Tgi victoria donato kassab

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6NB MFJUVSB BSRVJUFÙOJDB EB 4BÞEF 1ÞCMJDB DPNP

1SPCMFNB 6SCBOP 7JDUPSJB %POBUP ,BTTBC



6NB MFJUVSB BSRVJUFÙOJDB EB 4BÞEF 1ÞCMJDB DPNP

1SPCMFNB 6SCBOP 7JDUPSJB %POBUP ,BTTBC

INSTITUTO DE ARQUITETURA E URBANISMO. IAU USP TRABALHO DE GRADUAÇÃO INTEGRADO. TGI VICTORIA DONATO KASSAB

GRUPO CAP:

GIVALDO LUIZ MEDEIROS JOUBERT JOSE LANCHA

Agradecimentos:

LUCIA ZANIM SHIMBO LUCIANA DONGIOVANNI SHENK

A DEUS E À MINHA FAMÍLIA PELAS OPORTUNIDADES,

SIMONE HELENA T VIZIOLI

AOS MEUS PAIS E IRMÃOS, POR SEREM MEUS EXEMPLOS, AOS MEUS AMIGOS QUE ESTÃO SEMPRE AO MEU LADO E AOS MEUS ORIENTADORES, SEMPRE CARINHOSOS E

ORIENTADOR GT:

PACIENTES. TAMBÉM VALE UM AGRADECIMENTO ESPECIAL À ARQUITETA SANDRA RISKALLA E À DRA.ROSANY

PIMENTA,

QUE

ME

RECEBERAM

COM

O

MAIOR

CARINHO

E

JOUBERT JOSE LANCHA SIMONE HELENA T VIZIOLI

ME

ORIENTARAM NESSE TRABALHO. SÃO CARLOS

2016


AUTORIZO A REPRODUCAO TOTAL OU PARCIAL DESTE TRABALHO, POR QUALQUER MEIO CONVENCIONAL OU ELETRONICO, PARA FINS DE ESTUDO E PESQUISA, DESDE QUE CITADA A FONTE

VICTORIA DONATO KASSAB UMA LEITURA ARQUITETÔNICA DA SAÚDE PÚBLICA COMO PROBLEMA URBANO

Trabalho de Graduação Integrado apresentado ao Instituto de Arquitetura e Urbanismo da Usp- Campus São Carlos Aprovado em:

BANCA EXAMINADORA:

Ficha catalográfica elaborada pela Biblioteca do Instituto de Arquitetura e Urbanismo com os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

d119l

Nome Instituição

donato kassab , victoria Uma leitura arquitetônica da saúde pública como problema urbano / victoria donato kassab . -- São Carlos, 2016. 120 p. Trabalho de Graduação Integrado (Graduação em Arquitetura e Urbanismo) -- Instituto de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de São Paulo, 2016.

Nome Instituição

1. LEVANTAMENTO. 2. ESTRATÉGIAS. 3. PROPOSTA. 4. APLICAÇÃO. 5. BIBLIOGRAFIA.

Nome Instituição


Resumo Este trabalho é uma proposta para solucionar o problema de superlotação nos hospitais do sistema de saúde pública brasileiro a partir de uma leitura arquitetônica. Inicialmente, foi realizada uma pesquisa para identificar as falhas no sistema de saúde. Com os resultados das pesquisas,foi possível constatar que boa parte do problema de saúde pública é a superlotação dos hospitais e que uma solução para esse problema seria a implementação de diversos pontos de atendimento básico nas cidades. Após essa fase de pesquisa, foram realizadas entrevistas com profissionais envolvidos com a área da saúde para elaborar o programa de um pronto atendimento que atendesse a demanda mostrada nas pesquisas. Foi desenvolvida uma célula modelo com características básicas de funcionalidade e humanização. Após seu desenvolvimento, ela foi replicada e adaptada para que se encaixasse em diversos tipos de edifícios e terrenos, de forma a aproveitar o máximo possível de estruturas pré-existentes .

Por fim.foram implantados dois exemplos em situações bem distintas uma da outra. A primeira área de implantação foi um terreno plano e vazio situado no Largo da Batata em São Paulo. Por estar em uma área plana e grande, não foram necessários muitos ajustes em relação á célula modelo, apenas alguns ajustes de acesso e de paisagismo. A segunda área escolhida, por sua vez, encontra-se dentro de um edifício comercial e, portanto, foram necessário s vários ajustes para seguir o padrão de distribuição de salas previsto no modelo genérico.


SUMÁRIO

RESUMO INQUIETAÇÕES

1

INQUIETAÇÕES

2

PESQUISAS

3

ESTRATÉGIAS

4

PROPOSTA

5

APLICAÇÃO

6

BIBLIOGRAFIA

1 2

ESTRATÉGIAS

3 4

APLICAÇÃO

5

PESQUISAS

PROPOSTA


INQUIETAÇÕES


INQUIETAÇÕES

"ARQUITETURA É SUA PRÓPRIA FINALIDADE." JOÃO FIGUEIRAS LIMA (LELÉ)

HOSPITAL SARAH KUBITSCHEK- RIO DE JANEIRO JOÃO FILGUEIRAS LIMA (LELÉ)


Cidade e Arquitetura Independente do cenário político do país,três pautas se mantém atuais:saúde,transporte e educação. Essas três pautas, se perpetuam na história brasileira como assombrações, que vagueiam de eleição em eleição,expondo a incapacidade de gestão dos governantes em lidar com as velhas questões de crescimento urbano e populacional. Em paralelo à incompetência da gestão pública e a alegada falta de recursos, surgem propostas utópicas cujo objetivo não é solucionar as questões históricas supracitadas,mas elucubrar livremente A respeito desses temas,Ignorando as amarras criativas provindas das limitações de viabilidade. Nesse contexto,a arquitetura e o urbanismo despontam como instrumentos para representar essas utopias,evidenciando os valores e interesses de uma sociedade.

TRANSPOTE EM CURITIBA -PARANÁ

A Arquitetura,dos dias de hoje, Estuda A Cidade Como Um Organismo. Ou seja, um bom projeto, para os arquitetos atuais, deve se conectar ao entorno e estabelecer novas relações entre as pessoas e a cidade que elas habitam.


Arquitetura e Expectativas urbanas Por causa disso, os projetos arquitetônicos contemporâneos acabam abraçando a mobilidade urbana e, consequentemente, o transporte como agente criador de conexões, possibilitando o deslocamento das pessoas de maneira mais humana e favorecendo o contato cultural, que hoje é bloqueado pela desigualdade social. Além do transporte, a questão educacional é frequentemente abordada nesses projetos e também é vista de forma sistêmica, justificando a quantidade e a riqueza de projetos para centros culturais, escolas e espaços lúdicos multifuncionais. Imagina-se portanto que estejamos criando uma cidade mais humana e harmonizada, cujos sistemas integrados aumentariam a qualidade de vida e suavizariam os problemas decorrentes do crescimento urbano caótico. Contudo, uma das questões ainda se mantém: como o sistema de saúde poderia se ajustar a essa visão urbana e se conformar paralelamente às novas expectativas de cidade?

HOSPITAL DA REDE SARAH,BRASILIALAGO NORTE


Resumo da Proposta Pensando

no

que

foi

objetivo

de

propor

colocado um

modelo

anteriormente, de

sistema

esse

que

trabalho

contribua

tem

o

para

o

funcionamento da saúde pública e que garanta a qualidade espacial e bem estar aos usuários, Ou

seja,

um

modelo

que

integre

a

saúde

pública,

com

as

novas

perspectivas de desenvolvimento urbano,garantindo espaços de saúde mais humanizados e conectados com a infraestrutura da cidade. Para

propor

esse

modelo

foi

preciso,

inicialmente,

pesquisar

descobrir os principais problemas do sistema de saúde pública .

TRANSPOTE EM CURITIBA -PARANÁ

e


PESQUISAS


PESQUISAS

"HÁ UM GOSTO DE VITÓRIA E ENCANTO NA CONDIÇÃO DE SER SIMPLES. NÃO É PRECISO MUITO PARA SER MUITO”. LINA BO BARDI

Hospital Sarah Kubitschek- Brasília João Filgueiras Lima (Lelé)


Pesquisas e Entrevistas Estudando um pouco dos hospitais públicos e das criticas feitas ao sistema de saúde como um todo, nota-se que um dos grandes problemas é a demora no atendimento dos pacientes,principalmente nas unidades de primeiros socorros. Buscando entender melhor os motivos por trás desse problema, foram entrevistadas duas médicas com experiências diferentes na área da saúde.

Entrevista com Dra.Rosany Pimenta A primeira entrevistada foi a doutora Rosany Pimenta: médica formada pela USP São Paulo com especialização em administração hospitalar pela FEA USP.concursada desde 1977 no HSPM,Hospital do Servidor Público Municipal.Foi chefe do centro cirúrgico por 10 anos e colaborou no projeto de reconstrução do centro cirúrgico no Hospital do Servidor Público.

Segundo ela, o sistema de saúde é fragmentado e não funciona como uma unidade. As pessoas são orientadas a buscar ajuda nas unidades de pronto atendimento e em unidades menores do sistema.Isso ocorre porque, com os hospitais lotados, sem médicos e sem infraestrutura,as consultas demoram meses para serem marcadas, transformando casos que poderiam ser resolvidos através de consultas agendadas , em casos de falsas urgências,sobrecarregando as salas dos pronto atendimento. Outro ponto interessante da entrevista foi a relação entre os custos de manutenção de um paciente atendido em um hospital e em um pronto atendimento. Segundo ela, um paciente atendido em um pronto socorro custa 5x menos do que os atendidos em hospital. Essa informação também dialoga com o artigo publicado no jornal de notícias de Portugal, em que Fernando Araujo, presidente da administração regional de saúde do norte, manifesta a crença de que se os atendimentos de falsas urgências fossem feitos no pronto socorro o custo por paciente ficaria quatro ou cinco vezes mais barato. Esse dado é interessante ja que o número se mostra constante em dois países com realidades econômicas e sociais distintas:Brasil e Portugal.


Entrevista com Dra.Amanda André Monteiro

Com apenas uma sala de procedimento já funcionaria mas,se chegar um paciente com dor no peito e outro que precisa de sutura, aonde você coloca os dois? duas salas, ajudaria muito.

A segunda entrevista foi realizada com a médica Amanda André Monteiro, formada pela faculdade Julio de Mesquita Filho em Botucatu,

uma coisa que eu gosto muito é o fluxo circular, em que o paciente não precisa se deslocar pelo pronto socorro inteiro para ser atendido .

De acordo com ela, a ideia de haver mais unidades de pronto atendimento se mostra interessante pois economizaria recursos dos hospitais maiores e agilizaria o atendimento aos pacientes .nesse caso, essa unidade deveria ser capaz de funcionar independentemente de um hospital e contar com uma boa equipe de enfermagem e clínicos gerais. Eu perguntei a ela quais seriam os ambientes necessários para atender os pacientes de baixo risco que vão aos pronto socorros e a resposta foi: "pensando em salas práticas,precisaríamos de uma sala de espera com espaço de recepção e triagem, que podem ser montados juntos. um consultório médico,uma sala de medicação,duas salas de procedimento,uma sala de espera e uma sala de reavaliação e observação.

Outra coisa importante,é que para ter muitos pontos de atendimento não podem haver muitos especialistas,ö custo de manutenção seria muito alto. devem haver muitos generalistas e , por isso, uma sala de gesso, por exemplo, seria inviável ja que para realizar esse procedimento você precisaria, obrigatoriamente de um raio x e de um ortopedista."


Pesquisas e Entrevistas

A maior parte da população entende o sistema de saúde público como um sistema de fato.Entretanto, o que boa parte da população não sabe,é que os aparelhos de saúde não foram propostos para se complementarem, mas sim para existirem quase que concorrentes uns dos outros.

Para o desenvolvimento de uma proposta, foram levantados dados sobre a classificação de risco nos hospitais,sobre as queixas dos pacientes ao passar pela triagem e sobre a relação entre o tamanho dos equipamentos de saúde e a eficiência de atendimento destes.

Foi entrevistado o médico Eleuses Paiva,ex depudado federal de São Paulo, ex presidente da associação médica brasileira e da associação paulista de medicina.

Resumidamente, os resultados quantitativos apontam que de fato, o principal vilão para a eficiência dos hospitais é a quantidade de pacientes com falsas urgências que são atendidos. A maioria das fontes relatam uma quantidade de 30% a 40% de falsas urgências em relação ao total de pacientes atendidos,podendo essa quantidade chegar em 60% dependendo da localização do estabelecimento.

Segundo ele, nós temos uma atenção básica que deveria ser feita em todas as cidades pelas unidades básicas de saúde.Para cada equipe, uma média de cinco mil habitantes. Com a cobertura de uma atenção básica bem feita,nós estaríamos resolvendo aproximadamente 85% dos problemas do sistema de atendimento e aqueles 15% restantes,seriam resolvidos com uma atenção especializada.

Essas falsas urgências normalmente são simples de serem resolvidas mas causam um desconforto muito grande aos pacientes.Estes, por estarem muito aflitos, se direcionam às unidades de atendimento de urgência e lotam as salas de espera, encarecendo o sistema como um todo e piorando a humanização do atendimento.

o problema é que essa solução esbarra em um problema de gestão:cada gestão cria a sua própria unidade de atendimento sem pensar no sistema como um conjunto que deve se complementar.

Outro fator apontado pelas pesquisas é a falta de integração entre os equipamentos de saúde existentes.

Um exemplo disso é a criação das AMAS. Essas unidades prestam um atendimento semelhante às UPAS,funcionando como concorrência no sistema e não como parceria.Isso encarece o sistema, já que há a necessidade de equipes especializadas nas duas unidades.


Proposta Como funcionaria?

Resumo e Proposta Os

infográficos,

da

página

seguinte,

ilustram

as

pesquisas

Risco de vida

realizadas. Como conclusão fica evidente a necessidade de um equipamento intermediário:

Algo

menos

complexo

que

uma

UPA,

porém

Hospital

mais

complexo que um posto de saúde e que possa ser implantado de forma

integrada

com

o

sistema

de

transporte

público.

Alto

O

Estabilização

equipamento deve funcionar de forma coerente com a rotina das pessoas.

Algum

O objetivo desse sistema seria atender apenas os pacientes de pulseira verde, que possuem demandas de saúde mais simples, onde

Primeiro Atendimento

apenas um clinico geral e um enfermeiro conseguiriam atendê-lo. Isso faria com que as equipes mais especializadas, do restante da rede de saúde, se encarregassem apenas dos casos mais graves.

Pronto Atendimento

Nenhum

Atendimento total no Pronto Atendimento


Tempo de atendimento por pulseira

Infográficos para Embasamento quantitativo Pacientes atendidos nas Upas

Infraestrutura e pacientes atendidos

Protocolo de manchester: hospital santa isabel

Maiores queixas nos casos de baixa gravidade

600

Após a triagem, o paciente recebe uma pulseira que indica a gravidade do caso. no brasil 87% dos brasileiros acham o tempo de atendimento muito longo.

400 300

300

As pesquisas apontam que cerca de um terço das urgências registradas nas unidades de atendimento são falsas isso significa, na prática, que esses 35% classificados como baixa gravidade, poderiam ser atendidos em unidades menos complexas

87%

70%

DE BRASILEIROS INSATISFEITOS

DAS QUEIXAS DE BAIXO RISCO

150 100

24%-11% CEFALÉIA

UBS

35% DOS CASOS NÃO SÃO REALMENTE URGENTES

13%-6% DOR ABDOMINAL

AZUL -

2H - PODE AGUARDAR POR ATENDIMENTO VERDE

32%-15% DOR NOS MEMBROS

INDISPOSIÇÃO

1/5 de todos os pacientes poderiam ser atendidos em unidades mais simples, desocupando 20% das salas de espera dos hospitais e reduzindo o tempo de espera para o atendimento dos classificados como baixo risco

UPA

M2

PACIENTES

- POUCO URGENTE

4H – ATENDIMENTO PARA ATENÇÃO PRIMÁRIA AMARELO -

80%-40%

AMA

NÃO URGENTE

URGENTE

60MIN – ATENDIMENTO TEM DE SER MAIS RÁPIDO LARANJA -

MUITO URGENTE

10 – GRAVE, COM RISCO DE EVOLUIR PARA MORTE VERMELHO -

EMERGÊNCIA

IMEDIATO – ATENDIMENTO TEM DE SER IMEDIATO

A capacidade de atendimento das unidades de saúde não é proporcional a área construída. significa que a eficiência dessas unidades não está associada ao número de salas, mas sim ao tipo de caso atendido.


ESTRATÉGIAS


Estratégias

"ARQUITETURA DEVE FALAR DE SEU TEMPO E LUGAR, PORÉM ANSEIA POR INTEMPORALIDADE.” FRANK GEHRY

Croqui de Lelé para o hospital Sarah no Rio de Janeiro


Proposta e Estratégia

INSERÇÃO EM TERRENOS VAGOS

Proposta A proposta consiste em desenvolver um sistema de pequenas unidades de pronto atendimento que funcionem para absorver de 30% a 40% da demanda dos hospitais públicos, respectivamente a demanda gerada pelas falsas urgências. Ele deve ser capaz de atender as falsas urgências e estabilizar casos mais graves para que estes possam ser encaminhados por meio de ambulâncias à unidades mais equipadas.

Estratégia Essas unidades devem ser padronizadas para assegurar uma qualidade espacial mínima e garantir o conforto e a humanização do sistema como um todo. Além disso, as unidades devem ser pensadas para serem inseridas em terrenos com pré-existentes, tirando proveito da infraestutura de transporte e de acessibilidade. As unidades também devem ser entendidas como células articuláveis.ou seja, com pequenas variações, elas se adaptam aos locais de inserção, e se encaixam em terrenos já ocupados. Esses módulos se encaixariam em três tipos de espaço: terrenos vazios, anexo a prédios ou em andares dos mesmos.


Proposta e Identidade Visual INSERÇÃO DENTRO DE EDIFÍCIOS

A identidade visual desse novo equipamento deve ser a mesma para todos os módulos, Dessa forma, os pacientes poderão identificar facilmente aonde ser atendidos. Quanto aos locais de inserção, esses módulos devem ser alocados em regiões movimentadas, com fácil acesso e perto dos centros de trabalho, reduzindo assim a concentração de pacientes nos hospitais nos horários de pico. É importante que a escolha dos locais de implantação transmita a ideia de que ser atendido em uma dessas células seria algo mais rápido que o atendimento usual.

INSERÇÃO NO TÉRREO DE EDIFICIOS EXISTENTES


LISTA DE AMBIENTES NECESSÁRIOS

Pesquisas e Entrevistas PROGRAMA O desenvolvimento do programa hospitalar de uma célula teste, desse sistema, foi baseado nas opiniões dos médicos entrevistados e orientado pela arquiteta hospitalar Sandra Riskalla. Durante a visita ao seu escritório, discutiu-se a proposta desse sistema e quais seriam os ambientes necessários para atender as sugestões médicas dos entrevistados. Também conversou-se sobre algumas regras de disposição desses ambientes e sobre como humanizar o fluxo interno do pronto socorro por meio da criação de sub esperas e posicionamento funcional dos INSERÇÃO NO TÉRREO ambientes.

DE EDIFICIOS EXISTENTES Sendo assim foi desenvolvida uma lista com os ambientes necessários e uma divisão baseada em grupos de proximidade e funcionalidade.


SALA SERVIÇO local eSOCIAL localpara para maca ecadeira cadeirade derodas rodas entrada demaca ambulância sala ENFERMARIA P/ ENFERMARIA P/OBSERVAÇÃO OBSERVAÇÃO local reavaliação para maca e cadeira de rodas

perto da ambulância

SAÍDA DE PRÓXIMA ==AMBULÂNCIA DE+EMERG EMERG PRÓXIMA AMBULÂNCIA 4SAÍDA MACAS GASES+AR COMPR. - CILINDROS

ENFERMARIA P/ OBSERVAÇÃO entrada de ambulância ARSENAL ARSENAL local para maca e cadeira de rodas ARSENAL ENFERMARIA P/ OBSERVAÇÃO ENFERMAGEM ENFERMAGEM

Programa e Ambientes RDC RDC 50 50 ANVISA ANVISA

44MACAS MACAS++GASES+AR GASES+ARCOMPR. COMPR.- -CILINDROS CILINDROS

parada paradacardíaca/ cardíaca/

SAÍDA DE EMERG PRÓXIMA = AMBULÂNCIA

parada cardíaca/ 1ENF+2AUXILIARES 1ENF+2AUXILIARES

4 MACAS + GASES+AR COMPR. - CILINDROS SAÍDA DE EMERG PRÓXIMA = AMBULÂNCIA

banho banho(pessoal (pessoalde derua) rua) ENFERMAGEM ARSENAL CME CME (pessoal de rua) banho

1ENF+2AUXILIARES cardíaca/ centro de esterilizado centroparada dematerial material esterilizado

CME ENFERMAGEM

centro de material esterilizado 1ENF+2AUXILIARES

2x3

centro de material esterilizado

2x3

2x3 2x3

banho (pessoal de rua) CME DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO

ADM ADM

RECEPÇÃO RECEPÇÃO

QUANT QUANT FUNC FUNC OU OU PESSOAS PESSOAS

2+1 2+1 chefe chefe == 33

SAME SAME (proximo (proximo recepção recepção usuários) usuários)

11

ESCRTÓRIO ESCRTÓRIO COORD COORD ADM ADM

22

DESCRIÇÃO DESCRIÇÃO ASSISTENCIAL ASSISTENCIAL

22CONSULTÓRIOS CONSULTÓRIOS DESCRIÇÃO

ASSISTENCIAL

GINECOLOGISTA 2GINECOLOGISTA CONSULTÓRIOS

ASSISTENCIAL SANIT SANITUSUÁRIOS USUÁRIOSM/F M/F

CURATIVO CURATIVO GINECOLOGISTA soro/inalação soro/inalação DESCRIÇÃO CURATIVO 2ÁREA CONSULTÓRIOS ÁREA INTERNA INTERNA soro/inalação GINECOLOGISTA ÁREA INTERNA CURATIVO

ALMOXARIFADO ALMOXARIFADO (armário (armário de de escritório) escritório) COPA COPA ··

Informática Informática

TI TI

SANIT USUÁRIOS M/F SADT SADT

··

Ecocardiografia; Ecocardiografia;

SANIÁRIOS SANIÁRIOSFUNCIONÁRIOS FUNCIONÁRIOS

soro/inalação MASC MASCEEFEM FEM

1.20X1.60 1.20X1.60

Eletroencefalografia; Eletroencefalografia;

SANIT USUÁRIOS M/F EXPURGO EXPURGO SANIÁRIOS FUNCIONÁRIOS DML DML EXPURGO

ÁREA INTERNA MASC E FEM

1.20X1.60

MASC E FEM

1.20X1.60

POSTO POSTO ENF ENF

22

POSTO POSTO COLETA COLETA ·· Mamografia; Mamografia;

22

ULTRASSOM ULTRASSOM

entrada entrada àà pé pé recepção recepção com com cadeiras cadeiras isoladas isoladas com com braço braço 22 sanit+ sanit+ PNE PNE 11 balcão balcão entrada entrada (impressora) (impressora) 3l 3l 11 balcão balcão de de retorno retorno 11 aa 22 ll

SAME SAME

Serviço Serviço de de Arquivo Arquivo Médico Médico ee Estatística Estatística (SAME) (SAME)

VACINA VACINA

PERTO PERTO DA DA ENTRADA ENTRADA

triagem triagem (sub (sub esperas) esperas)

SALA SALA SERVIÇO SERVIÇO SOCIAL SOCIAL

entrada entrada de de ambulância ambulância

QUANT FUNC OU PESSOAS

Eletrocardiografia, Eletrocardiografia,

SALA SALA LAUDO LAUDO

sala sala reavaliação reavaliação

QUANT FUNC OU PESSOAS

·· ··

sala sala espera espera

QUANT QUANTFUNC FUNCOU OUPESSOAS PESSOAS

perto perto da da ambulância ambulância

DML serviços serviçosterceirizados terceirizados SANIÁRIOS FUNCIONÁRIOS ·EXPURGO Lavanderia; · Lavanderia; serviços terceirizados ·DML refeitório/banho maria · refeitório/banho maria · Lavanderia;

roupa roupasuja/ suja/roupa roupalimpa limpa banho maria ++geladeira+ banhosuja/ maria geladeira+ roupa roupa limpa

· · almoxarifado; almoxarifado; refeitório/banho maria serviços terceirizados · · almoxarifado; Rede Redede degases gasesmedicinais medicinais · Lavanderia; Farmácia Satélite Satélite · Farmácia Rede de gases medicinais · refeitório/banho maria ·Farmácia Telefonia · Telefonia Satélite · almoxarifado; ·· · Central Centralde deEsterilização Esterilização Telefonia

ABASTECIMENTO ABASTECIMENTODIÁRIO DIÁRIO

banho maria + geladeira+hospitalares agulha/;algodão/insumos agulha/;algodão/insumos hospitalares

ABASTECIMENTO DIÁRIO

cilindros cilindros agulha/;algodão/insumos hospitalares roupa suja/ roupa limpa gaveta gavetadupla dupla cilindros banho maria + geladeira+ gaveta dupla agulha/;algodão/insumos hospitalares

·LIXEIRA Rede de gases medicinais · LIXEIRA Central de Esterilização Farmácia Satélite ·LIXEIRA eeTransporte · Portaria Portaria Transporteterceirizados; terceirizados; ·SALA Telefonia ADMINISTRAÇÃO ADMINISTRAÇÃO PREDIAL · SALA Portaria e TransportePREDIAL terceirizados;

COMUM/RECICLADO COMUM/RECICLADO33TIPOS/INFECTANTE TIPOS/INFECTANTE TERCEIRIZAR?????

cilindros

ABASTECIMENTO DIÁRIO COMUM/RECICLADO 3 TIPOS/INFECTANTE DENTRO DO SAME

gaveta dupla

·vestiário Central Esterilização sanit funcionários vestiário sanitde funcionários SALA ADMINISTRAÇÃO PREDIAL LIXEIRA vestiário sanit funcionários · Portaria e Transporte terceirizados; RETIRADA RETIRADADE DECORPOS CORPOS SALA ADMINISTRAÇÃO PREDIAL RETIRADA DE CORPOS vestiário sanit funcionários

ABASTECIMENTO ABASTECIMENTODIÁRIO DIÁRIO DENTRO DENTRODO DOSAME SAME ABASTECIMENTO DIÁRIO ABASTECIMENTO DIÁRIO TERCEIRIZAR????? TERCEIRIZAR????? DENTRO DO SAME

TERCEIRIZAR????? ÁREA ÁREADE DEARMÁRIOS ARMÁRIOSEEBANHO BANHOTRANCADA TRANCADA COMUM/RECICLADO 3 TIPOS/INFECTANTE ÁREA DE ARMÁRIOS E BANHO TRANCADA

ÁREA DE ARMÁRIOS E BANHO TRANCADA


ÁREAS MÍNIMAS

Esquema final de áreas

Áreas e Programa Estudo de áreas

1˚AGRUPAMENTO

De acordo com o diagrama da página anterior e com a norma RDC 50-do manual da ANVISA para ambientes de saúde, foram criadas formas tridimensionais táteis, representando as áreas mínimas estipuladas na RDC 50 para auxiliar na visualização dos ambientes em escala . Dessa forma, os ambientes foram dispostos conforme a lógica espacial informada no diagrama da página anterior, incorporando as premissas dos médicos entrevistados e as regras de função sugeridas pela arquiteta. O objetivo desse exercício foi chegar em um esquema funcional de planta, utilizando as áreas mínimas para cada ambiente estipuladas no manual da ANVISA.

SALA DE ESPERA HOSPITAL DAS CLINICAS - SÃO PAULO

2˚AGRUPAMENTO

25

A foto acima mostra o esquema de planta obtido. Cada ambiente foi montado seguindo o principio de que um cubo de Vidrotil representa um metro quadrado na realidade e que o agrupamento deve corresponder às áreas mínimas estipuladas pela ANVISA.


Correspondência entre diagramas

Áreas e Programa

Medidas de humanização CONSULTAS

As entradas devem estar longe uma da outra. dessa forma,fica garantido que os pacientes tenham o mínimo de contato possível com expurgo ou com casos graves que chegarão pela entrada de emergência.

EXPURGO

ENFERMAGEM

EMERGÊNCIA

O setor de enfermagem deve servir às duas entradas,funcionando como um divisor entre a área destinada a casos simples e a área destinada a casos graves.

ADMINISTRAÇÃO

Uma das sugestões dos médicos foi dividir os pacientes em várias salas de espera,afim de diminuir a ansiedade para o atendimento. Esse é um dos mecanismos de humanização que deverá ocorrer em todas as unidades de pronto socorro moldadas por esse sistema.

FUNCIONÁRIOS ENTRADAS E SAÍDAS

SALAS DE ESPERA

PACIENTES


Fluxos do Programa

Organização nos Atendimentos É de extrema importância que os acessos sejam restritos, dependendo da classificação de risco dos pacientes.Assim,a equipe medica pode se preparar melhor para estabilizar os casos mais graves sem parar o atendimento aos casos de menor urgência. Essa prática reduz o tempo de espera e aumenta a eficiência nos atendimentos.

Gravidade do quadro x área de Atendimento Os pacientes passam pela triagem e recebem suas pulseiras de classificação de risco. Caso o paciente precise apenas de consultas ou exames simples, ele acessará a parte esquerda do pronto socorro. Esses casos são classificados como “simples" e não precisam de acompanhamento posterior à consulta .

Fluxograma: EMERGÊNCIA

OBSERVAÇÃO

CASOS SIMPLES

No caso de pacientes em “observação”, ou seja, que precisam ser reavaliados depois da primeira consulta, ocorrerá o acesso as áreas internas e controladas do pronto socorro. já em casos emergenciais, onde entende-se que o risco de morte é iminente,é desnecessária a passagem pela triagem e o acesso pela entrada de ambulâncias é permitido.(área direita do pronto socorro.)


Planta genérica para o protótipo do sistema de pronto atendimento

Áreas e Programa

Do diagrama de intenções para a Materialização espacial A planta gerada por meio do estudo tridimensional se assemelha com o formato proposto no diagrama ao lado. entretanto, algumas alterações foram realizadas para acomodar melhor os ambientes e criar espaços com mais qualidade. O maior desenvolvimento relacionado ao diagrama de áreas é a criação de um corredor de circulação periférico que servira de acesso à triagem e à sala de vacinação.dessa forma, pacientes que não necessitem de atendimento no consultório não precisam entrar no pronto socorro, evitando a contaminação e a disseminação de doenças.


PROPOSTA


Proposta

“A GENTE TEM QUE SONHAR, SE NÃO AS COISAS NÃO ACONTECEM” OSCAR NIEMEYER

PROJETO DE EXTENSÃO DO HOSPITAL PSIQUIÁTRICO DE PARIS


Proposta para Célula Modelo Casca de Humanização

Objetivo Pensando em uma célula modelo hipotética,cujas características serão replicadas para as demais células do sistema de pronto socorro,devese garantir uma qualidade mínima de espaços,independente do terreno escolhido para a implantação. Ou seja, independente da composição morfológica do entorno ou do contexto de implantação (se está dentro, fora ou acoplada à edifícios) ela deverá incorporar em sua própria estrutura modular,toda a área de humanização necessária para tornar o equipamento adequado. Dessa forma, o paciente se sentirá mais a vontade para ser atendido em uma dessas unidades do que em um hospital tradicional.

Para garantir uma boa área de humanização ,foi utilizada uma divisão em camadas da célula modelo. Na camada interna, sinalizada em vermelho no diagrama acima, encontra-se toda a infraestrutura de atendimento aos pacientes. A camada amarela, externa, abarca todo o espaço de humanização. funcionando como uma casca de infraestrutura. Dentro dela, estarão as áreas verdes, os espelhos d`àgua e o sistema de ventilação natural das salas . Assim,independente de onde forem colocados esses módulos, sempre haverá áreas verdes e boa qualidade do ar para os pacientes.

CASCA DE HUMANIZAÇÃO ÁREA DE ATENDIMENTO


Camadas e Estruturas RELAÇÃO ENTRE CAMADAS E ESTRUTURA

PLANTA COM ÁREAS DE HUMANIZAÇÃO Graças a esse mecanismo de privacidade, é possível que a iluminação dos jardins e corredores externos seja feita pelo próprio fechamento externo.

PLANTA COM ÁREAS DE HUMANIZAÇÃO

As áreas verdes acompanham o perímetro do fechamento externo,servindo não somente como climatização mas também como um mecanismo que assegura a privacidade em áreas mais reservadas, como consultórios e vestiários,uma vez que impede a visão de fora para dentro do fechamento externo.

Este fechamento por sua vez deve permitir a entrada de ventilação e a luz natural, suprindo a necessidade de clarabóias ou qualquer rasgo na cobertura. Desta forma, contamos ainda com a criação de um corredor periférico, cujo acesso é limitado pelo uso de espelhos d`agua.


Corte transversal A-A

Cobertura e Ventilação Cobertura e Ventilação A cobertura projetada um metro para fora, em relação ao fechamento interno, permite que haja um fluxo de ar natural nos corredores e salas de espera. Entretanto,o fechamento interno possibilita o condicionado,imprescindível em ambientes hospitalares.

uso

de

Área de cobertura

ar

Ventilação

A-


Fluxos Estrutura e

Modulação: Para organizar o projeto estrutural, foi escolhida uma malha quadriculada de modulação 1,80m.Essa dimensão mínima foi selecionada para assegurar que dois cadeirantes possam passar, simultaneamente, em qualquer um dos corredores.

PLANTA E ESTRUTURA MODULAR

MODULAÇÃO = 1,80 X 1,80 METROS


Sala de soro tradicional:

Paisagismo e Aberturas

3 2

Importância das aberturas:

No corredor verde externo, os espelhos d’água limitam o acesso à áreas reservadas, permitindo ainda, que os consultórios e a sala de soro tenham vista para o jardim. Dessa forma, os pacientes podem ser atendidos em espaços humanizados durante todo o processo. Essa é uma diferença considerável quando comparamos essa célula a um hospital convencional onde, tradicionalmente, apenas as salas de espera são tratadas como espaços de permanência. Como resultado, os espaços de tratamento, propriamente ditos, possuem um aspecto desagradável,tornando a experiência desagradável como um todo.

1

Sala mal iluminada, totalmente fechada, com paredes brancas e transmitindo uma sensação de aprisionamento.

Salas de espera Aberturas

Os pacientes são direcionados para três salas de espera diferentes, diminuindo a quantidade de pacientes acumulados na sala de espera inicial e reduzindo de ansiedade durante o período de permanência no pronto socorro. Depois de passar pela triagem, os pacientes aguardam de espera.Posteriormente, eles são encaminhados para aonde aguardarão pelas consultas e pelos exames. A destinada a acompanhantes de pacientes em atendimento

na primeira sala uma segunda sala terceira sala é de urgência.


Áreas restritas e

Salas externas e humanização do atendimento

Espaços abertos

O corredor externo permite que a sala de banho e a sala de vacinação fiquem fora do conjunto principal de atendimento. dessa forma, os pacientes com necessidade de higienização pré atendimento não precisam entrar no pronto socorro antes de se submeterem aos respectivos procedimentos.

Áreas abertas e Segurança: Na área sem restrições,os pacientes podem circular livremente.Assim, diminui-se a sensação de claustrofobia na sala de espera.

Assim, evita-se a exposição dos pacientes a constrangimentos desnecessários, novamente, humanizando-se o atendimento.

Durante a noite,fecha-se a tela de segurança no entorno do núcleo de atendimento. Essa

tela de segurança fica enrolada durante o dia, permitindo a permeabilidade visual nas células de atendimento.

ESPAÇO SEM RESTRIÇÃO DE ENTRADA. PORTA LIMITADORA DE ACESSO

No caso da sala de vacinação, é importante que ela fique longe da área de atendimento aos pacientes. reduzindo o risco de disseminação de doenças no momento da vacinação.

BANHEIRO E SALA PARA VACINAÇÃO ACESSOS


Estrutura e Materialidade ESTRUTURA

Cobertura e Ventilação

Toda a estrutura será de concreto aparente e as paredes internas serão em dry-wall para facilitar reformulações futuras nas salas.

FECHAMENTO EXTERNO O fechamento externo será feito com cobogós brancos para manter a ventilação e a iluminação naturais na área externa

FECHAMENTO INTERNO Para o fechamento de segurança será utilizada uma tela de enrolar perfurada branca.

Perspectiva externa


APLICAÇÃO


APLICAÇÃO

“O JARDIM É A NATUREZA ORGANIZADA PELO HOMEM E PARA O HOMEM." ROBERTO BURLE MARX

HOSPITAL ESCOLA-SÃO CARLOS JOÃO FILGUEIRAS LIMA (LELÉ)


Escolha do Terreno Definido o padrão da célula modelo, foram escolhidas duas áreas que pudessem abrigar dois exemplos com condições bem distintas de implantação:Um primeiro, implantado em terreno vazio e um segundo implantado no interior de um edifício comercial. Os critérios para a escolha das áreas de implantação foram: proximidade com o sistema de transporte público, grande movimentação de pessoas ao longo do dia e a presença de pelo menos dois acessos ao terreno. Os dois acessos são importantes para garantir que haja pelo menos duas entradas no pronto Atendimento: Uma de pacientes e uma para ambulância/expurgo/funcionários. São Paulo foi escolhida como local de inserção dos dois exemplos por ser a maior cidade brasileira e uma das que mais sofre com os problemas gerados pelo crescimento urbano. Outro fator que justifica a escolha de São Paulo para essa proposta, é a sua infraestrutura de transporte público que conta com 78,4 km de linhas de metro, 500km de corredores de ônibus e 120,8 km de ciclovias.

São Paulo


Faria Lima

Região escolhida Para implantação

Localizada no Itaim, a avenida Faria Lima é uma das principais artérias da cidade de São Paulo, sendo também um importante centro comercial e financeiro que rivaliza com o centro e Avenida Paulista enquanto polo de atração. Essa região concentra uma grande oferta de trabalho e é bastante movimentada ao longo do dia,sendo assim, um lugar apropriado para a implantação de uma células modelo.


Saúde Pública Na região escolhida Por ser uma região central, a área não conta com muita infraestrutura de saúde pública, sendo que a pouca infraestrutura que existe se concentra na região da Rebolsas e Av. dr, Arnaldo, nas proximidades do hospital das clinicas e da faculdade de medicina da USP.


EXEMPLO 1


Parque Villa Lobos

Exemplo de Aplicação 1 Região do Largo da Batata

Largo da Batata Faria Lima

Nas proximidades da Faria Lima, a região escolhida para a implantação da célula modelo 1 foi o Largo da Batata,localizado próximo á marginal pinheiros e a avenida brigadeiro Faria Lima.

O Largo da Batata é uma região bastante popular, frequentada por todos os tipos de público,já que a região conta com uma estação de mêtro, um terminal de ônibus, bares e restaurantes de todos os preços e da acesso á rua Teodoro Sampaio , grande ponto comercial da cidade. Ela também conta com uma ciclovia que se estende por toda a avenida Brigadeiro Faria Lima e parte d avenida Pedroso de Morais, conectando a Faria Lima, Metrô,Largo da Batata e parque Vila Lobos.

VIAS E REGIÃO

1

Ciclovia

Teodoro Sampaio

Faria Lima

2 Rua dos Pinheiros

Largo da Batata

3 Rebouças

1

2

3


Exemplo de Aplicação 1 Região do Largo da Batata

Por ser uma área com muito potencial para a realização de obras de infraestrutura urbana. O Largo da batata passa por um processo de reurbanização que começou em 2002 com o “concurso nacional de reconversão urbana do Largo da Batata”e tem se estendido por meio de outros concursos menores como concursos de desenho do bicicletário e de mobiliário.

Largo da Batata atualmente

O projeto vencedor do concurso para reurbanização do Largo da Batata foi proposto pelo arquiteto Tito Livio Frascino e propõe desviar a avenida Brigadeiro Faria Lima em uma curva suave e , por meio dessa manobra,conquistar duas esplanadas livres para a criação de edificamos e áreas livres de lazer. Um dos edifícios propostos seria um centro cultural, entretanto, o terreno não foi efetivamente incorporado ás construções do projeto. A área destinada ao centro cultural está disponível para construção e atualmente há um projeto de um shopping para esse local.

Caminho de

Area de implantação da célula modelo

Metr Bicicletário


Área para inserção do projeto

Exemplo de Aplicação 1 Aplicação no terreno CÉLULA PADRÃO INSERIDA NO TERRENO

COMO A REGIÃO DO LARGO DA BATATA FOI PLANIFICADA PELO PROJETO DE REQUALIFICAÇÃO,ESSE TERRENO NÃO TEM UM DESNÍVEL MUITO GRANDE,SENDO POSSÍVEL APLICAR O MODELO DA CÉLULA PADRÃO SEM AJUSTES. O ENTORNO DO MÓDULO SERÁ MANTIDO COMO ESTÁ,PERMITINDO QUE OUTROS EDIFÍCIOS SEJAM CONSTRUÍDOS NO ENTORNO DESSA CÉLULA. COMO FOI DITO ANTERIORMENTE, UMA CÉLULA MODELO É AUTO-SUFICIENTE E NÃO PRECISA DO ENTORNO PARA QUALIFICAR SEU INTERIOR. 7,0m

ENTRETANTO, SERÁ ESTIPULADO UM RECUO MÍNIMO DE 7,0M ENTRE OS DOIS LADOS DA CÉLULA, INTERNOS AO TERRENO PARA EVITAR QUE FUTURAS CONSTRUÇÕES SEJAM FEITAS MUITO PRÓXIMAS AO PRONTO ATENDIMENTO. ASSIM ,GARANTE-SE UM ESPAÇO DE MANUTENÇÃO EXTERNO À CÉLULA E QUE PODE SER USADO,POR EXEMPLO, PARA COLOCAR AS LIXEIRAS DO PRONTO SOCORRO OU PARA FAZER UM PAISAGISMO QUE QUALIFIQUE O LOCAL.

N

Largo da Batata atualmente


Implantação

Inserida a célula modelo no terreno, como mostrado na figura anterior, foram feitas algumas adaptações na célula original para que ela se adequasse melhor ao terreno . As adaptações foram as seguintes: -Uma pequena via de acesso à veículos foi aberta na rua dr.Manoel Carlos de Almeida para reduzir a velocidade dos veículos que entram no pronto Atendimento. -Um recuo de 15 metros foi deixado na fachada em frente à rua Teodoro Sampaio

45,0 m 75,0 m

para afastar o edifício da imediação dessa avenida movimentada, poluída e barulhenta. -Foi deixado 11 metros de recuo ente a rua Manoel Carlos Ferraz de Almeida e a entrada de ambulância para facilitar a entrada de veículos e enfermos pela entrada de emergência. - A cobertura foi projetada 3 metros em relação ao fechamento interno, funcionando como proteção contra a chuva não somente para a parte interna do

45,0 m 11,0m

edifício mas como para as áreas de embarque e desembarque e passagem de pedestres. A saída de expurgo fica na parte norte do projeto . Assim, é possível alocar as lixeiras hospitalares tirando proveito do recuo de 7 metros entre o edifício e

15,0 m

o muro. Dessa forma, a área de lavagem de roupas terá acesso direto ás lixeiras, sem haver contato entre os expurgos e os pacientes.

Teodoro Sampaio

N

N 102,0 m

Rua dr. Manoel Carlos Ferraz de Almeida

Exemplo de Aplicação 1 Aplicação no terreno


Exemplo de Aplicação 1 Aplicação no terreno Corte Transversal

Corte Longitudinal

N

Planta


Exemplo de Aplicação 1 Aplicação no terreno

Perspectiva externa

Implantação no terreno


EXEMPLO 2


Exemplo de Aplicação 2 Localização A área escolhida para abrigar o segundo exemplo de aplicação da célula modelo, se localiza entre as ruas Ministro Jesuíno Cardoso e a própria faria lima. Em

relação

á

área

anterior,

essa

segunda área de implantação se encontra a 6 minutos de carro do Largo da Batata, Também é possível chegar a essa área pela ciclovia, através de ônibus e de carro. O edifício escolhido para receber a célula modelo é um edifício comercial, grande e com diversas possibilidades de tamanhos de salas. Ele

foi

escolhido

por

ter

muitos

elevadores e ,portanto, no mínimo dois acessos. Além disso, sua caixa de elevadores e escada estar na lateral do edifício e não no centro. Isso favorece a implantação da modelo com poucas alterações .

célula

Edificio para implantação

Av. Brig.Faria Lima

Av.Juscelino Kubitscheck


Exemplo de Aplicação 2 O edifício O edifício escolhido para a implantação foi o “the one Faria Lima”. Esse edifício tem 16 pavimentos e foi construído pela Odebrecht e Zabo em 2014. Ele foi construído com a estrutura nas bordas para que as lajes ficassem livres.Isso permite plantas flexíveis e salas de 60 metros quadrados até 620 metros quadrados. Além disso, ele possui uma área de embarque e desembarque no térreo,que facilita a entrada de ambulâncias caso seja necessário encaminhar um paciente para outra unidade de saúde,

Por causa da flexibilidade de plantas, o "The one” se torna para a aplicação de uma célula de pronto atendimento. Ele também possui 5 elevadores, podendo ser destinado um exclusivo para serviços e saída de resíduos hospitalares. Existe um hall entre salas comerciais previsto no projeto . Esse hall pode ser aproveitado para fazer a separação entre atendimento e uma sala comercial, não sendo necessário que atendimento ocupe um andar inteiro..

Estrutura Periférica

favorável elevador

o pronto o pronto

Elevadores Hall

90m

30m


Diagrama de adaptação da planta

Exemplo de Aplicação 2 O edifício Encaixando a célula modelo,sem nenhuma alteração, dentro do edifício,nota-se que algumas características essenciais do projeto original são perdidas. Entre elas : - Ausência do corredor de expurgo - Ausência de saída exclusiva para funcionários - Ausência do corredor externo de humanização

corredor para expurgo saída de funcionários


Exemplo de Aplicação 2 Adaptação da planta Como o pronto atendimento , nesse caso ,foi colocado dentro de um edifício, não há necessidade de haver garagem para ambulância. Assim, aproveitando-se do espaço deixado pela garagem, criou-se um corredor de expurgo através da transposição das salas de limpeza que antes estavam diretamente em contato com o fechamento, para ao lado da enfermaria. Para criar duas salas de espera e manter a idéia de ter uma sala de espera arborizada e aberta, o serviço social e a triagem foram transpostos para o lugar dos banheiros no modelo genérico. A recepção e os banheiros de pacientes foram colocados próximos do hall de separação,permitindo criar uma parede divisória entre a sala de escritório e a o pronto atendimento. Dessa forma, criou-se um corredor com paisagismo, mantendo uma sala de espera mais interna e outra mais externa e arborizada.


Exemplo de Aplicação 2 Adaptação da planta

O paisagismo interno promove a sensação de estar fora de um ambiente hospitalar tradicional enquanto que a fachada de vidro do próprio edifício permite a o contato do paciente com o exterior e deixa o ambiente mais humanizado. As paredes internas que foram usadas apenas como barreiras visuais foram cobertas com murais coloridos, quebrando a monotonia da parede branca clássica dos ambientes de saúde. Esse padrão das divisórias deve se repetir em todos os casos onde se faça necessário o uso de paredes auxiliares para humanização.

Perspectiva da sala de espera


Exemplo de Aplicação 2 Adaptação da planta

Perspectiva da sala de espera


Exemplo de Aplicação 2 Adaptação da planta

Perspectiva da varanda

Perspectiva da entrada


Exemplo de Aplicação 2 Adaptação da planta

Perspectiva da varanda

Perspectiva da entrada


Exemplo de Aplicação 2 Adaptação da planta

Corte do Pronto atendimento


BIBLIOGRAFIA


Bibliografia SITES: http://zap.aeiou.pt/quase-metade-das-urgencias-nos-hospitais-publicos-sao-falsas-75976

http://www.saude.sp.gov.br

https://www.dino.com.br/releases/conheca-a-classificacao-de-risco-e-entenda-como-ela-pode-salvarvidas-dino8906215713 http://portal-sites.net/blog/portal-da-saude-tempo-de-espera-nos-hospitais/

http://www.archdaily.com/category/archdaily-interviews http://periodicos.pucminas.br/index.php/enfermagemrevista

http://www.upf.br/seer/index.php/rfo/article/view/1669

http://revistas.ufg.br/fen/article/view/21700

http://noticias.uol.com.br/ultnot/2008/03/28/ult23u1605.jhtm



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