Memórias Construídas
Um olhar restaurado para uma nova educação
Via Cultural | São Paulo | 2017
Memórias Construídas trabalha junto aos conceitos da filosofia e do fazer – construir - transformar, na busca da identidade, de um eu interior, de onde podemos criar quaisquer processos de retenção de conhecimento pelo limite do contato com o eu exterior. Dentro dos caminhos da memória, visualizamos métodos para combater o mal-estar de não se ter saída de situações cristalizadas. Usamos a intimidade com o possível e recriamos as qualidades da mente e o tecido das experiências.
O mundo aí está. Vivemos um momento histórico complexo onde precisamos educar culturalmente para formar pessoas conscientes. O racismo existe, assim como o exílio, o preconceito. Mas existe a diversidade, a alegria, a convivência e o reconhecimento. Todo saber é interpretação, é um ato criativo em que o sujeito decifra códigos, dando-lhe outros sentidos, outras lógicas. Assim, tudo pode ser um encontro de transformação, que altera o percurso e o olhar.
“Há de se tirar os pés da terra para se criar e se desejar.” (Vladimir Safatle, em Quando as ruas queimam: Manifesto pela Emergência). O indivíduo criador cria uma disciplina feita no corpo espectral do desejo de dar forma. Artistas são como diz Lygia Clark, justamente aqueles que “inoculam a sociedade com o vírus de um novo modo de existir”, dando, pois, novo sentido ao mundo. Arte se torna sentido e expressão social.
Neste décimo ano do Memórias, vivido no bairro do Ipiranga tivemos histórias singulares, recebemos e atendemos a mais de 300 adolescentes, sorrindo muito. Mesmo sem ser fácil.
A arte, aqui, no nosso dia a dia, como um bem maior, é oferecida em pedacinhos, homeopaticamente, nas falas, nos fazeres e na convivência. Propomos que se possibilitem a descoberta de seus potenciais criativos neste campo e no campo do conhecimento. Assim, acreditando na palavra sentida, na diversidade descoberta, no pertencimento experimentado, na poesia urbana, na desigualdade revertida e na possibilidade de escolha, tecemos. Memórias Construídas tem como objetivo criar registros, promover narrativas poéticas e inventários cartográficos de percursos vividos, desenvolvendo o olhar dos adolescentes inseridos, incentivando e dando asas à capacidade de reposicionamento de valores atribuídos à cidade, aos espaços e a seus componentes, às suas existências e às suas múltiplas camadas de memória.
Agradeço à minha equipe que torna este trajeto possível, aos parceiros que confiam em nosso trabalho, às equipes e gerência do SESC Ipiranga que nos recebeu em sua casa e ao SESC São Paulo que nos abriu espaço para fazermos a diferença. A mudança só é possível através da união e comprometimento de todos os envolvidos.
Anna Lucia Marcondes
PARTICULARIDADES DA ATUAÇÃO DO SERVIÇO SOCIAL COM O PÚBLICO ATENDIDO O Serviço Social da Via Cultural adota uma abordagem e olhar sistêmico para os adolescentes e jovens atendidos, cujas demandas evidenciam a escassez de proteção social e que se perpetuam ao longo das gerações. Esta abordagem, somada aos outros atendimentos individuais semanais, auxilia no desenvolvimento de ferramentas emocionais e no treinamento de habilidades de autocontrole, diminuindo a agressividade e melhorando as interações sociais para que desta forma estimule-os a buscar seus direitos e exercer sua cidadania. Neste contexto, após avaliação socioeconômica realiza-se o acolhimento, momento em que se aborda as questões relacionadas as regras de funcionamento da Instituição, bem como dinâmica das aulas, identificação de situações problemáticas. O serviço social também atua na discussão de casos com equipe técnica dos parceiros e encaminhamento se necessário. Desta forma, visa melhorar as condições socioambientais e favorece a reintegração dos adolescentes/ jovens à sociedade. Anaiza de Sousa Assistente Social
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VOCÊ TEM FOME DO QUÊ? A Arte, a Linguagem, o Cenário Territorial e a Arquitetura - como universo tangível pela ação de matrizes culturais humanas e como repertório visível das relações, expressões e sentimentos cristalizados em tempo e espaço, criam formas de transmissão histórica e arqueológica. Apropriarmo-nos destes conteúdos para restaurar valores fundamentais ao nosso repertório e lugar, é uma conseqüência da formação de uma nova cultura inteligente. No estímulo ao relato da memória e na administração temporal do conhecimento cria-se uma nova unidade cultural. Memórias Construídas propõe um processo de aculturação e apropriação de identidade alavancado na restauração de patrimônio histórico como portal de entrada na capacitação técnica para resgate da autoestima e inclusão no mercado de trabalho. O processo rompe uma avassaladora transformação do olhar. Oficinalmente, um olhar restaurado para uma nova educação, distribui um conteúdo técnico, prático, teórico e criativo. Conteúdos de matemática e química permeiam o dia-a-dia com pintura e fotografia, se complementando. Buscar fora requer antes buscar dentro. Para atingir nossos objetivos, trabalhamos com três núcleos:
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NÚCLEO 1: HISTÓRIA
NÚCLEO 3: PERCEPÇÕES
HISTÓRIA DA ARTE/CIDADE, PROJETO, DIREITO E CIDADANIA
PERCEPÇÕES, CONCEPÇÕES ARTISTICAS E REGISTROS
Início do Caminho: Patrimônio histórico imaterial - História como ponto de partida para a compreensão da semiótica social e dos processos de linguagem e cultura. A arte como espelho da passagem do homem, seus costumes, valores e necessidades. Arquitetura como organização espacial deste homem e marca temporal. A história da arte e arquitetura como história da cidade levando à constituição, origem, aculturação, política, crescimento e processos migratórios, revendo o como olhar para as coisas e fatos dependem da intenção, memória, aliados ao pensamento organizado do desenho técnico e sua transformação na figura da maquete tridimensional, chegando à questão da cidadania como empoderamento e consciência de um papel a desempenhar.
O “Eu Interior” e o “Eu Exterior”, a Comunicação. As representações dos Eus, os olhares dentro e fora tomando forma. Desenho artístico, Pintura, Fotografia e Óptica, Teatro, Arte Multimídias e Expressão Corporal.
Conhecer a história cria raízes.
NÚCLEO 2: RESTAURO
O teatro como porta de entrada para o Eu Interior trabalhando postura, oratória, atenção, respiração e dialética grupal e individual. Deixando-se perceber, criar consciência, peso e medida, amplitude. Os Multimeios permeando o Eu recém descoberto e buscando o detalhe, o pormenor, a fragilidade da aparência, a magnitude dos espaços e olhares. Busca aí o Eu exterior para compor os cenários. Para fazer entender a conversa destes «Eus», e o desenho de observação que trazem a linguagem das representações sensoriais, cognitivas e visuais para fazer interlocução com a construção e tradução técnicas.
RESTAURAÇÃO, CONSERVAÇÃO E ZELADORIA Espinha Dorsal do projeto. Estrutura fundamental, técnicas e materiais. Nas próprias mãos, a intenção de intervir, desconstruir para reconstruir, renovar. O ato de ser um agente transformador da história da cidade invade o território das múltiplas possibilidades de mudança interna e externa - restauração cognitiva, emocional, pessoal, coletiva. As principais ferramentas de um restaurador é seu próprio corpo, sua consciência, sua concentração, criatividade e dedicação. Ser capaz de construir um repertório vivencial e interativo, refazendo valores e vida.
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SIGNIFICADO DE OFICINA s.f. Local específico para se consertar automóveis: oficina mecânica. Lugar próprio para elaboração, fabricação ou conserto de máquinas ou outras coisas. Workshop; curso prático ou seminário intensivo, de pouca duração, em que habilidades artísticas ou intelectuais são exercitadas: oficina de literatura. Jornalismo. Artes Gráficas. Numa gráfica, local usado para instalar os equipamentos de composição, de impressão e de acabamento. (Etm. do latim: officina.ae)
SIGNIFICADOS DA PALAVRA PODER: • • • • • • • • • • • •
Ter a faculdade de. Ter ocasião, ter oportunidade, meio de conseguir. Ter o direito, a razão, o motivo de. Ocasião ou oportunidade de. Ter possibilidade. Dispor de força ou autoridade. Ter força física ou moral; ter influência, valimento. Ter grande influência ou poder sobre. Direito de deliberar, agir e mandar. Autoridade, soberania, império. Domínio, influência, força. Posse, jurisdição.
• Capacidade, aptidão. 13
HISTÓRIA DA ARTE
Oferecer indenização; pagar: restaurar dívidas
A História pode ser revista e reescrita. Relações, aspirações, idéias e concepções, ocorrem e mudamos o esperado. Podemos dizer que algumas estáticas cruéis das quais estamos acostumados a encarar diariamente em nossa mídia, são sim, passiveis de mudança, desde se faça com método, estrutura adequada, profissionais aptos e um grande interesse em descobrir novas possibilidades.
Voltar a possuir brilho (destaque): restaurou a música clássica.
Seguindo proposta feita na primeira reunião pedagógica no início do ano, tratou-se de envolver a história da arte aproximando-a dos elementos da história da cidade, seu entorno, arquitetura e influências que geraram o estilo eclético apresentado em suas construções. Partindo de imagens buscou-se delinear os contornos da história da cidade sua representatividade na história da arte, bem como a importância em se preservar elementos que nos reportem às origens de sua construção tecendo uma teia de interrelações visando a apropriação de cada indivíduo como gerador de sua própria história. E a partir desta descoberta, se abre um universo de caminhos.
SIGNIFICADO DE RESTAURAR v.t.d. Voltar a possuir algo que foi perdido; recuperar: restaurou o livro roubado. Colocar em melhor estado; fazer reparos; reparar: restaurou um manuscrito oitocentista. Voltar a instituir; restabelecer: restaurou o comunismo. Possuir um novo início; começar mais uma vez; recomeçar: restaurou o processo arquivado.
v.t.d. e v.pron. Transmitir força (vigor) a alguém, a alguma coisa ou a si mesmo; reanimar-se: restaurou o ânimo; restaurou-se com a soneca. (Etm. do latim: restaurare) “Nas mãos de um educador nada é improdutivo, para tudo ele encontra utilidade”. Praticando e demonstrando, encaminhamos os alunos através de técnicas para despertar e ensinar o Restauro que também é pesquisa, questionamento, descoberta, invenção, registro e diagnóstico. Como uma equipe de práticos, cuidando e reconstruindo, identificando e solucionando problemas e infestações, limpando, colando e reintegrando, damos corpo ao aprendizado do conservador. Ou não. Damos asas ao investigador, ao crítico, abrimos as portas ao artista ou ao técnico. Podemos encaminhar novos arquitetos, desenvolver desenhistas, marceneiros, um grande fotógrafo, ou mesmo um possível historiador. Muitos poderiam estudar filosofia e outros se formar como comunicadores sociais. Enfim, a restauração de uma forma ampla, promove ao educando uma abertura de capacitação de ser e agir diferentemente neste nosso mundo e coletividade. Somos estopim. Aperitivo. Degustação. A fome de viver é de cada um. Anna Lucia Marcondes
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Núcleo 1 História História da arte/cidade Projeto Direito e cidadania
O Projeto Memórias Construídas, citando a fala da nossa coordenadora Anna Lúcia Marcondes, mais do que um curso de restauro de obras de arte busca restaurar indivíduos. A mim, como professora de Ética e Cidadania, cabe não só apresentar aos nossos alunos os conceitos básicos do que é ser cidadão, seus direitos e deveres, mas resgatar ou muitas vezes introduzi-los ao sentimento de pertencimento com relação à nossa cidade, como agentes participantes na construção da nossa história e como corresponsáveis pelo legado que deixaremos para as gerações futuras. O trabalho com jovens em situação de vulnerabilidade social, em conjunto com jovens vindos de experiências diversas, cria um ambiente único de troca de experiências, permitindo a quebra de paradigmas, preconceitos e pré-julgamentos por todas as partes, trazendo um crescimento enquanto indivíduos, e tornando-os mais conscientes dos diversos grupos que integram nossa sociedade e precisam conviver de forma harmônica. A nossa mudança para o SESC Ipiranga, onde os alunos têm a oportunidade de conviver com diferentes grupos - idosos, crianças, moradores do bairro que frequentam a Unidade - trouxe uma oportunidade de aprofundar ainda mais esse sentimento de inclusão, trazendo uma mudança de olhar com relação ao outro, para benefício de todos. É um trabalho de aprendizado diário, mas que acredito ser de extrema importância para a construção de uma sociedade melhor para se viver. Ana Paula S. Lima Ética e cidadania
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Quando fui convidada pela Via Cultural para ministrar aulas de Linguagem Socioambiental, aceitei de imediato, pois, além de ser minha área de atuação, acredito na sustentabilidade com um novo olhar como a proposta da metodologia do Memórias propõe. Eu penso além do reciclar e do respeitar, meu trabalho é desconstruir e reconstruir novamente as questões ambientais, sendo parte essencial desse diálogo, o indivíduo e o meio em que ele está inserido. Durante as atividades, busco despertar nos alunos questionamentos sobre como nós nos relacionamos, não apenas com o meio ambiente, mas, com as pessoas, com as coisas e principalmente com os nossos sonhos. Fazer pensar na linguagem socioambiental é despertar um novo olhar para o nosso bairro, a nossa cidade, de forma a nos tornarmos protagonistas da mudança que queremos. O curso memórias Construídas nos permite explorar vários olhares externos como externos e com isso percorremos lembranças, vontades, fazeres e atitudes.
Elisabeth Lima Linguagem socioambiental
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A oficina de História, História da Arte e Arquitetura usa três eixos históricos para o desenvolvimento da atividade pedagógica, apresentando a arte e a arquitetura na cidade de São Paulo. Nossa ideia é contar como a cultura paulista e brasileira absorveu e criou variações de matrizes estrangeiras, onde procuramos mostrar o que existe de acessível na cidade - como obras em praças, parques e outros locais de acesso público, para que possam caso queiram, visitar como opção de lazer gratuito. Procuramos desenvolver o programa de disciplina não linear e flexível em diálogo transversal com as demais disciplinas do curso. Dentro do conceito de flexibilidade, procuramos usar as contribuições dadas pelos alunos em atividade para dinâmica da apresentação do conteúdo. No segundo semestre de 2017, durante uma aula sobre Gaudi e o período de transformação da arte europeia - Belle Epoque - diante de tantas formas rebuscadas e profusão de cores, o aluno do período vespertino Weslley Pereira da Silva exclamou “mas isso é muito baiano”! Encontrei nesta simples e expontânea exclamação o mote para explicar toda riqueza da cultura baiana e nordestina, que por uma condição cultural e econômica - origem africana, tornou-se menos valorizada que a cultura eurocêntrica do sudeste e sul, que tempos depois rececebeu as correntes migratórias nordestinas e criaram territórios missegenados. Foi um momento explêndido e com essas surpresas nossa experiência se enriquece!
Roberto Sambi Colotto História da Arte, Arquitetura e Cidade
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Utilizando a representação Gráfica, a Geometria Básica, o Espaço, o Desenho de Arquitetura e a Modelagem, procurando através do conhecimento das proporções de escala dos objetos e de escala humana, tenho no papel de educador a missão de inserir estes novos conceitos aos aprendizes. A ideia de introjetar uma nova percepção do espaço e das suas relações com o contexto, através dos exercícios em aula e das visitas externas, procuramos que se sintam pertencentes e seguros nesse novo território. Que possam descobrir suas novas habilidades, recriem seu mundo, explorem suas possibilidades, retirando-os do tradicional “universo limitante e castrador” da educação tradicional. Além da ação do “aprofundamento” neste outro campo, o da apropriação do seu “espaço pessoal” para se relacionar com o coletivo.
Essas experiências, de qualquer forma, tem sido um excelente exercício de descoberta de novos talentos. Cada semestre é uma nova experiência. A oportunidade de transformação, ou o “despertar”. Elevar suas consciências para uma nova realidade possível; oportuna; visceral; vivida; divertida, menos dura e mais feliz Eduardo Cordeiro Linguagem Arquitetônica e Tridimencional
Outra ferramenta muito positiva, tem sido a modelagem em esculturas de argila e, também, a confecção de modelos em escala natural - esculturas com fita adesiva. Com objetos em 3D, saindo do plano 2D, básico, usual e previsível, entramos no campo da sensibilidade, do toque, do sentimento, do manuseio da expressão, resultando em emoção. Os estados emocionais comprovadamente se modificam, assim como a concentração durante a realização dessas atividades, se evidência. Alguns entram num campo mais afetuoso, pessoal, emotivo, enquanto outros, se afastam, se eximem do envolvimento, como se houvesse uma barreira a ser quebrada. Nessa ‘‘provocação’’, há um possível ‘‘temos’’, em deixar sua sensibilidade aflorar.
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Núcleo 2 Restauro Restauração Conservação Zeladoria
Sempre fui uma pessoa voltada para os estudos e a pesquisa, minha vida adulta foi passada, praticamente, dentro de ambientes acéticos, onde imperava música clássica e as conversas eram pautadas por discussões acerca do melhor procedimento a ser seguido na recuperação de objetos artísticos. Quando não estava restaurando ou pesquisando, passava o meu tempo ensinando outras pessoas a fazerem o mesmo. Não é à toa que sempre deixei correrem soltas algumas idiossincrasias como, por exemplo, certo TOK por limpeza e ordem. Muito embora vivesse nessa aparente bolha nunca fui alienada, sempre observei o panorama brasileiro e o avanço crescente das desigualdades sociais e de como o mundo sempre pareceu pequeno ao perceber mansões se acotovelarem a casebres em insana disputa; a pergunta que me vinha à mente era sempre a mesma: - Que tipo de contribuição social poderia advir das minhas escolhas profissionais, uma vez que Arte e o Restauro sempre foram consideradas “inutilidades elitistas”? Nesses meus descaminhos conflituosos fui apresentada ao Projeto “Memórias Construídas” e desde então, quase oito anos se passaram e com eles incontáveis experiências, algumas dolorosas, mas todas imprescindíveis. Venho amadurecendo desde então e essa mesma via que me reconcilia com a humanidade também propicia trazer para esse espaço, junto aos alunos e para eles, minhas vivências onde deixo desconstruir e tornar a reconstruir, selecionar, reelaborar partindo do conhecido e restaurá-lo, como único meio possível para manter a comunicação. E nesse laboratório de vivências pude enxergar melhor e saber que tudo o
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que sei e que sou de nada valem se eu não crer que essa mediação entre o roto e o íntegro sejam capazes de modificar a realidade imposta e, triste de mim, se eu não puder apresentar para o sujeito que não tem a si mesmo, o restauro como um lugar organizador no sentido de ordenar as experiências humanas dando-lhes certo significado, não como uma cartilha do que é certo e errado ou passível de punição, mas com outros valores que vão da adequação ao imponderável. Não é possível o desenvolvimento de uma cultura sem o desenvolvimento das suas formas artísticas. Não é possível uma educação intelectual, formal ou informal, de elite ou popular, sem arte, porque é impossível o desenvolvimento integral da inteligência sem o desenvolvimento do pensamento divergente, do pensamento visual e do conhecimento presentacional que caracterizam a arte (BARBOSA, 2004).
Bárbara Zmekhol Restauração e conservação
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O conjunto de ações empregadas pela Via me permite aplicar técnicas restaurativas contemporâneas. Esses trabalhos manuais permitem que haja uma conexão do eu exterior com o eu interior de cada um, pois a Arte permite expressar sentimentos e emoções. Meu papel é saber que cada aluno tem seu próprio tempo e ritmo de aprendizagem, devo aproximar a linguagem respeitando e sabendo que não é porque estão sendo incluídos que estão inclusos, pois o trabalho começa no momento que chegam. ‘‘ A leitura do mundo precede a leitura da palavra’’ (Paulo Freire). Jaqueline Fóla Educadora para o restauro
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Núcleo 3 Percepções Percepções Concepções artísticas Registros
Fui convidada pela Anna Lucia Marcondes para dar aulas de Artes Visuais dentro do núcleo de Percepções no Projeto Memórias Construídas. Começo pela linha traçada, própria de cada individuo, ensino primeiro o desenho. E como digo para os alunos - saber desenhar é saber Ver. Sob a ótica de Merleau Ponty, em textos sobre fenomenologia da percepção, busco a inspiração para tentar chegar o mais próximo possível do profundo significado de minha vivência ao fazer parte, já a alguns anos do projeto. Então vejamos: os alunos em nosso projeto, entre outros, são adolescentes que em diferentes contextos e que nos chegam por diversos. Dentro de nossa metodologia existe uma outra gama de percepções. Um outro olhar atencioso e afetivo sobre eles. De nós para eles e deles para gente. Aqui estamos num mundo de fazedores de arte: de pinturas, de desenhos, de fotografias, de teatro, de consertos e restaurações. É uma limpa, verdadeira e nova percepção. E isto é maravilhoso. Podemos conviver sem nenhum conceito prévio contaminado por outras contingências. Aqui no Sesc Ipiranga, eles vivem um momento de descobertas de seu lado artístico, de ser como essencialmente somos, criativos. Esta é a valiosa, prazerosa e verdadeira perspectiva em que atuo. De se descobrir essencialmente único. “O mundo é aquilo mesmo em que nós nos representamos, não como homens ou como sujeitos empíricos, mas enquanto somos todos uma única luz e enquanto participamos do Uno sem dividi-lo(...)” . ”O mundo fenomenológico não é a explicitação de um ser prévio, mas a fundação do ser; a filosofia não é o reflexo de uma verdade prévia mas, assim como a arte, é a realização de uma verdade.” (Merleau Ponty) Lulli Pereira Desenho
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“A vida se dá através de nossas memórias. Elas acontecem nos intervalos entre aquilo que vivemos e o que queremos/buscamos/sonhamos. O nosso dia a dia e nosso cotidiano influenciam ativamente em nossa formação. Somos aquilo que nossa mente e nossas memórias registram e guardam. Ter consciência disso e poder trabalhar em um projeto que abrange esta temática é uma vivência única e extremamente gratificante. Atuo no projeto Memórias Construídas há quase cinco anos e posso dizer que naquele espaço, extremamente bem abrigado na unidade do SESC Ipiranga, a transformação acontece. Recebemos jovens de idades e personalidades completamente diferentes e buscamos em suas próprias histórias o alimento e a base para que seja desenvolvido um trabalho e uma pesquisa intensa. Arquitetura, fotografia, teatro, restauro, Vida. Aulas práticas que almejam de forma ativa um único objetivo: formar e registrar novas memórias nestes jovens e em como ele mesmo pode escrever sua história no dia de amanhã. Um belíssimo trabalho!”
Vitor Faria Teatro
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Na primeira aula do semestre sempre pergunto: por que vocês têm aula de fotografia nesse curso? Uma das respostas mais comuns é a necessidade de registro do processo de restauro das obras. Não é uma resposta errada, mas ela é incompleta. Vivemos num mundo mediado por imagens que alguns teóricos classificam como tecnológicas, produzidas por máquinas – alguns afirmam que qualquer imagem produzida pelo homem depende de tecnologia, por mais rudimentar que seja. Arlindo Machado e Philippe Dubois classificam a fotografia como tecnologia-mãe, seguidas pelo cinema, o vídeo e as imagens computacionais. Aprender a produzir essas imagens abre a caminho para aprender a lê-las. Começamos a entender que imagem é linguagem e, sendo linguagem, comunica. Começamos a “decupar” as intenções do emissor dessa mensagem. Ao mesmo tempo, o exercício contínuo de produção e leitura das imagens nos revela enunciadores possíveis. Nos dá autonomia para contar nossas próprias histórias, e para quem quisermos contar, do modo que quisermos. A minha aula de fotografia também tem por objetivo apresentar uma prática reflexiva por meio do uso da fotografia analógica, do laboratório PB e a práticas com processos oriundos do século XIX, que vão na contramão do imediatismo da fotografia com o celular e nos impele a um outro tempo e a exercícios de pré visualizar as imagens mentalmente.
Cláudio Manculi Fotografia
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Temos de nos tornar na mudança que queremos ver.
Como uma onda (Lulu Santos)
Mahatma Gandhi Nada do que foi será
tudo muda o tempo todo
Uma mudança deixa sempre patamares para uma nova mudança.
De novo do jeito
no mundo
Maquiavel
que já foi um dia Tudo passa,
Não adianta fugir
Nada existe de permanente a não ser a mudança.
tudo sempre passará
Nem mentir pra si mesmo
Heráclito
A vida vem em ondas,
agora
como um mar
Há tanta vida lá fora
Num indo e vindo infinito
Aqui dentro sempre
que você tem que fazer. Mudança não é algo que você faz,
Tudo que se vê não é
Como uma onda no mar
é algo que você permite.
Igual ao que a gente viu a
O primeiro passo para a mudança é a aceitação. Uma vez que você aceite a si mesmo, você abre a porta para a mudança. Isso é tudo o
um segundo Will Garcia
Tudo muda a todo o momento. As estações do ano, a economia, as opiniões, os nossos pensamentos, os nossos estados de espírito, a tendência da moda, entre outras coisas. Algumas mudanças são-nos impostas por força das circunstâncias, fogem ao nosso controle. Alguns de nós gostaríamos de mudar alguma coisa no mundo, nos outros e em nós mesmos. Saímos frustrados quando apesar dos esforços e das tentativas, não conseguimos mudar um hábito prejudicial. Mas se o que temos de mais certo é a mudança, porque razão quando queremos mudar algo ou a nós mesmos, é tão difícil? Para mudar algo, para implementarmos uma mudança de forma efetiva até que se torne parte de nós, é preciso aprender algo novo. E, para aprender algo novo é necessário dedicar tempo a essa tarefa, é preciso praticá-la. Importa traçar um objetivo edificado num planejamento e com passos bem definidos que descrevam as ações a tomar. Essas ações devem estar definidas no tempo, serem específicas e acima de tudo dependerem de nós. A rapidez, fluidez e ansiedade que caracteriza a sociedade atual, dominada pela mudança contínua, cria em nós incertezas, uma vez que somos obrigados a adaptarmo-nos continuamente a novas regras, novos hábitos, novos modos de estar e de trabalhar. Todas estas situações são, normalmente, precedidas de sentimentos antagónicos: receio, mas simultaneamente curiosidade; vontade de não mudar, mas, ao mesmo tempo, vontade de experimentar. Um aspecto real da vida é que, muitas vezes criamos obstáculos, quase sempre inconscientemente, que podem servir algum tipo de objetivo imediato, mas acabam por fazer sabotagem a longo prazo. Estas barreiras são muitas vezes conduzidas por algumas de nossas necessidades mais bási-
cas, por exemplo, para sentir-se competente, para ser aceite, por proteção, ou sentir-se no controle. Lamentavelmente, esses obstáculos se tornam verdadeiros muros intransponíveis acabando por nos impedir de mudar (ou até mesmo tentar mudar), deixando de ser benéfico e passando a ser um incômodo. Como citado na Wikipédia, o estudo do comportamento do ser humano tem como objetivo ajudar a entender as ações realizadas pelas pessoas em determinadas situações, bem como os motivos que condicionam tais ações, e todas as possíveis alterações que o meio e as relações sociais, ao longo da vida, proporcionam a cada indivíduo. O comportamento pode ser descrito basicamente como o que o indivíduo faz com relação ao meio em que vive e com relação aos demais indivíduos. Comportamento humano é a expressão da ação manifestada pelo resultado da interação de diversos fatores internos e externos que vivemos, tais como: personalidade, cultura, expectativas, papéis sociais e experiências. É a ação do ser humano ao se relacionar ao mundo. Dependendo do comportamento do ser humano, sua origem pode remontar de dentro da própria casa, como brigas dos pais e familiares, o que pode afetar o comportamento de um indivíduo. Por isso, mudamos tanto com as pessoas que podem estar ao nosso redor.
ALUNOS INSCRITOS 1º SEMESTRE 2017 Alexandre Cremasco Alexandre Fernandes de Alencar André de Melo Carvalho André Luiz Fonseca Cruz Andrea Vasconcelos de Andrade Escórcio Armando Marques Ferreira Junior Bárbara Cristine Alves dos Santos Carlos Eduardo Hora Carolina Rocha Teixeira Celso Adriano Nunes de Carvalho Daniel Menezes Danilo Oliveira Santiago Clementino Deivid Natan de Paulo Deysianne Silva Santos Fernando da Silva Felipe Giovani Zanete de Oliveira Giovanni da Silva Domingues Giulia Pereira Pellegrini Guilherme Rodrigues Pereira Hugo Salomão Batista Felix Igor de Jesus Aguiar Fidêncio Igor Gustavo de Sousa Correia Igor Gustavo de Sousa Correia Inae Souza Santana Izabela de Oliveira Gabriel do Nascimento Jackson Tunes da Silva Souza Jailton de Morais Soares Oliveira James Santos Oliveira Guimarães Jean Victor de Castro Simão João Pedro Rodrigues de Morais Barbosa João Vitor Mendonça Jonathan Henrique Cajueiro
José Antônio de Souza Neto Joyce Neves Juliana de Andrade Iasi Kaique Marques Pires Kamila Evangelista Santos Karen Fernanda Fritz de Lima Karen Yuri Deguchi Karina Gabrielle Mota Pereira Dias Larissa Cardoso Rocha Leandro da Silva Pardini Lívia do Nascimento Prado Luan Batista de Oliveira Lucas Souza Coelho Vaz Costa Luciano Gomes de Lelis Lino Luciano Silva Nunes Junior Marcelo Henrique Gabriel de Toledo Marco Antônio de Castro Moura Marcos Junior Navarro dos Santos Marcos Vinícius Feitosa de Souza Mariana Ribeiro de Castro Marlon da Cruz Dias Matheus Camargo da Silva Mauricio Henrique Gramacho da Silva Nairane Leslie Gurgel dos Santos Nataly de Lima Gregorio Nathan Lopes da Silveira Nicolas Fernando de Oliveira Pamela Bantim Souza Pedro Augusto Ribeiro de Jesus Rafael Henrique Fracetto Sara Regina Martins Costa Sarah Beatriz Prado Dabbus de Almeida Stephany Oliveira Teixeira Thaiany Soares da Silva Thais B. Mellenberg
Thamires Vieira de Melo Thiago José Silvério de Souza Victor Agostinho de Melo Victor Hugo do Nascimento Massetti Vitória Agostinho de Melo Wallisson Rogerio dos Santos Yasmim Blanda Lima
ALUNOS INSCRITOS 2º SEMESTRE DE 2017 Alex Silva dos Santos Alexandre Cremasco Alexandre Gomes da Silva Ana Beatriz Moura Ana Carolina de S. Meira André Luiz do Nascimento Miranda André Luiz Vieira da Silva Andreza dos Santo s Souza Bárbara Cristine Alves dos Santos Brendom Oliveira Silva Breno Henrique C. Reis Bruno Henrique Marinho Brandão Bruno Santana da Silva de Souza Caio Gustavo da Silva Santos Caique Silva Carlos Henrique Lima de Moraes Cauan Gabriel Carvalho da Silva Daniela de Paula da Silva Danilo Viana da Silva Davi Maurício dos Santos Neves David Robinson da Silva Santos Daykine Schitine Duarte
Deivid Peterson Guilherme Portela Erick Henrique da Silva de Jesus Felipe Mancini de Souza Felipe Souza de Jesus Felype Mancine de Souza Fernando Henrique Schiavone Campos Fernando Xavier da Silva Gabriel Belvis Garcez Gabriel da Silva Ferreira Gabriel Gomes Pizzo Gabriel Silva Barreto Giovana Chiaramonte Alves Giovane Felipe Borges Guilherme Wellington Silva dos Santos Gustavo Alexandre Caner de Lima Gustavo Aparecido Vicente Sampaio Gustavo Bento Gomes Gustavo Nickolas da Silva Gustavo Tomaz de Freitas Gustavo Veloso dos Santos Higor Gabriel dos Santos de Paula Hugo Rafael da Silva Igor Gomes Antunes Igor Pereira Macedo Inae Souza Santana Isabela Christina Sepúlveda Isabella Galhardi Garcia Carvalho Jailton de Morais Soares Oliveira João Augusto Guimarães Ribeiro João Pedro do Amaral Isolato João Pedro Rodrigues de Morais Barbosa João Vitor Mendonça João Vitor Rodrigues Jonathan da Silva Carvalho José Antônio da Silva Neto
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José Gustavo Guerra Rodrigues dos Santos José Gustavo R. Santos Julia Sobral Lopes Kaian Reis da Silva Kaio Henrique Souza Kaique Marques P. Oliveira Karoline Rodrigues Araújo Kauan Silva Lara Kaue Henrique Tancini Pereira Keven Alexandre de Souza Kevin Alan Silva de Jesus Kevin Alan Silva Sarmento Kevin de Souza dos Santos Kleber Roberto Ferreira de Souza Laís Cavalcante dos Santos Leandro da Silva Pardini Leonardo Gabriel M. Gosmim Lucas Leonardo de Oliveira Lucas Scott Ferreira Luciano Gomes de Lelis Lino Luís Davi da Silva Luiz Henrique Alves do Amaral Marcelo Henrique G. de Toledo Marcos Junior Navarro dos Santos Mariana Ribeiro de Castro Matheus dos Santos Paixão Orlando Matheus Henrique Barbosa de Moura Matheus Henrique dos Santos Matheus Itavo Ferreira de Almeida Matheus Rodrigues da Cunha Matheus Wendel da Silva Matheus Willian dos Santos Rosa Moises Costa Alves Fernandes Moises Torres dos Reis Nairane Leslie Gurgel dos Santos
Nalbert José Eduardo Santos Nataly de Lima Gregório Nícolas Lopes Orlean Paulino de Andrade Pamela Bantim Sousa Patrick Henrique Fortunato Priscila Sama Venceslau Cassimiro Rafaela de Oliveira B.B. Rafaelle Rodrigue s Nunes Renata Ramos Rugai Roberto de Oliveira Santos Roberto Sidnei Dal Belo Neto Robson Dias de Pontes Marques Cezar Renan Rodrigues Ryan Valério Alves da Silva Samyra Fernanda Theodoro de Lima Sandriele Pereira do Nascimento Sarah Beatriz Prado Dabus de Almeida Tamires Vieira de Melo Thaiany Soares da Silva Victor Hugo Santos e Silva Vinícius de Lisboa Bertoni Cavalcante Vinícius Francisco da Silva Vinícius Moises de Aragão Batista Vitor Hugo da Silva Domingos Vitor Manoel da Silva Feitosa Walber Silvestre Raimundo Wendel Lourenço Santos Nogueira Wesley Felipe dos Santos Ferrari Wesley Ribeiro de Oliveira Weslley Ferreira dos Santos Westhei Gonçalves Martins de Souza Yasmim Blanda Lima Ygor Marcelino de Oliveira dos Santos
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SESC Ipiranga Gerente: Antonio Martinelli Jr. / Adjunta: Luciana Itapema / Programação: Ana Luisa Sirota (coordenação), Maria Cristina Vilas Boas (supervisão) e Priscila Machado Nunes / Administrativo: Getúlio Vargas Pizani / Alimentação: Amanda Cristina de Souza / Comunicação: Igor Cruz / Infraestrutura: José Cláudio Moia Sevieri / Serviços: William Moraes Alves / Odontologia: Camilla Peterlini Via Cultural Instituto de Pesquisa e Ação pela Cultura Diretora Presidente: Anna Lucia Marcondes / Diretor técnico Eduardo Cordeiro de Araújo / Diretora Financeira: Maria Aparecida Ferreira Gonçalves / Contabilista: Juscelino Shimura / Responsável Jurídica: Alessandra D’Elia. Projeto Memórias Construídas Coordenação, Gestão e Curadoria: Anna Lucia Marcondes / Supervisão e Serviço Social: Anaiza de Sousa / Administração: Maria Aparecida Ferreira / Assistentes: Natália Varoni e Lívia Silva / Corpo docente: Ana Paula Silveira Lima, Arthur Moreau, Barbara Zmekhol, Cláudio Manculi Gregorutti, Eduardo Cordeiro de Araújo, Elisabeth Cristina Lima, Fernanda Sanches Jaqueline Fóla, Lulli Pereira, Luciana Jorge Rodrigues, Roberto Colotto e Vitor Faria Prefeitura do Município de São Paulo Secretaria Municipal de Participação e Parceria, Secretaria Municipal dos Direitos Humanos e Cidadania, Fundo Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente, Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Adolescente. Na Cidade de São Paulo, o CMDCA foi criado pela Lei 11.123/91 e o FUMCAD pela Lei 11.247/92 e regulamentada pelo Decreto 43.135/03. Memórias Construídas 2017
Idealização e Organização
Convênio
Apoio
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