Folha de S.Paulo e da Band News FM, Rosely tem mais de 30 anos de experiência na área. 09/06, às 20h – R$ 160*

SOLUÇÕES SUSTENTÁVEIS PARA CIDADES NO SÉC. XXI Colunista da VERO e especialista na cobertura de cidades e sustentabilidade, o jornalista Julio Lamas ministra palestra sobre o ser urbano e as possibilidades que ele pode oferecer para melhorar a vida nas cidades. Julio acredita que todas as cidades têm solução.

JUNHO/JULHO

15/06, às 20h – Grátis

INOVAÇÃO NAS EMPRESAS Com 30 anos de experiência em empresas de grande e médio porte em diversas áreas de atuação, Écio Paes Leme e Adriano Emiliozzi (que atua há 15 anos em posições de destaque nas áreas de varejo, logística e comércio eletrônico) conduzem discussão sobre como incorporar inovação no dia a dia das empresas.

COMO SER PILOTO DA SUA PRÓPRIA CARREIRA?

Depois de transformar um negócio do zero em uma empresa de R$ 1 bilhão de faturamento aos 34 anos, André Freire largou a carreira executiva para se tornar consultor, headhunter e coach. Ele conta os segredos para transformar sua carreira e fazer o que gosta.

17/06, às 20h – R$ 50

* DESCONTO DE 25% PARA CLIENTES DNA ORGÂNICO E NASALA – PAGAMENTO ANTECIPADO. AS INSCRIÇÕES PARA TODOS OS EVENTOS DEVEM SER FEITAS EM ORGANICOWORKING.COM.BR/#EVENTOS

18/06, às 20h – R$ 50

INTRODUÇÃO AO MARKETING DIGITAL

Administrador e pós-graduado em marketing, Alexandre Cezário de Campos apresenta workshop para mostrar como as principais ferramentas de marketing digital podem ser usadas para garantir o sucesso dos negócios. Cezário é cocriador e diretor de Negócios da Agência Visia.

01/07, às 20h – R$ 50

ORGÂNICO CREATIVE WORKING

EMPREENDEDORISMO

Head da área digital do Grupo ABC – fundado por Nizan Guanaes –, criador do youPIX e pioneiro em internet no Brasil, o colunista da VERO Bob Wollheim fala sobre seu otimismo em relação ao empreendedorismo. Bob também é capa desta edição da VERO – confira a entrevista com ele na página 30A.

16/06, às 20h – Grátis

ENERGIA DE PROSPERIDADE NA SUA VIDA

A psicóloga e diretora da Escola de Renascimento Conexion Consciente Fanny Van Laere explica como funcionam e como podem ser mudadas as programações inconscientes que fazem com que as pessoas se relacionem com o dinheiro.

04/07, às 16h – R$ 50

Alpha Square Mall – Av. Sagitário, 138, loja 72 – (11) 2424-1010 www.organicoworking.com.br

FOTOS DIVULGAÇÃO

ADOLESCENTES: POR QUE CHAMAMOS ABORRECENTES?

32B | LOCAL VERO | JUNHO | 2015

VR186_Orgânico2+R.indd 32

27/05/15 19:59


ESPECIAL

diados

Namo

ra dos

C

A

D

E

R

N

O

sugest천es de

presentes 2015 | MAIO | PROMO VERO | 1C

VR186_Capa_PROMO_NAMORADOS+R.indd 1

27/05/15 19:36


vitrine

BASIC Calça jeans skinny feminina (R$ 149,90) GAP – Iguatemi Alphaville Piso Xingu (11) 3038-2501 gap.com

CURTIR JUNTOS Viagem de 16 dias a Portugal (a partir de R$ 19.530, válido para saída em 18 de setembro. Inclui aéreo e terrestre em apto. duplo)

QUALQUER OCASIÃO Camisa azul (R$ 149,90) e suéter de lã listrada (R$ 229,90) GAP – Iguatemi Alphaville Piso Xingu (11) 3038-2501 – gap.com

Queensberry Al. Araguaia 750 e 751 2º andar – (11) 3217-7650 queensberryalphaville.com.br

MUITO AMOR Quadro com corações em relevo (R$ 590) Moldura Minuto Iguatemi Alphaville Piso Rio Negro – (11) 4209-1890 molduraminuto. com.br

Um brinde ao amor

PARA ELES E PARA ELAS! CONFIRA 41 DICAS DE COMO PRESENTEAR O SEU AMOR NO DIA MAIS ROMÂNTICO DO ANO

VIBRANTE Porta-joias Luxury (R$ 275) Boutique de Luxo Al. Madeira, 222 13o andar Alphaville (11) 4195-9494 boutiquedeluxo.com.br

2C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Vitrine COR.indd 2

28/05/15 11:24


CHEIROSO Kit Amor Perfeito masculino com hidratante, deocolônia e sabonete em barra (R$ 79,80) Avatim Shopping Flamingo (11) 4193-3149 – avatim.com.br

QUENTINHO Casaco faroeste (preço sob consulta) Glamour Alphashopping – Piso Madeira (11) 4195-2849

DESCOLADA Camiseta cor de rosa (R$ 89,90) e camisa jeans (R$ 249,90)

CASUAL CHIQUE Calça jeans bootcut azul (R$ 298)

GAP – Iguatemi Alphaville – Piso Xingu (11) 3038-2501 – gap.com

Gregory Al. Rio Negro, 1.030 – (11) 4191-5568 Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins (11) 4191-5399 | Shopping Tamboré (11) 4191-9029 – gregory.com.br

#PARTIU Pacote de viagem de seis noites em Cuncun com embarque para o dia 27 de dezembro (R$ 4.227, incluso passagem aérea, hospedagem all inclusive no Oasis Palm Beach e translado) CVC Shopping Tamboré 2078-6161 cvc.com.br

2015 | JUNHO | PROMO VERO | 3C

VR186_Vitrine COR.indd 3

28/05/15 11:24


vitrine

LEVE E QUENTE Colete vinho com pluma de ganso (R$ 518) Gregory Al. Rio Negro, 1.030 – (11) 4191-5568 Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins (11) 4191-5399 | Shopping Tamboré (11) 4191-9029 – gregory.com.br

UM CHARME Cesta de piquenique de palha de milho, vinda de Minas Gerais (R$ 169) Fuchic Shopping Flamingo – (11) 41921408 | Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins – (11) 4191-0605 Av. dos Patos, 95 – Aldeia da Serra (11) 4192-2986 – fuchic.com.br

DELICADO Anel de coração com brilhantes (R$ 1.350) Laura Marchi Iguatemi Alphaville Piso Tocantins (11) 4209-1880 lauramarchi.com.br

SUAVE Kit Amor Perfeito feminino, com hidratante, deocolônia e sabonete em barra (R$ 75,60) Avatim – Shopping Flamingo – (11) 4193-3149 avatim.com.br

PARA COMEMORAR Kit Le Creuset com cooler para champanhe ou vinho (R$ 95) e saca-rolha (R$ 122) Di Sappo Alphashopping (11) 4191-4314 Shopping Flamingo (11) 4191-6930 disappo.com.br

FOR OFFICE Cadeira Sayl®, da marca Herman Miller, com sistema de adaptação às formas e movimentos das pessoas (R$ 5.279) COD Alphaville Shopping Flamingo loja 35T – (11) 2424 9979 codbr.com

4C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Vitrine COR.indd 4

28/05/15 11:24


DELÍCIA DO INVERNO Aparelho de fondue em cerâmica (R$ 185) Di Sappo - Alphashopping – (11) 4191-4314 Shopping Flamingo – (11) 4191-6930 disappo.com.br

RÚSTICA Bolsa-pasta de couro do Ceará (R$ 390) Fuchic Shopping Flamingo (11) 4192-1408 Iguatemi Alphaville Piso Tocantins (11) 4191-0605 Av. dos Patos, 95 Aldeia da Serra (11) 4192-2986 fuchic.com.br

FOFO Vestido estampado com fundo azul (R$ 488) Gregory Al. Rio Negro, 1.030 (11) 4191-5568 Iguatemi Alphaville Piso Tocantins (11) 4191-5399 Shopping Tamboré (11) 4191-9029 gregory.com.br

ROMÂNTICO Quadro varal, para deixar recadinhos e fotos (R$ 290) Moldura Minuto – Iguatemi Alphaville Piso Rio Negro – (11) 4209-1890 – molduraminuto.com.br

VR186_Vitrine COR.indd 5

LUZ ESPECIAL Vela perfumante feita com cera de soja, manteiga de cacau e manteiga de cupuaçu (R$ 38,90 a unidade)

SOLTINHO Vestido com estampa geométrica (preço sob consulta) Glamour – Alphashopping – Piso Madeira (11) 4195-2849

Avatim Shopping Flamingo (11) 4193-3149 avatim.com.br

PARA ILUMINAR Luminária Equo Desk (R$ 1.521) COD Alphaville Shopping Flamingo – loja 35T (11) 2424 9979 – codbr.com

28/05/15 11:25


vitrine COLECIONADOR Quadro para rolha Wine tradicional (R$ 190) Boutique de Luxo Al. Madeira, 222 13o andar – Alphaville (11) 4195-9494 boutiquedeluxo.com.br

ELEGANTE Camisa estampada transparente (preço sob consulta) Glamour – Alphashopping – Piso Madeira (11) 4195-2849

LINDA Bota Saad em couro café (R$ 988) Dyva's Alphashopping – loja 16 (11) 4193-2067

ESTILOSA Colete de pele Verosenso (R$ 2.190) Dyva's Alphashopping – loja 16 (11) 4193-2067

GUARDA-TUDO Caixa mosaico de madeira e cipó (R$ 79) Fuchic Shopping Flamingo – (11) 4192-1408 Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins (11) 4191-0605 | Av. dos Patos, 95 – Aldeia da Serra (11) 4192-2986 – fuchic.com.br

BIJU Brinco dourado (R$ 39) Originale Shopping Flamingo (11) 4191-3238 Shopping Tamboré (11) 4191-7543 La Ville Mall (11) 4153-6220 originaleacessorios.com.br

6C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Vitrine COR.indd 6

28/05/15 11:25


COMPLETO Conjunto de colar, pingente e brincos folhados a ouro com pedra druza (R$ 168)

FINO Colar em ouro e pingente com brilhantes (R$ 2.950)

Originale Shopping Flamingo – (11) 4191-3238 Shopping Tamboré – (11) 4191-7543 La Ville Mall – (11) 4153-6220 originaleacessorios.com.br

Laura Marchi Iguatemi Alphaville Piso Tocantins (11) 4209-1880 lauramarchi.com.br

PEROLADO Porta-retrato madrepérola (R$ 160) Boutique de Luxo Al. Madeira, 222 – 13o andar – Alphaville (11) 4195-9494 – boutiquedeluxo.com.br

PRÁTICO Queimador de gás butano recarregável com suporte (R$ 275) Di Sappo Alphashopping (11) 4191-4314 Shopping Flamingo (11) 4191-6930 disappo.com.br

CHIQUE Bolsa Lenny na cor bege (R$ 2.430) Dyva's Alphashopping – loja 16 (11) 4193-2067

AVELUDADO Sapato Luiza Barcelos cor de chumbo (R$ 489) Lu Maranhão Al. Madeira, 44 – loja 03 (11) 4193-2974 Shopping Flamingo – loja 38 (11) 4191-0369 – Instagram: @lumaranhaoSP

2015 | JUNHO | PROMO VERO | 7C

VR186_Vitrine COR.indd 7

28/05/15 11:25


vitrine

ANIMAL PRINT Mochila Jaguar, Jorge Bischoff (R$ 1.499) Lu Maranhão Al. Madeira, 44 – loja 03 (11) 4193-2974 Shopping Flamingo – loja 38 (11) 4191-0369 – Instagram: @lumaranhaoSP

AMANTE DE VINHOS Quadro para colecionar rolhas (R$ 540) Moldura Minuto Iguatemi Alphaville – Piso Rio Negro (11) 4209-1890 – molduraminuto.com.br

MEIGA Pulseiras: com coração (R$ 1.250), várias correntes (R$1.800) Laura Marchi Iguatemi Alphaville – Piso Tocantins – (11) 4209-1880 lauramarchi.com.br

FRANJINHAS Sandália Wood Schutz (R$ 460) Lu Maranhão Al. Madeira, 44 – loja 03 (11) 4193-2974 Shopping Flamingo – loja 38 (11) 4191-0369 – Instagram: @lumaranhaoSP

TRIBAL Mix de pulseiras douradas com couro e pingentes (R$ 39)

DIFERENTE Luminária Mr.n™ em forma de arco (R$ 1.306,70) COD Alphaville Shopping Flamingo loja 35T (11) 2424 9979 codbr.com

Originale Shopping Flamingo (11) 4191-3238 Shopping Tamboré (11) 4191-7543 La Ville Mall (11) 4153-6220 originaleacessorios. com.br

8C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Vitrine COR.indd 8

28/05/15 11:25


2015 | JUNHO | PROMO VERO | 9C

VR186_Promovero.indd 9

28/05/15 11:18


COLUNA DOS

DESCONTOS

Todo mês, a VERO apresenta as melhores promoções de Alphaville e região. Aproveite! E se tiver uma dica para esta seção, mande para a gente. GAP Na compra de qualquer calça jeans adulto, o cliente ganha um fone de ouvido exclusivo. A ação é válida até o dia 12 de junho ou até esgotarem os estoques. gap.com FANTASIA A empresa licenciada em produtos da Disney no Brasil – que conta com um quiosque no Shopping Tamboré – preparou uma coleção de capas de celulares para os casais apaixonados pelo Mickey, Minnie e sua turma. Os preços variam entre R$ 59,90 e R$ 89,90, mas para que o cliente possa combinar a sua capinha com a do namorado (a), na compra da primeira unidade, a segunda sai por R$ 20. franquia fantasia.com.br

10C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Promovero.indd 10

28/05/15 11:18


2015 | JUNHO | PROMO VERO | 11C

VR186_Promovero.indd 11

28/05/15 11:18


COLUNA DOS

DESCONTOS

PARQUE SHOPPING BARUERI Em comemoração ao Dia dos Namorados, o Parque Shopping realiza a campanha “Amores da sua vida, prêmios dos seus sonhos”, que sorteará uma viagem e dois iPhones 6. Para concorrer, basta reunir R$ 150 em comprovantes de compras no mall e trocar por um cupom no balcão da promoção, localizado no piso térreo do shopping. O primeiro ganhador poderá escolher o destino da viagem: Las Vegas, Cancun ou Paris. Já o segundo, levará dois iPhones 6. A campanha vai até o dia 14 de junho, data em que serão realizados os sorteios. parqueshopping barueri.com.br

Tem uma promoção para indicar? Envie sua sugestão para reportagem@ vero.com.br

12C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Promovero.indd 12

28/05/15 11:18


2015 | JUNHO | PROMO VERO | 13C

VR186_Promovero.indd 13

28/05/15 11:18


14C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Promovero.indd 14

28/05/15 11:18


2015 | JUNHO | PROMO VERO | 15C

VR186_Promovero.indd 15

28/05/15 11:18


escolha do leitor

"Como toda criança, a gente sempre jogou videogame... A diferença é que crescemos e não paramos", divertese a estudante de arquitetura Julia Holler, 23 anos. Moradores de Alphaville, ela e o namorado, George Makai, 27, garantem que o mercado de jogos que não são feitos para crianças é incrível: "É quase como ler um livro! A diferença é que, no jogo, quem controla o personagem é você", diz.

Amor geek ESQUEÇA AQUELAS OPÇÕES TRADICIONAIS PARA APROVEITAR OS DIAS FRIOS EM CASA. PARA ESQUENTAR A TEMPERATURA, O CASAL JULIA E GEORGE DÁ DICAS DE FILMES, SÉRIES E GAMES ANIMADOS

DECORAÇÃO NO CLIMA Kit de almofadas com estampa do Star Wars (R$ 38,90) "É bom estar confortável para essas maratonas de jogos e séries"

casageek.com.br

SEM MEDINHO Box da terceira temporada da série The Walking Dead (R$ 887,90) "Seriados e animes também estão entre nossos programas preferidos. Além dos DVDs, essa caixinha também vem com o tanque de peixes do governador e cabeças de zumbi" livrariacultura.com.br

APERTA O PLAY PlayStation 4 de 500GB com controle Dualshock 4 da Sony (R$ 2.199,90) "Gostamos de joguinhos de terror e zerar jogos curtos no fim de semana" submarino.com.br

16C | PROMO VERO | JUNHO | 2015

VR186_Escolha do leitor+R.indd 16

FOTOS DIVULGAÇÃO

PARA COMPETIR RPG de mesa Dungeons & Dragons (US$ 64,99) "Esse não dá pra jogar só nós dois, mas adoramos receber os amigos em casa. Aí, já sabe qual é o programa, né?" dnd.wizards.com

MARATONA Coleção completa de Jornada nas Estrelas (R$ 179,90) "Adoramos passar o dia assistindo a filmes de ficção, e essa é uma das nossas sagas preferidas" americanas.com.br

*Preços consultados em maio de 2015.

28/05/15 10:52


VR186_Escolha do leitor+R.indd 17

28/05/15 10:52


VR186_Escolha do leitor+R.indd 18

28/05/15 10:52


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.