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Figura Imagem interna espaço expositivo, Núcleo Naval do Seixal.

Projeto Arquitetônico para estaleiro Escola no Museu da Vila

Bairro Coqueiro | Luís Correia | Piauí

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Para a escolha dos meios e técnicas para interpretar o patrimônio, há de se considerar o conhecimento do território, do objeto a ser interpretado e dos públicos aos quais se destina. Considerando que a comunidade local usuária deve ser a primeira a reconhecer o próprio patrimônio, permitindo a construção de formas, ferramentas e mecanismos de apresentação e comunicação. (TOFOLLO; CARDOZO, 2013)

A interpretação, ao comunicar a história e a cultura de um lugar, além de destacar o diferencial que estimula visitantes, também acaba por despertar na própria comunidade orgulho sobre seu patrimônio cultural, sensibilizando e favorecendo práticas de preservação. (ALBANO, 2002). Baseados nestes conceitos de educação e interpretação patrimonial, buscamos fundamentar a prática principal do Estaleiro Escola do Museu da Vila, em que pretendemos usufruir de ferramentas interpretativas com o apoio da comunidade local, para a valorização e salvaguarda do patrimônio cultural associado às artes de pesca.

A estratégia interpretativa a ser adotada dependerá das características culturais e ambientais do lugar, dos recursos humanos e financeiros disponíveis e do perfil do público que se quer atingir. Tal estratégia pode incluir trilhas e roteiros sinalizados, treinamentos de guias e condutores para acompanhar grupos de visitantes; publicações de mapas ilustrados e folders [...]. (MURTA; GOODEY, 2002, p. 23 e 24)

Segundo Murta e Goodey (2002), as estratégias de interpretação podem ser agrupadas em 3 categorias, textos e publicações, design e interpretação ao vivo (com auxílio de guias). No Estaleiro Escola sugerimos o uso da técnica baseada no design, caracterizada pelas autoras como modelos e reconstruções.

Os modelos que podem ser miniaturas ou cópias de figuras em tamanho real têm um poder atrativo e mantém atenção, por serem muito próximos à realidade. Um exemplo do uso desta técnica são os modelos em cera de Mme. Tussaud. (MURTA; GOODEY, 2002)

Baseamo-nos nas técnicas interpretativas e nos estudos de casos trazidos na obra das autoras, apresentados como boas práticas e buscamos aplicar usando os modelos de embarcações artesanais, como principal ferramenta interpretativa do patrimônio ligado às artes de pesca da vila-bairro Coqueiro da Praia. A proposta é uma forma de educação na qual “os visitantes devem tocar todas as exibições para experimentar e compreender princípios científicos e processos tecnológicos.” (MURTA; GOODEY, 2002, p. 33)

Quando buscamos formas e metodologias diversas para proporcionar uma educação para o patrimônio, principalmente voltada para uma comunidade, ou seja, o nosso público não é somente o que nos visita, mas também é partícipe do processo, tratamos também de uma inovação na área social. É

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