ano 16 • edição 191 • novembro 2015
Homens ao mar: Casal decide tirar período sabático a bordo de barco, recebendo hóspedes para custear viagem
Clube da leitura Grupo envia livro-surpresa para assinantes
Troque sua
Coletivo promove intervenções na cidade a partir da visão das crianças
opinião
por prêmios
One for one A cada camiseta vendida, doa-se uma
Conheça a nova
marca
da região Confira os vencedores do prêmio que reconhece ações positivas
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“Vejo flores em você” Floricultura inaugura conceito diferenciado
Nunca imaginei ter esse alcance” “
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editorial
Então, é (quase) Natal Não, você não leu errado. Já estamos quase lá. Mas nem por isso deixamos de preparar a penúltima edição mais caprichada do ano! A começar pela nossa matéria de capa. Multifacetado, Gregorio Duvivier soltou o verbo com exclusivadade para a VERO e contou como vai do humor do Porta dos Fundos às colunas da Folha de S.Paulo, passando pelo teatro e pela poesia, e abordou assuntos polêmicos, como política e religião (pág. 24A). Também preparamos algumas entrevistas exclusivas: um casal que decidiu largar tudo para, literalmente, viver a vida sobre as ondas (pág. 20A); um grupo de empreendedores que implantou por aqui um sistema de venda de camisetas em que, a cada compra, uma peça igualzinha é doada para uma pessoa carente (pág. 36A); um coletivo que leva em conta nada menos do que a opinião das crianças antes de realizar intervenções na cidade (pág. 12A); e um
trio de amigos descolados que criou um clube da leitura em que o livro é sempre uma surpresa (pág. 44A). E já que estamos falando de boas histórias, com personagens inspiradores, você também conhece a dupla de empresárias que está trazendo um novo conceito de floricultura para o bairro (pág. 4B) e um grupo de jovens que está mudando a forma de fazer pesquisas de opinião – você pode, inclusive, responder a uma pesquisa da VERO sobre "quem são e o que pensam as famílias da região" (pág. 24B). Também tem uma matéria sobre os projetos e boas ações ganhadoras do Prêmio Atitude Alphaville (pág. 12B) e o grande vencedor do Concurso Logotipo, que escolheu a nova marca da região (pág. 20B). Com tudo isso, nosso desejo é um só: que todas essas boas histórias sirvam de inspiração para o fim de ano que vem aí. Thais Sant'Ana
Entenda os 3 cadernos: caderno A : neurônio VERo
Entrevistas exclusivas e matérias relacionadas a temas relevantes como ética, comportamento, empreendedorismo e urbanidades, além de colunistas de peso
cidades | Atitude comportamento | persona ética empreendedorismo
caderno B: local vero
Aqui você poderá ficar por dentro de assuntos que têm impacto direto na região e ver dicas do que há de melhor na programação do mês
caderno C: promo vero
Um guia de consumo, serviços, saúde e promoções
VERO DIRETOR-GERAL Marcos Lage Gozzi • marcos@vero.com.br DIRETORA EXECUTIVA Roberta Furlan • robertafurlan@vero.com.br EDITORA-CHEFE Thais Sant'Ana • thais@vero.com.br REPORTAGEM Gabriela Ribeiro • reportagem@vero.com.br DESIGN Janaína Diniz (direção) e Cindia Ferragoni (designer) colunistas Bob Wollheim, Carlos Júlio, Flávio Gikovate, Julio Lamas, Luis Felipe Pondé, Mário Sérgio Cortella e Xico Sá COLABORADORES DE TEXTO Camila do Bem e Julio Lamas FOTOGRAFIA Chico Max, Rodrigo Sacramento, Rogério Alonso, Thiago Henrique FOTO DA CAPA Chico Max REVISÃO 3GB Consulting PRODUÇÃO GRÁFICA Daniel Vasques COMERCIAL Fernanda Junqueira, Maria Lima Esteves, Marília Genari e Pupi Serra ATITUDE ALPHAVILLE Janine Klein (coordenadora) e Isabella Magalhães (estagiária) FINANCEIRO – SAFE Back Office Andrea Rodrigues (gerente), André Bucater (atendimento), Weslley Damasceno (auxiliar financeiro) e Gleice Silva (estagiária)
EDITORA LAGE
OrgâniCo Working Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138, loja 72, Alphaville, Barueri/SP (11) 4195-9666 vero.com.br CTP, IMPRESSÃO E ACABAMENTO Gráfica Log & Print 20 mil exemplares
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Sumário
novembro 2015
24
12
Gregorio Duviver: de humor mais pop a crônicas requintadas
Coletivo promove intervenções na cidade a partir da opinião de crianças
20
36 Casal decide passar período sabático em alto-mar
One for one: a cada camiseta vendida, grupo de empreendedores doa outra a uma pessoa carente
12Cidades | 16Novos Talentos | 18Julio Lamas | 20Comportamento | 24Capa: Gregorio Duvivier 32XicoSá | 34Gikovate | 36Ética | 38Cortella | 40Pondé | 42Perfil Social 44Empreendedorismo | 46Bob Wollheim | 48Carlos Júlio | 50Agenda Orgânico
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atitude
#crianças #cidades #urbanidade
fotos divulgação
Criança Fala propõe mudanças na cidade de acordo com expectativa das crianças
PEQUENAS VOZES, GRANDES MUDANÇAS
Projeto escuta opinião de crianças para promover transformações na comunidade É comum que todos os espaços feitos para crianças sejam pensados pela visão de um adulto, mas será que é assim que deve ser? Para Nayana Brettas, fundadora da CriaCidade e coordenadora do Projeto Criança Fala, é preciso ouvir o que as crianças têm a dizer sobre o espaço onde moram, estudam e se relacionam. Com esse objetivo, ela e sua equipe oferecem atividades lúdicas e entram no universo infantil, como meio de aproximação, para entender e interpretar os desejos e necessidades delas. O maior passo dado até agora foi a aprovação de um projeto de revitalização de praça no bairro do Glicério, em São Paulo, todo planejado a partir do olhar dessas crianças. Qual é o principal objetivo do projeto Criança Fala? O objetivo do projeto é escutar as crianças e, por meio desses sonhos, transformar a comunidade, diminuindo a violência e a violação dos direitos dessas crianças. O projeto começou oficialmente em 2014, e hoje acompanhamos cerca de 98 crianças (até 12 anos) que vivem no bairro do Glicério.
Que tipos de intervenções já foram realizadas? Nós implantamos um espaço de leitura no bairro, que era uma necessidade das crianças. Trocamos o acervo mensalmente, para que elas estejam sempre em contato com novas histórias e experiências. Uma intervenção muito legal foi a que fizemos em uma das escolas da região, onde os desenhos
e frases das crianças foram pintados nos muros, para dar a elas uma sensação de pertencimento àquele espaço. Tivemos o auxílio de alguns grafiteiros para reproduzir os desenhos, mas as crianças também coloriram o muro. Também fizemos um “cantinho da criança”, na rua mesmo, com pallets que formam um castelo e permitem que elas brinquem e soltem a imaginação. Temos encontros a cada duas semanas, aos sábados, e propomos sempre algo diferente para a ocupação do espaço público, com música, dança, histórias, leitura ou outras atividades. É assim que nos aproximamos e ouvimos o que elas têm a dizer. E o projeto de revitalização da praça? O bairro tinha uma praça sem estrutura nenhuma, apenas ocupando um espaço. Por meio de atividades lúdicas, descobrimos o que elas gostariam de fazer na praça e com o que gostariam de brincar. É claro que não dá para fazer tudo, mas, se ampliarmos a visão, fica fácil entender o que elas querem. Quando uma criança diz que quer praia, não necessariamente ela está falando do mar. Ela gosta de construir castelinhos de areia, então um banco de areia e uma torneira são suficientes nesse caso. O projeto arquitetônico para revitalização da Praça José Luiz de Mello Malheiro foi aprovado e deve ser realizado no primeiro semestre de 2016.
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brincar na rua é ser dono dela
Andar de bicicleta, de skate, de patins, brincar na rua, empinar pipa e jogar bola são algumas das atividades coletivas que garantem satisfação de crianças e adolescentes em relação à cidade. De acordo com uma pesquisa realizada pela Rede Nossa São Paulo, crianças que realizam apenas tarefas ou brincadeiras individuais, como assistir TV e ficar no computador, tendem a ser menos satisfeitas com a qualidade de vida na cidade. Ao todo, 58% das crianças e adolescentes entrevistados afirmaram que realizam ao menos uma atividade coletiva, e 42% disseram que praticam somente atividades individuais. Este segundo grupo, formado principalmente por meninas (72%) e adolescentes entre 15 e 17 anos (59%), se diz “pouco satisfeito” em relação à cidade e considera o bairro “apenas um lugar para se morar”, enquanto a maioria dos que brincam na rua se sentem parte de uma comunidade.
istockphoto
Pelo fechamento das ruas para lazer
Outra pesquisa sobre cidades revelou que 64% dos moradores de São Paulo são favoráveis à utilização exclusiva de ruas e avenidas para lazer e circulação de pedestres e ciclistas aos domingos, enquanto 33% são contra. A 9ª Pesquisa sobre Mobilidade Urbana, realizada pelo Ibope, entrevistou 700 moradores da capital, acima de 16 anos, entre os dias 28 de agosto e 5 de setembro de 2015. A amostragem ainda é pequena, mas dá uma noção de um caminho a ser seguido.
carros voadores mais próximos
Já imaginou um pedalinho “voador”? O Skymart é uma espécie de monotrilho. Só que, em vez de um vagão, há vários carrinhos para duas pessoas distribuídos pelo trilho. A grande diferença é que eles são movidos a energia solar e pedaladas – e feitos de material reciclável. O conceito foi desenvolvido para um parque de diversão da Austrália – onde já está em fase de instalação –, mas logo também deve chegar ao campus do Google. Segundo a empresa canadense responsável pela tecnologia, a Shweeb, ele também deve ajudar a resolver o trânsito nas cidades, já que o sistema promete ser 30% mais barato do que construir uma megainfraestrutura para metrôs e trens urbanos. O primeiro protótipo desse modelo deve ser construído ano que vem, nas Cataratas de Niágara, por meio de financiamento coletivo.
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Que tal usar o movimento, o barulho e até a poluição em prol de algum efeito visual bacana? É o que está acontecendo em um prédio da avenida Rebouças, na região dos Jardins, em São Paulo. A iluminação interativa que dá vida ao edifício é gerada por um sistema que capta o som da rua e a qualidade do ar e reflete isso em efeitos visuais coloridos. A obra de arte a céu aberto monitora o entorno da avenida 24 horas por dia e reage, em tempo real, aos estímulos. Por exemplo, picos sonoros geram a cor dourada, enquanto sons baixos refletem o azul, e o silêncio é representado pela cor cinza. Já as cores quentes, como o vermelho e o laranja, aparecem na fachada quando há poluição no ar. O desafio da arquitetura tecnológica, que levou dois anos para ficar pronta, é convidar as pessoas a refletir sobre os problemas presentes no dia a dia dos grandes centros urbanos.
ASFALTO PERMEÁVEL
Em tempos de crise hídrica, qualquer reaproveitamento é bem-vindo. Já pensou, então, se nossos asfaltos fossem permeáveis? Criado pela Lafarge Tarmac, o Topmix Permeable é justamente isso. A técnica usada para criá-lo aplica concreto por cima de uma camada de cascalho. Assim, ele consegue absorver cerca de 4.000 litros de água por minuto. O único problema é que o asfalto permeável não tem resistência suficiente para aguentar muitos veículos em movimento, então, é mais apropriado para garagens, ciclovias e bairros residenciais.
divulgação
Prédio reage a poluição e barulhos da rua, criando obra de arte interativa
São Paulo terá fazendas orgânicas em cima de prédios em 2016
Alguns prédios da capital paulista já têm, por conta própria, sua hortinha no terraço. No entanto, para o próximo ano, a proposta é mais audaciosa. A empresa suíça Urban Farmers já está prospectando edifícios para começar seu negócio no país, que consiste, basicamente, em plantar, cultivar e colher frutas e verduras sem agrotóxico em topos de telhados comerciais. Mais: a empresa também usa a mesma água que escorre das plantas para criar peixes por meio de um processo conhecido como aquaponia. A vantagem é pra todos: para o consumidor, que tem produtos fresquinhos, produzidos localmente e sem desperdício; para os donos dos prédios, que podem locar um espaço antes subutilizado; e, claro, para a empresa.
copatrocínio e apoio
Conhece outras iniciativas positivas, na nossa região ou em outras cidades, para deixar a vida das pessoas melhor? Indique para atitude@vero.com.br
Realização
Participe! Leia as matérias e faça parte do movimento por uma região cada vez melhor! Informações: atitudealphaville.com.br
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talentos
#boadenegócios #boanoskate #boanamake
superpoderosas
fotos divulgação
Conheça três histórias incríveis de meninas conhecidas no mundo todo por causa dos seus talentos
Dizem que criança aprende rápido. A pequena Rayssa Leal, de sete anos, é prova disso. Sem nunca ter pisado em um skate antes, ela começou a praticar o esporte há um ano e meio, na cidadezinha de Imperatriz, no interior do Maranhão. Em pouco tempo já estava fazendo manobras radicais e vencendo competições como o Campeonato Brasileiro de Skate Street Mirim 2015, que aconteceu recentemente em Blumenau, Santa Catarina. Mais: um vídeo, em que ela aparece vestida de fada, mostrando suas habilidades em uma manobra bem difícil, viralizou na internet e lhe garantiu o apelido de “Fada Skatista”. Foram milhões de visualizações, e até Tony Hawk, famoso skatista internacional, compartilhou em suas redes sociais.
Só as mulheres sabem como é difícil fazer uma maquiagem perfeita. Agora, imagine passar base, delineador, rímel, sombra, lápis, batom e blush sem olhar-se no espelho. Parece impossível. Não para a inglesa Lucy Edwards, de 19 anos. Ela perdeu a visão completamente aos 17 e encontrou no make uma maneira de deixar a autoestima lá em cima e, ainda, ajudar as pessoas. Os vídeos que ela produz no YouTube têm dicas valiosas de como se maquiar sem a ajuda do espelho. Você conseguiria? Busque por Lucy Edwards no canal de vídeos e faça o teste.
A jovem americana Ava Anderson, de 21 anos, também é do tipo que adora se embelezar. Um dia, no entanto, ela descobriu a grande quantidade de substâncias tóxicas que existem nos produtos de beleza e decidiu que ia criar sua própria marca de cosméticos. Os produtos orgânicos agradaram tanto que se tornaram referência de cosméticos nos Estados Unidos. Com 11 linhas diferentes, a empresa de Ava, batizada de Ava Anderson Non Toxic, conta com 17 executivos e 75 funcionários, além de uma rede com mais de 7.500 consultoras independentes que fazem a comercialização. A menina já faturou cerca de US$ 20 milhões, o que equivale a R$ 78 milhões.
Realização
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ser urbano
#cidades #solidão #envelhecimento
A solidão na cidade e nossos idosos Numa cidade com 12 milhões de habitantes e, provavelmente, o dobro de smartphones, a solidão surge de jeito indireto e curioso quando se é jovem, mas se torna um fator de risco preocupante conforme a idade avança. Em março deste ano, um estudo do departamento de Psicologia da Universidade de Brigham Young revelou que viver uma vida solitária, com raras conexões sociais, equivale a fumar 15 cigarros por dia ou sofrer de alcoolismo grave. Para quem tem 65 anos ou mais, a reclusão chega a ser duas vezes mais perigosa que a obesidade, afirma Timothy B. Smith, coordenador da pesquisa, que avaliou cerca de 3 milhões de casos nos EUA. Segundo ele, os reflexos são variados, como aumento no risco de infarto e na possibilidade do desenvolvimento da doença de Alzheimer. “O que reforça a tese é que descobrimos exatamente o contrário em quem tem um círculo social dinâmico de amigos e família, pois as chances de morte prematura caem pela metade”, conta Smith. “O estilo de vida moderno, especialmente nas áreas urbanas, está reduzindo significativamente a qualidade e a quantidade de relações sociais entre os mais velhos. Menos do que antes, as pessoas vivem em núcleos familiares estendidos em suas casas ou perto dos seus grupos de confiança e apoio. A solidão é um fator conhecido de estresse emocional, mas poucos sistemas de saúde estão preparados para atender o que pode se tornar uma epidemia no futuro. Os EUA já têm o maior índice do planeta: estima-se que 40% da população sofrem com a falta de contato humano. Na década de 1970, eram 11%”, aponta o professor. Em Barcelona, na Espanha, onde um em cada cinco habitantes tem mais de 65 anos de idade, os profissionais de saúde pública e políticas públicas já estão desenhando soluções. Atualmente, a
capital da Catalunha conta com três programas sociais para combater a solidão entre essa faixa da população. O primeiro deles é um serviço gratuito de teleassistência para idosos, que já conta com 70 mil usuários e se baseia no uso de um dispositivo de alerta que pode ser apertado em caso de emergência. O segundo, mais complexo, chama-se Radars. Nele, amigos, vizinhos, comerciantes e prestadores de serviços se unem virtualmente para construir um círculo de apoio e assistência local para idosos reclusos. Parte do programa é baseada em observar os idosos do bairro e informar ao grupo de voluntários se estão precisando de ajuda, se estão se esquecendo das coisas e mostrando sinais de vulnerabilidade física. “Esse monitoramento é vital para a assistência médica quando os pacientes vivem sozinhos. É uma maneira de contornar a questão do orgulho, que pode ser um álibi para a solidão e para manter sua autonomia. É uma engenharia social que torna o bairro mais humano e solidário”, explica Ramon Sanahuja, do departamento de Qualidade de Vida da prefeitura de Barcelona. Além dessas iniciativas, a cidade planeja agora uma mais ambiciosa, envolvendo a inclusão digital dos seus habitantes seniores. Chamado de Vincles BCN, o programa consiste em munir seus participantes com tablets que facilitam a comunicação com familiares distantes, amigos e provedores de cuidados. Os tablets contam com aplicativos básicos e extremamente fáceis de usar, um serviço de videochat, um compartilhador de fotos, um diário e um organizador de mensagens de voz. “O que estamos fazendo com isso é nutrir os círculos de confiança e ver se a tecnologia pode ajudar no combate à solidão. A abordagem foca em pessoas como grupos de apoio limitados ou que não interagem com eles com a
frequência e eficiência que poderiam. No Radars, temos entre 600 e 700 pessoas participando de grupos de apoio; o objetivo do Vincles é multiplicar essa atenção para uma rede maior, mas mais focalizada individualmente”, diz Sanahuja. Em 2014 o projeto do Vincles BCN foi vencedor do prêmio Mayors Challenge, uma competição de inovação social para cidades organizada pela Bloomberg Philanthropies, fundação do ex-prefeito de Nova York e bilionário Michael Bloomberg. Com os 5,6 milhões de euros ganhos, Barcelona vai testar agora o programa em 200 idosos. A ideia é ter 20 mil participantes até 2018 e uma rede de 100 mil pessoas para salvar seus idosos da solidão. Se a solidão ganha contornos de epidemia por lá, a tendência é a mesma no Brasil, infelizmente. A projeção do IBGE é que a população idosa quadruplique até 2060, amparada pelo aumento da expectativa de vida, chegando a 26,7% do total – a maior parte nos centros urbanos. A questão do tratamento para a solidão deveria ser um tema mais amplamente debatido, argumenta Sanahuja. “Os tratamentos não podem ser estritamente farmacológicos, porque antidepressivos não substituem interações sociais. A solidão é um sintoma da falta de pessoas em quem confiamos e que, em retorno, confiam em nós”, afirma. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
Julio Lamas é colaborador do National Geographic Brasil e do portal Planeta Sustentável
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comportamento
#períodosabático #escolhas #pesquisas
Sarah, Renato e Feijão já estão vivendo há cinco meses no seu barco, o Ipanema
Período sabático em alto-mar faz casal experimentar vida mais saudável e sustentável Todo mundo conhece alguém que decidiu largar “tudo” para curtir um período sabático. Agora, quantos foram viver essa experiência em alto-mar, velejando pelo mundo em um barco? Essa foi a escolha do jovem casal Renato Matiolli e Sarah Moreira (ex-moradores de Alphaville). “Queríamos fugir dessa rotina louca. Me sentia como um hamster naquelas rodinhas, sabe? Quanto mais você corre, mais rápido ela roda. Nos questionávamos muito se a vida era isso”, conta Sarah. A ideia surgiu em julho de 2014, quando eles visitaram um casal sueco que está fazendo a mesma coisa. “Em novembro compramos o Ipanema [o barco]. O Renato saiu do trabalho em janeiro e começou a trabalhar no barco, para deixá-lo mais seguro, confortável e autossuficiente. Eu saí em março. Em maio, quando o clima na Europa começou a melhorar, começamos a velejar”, relata. Hoje eles vivem no barco, produzem a própria água e eletricidade, tentam pescar o próprio peixe e podem decidir o que fazer amanhã. Mais: para adicionar um pouco de diversão, eles levaram junto seu cachorro, o Feijão, e recebem hóspedes para ajudar nos custos. O plano inicial era que o período sabático durasse quanto tempo? Não tínhamos tempo exato, e sim momentos de decisão. O primeiro foi: "Vamos largar tudo e embarcar nesse projeto? Se sim, vamos ficar pelo menos seis meses e fazer o Mediterrâneo". O segundo foi agora: "Fizemos o Mediterrâneo... Queremos cruzar o Atlântico? Sim! Então vamos fazer todo o Caribe, que deve demorar de seis meses a um ano". Depois teremos a terceira decisão: "Vamos cruzar o canal do Panamá e nos aventurar no Pacífico?".
Se a resposta for sim, estamos falando de quatro, cinco anos – para dar a volta ao mundo, sem pressa, até chegar ao Brasil. Como decidiram por onde começar? Como funciona a escolha diária de destinos? Começamos por onde compramos o barco, a Croácia. A partir daí fizemos uma rota por ilhas que queríamos conhecer até chegar à porta de saída do Mediterrâneo, no fim de setembro. O que decidimos a cada dia são a baía e praia onde vamos ancorar dentro dessa área.
Como é receber hóspedes? Os hóspedes são hoje nossa única fonte de receita. Recebê-los coloca um certo estresse e muito trabalho adicional – precisamos planejar com muita antecedência onde vamos estar, temos que limpar o barco, lavar toalhas e roupas de cama, comprar mais comida, fazer mais água, gerar mais energia, etc. Todas essas coisas são muito mais complicadas quando se mora em um barco. Mesmo assim, receber hóspedes é a melhor coisa que nos aconteceu. Só recebemos gente bacana! Qualquer pessoa que está disposta a embarcar em uma aventura dessas com um casal e um cachorro que está dando a volta ao mundo é alguém nota mil. Conhecemos muita gente. E aprendendo muito. Aliás, o Feijão é um sucesso. Só querem saber do pilantra.
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Volta ao mar
A proposta de vocês era levar uma vida mais saudável e sustentável. estão conseguindo? Estamos certamente vivendo uma vida muito mais saudável. Seja pelo tempo que ficamos fora de um escritório ou sem ver televisão, pelo ar que respiramos ou pela quantidade de McDonald's que comemos. Temos conseguido pescar, mas cada vez mais temos dó de tirar os peixes d’água – ele são muito grandes, não conseguimos comer tudo e temos pena de jogar o resto fora. No barco, instalamos três placas de painel solar (incluindo reguladores e medidores de energia) que somam 800 W, o suficiente para nosso consumo de energia. Temos um dessalinizador que produz a água que bebemos, com a qual nos lavamos, etc. Para completar, colocamos água salgada na cozinha, para lavar a louça, e nos vasos sanitários. Também criamos uma solução para captar água da chuva.
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Por mais produtividade, adolescentes só deveriam ir para a escola depois das 10h
Fazer adolescentes acordarem supercedo para ir à escola é desnecessário. Pelo menos é o que garante uma pesquisa recente publicada pela revista científica Learning, Media and Technology. Segundo os pesquisadores das universidades de Oxford e Harvard, o hábito de madrugar só torna os jovens mais cansados e irritadiços – nessa fase da vida, dormir não se trata de preguiça, e sim uma necessidade biológica. Alguns experimentos foram realizados para comprovar: no estado da Carolina do Norte, os alunos da oitava série que começaram as aulas uma hora depois do normal tiraram notas mais altas nas provas. Na cidade de Minneapolis, no Minnesota, quando o horário de início das aulas foi alterado de 7h15 para 8h40, os estudantes mostraram melhora de comportamento, humor, desenvolvimento e presença.
Menos selfies, por favor!
Quem nunca tirou uma selfie, atire a primeira pedra! Que vivemos na “era das selfies” e nunca tantas fotos foram tiradas, todo mundo sabe. Mas o lado alarmante desse comportamento vem a seguir: nunca tanta gente morreu por causa das fotografias. Até setembro de 2015, 12 pessoas morreram em acidentes enquanto tiravam fotos de si mesmas. Achou pouco? Pois saiba que os tubarões, predadores tão temidos por muita gente, mataram apenas oito pessoas no mesmo período.
Austrália troca geografia e história por aulas de programação
Na Austrália, as escolas de ensino fundamental e médio estão autorizadas a abrir mão das aulas de geografia e história em favor de aulas de programação em computadores. Estratégias parecidas com essa vêm sendo adotadas por diversos países. No caso da Austrália, a justificativa é a preocupação crescente com migração de profissionais qualificados para outros países, um fenômeno chamado de “brain drain” (drenagem de cérebros), e a intenção é reverter esse cenário e reter talentos locais para tornar o país mais competitivo no futuro.
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Chore para ficar feliz
Depois que a jovem engenheira de produção Isis Anchalee Wenger, de 22 anos, teve sua foto estampada em um anúncio de marketing da empresa em que trabalha, começaram a chover comentários nas redes sociais sobre a sua aparência: “Tenho dúvidas se pessoas com cérebro acreditam na mensagem desse pôster e se acreditam que essa é aparência de uma engenheira de softwares” e “Se a intenção deles era atrair mais mulheres, seria melhor escolher a foto de uma mulher com um sorriso simpático em vez de sexy” foram alguns deles. Isso – e outras humilhações que ela já sofreu na carreira, por ser mulher em uma área em que predominam homens e por não corresponder com o que esperam que seja a aparência de uma mulher que trabalha com tecnologia – fez com que Isis escrevesse um ensaio contra os estereótipos: “Você sente que deve ajudar a conscientização sobre a diversidade de gêneros na indústria de tecnologia? Se a resposta for sim, convido vocês a espalharem a notícia e nos ajudarem a redefinir ‘qual deveria ser a aparência de uma engenheira’ com a hashtag #iLookLikeAnEngineer (eu tenho a aparência de uma engenheira)”. A hashtag logo se popularizou pelas redes sociais.
por mais RISOs CONTAGIOSOs
O que você faz ao se deparar com uma pessoa gargalhando freneticamente na sua frente? Ri também, claro. Pensando nesse efeito contagiante do riso, uma campanha da CocaCola contratou uma pessoa para rir no metrô. Criada pela agência Gonzales, de Bruxelas, na Bélgica, a ação foi registrada em vídeo, e o resultado é muito divertido: centenas de pessoas caíram na gargalhada e tiveram um dia mais feliz. O mote da campanha não poderia ser outro: a felicidade começa com um sorriso.
foto divulgação
Qual deve ser a aparência de uma engenheira?
Se quem canta seus males espanta, quem chora aumenta a sensação de bem-estar. Uma pesquisa realizada pela Universidade do Tilburgo, na Holanda, mostrou que pessoas que choraram enquanto assistiam a um filme se sentiram melhor que aquelas que não derramaram lágrimas. Para os pesquisadores, a explicação é simples: o choro causa a liberação de endorfinas de bem-estar no cérebro. Mais: após chorarem, as pessoas se esforçam para se animar e se sentir bem. Boa notícia para os emotivos de plantão.
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capa
#crônica #polêmica #humor
“Ser polêmico é fácil. Qualquer idiota faz isso” Depois de consagrar-se com o humorístico Porta dos Fundos, Gregorio Duvivier conta, em entrevista à VERO, como pretende continuar a fazer rir. Seu lado engraçado segue firme, mas o escritor formado em letras pela PUC, poeta e colunista de sucesso não está disposto a fazer piadas baratas por
Julio Lamas | retrato Chico Max
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Ator, roteirista, poeta, cronista e humorista. Talvez você só o conheça por esta última – e mais famosa – faceta. Mas, na vida real, Gregorio Duvivier, criador do canal no YouTube que revolucionou o humor brasileiro, o Porta dos Fundos, exercita muito mais suas outras funções. Depois do sucesso da websérie humorística, o carioca de 29 anos, filho do músico e artista plástico Edgar Duvivier e da cantora Olivia Byinton, quer continuar a fazer rir, mas não à toa. E sim porque, primeiro, antes de contestar política, sociedade, costumes e preconceitos, ele pensa. No teatro, onde encontrou, segundo ele mesmo, apoio para superar a timidez crônica, seus personagens, geralmente anti-heróis ao estilo de Woody Allen, são construídos a partir de uma percepção crítica e incisiva dos fenômenos sociais brasileiros e seus dilemas na vida pública e privada. “Tudo tem ideia por trás. Não existe como fazer uma piada sem uma ideia, elas sempre carregam uma ideologia”, afirma. Formado em Letras pela PUC-Rio, Gregorio também desponta como poeta. Entre seus quatro livros de poesia já publicados, “A partir de amanhã eu juro que a vida vai ser agora” (7 Letras, 2008) foi visto com olhos promissores por mestres como Millôr Fernandes e Ferreira Gullar. E sua coluna semanal no jornal Folha de S.Paulo vem atraindo um público cada mais vez mais amplo e com o qual ele ainda tenta se acostumar. “Tenho texto com mais 500 mil compartilhamentos, 1 milhão de likes... Como lidar com esse número?”, questiona. Em meio à gravação de uma nova empreitada – a série televisiva “O Grande Gonzales”, que conta a história de um mágico de festas infantis assassinado em um aniversário –, ele conta à VERO suas opiniões sobre assuntos polêmicos. Confira!
Dizem que comédia é tragédia mais tempo. É assim que você vê? De certa maneira, sim. Minha ideia na comédia é rir do preconceito babaca que se tem de pobres, travestis ou mesmo de qualquer outra minoria oprimida. É diferente da crônica. O risco é que há uma linha bem tênue entre rir disso e no final parecer preconceituoso. Você acha que existe preconceito disfarçado sob o discurso de liberdade de expressão? A intenção do humorista não é ser preconceituoso, mas o problema é que o preconceito é muito arraigado. Dizer que foi “sem querer” ou “foi só uma piada” não dá. Pô, não foi só uma
piada. Isso não existe. Você não pode dizer “foi só um artigo de jornal”. Como? Tudo tem ideia por trás. Não existe como fazer uma piada sem uma ideia. As piadas sempre carregam uma ideologia. acha que o humor no Brasil está evoluindo? o Porta dos Fundos ajudou a trazer outra cara para a comédia brasileira? Está melhorando muito. O Zorra Total, por exemplo, está bem melhor do que estava no ano passado. É um humor que não teria na Globo tempos atrás. Não temos o mesmo humor que tínhamos há cinco anos. O papel do comediante é puxar o tapete das expectativas, introduzir algo novo para o seu público.
Não se trata de frustrar, veja bem, mas realmente, de tempos em tempos, surpreender. Nesse sentido, acredito, sim, que está evoluindo. Você morou por um tempo em São Paulo, por conta da peça “Uma noite na Lua”. Onde você ficou? Gosto muito do centro velho de São Paulo. Fiquei no Copan, adoro o lugar. O barato de morar em São Paulo é morar nas cidades pequenas dentro de São Paulo. O Copan é exatamente isso. E o centro é uma multidão de pequenas vilas, onde se encontra de tudo. Teve uma vez que perdi a chave e perguntei para o porteiro o que poderia fazer, e o cara disse “pô, liga lá no 215, que é o chaveiro do Copan”. É um cara que vive só do Copan. Caramba, isso é muito louco. quais as diferenças entre São Paulo e Rio de Janeiro, onde você foi criado? O Rio é um balneário que ficou muito grande. É a antiga capital do Império, com sua decadência e a sua nobreza. E São Paulo é burguesa. Por aqui, tem muito mais importância a grana. É um pouco como Nova York. Oscar Wilde, quando esteve lá, falou que seria uma cidade linda, se um dia a terminassem. São Paulo é um pouco isso, sempre olhando para o futuro. Isso explica a sua perspectiva de casa do modernismo brasileiro. A arquitetura também é mais bem cuidada que a do Rio de Janeiro, parece mais bem planejada. Tenho impressão de que no Rio, no entanto, as pessoas frequentam mais a rua, por causa da praia e das praças, uma cultura
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A intenção do humorista não é ser preconceituoso. mas Dizer que foi ‘sem querer’ ou ‘foi só uma piada’ não dá
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Gregorio, quando criança, em fotos de família e na capa do seu livro "Put some Farofa"
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dar muita importância para o autor, pode matar a crônica. o cronista não pode ser muito especial ou mais importante
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de socialização mais evidente, que não passa necessariamente pelo consumo, como é o caso de São Paulo. Os cariocas se encontram muito na rua, na calçada, para beber na Gávea, no Cosme, no Méier. Mas São Paulo é a capital hispter. Vocês estão tão na frente do resto do Brasil que já estão voltando pra trás. Tudo o que é moderno e legal agora é algo que foi feito há quarenta anos, como ter uma máquina de escrever e dirigir um fusca. Por outro lado, tudo que é moderno está anos-luz na frente. Acho isso bem engraçado.
Seu antepassado Theodoro Duvivier foi um dos responsáveis por uns dos primeiros projetos de urbanização do Rio. Temas de planejamento urbano, como a implantação de ciclovias nas cidades, o interessam? Eu acho que o futuro é da cidade que é amiga da bicicleta, que é um meio de transporte seguro e saudável. O problema de segurança hoje no trânsito é o carro, excesso de carros, que também ameaça os ciclistas. No Rio, eu faço meus trajetos em meia hora de bicicleta. Se fizesse de carro, levaria muito mais. Mas o problema
Você também é poeta e tem uma coluna na Folha de S.Paulo. como tem sido a experiência? E a poesia, continua fluindo? Quanto à poesia, tenho escrito menos. Ela exige um estado de reflexão mais próprio. Mas vou voltar a escrever, pois já tenho um livro encomendado pela Companhia das Letras. Sobre a coluna, só posso dizer que é uma coisa muito doida, porque eu nunca imaginei que ia ter esse alcance. Não sei se é porque é na Folha ou se é porque eu gosto de escrever sobre as coisas que me tocam. Tem coluna com mais 500 mil compartilhamentos, 1 milhão de likes... Como você lida com esse número? Não estou acostumado.
Quais suas inspirações? Onde você busca referências para criar essa voz narrativa da crônica? Nelson Rodrigues. Deve ter sido nosso melhor escritor. Ele é nosso melhor redator. Todo mundo fala das peças de teatro dele, mas enquanto cronista ele criava frases perfeitas, com construção sintática maravilhosa. Nesse sentido, ele é mesmo o maior, destoou como autor na língua portuguesa como a gente a escreve hoje. E era reacionário, se dizia reacionário inclusive, mas sem perder a graça, a elegância no texto. Agora, da nossa geração, acho que o Mario Prata é o melhor. Ele tem isso, essa pungência com leveza. Por outro lado, ser polêmico é fácil, cagar uma regra qualquer como “mulheres não são engraçadas”, alguma idiotice machista ou racista, falando mal de um cantor ou movimento social. Qualquer idiota faz isso.
essa audiência o ajuda ou inibe de alguma forma? Da minha perspectiva, ajuda, mas, por outro lado, a gente não pode deixar isso ser danoso. Não dá para acreditar, por conta dessa audiência, que somos mais importantes ou coisa do tipo. Dar muita importância para o autor pode matar a crônica. O cronista não pode ser muito especial, o olhar dele é o olhar do homem comum. Antônio Cândido dizia que a crônica é a vida com os pés no chão, e é muito isso. É a vida, mas não é só banalidade, é um formato para chegar a conclusões profundas a partir da banalidade. Eu tento escrever crônica, que é uma coisa muito pessoal, com memórias de infância, impressões poéticas, etc.
Muitos dos seus sketchs, textos e piadas fazem algum tipo de alusão à religião, principalmente às igrejas evangélicas. Você acredita em Deus? Não, cara, não acredito. Mas acho Jesus um cara demais. Isso é inconversável. Diferente do que acreditar em qualquer coisa, a figura de Jesus é incontestavelmente iconoclasta, tem estatura. Não tem como não gostar do sujeito nem como não ser cristão. Mas tudo que foi feito a partir da figura dele, dentro da Igreja S.A., dessas empresas que vendem Jesus, eu sou muito contra. A industrialização dessa figura, não acho certa.
é a falta de ciclovias, de planejamento para as pessoas. A verdade é que temos que ter muito mais delas nas cidades brasileiras.
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"O teatro é um exercício de espiritualidade. Lá você tem um contato com algum divino, algum sagrado, que faz você continuar quando está com medo"
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A gente tende a achar que um cristão tem uma ética mais forte. É importante lembrar que Hitler era cristão, e Chaplin era ateu
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Você exerce sua espiritualidade de alguma maneira? O teatro não deixa de ser de alguma forma um exercício de espiritualidade. Por mais que eu não acredite em nada, no teatro você tem um contato com algum divino, algum sagrado, que faz você continuar quando está com medo. Então é no palco que eu chego mais perto de alguma espiritualidade. O que mais o incomoda em sujeitos como Silas Malafaia e Eduardo Cunha (presidente da Câmara, com ampla base entre evangélicos), que têm sido seus desafetos no Twitter? Eles pegam o carisma de um sujeito histórico como Jesus para fins comerciais, é uma grande forçação de barra. O que me incomoda de modo geral é como eles pregam liberdade e respeito para as religiões e comunidades majoritárias, mas insultam continuamente minorias, como os que acreditam nas religiões de origem africana, caso do candomblé e da umbanda. A gente é obrigado a ver pela visão da maioria, isso não é democrático. A gente tende a achar que um cristão tem uma ética mais forte. É importante lembrar que Hitler era cristão, e Chaplin era ateu. A fé
que a pessoa professa não quer dizer absolutamente nada. O Eduardo Cunha é o maior exemplo disso, um cara que não tem a ética que a religião dele prega. Tudo ali é tão fabricado, tudo é tão construído para ganhar voto que eu não duvido nada que nem a religião dele ele tenha de verdade, que seja algo pelo qual ele tenha optado para vantagem eleitoral. Tudo o que ele pratica, a corrupção – da própria alma –, representar interesses privados falsamente em prol do público, achacar e chantagear outros deputados e empresários para cumprir a sua agenda... Tudo isso, essa corrupção, é tão contrária à religião. Qual a sua opinião sobre financiamento de campanha por empresas privadas? Sou completamente contra o financiamento privado, pois é onde a corrupção tem início. É um câncer. Mudar o Brasil inevitavelmente passa por mudar isso primeiro. A gente tem um Congresso e parte do Executivo que não são formados pelas pessoas, mas por empresas. É um investimento. Empresa não doa, empresa investe ou empresta. Depois isso tem que ser devolvido por quem foi eleito. Nessa conjuntura, a corrupção se torna inevitável. Não existe você achar que o Congresso, do jeito que ele é hoje, vai ser honesto, porque não vai. A natureza dos eleitos já está corrompida. Eles consideram essas doações como dívidas, mas que vai ser paga do nosso bolso, e não do deles. Enquanto não acabar o financiamento privado, isso não muda, não tem como mudar.
Acha que o PT ainda é a esquerda? O PT mudou o país, tirou 30 milhões da pobreza, mas não sem sujar as mãos e o corpo inteiro, nadando na lama. Tem aquela frase famosa que diz que todo governo é fascista, mas tem fascista que dá pão. O PT foi isso, um fascismo que deu pão. Se isso é bom ou ruim, é muito complicado. Eu acho que não, há outros projetos que conseguem mudar sem sujar as mãos. Acredito que não dá pra fazer um governo limpo se aliando ao PMDB, por exemplo. Foi isso que o PT fez com essa aliança, e afundou no que há de pior na política nacional. Mas não é muito melhor o PSDB, que nunca faria isso, mas tem muito mais em comum com o PMDB na teoria, um partido que não tem mais uma ideologia. A única ideologia do PMDB é “o poder pelo poder, custe o que custar”. O PT errou muito com isso, uma aliança espúria que condena qualquer partido. Acha que estamos avançando no combate à corrupção? Você tem que lembrar sempre que estamos muito melhor do que 15 anos atrás – a gente não tinha nem sequer uma Lei de Responsabilidade Fiscal no governo FHC. Nunca se julgou tanto a corrupção, nunca os poderes foram tão independentes quanto hoje em dia, então a gente tem que comemorar o que está acontecendo no Brasil nesse sentido. Quando no Brasil você já viu empreiteiro preso? Na história, em 500 anos, quando? Nunca. Estamos expondo a corrupção finalmente.
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MODOS DE MACHO
#relacionamentos #término #diferenças
Nem tão esotérico assim No varejão das pequenas crendices e mandigas, homem e mulher revelam uma diferença lindamente patética: a fêmea se põe mística quando inicia o processo de abandono do seu marido ou namorado; o macho se torna a mais crente e supersticiosa das criaturas de Deus apenas depois que a casa cai, depois de um belo chute no traseiro. Quando a sua mulher ou namorada, amigo, começa a falar em retorno de Saturno, na simbologia do tarô, nos recados do feng shui etc., te liga, campeão: é pé na bunda à vista e na certa. Como já alertei aqui nesta mesma coluna, por trás de todo mapa astral ou de uma nova visita à cartomante há sempre um bom par de chifre à nossa espera. Aí só nos resta chupar o frio Chicabom da solidão, como me ensinou o tio Nelson. Só nos resta mascar o jiló do desprezo. Só nos cabe sentar à margem do rio Piedra e chorar, segundo a recomendação suspeita do mago Paulo Coelho, este sim um incansável místico globalizado. Sim, amigo, a mulher é esotérica desde a véspera da tragédia. Nós batemos na porta da cigana mais vagabunda apenas depois que Inês é
morta. Aqui me pego, agora mesmo, reparem no ridículo, lendo o destino e a sorte na borra de café, o velho método das Arábias. Mais perdido que um escoteiro nerd e lesado no Pico da Neblina, um homem é capaz de tudo. No mato sem cachorro ou GPS, o macho moderno, esse cara carente de banco de praça, faz sinal de SOS até para náufragos piores do que ele. Ô, vidinha-Titanic e miserável. Opa, calma, calma, que vejo algo nos desenhos involuntários do fundo da xícara. Tento enxergar na borra do café o meu destino, a minha sorte e as escaramuças da pessoa amada, aquela maldita que nos parafusa na testa uma fantasia de viking. Sério, amigo, como somos esotéricos depois que a casa cai. Peraí, epa, calma de novo que vejo algo bem definido no diabo da xícara. Parece uma fruta. Pera, uva, maçã? Limpo as lentes de quase dez graus de miopia e astigmatismo e finalmente decifro: uma cebola! Retrato do meu choro e do abandono? Seria o mais óbvio e imediatista. Na dúvida, recorro ao
“Guia da leitura no sedimento do café – arte milenar árabe de interpretar sua vida”, um livro da Batia Shorek e Sara Zehavi, que acabo de adquirir em um sebo carioca. Opa, reparem só no significado da tal cebola: “Indica que a pessoa amada esconde algo do seu cônjuge e o assunto escondido é importante e pode machucá-lo”. Nesse caso nem escondia mais, já havia ido embora, estava da caixaprego para a frente, mas reparem como funciona a leitura da borra! Como homem, apenas li atrasado o fundo da xícara. Uma fêmea mística teria sabido tudo de véspera. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
xico sá é escritor e jornalista. Autor de "Big Jato" (editora Cia. das Letras), entre outros livros
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divã
#mudanças #fases #maturidade
Nossas grandes transições Desconsidero aqui a primeira e maior das transições, que é a do nascer, assim como a da morte. Penso nas dificuldades que uma criança tem ao perceber que está prestes a se tornar adolescente – quando percebe a chegada dos primeiros sinais da puberdade, ansiada por um lado e temida por outro. Sim, porque mudar de condição, deixar de ser criança – com direito a uma boa dose de irresponsabilidade –, provoca medo, já que não se sabe exatamente o que esperar, como se comportar, quais as novas vantagens e desvantagens. Por outro lado, na atualidade a chegada da adolescência é percebida, especialmente pelas meninas, como muito interessante, já que se preparam para o exercício da sensualidade desde os 7-8 anos de idade e sentem os primeiros gostos por atrair olhares de admiração. Quanto aos meninos, sentem menos pressa e talvez mais medo dessa evolução inexorável. De todo modo, a verdade é que, em ambos os sexos, muitos expressam claramente o desgosto por crescer e adorariam ser crianças para sempre. A adolescência e os primeiros anos da vida adulta correspondem a um período extremamente gratificante para uns e um tanto sombrio para outros. Os mais populares, os que se dão bem com os eventuais parceiros sexuais e/ou sentimentais e gostam dos programas típicos dessa idade – baladas, bebedeiras, conversas de botequim, estudos levados de um jeito não tão sério... – curtem muito o período e gostariam que ele não terminasse jamais. De fato, muitos tentam estendêla por tempo indeterminado e são hoje chamados de “adultecentes”. Os mais tímidos, reservados, pouco afeitos às atividades sociais e mais dedicados aos estudos aproveitam menos essa fase, mas se encontram mais preparados para avançar, de modo que chegam à maturidade de uma forma mais natural.
A fase adulta é, sem dúvida, a de maiores responsabilidades e a mais desgastante. Corresponde ao período em que as pessoas costumam ter que se estabelecer profissionalmente, tentar consolidar alguma estabilidade financeira, casar, ter filhos, por vezes cuidar de pais mais idosos e necessitados... É claro que existem várias transições que acontecem ao longo dessa fase que dura três a quatro décadas: o próprio casamento aparece como cheio de tensões e medos para os noivos, as gestações provocam desconfortos que vão desde os ciúmes do novo membro da família até a preocupação com sua saúde; não são raros os que terão que enfrentar a dramática transição do divórcio e eventuais segundas e terceiras uniões, além dos dilemas com os filhos; a regra é que acompanhem doenças e morte dos parentes mais velhos e tenham que assumir responsabilidades crescentes. Enfim, tudo muito difícil; as crianças não estão tão equivocadas quando não querem crescer, e os adolescentes que não querem amadurecer também têm suas boas razões! Apesar de tudo, hoje vivemos o período em que a vida adulta e suas graças (eróticas, sentimentais, o consumismo, as viagens, os avanços profissionais...) estão em alta, de modo que muitos tentam adiar ao máximo a próxima transição, qual seja, a do envelhecer. As cirurgias plásticas indicam exatamente esse desconforto das pessoas ao terem que conviver com a perda de viço de seus corpos, a diminuição da libido, com os cabelos brancos, a calvície. Da mesma forma, a aposentadoria aparece como grave ofensa à vaidade, já que o papel social se tornará menos prestigiado, o telefone tocará muito menos, a pessoa não mais se sentirá indispensável. Em certos aspectos, e quando a
saúde ajuda, essa terceira e última fase da vida se assemelha muito à da adolescência: as responsabilidades diminuem, os filhos já estão crescidos, já se sabe o que deu certo e o que deu errado (e essa é uma grande vantagem sobre os anos da juventude). É claro que um lado difícil dessa fase é a proximidade da morte, percebida como dramática e apavorante pela maioria. Assim, muitos tentam se manter ativos como se ainda fossem moços, para parecer que o horizonte ainda é bem extenso. A própria diminuição do ritmo de trabalho, quando não bem entendida, pode ser sentida como ócio, desocupação que provoca o tédio, uma espécie peculiar de depressão na qual a pessoa não vê sentido algum para a vida. A verdade é que a velhice, quando saudável, pode ser uma fase excelente, mais leve e gratificante. Isso se a pessoa conseguir se adaptar à nova condição, coisa nada fácil, já que a capacidade de mudar costuma diminuir com os anos e muitos são os idosos que “cristalizaram” suas convicções e formas de ser. Todas as transições exigem competência para adaptação, e a velhice deixa de ser bem aproveitada por aqueles que não entenderam que a diminuição da mobilidade física não precisa vir acompanhada de igual rigidez psíquica! Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
flávio gikovate é psicoterapeuta, autor de mais de 30 livros e âncora do programa No Divã do Gikovate, na rádio CBN
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reflexão
#capitalismoconsciente #camisetascomalma #oneforone
Como surgiu a ideia? Tínhamos o sonho de empreender com propósito e contribuir para a construção de uma sociedade mais humana e consciente por meio do nosso negócio. Queríamos fazer parte dessa transformação e ir além de apenas continuar fazendo nossos trabalhos voluntários. Durante minha faculdade nos EUA, tive acesso ao modelo de negócio de algumas empresas que geram doações a partir de compras, e ficamos certos de que seria uma excelente ideia para executarmos no nosso país. O Zé já pensava em criar estampas para uma coleção de T-shirts, e eu sempre achei o segmento interessante. Então, achamos que era a oportunidade de vestir mensagens para comunicar o que acreditamos.
Com sistema One for One, jovens empreendedores doam, a cada camiseta vendida, uma igualzinha a pessoas carentes
Nos mesmos moldes do projeto Tom’s, do americano Blake Mycoskie, que, a cada par de sapato vendido, doa um segundo par para uma criança carente, nasceu a Euzaria. Mas a versão brasileira, dos jovens empreendedores de Salvador, na Bahia, Kiko Kislansky, Zé Pimenta, Michel Fonseca e João Pimenta, vai mais longe. Além de doar, a cada T-shirt vendida, uma camiseta nova para pessoas necessitadas, de comunidades carentes ou instituições de caridade, os produtos carregam mensagens que são como a “alma” do projeto. Frases como “Mais amor, respeito, sorrisos e paz”, “Faz bem ser o bem de alguém” e “Que toda guerra descanse em paz” estampam as camisetas. E mais: durante a experiência de compra, o cliente é convidado a escrever uma dedicatória, que também vai para o presenteado. O principal objetivo do grupo é “empreender com propósito e contribuir para a construção de uma sociedade mais humana e consciente”, diz Kiko. Hoje são vendidas cerca de 500 camisetas por mês. O que significa outras 500 para doação. Além da loja virtual (loja.euzaria.com.br/euzaria/), que recebe pedidos de todo o país, o projeto também é levado a feiras itinerantes, praças e centros comerciais.
É possível ter lucro e ainda manter a vertente social? Sim, somos economicamente sustentáveis e percebemos que é possível seguir os dois caminhos paralelamente. Entre gerar lucro e contribuir para a construção de um mundo melhor, escolhemos ficar com os dois. Queremos inspirar e conectar cada vez mais empresas a fazer parte dessa corrente. Saiba mais em loja.euzaria.com.br/euzaria/
FOTOs DIVULGAÇãO
UMA CAMISETA PARA DOIS
Como é feita a entrega e a escolha de quem recebe as t-shirts? Existem duas formas de entrega: pontuais e em massa. As pontuais são espontâneas e acontecem quando encontramos algum morador de rua, vendedor ambulante, flanelinha ou alguém que precisa da T-shirt. As entregas em massa são planejadas, em instituições ou comunidades carentes, onde realizamos atividades de reflexão sobre o resgate de valores.
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Personagens de desenho telefonam para crianças com câncer
O canal infantil de TV a cabo Cartoon Network cedeu os personagens. A agência de publicidade Ogilvy Brasil ficou responsável por encontrar dez dubladores voluntários e espalhar alguns telefones com temática infantil na brinquedoteca e no pronto-atendimento do Hospital do Grupo de Apoio ao Adolescente e à Criança com Câncer (Graac) em São Paulo. Quando os telefones tocavam e uma criança com câncer atendia, do outro lado da linha estava seu personagem de desenho favorito, pronto para passar uma mensagem de carinho e estimular o paciente a seguir com o tratamento. A ação levou o nome de “Helpline de Desenhos” e ganhou um Leão de Prata em Cannes 2015.
Festival de rock arrecada doações de cabelos
A ONG mexicana Casa de La Amistad promoveu um festival de rock diferente de todos que você já viu. Além de uma programação com mais de oito horas de música, o evento também tinha um minissalão de cabeleireiro na entrada. Para assistir aos shows, os metaleiros podiam escolher entre pagar 70 pesos mexicanos (cerca de R$ 14) ou cortar a cabeleira. As madeixas serviriam para produzir perucas para pacientes com câncer – afinal, não é qualquer tipo de cabelo que rende uma boa peruca: o fio deve ser comprido, com mais de 25 centímetros, e sem tintura. Por isso, o cabelo dos roqueiros é ideal. A ação arrecadou cabelo suficiente para produzir 107 perucas. Normalmente, para conseguir essa quantidade de material, a entidade precisa coletar doações um ano inteiro. A iniciativa fez tanto sucesso que a equipe do HairFest está prestando consultoria para replicá-la em outros países.
Instituição cuida de idosos e de crianças ao mesmo tempo
Se por um lado a alegria de uma criança pode mudar o dia de um idoso, por outro, ter contato com as pessoas mais velhas pode ser um baita aprendizado na vida dos mais novos. Por isso, no Centro de Aprendizado Intergeracional do Providence Mount St. Vincent, em Seattle, nos EUA, funciona um lar para idosos e uma pré-escola ao mesmo tempo. A dinâmica é a seguinte: durante cinco dias por semana, os 400 idosos que moram no abrigo recebem crianças. Juntos, eles ouvem música, dançam, contam histórias, fazem arte e almoçam. A união entre as gerações virou até filme nas mãos da cineasta Evan Briggs: “Fiquei impressionada com a perfeição do conceito. Sem passado nem futuro em comum, as relações entre crianças e idoso existem inteiramente no presente”. Agora ela está com uma campanha na plataforma de crowdfunding Kickstarter para arrecadar recursos para a finalização do filme.
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pense bem
#ambiciosos #porummundomelhor #positividade
Ética, ambição e ganância O que me leva a bem agir? A motivação vem por uma inclinação solidária ou por uma autoproteção em que eu deseje reciprocidade? “Eu cuido de você para você não me agredir.” De certa maneira, toda atitude altruísta não deixa de ter em si um componente de egoísmo. Entendido o egoísmo, nesse caso, como uma percepção de autopreservação em que alguém faz o bem porque lhe faz bem fazer o bem, até mesmo no sentido de a pessoa se sentir bem psicologicamente. O autor da boa ação também se sentirá bem porque as demais pessoas ficarão afáveis com ele e, desse modo, ele fica mais protegido. Eu não vejo nenhum tipo de má conduta quando alguém faz o bem com uma intenção que não seja apenas o desprendimento. Toda convivência tem interesses recíprocos. Há uma diferença entre fazer o bem de maneira oportunista e interesseira — em que a pessoa o faz apenas para se beneficiar, e, portanto, o seu ponto de partida é espúrio — e fazer porque sabe que aquilo também lhe faz bem. De novo: somos um animal gregário, nós vivemos juntos. A ideia de viver junto me obriga a ter uma conduta em que as pessoas não me firam e cuidem de mim. E sei que, para ser cuidado, eu também preciso cuidar. Do ponto de vista ético, a frase clássica de algumas religiões “não se deve fazer ao outro o que você não quer que façam a você” ou até a ideia do “amai-vos uns aos outros”,
independentemente da religião, têm um fundamento que não é espúrio. Não vejo nenhum tipo de reparo a uma família ou a um educador, por exemplo, que forma crianças e jovens que desejem fazer o bem, seja com a intenção de ser uma boa pessoa, a que pratica a bondade como desprendimento, como no mesmo veio corre o sangue de eu guardar e proteger as minhas coisas. Eu não acho que mancha uma prática bondosa o fato de também desejar ser cuidado. Numa relação afetiva ou amorosa, o amor não é absolutamente incondicional. Mesmo o amor na percepção grega clássica de ágape, o da convivência fraterna, não deixa de ter o requisito de que o outro zele por mim. Eu cuido bem de uma pessoa numa relação para que a pessoa cuide bem de mim. A incondicionalidade suporia que eu faria aquilo em qualquer circunstância, mesmo que a pessoa me desprezasse. Não é verdade. Às vezes se classifica o amor materno ou paterno como incondicional. Vejo nisso um risco. A ideia central é “porque eu te amo, não aceito de você qualquer coisa”. Aceitar de maneira incondicional é um sinal de desvalia. A convivência não tem a finalidade apenas de não nos matarmos, mas também de crescermos juntos, numa rota na qual eu tenho a necessidade de, estando com as outras pessoas, cuidar delas e por elas ser cuidado. Eu gosto da ideia de cuidado recíproco.
O que é uma pessoa pusilânime? É aquela que pratica atos movidos por ganância, e não por ambição. Há uma diferença entre ambição e ganância. Uma pessoa ambiciosa é aquela que quer mais e melhor. Uma pessoa gananciosa é aquela que quer só para si e a qualquer custo. Embora, vez ou outra, se coloque a ambição como um vício, no modo como eu requalifico a ideia de ambição, a considero positiva. Quando eu sou uma pessoa ambiciosa, quero mais e melhor, mas não somente para mim nem a qualquer custo. Pais e mães, professores e professoras devem formar novas gerações que tenham ambição de mais qualidade de vida, de mais conhecimento, de mais afeto, de mais convivência saudável. Não somente para si e a qualquer custo. Este é um trecho do livro "Educação, Convivência e Ética (Audácia e Esperança)". publicado pela editora Cortez Conte pra gente o que achou desta coluna! Escreva para neuronio@vero.com.br
mario sergio cortella é filósofo, professor, palestrante e escritor. Também é colunista da rádio CBN
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Contra um mundo melhor
#tiposdefelicidade #raciocíniológico #afetividade
Vale tudo pra ser feliz? A resposta para essa pergunta é “sim”. Vale tudo pra ser feliz. Sei que, dito assim, sem cerimônia, parece que estou sendo um niilista sem coração, mas nem tanto. Podemos entender essa questão, no mínimo, de duas formas. A primeira, mais filosófica, é respondêla afirmativamente, porque não há garantias na vida para além da vida material (não estou levando em conta respostas metafísicas, hoje em dia bastante fora de moda, porque mesmo a metafísica de hoje é escrava do materialismo hedonista contemporâneo). Uma vez que o sofrimento é uma constante crescente com o tempo, somos levados a assumir que o essencial da vida é o usufruto do corpo da sua melhor forma. Tendo esse usufruto, o resto virá na medida do possível. Sem o usufruto do corpo, nada virá, porque tudo será fora da medida do possível. Assim sendo, toda a medicina se transforma numa reta em direção à felicidade física. Responder dessa forma não significa, necessariamente, uma posição cínica, mas sim reconhecer que a felicidade, diante de um risco de dor e agonia, é um valor praticamente absoluto numa vida que dispõe dos métodos técnicos
para produzir cada vez mais saúde. A felicidade física vale qualquer dinheiro, não? Mas existe outra justificativa para a resposta afirmativa à questão sobre valer tudo ou não para ser feliz. Essa, de base mais sociológica. Numa sociedade cada vez mais individualista e incerta com relação a vínculos duradouros, a felicidade narcísica se torna uma melhor garantia, em meio aos riscos dos investimentos afetivos de alto risco. Nunca a frase de JeanPaul Sartre “O inferno são os outros” teve tanto significado concreto como em nossa sociedade de indivíduos. Diante das pressões profissionais e de sucesso material, o investimento “em si” pode ser uma opção mais segura para termos dias menos intranquilos. Lembro-me de um dia em que numa aula perguntei aos alunos (o contexto da pergunta não é importante para nós aqui), alunos adultos, o que eles preferiam se internados num hospital? Um parente ao lado ou um seguro-saúde muito bom? A maioria esmagadora optou pelo segurosaúde muito bom, porque um parente sempre pode ser uma serpente. Essa segunda forma de entender
a resposta afirmativa a nossa questão pode, sim, soar um tanto cínica. Mas, nem por isso, menos verdadeira e assustadora. A sociedade contemporânea, com sua ênfase no sucesso e na eficácia, nos empurra para decisões cada vez mais objetivas. Talvez, por isso, cada vez mais, no mundo ocidental (e nós no Brasil, como parte dele), as pessoas prefiram cães a filhos, já que são baratos e oferecem mais segurança quanto ao retorno do investimento afetivo. Eis a razão cínica. Pergunte a você mesmo o que valeria mais do que ser feliz. Mas responda em voz baixa, do contrário, talvez, você minta. Conte pra gente o que achou desta coluna! Escreva para neuronio@vero.com.br
luiz felipe pondé é filósofo e autor de vários livros, entre eles, “A Filosofia da Adúltera, Ensaios Selvagens” (Ed. LeYa)
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perfil social
#inclusãosocial #esportes #paralímpico
Para estimular verdadeiros campeões Projeto Próximo Passo, do Instituto Mara Gabrilli, oferece estrutura e suporte técnico para atletas paralímpicos
por
Gabriela Ribeiro
Rafael Públio/InstitutoMaraGabrilli
Para pessoas com deficiência física, praticar esportes representa muito mais que saúde. A atividade aumenta a autoestima e a autoconfiança, proporciona a oportunidade de sociabilização e as torna mais independentes. Desde que conheceu o trabalho do Instituto Mara Gabrilli, em São Paulo, há cinco anos, a psicóloga Camila Nascimento Benvenuto, 34, não luta apenas por essa causa, mas também por todas que envolvem acessibilidade. O objetivo principal da ONG é apoiar pesquisas científicas para cura de paralisias, dar suporte a atletas paralímpicos e disseminar o conhecimento sobre acessibilidade. Dentre os projetos do Instituto, está o Próximo Passo, que estimula atletas de alto rendimento, oferecendo estrutura para treinamentos e suporte técnico. “Contamos com 22 atletas, selecionados por meio de avaliação técnica. Em 2014, eles conquistaram 63 medalhas nos 42 campeonatos disputados, sendo quatro deles internacionais”, conta Camila, que atualmente é diretora executiva da instituição.
Camila com Adriano Levino, um dos assistidos pelo Instituto Mara Gabrilli
Como é sua trajetória no Instituto Mara Gabrilli? Comecei como psicóloga, no projeto Cadê Você?, que organiza mutirões para localizar e identificar pessoas com deficiência que vivem nas comunidades carentes de São Paulo. Me apaixonei pelo trabalho. Os mutirões acontecem apenas aos sábados, então era um trabalho paralelo. Em 2012 assumi o cargo de diretora executiva e, desde então, me dedico apenas ao Instituto. Qual é a ideia do projeto Próximo Passo? O objetivo deste projeto é estimular e oferecer estrutura para os atletas de alto rendimento. Hoje contamos com 22 atletas de diversas modalidades, como atletismo, triatlo, natação e remo paralímpico. Um dos grandes nomes que estão com a gente é o Edson Dantas do Nascimento, tricampeão da Maratona de Nova Iorque e heptacampeão da Corrida de São Silvestre. Somando as conquistas de todos eles em 2014, são 63 medalhas nos 42 campeonatos disputados, sendo quatro deles internacionais.
De que forma vocês mantêm essa estrutura? é um custo alto? Sim, mas procuramos parcerias com empresas que acreditam no potencial dos atletas paralímpicos. A Bodytech, por exemplo, oferece bolsas de academia, a TAM paga passagens aéreas para competições, e a Toyota oferece patrocínio. como as pessoas podem ajudar a instituição? Um dos grandes desafios é captar recursos para manter todos os projetos. As pessoas podem fazendo doações ou até mesmo trabalhos voluntários. Basta entrar em contato com a gente. O que considera mais importante no trabalho feito por vocês? Acredito que o mais importante é a promoção da autonomia das pessoas com deficiência e a disseminação de conhecimento sobre acessibilidade. Desenvolvemos projetos para conscientizar a sociedade sobre questões invisíveis relacionadas ao dia a dia de pessoas com deficiência. Precisamos remover barreiras sociais ainda existentes e prover serviços que estimulem a inclusão social. Há um universo de oportunidades e direitos que precisa ser explorado e oferecido a essa população. E esse é o nosso trabalho. Gostou da iniciativa? Você também pode ajudar: institutomaragabrilli.org.br contato@img.org.br
Conhece um trabalho social e quer vê-lo aqui? Indique para reportagem@vero.com.br
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Participe da pesquisa
quem são e o que pensam as famílias da região?
anhe responda *e g o ra ingressos pa
Passo a passo:
Baixe o aplicativo MeSeems grátis para smartphones na App Store ou Google Play Faça seu cadastro e digite o código VERO no campo “Buscar por Código” (um ícone de uma lupa), na aba de Interações Responda à pesquisa! Assim que você responder e suas informações forem validadas, você receberá o voucher do ingresso em seu e-mail
Mais:
quanto mais pesquisas você responder, mais pontos você acumula, que podem ser trocados por prêmios
Realização
Apoio *
ingressos limitados aos 200 primeiros participantes. ingresso individual, válido para um membro por família, de segunda a quinta, até 01/03/16, no cinépolis iguatemi alphaville
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EMPREENDEDORISMO
#literatura #negócios #mulheres
Clube da leitura
curiosidade. Uma de nossas associadas falou: "É como receber um presente de aniversário todos os meses".
Clube de vinhos, clube de maquiagem, clube de produtos para grávidas e mamães. Em uma época em que os clubes por assinatura estão em alta, é preciso ter criatividade para trazer algo novo. Foi justamente o que tiveram os jovens empreendedores do Rio Grande do Sul Gustavo Cunha, 22 anos, Arthur Dambros, 23, e Tomás Susin, 24. Inspirados pelo antigo Círculo do Livro, um clube de leitura que fez sucesso nas décadas de 80 e 90, eles decidiram criar uma versão revisitada, a TAG - Experiências Literárias, com dois grandes diferenciais: o primeiro é que os títulos enviados são mantidos em segredo; o segundo é que a escolha dessas obras (que vão de Dostoiévski à leituras rápidas) é sempre feita com curadoria de grandes nomes, como Mario Sergio Cortella, Patch Adams e Marcelo Gleiser.
Como funciona o processo de curadoria? Além de uma experiência divertida, nosso intuito é que ela seja enriquecedora. Queremos garantir ao associado que ele esteja construindo uma biblioteca de qualidade, com obras selecionadas. É por isso que convidamos para a curadoria da TAG grandes nomes do cenário intelectual. O contato é feito diretamente com eles. Em geral, eles abraçaram a causa, de modo que isso não tem custo algum para a empresa.
Quando surgiu a ideia de criar o clube de livros por assinatura? Conheci meus dois sócios, o Arthur e o Tomás, quando cursava administração na Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Sempre conversávamos sobre literatura e trocávamos impressões sobre nossas leituras. No início de 2013, coincidiu de os três estarem finalizando ciclos profissionais. Resolvemos conversar sobre a possibilidade de dar vida a um sonho: trabalhar com livros. Ainda não sabíamos os moldes que a ideia teria – uma livraria? uma editora? –, mas continuamos as reuniões para ver.
Como tem sido o feedback? O feedback tem sido ótimo. Iniciamos o ano com pouco mais de cem associados e, em outubro, já passamos de mil. Nossos associados já representam todos os estados brasileiros, o que nos motiva a continuar dando os próximos passos. Para o ano que vem, queremos passar dos 3.000 associados. Apesar de termos nos surpreendido com a rápida adesão, a TAG está em seus estágios iniciais. Estamos com resultados positivos, mas tudo é reinvestido na própria empresa. Nosso objetivo é alcançar mais leitores, solidificar nosso espaço no mercado do livro, oferecendo aos amantes dos livros um novo jeito de consumir literatura.
Jovens empreendedores criam clube de livros por assinatura, com curadoria de grandes nomes
Após alguns meses, surgiu a TAG Experiências Literárias, que foi lançada em agosto de 2014. por que o livro é mantido em segredo? Queríamos criar algo divertido, um clube de assinaturas que proporcionasse ao leitor uma experiência única, especial. Por isso, desde o início, resolvemos manter o título em segredo: cada mês, a obra selecionada seria descoberta pelo associado somente no momento em que recebesse a caixinha. Esse fator surpresa torna o momento do recebimento do kit algo especial e prazeroso, recheado de
fotos divulgação
Pacote secreto com livro do mês enviado aos associados do clube; os sócios Gustavo, Arthur e Tomás; e a revista que acompanha o livro
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Quer ver sua empresa prosperar? Contrate mais mulheres Empresas com uma ou mais mulheres entre os principais executivos têm mais chances de conquistar mas êxito que empresas formadas apenas por homens. É o que apontou um estudo da consultoria Grant Thornton International que pesquisou os resultados de corporações nos EUA, na Índia e no Reino Unido. A pesquisa, intitulada “Mulheres nos negócios: o valor da diversidade”, mostrou que 94% das 350 maiores companhias dos três países contam com pelo menos uma mulher no conselho. Apesar disso, apenas 13% têm uma mulher entre seus executivos. Desse total, o percentual maior está na Índia, com 22%, e o menor, nos EUA, com 7%.
Empreendedores também precisam assistir TV
Imagine ser jogado em um tanque de tubarões. É exatamente isso que o reality show “Shark Tank” faz com os empreendedores. Diante de uma plateia formada só por investidores milionários, pequenos empreendedores têm um tempo limitado para apresentar seu pitch (discurso que descreve e “vende” seu negócio) e deixar claras suas intenções: quanto dinheiro precisam e o que oferecem em troca. O programa pode ajudar a saber que números sempre ter em mente, como comunicar a ideia e ter jogo de cintura com investidores mais exigentes. A sétima temporada começou em setembro de 2015, e muitos episódios são disponibilizados na íntegra no YouTube.
31
empregos por ano nas scale-ups
0,34 emprego
por ano nas empresas convencionais
SCALE-UPs NO BRASIL
Sabia que apenas 1% das empresas no Brasil cresce pelo menos 20% ao ano, por três anos seguidos? Essas são as chamadas scale-ups. Apesar de serem a minoria no país, elas têm grande impacto na economia – são responsáveis por quase 60% dos novos empregos. Enquanto uma empresa “normal” contrata em média 0,34 funcionário por ano, uma scale-up gera 31 novos empregos – cem vezes mais. Esses são alguns números apresentados em um levantamento inédito da Endeavor e Neoway (empresa especialista em big data). Outros dados evidenciados pelo estudo são que a idade média de uma scale-up é de 14 anos e que elas estão distribuídas, literalmente, do Oiapoque (AP) ao Chuí (RS): mais da metade do total de municípios brasileiros é sede de scale-ups (2.806 cidades). Além disso, quase 60% dessas empresas estão em cidades com menos de 500 mil habitantes. Confira o estudo completo em endeavor.org.br.
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pensamento empreendedor
#crise #problemas #sociedade
Dilemas éticos ou nem tanto Todo mundo já deve ter se defrontando com o clássico dilema ético que, com versões diferentes, mas o mesmo moral da história, diz algo mais ou menos assim: houve um acidente com um barco, você e um amigo resolvem nadar até a costa para buscar socorro. Depois de um tempo, você percebe que seu amigo está fraco demais e se afogando e entende que, se parar de ajudá-lo, talvez ainda tenha forças para chegar à praia, avisar as pessoas e providenciar resgate para todos os outros. Salvam-se você e os restantes no barco. Você larga seu amigo, ou não o abandona, arrisca até o final, sob o risco de morrem os dois e todos os passageiros do barco? O que você faz? Difícil resposta, tenho certeza. Já vivi alguns desses dilemas. Não foram casos de morte ou de vida, mas sim de invadir sentimentos e emoções de alguém para salvar os passageiros do barco, exatamente como a historinha acima, só que sem mortes, mas com alguns feridos, entre eles, eu próprio. Independentemente das opções que fiz – que sustento com firmeza e para as quais sei que terei que pagar um preço
–, tenho notado coisas interessantes nas pessoas e em mim mesmo. Afinal, sou humano e me incluo sempre nas observações e críticas que faço. Alguns modos de agir e de pensar: – O individualismo das pessoas, apesar de a gente ver essa coisa de coletividade e colaboração crescendo na web o tempo todo, ainda é fortíssimo. É eu, eu, eu e eu. Se me afeta, não tem ética, não tem moral, não tem princípios, não tem nada. - Somos todos éticos por opção, mas bem menos por ação. – Existe, por outro lado, uma espécie de ética pessoal, uma ética da conveniência, que chega a ser engraçada. Vejo um monte de gente com dois modelos de ética: uma que se aplica a si próprio e outra que vale para todos os outros. – Respeito é algo que as pessoas exigem. Mas andam se esquecendo de que “respeito não se exige, se conquista”. – Julgar os outros ficou simples, fácil e rápido, e todo mundo expressa opinião sobre tudo e sobre todos. – E opiniões rolam soltas por e-mail, nos fóruns, no Facebook, no Twitter,
nos blogs. E ficam registradas para todo o sempre. – Mas, na cara, no olho no olho, pouquíssima gente sustenta o que diz. Muito provavelmente não diria frente a frente o que escreve por aí. – E aí muita gente fala e opina muito pela web e depois, quando encontra a pessoa – afinal, isso acontece de vez em quando –, fica com aquela cara de… “Oh, I really did not mean it, I respect you…”, como dizem nos Estados Unidos. Já que estamos nessa crise braba, por que a gente não aproveita para nos revermos como sociedade, como grupo? Os problemas não estão em Brasília, estão em cada um de nós! Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
bob wollheim é fundador do youPIX e do Startupi, autor de "Empreender não é Brincadeira" e venture corp da Endeavor
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sucesso
#àsclaras #futuromelhor #cultural
Quem resistirá à cultura da transparência? Houve um tempo em que muito se fazia por debaixo dos panos, “à sorrelfa”, como escreviam os literatos. Reinava nas gestões públicas e privadas a opacidade. De repente, a tecnologia permitiu o registro e categorização de dados de todos os tipos. Ao mesmo tempo, as redes de conexão democratizaram acessos e potencializaram tremendamente o compartilhamento de informações. Para o mal e, principalmente, para o bem, ingressamos em um período espetacular na história da humanidade, em que começa a vigorar (inexoravelmente) a cultura da transparência. Hoje sabemos de onde veio o dinheiro com o qual o líder parlamentar pagava seu caríssimo professor de tênis. E descobrimos onde foi parar a grana que faltou no caixa daquele conceituado clube de futebol. A organização WikiLeaks expôs publicamente segredos de governos e corporações. Edward Snowden, ex-funcionário da CIA, colocou em saia justa políticos e instituições. Hoje somos rapidamente informados sobre os casos de empresas que não entregam o que prometem ou que pagam propinas. E sabemos de outras que burlam o fisco ou sistemas de controle ambiental. Os empreendedores e gestores precisam, portanto, compreender urgentemente as implicações morais e mercadológicas dessa nova cultura. Porém, não somente eles, mas também todos os profissionais, nas diversas escalas hierárquicas.
Em tempos de transparência, o respeito será definido por coerência, isto é, pela comprovação, na prática, dos atributos expostos pela publicidade. Hoje marcas tradicionalmente estimadas já começam a sentir os efeitos da desconfiança. Isso ocorre especialmente quando os valores corporativos são desmentidos por ações que desprezam os preceitos éticos. Em meu livro "A Economia do Cedro", faço um alerta sobre esse novo contexto, em que uma reputação pode ser destruída do dia para a noite. As pessoas estão mais informadas, mais espertas e mais corajosas. Os jovens, em especial, converteram-se em inspirados detetives e comunicadores, agindo rapidamente nas redes sociais. Assim, não tardará o dia em que qualquer farsa será descoberta e tuitada. No Brasil atual, a cada minuto, descobre-se uma “mutreta” de alguém, um ilícito de fulano ou de sicrano. É a pisada na bola do governante, do oposicionista e do oportunista. E, obviamente, a crise moral resulta em crise de confiança. E ela que trava investimentos, mata negócios e faz a economia patinar. Vivemos um momento difícil, mas a transparência tende, no médio prazo, a amedrontar os delinquentes e a exigir condutas que aliem honestidade e integridade. O futuro, creio eu, será melhor que o presente. Dias atrás, as Nações Unidas divulgaram suas 17 metas globais até 2030. São objetivos claros que vão exigir ainda mais transparência de governos, entidades e empresas.
Daqui para a frente, portanto, o gerenciamento de marcas vai depender, cada vez mais, da atenção autêntica ao Triple Bottom Line (3BL), ou seja, às medidas que avaliam os resultados nas três dimensões do desenvolvimento: people (social), planet (ambiental) e profit (econômico). Convém lembrar que esses dados são hoje avaliados por um número cada vez maior de pessoas, entre fornecedores, agências de controle, parceiros, acionistas, concorrentes, profissionais de mídia, consumidores e membros da comunidade. Transparência? Será cada vez maior. Não tem volta. Não importa quantas toneladas de concreto selem o seu escritório. As pessoas vão logo saber o que você fez no verão passado. Se agora é assim, observe; observe-se! A cultura da transparência vai, aos poucos, aniquilar a cultura da irresponsabilidade. É bom para mim, para você, para o país, para o planeta. Quer comentar esta coluna? neuronio@vero.com.br
carlos júlio é consultor, palestrante, escritor e pesquisador no campo da administração de negócios
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Com diversão e conteúdo, nosso objetivo é deixar a região cada vez melhor para viver
Principais ações • • • • • •
Piquenique na praça Palestras sobre cidades Prêmio Atitude Alphaville Pintura do letreiro Concurso Logotipo Alphaville Reportagens e muito mais Mostre que você é parte integrante desta comunidade. Participe das ações. Seja um embaixador.
copatrocínio e apoio
realização
atitudealphaville.com.br
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orgânico
#agenda #programação #novembro
corrida, Palestras, talks e jantar às cegas em alphaville STARTUP BURGER
Confira a programação do Orgânico para o mês de novembro
10 20h terça
talk
Cerveja artesanal: negócio de gente grande
P BEMÍLULAS -ESTAR DE
Saiba como o designer gráfico David Michelsohn e seus irmãos, Rafael e Alexandre, transformaram o prazer de beber cerveja em um negócio que tem incomodado gigantes mundiais como a Ambev. O trio é medalhista em concursos como South Beer Cup 2014 e Festival Brasileiro de Cerveja 2015. R$ 50 (inclui burger e cerveja)
12 12h30
14 9h
quinta
sábado
palestra + Corrida
talk no container
4Perform e VERO
"Como manter o hábito de se alimentar de forma saudável" com Marcia Diniz
Neste bate-papo vamos falar sobre como tomar consciência da importância da nossa saúde. Vamos propor um estilo de vida que dure para sempre, que é muito mais importante que começar uma dieta que termine em um dia. Gratuito
24 20h
18 20h
quarta
A academia promove um percurso de 5 km pelo Verteville, aberto ao público. O aquecimento fica por conta de uma palestra com André Cunha, sócio da 4Perform e treinador de Thomas Bellucci e César Cielo, sobre os limites da corrida: "Até onde seu corpo aguenta e como preparará-lo para percorrer a distância que você deseja". Gratuito – Inscrição prévia Vagas limitadas
evento especial
JANTAR ÀS CEGAS EM ALPHAVILLE
O espaço de coworking Orgânico comemora seu primeiro aniversário com uma série de eventos. O destaque fica com um jantar às cegas comandado pela chef Sandra Silva, do Bistrô da Sara. Serão 20 opções de degustação (respeitando preferências e/ou restrições alimentares dos participantes, que responderão uma pesquisa prévia), todas harmonizadas com vinhos. A música fica por conta do DJ Dré Guazzelli. R$ 160 – jantar completo
terça
Palestra
Desafios da educação: adolescentes com Rosely Sayão
O projeto na Na.SALA traz Rosely Sayão para o Orgânico. Ela vai falar sobre educação e adolescentes. R$ 160
mais informações e inscrições para todos os eventos em
organicoworking.com.br/ #eventos ou pelo telefone: (11) 2424-1010
Desconto de 25% para clientes DNA OrgâniCo – pagamento antecipado.
Alpha Square Mall – Av. Sagitário, 138, loja 72 – (11) 2424-1010 – www.organicoworking.com.br
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L o c a l n o v e m b r o
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c a d e r n o
N ot í c i a s r e g i o n a i s
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dicas
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r ot e i r o s
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e n t r e t e n i m e n to
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e n t r e v i s ta s
prêmio atitude
Confira uma homenagem a boas iniciativas pág. 12B
identidade local
O concurso que escolheu a nova marca do região pág. 20B
quem são e o que pensam as famílias da região
Veja como participar da pesquisa
foto zé gabriel
pág. 24B
Sandra Veras está à frente da recéminaugurada Luxo Natural
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flores por todos os lados Empresárias trazem novo conceito de floricultura para Alphaville pág. 4B
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Capa local
Luxo Natural
Idealizado por Sandra Veras e Tatiana Bezerra, novo conceito no bairro une espaço aconchegante e flores fresquinhas
MAIS FLORES EM ALPHAVILLE
Flores por assinatura, embalagens com mensagens inspiradoras e bicicleta itinerante vendendo arranjos a preços acessíveis pelas ruas. Conheça a nova floricultura do bairro, que também conta com câmara fria onde os clientes escolhem suas flores e espaço aconchegante com sorvetinhos exclusivos por Gabriela Ribeiro fotos Zé Gabriel
“vejo flores em você”,
“Um buquê não precisa de um por quê” ou “Que nunca nos falte flor nem amor”. Quem não gostaria de receber flores em uma garrafinha com uma dessas mensagens? Acaba de ser inaugurada, no Centro Comercial, a Luxo Natural – uma
boutique de flores com um conceito inédito por aqui. “Nossa missão é democratizar o luxo. Queremos florir Alphaville! As flores são para qualquer situação: agradecer, pedir desculpas, para deixar o dia do outro mais feliz e dar cor e vida a sua casa, escritório ou evento”, conta
Sandra Veras, sócia da loja. Tudo começou em março deste ano, em Fortaleza, no Ceará. “Minha amiga que mora lá, Tatiana Bezerra, criou a Luxo Natural, e rapidamente o negócio tornou-se um sucesso. Dois meses depois, já estávamos conversando sobre trazer a loja para cá. Em
agosto batemos o martelo, e no mês passado abrimos as portas”, explica. Um adendo: Sandra trabalhou durante anos como executiva de importantes empresas do mercado imobiliário, mas largou tudo em busca de novos e grandes desafios. “Estou realizada!”
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O que a Luxo Natural tem de diferente das floriculturas convencionais? Trabalhamos com flores de corte. E temos, aqui na loja, uma câmara fria para conserválas. A cliente pode abrir a câmara, escolher quais ela quer e aguardar a florista fazer o arranjo. Uma curiosidade é que algumas dessas flores vêm direto de Fortaleza, de uma estufa própria da minha sócia, Tatiana Bezerra. Outro diferencial é que a gente não vai trabalhar apenas com as flores padrão, como o lírio, rosas e flor do campo, mas também com as da estação, com uma diversidade bem maior do que normalmente uma floricultura comum tem. As embalagens também são muito diferentes... A Tatiana veio do mundo da moda, então, sua experiência ajudou na criação. Todas as nossas embalagens têm um adesivo com uma mensagem gentil, como “Que nunca lhe falte flor nem amor”. Há opções de sacolas, caixinhas, garrafas, vasos e cones (a partir de R$ 10). O bacana é que a mensagem também pode ser personalizada. Vocês também fazem arranjos para eventos? Sim. De batizados, chás de bebê e casamentos até eventos corporativos, como a inauguração do Complexo Madeira, que fizemos recentemente. Mas oferecemos outros serviços também. Com a Assinatura de Flores, o cliente paga R$ 240 por mês e pode ter toda semana arranjos em casa ou no escritório. Se a pessoa vai fazer um evento em casa, ela pode optar pela Florista em Casa. Ela diz a quantidade de flores, e a florista vai até casa dela fazer o arranjo sob medida. E como temos um espaço bem gostoso, de 120 m2, com três andares, aqui no Centro Comercial, vamos aproveitá-
lo para oferecer cursos, como arranjos florais, noções básicas de decoração, maquiagem. Também vamos vender alguns produtos agregados no nosso espaço. Um deles são os picolés Selecto Ice, que também vêm de Fortaleza e têm sabores exclusivos da terrinha, como tapioca e rapadura. Por fim, temos uma bicicleta itinerária superfofa que está cada dia em um ponto diferente de Alphaville vendendo flores com preços acessíveis a todos. Você trabalhou durante muito tempo no mercado imobiliário. Como está sendo esse desafio de entrar em um negócio tão diferente? Estou muito satisfeita. Fui gerente nacional de marketing da Alphaville Urbanismo e da Cipasa. Por isso, estava sempre viajando pelo país. Mas sou mãe de dois meninos que estão entrando na adolescência. Entrei em 2015 com a missão de conseguir um trabalho mais flexível e perto de casa. E essa foi a melhor oportunidade que poderia acontecer na minha vida. Hoje me sinto realizada de poder morar, trabalhar e me divertir num só lugar. E quais os principais desafios de abrir um negócio nos tempos de hoje? Eu realmente estava preocupada. Mas pelo fato da Luxo Natural trazer o conceito de democratizar o produto, não estamos sentindo a crise. Sabemos que as pessoas estão sempre preocupadas com o trabalho e não vão lembrar de ir a uma floricultura. Por isso, não ficamos atrás do balcão esperando o cliente chegar. Queremos estar em qualquer lugar: em eventos, nas casas das pessoas, e ainda levar a nossa bike para todo o bairro, porque a flor fala por si só. É uma ótima fórmula para você deixar alguém feliz.
inauguração
No dia 19, a Luxo Natural abriu as portas no Centro Comercial Alphaville, com coquetel oferecido pelo restaurante Nagairô
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1. As sócias Sandra Veras e Tatiana Bezerra 2. Erni Junior e Ana Bartira 3. Monica Escorel e Valéria Romano 4. Giovana Rodrigues, Suelena Toledo, Paulo Toledo, Katia Santos e Daniel Buontempo 5. Renata Biem e Mary Jo Evangelista
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Coquetel
Destaques da região
Leroy Merlin por aqui
A loja, especializada em construção, abre as portas em dezembro no bairro. A marca conta com mais de 80 mil itens, divididos em 18 departamentos, como decoração, iluminação, pisos e revestimentos. Av. Fernando Cerqueira César Coimbra, 1.000 (paralela à castelo branco, sentido sp, próximo ao pedágio) leroymerlin.com.br
A arte de Bruno Portella
O artista, que usa o fogo como elemento principal em suas telas, painéis e peças, acaba de abrir seu ateliê no Centro Comercial Alphaville. Por lá é possível conferir e comprar os trabalhos dele. Vale lembrar que Bruno participou por dois anos da pintura do letreiro de Alphaville.
mais CrossFit
Calç. Flor de Lótus, 105 – sl 3 – (11) 97205-9183
Nova escola na região
Chegou a Alphaville a Escola Peixinho Feliz. Especializada em educação infantil, atende crianças de quatro meses a seis anos de idade, em turmas pequenas, com atividades que vão de musicalização e teatro a educação financeira e empreendedorismo. Al. Miró, 40 – (11) 4153-5453 peixinhofelizalpha.com.br
Bendita Hora abre café em Alphaville
Foi inaugurado, dentro da loja de paisagismo La Botanique, o Bendita Hora Café. Além do tradicional cafezinho, o espaço conta com quiches, pão de queijo, waffles, sanduíches, docinhos, vinhos e drinques. De segunda a sábado, das 9h às 17h. La Botanique – Bendita Hora Café – Av. Ipanema, 158 – 18 do Forte Empresarial – (11) 3862-0622
Dois espaços dedicados ao programa de treinamento chegaram à região neste mês: o CrossFit Barueri, no 18 do Forte, e o CrossFit Tamboré, ao lado da Sodimac. CrossFit Barueri Av. Ipanema, 165 – 18 do Forte (11) 99997-0995 – crossfitbarueri.com.br CrossFit Tamboré – Av. Tamboré, 885 (11) 97598-1407 – crossfittambore.com
Natal e novidades no Tamboré
No dia 7 de novembro, às 19h30, o shopping abre sua programação especial de Natal. Além da clássica chegada do Papai Noel, haverá parada mágica, show pirotécnico e coral infantil. O mall também acaba de ganhar um quiosque do famoso chocolate suíço Milka, com diversas variações da delícia. E mais três marcas chegam neste mês: a Juliette oferece refeições prontas congeladas em porções individuais, a partir de R$ 15; a multimarcas Your ID vende roupas, calçados e bonés de lifestyle urbano; e a Kings Sneakers, também multimarcas, traz produtos da cultura do hip-hop e Urban Wear. Shopping Tamboré – (11) 2166-9717 – shoppingtambore.com.br
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Jantar às cegas em Alphaville
Para comemorar o primeiro ano do espaço de coworking em Alphaville, o Orgânico promove, no dia 18 de novembro, um jantar às cegas com um menu elaborado pela chef Sandra Silva, do Bistrô da Sara. Haverá harmonização de vinhos, e a música vai ficar por conta do DJ Dré Guazelli. Custa R$ 160. OrgâniCo – Alpha Square Mall Av. Sagitário, 138 – 1o andar – lj 72 (11) 2424-1010 – organicoworking.com.br
Palestra sobre história no Iguatemi Alphaville
A partir de 16 de novembro, o programa de palestras e debates mensais desenvolvido pelo Na.SALA – Projetos Culturais vai estar também na Livraria Saraiva do Iguatemi Alphaville. A primeira palestra será do historiador Luiz Estevam sobre a relação entre Oriente e Ocidente. As sessões vão acontecer mensalmente, às 20h. Reservas pelo e-mail na.sala@hotmail.com. Custa R$ 160.
Beleza revigorada
Em comemoração ao seu primeiro ano no bairro, o salão de beleza Blessed Beauty Hair reformulou seu espaço e ampliou os serviços de estética e beleza. Alguns dos procedimentos oferecidos são micropigmentação e criolipólise. Av. Andrômeda, 608 – Conde Comercial (11) 4191-7025 – blessed.com.br
Iguatemi Alphaville – (11) 2078-8000 – iguatemialphaville.com.br
Festa de noivas
No dia 17 de novembro, das 12h às 20h, acontece a primeira edição do Wedding Party, no Blue Tree Premium Alphaville. O encontro vai reunir fornecedores de serviços de casamentos para apresentar as tendências do mercado. Entre os 20 expositores, estão Black Tie (trajes a rigor), Casa 8 (convites e lembrancinhas) e Rei da Barba (dia do noivo). A entrada são duas latas de leite em pó, que serão doadas à Instituição Rainha da Paz. COMPLEXO MADEIRA Al. Madeira, 398 (11) 99360-8050
Food Truck no Centro Comercial
Nos dias 7 e 8 de novembro, das 11h30 às 20h, o Centro Comercial Alphaville promove o 1º Food Truck CCA Festival. Serão diversos trailers oferendo comidinhas de culinária mexicana, grega, japonesa, espanhola, além de hambúrgueres, massas, tapiocas, lanches naturais, doces e drinks. A estimativa é que o centro receba cerca de 4.000 visitantes nos dois dias do Festival. Estacionamento da Al. Madeira – Portaria 2 (11) 4196-6560 – centrocomercial.com.br
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Keep On Geradores
Sem luz, nunca mais
RAIO X DO GERADOR:
Alphaville e região sofrem constantemente com a falta de energia. Um aparelho elétrico, compacto – que cabe em qualquer cantinho –, de fácil instalação e baixo custo pode solucionar esse problema Ilustração Daniel Vincent
PORTARIA DE CONDOMÍNIO: ideal para iluminação, telefone, câmeras de segurança e portão elétrico
“Minha empresa está estabelecida em uma região em que falta luz constantemente. Não podemos correr o risco de, a cada queda de energia, ficar também sem internet e deixar de fazer serviços importantes, como emitir uma nota fiscal. Isso pode significar não fechar um negócio", relata Luiz Antonio Medina, proprietário da Socom Alimentos. Para solucionar esse tipo de problema, ele optou
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RESIDÊNCIA: iluminação, geladeira, freezer, telefone, internet e tv a cabo – na falta de energia, todos ficam garantidos com o equipamento, que é compacto e silencioso
por um gerador da Keep On Geradores Elétricos. O aparelho funciona assim: ao ser ligado na tomada, ele gera uma carga interna. Quando a energia acaba, ele é conectado ao quadro de força e usa essa carga para manter todos os equipamentos eletrônicos ligados. Assim que a energia retorna, é só colocar o gerador novamente na tomada para recarregar e ficar pronto para ser utilizado novamente.
Recém-chegada ao mercado, a marca, sediada na região da Granja Viana, tem como premissa oferecer o conforto e a tranquilidade que só uma boa reserva de energia pode garantir. "Além de ser fácil de instalar, ele é silencioso, não necessita de combustível, por isso, tem baixo custo e ocupa pouco espaço", diz Medina. Na casa de Celia Pitaluga, o aparelho também se tornou indispensável: "Não
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EMPRESAS: quando conectados ao gerador Keep On TI, os servidores não sentem variação e queda de energia e permanecem funcionando por horas
corremos mais o risco de 'perder' alimentos no refrigerador e, mais importante, não temos mais a preocupação de chegar à noite e se deparar com a entrada da casa às escuras", conta. E completa: "Eu indico sempre para os meus amigos". Keep On Geradores (11) 4612-9225 / (11) 99359-6494 www.keepongeradores.com.br keepongeradores@gmail.com
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Atitudes transformadoras
Prêmio Atitude Alphaville
No caminho do bem
Conheça os dez projetos sociais ganhadores do 2o Prêmio Atitude Alphaville, que reconhece ações e instituições que fazem a diferença na região por Gabriela Ribeiro
valorizar quem, por meio
de boas ações, faz a diferença na vida das pessoas e, assim, ajuda a tornar nossa região um lugar ainda melhor. Esse é o objetivo do Prêmio Atitude Alphaville, desenvolvido pela campanha de mesmo nome, que chegou à segunda edição em 2015. Neste ano, 25 projetos – entre ONGs e pessoas físicas – se inscreveram. Dez deles foram
selecionados pela VERO para serem premiados na noite de 21 de outubro, numa cerimônia realizada no Orgânico. Desses, três foram escolhidos como "Destaques do ano" por uma comissão julgadora*. "Na verdade, todos os inscritos são incríveis. E nós queremos incentivar e inspirar a comunidade a ter, cada vez mais, projetos assim", conta Janine
Klein, coordenadora da campanha Atitude Alphaville. Uma das provas de que o objetivo está sendo alcançado é o resultado do projeto Pernas de Aluguel, que leva cadeirantes para corridas de rua, conduzidos por corredores voluntários. Seu fundador, Eduardo de Godoy, foi um dos homenageados no ano passado e esteve presente na cerimônia deste ano.
Segundo ele, o Pernas de Aluguel teve um crescimento "assustador" de lá pra cá. De 20 voluntários, o projeto já alcançou 800 espalhados por várias cidades do Brasil. Agora, a intenção é que todos os dez trabalhos selecionados em 2015 também consigam mais apoio e visibilidade. Nas próximas páginas, você conhece os premiados.
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Destaques do ano
Três projetos foram escolhidos pela comissão julgadora
Anjos dos Bichos
Com o objetivo de promover a posse responsável de animais de estimação, um grupo de pessoas engajadas pela causa se reuniu para criar a ONG Anjos dos Bichos. O trabalho da instituição é desenvolvido principalmente em feiras de adoção, que acontecem aos sábados, em Alphaville. Os animais são divulgados no site da ONG e em vários outros meios de comunicação. “Queremos dar a estes seres inocentes uma oportunidade de vida digna, com amor, carinho, conforto, comida, cuidados e o que mais pessoas de bom coração possam dar”, diz Renata Cristina Buono, presidente do projeto. (11) 99198-4598 | anjosdosbichos.com.br
Filhos da Luz
Recuperar dependentes químicos de álcool e drogas que vivem na rua é o que faz o projeto Filhos da Luz. A instituição foi fundada por Ronaldo Meirelles Campos depois que ele viu um de seus filhos viciar-se em cocaína. “Tentava de tudo e nada dava certo, por isso, resolvi estudar o assunto com mais seriedade. Frequentei um grupo de apoio a usuários e fiz pós-graduação em dependência química pela Unifesp. Então, veio a ideia de criar a ONG”, conta Ronaldo. Hoje a Filhos da Luz acolhe e dá moradia plena para 30 pessoas na faixa etária de 18 a 50 anos, de ambos os sexos. (11) 4181 2089 comunidadefilhosdaluz.wordpress.com
Up ONG
Depois de vencer um linfoma, Kalyn D'Amaro Diegues decidiu criar uma instituição para oferecer atendimento domiciliar e gratuito para pacientes oncológicos de Alphaville e Tamboré. O objetivo é resgatar a autoestima e melhorar a qualidade de vida dessas pessoas. Para isso, a UP ONG conta com um grande quadro de profissionais voluntários, qualificados nas mais diversas áreas de atuação, como fisioterapeutas, psicólogos, nutricionistas, massagistas, maquiadores e manicures. (11) 4152-4493 | upong.org
*O júri do Prêmio Atitude Alphaville 2015 foi composto pelos patrocinadores e apoiadores da Campanha Atitude Alphaville: Renato Ishikawa, da CNL; Roberto Coletti, da Embrase; Maria Lucia Bimbatti, do Shopping Tamboré; e Carla Carlini, da Cultura Inglesa; pelos três projetos eleitos "Destaques do ano" em 2014: Eduardo de Godoy, do Pernas de Aluguel; Neuma Nogueira, do Grupo Vida Brasil; e Jacira Aquilino, da APROEX; pelos representantes da mídia apoiadora: Marcelo Foffá, da Folha de Alphaville; Marcelo Ivanesciuc, da Somma; e Roberta Furlan, da VERO; e por dois embaixadores voluntários da Campanha: André Bucater e Norma Amaral. 14B | local vero | novembro | 2015
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Homenageados
Além dos três destaques, outros sete projetos foram premiados Instituto Barueri Paraolímpico
APAE Barueri
Promove a inclusão social da pessoa que apresenta deficiência intelectual e Transtorno do Espectro Autista (TEA) na faixa etária de zero a 35 anos e de sua família. Atualmente atende 580 pessoas. (11) 4199-5364 | apaebarueri.org.br
Por meio do incentivo ao esporte, promove a autonomia, a inclusão e a integração social da pessoa com deficiência acima de 18 anos. Hoje atende 35 beneficiários diretamente. (11) 4198-6006 barueriparaolimpico. webnode.com.br
Oficina de Fluência Conseg
O órgão realiza o entrosamento entre a comunidade local e as polícias civil e militar, incentivando a cidadania e as estratégias de segurança para manter baixos os índices de ocorrências. (11) 4133-2979 conseg-alphavilletambore.org.br
Promover a melhoria na fluência e na comunicação das pessoas com gagueira e a conscientização sobre as formas de lidar com esse problema é o objetivo principal da instituição criada pelas fonoaudiólogas Daniela Zackiewicz e Luciana Contesini. (11) 4193-3175 oficinadefluencia.com.br
Piscina Acessível
A designer de interiores Inaiê Cardozo criou um projeto de piscina acessível para pessoas com mobilidade reduzida e o disponibilizou para ser copiado, sendo necessário apenas citar os créditos, sem nenhum custo de direito autoral. (11) 3607-2890 piscinaacessivel.blogspot.com.br
Projeto Sustentar Brincar e Viver Núcleo Educativo Terapêutico Helena Antunes
Especializado na educação de crianças, jovens e adultos com deficiência ou necessidades especiais múltiplas, utiliza ferramentas como a música e a pedagogia aquática. Atende 250 pessoas em Santana de Parnaíba e região. (11) 4154-1413 | nucleoespecial.com.br
Desenvolvido pela Escola Municipal Monteiro Lobato, de Santana de Parnaíba, o projeto estimula os alunos a agir em prol da sociedade e do meio ambiente. Plantio de árvores frutíferas e criação de horta sem produtos químicos são algumas ações. (11) 4154-5704 colegiomunicipalmonteirolobato@ gmail.com
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noite para comemorar
A cerimônia de entrega do 2º Prêmio Atitude Alphaville aconteceu no dia 21 de outubro, no Orgânico. Marcaram presença os representantes dos projetos homenageados, patrocinadores apoiadores e embaixadores voluntários da Campanha Atitude Alphaville
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1. Homenageados: Daniela Zackiewicz, da Oficina de Fluência; Inaie Cardozo, da Piscina Acessível; Ronaldo Meirelles Campos, da Comunidade Terapêutica Filhos da Luz; Carlos Roberto da Silva, do Instituto Barueri Paraolímpico; Andrey Ricardo Mendes, da APAE Barueri; Ana Paula Varlotta e Reinaldo Camelo, da ONG Anjos dos Bichos; Kalyn Diegues, da Up ONG; Silvana Alves e Adriana Regina Zonato, do Colégio Monteiro Lobato; Joaquim Domingues e Nelson Pichiliani, do Conseg; e Isabel Cristina Antunes, do Núcleo Educativo Terapêutico Helena Antunes 2. Ailton Riera, Roberto Coletti e Andrea Silva, da Embrase 3. Aline Manzoli, da CNL 4. Janine Klein, da Campanha Atitude Alphaville, e Carla Carlini, da Cultura Inglesa 5. Grupo de Embaixadores voluntários da Campanha Atitude Alphaville foi presenteado com flores da Luxo Natural
5 copatrocínio e apoio
realização
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Design
Concurso Logotipo
A marca da nossa região
Com 37 inscritos, concurso promovido pela Campanha Atitude Alphaville escolheu o logo que é a cara de Alphaville, Tamboré e Aldeia da Serra. Conheça Felipe Carmo, seu autor por Gabriela Ribeiro foto Zé Gabriel
COM CERTEZA você já viu
em algum carro por aí um adesivinho com duas velas, uma azul e uma amarela. Quem vê esse logotipo, de cara, já sabe que o dono do veículo tem alguma relação com a cidade de Ilhabela. Foi com o objetivo de criar essa mesma identificação entre os moradores de Alphaville e região que a VERO, inspirada pelo projeto Identidade São Paulo (responsável pela criação de logos para os bairros da capital paulista), lançou, em junho, por meio da Campanha
Atitude Alphaville, o Concurso Logotipo Alphaville. Em dois meses, 37 pessoas – entre designers, diretores de arte e artistas – inscreveram-se, voluntariamente, já que não havia prêmio em dinheiro, apenas a oportunidade de registrar a sua marca. Cinco delas foram selecionadas por um júri técnico, composto por profissionais da área – incluindo os idealizadores do projeto Identidade SP. Esses cinco foram para uma segunda etapa, que contou com votos
dos embaixadores e dos patrocinadores da Campanha Atitude Alphaville (CNL, Embrase, Shopping Tamboré e Cultura Inglesa), um representante da VERO e um do poder público de Barueri, além da participação popular no Facebook da VERO. O logo vencedor vai virar adesivo, que será encartado na próxima edição da VERO. Assim, você vai poder colar essa marca no seu carro a ajudar a unir ainda mais a nossa comunidade, fortalecendo ainda mais a identidade local.
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Realização
O vencedor
Um nome foi o destaque dessa competição disputada: Felipe Augusto Aliaga do Carmo, de 29 anos. Formado em Publicidade e Propaganda, é diretor de arte na agência Arara Comunicação & Arte e já desenvolveu trabalhos para marcas como Jaguar, Land Rover, Harley Davidson, Fiat, Toyota, Renault, Honda e Volkswagen. Felipe ficou
sabendo do concurso por um amigo e não perdeu a chance de se inscrever. "Acredito que as oportunidades estão por todos os lados. Eu amo design, publicidade, criação, traços, cores e o sentido explícito e implícito de uma marca. É ela que traduz o que é a sua empresa, sua instituição ou comunidade. Tudo isso me levou a participar do concurso. Fora a oportunidade de divulgar
meu trabalho", conta. O logotipo desenvolvido por ele é baseado na união, amizade, cidadania, confraternização, sustentabilidade, alegria, força e paz gerados pela convivência entre as pessoas da comunidade. "O círculo nos traz a ideia de movimento, união, energia e atividade, e, por outro lado, a folha traz paz, calma, natureza e serenidade para nossas ações."
Cole esta marca
O logo premiado vai virar adesivo. Na próxima edição da VERO, você pode destacar o seu e colar essa ideia onde quiser!
Felipe Carmo, de 29 anos, é o vencedor do Concurso Logotipo Alphaville
No Facebook da VERO, você pode conferir os logos de todos os 37 participantes do concurso. A VERO parabeniza a todos pela participação! 2015 | novembro | local vero | 21B
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Publieditorial
Valeria Marcondes
Dra. Valéria Marcondes em seu consultório, em Alphaville
Valéria Marcondes inaugura clínica em Alphaville
Em São Paulo há quase 30 anos, a dermatologista traz para a região uma extensão de sua clínica, com tratamentos estéticos aliados a cuidados com a saúde texto Camila do Bem
Manter saudável a aparência da pele – que é o maior e mais visível órgão do corpo humano – não é só uma preocupação com a estética, mas também com a saúde. Sempre preocupada com o equilíbrio desses dois fatores, a dermatologista Dra. Valéria Marcondes tornou-se referência em saúde e estética em São Paulo, onde já atua há 30 anos. Agora, devido à demanda de pacientes que moram em Alphaville, ela também passa a atender no bairro, em sua nova clínica recém-inaugurada na Alameda Grajaú. “Tenho muitos
pacientes na região e decidi me dividir entre São Paulo e Alphaville porque prezo pelo bem-estar e a comodidade deles”, explica a doutora. Não se trata de uma filial, o espaço é uma extensão da clínica de São Paulo, com os mesmos profissionais e toda a infraestrutura já existente. “A minha equipe tem uma agenda de revezamento entre os dois espaços, e tenho como grande parceira a doutora Mayra Lima, dermatologista que está comigo há muitos anos e também fará os
atendimentos no bairro”, explica. Dra. Valéria defende a saúde plena da pele do paciente e está sempre alerta sobre a importância de se observar e fazer acompanhamento periódico. O câncer de pele (melanoma) é o tipo de câncer com maior número de óbitos, por diagnóstico tardio. “A prevenção é muito importante. Na minha clínica, tenho o Foto 3D como grande aliado para fazer uma avaliação minuciosa na pele dos pacientes. Com tecnologia avançada, ele permite análise dos vasos do
Dra. Valéria Marcondes CRM 50283
Formada pela Faculdade de Ciências Médicas de Santos, com residência no Hospital das Clínicas da Universidade de São Paulo, é fundadora da Sociedade de Laser e diretora da Sociedade Brasileira de Medicina Estética, além de membro da American Academy of Dermatology.
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conheça alguns Tratamentos:
Fios de sustentação Silhouete • Aplicação de toxina botulínica • Aplicação de preenchedores • Skinbooster • Sculptra (estímulo de colágeno) • Ulthera (para redução de flacidez) • Emerge (tônus da pele, atua em manchas e cicatrizes) • Icon (reduz manchas e vasos) • Reaction (estímulo de colágeno) • Endymed (microagulhamento) • Coolsculpting (criolipólise) • Liposonix (redução de gordura) • Endermologia (redução de medidas) • Manthus (redução de medidas)
Localizada no Edifício Pravda, a clínica é formada pela mesma equipe multidisciplinar que atende em São Paulo. Ao lado, a doutora Mayra Lima, especialista em dermatologia
rosto, além de manchas, rugas, depressões e alterações de contorno facial”, diz. A clínica também tem o equipamento de Dermatoscopia Digital, conhecido como Mapeamento Digital, com o qual as pintas com risco de evolução maligna são fotografadas e acompanhadas pela equipe. Além de toda a estrutura para os cuidados com a saúde do paciente, a clínica oferece diversas opções de tratamentos estéticos, faciais e corporais, que atraem cada vez mais pessoas preocupadas com a
beleza saudável e resultados naturais. Tratamentos como microagulhamento – conjunto de microagulhas de ouro que liberam radiofrequência estimulando a formação de novos colágenos – e Silhouette – suturas introduzidas abaixo da pele para o rejuvenescimento da área tratada – são destaques da clínica. Um grande diferencial é que homens também têm seu espaço garantido no local, com um dermatologista especializado em tratamentos para a derme masculina, que embelezam sem
deixar transparecer nenhum tipo de intervenção na face. “Lidamos com saúde e também com a vaidade das pessoas, e eu me sinto realizada quando meus pacientes voltam com um sorriso no rosto e a autoestima renovada”, finaliza.
Quer saber mais?
A doutora Valéria Marcondes será colunista da VERO a partir da próxima edição. O espaço será utilizado para dar dicas de saúde e beleza para aplicar no dia a dia, como cuidados para unhas, cabelos e pele.
Clínica Valéria Marcondes Alphaville Al. Grajaú, 98 Pravda Alphaville – sala 1.102 (11) 4552-3182 / 4552-3183 De seg. a sex., das 9h às 18h São Paulo Rua Alm. Pereira Guimarães, 192 Pacaembu (11) 3672-5911 / 3672-0149 www.valeriamarcondes.com.br 2015 | novembro | local vero | 23B
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Empreendedorismo
MeSeems
um novo jeito de fazer pesquisas
Jovens empreendedores desenvolvem aplicativo para coletar pesquisas de opinião que garante prêmios aos usuários e, ao mesmo tempo, agilidade e ótimo custo-benefício para cliente por Thais Sant'Ana
Quem não gosta de ficar por dentro dos dados levantados por uma boa pesquisa? Saber a porcentagem de pessoas que torcem para um time ou qual é a cerveja mais consumida em determinada região da cidade? Agora, imagine poder responder aos questionários que resultam nessas pesquisas de uma forma lúdica e divertida, como se estivesse em um game.
A cada pesquisa respondida, você sobe em um ranking que o compara com outras pessoas que respondem às enquetes, e ganha troféus. Mais: quanto mais pesquisas você responde, mais pontos você acumula – e esses podem ser trocados por prêmios, como ingressos para cinema, vale-compras e recargas de celulares. Essa é a dinâmica por trás do aplicativo MeSeems, criado
pelos jovens empreendedores Renato Chu e Lucas Momm. Os dois se conheceram no colégio. Depois, trilharam caminhos distintos: Renato fez faculdade de Administração, e Lucas, de Engenharia. Mas em 2013 decidiram juntar suas competências para criar alguma coisa de "impacto". Largaram seus trabalhos (em bancos de investimentos e grandes corporações) e decidiram abrir
seu próprio negócio. Viram na área de pesquisas de mercado um bom nicho para investir. “O problema é que a gente não tinha nenhuma experiência nesse setor. Começamos, então, batendo na porta dos grandes institutos de pesquisa para entender um pouco”, conta Renato. Para ajudar, eles convidaram mais dois amigos, Thomas Vilhena e Nicholas Mizoguchi,
Os sócios da MeSeems: Thomas Vilhena (que é morador de Aldeia da Serra), Nicholas Mizoguchi, Lucas Momm e Renato Chu
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Quer uma boa oportunidade para começar a usar o app agora mesmo? Responda à pesquisa da VERO – "Quem são e o que pensam as famílias de Alphaville" – e ganhe ingressos para o cinema. Confira na pág. 43A
que também se tornaram sócios e ajudaram a dar o pontapé inicial no negócio. O grupo encontrou na tecnologia e no forte (e crescente) engajamento dos brasileiros na internet a forma de diferenciar o modelo de negócios. Diferentemente dos tradicionais institutos de pesquisa, que fazem pesquisa de campo, pessoalmente, eles criaram a plataforma de questionários em forma de aplicativo – e também na versão online: “Somos a única empresa que faz a coleta em tempo real. Com isso, o cliente acompanha as respostas e a gente também, conseguindo passar uma transparência grande”, explica Lucas. Isso também garante, é claro, mais agilidade e menor preço: “Como não temos entrevistador nem tabulador de dados, somos mais econômicos. Uma pesquisa em que um instituto gastaria mais de R$ 100 mil, por exemplo, a gente consegue fazer, com a mesma entrega, por R$ 20 mil, e, em vez de um ou dois meses de trabalho, uma semana”, relata Renato. Com tudo isso, o app deslanchou em pouco tempo. Primeiro, veio a popularização do sistema – já que os usuários começaram a ver que a troca por prêmios funcionava e, com isso, se sentiam estimulados a seguir respondendo as pesquisas: “Atualmente, temos uma base de 100 mil usuários que participam das sondagens.
Ao todo, já são 11 milhões de respostas”, diz. Em seguida, veio a adesão dos clientes: “Hoje temos no portfólio grandes players, como Nestlé, Nivea, Aché, JBS e as principais agências de publicidade”. Em dois anos de existência, a startup também viu sua equipe multiplicar. Amarrando tudo isso, claro, a empresa já prevê crescimento no faturamento e acaba de receber um aporte da Connecta Ventures, um grupo de investidores da região de Alphaville. Segundo Renato, uma das explicações para o bom desempenho da startup é que, em um cenário econômico ruim, as empresas investem mais em pesquisa, para melhorar o seu produto e se diferenciar na gôndola. “Pretendemos continuar crescendo. Nosso objetivo é explorar ao máximo toda a tecnologia desenvolvida pelo nosso time, aplicar a diferentes metodologias de pesquisa e oferecer produtos e serviços diferenciados. Sabemos que hoje os clientes procuram agilidade e transparência nos estudos de pesquisa, pois, em um cenário competitivo, com consumidores pulverizados e economia adversa, 'ganha' quem agir no melhor timing, com as melhores informações; nosso foco é atender essa demanda”, contam os executivos.
Algumas telas do app MeSeems; plataforma também está disponível online
App permite responder pesquisas de forma divertida, incorporando elementos de jogo, como troféus e rankings. Mais: quanto mais pesquisas você responde, mais pontos acumula – o que pode ser revertido em prêmios 2015 | novembro | local vero | 25B
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3 Publieditorial
Educação
motivos para matricular seu filho Que boas opções de escolas não faltam na região, todo mundo sabe. A reportagem da VERO reuniu algumas razões para ajudá-lo a escolher a instituição de ensino que melhor se encaixa no seu estilo
anglo
Quinta melhor escola de São Paulo no Enem; Aprovações nos vestibulares mais concorridos; Ensino forte e valorização da formação humana.
CULTURA INGLESA
Professores certificados internacionalmente; Atividades extracurriculares; Quadros digitais interativos e ambiente virtual.
fernão gaivota
Única escola bilíngue com metodologia canadense; Período integral; Menor número de alunos por sala em todos os níveis.
Anglo Leonardo da Vinci (ensino médio e pré-vestibular)
KIDS place
Forte proposta pedagógica, com inglês diariamente; Muitos esportes, inclusive natação; Ótima relação custo X benefício.
TIP TOE
Ambiente familiar e acolhedor; Turmas reduzidas e atenção individualizada às necessidades de cada aluno; Inglês em tempo integral.
Al. Amazonas, 868 – (11) 2858-3450 www.estudenoanglo.com.br
Cultura Inglesa (escola de inglês)
Calç. Prócion, 8 – Centro de Apoio II (11) 4153-9143 – www.culturainglesasp.com.br
Fernão Gaivota (educação infantil, fundamental e médio)
Largo da Igreja Presbiteriana, 2 (11) 4153-0033 – www.fernaogaivota.com.br
Kids Place (berçário e educação infantil)
Al. Amazonas, 552 – (11) 4195-4878 www.kidsplaceonline.com.br
Tip Toe (educação infantil e fundamental)
Estr. de Ipanema, 300 – (11) 4343-9090 www.tiptoediscovery.com.br
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Gente
Eventos da região
Cliques do mês 1 3
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2 Inauguração da loja Ricardo Almeida no Iguatemi Alphaville 1. Ricardo Almeida e Daiane Meurer 2. Cesar Filho e Elaine Mickely 3. Larissa Morihama Aniversário do blog Mulheres em Alpha, no Club Morena Rosa, do Shopping Tamboré 4. Cristine Lemos e Karina Nunes 5. Silvana Naressi
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Palestra "Sem carro e mais feliz", promovida pela Campanha Atitude Alphaville no Orgânico 6. Marcos Lyra 7. O palestrante Leão Serva Palestra "Estresse e trabalho. Até quando o seu cérebro aguenta?", no Orgânico 8. Os palestrantes Saulo Nader e Maria Fernanda Caliani 9. Juliana Rocha e Anderson Bastos
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Evento São Paulo Boat Show 2015 1. Ricardo Fanin e Alessandra Souza 2. Evandro Bastos 3. Lilian Rosa e Eduardo Schkair Coquetel de inauguração da Fuchic Jardins, em São Paulo 4. Anny Megherdijian Darakjian 5. Léa Kaufman e Thiago Sodré
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Coquetel de inauguração da Luz Ambiente, em Aldeia da Serra 6. Sergio Benini, Diego e Bruno Fachini 7. Beatriz e Junio Normanha 8. Keila Santos e Felipe Alves Palestra beneficente em prol da APAE Barueri, com Eduardo Shinyashiki, no Orgânico 9. O palestrante Eduardo Shinyashiki 10. Patricia Fernandes e Samara Lima 11. Cristina Maczka
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Veja todas as fotos no Facebook da VERO: facebook.com/ RevistaVeroAlphaville 30B | local vero | novembro | 2015
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JANET nicolau martins de freitas por Gabriela Ribeiro foto Rogério Alonso
homenagem da vero a personagens INSPIRADORES Sempre arrumada, com o cabelo impecável e disposição de sobra para conversar com todos a sua volta – das crianças aos funcionários. Assim é Dona Janete, proprietária da Escola Morumbi. A matriarca também é conhecida por sempre presentear os amigos e pessoas próximas com mimos (a redação da VERO agradece!). Mas não se deixe enganar pelos modos de vovozinha. Janet também é empresária, educadora e, sobretudo, uma mulher de fibra. Na adolescência, foi capitã do time de basquete da escola. “Modéstia à parte, eu era muito boa! E brigava com o juiz se ele não fosse correto”, ri. Depois, no começo da sua carreira, quando já era professora na escola particular da irmã, arrumou tempo para conciliar aulas para crianças carentes. “O que eu fazia no colégio privado, tentava repetir na periferia. Foi muito bom, pra mim, conhecer esses meninos”, diz. Hoje, aos 87 anos – 45 depois de fundar a Escola Morumbi junto com seu marido, João José Martins de Freitas, que faleceu no ano passado, depois de 50 anos casados –, ela segue visitando a escola todos os dias, como costumava fazer com o Sr. Martins: "Ele me faz muita falta, era tudo pra mim. Mas tenho certeza de que ele não gostaria de me ver parada. Além do mais, é muito importante trabalhar, melhorar cada vez mais. E o carinho que tenho pelas crianças é enorme, elas são como filhos pra mim”. Além da unidade Tamboré, que tem 15 anos, Dona Janete também está à frente da Escola Morumbi no Jardins e em Moema. 32B | local vero | novembro | 2015
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Beleza
Educação
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Saúde e Bem-estar
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Todo mês, a VERO apresenta as melhores promoções de Alphaville e região. Aproveite! E se tiver uma dica para esta seção, mande para a gente: reportagem@ vero.com.br Big X Picanha Na compra de um Big Combo (lanche, bebida e batata frita) de qualquer tamanho, o consumidor ganha um cartão de raspadinha que pode comtemplar prêmios instantâneos como batata frita e refrigerante, além de um código para concorrer a um dos 15 iPhones 5C que fazem parte da promoção. A ação, em comemoração aos 15 anos do fastfood, acontece até dezembro de 2015. bigxpicanha.com.br
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Coluna dos
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Iguatemi Alphaville Nas últimas sextasfeiras do mês, dias 20 e 27 de novembro, as lojas participantes da ação Black Friday 2015 oferecerão diversos produtos com até 50% de desconto. No dia 27, o horário de funcionamento será prolongado: as lojas abrirão das 9h às 23h. iguatemialphaville. com.br Shopping Flamingo Os clientes poderão aproveitar os descontos pra lá de convidativos da ação Black Friday do dia 23 ao dia 27 de novembro. Já a partir do dia 1° de dezembro inicia a Campanha de Natal do Flamingo. Quem gastar acima de R$ 300 vai poder trocar sua nota fiscal por um panetone Ofner tradicional de 500 g (limitado a um CPF). A promoção vai até o dia 24 de dezembro. shoppingflamingo. com.br
Tem uma promoção para indicar? Envie sua sugestão para reportagem@ vero.com.br
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nos dias quentes, nada como uma bebida refrescante. confira as dicas do nosso leitor marco aurélio de freitas, que manda muito bem com a coqueteleira
*Preços consultados em outubro de 2015.
Escolha do leitor
Apesar de não trabalhar mais como barman, Marco, de 24 anos, continua preparando ótimos drinques nas festas entre amigos em Alphaville. Para os dias mais quentes, ele sugere o Mojito, que leva rum, hortelã, gotas de limão, soda ou água com gás. "Adoro ver as pessoas provando o que faço", conta.
o tradicional Kit Caipirinha, vem com copo e amassador (R$75) "Serve para extrair a quantidade ideal de sumo das frutas" coisasdadoris.com.br
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chacoalhe bem Word Coqueteleira de 580 ml (R$ 82,50) "A coqueteleira é indispensável para fazer uma bebida batida. A mistura acontece com mais facilidade! tokstok.com.br
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