MEDICAL PRESS_EDIÇÃO 02_CAPA / DRA. VILANI FIGUIREDO DIAS

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MEDICAL PRESS é um publicação DIGITAL MENSAL, que tem por finalidade a publicação de artigos de profissionais, estudantes de medicina e odontologia e ciências afins. A nossa MISSÃO ao editar a Revista MEDICAL PRESS é apoiar a atividade científica e estimular a leitura de artigos científicos de saúde e prevenção. Sem dúvida, a prática médica bem como o conhecimento geral sobre a saúde moderna e curiosidades do passado hoje exigem uma atualização constante.

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Tristan Tell Editor

editorial

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O que é o coração? A máquina da vida que não pode parar!


O que é Não à toa, o brasileiro se aflige pela saúde do seu coração. Afinal, os males cardiovasculares lideram o ranking da mortalidade no Brasil (e no mundo), representando quase um terço dos óbitos no país. A cada dois segundos, morre uma pessoa por causa dessas doenças. Para piorar, a maior parte das vítimas está em plena idade produtiva: 65% delas ocorrem na faixa dos 30 aos 69 anos. Nesse triste cenário, o principal vilão é o temido ataque cardíaco ou, simplesmente, infarto. Mas, para entender como tudo acontece, é preciso saber...

Como o coração trabalha? O coração é um órgão incrível. Sem parar, ele bomba oxigênio e nutrientes pelo seu corpo para manter a vida. Do tamanho de um punho, essa máquina pulsa 100.000 por dia, bombeando cerca de cinco litros de sangue por minuto ou 7.500 litros por dia.

Como o sangue viaja pelo coração? Conforme o coração bate, ele bombeia sangue por um conjunto de vasos sanguíneos, chamado sistema circulatório. São tubos elásticos e musculares que carregam o sangue para todas as partes do corpo. O san-

gue é essencial. Além de carregar oxigênio novo dos pulmões e nutrientes para os tecidos do corpo, ele também recolhe os refugos do corpo, como o dióxido de carbono. São três os principais de vasos sanguíneos: Artérias: elas começam com a aorta, a grande artéria que sai do coração. As artérias carregam o sangue rico em oxigênio para fora do coração, indo para todos os tecidos do corpo. Elas se ramificam diversas vezes, tornando-se menores e menores conforme carregam o sangue para pontos mais distantes do coração. Capilares: são pequenos e finos vasos de sangue que se conectam com as artérias e com as veias. Suas finas paredes permitem que o oxigênio, os nutrientes, o gás carbônico e outras substâncias nocivas entrem e saiam das células dos órgãos. Veias: são vasos sanguíneos que levam o sangue de volta ao coração. Esse sangue tem baixo teor de oxigênio e é rico em substâncias nocivas, que serão eliminadas pelo corpo. As veias tornam-se mais e mais largas conforme elas ficam próximas do coração. A veia superior cava é a veia larga que traz sangue da cabeça e dos braços para o coração, e a veia inferior cava é aquela que carrega o sangue do abdômen e das pernas para o coração. Esse vasto sistema de veias sanguíneas artérias, veias e capilares tem quase 100 mil quilômetros. É comprido o suficiente para dar a volta ao mundo mais de duas vezes! O sangue circula de forma contínua pelas veias sanguíneas do seu corpo. A bomba que torna isso possível é o coração.

Onde está coração? Como ele é? O coração fica debaixo das costelas, à esquerda do osso do peito (esterno) e entre os pulmões. Ele é um músculo. As fortes paredes musculares se contraem, bombeando sangue


por todo o corpo. Na superfície do coração, existem as artérias coronárias, que suprem o músculo do coração com sangue rico em oxigênio. Os maiores vasos que entram no coração são a veia superior cava, a veia inferior cava e a veia pulmonar. A artéria pulmonar e a aorta saem do coração e carregam sangue oxigenado para o resto do corpo. Do lado interno, o coração é um órgão dividido em quatro partes ocas. Os lados da direita e da esquerda são divididos por uma parede muscular chamada septo. Os dois lados do coração ainda são divididos em outras duas câmaras superiores chamadas átrios, que recebem sangue das veias, e duas câmaras inferiores, chamadas ventrículos, que bombeiam o sangue para as artérias. Os átrios e os ventrículos trabalham juntos, se contraindo e relaxando para bombear o sangue para fora do coração. Conforme o sangue deixa cada câmara do coração, ele passa por uma válvula. Existem quatro válvulas dentro do coração: Válvula Mitral Válvula Tricúspide Válvula Aórtica Válvula Pulmonar As válvulas tricúspide e mitral ficam entre os átrios e os ventrículos. Já as válvulas aórtica e pulmonar estão entre os ventrículos e os principais vasos sanguíneos que partem do coração. As válvulas do coração trabalham da mesma forma que as válvulas do encanamento de uma casa. Elas impedem que o sangue flua na direção errada.

Como o sangue flui pelo coração? Os lados direito e esquerdo do coração trabalham juntos. O modelo descrito abaixo se repete seguidamente, levando o sangue a fluir constantemente para cora-

ção, pulmões e corpo. Lado Direito O sangue entra no coração por meio de duas veias largas, as veias cavas inferior e superior, eliminando o sangue pobre em oxigênio do corpo no átrio direito. Conforme o átrio se contrái, o sangue flui do átrio direito para o ventrículo direito através da válvula tricúspide aberta. Quando o ventrículo está cheio, a válvula tricúspide se fecha. Isso evita que o sangue volte para o átrio enquanto o ventrículo se contrái. Quando o ventrículo se contrái, o sangue deixa o coração através da válvula pulmonar, para a artéria pulmonar e para os pulmões, onde ele é oxigenado. Lado esquerdo A veia pulmonar esvazia o sangue oxigenado dos pulmões no átrio esquerdo. Conforme o átrio se contrái, o sangue flui do átrio esquerdo para o ventrículo esquerdo por meio da válvula mitral aberta. Quando o ventrículo está cheio, a válvula mitral se fecha. Isso evita que o sangue volte para o átrio quando o ventrículo se contrái. Ao se contrair, o sangue deixa o coração através da válvula aórtica e vai para a aorta e para o corpo.

Como o sangue flui pelos pulmões? Da válvula pulmonar, o sangue entra no pulmão. Isso se chama circulação pulmonar. Por meio da válvula pulmonar, o sangue viaja da artéria pulmonar para os pequenos vasos capilares do pulmão. Lá, o oxigênio é transportado em finos sacos de ar por meio das paredes dos capilares em direção ao sangue. Ao mesmo tempo, o gás carbônico, um refugo do metabolismo, passa do sangue para sacos de ar. O gás carbônico deixa o corpo quando você expira. Uma vez que o sangue esteja purificado e oxigenado, ele viaja

de volta para o átrio esquerdo por meio das veias pulmonares.

O que são artérias coronárias? Como todos os órgãos, o coração é feito de um tecido que requer o suprimento de oxigênio e nutrientes. Embora suas câmaras estejam cheias de sangue, o coração não recebe nenhuma nutrição desse sangue. O suprimento de sangue para o coração vem através de uma rede de artérias, chamadas artérias coronárias. Duas principais artérias se ramificam da aorta próximo ao ponto onde a aorta e o ventrículo esquerdo se encontram: A artéria coronária direita abastece o átrio direito e o ventrículo direito com sangue. Ela se ramifica na artéria posterior descendente, que supre a parte baixa do ventrículo esquerdo e as costas do septo com sangue. A principal artéria coronária esquerda se ramifica na artéria circunflexa e na artéria anterior descendente esquerda. A artéria circunflexa abastece de sangue o átrio esquerdo, o lado e a parte de trás do ventrículo esquerdo. Já a artéria anterior descendente esquerda suprime a frente e a parte baixa do ventrículo esquerdo e a frente do septo com sangue. Essas artérias e suas ramificações abastecem todas as parte do músculo coronariano com sangue.

Como o coração bate? Os átrios e os ventrículos trabalham juntos, alternadamente se contraindo e relaxando para bombear sangue pelo coração. É o sistema elétrico do coração que torna isso possível. A batida do seu coração é movida por impulsos elétricos. O impulso começa em um feixe de células especializadas chamadas nó SA (nó sinoatrial), localizado no átrio direito.


A atividade elétrica se espelha pelas paredes dos átrios, fazendo com que eles se contráiam.

A interrupção nos batimentos cardíacos faz cessar a circulação do sangue e a oxigenação dos órgãos, levandoos à falência, e posteriormente a morte. Cuide bem da sua máquina da vida!

Um grupo de células que fica no centro do coração, entre os átrios e os ventrículos, o nó AV (nó atrioventricular) funciona como um portão que desacelera o impulso elétrico antes que ele entre nos ventrículos. Esse atraso dá aos átrios tempo para que eles se contráiam antes que os ventrículos façam isso. A rede His-Purkinje é uma trilha de fibras que enviam o impulso para as paredes musculares dos ventrículos, levando-os a se contrair. Em repouso, o coração bate de 50 a 99 vezes por minuto. Exercícios físicos, emoções, febre e alguns medicamentos podem levar o seu coração a bater mais rápido, até acima de 100 batimentos por minuto.

E quando a máquina para?! A interrupção nos batimentos cardíacos faz cessar a circulação do sangue e a oxigenação dos órgãos, levando-os à falência, e posteriormente a morte. Cuide bem da sua máquina da vida! Uma interrupção súbita dos batimentos do coração provoca perda imediata da consciência, ausência de pulso e de batimentos cardíacos audíveis, após 45 segundos, inicia-se a dilatação das pupilas, a parada respiratória e, após 4 a 5 minutos, a lesão cerebral irreversível. A interrupção nos batimentos cardíacos faz cessar a circulação do sangue e a oxigenação dos órgãos, levando-os à falência, e posteriormente a morte.As causas da parada cardíaca podem variar de um simples problema no coração, artérias ou veias que o envolvem como um todo, à má-circulação. Podem ainda ocorrer devido a problemas externos, principalmente respiratórios (obstrução das vias aéreas, doenças pulmonares), hemorragias graves, choque, uso de drogas, descargas elétricas e traumatismos. As doenças cardiovasculares constituem a principal causa de morte entre a população em geral, ocorrendo principalmente em pessoas que sofrem de hipertensão arte-

rial, diabetes, hipercolesterolemia e obesidade. Como fatores de risco às emergências cardiovasculares, estão incluídos o tabagismo, o estresse e a hereditariedade. O conhecimento dos mecanismos básicos das doenças cardíacas é fundamental para o adequado atendimento dessas situações.

Coração: a máquina do sistema circulatório! As células de todos os seres vivos necessitam de alimento e também de oxigênio. No caso do ser humano, seu corpo possui órgãos especiais que possuem a função de digerir os alimentos a fim de absorverem o oxigênio do ar (digestão e respiração), contudo, é necessário que esse alimento seja levado para todas as células. Para isso, existe o sistema circulatório, que leva o alimento e o oxigênio para todas as partes do corpo. O sangue é vital para a vida das células, pois, além levar alimento e oxigênio para elas, ele também retira delas as sobras das substâncias que já não lhe são úteis. Seu percurso por todo o corpo ocorre através das veias e artérias, que se subdividem até formar vasos extremamente finos, atingindo, desta forma, todas as células. O papel do sangue é extremamente importante, pois ele retira os nutrientes dos órgãos de digestão e o oxigênio do pulmão para levar estas substâncias para as células, para tanto, ele é impulsionado pelo coração e, assim, faz seu percurso pelas artérias (veias que saem do coração), em sua forma boa e limpa. Durante sua trajetória pelo corpo, o sangue é filtrado pelos rins, deixando neste órgão muitos dos detritos das células. Ao regressar, ele carrega gás carbônico que absorveu das células, uma vez que, em seu lugar, deixou o oxigênio. Após este processo, o sangue retorna ao coração, através das veias, que o transportam em sua forma ruim e sem oxigênio. Para melhorar a qualidade sanguínea, o coração envia o sangue aos pulmões, para que, desta forma, o gás carbônico seja trocado pelo oxigênio, e, em seguida, o impulsiona de volta ao corpo. O sistema composto pelas artérias e veias


que levam o sangue aos pulmões e em seguida ao coração, é chamado de pequena circulação. Já no caso do sangue que parte do coração pelas artérias, seguindo em direção ao resto do corpo e retornando pelas veias, recebe o nome de grande circulação. O tratamento terapêutico com infravermelho longo ajuda os capilares entupidos a dissolver as toxinas no sangue, dilatando nossos vasos capilares e artérias, estimula a circulação do sangue. Aumenta a alcalinização dos fluidos de corpo pela emissão de CO2 no vaso sanguíneo. (80% das doenças são provenientes de má circulação sanguínea – (Universidade de Tókio).

Máquina Coração-Pulmão O coração e os pulmões trabalham em conjunto para manter as células do corpo fornecidas de oxigénio. Durante a circulação, o coração bombeia sangue destituído de oxigénio para os pulmões e recebe dos pulmões sangue oxigenado que distribui pelo resto do corpo. Às vezes o coração pode estar lesionado por doença cardíaca ou traumatismo. A cirurgia de coração aberto, em que se abre o tórax e se expõe o coração, pode ser necessária para remediar a lesão. Durante alguns procedimentos de coração aberto, pode ser necessário parar o coração no sentido de resolver situações do músculo cardíaco, válvulas ou outras estruturas. Uma máquina coração pulmão permite que cuidadosamente o cirurgião pare o coração, enquanto mantém a circulação sanguínea. A máquina consiste numa bomba, que funciona como o coração, e um gerador de oxigénio, que substitui os pulmões. Durante o by-pass coração - pulmão, o sangue pobre em oxigénio é inicialmente desviado das câmaras superiores e encaminhado para um reservatório na máquina coração-pulmão. O sangue é então transferido para o oxigenador, que lhe fornece oxigénio. A seguir a bomba trás o sangue de volta para o sistema arterial do doente, onde o corpo pode retomar a circulação sanguínea por si próprio. Após a

reparação cardíaca, o coração é posto de novo a funcionar e a máquina coração-pulmão removida.

Ablação por Radiofrequência O coração é um músculo que se contrai de uma maneira rítmica durante toda a nossa vida. Cada batimento é estimulado por um sinal elétrico que é gerado pelo sistema de condução cardíaca. Um coração normal bate 60 a 100 vezes por minuto. Num batimento cardíaco normal, o sinal elétrico cardíaco segue um caminho específico no coração. O sinal começa no nó sinoatrial, ou nó SA, localizado na aurícula direita. O nó SA manda as aurículas contraírem-se empurrando o sangue para os ventrículos. A seguir o sinal elétrico passa pelo nó átrio - ventricular, ou nó AV e pelos ventrículos. Faz então os ventrículos contraírem-se, bombeando o sangue para os pulmões e para o resto do corpo. Às vezes, um problema com o sistema de condução faz o coração bater muito depressa, muito devagar ou de uma maneira errática ou irregular. A ablação por radiofrequência é um procedimento médico usado para corrigir uma arritmia ou batimento cardíaco irregular. Antes da ablação, os estudos eletrofisiológicos têm que ser feitos para identificar a área exata onde o coração precisa de tratamento. Para o processo de ablação, insere-se um cateter numa artéria da perna e guia-se através da artéria até ao coração. Uma vez que o cateter tenha atingido o ponto alvo no coração, os eléctrodos na ponta do cateter emitem uma energia eléctrica. Esta energia vai aquecer e destruir o tecido cardíaco causando um ritmo anormal. Na maior parte dos casos. O coração volta ao seu ritmo normal a depois da ablação. Contudo, alguns doentes podem precisar de medicação ou da inserção de um pacemaker. Há várias complicações eventuais associadas com este procedimento, que devem ser discutidas com o médico antes da cirurgia. FONTES: blausen.com cpt.com.br minhavida.com.br vitalline.com.br

O coração e os pulmões trabalham em conjunto para manter as células do corpo fornecidas de oxigénio. Durante a circulação, o coração bombeia sangue destituído de oxigénio para os pulmões e recebe dos pulmões sangue oxigenado que distribui pelo resto do corpo.


Aids: 30 anos depois, jovens em risco O Dia Mundial pretende não só divulgar mensagens de solidariedade a todos os recantos do mundo, como estimular a discussão e a ação entre pessoas que habitualmente não se sentem ameaçadas pela Aids.

Dilene Raimundo do Nascimento, HCS-Manguinhos

Para marcar o Dia Mundial de Luta contra a Aids em todos, entrevistamos a médica Dilene Raimundo do Nascimento, professora do Programa de Pós-Graduação em História das Ciências e da Saúde da Casa de Oswaldo Cruz/Fiocruz e coordenadora nacional do GT de História da Saúde e das Doenças da Anpuh. Autora do artigo A face visível da Aids, publicado em HCS-Manguinhos em 1997, Dilene nos dá uma ideia de como caminharam as políticas de prevenção e de atenção no Brasil nos últimos 30 anos. Desde que a Aids começou a aparecer no Brasil, no início dos anos 1980, até hoje, como se delinearam as políticas de prevenção e de atenção? As políticas de prevenção a Aids e de atenção aos doentes, desde o sur-

gimento da doença no Brasil, em 1983, tiveram vários momentos, que inclusive incorporavam os conceitos e preconceitos em relação a doença. No início, a AIDS surgiu como “doença de homossexuais” e vinculada a morte. Sua baixa incidência e seu acometimento em grupos específicos foram argumentos utilizados pelo Ministro da Saúde, à época, em 1985, para justificar a prioridade em relação a outras doenças infecciosas existentes no Brasil, como tuberculose, esquistossomose, malária etc, e não priorizar uma política em relação a Aids. Mas a incidência da Aids rapidamente se tornou elevada. O Ministério da Saúde passou a veicular na televisão peças de campanha de prevenção com frases impactantes como “A Aids mata!”, “Quem vê cara não vê Aids”. Isto é, frases impactantes, agressivas, preconceituosas e sem esclarecimento algum em relação à doença. Os homossexuais resolveram não morrer em silêncio e criaram organizações não governamentais para cobrar do governo esclarecimentos


sobre a doença e atenção aos doentes de Aids. Aliado a uma pressão internacional para que os países estabelecessem políticas de controle da doença, que começava a se apresentar como uma pandemia, foi criado o Programa Nacional DST/ Aids. No início da década de 1990, com um empréstimo de 90 milhões de dólares do Banco Mundial, o Ministério da Saúde fez parceria com as ONGs existentes para criarem programas de prevenção à doença. O que foi extremamente positivo à época, considerando a participação da sociedade civil nos programas. Em 1996, com o advento do tratamento com antirretrovirais associados, conhecido como “coquetel”, não se morreria mais de Aids desde que se tivesse acesso aos medicamentos, o que se fez possível com a decisão do governo federal de fornecer gratuitamente o tratamento a todos os doentes de Aids. Essa decisão fez a diferença. O Brasil foi o único país do mundo a estabelecer essa política. A atenção aos pacientes de Aids no Brasil já foi considerada um caso de sucesso. Por quê? Ainda é? A participação da sociedade civil, o acesso gratuito universal ao tratamento com os antirretrovirais, inúmeras leis de direitos humanos aos soropositivos fizeram do programa brasileiro um caso de sucesso. Contudo, com a interiorização e a pauperização da Aids, atingindo um contingente populacional que já não tem acesso aos serviços de saúde, houve um refluxo no programa DST/Aids. Quais os principais riscos hoje e como contê-los? Hoje, passados mais de 30 anos do surgimento da Aids, com

um refluxo no programa, um contingente de jovens nascidos pós-coquetel inicia sua atividade sexual sem ter interiorizado a necessidade do uso da camisinha, resultando num grande risco de disseminação da Aids entre os jovens. Mas parece que o Ministério da Saúde está atento, utilizando uma linguagem voltada para os jovens, inclusive com hashtags, nas campanhas atuais de prevenção à Aids.

Saiba mais: Aumento de Aids entre jovens no Brasil preocupa De 2004 a 2014, houve aumento de 41% na taxa de detecção entre pessoas de 15 a 24 anos. Leia em HCS-Manguinhos: Nascimento, Dilene Raimundo do. A face visível da Aids. Jun 1997, vol.4, no.1. Andrade, Maria de Fatima de Oliveira, Martins, Maria Cezira Fantini Nogueira and Bógus, Cláudia Maria Casa Siloé: a história de uma ONG para crianças portadoras de HIV/AIDS. Dez 2007, vol.14, no.4 Zaquieu, Ana Paula V. Os desafios da alteridade:considerações sobre gênero e sexualidade entre militantes de uma ONG/Aids carioca. Mar 2006, vol.13, no.1 Marques, Maria Cristina da Costa. Contradições e assimetrias na construção do conhecimento em Aids/HIV. Ago 2005, vol.12 Góis, João Bôsco Hora. Novas reflexões sobre a Aids?. Ago 2005, vol.12, no.2 Moutinho, Laura. Tal Brasil, qual prevenção?. Ago 2004, vol.11, no.2 Monteiro, Simone. Uma visão histórica sobre uma epidemia contemporânea: a Aids e o caso peruano. Dez 2003, vol.10, no.3

Góis, João Bôsco Hora. Reabrindo a ‘caixa-preta’: rupturas e continuidades no discurso sobre Aids nos Estados Unidos (198798). Dez 2002, vol.9, no.3 Marques, Maria Cristina da Costa. Saúde e poder: a emergência política da Aids/HIV no Brasil. 2002, vol.9 Xavier, Caco. Aids é coisa séria! – humor e saúde: análise dos cartuns inscritos na I Bienal Internacional de Humor, 1997. Jun 2001, vol.8, no.1 Ayres, José Ricardo de Carvalho Mesquita. Ruína e reconstrução: AIDS e drogas injetáveis na cena contemporânea. Nov 1996, vol.3, no.3 Ferreira, Andréa Rocha. Quebrando o silêncio: mulheres e AIDS no Brasil. Out 1996, vol.3, no.2 Bastos, Cristiana. As ciências da Aids e a Aids das ciências:o discurso médico e a construção da Aids. Out 1995, vol.2, no.2 Camargo Jr., Kenneth R. de. Aids e a Aids das ciências. Out 1994, vol.1, no.1 Artigos em francês e espanhol: Spesny, Sara Leon. Les politiques du corps: l’approche critique de Didier Fassin à l’épidemie du Sida en Afrique du Sud. Dic 2014, vol.21, no.4 Torres-Ruiz, Antonio. Nuevos retos y oportunidades en un mundo globalizado: análisis político de la respuesta al VIH/Sida en México. Set 2006, vol.13, no.3 Cueto, Marcos. El rastro del SIDA en el Perú. 2002, vol.9 Löwy, Ilana. Les métaphores de l’immunologie: guerre et paix. June 1996, vol.3, no.1 FONTE: Marina Lemle | Blog de HCS-Manguinhos


Tratamento do HIV/Aids: ‘Hoje basta um comprimido por dia’

Os primeiros comprimidos do remédio 3 em 1 começam a chegar este mês às farmácias do SUS, onde os antirretrovirais são distribuídos gratuitamente no Brasil. Não se trata tanto de um avanço tecnológico, uma vez que os três medicamentos que compõem o 3 em 1 já existiam, mas de um avanço prático e simbólico muito importante no tratamento de HIV/Aids. Das dezenas de comprimidos nos anos 90, que precisavam ser tomados rigorosamente em diversos e precisos horários, para apenas um único e pequeno comprimido, que pode ser tomado antes de dormir, uma vez ao dia. A combinação de três medicamentos num único comprimido acompanha a ideia do Atripla, aprovado nos Estados Unidos pela Food And Drug Administration (FDA) em julho de 2006. Mas a ideia de tratar pacientes com HIV/aids com múltiplos medicamentos vem de muito antes. O primeiro antirretroviral usado no tratamento de HIV/aids foi o AZT, ou Zidovudina, um medicamento inicialmente desenvolvido para tratar câncer, mas que acabou nunca indo para o mercado para essa finalidade, conforme lembra uma recente matéria publicada pelo The New Yorker. Em 1987, a FDA aprovou o AZT para uso em pacientes com HIV, depois que seu estudo inicial já mostrava alguma habilidade da droga em controlar o vírus. Esse estudo começou como um “duplo cego”, em que um grupo de pacientes toma o medicamento verdadeiro e outro toma placebo, sem que saibam quem está tomando o quê. Entretanto, os benefícios observados em quem estava tomando o AZT eram tão evidentes que pareceu injusto aguardar o término do estudo para que os pacientes sob placebo pudessem usufruir do medicamento. Afinal, naquela época, quase todos os que

eram diagnosticados positivo para o HIV estavam morrendo e o desespero era enorme - você já assistiu Clube de Compras Dallas (2013)? “Quando comecei a trabalhar com pacientes com aids em 1989, um ano depois da criação do SUS, fiquei chocado com uma brutal e triste realidade”, recorda meu médico infectologista, o Dr. Esper Kallás. “Presenciei o sofrimento de homens, mulheres e crianças. Vi pacientes morrerem quase todos os dias. Muitos se despediam dos amigos em leitos de morte, estes sabendo que pouco depois chegaria sua hora também. Famílias se esfacelaram. Mas nada chegou perto do que aconteceu em alguns lugares da África, onde comunidades inteiras foram dizimadas.” A epidemia começou a se caracterizar em 1981, quando os primeiros casos de Aids, a Síndrome da Imunodeficiência Adquirida, foram descritos pelos Centros de Controle e Prevenção de Doenças (CDC), nos Estados Unidos. Inicialmente, em 26 homossexuais em Nova York e na Califórnia, identificados com doenças típicas de sistemas imunes muito debilitados. Diagnósticos parecidos só começaram a aumentar. Em 1982, foi identificada a primeira infecção decorrente de transfusão sanguínea no mundo e o primeiro caso diagnosticado de Aids no Brasil, em São Paulo. Em 1º de janeiro de 1983, foi inaugurado o primeiro ambulatório de Aids do mundo, em São Francisco. Neste mesmo ano, foi notificado o primeiro caso deAaids em uma criança, os primeiros casos em profissionais de saúde, uma possível transmissão heterossexual e, no Brasil, o primeiro caso de Aids em uma mulher. Em março de 1984, o CDC ligou os primeiros casos de Aids, entre homossexuais, a um único paciente: Gaëtan

Os primeiros comprimidos do remédio 3 em 1 começam a chegar este mês às farmácias do SUS, onde os antirretrovirais são distribuídos gratuitamente no Brasil.


O vírus provavelmente cruzou de chimpanzés para seres humanos ainda em anos anteriores, na região do sul de Camarões, mas se manteve uma infecção regional até entrar em Kinshasa, capital do que é hoje a República Democrática do Congo, um país que tem o tamanho da Europa Ocidental.

Dugas, um comissário de bordo canadense, batizado como o “Paciente Zero”, retratado no filme E a Vida Continua... (1993), baseado no livro do jornalista Randy Shilts. Por muitos anos, Dugas foi tido como o responsável por disseminar a epidemia. Hoje, sabemos que isso não é verdade. Em 1977, já haviam surgido os primeiros casos de aids nos Estados Unidos, Haiti e na África Central, que apenas não haviam sido diagnosticados como tal. Um estudo recente, liderado pelas universidades de Oxford, na Inglaterra, e Leuven, na Bélgica, usou registros históricos e sequenciamento genético do vírus para traçar a verdadeira origem da epidemia: tudo começou em 1920, na África. O vírus provavelmente cruzou de chimpanzés para seres humanos ainda em anos anteriores, na região do sul de Camarões, mas se manteve uma infecção regional até entrar em Kinshasa, capital do que é hoje a República Democrática do Congo, um país que tem o tamanho da Europa Ocidental. A cidade é cortada pelo Rio Congo, utilizado como rota de barcos, e, em 1940, teve uma grande expansão ferroviária. Os dados genéticos sugerem que a epidemia se espalhou rapidamente por aquele país entre o final dos anos 1930 até o início dos anos 1950, quando o vírus contaminou pessoas que viajavam por via férrea e fluvial para Mbuji-Mayi e Lubumbashi, no sul, e para Kisangani, no norte. Ali, o HIV tomou conta e formou reservatórios secundários, a partir de onde alcançou países na África Austral e Oriental, antes de se espalhar para o mundo. Quando chegou aos países desenvolvidos, o HIV foi apelidado de a “peste gay”, um rótulo que, como tantos outros, só serviu para espalhar ainda mais a doença. Em nossa visão antropocêntrica, perdemos tempo demais procurando culpados e condenando a orientação e as preferências sexuais. Como bem lembrou um leitor do meu blog, esquecemos de olhar para o que o vírus é: um organismo que se preparou ao longo de anos de evolução, endereçando sua maneira de

contaminação para corpos exatamente como os nossos, suscetíveis e vulneráveis à sua infecção, assim como Gaëtan Dugas. Ele faleceu em 1984, um ano antes do desenvolvimento do primeiro teste de diagnóstico para o HIV. O desenvolvimento do teste só foi possível porque o vírus foi isolado, em 1985, por dois times de cientistas, um liderado por Luc Montagnier e Françoise Barré-Sinoussi, do Instituto Pasteur, em Paris, e outro liderado por Robert Gallo, do Instituto Nacional do Câncer, em Maryland. A disputa pelo crédito da descoberta do HIV se estendeu até 2008, quando finalmente os franceses levaram o Nobel. Ao final de 1986, 25 dos 29 mil casos de Aids nos Estados Unidos morreram. O Brasil registrava quase 3 mil casos e o então ministro da Saúde do Brasil, Roberto Santos, criou o Programa Nacional de DST e Aids, um ano antes da aprovação do AZT. No começo, esse remédio precisava ser tomado doze vezes ao dia e em altas dosagens, as quais se provaram tóxicas, com efeitos colaterais que incluíam anemia, miocardiopatia e neutropenia. Para piorar, seu preço era exorbitantemente alto. Entretanto, era o único medicamento disponível e por isso continuou a ser usado, mas em doses menores, que salvaram muitas vidas - tal como explicado depois da última cena do filme Clube de Compras Dallas. Apesar desse avanço, o vírus persistia e, em alguns casos, tornava-se resistente ao AZT com o decorrer do tratamento. Era preciso algo novo e os cientistas continuavam a pesquisar. Em 1987, em vista à urgência por novos medicamentos, o FDA criou a aprovação fast track, para “facilitar o


desenvolvimento e acelerar a avaliação de medicamentos e produtos biológicos destinados ao tratamento de doenças graves ou que oferecem risco de vida e que demonstram o potencial para responder à necessidades médicas não atendidas.” Assim, em 9 de outubro de 1991, foi aprovada a segunda droga para tratar o HIV: o DDI, ou Didanosina - já tarde demais para Cazuza e Freddie Mercury. Os efeitos adversos mais comuns, que atingiam quase um quarto dos pacientes, eram diarreia, dor abdominal, dor de cabeça, erupção cutânea, febre, náuseas e vômitos. Em 1992, surgiu o DDC, ou Zalcitabina, uma nova droga para tratar o HIV que era sugerida como alternativa ao AZT. Os efeitos colaterais mais comuns eram dores de cabeça e náusea, mas um terço dos pacientes em estágio avançado de aids sofriam também com esofagite, neuropatia periférica e úlceras na boca. A ideia de combinar os medicamentos num “coquetel” veio em 1996 - ano da morte de Renato Russo - logo depois 11ª Conferência Internacional de Aids, em Vancouver. Foi nesse encontro que David Ho, do Instituto Aaron Diamond, em Nova Iorque, apresentou dados sobre a dinâmica do vírus. John Mellors, da Universidade de Pittsburgh, na Pensilvânia, associou a quantidade de vírus no sangue ao declínio das células T auxiliadoras, as CD4, as mais afetadas na infecção pelo HIV. E três pesquisadores apresentaram a ideia de uma “terapia de tratamento triplo”, o coquetel, utilizando novos antirretrovirais, Indinavir, Neviparina e Ritonavir, todos aprovados pelo FDA naquele mesmo ano. A terapia com três medicamentos foi rapidamente incorporada à prática clínica e logo mostrou benefícios impressionantes, com um declínio de 60% a 80% nas taxas de Aids, hospitalização e morte. “Com a terapia antirretroviral, houve uma revolução. Passamos a ter controle na multiplicação do vírus e a observar o sistema imune se recuperando. O que parecia ser inexorável, cedeu. As longas filas de pacientes com aids nas macas dos prontos-socorros foram reduzindo

drasticamente. A qualidade de vida das pessoas que viviam com o vírus voltou”, conta o Dr. Esper. A expectativa foi tamanha, que os cientistas começaram a falar sobre a cura, imaginando que a terapia antirretroviral, sozinha, seria capaz de eliminar o HIV do organismo. Mas não foi isso o que aconteceu. Em 1997, Robert Siliciano, hoje pesquisador na Johns Hopkins School of Medicine, publicou um importante artigo na revista Nature. Usando um teste extremamente sensível, Siliciano localizou o HIV dentro de um tipo de célula T auxiliadora específica, que provê memória para nossos sistemas imunes e que, diferentemente de suas colegas, pode viver por décadas. É nesse profundo esconderijo genético que o vírus permanece, dormente, escondido, intocado pelo coquetel de medicamentos. Se o tratamento for interrompido, o vírus pula para fora da célula, de volta à vida, se multiplica e espalha a infecção. Por isso, o tratamento precisa ser diário. Por isso, ele não é capaz de curar, mas de devolver a saúde a quem tem HIV, enquanto for mantida a adesão ao tratamento. Nessa época, o Brasil já registrava 22 mil casos de Aids. Fernando Henrique Cardoso, então presidente do País, decretara a Lei 9.313, que tornou explicitamente obrigatória a gratuidade do tratamento contra aids. José Serra, quando Ministro da Saúde, pressionoulaboratórios estrangeiros a reduzir o preço dos medicamentos e Lula, quando presidente, aprovou o primeiro licenciamento compulsório de um antirretroviral no País. Essa atitude incomodou os Estados Unidos, que levaram uma queixa formal à Organização Mundial do Comércio (OMC) em 2001 - à essa altura, o número de casos de Aids conta-


Hoje, ter HIV é ter uma condição tratável. Graças aos antirretrovirais, uma das grandes conquistas da medicina moderna, a vida de quem é diagnosticado positivo pode seguir normalmente.

bilizados no Brasil acumulava 220 mil e, no mundo, quase 30 milhões. Por pressão da opinião pública e da própria ONU, os americanos retiraram a reclamação. O acesso aos antirretrovirais foi considerado mais importantes que suas patentes. Jerome Groopman, médico e autor da matéria do New Yorker, conta que prescreveu o coquetel para um de seus pacientes, David Sanford, e menos de um mês depois sua febre cessou, suas infecções desapareceram, sua energia voltou e ele começou a ganhar peso. O HIV em sua corrente sanguínea despencou para um nível indetectável, e ali ficou. Mais tarde, em um artigo vencedor do Pulitzer, Sanford escreveu: “É mais provável que eu morra atropelado por um caminhão do que de Aids” - uma máxima que hoje é válida para a maioria das pessoas que vivem com HIV e estão sob tratamento. Nos últimos anos, a expectativa de vida de quem vive com HIV praticamente se igualou à de pessoas soronegativas. Adultos infectados pelo HIV têm doenças relacionadas ao envelhecimentoem idades semelhantes aos adultos não infectados. Hoje, os cientistas já desenvolveram mais de 30 remédios antirretrovirais - dentre eles, o Efavirenz, Tenofovir e Lamivudina, parte do 3 em 1, o novo avanço no tratamento de HIV/ aids no Brasil. Seus efeitos colaterais incluem náusea e uma sensação de embriaguez, mas que costumam passar totalmente nas primeiras doses. Esses remédios impedem o vírus de se reproduzir nas células CD4 e, como consequência, a quantidade de vírus no sangue cai para um nível indetectável, reduzindo para próximo de zero o risco de transmissão do HIV. Desde o início da epidemia, desde o começo de toda essa história, nunca

foi documentado um único caso sequer de transmissão sexual do HIV a partir de quem foi diagnosticado positivo para o HIV, iniciou o tratamento antirretroviral e atingiu a carga viral indetectável. As grande maioria das novas contaminações vêm de sorointerrogativos, pessoas que têm HIV e não sabem e, por isso, não fazem o tratamento antirretroviral. Diversos estudos acompanharam casais sorodiscordantes que optam por não fazer uso da camisinha consistentemente chegaram à esta mesma observação. Por isso, as últimas orientações americanas sobre prevenção com pessoas vivendo com HIV, agora incluem a relação sexual desprotegida programada, que consiste em sexo sem camisinha com o parceiro indetectável e em tratamento durante o período fértil, como uma opção segura para casais sorodiscordantes terem filhos, alternativa à onerosa e nem sempre bem-sucedida inseminação artificial. Hoje, ter HIV é ter uma condição tratável. Graças aos antirretrovirais, uma das grandes conquistas da medicina moderna, a vida de quem é diagnosticado positivo pode seguir normalmente. Hoje, basta um comprimido por dia. Novos estudos que estão em andamento sugerem que antirretrovirais, como o Dolutegravir, poderão em breve ser tomados em doses ainda menores e mais espaçadas, possivelmente duas ou três vezes por semana. Cada vez mais, o tratamento se torna mais simples. Cada vez mais, aprendemos sobre o vírus e sobre o nosso sistema imune. Aos poucos, estamos nos aproximando da cura para o HIV. FONTE: thehuffingtonpost.com * jovem soropositivo_pseudônimo


A Nutrição e o tratamento do Diabetes A Diabetes Mellitus (DM) é uma doença crônica que afeta a forma como o organismo metaboliza a glicose (açúcar e amido), principal fonte de energia do corpo, mas também acomete o metabolismo de gordura e proteínas. É caracterizada pelo aumento da glicose na circulação sanguínea, conhecido como “Hiperglicemia”. Esse aumento ocorre porque a “insulina”, hormônio responsável pela absorção da glicose pelas células, deixa de ser produzida pelo pâncreas em quantidades suficientes ou ainda o organismo desenvolve uma resistência a ação da insulina prejudicando a manutenção do nível de glicose normal do organismo.

A DM como qualquer doença crônica necessita de tratamento, acompanhamento clínico e nutricional. Entretanto, se não houver acompanhamento, as altas taxas de glicose no sangue podem favorecer algumas complicações, entre elas incluem danos, disfunção e falência de vários órgãos, especialmente a nefropatia diabética (comprometimento dos rins), a retinopatia (que pode levar à cegueira), as doenças cardiovasculares, nervos e vasos sanguíneos (problemas que levam ao pé diabético). Estima-se que a população mundial com Diabetes chega a 387 milhões e que alcance 471 milhões em 2035


O controle do DM significa a manutenção dos níveis de açúcar (glicose) no sangue tão próximos dos valores normais quanto possível.

Existem duas formas principais de Diabetes , o Tipo 1 ( insulinodependente ou juvenil) e o Tipo 2 (não insulinodependente ou com início mais freqüentemente na vida adulta, mas crianças também podem apresentar)

com crescente proporção de pessoas acometidas em grupos etários mais jovens e cerca de 80% desses indivíduos vivendo em países em desenvolvimento, onde a epidemia tem maior intensidade. No Brasil, eles já são mais de 14 milhões, muitas sem diagnóstico e a maioria com controle inadequado, que leva a diversas complicações da doença comprometendo a qualidade de vida e aumentando a mortalidade. Os custos do Diabetes Mellitus afetam o indivíduo, a família e a sociedade, porém, não são apenas econômicos. Os custos difíceis de quantificar envolvem os sentimentos para tentar viver bem com a doença, dor, ansiedade, inconveniência e perda de qualidade de vida. Eles apresentam também grande impacto na vida das pessoas com diabetes e seus familiares. Estes dados comprovam a importância de trabalhar cada vez mais na prevenção e ampliar o acesso à informação, considerando que a DM é atualmente, um problema de saúde mundial. Os principais fatores de risco envolvem mudança no padrão alimentar (aumento no consumo de produtos processados e ultra processados ricos em açúcares, gorduras e sal ), sedentarismo, obesidade, níveis glicêmicos pré-diabetes, historia familiar, historia previa de diabetes gestacional. Para tanto, manter um peso saudável e estilo de vida baseado em uma alimentação adequada e saudável associada a atividade física regular pode prevenir e faz parte das ações primárias de prevenção. Além disso, é importante reforçar as políticas que melhorem o acesso ao diagnóstico de diabetes, cuidados médicos, bem como medicação acessível. Ressaltando que as campanhas de prevenção do DM, devem ter sua repercussão todos os dias e assim contribuir para diminuir os números alarmantes da doença e melhorar a qualidade de vida da população. Existem duas formas principais de Diabetes , o Tipo 1 ( insulino- dependente ou juvenil) e o Tipo 2 (não insulino- dependente ou com início mais

freqüentemente na vida adulta, mas crianças também podem apresentar) e algumas formas secundárias causadas por afecções como a doença pancreática, Gravidez (diabetes gestacional), problemas hormonais, e algumas medicações. Neste caso, daremos ênfase aqui ao Diabetes Tipo 2 com o objetivo de contribuir com o esclarecimento da população sobre a doença, assim como, as ações de prevenção e controle, complicações, papel dos alimentos e seus nutrientes, fracionamento individualizado da dieta, carga e índice glicêmico neste processo dinâmico. Vale ressaltar, que a maior parte dos casos de diabetes está ligada a fatores comportamentais que envolve o estilo de vida e alimentação inadequada, e é, portanto passível de prevenção e controle. O controle do DM significa a manutenção dos níveis de açúcar (glicose) no sangue tão próximos dos valores normais quanto possível. Sendo necessário ser acompanhadas por uma equipe de saúde multidisciplinar para estabelecer um equilíbrio entre medicação, o monitoramento do açúcar sanguíneo , dieta e exercícios. A chave do tratamento é o planejamento alimentar com objetivo de controlar o peso, os níveis de glicose e colesterol sanguíneos. No que se refere a medicação atuará para aumentar a liberação de insulina ( conforme o caso), reduzir glicose disponível e diminuir a resistência à insulina, além do importante papel da atividade física para manter a forma física e tônus muscular, aumentar sensibilidade as medicações e ajudar na manutenção peso. O nutricionista, neste contexto, participa do tratamento e propõe estratégias de orientação nutricional e plano alimentar individualizado adequado para controle das complicações clínicas e nutricionais. O objetivo é promover melhor aceitação e adesão à dieta e, assim, melhorar a qualidade de vida desta população. A alimentação deve ser nutricionalmente balanceada e fracionada, nela conter todas as categorias de alimentos com carac-


terística bioquímicas que auxiliem no metabolismo da glicose, sem restrições abusivas, no entanto, devem ser consumidos com moderação, dando preferência aos carboidratos (CHO) complexos, carnes magras, leite desnatado, verduras, legumes, frutas e cereais integrais. A presença de nutrientes como carboidratos, proteínas, gorduras, vitaminas, minerais e fibras são fundamentais para garantir a saúde do diabético. Confira a importância de cada um: Carboidratos: a quantidade e qualidade do carboidrato consumido devem ser controlados, ressaltando a importância de conhecer as fontes alimentares mais adequadas na resposta glicêmica. As evidências científicas reforçam que o carboidrato é o maior preditor do aumento da glicemia pós refeição, uma vez que qualquer carboidrato ingerido resultará no aumen-

to dos níveis de glicose sanguíneos. Para tanto diferenciar os carboidratos Simples e Complexos precisa fazer parte da vida do diabético. Existem diversos fatores que interferem na resposta glicêmica dos alimentos, como a procedência do alimento, tipo de cultivo, forma de processamento e cocção, consistência e teor de fibras. Sendo assim a prescrição individualizada feita pelo nutricionista é de fundamental importância. Carboidratos (CHO) Simples: Este possui a capacidade de fornecer mais rapidamente energia ao organismo Alimentos fontes : Açúcares branco e cristal, mascavo, demerara e mel. A ingestão de açúcar, mel, balas, refrigerantes com açúcar e doces aumentam os níveis de glicose, assim como está associado a obesidade e elevação dos triglicérides no sangue. As frutas também contem CHO


de glicose, reduzem os níveis elevados de colesterol e melhoram a ação da insulina. Para que as fibras tenham um bom resultado, é necessária a ingestão de uma boa quantidade de água, a recomendação diária varia entre 8 a 12 copos nos intervalos entre as refeições. Proteinas: São representadas pelas carnes magras, ovos e peixes, laticínios como queijos brancos e magros, leite desnatado e as leguminosas. É necessária maior atenção às carnes gordurosas são fontes de colesterol e prejudicam a saúde. É de extrema importância o consumo de peixes que fornece a chamada gordura ``Boa`` da dieta..

simples, desta forma não é recomendável ser consumidos livremente pelos diabéticos, porque diferem no resposta glicêmica, a quantidade, tipo e freqüência devem ser prescritas pelo profissional nutricionista, que irá considerar um plano alimentar equilibrado para cada caso, e não só o índice e ou Carga glicêmica da fruta, ou seja o quanto a glicemia sobe após o consumo da fruta. A cautela faz parte também do tratamento.

Evitar Temperos industrializados, riscos para a saúde

Carboidratos (CHO) Complexos: Apresentam uma absorção mais lenta no intestino por serem ricos em fibras, diminuindo os picos de aumento na glicose pós refeição. Alimentos Fontes: arroz, milho, pães, macarrão, farinhas, cereais, aveia, batata, mandioca, inhame, quinoa, amaranto, entre outros. Recomenda-se a forma integral. As fibras também são carboidratos complexos, a qualidade nutricional do Arroz integral, Pães e biscoitos preparados com farinha integral e os cereais matinais contribuem com o controle da glicemia, assim como, a fibra presente nas hortaliças, leguminosas e grãos integrais. Elas são responsáveis pelo bom funcionamento do intestino, retardam o esvaziamento gástrico, aumentam o tempo de trânsito intestinal, torna mais lenta a absorção

Lipídios: As gorduras tem funções importantes, não existe a necessidade de consumi-las em grandes quantidades. No entanto a qualidade da gordura consumida é fundamental. O consumo de gordura saturada, encontrada principalmente em alimento de origem animal, deve ser evitado, pois pode causar elevação dos níveis de colesterol e triglicérides. Já as gorduras monoinsaturadas encontradas no azeite de oliva, óleo de canola, girassol ou amendoim, e as gorduras poli-insaturadas, encontradas em peixes, semente de linhaça e óleo de soja. Estudo realizados tem apontado a dieta de Baixo Índice Glicêmico, com Gorduras Monoinsaturadas e Óleo de Canola que contribuem para a Redução do Risco Cardíaco e Melhora do Diabetes tipo 2. Vitaminas e Minerais: estão presentes em sua maioria nas frutas, legumes e hortaliças. Devem ser incluídas na alimentação uma vez que participam de muitos processos metabólicos, além de apresentarem teor de fibras e poder antioxidante importantes. Além dos citados acima, outros aspectos envolvem : Evitar Temperos industrializados : Riscos para a saúde Temperos industrializados tem alto teor de sódio podendo causar, aumento da pressão arterial, aumentando risco de infarto ou acidente vas-


cular além de afetar funcionamento renal e neurológico. Utilize: Temperos naturais: alho, cebola, limão, salsa, cebolinha, orégano, manjericão, hortelã. alecrim, gengibre, estragão, pimenta, cominho, ente outros Alimento Diet X Light Alimento Diet: Por definição é aquele produzido industrialmente e que apresenta ausência de determinados nutrientes:, açúcar, sal, lactose e ou gordura. Nem sempre estes alimentos apresentam baixas calorias. São criados para indivíduos que devem seguir uma dieta baseada na restrição de um determinado nutriente, como é o caso do Diabético, que deve seguir a restrição do açúcar. Alimento light: aquele produzido com redução de, no mínimo 25% de nutrientes ou no valor calórico em comparação ao produto tradicional :gordura saturada, gordura total, açúcar, colesterol e sódio). Exemplo: um indivíduo obeso não diabético, que necessita perder peso, pode optar por produtos light com baixos teores de gorduras e açúcares. A importância da leitura dos rótulos dos alimentos. Os rótulos são elementos essenciais de comunicação entre produtos e consumidores. Daí a importância das informações serem claras e poderem ser utilizadas para orientar a escolha adequada de alimentos. Ao verificar os ingredientes do produto, existe termos científicos de alguns nutrientes que é necessário os pacientes diabéticos conhecerem:

açúcar investido, xarope simples de sacarose e açúcar orgânico são outras formas de sacarose encontradas em produtos industrializados. Em comparação á sacarose possui o mesmo valor calórico e a mesma capacidade de elevar a glicemia, devendo – se, portanto evitar o consumo. Importante observar também o valor calórico, teor de sódio, fibras e qualidade das gorduras presentes nos produtos.

A importância da atividade física A atividade física é de fundamental importância e deve estar integrada na vida do diabético devido aos benefícios do exercício à ação da insulina.

A atividade física é de fundamental importância e deve estar integrada na vida do diabético devido aos benefícios do exercício à ação da insulina.

Ela contribui para a redução da glicemia e da necessidade de insulina no diabético tipo 1, e medicamentos no tipo 2, pois melhora a captação de glicose pelas células. Diminui glicemia, devido ao maior transporte da glicose para dentro do músculo, que aprimora e prolonga o controle glicêmico. Cabe ao profissional nutricionista uma prescrição alimentar adequada e individualizada que permita o controle da glicemia (açúcar no sangue), mas que também seja agradável, convidativa considerando os princípios da gastronomia que agucem os cinco sentidos na harmonia da alimentação e ao paciente cabe seguir as orientações que irão contribui para um melhor controle e conseqüentemente para uma vida mais saudável.

Lista de ingredientes: Informa os ingredientes que compõem o produto. A leitura dessa informação é importante porque o consumidor pode identificar a presença de termos, como açúcar, sacarose, glicose, ou outros tipos de açúcar, como a dextrose. Observações:

Em caso de patologias associadas e ou outras restrições no plano alimentar o nutricionista poderá fazer adaptações na dieta, permitindo uma melhor ingestão alimentar que irá colaborar com a manutenção e recuperação do estado nutricional do paciente. Assim, é imprescindível que pacientes e seus familiares tenham um atendimento diferenciado e humanizado.

Sacarose = açúcar de mesa. Açúcar mascavo, açúcar demerara, açúcar refinado, granulado de confeiteiro,

Fique atento e procure o profissional Nutricionista para adequação da dieta.

Dra. Vilani Figuiredo Dias Nutricionista Mestre em Ciências da Nutrição - Nefrologia Universidade Federal São Paulo- Unifesp Rua Bento de Andrade, 58 – Jardim Paulista- SP CEP04503-010 Telefones: (011) 3884-8984 / 30514932/ 9 9848-9437 vilaninutri@bol.com.br http://clinicasementes.com.br


Sangramentos pós-menopausa Depois de entrar na menopausa, a mulher não deve mais sangrar. Caso isso ocorra, é importante procurar um médico especialista para identificar a causa do problema. Como saber se uma mulher está na menopausa A menopausa se define pela ausência de menstruações durante um ano completo. Em média, as mulheres chegam à menopausa a partir dos 50 anos e o intervalo normal para sua ocorrência vai dos 45 aos 55 anos.

Perimenopausa A perimenopausa é o período que corresponde aos anos anteriores à entrada na menopausa. Neste período, que pode durar até 10 anos, ocorrem mudanças nos níveis hormonais da mulher capazes alterar a ovulação e os ciclos menstruais, que se tornam

mais irregulares e podem até mesmo não ocorrer durante alguns meses.

Como saber se o sangramento é anormal Qualquer tipo de sangramento vaginal após a menopausa é considerado anormal e exige uma visita ao ginecologista para análise das causas. Durante a perimenopausa, apenas algumas situações de sangramento devem ser levadas ao médico, tais como volume excessivo, duração acima do normal, ciclos de três semanas e sangramentos após relações sexuais ou entre as menstruações.

Ciclo menstrual e suas mudanças Durante um ciclo menstrual normal, os níveis dos hormônios estrogênio e progesterona aumentam e diminuem dentro de um padrão regular.

Depois de entrar na menopausa, a mulher não deve mais sangrar. Caso isso ocorra, é importante procurar um médico especialista para identificar a causa do problema.


A ovulação ocorre na metade do ciclo e a menstruação se dá duas semanas depois. Já a partir da perimenopausa, a variação hormonal é inconstante, o que altera a frequência e intensidade das menstruações.

O que pode ser o sangraTerapias hormonais mento na menopausa substitutivas, bem Alguns fatores podem provocar como infecções no sangramento em mulheres na menocolo do útero e uso de pausa. A determinação das causas só pode ser feita por um especialista. certos medicamentos, Pólipos também podem Os pólipos geralmente são tumoocasionar res geralmente não cancerosos forsangramentos mados por tecido semelhante ao do vaginais na endométrio, que cobre o interior do útero. Os pólipos aderem à parede menopausa. uterina e podem causar sangramen-

to irregular ou intenso. Eles também podem se formar no canal do colo do útero e produzir sangramentos após as relações sexuais.

Atrofia endometrial Depois da menopausa, o endométrio pode se tornar mais fino devido à queda nos níveis de estrogênio. Essa condição recebe o nome de atrofia endometrial e pode dar origem a sangramentos anormais.

Hiperplasia endometrial Por outro lado, a hiperplasia endometrial torna o endométrio mais es-

pesso devido ao aumento exagerado nos níveis de estrogênio. Em alguns casos, as células do revestimento mudam para um estado anormal. Nestes casos, o quadro recebe o nome de hiperplasia atípica e pode provocar câncer de útero.

Câncer de endométrio O câncer de endométrio é o fator mais grave de promoção de sangramentos após a menopausa. Alguns fatores de risco estão associados à ocorrência desse tipo de câncer, tais como idade avançada, início precoce ou tardio da menstruação, não ter ficado grávida, períodos irregulares, histórico de infertilidade, obesidade, tabagismo, uso de medicamentos com doses elevadas de estrogênio a longo prazo e síndrome do ovário policístico. Além disso, mulheres com diabetes, hipertensão arterial, doenças da vesícula biliar ou da tireoide também têm maior risco de câncer de endométrio.

Reposição hormonal Terapias hormonais substitutivas, bem como infecções no colo do útero e uso de certos medicamentos, também podem ocasionar sangramentos vaginais na menopausa.


Sinais e Sintomas do Câncer de Endométrio Os principais sinais e sintomas do câncer de endométrio são:

Hemorragias, Manchas e Corrimentos Cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de endométrio tem sangramento vaginal, como sangramento entre as menstruações ou após a menopausa. Este sintoma também pode ocorrer em algumas condições não cancerígenas, mas é importante consultar imediatamente um médico sempre que tiver qualquer sangramento irregular. Se você já passou a menopausa, é muito importante relatar qualquer sangramento vaginal, mancha ou corrimento anormal ao seu médico.

O corrimento vaginal sem sangue também pode ser um sinal de câncer endometrial. Mesmo que você não possa ver o sangue, não significa que não exista a doença. Em cerca de 10% dos casos, o corrimento associado ao câncer de endométrio não tem sangue. Qualquer corrimento anormal deve ser relatado ao seu médico.

Dor pélvica e Perda de Peso Dor na pelve, massa anormal na pelve e perda de peso também podem ser sintomas de câncer de endométrio. Estes sintomas são mais comuns em fases mais avançadas da doença. Ainda assim, qualquer atraso em procurar ajuda médica pode

Cerca de 90% dos pacientes diagnosticados com câncer de endométrio tem sangramento vaginal, como sangramento entre as menstruações ou após a menopausa.


permitir que a doença progrida ainda mais, diminuindo as chances de sucesso no tratamento.

Recomenda-se Detecção Precoce do Câncer de Endométrio que a maioria Ao notar quaisquer sinais e sintodas mulheres com mas do câncer endometrial, como risco aumentado sangramento vaginal anormal ou aupara câncer de mento do fluxo, comunique imediatamente ao seu médico para que a cauendométrio sejam sa seja identificada e, se necessário, aconselhadas a iniciado o tratamento. A detecção precoce aumenta as chances da doença consultar seus ser tratada com sucesso. No entanto, médicos sempre alguns tipos de câncer de endométrio podem ser diagnosticados em estáque apresentar gio avançado por não apresentarem qualquer qualquer sinal ou sintoma. hemorragia Exames de Detecção Prevaginal anormal. coce A detecção precoce consiste em fazer exames de rastreamento em pessoas assintomáticas.

Mulheres com Risco Médio de Câncer de Endométrio No momento, não existem exames de rastreamento para diagnosticar o câncer de endométrio precocemente em mulheres do grupo de risco médio para a doença e em mulheres assintomáticas. Recomenda-se que, na menopausa, todas as mulheres sejam informadas sobre os riscos e sintomas do câncer de endométrio e fortemente encorajadas a relatar qualquer sangramento vaginal ou corrimento para seu médico. As mulheres devem conversar com seus médicos sobre a realização de exames pélvicos regulares. Um exame pélvico pode diagnosticar alguns tipos de câncer, incluindo alguns tipos de câncer uterino avançado, mas não é muito eficaz para o diagnóstico do câncer de endométrio em estágio inicial. O exame Papanicolau, usado para o rastreamento do câncer de colo do útero, pode, ocasionalmente, diagnosticar alguns tipos de câncer de endométrio inicial, entretanto não é o exame ideal para este tipo de câncer.

Mulheres com maior Risco de Câncer de Endométrio Recomenda-se que a maioria das mulheres com risco aumentado para câncer de endométrio sejam aconselhadas a consultar seus médicos sempre que apresentar qualquer hemorragia vaginal anormal. Isto inclui mulheres cujo risco de câncer de endométrio seja maior devido a idade, menopausa tardia, não ter filhos, infertilidade, obesidade, diabetes, pressão arterial elevada, tratamento com estrogênio ou terapia com tamoxifeno. As mulheres que têm (ou podem ter) câncer de cólon hereditário não polipose (síndrome de Lynch) têm um risco elevado de câncer de endométrio. Se várias pessoas da sua família já tiveram câncer de cólon ou de endométrio, você pode fazer o aconselhamento genético para entender seus riscos da doença. Se você ou um parente (próximo) tiverem resultados positivos para uma mutação em um dos genes para a síndrome de Lynch, você tem um risco aumentado de câncer de endométrio. Recomenda-se que as mulheres que têm (ou podem ter) síndrome de Lynch, realizem exames anuais para câncer de endométrio com biópsia do endométrio a partir dos 35 anos. Discuta com seu médico os riscos, benefícios e limitações dos exames. Isso se aplica às mulheres que têm mutações genéticas associadas a síndrome de Lynch, às mulheres susceptíveis de ter essa mutação e àquelas de famílias com tendência a ter câncer de cólon e se testes genéticos não foram realizados. Outra opção para uma mulher que tem (ou pode ter) síndrome de Lynch é fazer a histerectomia, se não quiser ter mais filhos.

Biópsia do Câncer de Endométrio Para determinar se uma hiperplasia endometrial ou câncer de endométrio está presente, o médico deve remover uma amostra do tecido para ser analisada microscopicamente. Os principais tipos de biópsias utilizados para o câncer de endométrio são:


Biópsia Endometrial Uma biópsia endometrial é a biópsia mais utilizada para o câncer de endométrio e é uma técnica precisa para mulheres pós-menopáusicas. Neste procedimento, o médico insere uma sonda no colo do útero, em seguida, usando sucção, uma pequena quantidade do tecido do endométrio é removida. Esta aspiração leva cerca de um minuto ou menos. O procedimento é realizado com anestésico local.

Exame do Tecido Endometrial As amostras de tecido do endométrio retiradas por biópsia ou curetagem são enviadas para análise em um laboratório de patologia. O relatório do laboratório indicará o tipo de câncer endometrial e o estadiamento. O câncer endometrial é classificado em quanto ele se assemelha ao endométrio normal.

Histeroscopia Nesta técnica, é inserido um endoscópio no colo do útero, que em seguida é preenchido com uma solução salina para se obter uma melhor visão do interior do útero. Isso permite ao médico observar e biopsiar qualquer área anormal. Esse procedimento é feito com anestesia local.

Dilatação e Curetagem Se a amostra da biópsia endometrial não fornecer tecido suficiente, ou se sugerir câncer, mas os resultados são duvidosos, deve ser realizada uma dilatação com curetagem. Neste procedimento ambulatorial, a abertura do colo do útero é dilatada e com auxílio de um instrumento especial é feita uma raspagem do tecido no interior do útero. O procedimento leva cerca de uma hora e pode requerer anestesia geral. A maioria das mulheres tem um pouco de desconforto após este procedimento.

Dr. Welly Minghun Chiang /CRM 138510 Cosmetoginecologia Endoscopia Ginecológica Rua Cândido Nascimento, 50 Jardim Paulista 11. 3052-3558 11. 3052-1506 Email: welly.chiang@gmail.com www.docwelly.com.br @doc.welly Facebook/dr.welly.chiang


Transplante de Melanócito Técnica de Microenxerto Manchas de vitiligo apresentam, em geral, grande capacidade de melhora com tratamento clínico. Algumas manchas podem ser mais resistentes e, nesses casos, a cirurgia de transplante de melanócitos pode ser indicada. Vitiligo decorre da destruição dos melanócitos presentes na epiderme ou nos folículos pilosos. A medida em que os melanócitos são destruidos a pele passa a ficar clara. A escolha do tratamento deve considerar o grau de agressão sofrido pela pele. Manchas hipocrômicas apresentam melanócitos viáveis na epiderme e o tratamento clínico é a melhor opção terapêutica nesses casos. Manchas acrômicas apresentam número bastante limitado de melanócitos na epiderme indicando reduzida capacidade de pigmentação. É preciso avaliar os pêlos presentes na mancha. A presença de pêlos pretos indica que há capacidade de melhora uma vez que os folículos pilosos funcionam como reserva de células de pigmentação. Os melanócitos migram dos folículos para a epiderme ocasionando a pigmentação perifolicular. Manchas acrômicas sem pêlos ou com pêlos brancos possuem capacidade de pigmentação limitada devido a destruição do melanócitos da epiderme e foliculos pilosos. Pode haver ainda pigmentação centrípeta das manchas, no entanto, o ganho de pigmentação é de apenas de alguns milímetros. Manchas acrômicas com pêlos brancos ou sem pêlos apresentam indicação de tratamento com transplante de melanócitos devido a baixa capacidade de pigmentação com tratamento clínico. O objetivo da cirurgia é transplantar melanócitos de uma área doadora pigmentada para a área receptora despigmentada

Antes de indicar a cirurgia, o tratamento clínico pode ser indicado a fim de reduzir ao máximo as manchas. A principal indicação de cirugia é nos casos de vitiligo segmentar. Nesses casos, a destruição dos melanócitos é mais rápida e os pêlos ficam brancos mais precocemente. Vitiligo não segmentar também pode ser tratado com cirurgia. É importante que a doença esteja estável há pelo menos 1 ano. Estabilidade é definida como ausência de manchas novas no período de 1 ano e ausência de fenômeno de Kobner (surgimento de manchas de vitiligo após trauma físico).Teste pré operatório pode ser realizado em pcientes com vitiligo não segmentar a fim de verificar a estabilidade e possibilidade de fenômeno de kobner.. A técnica cirúrgica mais usada é a de microenxerto de 1mm. A técnica é relativamente simples mas delicada e minuciosa. O tempo de cirurgia pode variar de 3 a 4 horas. O instrumento utilizado nessa cirurgia é o micropunch de 1mm. Teste cirúrgico pode ser indicado nos casos de vitiligo não segmentar. O teste consiste na implantação de 4 microenxertos de pele sem vitiligo na mancha branca. Após 2 a 3 meses é possível verificar a pigmentação nos casos de vitiligo responsivos ao procedimento. As manchas a serem operadas devem passar por assepsia adequada e, após, marcadas com caneta de marcação cirúrgica. As bordas da mancha devem ser marcadas a fim de evitar halo hipo/acrômico. Devem ser marcados pontos distando 0,5 cm de distância uns dos outros. As áreas receprora e doadora devem ser anestesiada com anestesia tumescente de Klein. A área doadora deve ser uma área que apresente a pigmentação preservada. O local mais utilizado é a face posterior da orelha ou re-

Dra. Patrícia Paludo CRM 52808652 Médica pela Universidade Federal do RGS Título de Dermatologista pela SBD Especialista em Vitiligo Preceptora do ambulatório de vitiligo do Instituto de Dermatologia Prof. Azulay da Santa Casa do RJ Dermatologista da Clínica de Vitiligo.

A técnica cirúrgica mais usada é a de microenxerto de 1mm. A técnica é relativamente simples mas delicada e minuciosa. O tempo de cirurgia pode variar de 3 a 4 horas.


Outras técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas como a técnica por bolha de sucção e cultura de melanócitos. Essas técnicas são mais complexas e exigem estrutura adequada para a realização.

gião retroauricular. A área receptora deve ser a primeira a ser preparada. O fragmentos de pele são retirados com o micropunch e descartados. Os microenxertos de 1mm são retirados da área doadora com auxilio de uma pinça delicada. Os fragmentos são inseridos nos orificios da área receptora. Curativo compressivo é realizado na área receptora e deve permanecer no local por uma semana. Curativo é realizado na área doadora e pode ser retirado no dia seguinte. O pós-operatório constuma ocorrer sem complicações. Dor leve pode ocorrer em ambas as áreas. Após a retirada do curativo, o paciente deve ser orientado a expor as áreas ao sol ou a realizar fototerapia. A pigmentação inicia, em geral, 2 meses após o procedimento. Após 6 meses pode haver boa pigmentação no local. O resultado final pode demorar 1 ano. A área receptora pode ficar levemente marcada nos primeiros

meses. Fototipo e tipo de vitiligo podem definir diferenças na resposta ao procedimento. Pacientes de fototipos mais altos apresentam maior halo de pigmentação em torno dos enxertos. Outras técnicas cirúrgicas podem ser utilizadas como a técnica por bolha de sucção e cultura de melanócitos. Essas técnicas são mais complexas e exigem estrutura adequada para a realização. O transplante de melanócitos possibilita repigmentação de manchas de vitiligo que não apresentam capacidade de melhora com tratamento clínico. A correta seleção dos pacientes é fundamental para atingir pigmentação satisfatória. As técnicas cirúrgicas apresentam resultados excelentes em vitiligo segmentar, nevo halo, piebaldismo e cicatrizes. Vitiligo não segmentar também pode apresentar melhora com as técnicas cirúrgicas.


A Associação de Assistência à Criança Deficiente é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que trabalha há mais de 60 anos pelo bem-estar de pessoas com deficiência física. CONHEÇA A AACD A Associação de Assistência à Criança Deficiente é uma entidade privada, sem fins lucrativos, que trabalha há mais de 60 anos pelo bem-estar de pessoas com deficiência física. Ela nasceu do sonho de um médico que queria criar no Brasil um centro de reabilitação com a mesma qualidade dos centros que conhecia no exterior, para tratar crianças e adolescentes com deficiências físicas e reinseri-los na sociedade. Foi pensando nisso que o Dr. Renato da Costa Bomfim reuniu um grupo de idealistas e, no ano de 1950, fundou a AACD. No começo, a entidade funcionava em dois sobrados alugados na Rua Barão de Piracicaba, na cidade de São Paulo. Mas graças à colaboração dos primeiros doadores, a AACD pôde fundar seu primeiro centro de reabilitação num terreno doado pela Prefeitura, na rua Ascendino Reis. Missão: promover a prevenção, habilitação e reabilitação de pessoas com deficiência física, especialmente

de crianças, adolescentes e jovens, favorecendo a integração social. Visão: ser a opção preferencial em Reabilitação e Ortopedia para pacientes, médicos, profissionais da área, convênios e apoiadores, e ser reconhecida pelo seu elevado padrão de qualidade e eficácia, com transparência, responsabilidade social e sustentabilidade. Valores: responsabilidade social, respeito ao ser humano e suas diferenças, ética, qualidade, eficácia, competência e transparência. Há mais de uma década, a AACD realiza o Teleton, que todo ano reúne artistas, apresentadores e personalidades numa maratona televisiva em busca de doações. Mas nossos pacientes precisam de cuidado todos os dias. Em qualquer época do ano tem sempre um jeito de você ajudar a AACD a cuidar de crianças, jovens e adultos deficientes físicos. Quer saber como? Visite o site da AACD: http://www.aacd.org.br/


A dor na arte, hรก dor no corpo, a dor da vida hรก dor da alma! ______ FRIDA KAHLO




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