ELETRODINÂMICA DOS CORPOS EM MOVIMENTO Albert Einstein versão de 1955
Tradução Livre de Victor Vizcarra
INTRODUÇÃO
Quando a eletrodinâmica de Maxwell, tal como a conhecemos hoje, é aplicada a corpos em movimento surgem assimetrias que parecem não estar em correspondências com os fenômenos observados. Veja, por exemplo, a interação eletrodinâmica entre un imã e um condutor. O fenômeno que se observa depende apenas do movimento relativo entre o condutor e o imã, enquanto que de acordo com a interpretação comum devemos distinguir rigorosamente dois casos muito diferentes, dependendo de qual dos dois corpos se movimenta, supondo o mesmo movimento relativo para os dois casos. Si é o imã que se move enquanto o condutor permanece en repouso, ao redor do imã é produzido um campo elétrico com certo valor para sua energia. Este campo eléctrico gera uma corrente no lugar onde se encontre o condutor. Se é o imã que permanece em repouso e é o condutor que se move, ao redor do imã não aparece nenhum campo elétrico. Porém, é produzido no condutor, uma força eletromotriz que não corresponde a nenhuma energia, mas que produz correntes eléctricas com as mesma magnitude e direção do primeiro caso. Exemplos similares, tal como os experimentos realizados para demonstrar o movimento da Terra em relação ao «meio onde a luz se propaga» e cujos resultados foram negativos, permite supor que não só na mecânica, mas também na eletrodinâmica, que nenhuma propriedade dos fenômenos corresponde à noção de movimento absoluto. Devemos supor que para todos os sistemas de coordenadas onde as equações mecânicas são válidas, são igualmente válidas as leis da eletrodinâmica e da ótica, tal como foi demonstrado para grandezas de primeira ordem. Queremos elevar essa suposição (cujo conteúdo será chamado, de agora em diante, de «Princı́pio da Relatividade») ao nı́vel de hipótese e ainda introduzir mais 1