PIVOT MAGAZINE - TCC

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Estéticas da Internet

Trabalho de conclusão de curso produzida por Maria Victória Lobo

Centro Universitário Belas Artes

Dezembro/2019


ATENÇÃO

Essa revista possuiu páginas animações em realidade aumentada.



/I. Manifestações de arte II. VAPORWAVE: Estéti EMO: Música, estéticas e E-BOYS : Futuro da subcu Sobre instagram e ident / Agradec


e e design na internet / icas e Subgêneros / III. e vertentes / IV. E-GIRLS ultura? / V. Instagramism: tidades contemporâneas cimentos


ESTÉTICAS NO PÓS-INTERNET Estamos vivendo em um mundo com duas dimensões, a virtuall e a real e em cada um desses universos existem e acontecem interações bem diferentes: uma simula, a outra realiza, uma é segura já a outra é imprevisível. O seguinte projeto propõe uma discussão a respeito da relação entre as pessoas e seus comportamentos perante a internet. Enquanto eu pesquisava a respeito de estéticas de grupos que surgiram após o advento da internet, percebi que todas elas (que estão sendo analisadas no meu projeto) possuem algo em comum : de alguma maneira todas buscam um escape ao capitalismo e todos os efeitos colaterais que ele gera: Desigualdades sociais economicas, vazios existenciais que só podem ser preenchidos através do consumo exagerado, a solidão , o isolamento , a perda de

emoções humanizadas etc. e o que todas promovem é uma “liberdade” desse sistema que te escraviza. No artigo escrito pela Professora Maria Beatriz F. Rahde “CONSIDERAÇÕES SOBRE UMA ESTÉTICA CONTEMPORÂNEA” ela fala-se a respeito sobre como as estéticas pós-modernas buscam subverter, hibridizar e, se libertar de quaisquer cânone pré-estabelecido pela alta cultura através de manifestações visuais que muitas vezes são efêmeras. “A estética visual contemporânea ou pós moderna vem tendendo à multimídia, à mistura, à hibridação; ao mesmo tempo que cultiva a ambigüidade, a indefinição, a indeterminação, a polissemia das mais diversas formas visuais, busca ampliar ao máximo as suas possibilidades conotativas,


procura a participação ativa do espectador num jogo de interpretação, ao manifestar visualidades efêmeras e descartáveis, tolera a imperfeição, a imprecisão, a poluição, e as interferências externas pós-produção, valorizando a comunicação e as emoções dos grupos e ironizando sutilmente cânones e estereótipos visuais hegemônicos e banalizados da alta cultura.” e ainda complementa “É possível perceber que as imagens do contemporâneo não se preocupam em apresentar pureza estilística ou em apresentar soluções inéditas de vanguarda, pois é resultado da intertextualidade, da citação, da cópia, da hibridação e de vários estilos. Ao mesmo tempo cultiva o grotesco, contradizendo conceitos estruturados de beleza”; Ou seja parafraseando Vasquez (1999) “Com esses cânones de reflexões estéticas sobre a beleza sendo dissolvidos na pós modernidade, hoje o que é belo é estético, mas, nem tudo que é estético é belo. “ Precisamos considerar que o homem é constituído por razão, percepção e

sensibilidade de seu entorno. No mundo contemporâneo pós-moderno, estamos passando por um momento de excessos, todos os dias sendo bombardeados com informações visuais e verbais e por mais que lutemos para não nos deixar influenciar e manter-se uma postura racional, muitas das ações realizadas vem carregada de um peso emocional e de influência do que acontece ao nosso redor, o sociólogo Michel Maffesoli diz que “pode-se falar em estilo estético aquele que dá ênfase ao sensível e é o suporte das diversas formas de sociabilidade” (Maffesoli, 2001b, p. 57). Sendo assim, o pós-moderno não se constituiu somente em estilo estético mas em estilo de vida. Estilo esse que em geral vem buscando um afastamento com a realidade, se analisarmos o estilo do vaporwave podemos ver que uma de suas primeiras premissas busca a vida em uma realidade alternativa, longe dessa sociedade capitalista que nos escraviza, um mundo onde possamos ser livres, liberdade está sendo possível somente através


em que o imaginário está presente como raíz de sua existência. Mas quando essa liberdade só pode ser exercida através do acesso ao mundo virtual em “A capacidade de uma experiência individual, transcendência do ser como podemos compartilhar humano convive com a dessa experiência? imanência, com a solidão O ser humano é uma espécie da pessoa presa em que nasceu para viver em condomínios,utilizando a rede para pagar suas dívidas, grupo quando isolado a tendência de desenvolver para adquirir bens via internet, sem mais necessitar problemas como depressão se agravam, citando Bauman comparecer às livrarias ou novamente podemos dizer aos museus para folhear então que a sociedade líquida livros ou contemplar obras na qual vivemos, fraca a laços de arte.Com o advento do emocionais que substitui microcomputador, o viver valores de coletividade pelo se tornou mais prático e individualismo, e transformam prazeroso.” o cidadão em consumidor, Com o advento das tecnologias hoje ainda mais por estarmos em um momento em que temos tudo muito presente e gradativamente a sociedade disponível ao nosso alcance, está abrindo mais e mais podemos comprar, namorar, espaço para inserção de nos entreter tudo através de inteligências artificiais um micro dispositivo basta no cotidiano, começando ele ter um acesso de conexão primeiramente com o nosso wireless. Bauman fala em seu celular. livro O MAL ESTAR DA PÓS MODERNIDADE (1998) como Cada vez mais “plastificando” as relações e buscando um o ser pós moderno busca em conforto e uma forma de se sua última instância o desejo expressar individualmente pela liberdade; liberdade de ação frente ao estabelecido,de e em grupo, no meio desse mundo caótico, buscamos expressão e, principalmente, uma liberdade de pensamento, criar um links, palavra que do computador, em uma experiência individualizada. Sobre isso a Prof. Maria Beatriz Rahde cita:


por sua definição já vem de um conceito de hipermídia, esse também criado já na pósmodernidade. Esta é a realidade do sujeito pós-moderno,do sujeito virtual sempre em grupo virtuais porém sozinhos em seus quartos..

REFERÊNCIAS: RAHDE,Maria Beatriz Furtado ; Artigo: Considerações sobre uma estética contemporânea (E-COMPÓS / PUC-RS) 2007. BAUMAN, Zygmunt. O mal-estar da pós-modernidade. Rio de Janeiro: Zahar, 1998. MAFFESOLI, M. O imaginário é uma realidade .Revista Famecos. Mídia cultura e tecnologia. nº15, ago. 2001(a). Porto Alegre: EDIPUCRS, p.74-81.


WELCOME

TO

THE LAND OF... aesthetic


O Vaporwave é um gênero musical e um movimento artístico que mistura nostalgia, estética retrô do auge dos anos 80 e referências tecnológicas. A tendência nasceu em comunidades on-line como Tumblr, SoundCloud e 4chan, no início de 2010. Contemporâneo de outros gêneros como o Seapunk, Witch House e o Chillwave. Desta leva inicial de gêneros criados na internet o Vaporwave foi o único sobrevivente, diferente dos outros, seu estilo vai além de um sentimento nostálgico barato: Ele critica a própria condição da música,o capitalismo tardio e a ideia utópica de tecnologia que as pessoas tinham no passado. O nome Vaporwave significa: “software que é anunciado e nunca realmente lançado,” algo que está sempre criando uma expectativa que nunca irá ser alcançada, visto que, o que a criou não é real. O que o diferencia dos outros gêneros que trazem estes

SEAPUNK

sentimentos, entretanto, são as críticas que o gênero carrega. Vaporwave traz consigo muito peso político, referências ao consumismo e ideias utópicas de tecnologia, antes dela se tornar algo que quase nos escraviza.


É quase uma parodia; o gênero é muito auto-consciente e usa todos os elementos que critica em sua própria estética; todos os sentimentos que ele passa, de escapismo, relaxamento e entorpecimento coletivo causado pelo consumo, quase como uma droga. Ele se afunda nos problemas que crítica para então criticá-los. O fato deste gênero não ser mainstream faz parte de sua proposta, já que a conquista de destaque torna-se alvo de sua própria crítica. Mesmo não estando sob a luz dos holofotes, existem alguns memes criados ligados ao Vaporwave, isto é quase uma metalinguagem do gênero, visto que é a plataforma fazendo piada com ela mesma. Por fim, este gênero musical, com sua estética única, remetem a um cenário de puro surrealismo que, unido a música, fetichiza tudo que é obsoleto, abstrato e vazio. Talvez não seja um gênero para todos, mas vale a pena conferir algumas músicas e artistas e deixar-se levar por alguns minutos pelo universo do V a p o r w a v e.



AILEEN QUINTANA

PRIVATE CALLER - SAINT PEPSI

VEKTROID, UM DOS ARTISTAS MAIS INFLUENTES NO GENÊRO VAPORWAVE COM UMA DISCOGRAFIA QUE INCLUI MAIS DE 23 ALBUNS E SINGLES DEDICADOS AO GENÊRO

P


HÁ VÁRIOS SITES QUE GERAM TIPOGRAFIAS GRATUITAS NO ESTILO VAPORWAVE

SIMPSONWAVE UM VERTENTE ESTÉTICA NASCIDA DO VAPORWAVE

VAPORBOT , UM SITE QUE POSSUI UMA IA QUE GERA AUTOGERA ARTES VAPORWAVE DIARIAMENTE


OUÇA O ÁLBUM DO BLANK BANSHEE!

Uma mistura de estética anos 80 aliada a tecnologia, de vídeo-games, renderizações toscas, estética cyberpunk, glitches, webdesign dos anos 2000, inspirações de VHS, fitas cassete, além de, elementos de publicidade, personagens de animações japonesas, paisagens tropicais, estátuas neoclássicas gregas e ritmos parecidos com músicas de elevador que tem influência do jazz suave americano. As primeiras manifestações estéticas desse gênero começaram através das capas dos álbuns, bons exemplos seriam o Macintosh Plus ou Blank Banshee, os nomes dos álbuns e das faixas de músicas são frequentemente estilizados com tipografia monoespaçada em ordem de criar ainda mais um efeito ludico e enfatizar ainda mais a natureza lenta dos sons. Os artistas que criavam música no estilo Vaporwave passaram a desenvolver seus próprios trabalhos utilizando tonalidades sonoras modificadas e várias camadas de distorção, os ritmos são alterados dando vida à samples musicais únicosNada melhor para exemplificar do que ouvir Macintosh Plus 420. Igualmente ao genêro Lo-Fi Hip Hop, videos de fluxo contínuo são extremamente comuns permitindo que as pessoas ouçam um loop infinito de músicas sem perceber a troca de faixas.


LO-FI HIP HOP BEATS


Na arte contemporânea, podemos ver interferências no trabalho de vários artistas como o argentino Felipe Pantone que faz uso constante de elementos como grids, gradientes e elementos digitais em suas obras e seus murais coloridos, claramente mostra a tendência como base no desenho. Com tantas referências fantásticas, os designers e artistas estão adaptando esse estilo e introduzindo o Vaporwave cada vez em seus trabalhos. Em 2015 a MTV renovou sua marca utilizando vários elementosda estética. Dentro do universo do Vaporwave, existem spin-offs, sendo um deles é a Simpsonwave, que combina a sua música com filmagens desbotadas de VHS e cenas da série Simpsons, geralmente na forma de gifs psicodélicos ou vídeos curtos. Outro spin-off mais sombrios é a Fashwave, que combina símbolos nazistas e fascistas com a estética vaporwave, e não é necessário explicar a Trumpwave, que faz sentido, considerando que Trump foi considerado o símbolo sobre excesso de dinheiro da década de 1980. Ambos os spin-offs têm uma raiz semelhante na nostalgia, olhando para trás para as chamadas idades de ouro, como na década de 1980 dominada por Reagan ou as primeiras temporadas perfeitas de Simpsons.


No Brasil esse ano, a estĂŠtica vaporwave foi tomada pela direita liberal e utilizada para fazer memes e campanhas a favor de Jair Bolsonaro.


MC CAROL “BATEU UMA ONDA FORTE” - VISUALS

Uma outra movimentação que surgiu no Brasil em meados de 2014 foi a Brazilwave. Ao contrário de muitas outras páginas que apenas reblogam ou fazem pequenas alterações sem contexto no conteúdo que existe no 4chan ou em fóruns por aí, a Brasilwave adapta a estética chapada e cibernética do Vaporwave para transformar figuras brasileiras duvidosas como o Datena ou a Suzana Vieira em ícones espirituais nesse mundo guiado por bits, jpegs e o passinho do faraó.


TIM MAIA - ELA PARTIU


E K A M EMO

T A E R G AGAIN


Tudo começou com a música. O gênero nasceu da cena punk hardcore de meados dos anos 80 em DC, Mas somente no início dos anos 2000 que o pop se fundiu com esse hardcore emocional para criar um som mais comercializável e amigo da emissora MTV que forneceu à subcultura uma trilha sonora: Taking Back Sunday, Brand New, Hawthorne Heights, My Chemical Romance, Fall Out Boy. Entretanto não era somente a respeito da música, o emo era uma subcultura impulsionada pela tecnologia. As condições perfeitas estavam em vigor no tempo exato para o fenômeno crescer.

Um império de mídia social foi criado, pela primeira vez, sem sair de casa os jovens podiam interagir com as bandas. Os artistas tinham uma presença e um nível de exposição muito forte nas redes sociais, deixando-os mais atingíveis do que nunca para os fãs. Enquanto criavam músicas com uma grande carga emotiva, e, com poder suficiente para incentivar uma geração inteira de seguidores devotos estava em ascensão. Entre em uma nova safra de adolescentes suburbanos prontos para devorar e criar com tudo o que a internet poderia oferecer.




O estilo era singular. Você sacrificava a maior parte de seu cabelo para o lado e cortava o restante com navalha até que acabasse parecendo o cara do The Horrors.

A maquiagem era algo que ambos abusavam; quando Pete Wentz carregou as pálpebras com delineador grosso e Gerard Way exibia um olho rosa de alguém que ficou sentado em um quarto escuro, cheirando cola por horas. Genêro não importava, porque todo mundo vestia o mesmo: Jeans skinny para meninas apertado o suficiente para interromper sua circulação sanguinea, esmaltes, cabelo colorido, camisetas de banda e nomes de bandas escritos com caneta escolar em seus sapatos. Em forte contraste com qualquer outra subcultura que já havia acontecido antes,o emo era introspectivo e cauteloso. Isso foi parcialmente o resultado de ser a primeira subcultura nascida on-line.


Em vez de ficar com raiva do mundo, virou o fogo para si prĂłprio. Eram furiosamente contra a rotulagem e as pessoas estariam prontas para negar essa etiqueta. Mas, na realidade, ser identificado como parte de uma tribo fazia parte do objetivo. O emo “morreuâ€? no final dos anos 2000 da maneira natural que as subculturas sempre morrem, sendo engolidas pelo mainstream.


“Em forte contraste com qualquer outra subcultura que havia acontecido antes,o emo era introspectivo e cauteloso. Isso foi parcialmente o resultado de ser a primeira subcultura nascida on-line.�


Em termos de estilo, muito se manteve popular, várias peças ficaram se tornaram clássicos ao estilo, como óculos de aro grosso, jaquetas de couro, jeans skinny e tênis Vans. As tendências da Internet, como o cyberpunk e a moda do Tumblr, obviamente olhavam para a estética emo e das scene girls enquanto avançavam. O emo também colaborou com o inicio de sites como Etsy, Depop a economia aberta de criação online, consumo e venda de itens de moda. Adolescentes seriam donos de lojas virtuais pelo Myspace para vender bandanas, camisetas, gravatas entre outros produtos relacionados as bandas do momento. Embora tenha sido a explosão inicial da Internet que permitiu que o emo emergisse e se espalhasse, foi a Internet que garantiu que as subculturas nunca mais existirão da mesma maneira. A banda larga está constantemente transmitindo todas as culturas jovens para casas em todo o mundo. Tudo isso acontecendo simultaneamente com as ações da cyber polícia, a saturação da cobertura de mídia e as principais gravadoras adversas ao risco, significa que

o emo pode muito bem ser o primeiro e o último do seu gênero. Mas, olhando para todas as maneiras como isso afetou nossas vidas, deixou uma marca sombria que não será esquecida em breve.



Tradução livre Victória Lobo

A estetica atada a ironia que existe contida na privacidade do proprio quarto seria o futuro da subcultura.


Em um dos livros mais influentes do século 20 sobre moda, Subculture: The Meaning of Style, o sociólogo Dick Hebdige estudou os estilos dos Punks, Mods e Teddy Bears que andavam por Londres nas décadas de 1960 e 1970. Ele postulou que seus cortes de cabelo engraçados e roupas chocantes eram, de fato, uma forma de rebelião política relacionada ao status de jovens, brancos da classe trabalhadora, ele argumentava: “Os mods em seus trajes polidos, minaram o significado convencional de ‘colarinho e terno’. e empurrando a extrema arrumação ao ponto do absurdo; “Os punks por outro lado reagiram, à negligência sentida

pela sociedade tornando a classe trabalhadora metaforicamente acorrentada e encovada”. Basicamente, Hebdige propôs que estilo é inerentemente político e que seus laços com a música o tornam muito mais. Essa estrutura pós-moderna marxista continua sendo o método dominante para dissecar as estéticas subculturais de hoje. O problema é que nem Marx nem Hebdige haviam ouvido falar do TikTok na época, muito menos sobre o Instagram ou a Internet, lugar onde tantas subculturas nascem. Se ainda é possivel argumentar que as subculturas podem existir hoje sem serem imediatamente engolidas pelo mainstream.



Antigamente, era muito mais fácil estabelecer conexões entre as roupas de um grupo, a música que eles ouviam e seu status socioeconômico, pois os grupos não existiam exclusivamente no éter digital. A mais nova subcultura atual são as e-girls e os e-boys,seu nome

vem da abreviação da palavra eletronic girl/boy , são jovens descolados cujas qualidades definidoras são o fato de serem populares e sempre online. Isso pode descrever muitas pessoas, mas enquanto os influencers tradicionais geram conteúdos para tornar suas

vidas “reais” ou o mais aspiracionais possível para sua audiência, o tipo de influência que os e-boys e e-girls provém, são suas personas digitais. Em outras palavras, eles não estão acumulando seguidores, saindo de férias para Santorini a cada duas semanas mas muito provavelmente, eles estão em seus quartos, sozinhos.


Em outras palavras, eles não estão acumulando seguidores, saindo de férias para Santorini a cada duas semanas. Provavelmente, eles estão em seus quartos, sozinhos.


Se o Instagram forneceu um conjunto inicial de padrões de lifestyle para a geração Millenial, o TikTok está fazendo o mesmo para a Geração Z. Ambos estilos transcendem genêro, e pegam inspirações de vários lugares; Da cultura de skate, do hip-hop, dos animes, dos cosplays, BDSM e góticos. Sumarizando, e-girls e e-boys seriam o que aconteceria se você jogasse um adolescente no buraco negro da internet e ele saisse do outro lado. E-girl foi um termo que até recentemente era utilizado de forma sarcástica e pejorativa relacionado ao mundo gamer onde mulheres utilizavam os games online para atrair atenção de homens de acordo com o Urban Dictonary, entretanto com sua popularização no TikTok o nome adquiriu diferentes conotações. O TikTok hoje, é um dos aplicativos em maior ascendência mundialmente, lugar onde estão nascendo memes,girías etc. e também coincide em ser uma janela para os quartos de milhões de adolescentes onde

eles podem fazer lip sync de musicas, atuar e até mesmo chorar para uma audiência sem identidade, em busca da única metrica valorizada da internet: A influência. Quando lançado em 2018 nos Estados Unidos, o TikTok foi o meio que impulsinou a essas meninas com cabelo rosa pastel e esses meninos com rostos angelicais que usam correntes nas suas calças. Os próprios usuários começaram a descrever a si mesmos como E-girls/E-boys e rapidamente começeram a parodiar o próprio termo, criando videos onde uma garota iria beber o “Suco da E-girl” ou seria arrastada para um quarto com uma placa sinalizando “Fábrica de E-girls” acabando por fim vestida em camisas listradas, rabos de cavalo, blush por toda extensão do seu rosto e pequenos corações desenhados abaixo de seus olhos.O termo E-girl se popularizou tanto que entrou no campo léxico mainstream do universo do TikTok.


Há vários videos em estilo tutorial na internet que ensinam como se tornar uma E-girl. As dicas não se limitam apenas a roupa e maquiagem existe todo um painel inspiracional para ser seguido e recomendação de vários apps para edição de fotos.


Peças clássicas de roupa da e-girl incluem, camisetas de listras e arrastão, presilhas de cabelo coloridas, saias no estilo escolar igual da personagem Sailor Moon e muitas gargantilhas, delineador e maquiagem pesada nos olhos também fazem parte do “look”. Tranças nos cabelos, junto com o nariz, olhos e bochechas rosadas, são indicativos de juventude. Uma estética infantil hipersexualizada, que também mergulha na estética dos animes, onde as personagens femininas geralmente aparentam ser mais jovens ou mais velhas do que realmente são. É o caso de muitas tendências para adolescentes, mas a idade on-line é ainda mais fácil de manipular com a ajuda de softwares de edição de fotos, filtros de rosto. E-girls, portanto, são menos uma questão identitária e mais parecidas com uma fantasia a ser experimentada na privacidade do próprio espaço, e depois apresentado ao mundo on-line. Por isso é um movimento que transcende a localização - não importa

se você tem 14 anos em Ohio ou Londres, é só fazer um pedido de roupas e acessórios em qualquer e-commerce e começar a postar coisas semiirônicas sobre si mesmo no Instagram.Porque é ai onde moram as e-girls: no mundo online. É o que torna garotas ou garotos e diferentes de seus ancestrais subculturais, pois em contra ponto você pode realmente ver um gótico, um emo ou um hipster na rua andando em grupo.


Alguns desses estereótipos são compartilhados com o fenômeno menos discutido, mas igualmente prevalecente que são os E-boys. Assim como a E-girl, o E-boy veste roupas legais e compartilha das mesmas qualidades de ser jovem e popular online. Eles também são fáceis de zombar; como todo mundo na internet, às vezes fazem coisas profundamente constrangedoras que acreditam que parecem legais. Em um artigo lançado na Vice Brasil em Agosto deste ano, fala a respeito sobre eles: tyler the creator

marc demarco joji

clairo

“Um resumo do e-boy, começaria com o visual: O cabelo é estilo Leonardo DiCaprio em Romeu e Julieta, ou do Michael Pitt em Os Sonhadores. Eles fumam cigarros, às vezes só pela estética, mas são tão sóbrios quanto um conselheiro do AA. Eles cresceram ouvindo Mac Demarco, The 1975 e Tyler, the Creator da era lofi terrorcore, mas também Justin Bieber e Selena Gomez. A vibe deles é o clímax de todas essas esferas ligeiramente relacionadas, filtradas pelo mundo de cores Brockhampton pósOne Direction.


As roupas: muitas correntes. Corrente de bicicleta, corrente de jeans, corrente de carteira, correntes de anéis de latinha de Coca-Cola. Eles usam cadeados no pescoço. A gente poderia descrevê-los como o clássico gótico Camden Lock, se eles não parecerem homens jovens incrivelmente arrumados, felizes – mesmo que um pouco tristes pelo bem das suas performances – e muitos deles aparentemente prontos para um futuro onde a faculdade já estará paga. E-boys são este trap de fantasma. Igualmente, eles são Joji ou Rex Orange County ou a Clairo. Ser “nojento” no geral é algo que eles pegaram da Billie Eilish, rainha dos e-boys, mas também, rivalizam com a galera do Myspace de 2007 em ficar fazendo beicinho nas fotos. É uma linha tênue: muita postura pra mostrar pra todo mundo como eles são bonitos, com tosquice proposital suficiente para lembrar ao público que eles não ligam para aparência.


Os tons sexuais da cultura e-boy/girl já se tornaram mainstream, no clipe da cantora Billie Eilish “Bad guy”, a artista de 17 anos canta: “So you’re a tough guy / like it really rough guy” enquanto derrama leite na garganta de um cara. Isso é arte, claro, e há um poder no trabalho de Eilish e sua reversão dos papéis de um adolescente no TikTok gênero tradicionais – mas é um fingindo esganar, e depois pouco mais difícil defender beijar, seu iPhone. Como a página Know Your Meme escreve, e-girls e e-boys são uma espécie de “flerte da Internet”, independentemente do que estejam fazendo on-line, por serem atraentes, são objetos de desejo para muitos e objetos de escárnio para os outros.


I N S TAG


RAMISM

Notas sobre o instagramismo mecanismos de Identidade cultural contemporânea (e também fotografia,design,kinfolk, kpop,mis-en-scéne...) Escrito por Lev Manovich Tradução livre por Gabriel Soldano


C

omo podemos caracterizar um estilo em geral? E em particular, a estética contemporânea nascida no começo dos anos 2010 que pode ser vista hoje em inúmeras fotos do Instagram? Existe hoje alguma diferença entre fotografia comercial e pessoal, mesmo quando estas encapsulam os mesmos assuntos e a mesma atitude? Poderia um estilo ser definido por uma lista de características, ou seria uma gestalt maior que não pode

ser detectada simplesmente achando imagens que possuem algumas destas características? Veja os belos curta-metragens da revista sobre “slow lifestyle” chamada Kinfolk acima. Eles exemplificam perfeitamente uma forma cultural visual que pode também ser vista em diversas fotos no Instagram, criadas por jovens usuários visualmente sofisticados ao redor do mundo, também aparece em uma parte na fotografia e cinematografia


contemporânea comercial de estilo de vida e moda. O que seria mais importante neste estilo – design ou a câmera? Organizar os objetos, os corpos, os espaços e cores orquestrantes, texturas, movimentos manuais etc? É por esta razão que penso que estamos lidando com uma forma distinta aqui. Inicialmente desenvolvida na fotografia publicitária dos anos 30, e adotada por designers gráficos profissionais nos anos 90 graças ao Photoshop. Em seguida foi extendido a imagens móveis, graças ao After Effects, e depois dos anos 2000, foi adotada por milhões de adolescentes criativos e profissionais culturais, graças ao Instagram. Esta forma é uma gestalt* composta por dois tipos de habilidades e tradições midiáticas, ao invés de uma união mecânica dos elementos. Há muitas instâncias desta forma hoje, se estivermos apenas preocupados com suas dimensões formais – cor saturada ou desbotada, o uso de áreas vazias e texturadas, etc.

Na verdade, muitos designers gráficos e websites usam da mesma estética. Mas no caso da Kinfolk e muitas imagens do Instagram, estamos lidando com algo diferente.

*Gestalt é estudo da percepção humana em relação as formas, a existência de padrões de comportamento visual que o ser humano tem



Eu irei me referir a esta combinação de forma midiática e conteúdo específico como Instagramism. Por quê? O Instagram foi lançado em 2010, e a Kinfolk em 2011. Instagram era diferente dos serviços de compartilhamento de imagens então existentes, pois vinha com filtros e outras ferramentas simples de edição de imagem disponíveis em seu aplicativo móvel. E isto democratizou a produção de imagens bonitas.Gradualmente, Instagram foi também adotado por milhões de pessoas jovens e sofisticadas ao redor do mundo para mostrar sua fotografia, narrar suas ideias e experiências, e conectarem-se uns aos outros.Hoje em dia muitas outras revistas e plataformas virtuais utilizam a estética e “atitude” do Instagramism e

da Kinfolk. Há também outras diferenças entre a estética Kinfolk e Instagram criada por estes jovenssofisticados ao redor do mundo – Mas estou mais interesvcvsado em suas semelhanças. Tendo definido Instagramism acima como “uma combinação de uma forma midiática e conteúdo específico”, vamos agora expandir nossa análise trazendo outros termos, como “narrativa”. O Instagramism não se importa em “contar uma história”, e não demonstra sujeitos apropriados (no sentido do sujeito de uma foto). Eu acredito que os escritores teóricos sobre filme e críticas do século XX estavam tendo o mesmo problema, e eles não o solucionaram. Depois de retirar narrativa, edição, atuação e cinematografia, como se chama a “carne” de filme que sobrou?


As pessoas que escrevem sobre o cinema às vezes usam o termo mise-en-scène. […] Apesar do termo mise-enscène não nos providenciar com uma definição clara sobre o Instagramism, ele nos aponta uma direção – o cinema do século XX. Certamente, alguns dos cinematógrafos, diretores e diretores de arte do século XX foram pioneiros do Instagramism em alguns de seus filmes – Para nomear apenas cinematógrafos, pense em Sven Nykvist (do filme Persona, de Ingmar Bergman) e Georgy Rerberg (O Espelho, do Tarkovsky). Instagramism aqui não se

refere a uma estética específica e limitada, mas sim a construção de cenas e imagens que são atmosféricas, visualmente perfeitas, emocionais sem serem agressivas, e sutis ao invés de dramáticas. Porém, mesmo a fotografia comercial mais artística ainda tinha que vender algo. E mesmo no cinema artístico mais poético e individualista, cenas puramente poéticas e não-narrativas eram entrelaçadas em histórias maiores. Estas histórias tinham atores falando entre si, se locomovendo em veículos, entrando e saindo de prédios modernos etc.


Eles possuíam enquadramento de cena. Todos estes termos descrevem as forças do cinema Griffithniano nunca permitiram que longa-metragens se tornassem 100% poéticos. Apenas com algumas exceções, os longametragens que “escaparam”, se recusando a contar histórias, nestes filmes a prosa da narrativa não tirou a poesia do visual sendo: Sergei Parajanov (The Color of Pomegranates), Marlen Khutsiev (July’s Rain), Mikhail Kalatozov (I am Cuba). Se nós também considerarmos os curtas e documentários dos séculos XX e XXI, a lista será bastante longa. Como mais um exemplo de uma convergência agora entre música pop e design centenas de videoclipes de

k-pop (música pop coreana) produzidos nos últimos anos possuem um excelente design visual além de varios álbuns de K-pop receberam os maiores prêmios das competições mais prestigiadas de design (Red Dot Design e IF Design Awards) nas categorias design e embalagem, os grupos incluem: Girls’ Generation, Super Junior, SHINee, f(x) e EXO. 1. Persona (1966) 2. A cor da Romã (1969) 3. Deserto Rosso (1965) 4. Os cavalos de fogo (1965) 5. Girl’s Generation “I got a boy”(2013) 6. EXO “Love me Right” (2015) 7. BTS “Blood,Sweat and Tears” (2016) 8. NCT U “The Seventh sense” (2015)


Tendo explorado exemplos do cinema do século XX e clipes de musica, vamos voltar ao Instagram de hoje. Vejamos uma seleção de fotos de seus usuários na página ao lado. Apesar destas fotos parecerem fotografia comerciais, elas não focam nos objetos tão diretamente. Elas não os “vendem” para nós e também não apresentam pessoas de corpos perfeitos.

A atmosfera e o estado de espirito da foto são mais importantes do que a sua ambientação. Nós podemos

às vezes achar que fotografia publicitária é extremamente próxima a poética do Instagram e, a sutileza destes limites em si é um sinal importante de como a cultura funciona hoje. “Independente” e “comercial” ou “arte” e “design” não são separados claramente como eram no século XX. Mas isto não significa que eles tenham se unido completamente. Identidade cultural hoje é estabelecida através de pequenas variações e diferenças – e também a hibridização entre posições já estabelecidas. Por exemplo, se a primeira parte do século XX era sobre “ismos” radicalmente conflitantes – cubismo, surrealismo, etc.

Então o século XXI até o presente é sobre variações em tendências singulares e maiores como o minimalismo no design.) A Wikipedia tem um artigo chamado Lista de Subculturas contendo 126 diferentes subculturas. Entre as listadas, podemos achar bosozoku, uma subcultura dos jovens japoneses associada com motocicletas customizadas; demoscene, “Uma subcultura da arte de computação que se especializa em produzir demos” e furry fandom, Abaixo as subculturas Furry Fandon e Bozozuku


“Uma subcultura interessada em animais fictícios antropomorfizados com personalidades e características humanas”.’ Parecem ser muitas escolhas, mas não é o bastante para criar uma identidade cultural única. Se um jovem se identifica com qualquer subcultura, isso exclui ele(a) do “Mainstream”. Mas ao mesmo tempo, a pessoa agora pertence a um outro grupo,

então em vez de criar uma identidade singular, a pessoa fica presa em uma identidade de grupo. Identidade cultural hoje é estabelecida através de pequenas variações e diferenças, mais precisamente “Subculturas,” preferências alimentares e estilos de moda dão às pessoas ferramentas básicas para estabelecer e realizar suas identidades culturais.

“Se a primeira parte do século XX era sobre “ismos” radicalmente conflitantes – cubismo, surrealismo, etc. Então o século XXI até o presente é sobre variações em tendências singulares e maiores como o minimalismo no design.”


Porém, câmeras digitais e ferramentas de edição como exemplificado pelo Instagram provém o mecanismo crucial para refinar e individualizar mais estas identidades básicas. Para continuar nossa investigação de Instagramismo, vamos olhar a auto-descrição da revista Kinfolk para ver se pode nos ajudar a melhor entender a estética dos seus filmes, assim como estéticas aparentemente similares no Instagram: “Kinfolk é uma revista slow lifestyle publicada pela Editora Ouur que explora maneiras de leitores simplificarem suas vidas, cultivarem comunidades e passarem mais tempo com seus amigos e famílias. Fundada em 2011, a Kinfolk é agora referência em revista de estilo de vida independente para profissionais jovens e criativos e também produz edições internacionais no Japão, China, Coreia do Sul e Rússia. Publicada a cada 3 meses, a Kinfolk mantém uma base vibrante de contribuidores de Copenhague à Cidade do Cabo. Ouur é uma

editora e agência que cria mídias digitais e impressas para uma audiência jovem e criativa.” Mas por que simplificar a vida de alguém e passar mais tempo com amigos e família acaba ficando tão intensamente lindo em suas produções visuais? Por que o resultado parece uma mistura da estética minimalista das pinturas asiáticas com caneta e tinta, estética escandinava de claridade e simplicidade, mas também texturas e cores ricas e naturais produzidas por filtros do aplicativo VSCOcam? A possível resposta, sugerida pela auto-descrição da Kinfolk, é que seus filmes e fotografia estão fazendo duas coisas simultaneamente: Criando a idealista e quase utópica imagem de “slow


lifestyle” e ao mesmo tempo alimentando a necessidade de seus leitores - “jovens e criativos profissionais” - de ser visualmente estimulados e inspirados por bom design. Então quando você lê uma Kinfolk, você está se beneficiando pessoalmente e profissionalmente. A motivação original da Kinfolk por trás de assuntos e estéticas de sua fotografia e filmes foi a cultivação de reuniões com os amigos e a família, enquanto jovens Instagrammers adotaram e extenderam este estilo para capturar todo tipo de situações, mas, em ambos os casos, ambas falam sobre experiência. Portanto, seus filmes e fotos não são focados em produtos ou ações. Por exemplo, nós não vemos pessoas falando em seus celulares, ou tirando fotos com celulares ou câmeras, ao invés disso, podemos ver estes objetos sentados em uma mesinha de café ou uma cama, sendo ao invés de em ação, se há alguma mensagem em design poético, é esta. Filtros “lavados” frequentemente usados para estas fotos e filmes não são sobre nostalgia da história da fotografia.


São sobre reduzir a greyscale e contrastes de cor – que são metáforas para contraste emocional e dissonância cognitiva. O neologismo “instagram” sugere velocidade, decisão ágil e ação rápida. Se era esta a intenção original da plataforma, a juventude global e visualmente sofisticada e muitos membros da classe criativa global usam-na hoje na maneira completamente oposta. Instagramismo precisa de lentidão, artesanato, e atenção aos menores detalhes. Estas qualidades também precisam criar um ótimo design, não importando se você está trabalhando com materiais físicos, um espaço, uma página impressa, ou um aplicativo. E é por isto que hoje o Instagramismo é o estilo da classe de design global mesmo para pessoas que não são profissionais. Esta classe global é definida não pela relação econômica aos “meios de produção” ou à renda, mas ao software Adobe Creative Suite que usam. Também é definido por sua voz visual – que é sobre diferenças sutis, o poder do espaço vazio, inteligência visual, e, o prazer visual. Tudo que se acha de melhor no Instagram, imagens impressas e virtuais, design espacial, comida e moda de rua atual.


O desenvolvimento desse trabalho de conclusão desse curso contou com a ajuda de várias pessoas. Agradeço ao meu orientador Emerson Brito por ter me auxiliado e me me guiado em momentos que eu estava perdida com o trabalho, a minha familia por todo o apoio e aos amigos por toda a paciência e compreensão nos momentos de crise, e também a todos que participaram das pesquisas, processo criativo e que contribuiram de qualquer maneira para que esse projeto fosse finalizado. REFERÊNCIAS TEXTOS: https://falauniversidades.com.br/voce-ja-ouviu-vaporwave/ https://followthecolours.com.br/art-attack/estetica-vaporwave/ https://soundontime.com/vaporwave-aesthetic/#what-is-vaporwave-aesthetic https://www.vice.com/pt_br/article/8xwn4a/bolsonaro-e-vaporwave-a-tentativa-estetica-tardia-de-um-governo-que-rejeita-arte https://www.vice.com/pt_br/article/bm7wmm/como-o-tumblr-e-a-mtv-mataram-o-vaporwave?utm_source=stylizedembed_vice.com&utm_campaign=8xwn4a&site=vice https://www.vice.com/pt_br/article/kbj7ea/uma-entrevista-visual-com-o-brasilwave https://i-d.vice.com/en_us/article/59bwj5/emo-was-the-last-true-subculture https://www.vice.com/pt_br/article/gy44jj/apresentando-o-e-boy https://www.vox.com/the-goods/2019/8/1/20748707/egirl-definition-what-is-an-eboy https://i-d.vice.com/en_uk/article/vb99em/tik-tok-beauty-standards-e-girl-make-up http://manovich.net/content/04-projects/095notes-on-instagrammism-and-mechanismsof-contemporary-cultural-identity/notes-oninstagrammism.pdf

A revista Pivot é um projeto de conclusão de curso de Design Gráfico, todas as imagens, textos dentre outros materiais possuem finalidade acadêmica sem intenções de comercais.



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