Viajar Magazine - Março 2017

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Internacional Macau vai receber congresso da APAVT pela 5ª vez

MAGAZINE PARA PROFISSIONAIS Nº 359 - 2ª série - Preço 2,00 €

BTL 2017

Inquérito

Empresas acreditam no potencial da BTL e apresentam novidades Estudo

Moradores e trabalhadores de Lisboa satisfeitos com turistas na cidade entrevista

ana mendes godinho, secretária de estado do turismo

Nova Era do Turismo em Portugal Governo

OMT vê Turismo em Portugal como caso de estudo

Um mundo de soluções de mobilidade para o ajudar a servir melhor os seus clientes

europcar.pt

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AVIAÇÃO COMERCIAL E TURISMO março 2017

Aeroporto Montijo só lá para 2021



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Opinião

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Observação

Se não os consegues vencer, junta-te a eles…

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BTL, uma vez mais, bem-vinda! E é chegada a hora de mais uma BTL - Bolsa de Turismo de Lisboa. Pequenina para alguns mercados, é sem dúvida o grande encontro do Turismo em Portugal. Sempre com novidades e ações destinadas a possíveis “compradores” do que de melhor o Turismo português tem para oferecer. E são cada vez mais aqueles que fazem negócio e veem um modo de progredir na BTL, não só pela abertura do certame à venda de pacotes de férias ao público, mas porque também há muitas pessoas que saem destes dias com um oportunidade de emprego, através da Feira da Empregabilidade, ou pelos contatos que poderão advir através do programa de Hosted Buyers. Apesar de muitos acharem que este é um meio, sobretudo, de estabelecer contatos novos e alimentar os já existentes, a verdade é que a grande maioria dos players do setor aproveita a BTL para apresentar novidades e com ela tirar lucros. Tendo em conta a sua importância, dedicamos grande parte desta edição a uma antevisão sobre a BTL 2017, onde fizemos um inquérito a diversos intervenientes no setor, assim como à diretora da feira, Fátima Vila Maior. Como em fevereiro recebemos em Lisboa o secretário-geral da Organização Mundial do Turismo, não poderíamos deixar de lhe dar destaque, assim como ao acordo firmado entre a ANA Aeroportos e o governo para um estudo de viabilização do novo aeroporto completar da capital, ao que tudo indica a abrir portas no Montijo em 2021. Para terminar em grande, uma grande entrevista com a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, que nos recebeu no seu gabinete e falou dos mais diversos temas da atualidade do Turismo, nacional e não só.

u não sou uma pessoa dada às matemáticas”. Quantas vezes ouvimos esta frase ao longo das nossas vidas? Ou até mesmo, quantas vezes a dissemos nós próprios? A frase em si não tem nada demais mas, geralmente, ela encerra em si um pedido de absolvição antecipada por não querermos realizar determinada tarefa complicada para a qual não estamos dispostos a aprender ou, mesmo, desenvolver as nossas competências. No setor das viagens, o maior desafio atualmente colocado a todos os profissionais, sem exceção, são as novas tecnologias. Elas vêm sobre a forma de novos equipamentos e software, novas formas de competição via aplicações e sistemas que correm sobre a internet, novas formas de controlar os custos e dinamizar as vendas, novas formas de conhecer os clientes ou ativar programas de marketing seletivos, entre outras. Dimitrios Buhalis, diretor de eTourism Lab da Universidade de Bornemouth e um dos maiores gurus do turismo mundial, afirma, sem pejo algum, que “a inteligência artificial, a realidade aumentada, o turismo inteligente, o big data e as tecnologias wearables vão provavelmente trazer as disrupções mais importantes no mundo das viagens.” Quem está preparado para esta realidade? Por cá, ainda é muito comum ouvir dizer que o cliente anda mais informado que os vendedores. É um pouco menos comum ouvir dizer que a concorrência não é mais apenas a agência de viagens ou o hotel do quarteirão do lado. E finalDiretor Francisco Duarte Chefe de Redação Sílvia Guimarães colaboradora Sandra Silveira Editor SR Editores, Lda Assinaturas assinaturas@sreditores.pt direção, redação e publicidade Largo da Lagoa, 8D, 2795-116 Linda-a-Velha Telfs.: 21 7543190 • e-mail: viajar@sreditores.pt

Miguel Quintas n Diretor

Geral Parcela Já

As empresas são cada vez mais empurradas para a inovação ou desaparecimento. E a inovação dentro das empresas tem que estar dentro das próprias pessoas, nas suas capacidades, nos seus conhecimentos e acima de tudo na sua vontade de crescer. Isto configura uma nova realidade em que não há espaço para as pessoas que “não são dadas à matemática”, ou a quaisquer outras que não possuam capacidade de desenvolvimento através de esforço, aprendizagem e persistência. A tecnologia veio para ficar. Ou melhor, a tecnologia veio, está no meio de nós e vai continuar a evoluir

Fotografia Arquivo, Fotolia, Casa da Imagem, Rogério Sarzedo PAGINAÇÃO Catarina Lacueva Publicidade Teresa Gabriela Tels.: 21 754 31 90 e-mail: teresa.gabriela@sreditores.pt

mente, é ainda muito menos comum encontrar pessoas do nosso setor preparadas para aquela realidade, de novas formas de economia e distribuição, que Dimitrios Buhalis enuncia. Se focarmos na distribuição turística, o advento do Facebook, metabuscadores, agências de viagens online, Instagram, Google, etc. trouxeram uma revolução tremenda às formas de venda tradicionais. Nada é mais o mesmo com as novas tecnologias. Basta ver que hoje em dia, das empresas que figuravam na Fortune 500 em 1950, 88% delas já não existe. As empresas são cada vez mais empurradas para a inovação ou desaparecimento. E a inovação dentro das empresas tem que estar dentro das próprias pessoas, nas suas capacidades, nos seus conhecimentos e acima de tudo na sua vontade de crescer. Isto configura uma nova realidade em que não há espaço para as pessoas que “não são dadas à matemática”, ou a quaisquer outras que não possuam capacidade de desenvolvimento através de esforço, aprendizagem e persistência. A tecnologia veio para ficar. Ou melhor, a tecnologia veio, está no meio de nós e vai continuar a evoluir. Não podemos dizer que não a queremos, nem podemos deixar de trabalhar com ela. Temos, portanto, que ser atores neste novo cenário e ser capazes de aprender como tirar proveito da mesma assim como nos temos que preparar para o seu futuro desenvolvimento. Quer isto dizer que temos que “nos dar às matemáticas”. Não dá mais para vencê-la por omissão. Impressão CliobyRip www.clio.pt Tiragem: 7 000 exemplares Depósito Legal: 10 534/85 Registo no ICS: 108098 de 08/07/81 ProprietáriA: Ana de Sousa Nº Contribuinte: 214655148


Destaque

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Portugal adere ao Ano Internaci para o Desenvolvimento A

adesão de Portugal ao Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, uma iniciativa da Assembleia Geral das Nações Unidas e da Organização Mundial do Turismo (OMT), que pretende apoiar uma mudança nas políticas, práticas empresariais e comportamento dos consumidores, por forma a tornar o setor do Turismo mais sustentável nos planos económico, social e ambiental, é para a secretária de Estado do Turismo, Ana Mendes Godinho, uma forma de melhorar as condições de Portugal, tanto para quem está de vista ao país, como para quem cá quer viver, investir e trabalhar. O Governo português, que assinou, no passado dia 7 de fevereiro, um memorando de adesão ao Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, que contou com a presença do secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, e do CEO do World Travel & Tourism Council (WTTC), David Scowsill, compromete-se assim a apoiar

a sustentabilidade no Turismo nas suas vertentes sociais, culturais, económicas, ambientais e políticas. De acordo com a secretária de Estado, com aquele ato, foram “assumidas como variáveis essenciais nesta estratégia de Turismo, que não quer crescer só por crescer, quer crescer porque assume o Turismo como um fator de criação de emprego, mas também de criação de oportunidades para que as pessoas encontrem em Portugal um sítio bom para viver, para investir, para visitar e para trabalhar”. A responsável pela pasta do Turismo adiantou aos presentes que existem dois programas portugueses que estão já a seguir essa linha. São eles o Revive, que afirmou ser “um projeto de valorização do nosso património e, neste sentido, uma forma diferente de dar sustentabilidade ao nosso património histórico”, e o Portuguese Trails, que tem por objetivo dar a conhecer “Portugal como um país de caminhos de bicicleta, a pé, a cavalo”. Ana Mendes Go-

dinho ambiciona que esta “seja uma forma de promover o nosso país nas suas várias vertentes e vários produtos, que têm cada vez mais diferenciadores”. A responsável anunciou ainda que irão “aproveitar o Dia Mundial do Turismo para celebrar e lançar outras ações concretas sobre o turismo sustentável, nomeadamente o observatório de sustentabilidade do Alentejo, em colaboração com a OMT, que pode ser um projeto-piloto muito interessante para depois ampliar para o resto do país”.

OMT convida António Costa para orador principal da sua convenção A Organização Mundial do Turismo (OMT) convidou o primeiro-ministro António Costa para ser o orador principal da sua Assembleia Geral anual, que terá lugar, em Setembro, na China. A novidade foi avançada aos jornalistas por Taleb Rifai, secretário-geral da OMT, por ocasião da sua visita a Lisboa, durante o mês de fevereiro.


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Destaque

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onal do Turismo Sustentável O responsável máximo da agência das Nações Unidas para o Turismo referiu ainda que estão previstas mais uma ou duas atividades no nosso país até ao final de Dezembro, por ocasião do Ano Internacional do Turismo Sustentável para o Desenvolvimento, embora ainda sem querer especificar o quê e em que datas. Taleb Rifai considera que esta é uma “oportunidade única para mostrarmos ao resto da sociedade o que a nossa indústria faz”, consciencializando para “o poder transformador desta indústria para tornar este mundo um local melhor”. Serão cinco as dimensões em que irão assentar estas iniciativas, mencionou o responsável: económica – para promover uma economia inclusiva e sustentável; social – promovendo a redução da pobreza, o aumento do emprego e uma inclusão social; ambiental – através da proteção ambiental, alterações climatéricas e eficiência de recursos; cultural – pela promoção de uma diversidade cultural e reabilitação do património; e política – através de um entendimento de paz e segurança.

Portugal tem “consciência política da importância das viagens e do Turismo” Taleb Rifai deixou claro que “o melhor em Portugal são os portugueses” e enalteceu que “a coisa mais impressionantemente diferente” da sua visita a Portugal “é a consciência política da importância das viagens e do Turismo”, que afirma “nunca ter visto em lado nenhum, a tão elevado nível”, referindo-se a visitas que também tem feito a outros países, que totalizaram 84 nos últimos quatro anos. “Do presidente ao primeiro-ministro, ao ministro da Economia, ministro dos Negócios Estrangeiros, Secretária de Estado, toda a gente está a falar de viagens e turismo como se estivessem a falar do seu próprio domínio, da sua própria área”, evidenciou, considerando que “esta é uma questão essencial para o sucesso”. No entanto, o especialista chamou a atenção a Ana Mendes Godinho de que é necessário dar continuidade ao trabalho conjunto entre os setores público e privado.

David Scowsill concordou com Taleb Rifai e disse que nunca viu algo “comparável a isto”, onde existe “uma tremenda cooperação e colaboração entre os ministérios individualmente acerca do enfoque nas viagens e turismo”. O CEO da WTTC reconhece que Portugal está numa nova faze e admitiu que “foi maravilhoso vir a Portugal com o secretáriogeral da OMT e ver o que está a acontecer aqui em termos de reposicionamento do país”. David Scowsill afirmou que o facto do primeiro-ministro português ter sido anteriormente presidente da Câmara de Lisboa também pesa neste despertar para a importância do Turismo e demonstra que António Costa “percebe, muito profundamente, esta indústria”.


Atualidade

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Aeroporto complementar da Região de Lisboa só lá para 2021

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pós a assinatura do memorando de entendimento entre o Estado e a ANA Aeroportos, no passado dia 15 de fevereiro, no Aeroporto Humberto Delgado (AHD), para que a concessionária apresente ao governo, no prazo de seis meses, uma proposta para a expansão da capacidade aeroportuária de Lisboa, é quase certa a escolha da opção Montijo para a construção do aeroporto complementar da Região de Lisboa, opção que a ANA e a sua proprietária Vinci Airports sempre defenderam, assim como o governo admite agora ser a solução “mais rápida”. Embora ainda não seja definitiva a escolha da Base Aérea do Montijo (BAM) para a instalação do novo aeroporto complementar, a verdade é que em agosto a novidade que a ANA irá avançar na sua proposta não deverá ser diferente desta. O governo avança 2019 como o ano para o início da construção do novo aeroporto complementar, com término previsto para 2021, ou seja, dentro de mais de quatro anos. Durante a cerimónia de assinatura do memorando foi distribuído pelo governo um documento, à comunicação social, onde estavam as respostas a todas as dúvidas que podiam surgir em relação a todo este processo. Aqui podia-se ler que são sete as vantagens da BAM: “permite uma utilização simultânea com a pista principal do AHD; permite duplicar a capacidade atual, para 72 movimentos por hora e 50 milhões de

passageiros por ano, a utilização civil é compatível com o uso militar, garantido a operacionalidade da Força Aérea na região de Lisboa; é uma solução com um custo mais reduzido; é de execução bastante rápida, com previsão de abertura para 2021; tem um tempo de vida de várias décadas; e tem boa acessibilidade a Lisboa”.

Foco: companhias low cost Segundo o mesmo documento, “o aeroporto complementar do Montijo será especialmente vocacionado para a operação das designadas companhias low cost e para serviços de médio curso, tendo a pista principal condições para receber os aviões usados neste tipo de operações”, sendo que as taxas aeroportuárias deverão ser mais reduzidas. No entanto, “a pista principal do Montijo (…) terá igualmente condições para receber aviões de maior porte, em condições de contingência ou indisponibilidade temporária do aeroporto principal”, lê-se ainda. Sem ser afastada totalmente a possibilidade de construção de um novo aeroporto nas próximas décadas, o governo avança ainda que por agora um projeto dessa envergadura “representaria um investimento muito avultado, quer na construção quer nos acessos”, além de ser necessário “um tempo demasiado longo para a sua conceção, contratação e construção, pondo entretanto em causa a capacidade aeroportuária de Lisboa.

Aeroportos portugueses continuam a somar recordes Em 2016 os aeroportos portugueses receberam 44,477 milhões de passageiros, que se traduz num crescimento global de 14,2%. Embora todos os aeroportos tenham registado um crescimento em relação a 2015, foi o Aeroporto de Faro que conheceu o melhor incremento, com uma subida de 18,5%, seguindo-se os Açores com mais 18%, o Porto com uma crescimento de 16%, a Madeira com 15% e o aeroporto da capital surge na 5ª posição com uma subida de 11,7%.

Investimento será da ANA Aeroportos O investimento no aeroporto completar é ainda desconhecido, embora tanto o custo como o modelo de financiamento deverá fazer parte da proposta a ser apresentada


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Atualidade

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pela concessionária. No entanto, o governo adianta que este verá ser um projeto de “custo muito controlado”, sendo o investimento suportado pela ANA Aeroportos, que irá recuperar o montante através das receitas aeroportuárias.

No entanto, foi o Aeroporto Humberto Delgado que processou o maior número de passageiros, atingindo os 22,4 milhões de passageiros, sendo que, ao longo do ano de 2016, todos os meses foram de recordes de passageiros. A ANA investiu, em 2016, nos aeroportos portugueses 69,2 milhões de euros nas melhorias operacionais e em novas áreas comerciais, com a instalação e remodelação de novas lojas e criação de novos percursos e áreas comuns mais funcionais e confortáveis. Este ano esse processo irá continuar e a concessionário prevê investir mais 71,1 milhões de euros.

A Ponte Vasco da Gama será a principal via de acesso entre as margens norte e sul do rio Tejo, assim como entre ambos os terminais aeroportuários. Por outro lado, estão perspetivados acessos fluviais, através do terminal do Seixalinho e um outro a ser construído em Lisboa, com acesso às redes do metropolitano e rodoviárias. A ser ponderada está ainda uma ligação por via ferroviária, utilizando a Ponte Vasco da Gama. Até ao final de 2017, será ainda desenvolvido um outro estudo sobre a eventual interferência dos fluxos migratórios de aves na atividade aeronáutica da zona do Montijo.

Outras opções A par do Montijo, foram ainda estudadas outras duas hipóteses para a instalação do futuro aeroporto complementar. As infraestruturas militares de Alverca e Sintra também atraíram a atenção, embora se tivessem revelado “incapazes de satisfazer o requisito base de aumento de capacidade, devido aos conflitos e dependências como o AHD na gestão do espaço aéreo”. Sintra

e Alverca revelaram outras importantes limitações, entre as quais o terreno acidentado, sobretudo no caso de Sintra, e no pouco espaço para parqueamento de aviões em Alverca. Apesar de já ter sofridos diversas alterações, também o AHD irá prosseguir com o seu plano de expansão e modernização, para potenciar ao máximo a sua capacidade, com mais espaço para o estacionamento e circulação de aeronaves, assim como continuarão a ser melhoradas as estruturas para o acolhimento e transferência de passageiros. O memorando de entendimento foi assinado por parte do Estado pelo ministro do Planeamento e Infraestruturas, Pedro Marques, e pelo secretário de Estado Adjunto e das Finanças, Ricardo Mourinho Félix, por parte da concessionária pelo presidente do conselho de administração da ANA Aeroportos, Jorge Ponce de Leão, e pela empresa administradora dos aeroportos portugueses, a Vinci Aeroportos, na pessoa do seu administrador, Nicolas Notebaert.


Entrevista Ana Mendes Godinho, secretária de Estado do Turismo

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“A minha grande preocupação é que

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na Mendes Godinho trabalha no Turismo há anos, embora tenha assumido a pasta do setor há menos de ano e meio. Desde que tomou posse tem sido visível o seu interesse pelas mais variadas soluções tecnológicas que surjam para inovar o setor. A VIAJAR esteve à conversa com a secretária de Estado, tendo questionado a governante sobre os mais importantes assuntos que estão na ordem do dia do Turismo em Portugal e não só. Qual o balanço que faz destes 16 meses à frente da pasta do Turismo? Faço um balanço muito entusiasmante e muito entusiasmado. Como preocupação inicial identifiquei, desde logo, que era necessário mobilizar as pessoas para o Turismo, ou seja, pôr o Turismo na ordem do dia em termos de discussão pública e de prioridades de política pública, bem como mobilizar o diálogo entre os vários atores do Turismo, dos vários territórios às várias regiões, passando pelas parcerias públicas e privadas. Este é um facto conseguido e prova disso são os grupos que, neste momento, tenho no Whatsapp. Um deles agrega todas a Entidades Regionais de Turismo e Agências Regionais de Promoção Turística, onde partilhamos informação sobre o que se está a passar em todo o país. Além de ser muito interessante, permite um trabalho de coesão e diálogo permanente. Outra das minhas grandes preocupações passava por haver foco, por parte das entidades públicas, em objetivos concretos. Cabia a nós criar os instrumentos necessários para que isso pudesse acontecer. No início, chamei a isto de “chipar” as pessoas para objetivos comuns. O importante era não andar ao sabor da corrente, mas sim fixar, desde o início, os objetivos dessa corrente para que todos trabalhássemos focados e num sentido comum. Entre esses objetivos estava aumentar o valor da oferta, mas também desconcentrar a procura ao longo do território e do tempo. Penso que isso também foi conseguido e os resultados falam por si. O importante é não assumirmos fatalidades e dogmas que afinal são perfeitamente trabalháveis. Falo, por exemplo, no alargar da atividade ao longo do ano, que foi conseguida com a garantia de acessibilidades aéreas durante os 12 meses. Por exemplo, no caso do Algarve a grande maioria dos voos para Faro concentrava-se no verão. Para contornar esta situação, tivemos de trabalhar com as companhias aéreas, fazer promoções e desenvolver produto. Um outro exemplo foi a criação do Programa de Captação para


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Entrevista

não hajam estratégias autistas” Eventos e Congressos, para que, em todo o país, fossem criadas condições para que estes eventos corporativos também acontecessem fora da época alta. É muito interessante, passados estes 16 meses, perceber que 2/3 do crescimento se fez fora da época alta, o que é muito mobilizador para quem tem acreditado e feito por desenvolver produto, por criar condições de acessibilidades, por promover produtos diferentes em relação aos já tradicionais para o mercado. Particularmente, também acho que positiva foi a concretização daquilo que estabelecemos, logo desde o início, de tornar o Turismo numa atividade com capacidade de criar emprego. Pretendemos que o Turismo seja uma atividade que gera riqueza e emprego para o país, sendo ainda uma atividade de desenvolvimento regional. Outro aspeto que estamos a verificar é o facto de todas as regiões estarem a crescer. Os Açores, por exemplo, é um caso paradigmático, com crescimentos de 25%. Considera que o Turismo em Portugal está agora a tomar um rumo diferente? Só o facto da palavra “turismo” ter sido considerada uma das mais importantes de 2016 reflete bem a capacidade que o setor tem tido em se impor em termos de discurso económico, de discurso político, de discurso de prioridades, de discurso de emprego e de discurso de coesão do país. Tem sido interessante ver como o Turismo está a ser utilizado como instrumento de valorização do dito interior e a ter a capacidade de nos fazer crescer em termos de exportações. É interessante verificar que o Turismo representava, no início de 2016, 15% das exportações nacionais, tendo passado para 17% em Novembro. Se falarmos de exportações exclusivamente de serviços, o Turismo passou de um peso de 47% para 49%, o que demonstra a sua importância crescente no nosso modelo de desenvolvimento económico, mas também na tal criação de emprego que referi há pouco. Convém aqui relembrar a reposição da taxa do IVA como uma forma de alavancar uma atividade que esteve numa situação difícil, nomeadamente de tesouraria de muitos restaurantes. Tendo em conta todos os contributos recolhidos para a Estratégia do Turismo 2027, pensa que irão mesmo conseguir estabelecer uma estratégia para a próxima década e que esta irá ser cumprida? A Estratégia para o Turismo foi lançada em maio de 2016, já com objetivos muito defini-

dos, para lançarmos em discussão pública muito positivo e queria perceber o que estava aquelas que são as nossas prioridades para a acontecer por cá e como estávamos a os próximos 10 anos. Foi um processo, até fazer isto. Apresentámos-lhe o nosso projeto agora, interessantíssimo, de diálogo, que Turismo 4.0, com as iniciativas que estamos incluiu a auscultação da oferta, nacional e ina desenvolver, nomeadamente a de levarmos ternacional. Além disso, fizemos 10 sessões as startups aos mercados internacionais para públicas em Portugal, que moveram cerca de poderem vir a ter alguma capacidade de mil pessoas, incluindo operadores turísticos, entrarem nesses mesmos mercados, assim associações de trabalhadores e Entidades como lhe demos a conhecer todos os prograRegionais de Turismo. E ainda cinco sessões mas de incubação e aceleração que estamos de focous group em cinco mercados que a fazer em termos de possíveis novas starconsiderámos estratégicos e fundamentais tups. Ainda lhe mostrámos o programa que para sabermos a sua opinião em relação a estamos a lançar do “Open Kitchen Labs”, Portugal, tentando saber quais consideravam de forma a abrirmos as Escolhas de Turismo ser os pontos a trabalhar para que o nosso à inovação, para que sejam espaços onde país pudesse tornar-se mais competitivo. as pessoas possam fazer testes de novos Foram eles Reino Unido, França, Alemanha, produtos, novos métodos, novas ementas Espanha e Brasil. e novas formas de confeção de pratos. Ele Como uma das sessões públicas passou levou tudo isto como um case study e até pepara este ano, o Turismo de Pordiu para lhe enviarmos informação tugal, em colaboração com o para difundir internacionalmeu gabinete, está a fazer mente. “O Turismo agora a ponderação de O Turismo é um instruestá claramente a assutodos os contributos mento para posicionar recebidos. Tendo Portugal como um mir um rumo diferente nesta em conta que o país bom para perspetiva de ter um foco, não nosso objetivo era visitar, mas não só. se deixando ir ao sabor do vento, fazer uma consulta É um país também pública real, conbom para investir, apresentando objetivos muito consultando e tendo para viver, para cretos que, no fundo, visam que em conta todos trabalhar e para os contributos que estudar. Esta foi a seja uma atividade sustentável recebemos, apenas principal conclusão do ao longo de todo vamos conseguir fechar trabalho fantástico por o ano”. o documento para ser detrás desta estratégia. apresentado na BTL. Com todo este processo pudemos Promoção coordenada ficar a saber as dificuldades que as pessoas têm no terreno, o que os mercados pensam O secretário-geral da OMT, Taleb Rifai, de Portugal e dos seus “gaps”, em termos afirmou, durante a sua recente visita a Porde capacidade de comunicação dos nossos tugal, que apesar do país estar a passar produtos e dos nossos territórios, e recolher por uma excelente fase a nível do Turismo, um conjunto de ideias engraçadíssimas, o governo tem que estar atento para que profundas e diferentes. este estado de graça possa perdurar. O Houve aqui ideias muito inovadoras que nos que está a ser projetado neste sentido? obrigaram a sair da nossa “caixa”. Temos A minha grande preocupação é que não que olhar para o Turismo de mente aberta, haja estratégias autistas, nem mesmo as de com a sua capacidade para mobilizar várias marketing. Temos que, permanentemente, áreas e não apenas o tradicional associado. ter um contato com a nossa oferta, assim Fomos aqui buscar mecanismos para pensar como com os players e as regiões que estão o Turismo através de outras indústrias que no terrenos para ficarmos a saber o que normalmente não são associadas a este setor. temos para vender, que mercados é que nos O Turismo pode, assim, assumir uma posição interessam, como os vamos atingir e qual a de liderança na inovação e não foi por acaso estratégia a desenvolver em cada mercado. que o secretário-geral da OMT, quando Foi por isso que, em 2016, reativei uma coisa esteve de visita a Portugal, no início de que tinha sido decapitada, o CEPT [Confevereiro, pediu para lhe mostrarmos o que selho Estratégico de Promoção Turística], estávamos a fazer em termos de inovação, para garantirmos que há um diálogo entre dado que tinha um feedback internacional o Turismo de Portugal, que faz a promoção


Entrevista do destino num todo, e as várias regiões do país. Também considero que este tenha sido um objetivo ganho, dado que o Turismo de Portugal tem estado muito presente nas várias regiões, em articulação permanente com as Agências Regionais de Promoção Turística. Temos, desta forma, uma estratégia de marketing articulada nos mercados. Neste momento, para 2017, já temos aprovado um plano de marketing, concertado com as Agências Regionais de Promoção Turística, de acordo com as prioridades que foram identificadas por cada uma. Temos que nos focar, cada vez mais, nos mercados que mais nos interessam, assim como nos mercados que estamos agora a chegar e onde temos uma capacidade aérea instalada muito maior, como é o caso dos Estados Unidos e do Canadá, onde temos que ser muito mais eficazes, e da China, com a nova ligação aérea direta a partir de junho. Este voo para a China permitirá uma maior abertura de Portugal para a Ásia? Completamente e não só, dado que também estamos a acompanhar de muito perto as

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ligações via Dubai. Aproveitando o reforço de operações áreas que vão acontecer via Dubai, em julho, vou estar na Coreia do Sul. Temos que trabalhar em várias frentes, muito alinhados com as companhias aéreas, para conseguirmos atingir os mercados que nos interessam. No entanto, este voo entre Xangai e Lisboa é uma porta importantíssima e que nos obrigou, a todos, a trabalhar intensivamente, primeiro para termos a certeza de que o voo iria realmente acontecer e, segundo, por obrigar-nos a trabalhar em mercados que não estávamos a apostar. Teme que possam surgir alguns entraves nos Estados Unidos devido à administração Trump? Vamos ter que ir acompanhando a situação, à medida que esta evolui. Os primeiros sinais não apontam nada nesse sentido, pelo contrário, temos aqui um grande capital para mostrar que Portugal é um ótimo sitio para investir. Ainda recentemente no site “Live and Invest Overseas”, Portugal apareceu em primeiro lugar como o melhor país para investir e viver. Esse tem de ser o nosso foco, assim

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como de país para estudar. Estamos agora a lançar uma campanha chamada “Study in Portugal”, em conjunto com o Ministério da Ciência e do Ensino Superior, tendo identificado os mercados onde achamos que é mais importante captar alunos para virem estudar para Portugal, até porque estes alunos ficam depois com uma fidelização muito grande ao país, tornando-se um bom instrumento de promoção nos seus países de origem. No geral, e não só em relação aos Estado Unidos, há um padrão que nos permite perceber qual é a nossa força motriz e matriz: a nossa hospitalidade, a relação qualidade/ preço, o clima e a estabilidade económico/ política fazem com que sejamos o destino a não perder em 2017. Já perdi a conta à quantidade de publicações internacionais que assim nos classificam. E depois não podemos perder a alavanca do Porto ter sido eleito o Melhor Destino Europeu e temos que utilizar isso como uma bandeira de entrada no nosso país. Até ao final do ano já tinham executada 50% da linha para a qualificação da oferta. Houve mais alguma evolução? Já houve alguma evolução, sim. Tivemos 101 projetos, até ao momento, candidatados à linha, com num total de 174 milhões de euros de investimento associados. Até agora, já estão aprovados projetos no valor de 40 milhões de euros e a estimativa é que, durante o ano de 2017, a execução da linha esteja a 100%. Em termos de distribuição de projetos sentimos que se faz por todo o país, sendo muito positivo perceber que há intenções de investimento para além dos destinos tradicionais dentro de Portugal. Cerca de 60% destes projetos são de alojamento. Tendo em conta o programa REVIVE, no qual o Estado está a ceder 30 imóveis do património público a privados para a sua reabilitação e rentabilização, como se estão a processar os concursos públicos? O primeiro passo foi, num trabalho articulado com os Ministérios da Cultura, Finanças e Defesa, identificarmos os imóveis que tinham aptidão turística, que estivessem desocupados e a precisarem de ser qualificados. Foram identificados esses 30 imóveis e, neste momento, a Direção Geral do Património Cultural está a fazer um estudo prévio por cada imóvel, com identificação das suas áreas e usos que poderão vir a ter, por forma a garantir que os interessados, ao lançarem-se nestes concursos, também têm essa informação. Preparámos um dossier do investidor onde tem uma descrição de todos os imóveis, em Português, Mandarim e Inglês, para divulgação também nos mercados internacionais.



Entrevista Já os concursos de concessão irão ser lançados faseadamente à medida que venhamos a ter toda a informação recolhida. Lançámos o primeiro para o Convento de São Paulo, em Elvas, que teve apenas o Grupo Vila Galé como candidato e, mais recentemente, para os pavilhões do Parque D. Carlos I, nas Caldas da Rainha. Neste momento, estão a ser preparados os concursos relativamente a Idanha-a-Velha e a Évora. Já há investidores internacionais a demonstrarem interesse? Estamos a recolher todos os pedidos de informação e manifestações de interesse de investidores. Podemos dizer que temos muitos investidores atentos, incluindo internacionais, de nacionalidade chinesa, norte-americana, brasileira e espanhola. Ao todo, são já 143 manifestações de interesse nacionais e 31 estrangeiras, o que é muito positivo. Temos verificado que há neste projeto muita procura também por imóveis que ficam localizados no interior do país, até porque na linha Valorizar, que criámos para a valorização e dinamização de projetos turísticos no interior, identificámos uma majoração nos instrumentos de financiamento relativamente a projetos que se desenvolvessem nos territórios de baixa densidade populacional. Isto também pode ser um incentivo para os investidores.

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Curioso é verificar que os espanhóis, pegando na nossa ideia e modelo, lançaram um projeto, de menor dimensão, para os seus faróis. O Governo e a ANA Aeroportos assinaram, em fevereiro, um memorando de entendimento para a apresentação de um projeto de localização do novo aeroporto complementar da região de Lisboa. O facto de só virmos a ter a infraestrutura pronta em 2021 poderá comprometer o crescimento do turismo na Região de Lisboa? Esta é uma situação que está perfeitamente controlada. O Governo já demonstrou a capacidade de antecipar o problema e de tomar decisões quando as é preciso tomar. Importante é que todos os agentes dos Turismo se concentrem no essencial e não comecemos a dispersar. Mais uma vez, temos que nos focar no que é essencial e o que é essencial é termos capacidade aérea competitiva ou, caso contrário, saímos do mercado. Temos é que andar à frente da procura e não atrás.

Relação de diálogo Este Governo tem preconizado a ideia da descentralização turística. Como têm desenvolvido o vosso trabalho junto das ERT e ARPT? E como vê o trabalho individual destas entidades?

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Assumi, desde o início, uma necessidade de diálogo permanente quer com as ERT quer com as ARPT. Só em 2016, tive 108 deslocações ao terreno e isso tem sido muitíssimo enriquecedor, para assim poder perceber os problemas existentes através das pessoas, identificar os pontos fracos e fortes do que está a acontecer no território e trabalharmos em conjunto para encontrarmos soluções. As Entidades Regionais de Turismo são as entidades-chave, gestoras dos destinos. Todos sabemos que o Turismo é uma atividade transversal que precisa de todas as outras áreas que o circundam, desde os transportes, educação, cultura, ensino superior, entre outros. E são as ERT que têm o papel fundamental de articulação dos vários players regionais. Aliás, têm até sido usadas, quer pelo primeiro-ministro quer pelo ministro Eduardo Cabrita, como um exemplo de regionalização bem conseguido. Sempre demonstraram que têm uma grande capacidade de implementação no terreno e uma mais-valia de proximidade à oferta. São os chamados DMO [Destination Marketing Organization] e têm que se assumir cada vez mais nesse papel. São elas, em primeira linha, que têm que estruturar o produto para que seja comercializável e vendável. É assim importante a sua articulação com as ARPT e com o Turismo de Portugal, relação que tem funcionado bastante bem.


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Na presença internacional, tem havido uma fortíssima articulação entre o Turismo de Portugal e as ARPT, no sentido de garantirmos uma imagem comum de Portugal, alimentada pelas várias regiões e pelos produtos que os vários territórios têm para oferecer. A presença internacional que temos tido nas feiras tem tido um sucesso imenso, principalmente devido a esta forte articulação. Até 1 de julho do próximo ano terá de transpor para a lei portuguesa a diretiva comunitária das viagens organizadas. Como estão a coordenar este trabalho com a APAVT e a DECO? A APAVT esteve a trabalhar em conjunto com a DECO e apresentou-nos uma proposta. O Turismo de Portugal está agora a trabalhar sobre essa “O Turismo é um proposta e a identificar as instrumento para posicionar várias questões que estão em presença, além de Portugal como um país bom para estar a acompanhar a visitar, mas não só. É um país também transposição da diretibom para investir, para viver, para trabalhar va nos outros países. e para estudar. Esta foi a principal conclusão Não vale a pena sermos pioneiros quando do trabalho fantástico por detrás desta não se justifica, até estratégia [ET27]. Conseguimos ficar a porque o mercado é perceber que o Turismo é muito mais cada vez mais global e do que aquilo tradicionalmente interessa também termos soluções que se compagia si associado”. nem com o resto da Europa. Estamos, por isso, a trabalhar articuladamente com a APAVT, a DECO O presidente do Turismo de Portugal e o Turismo de Portugal no sentido de irmos disse, em entrevista à VIAJAR, em dezemencontrando as melhores soluções. bro último, que o Alojamento Local (AL) “já não era mais um problema”. Tendo Para quando a conclusão da proposta de em conta as constantes “queixas” dos revisão do RJET? hoteleiros, sobretudo ao nível da falta de Tenho a proposta concluída. Fiz um trabalho fiscalização destas unidades, concorda articulado com o Ordenamento e com as com esta afirmação? autarquias locais, além de ter começado por Sim, concordo com essa afirmação, até pedir o contributo das associações do setor porque o AL teve a capacidade de posicionar para que me enviassem algumas sugestões, Portugal, trazendo até nós mercados que embora só tenha recebido de apenas uma nunca tinham vindo. É, por isso, um segmenassociação. Agora, a proposta irá para conto importantíssimo na nossa oferta. sulta das associações. Já se percebeu que há espaço para todos, O objetivo número um desta proposta passa embora seja fundamental garantir que toda por simplificar a instalação de empreendia oferta está dentro do mercado. Uma das mentos turísticos em edifícios que já existam, minhas grandes preocupações, desde o para que o turismo continue a ser um instruinício, em parceria com a ASAE, passa por mento de reabilitação. desencadear processos de verificação online A proposta que temos em cima da mesa das unidades que estão nas plataformas de é para que seja criado um mecanismo de comercialização sem estarem registadas e articulação entre as várias entidades com agilizar o processo para que passem a fazer competência para dar pareceres no âmbito parte do mercado. dos empreendimentos turísticos que sejam Foi ainda feita uma correção a nível fiscal fora do perímetro urbano. No fundo, obrigar para evitar a distorção que existia entre o todos as sentarem-se numa mesma mesa regime de tributação do arrendamento e e decidirem, num só momento, o que é o regime de tributação do AL, em que os possível, como é possível e em que timings proprietários de unidades de AL tinham de é possível. pagar um imposto de 5%, o que era clara-

mente distorcido face ao esforço de qualquer outra atividade profissional ou até mesmo em tratamento de impostos de rendimento. O AL passa agora a pagar uma taxa implícita de cerca de 10%, o que ainda torna este segmento muito competitivo, traduzindo-se num esforço de todos em contribuirmos para a situação fiscal do país. A minha grande preocupação tem sido trabalhar, cada vez mais, no sentido da qualificação, num trabalho conjunto com a ASAE, ALEP e AHRESP, até para garantirmos que o que está no mercado cumpre as regras de segurança e higiene, entre outras. Não posso deixar de destacar os prémios que os hostels portugueses já ganharam e isso é também um ponto de diferenciação, que nos deve deixar a todos orgulhosos.

Encontro entre startups e indústria tradicional Lançou, no final do ano passado, um repto aos empresários e associações do setor para a formação do Centro de Inovação do Turismo. Em que consiste exatamente este projeto e em que ponto se encontra? Neste momento, estou a preparar a criação de um grupo de trabalho para definir o


Entrevista

modelo jurídico deste centro, os requisitos necessários para quem quiser ser associado e as competências que virá a ter. O grande objetivo deste centro é que seja uma plataforma de encontro entre a inovação, as startups do turismo e a indústria tradicional. Pretende-se ainda que seja uma plataforma de encontro entre empresas que normalmente não estão no Turismo, desde empresas tecnológicas a instituições financeiras. Assim, poderemos antecipar, de forma sistemática, tendências e testar produtos, pondo a indústria tradicional a lançar desafios às startups para que estas trabalhem no sentido de responderem às suas necessidades. Na promoção digital, ainda não conseguimos dar o salto para a colocarmos ao serviço dos produtos do território e das empresas do Turismo. Quero criar aqui um espaço, uma plataforma, talvez de dados abertos,

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para gerar mecanismos sistemáticos que nos garantam que estamos a conseguir ter conteúdos permanentes nos territórios, para que o Turismo de Portugal, através da sua promoção digital, os use cada vez mais e da melhor forma. O Centro de Inovação pode ser um ótimo espaço para isso. Este é um instrumento também para execução da Estratégia para o Turismo 2027.

para sentir que é valorizado pelo que faz. Estamos a fazer muito em termos da formação e da qualificação dos recursos. O Turismo de Portugal fez um trabalho espantoso, que a OCDE reconheceu recentemente, no sentido de trabalhar com os stakeholders para identificar as necessidades de formação e a necessidade de revisão dos curricula para responder quer aos desafios do presente quer aos desafios do futuro. Tendo em conta o momento positivo que Em termos de promoção, o grande desafio o Turismo vive em Portugal, quais são os é sermos mais eficazes, principalmente nos grandes desafios para este ano? mercados que estamos a descobrir, desde Em primeiro lugar, como grande desafio, colologo na China, Estados Unidos e Canadá. caria a valorização dos recursos humanos no Devemos ser ainda mais eficientes nas Turismo. É uma área em que todos nos temos formas de como usamos os nossos recursos de comprometer e responsabilizar. Se toda nestes mercados, para atingirmos aqueles a gente diz que o fator-chave do sucesso de que são os objetivos de promoção. Portugal são os portugueses, então temos E ainda um outro projeto que tem a ver com que ser consequentes com isso e mobilizar, o território, exemplar em termos de concercada vez mais, quem trabalha no Turismo tação e articulação, que é o “Portuguese Trails”, de passeios a pé, bicicleta e cavalo. Este é um projeto de promoção de Portugal como país de caminhos, mas que exige a reestruturação do produto. Tem de haver uma articulação entre o Turismo de Portugal, as Entidades Regionais de Turismo e as Câmaras Municipais, para garantirmos que temos produto “Há um padrão com um propósito único… que nos permite perceber vender. Tem que ser um qual é a nossa força motriz e projeto estruturado com uma mensagem e sinamatriz: a nossa hospitalidade, a lética comuns, vendável relação qualidade/preço, o clima e junto dos operadores. a estabilidade económico/política Este ano, tendo em conta fazem com que sejamos o os “Portuguese Trails”, e porque se comemora o destino a não perder em Centenário das Aparições de 2017”. Fátima, iremos arrancar com o projeto piloto dos Caminhos de Fátima, algo que já se falava há décadas, mas que ainda ninguém tinha conseguido implementar. Iremos mostrar que é possível criar um projeto transversal a abranger todo o território e, digo mais… já nem sei se é um milagre (risos), mas que mostra que o impossível nem sempre é impossível. Por último, o Turismo tem que ser um instrumento eficaz de captação de investimento estrangeiro e tenho, por isso, durante este ano, um roadshow internacional intensíssimo para a captação desse investimento. Começámos pela Índia, em fevereiro, e China, em Março, onde aproveitámos para inaugurar o Galo de Barcelos da Joana Vasconcelos, que irá estar a fazer a promoção de Portugal em Pequim. Agora, iremos seguir para Cuba, em Maio, Estados Unidos e Canadá, em Junho, Coreia do Sul, em Julho, embora ainda haja outros destinos em aberto. Por Sílvia Guimarães



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Players antecipam novidades A VIAJAR decidiu lançar, este ano, um desafio a vários players do setor que irão marcar presença em mais uma edição da BTL – Bolsa de Turismo de Lisboa. Entre representações turísticas, regiões de turismo, grupos hoteleiros, tour operadores, companhias aéreas e de cruzeiros, várias foram as vozes que responderam a um pequeno inquérito, onde colocávamos apenas três questões: Que novidades irão apresentar durante a edição de 2017 da BTL? Quais as perspetivas que têm em relação a esta edição? Para a vossa empresa a BTL é uma feira fundamental? Conseguem fazer negócio ou conta mais pelos contatos que poderão surgir? Rodolfo Faustino, coordenador do Turismo de Macau em Portugal

Incentivar a imagem de Macau como destino turístico de excelência

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grande novidade apontada por Rodolfo Faustino no stand deste ano Turismo de Macau, na BTL, que ficará situado no Pavilhão 3, será a possibilidade dada aos visitantes, profissionais e público, de tirarem uma selfie com seis fundos temáticos diferentes de Macau. Por outro lado, a representação daquele território chinês irá acelerar, uma vez mais, no Circuito da Guia através de um simulador de um carro de Fórmula 3, além de virem a ter a presença da sempre disputada caligrafia chinesa e ainda de danças chinesas apresentadas por um grupo de estudantes de Macau. Em termos de produto, “vamos incentivar a imagem de Macau como destino turístico de excelência, realçando o atual slogan promocional «Sentir Macau ao Seu Estilo». Claro que a multiculturalidade, a gastronomia, as novas ofertas hoteleiras e de entretenimento estarão também presentes”, revelou o coordenador. Além disso, irão divulgar “a crescente impor-

tância do turismo religioso em Macau onde, desde 1929, se realiza anualmente uma procissão em honra de Nossa Senhora de Fátima, a 13 de Maio, uma das procissões mais antigas fora do território português, com milhares de participantes e espetadores”, referiu. Nesta BTL Rodolfo Faustino espera “ampliar e reforçar sinergias”, não só com os diversos parceiros que estarão presentes na feira, mas também com os visitantes. Logo, “aumentar a visibilidade e o interesse por Macau como destino, não só de férias, mas também de negócios, de feiras e congressos... e também de porta de entrada para toda a região em que Macau está inserida, a China em primeiro lugar, mas depois todo o sudeste e nordeste asiático, para onde há voos diretos a partir do Aeroporto Internacional de Macau”, evidenciou. De acordo com Rodolfo Faustino, estarem presentes na mais importante feira do turis-

mo português “torna-se muito importante para o Turismo de Macau”, dado ser um espaço onde podem desenvolver as mais diversas iniciativas, dado que “Macau é, cada vez mais, procurado e as parcerias são sempre bem-vindas”.

Miguel Quintas, diretor geral da Parcela Já

Dar a conhecer a marca e apresentar novas soluções de pagamento

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Parcela já vai aproveitar a BTL para “apresentar um modelo novo de venda a prestações, em que o custo da operação será suportado pelo cliente final e queremos ter pronta uma outra solução que permitirá ao cliente pagar em seis meses no seu cartão de crédito”, revelou Miguel Quintas. Como estão numa fase de lançamento do produto e de novos serviços, o grande objetivo do especialista é “dar a conhecer a marca Parcela Já” na feira, além de transmitir a “mais-valia que pode trazer para as agências de viagens e o seus clientes, que é a facilidade de poderem parcelar o pagamento das suas viagens”. Para Miguel Quintas, “a BTL é o ponto de encontro do “trade” em Portugal”, por isso, na sua opinião, “não estar significa perder uma oportunidade única de encontrar, num único local, os clientes e fornecedores com quem interagimos durante todo o ano”.


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Pedro Machado, presidente da Turismo Centro de Portugal

Diogo Julião, diretor geral da Abreu online

Feira vai beneficiar com alteração de datas

Um desafio de inovação e reinvenção para causar o efeito surpresa

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Turismo Centro de Portugal afirma que encara, tradicionalmente, a sua participação na BTL “como um desafio para inovar e se reinventar”, tentando provocar o “efeito surpresa”. No fundo, pretende que o seu stand “seja sempre uma personificação do seu propósito de consolidação e de aumento de notoriedade da sua marca”. Esta tem sido a estratégia desde há dois anos a esta parte, sendo que “a maior novidade da edição de 2017 será dar mais protagonismo ao produto turístico, em particular, «Cultura, História e Património», assente nas suas bases territoriais, ou seja, nas suas Comunidades Intermunicipais”. Desta forma, “cada uma delas terá mais protagonismo na apresentação dos seus produtos turísticos e idiossincrasias, como forma de afirmar que o «Centro» é muito mais do que a «soma» das partes que o constitui”. Segundo Pedro Machado, “trata-se de um território diverso, multifacetado e que procura construir, em conjunto, uma imagem forte e coerente, capaz de traduzir o manancial imenso de boas experiências a quem o decide visitar. O desafio será o de influenciar, decisivamente, o turista nessa decisão”. Quanto às perspetivas que têm em relação à edição deste ano, “as expetativas são elevadas, em particular, atendendo a que a AIP perspetiva para este ano «a melhor BTL de sempre»”. A Centro de Portugal pretende “assinalar, de forma inequívoca, a sua presença, tanto nos dias dedicados a profissionais, como ao público em geral”. Para Pedro Machado, a BTL é uma feira que “tem vindo a assumir e a consolidar, ao longo das suas diferentes edições, quatro papéis fundamentais: É uma «montra» – dado que permite trabalhar aspetos fundamentais, no que respeita ao marketing dos destinos, tais como, identidade, visibilidade e notoriedade (nacional e internacional); É um espaço de avaliação de mercado(s) – em particular, dos mercados concorrentes (a um nível, mais específico, das empresas e empresários; ou atendendo a uma perspetiva mais abrangente e global, ao nível dos destinos); É um espaço de networking – reunindo, anualmente, um conjunto de atores-chave ligados ao trade – tanto do setor público, como do privado –, que viabiliza a troca de ideias, de perspetivas e de experiências, e que culmina muitas vezes em ideias de projeto e de negócio bem-sucedidas; É um espaço de recolha de informação e dados específicos sobre os turistas, possibilitando informações atuais e realistas sobre o seu perfil – insubstituíveis e basilares na definição de estratégias”.

Abreu online vai apresentar durante a BTL vários produtos que, todos os dias, integram a Plataforma de Reservas, ficando disponível aos seus clientes em todo o mundo. “Esse produto tanto assenta em oferta hoteleira como em outros serviços terrestres de transfers ou tours, entre outros, e serve de base para as diversas reuniões já agendadas com clientes e potenciais clientes”, explicou Diogo Julião. “Acredito que o setor vá à BTL com um sentimento positivo em relação à performance deste ano. Há já alguns anos que, de uma forma geral, o Turismo cresce ininterruptamente e Portugal não é exceção, verificando bons resultados desde há três anos. Isto é muito positivo para o estabelecimento de negócios e relações comerciais, dando um novo elo e uma atitude mais positiva quanto ao futuro, face ao bom momento e à maior confiança na economia turística”, referiu. Por outro lado, Diogo Julião aposta a alteração de datas da feira como algo positivo. Na generalidade, o responsável afirma que as feiras, incluindo a BTL, servem para fazer negócio e potenciar contatos.

Fernando Bandrés, diretor Operacional da Soltrópico

Campanha de reservas antecipadas irá refletir-se na BTL

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urante a BTL as agências terão acesso à tradicional campanha de reservas antecipadas, intitulada Escaldão, da Soltrópico, que contempla “os principais destinos da operação charter, mas que este ano se estenderá a outros destinos do portfolio” do tour operador. Fernando Bandrés confessa que as expetativas para a edição deste ano são “as melhores”, até por notam “uma antecipação na compra”, que acreditam “se irá refletir nas vendas durante a BTL”. Dado que este é um certame com “uma importância crescente para as agências de viagem que, como nossos clientes, temos de apoiar com as melhores condições comerciais. Tem-se notado um acréscimo nas vendas durante este período”, demonstrando que a venda em feira tornou-se importante para os resultados do tour operador.


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Ana Rodrigues, coordenadora do Gabinete de Marketing & Comunicação da SATA – Azores Airlines

Museu itinerante dá a conhecer os 75 anos da companhia

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Jorge Alves, diretor geral da Turangra

Proximidade com os agentes de viagem do Continente

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Turangra vai aproveitar a ocasião para apresentar toda a sua programação para 2017. Além disso, Jorge Alves adianta que irão “fazer uma pequena apresentação para os agentes de viagem no stand dos Açores”. Como afirma que a BTL, nos últimos anos, “tem tido resultados muito positivos”, diz-se “otimista” em relação as esta edição. “Por estarmos sediados nos Açores, e apesar de termos uma equipa comercial no continente, sentimos que a BTL é uma feira que nos permite ter maior proximidade com as agências de viagem. Também um excelente espaço para promover o destino Açores, que tem suscitado mais interesse junto do turista nacional​, mas também na crescente presença do trade internacional, que nos visita através do programa hosted buyers”, concluiu.

remiado, na edição de 2016 da BTL, com uma Menção Honrosa Nacional por ter apresentado o “Melhor Stand BTL”, com o stand da Azores Airlines, o Grupo SATA, por comemorar este ano 75 anos de existência e por ser a companhia aérea portuguesa mais antiga, “vai ter um espaço dedicado à sua história na BTL 2017”. Os visitantes poderão passar pelo “museu itinerante que descreve o percurso histórico da empresa através de vários instrumentos antigos e peças únicas da companhia aérea açoriana e irá estar, em conjunto com o espaço comercial da SATA, em destaque no Pavilhão 3”, adiantou Paulo Menezes. E como em ano de aniversário não pode faltar o tão esperado bolo, “além de diversas animações por grupos parceiros da SATA, haverá permanentemente bolo de aniversário no espaço do grupo”, disse. Na edição da Bolsa de Turismo de Lisboa, que agora vai iniciar, Paulo Menezes espera, acima de tudo,

“muitas visitas” ao espaço da Azores Airlines, “por ser diferente do que habitualmente uma companhia aérea apresenta na BTL e, claro, muitas vendas”. O Grupo SATA tem vindo “a apostar na BTL, já há muitos anos, numa parceria estreita com a Associação de Turismo dos Açores”. Considera ser “um certame de grande importância para os Açores, em especifico, e para Portugal, em geral, e uma referência incontornável no importante setor do turismo”.

Caetano Pestana, diretor de Relações Exteriores da euroAtlantic airways

Divulgação de novas classes e sistemas de entretenimento

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euroAtlantic airways volta a focar na BTL a “divulgação no upgrade das cabines dos seus B767-300ER (registo TK) com novas C class, novas Y class e novos sistemas de entretenimento ultra modernos”, revelou Caetano Pestana, dizendo ainda que embora este ano venham estrear novos fardamentos estes não poderão estar expostos na feira, por estarem ainda em produção.

Durante o evento, “a euroAtlantic airways e a sua participada STP AIRWAYS, esperam aumentar o número de reuniões corporate e o volume de negócio. Próximo ao consumidor final os objetivos passam por divulgar a oferta para a Guiné-Bissau e São Tomé e Príncipe”, deixou presente, enaltecendo que “ambas as companhias têm ajustado a sua operação à realidade do passageiro com origem em África, permitindo viagens com generosos 60 ou 80 kg de bagagem, consoante as classes”. Para Caetano Pestana “a BTL é uma feira importante, está mais industrializada e profissionalizada, e atrai cada vez mais buyers internacionais”. O facto de “Portugal estar na moda” é apontado pelo responsável como um fator que “favorece a vinda do trade e jornalistas especializados”.


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Consuelo Arias Hernández, diretora de Comunicação Externa da Iberia

Promoção dos voos para Tóquio, Xangai e Joanesburgo

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Gonçalo Rebelo de Almeida, administrador da Vila Galé Hotéis

Promover os novos projetos do grupo e incentivar a venda antecipada

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Grupo Vila Galé vai optar, nesta edição, por forcar a sua comunicação nos novos projetos que o grupo Vila Galé está a desenvolver em Portugal e no Brasil: Vila Galé Porto Ribeira, Vila Galé Sintra, Vila Galé Braga, Vila Galé Elvas e Vila Galé Touros. Por outro lado, Gonçalo Rebelo de Almeida afirma que irão também comunicar alguns dos novos serviços em que estamos a apostar, “como os casamentos na Vila Galé, os conceitos gastronómicos, as festas de aniversário para crianças e o turismo equestre”. Além disso, sobretudo nos dias em que está aberta ao público, a presença na BTL contribui para “incentivar a compra antecipada de férias por parte dos consumidores portugueses e para divulgar a marca e os 27 hotéis do grupo. Em destaque estarão também o azeite e os vinhos Santa Vitória, com todas as suas gamas (Versátil, Santa Vitória e Inevitável) expostas”, referiu. Com “boas perspetivas” em relação a esta BTL, e “tendo em conta que Portugal continua a ser o principal emissor de clientes para as unidades da Vila Galé no país”, o responsável acredita que “a BTL é um momento fundamental no contato com este mercado”.

espanhola Iberia é uma das companhias aéreas estrangeiras a marcar presença na BTL, no entanto sem stand próprio. A Iberia optou este ano por se apresentar no stand da APAVT e ainda no stand da Delegação Oficial de Turismo do Japão. “Entre as novidades que apresentaremos, destaque para a nossa nova classe Premium Economy, assim como os novos voos que unem Portugal e Toquio, via Madrid, e a programação da Iberia em Portugal durante a época do verão de 2017”, adiantou Consuelo Arias Hernández. Por outro lado, durante a feira, a transportadora tenciona promover ainda destinos com Xangai e Joanesburgo, este último de grande importância para os clientes portugueses da Iberia. A BTL é para nós uma feira muito importante, onde está presente grande parte do setor turístico de Portugal, assim como os destinos preferidos dos viajantes portugueses. É muito útil para estreitarmos laços com as agências de viagens nacionais e dar-lhes a conhecer as novidades da Ibéria”, terminou.

Pedro Ribeiro, diretor de Vendas e Marketing da Dom Pedro Hotels

Aquisição dos campos de Golfe de Vilamoura em grande destaque

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aquisição dos campos de Golfe de Vilamoura pelo grupo Dom Pedro é a grande novidade que a Dom Pedro Hotels vai trazer à BTL 2017, com “o devido destaque á integração deste produto no grupo”, adiantou Pedro Ribeiro. Como já vem sendo habitual, edição após edição, o grupo hoteleiro irá ainda realizar a Dom Pedro Party – Please Disturb, que irá já para a sua 15ª edição, e terá lugar no dia 15, primeiro dia do certamente, no Main Club, após as portas da FIL encerrarem. Segundo Pedro Ribeiro, “a BTL irá acompanhar o crescente interesse do mercado pelo destino Portugal. Teremos assim um aumento da presença de canais de distribuição internacionais dos mais variados segmentos. Esperamos ainda que a melhoria do programa de Hosted Buyers continue a tornar a feira cada vez mais atrativa”. Justificando esta feira como o “evento de promoção e comunicação de Turismo em Portugal”, o diretor de vendas garante que é “fundamental a presença da Dom Pedro Hotels de forma a desenvolver «relacionamento» com os vários segmentos, canais de distribuição e mercados presentes na feira”.


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Jorge Lopes, Minor’s Head of Commercial for Europe and South America

Abertura e renovação de novas unidades 2017 ser um ano repleto de novidades no portefólio da Minor Hotels em Portugal e no Brasil, e são várias as novidades que o grupo hoteleiro vai levar à BTL. Para começar, Jorge Lopes faz referência ao facto do grupo ir abrir, no Algarve, em Abril, o primeiro hotel Anantara na Europa. “Trata-se de um operador líder no desenvolvimento de hotéis de luxo, resorts e spas, que vai ocupar o antigo Tivoli Victoria”, esclareceu. Dentro de aproximadamente dois meses, irão abrir também o primeiro AVANI na Europa. “O AVANI Avenida Liberdade, localizado em pleno centro da capital, que vai surgir no antigo Tivoli Jardim, após uma remodelação avaliada em 1,5 milhões de euros”, disse. O Tivoli Carvoeiro vai reabrir no dia 1 de abril, “requalificado como hotel de cinco estrelas, com uma nova decoração contemporânea e descontraída, com muita luminosidade e espaço, em perfeita sintonia com a paisagem circundante”. Já o Tivoli Avenida Liberdade, que está também a ser renovado, “vai abrir no mês de abril um novo capítulo na marcante história do hotel, que há mais de 80 anos é um dos pontos de encontro da elite nacional e internacional”. Por fim, no mercado nacional, “a Tivoli Hotels & Resorts inaugura, já no início do mês de junho, o Centro de Congressos do Algarve, Vilamoura, situado nas imediações do Tivoli Marina Vilamoura, com uma localização altamente privilegiada, junto à Marina e à praia”. Do outro lado do atlântico, no Brasil, o Tivoli Ecoresort Praia do Forte tem um novo complexo de piscinas, com 1.350m² e 20 espreguiçadeiras duplas dentro de água. “A piscina é agora voltada para o mar e apresenta uma inspiração oriental”, avançou. Por tudo isto, Jorge Lopes assegura que as perspetivas para a BTL são “muito elevadas”, já que esta “é também uma plataforma extraordinária para chegar, de forma eficiente, a parceiros e clientes”.

Eduardo Cabrita, diretor geral da MSC Cruzeiros em Portugal

Novos destinos e navios em promoção

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MSC Cruzeiros garante que serão muitas as novidades que irá apresentar nesta edição da BTL, quer de destinos, novos navios e promoções para o cliente final. A empresa “terá disponível mais de 400 cruzeiros selecionados, inseridos em duas promoções, para novas reservas, em partidas do Verão 2017, para Cuba e Caraíbas, Norte da Europa e Mediterrâneo, com a oferta do pacote de Bebidas Tudo Incluído 24h, com bebidas ilimitadas 24 horas, e em outros cruzeiros, a oferta do pacote de Bebidas às Refeições, com bebidas ilimitadas às refeições, sendo ainda possível um upgrade para o tudo incluído por um valor especial”, avançou Eduardo Cabrita. Um dos grandes destaques da MSC Cruzeiros para esta BTL serão “os cruzeiros em Cuba e a presença do MSC Opera ao longo de todo o ano, a realizar também no Verão cruzeiros de 8 dias com partidas de Havana e com a oferta do tudo incluído. Após a temporada de Inverno com a presença de dois navios, a MSC Cruzeiros terá o MSC Opera nos meses mais quentes – de Abril a Novembro de 2017 – a fazer cruzeiros com escala em Montego Bay, na Jamaica, George Town, nas ilhas Caimão e Cozumel, no México. Alternadamente o navio estará a realizar um itinerário diferente fazendo escala na Cidade de Belize, em Belize, na Isla de Roatan, nas Honduras, na Costa Maia, México e ainda na Isla de La Juventud, em Cuba. Sempre com dois ou três dias em Havana antes da partida, os clientes terão assim a possibilidade de descobrir todas as maravilhas da ilha utilizando o navio como hotel”. Outro dos navios inseridos, com partidas selecionadas, na campanha tudo incluído será o MSC Magnifica que “estará a realizar cruzeiros pelos Fiordes da Noruega e Capitais Bálticas, realizando três itinerários diferentes de 8 ou 12 dias pelas magníficas paisagens do Norte da Europa”. Por outro lado, “a MSC Cruzeiros terá também disponível durante a feira a oferta do pacote Bebidas às Refeições em partidas selecionadas pelas Caraíbas, Norte da Europa e Mediterrâneo. Serão muitos os navios com esta campanha, incluindo o MSC Meraviglia, o novo navio de próxima geração da MSC Cruzeiros que será entregue em Junho e que passará por Lisboa na sua viagem inaugural”, referiu. Eduardo Cabrita aproveitou para evidenciar que “a MSC Cruzeiros está presente na BTL desde que abriu os seus escritórios em Portugal”, dado que considera “ser determinante” para o seu “posicionamento enquanto marca de cruzeiros a crescer no mercado português”.



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Fátima Vila Maior, diretora de área de feiras da FIL responsável pela BTL

“A oferta, nomeadamente no destino Portugal, está em grande”

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BTL este ano terá várias novidades. Entre algumas mexidas a nível de exposição nos diversos pavilhões até ao regresso das tasquinhas ao Pavilhão 4, a Bolsa de Turismo de Lisboa está a apostar cada vez no programa de hosted buyers e prepara-se para lançar, pela primeira vez, o BTL Village, onde os interessados poerão reunir-se, à mesa de almoço, com clientes e fornecedores. A Viajar esteve à conversa com Fátima Vila Maior e contamos-lhe todos os pormenores do certamente deste ano.

Viajar – A BTL este ano vai apresentar um novo formato. Quer explicar um pouco que conceito é este? Fátima Vila Maior – Nos últimos anos, o número de empresas presentes na BTL tem aumentado, ainda que o número de metros quadrados por empresa tenha diminuído. Já passámos a fase dos grandes stands, com mais de 72m2, à exceção dos institucionais do pavilhão 1, dado que as empresas tentam posicionar-se de forma a tirarem a maior rentabilidade da feira, na maioria em stands de apenas 30m2. Foram estas alterações que nos levaram a modificar um pouco a estrutura da feira. Considerando que o programa de hosted buyers “A novidade é uma alavanca muito deste ano do programa grande para o destino tem a ver com o facto de os Portugal, no Pavilhão hotéis participantes no programa 2 tivemos que colocar primeiro os poderem convidar clientes seus municípios, seguinpara o próprio programa, embora do-se o alojamento mediante o cumprimento de certas e, no final, o lounge regras, como será o caso de dos hosted buyers. na feira, assim como realizarem seis reuniões por O Pavilhão 3 é o único uma seleção reduzida dia na feira”. que não terá grandes das conhecidas tasquialterações e será dedicado nhas. Ao contrário do ano aos destinos internacionais. passado, este ano não iremos Por último, a gastronomia, que ter street food. O nosso objetivo é estava no Pavilhão 2, e face ao crescimento termos algo mais representativo da gastroque tivemos dos setores da hotelaria e das nomia nacional, sem que seja uma mostra. câmaras municiais, teve que passar para o A própria dinâmica da feira levou a que no Pavilhão 4. Pavilhão 1 ficasse ainda a Feira da EmpreEste ano a área da gastronomia terá uma gabilidade, uma iniciativa que vamos levar a filosofia um pouco diferente. Não queremos cabo pelo segundo ano em parceria com o transformar a BTL numa feira também de Fórum Turismo 2.1., e que nos fez transmostra gastronómica. Optámos por escolher portar o grande auditório da feira para o PT quatro dos mais prestigiados restaurantes Meeting Center da FIL, que ficará ligado aos que costumam marcar presença habitual pavilhões por um túnel.

E este ano vão ter pela primeira vez a BTL Village? Esta é uma iniciativa dirigida às empresas que estão na feira e querem continuar o seu networking durante a refeição do almoço. Com a redução cada vez maior do espaço dos stands é importante que as empresas saibam que têm um espaço alternativo para poderem conversar mais e melhor com os seus clientes. Por outro lado, a BTL Village é dirigida também para aquelas empresas que trabalham com ou para o Turismo mas que não têm necessidade de estarem presentes com um stand próprio no certame. É o caso de companhias de seguro, de entidades bancárias ou outras empresas prestadoras de serviços.


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Esta é uma área que vai funcionar das 12h às 16h, entre os pavilhões 1 e 2, para que as empresas aderentes, à volta de uma mesa, possam fazer um pouco de networking com clientes ou fornecedores. O aumento do número de empresas presentes na BTL demonstra que a crise já está ultrapassada? Não, não significa que a crise já esteja ultrapassada. Significa que a oferta, nomeadamente no destino Portugal, está em grande. Todos tínhamos a perceção que a oferta turística em Portugal há alguns anos era bastante inferior ao que é hoje. Começámos a ter, por exemplo, uma hotelaria mais diversificada, quer nas grandes cidades quer no interior, que vieram dar uma nova dinâmica ao setor. Como se sabe, cada vez mais, a diferenciação do produto turístico está na criação de conteúdos, que ajudam a criar um destino diferenciador. Nesta BTL iremos ter cerca de 1200 empresas presentes, algumas inseridas nos stands das entidades regionais e, por outro lado, iremos ter empresas DMC’s presentes no stand da APAVT e que antes optavam por não participar, sobretudo por não terem o que apresentarem nos dias da feira para o público em geral. E nos destinos internacionais, vamos encontrar novas representações? A Colômbia e a Argentina vão estar presentes pela primeira vez, já a África do Sul vai retornar. Não tem sido fácil atrair novos destinos para a BTL, porque não nos podemos esquecer que Portugal tem pouco mais de 10 milhões de habitantes, com um PIB per capita baixo. Todos os países têm os seus planos estratégicos de promoção e existe um grande conjunto de informações que os vai ajudar a decidir onde irão marcar ou não presença, com um grande ou pequeno stand. Interrogo-me, por exemplo, o por quê do México não estar presente, dado que é um dos destinos mais procurados pelos portugueses nas Caraíbas. Por outro lado, temos outros destinos tradicionais das Caraíbas que nunca nos abandonaram. É o caso da República Dominicana e de Cuba. Não é fácil conseguirmos convencer um destino a participar na BTL quando, por exemplo, não temos voos diretos. Por contraponto, o Brasil opta por ter uma participação muito básica na Fitur e torna a sua presença na BTL a maior de uma feira da Europa. Aqui não participa “Não tem sido apenas a Embratur, mas também diversos fácil atrair novos destinos Estados brasileiros, para a BTL, porque não nos que optam por podemos esquecer que Portugal estar presentes tem pouco mais de 10 milhões de individualmente habitantes, com um PIB per capita e alguns com baixo”. grandes stands.

“Os números de entradas de turistas dos primeiros dez meses de 2016 são muito positivos, 1,75 milhões, o que supõe um aumento de 14,9%. Estes dados confirmam a recuperação de um mercado emissor maduro, fiel e satisfeito com o destino. Os dados que nos chegam do Banco de Portugal e de outros estudos, aos quais temos acesso, faz-nos estar otimistas com relação ao fecho do ano. Acresce que a época de férias natalícias é um período em que os portugueses aproveitam para nos visitar e usufruir da temporada de neve”.


Antevisão

Tendo em conta uma maior aposta da TAP e da Azores Airlines no mercado dos Estados Unidos da América, é certa a sua presença na feira? Os Estados Unidos é um país a que estamos decididos a que participe na feira e para isso estamos a contar com o apoio da TAP. Confesso que não tem sido fácil e é um dos nossos desafios para o ano que vem, sobretudo agora com a grande aposta naquele mercado da companhia aérea de bandeira portuguesa. Este ano não iremos ter uma representação oficial, apenas irá marcar presença um tour operador que vende, principalmente, Miami e Disney World. O que vos levou a pensar na China para destino Internacional convidado? A China é um destino novo para o mercado português e pelo seu exotismo e grande crescimento merece ter um destaque na BTL. Depois porque a partir de Junho iremos ter um voo direto entre Xangai e Lisboa, o que irá fazer crescer ainda mais o fluxo de turistas entre os dois países. Viseu foi designada este ano como a cidade portuguesa convidada. Por que decidiram optar por esta metrópole da Beira Alta? Este foi um convite dinamizado por ambas as partes. É um destino que tem imensas potencialidades e está a fazer um trabalho

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O programa de hosted buyers, como já referiu anteriormente, estará este ano, uma vez mais, em destaque. O que têm reservado para este conceito? Este é, sem dúvida, um dos pontos altos da BTL. O seu objetivo final é trazer à feira novos players e novos destinos, sendo que os convidados deste programa já cá virão no ano seguinte pelos seus próprios meios. A dimensão do programa de hosted buyers não tem a ver com o número de compradores estrangeiros que estão feira. Este programa é medido em termos de interesse não pelos números mas pela possibilidade de abrir novos mercados. Este ano, por exemplo, há uma tónica muito grande no mercado dos Estados Unidos que, pelas ligações aéreas, é um mercado que irá ganhar muita “Os Estados Unidos importância para o Turismo é um país que estamos português muito em bredecididos a que participe na feira ve. Com este programa e para isso estamos a contar com o tencionamos trazer, apoio da TAP. Confesso que não tem sido assim, novos países e novos segmentos, como fácil e é um dos nossos desafios para o fantástico. É a é o caso de eventos ligaano que vem, sobretudo agora com a cidade do Centro dos ao setor MICE. grande aposta naquele mercado da de Portugal que A novidade deste ano do companhia aérea de bandeira está a ter mais programa tem a ver com o portuguesa”. importância, até facto de os hotéis participanporque no ano passado tes no programa poderem conconseguiu atrair um grande vidar clientes seus para o próprio número de visitantes portuprograma, embora mediante o cumprigueses, espanhóis e franceses, tendo este mento de certas regras, como será o caso de último mercado excedido todas as expetarealizarem seis reuniões por dia na feira. tivas durante o verão passado, também um Este ano esperamos contar com um pouco pouco devido aos imigrantes. Além disso, mais de 300 participantes neste programa, Viseu é uma das muitas cidades da Europa até porque temos a condicionante da maioque se quer tornar numa smart city, além de ria dos hotéis estarem com overbooking mostrar uma grande preocupação com o para estas datas. meio ambiente. Tudo isto são boas práticas em termos de turismo e quando convidamos A Feira da Empregabilidade terá os mesuma cidade temos em conta todas estas mos moldes do ano passado? Quantas vertentes, que vão muito além da sua beleza empresas já aderiram? ou património. Viseu está sem dúvida na Sim, terá os mesmos moldes, embora este vanguarda de todas estas práticas, sobretuano tenha mais um dia, porque achámos do no ano em que se comemora a sustentaimportante que também estivesse aberta, pelo bilidade no Turismo. menos, num dos dias destinados ao público. Cada vez mais, e para além do primeiro Têm informação de que este ano vá emprego, esta bolsa quer dar oportunidade a haver mais venda direta na feira? pessoas que querem mudar de trabalho. A hoEmbora isso não dependa de nós e sim das telaria tem uma dinâmica muito grande em terempresas que irão marcar presença na BTL, mos de postos de trabalho e, tanto nós como posso dizer que tenho a certeza que este o Fórum Turismo 2.1., achámos por bem ano vá haver mais venda direta na feira, até alargar a bolsa a dois dias, sexta e sábado, o porque, curiosamente, os stands que estão primeiro para profissionais e o segundo para o a aumentar são os dos agentes de viagens, público. Este ano irão marcar presença cerca que acredito ser devido ao aumento de de 30 empresas, entre sobretudo hotéis, compostos de venda direta. panhias de aviação e agências de viagens.



Centro de Portugal

Uma viagem pelo Património Mundial

Mosteiro da Batalha

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elas estradas de uma região diversificada como o Centro de Portugal, embrenhe-se por destinos que o levarão até à riqueza de um património que sendo tão nosso tornou-se de toda a humanidade. Siga-nos nesta viagem pela rota do Património Mundial do Centro de Portugal e deixe-se hipnotizar pela mais antiga Universidade da Europa, a apaixonante Universidade de Coimbra. Transponha os limites do tempo e embarque numa viagem lendária no Convento de Cristo, em Tomar. E da terra dos templários, desvende os mistérios da arquitetura gótica do Mosteiro da Batalha e do Mosteiro de Alcobaça.

Universidade de Coimbra A paixão estudantil Comece a viagem pelo coração de Coimbra. Aqui encontra a Universidade de Coimbra, a mais antiga universidade da Europa, classificada em 2013 como Património Mundial da UNESCO.

Ocupando uma área de 81,5 ha, descubra um espaço marcado pela história nacional, dos descobrimentos à luta estudantil contra o Estado Novo. Caminhe pela Universidade e conheça os vários departamentos, todos eles com motivos para uma visita ao seu interior. Na Praça D. Dinis, outrora local do castelo da cidade, ergue-se um moderno Observatório Astronómico, iniciativa do Marquês de Pombal. Aproveite o impulso e desça até à Sé Velha de Coimbra onde… silêncio! Porque é aqui que os estudantes de capa traçada cantam a Monumental Serenata. Deixe-se envolver pela aura boémia desta cidade, enquanto descobre o que a cidade dos estudantes lhe reserva.

Convento de Cristo, Tomar - A casa do Cavaleiros de Salomão Apenas a uma hora de Coimbra, visite o Convento de Cristo e Castelo de Tomar, desde 1983, inscrito na lista do Património Mundial da UNESCO.

Janela do Capítulo, Convento de Cristo, Tomar


Mosteiro de Alcobaça

Universidade de Coimbra

Torre da Universidade

Casa dos cavaleiros templários, o Convento de Cristo foi fundado por esta ordem também conhecida como os Cavaleiros de Salomão. Deixe-se levar até ao tempo das cruzadas e caminhe pelos claustros do Convento. Entre e admire a Charola dos Templários, um dos melhores entre os raros exemplos existentes de igreja em rotunda, e a invulgar janela manuelina cuja original decoração revela uma combinação singular entre arte europeia e oriental. Encante-se por este pedaço de história representativa do génio criativo da Humanidade.

Mosteiro da Batalha O Mosteiro da Vitória A nossa viagem prossegue em direção ao litoral. A 45 km de distância, surge o Mosteiro de Santa Maria da Vitória, também conhecido por Mosteiro da Batalha, elevado a Património Mundial em 1983. Trata-se de uma obra-prima do Gótico Português e uma das mais belas obras da arquitetura portuguesa e europeia.

Este importante monumento arquitetónico foi mandado erguer por D. João I, Mestre de Avis, como promessa e agradecimento à Nossa Senhora pela vitória de Portugal na Batalha de Aljubarrota. Nesta batalha, Portugal garantiu a sua independência e a D. João o trono do reino português. Anualmente, esta vitória é celebrada junto ao mosteiro com grandiosos festejos. Predominantemente gótico, o Mosteiro da Batalha convida os seus visitantes a conhecerem as várias propostas artísticas que o influenciaram ao longo dos seus 150 anos de construção. Não deixe de visitar o seu interior, onde a Capela dos Fundadores o surpreenderá pelos magníficos vitrais. E os claustros e Capelas Imperfeitas ou Inacabadas irão hipnotizá-lo com o seu estilo manuelino e gótico flamejante.

Mosteiro de Alcobaça Terminamos a nossa viagem a cerca de 30 km da Batalha, no Mosteiro de Santa Maria de Alcobaça ou simplesmente Mosteiro de Alcobaça, classificado Património da Humanidade pela UNESCO em 1989. É o monumento mais antigo da nossa viagem com quase 900 anos de existência, confundindo-se com a nossa própria fundação enquanto nação. Fundado pelo Rei D. Afonso Henriques, nasce da doação das terras de Alcobaça à Ordem de Cister pela vitória contra

os mouros na conquista de Santarém. O Mosteiro de Alcobaça é a primeira obra plenamente gótica erguida em Portugal. Ao entrar na grandiosa nave central somos invadidos por uma aura de espiritualidade e elevação perpetrada pela presença ao centro dos túmulos dos eternos amantes Pedro e Inês. À medida que vai percorrendo o interior deste mosteiro, sentirá a leveza inspirada pelas esculturas religiosas contrastando com a austeridade quase palpável do estilo barroco. Esta é uma viagem pela história da Humanidade, numa região cujos caminhos o transportam além-fronteiras para símbolos da genialidade criativa do Ser Humano.


Agências & Operadores

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Hotéis Disneyland Paris

deixam de ter pequenos-almoços incluídos

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Solférias esteve, uma vez mais, na estrada para workshops conjuntos com a Disneyland Paris. Após terem corrido diversas cidades de norte a sul, o encontro com os agentes de viagens terminou em Lisboa. Este ano o parque de diversões mais famoso da Europa contará com muitas novidades, algumas das quais que deixaram os agentes presentes no workshop um pouco admirados. A primeira novidade, avançada pela representante da Disneyland Paris em Portugal, Madalena Coutinho, tem a ver com o facto de os hotéis do Parque Disneyland Paris, a partir de 29 de março, deixarem de ter pequeno-almoço incluído nos pacotes Disney. Esta nova regra terá com exceção as suites e os quartos executivos dos Hotéis Disney e do hotel associado Algonquin Explorer. Os hóspedes que queiram tomar a primeira refeição do dia antes de saírem do hotel terão que adquirir um plano de refeições, de pequeno-almoço, meia pensão ou pensão

completa, sendo obrigatório para todas as pessoas que façam parte da reserva e para a totalidade da estadia. Por outro lado, a empresa de sonhos passa a ter ainda outras opções de pequenoalmoço disponíveis ou dá ainda a possibilidade dos cupões de pequeno-almoço serem utilizados pelo seu valor monetário nos Parques Disney e na Disney Village. Quanto aos famosos pequenos-almoços com as personagens Disney, estes já não estarão incluídos nos pacotes. Para reservar este serviço, os clientes terão várias opções, dependendo do plano de refeições reservado. Os pequenos-almoços com as personagens Disney deixarão de ser no Café Mickey para passarem agora ao Restaurante Plaza Gardens, no Parque Disneyland, em dois turnos (8h15 e 9h45). Se a preferência recair por a pequenada almoçar com os personagens Disney, o Restaurante Inventions irá recebê-los, de segunda a sábado, em três turnos (12h30, 13h30 e 14h30).

25º aniversário Até ao próximo dia 25 de março a “Season od the force” irá estar presente, relembrando os melhores momentos dois filmes da saga Star Wars, passando do dia 26 de março a comemorar, com toda a pompa e circunstância, o 25º aniversário daquele que é há vários anos o destino número um de férias do velho continente. O Halloween voltará ao prque entre 1 e 31 de outubro, estando as comemorações de Natal marcadas para começarem no início de novembro e estenderem-se até depois do Dia de Reis, já em 2018. No Castle Stage, a grande novidade será o espetáculo “Happy Anniversary Disneyland Paris”, que terá o Mickey como anfitrião. Mas não é apenas este espetáculo que o Castle Stage irá receber várias vezes ao dia. Também as Princesas Disney irão comemorar o 25º aniversário da Disneyland Paris com a sua presença num baile especial. As meninas irão render-se aos encantos de Sininho, Bela, Cinderela, Branca de Neve, Aurora, Ariel, Jasmin, Rapunzel e Tiana. Para terminar a noite em grande, as melhores histórias Disney, das mais clássicas às mais recentes, irão fazer parte da “parade” de encerramento do parque, na “Disney Illuminations”. Como fogos-de-artifício magníficos, projeções de luz, efeitos especiais e jogos de fontes de água, terá o Mickey como anfitrião.

Festa Mágica A Festa Mágica, com preços especiais, disponíveis na Solférias, terá um período de reserva de 15 de fevereiro a 22 de março, para chegadas entre 29 de março e 31 de outubro. Neste período os clientes poderão usufruir de uma noite e um dia extra grátis. Para um pacote de 5 noite e 6 dias, terão apenas que pagara 4 noites e 5 dias, se optarem por um pacote de 4 noites e 5 dias, pagarão 3 noite e 4 dias, já se preferirem ir apenas 3 noite e 4 dias, o valor a pagar será de 2 noites e 3 dias. Se preferirem poderão ainda optar pela promoção de duas noite e dois dias extras grátis. Por exemplo, neste caso se o cliente optar por um pacote de 4 noites e 5 dias, irão pagar 2 noites e 3 dias. As ofertas são válidas em todos os quartos standard dos Hotéis Disney e em qualquer uma das situações as crianças até aos sete anos terão estadia grátis.



Agências & Operadores

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Empresas portuguesas demonstram intenção em viajar mais em 2017

Dionísio Pestana distinguido com prémio

excelência de carreira no SVN

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presidente do Pestana Hotel Group, Dionísio Pestana, foi distinguido com o Prémio Excelência de Carreira, pela Travelstore American Express Global Business Travel, que atribui este galardão como reconhecimento do seu contributo notável à economia nacional e à projeção internacional da excelência do turismo de Portugal. Na sua 9ª edição do Salão das Viagens de Negócios, e sob a chancela da American Express Global Business Travel, este evento anual reúne os principais atores da indústria das viagens e do turismo de negócios. A principal finalidade deste evento é contribuir para a profissionalização da indústria e com esse objetivo, reconhecer anualmente uma destacada personalidade do setor, atribuindo o “Prémio Excelência”. Esta distinção premeia a dedicação e excelência do percurso profissional de Dionísio Pestana em 45 anos de atividade no Pestana Hotel Group. Fundado em 1972, o Pestana Hotel Group é o maior grupo hoteleiro multinacional de origem portuguesa, com 7 mil colaboradores em todo o mundo. Líder de mercado, detém e gere 90 hotéis, totalizando mais de 11.000 quartos em 15 países e 4 continentes. Com 1,1 mil milhões de euros em ativos, irá ultrapassar a fasquia dos 100 hotéis até 2018.

Alunos da Lusófona premiados pela criatividade Beatriz Velez, Pedro Espinheira, Sónia Ramos e Vera Catana foram os alunos, do 3º ano da licenciatura em Turismo da Universidade Lusófona, a vencerem a 1ª Edição do Concurso Next Ideas do Salão de Viagens de Negócios. Promovido pela Travelstore e pelo Fórum Turismo 2.1. o concurso tinha como desafio a de um conceito de viagens de negócio para 2027 e, apesar de terem concorrido várias universidades que lecionam turismo e hotelaria, foi a turma do docente Vasco Ribeiro Santos foi a que demonstrou, segundo o júri, maior empenho e criatividade na hora da apresentação do seu Pitch. De acordo com a Direção do Departamento de Turismo da Universidade Lusófona, “esta vitória representa o reconhecimento pelo trabalho que tem sido feito, por toda a equipa, ao longo dos últimos anos, no sentido de preparar a integração dos alunos no mercado. Tem sido sempre, o nosso maior objetivo”. Por outro lado, a turma vencedora afirma que “este prémio é de todos aqueles que contribuem no dia-a-dia para que, nós alunos, tenhamos paixão pela área, ótimos conhecimentos e acima de tudo para que possamos voar sozinhos e traçarmos o nosso caminho”.

60% das empresas pretendem aumentar o seu investimento em viagens para 2017 o que representa aumento face aos 52% que estimavam um aumento em viagens para 2016. A conclusão é do Barómetro das Viagens de Negócio, realizado pela Travelstore American Express e apresentado durante o SVN. O grau de confiança das empresas inquiridas, 276 no seu todo, na economia portuguesa também registou um acréscimo quando comparando com o ano passado. Numa escala de 1 a 6, a maioria das empresas (42%) apontou, este ano, o 4 como o seu grau de confiança, tendo o 3 registado maior interesse (43%) em 2016. Os destinos em África voltam a estar na mira das intenções de viagem das empresas nacionais, sendo este o continente que mais cresce relativamente ao ano passado, embora a Europa mantenha a liderança dos planos de viagem. Relativamente a destinos na América do Sul e Estados Unidos, as empresas inquiridas estimam um decrescimento nos seus investimentos em viagens. Quase 50% dos inquiridos acredita que a comunicação com o seu gestor de viagens não se irá alterar nos próximos anos e quando questionados sobre a solução tecnológica que trará maior impacto ao seu negócio a maioria não soube responder.



Hotel do mês

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Dom Pedro Vilamoura Resort

Luxo e comodidade no centro de Vilamoura

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Dom Pedro Vilamoura Resort, de quatro estrelas, é a opção perfeita para quem está a pensar tirar uns dias de férias no Algarve, à procura de um serviço ao cliente único. Apenas as 150 metros das praia e a 200 metros da Marina mais famosa de Portugal, o Dom Pedro Vilamoura Resort é ainda a escolha ideal para quem elege o Algarve para a prática de golfe ou para quem quer sair à noite durante o verão ou tentar a sua sorte no casino, este situado a apenas 50 metros do resort. Ideal para quem quer aliar descanso e divertimento, o hotel tem ao dispor dos seus clientes extensos jardins, duas piscinas exteriores e uma interior, um Spa, diversas facilidades desportivas (ténis, futebol, voleibol, basquetebol, ping pong e um fitness center totalmente equipado) e três restaurantes.

Tudo Incluído é possível Apesar de contar com vários tipos de regime, o Tudo Incluído também é possível, uma opção ainda rara no Algarve. Nesta opção estão abrangidas todas as refeições, snacks, bebidas e atividades. Durante a sua estadia os hóspedes do regime de Tudo Incluído podem também usufruir de um jantar no Casino de Vilamoura, com entrada, prato principal de peixe ou carne e sobremesa. As bebidas são pagas à parte. Nos dias com espetáculo, os hóspedes podem jantar e assistir ao espetá-

culo, sujeito a disponibilidade. No Verão, o programa de entretenimento para as crianças e o Kid’s Club farão as delícias dos mais pequenos, que têm ainda uma piscina só para si.

Restauração para todos os gostos São três as opções de restauração que o hotel tem. Com um ambiente descontraído e acolhedor, o White é um restaurante buffet, no qual é possível deliciar-se com vários pratos da gastronomia mediterrânica, confecionados com ingredientes típicos da região algarvia. Já o no Restaurante Oliva o Chef preparou uma viagem “à la carte” pelos sabores das cozinhas portuguesa e internacional. A seleção de vinhos portugueses preenche a experiência gastronómica. Aberto nos meses de Verão, o grill é o restaurante “al fresco”, com uma seleção de grelhados e saladas, na esplanada. Ideal para aproveitar os dias quentes do Algarve, para uma agradável refeição no exterior. O Búzios Beach Club, by Dom Pedro Hotels é restaurante e bar na praia da Marina de Vilamoura. Com uma esplanada e uma vista magnífica para o mar, este é um espaço moderno e elegante, onde a aposta gastronómica vai para o peixe fresco e especialidades como a deliciosa feijoada de búzios acompanhada de sangria de champanhe. Para maior conforto e exclusivamente para os hóspedes Dom Pedro, junto ao Búzios Beach

Club, restaurante e bar que a unidade dispõe na praia de Vilamoura, tem à disposição uma área com colmos e espreguiçadeiras.

Seis tipologias de quartos Os seus 266 quartos, elegantes e espaçosos, a maioria com varanda, e vista para o jardim ou para o mar, estão divididos em seis tipologias diferentes: Classic, Club, Deluxe, Triplos e suites Standard e Familiares. Para quem procura exclusividade e tranquilidade, tem como opção suites com jacuzzi na varanda, onde o hóspede poderá relaxar enquanto desfruta do sol algarvio.

Spa Aquae Equipado com uma piscina coberta – onde o hóspede pode beneficiar da cromoterapia –, jacuzzi, sauna e quatro gabinetes para tratamentos, o SPA Aquae tem total transparência para o exterior e vista para o jardim. Desde rituais de massagens que despertam os cinco sentidos até aos tratamentos de cuidado de corpo e rosto, quem por lá passar sentirá um profundo relaxamento físico e mental. Todos os que gostam de manter a sua rotina de exercícios regulares podem contar ainda com uma sala de fitness totalmente equipada e com vista para a piscina exterior e jardins do hotel. No entanto, é preciso estar atento porque poderá ser cobrada uma taxa de utilização do SPA e a sua utilização é interdita a menores de 16 anos.


viajar 2017 / março

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Hotel do mês Pedro Ribeiro, Diretor de Vendas e Marketing do Grupo Dom Pedro Hotels

Dom Pedro Golf Hotel reabre como Dom Pedro Vilamoura Resort Inserido no rebranding do grupo, o antigo Dom Pedro Golf Hotel reabriu ao público em fevereiro agora como Dom Pedro Vilamoura Resort. Durante três meses foi sujeito a uma remodelação e conta agora com uma área muito demarcada de golfe, após o grupo ter adquirido os campos de golfe de Vilamoura. O Grupo Dom Pedro decidiu fechar o Dom Pedro Golf Hotel para remodelações e agora decide abri-lo com um novo nome, Dom Pedro Vilamoura Resort. Ao que se deve esta alteração? Esta alteração enquadra-se no rebranding que o Grupo Dom Pedro está a desenvolver. Depois de termos adquirido os campos de golfe de Vilamoura e remodelado o hotel pareceu-nos que não seria muito logico manter o nome visto que passámos a ter uma área de golfe dentro do grupo. Chegou-se assim a um nome obvio e pelo qual o hotel ja muitas vezes era conhecido o Dom Pedro Vilamoura No que consistiram as remodelações? Remodelação do exterior do hotel, incluindo varandas. Novo piso de madeira na totalidade do hotel, remodelação total dos quartos e do restaurante, assim como na decoração das zonas publicas. Por que avançaram agora com todas estas alterações? Devido ao bom momento que a procura turística atravessa achámos que seria importante dar um “up grade” ao produto e recoloca-lo como o melhor 4 estrelas de Vilamoura. Preparando o hotel para crescer de forma transversal nos mais variados segmentos de mercado. Quantos meses esteve fechada a unidade? Foram três meses.

Fórum Dom Pedro Apenas a 25 km do aeroporto de Faro, o Dom Pedro Vilamoura Resort oferece, em conjunto com o seu vizinho Dom Pedro Marina, oferece 1750 m2 de salas de reuniões multifuncionais. O centro de congressos Fórum Dom Pedro, um edifício autónomo mesmo ao lado do Dom Pedro Vilamoura Resort, tem capacidade para organizar eventos até 450 pessoas em plateia, podendo ser usados para coffee breaks o foyer do Fórum e os jardins circundantes. Para eventos ou reuniões de menor dimensão, existem dentro dos hotéis salas mais pequenas.O Dom Pedro Marina tem salas com capacidade até 150 pessoas em plateia, enquanto o Dom Pedro Vilamoura Resort apresent salas com capacidade até 80 pessoas em plateia.

Golfe em destaque Para terminar, o hotel tem ainda um Golf Desk, que garante toda a assistência na marcação de green fees, com tarifas e condições especiais, bem como um Shutle Bus para os campos de golfe em Vilamoura.

Acreditam que vão conseguir aumentar as vossa taxa de ocupação com todas estas transformações? Essencialmente o objetivo é um aumento do Revpar e igualmente do total Revpar, optimizando as receitas através de um revenue management bem planeado e organizado. Qual foi a taxa de ocupação no verão passado e o que perspetivam para este ano? Trata-se de um hotel que nos meses de verão apresenta sempre ocupações acima a 90% de ocupação. Quem são os principais mercados deste hotel? Essencialmente o Britânico com cerca de 60%, seguindo-se o Português, Espanhol, Belga. O que distingue este hotel dos restantes existentes em Vilamoura? Um hotel de 4 estrelas que apresenta praticamente um serviço de 5 estrelas. Uma enorme tradição no segmento golfe e sermos o único hotel com regime all inclusive em Vilamoura.


Pedro Castilho, diretor geral do Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel

Uma relíquia em terras minhotas A

berto ao público há pouco mais de um ano e meio, o Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel é uma referência diferenciada da hotelaria minhota. Localizado no concelho de Vila Verde, tem no vinho e nos tratamentos de Spa, como se pode deixar adivinhar pelo seu próprio nome, os seus grandes trunfos. Com um cariz muito histórico, por estar inserido num edifício senhorial, é bastante procurado também para eventos corporativos e sobretudo para a realização de casamentos. A Viajar esteve à conversa com o seu diretor e ficou a saber um pouco mais desta relíquia, que tem como paisagem as videiras do vinho verde.

Viajar – O que é que a vossa unidade tem para oferecer aos seus clientes? Pedro Castilho – O nosso hotel oferece um ambiente romântico onde a natureza, a história e o conforto andam de mãos dadas. Os edifícios históricos, o nosso Spa e a envolvência da vinha e do bosque, que rodeiam a nossa unidade, permitem-nos criar momentos especiais, não só para quem nos visita a dois mas também para estadias em família. Podemos proporcionar uma experiência romântica numa das nossas Tower Suites, cheias de encanto e de história, menus de degustação no restaurante Gomariz ou um jantar privado na torre, massagens em pleno bosque, experiências vínicas, que iniciam com a participação nas vindimas, provas de vinhos no nosso Wine Bar e terminam com jantares vínicos, passeios pedestres ou de bicicleta, ou ainda uma festa ao pôr-do-sol. O nosso objetivo é ficar no coração e na memória dos nossos hóspedes para que nos voltem a visitar.

Produtos ligados ao vinho e a Spa estão entre os vossos maiores trunfos. O que têm para oferecer aos hóspedes tendo em conta estas duas vertentes? Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel... o nosso nome já permite adivinhar uma sinergia entre vinho e spa. Quem procura um momento de relaxamento no nosso Spa vai usufruir de uma vista privilegiada sobre a vinha e o bosque que rodeiam a propriedade, o que por si só já confere ao nosso spa uma diferenciação em relação a outros espaços. Nos nossos tratamentos de spa os hóspedes encontram massagens com produtos oriundos da uva, e podem terminar a sua experiência no nosso Wine Bar, que se encontra ligado ao spa, com uma refeição ligeira ou uma prova de vinhos. O nosso Spa e Wine Bar permitem-nos criar experiências que estão acessíveis aos nossos hóspedes, mas também a visitantes. O que diferencia o Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel dos demais existentes na sua região? A combinação única entre vinho e história! Conseguimos uma sinergia perfeita entre a vinha que envolve toda a propriedade e os edifícios de importante valor histórico. A Torre de Gomariz, que dá nome ao nosso hotel, é uma torre medieval do século XV e funde-se com um edifício que data do século XVII e temos ainda uma bonita capela do século XVIII. A ala nova, de design moderno completa o nosso hotel com quartos amplos de enorme conforto. Existe uma perfeita comunhão de cada espaço com a natureza envolvente, aleando a natureza, design e história.

Quais são os vossos principais mercados (percentagens)? O mercado português é o primeiro, com grande destaque, com uma média de 67%, seguindo-se o francês com 8%, o espanhol com 7%, o reino unido como 5% e, por último, o alemão com apenas ainda 3%. Qual foi a vossa taxa de ocupação em 2016 e o que esperam para 2017? A nossa taxa de ocupação em 2016 foi de 35%. O Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel abriu apenas em Junho de 2015 pelo que prevemos que 2017 seja um ano de afirmação e sucesso, em que os objetivos sejam cumpridos. Acreditamos que o mercado nacional continue a ser o nosso principal cliente mas vamos continuar a investir no mercado estrangeiro. A procura tem sido maior aos fins-de-semana mas já temos algumas datas com ocupação plena. A maior parte dos nossos clientes vem em lazer mas abrangemos também o mercado corporate e de eventos especiais, tais como casamentos, encontros empresariais e científicos, entre outros. Perspectivamos um grande crescimento, baseado na procura muito positiva a que temos assistido. Nesse sentido, desenvolvemos um trabalho contínuo na criação de novas experiências e parcerias para oferecer aos nossos clientes. Qual foi a evolução nas receitas de 2015 para 2016? Foi uma evolução muito positiva. 2015 foi o ano de abertura e já seria expectável um acentuado crescimento em 2016. Apostámos também em eventos corporativos, nomeadamente durante a semana, mas também em


Silva Couto, administrador do Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel

O luxo de um cinco estrelas adornado por uma história de séculos

F casamentos, além dos serviços de alojamento e tratamentos de Spa. Como acabou de dizer o Torre de Gomariz também se dedica à realização de eventos. Para que tipo de eventos são mais procurados? As nossas instalações permitem a realização quer de eventos corporativos quer de festas como casamentos, batizados, aniversários, etc. Dispomos de uma sala de conferências equipada com material audiovisual, com capacidade para 150 pessoas e luz natural, e de um salão de eventos com capacidade para 300 pessoas. Temos verificado uma grande procura para a realização de casamentos, facto esse que não nos surpreende, pois, o ambiente mágico, romântico e elegante do nosso hotel torna-o no lugar perfeito para a realização de eventos deste tipo. Quanto é que esta vertente ocupa em percentagem para as vossas receitas? Cerca de 30%. Que programas estão a perspetivar para a Páscoa e verão? Estamos a desenvolver programas que explorem não só os nossos serviços, mas também parcerias regionais de forma a oferecer experiências mais abrangentes aos nossos hóspedes. Temos vindo a elaborar programas que englobem o artesanato e a culinária da região. Estão também disponíveis os jantares vínicos, as provas de vinhos, os programas com massagens em pleno bosque, os piqueniques nas áreas verdes, os passeios de bicicleta, etc. No verão, o bom tempo, convidará também à realização de festas ao pôr-do-sol.

oram o cariz histórico e uma herança familiar que fizeram este médico de profissão tornar-se também hoteleiro. A propriedade em que está inserido o Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel conta uma história que chega ao reinado de D. Dinis. O resultado perfeito para daí surgir uma unidade de luxo. Não podíamos deixar de falar com o seu administrador e proprietário para ficarmos a saber um pouco da sua história. Viajar – Pode contar-me um pouco da história que envolve o Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel? Silva Couto – A propriedade de Gomariz aparece mencionada pela primeira vez em 1296, ano em que foi adquirida pelo Cónego da Sé de Braga e contador do rei D. Dinis, Estêvão Durão Esteves, Abade de Cervães. O edifício que chegou até aos nossos dias é posterior aos finais do século XIII, mas revela uma tipologia de habitação nobre característica dos séculos finais da Idade Média, fazendo crer que se deu uma reforma de um conjunto anterior. No início do século XVI, provavelmente na sequência da passagem da posse da quinta para Constança Soares, viúva do nobre D. Pedro da Cunha, deu-se uma profunda reforma do edifício medieval. Depois de consumada a reforma quinhentista, ou em simultâneo com esta (embora com obras no século XVII), endossou-se à torre um edifício longitudinal, de dois pisos, que segue a disposição simétrica dos andares inferiores da torre. Da campanha barroca do conjunto monumental fez ainda parte a iniciativa de murar a quinta e a construção de uma capela, as-

sociada ao portão da propriedade. De planta retangular, com nave única e capela-mor integrada no corpo, é um pequeno templo de fachada principal de pano único, entre poderosos pilares-cunhais de cantaria, por sua vez encimados por desproporcionados pináculos piramidais. Adquirida em 1913 pela nossa família, o conjunto é um dos mais interessantes vestígios medievais e quinhentistas da implantação nobre na zona imediatamente a Norte de Braga. Como surge o vosso interesse por aí construir um hotel diferenciado e único para a região? Sendo a propriedade não só um emblema histórico mas também uma herança familiar fez, para nós, todo o sentido transformá-la numa unidade hoteleira de luxo, de forma a perpetuar a sua existência e poder partilhar a sua história. Foi a forma encontrada para recuperar todo o conjunto de edifícios que se encontravam já em avançado estado de degradação. Como se enquadra e se insere na região onde se encontra? O Torre de Gomariz Wine & Spa Hotel situase no concelho minhoto de Vila Verde, região de elevado valor natural, reconhecida pelo seu vinho verde. A nossa unidade hoteleira tem como principais características o seu património histórico, a qualidade arquitetónica do projeto, e a vinha que o rodeia e da qual resulta o nosso vinho próprio, o Torre de Gomariz. É hoje uma das principais referências do concelho em que está inserido.


Hotelaria

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Best Western lança nova marca SureStay em Portugal e revoluciona modelo de negócio

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cadeia Best Western, que recentemente foi relançada nos mercados espanhol e português com um plano de expansão poderoso para os próximos cinco anos, lança a nova marca SureStay, através da qual será comercializada uma categoria económica local. Também mantém a meta de atingir 30 estabelecimentos participantes em 2021. A cadeia tem atualmente cinco propriedades em

Espanha, três em Barcelona, uma em Madrid e outra em Salobreña-Granada; e tem mais duas em Portugal, em Faro e Porto. A criação dos SureStay Hotels, uma nova “marca branca” revolucionária no modelo de franquia na indústria da hospitalidade, é uma jogada ousada da empresa. SureStay operarará como uma subsidiária independente durante a conexão com os proprietários do hotel em infraestrutura e distribuição da empresa.

Com três marcas distintas: SureStay Hotel (Premium Economy), SureStay Plus Hotel (Baixa Standard) e Signature Collection SureStay (Standard macio Brand), Best Western tem como objetivo fornecer diferentes opções no mercado para os franqueados. As três marcas são comercializados sob a marca-umbrella SureStay, sem referência à Best Western Hotels & Resorts.

Benefícios da nova marca As vantagens para os proprietários que optam por se juntar à SureStay são diversas. Com os hotéis SureStay irão beneficiar das taxas

de concessão negociadas pela Best Western com os OTA’s, à sua escala e distribuição global, prémios, sites com mais 70 anos de experiência na indústria. Para se qualificar SureStay, os hotéis precisam de alcançar e manter uma pontuação de TripAdvisor 3.5 ou superior. Também eles têm que aderir ao “SureStay Serviço Promise”, que será um ponto-chave de ênfase. “SureStay trata da cooperação com segmento de negócio dentro do segmento de hotelaria que se eleva a nível mundial e com grande circulação em Espanha e Portugal, e, portanto, precisa de uma marca global que irá fornecer mais e melhor no seu volume de negócios”, diz Oriol Maresch, Diretor de Desenvolvimento e Operações Best Western em Espanha e Portugal. Além disso, Maresch acredita que a nova marca vai contribuir para o crescimento do grupo na medida em que a própria marca cresce e indica que “as condições vantajosas Hotéis Best Western & Resorts oferecem aos seus membros atuais serão apreendidos desde o primeiro dia que cada novo hotel associado com a marca, porque os sistemas já estão no local e as condições de colaboração e contratação hotel são assumable por novos hotéis “. Para mais informações sobre oportunidades de desenvolvimento, http://www.surestaydevelopers.com/



Hotelaria

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HotelShop+SocialShop

volta a distinguir fornecedores e cooperadores

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central de compras HotelShop+SocialShop voltou a distinguir os seus melhores fornecedores e cooperadores com a entrega de prémios em diferentes categorias, certificações e diplomas de mérito. O evento, que contou com a presença de Miguel Paredes Alves, diretor-geral da HotelShop+SocialShop, e Luís Araújo, presidente do Turismo de Portugal, teve ainda como convidado especial o ex-futebolista Paulo Futre, que dirigiu uma breve palestra aos presentes sobre o tema “Vencer? Só com entusiasmo!”.

Certificados e diplomas de mérito

O Best Buyer HotelShop - Responsável de Compras foi uma vez mais atribuído a Cristina Saldanha, da Altis Hotels, e Salvador Caprichoso, do Hotel Botânico, saiu com a distinção de Buyer HotelShop - Diretor-geral. Já a Best Buyer SocialShop - Responsável de Compras foi Isabel Estevão, do Instituto de Apoio à Comunidade do Forte da Casa, e o prémio de Best Buyer SocialShop – Diretor foi para o Centro de Assistência Paroquial da Amora. O Grupo RTM foi distinguido como “Fornecedor do Ano”, tendo levado ainda para casa o prémio de “Melhor Relação Qualidade/Preço Setor Alimentar”, ao passo que o Lawrence’s Hotel e a Fundação Obra de São José Operário saíram vencedores, em ponto de igualdade, com o prémio de “Cooperador do Ano”. Na “Melhor Relação Qualidade/Preço Setor Não-Alimentar” foi a Blue Sigma que viu o seu nome ser chamado e no “Melhor Serviço” o prémio foi para o Sr. Escritório.

Foram ainda entregues diplomas de mérito a quatro cooperadores (Natália Rosa – Hotéis NH Lisboa; Pedro Miranda – Roamaria do Baco; Sandra Oliveira – Centro de Assistência Paroquial da Amora; e Helena Baron – O Companheiro) e a seis fornecedores (Anabela Soares – Valério Soares; Teresa Santos – Gergran/ Delifrance; Franco Martins – Lousani; António Rodrigo – Proquimia; e Pedro Pereira – Viborel). Luís Araújo, que presidiu o encerramento do encontro, afirmou que “este é um excelente exemplo do que queremos para o Turismo em Portugal (…) primeiro, porque tem a ver como agregar e dar escala a fornecedores e compradores qualificados, e, segundo, porque mostra o trabalho extremamente articulado, que acho que é cada vez mais difícil quando deveria ser cada vez mais fácil, especialmente no nosso setor”. Para o responsável, “estes ganhos de eficiência e escala são extraordinários para qualquer pessoa que trabalha nesta atividade, quer seja comprador, seja fornecedor”.

Este ano foram ainda certificados 41 fornecedores. Foram eles: Americana Papelaria, Anabela Soares, Âncora Prateada, Arcol, Avibom, Blue Sigma, Casa do Aido, Centro Técnico de Desinfecções, Companhia da Serra, Sealed Air, Essência D’Fruta, Eurodois, Fitisan, Délifrance, IberGlória, JEFRA, Jóia do Campo, José Maria Cardoso, Kmed Europa, Lactogal, Lago Fresco, Linterport, Loja das Tintas, Lousani, Migrar Paladares, Orivárzea, Panidor, Parmalat, Pest Plus, Portral, Proquimia, Qual House, Risquinha, RTM, Sr. Escritório, Staples, Sumol+Compal, Talhos LV, Tecnifir, Viborel e Wine Man.

O presidente do Turismo de Portugal evidenciou, uma vez mais, o bom momento que o Turismo atravessa no país, referindo que 2016 “foi um ano de ótimo desempenho turístico, crescemos à volta de 10%”. No entanto, diz ter a “certeza” que “2017 não vai ficar atrás”, embora admita que “isto obriga a um maior grau de exigência, maior articulação e, se calhar, uma maior ambição naquilo que queremos dar ao Turismo nacional e que acho que está muito representado aqui, com um potencial de inovação e empreendedorismo que achamos ser fundamental do ponto de vista nacional”. Luís Araújo disse ainda que é objetivo do

seu gabinete criar condições para que o Turismo seja uma primeira opção de escolha de emprego e não apenas um recurso para quem não tem trabalho.

10º aniversário celebrado em convenção Miguel Paredes Alves aproveitou a ocasião para dizer que “a existência da HotelShop+SocialShop “deve-se ao muito trabalho, muita dedicação, muita organização e muito tempo para ouvir os sócios compradores e, também, para ouvir os fornecedores, e perceber que os bons negócios têm que ser bons para ambas as partes. Temos que ajudar os nossos fornecedores a vender mais e os compradores a comprarem melhor. Isto é possível”. A HotelShop+SocialShop celebra hoje, dia 1 de fevereiro, o seu 10º aniversário, que irá comemorar apenas por altura da sua convenção bianual, que terá lugar em novembro, em Lisboa.



Hotelaria

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Wanup: novo clube

prepara rede de 150 hotéis em Portugal

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anup é o mais recente clube de fidelização hoteleira a chegar a Portugal. Com origem espanhola, mais propriamente em Barcelona, a adesão é grátis tanto para os hóspedes como para os hoteleiros, embora estes últimos tenham que pagar comissão sobre a reserva efetuada na plataforma da Wanup, que poderá chegar aos 9%. Já um cliente registado, ao fazer uma reserva num hotel parceiro da Wanup, vai ser reembolsado entre 3 a 6% pelo que irá gastar na reserva, dependendo da sua categoria de membro, valor que ficará creditado na sua conta e que poderá ser utilizado na reserva seguinte. Logo na adesão ficam a ganhar 10 euros de crédito. Não é mais nem menos que um sistema de travel cash. Por outro lado, no caso dos membros fidelizados pelo próprio hotel a Wanup não cobra qualquer tipo de comissão.

A operar em Portugal há cerca de dois meses, conta já com mais de 30 unidades hoteleiras portuguesas, tendo como objetivo chegar ao final do ano com um total de 150 angariadas. Nuno Magalhães, responsável pela área da Península Ibérica, garantiu, esta quinta-feira, durante a apresentação da marca, em Lisboa, à comunicação social, que não esperavam uma adesão tão grande, logo à partida, no mercado português. “Fiquei surpreendido com o sucesso em Portugal”, referiu. Viana do Castelo, Porto, Aveiro, Coimbra, Guarda, Castelo Branco, Santarém, Lisboa, Setúbal, Beja, Évora e Carvoeiro, são apenas algumas das localidades nas quais a Wanup está presente. Jorge Rodergas, diretor de marketing e operações, explicou que o objetivo deste clube de fidelização passa por conseguir que “os hotéis trabalhem em equipa”, numa filosofia de “economia partilhada”. Destinado sobretudo a hotéis independentes ou a cadeias hoteleiras de pequena ou média dimensão, unidades de alojamento local e até mesmo hostels podem fazer parte do portfólio Wanup, desde que respondam aos requisitos exigidos para poderem

aderir. “Pretendemos angariar unidades de alojamento que primam pela qualidade de serviço prestado ao cliente, tenha variedade de tipologias e uma boa localização, avançou Nuno Magalhães. É a própria Wanup a convidar as unidades que lhe interessam a ingressarem na plataforma, tendo como base comentários e avaliações online existentes sobre cada uma e, depois, com uma análise própria ao local. Requisitos fundamentais para a Wanup é que os seus parceiros tenham, por exemplo, wifi gratuito e possibilidade de check-out tardio. Tendo começado a operar penas no final de ano passado, com um investimento inicial geral de 20 milhões de euros, a Wanup conta já com mais de 600 mil membros e conseguiu ultrapassar as 52 mil reservas e pouco mais de dois meses de operação. Está presente em 15 mercados e tem cerca de 400 hotéis na rede. Embora não tenham conseguido precisar o número exato de clientes portugueses registados na plataforma, Nuno Magalhães disse que são já quase 11 mil membros a falarem português. No universo geral de membros, 34% fala espanhol, 33% inglês, 18% francês, 9% italiano e 6% português.



Pedras do Mar Resort & SPA

The perfect choice for a romantic getaway

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he Pedras do Mar Resort & Spa located at São Miguel Island offers a priviliged Atlantic Ocean view. It’s a perfect choice for a romantic getaway or for a family holiday. During the day, you can relax at our SPA Pedras D’ Alma with beauty and well-being center, and at our healthclub with indoor pool with jacuzzi , sauna , turkish bath with chromotherapy and gym. Outside, you can enjoy the pool with sea view, play a tennis game and explore the Saint Peter walking trail and natural pools. Children have guaranteed adventure on the playground and in our educational farm. The elegant and contemporary rooms, with views to the sea or mountain, offer comfort and convenience. Meia Nau Restaurant serves good and fresh food inspired in local gastronomy, combined with a panoramic view. Meia Nau Bar serves light meals and cocktails that can be enjoyed near the outdoor pool. The reception works twenty-four hours per day and you can arrange hiking trails, guided tours among other amusement activities. All guests have at their disposal car rental, bike and snorkelling material. The wi-fi is free as well as the car parking. The hotel stays at 10km of the Ponta Delgada center and 20 minutes of the Airport João Paulo II.


A escolha perfeita para uma escapada romântica O Pedras do Mar Resort & SPA está situado na costa norte da Ilha de São Miguel, oferecendo uma vista privilegiada sobre o oceano Atlântico. É a escolha perfeita para uma escapada romântica ou umas férias em família. Durante o dia, os hóspedes poderão desfrutar do nosso SPA Pedras D’Alma, com centro de estética e bem-estar e do nosso healthclub, com piscina interior com jacuzzi, sauna, banho turco com cromoterapia e ginásio. No exterior, podem refrescar-se na piscina com vista para o mar, jogar uma partida de ténis e explorar as piscinas naturais do trilho da Vigia de São Pedro. As crianças têm aventura garantida no parque infantil e na nossa quinta pedagógica. Os quartos elegantes e modernos, com vista mar ou montanha, oferecem todo o conforto e comodidades. O restaurante Meia Nau serve pratos com inspiração na gastronomia açoriana acompanhados por uma vista panorâmica sobre o mar. O bar Meia Nau prepara refeições ligeiras e cocktails que poderão ser apreciados junto da piscina. A receção, aberta 24 horas, poderá ajudar a organizar caminhadas, visitas à ilha, entre outras atividades lúdicas. Têm, ainda, à disposição no hotel os serviços de aluguer de bicicletas, carro ou material para mergulho. Em todo o hotel se pode aceder à rede wi-fi gratuitamente. O hotel fica a 10 Km do centro de Ponta Delgada e a 20 minutos do Aeroporto João Paulo II. Dispõe de estacionamento gratuito no local.

Pedras do Mar Resort & SPA Rua da Terça, nº 3 Fenais da Luz | 9545-288 Ponta Delgada I São Miguel Phone: (+351) 296 249 303 | Mobile: (+351) 913 053 738


Restauração

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Rib Beef & Wine já chegou a Lisboa

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pós se ter tornado um sucesso na Ribeira, no Porto, nas instalações do Pestana Vintage Porto, em menos de um ano da sua abertura, o Grupo Pestana decidiu importar o conceito também para a capital. O novo espaço Rib Beef & Wine Lisboa, dedicado aos amantes de uma boa carne minhota, fica situado na Praça do Comércio, na Pousada de Lisboa, embora tenha entradas autónomas tanto pela Rua Áurea como pela Rua do Arsenal. O conceito inovador e que foi caso de sucesso a Norte, pelas mãos do chef Rui Martins, recentemente eleito Chef do Ano 2016, é agora em Lisboa liderado pelas mãos do chef Luís Rodrigues. A variadíssima carta de autor tem uma notória inspiração na cultura e nas vivências da cidade. Um exemplo visível é o Camarão frito com Macieira e malagueta, inspirado nas icónicas cervejarias de Lisboa. Nas carnes, destaque para um vasto leque de opções de cortes com sabores e texturas definidas. É o caso do Rib Eye, do Chateaubriand ou do Tomahawk Ribeye Steak. As novidades foram pensadas também para os molhos que acompanham todas as carnes. Destaque para o Marrare, um molho que homenageia um dos mais célebres cafés lisboetas, do início do século XX, onde se reuniam boémios e marialvas da época e que esteve na origem do famoso “bife à café”. Nos acompanhamentos, será obrigatório experimentar o À Brás de Legumes, o Arroz de Grelos com Chouriça de Cebola, ou o puré de batata-doce. Apesar de a carne ser o grande forte do Rib Beef & Wine Lisboa, os vegetarianos não foram esquecidos na hora de conceber a ementa. Para eles estão reservadas as Cool Alternatives como o Risotto de beterraba, pinhão tostado e maçã verde ou a Salada de Cecina com couve roxa, balsâmico e mel.

E como uma refeição não fica completa sem uma tentadora sobremesa, o melhora será não deixar de experimentar um arrojado pastel de Nata com gelado de canela e com a típica ginjinha, numa verdadeira homenagem ao mais famoso pastel português, tão típico da capital. O Rib Beef & Wine é um restaurante que pretende atrair não só turistas como os alfacinhas e com uma carta e preços transversais a todos. Ao almoço o restaurante é o local ideal para encontros de negócios, disponibilizando durante a semana um Lunch Meating (Menu Executivo) a 15 euros por pessoa. Com uma garrafeira onde é possível encontrar mais de 120 referências de vinhos, o restaurante mantém o espírito trendy e cosmopolita, a que a versão portuense já habituou os seus clientes. Com porta aberta para o Tejo é também uma excelente opção para jantares com amigos e como night spot, dispondo de um mixologist bar com DJ. O Rib Beef & Wine Lisboa vem substituir, no mesmo espaço, o restaurante O Lisboeta, que também fazia parte integrante da Pousada de Lisboa, mas que tinha um conceito mais exclusivo. No entanto, o sucesso do conceito Rib Beef & Wine no Porto motivou a vinda para do mesmo para Lisboa. Frederico Costa, administrador das Pousadas de Portugal, e Nuno Ferreira Pires, chief marketing officer do Pestana Hotel Group, que estiveram presentes na apresentação do restaurante à imprensa, afirmaram que este conceito poderá estender-se a outras unidades do Grupo Pestana ou, até mesmo, a outros espaços fora dos hotéis.



Aviação

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Novo TAP Corporate

permite acumular saldo em detrimento das antigas milhas

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programa TAP Corporate vai substituir, a partir desta quinta-feira o antigo programa TAP Corporate Fly, destinado às pequenas e médias empresas. Este novo programa passa a permitir que as empresas convertam em saldo monetário parte do montante gasto numa determinada viagem, dependendo da classe em que irá viajar, substituindo assim as milhas que eram oferecidas no antigo programa. Alexandra Galhardo, diretora da área de corporate da TAP, explicou, em conferência de imprensa, durante o Salão de Viagens de Negócios, que os clientes poderão começar a usufruir de descontos ou upgrades em diversos serviços TAP desde que tenham um saldo mínimo acumulado de 10 euros. O saldo a acumular terá a ver com o mon-

tante gasto numa determinada viagem e dependendo sempre da tarifa e classe escolhida, embora deduzindo sempre das taxas aeroportuárias. Alexandra Galhardo garante que este é um “conceito de cash-back” que terá a si associado um novo website (tapcorporate.com), que apresenta “uma nova imagem, é mais ágil, mais rápido e de simples utilização”. As empresas que sejam ainda detentoras do

Programa Victoria podem, mesmo assim, continuar a acumular milhas, assim como os seus colaboradores, caso a viagem esteja em seu nome. Os mercados onde o novo programa irá entrar de imediato em funcionamento será o português e espanhol, seguindo-se, dentro em breve, os francês e norte-americano. Embora sem estarem descartados, a responsável afirma que “o Brasil e Angola” serão incluídos lá mais para a frente”. Alexandra Galhardo avançou que “2106 foi um ano difícil para o segmento corporate”, sobretudo em relação aos mercados de Angola e Moçambique. No início de 2017 garante que “já se começou a assistir a alguma retoma, até mesmo no mercado brasileiro, terminando dizendo que é engraçado sentir que “estão a surgir outras geografias”.

Ryanair ainda não decidiu

se quer ir para o Montijo

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Ryanair ainda não decidiu se irá optar pelo aeroporto complementar do Montijo em detrimento do Aeroporto Humberto Delgado. Michael O’Leary, CEO da companhia área de baixo custo, revelou, esta manhã, em Lisboa, numa conferência de imprensa, que só irão escolher voar para o aeroporto da margem sul do Tejo caso a ANA venha a disponibilizar tarifas “bem mais baixas”

para a futura infraestrutura aeroportuária. “O Montijo deverá oferecer tarifas muito mais baixas ou, caso contrário, as companhias aéreas vão querer continuar na Portela”, referiu. Michael O’Leary disse que “quatro anos para abrir o Montijo é demais” e que a data ideal seria o “verão de 2018”, antes do aeroporto principal “atingir a sua capacidade máxima”. Por outro lado, afirma não “entender o atraso na abertura do aeroporto comercial à aviação civil, dado que já funciona como aeroporto militar” e ironizou dizendo “para quê quatro anos para fazer um estudo? Por que não telefonaram para a Ryanair? Poderíamos ter-lhes dado esse estudo até à hora do almoço”. O responsável mostrou-se ainda indignado com o facto de a ANA estar a propor um aumento de 4% nas taxas aeroportuárias do Aeroporto Humberto Delgado e deixou o aviso: “Caso a ANA decida mesmo aumentar isso terá repercussão no Turismo de Lisboa”, deixando como exemplo o caso de Madrid que está a optar por diminuir o valor das taxas.

Mesmo que a ANA decida avançar com o aumento dos 4% das taxas aeroportuárias o CEO da Ryanair afirma que dificilmente irão “aumentar as tarifas dos bilhetes de e para Portugal, devido ao preço do combustível estar a diminuir e por os novos serem aviões mais modernos e económicos”.

Calendário de inverno 2017/2018 A Ryanair aproveitou ainda para apresentar o seu calendário para o próximo inverno IATA para Lisboa, que inclui um portfólio de 26 rotas, com três novas rotas para Baden (2 vezes por semana), Bruxelas (Charleroi – diário), e Cracóvia (2 vezes por semana), e seis novas rotas sazonais de inverno para Bolonha, Glasgow, Luxemburgo, Nápoles, Toulouse e Breslávia. Esta estratégia irá permitir à Ryanair transportar 3,2 milhões de passageiros por ano e contribuir com 2400 empregos no Aeroporto Humberto Delgado, resultado de um crescimento da companhia aérea neste aeroporto em 27% no inverno de 2017/2018. “Este é melhor calendário de sempre do inverno da Ryanair em Portugal”, concluiu.



Aviação

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TAP continua a crescer em fevereiro A

TAP mantém a tendência de crescimento verificada dos últimos meses, tendo registado um aumento de tráfego de 27% em fevereiro, face a igual período do ano anterior. A contribuir para estes resultados está em grande medida o mercado europeu, onde a TAP alcançou no mês passado um crescimento de 23%, com destaque para Espanha, Reino Unido e Alemanha, com crescimentos de tráfego de 57%, 40% e 26%, respetivamente. Nos destinos intercontinentais, a TAP continua a registar crescimentos de tráfego assinaláveis no mercado dos Estados Unidos, mais 208% do que em fevereiro de 2016, em Marrocos, mais 351%, e em Cabo Verde, com uma subida no número de passageiros transportados de 38% em fevereiro. A taxa de ocupação – load factor – em fevereiro foi de 78,9% em toda a rede da companhia. Mais 7,3 pontos percentuais face ao período homólogo.

Abidjan regressa após 15 anos de interrupção A TAP acrescentou Abidjan, na Costa do Marfim, à sua rede de destinos. Com início da operação a 17 de julho, após cerca de 15 anos de interrupção, a Companhia passa a oferecer cinco voos semanais para este destino africano A capital económica da Costa do Marfim fica, assim, mais próxima de Lisboa, a par dos outros novos destinos já anunciados – Toronto, Estugarda, Gran Canaria, Alicante, Bucareste e Budapeste. As ligações diretas entre Lisboa a Abidjan serão operadas em A320, com capacidade para 165 passageiros, às segundas, quartas, quintas, sextas e sábados, com partida de Lisboa às 17:25 e regresso de Abidjan às 23:00, passando para quatro frequências semanais durante o inverno IATA. O Aeroporto Internacional de Abidjan regista, atualmente, um tráfego de dois milhões de passageiros por ano, servindo mais de 20 companhias aéreas e a possibilidade de conexão a 35 destinos adicionais, sobretudo em África e no Médio Oriente. Destino eminentemente tropical, a Costa do Marfim oferece atrativos resorts de praia, em Assinie e Grand-Bassam, bem como exemplos de arquitetura monumental, como a Catedral de São Paulo, em Abidjan, ou a icónica Basílica de Nossa Senhora da Paz, em Yamoussoukro, a capital. A inclusão de Abidjan na Rede da TAP vem reforçar o seu posicionamento estratégico no continente africano. Com a abertura de voos para Abidjan, a TAP passa a servir um total de 15 destinos em 8 países de África.

Azores Airlines lança MY Upgrade

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s passageiros da Azores Airlines, com bilhete confirmado em classe económica, têm agora a possibilidade de viajar em classe executiva - SATA Plus – por um valor bastante mais baixo que o habitual.

O MY Upgrade tem por objetivo tornar a viagem dos clientes da Azores Airlines ainda mais confortável e é disponibilizado por convite, via correio eletrónico, para os passageiros com voos operados, pela Azores Airlines, nas frotas A310, A320 e A330, de acordo com o limite e disponibilidade de lugares. O passageiro é convidado a fazer uma oferta para o voo em que vai viajar, a qual será analisada e processada pela Azores Airlines. As ofertas apresentadas pelos passageiros têm um valor mínimo de 20 euros, por

segmento de voo, para voos domésticos, 30 euros para voos de e para a Europa, e 50 euros para voos com saída para a América do Norte. Para voos com partidas da América do Norte o valor mínimo é de 60 USD/CAD. Caso a oferta seja aceite, o passageiro será contactado pela companhia aérea e receberá por e-mail a atualização da reserva. Este serviço estará acessível a partir de 96 horas antes da hora de partida do voo e até às 12 horas do dia que antecede o mesmo (horário dos Açores). O My Upgrade tem por objetivo ir ao encontro das melhores expetativas dos passageiros da Azores Airlines, oferecendo em cada viagem uma experiência pontuada por um serviço de excelência.

Ryanair anuncia nova rota entre Lisboa e Cracóvia A Ryanair anunciou que no próximo inverno vai oferecer dois voos semanais entre Lisboa e Cracóvia, com início em Outubro. Para celebrar o lançamento desta nova rota Lisboa – Cracóvia, a Ryanair está a oferecer voos desde 19,99 euros em toda a sua rede, que podem ser reservados em www.ryanair.com, até às 24h de segunda-feira, 6 de fevereiro, para voos em fevereiro e março.



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Air France celebra 20 anos do seu hub de Paris-Charles de Gaulle

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Air France celebrou, no dia 9 de fevereiro, em Paris, o 20º aniversário de existência do seu hub de Paris-Charles de Gaulle. Desde de 31 de Março de 1996, a Air France tem investido e capitalizado continuamente os seus ativos em Paris-Charles de Gaulle para melhorar o seu desempenho operacional. Um staff de cerca de 6,500 pessoas assiste diariamente 100.000 passageiros, existindo igualmente disponíveis 25,000 oportunidades de ligação todas as semanas.

gicas da companhia. A experiência digital do passageiro Air France, desde o momento da reserva dos seus voos ao tempo despendido em Paris-Charles de Gaulle, é uma referência na indústria do transporte aéreo e do turismo. A cada passo do percurso, os passageiros estão apoiados por soluções digitais simples e intuitivas: 247 quiosques self-service para ganhar tempo a imprimir o cartão de embarque ou a sua etiqueta de bagagem; 58 balcões para a entrega automática de bagagem

(drop-off) em 30 segundos; 56 portas em selfboarding, para embarcar os 178 passageiros dos A320 em 12 minutos; e 2.500 tablets utilizados pelo pessoal de terra da Air France para assegurar aos clientes uma resposta rápida e personalizada, independentemente de onde se encontram no aeroporto. A Air France oferece ainda WiFi dedicado aos seus passageiros em todos os seus salões (lounges).

O Hub em alguns números O hub da Air France em Paris-Charles de Gaulle gera 1.000 partidas e chegadas diariamente e, em 2016, 59,431 menores, não acompanhados, partiram daqui. São despachadas 100.000 malas todos os dias e acolhe 40 milhões de passageiros todos os anos. Além disso, são operados pelo grupo Air FranceKLM 320 destinos, em 114 países, e apenas em Paris-Charles de Gaulle o grupo dispõe de sete salões Business e um salão La Première.

Inovação digital ao serviço do passageiro Com a digitalização do percurso do passageiro, a modernização das suas infraestruturas e salões (lounges), a evolução dos seus serviços à medida de cada passageiro e a gama de produtos e serviços oferecidos pela SkyTeam e pelo Aeroporto de Paris, o hub de ParisCharles de Gaulle vai ao encontro dos níveis de excelência e ambições estraté-

Colónia é novo destino da TAP na Europa

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partir de agora, já é possível reservar voos para a cidade de Colónia, na Alemanha, destino para o qual a TAP inicia operações a partir do dia 15 de julho, com a oferta de dois voos diários. Colónia será assim o 8º novo destino que a TAP lança no Verão deste ano. Com a abertura desta nova linha, que servirá o Aeroporto de Colónia / Bona

(localizado entre estas duas cidades), a TAP consolida a sua presença no mercado alemão e passa a cobrir o total de sete destinos na Alemanha: Frankfurt, Berlim, Hamburgo, Munique, Dusseldorf, Estugarda e Colónia. Colónia junta-se à lista de novos destinos já anunciados pela TAP para este ano – Toronto, Abidjan, Estugarda, Gran Canaria, Alicante, Bucareste e Budapeste – e

reforça o posicionamento da companhia no mercado europeu. As ligações diretas entre Lisboa e Colónia serão operadas com duas frequências diárias, em aviões Embraer 190, com capacidade para 106 passageiros, com partidas de Lisboa às 12:30 e às 19:05, e regresso de Colónia às 17:20 e às 6:00 (dia seguinte), respetivamente. O Aeroporto de Colónia/Bona regista, atualmente, um tráfego de cerca de 11 milhões de passageiros por ano, sendo servido por mais de 40 companhias aéreas. Colónia, Bona e Dusseldorf – destino para o qual a TAP já oferece um voo diário – situam-se na Região Metropolitana do Reno-Ruhr, a maior na Alemanha, com 11 milhões de habitantes. Com a entrada de Estugarda na sua Rede de destinos, a TAP passará agora a servir as seis maiores regiões metropolitanas daquele país. Já este ano, a TAP registou um crescimento de 25% no número de passageiros transportados nas linhas da Europa, com um aumento de 27% para a Alemanha em particular. Com o lançamento de voos para os novos destinos no próximo verão, a Companhia irá aumentar em 12% a sua oferta para a Europa, salientando-se que, só na Alemanha, a TAP vai crescer 44%.



Regiões

Residentes e trabalhadores de Lisboa “felizes” com o impacto do Turismo na cidade

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ais de 90% dos residentes e trabalhadores da cidade de Lisboa afirmam que o Turismo é “positivo” para a capital portuguesa. A conclusão é de um estudo encomendado pela Associação de Turismo de Lisboa (ATL) à Intercampus. Segundo António Salvador, da Intercampus, no universo dos residentes, são os mais velhos, os inativos, os indivíduos de status mais baixos e os menos instruídos que se revelaram menos entusiastas com o incremento do Turismo em Lisboa. Já os residentes que têm atividade turística na cidade são os que se revelam mais entusiastas. Quanto aos não residentes, que trabalham em Lisboa ou já viveram anteriormente na cidade, os menos entusiastas foram os menos instruídos. “Tínhamos a sensação de que o turismo se dava bem com Lisboa, o que talvez nos surpreenda é a dimensão da adesão”, opinou Vítor Costa, presidente da ATL, quando o estudo foi apresentado à Imprensa. O responsável adiantou, por outro lado, que a encomenda deste estudo não se deve às opiniões publicadas, mas por se tratar de um “instrumento muito importante” que irá ajudar nas “confirmações daquilo que a ATL tem que fazer”. No que respeita à contribuição do Turismo para a cidade, assim como para o país, António Salvador revelou que também mais de 90% têm uma opinião positiva ou muito positiva. Devido ao setor do Turismo, 91% dos residentes afirma sentir “muita satisfação por viver em Lisboa” e cerca de 51% está satisfeito com a evolução do Turismo na cidade. Já 51% dos trabalhadores partilharam desta última satisfação.

Mais turistas é melhor A grande maioria dos inquiridos defende que trabalhar ou viver numa Lisboa com mais

turistas é melhor (41% residentes – 38% trabalhadores), mas há também que diga que isso lhes é indiferente (28% residentes – 32% trabalhadores). As consequências do Turismo têm com principais vantagens o desenvolvimento da economia (61% residentes – 64% trabalhadores) e o aumento do comércio (31% residentes – 17% trabalhadores). Por outro lado, 61% tanto de uns como de outros não vêm desvantagens nas consequências do Turismo para a cidade. A opinião dos moradores dos bairros históricos está em linha com a dos restantes, com 91% a considerar que o Turismo traz mais vida à cidade e 80% a dizer que o Turismo ajuda a sentir mais orgulho em relação à cidade de Lisboa. Tendo em conta uma escala de 1 a 5, em que 1 representa o impacto máximo negativo e 5 o impacto máximo positivo, a maioria dos residentes e trabalhadores considera positiva a reabilitação das zonas históricas e tradicionais da cidade (4,3% residentes – 4,2% trabalhadores). Com valores idênticos surgem a preservação do património, monumentos e edifícios históricos e a preservação e reabilitação de espaços públicos (4,2% residentes – 4,1% trabalhadores). Já a preservação e reabilitação de prédios e edifícios e habitação ficou com 41% para ambos os perfis. O impacto mantém-se positivo no que concerne às áreas económicas, sobretudo ao nível dos hotéis e restaurantes, bares, cafés e esplanadas, comércio tradicional, lojas e centros comerciais e atividades culturais e artísticas. Do estudo fizeram parte 1017 pessoas, das quais 406 residentes nas zonas históricas de Lisboa e outras 308 nos restantes bairros do concelho de Lisboa, além de 200 residentes nas vilas de Cascais e Sintra (a exercerem ou

não atividade laboral no concelho de Lisboa), e ainda 103 residentes nas restantes áreas da Área Metropolitana de Lisboa (a exercerem atividade laboral no concelho de Lisboa).

Trabalhar a procura e alargar o Turismo a outras áreas Vítor Costa admite que, apesar dos números favoráveis, têm que “continuar a trabalhar a procura, seja nos mercados emissores seja na experiência da própria cidade e região”, dado ser fundamental “sustentar toda a atividade e toda a oferta que foi criada, que beneficia a economia e as pessoas”. O presidente da ATL considera igualmente importante que este “fenómeno se espalhe mais pela região e pela cidade”, para que “aquelas zonas, freguesias e bairros que ainda não beneficiam com o turismo possam ter também tirar benefícios dentro desta atividade”. Mas alerta: Para que isso seja possível “há respostas que têm que ser dadas pelas entidades públicas, pelas câmaras, pelo governo, pelos outros municípios, pela Entidade Regional de Turismo… e aí a ATL está disponível para colaborar em todas as políticas que possam vir a melhorar ainda esta performance do turismo”. O objetivo será criar uma “ligação da centralidade da Baixa a Belém, ou da Baixa até ao Parque das Nações, ou o Eixo da Almirante Reis, ou o eixo central da cidade, do Marquês de Pombal até ao Campo Grande”, dado serem zonas da cidade que “têm potencial”, embora isso implique “promoção, atividades, criar atrações turísticas”. Já na região da Grande Lisboa, o especialista frisou que existem “áreas com grande potencial”, entre as quais se encontram “Setúbal, Arrábida, Mafra, Vila Franca de Xira…” que têm de ser “trabalhadas em termos de estruturação de produto”.


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Turismo gerou 8,4 mil milhões em receitas na região de Lisboa em 2015

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Turismo gerou 8,4 mil milhões de euros de receitas, diretas e indiretas, na região de Lisboa em 2015, embora as atividades que contribuíram em 42% para este valor tenham sido as de alojamento (hotelaria e alojamento local), restauração e similares. Esta é uma das principais conclusões retiradas do Estudo de Impacto Macroeconómico do Turismo na Cidade e na Região de Lisboa, desenvolvido pela Deloitte. Tendo por base a década de 2005 a 2015, esta receita gerada revela um aumento anual de cerca de 8%, sendo que em 2005 a receita geral gerada pelo Turismo na região não chegava aos 3,9 mil milhões de euros. Foi na cidade de Lisboa que este crescimento foi mais acentuado, fixando-se nos 9,5%, atingindo quase os 6,3 mil milhões de euros de impacto, direto e indireto, em 2015, entre os quais quase 2 mil milhões foram de impacto direto. Quando comparando com 2005, os valores das receitas diretas geradas foram de 806 milhões de euros, ao passo que as indiretas situavam-se apenas em 1,7 mil milhões de euros. Em 2015, a hotelaria da capital conheceu um aumento de 240 milhões de euros, duas vezes mais do que o valor atingido em 2005 e presentando ainda 74% do total atingido na região. O setor dos congressos e reuniões gerou mais de 100 milhões de euros entre

2005 e 2015, ao passo que a animação turística conheceu um incremento de 75 milhões, a restauração mais de 200 milhões, os transportes 140 milhões e nas compras o valor atingiu um aumento de mais de 140 milhões de euros.

Maior número de postos de trabalho Todo este aumento na cadeia de valores do Turismo gerou ainda a criação de mais postos de trabalho na região, tendo passado de pouco mais de 137 mil em 2005 e para quase 150 mil em 2015. Cerca de 56% dos empregos gerados no turismo durante a década em análise foram sobretudo nas áreas da hotelaria e da restauração. Segundo o estudo, estima-se que a produção total do setor do Turismo na Região de Lisboa tenha correspondido, em 2014, a 10,8% do PIB da região. O número de turistas na cidade e na região cresceu também de forma significativa na última década, tendo o número de hóspedes, em estabelecimentos hoteleiros, alojamento local e parques de campismo, passado de 2,4 mil milhões para 4,9 mil milhões na cidade e de 1,2 mil milhões para 2,3 mil milhões na região, demonstrando que, tento num caso como no outro o número de hóspedes duplicou. O mesmo sucedeu ao nível da oferta hoteleira. Na capital o número de estabelecimentos hoteleiros passou de 93 para 197, entre 2005

e 2015, ao passo que o número de quartos aumentou de 13.250 para 19.804. Já na região os estabelecimentos hoteleiros passaram de 178 para 283, sendo que o número de quartos aumentou de 21.299 para 28.431. Durante esse período, a Deloitte analisou que a taxa de ocupação média na cidade aumentou de 61% para 75,3%, o RevPar cresceu de 44,8€ para 63,4€ e a o ARR subiu de 73,5€ para 82,4€. O dinamismo do setor foi notório no acréscimo da oferta nas diferentes atividades que integram a cadeia de valores, tendo a cidade, em 2015 mais 7 mil quartos de hotel, mais 6 mil quartos em estabelecimentos de alojamento local, recebe 10 vez mais congressos e reuniões por ano, tem mais 55 cruzeiros a fazerem escala por ano e conta com um novo casino. Lisboa foi ainda cidade que mais cresceu em número de turistas, quando comprando com outras capitais europeias, com um aumento médio anual do número de dormidas superior a 9%. Por último, este estudo, encomendado pela Associação de Turismo de Lisboa, por ocasião do seu 20º aniversário, revela que a cadeia de valor do setor do Turismo abrange um conjunto alargado de atividades económicas cujo impacto se propaga, com efeito multiplicador, pela economia, quer seja direta ou indiretamente.


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Lampreia e Alvarinho os reis de Monção

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x-libris gastronómico e com várias formas de confeção, a lampreia, que sai do mar para subir o rio para desovar, é considerada uma iguaria desde o tempo de D. Afonso Henriques. Já cá estava quando o país nasceu e mantém-se até hoje como parte da tradição gastronómica, nomeadamente na região Minho. Inserido no programa gastronómico lançado pela Porto e Norte de Portugal, que inclui mais de 450 empreendimentos turísticos e mais de um milhar de restaurantes, em 75 municípios daquela região, ao longo de 26 fins-de-semana, a lampreia esteve, a par com o cordeiro à moda de Monção, em destaque naquela região no último fim-de-semana de fevereiro, com o restaurante Sabores a fazer as honras da casa. Único no mundo, o vinho Alvarinho junta-se a este manjar numa simbiose perfeita de aromas e sabores, numa terra recheda de histórias e estórias entre guerras e amizades com os vizinhos galegos refletidos no rio Minho, que os separa a curta distância.

Terra de histórias e estórias Em outros tempos terra de contrabandistas, a região tem motivos de sobra que nos leva a perder a noção do tempo enquanto se dá a conhecer. A ecopista do Rio Minho é um exemplo. Reaproveitando uma linha ferroviária desativada, que ligava Valença a Monção, a ecopista, com 17 mil metros de extensão, dá a conhecer os recursos culturais, naturais e paisagísticos existentes, entre eles, a Torre de Lapela. Considerada monumento nacional, desconhece-se o ano da sua fundação, sabendo-se que o castelo que ali existia fora mandado construir por D. Afonso Henriques, no século XII, e a Torre, com 35 metros de altura, dois séculos mais tarde por D. Fernando, durante as Guerras de Castela. D. João V mandou posteriormente, em 1705, demolir a estrutura enviando as pedras para fortificar Monção. Manteve-se a Torre.

Atualmente, no seu interior, encontra-se o Núcleo Museológico da Torre de Lapela, com a entrada localizada a 6 metros de altura, acessível por escadas. Considerada a Sentinela do Minho, Lapela foi uma zona estratégica, espaço de conflitos entre portugueses e espanhóis e uma importante via de comércio entre pessoas e bens.

No reinado da lampreia e do alvarinho Se a lampreia é a rainha, o alvarinho é o rei. Sempre associado à região, o vinho teve bastante relevância económica na região, com a casta Alvarinho a sobressair, nomeadamente em Monção/Melgaço devido ao microclima existente. Esta casta é ímpar no mundo, sendo quase exclusiva do Alto Minho e área contígua do lado galego. Produzido a 600 metros de altitude, e apresentando notas florais, cítricas e frutadas, são produzidas anualmente 900 mil garrafas de vinho Alvarinho. A história deste néctar, com degustações, encontra-se no Museu do Alvarinho no centro da vila de Monção. No entanto, é possível conhecer o lado “prático” visitando uma das casas senhoriais produtoras deste vinho. O Palácio da Brejoeira é a pérola desses exemplos. Considerada Património Nacional, em estilo neoclássico do ínicio do século XIX, a propriedade de 30 hectares oferece 18 para a produção da casta Alvarinho. Visitável, é possível percorrer o seu interior e conhecer os salões, o teatro privado, a capela ou a biblioteca. No seu exterior, a adega, o bosque, a ilha dos amores ou a avenida dos plátanos.

Hotelaria e atividades ímpares Mas um fim-de-semana precisa de alojamento e a oferta na região é variada. Perto do centro de Monção, a paredes meias com as muralhas da cidade, o Hotel Fonte da Vila oferece o descanso necessário para recuperar baterias. Mas a região tem mais para se descobrir. A Porto e Norte de Portugal lançou vários

roteiros segmentados do que a região tem para oferecer, permitindo a elaboração de várias atividades, com um dos roteiros a ser direcionado para o segmento Família. Forte em tradições, entre o sagrado e profano, a região oferece várias atividades culturais, apresentando aos mais incautos o conceito de “aldeia” com o Roteiro de Festas e Romarias e o de Aldeias. City-breaks, Sítios Património Mundial, Museus, Minas e Geologia, Castelos e o Golfe complementam os roteiros dos 86 municípios da região. Recorde-se que a Porto e Norte de Portugal inaugurou, em regime de soft opening, em agosto passado, o Porto Welcome Center, a maior loja interativa de turismo do país, ocupando uma área de 450 metros quadrados, junto à estação ferroviária de São Bento, no centro do Porto. Desde a sua inauguração até ao final do ano, passaram pelo Porto Welcome Center 70 mil visitantes. A previsão para este ano é duplicar esse indicador. Nos próximos fins-de-semana várias regiões dão continuidade à nona edição dos Fins-deSemana Gastronómicos, que termina a 28 de Maio, nos municípios de Trofa, Boticas, Resende e Sabrosa.


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Internacional

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Português dirige hotel de luxo em Phuket

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oão Pedro Amorim é o diretor geral do Dream Phuket Hotel & Spa. O responsável, que se encontra na Tailândia desde agosto do ano passado para abraçar este novo desafio, já passou por grupos como os Hotéis Real ou o grupo NAU Hotels, tendo agora apostado em abraçar uma carreira internacional, a começar por este novo hotel tailandês que, apesar de ter aberto ao público em fevereiro de 2016, começou a funcionar a velocidade de cruzeiro em setembro passado. Localizado na zona oeste da ilha de Phuket, na calma praia de Layan, a cerca de 30 minutos da animada cidade de Patong, o Dream Phuket Hotel & Spa é a segunda aposta de internacionalização da cadeia hoteleira norte-americana Dream Hotel Group, após ter aberto a primeira unidade em Banguecoque. O plano de expansão do grupo integra agora dois novos hotéis no Vietname e nas Maldivas, embora o plano para os próximos anos incluía mais de 40 novas unidades fora dos Estados Unidos da América. Ideal para quem está de viagem de lua-demel ou para quem quer simplesmente passar umas férias paradísicas junto ao mar, o hotel dispõe de 172 quartos ultramodernos e duas vilas com piscina privativa. Além disso, conta com restaurante, bar interior e de piscina, discoteca, fitness center, serviço de shuttle para a cidade e ainda wi-fi gratuito em todas

as áreas públicas e privadas. João Pedro Amorim contratou o vencedor do Master Chef na Tailândia para chefiar a equipa do restaurante, por ser conhecedor não só da culinária tailandesa, com também da europeia e do sudoeste asiático. Durante a apresentação do hotel em Lisboa, o responsável afirmou que “tanto do ponto de vista pessoal como profissional, este tem sido um desafio muitíssimo interessante, estimulante e diferente”. O diretor geral está convicto de poder contar com o apoio dos operadores turísticos portugueses para a contração de 2017/18, que está agora a começar. “Se pensarmos que, segundo os últimos números, Portugal manda

para lá meio milhão de turistas, há mercados que mandam muitos mais”, enalteceu João Pedro Amorim, embora a intenção seja que “o mercado português venha a crescer 20% durante 2017” no Dream Phuket Hotel & Spa. A Solférias é o único operador português que já tem esta unidade disponível na sua oferta online, embora Manuela Ciaccio, responsável pelas vendas na Europa, garanta que está tudo bem encaminhado para terem, em breve, também a TUI, a Abreu Online e a Soltrópico. Os portugueses representam até ao momento 5% da ocupação total do hotel, que tem os chineses, italianos, alemães e australianos como principais clientes, numa ocupação que tem atingido os 100% desde setembro.

Macau vai receber Congresso da APAVT pela 5ª vez

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43º congresso nacional da APAVT vai ter lugar em Macau, de 23 a 27 de novembro deste ano, constituindo esta Região Administrativa Especial da República Popular da China o destino escolhido para o regresso da magna reunião do Turismo Português a destinos estrangeiros, após oito anos em que a associação deu preferência a destinos nacionais. A diretora da Direção dos Serviços de Turismo de Macau, Maria Helena de Senna Fernandes, afirmou, em Macau, que “é naturalmente uma honra acolher uma vez mais este importante congresso, realçando o papel de Macau enquanto Centro Mundial de Turismo e Lazer e plataforma de serviço entre a China e os países de língua portuguesa. A dirigente realça ainda a importância deste evento estratégico, ao contribuir simultaneamente para a diversificação da indústria turística de Macau, e para o reforço da estratégia de promoção e de crescimento do número de turistas internacionais. Helena de Senna Fernandes conclui que, “temos a certeza de que em cooperação com a APAVT vamos realizar um evento ainda melhor do que os anteriores, numa região que mesmo os que

já visitaram dificilmente reconhecerão”. Por seu lado, o presidente da APAVT, Pedro Costa Ferreira, afirma que “o anúncio desta decisão constitui uma enorme alegria para todos nós, encerrando dois significados fundamentais - para o outgoing, a certeza de que a atmosfera económica e a dinâmica da procura está agora mais positiva e confiante, permitindo que o congresso volte a atravessar as fronteiras de Portugal; para o incoming, a participação ativa no reforço dos investimentos que privados e tutela estão a realizar no maior mercado emissor mundial”.

Visitantes portugueses aumentam 3% em 2016 Macau recebeu, em 2016, cerca de 16 mil visitantes portugueses, num crescimento de 3% face ao ano anterior, avançou Rodolfo Faustino, coordenador do Turismo de Macau em Portugal, durante o Jantar da Primavera, que decorreu no dia 16 de fevereiro, em Oeiras, que comemora o Novo Ano Chinês. Embora tenha admitido que 2016 não foi um ano fácil, Rodolfo Faustino afirmou ainda que no que respeita à “representação do Turismo de Macau em Portugal foi um ano extraordinariamente importante”, devido aos prémios e distinções que recebeu ao longo do ano. Tendo a notícia do Congresso da APAVT sido revelada na manhã desse mesmo dia, o coordenador que esse era um motivo de “grande regozijo. Já vamos organizar o quinto congresso. Creio que devem existir poucos territórios, em Portugal inclusive, que tenham tido a oportunidade de organizar cinco congressos”. Para este ano, o profissional acredita que o número de turistas portugueses para Macau vai aumentar ainda mais.


COM PATROCíNIO

Katharina Schlaipfer é a nova diretora geral do Conrad Algarve Katharina Schlaipfer sucede no cargo Joachim Hartl, que exerceu funções desde a abertura do hotel e assume agora o cargo de Area General Manager da Hilton Worldwide para a Península Ibérica. Licenciada em Gestão Hoteleira pela Hotel Management School Munich, Katharina Schlaipfer transita do Hilton Florence Metropole e Hilton Garden Inn em Florença, Itália, onde foi diretora geral nos últimos dois anos. Depois de uma experiência de sete anos no Rome Cavalieri Waldorf Astoria Hotels&Resorts, em Itália, onde exerceu funções como Food&Beverage Assistant Manager, Front Office Manager e Revenue Manager, Katharina Schlaipfer foi também Diretora Geral do Hilton Brussels, Bélgica, e Hilton Strasbourg, em França. “É com enorme entusiasmo que abraço este projeto fantástico que é o Conrad Algarve, um dos hotéis mais emblemáticos do portfólio Hilton Worldwide, e que

assumo a responsabilidade de dar continuidade ao excelente trabalho que foi desenvolvido até agora”, refere Katharina Schlaipfer. “Tenho família em Portugal e já visitei o país várias vezes, em férias, e conheço bem o Algarve. Sou apaixonada por esta região”, acrescenta. O Conrad Algarve é um luxuoso resort que oferece aos hóspedes um refúgio elegante na prestigiada área da Quinta do Lago. Localizado na região do Algarve, ao lado do Parque Natural da Ria Formosa, o hotel está a curta distância de magníficas praias e campos de golfe. Distribuídos por seis andares, cada um dos 154 quartos proporciona um conforto luxuoso, juntamente com a mais recente tecnologia num ambiente espaçoso e relaxante. O Conrad Algarve promete aos hóspedes uma experiência memorável, com um serviço discreto, mas envolvente, num resort que oferece o verdadeiro reflexo da cultura local.

Portugal Travel Team integra novos acionistas Cristina Pedro e Rita Cunha, respetivamente diretora de Operações e senior Project Manager da DMC (Destination Management Company) Portugal Travel Team, passaram a deter 20% do capital da empresa fundada e liderada por Eduarda Neves. Uma das mais reputadas empresas especializadas no segmento MICE, a Portugal Travel Team celebrou em 2016 o seu vigésimo aniversário, tendo desde a sua fundação sido detida por Eduarda Neves. «Ao celebrar, no ano passado, vinte anos de atividade empresarial, entendi ser necessário começar a preparar a empresa para manter o

sucesso nos próximos 20. Parte desta estratégia passa, também, por integrar no capital da Portugal Travel Team a Cristina Pedro e a Rita Cunha, que são colaboradoras de longa data e uma parte importante do trabalho que temos desenvolvido», afirma Eduarda Neves. Cristina Pedro licenciou-se em Turismo no IP de Viana do Castelo e entrou na empresa em 2001, e Rita Cunha licenciou-se também em Viana do Castelo, estando na PTT desde 2006. Além da sua atividade empresarial, Eduarda Neves, licenciada é desde 2012 membro da direção da Associação Portuguesa das Agências de Viagens e Turismo (APAVT), organização na qual ocupa uma das vice-presidências e onde lidera o Capítulo de DMCs, cuja criação foi da sua responsabilidade. Representando o setor do Incoming Português na Confederação Europeia das Associações de Agências de Viagens e Operadores Turísticos (ECTAA), Eduarda Neves é também membro do conselho de administração da Euromic, associação mundial do setor de MICE, sem fins lucrativos.

Minor Hotels nomeia novo vice-presidente de Desenvolvimento para a Europa, Médio Oriente e África A Minor Hotels (MH), proprietária, operadora e investidora do ramo hoteleiro, com um portefólio de 156 hotéis e resorts em 24 países da Ásia-Pacífico, Médio Oriente, Europa, América do Sul, África e Oceano Índico, acaba de anunciar a nomeação de Ramzy Fenianos para o cargo de Vice-Presidente de Desenvolvimento para a Europa, Médio Oriente e África. Ramzy Fenianos traz uma vasta experiência de mais de 10 anos na área da hotelaria e do imobiliário. Com foco no desenvolvimento de negócios, planeamento estratégico e gestão de ativos na hotelaria internacional, o seu prestigiado currículo inclui experiência no Bouygues Real Estate Group, em França, bem como no Sama Dubai Holding Group e no IFA Hotels & Resorts, ambos no Dubai. Antes de assumir funções na Minor, Ramzy exercia o cargo de Vice-Presidente de Aquisições e Desenvolvimento para o Médio Oriente e África no grupo Starwood Hotels & Resorts Worldwide. De origem francesa, fluente em inglês e árabe, Ramzy Fenianos encontra-se, atualmente, no escritório regional da Minor Hotels no Dubai. Possui um mestrado em Finanças Imobiliárias, Grandes Investimentos e Desenvolvimentos pela ESPI (École Supérieure des Professions Immobilères), em França, bem como uma Certificação Avançada em Investimento em Imóveis e Hotéis, da Universidade de Cornell, nos EUA.

europcar.pt



Comentador

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Prenúncios de uma descentralização que “não” queremos A

no após ano, governo após governo, o tema da “descentralização” impõe-se, recorrentemente, na ordem do dia. O “Documento Orientador Descentralização Aprofundar a Democracia Local”, foi um dos primeiros documentos que o atual governo lançou sobre o assunto, onde são apresentados um conjunto de pressupostos para concretizar esta reforma. Nele, refere-se que as Comunidades Intermunicipais (CIMs) serão um “instrumento de reforço da cooperação intermunicipal, em articulação com o novo modelo de governação regional resultante da democratização das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regionais (CCDRs) da criação de autarquias metropolitanas,” e pretende assim rever “as atribuições, os órgãos e modelos de governação e de prestação de contas”. De acordo com este documento, a “promoção turística”, seria uma das competências a transferir da administração central para as CIMs. Com o tema da descentralização de competências para as autarquias locais e entidades intermunicipais no topo da agenda, foi solicitado, recentemente, o parecer à Associação Nacional de Municípios Portugueses sobre a proposta de lei sobre descentralização defendida pelo Governo. Este documento contempla uma proposta de restruturação das Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional (CCDR) que, entre outros aspetos, passam a ser eleitas pelo conjunto dos autarcas das regiões. Em reunião do Conselho de Concertação Territorial (do passado dia 08 de fevereiro), decidiu-se que os presidentes das CCDR serão eleitos pelos autarcas das regiões já em 2018, mantendo as mesmas competências, acumulando a responsabilidade dos fundos europeus regionais. Esta proposta pressupõe a descentralização de competências para autarquias e entidades intermunicipais prevendo a transferência nos domínios, entre outros, da educação, formação profissional, ação social, saúde, proteção civil,

Pedro Machado n

Presidente da ERT Centro de Portugal

A concentração de competências de turismo na máquina do Estado é afastar de forma deliberada os agentes privados que estão hoje associados ao setor e que, dessa forma, não vão poder participar no modelo de governação das comissões de coordenação”.

cultura, património, habitação, áreas ribeirinhas ou marítimas fora da atividade portuária e gestão territorial. Consideramos que seria “um erro de lesa-pátria” se esta proposta previsse a transferência de competências na área do turismo para as CCDRs e para as CIMs, ainda mais se atendermos que a Lei 33/2013 (aprovada a 16 de maio de 2013 pela Assembleia da República), estabelece o regime jurídico das áreas regionais de turismo de Portugal continental, a sua delimitação e características, bem como o regime jurídico da organização e funcionamento das entidades regionais de turismo. Esta lei, atribuiu às ERTs a missão de valorização

e o desenvolvimento das potencialidades turísticas da respetiva área regional de turismo, bem como, a gestão integrada dos destinos no quadro do desenvolvimento turístico regional, de acordo com as orientações e diretrizes da política de turismo definida pelo Governo e os planos plurianuais da administração central e dos municípios que as integram. Seria um recuo político irreparável no processo de descentralização de competências na área do turismo, e um contrassenso concentrar nas CCDRs uma atividade económica que, neste momento, já está descentralizada nos agentes públicos locais e privados. Uma proposta de descentralização, neste termos, não seria mais do que um erro técnico, dado preconizar colocar na máquina administrativa do Estado as organizações que hoje elegem e são eleitas nos colégios regionais e que participam no modelo de governação das organizações regionais do turismo. A concentração de competências de turismo na máquina do Estado é afastar de forma deliberada os agentes privados que estão hoje associados ao setor e que, dessa forma, não vão poder participar no modelo de governação das comissões de coordenação. A proposta nestes termos conteria ainda um terceiro erro, que resultaria num prejuízo económico efetivo para o país. Os agentes privados que atualmente participam nos modelos de promoção interna, e muito particular nos modelos de promoção externa, financiam a própria atividade. Com esta putativa solução os privados não financiariam as atividades das CCDRs, não havendo transferência de verbas dos agentes privados para o Estado. O modelo de descentralização, em particular, no Turismo, está a decorrer com sucesso desde 2004, pelo que, pelos pressupostos atrás apresentados, a situação no setor não é, nem pode ser, comparável com o que se passa na saúde, segurança social ou cultura.


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Viagem exótica de Norte a Sul Longe os holofotes de quem quer viajar para a Índia, as regiões do Rajastão de Tamil Nadu, localizadas em locais opostos deste grande país asiático, um a Norte e outro a Sul, são a alternativa perfeita para quem quer conhecer um pouco mais a fundo o que a terra dos marajás tem de melhor para oferecer. A Norte um pouco mais árido e desértico, a Sul mais verdejante e com bonitas ilhas, o mais difícil será conseguir fazer um roteiro, dada a infinidade de opções de visita.


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Rajastão Entre lendas, sonhos e realidades Rajastão é uma autêntica meca para quem gosta de histórias, palácios e fortalezas da época medieval, verdadeiros símbolos da coragem e da nobreza dos Rajput. São inúmeros os locais que se pode visitar no Rajastão! O melhor será começar pela sua capital, Jaipur. Logo à entrada tem-se a perceção que esta é terra de marajás. Uma muralha e as suas portas gigantescas dão as boas-vindas a quem está de visita. Jaipur não é mais que um sonho tornado realidade! Os seus jardins, palácios e bazares evocam uma atmosférica única das cidades medievais do oriente. Conhecida como a cidade cor-de-rosa, pedras vermelhas estão na base da construção de Jaipur, apesar de, com o passar do tempo, apresente hoje uma cor mais esbatida, muito semelhante ao rosa. Na cidade antiga encontra-se o Hawa Mahal, também conhecido por Palácio dos Ventos, constituído por um muro finamente esculpido, atrás do qual as mulheres da corte

podiam assistir, de longe, às procissões. Embora Jaipur seja uma metrópole de palácios, muitos foram transformados de hotéis ou museus. Se é apreciador de artesanato local está no local certo. Em Jaipur pode encontrar pequenos bazares próximos de Hawa Mahal. Aqui é possível comprar, a preços acessíveis, saris, tecidos coloridos, pantufas de Jodhpur de pele de camelo ou pequenas sapatilhas de seda, madeiras lacadas e cobres esmaltados. Mas nem só pelo artesanato Jaipur é famosa. A joalharia e as pedras preciosas são outro dos seus encantos.

Palácios, templos, fortes A partir de Jaipur são vários os locais possíveis de visitar, de excursão ou em carro de aluguer. A antiga região Shekhawati, que remonta ao ano de 1433 d.C., fica situada numa área semideserta, onde os Rajput construíram fortes e poços, além de ter fomentado a arte e o comércio. As casas dos comerciantes estão pintadas com ricas pinturas murais, ao

passo que os templos, residências e memoriais foram todos cobertos por frescos, com temas variados, sendo que mitos religiosos, decorações florais, lendas e cenários da vida quotidiana, surgem em grande destaque. Na estrada do velho forte, as caravanas de camelos movem-se lentamente através das colinas desérticas que rodeiam Ajmer, a 132 km de Jaipur. Do topo da sua colina, as ruinas do velho forte de Taragarh dominam a cidade.

A beleza do deserto De longe destaca-se um rochedo da cor da areia: é Jaisalmer, a cidade do deserto. Um enorme rochedo coroado por uma imponente fortaleza da mesma cor. A 265 km a norte do Monte Abú, à beira do deserto do Thar, fica Jodhpur, uma das cidades mais belas do Rajastão, dominada por um forte imponente com as suas torres medievais e os seus contrafortes rochosos. Em contraste, o seu interior evoca a suavidade com pedras cor-de-rosa minuciosamente talhadas.


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Seguindo a estrada do Norte, Bikaner encontra-se no extremo norte do Deserto do Rajastão e tem para oferecer mais uma fortaleza magnífica com grandes pátios interiores e paredes incrustadas de espelhos ou cobertas por pinturas.

Entre deserto e colinas verdejantes À primeira vista, a cidade de Udaipur deixa qualquer um com estranheza. Envolta em colinas verdejantes, com três largos cintilantes no vale, dá para denotar, desde logo, o contraste com as planícies áridas do resto do Rajastão. “Pichola”, o lago maior, é salpicado de pequenas ilhotas. Sobre uma dela erguese o Palácio “Lake Palace”, todo branco e luminoso que domina as águas azuis, e que foi transformado num hotel. O “Jag Mandir” encontra-se noutra ilha, um palácio cinzento, digno da “Bela Adormecida”, perdido no meio das árvores. A aproximadamente 156 km de Udaipur encontram-se templos Jainas, na planície

desértica de Ranakpur. Três deles são de pedra branca e o maior possui 420 colunas esculpidas que suportam um telhado também trabalhado. As caravanas de camelos movem-se lentamente através das colinas semidesérticas à volta de Ajmer, a 132 km de Jaipur, na estrada de Chittorgarh. Do alto da sua colina, as ruínas do antigo forte de Taragarh dominam a cidade na qual se pode ver o templo de Nassiana. Pushkar fica a menos de 12 km de Ajmer. É um lugar altamente sagrado do hinduísmo com um lago verde e tranquilo, rodeado de templos edificados pelos fiéis. Quando se deixa Ajmer pela estrada Sul, atravessa-se uma paisagem de areia salpicada por pequenas ilhas verdes e chega-se à cidade fortificada de Bundi que tem, no seu centro, um lago profundo e casas agrupadas em três das suas ribeiras. A partir de Bundi, a estrada continua para o Oeste até Chittorgarh, a mais famosa fortaleza Rajput, cujo nome evoca a bravura e o sacrifício.

Ranthambore, o refúgio do tigre A 160 km de Jaipur, para terminar a viagem, uma experiencia única e exaltante. Declarado santuário dos animais em 1974, Ranthambore é o local ideal para quem gosta de felinos de grande porte. Aqui, nas ruínas de uma fortaleza, por vezes, é possível observar o majestoso Tigre da Índia. Três lagos permitem observar os sambars, crocodilos e uma grande variedade de pássaros.


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Tamil Nadu Rica herança cultural, religiosa e natural Tamil Nadu é um Estado com vários géneros de turismo. Possui montanhas, vegetação verdejante, praias arenosas, monumentos gigantescos, templos intemporais, vida selvagem fabulosa, esculturas cintilantes e vida rural reverberante. Tem pontos pitorescos, herança contínua, confluência cultural e magnificência estética. Tamil Nadu tem colinas excelentes como Ooty, Kodaikanal, Yercaud, Elagiri, Montes Javvadhu, Kolli Hills, Colinas Sirumalai, Valparai, Topslip, Parvathamalai Hills e Pachamalai Hills. Tem cascatas prateadas em Courtallam, Hogenakkal, Thiruparappu, Thirumurthi Malai, Akasa Gangai e Papanasam. Tem excelentes parques nacionais como Guindy National Park e Anamalai National Park. Tem santuários da vida selvagem em Mudumalai, Kodiakarai, Kalakkad, Mundanthurai e Berijam. Possui jardins botânicos em Ooty, Kodaikanal e Coimbatore. O litoral vasto de Tamil Nadu tem muitas praias prateadas como é o caso de Marina,

Elliots, Thiruvanmiyur, Tiruchendur, Rameswaram e Kanniyakumari. Os templos de Tamil Nadu reverberam com espiritualidade e música. Como Tamil Nadu tem a sua cultura única e um potencial turístico abundante, os turistas do interior e no exterior reúnem os pontos turísticos ao longo do ano. Tamil Nadu é o sétimo estado mais populoso e um dos mais importantes da Índia, que decorre uma das maiores peregrinações hindu, dado que mais de 100 milhões de indianos visitam a região de Tamil anualmente em direção aos templos de Madurai e Trichy. Tem em si uma essência muito genuína do país em que está inserida, com poucos luxos para os turistas mais exigente, mas muito encantadora por mostrar o que há de mais verdadeiro e autentico na Índia.

Hinduísmo e cristianismo Chamada em tempos de Madras, Chennai é a maior cidade do sul da Índia. A Basílica de São Tomé, uma das três únicas igrejas

do mundo que foram construídas em cima do túmulo de um Apóstolo de Cristo, pelo menos segundo a versão dos católicos, é o monumento mais impetuoso da cidade. Tomé estaria por aquelas paragens, há mais de dois mil anos, a pregar as boas novas na Índia, quando morreu. Quer se acredite ou não, a pequena comunidade cristã de Chennai garante que a Basílica é abençoada pelo santo, que teria inclusive evitado a destruição da igreja pelo tsunami de 2004. Mamallapuram, um dos destinos mais ocidentais de Tamil Nadu, tem pouco mais de 10 mil habitantes e para percorrê-la terá que usar um bom calçado, dado que as ruas são de terra batida. Apesar do seu ar bucólico, esta foi uma importante cidade portuária durante o século VII, quando a dinastia dos Pallavas reinava na região, tendo deixado com herança dezenas de templos, estátuas e monumentos com mais de 1500 anos. Estrela do turismo religioso da região de Tamil Nadu é a cidade de Tiruchirappali.


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Com 800 habitantes, a maioria dos visitantes é hindu e raros são os estrangeiros que se aventuram por lá, apesar de toda a sua beleza. Os templos hindus Rockfort, cravado no alto de uma colina, e Sri Ranganathaswamy, um dos maiores e mais bonitos templos da Índia, são um prazer para o olhar.

Índia Francesa. Dividida em ruas retas e setores, a cidade é simpática e ainda conserva os nomes franceses em alguns lugares. Hoje pouca gente fala francês por lá, mas não estranhe se alguma indiana vestindo um sari colorido se aproximar de você com um Bonjour. Aconteceu comigo.

Meenakshi Amman

O maior centro de peregrinação a Sul

Com mais de 1 milhão de habitantes, Madurai é uma das cidades continuamente habitadas mais antigas do mundo. Há relatos de historiadores romanos e, até mesmo, gregos sobre a cidade. E o grande destaque de Madurai, como não poderia deixar de ser, um templo. O Meenakshi Amman, dedicado à deusa Parvati, recebe cerca de 20 mil visitantes por dia. Tecnicamente Puducherry é um território especial da união e não faz parte do Tamil Nadu. Mas como fica no meio do estado, Pondi normalmente entra na rota de quem viaja pelo Tamil. Se Goa era a parte da Índia colonizada por portugueses, Puducherry é a

Rameswaram é uma pequena ilha onde fica situado o maior centro de peregrinação do golfo de Mannar. Todos os dias, esta ilha recebe milhares de peregrinos para serem absolvidos de seus pecados e realizar rituais para seus antepassados. O templo Sri Ramanathaswamy, localizado junto ao mar, no lado oriental da ilha, é conhecido pela sua beleza arquitetónica de prakaras magníficos ou corredores com colunas maciças, esculpidas em ambos os lados. Conta com um corredor com 197 metros de cumprimento, acredita-se ser o mais longo do mundo, e ainda um outro com 133 metros.


India Tourism Paris, 13, Boulevard Haussmann - Paris 75009 - France. Tel: +33-145233045 / Email: directorindiatourismparis@gmail.com / Website: www.incredibleindia.org

Ressuscitate hope in your heart at the Meenakshi Temple, Tamil Nadu.

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