Revista VERO | Out/2015

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ano 16 • edição 190 • outubro 2015

16 o valor de ser positivo

“ficar velho é uma chatice” Prestes a completar 70 anos, Mario Prata mantém o bom humor de um cronista voraz. Seu novo livro traz 22 entrevistas imaginárias com gente notória (e morta) como Padre Anchieta, Maria Antonieta e Dom Casmurro pág. 22A

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Atitude Alphaville

2015

Com diversão e conteúdo, nosso objetivo é deixar a região cada vez melhor para viver VR190_Duplas_Neurônio.indd 4

Principais ações

• Piquenique na praça • Palestras sobre cidades • Prêmio Atitude Alphaville • Pintura do letreiro • Concurso Logotipo Alphaville • Reportagens e muito mais

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Mostre que você é parte integrante desta comunidade. Participe das ações. Seja um embaixador. atitudealphaville.com.br

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copatrocínio e apoio

realização

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editorial

Mês de histórias alguns temas são inevitáveis e difíceis de comentar. Por isso, é superlegal quando encontramos alguém capaz de abordar assuntos difíceis com leveza e alegria. Assim é o escritor e contador de histórias Mario Prata, capa desta edição. Num bate-papo surpreendente com a VERO, que você confere na página 22A, ele nos contou sobre como é chato envelhecer, falou sobre solidão e relatou suas manias. Tudo com o bom humor típico de suas crônicas. Também deu uma palhinha do seu mais novo livro, que traz entrevistas com gente morta – e famosa – como Maria Antonieta e Dom Casmurro. Inspirador e divertido! E já que estamos falando de histórias, tem mais algumas, nas próximas páginas, que animaram a redação durante o mês: uma casal que viaja o mundo fazendo o bem (pág. 34A), um artista urbano que decidiu dar oficinas de arte no devastado Haiti (pág. 40A), um grupo que organiza as ações

VERO DIRETOR-GERAL Marcos Lage Gozzi • marcos@vero.com.br

voluntárias da comunidade em forma de mapa (pág. 12A) e, para encerrar, um "exemplo" do nosso bairro, o "Cláudio, do pastel" – se você nunca comeu um pastel da barraca dele, não sabe o que está perdendo. Com muita simpatia, ele contou sua trajetória para a gente – e como o seu quitute virou um sucesso por aqui (pág. 32B). Também preparamos dois especiais nesta edição: um levantamento completo sobre educação, com colégios, universidades e escolas de idioma da região (pág. 14B), e outro com números quentinhos do mercado imobiliário – além de opções de apartamentos, salas comerciais e loteamentos (pág. 2C). E como estamos no mês das crianças, claro, elas não podiam faltar. Na página 8C, você confere sugestões de presentes para todas as idades! Thais Sant'Ana

Entenda os 3 cadernos: caderno A : neurônio VERo

Entrevistas exclusivas e matérias relacionadas a temas relevantes como ética, comportamento, empreendedorismo e urbanidades, além de colunistas de peso

DIRETORA EXECUTIVA Roberta Furlan • robertafurlan@vero.com.br EDITORA-CHEFE Thais Sant'Ana • thais@vero.com.br REPORTAGEM Gabriela Ribeiro • reportagem@vero.com.br DESIGN Janaína Diniz (direção) e Cindia Ferragoni (designer) COLABORADOR ESPECIAL Chico Max • chicomax@vero.com.br colunistas Bob Wollheim, Carlos Júlio, Flávio Gikovate, Julio Lamas, Luis Felipe Pondé, Mário Sérgio Cortella e Xico Sá COLABORADORA DE TEXTO Camila do Bem, Leonardo Valle e Rodrigo Cardoso FOTOGRAFIA Rodrigo Sacramento, Rogério Alonso, Thiago Henrique FOTO DA CAPA Chico Max REVISÃO 3GB Consulting PRODUÇÃO GRÁFICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Maria Lima Esteves, Marília Genari e Pupi Serra ATITUDE ALPHAVILLE Janine Klein (coordenadora) e Isabella Magalhães (estagiária) FINANCEIRO – SAFE Back Office Andrea Rodrigues (gerente), André Bucater (atendimento), Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) e Gleice Silva (estagiária)

EDITORA LAGE

cidades | Atitude comportamento | persona ética empreendedorismo

caderno B: local vero

Aqui você poderá ficar por dentro de assuntos que têm impacto direto na região e ver dicas do que há de melhor na programação do mês

caderno C: promo vero

Um guia de consumo, serviços, saúde e promoções

OrgâniCo Working Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72, Alphaville, Barueri/SP (11) 4195-9666 vero.com.br CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Log & Print 20 mil exemplares

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Sumário

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outubro 2015

22

Casal viaja pelo mundo fazendo mochilão social Contador de histórias nato, Mario Prata relata como é envelhecer com bom humor

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Arranjo criativo organiza ações voluntárias da comunidade e contribui para deixar o bairro melhor

42

Jovens empreendedores criam streaming de quadrinhos

12Cidades | 16Novos Talentos | 18Julio Lamas | 20Comportamento | 22Capa: Mario Prata 30Gikovate | 32Xico Sá | 34Ética | 36Cortella | 38Pondé | 40Perfil Social | 42Empreendedorismo 44Aniversário do OrgâniCo Working | 46Bob Wollheim | 48Carlos Júlio | 50Agenda OrgâniCo

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atitude

#cidades #negócios #comunidade

Arranjo criativo organiza bairro em mapa e facilita a vida dos moradores e os negócios da região

Arranjo criativo mapeia estabelecimentos e ações da comunidade, o que torna o bairro mais gostoso para viver e, ainda, gera negócios Conexões criativas entre empresas, moradores, comerciantes e entidades não governamentais que geram ativações culturais, áreas de convivência e, claro, geração de renda. Que bairro nunca sonhou em ser assim? A Vila Madalena já é. Ou pelo menos está no rumo certo. E não deve isso “apenas” à sua vocação natural. O projeto Arranjo Criativo Local, que faz parte do Laboratório da Cidade (de Andre Deak e Felipe Lavignatti), é um dos grandes responsáveis por organizar essa aptidão. Eles criaram um mapa virtual totalmente colaborativo no qual é possível incluir e acessar atividades e endereços de locais da região. Com isso, fica mais fácil programar e participar de ações voluntárias da comunidade – como plantar flores pela região e colorir escadarias –, além de encontrar lugares para comer, beber, se divertir e fazer compras, ou seja, isso garante também visibilidade para os estabelecimentos da região e geração de negócios. Confira! Como é feito o mapeamento? 
 O mapa está disponível no site criativoslocais.com.br e destaca os locais do bairro, por categorias: arte, bem-estar, colaborativo, comes e bebes, comunicação, dança e música, educação, hostel e loja. O mais legal é que ele é colaborativo, e qualquer

pessoa pode entrar lá e contribuir, para registrar um comércio ou algum espaço bacana de intervenção artística, por exemplo. Na sua opinião, quais os benefícios desse tipo de iniciativa?

É importante porque tudo que a Vila Madalena oferece ganha destaque. Temos intervenções artísticas como o Beco do Batman, escola de samba, bares para todos os gostos e até opções de hospedagem no bairro, com os hostels da região. Com essa divulgação, todos ganham. Além disso, o trabalho colaborativo faz com que haja um movimento em prol de melhorias para a região. A rede é aberta a qualquer iniciativa ou pessoa interessada em participar. Buscamos empresas parceiras e colaboradores que ajudem o projeto a crescer e se manter sustentável. Há planos de estender o projeto para outros bairros? 
 Sim, a ideia é expandir para outros bairros e até outras cidades. Mas esse trabalho não pode ser apenas nosso. Escolhemos a Vila Madalena porque é a região onde estamos e que conhecemos bem, mas, para ampliar o projeto para outros bairros, é importante que haja pelo menos um parceiro e que seja feita uma pesquisa local. É importante que moradores e frequentadores da região participem, porque eles conhecem o local muito bem.

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MAPA da mina

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MENOS PRISÕES, MAIS CRESCIMENTO ECONÔMICO

Seguindo o exemplo da Suécia, que fechou quatro prisões por falta de criminosos, a Holanda fechou 19. Para tanto, além da diminuição de crimes, o país implementou um monitoramento eletrônico para infrações mais leves. O objetivo é fazer com que o criminoso pague sua pena em liberdade, mantendo-se, assim, economicamente ativo – e colaborando para o crescimento do país. A medida, claro, traz grande resultado para o bolso do governo, que economiza cerca de R$ 200 mil por ano para cada presidiário a menos. Vale lembrar que, por lá, a proporção é de 163 presidiários para cada 100 mil cidadãos. Por aqui, a taxa é de 299,7 por 100 mil.

LIXEIRAS COMO PONTOS DE INTERNET WI-FI

Não param de pipocar por aí iniciativas que pretendem levar internet gratuita a toda a população – hoje 10% dela vivem sem nenhum tipo de acesso, e dois terços do planeta contam com um serviço precário e instável. O mais novo empreendimento vem de Nova York e surpreende: tratase de lixeiras públicas que são pontos de Wi-Fi. O projeto BigBelly pretende distribuir essas lixeiras, como teste, em bairros menos favorecidos da cidade. O mais legal é que esse projeto se autopagaria com publicidade nas próprias lixeiras – o que liquidaria a conta e garantiria o acesso gratuito à população. Achou legal a ideia gringa? Pois em São Paulo algumas lixeiras do bairro Jardins também foram parte da mesma iniciativa – que atua globalmente. Elas são movidas a energia solar e avisam quando estão prestes a ficar cheias.

PÁSSAROS NO LUGAR DE RADARES

Não é só a criminalidade que tem diminuído nas cidades europeias. Em Friedrichshafen, na Alemanha, algumas câmeras de trânsito que antes eram usadas para registrar motoristas em alta velocidade foram transformadas em casinhas para pássaros! Tá aí outro bom exemplo para a gente!

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ENERGIA SOLAR

PEDALADA PARA GARANTIR MENOS ESTRESSE Um estudo promovido pela empresa Spire na Inglaterra, ao longo dos últimos 18 anos, garante: quem vai a pé ou de bicicleta para o trabalho é mais feliz, tem melhor qualidade de sono e lida melhor com problemas do que as pessoas que usam automóveis para ir e vir! O estudo constatou ainda que os homens, ao chegarem em casa após o trabalho, estão 50% mais estressados do que as mulheres.

PRA QUEM NÃO DESGRUDA DO CELULAR Parece coisa de desenho animado, mas na China uma faixa de “rolamento” destinada exclusivamente para pedestres que não desgrudam os olhinhos dos smartphones já existe! A cidade de Chongqing inspirou-se em um programa de TV dos Estados Unidos e colocou uma sinalização na calçada dividindo o passeio para pedestres em duas partes: um dos lados é destinado para quem está utilizando o celular enquanto caminha, e o outro, para quem não usa o aparelho. Se essa moda pega...

Que as placas fotovoltaicas são supereficientes para reduzir a conta de energia, muita gente sabe. No entanto, o método ainda é caro e, por isso, pouco acessível. O jovem empreendedor Henrique Drumond teve uma ideia brilhante: por que não levar essa alternativa para as comunidades de baixa renda do Brasil, onde os moradores têm mais dificuldade de pagar a fatura de eletricidade? O projeto-piloto será instalado no Morro Dona Marta, na zona Sul do Rio de Janeiro. A primeira edificação a ser contemplada pela iniciativa é a Creche Mundo Infantil. Localizada no coração da comunidade, ela foi criada há três décadas por um grupo de mulheres que não tinham onde deixar os filhos quando iam trabalhar e, hoje, recebe mais de 60 crianças de 6 meses a 6 anos de idade. A ideia é expandir a iniciativa para todas as casas do Morro Dona Marta e oferecer, ainda, capacitação para que os próprios moradores possam ser funcionários da empresa, que, em seguida, pretende cobrar um percentual sobre o que o consumidor vai economizar na conta de luz, caracterizando assim um negócio social – e bom para todo mundo!

copatrocínio e apoio

Conhece outras iniciativas positivas, na nossa região ou em outras cidades, para deixar a vida das pessoas melhor? Indique para atitude@vero.com.br

Realização

Participe! Leia as matérias e faça parte do movimento por uma região cada vez mais gostosa! Informações: atitudealphaville.com.br

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talentos

#desdepequenininho #natos #desucesso

Eles sabem o que fazem!

Em 2011, aos oito anos, Matheus Morgatto foi levado, pela primeira vez, pelo pai para correr de kart. A identificação entre o garoto e o carrinho foi imediata. Só demorou dois meses para Matheus começar a competir. De lá pra cá, o morador de Alphaville e estudante da Escola Internacional já participou e venceu muitos campeonatos, entre eles, as 500 milhas de Kart, o Super Kart Brasil e o Rok Cup Usa Epcot Challenge. “Matheus tem o apoio total de toda a família. A emoção é muito grande! A mãe fica suando frio em cada largada e rezando para que o melhor aconteça. O pai o acompanha em todos os treinos, fica ansioso e quer entrar na pista a cada corrida”, conta a tia babona, Thais Morgatto. Hoje ele lidera o Campeonato Paulista, que acaba no final de novembro, e se prepara para correr, no dia 17 de outubro, o Rok Cup Finals, na Itália – ele embarca no dia 11, data de seu aniversário de 12 anos. Como presente, o piloto merece mais esse título, não é?

Imagine um garotinho de oito anos de idade publicar um livro e tornarse colunista de um dos principais jornais do Brasil, a Folha de S. Paulo. Para deixar claro: isso não é uma fantasia! O estudante Jibran Corominas Hsieh é autor do livro “Dragões do Mundo”, que conta a história de três dragões de países diferentes, lançado em dezembro do ano passado, mesma época em que a “Folhinha” descobriu o menino prodígio e seu talento para a escrita. No mês passado, Jibran estreou na publicação como colunista na seção “Ideias...”, falando de sua experiência ao passar dois dias em um hotel-fazenda com os colegas da escola e os pais. Para o futuro, ele já pensa em lançar mais um livro. A literatura brasileira comemora.

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Um piloto de kart, um escritor e um “blogueiro” do YouTube. Conheça três jovens talentos com menos de 20 anos de idade

Algumas vezes, o sucesso pode vir de onde menos se imagina. Pedro Afonso Rezende, de 19 anos, morador de Londrina, Paraná, foi jogador profissional de futsal na Itália. Largou o esporte e tornou-se um fenômeno youtuber – tipo um “blogueiro” do YouTube. Em seu canal, o “RezendeEvil”, posta vídeos sobre games, principalmente sobre o "Minecraft", um jogo de construção com blocos. No começo, era só um passatempo, mas no mês passado entrou para o grupo de brasileiros que já alcançaram 1 bilhão de visualizações – só "Galinha Pintadinha", "Porta dos Fundos" e Michel Teló chegaram à marca. Com os anúncios do YouTube em seus vídeos, ele conseguiu faturar R$ 1 milhão em um ano. Pedro chegou a postar seis vídeos por dia. Agora, com esse sucesso, a meta é diminuir para três publicações.

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ser urbano

#riosurbanos #despoluição #soluções

Os escoceses que querem resolver a crise hídrica de São Paulo A represa Billings, no extremo sul da capital paulista, tem cerca 800 quilômetros de margens e capacidade de armazenamento dez vezes maior que o 1,46 trilhão de litros do sistema Cantareira. Embora a Sabesp utilize parte disso para o abastecimento – por volta de 7,4 metros cúbicos por segundo em dois pontos distantes da periferia que a cerca –, ela está muito aquém do seu potencial. Considerada a "caixa d´água" que salvaria São Paulo da atual crise hídrica, planos de aumentar seu uso ainda em 2015 acabaram sendo abandonados pelo governador Geraldo Alckmin por conta dos altos custos para tratar em curto prazo suas águas extremamente poluídas. Não é para menos. Um dos fatores complicantes é o esgoto não tratado do 1,5 milhão de moradores que ocupam suas margens. Outro é o Rio Pinheiros, que tem parte de suas águas bombeadas para lá de forma que se evitem enchentes. Nos parâmetros de qualidade do Conselho Nacional de Meio Ambiente, o Pinheiros é considerado um rio de classe 4, ou seja, altamente poluído. Segundo a Associação Águas Claras do Rio Pinheiros, 40% do esgoto gerado nas suas proximidades são despejados em sua bacia, que se estende por 25 quilômetros dentro da metrópole. “Com o tempo, estações de tratamento convencionais que custam milhões apenas conseguem manter os níveis de poluição estacionários, como no caso da Billings e da Guarapiranga, em São Paulo. Reintroduzir a lógica da natureza, porém, custa menos e é mais efetivo. Estamos tentando propor isso para as autoridades brasileiras”, afirma

o designer ecológico Galen Fulford. De acordo com Galen, os resultados da limpeza feita pelas ilhas artificiais, construídas a partir de aço inoxidável e plásticos reciclados inertes, começam a aparecer em no máximo uma semana, e a vida útil de cada estrutura verde flutuante pode durar de 20 a 50 anos. “E isso independente do nível de água. O custo final depende do tamanho da ilha, que pode variar entre 2.000 e 20 mil dólares. A vantagem é que o sistema é modular e pode ser usado como uma ilha que flutua ou pode ser construído fixamente também em áreas onde há descarga de água poluída, como uma central de tratamento, mas por metade do valor de uma. No longo prazo, isso diminui o preço também quando o objetivo é melhorar a qualidade da água para processos de reúso no abastecimento humano", conta. Atualmente, a Biomatrix tem trabalhado com ilhas em formatos hexagonais ou octogonais, pois, segundo Galen, elas permitem que mais módulos sejam adicionados conforme a necessidade do sistema. “O formato de colmeia é resiliente contra ventos fortes e tempestades”, diz. A primeira coisa que some com a tecnologia verde desenvolvida pela Biomatrix é o cheiro incômodo de água poluída, comum nos centros urbanos. A redução de amônio na água com o uso da tecnologia é de mais de 47%, e a de coliformes fecais, de até 52% em alguns casos. Com o tempo, pequenos peixes criam hábitat sob as ilhas artificiais, que podem servir como viveiros para aves selvagens e

outras espécies de plantas. “Qualquer espécie local pode ser usada nas ilhas, como alopécias, bandeiras espanholas e alpínias. A proposta também é que cada ilha se torne uma atração e resgate, pela beleza, a interação das pessoas com a água nos lugares onde vivem”, conta Galen, que tem projetos em canais e córregos de cidades na Inglaterra, EUA, Austrália, Índia, China e Bolívia, entre outros. Um dos casos mais bem-sucedidos é o do Canal Paco, na cidade de Manila, capital das Filipinas. Premiada pela American Society of Landscape Architects (ASLA) e reconhecida na lista das “100 empresas mais inovadoras na área de sustentabilidade” em 2014 pelo renomado think-tank escandinavo Sustainia, a Biomatrix está com planos voltados para o Brasil agora. “Estamos interessados na recuperação da Lagoa Rodrigo de Freitas, no Rio de Janeiro, antes da Olimpíada de 2016. E, em São Paulo, sabemos que a nossa tecnologia pode funcionar para revitalizar a Billings como fonte de abastecimento. Só tem sido difícil marcar uma reunião”, conclui. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

Julio Lamas é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável

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comportamento

#vícios #manias #escolhas

O MUNDO DOS PREGUIÇOSOS

muitas fotos, pouca MEMÓRIA

Quem nunca trocou uma corridinha no parque por uma confortável seção de pipoca com filminho no sofá? Pois saiba que isso não é um sacrilégio exclusivamente seu. Uma pesquisa da Universidade Simon Fraser, no Canadá, revelou que os humanos são biologicamente “programados” para serem preguiçosos. Segundo o levantamento, nosso sistema nervoso reprograma padrões de movimentos como andar em uma busca constante para gastar o mínimo de energia possível. Mesmo quando as pessoas optam por correr, seus cérebros trabalham para que isso seja feito da maneira mais eficiente possível. Segundo o professor de fisiologia Max Donelan, coautor do estudo, mais pesquisas são necessárias para se ter uma compreensão melhor de como os milhares de músculos e nervos trabalham juntos para conseguir esse feito.

iSTOCKphoto

Tirar fotos em excesso pode prejudicar a capacidade de lembrar detalhes dos acontecimentos. É o que garante uma pesquisa da Universidade Fairfield, nos Estados Unidos. Durante o estudo, realizado no ano passado, estudantes foram levados a uma visita guiada a um museu e incumbidos de fotografar certas obras de arte – enquanto outras deveriam ser apenas observadas. No dia seguinte, eles conseguiam lembrar menos detalhes dos objetos que tinham fotografado.

COMO OS BRASILEIROS USAM OS SMARTPHONES

Dos 70 milhões de brasileiros que usam smartphones, 48% vão com o celular para a cama e dão uma conferida nas redes sociais antes de dormir, 34% não abrem mão do aparelhinho nem quando assistem TV, 24% garantem que a primeira coisa que fazem ao acordar é checar suas contas e, ainda, 20% admitiram que os smartphones os acompanham até na ida ao banheiro. É o que revela pesquisa realizada pela Nielsen Ibope. O dado por categorias dá uma ideia do perfil do brasileiro comum. No celular, ele fica atento aos aplicativos de mensagens, às redes sociais, aos mapas e ao saldo bancário. Na lista de 20 apps preferidos, figuram quatro aplicativos bancários e três que servem basicamente para gerenciar a conta de e-mail. Há apenas um jogo e um aplicativo dedicado a vídeo nesse ranking. Em outra pesquisa, a Nielsen Ibope também constatou que mais de 96,1 milhões de pessoas têm computador com internet em casa no Brasil, mas só 58,1 milhões fizeram uso dele pelo menos uma vez no mês. Ou seja, as pessoas têm trocado o PC pelos smartphones.

ESPÍRITO SANTO ADOTA MEDITAÇÃO NAS ESCOLAS

Um passo à frente em relação aos modelos tradicionais de educação, o estado do Espírito Santo, por meio da Secretaria de Educação, em parceria com outras instituições, iniciou o projeto “Educação em Valores, Desenvolvimento Humano e Cultura de Paz”. A iniciativa inclui no currículo escolar a meditação e o desenvolvimento da inteligência emocional. O método foi implantado em 15 escolas da Grande Vitória durante o ano de 2015, depois de um piloto realizado com duas escolas do município de Serra, em 2014. A expectativa é que mais escolas adotem o projeto a partir de 2016.

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capa

#escritor #literatura #livro

um verdadeiro contador de histórias Depois de marcar época com sucessos como a novela "Estúpido Cupido", na TV Globo, e a peça "Besame Mucho", nos anos 70 e 80, o escritor e cronista Mario Prata chega aos 70 anos de idade "velho", "um pouco implicante", como ele garante, mas sem perder o bom humor. Levando uma vida mais pacata em Florianópolis, ele segue escrevendo – e lendo – com a voracidade de um jovem. Sua mais recente obra, "Mario Prata entrevista uns brasileiros", traz 22 entrevistas imaginárias – e divertidas – com gente notória, como Dom João VI e Dom Casmurro. Confira! por

Rodrigo Cardoso | retrato Chico Max

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Que o escritor Mario Alberto Campos de Morais Prata nasceu para contar histórias, ninguém dúvida. Ele tem “entre 10 e 15 livros publicados”, de acordo com seus cálculos, e diversos trabalhos para a tevê, cinema e teatro. Dois deles são marcantes: a novela “Estúpido Cupido”, na TV Globo, nos anos 70, e a peça “Besame Mucho”, na década seguinte. Mas é no seu mais recente livro, “Mario Prata entrevista uns brasileiros”, que ele exercita verdadeiramente sua porção Forrest Gump. Com a licença que a obra lhe proporciona, ele entrou na máquina do tempo e saiu dela com deliciosas 22 entrevistas imaginárias com gente notória, como Dom João VI e Dom Casmurro. Compiladas, as conversas que surgiram desses improváveis encontros acabam por recontar – com detalhes íntimos e pitorescos dos personagens – a trajetória do Brasil. Prata está com 69 anos, é pai de Pedro, 32 – dono de um bar em São Paulo –, da jornalista Maria, 35, e de Antonio, escritor e colunista da Folha de S. Paulo. “Além da minha produção literária, que deu certo, acho que meus filhos, as mães deles e meus amigos também vingaram. Eu queria que o país desse certo também”, diz o escritor, que mantém o bom humor, mesmo quando reclama da chegada da velhice. Durante as quase três horas em que conversou com a VERO, o mineiro nascido em Uberaba saboreou goiabada com queijo, exibiu com orgulho um boné do Linense, clube da cidade de Lins onde ele se criou no interior de São Paulo, e falou sobre a paisagem que enxerga da janela da casa onde mora, em Florianópolis. Na deliciosa conversa a seguir, ele explica sua irritação com a moça que arruma demais da conta as almofadas de seu sofá, fala da relação com o genro, Pedro Bial, e detalha com a maestria dos bons contistas como conheceu o ator Grande Otelo, filho de escravos da família Prata carinhosamente tratado como primo. Você já se acostumou a ser indagado sobre como é ser pai do Antonio Prata. Queria saber como é ser sogro do Pedro Bial? Até aqui tudo bem, normal. Ele veio a Florianópolis, fez o pedido de casamento (Bial e Maria Prata se casaram neste ano), a gente se abraçou e tal. Ele está se comportando muito bem. Está mais genro do que eu poderia imaginar. Eu gosto do Bial. Uma vez quase fizemos um filme juntos. Ele é um grande jornalista investigativo, cobriu guerra, mas todo mundo o liga com o Big Brother Brasil. E me disseram que ele é um excelente poeta. Mas isso eu não sei, nem perguntei para a Maria. Como você se avalia como pai? Meus filhos deram certo. Fui bem. Mas também tem a Marta (Góes, exesposa) e o Nirlando (Beirão, jornalista), que criaram o Antonio e a Maria. Tenho muito orgulho de ser chamado de pai do Antonio e da Maria (filhos dele com Marta) e do Pedro (filho dele com Regina Machado). Os filhos da nossa geração tinham tudo para não dar certo, porque a gente era muito louco. Meus filhos dizem que eu fui um excelente pai. Eu adoro ser pai, participo muito na vida deles.

O filho de uma pessoa notória sofre pressão para vingar na mesma carreira dos pais. Você já disse que o Antonio é melhor que você. Como ele conseguiu quebrar essa barreira? O Antonio é melhor do que eu em crônica, ele dá um baile em mim. Mas ele não fez teatro, cinema (risos). Ele está colaborando com essa nova novela do João Emanuel de Carvalho que vai estrear na Globo. Filho de escritor que ultrapassou o pai eu só conhecia o Luis Fernando Verissimo (filho de Érico Verissimo). Quando o Antonio começou a escrever, fiquei com medo de não conseguir abrir certas portas por ser meu filho, da Marta e enteado do Nirlando. Mas ele viveu entre escritores, caminhava entre livros. Um dia vi Chico Buarque de Holanda e Luis Fernando Verissimo discutindo quem tinha dito primeiro que o Antonio era fantástico escrevendo. Mas não tinha sido nenhum dos dois, e sim o Fernando Morais. Você está próximo dos 70 anos. O que o passar dos anos lhe deu? Envelhecer não é bom, não. Estou aposentado há quatro anos. Ganho R$ 788 por mês – tô bem (risos) –, o que é menos do que eu pago para o contador cuidar das porcarias da minha microempresa. Esse

negócio de que ficar velho é sabedoria é uma fraude. Ficar velho é chato. Engraçado que não tenho essas coisas de pensar em morte. Acho mesmo que não duro mais 20 anos, mas isso não me abala. Sou um velho sozinho, o que é diferente de ser apenas um velho. Eu não tenho velha – nem jovem – vivendo comigo. Mas não tenho solidão. Tenho sozinhês, que é se dar bem consigo mesmo, ficar pensando, sem problema nenhum. Só tenho solidão segunda-feira à noite, que é o único dia da semana em que não tem futebol na televisão. Não posso tripudiar muito porque não sou rico, tenho este apartamento, um Corola 2001 e um Fusca 1994 e mais nada. Preciso trabalhar. Mas como adoro trabalhar, não posso reclamar. Só que eu já escrevi muito, sabe? Não sei se tenho coisa nova para escrever. Mas esse seu novo livro lhe deu um gás, não? Esse livro eu gostei porque foi algo novo. Comecei a escrever entrevistas com esses personagens na revista “Brasileiros”. Aí, quando as organizei em ordem cronológica para publicar no livro, percebi que, sem querer, havia feito um levantamento racial do nosso povo. Era o português, o índio, o filho de índio com português, o negro. Foi gostoso entrevistar morto, me diverti muito. Fumei um cigarrinho do bom com a Dona Maria I, a louca, provei para o Dom Casmurro que ele era gay, peguei a Marquesa de Santos. Quem você conhece que pegou a Marquesa de Santos? Ninguém, pô! Vivo, só tem eu (risos). Fiquei, então, brincando com essas pessoas ilustres da nossa história sem prejudicar a imagem de ninguém. O livro é de não ficção. É tudo verdade! A única ficção é o fato de que eu entrevistei os personagens ali. Toda a parte histórica que consta do livro passou pelo crivo de quatro historiadores: Mary Del Priori, Matthew Shirts, Angela Marques da Costa e Fernando Morais. Quais outras surpresas teve com as entrevistas do livro? Foram 22 (12 brasileiros e 10 não brasileiros). Achava que o padre Anchieta fosse babaca, santo, vivia catequisando índio, escrevendo poemas na praia com varinha, meio gay até. Me surpreendi com ele, que marcou a entrevista comigo num bar, onde fazia as poesias na Aldeia de Iperoig. Ele estava de bermuda, tinha 20

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Esse negócio de que ficar velho é sabedoria é uma fraude. Ficar velho é chato. mas não tenho solidão, só segunda à noite, que não tem futebol na tv

Mario Prata, Yara Amaral, Sergio Mamberti, Regina Duarte e Enio Gonçalves na década de 1970

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Foi gostoso entrevistar morto, me diverti muito com a Dona Maria I, a louca, provei para o Dom Casmurro que ele era gay e peguei a Marquesa de Santos

anos, estava no quinto chope. E contou que fundou São Paulo com o padre Manuel da Nóbrega, chefe dele, mas não queria colocar Paulo no nome da cidade. Porque nessa época, o Concílio de Trento adotou o celibato, e o Anchieta era contra isso. E o (apóstolo) Paulo, lá atrás, era contra o sexo, inclusive entre casais. O sexo para o apóstolo só poderia ser feito para fins de procriação. Perguntei ao Pazé, como chamavam o padre José: “Como era aquele negócio das índias todas peladas e você, espanhol, lá no meio, garotão?”. E ele: “Não rolava nada. Meu filho, eu era só um garoto que, como você, amava os Beatles e os Rolling Stones”. Isso, claro, é uma brincadeira. Mas a história da fundação de São Paulo consta do livro. São todos fatos reais. O Dom João VI, por exemplo, me disse que não gostava de tomar banho, e a mãe dele tomou só dois: quando nasceu e quando casou. Como tem sido a repercussão? Olha, duas professoras me disseram que gostariam de adotar o livro em aulas de história do Brasil. A Record divulgou o livro assim: “Tudo que o seu professor de história não teve coragem de te contar”. Você, corintiano, fanático por futebol, não deixou de entrevistar Charles Miller, que introduziu a modalidade no país.

Quando tinha 10 anos, o Charles Miller foi mandado pelos pais para uma escola no sul da Inglaterra e retornou para cá aos 20. O que ele aprendeu na Inglaterra foi jogar futebol, que fora inventado nas escolas. São 11 jogadores de cada lado e cada tempo tem 45 minutos pelo seguinte: cada sala tinha dez alunos mais o professor, que sempre jogava no gol e mandava no time – e 45 minutos era o tempo do intervalo entre as aulas. Charles Miller casou com uma pianista chamada Antonieta Rudge, que fazia recitais na Europa. Ela passou a andar com o pessoal da Semana da Arte Moderna e se apaixonou pelo poeta Menotti Del Picchia. A Antonieta largou o Charles para se casar com o Menotti. alguém lhe escreveu contestando o conteúdo das entrevistas? Um dia desses, um cara, Luiz Eduardo Rudge, entrou no meu Facebook e fez um comentário. Respondi a ele perguntando se ele tinha alguma relação com a família Rudge por parte da pianista Antonieta Rudge. E ele: “Vovô era irmão dela. Sei que você entrevistou a titia”. Achei que ele tivesse me gozando e falei que a tratei muito bem no livro. Aí ele disse: “Não sei o que falou sobre ela, mas quanto a uncle Charles (Miller)... mereceu toda a chifrada que a tia deu nele. O homem só pensava em jogar futebol. E ainda se meteu na carreira dela!”. Aí pedi o endereço dele para presenteá-lo com um livro. E não é que o cara é meu vizinho aqui em Florianópolis? Imagina: o sobrinho-neto da Antonieta do Charles Miller mora na minha rua! Você mora em Florianópolis há 14 anos. O que sua vida ganhou com essa mudança? Eu não escolhi vir para Florianópolis, mas sim sair de São Paulo. Saí com medo da cidade, que estava pichada, suja. Um dia, duas e meia da manhã, fiquei com medo de sair para ir comprar cigarro a duas quadras de casa, de carro ou a pé. Aqui em Florianópolis não sei se a coisa vai durar muito. Quando cheguei, vi cachorro atravessando pela faixa de pedestre sem olhar para os lados. E os carros paravam e não buzinavam. O povo daqui é muito correto, sério, cordial. Português, né? Meus avós são portugueses. Algumas tradições aqui são açorianas. No caminho para

Cascais, Cintra, venta muito do mar para o continente. Então, como lá, aqui as coisas são feitas de costas para o mar. É esquisito, mas hotel, casa, são todas de costas para o mar. E não tem o muito pobre e muito rico. A desigualdade é bem menor. O índice de analfabetismo é próximo de zero, e o funcionalismo público aqui é grande. como é sua rotina? Nunca li tanto na minha vida quanto aqui em Florianópolis. Há aqui 897 livros, todos de literatura policial. Li 80% de todos esses livros nos dez últimos anos. Saio de casa para almoçar e jantar. Além de não saber fazer comida, detesto ter uma mulher aqui em casa, que vem para arrumar as coisas a cada 15 dias... Ela vem amanhã e já fico sofrendo dois dias antes, porque tenho de dar ordens, e isso é um saco. E ela tem TOC (Transtorno Obsessivo-Compulsivo) de limpeza. Quando ela vai embora, tenho de desarrumar a casa um pouco, porque ela arruma as almofadas no sofá e deixa tudo meio enviesado, uma coisa horrorosa. Ela organiza a gavetinha de remédio! Quando volto para casa, mexo em várias coisas, porque se alguém entra aqui vai dizer: “O cara é uma bicha louca”. Bom, vou muito a teatro também. Vêm boas peças para cá. Com alguns atores, saio para comer ostras. Você é um cronista de sátira mordaz. Gosta mais de contar ou ouvir histórias? Sou mineiro e cresci ouvindo histórias. Gosto de ouvir também. Em Minas acontecem contos. Os casos são contos. E os meus tios todos eram muito bons contadores de casos de Uberaba e de família, do que tinha lá atrás, bandido, assassino, bobo (risos), tinha de tudo. Toda família mineira tem um bobo. Eu ficava ouvindo as histórias. Meus tios aumentam as histórias. E eu dizia a eles: “A nossa diferença é que eu ganho dinheiro com isso, e vocês contam histórias de graça”. É gostoso contar história. Isso é um dom, mas tem um aprendizado também. Com o tempo, você vai aprimorando, ficando bom. dá para falar banalidades, besteiras em um país como o nosso e na atual situação? Está tudo muito sério. Tá faltando divertimento nos jornais brasileiros.

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Mario Prata na juventude, quando achava Mick Jagger muito parecido com ele; ao lado, no casamento da filha Maria; e abaixo, com os amigos Joana Fomm, Carlos Alberto Nucci, Terezinha Sodré e Carlos Alberto Torres, e em caricatura com Zé do Caixão

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Está tudo muito sério. Tá faltando divertimento nos jornais brasileiros. Tinha muito mais jornal de humor na época da ditadura

Os quadrinhos da Folha, por exemplo, dão baixo-astral, são muito melancólicos, tristes. Tinha muito jornal de humor na época da ditadura, não só o Pasquim. A maioria dos cronistas escrevia com humor. Hoje conheço só três cronistas assim: o Verissimo, o (Gregório) Duvivier e o Antonio (Prata), modéstia à parte. Eles tratam de assuntos sérios ironizando, avacalhando. Mas, no geral, está muito séria a imprensa. Até as palavras-cruzadas estão sérias! Tive sorte quando era garoto porque lia as crônicas nas revistas que meu pai assinava – O Cruzeiro e Manchete –, e o jornal Hora, onde Nelson Rodrigues escrevia “A vida como ela é” diariamente. Descobri que escrever não era aquela coisa chata da escola. Trabalho em várias frentes, mas o meu olhar é de cronista. O cronista é aquele que tem capacidade de transformar banalidade em arte. É isso que eu faço, fazendo crônica ou nas minhas literaturas policiais. Como enxerga esse momento de turbulência do Brasil? Não acho que exista crise política ou econômica, e sim ódio. Ou melhor, crises assim sempre existiram, mas é o ódio que está diferente. Vão prender o Lula, algemá-lo, empurrá-lo para um camburão, e essa foto vai sair na capa da “Veja”. E acaba aí! Os funcionários demitidos no Brasil voltam ao mercado de trabalho, as pessoas voltam a

consumir, vai ter passeata com gente soltando foguetes e todo mundo sorrindo. E assim seguirá mesmo se o Lula for solto dias depois. Porque eles querem o coro do corpo do Lula. Só isso. Eu nunca vi alguém perder uma eleição e ficar tão nervoso. O Lula perdeu três, meu! Mas segurou a onda e, na quarta, ganhou. O Rui Barbosa perdeu três também. Quais costumes mineiros você cultiva, apesar de ter se criado no interior de São Paulo? Tenho algumas coisas de mineiro. Eu interrompi uma goiabada com queijo, há pouco, para conversar com você (Mario vai até a cozinha, pega a iguaria e continua saboreando). Adoro comida mineira. Sou desconfiado também. Qual grau de parentesco você tem com o Grande Otelo? O avô do Grande Otelo (pseudônimo de Sebastião Bernardes de Souza Prata), ou o pai, era escravo do meu tataravô. E, na época, os escravos tinham de ser registrados, porque não tinham sobrenome. Eram Francisco, Pedro, Geraldo e por aí vai. E então o sobrenome da família era dado a eles, também, como forma de saber à qual família pertencia aquele cara, caso ele aprontasse. Sebastião Bernardes de Souza Prata, então, era tratado como “primo”. Desde que eu era moleque, em Lins, era levado ao cinema pelo meu pai para ver os filmes do tal do primo. Naquela época eu não entendia aquilo de primo preto – agora não podemos mais falar preto, né?, só afro-brasileiro, afro-mineiro, enfim... Em 1976, conheci o Grande Otelo. Estava em um bar em Copacabana e o Otelo estava lá. Iria estrear “Estúpido Cupido”, novela que escrevi, e, por causa dela, meu nome começava a surgir na mídia. Falaram para o Grande Otelo que eu estava no local e ele veio até a minha mesa. Já meio chumbado, ele disse: “Seu Mario Prata, sempre quis encontrar alguém dessa família para fazer uma pergunta. Vocês não acham chato eu ficar usando o nome d’ocêis, não?”. Respondi: “Otelo, o maior orgulho da família Prata é ocê! Meu pai te amava, todo mundo sabe que você é nosso primo, contamos isso a todos”. Ele começou a chorar (Mario fica com lágrimas nos olhos ao

recordar essa história), veio no meu colo, me abraçava e chorava. Aí ele subiu na mesa, bateu palma para chamar a atenção do bar e falou: “Esse cara aqui é meu primo! Chama-se Mario Prata. E eu tenho um filho que se chama Mario Prata por causa do avô dele. E digo mais! Um boi dele compra isso tudo!” (risos). Assim conheci Otelo. Chegou a trabalhar com ele? Criei um papel para Otelo na novela “Helena”, da Manchete, mas ele não quis fazer. Ele me disse: “Manchete, né? Não vou fazer. Na Globo, pagam uma grana a mim e à Dercy Gonçalves para a gente viver bem e não trabalhar. Tô ganhando aqui sem trabalhar e você tá me chamando para trabalhar sem receber?”. Na época, a Manchete não estava pagando direito. Aí disse: “Você tem toda razão, primo. Ocê até me desculpe” (risos). “Estúpido Cupido”, na Globo, nos anos 70, ou a peça “Besame Mucho”, nos 80: por qual você nutre mais carinho? Pensando bem, as duas melhores coisas que fiz foram essas. “Estúpido Cupido” é a história da minha geração, dos meus amigos, a minha história, e me lançou. Ela dava 92 pontos de audiência, maior do que o Jornal Nacional, que chegava a 75. Antigamente eu me incomodava com essa pergunta. Mas eu fiz tanto fracasso... Tenho fracassos homéricos e ninguém lembra. A sorte é que, no Brasil, o fracasso não faz o menor sucesso; ele passa. A minha produção literária deu certo. Fui bem-sucedido. E meus filhos, as mães deles, meus amigos também vingaram. Eu queria que esse país desse certo também. e o que acha que falta para o brasil dar certo? O brasileiro é tão legal, faz piada com tudo. Se cair uma bomba no Catete, a piada vem primeiro do que a descoberta dos mandantes do crime. E esse povo está sendo enganado. Aqueles debates entre a Dilma e o Aécio na eleição eram um monte de mentira. Falavam mentiras com convicção, e o povo não tem a leitura que a gente tem. Nós sabemos como são editados os jornais, revistas, as armações. E eu queira muito que meus netos (são dois) vissem o país dar certo.

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divã

#sexualidade #libertação #biologia

Sexo e gênero Toda a história começou em 1949, quando Simone de Beauvoir publicou “O segundo sexo”, no qual ela diz que “não se nasce mulher; torna-se mulher”. Em outras palavras, a biologia não define tudo o que significa “ser mulher”; existem, pois, o sexo masculino e o feminino, derivados de uma anatomia e fisiologia específicas; existe também o gênero masculino e feminino, uma espécie de produção cultural que se faz em torno de cada sexo. Assim, do ponto de vista da tradição, os homens têm que ser mais agressivos, gostar de esportes mais agressivos e competitivos, não devem chorar... As mulheres devem ser mais delicadas, acolhedoras, tolerantes, dedicadas aos filhos... A cada gênero corresponde um determinado tipo de vestuário, corte de cabelo, determinado tipo de gestos e trejeitos. As questões vão se complicando, pois muitos hoje contestam a validade desses padrões de “performance” masculina e feminina. Se numa primeira fase, no início do século XX, as feministas estavam preocupadas em conquistar seus direitos sociais, em particular o direito ao voto, numa etapa seguinte passaram a se dedicar à libertação feminina no que diz respeito aos padrões familiares rígidos, à libertação sexual e à igualdade profissional. Na fase atual, a chamada terceira onda feminista, o questionamento diz respeito ao gênero: existe uma base biológica para a elaboração do modo de ser feminino (e também o masculino) ou é tudo uma questão cultural? Como explicar os tipos “intermediários”, ou seja, os travestis, os transgêneros, as mulheres que decidem seguir o padrão típico dos mais “machos”? As opiniões são variadas mesmo dentro do movimento feminista. Algumas são defensoras de que existem alguns aspectos de natureza biológica que estariam mais que

tudo relacionados com a questão da reprodução e cuidado dos recémnascidos, propriedade feminina inata. Outras, dentre as quais se destaca Judith Butler, filósofa norte-americana, acreditam que não existem diferenças relevantes do ponto de vista da biologia entre homens e mulheres e que somos como somos e agimos como agimos porque fomos ensinados a isso, porque imitamos padrões que nos antecedem e que nos levam a agir de acordo com a “performance” própria de cada um dos gêneros. Ou seja, desconsideram a importância das diferenças biológicas, consideram que somos seres sexuais – no sentido genérico e indiferenciado – e que coube à cultura nos enquadrar dentro de moldes fixos e passíveis de serem criticados e modificados. Segundo o modo de pensar de Butler, existe uma gama enorme e inexplorada de possibilidades de conduta e de modo de se apresentar que não sejam as fórmulas tradicionais do masculino e feminino; caberia a cada pessoa desenvolver sua própria “performance” de modo livre e independente do sexo biológico. É nesse ponto que não posso deixar de discordar. Penso sempre em nós como seres biopsicossociais. Fico perplexo com a insistência dos estudiosos em privilegiar um desses aspectos da nossa forma de ser em detrimento dos outros. Não sei a que se deve essa dificuldade de operar com as três variáveis simultaneamente, mas o fato é que sempre surgem defensores radicais de uma ou outra dessas vertentes que definem nossa condição. Nascemos, sim, com determinados aspectos biológicos que diferenciam o masculino do feminino. As diferenças fundamentais não são, a meu ver, as de natureza anatômica – e nesse aspecto concordo com Butler –, mas sim as relacionadas com a fisiologia. Os homens são portadores de um desejo visual muito mais relevante do que

o que existe nas mulheres. As mulheres excitam-se ao se sentirem desejadas pelos homens, e essa diferença fisiológica pode influenciar muito a elaboração da “performance” de cada gênero. Após a ejaculação, os homens experimentam um período refratário, de desinteresse sexual, fato que não existe na fisiologia feminina. E isso também pode interferir no modo de se formarem os gêneros próprios a cada sexo. Crescemos em determinado ambiente familiar e sofremos o impacto das pessoas com as quais convivemos intimamente. Delas imitamos vários jeitos e trejeitos, de modo que o que somos como adultos dependerá também das características do contexto psicológico em que nos desenvolvemos, das identificações positivas e negativas que formamos ao observarmos nossos pais, tios, primos, avós etc. É claro que nosso ambiente familiar, se não for muito diferente do que é o mais comum na cultura em que vivemos, reproduz em grande parte os padrões do meio como um todo. Não subestimo a importância dessa influência sobre nossa forma de ser. Hoje mesmo, vivemos um momento em que os gêneros se aproximam em muitos aspectos, definindo um modo de vida essencialmente unissex. Porém, não creio que exista uma liberdade infinita de expressão da nossa sexualidade. Os limites da biologia não podem ser menosprezados. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

flávio gikovate é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN

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MODOS DE MACHO

#beleza #homens #dicas

Decálogo de um homem feio Dez coisas que um homem feio deve saber para tirar mais proveito da vida, essa ingrata: I) Que a beleza é passageira e a feiura é para sempre, como repetia o mal diagramado Sérge Gainsbourg – o tio francês que pegava a Brigitte Bardot e a Jane Birkin, entre outras deusas. Sim, aquele mesmo francês cabra-safado autor do maior hino de motel de todos os tempos, “Je t´aime moi non plus”, claro. II) Que as mulheres, ao contrário da maioria dos homens, são demasiadamente generosas. E não me venha com aquela conversinha miolode-pote de que as crias das nossas costelas são interesseiras. Corta essa, meu rapaz. Se assim procedessem, os feios, sujos e lascados de pontes e viadutos não teriam as suas bondosas fêmeas nas ruas. Elas estão lá, bravas criaturas, perdendo em fidelidade apenas para os destemidos vira-latas. III) Que o feio, o mal-assombro propriamente dito, saiba também e repita um velho mantra deste cronista

de costumes: homem que é homem não sabe nem sequer a diferença entre estria e celulite. IV) Que mulher linda até gay deseja e encara; quero ver é pegar indiscriminadamente toda e qualquer assombração e visagem que aparecer pela frente. V) Que homem que é homem não trabalha com senso estético. Ponto. Que não sabe e nunca procurou saber nem sequer que existe tal aparato “avaliatório” do glorioso sexo oposto. VI) Que as ditas “feias” decoram o Kama Sutra logo no jardim da infância. VII) Que para cada mulher mal diagramada que pegamos, Deus nos manda duas divas logo depois de feita a caridade. VIII) Que mulher é metonímia, parte pelo todo: até na mais assombrosa das criaturas existe uma covinha, uma saboneteira, uma omoplata, um cotovelo, um detalhe que encanta deveras. IX) Que me desculpem as muito

lindas, mas um quê de feiura é fundamental, empresta à fêmea uma humildade franciscana quase sempre traduzida em benfeitorias de primeira qualidade na alcova. X) Saiba, por derradeiro, irmão de feiura, que a vida é boxe: um bonitão tenta ganhar uma mulher sempre por nocaute; a nossa luta é sempre por pontos, minando lentamente a resistência das donzelas. Boa sorte, amigo esteticamente prejudicado, nesse grande ringue da humanidade! Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

xico sá é escritor e jornalista. Autor de "Big Jato" (editora Cia. das Letras), entre outros livros

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#turismosocial #refugiados #idosos

FOTOs DIVULGAÇãO

reflexão

NO CAMINHO DO BEM Casal realiza mochilão social por países da América Latina

Os publicitários Luma Pinto e Eduardo Melo resolveram unir o interesse por causas sociais à vontade de viajar. Assim, criaram o “Bem Trilhado”, um projeto de turismo social envolvendo trabalho voluntário em diversos países. Para compartilhar a experiência e conseguir apoiadores, o casal criou um Mapa do Bem, no qual são registrados os lugares por onde passaram e as comunidades que ajudaram, em países como Estado Unidos, Panamá e Colômbia – onde devem permanecer até dezembro, para um projeto que envolve a criação de um coral natalino. Os próximos destinos incluem Equador, Peru, Bolívia, Argentina, Chile e Uruguai, antes de voltarem ao Brasil. As viagens e ações podem ser acompanhadas diariamente pelo site www.bemtrilhado.com e pelos perfis do projeto nas redes sociais. Como é realizado o projeto? Ele foi ao ar em 29 de junho, mas já planejávamos havia muito tempo. Morávamos na Colômbia e resolvemos unir os interesses entre viagem e trabalho solidário. No entanto, percebemos que muitas ONGs cobravam taxas bem altas para participação de voluntários, o que era inviável. Para seguir com a ideia, tivemos que entrar em contato com várias instituições de onde pretendemos passar, explicando a ideia e nos dispondo a ajudar com serviços diversos, como nossas habilidades em comunicação, marketing, música, fotografia, trabalhos

manuais e realização de eventos. Assim, ajudamos no que as ONGs realmente precisam. No entanto, temos muito mais coragem do que dinheiro. Juntamos um pouco para passagens e outros custos, mas não o suficiente para chegar a todos os destinos que pretendemos. Vendemos brigadeiros e outros doces para nos mantermos e pedimos suporte com alojamento e alimentação nas ONGs em que voluntariamos. Criamos um projeto de patrocínio e estamos começando a captação de recursos, além de oferecermos nossos serviços em direção de arte e traduções, para financiar o projeto.

Quando pretendem voltar ao Brasil? Nós começamos o projeto pensando em terminar a viagem em junho de 2016, mas não sabemos ao certo quanto tempo irá levar para conseguirmos chegar às comunidades que queremos. Não temos nenhum compromisso oficial para chegar ao Brasil por enquanto, porém, já temos atividades engatilhadas para quando chegarmos. Até o nosso destino, passaremos por todos os estados litorâneos que estejam no caminho: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Rio de Janeiro, Espírito Santo e Bahia, nosso estado natal. Até o momento, qual o balanço de vocês sobre essa experiência? A viagem tem sito a melhor experiência de nossas vidas! É impossível entrar nisso e não se transformar com cada situação. Muitas vezes, dá muito mais trabalho do que trabalhar oito horas diárias em um escritório, mas o sentido disso tudo é perceber que todo o esforço realmente está servindo a uma boa causa. Se ao menos uma pessoa seguir o nosso caminho, em qualquer instituição presente no blog, nos sentiremos realizados. Saiba mais em: bemtrilhado.com

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TATUAGENS GRÁTIS PARA COBRIR CICATRIZES DE MULHERES QUE SOFRERAM VIOLÊNCIA DOMÉSTICA

Flavia Carvalho tinha 15 anos quando foi agredida pelo primeiro namorado. Mais de uma década depois, quando já era tatuadora profissional, ela se viu de novo diante de um caso de violência. Mas, dessa vez, a vítima não era ela, e sim uma cliente. Uma jovem de 20 e poucos anos pediu à tatuadora que cobrisse uma cicatriz com um desenho. Era uma forma de ocultar de vez as marcas de uma agressão. Foi o que a inspirou a criar o projeto “A Pele da Flor”. Desde então ela oferece tatuagens grátis para vítimas de violência doméstica e mulheres que passaram por mastectomia (cirurgia de retirada da mama), e já ajudou diversas delas a superar traumas.

AIRBNB PARA REFUGIADOS

E novas formas de ajudar refugiados na Europa não param de surgir. O “Refugees Welcome” (Refugiados, bem-vindos, em tradução livre) é uma espécie de Airbnb para refugiados. A plataforma virtual ajuda refugiados na busca por novas moradias. Assim que os interessados se inscrevem no serviço, a plataforma procura “colegas de quarto” naquela área que tenham o perfil adequado para recebê-los. O aluguel é pago por meio de doações. Nos últimos meses, o site ajudou mais de 130 pessoas a encontrar lugares onde ficar na Alemanha e na Áustria. A ideia é que o serviço se expanda para outros países europeus — o próximo será a Inglaterra.

IDOSA FORMA-se EM DIREITO PARA AJUDAR IDOSOS

COMPRE UMA MÚSICA COM UM MINUTO DE SILÊNCIO E AJUDE REFUGIADOS

Uma faixa de um minuto de silêncio está subindo nos rankings musicais de sucesso na Áustria. Trata-se de uma criação do artista Raoul Haspel, que, indignado com a forma como o governo austríaco está lidando com os refugiados que estão chegando ao país, lançou a “Schweigeminute” (um minuto de silêncio, em tradução livre). A música silenciosa custa US$ 0,99 no iTunes, no Google Play e na Amazon, e todos os lucros serão repassados para o campo de refugiados na cidade de Traiskirchen, onde mais de 2.000 pessoas estão vivendo em péssimas condições. O artista escolheu liberar um minuto de silêncio pois, segundo ele, quando há uma situação extrema, as pessoas tendem a falar mais alto. “Isso geralmente ajuda muito pouco na procura de soluções para problemas. No entanto, quando as pessoas estão mais calmas e silenciosas, conseguem refletir e ajudam na resolução de conflitos”, disse à Reuters.

Aos 86 anos, a gaúcha Maria Francisca Coruja formou-se em direito. Mas por uma causa nobre: para ajudar outros idosos. Seu trabalho como advogada vai ser exclusivamente voluntário e dedicado a causas de idosos que não têm condições de pagar pelo serviço. “Ganho o suficiente para viver bem e não vou levar dinheiro para o céu, então, decidi ajudar.” Viúva desde 1997, ela retomou os estudos em 2009, após a perda da mãe. “No início, fui para a faculdade para preencher minha vida, que estava solitária. Mas quando entrei, comecei a planejar meu futuro, e deu nisso.”

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pense bem

#turismo #cafuné #trabalho

Um cafuné na cabeça, malandro... Bob Thaves, falecido em 1º de agosto de 2006, aos 81 anos, é o criador da estupenda “tirinha” de jornal “Frank & Ernest”. Norte-americano, Thaves atuou muitos anos com psicologia industrial, antes de dedicar-se exclusivamente ao cartunismo, com um humor ácido, frequentemente irônico, às vezes inocente, e beirando a iconoclastia. Seguindo essa mesma linha de caráter, os dois personagens, Frank e Ernest, ainda encantam e surpreendem nas publicações em milhares de jornais pelo mundo afora, em uma trajetória que se iniciou no final dos anos 1960 e que, hoje especialmente, serve bastante para pensar o ambiente organizacional e o cotidiano das pessoas. Uma dessas tiras é, para mim, inesquecível, e sempre gosto de relembrá-la ao falar sobre lazer, ócio, diversão e, claro, ambiente de trabalho. A dupla está conversando, em mais um de seus momentos de pouca dedicação, e Frank pergunta a Ernest: “Você acha que nós somos vagabundos?”. Ernest não titubeia: “Não, nós não somos vagabundos; vagabundo é quem não tem o que fazer. Nós temos; só não fazemos”... Genial! Uma ideia claríssima: não confundir ócio com vagabundagem! Ócio não é sinônimo de desocupação, mas, isso sim, de escolha livre e prazerosa em relação ao que se deseja fazer, de modo a ser dono de seu próprio tempo. Não há, de fato, ócio

para um prisioneiro ou desempregado; o que há é apenas desocupação. A finalidade central do aproveitamento do ócio não é “passar o tempo” ou “matar o tempo”. Aliás, como lembrou Millôr Fernandes, “quem mata o tempo não é assassino, mas sim um suicida”. É por isso que o turismo é uma forma exuberante de fruir o ócio, no caso um ócio recreativo profundamente sábio, pois rompe a rotina, aumenta o conhecimento, expande o repertório intelectual e educa os múltiplos sentidos. O turismo é uma maneira voluntária e apreciável de fazer um agrado em si mesma ou em si mesmo. É um afago, uma carícia, ou, como se dizia na mãe África, um cafuné. Lembra? Em 1980, Milton Nascimento lançou o disco “Sentinela”, e lá está uma música (dele, sobre poema de Leila Diniz) com título provocativo e verdadeiro: “Um cafuné na cabeça, malandro, eu quero até de macaco”. O lazer transmutado em passeio, viagem, caminhada, turnê, excursão é um delicioso autocafuné. Há empresas que não estimulam tal prática nem facilitam parcerias para que esse lazer seja incorporado ao universo dos empregados. Isso é falta de inteligência estratégica! Uma pessoa que for incentivada a usar o tempo livre para sair da monotonização do dia a dia, provocada a reinventar horizontes e desafiada a passear para dentro e para fora de si mesma, ganha mais vitalidade

e, claro, produtividade e bem-estar. Hoje, quando se fala em “qualidade de vida” nas organizações, muitas se limitam a montar academias para exercícios no espaço de trabalho, fazer ginástica laboral antes do expediente, oferecer nichos de “quickmassage”. Isso é ponto de partida, mas insuficiente. Serve bem para recompor energias momentaneamente, sem, contudo, favorecer o arejamento do espírito de forma mais substantiva e menos passageira. Está faltando “cafuné” no mundo do trabalho. Não é só uma passadinha de mão na cabeça; é, de verdade, o compromisso com um lazer sadio, familiarmente partilhado e vetor de sustentabilidade. Turismo? Sem dúvida; ninguém perde com isso. Aí, sim, não dá vontade excessiva de se ficar turistando no emprego... Este é um trecho do livro “Não Se Desespere!” (Provocações Filosóficas), publicado pela editora Vozes Conte pra gente o que achou desta coluna! Escreva para neuronio@vero.com.br

mario sergio cortella é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN

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Contra um mundo melhor

#mudançadehábito #conflito #dinheiro

A Europa refém de seu comportamento Nos últimos tempos, temos acompanhado a agonia das vítimas das guerras em muitos países árabes no Oriente Médio. No caso específico da guerra na Síria, a violência do Estado Islâmico assusta o mundo, apesar de esse grupo retomar práticas comuns ao longos da guerras. O mundo, em grande parte, acostumado com freeshops, shopping centers e paradas gays, olha pra isso como se fosse um caso fora da curva, confundindo uma sociedade “civilizada” pela Visa e Mastercard com as fronteiras da história humana. Não, a violência é sempre uma convidada comum e insuportável para nós. O caso recente dos refugiados sírios ou do norte da África chocou o mundo por conta da foto do pequeno menino morto à beira-mar. Mas, além da violência comum ao mundo humano, esse caso revela a transformação dos meios de comunicação em mídias sociais. A facilidade com a qual tiramos fotos e a velocidade com a qual enviamos essas fotos via redes sociais é a grande “novidade” nesse caos. Os celulares do mundo foram invadidos pela imagem do menino morto à beira-mar. Os governos europeus, num primeiro momento, foram atingidos em cheio pelo efeito desse marketing da miséria humana. O resultado foi que a Alemanha, motor da Europa, na figura de sua primeira-ministra, Angela Merkel, reagiu da forma que nosso humanismo ocidental espera que reagisse: aceitando um número significativo de refugiados em terras alemãs. De lá pra cá, claro, a dificuldade de fazer todos os países da comunidade europeia aceitarem sua “cota de

refugiados” alterou um pouco a imagem da Europa como o continente do bem na geopolítica mundial. Ainda sofrendo com seu passado de violência, a Europa busca constantemente mandar a imagem para o mundo de que lá a humanidade evoluiu no sentido certo e sempre estará ao lado da “ética”. Claro, isso é uma ilusão. Mas, nesse caso da Alemanha, em especial, um fator de fundo sustenta sua postura humanista. A taxa de fertilidade da mulher alemã está entre as mais baixas da Europa ocidental. Se elencarmos países como França, Reino Unido, Espanha, Portugal e Alemanha, as alemãs estão entre as que menos investem na maternidade. Não mais do que 1,5% de filho por mulher alemã atesta a “pobreza” alemã nesse campo, contraste evidente com o resto de sua imensa riqueza. A Alemanha precisa de mulheres árabes para conter o envelhecimento de sua sociedade, envelhecimento este materializado na conta da previdência social que não fecha. País de “velhos ricos”, a Alemanha precisa de mulheres pobres para ter um futuro “jovem” que banque a conta dessa previdência social. Ainda que muitos pensem que essa “jogada humanista” de Merkel vá gerar conflitos étnicos e culturais no futuro (o que pode ser provável se pensamos no que hoje existe de tensões em muitos países europeus), a verdade é que a mulher alemã prefere ter vida profissional e lazer a ter filhos. E esse comportamento um dia apresentará também sua conta em aberto. Diga-se de passagem que essa escolher de não ter filhos não é apenas uma escolha feminina. Há décadas temos sistematicamente criticado e

bombardeado a família como sendo patriarcal, opressora, machista, burguesa, homofóbica. Os homens, aos poucos, também vão “concordando” com as mulheres que cachorros são mais fáceis e baratos do que crianças. Há muito se sabe (no mínimo desde o século XVIII, quando Adam Smith, autor do clássico “Riqueza das Nações”, alertou para esse efeito colateral do enriquecimento material das sociedades) que, toda vez que a “vida melhora”, as mulheres param de querer ser mães. A chance de trabalharem com outras coisas e de se realizarem em outras áreas, além da oportunidade de “consumir” os bens produzidos pelas sociedades ricas, leva, inexoravelmente, grande parte das mulheres a optar por ter menos ou nenhum filho. Estudos estatísticos mostram que secularismo (vida distante de padrões religiosos estritos) associado a grana faz da mulher infértil por opção. O futuro demográfico está nas mãos das pobres (enquanto forem pobres) e das religiosas de adesão estrita. Vamos pagar pra ver isso enquanto nos divertimos nessa sociedade secular de consumo. Conte pra gente o que achou desta coluna! Escreva para neuronio@vero.com.br

luiz felipe pondé é filósofo e autor de vários livros, entre eles, “A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens” (Ed. LeYa)

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#poderdaarte #artedobem #porummundocolorido

DIVULGAÇãO

perfil social

Ricardo Tatoo levou oficina de artes para colorir o Haiti

COLORINDO O HAITI Brasileiro viaja para pintar ruínas e levar alegria ao povo haitiano por meio de oficinas por Camila do Bem

Se uma iniciativa para o bem já é louvável, imagine a união de duas. Foi o que aconteceu no projeto “Colorindo o Haiti”. A convite da ONG Anmoue (“Socorro” em creole, língua haitiana), que viaja ao Haiti para oferecer ajuda humanitária desde 2010, o artista urbano Ricardo Martins Machado – que há dez anos desenvolve o “Arte Ataque!”, oficinas gratuitas de graffiti, estamparia, cartazes, entre outros, a fim de usar a arte urbana como instrumento de transformação – foi para o país mais pobre das Américas para colorir o cinza deixado pelas ruínas, que ainda persistem por lá desde a última catástrofe natural, o terremoto de 2010. Com a ajuda de outros parceiros, eles coloriram muros e camisetas, reformaram salas de aula e casas e brincaram com crianças. Dessa experiência, Ricardo Tatoo (como é conhecido) voltou mais forte. Ele, que já tinha percorrido seis estados do Brasil e dezenas de cidades com o “Arte Ataque Oficina”, garante que seguirá percorrendo o país com muita alegria. Confira. Qual resultado você almeja com as oficinas? O lema da oficina é fazer com o coração, pois, quando aprendemos algo com amor, o aprendizado é levado pela vida toda. Assim, promovemos a revolução pela educação. A temática principal é o reconhecimento da nossa cultura e o valor das nossas raízes aliados a conceitos de ética, estética, cidadania e democracia. A ideia é promover o aumento da autoestima e despertar potencialidades.

Para tornar possível a viagem ao Haiti, você contou com ajuda financeira ? Na verdade, o valor necessário para o projeto era R$ 30.000. Fiquei desapontado com o desinteresse das instituições privadas que poderiam colaborar. Baixei o valor para R$ 10.000 e, por meio de uma plataforma de arrecadação online, atingi a meta 13 dias antes do prazo, com a ajuda de amigos e pessoas próximas. Sou eternamente grato aos que

acreditaram e apoiaram o projeto. O valor do financiamento pagou minha passagem, hospedagem e material, mas apliquei grande parte do meu bolso para tornar todo o trabalho possível. Quais as atividades desenvolvidas na missão “Colorindo o Haiti”? Foi um time de nove pessoas, eu com o "Arte Ataque Oficina"; a Mirna Nogueira, a Mirela Nogueira e a Paula Komatsu, da ONG Anmoue; a Ana Nisio, da ONG Transforme Sorrisos; e os fotógrafos Carolina Castanho, Bruno Santos, Lucas Castanho e Felipe Guimarães. Nós aplicamos oficinas de graffiti e stencil em muros e camisetas, garantimos uma pequena ajuda emergencial de comida quando foi necessário, fizemos reforma de salas de aula e casas, e brincamos muito com as crianças, já que o foco principal eram orfanatos – são mais de 300 no país. o que mudou EM VOCÊ com essa experiência? O caos no trânsito, as ruínas, as edificações inacabadas e a grande quantidade de economia informal tornam tudo diferente do que estamos adaptados. Estivemos lá para valorizar este povo incrível e não para exaltar seus problemas, e nos deparamos com crianças incríveis. Mas, apesar de as nossas artes retratarem a cultura haitiana e valores como jogar lixo no lixo e lavar as mãos, elas podem perder o sentido quando falta comida. Foi um choque cultural, mas uma grande experiência para nós e para os haitianos. Ressalto que o "Arte Ataque Oficina" é do Brasil, onde percorro cidades com muita alegria. Nesse projeto, levei a arte para outro país, mas volto mais forte para cá, para continuar o trabalho.

Gostou da iniciativa? Você também pode ajudar: facebook.com/arteataqueoficina facebook.com/anmoue facebook.com/transformesorrisos

Conhece um trabalho social e quer vê-lo aqui? Indique para reportagem@vero.com.br

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suA EMpREsA pOdE EsTAR EnTRE As MElhOREs BARUERI E REgIão VERO e Folha de Alphaville convidam as empresas a participarem da 2a edição do ranking Great Place to Work® "As Melhores Empresas para Trabalhar em Barueri e região"

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#negócios #inovação #crescimento

fotos: divulgação

EMPREENDEDORISMO

PARAÍSO DOS QUADRINHOS

Plataforma disponibiliza acervo de HQs por streaming Cinco apaixonados pelo universo das histórias em quadrinhos decidiram transformar a paixão em negócio. A Cosmic surgiu de um projeto do ilustrador Ramon Cavalcante, veterano de HQs que já tem trabalhos publicados pela DC, em parceria com o jornalista e roteirista George Pedrosa. Ao analisarem o cenário de distribuição digital de histórias em quadrinhos, descobriram um nicho de mercado que tem amantes e colecionadores ao redor do mundo. O serviço de assinatura será lançado em novembro, mas já é possível acessar a versão beta de um leitor de quadrinhos gratuito, que pode ser utilizado para ler as HQs que o usuário tem no computador. Após o lançamento, será possível acessar o acervo da plataforma também em dispositivos móveis como tablets e celulares. De onde surgiu a ideia de disponibilizar HQs em uma plataforma? 
 Inicialmente, Ramon e eu estávamos produzindo uma história em quadrinhos de fantasia chamada Novo Mundo. Já enquanto fazíamos a HQ, começamos a pensar em como faríamos para distribuí-la digitalmente. Entramos em contato com o Boro Lacerda, e ele sugeriu criarmos uma

plataforma de assinatura de quadrinhos digitais via streaming. A partir daí, entramos em contato com os outros sócios (o programador Paulo Pinheiro e o economista Rafael Oliveira) para juntarmos nossas especialidades. O que os interessados em HQs poderão encontrar no acervo da Cosmic?

Entre autores que se cadastraram em nosso site e editoras que confirmaram participação, já contamos com dezenas de títulos confirmados. Infelizmente ainda não podemos divulgar os nomes dos autores e editoras que confirmaram presença na plataforma, mas dá para adiantar que, além de obras mais recentes, o acervo também incluirá clássicos digitalizados dos autores e editoras parceiras. Realizamos um trabalho de curadoria para selecionar obras de qualidade para nosso acervo, antes de firmar parceria em contrato para lançarmos na plataforma. Qual é o valor da assinatura e como esse dinheiro será aplicado no negócio? A assinatura mensal é de R$ 15,90. Nosso modelo funciona da seguinte forma: 30% do valor da assinatura dos usuários ficam com a Cosmic, para custos de pessoal, manutenção e servidores. Os outros 70% vão para os autores e editoras cadastrados no serviço, proporcionalmente ao número de páginas lidas de suas obras. Quanto mais página lidas, maior o percentual das assinaturas que vai para os autores e editoras.

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SP seleciona startups para melhorar serviços públicos

App para organizar a pelada com os amigos

Às vezes, organizar aquela pelada com os amigos mostra-se uma tarefa difícil. Pensando nisso, a startup brasileira Fintta criou site e app de mesmo nome em que é possível formar times e criar competições amadoras de futebol. “O WhatsApp ajudou a organizar as peladas, mas ainda é preciso, por exemplo, anotar os nomes de quem confirmou presença no jogo para dividir a conta depois”, afirma Romulo Cardoso, um dos sócios-fundadores da startup. “O nosso app resolve esse problema.” Segundo Cardoso, o modelo é parecido com o do serviço de reserva de hotéis online, em que a receita é conseguida a partir de uma taxa cobrada do proprietário de cada campo de futebol alugado pelo app. Atualmente, são 244 estabelecimentos cadastrados e 1,5 milhão de reais já foram negociados por meio do serviço. Gratuito, o app deve receber uma versão para iOS em breve – atualmente, há apenas para Android.

O governo do estado de São Paulo anunciou, em parceria com a Associação Brasileira de Startups, a ABStartups, a primeira edição do Pitch Gov SP – evento que selecionará 15 startups dispostas a desenvolver e aplicar suas soluções tecnológicas para melhorar os serviços públicos da capital em três esferas: saúde, educação e facilidades ao cidadão. Inspirado no Pitch Corporate, evento organizado pela ABStartups que apresenta startups a grandes empresas para encontrar interesses em comum e firmar parcerias, o Pitch Gov SP dá a oportunidade aos empreendedores de identificar problemas reais da população e contar com o auxílio de órgãos públicos para desenvolver o negócio. As inscrições, pelo site pitchgov.sp.gov.br, vão até o dia 18 de outubro.

Empreendedorismo social

Em busca dos empreendedores sociais mais promissores do país, a marca de whisky Chivas Regal promove a segunda edição do concurso “The Venture” (theventure.com). O objetivo é encontrar empresas e ideias inovadoras que visem novas formas de desenvolver o bem-estar coletivo. Quem ganhar o concurso leva US$ 1 milhão para investir em seu projeto. Criada em 2014, a premiação visa apoiar propostas de negócios que buscam o sucesso enquanto geram impacto social positivo. No ano passado, 20 empreendedores sociais de todo o mundo foram selecionados, treinados no Vale do Silício, na Califórnia, EUA, e ainda conheceram empresas líderes em tecnologia e foram orientados por especialistas. Desta vez, o finalista será escolhido por um júri especializado, sendo premiado com um curso na Singularity University, da Nasa, que tem como missão educar, inspirar e capacitar líderes para aplicar tecnologias na solução dos grandes desafios da humanidade.

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OrgâniCo

#coworking #inovação #negócios

Um novo jeito de fazer negócios O OrgâniCo, moderno espaço de coworking de Alphaville, completa um ano e comemora o lançamento de novos projetos: bolsas para empreendedores e bikes elétricas estão entre eles por

Thais Sant'Ana

Incentivar a criação de novos negócios, estimular o empreendedorismo e instigar a inovação. Essas têm sido algumas das principais propostas do OrgâniCo Working desde sua fundação, em outubro de 2014. Há um ano, o espaço de coworking idealizado pelos empresários Marcos Lage, Ricardo Marques, Teddy Lorentziadis e Walter Coscia mudou os parâmetros da região quando o assunto é fazer negócios. Além dos mais de 60 empreendedores e empresas que já estão instalados no local (tem de tudo um pouco: agência de comunicação, consultoria de marketing digital, empresa de tecnologia, etc.) fazendo, diariamente, networking e estabelecendo conexões, também há palestras, talks e bate-papos constantemente no espaço, depois do

Mais de 60 empresas e profissionais estão instalados no espaço

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expediente. De grandes empreendedores a cientistas sociais que discutem o futuro do bairro, nomes como o ex-ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio Exterior Luiz Fernando Furlan, o arquiteto especialista em urbanidades Carlos Leite e o megaempreendedor Bob Wollheim já passaram pelo local. A novidade mais recente é o projeto Startup Burger, desenvolvido por uma parceria entre o OrgâniCo e a hamburgueria Real Burger. São talks com empreendedores que vão contar seus cases de sucesso, seguidos de confraternização no Real Burger, com direito a hambúrguer e cervejinha. Toda a renda gerada pela compra de ingressos para esses encontros vai ser revertida para subsidiar uma “table free” (mesa gratuita) para novas startups dentro do OrgâniCo, por um período de até seis meses (veja mais informações abaixo). Ou seja, pela primeira vez, uma reunião entre empreendedores vai estimular o surgimento de novos empreendedores – e nem estamos falando dos próprios participantes dos encontros. Felipe Forjaz, criador da Elemídia, e Pedro Prellwitz, fundador do Men’s Market, deram o pontapé inicial e contaram suas trajetórias – e de suas empresas – em setembro. Confira ao lado os próximos encontros. MAIS NOVIDADES A partir deste mês, o OrgâniCo conta com dois novos coworkers de peso: a agência de conteúdo e entretenimento Vitamina e a loja de móveis corporativos C.O.D – esta última vai transformar o espaço de coworking em um grande showroom da marca. E mais: para reafirmar o sucesso do último ano e consolidar os novos projetos, o OrgâniCo também lança, no próximo mês, sua nova logomarca. Criada a partir de um estudo e de bate-papos com coworkers, o novo visual tem como objetivo representar melhor os valores atuais do empreendimento.

Veja vídeos com depoimentos de alguns coworkers do OrgâniCo

ALUGUEL DE BIKES ELÉTRICAS

Outra novidade recente do espaço de coworking são as bikes elétricas disponíveis para locação. Em fase de testes, a proposta é disponibilizar aos coworkers e aos moradores e frequentadores da região um meio de transporte rápido, eficiente e, ainda, que contribui com o meio ambiente. “O mais legal dessas bikes é que, diferentemente do que se imagina, é preciso pedalar. O motor serve apenas para ajudar a impulsionar a pedalada. Então, é uma movimentação tranquila, mas não deixa de ser uma atividade física”, explica Lisiane Olsson, coordenadora de marketing do OrgâniCo. Se der certo, a ideia é levar uma proposta de corredor para bikes no bairro à prefeitura. O aluguel das magrelas custa a partir de R$ 7 a hora. Mais informações: (11) 2424-1010.

PROGRAMAÇÃO DE TALKS 13/10

Renato Alvez Chu e Lucas Momm explicam por que deixaram para trás suas promissoras carreiras em bancos de investimento para criar uma empresa de pesquisa de mercado inovadora. Em um ano de operação, construiram uma base de 100 mil usuários e uma poderosa carteira de clientes.

20/10

Mauricio Meismith conta como tornou-se um dos precursores da internet no Brasil. Sua empresa, a WebForce, é responsável pela criação da homepage hpG, que chegou à terceira maior audiência do país em 2001 e foi vendida para o iG por R$ 55 milhões.

OS INGRESSOS CUSTAM R$ 50 E INCLUEM BURGER E CERVEJA. CONFIRA A PROGRAMAÇÃO COMPLETA DE EVENTOS DO ORGÂNICO NA PÁG. 50A

TABLE FREE

O programa gratuito de bolsas para profissionais que desejam empreender ou desenvolver projetos e startups no OrgâniCo está programado para ter início em janeiro de 2016. Os interessados em participar devem enviar um texto com sua proposta de trabalho para atendimento@organicoworking até 20 de novembro. Um comitê avaliador vai escolher o projeto (ou os projetos, ainda não há número definido) que merecem essa oportunidade. O vencedor (ou vencedores) será divulgado na edição de dezembro da VERO.

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pensamento empreendedor

#otimismo #luta #semcrise

2015, no fim, vai dar certo O ano, certamente, não está fácil pra ninguém. O papo que rola em todas as rodinhas, sejam pré-reuniões, sejam happy hours no final do dia, invariavelmente cai pro lados da crise, cortes, desemprego e desgoverno. Recentemente recebi um amigo americano que veio ao Brasil rever amigos, e ele disse duas coisas que me chamaram a atenção e me fizeram pensar: 1. Já vi várias dessas no Brasil e algumas muito piores e 2. No fim vai dar certo! Você sabe. Tudo absolutamente verdade, sabemos nós como brasileiros que somos, mas ouvindo essas duas afirmações de um americano – que conhece Brasil, já fez muitos negócios aqui, mas é americano! – parei para pensar e refletir. De fato já passamos por coisas piores – os analistas mais nervosos dirão que “nunca neste país...”. Mas tendo mesmo a concordar com o meu amigo, e, buscando pela memória, é óbvio que o Brasil está muito melhor do que antes. Há, claro,

muito desgoverno e muita bagunça econômica e politica, mas há mais Brasil hoje do que há 10, 20, 30 anos. Mas o que mais me fez parar e pensar – cheguei a falar isso pro meu amigo gringo – foi ouvi-lo dizer “no fim vai dar certo, você sabe”. Ele chegou a argumentar: “Nos meus anos de Brasil (faz cerca de uns 20 anos que ele vem fazendo negócios com e no país), essas crises fazem parte do que o país é, mas passam, nunca duram mais do que “a couple of years”, e vocês seguem crescendo, evoluindo e melhorando”, completou, e de fato refleti que ele tem razão. Somos uma nação enorme, de gente guerreira, vivemos e crescemos acostumados a superar todos os tipos de crises, e não será esta que nos abaterá. Meu amigo está certo, e o mais importante, senti que o gás de energia que ele me deu naquele café da manhã foi importante para que eu não entre no espírito da crise nem passa a criá-la nos meus negócios e no meu trabalho.

Tenho sido um enorme crítico do espírito “hey ho, let’s go” e do excesso de autoajuda que estamos vendo no universo empreendedor brasileiro, portanto, não vou aqui incentivar uma atitude qualquer de otimismo vazio... Mas o que meu amigo me provocou com a sua frase “no fim vai dar certo” foi também a não assumir um derrotismo e um pessimismo que, esses sim, nos conduzem a crises! Vamos à luta, a vida é dura, mas no fim vai dar certo!, digo a mim mesmo neste momento. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

bob wollheim é fundador do youPIX e do Startupi, autor de Empreender não é Brincadeira e venture corp da Endeavor

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sucesso

#diagnóstico #mudanças #jogodecintura

A estratégia para surfar na onda da crise Em meus escritos e palestras, tenho me empenhado em oferecer orientações para quem pretende avançar no campo dos negócios, mesmo nesta época marcada por incertezas na economia. Tenho tratado de segmentação, preço, comunicação, mensuração e monitoramento, entre outras questões. Acrescento que os grandes estrategistas sempre têm foco, disciplina e organização. Quem combina plano e método atinge mais rapidamente seus objetivos. E isso vale para o campo pessoal e profissional. Suar a camisa ainda é uma exigência para quem aspira ao sucesso. No entanto, é certo que sua menos quem planeja mais. Em décadas de atividade profissional, aprendi que dedicar parte do tempo a análise e planejamento encurta o caminho. Mas como e por quê? Ora, primeiramente, porque um bom diagnóstico prévio revela seu potencial. Assim, você determina seus limites. Sabe em que velocidade pode se deslocar e quais desafios pode encarar. Ao exercitar a visão, você determina aonde quer chegar e estabelece previamente o percurso, desviando-se das maiores pedras do caminho. Ao planejar a execução, você constitui um elenco dos recursos necessários, escala seus parceiros de viagem e divide tarefas e atribuições. Quando você tem uma estratégia, mede e monitora, torna-se capaz de assimilar a informação e coordenar a correção de rumo apropriada. Em suma, faz mais com menos. Na Batalha das Termópilas, aquela dos “300” de Esparta, a estratégia era o trunfo do valente Leônidas, que

conhecia perfeitamente o potencial de seu exército. Seus soldados vigiavam o inimigo, observavam a composição das tropas e registravam seus movimentos. Leônidas utilizava esses dados para definir rapidamente sua formação defensiva. Determinava onde seus combatentes deveriam se postar e como deveriam reagir aos ataques das forças de Xerxes I. Por isso, seu reduzido batalhão foi tão eficiente na resistência ao invasor. Essa conduta vale também para o campo dos negócios. Em épocas de crise, de modo especial, convém saber como anda o mercado, o que estão fazendo os concorrentes e, principalmente, a velocidade de seu deslocamento rumo à meta determinada. Quando o avanço é lento demais, muitas empresas simplesmente se conformam com a situação. Trazem o objetivo para mais perto, ajustando-o ao problema. Quando o avanço é rápido demais, existe sempre a tendência ao relaxamento. O líder argumenta que seu pessoal já cumpriu o prometido. Ambas as condutas são equivocadas. No primeiro caso, a empresa entrega à concorrência a oportunidade de acelerar o passo e estabelecer vantagem competitiva. No segundo, perde a chance de consolidar a liderança e abre espaço a outros players do mercado. Quando percebemos que a execução da estratégia ganhou um ritmo diferente do previsto, temos de descobrir o que está ocorrendo e tomar medidas de correção e atualização. Como compreender o que ocorreu?

A empresa precisa refazer a análise dos seis Cs do ambiente de negócios (companhia, concorrentes, canais de vendas, consumidores finais, custos e contexto). As medidas corretivas tendem a ocorrer no campo operacional. É preciso retrabalhar o plano de metas e os quatro Ps do marketing mix (produto, praça, preço e promoção). Muitas vezes, a correção fracassa porque a empresa não é capaz de compreender os concorrentes ou as mudanças no mercado. Por vezes, falha porque a empresa não sabe avaliar a si mesma e insiste, por exemplo, em configurações inadequadas de produtos e preços. A melhor resposta, portanto, exige jogo de cintura, precisão, rapidez, autocrítica e também ousadia inovadora. Vai encarar os persas? Quer manter sua posição? A ordem é diagnosticar, medir, monitorar e, sim, responder energicamente ao processo da mudança. Quer surfar na crise? Aprenda, capacite-se e aproveite a onda da oportunidade. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br

carlos júlio é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios

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orgânico

#agenda #programação #outubro

Palestras, talks, jazz, cerveja e meditação em Alphaville

Em comemoração ao aniversário de um ano do Orgânico – espaço inovador de coworking –, casa tem programação intensa o mês inteiro. Confira!

13 20h

STARTUP BURGER

10 16h

sábado

14 20h

terça

quarta

debate

E-commerce para pequenas e média empresas

Palestra

talk Reprograme seu subconsciente para Como a pesquisa mobile se atingir objetivos transformou em um grande negócio

15 20h

16 19h30

19 20h

sexta

segunda

ensaio

Ensaio da Traditional Jazz Band com happy hour

palestra

Meditação transcendental com Elisa Lima e Renoe Valério Gratuito

Palestra

R$ 35 – o valor será revertido para a ONG Rainha da Paz

22 12h30

22 20h

Palestra

Transformando desafios em conquistas

quinta

quinta

Palestra APAE

Exercícios, cardápios e hábitos antiestresse com Marcia Diniz Gratuito

Estresse e trabalho. Até quando seu cérebro aguenta? com Dr. Saulo Nader e Dra. Maria F. Caliani – Gratuito

23 20h

es sex pe ta ci s ai s

quinta

com Eduardo Shinyashiki R$ 50 – o valor será revertido para a APAE-Barueri

sexta

Palestra

Com ou sem colarinho? A história da cerveja com David Michelsohn R$ 35 (com degustação)

26 20h

27 12h30

Estudo da viabilidade de um negócio

Os chineses estão chegando com Ling Wang

quarta

oficina

com Laerte Oliveira e José Carlos Cardoso R$ 30

com Franklin Bravos e Alexandre Cezário R$ 30 STARTUP BURGER

com Renato Alvez Chu e Lucas Momm, da MeSeems R$ 50 (inclui burger e cerveja)

es sex pe ta ci s ai s

com Fanny Van Laere R$ 50

terça

Palestra R$ 160

O projeto Na.SALA traz para o OrgâniCo a especialista Ling Wang, que

20 20h

segunda

talk

Como funciona um empreendedor serial

com Mauricio Meismith R$ 50 (inclui burger e cerveja) O empresário conta como tornou-se um dos precursores da internet no Brasil, fala sobre a criação da homepage hpG, que chegou à terceira maior audiência do país e foi vendida para o iG por R$ 55 milhões, e sobre suas outras empreitadas. mais informações e inscrições para todos os eventos em

organicoworking.com.br/ #eventos ou pelo telefone: (11) 24242-1010

vai falar sobre as oportunidades de negócios com o mercado chinês. Ling atua há 13 anos no mercado prestando serviços a empresas brasileiras que buscam fazer negócios com a China e Taiwan.

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Orgânico Creative working

Alpha Square Mall – Av. Sagitário, 138, loja 72 – (11) 2424-1010 – www.organicoworking.com.br

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c a d e r n o

N ot í c i a s r e g i o n a i s

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dicas

educação

Confira um roteiro completo com as escolas da região

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r ot e i r o s

L o c a l

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e n t r e t e n i m e n to

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e n t r e v i s ta s

Ricardo almeida Estilista inaugura loja em Alphaville pág. 4B

pág. 14B

foto zé gabriel

entrevista

Barueri terá faculdade municipal e gratuita pág. 12B

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Capa local

Ricardo Almeida

“Acredito muito no potencial de Alphaville” Aproveitando o desenvolvimento do setor no Brasil e a crescente preocupação dos homens com beleza, o conceituado estilista de moda masculina abre loja no bairro e aposta num mix diversificado para atrair a clientela por Thais Sant’Ana fotos Zé Gabriel

Nos últimos dez anos,

Interior da loja da grife: alfaiataria e produtos casuais, além da coleção completa de calçados

o faturamento do setor de moda no Brasil quadruplicou. Segundo dados da consultoria Euromonitor, em 2013 – ano em que a economia em geral teve um desempenho baixo – o segmento faturou, sozinho, R$ 140 bilhões. A participação da mulher no mercado de trabalho tem ajudado a impulsionar o crescimento do ramo. Mas a recente preocupação masculina com beleza e bem-estar também vem auxiliando muito no aumento dos dígitos. Acompanhando a tendência, o conceituado estilista de moda masculina Ricardo Almeida acaba de abrir as portas da sua primeira loja na região, no shopping Iguatemi Alphaville. Na entrevista a seguir, você confere os motivos que o levaram a investir no bairro e conhece um pouco da trajetória do empresário, que descobriu a moda por acaso, enquanto tentava se tornar um piloto de motovelocidade de sucesso.

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Por que decidiu abrir uma loja em Alphaville? Tenho muitos amigos e clientes na região, e eles sempre me incentivaram a investir em Alphaville. Acredito muito no potencial de consumo da área e estava aguardando a oportunidade certa para fazer este investimento. Quando surgiu este ponto no Shopping Iguatemi, achei que o momento havia chegado. Quais as expectativas em relação ao mercado local e à aceitação da loja? Assim como no restante da rede, tenho expectativas altas em relação ao crescimento desta loja. Estamos passando por um bom momento na marca Ricardo Almeida, um momento de expansão, e acredito que Alphaville tenha potencial de acompanhar esse crescimento. E qual a expectativa de expansão para o futuro? Estamos com mais três lojas planejadas para serem abertas ainda neste ano, e estou trabalhando no projeto de uma nova fábrica, onde iremos triplicar o nosso espaço produtivo. Além do conforto e do espaço, pretendemos ampliar a nossa capacidade produtiva para atender a essa crescente demanda. Quantas lojas tem hoje? Em quais locais? Hoje estamos com 14 lojas,

Fachada da loja, que conta com 110 m2: "Tenho expectativas altas em relação ao crescimento"

com atuação ainda bastante concentrada no estado de São Paulo, mas com previsão de expansão. Temos seis lojas na capital: Bela Cintra, Iguatemi (uma loja masculina e outra feminina), Morumbi, JK Iguatemi e Anália Franco. Estamos também em Ribeirão Preto, Alphaville e, em Itupeva, temos uma loja no Outlet Premium. Fora do estado, estamos em Belo Horizonte, Brasília, Fortaleza, Recife e Rio de Janeiro. Qual o tamanho da loja de Alphaville? Conta com algum diferencial? A loja conta com 110 m2 e é completa, como qualquer outra loja da rede. Nela o cliente poderá encontrar toda a nossa alfaiataria e também os nossos produtos casuais e a coleção completa de calçados. Acho importante oferecer esse mix para os clientes, pois permite a criação de um guarda-roupa muito mais diversificado. Quando decidiu ser estilista? Comecei no mundo da moda meio que por acaso. No final da minha adolescência, praticava motovelocidade e tinha o

sonho de me tornar um piloto de sucesso. Como deixar uma moto competitiva custava caro, fui obrigado a buscar patrocínio para conseguir continuar no esporte. Nessa procura, consegui emprego em uma confecção, como representante, sendo assim o meu primeiro contato com o mundo da moda. Da confecção me mudei para uma camisaria e comecei a me interessar mais pela área criativa. Percebia que, quando tinha produtos diferentes, conseguia vender mais, e assim, tinha um salário maior. Daí para a minha carreira solo não demorou muito. Alguns anos depois, em 1983, abri a primeira fábrica, dentro da minha própria casa, e, a partir daí, não parei mais. E como a experiência da família na área de enxovais ajudou na carreira? Comecei a trabalhar na empresa dos meus pais muito novo, muito antes da confecção e da camisaria. No começo ajudava somente no Natal, mas, aos 14 anos, já frequentava o negócio diariamente. Essa experiência foi essencial para a minha carreira, pois lá dentro pude

entender como uma empresa funciona por inteiro, desde a compra até o atendimento ao consumidor. Ao que credita o sucesso e o reconhecimento? Muito trabalho. Sou uma pessoa que não para de trabalhar, mesmo nas horas de descanso. Chego na fábrica às 6h45 e volto para casa por volta das 20h. Gosto de acompanhar tudo. Com o crescimento da marca, isso se torna cada dia mais difícil, mas me esforço para estar sempre por perto. Como garantir a identidade da marca mesmo com a expansão? Existe um trabalho grande da nossa equipe comercial para manter o mesmo padrão de atendimento em todas as lojas. O responsável por esse setor está sempre viajando, visitando as lojas e cuidando desses detalhes. O nosso visual merchandising também é padronizado. Além disso, trabalhamos forte na identidade visual da marca e dos produtos, garantindo assim que todos recebam as mesmas informações. 2015 | outubro | local vero | 5B

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Coquetel

Destaques da região

Competição de kart em Aldeia No dia 8 de novembro, acontece, no Kartódromo Aldeia da Serra, o Sampa Kart Race, torneio direcionado para competidores amadores de kart. Qualquer pessoa pode se inscrever, mas é necessário ler o regulamento disponível no site. Para participar, o valor do primeiro lote é R$ 340. Sampa Kart Race kartrace.com.br

Mais produtos naturais

Tuk Tuk para eventos

Para deixar as festas ainda mais animadas, a Vemcar Party oferece passeios no charmoso carrinho Tuk Tuk. Além de dar uma voltinha divertida durante o evento, os convidados também podem tirar fotos instantâneas num monitor touchscreen dentro do carro. (11) 99281-6460 / 94000-8642

O shopping tem três novas opções gastronômicas: o Muy Restaurante, self-service de comida brasileira, a Trattoria Aurora e A Especiaria, com opções de comidinhas saudáveis e funcionais. Alpha Square Mall (11) 2664-0404 alphasquare mall.com.br

Papinhas para os pequenos

O Shopping Tamboré ganhou um quiosque do Empório da Papinha. As receitas são feitas com ingredientes orgânicos, sem agrotóxicos, adubos artificiais ou modificações genéticas. Há opções com frutas, sopas e miniporções de purês. Shopping Tamboré emporioda papinha.com.br (11) 2166-9717

A loja de produtos naturais e saudáveis Empório Zero abriu as portas no fim de setembro. Entre os destaques da casa, estão frutas secas, hibiscus, sal rosa do Himalaia, temperos, pratos prontos, congelados e refrigerados. Av. Pentágono, 200 Pentágono Mall lj 19 (11) 4381-1639

Café e comida japonesa no Bradesco

O restaurante Yosugiru Sushi já está funcionando no Bradesco Alpha Building. A casa de culinária japonesa conta com sistema de rodízio e pratos à la carte. Um Fran’s Café também foi inaugurado no prédio. Al. Andrômeda, 55 yosugiru.com.br (11) 7846-8316 franscafe.com.br (11) 4196-8680

fotos: divulgação

NOVIDADES

Novidades no Alpha Square Mall

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É DIA DAS

CRIANÇAS

Para manter a beleza

A dermatologista Valeria Marcondes acaba de inaugurar sua clínica em Alphaville. O consultório é formado por uma equipe multidisciplinar composta por dermatologistas, nutricionistas e esteticistas. Por lá, os homens também têm vez, com tratamentos que não deixam transparecer nenhum tipo de intervenção na face.

O Iguatemi Alphaville tem duas atrações infantis neste mês: até o dia 13 acontece a 2a edição da feira Book Lovers Kids, com 3.000 títulos com preços especiais e contação gratuita de histórias. Até o dia 18, o mall também promove a oficina infantil “Tem Criança na Cozinha”, do canal Gloob – que ensina as receitas do programa para as crianças. É gratuito.

Clínica Valéria Marcondes Al. Grajaú, 98 – Ed. Pravda (11) 3672-5911 – valeriamarcondes.com.br

foto rogério alonso

Iguatemi Alphaville – (11) 2078 8000 iguatemialphaville.com.br

LIVRARIA COM CAFÉ 24H No Alphashopping

Em breve o primeiro shopping do bairro vai ganhar novas lojas: a Livraria Nobel, que vai contar com um Café Illy 24 horas, e o restaurante Divino Fogão, que oferece comida típica de fazenda. “Nosso objetivo é agregar ainda mais marcas para o Alphashopping”, conta Jesse de Carvalho, administrador do mall.

Alphashopping (11) 4191-1190 – alphashopping.com.br

No dia 24, acontece a Praça da Diversão especial de Halloween no Centro Comercial Alphaville, com pula-pula decorado com o tema, piscina de bolinha, pintura facial, escultura de balões e muito mais. Centro Comercial Alphaville Pça das Orquídeas – 24/10, das 10h às 16h

Ainda para os pequenos (e também para os grandes), o Shopping Tamboré tem uma super-roda-gigante itinerante, com 30 metros de altura, até o dia 18. Custa R$ 15. Shopping Tamboré – (11) 2166-9717 shoppingtambore.com.br

Até o dia 10, o Shopping Flamingo também tem feira do livro e distribuição de guloseimas. shopping flamingo – (11) 4688-2658 shoppingflamingo.com.br

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Evento

Complexo Madeira

Fachada do Complexo Madeira – últimas unidades à venda

Tudo no mesmo lugar: mixed use reúne hotel, restaurantes e escritórios Um hotel da rede Blue Tree com 324 Inaugurado em setembro, novo quartos, spa, piscina coberta e fitness megaempreendimento do bairro, center; uma torre corporativa com 279 salas comerciais; um Boulevard Gastronômico idealizado por Alphapar e Tivolli, com restaurantes como Maria João, pretende atrair empresários, L’Entrecôte de Paris, Moto Sushi e Fran’s moradores e também quem Café Lounge, além da loja de vinhos Expand; passa pela região, movimentando e um centro de convenções com capacidade para 900 pessoas. Alphaville conta com ainda mais a economia local esse mix variado de opções, reunidas em por Leonardo Valle

um mesmo lugar, desde a inauguração do megaempreendimento Complexo Madeira – idealizado pela Alphaville Participações (Alphapar) em parceria com a Tivolli Empreendimentos –, no dia 24 de setembro.

Para marcar a estreia, uma festa agitou o bairro. O evento foi dividido em duas partes: na primeira, os convidados foram recepcionados no foyer do auditório do hotel e seguiram para uma apresentação da banda de jazz de Nuno Mindelis num Jazz Club montado ali mesmo. Na segunda etapa, todos foram convidados a conhecer o Boulevard Gastronômico do complexo. Lá os restaurantes tiveram a chance de servir alguns de seus pratos – e agradaram os convidados. Um dos destaques da noite foi a apresentação de dança circense suspensa da Cia K. Confira algumas fotos da festa de inauguração e destaques do empreendimento:

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“O Complexo Madeira é o mais exclusivo mixed use de Alphaville, contando com escritórios de alto padrão e com o Hotel Blue Tree, considerado o melhor para executivos do Brasil. Não poderíamos estar de fora”

1

2

Ramez Khabbaz, dono da nova filial do restaurante Maria João

3

O hotel da rede Blue Tree tem 324 quartos e fitness center com spa e piscina com raia de 20 m, que pode ser acessada por hóspedes, executivos e público em geral

“Escolhemos o Complexo Madeira pela localização privilegiada e pelo potencial do empreendimento” Henrique Rodrigues, sócio do restaurante japonês Moto Izakaya, juntamente com o chef Thiago Sakamoto

4

5

6

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1. Sônia e Aurélio Sé 2. Cristiano Dencker, Daniella Maeda e Arnaldo Gomes da Rocha 3. Área do Boulevard Gastronômico, com lounge do Fran's Café à direita 4. Carla Khabbaz, Deise Ferrão, Caroline Khabbaz e Ramez Khabbaz 5. Fachada do Blue Tree Premium 6. Manuel, Mônica e Ricardo Sé 7. Nuno Lopes Alves e Fátima Pinã Rodrigues 8. Detalhes dos drinks preparados no bar do Jazz Club

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Além do hotel, Complexo Madeira conta com Boulevard Gastronômico com restaurantes e torre corporativa com 279 escritórios – últimas unidades estão à venda!

“Aqui temos um conceito de rua, mas com a segurança e facilidade de estacionamento de um shopping” Cristiano Dencker, sócio do L’Entrecôte de Paris, juntamente com daniella maeda

“Decidimos apostar no Complexo Madeira justamente pela bandeira Blue Tree, que trouxe um diferencial em termos de hotelaria para Alphaville”

1 2

Edson Seiji Akasaka, sócio do Fran's Café Lounge

“A escolha por Alphaville foi natural. Conhecemos o potencial da região" Otávio Piva Filho, sócio da Expand

3

4

1. Apresentação da banda de Nuno Mindelis 2. Margarida Ferreira, Abel, Rosalina e José Espínola 3. Cleber, Elaine e Breno Cortez 4. Marcelo e Eliana Takaoka 5. Virgínia Sé 6. Bruno, Vania e Genival Chagas 7. Foyer do auditório do hotel tranformou-se num jazz club 5

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1. Federico Zanoni e Celso Kato 2. Vera, Nura e Ali Ayoub 3 e 4. Um dos destaques da noite: apresentação de dança circense suspensa da Cia K 5. Antônio José, Maria Aparecida, Douglas, Fernanda e Lucas Trevisan 6. Danilo Vasconcelos e Paula Kochi 7. Recepção dos convidados no foyer do auditório do hotel

5

"Empreendimentos multifuncionais assim poupam as pessoas do trânsito. Dessa forma, elas têm mais tempo para aproveitar o lazer em família" Ricardo Julião, arquiteto responsável pelo projeto do Complexo Madeira

Um centro de convenções com capacidade para 900 pessoas e outros serviços, como agência de câmbio e farmácia, completam o rol do empreendimento

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Entrevista

faculdade em Barueri

Barueri ganha faculdade municipal e gratuita

A maioria das faculdades municipais do país é paga; aproveitando o know-how na área de tecnologia, FIEB administra, a partir de 2016, o primeiro curso superior gratuito de redes da região por Thais Sant’Ana

Qual será o primeiro curso oferecido? Como foi a escolha dele? Nosso primeiro curso será o de Tecnologia em Redes e Computadores. Quando entramos com o pedido lá atrás, para instituir a faculdade, já entramos com a solicitação desse curso. Como a FIEB e os ITBs têm essa tradição tecnológica, nossos cursos nessa área de informática e tecnologia nos levaram a começar por aí.

Quantos cursos terão? Pra começar a faculdade, pedimos só um curso. Agora, depois de criada, podemos entrar com pedido para mais cursos. Dois, três ou mais. Não temos um número fixo, isso é o tempo que nos dirá. Vamos modelando de acordo com o crescimento regional e sem abrir mão da qualidade. Como será a pesquisa para os demais cursos? Será feito, em breve, um trabalho de avaliação e pesquisa da FIEB junto com o governo municipal. Precisamos saber qual a vocação regional e da cidade. A preocupação é oferecer um curso gratuito bem aceito pelo mercado. Precisamos saber quais as demandas das empresas locais. Então, teremos pesquisas de opinião e pesquisas de mercado. Qual a previsão de início das aulas? Inicialmente, era já neste segundo semestre de 2015. No entanto, a autorização do MEC não veio a tempo da realização do vestibular, e ficamos para o primeiro semestre de 2016. De qualquer forma, já estamos encaminhando os processos de vestibular e a contratação de professores. Uma exigência nossa é que todos sejam mestres, mestrandos e doutores. Como serão escolhidos os professores? Quando surge um curso novo, não há concursados

foto zé gabriel

Existem hoje, no Brasil, segundo dados do Ministério da Educação (MEC), 67 faculdades e universidades municipais. Dessas, pasme, somente três são gratuitas. Mais: a maioria delas tem respaldo legal para cobrar mensalidades. Barueri não pretende fazer parte dessa estatística. Recentemente, uma lei que dispõe sobre a criação da Faculdade Municipal de Barueri foi sancionada e publicada no Diário Oficial. As aulas do primeiro curso, de Tecnologia em Redes e Computadores, têm início no próximo ano. Daí para a frente, o município promete avaliar a vocação da cidade para oferecer novos cursos. Uma nova sede também deve ser criada – já que, de início, as instalações do Instituto Tecnológico de Barueri (ITB) vão abrigar os universitários. Mas uma coisa é certa: “A faculdade será totalmente bancada com recursos municipais”, garante Agnério Néri Ferreira, superintendente da Fundação Instituto de Educação de Barueri (FIEB) – órgão responsável pela administração da nova faculdade. Confira.

Agnério Néri Ferreira, superintendente da Fundação Instituto de Educação de Barueri (FIEB), responsável pela administração da nova faculdade

para assumir as vagas. Então, a lei me permite contratar por um ou até dois anos pessoas para a função. Vamos abrir um processo seletivo público e nacional. O edital deve sair em breve. Mais pra frente, com o amadurecimento da faculdade, deve-se criar um concurso para os contratados definitivos – não só professores, mas também todo o quadro de funcionários. A faculdade vai usar as instalações do ITB? A Faculdade vai funcionar, de início, na escola ITB Brasílio Flores, que é no Jardim Belval. Foi feita uma pequena reforma lá para receber as salas. Elas serão numa área separada do restante da escola. Já temos espaço reservado para alguns anos. Em seguida, vamos precisar de uma sede própria.

Para onde vai depois? Será construído um campus? Há a possibilidade de utilização do prédio da PUC Barueri, cuja concessão terminou? Não posso falar a respeito, não tenho permissão. Mas existe a possibilidade de se usar um prédio público – existem diversos no município – ou então de se construir um prédio em outro local, ou, de repente, é mais viável construir no próprio ITB. Será uma decisão tática do governo. De que forma vão garantir que seja um benefício para os moradores de Barueri? A faculdade é bancada com recursos municipais e reserva 50% de vagas para o munícipe, deixando os outros 50% para a região toda. O curso é noturno. A primeira turma terá 50 alunos.

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Portfólio

Educação

onde estudar

Alphaville e região têm boas opções de colégios, faculdades, universidades e escolas de idioma. Fizemos um levantamento completo das opções. Tudo para facilitar a sua escolha. Confira as tabelas a seguir: 14B | local vero | outubro | 2015

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guia de universidades

Biológicas

Humanas

áreas

Exatas

Extensão

Pós-graduação

tipos de formação

Graduação

região

Graduação tecnológica

instituição

valores (R$)

contato

Mensalidades a partir de:

Telefone e site:

centro universitário fieo (unifieo)

Osasco

590

0800 17 1967 unifieo.br

Faculdade Alfacastelo UNIESP

Barueri

100

(11) 4198-9822 alfacastelo.edu.br

FATEC Barueri

Barueri

gratuito

(11) 4198-3121 fatecbarueri.edu.br

Faculdades Integradas Rio Branco

Granja Viana

635,50

0800 165 521 riobrancofac.edu.br

Alphaville

615

(11) 3711-1000 strong.com.br/ fgvalphaville

Alphaville

403

0800 010 9000 unip.br

Tamboré

1.738

(11) 3555-2181 mackenzie.br

Strong Educacional (FGV) Universidade Paulista (UNIP)

pág. 24B

Universidade Presbiteriana Mackenzie

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Portfólio

Educação

guia de escolas

Integral

Bilíngue

Curso Técnico

ativ. extras

Pré-vestibular

Ens. Médio

Ens. Fund. II

Ens. Fund. I

ensino

Ed. Infantil

região

Berçário

instituição

valores (R$)

no Alunos

contato

Ano de Mensalidades referência a partir de 2015

Telefone e site

anglo aldeia da serra / Aldeia Mirim

Aldeia da Serra

1.022

270

(11) 4192-4272 aldeiamirim. com.br

Anglo Leonardo da Vinci

Alphaville

2.193

250

(11) 2858-3450 estudeno anglo.com.br

Cotia

445

1.286

(11) 4573-3000 cotia.ea.org.br

Barueri

não informado

não informado

(11) 4198-2281 colegiochalupe.com.br

Colégio Madre iva

Cotia

523

500

(11) 4148-9110 colegiomadre iva.com.br

Colégio Mario Schenberg

Cotia

1.578

550

(11) 4613-6200 marioschenberg.com.br

Alphaville

1.341

2.021

Alphaville

1.630

991

(11) 4622-7722 colegio pentagono.com

Tamboré

1.474

2.​750

(11) 3555-2139 colegio. mackenzie.br

Granja Viana

1.626

2.000

(11) 4613-8579 crb.g12.br

Granja Viana

2.815

360

(11) 4612-2711 sidarta.org.br

885

350

(11) 4153-2925 universitario alphaville. com.br

pág. 19B

Colégio Adventista de Cotia Colégio Chalupe

Colégio Objetivo

pág. 20B

Colégio Pentágono pág.

Colégio 21B Presbiteriano Mackenzie Colégio Rio Branco

pág. 21B

Colégio Sidarta

(11) 4152-8812 objetivo.br

Colégio Universitário Alphaville

Alphaville

Colégio Vila Alpha

Santana de Parnaíba

1.350

230

(11) 4154-4715 vilaalpha. com.br

Escola Castanheiras

Tamboré

2.109

638

(11) 4152-4600 escola castanheiras. com.br

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guia de escolas

Integral

Bilíngue

Curso Técnico

ativ. extras

Pré-vestibular

Ens. Médio

Ens. Fund. II

Ens. Fund. I

ensino

Ed. Infantil

região

Berçário

instituição

valores (R$)

no Alunos

contato

Ano de Mensalidades referência a partir de 2015

Telefone e site

Santana de Parnaíba

723

350

(11) 4154-5707 escola chacara. com.br

Alphaville

2.000

430

(11) 4153-0033 fernaogaivota. com.br

Escola Internacional de Alphaville

Alphaville

3.043

710

(11) 4134 6686 escola internacional. com.br

Escola Morumbi

Tamboré

2.030

1.250

(11) 2666-2888 escola morumbi. com.br

Tamboré

1.900

580

(11) 4152-4871 escola primeiropasso. com.br

Tamboré

1.970

607

(11) 4152-2580 ursinho branco.com.br

Osasco

613

2.300

(11) 3652-3000 fito.edu.br

Fundação Instituto de Educação de Barueri (FIEB)

Alphaville

gratuito

2.354

(11) 2078-7810 fieb.edu.br

Kids Place Educação Infantil

Alphaville

1.300

250

(11) 4195-4878 kidsplace online.com.br

Granja Viana

1.738

85

(11) 4702-7295 maplebear. com.br

Peixinho Feliz

Alphaville

1.350

20

(11) 4153-5453 peixinho felizsp.com.br

Pueri Domus

Aldeia da Serra

2.387

400

(11) 4192-2430 pueridomus. sebsa.com.br

Osasco

755

1.150

(11) 3695-8200 instituto saopiox.org.br

Santana de Parnaíba

3.487

120

(11) 4154-1875 tiptoe discovery. com.br

Escola Chácara Escola Fernão Gaivota

pág. 13C

pág. 22B

Escola Primeiro Passo Escola Ursinho Branco

pág. 23B

Fito Escola de Educação

Maple Bear Granja Viana

São Pio X

Tip Toe Discovery School

pág. 23B

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Portfólio

Educação

guia de escolas de idiomas Business

Adultos

Kids/Teens

Outros

categorias

Mandarim

Italiano

Francês

idiomas

Espanhol

região

Inglês

instituição

certificação

valores (R$)

contato

Mensalidades a partir de:

Telefone e site

não informado

(11) 4195-3671 berlitz.com.br

Berlitz

Alphaville

Cel lep

18 do Forte e Aldeia da Serra

900

(11) 3123-5537 br.cellep.com

Alphaville

398

(11) 4195-5556 cna.com.br

Centro de Apoio 2

328

(11) 4153-9143 culturainglesasp. com.br

Functional english

Centro de Apoio 2

205

(11) 4153.2578 functional.com.br

International Idiomas

Alphaville

360

(11) 4193-3650 internacional idiomas.com

Alphaville e Burle Marx

607

(11) 4193-1053 / 4152-6744 redballoon.com.br

St. George’s School

Alphaville

546

(11) 4382-9270 oxxeducacao. com.br

Up Time

Alphaville

399

(11) 4195-9163 uptime.com.br

Wall Street English

Alphaville

não informado

(11) 4195.2925 wallstreet english.com.br

Wise Up

Alphaville

não informado

(11) 4191-4229 wiseup.com

Wizard

Aldeia da Serra e Tamboré

150

(11) 4192 1646 / 2078 3180 wizard.com.br

CNA Cultura Inglesa

pág. 22B

Red Balloon

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Nas próximas páginas, você acompanha perfis de algumas escolas em destaque na região:

Anglo Leonardo da Vinci Fundação: 1976 | Na região há 16 anos | Ensino: médio e cursinho pré-vestibular | Al. Amazonas, 868 | Alphaville (11) 2858-3450 | estudenoanglo.com.br Pelo nono ano consecutivo, a instituição está entre as dez escolas mais bem colocadas no ranking do Enem no estado de São Paulo, ocupando a 5ª posição. E ainda, segundo resultado divulgado pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep), o Anglo também ocupa a 19ª colocação entre as escolas com melhor desempenho no país. A sua metodologia de ensino parte do princípio de que o aluno precisa aprender a estudar. Ou seja, ele não se restringe ao uso apenas das apostilas; o próprio estudante constrói seu material de estudo a partir das aulas ministradas pelos professores, da pesquisa em livros e dos debates em sala de aula. O aluno também tem a oportunidade de observar e praticar o que aprendeu nos laboratórios da escola e nos trabalhos de campo. Conta com salas de aulas equipadas com microfone, projetor multimídia e ar-condicionado, quadra esportiva, biblioteca e laboratórios de química e informática.

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No Anglo, o aluno cria seu próprio ritmo de estudo. Avaliações, simulados e trabalhos funcionam como ferramentas para o aprimoramento

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Portfólio

Educação

Colégio objetivo

Fundação: 1965 | Na região há 27 anos | Ensino: infantil, fundamental e médio | Av. Yojiro Takaoka, 3.500 | Alphaville | Telefone: (11) 4152-8812 | E-mail: alphaville@objetivo.br | Site: objetivo.br

O desafio da renovação e a solidez da tradição: ao longo de meio século, o Colégio Objetivo desenvolveu um processo próprio cuja principal característica é estimular a criatividade por meio de uma programação orientada. O resultado é uma formação sólida, pautada por competência linguística, raciocínio lógico, iniciação científica, educação ambiental, visão histórica, formação ética e cidadania. O estudante é preparado para agir em ambiente tecnológico, como o ObjetivoTalks, curso de inglês com a utilização de recursos digitais interativos. Na Educação Infantil e no 1º ano do Ensino Fundamental, os alunos recebem oito conjuntos

de fichas para registro de atividades; do 2º ao 5º ano, são 16 cadernos de atividades; e do 6° ao 9° ano, oito cadernos, mais dois semestrais de Informática/Robótica e Arte, exemplares de obras literárias – e o 9° ano recebe, ainda, um volume de Gramática. Os alunos da 1ª e 2ª séries do ensino médio utilizam um Caderno de Atividades e um caderno de Tarefa de Casa (TC), além de um volume contendo uma obra literária e um Caderno de Laboratório. Os alunos da 3ª série recebem material didático específico para o Enem; cadernos com fichas-resumo; cadernos de revisão; antologias; e análises dos livros de leitura obrigatória para os vestibulares.

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Colégio presbiteriano mackenzie Fundação: 1870 | Na região há 35 anos | Ensino: infantil, fundamental, médio e graduação | Av. Mackenzie, 905 Tamboré | (11) 3555-2139 | Site: mackenzie.br O ​Colégio Presbiteriano Mackenzie Tamboré oferece ensino de qualidade, norteado por uma filosofia baseada em princípios éticos e cristãos. Na educação infantil, as crianças são estimuladas a desenvolver habilidades e competências cognitivas e sociais por meio de atividades que incluem o exercício de diversas linguagens. Durante o ensino fundamental, os alunos são incentivados a construir seu conhecimento por meio da pesquisa e da interação, estimulando-se seu interesse pelas humanidades e pelas ciências. No ensino médio, a educação é voltada para a solução de problemas que visem ao prosseguimento dos estudos em nível universitário e à preparação básica para o mercado de trabalho. Atividades extracurriculares são oferecidas durante toda a educação básica.

Colégio Rio Branco Fundação: 1946 | Na região há 29 anos Ensino: infantil, fundamental e médio Rod. Raposo Tavares, 7.200 (km 24) | Granja Viana, Cotia | Telefone: (11) 4613-8579/ 8580 Site: crb.g12.br Com quase 70 anos de tradição, o colégio é mantido pela Fundação de Rotarianos de São Paulo e já formou renomados artistas, jornalistas, políticos, empresários, esportistas e importantes personalidades do cenário nacional. Trabalhar as dimensões intelectual, social, emocional, expressiva, cultural e interacional faz parte do seu projeto pedagógico. A unidade – que oferece Período Integral Modular Bilíngue e Minimaternal – conta, em suas instalações, com salas de aula equipadas com kit multimídia, auditório com capacidade para 500 lugares, estúdio de TV, laboratórios, quadras poliesportivas, ambulatório médico, piscina semiolímpica aquecida, pista de atletismo, bosque e campo de futebol e de rugby. 2015 | outubro | local vero | 21B

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Portfólio

Educação

cultura inglesa Fundação: 1935 | Na região há 10 anos | Idioma: inglês Calç. Procion, 8 | Centro de Apoio 2 | Telefone: (11) 4153-9143 Site: culturainglesasp.com.br Atualmente é a maior rede de escolas não franqueadas do país. Conta com 46 unidades no estado de São Paulo (sendo uma em Alphaville) e quatro em Santa Catarina. A instituição aposta em atividades complementares, que já estão inclusas na mensalidade. Entre elas, o e-Campus (um website para a prática do idioma na internet com mais de 4.000 atividades disponíveis), grupos de teatro para jovens e adultos, coral de música pop, grupos de leitura, festival de bandas e artistas solo e eventos culturais.

Escola Morumbi Fundação: 1969 | Na região há 12 anos | Ensino: berçário, infantil, fundamental e médio | Al. América, 710 | Tamboré (11) 2666-2888 | Site: escolamorumbi.com.br A diretriz básica da Escola Morumbi é criar condições para o desenvolvimento integral do aluno, visando a sua formação emocional, moral, artística, social e intelectual, respeitando os aspectos específicos de sua personalidade. A instituição, que tem mais de 45 anos de tradição, preza pelo aprendizado da convivência, estimulando o espírito de participação em equipe. Por isso, além das aulas da grade horária normal, estimula as atividades esportivas por meio de sua Escola de Esportes, oferecendo judô, natação, ballet e futsal. Robótica, xadrez, teatro, música, artes, Relações Internacionais e curso prévestibular também são oferecidos à parte. Além da unidade localizada no Tamboré, a Escola Morumbi está nos bairros dos Jardins e de Moema, em São Paulo.

Com 45 anos de tradição, Escola Morumbi vai além da grade horária normal, com diversas atividades extracurriculares

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Tip Toe Discovery School Fundação: 1997 | Na região há 18 anos | Ensino: infantil, fundamental I e II | Estr. de Ipanema, 300, Vila Velha, Santana de Parnaíba | (11) 4154-1875 | Site: tiptoediscovery.com.br Tip Toe Discovery is an International School that follows the American curriculum and calendar. Our student body is comprised of Brazilian children and students coming from all around the world. In the Montessori classroom, we offer our students a full, broad-based curriculum with a strong academic orientation and a nurturing family atmosphere. Our Elementary and Middle School students follow a Social Interactive method. Teachers work with differentiation, respecting each child´s individuality. We celebrate both Brazilian and American holidays and our family-oriented events are held on Saturdays, such as Open House, Family Day, International Day, Science Fair, Sport´s Day, Festa Junina, and Christmas Show.

A Tip Toe Discovery trabalha com um número reduzido de alunos em cada sala de aula, e todas as matérias são ministradas em inglês

ursinho branco Fundação: 1975 | Na região há 16 anos Ensino: berçário e infantil | Al. Castanheiras, 125 Tamboré | (11) 4152-2580 Site: escolaursinhobranco.com.br

Na Ursinho Branco, preservação da cultura da infância é levada a sério

A escola trabalha exclusivamente com a educação infantil, com crianças de 4 meses a 5 anos. Por lá, alguns pontos são considerados bem importantes: a preservação da cultura da infância como princípio para a escolha das práticas escolares, a criação de bons cenários de aprendizagem que possibilitem a concepção de boas situações-problemas e a busca pela condição de protagonismo das crianças, para que desenvolvam, progessivamente, independência prática e intelectual. Além da grade normal, a Ursinho Branco conta com período integral e atividades extracurriculares que podem ser incluídas na mensalidade, como English Time, oferecido pela escola de idioma Language in Life, ballet, judô e circo. 2015 | outubro | local vero | 23B

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Portfólio

Educação

universidade paulista Com 27 unidades no Brasil – em São Paulo, Goiânia, Brasília e Manaus –, a Unip é uma das maiores instituições de ensino superior do país. Inaugurada em 1992, a Unip Alphaville começou com 483 estudantes nos cursos de Administração de Empresas, Análise de Sistemas e Propaganda e Marketing. Hoje são mais de 11 mil alunos, em mais de 50 cursos superiores de graduação – tradicionais e tecnológicos, presenciais e a distância, nas áreas de ciências humanas, sociais, exatas e saúde – e pós-graduação. Sua infraestrutura inclui um teatro com capacidade para 500 pessoas, três quadras

poliesportivas e laboratórios de arquitetura, informática, estúdio de rádio, fotografia, vídeo, entre outros. A universidade também é conhecida por ser uma grande parceira da comunidade, já que disponibiliza diversos serviços gratuitos, executados pelos alunos sob orientação de seus coordenadores e professores. Para estudar na Unip, há seleção via prova tradicional, por agendamento e Enem e, ainda, ingresso por meio de análise curricular, para quem já tem diploma de nível superior. Disponibiliza programas de crédito estudantil e bolsa, como Fies, Prouni e Escola da Família. Mensalidades a partir de R$ 403.

Fundação: 1988 | Na região há 23 anos | Ensino: graduação (tradicional e tecnológica), presencial e a distância, e pós-graduação | Av. Yojiro Takaoka, 3.500 | Alphaville Telefones: (11) 4152-8888 e 0800 010 9000 | Site: unip.br

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Publieditorial

Studio 8

beleza completa

Instalado há nove anos no bairro, salão de beleza Studio 8 traz 45 serviços para agradar os clientes da cabeça aos pés. O mix diferenciado garante que eles não precisem visitar vários estabelecimentos para manter a beleza por Camila do Bem | fotos Rogério Alonso

Equipe Studio 8, formada por 50 profissionais

“O ramo de cabeleireiro, cosmetologia e estética cresceu demais nesses últimos anos. Hoje existem grandes e bons salões em Alphaville, e isso faz com que a concorrência fique alerta, inove e se modernize. Nosso maior diferencial são os profissionais, altamente capacitados e antenados nas tendências”, garante Sandra Frascino, uma das sócias do salão de beleza Studio 8, que completou recentemente nove anos no bairro. Tem funcionado. Para atender à demanda das cerca de 500

clientes por semana, o salão conta com um time com 50 profissionais. À frente deles, está o outro sócio, Marcos Colli, que é hair stylist formado pela academia Vidal Sasson e com cursos de aperfeiçoamento na França, Argentina e Estados Unidos. Outro diferencial é oferecer aos clientes diversos serviços, para que eles não precisem visitar vários estabelecimentos para manter a rotina de beleza. No espaço de 600 m² há mais de 45 serviços para agradar aos clientes da cabeça aos

pés. A lista vai muito além de hidratação, escova, manicure e pedicure. Além de diversos tipos de tratamento capilar, e um completo Dia da Noiva, o Studio 8 também oferece serviços de maquiagem, depilação, implante de cílios, micropigmentação, design de sobrancelhas, peeling e tratamentos faciais, drenagens e utilização de aparelhos como Manthus e Hertix para fins estéticos. No local também há uma clínica de Pilates, parceira do salão, que oferece mais uma opção para

complementar a beleza, saúde e estética dos clientes. Sempre de olho nas novidades, os sócios garantem ainda que mais melhorias devem vir no futuro. E as perspectivas são as melhores possíveis: o mercado de beleza como um todo deve crescer, em 2015, cerca de 7,5% em relação ao ano passado.

Studio Oito Al. Araguaia, 861 (11) 4208-2121 www.studiooioto.com.br

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Piquenique

Atitude Alphaville

dia de alegria

Música ao vivo, contação de histórias, comidinhas gostosas e oficina de jardinagem foram algumas das atrações que agitaram crianças e adultos e marcaram o piquenique especial de aniversário de Alphaville, no dia 20 de setembro, na Praça Oiapoque. Confira as fotos!

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1. A Praça da Gruta se encheu de cores no domingo ensolarado 2. O Grupo Unip-Objetivo ajudou a alegrar a festa com palhaços e balões 3. O Mambo Express e o Goumet Express garantiram comidinhas gostosas e café 4. A Cultura Inglesa garantiu uma divertida contação de histórias 5. A VemCar ofereceu o carrinho Tuk Tuk para passeios nos arredores da praça 6. O Shopping Tamboré arrumou um jeito superoriginal de distribuir brindes para a molecada 7. Quem não ama pipoca? A churrascaria Novilho de Prata levou um carrinho cheio 8. As crianças ficaram encantadas com a oficina de jardinagem da Escola Morumbi 9. O som da banda Live Company animou o piquenique 10. E os adultos curtiram as canecas personalizadas distribuídas pelo Shopping Flamingo O evento tAMBÉM CONTOU COM Apoio da Embrase, CNl, MPD E PARCEIROS COMO Animê Arte E Atomic DRONE

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Gente

Eventos da região

Cliques do mês 1 3

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2 Lançamento do showroom da Fibra Alpha Decor na Gabriel Monteiro da Silva, em São Paulo 1. Simone Goltcher, Tânia Ortega e Bianka Mugnatto 2. Marco Sedrez e Carolina Lui Aniversário do ATC 3. Jorge Aragão 4. Marcos Chiaparini

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Coquetel na Sierra Móveis Alphaville 5. Gustavo Abrão, Leonice Alves e Christiane Abrão 6. Marcos Serrano

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Opening Cocktail do Club Femme 7. Vanessa Marinho 8. Letícia Peranovich e Taine Felício Lançamento da exposição "Alphaville Por Seus Olhos" do Iguatemi e Alphaville&Arredores 9. Constantin e Helena Adam 10. Eliane Otero Juliano, Daniela Benoliel e Paula Cardoso

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Persona Vero

Inspiração

CLÁUDIO MAURICIO DA SILVa

por Gabriela Ribeiro foto Rogério Alonso

homenagem da vero a personagens INSPIRADORES Quem vê a habilidade de Cláudio na barraca de pastel mais famosa da região não imagina que ele começou na feira em um ramo totalmente diferente. Aos 13 anos de idade, ele saía de casa, em Osasco, às quatro horas da manhã para vender tecido numa barraca. À tarde, já cansado e com sono, seguia para a escola. “Uma vez, uma professora me fez um interrogatório. Ela achava que eu usava drogas, pois meus olhos estavam sempre vermelhos. Mas era de acordar cedo mesmo”, ri. Os anos se passaram, e ele mudou de área de atuação várias vezes, dentro da feira mesmo, até descobrir a mão boa para o pastel, em 1997. “Aprendi com uma tia minha e vinha vender na feira de Alphaville, às quartas e sextas-feiras”, diz. Com 51 anos, morador do bairro há três, ele tem um negócio consolidado. Além das barraquinhas, que não ficam desmontadas nem um dia sequer – só mudam de ponto de acordo com os dias das feiras –, ele mantém uma loja do Pastel do Cláudio no Centro de Apoio 2 – para dar conta, claro, hoje ele fica mais na administração dos negócios. “Nunca fui de imaginar aonde eu queria chegar. As coisas foram acontecendo! Não almejava morar em Alphaville. Mas aconteceu, e está sendo muito legal. Aqui ensino meus filhos a serem pessoas do bem, todos os dias!” Casado e pai de três filhos – dois futuros arquitetos, de 22 e 18 anos, e uma “nenenzinha” de oito, como chama a caçula –, Cláudio vende pastel nas feiras de Alphaville desde 1997 e também em Aldeia da Serra, Santana e Osasco. 32B | local vero | outubro | 2015

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Os melhores serviços, compras e promoções da região

Dia de molecagem: brinquedos e muito mais para as crianças Pág. 8C

Dicas para fazer uma superfesta de Halloween

Índice de Anunciantes Segmento Beleza Educação Gastronomia Saúde e Bem-estar Serviços

Pág. 15 11, 12 e 13 6 12 12, 14, 15

Pág. 16C

guia de

imó

veis

Guia de imóveis: números e opções na região Pág. 2C

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ó imeis

ia u g de

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o t n e r m a o r p m m m o o c b ra a p Um ano para se reorganizar.

Apesar da diminuição da comercialização de imóveis em 2015, dados mostram que há boas perspectivas para o mercado e os consumidores em Alphaville e região

É assim que o presidente da Associação das Indústrias Imobiliárias de Alphaville, Tamboré e Região (AIAT), Mauro Dottori, que é também presidente de uma das maiores incorporadoras de Alphaville, a MPD, define 2015. De acordo com ele, a perspectiva para o próximo ano segue a mesma linha. “O setor imobiliário continuará em desenvolvimento, mas em um ritmo bem menor do que o observado recentemente”, diz. E isso pode ser vantajoso para todos os lados: “Esse ajuste pode reequilibrar o mercado e permitir a implementação de soluções para o crescimento ordenado e sustentável do bairro, que é um desejo de todos por aqui”, garante.

Enquanto isso, a boa notícia fica com os consumidores: como houve diminuição da comercialização (e dos negócios em geral), as construtoras reduziram o número de lançamentos, enquanto os estoques de unidades residenciais prontas para morar cresceram. Com isso, o preço se estabilizou. E mais: para liquidar esses estoques, têm acontecido diversas promoções. Ou seja, o momento é ótimo para quem tem dinheiro na mão e quer investir. De acordo com a Sindicato da Habitação (Secovi SP), a retomada de lançamentos e do comércio de unidades novas só deve vir a partir de meados de 2016, com a recuperação de cenário macroeconômico, quando a oferta de financiamento for ampliada e os consumidores se sentirem mais seguros frente às oscilações de renda e emprego. Confira alguns números para ficar de olho:

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Outra tendência é a diminuição da metragem das plantas dos apartamentos: nos

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Entre 2002 e 2014, o tamanho médio dos apartamentos caiu 18%: de

71,28m para 2 58,40m 2

Se u rep per c en rese entu q n é d uan ta 5 al e 4 to a 1% 1% ofe , rta 2015 | outubro | promo vero | 3C

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São Paulo

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Jardim Paulistano

Vila Nova Conceição

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metro quadrado sp:

R$ 12.127

imó

a partir de

R$ 5.300

M2

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M2 R$ 5.650

Apartamentos residenciais

veis Veja abaixo algumas opções na região:

R$ 5.786

a partir de

M2

a partir de

R$ 6.333

M2

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Double Incorporação Albino Nunes Vendas Vemplan Informações (11) 4191-2424 doublebethaville.com.br

Av. Trindade, 344 Bethaville – Barueri

Dorms. 2, 3 e 4

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Estilo moderno Lazer de clube Mall

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Royal Park Incorporação CNA Spitaletti Vendas Fernandes Mera Informações (11) 4134-3333 royalparkalphaville.com.br

Av. Andrômeda, 2.000 Green Park – Alphaville

Dorms. 2 ou 3

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Reserva Alphasitio Incorporação Tamboré e MPD Vendas Fernandez Mera, Lopes e TOP Informações (11) 3090-2301

Av. dos Parques, 329 Tamboré

Dorms. 2 ou 3

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Glass Design Alphaville Incorporação Módena Desenv. Imobiliário S.A. Vendas Imobiliária Fernandez Mera Informações (11) 4134.3333 glassalphaville.com.br

Av. Ômega 310, Melville – Alphaville

Dorms. 2

Área útil 62 a 137 m2

Área útil 81 e 90 m2

Vagas até 3

Vagas 2

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Lazer completo Arquitetura neoclássica Plantas inteligentes

Área útil 72, 96 e 116 m2

Vagas 2

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Piscina adulto e infantil Fitness, salões de festas, playground, espaço para jogos, ginástica Sauna seca, brinquedoteca, salão de jogos – sem laudêmio

Área útil 63 e 67 m2

Vagas 2

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Apartamento-design: projeto arquitetônico único, diferenciado e moderno Localização nobre, ao lado do Residencial Alphaville 1 1.000 m2 de área de lazer, com quadra, piscina aquecida, cinema, entre outros

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R$ 7.849

a partir de

M2

a partir de

R$ 8.216

M2

R$ 7.177

a partir de

M2

R$ 830

a partir de

M2

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Bellagio Eco Park Alphaville Incorporação RSF Empreendimentos Imob. Vendas SF Brokers & Remax Lançamentos Informações (11) 4191-7303 bellagioecopark.com.br

Rua Bonard, 157 Green Valley – Alphaville

Dorms. 2e3 (1 e 2 suítes)

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Torre única Sky fun: 28° andar com piscina climatizada e mais de 20 itens de lazer Sacada com churrasqueira integrada à cozinha e living

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Link Studios Incorporação MPD Vendas Fernandez Mera, Lopes e TOP Informações (11) 3090-2301

Av. Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 1.001 Tamboré

Dorms. 1

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Link Offices Incorporação MPD Vendas Fernandez Mera, Lopes e TOP Informações 3090-2301

Av. Marcos Penteado de Ulhôa Rodrigues, 1.001 Tamboré

Nº de torres 1

Área útil 65, 74, 86 e 96 m2

Área útil 45 e 58m²

Apartamentos residenciais

a partir de

R$ 6.631

M2

R$ 23.631

Vagas 2e3 cobertas

Vagas 1 vaga com manobrista

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Salão de festas com espaço gourmet Piscina coberta e aquecida com raia Fitness, sauna, cyber laundry – sem laudêmio

Área útil 30 a 480 m2

Corporativos

R$ 10.631

O bairro mais caro do Brasil é o Leblon, cujo metro quadrado médio vale

Vagas 1 vaga com manobrista

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Sem laudêmio Sala de reunião Preparado para instalação de piso elevado e ar-condicionado

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Office Bethaville Incorporação Tamboré e MPD Vendas Fernandez Mera, Lopes e TOP Informações (11) 7736-8543/ 3090-2301

Av. Trindade, 254 Bethaville – Barueri

Nº de torres 1

EMPREENDIMENTO

LOCALIZAÇÃO

opções

Altavis Aldeia Empreendedor Cipasa Urbanismo Informações 0800 603 1477

Estrada Marechal Mascarenhas de Moraes, 5.800 – Santana de Parnaíba

Área bruta 743.224 m2

Área útil 40 e 853 m2

Vagas A partir de 1

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Lobby com pé-direito duplo Sala de reunião Preparado para instalação de piso elevado e ar-condicionado

Loteamento

metro quadrado rj:

Destaques do projeto e itens de sustentabilidade Clube completo, quadra de tênis e poliesportiva, praças de convivência Portaria com controle de acesso Plano diretor de segurança

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cavaleiro das trevas Boneco do Batman da linha Funko Pop Heroes (R$79,90) Geekyard – (11) 94182-1619 geekyard.com.br

boy Óculos New Wayfarer Junior (R$ 295) Ray Ban – (11) 3848-1297 ray-ban.com/brazil

bom de bola Bola de futebol de campo Nike Saber (R$ 99,99) Centauro (11) 4004-6006 centauro.com.br

passeio no condomínio Bicicleta aro 26 Caloi com 21 marchas (R$ 699,90) Ponto Frio (11) 4002-3050 pontofrio.com.br

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Coluna dos

descontos

Todo mês, a VERO apresenta as melhores promoções de Alphaville e região. Aproveite! E se tiver uma dica para esta seção, mande para a gente: reportagem@ vero.com.br Lilica Ripilica e Tigor T. Tigre Nas compras acima de R$ 349, os pequenos podem escolher entre os Toys Colecionáveis da Lilica ou do Tigor, lançados especialmente para o Dia das Crianças. A promoção é válida até 12 de outubro ou enquanto durarem os estoques. lilicaetigor.com Carrefour 
 Até o Dia das Crianças, a rede tem mais de mil itens infantis em promoção. São brinquedos, triciclos e quadriciclos elétricos, além de ursos de pelúcia de até 1,80 m. Os produtos têm a temática dos personagens favoritos dos pequenos: Frozen, The Avengers, Barbie, Hot Wheels e Monster High. carrefour.com.br 12C | promo vero | outubro | 2015

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Coluna dos

descontos

Marisol Para comemorar o dia da garotada, a marca de roupas infantis está em promoção: nas compras acima de R$ 200, o cliente ganha uma casa na árvore, quatro tintas e um pincel para colorir. marisolsa.com.br Rio 2016 A loja online também está com descontos especiais para a data. Uma das opções é o kit que vem com um boné do Mascote Olímpico, mais um boné do Mascote Paralímpico e um mascote Olímpico de 30 cm de R$259,90 por R$ 233,90. A promoção continua enquanto durarem os estoques. lojario2016.com.br

Tem uma promoção para indicar? Envie sua sugestão para reportagem@ vero.com.br

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Escolha do leitor

Halloween Party A nossa leitora marcia souza não passa o dia das bruxas em branco. por isso, ela dá dicas de como você pode organizar a sua própria festa

enfeites Guirlanda de Caveira (R$ 4,90) "Os artigos de decoração são essenciais e fáceis de encontrar"

doces ou travessuras? Cestinhas de doces em formato de abóbora (R$ 3,20 cada) "Por aqui é tradição: todas as crianças saem pelo condomínio para buscar gostosuras" mzdecoracoes.com.br

Aos 32 anos e com três filhos – Sabrina, 11, Enzo, 8, e Nicole, 6 –, a moradora de Alphaville sempre aproveita o Halloween para se divertir com as crianças. "O mais legal é que a família se reúne para decorar a casa e fazer os saquinhos de doces. Curtimos a festa todos juntos!", conta Marcia.

de olhos abertos! Miniaranhas de plástico (R$ 4,75 oito unidades) "Sempre compro teias e aranhas para colocar no jardim. As crianças adoram!"

*Preços consultados em setembro de 2015

submarino.com.br

para as comidinhas Forminhas de papel para cupcakes (R$14,90 o pacote com 24 unidades) "Além de dar um up na mesa de doces, as crianças podem levar os cupcakes como lembrancinha". barradoce.com.br

no escurinho Vela com crânio e aranha (R$ 17,98) "A festa tem que ser à noite, e muitas velas dão o clima especial de Halloween" pontofrio.com.br

não se assuste! Máscara Jigsaw, do filme "Jogos Mortais" (R$ 6,90) "Uma boa festa de Halloween tem sempre o máximo de gente fantasiada possível" a25festas.com.br

fotos: divulgação

vemfestejar.com

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confortável Toalha estampada feita de tecido juju ou chita (R$ 59) "Eu gosto das toalhas convencionais, como essa ou as xadrez. Acho mais charmosas! vivapicnic.com.br

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um charme só! Cesta de Piquenique New para 4 pessoas. Vem com talheres, taças, pratos, saca rolhas, saleiro e pimenteiro (R$ 615) "Acho linda essa cesta forrada em tecido por dentro, com todos os utensílios, além de ser muito prática. É só colocar as comidinhas!" coisasdadoris.com.br

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