ano 16 • edição 187 • julho 2015
16 o valor de ser positivo
especial caderno imobiliário Opções para se mudar já pág. 1C
”sou um péssimo imitador” Stepan Nercessian assume
o papel mais importante da carreira e revela: “Para interpretar Chacrinha, o segredo é não copiar. Deixo só o Velho Guerreiro em cena, porque ele é sucesso" pág. 26A
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editorial
Parabéns!
VERO DIRETOR Marcos Lage Gozzi • marcos@vero.com.br
FAZER da nossa região um lugar cada vez melhor para se viver – o que inclui morar, trabalhar, fazer negócios e se divertir. Esse é um dos anseios da VERO desde a sua criação, em 1999. Por isso, neste mês de julho, em que assopramos as velinhas e comemoramos 16 anos, nossa alegria não poderia ser maior: do lado de cá, seguimos firmes nesse propósito, gerando conteúdo inspirador e promovendo ações para fortalecer a comunidade, como piqueniques, intervenções e concursos artísticos e eventos para fomentar os negócios e fortalecer a rede de networking do bairro. E queremos ainda mais. Por isso, na página 20A, você confere os produtos e ações especiais que preparamos para celebrar a data. E já que o assunto é festa, nossa capa não poderia ser melhor: Stepan Nercessian, o ator sessentão que flertou com a política por dez anos, voltou aos palcos para reviver ninguém menos do que o célebre Velho Guerreiro, o Chacrinha. Em entrevista exclusiva à VERO, o boêmio convicto, filho de um armênio com uma nordestina, contou
sobre sua vida, carreira, o que viu no Senado e o novo desafio artístico (confira na página 26A). Ainda em ritmo de comemoração, no caderno local, trazemos um especial com uma ronda dos nossos leitores por diversos estabelecimentos do bairro e relatamos suas experiências nesses lugares. E pra não dizer que não falamos de negócios na região – outro pilar importante da VERO nesses anos todos –, preparamos uma entrevista com a empresária Carolina Lui, proprietária da Fibra Alphaville (pág. 6B), que está enfrentando a crise com ampliação de suas lojas e uma nova coleção, e reunimos, na página 4B, perfis de empreendedores que estão investindo ou diversificando seus negócios por aqui. Por isso tudo, entregamos esta edição com um agradecimento: muito obrigado! Sem todas as pessoas que nos ajudam a construir nossa história – moradores, empreendedores, colaboradores, parceiros, clientes e personagens incríveis –, não teríamos chegado até aqui. Parabéns a todos! Thais Sant'Ana
Entenda os 3 cadernos:
GERENTE Roberta Furlan • robertafurlan@vero.com.br EDITORA CHEFE Thais Sant'Ana • thais@vero.com.br REPORTAGEM Gabriela Ribeiro • reportagem@vero.com.br DESIGN Janaína Diniz (direção) e Cindia Ferragoni (designer) COLABORADOR ESPECIAL Chico Max • chicomax@vero.com.br colunistas Bob Wollheim, Flávio Gikovate, Julio Lamas, Luis Felipe Pondé, Mário Sérgio Cortella e Xico Sá COLABORADORES DE TEXTO Camila do Bem, Jacyara Azevedo e Rodrigo Cardoso FOTOGRAFIA Chico Max, Grazi Alcova, Lucas Malkut, Rodrigo Sacramento, Rogério Alonso, Tatiana Camargo, Thiago Henrique e Zé Gabriel FOTO DA CAPA Guito Moreto/Agência O Globo REVISÃO 3GB Consulting PRODUÇÃO GRÁFICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Maria Dulce Toledo (assistente), Marília Genari e Pupi Serra ATITUDE ALPHAVILLE Janine Klein (coordenadora) e Isabella Magalhães (estagiária) FINANCEIRO – SAFE Back Office Andrea Rodrigues (gerente), André Bucater (atendimento), Lilian Merçon (assistente financeira), Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) e Gleice Silva
EDITORA LAGE
caderno A : neurônio VERo
Entrevistas exclusivas e matérias relacionadas a temas relevantes como ética, comportamento, empreendedorismo e urbanidades, além de colunistas de peso
cidades | Atitude comportamento | persona
OrgâniCo Working Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72, Alphaville, Barueri/SP (11) 4195-9666 vero.com.br CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Log & Print 20 mil exemplares
ética empreendedorismo
caderno B: local vero
Aqui você poderá ficar por dentro de assuntos que têm impacto direto na região e ver roteiros exclusivos com dicas do que há de melhor na programação do mês
caderno C: promo vero
Um guia de consumo, serviços, saúde e promoções
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Marca de moda faz campanha contra o preconceito: respeito aos animais e aos seres humanos
Concurso Logotipo Alphaville, agenda de eventos positivos e gratuitos na região e um livro! Confira as ações de comemoração do aniversário da VERO
16
anos!
20
Depois de namorar com a política, Stepan Nercessian retoma o casamento com os palcos – dessa vez para reviver o velho guerreiro
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Apae Cotia adere ao crowdfundind para capacitar jovens especiais para o mercado de gastronomia
12Ética | 16Cortella | 18Pondé | 20VERO 16 anos 24Julio Lamas | 26Capa: Stepan Nercessian | 34Gikovate | 36Xico Sá | 38Entrevista: Richard Barrett 42Cobertura GPTW | 44Bob Wollheim | 46Carlos Julio | 48Perfil Social | 50Persona
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reflexão
#ética #solidariedade #capacitação
DIVULGAÇãO
Como funciona a entrega das doações coletadas? Depois de coletar a doação, destino as peças ao Entrega por SP – grupo de pessoas ao qual me aliei. A aliança com o Entrega por SP surgiu no meio do processo. Um dos matches dos perfis de morador de rua me apresentou o projeto e de cara fiquei apaixonado. Entrei em contato e firmamos o acordo. O Entrega por SP entra no final do processo: recolho as peças doadas e destino a eles, para serem entregues nas ações que acontecem sempre na última terça-feira de cada mês.
para aquecer neste inverno
Para arrecadar agasalhos para moradores de rua, publicitário cria campanha em rede social do tipo "encontre o par perfeito" Provavelmente, a última campanha do agasalho que você viu envolvia uma caixa de papelão num canto de um shopping e uma foto de um cachecol... Descrente da efetividade dessas empreitadas, o jovem publicitário Luan Almeida, de 23 anos, teve uma ideia simples e eficaz: por que não usar as redes sociais em prol desses movimentos? Mas não com um simples post, e sim com uma ação efetiva. Nascia o projeto Doe Um Match. Luan criou vários perfis no Tinder – plataforma que tem por objetivo formar casais. Só que, em vez da foto de um homem ou uma mulher atraente, esses perfis traziam a seguinte chamada: “Você procura alguém para te esquentar? Nós, moradores de rua, também”. Quando um usuário dava um “match” em um desses perfis, Luan entrava em cena e armava uma forma de receber a doação para um morador de rua. Confira:
Qual a ideia central do projeto? A ideia do projeto é não ir apenas entregar cobertores, casacos, etc., mas também de se entregar, de viver uma experiência com os moradores de rua. Trocar histórias, saber da vida, conversar mesmo. Essa é uma das experiências mais únicas que tive em toda a minha vida. Com a campanha, consegui levar muitas pessoas ao projeto: amigos, além dos matches do Tinder. Muitos estão querendo conhecer o Entrega por SP por conta disso. Quantas doações você arrecadou até agora? Pretende expandir o projeto? Até agora foram mais de 5.000 matches no Tinder, em diferentes perfis. Contabilizando, mais de 1.800 peças doadas em um mês e meio de campanha. A campanha tem se expandido por si só: recebi contatos de Juiz de Fora/MG, Brasília, Porto Alegre e outros lugares para levar a campanha. Saiba mais em: facebook.com/DoeUmMatch
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Transumanismo mais próximo
A Grã-Bretanha é o primeiro lugar do mundo a permitir manipulação genética em células germinais humanas. Isso porque, desde o dia 24 de fevereiro, está em vigor por lá uma lei que permite a geração de embriões com DNAs de três pessoas diferentes. O objetivo é deixar que mães com mutações maléficas em seu DNA não as transmitam para o filho. Segundo a lei, durante a reprodução assistida, essa parte de seu genoma poderá ser substituída pelo de uma doadora, gerando uma criança saudável! A decisão está sendo saudada por alguns pesquisadores como um estágio importante para o transumanismo, que propõe a aplicação dos avanços obtidos em áreas da ciência, como a genética, a nanotecnologia e a neurociência, para romper os limites impostos ao homem por seu próprio corpo biológico. Será?
FOTOs DIVULGAÇãO
Já salvou uma árvore hoje?
Consegue imaginar uma fábrica de móveis que salva árvores? É exatamente o que a Florense vem fazendo no Rio Grande do Sul desde 2012. A marca de móveis residenciais e corporativos tem investido em um novo sistema de captação de energia elétrica, provido de fontes renováveis, como vento, biomassa e sol. Isso fez com que a empresa deixasse de emitir toneladas de CO2 e salvasse cerca de 7.110 árvores. A ação é certificada por Sinerconsult e Comerc Energia. Os resultados atendem aos princípios do GHG Protocol Corporate Standart da The Greenhouse Gas Protocol Initiative. Já a metodolodia de cálculo foi desenvolvida pelo World Resources Institute (WRI).
Grife carioca cria campanha contra o preconceito
A grife carioca Reserva criou uma ação em que pretende usar a moda para discutir o preconceito. Com o slogan “Faça como os animais, não julgue”, a marca coloca modelos vestindo peças de suas roupas ao lado de imagens de animais e questiona o uso de características desses bichos como ofensa. Em comunicado, a marca explicou seu posicionamento: “A Reserva é a favor das diferenças e do amor sem restrições. Nossa moda é de roupas de verdade para pessoas de verdade. Não fazemos julgamento de credo, cor, orientação sexual, portadores de deficiência nem time de futebol. Pra nós, a beleza está aí”.
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Campeão na vida e no esporte!
O atleta Vagner da Silva Noronha, morador de Osasco, corria diariamente da sua casa até o restaurante em que trabalhava como garçom, em Alphaville. Nunca nem passou pela sua cabeça que correr seria sua profissão. Mas Vagner foi descoberto por diretores da MPD que costumavam almoçar no restaurante, e logo a empresa começou a investir em seu treinamento e a patrocinálo em competições. Os resultados não demoraram. Suas mais recentes conquistas foram o 1º lugar na XVI Meia Maratona Internacional da Cidade de São Paulo, e o 1º lugar na categoria de 10 km da 1ª etapa de 2015 da Track&Field Run Series Iguatemi Alphaville, ambas no mês de abril. “A história e a determinação dele nos impressionaram”, conta Mauro Piccoloto Dottori, presidente da MPD. E não é só Vagner que tem sido premiado. A incorporadora também foi condecorada recentemente pelo M&A Awards 2015, que reconhece profissionais e empresas com cases de sucesso inspiradores para o mercado corporativo.
Capacitação em TI
Alunos das Escolas Técnicas (Etecs) e Faculdades de Tecnologia (Fatecs) de São Paulo têm uma nova possibilidade: a empresa de TI, consultoria e soluções de negócio Taca Consultancy Service (TCS) lançou um programa de capacitação voltado especialmente para eles – tratando de temas da área tecnológica e com expectativa de recrutar alguns desses alunos para fazer parte do quadro de colaboradores da TCS no Brasil. O Enable terá módulos mensais de duas horas, com capacidade para 150 estudantes. Outro objetivo do programa é encorajar os próprios colaboradores da TCS a participar, já que é uma ação de voluntariado – qualquer um pode ajudar. Mais informações em tcs.com.
quem são e quais as histórias dos sem-teto de São paulo
Finalmente um bom exemplo que atravessou os oceanos para ser replicado bem pertinho da gente. A Prefeitura de São Paulo anunciou a contratação de 15 moradores de rua da capital paulista para atuar como pesquisadores e mapear quem são, de onde vieram e quais são as histórias das 16 mil pessoas que vivem em suas ruas. Os novos pesquisadores serão, claro, treinados por outros profissionais da área e remunerados com um salário mínimo, além de orientação psicológica. O resultado do projeto será divulgado em um livro com relatos. O objetivo final é buscar soluções por meio de políticas públicas. Futuramente, a ideia é levar o levantamento para outras regiões do estado.
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pense bem
#coletivo #vidaboa #conveniência
Ética não é enfeite! Precisamos lembrar: não existe ética individual. Ética é sempre de um grupo, de uma coletividade. Ética é o conjunto de valores e princípios que você e eu utilizamos na nossa conduta. Por isso, a ética é sempre de um grupo, de uma coletividade, e nosso sonho é uma ética universal, que todos os homens e mulheres do planeta tenham partilhada – não existe ainda, a não ser como horizonte. Mas, entendida a ética como princípios e valores da nossa conduta, isso nos coloca um problema. Não existe ninguém, em sã consciência, que não tenha ética. Pessoas que não pensam como você e eu, nós podemos dizer que são antiéticas (do nosso ponto de vista), mas não deixam de ter princípios e valores na sua conduta. Por exemplo: um traficante tem uma ética na qual cabe um comportamento de fazer mal ao outro. Um pai ou uma mãe que abandonam o filho, um pai ou uma mãe relapsos ou levianos, eles têm uma ética. Às vezes se fala de uma forma equivocada “tal pessoa não tem ética”. Tal pessoa não tem é a ética que nós precisamos partilhar e defender! Por exemplo, alguém que frauda o orçamento público, alguém que furta o que não lhe pertence, alguém que ultrapassa o limite de velocidade, alguém que leva vantagem em benefício próprio dando prejuízo aos outros tem uma ética na qual cabe esse comportamento. Existe um tipo de gente que não tem ética: aquele que não tem capacidade
de decidir, escolher, julgar. Em outras palavras, que não está em “sã consciência”. Por exemplo: uma pessoa com problemas mentais, aquilo que se chama de demência, uma criança muito pequena ou um adulto idoso já com dificuldade de raciocínio. A lei o define como incapaz: a incapacidade de decisão, de escolha. Sobre quem não pode decidir, ficamos impedidos de dizer que não tem ética, mas só sobre esse. Hoje a ética de proteção da vida, a ética de coletividade, que é uma das formas mais fortes para a elevação da nossa condição, vem sofrendo vários abalos. Cresceu muito a ética fingida, exibida apenas como fachada, na qual se prega o que não se pratica. A essa se junta outra ética perigosa, que é a do “cada um por si e Deus por todos” ou, o que é pior: “Cada macaco no seu galho”. As pessoas chegam a dizer o seguinte: “Olha, se eu ganhar sozinho na Sena acumulada, se eu ganhar 20 milhões numa loteria, eu sumo. Nunca mais vocês vão me ver”. Ou seja, é uma ética egonarcísica, na qual aparece demais a ideia de que “eu me safando, pelos outros o que eu posso fazer?”. Portanto, é uma ética na qual o valor e o princípio da solidariedade, da fraternidade, da amorosidade se ausentam com muita facilidade. Isso vale em vários níveis. No mundo atual, esse tipo de ética, egonarcísica, destrutiva, muitas vezes hipócrita, não tem a completa predominância,
mas tem uma presença forte. Aliás, muitas vezes na mídia, na escola, no dia a dia, nos comportamentos, as pessoas aderem a essa ética, que é a ética da conveniência. “Olha, eu até não faria, mas como é melhor para mim...”, “Eu sei que não é certo ultrapassar o limite de velocidade, mas eu estava precisando...”, “Eu sei que não é certo não registrar a empregada doméstica que trabalha na minha casa, mas, se eu não fizer isso, eu não consigo...”. É a ética da conveniência, que é mais ou menos como falar “eu sei que não devo fazer caixa-dois para a política, mas, se eu não fizer, não consigo financiar a campanha”. E tem gente que adere à ética da conveniência, inclusive na família, na empresa, na escola, o que é coisa muito negativa. A Ética maiúscula é a Ética da Vida Coletiva Digna e se edifica no exercício da vida de cada um e de cada uma, nas nossas ações morais ou imorais e nas nossas intenções sinceras ou cínicas; é fruto das escolhas. * Filósofo e escritor. Este é um trecho do livro Não Se Desespere! (Provocações Filosóficas) publicado pela editora Vozes Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
mario sergio cortella é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN
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Contra um mundo melhor
#ingenuidade #confiança #política
Amor, política e cavalos muita gente assiste à série “House of Cards”, do Netflix, e fica embasbacado com o “despudor” do herói Frank Underwood. E não é para menos. Mas, para além das tramas divertidas e imorais, há ali uma filosofia política que choca as mentes mais ingênuas ou mal informadas. Vejamos. O personagem quer o poder. Sabe-se que pessoas ingênuas acham que na vida o mais importante é sexo. Outras, menos ingênuas, assumem que seja dinheiro, porque com dinheiro, sexo sempre vem fácil. Mas as mais “sábias” sabem que o poder é o que mais importa, porque com ele dinheiro e sexo são coisas facílimas de se obter – em grandes quantidades e de boa qualidade. Mas gostaria de pontuar três questões importantes na série. A primeira é que as séries de TV americanas há muito, no mínimo desde “House” e “Two and a half Men” (no tempo de Charles Sheen, porque depois virou balela), são muito melhores do que o cinema americano. O cinema virou coisa muito cara, e para garantir o retorno financeiro, o melhor é investir num fato inquestionável: a maioria da humanidade é idiota, logo, filmes idiotas vendem mais. Já a TV é mais barata e as pessoas veem em casa mesmo, de pijamas. Logo, pode-se criar com mais consistência, e com menos medo, do que no cinema. Outra questão é a dura reflexão sobre a democracia (“democracy is overrated” = “a democracia é supervalorizada”, segundo Underwood). Na série vemos que o “povo” (suposto lugar da soberania na democracia) pouco controle tem de fato sobre
como as coisas se passam no país. E melhor que assim o seja, porque o “povo” mais reage à mídia e às redes sociais do que qualquer outra coisa no seu cotidiano. Ninguém normal tem tempo pra se ocupar com política no seu dia a dia, e quem tem é profissional, seja político de carreira, seja lobista (que no Brasil “não existe” oficialmente), sejam os desocupados dos “movimentos sociais” (pagos por políticos ou empresas grandes que servem aos políticos) ou jornalista, que também pouco está interessado no “povo”, e sim na sua própria carreira. A democracia é um regime de quantidades, e as grandes quantidades em material humano são sempre de baixa qualidade. Ou não? A terceira questão é, talvez, a mais profunda. Muita gente associa Frank Underwood a Maquiavel (século XVI). A rigor, há de cara uma diferença enorme entre o personagem da série e os conselhos que o filósofo italiano dava ao seu príncipe. Maquiavel diria a ele que a primeira pessoa em quem ele não deveria confiar é sua esposa, Claire, porque quem mais amamos é quem mais conhece nossas fraquezas (basta perguntar para qualquer um que tenha uma “ex” ou um “ex”); portanto, a pessoa amada é o maior trunfo que existe contra nós mesmos na vida. Um amor facilmente se associa ao nosso inimigo por mágoa ou rancor. Terrível, não? Aqui, parece que a série faz sua pequena concessão ao espírito de classe média americana. A semelhança com a filosofia de Maquiavel está não propriamente nas trapaças do personagem, mas na ausência absoluta de idealização
do mundo, das pessoas e da política. Maquiavel é o filósofo que melhor nos ensinou que a idealização moral do mundo atrapalha nossa ação nele, porque passamos a agir num mundo que não existe. Por isso sua compreensão desencantada da natureza humana. Sofremos quando nos é “proibido” idealizar as coisas. Muitos associam esse sofrimento a maturidade, e a maturidade é algo para o qual logo inventarão um remédio. Desde Rousseau (século XVIII) associamos à política a redenção do mundo, coisa que antes se associava à graça divina. E mais, ungimos o “povo” como critério da verdade política, como se nele residisse alguma “sabedoria”. Risadas? Mas, temo, Maquiavel continua tendo razão, e não Rousseau. A política é o reino da conquista, manutenção, gestão e multiplicação do poder, e isso nada tem a ver com cinderelas ou idealizações de mundo. Qualquer um que tem poder deve ler Maquiavel e se perguntar, afinal de contas, se existe alguma verdade na máxima: ame sua esposa, mas confie no seu cavalo. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
luiz felipe pondé é filósofo e autor de vários livros, entre eles, A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens (Ed. LeYa)
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VERO 16 ANOS
#aniversário #especial #comemoração
Feliz
16 anos!
A VERO faz aniversário e comemora, com muito trabalho, o fato de estar cada vez mais empenhada na transformação da nossa região em um lugar melhor para se viver, trabalhar, fazer negócios e se divertir por
Cento e oitenta e sete. Esse é o número de vezes que a VERO já visitou, em formato de revista, a casa dos moradores de Alphaville e região nesses 16 anos de existência, comemorados no mês de julho. Ninguém poderia imaginar em quão sólida se tornaria a empreitada dos jovens amigos e moradores de longa data do bairro Marcos Lage Gozzi e Marcelo Ivanesciuc, que começaram com uma empresa de fotolito, em 1996. Três anos depois, nascia a revista. Mas se engana quem pensa que paramos por aí. Desde o princípio, o objetivo da VERO foi oferecer conteúdo inspirador e ações relevantes para fortalecer nossa comunidade. Por isso, fomos além do papel. Ao longo desse tempo, a identidade da revista se tornou forte e diversificamos nossa atuação, sempre com foco em trazer impacto positivo para a região (não à toa nosso
Thais Sant'Ana
slogan é "o valor de ser positivo"), promovendo negócios capazes de construir um legado social e econômico. Hoje, além da revista, realizamos eventos, mostras, fóruns, encontros e movimentos sociais. Estes últimos cresceram tanto que inauguraram nossa Campanha Atitude Alphaville, que desenvolve e incentiva diversas ações para transformar a região em um local cada vez melhor para viver e trabalhar. Lazer, conteúdo relevante e prática da cidadania são as frentes de atuação da campanha, por isso, entre suas principais ações, estão piqueniques, palestras e a pintura do letreiro. Dos eventos, nasceu o braço Spaghetti, que hoje promove o Festival Gastronômico país afora. Da VERO também nasceu a Somma, que hoje é responsável pela publicação da revista de mesmo nome, distribuída nos pontos comerciais
do bairro, e pelos anuários de Saúde, Gastronomia e Arquitetura (foi nessa época também que Marcos e Marcelo separaram suas empresa – o primeiro ficou com a VERO, e o segundo, com a Somma, mantendo a parceria em outros negócios). O departamento que cuidava da área administrativa e financeira do grupo também cresceu e se tornou independente. Hoje a Safe presta serviços de consultoria nessas áreas para outras empresas. O espaço para abrigar tanta gente criativa também foi reinventado. Todas essas empresas estão hoje no OrgâniCo Working – o primeiro hub de empreendedorismo criativo da região. Para celebrar mais um ano de vida, claro, preparamos o lançamento de alguns produtos e ações especiais – todas, claro, alinhadas com a proposta de valorizar e melhorar a região –, que você confere nas próximas páginas.
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CONCURSO LOGOTIPO ALPHAVILLE
logos de são paulo
Vila Madalena, Higienópolis e Sé são alguns dos logotipos já desenvolvidos pelo projeto Identidade São Paulo
O que representa o seu bairro? Sabe aquele símbolo em que você bate o olho e já dá uma sensação de “lar, doce lar”? Alphaville tem muitas coisas boas: um apelo de comunidade interiorana, muito verde, tranquilidade – e ao mesmo tempo um crescente desenvolvimento econômico, técnico e empresarial –, sensação de segurança e de amigos e família sempre por perto. Mas falta algo que simbolize isso tudo. Inspirados pelo projeto Identidade São Paulo, do designer Pedro Campos e da jornalista Stella Curzio, que está desenvolvendo logotipos para os mais de 450 bairros da capital paulista, decidimos promover, por meio da Campanha Atitude Alphaville, o Concurso Logotipo Alphaville. O objetivo é escolher a logomarca que melhor represente a identidade do nosso bairro. “Divulgar a história, preservar patrimônios e as tradições da região. Um logo pode fazer tudo isso!”, relata Pedro. “No caso dos logos de
São Paulo, estudo cuidadosamente os principais pontos históricos da região e os movimentos culturais importantes”, diz. "Só depois disso é que começo a rabiscar os elementos que considero mais importantes e vou trabalhando todos os detalhes até finalizar a criação do logotipo definitivo”, completa. Para escolher o logotipo de Alphaville, a VERO está escalando designers e diretores de arte, estudantes ou profissionais que queiram usar a criatividade para ajudar a mostrar a nossa cara! O logo deve refletir valores reconhecidamente importantes para a comunidade de Alphaville, como qualidade de vida, natureza, família e desenvolvimento urbano sustentável. As inscrições vão até o dia 5 de agosto. Saiba todas as informações e consulte o regulamento no Facebook da VERO, nos sites atitudealphaville.com.br e organicoworking.com.br ou pelo telefone (11) 4195-9666.
“101 empresários, empreendedores e executivos relevantes de Alphaville e região” Com lançamento em julho, o primeiro livro deste tipo da VERO vai reunir os perfis das pessoas que fazem da região um dos principais polos geradores de riqueza do nosso país. São empreendedores, executivos e empresários em diversas fases da vida e de seus negócios. Gente que faz a diferença, que faz acontecer e que cria soluções inovadoras. A publicação vai estar à venda nas principais livrarias e bancas da região. Aguarde!
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AGENDA POSITIVA: cultura e entretenimento gratuito na região
Nas próximas edições, você acompanha esta seção no nosso caderno local
Dando sequência ao plano de deixar a nossa região mais feliz e positiva, convidamos empresários e executivos locais para criar coletivamente uma agenda positiva. São iniciativas simples, pautadas em entretenimento, lazer, cultura e educação, proporcionadas pelas empresas para a comunidade de forma gratuita. Vale qualquer ação bacana que possa tirar os moradores de casa e deixá-los mais felizes!
exposição e LEILÃO de arte beneficente
Até o dia 26 de julho, a Florense Alphaville mantém em exposição mais de cem obras arrecadadas de forma voluntária: 60 profissionais de arquitetura e decoração customizaram peças em uma oficina promovida pela marca e 20 artistas locais doaram telas e esculturas de seus acervos pessoais para completar o estoque. No dia 27 de julho, a loja promove um leilão aberto ao público com essas peças. Para participar, é preciso confirmar presença. O valor arrecadado será revertido à Apae Barueri. FLORENSE ALPHAVILLE – AL. RIO NEGRO, 1.030 – LJ 1 – (11) 4191-6885 florensealphaville.com.br
PALESTRA sobre cidades sustentáveis EM ALPHAVILLE
A Campanha Atitude Alphaville traz para o bairro a palestra Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes: Possibilidades em Alphaville, Tamboré e Região, do arquiteto e urbanista especialista em desenvolvimento sustentável Carlos Leite. Dia 10 de agosto, no OrgâniCo Working. O evento é gratuito. É preciso confirmar presença. ORGÂNICO WORKING AV. SAGITÁRIO, 138 – SALA 72 ALPHA SQUARE MALL – (11) 4195-9666 organicoworking.com.br
Arena dos Minions no Iguatemi
O Iguatemi Alphaville preparou um espaço todo dedicado aos amarelinhos que são febre nos cinemas. A Arena dos Minions vai contar com atividades como labirinto, piscina de bolinhas e “caça ao tesouro” – tudo com a temática dos personagens. O evento acontece de 10 a 26 de julho, de segunda a domingo, das 14h às 20h30, e é totalmente gratuito. IGUATEMI ALPHAVILLE – AL. RIO NEGRO, 111 – PISO TOCANTINS (11) 2078-8000 – iguatemi.com.br/alphaville
Arte na praça no CCA
O Centro Comercial Alphaville mantém, durante todo o mês, o projeto Arte na Praça, exposição de reproduções de 50 obras de arte de artistas renomados como Leonardo da Vinci, Claude Monet, Van Gogh e Cézanne em pedra Goiás. Criadas pelo artista plástico Angelo Nicolosi, as peças estão em exposição em 17 praças do CCA. Aberto durante o horário de funcionamento. CENTRO COMERCIAL ALPHAVILLE – (11) 4196-6560 centrocomercial.com.br
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ser urbano
#melhorlugarparaviver #mobilidade #bairrosremodelados
As vilas urbanas de Seattle contra a monotonia dos subúrbios Geralmente entre os dez melhores lugares para se viver em rankings variados, Seattle foi eleita no ano passado a cidade mais sustentável dos EUA por entidades como a Summit Foundation e a National League of Cities. Famosa pela cena musical que nos deu de Quincy Jones a Nirvana, ela se tornou case de sucesso também quando se fala em planejamento urbano. Mas nem sempre foi assim. No começo da década de 1990, Seattle, a cidade mais populosa do estado de Washington, estava diante de um impasse: como continuar a crescer sem se descaracterizar e perder o foco na sustentabilidade? Então com a população da região metropolitana atingindo 2 milhões de habitantes e uma taxa de 50 mil novos moradores por ano, o aumento das áreas dos subúrbios levava residentes e investimentos privados para longe do centro e coração financeiro da cidade. Sem um planejamento urbano voltado para uma maior densidade, ficaria difícil conter a expansão horizontal, evitar congestionamentos cada vez maiores nos horários de pico e mitigar emissões de CO2. Resumindo, a receita para o caos nos grandes centros urbanos, a exemplo do que acontece em muitas capitais brasileiras. Na época, a solução encontrada pelo prefeito Norman B. Rice foi elaborar um novo Plano Diretor, o “20year Comprehensive Plan: Toward a Sustainable Seattle”, que direcionava o crescimento futuro e o mercado
imobiliário para áreas centrais pouco povoadas ou que eram antigos parques industriais esvaziados. Por meio de subsídios fiscais, investimentos em mobilidade, ciclovias, bulevares e parques públicos, além de outras facilidades para atrair empreendimentos residenciais e comerciais, a estratégia deu origem a um novo conceito de bairro, as urban villages (vilas urbanas, na tradução). Esses bairros, como North Beacon Hill e Lake City, foram redesenhados para variadas faixas de renda como zonas mistas, onde trabalho, moradia e locais de interesse estariam próximos e acessíveis por transporte público, bicicleta ou a pé. Vinte anos depois, 30 vilas urbanas foram criadas no centro expandido de Seattle, e a cidade oferece uma interessante lição para outras metrópoles globais que agora tentam se planejar com foco em densidade e mobilidade alternativa ao carro particular. Publicado em 2015, um estudo comissionado pelo Conselho Municipal de Seattle mostra os resultados. E parece que deu certo. Entre 1994 e 2014, a população dobrou de tamanho (4 milhões de pessoas), mas 75% dos novos projetos imobiliários se concentraram nas urban villages das áreas centrais. Por conta disso, o número de usuários do metrô também dobrou, passando para 300 mil por dia. E hoje, apenas um de cada três moradores do centro utiliza o carro no trajeto casa-trabalho, de acordo com o Departamento de Trânsito. Ou seja, dois terços do fluxo interno
se dividiram entre outros modais de transporte, como o sistema de ônibus, programas de compartilhamento de bicicletas e caminhada. E enquanto a expansão horizontal e monótona dos subúrbios era contida, Seattle apostou em arborização. As áreas verdes da cidade aumentaram em cerca de 15% seu território total com as urban villages, aponta o estudo. Atualmente, um morador de Seattle tem que caminhar, em média, menos de 400 metros para encontrar um parque ou praça. Mais do que isso, o trunfo econômico é óbvio. Cerca de 80% dos 56 mil empregos criados na cidade nas últimas duas décadas foram nos bairros remodelados pelo plano diretor de Rice, a maioria em tecnologia e inovação. Segundo o estudo, além de ser sede para empresas como Amazon e Microsoft, Seattle sai na frente na disputa por jovens da geração Y, atraídos por um estilo de vida mais saudável e menos carro-dependente. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
Julio Lamas é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável
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#teatro #Chacrinha #política
“o segredo é tentar não aparecer e deixar só o velho guerreiro em cena” stepan nercessian volta aos palcos na pele de Chacrinha, em musical que já foi visto por mais de 90 mil pessoas e vai virar filme em 2016. Com mais de 50 filmes, 20 novelas e 15 peças no currículo, o filho de um armênio com uma cearense conta sua trajetória artística e política. E ainda orgulha-se da protuberante barriga conquistada na boemia que lhe ajudou a conseguir o papel: “Eu sabia que um dia ela poderia ser útil” (risos). por
Rodrigo Cardoso | retrato Chico Max
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Stepan fica em cartaz em São Paulo até o fim de julho, com a peça Chacrinha, o Musical
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Stepan Nercessian é daqueles que acordam cedo e esperam o jornal ser entregue para começar o dia. Ele até tem contas no Facebook, Instagram e Twitter, mas ainda hoje, aos 61 anos, curte cultivar hábitos antigos: além de folhear o jornal, torce pelo Botafogo e adora ir à praia prosear com a rapaziada. A boemia inveterada é outro comportamento assumido por ele sem nenhum dramalhão. Assim como o resquício dela, sua barriga protuberante: “Minha barriga de boêmio não pode ser perdida agora”, ri. Stepan brinca que sempre soube que um dia a circunferência redonda e avantajada iria lhe valer para alguma coisa. E estava certo. Ela – juntamente com figurino e maquiagem primorosos – o colocou para viver no teatro Abelardo Barbosa, popularmente conhecido como Chacrinha. Em Chacrinha, o Musical, em cartaz em São Paulo até o fim de julho, o ator, que passou uma década afastado da vida artística enquanto se aventurava na política, vive um retorno triunfal à arte que experimentou pela primeira vez ainda adolescente. Depois de se criar na capital de Goiás, Goiânia, ainda menino, aos 14 anos ele desembarcou no Rio de Janeiro e ali aprendeu a ser boêmio. Figura carimbada no samba, no futebol e amante de praia e cerveja, o ator sempre conciliou a diversão com o trabalho. “Desde pequeno eu queria trabalhar, fazer coisas; vendia o almoço para ter o jantar”, afirma ele, cujo currículo aponta mais de 50 filmes, 20 novelas e 15 peças. Filho de um armênio e de uma dona de casa cearense, Stepan sempre soube que o trabalho seria a senha para a sua liberdade. E assim correu atrás dela, vendendo muita garrafa, papel e engraxando sapato antes de se tornar galã dos anos 70 e 80. “Atuar nunca foi outra coisa pra mim senão uma profissão. Tenho de trabalhar para comprar arroz, feijão, carne, pagar aluguel, e não para ser famoso”, explica ele, pai de criação de Matheus, 10 anos, filho da sobrinha de sua esposa, Desirée. Assim agia também Chacrinha, que ele interpreta no teatro – e já foi visto por cerca de 90 mil pessoas. “No meio daquele fuzuê todo, Chacrinha se preocupava em comprar comida para levar para casa. Tenho admiração por quem trabalha”, diz Stepan, que vai rodar por mais cinco cidades na pele do notório apresentador de auditório, jogando bacalhau para a plateia, apertando a buzina e cultivando a barriguinha que a boemia lhe deu. Como conseguiu o papel do Chacrinha no musical? Sou um falso desleixado. Vejo muitas pessoas perseguindo as coisas e fico usufruindo do que vem até mim. Fui fazer uma ponta no filme Os Penetras, com o Andrucha (Waddington, diretor que assina a direção de Chacrinha, o Musical), e acabou que estenderam minha participação. Se eu não tivesse topado pegar um papel menor, não o teria conhecido e não estaria fazendo o Velho Guerreiro no teatro. O Andrucha estava fazendo teste, procurando um Chacrinha. Aí, um dia, a sogra dele, a Fernanda Montenegro, disse: “Você está procurando o Chacrinha, mas ele é seu parceiro nesse filme. Só o Stepan pode fazer este papel”. Virei o Chacrinha graças a ela. Passou por transformações estéticas para interpretá-lo? O Chacrinha é muito imitado, e eu sou péssimo imitador. Não quis imitar nada, queria algo de dentro para fora. O segredo de fazer o Chacrinha é não atrapalhar o Chacrinha, ou seja, a minha funçãoali é tentar não aparecer e deixar
só o Velho Guerreiro em cena, porque ele é sucesso. Não precisei engordar para viver o personagem. A minha turma vive dizendo para eu emagrecer, parar de beber tanta cerveja e perder essa barriga. Mas, no fundo, eu sabia que um dia ela poderia ser útil pra mim (risos). Me identifiquei com o lado trabalhador do Chacrinha. No meio daquele fuzuê todo, ele tinha preocupação de comprar comida para levar para casa. Tenho admiração por quem trabalha. Desejou alguma chacrete na época em que era galã da Globo? Quem não? Mas isso porque era proibido chegar perto delas. O Chacrinha, quando a sua equipe se hospedava em hotel, ficava no primeiro quarto do corredor e dormia com a porta aberta, para vigiar se alguém aparecesse para tentar algo com as chacretes. Ah, as chacretes... aquilo, sim, era sensualidade pura! Sensualizar era a proposta das chacretes. As dançarinas de balé dos programas de hoje fazem coreografia, e não uma dança sensual. Chacrinha não era pornográfico. A turma gostava de vê-lo e não se chocava.
Poderia traçar um paralelo sobre a tevê e o humor do Chacrinha e o de hoje? A anarquia do Chacrinha era libertadora, e não agressiva. Na nossa peça, um calouro viado entra em cena, e o meu personagem puxa as canções Maria-sapatão e o Olha a cabeleira do Zezé, será que ele é? Aquele humor rompia com o preconceito que não permitia que se brincasse com certos assuntos. Era um não se levar a sério. Vinte e seis anos depois de o Chacrinha ter morrido, eu olho o panorama e penso: “Não aconteceu mais nada de interessante no humor e com os apresentadores de tevê”. A tevê brasileira, hoje, parece uma externa no Hospital das Clínicas: tudo clean, limpo, as pessoas vestidas iguais, padronizadas. O Chacrinha, por outro lado, obrigou a televisão a criar uma linguagem para ele. Ele virava de costas, corria, rodava pelo palco, e os câmeras tinham de ficar correndo atrás. Depois de mais de uma década sem atuar, seu desempenho nos palcos como Chacrinha rendeu outros convites? Sim. Vou atuar em Os Penetras 2, em novembro. Gravei o sitcom Aí eu vi vantagem, para o Multishow, que estreia em agosto. Participei do filme O Herdeiro, vou rodar Ladrões de Caneco, em São Paulo, gravar um seriado da FOX do Breno Silveira chamado Um contra todos. E o projeto maior é o filme sobre a vida do Chacrinha, para o qual já fui convidado. O Boni será o produtor artístico, e o Andrucha, o diretor. Ele será filmado em 2016. É um reconhecimento da classe artística – e não só do público – que tem me deixado feliz. Nos anos 70, ser ator ou cantor era visto como ocupação de vagabundo. Seus pais apoiaram? Eles sempre estiveram do meu lado. Queriam que eu trabalhasse. Essa consciência de que o que te dá liberdade é o trabalho foi o que ajudou na minha formação. Desde muito cedo, menino, tinha noção de que tinha de vender garrafa, papel, ferro, engraxar sapato, fazer o que pudesse, para arrumar um dinheirinho e poder fazer as minhas coisas. Certa vez, o Pelé foi jogar em Goiás, e eu falei: “Pai, posso ir no jogo?”.
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Nos anos 70 e 80, Stepan causava polêmica; nessa época também se consagrou como galã global e garoto-propaganda. Abaixo, em sua carreira de político, que durou dez anos e para qual não almeja voltar
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A sociedade brasileira está se tornando proibicitária: é sim ou não, do bem ou do mal. Isso não combina com o espírito brasileiro, que está perdendo o humor
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Ele deixou, mas disse para eu trabalhar e comprar o ingresso. E eu sempre corri atrás para comprar o meu ingresso, minha roupa, ajudar na minha casa. Quando virei ator, meu pai me dizia: “Meu filho, não tenha pressa, vá com calma. Você é muito novo. Não tem idade nem para ser corno ainda” (risos). Como era a sua vida em família antes da fama? Meu pai era armênio, fez de tudo na vida. Foi mascate, garimpeiro, comerciante, jogador de baralho, poeta... Minha mãe, cearense, dona de casa. Teve sete filhos – dois morreram com 1, 2 anos de idade. Ela criou os cinco que restaram mais os netos. Antes disso, ela ajudou a criar 14 irmãos. Uma heroína. Fui criado em Goiânia em um ambiente de muito carinho e no meio do mato. Tinha contato com o brejo, mato, terra, andava descalço, corria, jogava bola, soltava arraia, rodava pião. Tive uma infância de muita alegria e descobertas. A vida artística foi um acaso na sua vida ou uma busca? Adolescente, vim passar uma temporada no Rio de Janeiro, na casa da minha irmã mais velha. Aos 17 anos, soube de um teste para o filme Marcelo Zona Sul e fui com um amigo para assistir.
Os produtores pediram para eu fazer um teste, de brincadeira. Fiz e acabei passando. Depois, fui logo convidado para fazer o segundo filme com o Reginaldo Faria. Trabalhava como auxiliar de revisor em um jornal em Goiânia e fiquei meio dividido. Até que optei pelo Rio e fui amadurecendo. Qual a diferença do galã de hoje e os da sua época? O galã de hoje ganha mais dinheiro. Dá mais lucro ser galã atualmente. Vejo grandes atores com comportamentos absolutamente simples e normais ao se relacionar com fãs. Por outro lado, há pessoas sem significado nenhum que posam como fossem a Greta Garbo. É uma coisa de louco. Eu nunca tive isso, porque atuar nunca foi pra mim outra coisa senão apenas uma profissão. Sempre vi isso aqui como um trabalho. Tenho de trabalhar para comprar arroz, feijão, carne, pagar aluguel, e não para ser galã, famoso. Assim fiz a vida toda e faço até hoje. Poderia ser bombeiro hidráulico, ou sei lá o quê, mas fui ser ator para sustentar a minha família. O que tem de diferente nas temporadas do espetáculo Chacrinha... no Rio de Janeiro e em São Paulo? O entusiasmo do público de São Paulo no fim do espetáculo é mais contagiante que o do Rio. O público carioca reagia mais no correr do espetáculo. O paulista deixa para dizer que está gostando no fim. O que deu para perceber é que o Chacrinha é querido em qualquer lugar. Em São Paulo, reencontrei amigos. Mas saí pouco. Aproveitei o fato de o teatro ficar dentro do Hotel Transamérica e descansei bastante, li muito. Brinco dizendo que estou entre o presídio e o spa. Já foi agendada uma nova turnê para outras cinco capitais, creio que Brasília, Rio Grande do Sul, Belo Horizonte e outras cidades do Nordeste. Até o fim do ano estarei envolvido nisso. Como enxerga a classe artística atualmente? O artista, antigamente, não era um imoral, mas um amoral. Era um cara
aberto a todas as tendências, aos acontecimentos. Atualmente, não é mais. Os artistas vão se moldando a um figurino do mercado. A gente tem feito apenas produtos para o mercado. Artista tem de ser vanguarda, revolucionar, propor. E hoje só há repetições; está tudo igual. Todo mundo agora quer ter comportamento politicamente correto, porque do contrário as agências de publicidade não o chamam. A sociedade brasileira está se tornando proibicitária: é sim ou não, do bem ou do mal. Isso não combina com o espírito brasileiro, que está perdendo o senso de humor. torceram o nariz quando se enveredou na política? Ainda menino já fazia política estudantil no colégio. Sou filiado ao PCB desde a época de secundarista. Desde que estou no Rio, nunca deixei de fazer política em prol da minha classe. Em 1978, estava envolvido com a regulamentação da profissão. Fui presidente do sindicato dos artistas, liderei movimentos trabalhistas dentro da Globo e presido o Retiro dos Artistas. Nunca falei mal da emissora fora dela, mas tudo o que eu quis falar lá dentro eu falei. Todo mundo, então, me tinha como referência, como alguém que fazia política de classe. Agora, os políticos... o pessoal lá (de Brasília) dá pouca bola à arte, cultura. A cultura é relegada ao plano secundário no Executivo. Incomoda a atuação de alguns artistas em cargos públicos? Tem tanta gente ignorante, politicamente analfabeta no Congresso representando classes. Vejo as pessoas falarem bastante do deputado Tiririca, da ingenuidade dele, que não sabe fazer nada. Olha, se o Tiririca não for o melhor deputado, faz tão pouco mal que acaba sendo um bom deputado. Ele é um cara presente e faz menos mal ao país do que os espertalhões que comandam tudo lá. Eu conhecia a onipresença de Deus. Mas, lá, conheci a oniausência do deputado. No Congresso, você consegue não ir a vários lugares ao mesmo tempo! Porque são marcadas ao mesmo tempo três reuniões de comissões das quais você faz parte – e cada uma em um lugar. É uma confusão,
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No palco como o inesquecĂvel apresentador Abelardo Barbosa, o Chacrinha
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Fui um vereador excelente e um deputado razoável. No momento, não almejo mais a carreira política
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um lugar mal-educado onde as pessoas falam e poucos te escutam. No mundo, é o parlamento onde tem mais gente estranha. É lobista, assessor...é uma zona. você não conseguiu se reeleger como deputado federal no último pleito. Qual balanço faz dos dez anos como político? Fui mais feliz como vereador do que como deputado federal. Fiquei seis anos na Câmara de Vereadores do Rio. Ali eu estava mais próximo das pessoas, tinha mais chance de ir para a tribuna falar, brigar, interferir. Quando me elegi deputado federal, cheguei a Brasília precisando de um tempo para entender aquilo tudo. Passei a minha vida toda na tevê escutando as pessoas dizerem que figurante não fala. Na Câmara dos Deputados, vi o que era fazer figuração. Não falava porcaria nenhuma (risos). Bom, nos quatro anos que fiquei lá, fui muito feliz na Comissão de Educação, criei a Comissão de Cultura Permanente. Mas fiquei muito triste porque passei a ser visto de uma maneira como nunca havia acontecido. Se estava em um restaurante, percebia aquela legenda no ar, vindo das pessoas: “Olha lá: o f. d. p. está lá gastando”. Se eu bebesse uma cachaça, era cachaceiro. Se bebesse vinho, era porque estava roubando, e por aí vai.
seu nome esteve ligado ao contraventor Carlinhos Cachoeira. Como foi isso? No meio do meu mandato, quando eu começava a pegar a embocadura da coisa, meu nome foi vinculado (em 2012) ao escândalo do (caso) Carlinhos Cachoeira (bicheiro que foi acusado e preso por envolvimento com o crime organizado e corrupção). Carlinhos é amigo meu de muitos anos de Goiás. Sempre foi gentil comigo, era meu fã, mas não tinha envolvimento político com ele. Sempre fui um camarada na contramão desse tipo de coisa, fui vicepresidente da Câmara do Rio eleito por unanimidade. Aí, de repente, tomei uma porrada misturada com uma tragédia familiar. No mesmo dia em que estourou o escândalo, minha irmã morreu. Fiquei respondendo a jornais e velando ela, ao mesmo tempo. Mas o STF arquivou o inquérito contra mim. como ter seu nome citado nesse escândalo o prejudicou? Quando você é alguém com carreira limpa e eleito por voto ideológico e é envolvido em um escândalo, gera uma decepção enorme. Para ladrão, corrupto, safado, um processo a mais ou a menos não muda nada. Para eles, tanto faz sair no jornal desse jeito. Meu nome nunca apareceu em rolo nenhum. Mas aí você sai cinco vezes no Jornal Nacional como se estivesse envolvido com esquema de corrupção... Bom, terminei meu mandato com lembranças boas. Fui um vereador excelente e um deputado razoável. No momento, não almejo mais a carreira política. Consegue viver bem sem o salário de deputado? Eu recebia R$ 26 mil, R$ 19 mil com descontos. Hoje sempre tem um personagem para eu fazer. Eu confio nisso. Minha vida nunca foi estável. Nunca ganhei o suficiente para poder parar. Comprei meu apartamento com salário e fundo de garantia.
Como analisa a crescente decepção da população frente ao PT e a Dilma Rousseff? O desgoverno, a irresponsabilidade total, estão vindo à tona de vez. Muitas coisas que acontecem nesse governo não têm como (gente importante) não saber. Nos últimos 20 anos, desde o Collor, todos os grandes escândalos políticos do Brasil vieram à tona não porque um homem de bem ficou indignado, mas sempre por racha em quadrilhas. A essência da denúncia no Brasil é podre. Nunca é o fiscal que viu a irregularidade ou o cidadão de bem que botou a boca no mundo. Isso quem faz é sempre o cara que ficou indignado com a partilha do produto do crime. Não foi a Venina (Velosa da Fonseca, ex-gerente da Petrobras que, no meio da apuração das denúncias contra a estatal, disse ter alertado a direção sobre as irregularidades) que denunciou o seu chefe, Paulo Roberto Costa, e deu início às investigações. Ela apareceu contando o que sabia somente depois que a Operação Lava Jato estava deflagrada. A boemia não incomoda sua esposa? É um bom marido? Ah, eu tenho o dom de iludir, né? (risos). Para conquistar uma mulher, muitos homens fingem um personagem bonzinho. Eu, não. Porque esse tipo que casa e resolve se mostrar depois, a mulher não aceita. Estou casado há 28 anos, sou pai de criação do Matheus e também fui do Rodrigo e da Rafaela, filhos da minha primeira esposa. Hoje, além do Matheuzinho, cuido de mais três crianças, que são filhos de uma sobrinha da minha esposa, que passa por alguns problemas. Mas sempre fui da pá virada. Certa vez, sumi de casa por um fim de semana, e uma amiga da minha esposa a questionou: “Mas como você o aceita assim?”. Aí a minha esposa disse: “Ah, ele melhorou demais. Antigamente, ele sumia dois”. Ou seja, a cada dia, eu só melhoro (risos).
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divã
#tolerância #ansiedade #inatividade
O que é serenidade? O termo serenidade costuma estar associado a mais de um significado, sendo que o primeiro deles tem a ver com a capacidade de algumas pessoas de lidar com docilidade e tolerância com a situações mais adversas, especialmente aquelas que não dependem de nós. Muitas vezes nos angustiamos e perdemos a serenidade quando nos sentimos pressionados por expectativas que nós mesmos produzimos em relação aos nossos projetos; é preciso cautela para que nossos planos de futuro, nossos sonhos e esperanças não se transformem em pesadelos e fontes de tensão e de decepções. Os que fazem planos mais realistas sofrem menos e se aproximam mais da serenidade. A serenidade corresponde a um estado de espírito no qual nos encontramos razoavelmente em paz, conciliados com o que somos e temos, com nossa condição de humanos falíveis e mortais. É claro que tudo isso depende de termos atingido uma razoável evolução emocional e mesmo moral: não convém nos compararmos com o que são ou têm as outras pessoas, não é bom nos revoltarmos com o fato de não sermos exatamente como gostaríamos; conciliados com nossas limitações, podemos usufruir da melhor maneira possível as potencialidades que temos. Um aspecto que considero muito importante para a questão da serenidade é a competência dos indivíduos para lidar com o tempo. Um exemplo disso é a inquietação que toma conta de muitos quando, presos no trânsito, não conseguem chegar a um encontro na hora marcada. Apesar do atraso não ser da responsabilidade deles, sofrem e se sentem por vezes até mesmo culpados pelo que está acontecendo. Chegam ao local esbaforidos e demoram um bom tempo para se recuperar de um
problema que, como regra, não tem a menor importância concreta. Outra peculiaridade dessa dificuldade de lidar com o tempo própria da maioria das pessoas tem a ver com a condição de quem espera um acontecimento, o resultado de uma prova que irá indicar sua aprovação – ou não – em um concurso, a expectativa nervosa diante do resultado de um exame médico que irá dizer da sua condição de saúde. Saber esperar é uma das virtudes mais raras que tenho conhecido e certamente contribui enormemente para que uma pessoa desenvolva esse estado de calmaria correspondente à serenidade. Sim, porque é fato que, de certa forma, estamos continuamente esperando eventos que irão influenciar nossas ações futuras. O momento presente é sempre uma ficção: vivemos entre as lembranças do passado e a esperança de acontecimentos futuros que buscamos, mais ou menos ativamente, alcançar. A regra é que estejamos indo atrás de alguns objetivos, perseguindo-os com mais ou menos determinação e persistência. A maior parte das pessoas se sente muito triste quando está sem projetos, apenas usufruindo dos prazeres momentâneos que suas vidas oferecem. Somos pouco competentes para vivenciar o ócio. Esse estado de não querer nada, não estar buscando nada e que os filósofos antigos consideravam como muito criativo é algo gerador de um estado de alma que chamamos de tédio e que não deixa de ser uma forma peculiar de depressão. No tédio nos perguntamos acerca do sentido da vida e, como não temos meios de responder a essa pergunta, nos deprimimos. De certa forma, fazemos tudo o que fazemos com o objetivo de fugir do ócio e do tédio que o acompanha. Mesmo nos períodos de férias percebidas como merecidas – por termos sido capazes de produzir bastante –,
temos que nos ocupar: abandonamos nossos afazeres habituais e nos entretemos com a visita a lugares que não conhecemos, com a prática de esportes exigentes, com a leitura... Aqueles que não são capazes de se deleitar com essas outras ocupações tendem a fazer uso excessivo do álcool ou de outras drogas. A verdade é que poucos são os que conseguem ficar em paz em prolongada inatividade. Por outro lado, perseguir objetivos com obstinação e aflição de alcançá-los o quanto antes também subtrai a serenidade. Assim, perdemos a serenidade quando andamos muito devagar, perto da condição do ócio – que traz o tédio e a depressão –, e também quando nos tornamos angustiados pela pressa de atingirmos logo nossas metas. Mais uma vez, a sabedoria, a virtude está no meio, naquilo que Aristóteles chamava de temperança: cada um parece ter uma “velocidade ideal”, de modo que, se andar muito abaixo dela, tenderá a se deprimir, ao passo que, se andar muito acima dela, tenderá a ficar muito ansioso. Interessa pouco comparar nossa velocidade com a dos outros, já que só estaremos bem quando estivermos em nosso ritmo, qualquer que seja ele. Conhecer a si mesmo implica, entre outras coisas, conhecer a velocidade na qual nos sentimos confortáveis e conseguimos andar com competência e serenidade. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
flávio gikovate é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN
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MODOS DE MACHO
#pénabunda #destino #previsão
Quando a fêmea se põe mística No varejão das pequenas crendices e mandigas, homem e mulher revelam uma diferença lindamente patética: a fêmea se põe mística quando inicia o processo de abandono do seu marido ou namorado; o macho se torna a mais crente e supersticiosa das criaturas de Deus apenas depois que a casa cai, depois de um belo chute no traseiro. Quando a sua mulher ou namorada, amigo, começa a falar em retorno de Saturno, na simbologia do tarô, nos recados do feng shui etc., te liga, campeão: é pé na bunda à vista e na certa. Por trás de todo mapa astral ou de uma nova visita à cartomante há sempre um bom par de chifre à nossa espera. Aí só nos resta chupar o frio Chicabom da solidão, como me ensinou o tio Nelson. Só nos resta mascar o jiló do desprezo. Só nos cabe sentar à margem do rio Piedra e chorar, segundo a recomendação suspeita do mago Paulo Coelho, este, sim, um incansável místico globalizado. Sim, amigo, a mulher é esotérica desde a véspera da tragédia. Nós batemos na porta da cigana mais vagabunda apenas depois que Inês
é morta. Aqui me pego, agora mesmo, reparem no ridículo, lendo o destino e a sorte na borra de café, o velho método das arábias. Mais perdido do que um escoteiro nerd e lesado no Pico da Neblina, um homem é capaz de tudo. No mato sem cachorro ou GPS, o macho moderno, esse cara carente de banco de praça, faz sinal de SOS até para náufragos piores do que ele. Ô, vidinha Titanic e miserável. Opa, calma, calma, que vejo algo nos desenhos involuntários do fundo da xícara. Tento enxergar na borra do café o meu destino, a minha sorte e as escaramuças da pessoa amada, aquela maldita que nos parafusa na testa uma fantasia de viking. Sério, amigo, como somos esotéricos depois que a casa cai. Peraí, epa, calma de novo que vejo algo bem definido no diabo da xícara. Parece uma fruta. Pera, uva, maçã? Limpo as lentes de quase dez graus de miopia e astigmatismo e finalmente decifro: uma cebola! Retrato do meu choro e do abandono? Seria o mais óbvio e imediatista. Na dúvida, recorro ao
Guia da leitura no sedimento do café –arte milenar árabe de interpretar sua vida, um livro da Batia Shorek e Sara Zehavi que acabo de adquirir em um sebo carioca. Opa, reparem só no significado da tal cebola: “Indica que a pessoa amada esconde algo do seu cônjuge e o assunto escondido é importante e pode machucá-lo”. Nesse caso nem escondia mais, já havia ido embora, estava da caixa-prego para a frente, mas reparem como funciona a leitura da borra! Como homem, apenas li atrasado o fundo da xícara. Uma fêmea mística teria sabido tudo de véspera. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
xico sá é escritor e jornalista. Autor de Big Jato (editora Cia. das Letras), entre outros livros
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EMPREENDEDORISMO
#culturaorganizacional #valores #exemplos
Receita para prosperar na crise: valores alinhados e bons exemplos Especialista em cultura organizacional Richard Barrett, que vem ao Brasil neste mês de julho, contou, em entrevista à VERO, o segredo para harmonia entre empresas e funcionários por
Thais Sant'Ana
Falando, parece simples: para que uma organização prospere e seja bemsucedida, principalmente em tempos de crise, é preciso que os valores de seus funcionários estejam alinhados com a sua cultura. Mas é mais difícil do que parece. “Primeiro porque, muitas vezes, a empresa tem a visão sobre o que ela gostaria de ser, mas isso não é, necessariamente, o que ela é”, conta Richard Barrett, fundador do Barrett Values Centre e ex-coordenador do Banco Mundial. Mais: algumas vezes nem os próprios colaboradores sabem realmente quais valores os movem. “A maioria das pessoas não passa do estágio de sobrevivência e enxerga o trabalho como fonte de subsistência, e não de satisfação”, relata. Pensando nisso, o especialista desenvolveu um modelo chamado de “sete níveis de consciência” (veja no box da página seguinte), que permite compreender como pessoas, líderes e organizações evoluem durante as várias etapas da vida, e, por meio de sua rede de 5.000 consultores, ele já mapeou os valores de mais de 6.000 organizações e 3.000 líderes em 90 países. Seu objetivo é desenvolver ferramentas de transformação cultural em corporações,
ONGs, comunidades, escolas e até nações. A receita é a seguinte: “Primeiro é preciso medir os valores pessoais dos colaboradores (suas necessidades), depois é necessário identificar qual é a cultura atual e qual é a cultura desejada pela empresa. Só então, por meio de diálogo com líderes e funcionários, é possível selecionar as áreas prioritárias e agir”. E agir, aqui, significa, justamente, alinhar as expectativas. "Por exemplo, se o funcionário estiver no terceiro nível de consciência, em que ele explora seus talentos para ser reconhecido como indivíduo, os líderes e a empresa precisam reconhê-lo com processos justos de avaliação de desempenho, se não eles ficarão desmotivados. Quando o profissional opera nos níveis iniciais de consciência, ele procura apenas felicidade e quer se sentir bem consigo mesmo. O líder tem de estar ciente desse perfil", diz. Além de alinhar esses valores, para garantir a disseminação da cultura “escolhida” pela empresa é preciso dar o exemplo. E os líderes devem ser os primeiros: “É fundamental entender que a cultura de uma organização é um reflexo da consciência dos líderes. É um círculo virtuoso: com os líderes que ouvem e agem, vemos um aumento
do envolvimento dos funcionários (as pessoas são mais felizes e têm mais vontade de fazer um esforço extra), assim, aumentam também os níveis de satisfação do cliente e há um consequente aumento de rentabilidade. Nossa pesquisa mostrou que a organização que conscientemente gerenciou e desenvolveu sua cultura teve um bom desempenho também no mercado de ações”. Confira a entrevista:
Richard Barrett vem para o Brasil em julho para alguns eventos com líderes de organizações brasileiras. Mais informações em draft4.com
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O que muda em tempos de crise? Os valores podem mudar? Nós valorizamos o que precisamos. Quando as condições de vida mudam, nossos valores se adaptam para garantir que teremos as nossas necessidades básicas e de crescimento atendidas. Essa é uma condição humana básica que impulsiona os trabalhadores e organizações inteiras. Algumas pessoas revertem em atividade antiética ou mesmo ilegal. Outros permanecem fiéis a seus valores positivos e éticos. Durante os últimos anos, o mundo vem experimentando uma crise de valores. Qual é a sua opinião sobre esse tema? Se um comportamento ilegal ou antiético está acontecendo, é muito mais provável que seja exposto. As ferramentas de transformação cultural fornecem uma maneira para os líderes e funcionários falarem, anonimamente, a verdade sobre o que está acontecendo na organização, seja bom ou mau. Muitas vezes, tenho visto os resultados iniciarem uma reação em cadeia, que cria um espaço mais profundo de transparência e honestidade. Se olharmos um pouco mais a fundo, percebemos que o princípio é o seguinte: não são as organizações que se transformam, são as pessoas. Os líderes é que se transformam, e, quando o fazem, naturalmente, a organização torna-se diferente.
como obter resultados em curto prazo e ser sustentável em médio e longo prazo? Alguns anos atrás, ouvi um recémnomeado CEO de um banco fazer seu discurso de abertura dizendo “estamos mudando de ganância de curto prazo para a ganância de longo prazo”. Essa não é a resposta para a criação de valor em longo prazo. Resultados de curto prazo no mercado de ações impulsionados por exigências de relatórios trimestrais criam uma pressão enorme e comportamentos muitas vezes insalubres ou destrutivos. Sei de outro CEO que entrou, por sua vez, em um banco que estava à beira do colapso, e uma de suas primeiras ações foi dizer ao mercado que ele não daria resultados trimestrais para os dois anos seguintes; em vez disso, ele iria concentrar toda a sua atenção na criação de um banco saudável e sustentável. Em algum tempo, o preço das ações subiu acima da taxa de mercado. Qual o impacto da cultura do país na cultura corporativa? Somos seres socio-históricos. Nos primeiros anos de vida, absorvemos a cultura de nossos pais e nação. Dizemos que a transformação organizacional começa com a transformação pessoal dos líderes. Isso significa que os líderes devem ter a coragem de desafiar os limites e crenças insalubres e, conscientemente, criar um novo futuro, que equilibra o interesse próprio e do bem comum.
OS SETE NÍVEIS DE CONSCIÊNCIA DAS PESSOAS: 1º: É o modo de sobrevivência. Predomina na fase inicial da vida e tem como princípio ter suas necessidades básicas atendidas. 2º: É o de conformação, que dura até os 8 anos de idade, e é o momento em que aprende a se relacionar na estrutura familiar, para facilitar a vida. 3º: É o da diferenciação, quando o jovem explora seus talentos para ser reconhecido como indivíduo. 4º: É o estágio de transformação e individuação. A pessoa, que até então incorporava a cultura e os valores da família e do país de origem, passa a buscar os próprios valores. 5º: O indivíduo trabalha alinhado à sua vocação e paixão para construir uma visão de futuro. 6º: Ele quer fazer a diferença no mundo e cooperar com os outros. 7º: O trabalho se torna gradativamente altruísta e gera bastante motivação nos profissionais.
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gptw
#melhoresempresas #premiadas #baruerieregião
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um bom lugar para trabalhar Great Place to Work premia 15 melhores empresas para trabalhar de Barueri e região e abre inscrições para a lista 2016 Uma cerimônia de peso marcou a inauguração do primeiro helicentro da cidade, no Complexo Allta, localizado na altura no km 30 da Rodovia Castello Branco, em Aldeia da Serra, Barueri, no dia 28 de maio. É que, na ocasião, além de ser lançada oficialmente a Agência de Desenvolvimento Econômico de Barueri, o Great Place to Work premiou as 15 empresas ganhadoras do ranking "Melhores Empresas para Trabalhar – Barueri e região 2015", divulgado pela VERO e Folha de Alphaville em uma publicação exclusiva. Em comum, essas companhias oferecem aos seus colaboradores oportunidade de crescimento e desenvolvimento, equilíbrio entre vida pessoal
e profissional, alinhamento de valores do colaborador com a instituição e, por fim, remuneração atrativa e um bom pacote de benefícios. Ao todo, 65 instituições de grande e médio porte se inscreveram. Para as empresárias que estão à frente do projeto GPTW Barueri e região, Bárbara Gianetti e Luise Freitas, o alto número de inscritos na primeira edição só confirma o sucesso e o potencial da região. As inscrições para a segunda edição do ranking já estão abertas pelo site greatplacetowork.com.br. As empresas interessadas em participar devem ter 30 ou mais funcionários e estar nas cidades de Barueri, Carapicuíba, Osasco Itapevi, Jandira, Santana de Parnaíba ou Pirapora do Bom Jesus.
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1. Bárbara Gianetti e Luise Freitas, da GPTW 2. Rodrigo Borges e Rafael Leal, da Vale Presente 3. Brenda Donato, da Embracon 4. Fachada do Complexo Allta, onde aconteceu o evento 5. Renato José Ferreira, da Econocom 6. Fernanda Garcia e Haroldo Maranhão, da Global Saúde 7. César Foffá, da Folha de Alphaville 8. Leonardo Nunes, do Complexo Allta, e Mário Lopes, secretário de Desenvolvimento Econômico e Trabalho de Barueri 9. Carros da Mercedes-Benz ficaram em exposição no local 10. Helicópteros no primeiro helicentro da cidade
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EMPRESAS PREMIADAS Grandes
1º lugar: McDonald’s 2º lugar: Bradesco 3º lugar: Embracon 4º lugar: OdontoPrev Médias 1º lugar: Ticket 2º lugar: ReachLocal 3º lugar: Mary Kay 4º lugar: Global Saúde 5º lugar: Vale Presente 6º lugar: Inove 7º lugar: Kantar Wordpanel 8º lugar: Bebê Store 9º lugar: Jaguaré 10º lugar: Morana - Grupo Ornatus 11º lugar: Econocom
realização
patrocínio e apoio
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pensamento empreendedor
#flexibilidade #definição #empreendedorismo
Não somos todos empreendedores Desde os tempos em que desconhecíamos o termo empreendedor até os dias de hoje, parece que, como adoramos fazer em nosso país, estamos sendo superflexíveis e maleáveis na definição do que é um empreendedor. Enquadramos nela todo mundo, do executivo bem-sucedido ao ativista social, passando pelos jovens trainees que entram em uma multinacional e se acham empreendedores só por terem sido escolhidos entre milhares de candidatos. Não somos todos empreendedores! Vejamos o que diz o Michaelis para a palavra empreender: 1. Tentar realizar algo difícil. 2. Pôr em execução. 3. Fazer o que é amplo como o céu… Resolvi olhar o que o mesmo Michaelis diz sobre empreendedor: 1. Que empreende. 2. Que se aventura à realização de coisas difíceis ou fora do comum; ativo, arrojado. sm 1. Aquele que empreende. 2. Aquele que toma a seu cargo uma empresa…. já levemente mais específica, apesar de ainda ampla demais. Procurando orientar minha visão, fui atrás do que diz o Houaiss a respeito: empreendedor é aquele que empreende, portanto aquele que 1. Decide realizar (tarefa difícil e trabalhosa); tenta. 2. Põe em execução; realiza. Novamente a coisa mais ampla do mundo, né? Indo para os Estados Unidos, dei uma olhada no Dictionary.com e encontrei: entrepreneur 1. a person who organizes and manages any
enterprise, esp. a business, usually with considerable initiative and risk. 2. an employer of productive labor; contractor. Algo bem mais específico, que fala de empresa, de negócio e de quem contrata. Já na Babson College nos EUA, onde participei de alguns cursos, há uma definição elaborada: “Empreendedorismo é um modo de pensar, argumentar e agir – obsessivo por oportunidades, holístico no seu enfoque e bem dosado em liderança – com a proposta de criação de valor” Timmons and Spinelli – Babson College. Nossos dicionários são bem brasileiros, como nós. É meio que Rexona, sempre cabe mais alguém na definição de empreendedor. Dá para incluir qualquer pessoa como empreendedor. Basta que ela tenha feito coisas fora do comum e pronto, já pode ser considerada um empreendedor! Mas acho que isso está errado. Empreender, a meu ver, é montar/ tocar empresa. Simples assim. Quem montou ou toca uma empresa é empreendedor. Quem trabalha para o dono da empresa não é. Quem trabalha numa multinacional, mesmo que seja o presidente da empresa, também não é. Quem faz uma volta ao mundo de motocicleta também não. Há, claro, o empreendedor social, que monta organizações sem fins lucrativos, e o intraempreendedor, aquele que exerce suas iniciativas dentro de uma organização. De que o espírito empreendedor
vai além de quem monta empresa não me resta dúvida. Mas isso não é ser empreendedor. É ter espírito empreendedor. O aventureiro da moto o tem? Certamente. O presidente da multinacional? Provavelmente sim. Por que toco nesse assunto? Porque acho que ter definições claras que signifiquem a mesma coisa para todas as pessoas é muito importante. Se empreendedor for todo mundo, como podemos nos unir, reivindicar nossos direitos, saber nossos problemas e encontrar soluções? Se considerarmos empreendedor desde o presidente aparecido da multinacional até o dono da barraquinha de cachorro-quente, passando pelo aventureiro e pelo governante, aí fica tudo embolado em um saco só e, portanto, muito difícil de nos entendermos, de sabermos o que queremos e para onde vamos. Empreendedor é aquele que tem empresa. Os outros têm espírito empreendedor. E empreendedor e empresário são mesma coisa. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
bob wollheim é fundador do youPIX e do Startupi, autor de Empreender não é Brincadeira e venture corp da Endeavor
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sucesso
#saída #versatilidade #planejamento
Como remar para longe da crise? Em minhas palestras pelo Brasil, tenho ouvido inúmeras indagações de empreendedores e profissionais que buscam saídas nesta época de incertezas na economia. A palavra é justamente esta: saída. As pessoas procuram um caminho que as distancie da crise e de seus efeitos. Se a solução estrutural não depende somente de nós, a ordem é alcançar ilhas de estabilidade e prosperidade. Nesses momentos, porém, é muito frequente o abandono de qualquer estratégia. Os planos são esquecidos, e quase tudo é feito no improviso. Nada mais equivocado. É justamente em situações como esta que mais precisamos de estratégia. Pensemos em uma antiga travessia transatlântica. Os capitães precisavam lidar com o inesperado a todo momento. Podia ser uma tempestade, uma calmaria ou mesmo uma epidemia devastando a tripulação. Nesses momentos, valia a coragem, a versatilidade e a invenção. No entanto, o roteiro da viagem, original ou adaptado às circunstâncias, nunca era deixado de lado. O tempo era medido, o deslocamento era monitorado, as correções eram efetuadas. Se a embarcação navegasse sem destino, aí, sim, a tragédia estaria consumada. Assim procedem as melhores empresas. Especialmente em tempos difíceis, elas medem, avaliam, comparam, monitoram e respondem o mais rapidamente possível à mudança. Reagem, aprendem e redefinem o caminho. Em todos esses processos, o fator-chave é a atitude. Esse “fazer acontecer”, no entanto, não deriva dos softwares aplicados a controle e monitoramento, por mais inteligentes que sejam. A atitude é a resposta humana a um desafio. Agora, formulo eu uma pergunta
a você, caro leitor: basta a iniciativa solitária do gestor? Ora, se a proposta é escapar do mar das incertezas, é conveniente que todos subam ao barco. Depois, que todos remem, e para o mesmo lado. Por fim, é necessário que os viajantes movam a embarcação na direção certa, mesmo que não ouçam o tempo todo as ordens do timoneiro. Portanto, se existe desafio ou crise, você não precisa fazer tudo sozinho. É melhor somar forças. Destaco, porém, uma questão fundamental nesses processos: a motivação. Se existe dúvida, desconfiança e desânimo, como estimular o pessoal a perseverar e aproveitar as oportunidades? Vejamos dez atitudes fundamentais nessas situações. 1) Seja franco e transparente. Liste os problemas e as ameaças, mas também os trunfos do grupo e as soluções possíveis. Mostre que é possível remar. Defina uma rota. 2) Procure conhecer a fundo as vulnerabilidades e talentos de cada sócio, parceiro ou colaborador. Encontre o melhor lugar para cada membro da sua tripulação. 3) Oriente e aconselhe, mas esteja atento para ouvir alertas e sugestões. Com o passar do tempo, os colaboradores acumularão conhecimentos específicos valiosos. Ouça o marujo que cuida das velas e dos cordames. 4) Reconheça o esforço, mesmo que o objetivo desejado não tenha sido atingido. Procure corrigir com espírito educativo, e não punitivo. 5) Elogie não somente o retumbante sucesso, mas também a modesta conquista. 6) Se o seu barco é uma empresa, cogite da remuneração variável, atrelada a desempenho e cumprimento
de metas. Uma parte do ganho será o salário fixo; a outra será recompensa pela contribuição ao empenho estratégico. 7) Dinheiro, sozinho, não garante motivação por muito tempo. Trabalhe para que seu colaborador se sinta também responsável pelo projeto e pelo grupo. Faça com que perceba sua importância na aplicação da estratégia. 8) O sucesso de todo processo de mobilização depende do “saber fazer”. Não basta remar. É preciso saber remar. É necessário que cada colaborador aprenda a interpretar os sinais da mudança e proponha as devidas correções de rota. 9) Não deixe que seu grupo se satisfaça com o que sabe. Nunca estamos prontos. A educação é cada vez mais um processo de continuidade, como nos ensina o filósofo Mário Sérgio Cortella. 10) Cultive a saudável insatisfação. A cada dia, identifique uma nova lacuna, mapeie aquilo que você ainda não conhece. Meta-se lá. Desbrave e aprenda. Estimule seus companheiros de viagem a adotar conduta semelhante. Navegar é preciso, porque há sempre um “ponto B”, ou melhor, um lugar de oportunidades e satisfações depois de cada esquina do mar. Agora, é içar âncoras e partir. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
carlos júlio é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios
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Atitude Alphaville
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Começamos! Com diversão e conteúdo, nosso objetivo é deixar a região cada vez mais gostosa para viver
Mostre que você é parte integrante desta comunidade. Participe das ações. Seja um embaixador.
copatrocínio e apoio
Principais ações • Piquenique na praça • Palestras sobre cidades • Prêmio Atitude Alphaville • Pintura do letreiro • Concurso Logotipo Alphaville • Reportagens e muito mais
realização
atitudealphaville.com.br
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#gastronomia #mercadodetrabalho #chefsespeciais
DIVULGAÇãO
perfil social
formando chefs especiais Antonio Pereira dos Santos entrou na internet pela primeira vez por uma boa causa: arrecadar fundos para capacitar jovens especiais na área de gastronomia por Camila do Bem À frente da Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais (Apae) de Cotia há cinco anos, Antônio Pereira dos Santos se aprofundou nas causas sociais há 23 – após o nascimento do seu filho Gabriel, que tem Síndrome de Down. Da experiência com o primogênito também surgiu um dos seus principais projetos na organização, o Cozinhando com Inclusão, que usa metodologia diferenciada para capacitar jovens especiais para a produção de doces e salgados. "Eles vivenciam os processos de fabricação e comercialização dos produtos. Durante as aulas, também aprendem habilidades básicas como refletir e interpretar, além de noções de gestão, para atuar de forma empreendedora", diz. Atualmente, cerca de 15 alunos são capacitados por ano, por isso, Antônio, com um empurrãozinho dos amigos, teve uma ideia inovadora: arrecadar doações via Kickante, plataforma online de financiamento coletivo (crowdfunding) que possibilita a doação de qualquer valor. Conheça: Como acontece o projeto de capacitação atualmente? Temos uma cozinha, porém, muito modesta, e o projeto é financiado pela própria associação, com dinheiro
do nosso bazar permanente, eventos e doações esporádicas. A ideia é equipar a cozinha para ter um ambiente melhor de trabalho e, ainda, ter um setor que gere algum tipo de renda constante.
Qual o custo estimado para viabilizar a expansão do projeto? Pretendemos arrecadar a quantia de R$ 50 mil. Esses custos envolvem a compra de equipamentos adequados para a cozinha, matéria-prima para a produção de doces e salgados, além de adaptações do nosso espaço físico atual.Com isso, vamos preparar duas vezes mais pessoas para o mercado de trabalho. Existe uma metodologia específica para facilitar o aprendizado? O projeto é completo e engloba a parte teórica e a parte prática. Na prática, eles são orientados por um chef de cozinha com treinamento especial para desenvolver habilidades em pessoas com deficiência. Também são acompanhados de um psicólogo e um terapeuta e, ao fim do curso, eles são encaminhados para o mercado de trabalho. Além disso, o projeto ajuda a incluir o aluno na sociedade, pois, participando de forma produtiva, aumentam as possibilidades e condições para o exercício de sua cidadania. Quantas pessoas a APAE Cotia atende hoje? A Apae Cotia atende hoje 255 pessoas com deficiência. Este atendimento é estendido às famílias, para que haja um acompanhamento completo. Na instituição acontecem vários programas que vão desde a estimulação precoce para recém-nascidos até suporte educacional para alunos que estão matriculados na rede regular de ensino. Gostou da iniciativa? Você também pode ajudar: Apae Cotia: R. Euriclides Formiga, 50 – Cotia (11) 4615-5353 – apaecotia.org.br kickante.com.br/cozinhandocominclusao Conhece um trabalho social e quer vê-lo aqui? Indique para reportagem@vero.com.br
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persona vero
#artes #históriadevida #inspiração
Francisca Junqueira por
Gabriela Ribeiro
foto
Rogerio Alonso
homenagem da vero a personagens INSPIRADORES Cerca de 3.000 obras que hoje estão espalhadas pelo mundo passaram pelas mãos da artista plástica e escultora Francisca Junqueira, de 63 anos. Ela já participou da “Biennale Internationale Design 2002 Saint-Étienne “ e do “Carrousel du Louvre”, ambos na França. Mas o berço de sua inspiração sempre foi Alphaville: “Vim para cá muito jovem e me apaixonei”, conta. E detalha um período do qual sente saudades: “Houve uma época em que ações culturais tinham mais força que o próprio comércio. As aulas de artes aconteciam com frequência, assim como exposições”, diz. Francisca chegou a dar aula no clube para cem crianças. Hoje mantém aulas semanais para 15 alunos em seu ateliê próprio, montado em casa. Isso porque, apesar das grandes ações terem ficado mais difíceis de viabilizar, ela conservou o prazer de passar conhecimento para o outro. “Sempre trabalhei com educação e arte, tentando tirar o melhor das pessoas.” Isso vale para alunos e para a família: “Você tem um tempo para ensinar seus filhos, e depois, eles vão aprender com a vida”, relata. E, claro, depois dos filhos, vêm os netos. Francisca tem três, para os quais dedica grande parte do seu tempo. Eles têm até um cantinho reservado só pra eles no ateliê. Será que vão seguir os mesmos passos da vovó coruja? Casada e mãe de três filhos – Carolina, Rodrigo e Gabriela –, Francisca define sua arte como contemporânea, e um de seus trabalhos é a composição Landscape, instalada no Museu dos Bandeirantes e na Assembleia Legislativa do Estado de S. Paulo.
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julho 2015
• Notícias regionais, roteiros e entretenimento •
Carolina Lui: enquanto mercado anda cauteloso, empresária dá grandes passos, com coleção e lojas novas pág. 6B
EXPERIÊNCIAS Nossos leitores experimentam os estabelecimentos do bairro pág. 10B
COQUETEL As novidades da região pág. 2B
perfil empreendedor Empresários que decidiram investir por aqui mesmo com o cenário incerto pág. 4B
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Coquetel
Novidades da região
sierra em alphaville
Muito em breve uma nova loja de decoração abre as portas em Alphaville. A Sierra Móveis trabalha com produtos exclusivos, feitos a partir de madeira 100% maciça, extraída de reflorestamento sustentável, e com uma grande variedade de tecidos e acabamentos. AL. ArAGUAIA, 380 – 0800 701 1199 – sierra.com.br
Laís veste uma de suas criações
novas lojas
Novo talento no mundo da moda
A marca de moda L’atelie da estilista e moradora de Alphaville Lais Rocha (foto acima), que tem conquistado seguidoras apaixonadas pela alta-costura, ganha uma loja online no mês de julho. Formada no Instituto Europeu de Design, Lais começou desenhando roupas para ela mesma, para as amigas e para sua clientela como personal stylist, e já vestiu blogueiras famosas como Karina Milanese. Hoje sua marca se divide em duas frentes, a linha Basic e a linha de Vestidos de Festa – feitos sob medida. latelie.lala@gmail.com lateliebasic.com.br
Skechers: Marca de tênis que ganhou força ao patrocinar o ultramaratonista Carlos Dias.
Shopping Tamboré (11) 4193-1853 br. skechers.com
Le Petit Jardin: Loja que vende artigos de decoração e diversas opções de presentes. shopping flamingo piso térreo – lj 26 (11) 4688-2658
Yumi Fashion: Conta com peças de marcas como Dzarm e Planet Girls, além de acessórios femininos.
Shopping Flamingo loja 61 – (11) 99434-5549 shoppingflamingo. com.br
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Medalhista na hípica
O cavaleiro olímpico e medalhista pan-americano César Almeida assumiu, há dois meses, a diretoria técnica da escola de Equitação da Hípica Manège Alphaville. Além de supervisionar todos os professores, ele deve acompanhar os alunos nos principais torneios. Além disso, Cezinha, como é conhecido, vai treinar no local para competições importantes. A parceria já deu bons resultados – em maio, venceu o GP Hyundai, disputa válida pela terceira de oito etapas do Campeonato Brasileiro Senior Top.
férias com os pequenos
Estr. Lula Chaves, 443 – Santana de Parnaíba (11) 4154-1100 hipicamanegealphaville.com.br
Navio-fantasma no Shopping Tamboré
A embarcação está dividida em seis salas, como o quarto do capitão, a prisão e a sala do tesouro. Em cada uma delas são contadas histórias que aconteceram nas expedições, e o melhor, a garotada poderá escolher entre fazer o passeio com ou sem sustos. O navio fica até o dia 2 de agosto na praça de eventos do shopping. Custa R$ 10.
Shopping Tamboré (11) 2166-9717 – shoppingtambore.com.br
Patinação Ecológica no Iguatemi Alphaville
Até 31 de agosto, os visitantes poderão se divertir na pista de patinação que simula gelo montada no mall. Feita com placas de uma resina especial, que estimulam o deslizamento quando em contato com as lâminas dos patins, a pista dispensa água e eletricidade. O valor da brincadeira é R$ 35, por 30 minutos, ou R$ 50 para patinar por uma hora. De segunda a sexta-feira, das 14h às 20h; aos sábados, das 12h30 às 21h; e aos domingos, das 12h30 às 20h.
Iguatemi Alphaville (11) 2078 8000 – iguatemialphaville.com.br
Tommy Hilfiger: Marca internacional de roupas e acessórios masculinos e femininos.
iguatemi Alphaville (11) 2078 8000 br.tommy.com
Cecília Oliveira: Ateliê da estilista especializada em vestidos de noivas, grinaldas e acessórios.
SHOPPING FLAMINGO (11) 2690-8303
Zaro Revestimentos: Oferece produtos como porcelanatos, papel de parede, pisos, cimento queimado.
AL. ARAGUAIA, 400 (11) 3866-7600 zarorevestimentos.com.br 2015 | julho | local vero | 3B
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Empreendedorismo na região
Perfil
Quem empreende por aqui Que recessão, que nada! Três empreendedores da região que escolheram 2015 para abrir ou expandir seus negócios em Alphaville contam como! Gecini Cloves de Oliveira e Airton Rui Fernandes (em pé)
Pensando na escalada do setor da construção civil, o engenheiro civil Airton Rui Fernandes, 56 anos, e o empresário Gecini Cloves de Oliveira, 41, se uniram para criar, em Alphaville, um espaço que reúne, em um só lugar, todos os serviços do segmento. Inaugurada em abril, a segunda fase do Shopping da Construção, empreendimento de 20 mil m2, tem opções para quem quer construir, reformar, mobiliar, fazer uma manutenção e até contratar profissionais da área. Das mais de 200 vagas para lojistas, 87 já estão funcionando. Entre as lojas, estão Ilha Dourada, de móveis sob medida; Arabesco, de cortinas e tapetes; e Avant Led, de iluminação. “Nosso objetivo é trazer um espaço com conforto e comodidade”, contam.
O jovem empreendedor de Alphaville Alexandre Figueiredo Freitas Santos, 22 anos, sempre gostou da interação do graffiti com a cidade. Em 2014 chamou o grafiteiro Bruno Lucena para mudar o visual de um de seus escritórios na região e notou as roupas dele cheias de respingos de tinta. “Percebi que aquelas marcas eram uma forma dele de levar seu trabalho consigo. Pensei: ‘E se as obras de graffiti estivessem pintadas nas roupas?’”, conta. Nascia a Allezy – nome do francês, que significa a ação coletiva de ir junto. Com peças exclusivas, a primeira coleção foi batizada de 1% Algodão 99% Graffiti. “Foi tudo muito rápido. Entrei em contato com a estilista Beatriz Cori e começamos a construir a marca. Selecionamos seis artistas para a primeira coleção”. Para o futuro, Alexandre, que já vende as peças pelo e-commerce, pretende abrir a marca para o varejo nacional: “Estamos sendo cautelosos, para manter nosso produto acessível a todos os apaixonados por moda, arte e graffiti”, completa.
Formado em
administração de empresas, Maurício Nascimento, 39 anos, atuou por mais de 20 em multinacionais até que, neste ano, decidiu abrir sua própria franquia na região. Escolheu a Clear Clean por ser uma empresa jovem e com ideias inovadoras. Ela oferece limpeza profissional para residências, comércios e pós-obra, com produtos que economizam até 90% de água. “São biodegradáveis, sem resíduos de petróleo. Não fazem espuma, o que elimina a necessidade de vários enxagues, e são certificados com o selo verde Green Seal”, conta. E completa: “Vou contribuir com o desenvolvimento econômico do país e, ainda, usar minha bagagem como administrador”.
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Capa
Fibra Alpha Decor
SEM MEDO DE ARRISCAR
Com loja maior e em novo endereço em Alphaville, Fibra Alpha Decor, de Carolina Lui, lança nova linha de móveis para área interna, com sofás de couro, mesas e outros produtos com tapeçaria por Gabriela Ribeiro fotos Chico Max
“Às vezes, é preciso apostar em um negócio diferente para que você seja visto de uma maneira mais ampla. Então, estou aproveitando essa inconstância no mercado para fazer a diferença”, descreve a empresária Carolina Lui, proprietária da loja de decoração Fibra Alpha Decor (Fibra Alphaville). Com esse discurso e confiante no seu negócio,
neste primeiro semestre de 2015, enquanto a maior parte da classe empresarial do país agia com cautela, ela fez os maiores investimentos da história de sua marca: mudou de uma loja com 200 m2 para um espaço com 600 m2 em Alphaville, expandiu para São Paulo e, mais importante, lançou uma nova coleção de móveis internos, mantendo os
produtos de área externa, já conhecidos no mercado. "A empresa está passando por um novo momento, apostando nesta linha de área interna." O segredo, conta ela, são as características de seus produtos: "Qualidade, conforto e sofisticação – nesta ordem. Certamente, a união desses três fatores é o que me mantém confiante", relata.
Quais são as grandes novidades da Fibra Alpha Decor neste ano? A principal delas é o lançamento da linha de móveis internos, que conta com sofás de couro, mesas e outros produtos com tapeçaria. Antes trabalhávamos apenas com a fibra, agora estamos diversificando nosso leque. Aqui em Alphaville também mudamos de endereço, no início de junho. Estamos no
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comecinho da Alameda Araguaia, próximos da Via Parque, no sentido do Shopping Flamingo (em frente à Caixa Econômica). Nesse espaço maior, temos vagas na porta e é possível apresentar com a mesma qualidade essa nova linha. Como surgiu a ideia de trabalhar com uma linha tão diferente da que vocês já tinham? Na verdade, essa era uma solicitação dos nossos clientes. Percebemos que existia demanda e resolvemos atender nosso público com esses móveis internos, que não são fabricação nossa, mas procuramos o mesmo critério de competência nas marcas dos produtos, para poder continuar oferecendo qualidade para quem pediu muito esse tipo de produto. Vocês também estão em São Paulo agora... Sim. Há quatro meses inauguramos a loja no Shopping VillaLobos e já estamos conseguindo bons resultados. O espaço está lindo! E fora essa loja, em breve também vamos inaugurar uma Fibra em outro ponto, na região central de São Paulo, mas ainda não posso revelar muitos detalhes (suspense!).
Ao fazer esses investimentos, você não está correndo na contramão do instável mercado? Eu acredito no potencial da Fibra, da equipe e do nosso produto. Acho que mesmo nas dificuldades a gente pode fazer a diferença. Continuamos com os mesmos critérios para buscar qualidade, conforto e sofisticação e, claro, também continuamos focando no pré-venda e no pós-venda de excelência, que nos diferenciam do mercado.
Sofás de couro, mesas e outros produtos com tapeçaria fazem parte da nova linha de móveis para área interna da Fibra Alpha Decor
A Fibra nasceu em Alphaville há quatro anos. Quais foram os desafios ao se instalar aqui? Acho que o grande desafio da loja foi conquistar as pessoas daqui, pois, apesar de amar o bairro e estar mais aqui do que em qualquer outro lugar, não sou moradora. Receber tantos feedbacks positivos nesse contexto é mais difícil. Hoje tenho dezenas de arquitetos que compram na loja e sou vicepresidente do Polo (associação comercial sem fins lucrativos que visa fomentar negócios nos segmentos de arquitetura, engenharia, construção e decoração). Com esse trabalho no setor, conquistamos uma posição importante dentro do círculo. E fico muito satisfeita e grata por isso.
Fachada da nova loja Fibra Alpha Decor de Alphaville, que fica na alameda Araguaia, 272
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Vero
Experiências
Experiência Vero 2015 No mês de aniversário da Vero, nossos leitores relatam experiências bacanas na região texto Jacyara Azevedo fotos Chico Max
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Experiências
Florense
Ana Paula no seu ambiente favorito: o closet
Os armários da cozinha ganharam o acabamento "high gloss turquesa"
Me apaixonei pelas cores dos móveis “Eu quero cor!”, repetia Ana Paula Boralli Peres, 44 anos, enquanto escolhia os armários da cozinha no portfólio da Florense Alphaville. Assim que viu o acabamento “high gloss turquesa”, encontrou o que queria. “A equipe de arquitetas desenhou todo o projeto. Ficou lindo, não é?”, sorri a diretora da assessoria de comunicação Comunicale. Além dos móveis da cozinha de sua casa nova, Ana Paula também contratou a empresa para fazer o espaço gourmet, o escritório, quatro quartos e todos os banheiros, sete no total. “Quando você constrói, descobre fornecedores que nunca mais quer ver na frente e aqueles com quem terá um
casamento eterno, caso da Florense para mim! Se um dia eu reformar ou fizer qualquer outra coisa, não abro mão da qualidade do produto, do atendimento, da assistência técnica e de todas as garantias que a empresa me deu”, diz. Mesmo depois da escolha pelo serviço, Ana Paula afirma que se surpreendeu. “O comprometimento da Cristina (proprietária da Florense Alphaville) é tão grande que a entrega aconteceu antes do prazo combinado”, conta.
BEM ACABADO O espaço gourmet da casa, o predileto do marido de Ana Paula, recebeu acabamento “discovery”, que lembra a textura do aço corten. “Meu ambiente, sem dúvida, é o closet”, brinca a empresária, mostrando o laminado “stone preto”. Ela destaca três motivos para escolher a Florense: “Material de primeira linha, ótimo relacionamento e boa negociação”. Espaço gourmet: o preferido do maridão
Florense Al. Rio Negro, 1.030 florense.com.br (11) 4191-6885 2015 | julho | local vero | 11B
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Experiências
Iguatemi
Quando avisto o shopping da Castello, já me sinto em casa Toda mulher precisa de um carinho, de um pretinho básico no armário e, claro, de uma tarde inteira no shopping com as amigas. Pois o Iguatemi Alphaville serviu como ponto de encontro para Andrea Mazzaferro, 46 anos, Juliana Bortolozzo, 40, e Maria Rita Lobato, 32, colocarem o papo em dia, cuidarem do visual, comprarem alguns mimos e darem boas risadas no happy hour seguido da sessão de cinema. As três, todas mães de meninos pequenos, convivem desde os tempos em que eram vizinhas no Edifício Granville. “A gente se vê menos do que gostaria. Estou achando o máximo poder estar aqui sem pressão de tempo
e sozinha com minhas amigas”, comemora Andrea, executiva da Mattel. Maria Rita, frequentadora assídua do endereço, diz que tem o Iguatemi como uma referência. “Como trabalho em São Paulo, quando vejo o shopping da Castello, já sinto que estou em casa”, afirma a gerente de cidadania corporativa da Disney no Brasil. E reforça: “Aqui tem um pacote bem completo de opções que incluem a família inteira”. Juliana, consultora de imagem, destaca o ambiente e a programação. “É um lugar agradável de se estar, não tão grande ou lotado de gente. Tanto eu quanto as crianças adoramos!”, conta.
Iguatemi Alphaville Al. Rio Negro, 111 iguatemi.com.br/alphaville (11) 2078-8000
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Roupa nunca é demais: comprinhas na Spezzato
Projeto verão: matrícula na Bodytech, done!
Sessão beleza no Studio W
Pra encerrar o dia, filminho na Sala VIP do Cinépolis
ENTRE AMIGAS O passeio começou com uma sessão de cabelo, maquiagem e manicure no Studio W. Querendo se encontrar mais, as amigas se matricularam na academia Bodytech e fizeram compras na recém-inaugurada The Body Shop e na Spezzato. As três encerraram o dia em uma conversa animada no Pirajá, seguida de um filme na Sala VIP do Cinépolis. Aromas e cremes na The Body Shop
Um brinde no Pirajá
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Experiências
Faro Diagnósticos
Ricardo Mazon acompanha John Boy e Thor nos exames
Aramis, Thor, John Boy e todos os meus 26 buldogues ganharam uma clínica Salas de coleta de exames, laboratório, ultrassonografia, radiologia e laudos. Não fossem os buldogues ingleses John Boy e Thor do retrato acima, a Faro Diagnósticos poderia passar por um centro de medicina diagnóstica comum. Mas como o nome também entrega, trata-se de um laboratório de análises clínicas para pets recéminaugurado em Alphaville. “Quando precisei, a Faro deu toda a assistência para o Aramis, o primeiro que trouxe aqui”, conta Ricardo Mazon, proprietário do canil Akinjobi Bulldogs, na Granja Viana, falando de um de seus bichos. “A equipe foi superatenciosa, e os
equipamentos são de primeira linha, o que é fundamental para não tomar uma decisão errada no tratamento do animal”, elogia. Ricardo, ou melhor, seus 26 cachorros da raça buldogue inglês já têm endereço certo para fazer todos os exames. “É difícil encontrar uma clínica de grande porte que dê segurança nos laudos. Isso faz muita diferença”, explica o criador. Faro Diagnósticos Veterinários Al. Dali, 82, Centro Comercial Burle Marx farodiagnosticos.com.br (11) 4153-7171
bom de faro A Faro Diagnósticos tem equipamentos com alta definição de imagem, análises laboratoriais e médicos veterinários pós-graduados especializados em exames de ultrassonografia com doppler, radiologia digital, ecodopplercardiograma, eletrocardiograma, pressão arterial e análises clínicas. Tudo para garantir resultados precisos e dar o suporte necessário aos médicos veterinários. “Virei cliente fiel”, afirma Ricardo, dono de John Boy, de 3 anos, e Thor, de 11 meses, entre outros cachorros da raça buldogue inglês.
equipamentos com alta definição de imagem SÃO um dos diferenciais da clínica
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Experiências
módena
SUPRAsSUMO “O prédio tem um conceito bem legal de design. Quando visitamos o decorado, nos deu aquela ‘pilhada’”, comenta Marthan. O Glass tem apartamentos de 63 a 67 m², com três opções de plantas – o decorado é assinado pela arquiteta Camila Klein. A área de lazer, com mais de 1.100 m², inclui piscinas, salão de festas, espaço gourmet, brinquedoteca, cinema, quadra e espaços pet, office, fitness e mulher. “A gente não encontraria um empreendimento com o mesmo custobenefício em São Paulo”, celebra Adriana.
Ambientes decorados do Glass
Nem pensávamos em casar... até encontrarmos o apartamento perfeito
Adriana e Marthan ao lado da maquete do futuro apê
Glass Design Alphaville Al. Ômega, 310, Melville glassalphaville.com.br (11) 4134-3333
“Por mim, já casava hoje!”, provoca Adriana Zaiats, 27 anos. “Em princípio, a ideia é morar juntos...”, sorri de volta Marthan Preletti, 26. O casal de namorados recémadquiriu um apartamento no empreendimento Glass Design Alphaville, da Módena Desenvolvimento Imobiliário. Aconteceu assim: um dia, passando pela Castello (ela mora em Alphaville com a família há sete anos), eles viram o outdoor do projeto e, num outro, se depararam com o estande de vendas no Iguatemi Alphaville. “Entramos e saímos umas três vezes”,
conta a estilista aos risos. Nunca tinham pensado em mudar o status da relação. “Uma corretora sensacional nos atendeu, sem nenhuma pressão ou aquele papinho furado. Me senti à vontade para negociar”, lembra o visual merchandiser. Uma semana depois, ligou para a namorada: “Amor, estava fazendo umas contas e...”. Contrato assinado. A entrega está prometida para novembro de 2017, quando completam sete anos de namoro, mas os dois já adquiriram o hábito de dar sempre uma passadinha em frente ao terreno, para sonhar e planejar.
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Experiências
CNL
FÁCIL E TRANQUILO Para Alexandre, a infraestrutura do Cauaxi oferece tudo de que uma empresa necessita. “Levei em conta o fato de haver poucas e amplas salas por andar, o que aumenta a sensação de tranquilidade”, diz. O prédio também dispõe de estacionamento com 12 vagas por andar e sala de eventos.
Meu escritório está no centro de Alphaville, mas em uma rua tranquila
edifício cauaxi fica na calma aVENIDA de mesmo nome
Quem chega ao 11º andar do edifício Cauaxi Empresarial Alphaville não percebe, mas duas empresas instaladas ali pertencem à mesma família. “Minha mãe fica logo em frente, ou seja, ocupamos o andar inteiro”, diverte-se o empresário Alexandre Cardoso, de 44 anos, proprietário da loteadora Apoena Imóveis. “Gostei tanto que a trouxe de São Paulo comigo”, conta ele, vizinho de porta da imobiliária Alves Cardoso Imóveis – da sua mãe. No prédio há exatamente um ano, o morador de Aldeia da Serra destaca a localização como um dos aspectos para ter escolhido a nova sede de sua empresa.
“Estamos na região central de Alphaville, mas em uma rua muito tranquila”, explica o especialista do mercado imobiliário, que pesquisou durante seis meses até optar pelo Cauaxi. “Encontrei um prédio corporativo com infraestrutura completa”, afirma. E argumenta: “O escritório da CNL Empreendimentos Imobiliários, incorporadora do prédio, também está aqui. Isso me diz muito”. Cauaxi Empresarial Alphaville Av. Cauaxi, 350 cnl.com.br (11) 4191-3560 2015 | julho | local vero | 17B
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Experiências
Escola Morumbi
Esportes na quadra: parte preferida de Lucas
Magali com seus filhos Lucas e Ana Catarina - o mais velho, Rafael, se formou na escola ano passado
PACOTE COMPLETO Com mais de 40 anos de tradição, a Escola Morumbi atende alunos do berçário ao ensino médio. O plano pedagógico estimula o hábito de estudar e a participação dos pais no processo de educação. A unidade Tamboré tem salas de artes e de música, laboratórios, biblioteca, piscina climatizada, pátios recreativos e quadras poliesportivas.
A escola dos meus filhos é uma extensão da minha casa Fachada da Escola Morumbi
Que mãe não gostaria de ter, na escola de seus filhos, uma extensão de sua própria casa? Sortuda, Magali Pereira Rodrigues, 45 anos, tem. “A ética e os valores da Escola Morumbi são os mesmos da minha casa. As regras são claras, mas não é aquela disciplina sem argumentos. A escola é tradicional em relação ao horário, à lição de casa e ao uniforme, mas consegue renovar a educação preservando sua base”, diz. Mãe de três, ela escolheu o colégio para todos. O mais velho, Rafael, de 17, foi o primeiro a entrar (ele concluiu o ensino médio no fim do ano passado). Magali gostou tanto da experiência que logo levou Lucas, 14, e Ana Catarina, 12 – ambos
no ensino fundamental. “As crianças são acompanhadas individualmente pela coordenadoria e estimuladas a superar os próprios limites”, elogia. E completa: “Além disso, existe uma troca constante com os pais, o que é ótimo para quem valoriza a parceria entre a escola e a família, como meu marido e eu”. E não para por aí: entre as atividades extracurriculares, há balé, jazz, sapateado, judô, natação e futsal, a preferida de Lucas. “Gosto da parte de esportes”, conta ele. Xadrez, robótica, teatro, entre outras, também são oferecidos. Escola Morumbi Al. América, 710 escolamorumbi.com.br (11) 2666-2888
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Objetivo-Unip
Do colégio, trago amigos; da faculdade, a profissão Dos tempos de colégio no Objetivo Alphaville, Jose Vitor Dal Medico, 30 anos, preserva os amigos e o apreço pela proposta pedagógica. “O conteúdo e os professores fazem o aluno se esforçar”, diz ele, que não imaginava, nos idos de 1996, estar no início de um longo relacionamento com o grupo de ensino. Aos 17 anos, Jose Vitor foi aprovado no vestibular de odontologia da Unip, bastante reconhecida nessa área. “É uma das melhores e tem a parte prática muito forte. A clínica tem todos os equipamentos e os materiais de última geração, fundamentais na minha profissão, além de agenda lotada de pacientes”, explica o especialista em implantodontia e estética. Durante os quatro anos de curso integral, que concluiu em 2007, Jose Vitor ainda encontrava brechas para acompanhar o pai, o especialista em estética odontológica Paulo Antonio Dal Medico, 64, um dos primeiros a abrir consultório aqui na região. Desde então, essa parceria também se mantém.
Objetivo – Unip Av. Yojiro Takaoka, 3.500 objetivo.br e unip.br (11) 4152-8812/8888
PARA TODOS OS GOSTOS Como ex-aluno do Colégio Objetivo, o implantodontista Jose Vitor Dal Medico obteve desconto para cursar odontologia na Universidade Paulista, que oferece cursos de graduação tradicionais e tecnológicos (presenciais e a distância), além de pós-graduação.
josé vitor abriu seu consultório Depois da dobradinha objetivo-unip
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Experiências
Clube morena Rosa
PRA TODOS OS ESTILOS Morena Rosa, mais sensual, Maria Valentina, sofisticada, Zinco, descolada, e Lebôh, fresh fashion – em uma tradução livre, pautada nas tendências da estação, são as marcas do clube. “Cada vez que eu venho aqui, acabo descobrindo algo diferente. Recomendo bastante”, elogia a blogueira Cristine.
Clube Morena Rosa reúne estilos diferentes
Aqui encontro tudo, do look para festa de criança ao para um jantar romântico Para a idealizadora do blog “Mulheres em Alpha”, Cristine Lemos, 35 anos, saber das novidades da região é imprescindível. Ela dá dicas de roupa, cabelo, make, entre outros temas, e ocupa parte de seu tempo garimpando as novidades do bairro. Por isso, a recém-inaugurada Clube Morena Rosa, no Shopping Tamboré, encheu os olhos da blogueira. “Já voltei algumas vezes depois da abertura. Adorei descobrir que o clube reúne quatro marcas diferentes, cada uma com um estilo”, conta. Além da própria Morena Rosa, lá estão Maria Valentina, Zinco e Lebôh. “Assim é possível encontrar o que preciso para cada compromisso, da festinha de criança ao jantar romântico
A blogueira Cristine provando os looks
com o meu marido”, diz. E não é só Cristine que se sente em casa na loja; enquanto ela provava os looks, a filha mais velha, Caroline, de 7 anos, não parava de clicar: “Carol tira várias das fotos que posto no Instagram”, derrete-se a blogueira, que também é mãe da pequena Isabele, de 4. “As duas nasceram minhas filhas (risos). Mas tento segurar a vontade delas de se produzirem, não quero que pulem a infância”, relata. Clube Morena Rosa Shopping Tamboré (ala nova) Al. Piracema, 669 morenarosa.com.br (11) 4195-6332
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Experiências
Mackenzie
No Mackenzie, antes de prestar vestibular, pude me sentir meio médico
Pode ser aluno, segurança, funcionário da biblioteca ou da secretaria do Mackenzie, não importa. Quem passa perto de Lucas Alexandre de Oliveira Elias Reis, de 17 anos, repete o ritual: olha em direção ao garoto, sorri e o cumprimenta pelo primeiro nome. Lucas retribui sempre. Na escola desde os seis anos de idade (ele mal considera uma pausa de um ano e meio, quando a família, carioca, voltou para o Rio de Janeiro), o aluno do terceiro ano do ensino médio sabe que vai sentir falta do colégio. “Sou mackenzista ferrenho, do tipo que chega às sete da manhã e só sai às seis da tarde”, conta ele, que se prepara para o vestibular de medicina. “Além do ambiente, dos professores, que são muito bons, e das atividades complementares, vou levar para o resto da vida a bagagem pessoal. Participei de trabalhos voluntários, fóruns, grupos de estudo. Antes de ser médico, já tive a oportunidade de dissecar coração, pulmão e cabeça de porco”, elogia.
Laboratório de pesquisas
médico ou vendedor de geleia Das atividades complementares, o Grupos de Estudos Avançados (GEA) é a que Lucas mais gosta. “Participo de todos que são gratuitos. No grupo de biologia, aprendi a fazer geleia e amaciante; se não passar na faculdade este ano, posso vender geleia na rua”, brinca. O Mackenzie também oferece Grupo de Apoio Pedagógico (GAP), Grupo de Estudos para Olimpíadas (GEO), Mack Esporte, entre outros.
Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré Av. Mackenzie, 905 colegio.mackenzie.br/tambore (11) 3555-2139 22B | local vero | julho | 2015
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Experiências
Unifieo
O professor Angelo Melli em frente à obra de Gilberto Salvador
A aluna Janaina Mandra ao lado da escultura de Odetto Guersoni
Meus amigos formados aqui ocupam posições muito bacanas Aluna do segundo semestre de psicopedagogia, Janaina Mandra Garcia, 24 anos, passou por outras duas faculdades até encontrar o que queria: “A Fieo tem 48 anos de experiência e cursos premiados. Tenho amigos formados aqui que ocupam posições muito bacanas no mercado de trabalho”, afirma. E comemora: “A grade curricular e a infraestrutura são maravilhosas. As aulas são muito boas, os professores já estão na área há muito tempo e falam com autoridade. Estou supersatisfeita”. Mas não é só isso que atraiu a jovem. Quem, como ela, tem a chance de circular todos os dias pelo corredor de quase um quilômetro de extensão que interliga o campus principal do Centro Universitário FIEO também pode examinar, bem de perto, trabalhos de Alfredo Volpi, Odetto Guersoni, Maria Bonomi e Caciporé Torres. É uma sequência imperdível de quadros e esculturas, parte do acervo com mais de 2.000 obras de arte da instituição de ensino. “Queremos incentivar a criatividade dos profissionais que se formarão
A capela dO Unifieo recebeu trabalho do artista plástico Claudio Tozzi
MEGAESTRUTURA
Carrinho para percorrer 1 km de corredor da faculdade, cujo projeto é de Hector Vigliecca e Bruno Padovani
aqui”, diz o coordenador do recém-lançado curso de arquitetura, Angelo Melli. “Temos tradição no Direito, na Administração e em diversos ramos. Arquitetura e Urbanismo, uma paixão dos dirigentes, chega com a visão de capacitar para questões como a melhoria da qualidade das cidades, o meio ambiente e a acessibilidade”, conta ele.
Com 48 anos de trajetória e 6.000 alunos, o Unifieo oferece 32 cursos de graduação, entre eles, engenharia civil e arquitetura, novidades na grade, com inscrições abertas para a primeira turma – com início em agosto. O centro universitário abriga três clínicas (fisioterapia, psicopedagogia e estética) que prestam atendimento à comunidade, dois anfiteatros, biblioteca, laboratórios superequipados e um acervo com mais de 2.000 obras de arte. UniFieo Av. Franz Voegeli, 300 – Osasco unifieo.br (11) 3651-9999
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Piquenique
Atitude Alphaville
happy sundays
Música ao vivo, contação de histórias e atrações juninas foram algumas das novidades dos Piqueniques Atitude Alphaville, que aconteceram nos dias 14 e 28 de junho, na Praça Oiapoque, em Alphaville
Comece o domingo degustando frutas e um bolinho de cenoura sentado sobre uma toalha de piquenique debaixo da sombra de uma árvore. Ao fundo, uma música ao vivo gostosa. Pausa só para a contação de histórias, a aula de zumba ou uma pipoquinha de carrinho, uma maçã do amor ou um sorvetinho. Assim são os piqueniques da Campanha Atitude Alphaville, na praça Oiapoque. Em junho, o evento aconteceu em dose dupla: nos dias 14 e 28. Confira as fotos!
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O próximo encontro acontece no dia 12/07! Em caso de chuva no sábado ou no domingo, o piquenique será automaticamente cancelado.
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COPATROCÍNIO
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1. O Piquenique do dia 28 foi temático: festa junina 2. Paletas da Gelateria Parmalat adoçaram o domingo 3. Os pequenos adoraram as pelúcias do Angry Birds levadas pelo Shopping Tamboré 4. Contadores de Histórias da Prosa dos Ventos ganharam a atenção dos participantes 5. A banda Live Company animou o piquenique 6. Quem não adora maçã do amor? Essas foram levadas pela CNL 7. Os pequenos foram vestidos a caráter. Muito fofo! 8. O Pão de Açúcar Residencial levou muitas frutas e comidinhas gostosas
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APOIO
realização
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Gente
Eventos da região
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2 Inauguração da Rosa Chá no Iguatemi Alphaville 1. Carol Landucci 2. Carol Sevilhano e Maria Alice Galiano Lançamento do Decora!Alpha no Design da Vila 3. Carolina Bernardi 4. Carla Torres e Amanda Forlin Inauguração da Clínica de Estética Valéria Marcondes 5. Mayra Lima e Valéria Marcondes
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Lançamento dos vinhos de marca própria do Outback 6. João Justino e Gustavo Bauzá Inauguração da nova Central de vendas da MPD 7. Luciana Moraes Rodrigues e Elbio Fernández Mera 8. Mauro Santi, Debora Bertini, Fabio Penteado e Milton Meyer 6 8
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Stand do CCA na 24ª ABF Franchising Expo 9. Letícia Baroni, Gisele Ferreira, Eduardo Pereira, Ricardo Moreira, Bruno Coimbra e Sérgio Zeraib
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Inauguração da Faro Diagnósticos, em Alphaville 1. Felipe Dupre, Isabella Bandini, Andrezza Araujo Dupre e Rafaela Bandini
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Assembleia de entrega do Complexo Madeira 2. Paula Mc Darby e Federico Zanoli 5
Inauguração do Mambo Express 3. Rafael Garrone de Carvalho, Lucas Nassar, Leandro Storto e André Nassar
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5a Festa de Premiação do Clube Alpha Decor 4. Melissa Corbett e Daniela Gauch 5. Leonice Alves Aula especial no The Pilates Studio 6. Gilmara Ortiz, Cláudio Vidigal, Vanda Magalhães e Camila Leme
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Gregory Fashion Day em Alphaville 7. Equipe da Gregory 8. Chia Lin Conexão Empresarial no Senai Barueri 9. Ricardo Cancela e Lurdinha Capobianco 10. Sidnei Brandão 8
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Orgânico
Palestras
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1. Julio Lamas, que falou sobre cidades sustentáveis no dia 15/06 2. Maria Gloria Battista 3. Nicole Riva e Tatiana Doro 4. Alexandre de Carvalho 5. e 6. Bob Wollheim abordou o empreendedorismo no dia 16/06 7. Andrea Natal 8. Bruno Maioli e Cassiano Facchinetti 9. Adriano Emiliozzi e Écio Paes Leme falaram sobre inovação nas empresas no dia 17/06 10. André Freire, coach e consultor, deu palestra no dia 18/06
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o que rolou no orgânico em junho
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Adriano Emiliozzi e Écio Paes Leme, André Freire, Bob Wollheim e Julio Lamas agitaram a agenda de palestras do espaço de coworking 30B | local vero | julho | 2015
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Agenda de julho e agosto
Orgânico
evento sobre gestão de pequenas empresas no orgânico Especialista na administração de empresas de pequeno porte, Laerte Oliveira ministra palestra no dia 16 de julho. Confira também a programação holística do espaço
Desde 1992, Laerte Oliveira estuda e se especializa em gestão de empresas de pequeno porte. Desenvolveu a metodologia “Pensamento da Gestão Eficaz” para auxiliar os empresários na análise e gestão de seus negócios. Trabalhou por cinco anos como consultor nas entidades do terceiro setor de Barueri, por meio da Secretaria da Ação Social. Na palestra, ele fala como administrar uma empresa de forma saudável e transparente, mesmo nos momentos difíceis. 16/07, às 20h – R$ 40 (antecipado) R$ 50 (na hora)
fotos divulgação
como prosperar na crise
julho/agosto
confira outros eventos no orgânico
meditação transcendental
Renoe Valério e Elisa de Lima dão palestra sobre uma das técnicas de meditação mais praticadas e eficazes de hoje: a meditação transcendental. Certificados para o ensino da técnica pela Maharishi European Research University, eles são diretores da Sociedade Internacional de Meditação. 15/07, às 20h30 – Grátis
o tantra na relação
O instrutor de Tantra Ronald Fuchs apresenta a técnica, que vai muito além do sexo. Ele formou-se na Source School of Tantra, no Havaí, e tem 33 anos de experiência dirigindo cursos e seminários. 01 e 02/08, das 9h30 às 19h30 Informações: (11) 98601-8661 cursos@tantrasagrado.com
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cidades sustentáveis
A Campanha Atitude Alphaville traz para o bairro a palestra Cidades Sustentáveis, Cidades Inteligentes: Possibilidades em Alphaville, Tamboré e Região, ministrada pelo arquiteto e urbanista especialista em desenvolvimento sustentável Carlos Leite. 10/08, às 20h – Grátis
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Os melhores serviços, compras e promoções da região
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Coluna dos
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Todo mês, a VERO apresenta as melhores promoções de Alphaville e região. Aproveite! E se tiver uma dica para esta seção, mande para a gente. Camicado A rede de lojas promove uma megaliquidação até o dia 21 de julho. São mais de 2.500 itens disponíveis com descontos de até 40%, entre copos, taças, faqueiros e talheres, porcelanas, panelas, artigos de cama, mesa e banho, objetos de decoração, eletroportáteis, além de inúmeros utensílios para mesa. O aparelho de fondue Trint, por exemplo, está de R$ 79,90 por R$ 49,90. A liquidação é válida em todas as lojas da rede pelo Brasil e também pelo site. camicado.com.br
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Coluna dos
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Herchcovitch; Alexandre Tanto a loja física, no Jardim Paulista, como o e-commerce estão em liquidação com peças com até 60% de desconto. Entre as opções, estão itens clássicos do armário feminino como vestidos, tops e calças, além de peças masculinas, como t-shirts e polos estampadas. Até o dia 1º de agosto, quando a promoção se encerra, há chance de comprar, inclusive, um look de passarela. O valor da compra pode ser parcelado em até cinco vezes em todos os cartões de crédito, de acordo com o valor total da compra. Não aceita cheques. herchcovitch.uol. com.br Hector Albertazzi Até o dia 4 de agosto, a loja está em liquidação. Entre as peças com descontos, estão o brinco Metropolitan (de R$ 864 por R$ 692), o anel Pati (de R$ 645 por R$ 516) e o colar Omega (de R$ 1.068 por R$ 855). hectoralbertazzi. com.br
Artistas, designers, diretores de arte, profissionais ou estudantes:
Que tal criar o logo que tem a cara de Alphaville e ainda ser premiado por isso? Para participar, solicite o regulamento: atitude@vero.com.br (11) 4195-9666
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La Pasta Gialla Para enfrentar a estação mais fria do ano, o restaurante incluiu a lasanha em seu cardápio e preparou uma promoção especial com a novidade. O prato rende duas porções e é acompanhado por uma garrafa de vinho. Uma das opções é a Lasagna de Legumes com queijo brie gratinado, que harmoniza com o Lenda Branco – sai por R$ 176. A promoção vai até o dia 23 de setembro. lapastagialla.com.br MMartan Durante todo o mês de julho, a loja conta com produtos em promoção, como o edredom queen estampado de microfibra (de R$ 371,40 por R$ 269,40), a colcha queen mafetada classics shiny (de R$ 491,40 por R$ 299,40) e o jogo de lençol queen romântico shiny (R$ de 371,40 por R$ 239,40). mmartan.com.br
Tem uma promoção para indicar? Envie sua sugestão para reportagem@ vero.com.br 2015 | julho | promo vero | 15C
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Desenvolvedora de softwares e moradora de Alphaville, Camila Borghesan Vieira, 32 anos, faz pelo menos uma grande viagem por ano. Orlando, Cancun, Londres, Berlim, Bruxelas, Amsterdã, Barcelona e Chile são alguns dos lugares visitados por ela, que até criou um blog para contar suas aventuras pelo mundo
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Pé na estrada!
todo bom viajante tem dicas valiosas e muito úteis para aproveitar ainda mais o passeio. confira o que a leitora da vero camila vieira sugeriu para a gente!
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