Novembro 2016
2 RECEITAS PARA
EXPERIMENTAR NO
DECIDIR ALIMENTAÇÃO DOS FILHOS
Natal
ATÉ ONDE É CORRETO INFLUENCIAR?
A banda da
NOVA ERA
editorial
N
ão sabíamos ao certo o que nos esperava quando o tema foi escolhido. Sobretudo, temíamos que as fontes não estivessem muito dispostas a falar. Ao longo das visitas e pesquisas, encontramos um universo acolhedor e prestativo que pedia uma única coisa em troca: ser ouvido. Todas as pessoas que conhecemos e conversamos nos falavam a mesma frase: “o prazer é meu em ajudar, no que precisarem”. Chegamos à conclusão de que o que motiva as pessoas a serem solicitas e darem seus relatos é que sabem que o acesso à informação é o primeiro passo para a predisposição do achismo ser desarmada. Uma das principais dúvidas que permeavam nossas apurações foi sobre a visão exterior do movimento. O veganismo/vegetarianismo é visto como elitista em que se julga “privilégio poder escolher o que se vai comer”. É verdade que existe uma gama enorme de produtos industrializados que, se um vegano/vegetariano escolher viver consumindo-a, vai gastar mais do que aqueles que “comem comida normal”. Mas é tudo questão de escolha e perspectiva. Deste modo que o praticante da ideologia tenta deixar sua marca no mundo. Não existe uma ditadura que visa obrigar os humanos que todos devem comer mato. A única mensagem que o movimento preza é que todos harmonizem a vivência com os seres e com a natureza, sem esperar levar alguma vantagem dessa relação – um pensamento contrário ao se que chama de especismo. Também não existe uma obrigação de consumir produtos processados industrialmente para se fazer valer de alguém preocupado com a exploração. Assim como podemos ver em muitas matérias produzidas pela redação, contempla-se muito mais a produção manual de alimentos, roupas, calçados e diversos objetos de utilização em busca de desenvolver práticas saudáveis e menos exploratórias, obtendo um consumo consciente. Redação revista Veganice
Expediente
Editora Chefe Victória Mansoura Diretora de Arte Victória Bernardes
Diretora da Marketing e Publicidade Fernanda Ribeiro Repórteres Aline Souza Renata Lins Revista Veganice | Novembro 2016 www.veganice.wixsite.com/index revista veganice@gmail.com facebook.com/oficialveganice
Sumário
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CONHEÇA A DUPLA CAIPIRA DE REGGAE
ESCOLA
SUSTENTÁVEL CURIOSIDADES EMPREENDENDO COM AMOR
12
O QUE
COMER QUANDO NÃO SE PODE FAZER
14CAPA
19
AGÊNCIA DE VIAGENS VEGANA
22
ESPORTE
25 27
PRO DU TOS
EM BUSCA DO LUGAR PERFEITO
29
AGENDA DE EVENTOS
instagram.com/oficialveganice 3
perfil
Conheça a Dupla Caipira de Reggae Fernanda Ribeiro
Através de ritmos diferentes, grupo transmite ensinos metafísicos e vivências espirituais com uma proposta de um novo modelo de consciência moral, psicológica e social
“A
Dupla Caipira de Reggae veio para falar a nossa mensagem, mostrar a nossa música vegana, que é a música que fala do respeito a todos os seres, a todos os animais, mas não só aqueles animais bonitinhos, como cachorro, gato e passarinho, mas também, aqueles animais que não tiveram a mesma sorte na beleza, como as borboletas, as baratas, os ratos e o carra4
pato, todos eles são nossos irmãos e tem a sua função aqui na terra”. Essa é a mensagem que Céu Azul e Pedrishina faz em todo show ao interromper exatamente aos dois minutos e trinta segundos a música Os Bixin. A banda encanta ao público com este pensamento de amor aos animais e finalizam ao som envolvente que mistura a dupla de cordas, violão e charango, percussões, flauta, escaleta, baixo e bateria, “eu não mato pra cume, eu como mato pra viver”. Veganos há 4 anos e vegetarianos há 10 anos, eles dizem que não gostam de impor nada a ninguém. Transformam em música o que vão aprendendo com as experiências da vida. “Vivemos os desafios de cantar o que vivemos, e viver o que cantamos”, diz Céu Azul.
A história se inicia em 1995, quando dois garotos de apenas nove anos se conheceram e fizeram amizade na sala de aula do Colégio Galileu Galilei, zona Sul de São Paulo. Cursando a quarta série, ambos se adaptavam à mudanças em suas vidas. Pedrishna (Pedro) buscava se acostumar com a grande metrópole, após vir do sossego de Piracicaba. Céu Azul (Caio), procurava se adaptar ao frio da capital paulista, após vir do Rio de Janeiro, onde morou desde poucos meses de vida. Um ano depois, aos 10 anos de idade, formaram a primeira banda de suas vidas: “Pentelhos Assassinos”, inspirados pelo grande sucesso dos Mamonas Assassinas. Com mais dois amigos, Alê e Guto, criaram composições autorais, com letras engraçadas, porém
ninguém sabia tocar nenhum instrumento ainda e a banda acabou ficando apenas na ideia. Na sétima série, decidiram então começar a fazer aulas de instrumentos, para que assim pudessem formar uma banda de verdade. Foi quando nasceu a “Calota Solta”, que depois ficou mais conhecida como “Calota 33”, em que os meninos produziam músicas e versões do pop rock nacional. Chegaram a realizar alguns shows importantes, como no conhecido Café Piu-Piu, em Bela Vista - SP e em um festival no Circo Escola Picadeiro, no qual dividiram palco com a banda Planta & Raiz. Anos mais tarde, já no colegial, Céu Azul acabou se afastando um pouco dos outros três amigos, que se juntaram para formar uma banda nova, de Reggae, a “Sussa Roots”. Durante cinco anos, eles mantiveram uma rotina de ensaios frequentes, realizaram shows, gravaram um CD promo autoral, e passaram a tocar profissionalmente em alguns bares de São Paulo. Com a idade chegando, a banda
não resistiu à escolha de alguns integrantes em fazer faculdade fora do Brasil, escolhendo um caminho profissional diferente ao da música. Em 2006, os amigos começaram a frequentar encontros de comunidades, como o Enca, o Kiuni, no qual se iniciou um processo de transformação na vida deles, quando se jogaram na estrada e participaram até de retiros espirituais. Cé Azul inclusive foi morar em uma dessas comunidades em Minas Gerais. Permacultura, vegetarianismo, espiritualidade, paz, amor e respeito à natureza, foram as diretrizes dessa nova fase. Grandes experiências começaram a viver, “passamos a ter uma nova linguagem: Somos um, Aho, Tamo junto, Jaya, Gratidão, mudamos para o interior do nosso interior”, diz Pedrishna. Com o passar do tempo, em meio as comunidades das quais frequentavam, conheceram pessoas novas e criaram a “Família 33”. Pelas ruas de São Paulo eles levavam arte, música e alegria a quem estivesse disposto a aprecia-los. Um Foto: Transmita
Foto: Transmita
perfilfifi Foto: Transmita
Renata é recém chegada de São José do Rio Preto
ano depois, em 2007, decidiram viver todos juntos em um sítio no interior de São Paulo, como uma família. “Foram os anos 60 de nossas vidas. Amor livre, experimentações artísticas e muita música, esse era o Sítião Maracananduva 10 pras 11”, comenta Céu Azul, a respeito de como viviam. Eles consideram essa fase da vida, a mais especial, pois foi no Sitião que nasceu a Dupla Caipira de Reggae. Céu Azul e Pedrishna voltaram a tocar e compor juntos, em parceria com o amigo, Bruno Prata, conhecido como gordinho. A principio, fizeram músicas experimentais, moldando-a em um estilo próprio de fazer arte. Cerca de oito meses depois, a “Família 33” foi presenteada com uma casa na região central de São Paulo, onde desenvolveram tudo o que estavam aprendendo e só lhes faltava um espaço próprio. Assim nasceu a Casa Jaya que em Céu Azul e 2010 ficou Pedrishna se mais conhecia conheceram como Centro em 1995 Eco-Cultural, 5
Foto: Transmita
Pedrishna nasceu em Piracicaba no qual os amigos puderam colocar em prática seus objetivos. Criaram no Centro uma lanchonete vegana e cursos ligados a espiritualidade, artes e cultura alternativa. Pedrishna e Céu Azul, se dedicavam cada vez mais ao projeto musical, no qual chegaram a trabalhar até como garçom e caixa, para juntar uma renda maior e conseguirem realizar aquilo que tanto queriam. Desenvolveram o Núcleo Musical Casa Jaya, que promove eventos, festas e aulas de música. Pouco antes de se firmarem aos projetos, a Dupla fez grandes viagens de mochilão pelo Brasil e pela América do Sul, vivendo de música e arte. Em 2007, passaram cerca de dois meses na Bolívia, conheceram e se encantaram pelo som do charango. Ao voltarem ao Brasil, passaram a planejar a voltar a Bolívia e trazer o instrumento, um para cada. A experiência começa por Minas, em seguida passaram pelo Rio de Janeiro, Espírito Santo, Maceió (participaram de um Encontro de Estudantes de Geografia) e de lá conseguiram uma carona para Porto Alegre. Seguiram para o Sul, percorrendo as praias do Uruguai, chegando a Montevidéu, onde ganhavam dinheiro tocando ciranda em ônibus. De lá, partiram para Buenos Aires até chegar ao destino
desejado: Bolívia. Após seis meses viajando, já com seus charangos, retornaram ao Brasil e deram continuidade aos trabalhos. Anos depois, conheceram Renata. Vinda há poucos anos do interior, da cidade de São José do Rio Preto, chegou para dar charme à Dupla
zzu, Felipe e Vicente. Já participaram de alguns importantes eventos como Virada Sustentável, Fórum Social Mundial 2010, Lollapalooza, III Festival Mundial da Paz, Existe Amor em SP, entre outros. Dentro do cenário da Cultura Trance, participaram dos principais festivais alternativos do Brasil: Universo Paralello, Ressonar, Kranti, Respect, Mundo de Oz, Shivaneris, Aho Festival e Supernatural. Em 2012 lançou seu primeiro Álbum, “¡Uno!”, e em 2014 o segundo, “¡Otro!”, que tiveram grande aceitação do público e bom número de cópias vendidas. Imersos no universo da ecologia, permacultura, veganismo e cultura de paz, estão sempre prontos para levar mensagens com espiritualidade e bom humor a todos os palcos. Ao falar dos objetivos da Dupla, Pedrishna conclui: “não queremos alimentar o nosso ego, nem alimentar o nosso orgulho, mas enxergamos que nossa mensagem está chegando, que está dando certo, nosso objetivo sempre foi esse”.
"Vivemos os desafios de cantar o que vivemos, e viver o que cantamos"
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Caipira, com a sua voz encantadora. Aos poucos começaram a encarar o projeto com mais profissionalismo, caprichando nos arranjos, se apresentando a shows. Hoje, a Dupla Caipira de Reggae possui seis integrantes: Pedrishna, Céu Azul, Henrique Mathias, Renata Chandram e os irmãos Pi-
Foto: Transmita
Céu Azul já morou em comunidades espirituais
Foto: Prefeitura de São Paulo
sustentabilidade
Escola totalmente em São Paulo Aline Sousa
A
escola E.E. Antonio Kassawara Katutok, localizada no município de Gabriel Monteiro, na região de Birigui, possui um ambiente tranquilo e muita força de vontade em fazer um mundo melhor. A instituição de ensino, conta com a colaboração de alunos e gestores, para um resultado sustentável. Os alunos da escola criaram diversas ações sustentáveis: a instalação de um sistema econômico e ecológico de captação de água, um bosque, uma horta, processo compostagem, e uma ação contra o desperdício de alimentos. Todos os processos são interligados. A água da chuva captada é utilizada para regar o bosque e a horta, as verduras colhidas na horta são usadas na merenda e os alimentos desperdiçados na merenda são transformados em adubo no processo de compostagem e utilizado na própria
horta da escola. Os próprios alunos sabem que suas ações podem influenciar os demais: “É muito bom saber que todos adoram e gostam de produzir e trabalhar juntos. Então de pouquinho em pouquinho, nós vamos mudando, melhorando e conscientizando a população de que é necessário, atualmente, ter uma vida sustentável e uma boa qualidade de vida” Diz, João Henrique de Souza, Aluno da 3ª Série do Ensino Médio. Esse conceito já foi levado para a casa da aluna Ana Carolina Vidoto. “Em casa, eu pegava bastante comida e acabava jogando fora. Agora não acontece mais”, disse. A aluna Ayla Caetano também compartilhou com a família tudo que aprendeu no projeto da horta. “Eu tenho plantas em casa, uma horta. Eu peço para minha mãe recolher os restos de folhas das árvores e realizamos todo o processo de compostagem”, conta.
A escola recebeu no ano passado, o prêmio Gestão Escolar de São Paulo, “É uma honra representar a região Sudeste. Além de ser um reconhecimento, é também um incentivo, e tudo isso mostra que estamos no caminho certo, fazendo aquilo que é necessário para contribuir com essa mudança que o mundo precisa”, comemora Giovana Cervantes Loli Penha, coordenadora pedagógica da escola. “Esse prêmio permiti que outras escolas tenham acesso a essas informações e, de repente, alguém pode construir esse projeto em outra unidade escolar. Sendo assim, deixamos de ser uma semente”, completa. Prêmio Gestão Escolar O prêmio “Gestão Escolar” visa estimular a melhoria da gestão das escolas do ensino regular da educação básica. No Estado de São Paulo, 799 inscrições foram realizadas nesta edição de 2015. 7
Foto: Divulgação
Foto: Flickr 268Life
Foto: Banco de imagens
curiosidades
qualidade de vida
LUBRIFICONHA
Quando um bezerro de apenas seis meses estava prestes a ser abatido numa fazenda leiteira de Israel, três ativistas perceberam que algo deveria ser feito. O filhote era marcado com o número 269, que virou símbolo do movimento vegano 269Life. Com a hashtag #allare269 (“somos todos 269 em inglês), o principal objetivo é “trazer uma nova maneira de olhar para animais não-humanos”. O primeiro ato organizado foi em 2 de outubro de 2012, em que ativistas tiveram sua pele marcada com número com ferro quente na Place du Palais Royal, em Paris. Desde então, o 269Life organiza manifestações em todo o mundo contra o sofrimento animal e o consumo de carne. No Brasil, o movimento chegou há pouco tempo. “Queremos conscientizar as pessoas sobre o sofrimento dos animais e risco ao meio-ambiente que a agropecuária traz”, afirma a ativista Luisa Cassini, da página 269Life Minas Gerais. Atualmente, são mais de 200 páginas no Facebook de diversas cidades e países. Saiba mais: http:// www.269life.com/
Segundo um estudo publicado na Proceedings of the National Academy of Sciences (PNAS), consumir pouca carne pode reduzir, até 2050, 10% da mortalidade do mundo. Alimentar-se com produtos de origem vegetal trazem benefícios até para o meio-ambiente: a emissão dos gases de efeito estufa, decorrentes da criação de animais pela agropecuária, seriam diminuídos em até 70% até 2050.
Um lubrificante sexual promete 15 minutos de orgamos. Isso seria possível por causa de um componente peculiar: cannabis sativa. Trata-se da folha da maconha misturada com óleo de coco que, depois de coada, deve ser aplicada na vulva feminin uma hora antes do ato sexual. O nível de THC é bem baixo, por isso não há relatos de alguém ficar “chapado” tendo contato com o produto na boca. No Brasil, mesmo a erva sendo proibida, já encontrou-se o produto feiro de maneira artesanal. Cerca de 40ml do produto é vendido por R$75.
Padaria vegana
produzidos pães, doces, bebidas e refeições sem qualquer traço de derivado animal. Ao número 57 da Rua Fernando de Albuquerque, a Padaria Vegan funciona todos os dias das 6h às 22h.
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Foto: Divulgação
SOMOS TODOS 269
A região do Baixo Augusta é conhecida por sua diversidade de estabelecimentos que oferecem todo tipo de produto e serviço ao público frequentador. Não seria diferente que esse lugar foi escolhido para acolher a primeira padaria vegana de São Paulo. São
empreendedorismo
Empreendendo com
Amor
Pequenos empresários veganos explicam as dificuldades de se manter no mercado sem abrir mão da causa animal Renata Lins Ser vegetariano ou vegano é mais do que deixar de consumir produtos de origem animal, é uma filosofia de vida”. Isso é o que afirma Angélica Ferreira Perez e André Cantu, durante uma palestra realizada no último dia 20, em um encontro vegano no bairro Ana Rosa, na zona sul de São Paulo. Ela é a idealizadora de um pequeno comércio chamado “Coxinha Vegana”, e ele, o fundador do restaurante “Broto de Primavera”. Juntos, os dois assumiram o microfone para falar sobre empreendedorismo vegano. Cerca de trinta pessoas ouviam
“
atentamente as dicas e sugestões dadas pelos “chefs” para começar um negócio próprio. Uma mulher levantou a mão e disse que gostaria de abrir um empreendimento no quintal de sua casa e perguntou qual era a melhor forma de gerar uma renda a partir dessa iniciativa. A resposta veio no decorrer da
“Se quiserem ganhar dinheiro com empreendedorismo vegano, sugiro que comecem a pesquisar outros ramos de trabalho”, essa afirmação era unânime entre os dois. Definitivamente, ficar rico não seria uma consequência dessa atividade. André tenta manter seu restaurante aberto há oito anos no bairro da Liberdade, no centro de São Paulo e afirma: “Eu não sou rico. Já houve vezes em que meus funcionários receberam o salário e eu fiquei com a menor parte”. Ele é contra as redes de fast food que incorporam a comida vegana em seus cardápios e que produzem os alimentos em
“Se quiserem ganhar dinheiro com empreendedorismo vegano, sugiro que comecem a pesquisar outros ramos de trabalho” apresentação, junto com os exemplos de dificuldades enfrentadas pelos palestrantes.
O encontro vegano aconteceu na zona sul de São Paulo Foto: Renata Lins
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empreendedorismo Foto: Renata Lins
Angélica Ferreira Perez e André Cantu são empreendedores veganos “em larga escala”, o empresário é adepto à comida estilo “caseira”, preparada delicadamente. Ele acha que o cuidado maior com o sabor faz parte da responsabilidade social da cultura vegana mais do que a produção para o lucro. Angélica, que é formada em Gestão de Empresas, levantou um aspecto muito defendido por ela durante a palestra: a exploração da mão de obra dentro do capitalismo. A empreendedora apontou para as empresas que geram renda para o país se utilizando da força de trabalho mal remunerada, e disse ser totalmente contra essa atividade. Segundo ela, essa seria uma das dificuldades para o crescimento de pequenos empreendedores veganos, uma vez que a cultura repudia a exploração humana e animal. Ela explica que não tem Alva Cosméticos é uma empresa que cria produtos de beleza sustentáveis 10
como pagar funcionários para que seu comércio cresça, então, acaba ficando com todo o trabalho – que, por vezes, se estende a uma jornada de 16 horas diárias. Eles não são contra o lucro, mas, não fazem dele o motivo maior para empreender. A razão para tamanho esforço e sacrifício seria o “amor pela causa”, “Para trabalhar com isso, a pessoa precisa ter suas bases muito bem fundamentadas, porque senão, é muito mais cômodo estar em um local e bater o cartão todos os dias”, afirma Angélica.
Há quem defenda que ter uma vida com base no veganismo custa caro. O palestrante André rebate essa crítica usando como exemplo a feira livre que acontece semanalmente em vários bairros de todas as cidades, aquela que a dona de casa pode comprar uma fruta ou legumes mais baratos, ou sugere, ainda, a agricultura familiar, ele garante que, assim, as pessoas terão, também, mais saúde. Mesmo com barreiras Uma pesquisa do IBGE, de 2015, revelou que mais da metade das empresas abertas no Brasil fecham as portas após o quarto ano de atividade. Isso mostra a dificuldade que o empresário brasileiro sente em se manter em pé diante de uma série de impostos como: Imposto de Renda Pessoa Jurídica (IRPJ), Contribuição para o programa de Integração Social (PIS), Contribuição Social sobre o Foto: Renata Lins
empreendedorismo
Faturamento das Empresas (COFINS), Imposto sobre Serviços
Fotos: Renata Lins
“mais da metade das empresas abertas no Brasil fecham as portas após o quarto ano de atividade” (ISS), entre outros. Apesar de todas essas dificuldades, a feira estava cheia de pequenos empreendedores ansiosos para mostrar seus produtos. Um deles era Dino Demartine, um empresário do ramo de calçados que explicava, com toda a atenção, a confecção dos sapatos que eram produzidos a partir de insumos de garrafas pet e de sobras de algodão e de calças jeans. Segundo ele, a empresa KERAI, fundada em 2006, tem como objetivo maior o resgate de uma vida simples e sustentável, usando os índios como exemplo. Outro estande, dentre as dezenas que a feira abrigava, era o da empresa Alva Cosméticos, que desde 1988 cria produtos de beleza sustentáveis e que não tem por base a exploração animal. De acordo com
Os sapatos de Dino Demartine são feitos a partir de insumos de garrafa pet, algodão e calça jeans
promisso da Alva, que teria outras formas de realizar testes, como a utilização de pele sintética e de amostra humana (com voluntários). Foco no amor André e Angélica têm, pelo menos, três coisas em comum: trabalham com alimentos veganos, ficam horas e horas dedicados ao empreendimento e ganham pouco, porém, o que mais têm de semelhante, para
“Ser vegetariano ou vegano é mais do que deixar de consumir produtos de origem animal, é uma filosofia de vida”. a representante da instituição, há muitas dificuldades em se produzir cosméticos não testados em animais, mas que esse era o com-
além dessas características, é o amor pelo que fazem. Nem os impostos, nem a concorrência, nem quaisquer dificuldades podem tirar essa paixão pelos animais e pelo prazer de produzir um cardápio com marcas e assinaturas próprias. Para aqueles que desejam trilhar o mesmo caminho, Angélica dá uma dica: “O que vai te fazer não desistir são seus objetivos e o que você almeja com esse empreendimento, como a defesa pela a causa dos animais e para poder colocar sua cabeça no travesseiro e dormir em paz”. 11
empreendedorismo
o que quando não se pode
fazer
Victoria Mansoura Victoria Bernardes
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eganos e vegetarianos sabem que requer tempo preparar suas próprias refeições, pois depender de opções na rua é dar sorte ou azar. Mas não são todos que possuem o privilégio de arranjar um espaço na agenda para dedicar-se à culinária por conta da correria diária. Essa necessidade de alimentar-se bem e não deixar de lado Gustavo e Alexanatividades dre também oferecotidianas, cem cursos sobre ofereceram culinária vegana boas oportunidades de empreendedorismo para os mais atentos. Assim como onívoros, muitas vezes, recorrem ao fast-food ou aos congelados como uma alternativa mais rápida de saciar a fome, os veganos e vegetarianos também encontram suas opções alternativas de alimentação durante o trabalho. Existem diversas maneiras de aderir à prática de alimentação saudável e balanceada nutricionalmente nas empresas. Palestras, 12
ísmo, se sente mais valorizado e, por consequência, mais motivado. Esses investimentos tem bom retorno tanto para os colaboradores quanto para a empresa”, contam. Existem empresas que não oferecem nenhum tipo de incentivo ou de opções para pessoas que possuem alergias, intolerâncias e restrições alimentares, como é o caso dos veganos e vegetarianos. Ainda sim muitos trabalhadores optam por fazer a primeira refeição do dia
ta (que vai desde a escolha de ingredientes, passando pela cocção e o resfriamento), essa perda pode ser minimizada’’, finalizam as sócias do Atelier Baunilha. AWA Culinária AWA culinária tem como principal objetivo oferecer opções alimentares veganas de iniciativa artesanal. Gustavo de Britto, formado em moda, estava fora do mercado de trabalho. Alexandre Oshiro,
Foto: Atelier Baunilha
comer
workshops, variedade de frutas e verduras nas refeições servidas pela empresa e pratos que atendam as preferências e restrições de todos os colaboradores. As sócias do Atelier Baunilha, Luiza Cantarin, gastrônoma, e Priscila Cantarin, nutricionista com especialização em segurança Luiza e Priscila alimentar, acreditam na Cantarin são as importância das empreempreendedoras sas investirem em saúde do Atelier Baunilha e bem-estar de seus colaboradores, com ações e atividades ou o lanche da tarde no escritório. como ginástica laboral, momentos Esse público geralmente investe de descanso e lazer durante o tra- em alimentos congelados ou snabalho e incentivo à boa alimenta- cks prontos. ‘’Pode existir a perda ção. “Um profissional com bons de nutrientes no congelamento, hábitos trabalha e produz melhor, mas, desde que todo o processo de tem menores índices de absente- produção seja feito de forma corre-
empreendedorismo
Foto: Patrícia Carvalho
por sua vez, estava descontente com a sua atuação. Percebendo a pouca oferta de opções veganas e saudáveis na região do ABC de São Paulo, tiveram a iniciativa de combater a gama de industrializados. “Quando comemos na rua sentimos muito gosto de tempero pronto, sódio... Sentimos falta do frescor dos alimentos”, conta Oshiro, que desde pequeno teve como base de sua alimentação frutas e legumes. Durante sua jornada profissional, Oshiro trabalhou em diversos locais gastronômicos de onde herdou muita experiência na culinária. Foi então que, junto com Britto, começaram a analisar a qualidade dos alimentos congelados e industrializados que são consumidos por pessoas com pressa ou sem tempo. Pensando exatamente nessas pessoas, que surgiu a ideia de disponibilizar opções saudáveis em seus congeladores para momentos corriqueiros. “Temos zelo em preservar o máximo possível de nutrientes”, diz Oshiro, enquanto explica os cuidados que são tomados na preparação dos alimentos e o uso de produtos alternativos como óleo de coco, óleo de dendê, azeite de oliva, leite de girassol, entre outros. Eles começaram um cardápio de apenas três especialidades: trufas, pão e leite vegetal e, percebendo a necessidade de oferecer mais possibilidades nutritivas e saborosas, logo, providenciaram mais produtos. Britto e Oshiro montam marmitas veganas de acordo com a necessidade do cliente, entrando, muitas vezes, em contato direto com a nutricionista particular e todos os dias enviam, por meio de um serviço de entregas de bike, marmitas congeladas. Além desse atendimento personalizado, a dupla oferece periodicamente cursos de especialização
para pessoas interessadas em cardápios veganos. Já fazem parte desta lista: trufas, panetones, massas e até menu fit completo. Bike Fruit “O projeto visa entregar uma opção de alimentação saudável e de baixo custo – acessível para o patrão, para o cobrador de ônibus, para a vendedora de loja, pro estagiário, enfim –, sem emitir CO2”, esclarece Jéssica Malec, idealizadora da Bike Fruit. Trata-se de um serviço de entrega de saladas de frutas no bagageiro de uma bicicleta. Das 9h às 17h, Lucas, marido de Jéssica, pedala pelas ruas da região central de Curitiba com até 13 opções de frutas. Pra comprar basta entrar em contato com a empresa e agendar. É possível contratar pacotes mensais a partir de duas porções de 250 ml por R$ 20 ao mês até cinco porções por semana de 500 ml que saem R$ 80. Jéssica conta que a iniciativa não era servir ao público vegano ou vegetariano, mas de certa forma levam a opção de baixo custo para essas pessoas. “Já participamos de alguns eventos nessa cena e temos um retorno bem legal do público vegano e vegetariano”. De Bem com a Vida A falta de tempo e a correria diária não podem servir de desculpa para a má alimentação. Pensando em promover e incentivar uma alimentação saudável e prática entre os colaboradores, a Foto: Felipe Rabelo
empresa Cielo desenvolveu o carrinho De Bem com a Vida. São comercializados snacks sem glúten, light, diet, integrais e orgânicos, como frutas, iogurtes e sucos. Laticínios e congelados passam longe do cardápio elaborado. “Os pontos positivos estão na grande quantidade de opções que o carrinho oferece e na comodidade, que é tão prático quanto comprar um refrigerante ou um chocolate”, comenta o desenvolvedor de sistemas, Felipe Rabelo. A pequena lanchonete móvel circula dentro da empresa no período da manhã e da tarde, por um preço acessível. Além do pagamento poder ser feito com cartões de débito e crédito, dinheiro ou vale refeição.
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a influência dos NA ALimentação dos
É correto influenciar uma dieta restrita à crianças em fase de crescimento? Fotos: arquivos pessoais
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Aline Sousa
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omida costuma ser um tema de preocupação recorrente para os pais. É inevitável não influenciar na alimentação dos filhos, até porque, os pais costumam ser o maior exemplo para as crianças, em todos os aspectos, e na grande maioria das vezes, o comportamento alimentar de uma pessoa é desenvolvido justamente nessa fase, onde se descobre os sabores dos alimentos. Mas e quando os pais levam um estilo Beatriz e Cristian não tiveram diferente do coproblemas ao mum, como os decidir a vegetarianos e alimentação veganos? É corde Mirana reto influenciar a alimentação de uma criança, com certos tipos de restrições? Que postura tomar? Durante a gravidez, já é natural da mulher redobrar os cuidados na alimentação. Segundo a Nutricionista, Isabela Barbosa, o planejamento alimentar da gestante deve assegurar uma ingestão adequada de energia, independente se seu cardápio costuma ter restrições, ou não: “ferro, zinco, cálcio, vitamina D, B12 e riboflavina, a deficiência de qualquer destes nutrientes pode afetar o bem-estar da mãe, Mirana tem 1 ano e 7 meses e leva um estilo de vida vegano influenciado pela mãe
da criança ou de ambos. Principalmente, deve-se adequar à ingestão de cálcio e vitamina D, devido ao papel crítico que possuem na formação e desenvolvimento ósseo”. Uma pessoa que também é acostumada com refeições que contenham proteínas encontradas em carne animal, tem que tomar certos cuidados ao se propor virar vegetariano ou vegano. Recomenda-se acompanhamento de um profissional, que substitua todas as proteínas, para que seu corpo não
fique em falta. Beatriz Cristina(24), Casada com Cristian Xavier(22), não enfrentou problemas na hora de decidir a alimentação da filha, já que ela é vegetariana e seu marido não possui nenhum tipo de restrição alimentar. Tornou-se vegetariana aos 17 anos e quando ficou grávida não pensou duas vezes em repassar isso a sua filha, Mirana de 1 ano e 7 meses, que leva um estilo de vida vegano influenciado pela mãe: “No começo da gravidez muitas pessoas me perguntaram se eu voltaria a comer carne por causa da gestação. Nunca cogitei essa hipótese, afinal, consigo todos os nutrientes que preciso em uma alimentação vegetariana. O mesmo serviu para a criação da Mirana. Conversei com o pediatra e ele apoiou a minha decisão. Eu seria uma pessoa muito mais realizada hoje se tivesse sido criada em um estilo de vida vegetariano. Estou apenas dando essa oportunidade para minha filha”. Ao ser questionada, se caso a Mirana venha ter curiosidade de consumir carne animal, a mesma afirma: “Muitas pessoas já me fizeram essa mesma pergunta e ainda dizem 15
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Para os pais que estão tentando implantar uma alimentação mais saudável aos filhos:
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gente sabe que entre uma folha de alface, e um chocolate, eles irão preferir um chocolate, né? Mas vale ressaltar que essas guloseimas não substituem as refeições, por isso o ideal é oferecer-lhes alimentos que suprem todas suas necessidades. Vejam algumas dicas para que os pequenos aceitem essa ideia de serem saudáveis: Leve as crianças à feira Apresente a elas um novo mundo de cores e sabores na feira, na quitanda ou mesmo nas gôndolas de vegetais no supermercado. Peça para os pequenos tocarem as frutas e os legumes, sentirem suas texturas e seus aromas. Peça também ajuda, por exemplo, para escolher os tomates mais bonitos.
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Capriche na apresentação das comidinhas Na idade pré-escolar, a criança se sente atraída por apresentações curiosas dos alimentos. Por isso, decore o prato de um jeito bem divertido. Misture vegetais de diversas cores e formatos. Você pode usar, por exemplo, aquelas forminhas especiais para cortar legumes. Faça uma carinha no sanduíche.
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Dê nome divertido aos pratos Isso ajuda a chamar a atenção e a abrir o apetite da meninada. Você pode anunciar que servirá borboletas enlouquecidas nas flores para colocar no prato um macarrão gravatinha com brócolis.
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Inclua verduras e legumes no lanche Além do almoço e do jantar, ofereça vegetais também no lanchinho da tarde. Que tal um minicachorro-quente que, em vez de batata palha, tenha cenoura crua ralada? Ou um hambúrguer pequeno com folhas de alface?
Respeite os gostos da criança Se seu filho provou uma verdura e não gostou, prepare-a em uma próxima refeição de maneira diferente. Não desista de primeira. Porém, se ele continuar não gostando, não o force. Seu filho tem o direito de adorar abóbora, mas detestar abobrinha.
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que eu não deveria deixá-la passar vontade. Eu sempre respondo: Se o seu filho pedisse um copo de cerveja, você daria ou deixaria ele passar vontade? É assim que vejo o consumo de carne. Para mim, não é
Carina Antonini virou vegetariana por influencia de seu Marido Vicente. A filha Giulia, porém, come de tudo.
algo natural e não deve ser oferecido para uma criança”.Para Isabela Barbosa, não é recomendável que haja essa proibição. Os pais devem aconselhar e informar a criança o porquê de não se consumir os ali-
mentos de origem animal, explicar como foi feita a escolha deles. Já Carina Antonini, virou vegetariana a pouco mais de um ano, por influência de seu marido, Vicente Lyrio. Eles têm uma filha de 4 anos, a Giulia, que come de tudo, inclusive carne: “Minha filha é vegetariana em casa e come muito bem e de tudo, mas ela vai para escola, dorme na casa dos avós e amigos, e frequenta festinha de aniversário de pessoas diferentes, então, não quero privá-la disso. Ela gosta de carne e eu respeito, mas ela sabe que em casa não tem carne e tudo bem”. Influenciar esse tipo de dieta a uma criança, requer de muitos cuidados que vão além da alimentação. Deve-se trabalhar também, com o psicológico. Segundo a psicóloga Alyne Abranches, é preciso conversar muito com a criança, e explicá-la do porquê de ter que comer coisas diferentes de seus ami-
“Eu seria uma pessoa muito mais realizada hoje se tivesse sido criada em um estilo de vida vegetariano. Estou apenas dando essa oportunidade para minha filha”
gos. “Isso geralmente acontece ao entrar na escolinha. A criança se depara, na maioria das vezes, com alimentos menos nutritivos que o 17
capa
“O ideal é, caso desperte o desejo, não proibir, pois pode acarretar em diversos outros fatores, como frustração alimentar e ignorar todo e qualquer alimento”
seu, e é onde trabalhamos com seu psicológico. Se ela tem convivência com esse estilo devida desde pequena, vai saber o que comer ou não. O ideal é, caso desperte o desejo, não proibir, pois pode acarretar em diversos outros fatores, como frustração alimentar e ignorar todo e qualquer alimento”. “Qual a vantagem de oferecer a minha filha um industrializado “nutritivo’’, mas junto dele um monte de aditivos químicos? Aditivos que são responsáveis por reduzir a absorção de nutrientes, aumento da pressão arterial, obesidade, diabetes, colesterol, e na pior das hipóteses, câncer. Não vejo vantagem. Muitas pessoas julgam o vegetarianismo, mas acredito que a Mirana tenha uma alimentação mais saudável do que algumas crianças que consomem “de tudo’’, ressalta Beatriz, Mãe da Mirana. Carla Amaral, 31, também influencia na alimentação da filha, Júlia Dias de 5 anos de idade. Ela afirma que sua filha não tem frescura para comer, e a compara: “Ela não tem frescura para comer, come verdura, frutas, que minhas sobrinhas nem pensam em experimen18
tar. Percebo que ela é bem desenvolvida para a idade que tem, então não vejo problemas em seguir essa dieta”. Carla ainda comenta que ja é a segunda escola que sua filha frequenta: “Na escola que ela estava ano passado, às vezes eles queriam tirar a carne da comida e oferecer para ela, até entender que não comíamos nem dessa forma. Esse ano Os pais de Julia influenciam em sua alimentação dento e fora de casa ela está em uma onde todas as crianças levam seus próprios lanches, ou compram na cantina, então não há interferências”. É importante enfatizar os benefícios de uma alimentação saudável, independente se você for de um estilo de vida restrito ou não. Um estudo divulgado pela Universidade da Carolina do Norte (EUA) mostrou que, nos últimos 30 anos, as crianças aumentaram o consumo calórico em 179 calorias por dia. E, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o excesso de peso em crianças e adolescentes já é um problema maior que a desnutrição no país. A prevalência da obesidade infanto juvenil subiu 240% em 20 anos. “Quando ela tem contato com frutas e vegetais de uma forma geral desde cedo, e sem obrigação em comer, será muito mais fácil a aceitação desses ali-
mentos”, finaliza a nutricionista Isabela Barbosa. Sabe a mamãe Beatriz Cristina? Então! Ela compartilha toda a rotina alimentar da Mirana em sua conta no Instagram. Além de ajudar outras mães vegetarianas e/ou veganas, ela posta uma foto mais fofa que outra da pequena blogueirinha! Você pode conferir, também, os primeiros alimentos da Mirana, com a tag: #101primeirosalimentosdamirana. Siga e confira: @veganmumx
na rede
Elton e Juliana num restaurante vegano em Buenos Aires
promove viagens programados com visitas e passeios alternativos
E
na hora de viajar, quem segue um estilo de vida restrito, sabe bem de certas dificuldades que possam surgir. Pensando nisso, a Juliana(38) e o Elton(39) criaram uma agência vegana, a Vegan4you. Curioso, né?! Conversamos com a Juliana, que é casada com o Elton, e ela nos contou mais detalhes num bate papo bem bacana! Confira: Primeiramente, como surgiu a ideia de uma agência vegana? O Elton já está no turismo há mais de 15 anos e sempre gostamos de viajar, conhecer a culturas locais, e a parte da pesquisa para nossas viagens sempre fui eu que fiz, amo fazer. E quando nos tornamos veganos, mais ou menos uns 4 a 5 anos, vimos como é mais difícil montar uma viagem com essas “restrições”. Afinal de contas não é simplesmente a comida, são os passeios também que tem que ser éticos, sem envolver nenhuma exploração animal ou humana e também nos preocupamos em achar lugares/serviços que se preocupem em não agredir o meio ambiente, se preocupem em cuidar dos recursos naturais. Como funciona a contratação de pacote na Vegan4you?
A contratação do pacote em si funciona como em qualquer outra agência, a pessoa nos passa suas preferências (datas, local, tempo) e montamos o pacote baseado nisso. Mas além do pacote temos a consultoria, então se a pessoa já comprou um pacote, ou montou sua viagem sozinha e já comprou passagem, hotel, mas quer um roteiro mais especializado, vendemos somente a consultoria, nem todo mundo tem tempo pra ficar pesquisando. Quem é o público da Vegan4you? Qualquer pessoa que queira fazer uma viagem ética, que se preocupe com o planeta, uma viagem sem nenhum tipo de exploração. Inclusive, temos clientes não veganos. Quais são as dificuldades em trabalhar nesse ramo? É um ramo muito novo, há muito o que ser trabalhado ainda. Acho que a maior dificuldade é achar serviços compatíveis. Por exemplo, existem lugares em que não achamos hotéis veggie friendly, então existe todo um trabalho de convencimento para transformar locais assim. Mostrando que existe um público crescente e que vale muito a pena. 19
mão na massa
Panetone Vegano
Ingredientes: • 1 kg. de farinha de trigo • 2 xícaras de açúcar (pode ser mascavo) • meia xícara de óleo vegetal • 1 pitada de sal • raspa e suco de 3 laranjas • 100g. de fermento fresco para pão (fermento biológico, daqueles que se compra na padaria) • recheio: 200g. de chocolate sem lactose picado, ou frutas como damasco e uvas passas, ou ainda nozes Modo de fazer: 1. Num copo, misture o fermento fresco com 1 colher de sal e 1 colher de açúcar, vai virar um líquido; reserve. Numa bacia grande, misture 100g. da farinha de trigo com esse fermento, coloque um pouco de água também para formar uma massa tipo esponjosa, misture bem e cubra com um pano, deixe crescer por 20 minutos. 2. Misture a essa massa esponjosa (que deverá ter crescido bastante) o restante da farinha de trigo, açúcar, óleo, sal, raspas e suco de laranja, se necessário acrescente mais água até a massa ficar moldável e macia. Misture bem, por último coloque o recheio de sua preferência, cubra com pano e aguarde mais 20 minutos. 3. Separe 4 fôrmas para panetone de 500g. Divida a massa em 4 porções iguais, não rasgue a massa na mão, corte com espátula e coloque em cada forminha, o ideal é passar um pouco da metade da forminha. Deixe crescer até dobrar de tamanho. 4. Assim que estiver bem crescido, aproximadamente 1-2 horas, leve ao forno para assar na temperatura média por 40 minutos mais ou menos.
mão na massa
Tofu Grelhado com Castanhas e Repolho Chinês
Ingredientes: • 1 garrafa de marinara de tamarindo • 350g de tofu, cortado em pedaços triangulares • uma tige1a de repolho chinês • meia xícara de castanha de caju cortadas • 1 colher de sopa de molho de soja • 2 colheres de sopa de água • cebola picada • 4 xícaras de arroz cozido
1. O tofu deve ser marinado em 3/4 de suco de tamarindo e depois refrigerado por 1 hora. 2. Em uma frigideira média, refogue as cebolas em temperatura média até dourar. Adicione 2 colheres de sopa da marinada de tofu e não pare de mexer até que as castanhas estejam revestidos mas não enxarcadas. Reserve.. 3. Em uma panela pequena, combine marinada restante com molho de soja e água. Leve em fogo alto até ferver e depois abaixe o fogo. 4. Use uma colher para drenar um pouco do excesso de marinada do tofu (os açúcares do excesso de marinada queimarão na grelha). Grelhe o tofu até fidourar. Pincele marinada para repor o sabor. 5. Grelhe o repolho chinês e pique-o. Pincele um pouco de marinara e deixe grelhando por mais 1 minuto. 6. Sirva o tofu grelhado e o repolho chinês sobre arroz branco. Cubra com cartanha de caju cristalizada e cebola picada.
esporte
Força e saúde de dentro para fora Especialista e esportistas mostram que é totalmente possível aliar uma dieta vegetariana à prática de exercícios físicos Por Renata Lins
A
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rias ao seu esforço na alimentação, “Eu me sinto bem, com mais disposição, mais leve. Costumo comer bastante fruta, verdura e legumes. Quanto mais natural, melhor”, ele afirma. A dieta vegetariana aliada aos es-
portes pode gerar polêmica porque, de acordo com a maioria dos nutricionistas, para praticar exercícios e ter resistência física é necessário ter uma dieta rica em fibras, minerais e proteínas (a última quase sempre está associada
Fotos: arquivos pessoais
pesar de 45,9% da população brasileira não praticar esportes, segundo uma pesquisa do Ministério dos Esportes de 2015, existe, ainda, uma parcela da população, principalmente de homens (50,4%) que se empenha em manter uma vida saudável. Não é fácil acordar cedo, colocar uma roupa de corrida e sair para praticar exercícios físicos, ainda mais quando o tempo não está convidativo. E o que dizer quando o assunto é dieta? Como resistir ao almoço de domingo com aquela macarronada ou aqueles brigadeiros da festa do sobrinho? Porém, com todos estes fatores aparentemente desmotivantes, existem pessoas que levam a prática esportiva muito a sério, principalmente quando se trata de alimentação. O Nicolas Fagundes dos Santos, 18, não é vegetariano, mas assume a dieta sem carnes quando vai lutar Muai Thay. Segundo o rapaz, que pratica o esporte profissionalmente, uma refeição sem proteína animal é o segredo para ser um campeão. O jovem que perdeu apenas uma luta desde que começou a competir, Nicolas Fagundes em 2011, na ci- não é vegetariadade de Santos, no mas adota litoral paulista, a dieta sempre dedica as 25 vitóque vai lutar
“Quem não conhece pessoas vegetarianas que praticam esportes, tem uma ideia um pouco deturpada. Acham que são pessoas sem muita energia e fracas”
esporte
viável”, ele assegura. meçõu a comO professor de petir, Nicolas Fagundes perdeu Muai Thay de Ênio apenas uma luta Nicolas, Rocha, tornou-se vegetariano quando conheceu o Hare Krishna, religião da cultura indiana que tem como um de seus pilares a expansão da dieta pelo mundo. Ele relata que seus alunos apresentam melhora no desempenho das lutas quando se abstêm de todo e qualquer tipo de carne, mas diz que não os obriga a seguir seu estilo de vida. “Quem não conhece pessoas vegetarianas que praticam esportes, tem uma ideia um pouco deturpada. Acham que são pessoas sem muita energia e fracas, porém a alimentação vegetariana bem orientada pode melhorar bastante o desempenho físico. Uma alimentação mais saudável, com produtos vegetarianos, no geral, são absorvidos mais rápido pelo organismo. É sabido que carne vermelha, por exemplo, pode levar até quatro dias para ser totalmente digerida, imaginem o desgaste do organismo para absorver esse alimento?”, ele pondera. O nutricionista Tales explica que pessoas veganas, que possuem uma dieta mais radical com relação a produtos de origem animal, também podem praticar esportes. Segundo o especialista, é necesDesde que co-
ao consumo de carne). Contudo, o nutricionista da Universidade de São Paulo, Tales Saia, explica que
haja um planejamento da dieta para que não haja um excedente calórico (já que o indivíduo terá
“As pessoas pensam que precisam comer carne pra ficar forte como o touro, mas esquecem que os touros se alimentam de capim”. é perfeitamente possível conciliar dieta vegetariana e exercícios, desde que tenha um acompanhamento de um profissional de saúde. Tales esclarece que as proteínas, que são as responsáveis por restaurar os tecidos e músculos durante os exercícios, também podem ser encontradas em outros alimentos como os vegetais, as leguminosas, as oleaginosas, castanhas, ovos e laticínios, porém, em menor proporção. Por isso é necessário que
que consumir mais alimentos para atingir a quantidade de proteína necessária), “É trabalhoso, mas é totalmente Rodrigo Silva conta tinha uma alimentação completamente desregrada
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esporte
Ênio Rocha tornou-se vegetariano após conhecer a religião Hare Krishna
sária uma atenção maior com os níveis de ingestão de alguns minerais e vitaminas, mas afirma que, com um bom planejamento e disposição, a dieta e os exercícios são completamente possíveis. A rotina de treinos não é leve, são cerca de sete quilômetros de corridas diárias, treino de força intensos e horas de práticas do Muai Thay.
“Uma refeição sem proteína animal é o segredo para ser um campeão”
Tudo isso não desanima o Rodrigo Silva, 24, que também luta na academia de Ênio. O rapaz disse que antes de conhecer o professor e a dieta vegetariana, ele tinha uma alimentação completamente desregrada, e conta que comia bolinhos de queijo, doces e refrigerante no almoço, por exemplo. Porém, após mudar sua rotina, passou a tirar a carne vermelha da dieta cerca de duas semanas antes das lutas e adicionou outros alimentos para fazer a substituição “Meu ren24
dimento aumentou nos treinos e nos rings. Fui campeão santista de Muay Thai, campeão paulista no Torneio dos campeões, campeão no evento Baixada Fúria Team e vencedor duas vezes no Portuá-
rios Stadium, o primeiro estadio de Muay Thay do Brasil”, ele explica listando as vitórias. A alimentação vegetariana e até mesmo a vegana não são impeditivos da prática esportiva, contudo, para que se mantenha uma rotina de treinos saudáveis é de extrema importância frisar que um médico ou nutricionista deve ser consultado antes para que não
produtos
Marcas de roupas
veganas e ecológicas
O
que são as marcas veganas e ecológicas? São marcas de roupas e calçados que prezam por um consumo consciente, livre da utilização de produtos de origem animal. Na maioria das vezes, são usados tecidos naturais, como fibra vegetal e algodão 100% orgânico. Existem muitas marcas veganas no mercado, algumas podem até ser encontradas em shoppings e galerias. Abaixo listamos cinco marcas de roupas e calçados veganos para quem deseja fazer parte desse consumo consciente.
1. KING 55
Além de utilizar a filosofia vegana, a marca de vestuário unissex possui um delivery ecológico, feito de bike em alguns bairros da cidade de São Paulo. http://www.king55.com.br/
2. veridian
Além de produzir peças com tecidos nacionais reciclados e sustentáveis, livres de matéria-prima de origem animal, a marca luta pela transformação do mundo em um lugar melhor e o fim de qualquer tipo de trabalho escravo. http://www.vrdn.com.br/
3. renata buzzo
A estilista Renata Buzzo cria coleções de roupas para festa, desde vestidos de noiva até vestidos de formatura. Todas as peças são livres de seda, botões de ossos e pérolas naturais. http://www.renatabuzzo.com/
4. vegano shoes
Todos os calçados são produzidos com matéria-prima totalmente isenta de origem animal ou teste em animais. A marca busca utilizar materiais de fácil degradação na natureza. http://www.veganoshoes.com.br/
5. insecta shoes
Peças de roupa vintage e garrafas de plásticos são transformadas em sapatos veganos. A Insecta Shoes além de vegana, é ecológica e produz todos os produtos de forma exclusiva, em um atelier. https://www.insectashoes.com/ 25
produtos
o que são as
cervejas veganas?
G
rande maioria das cervejas são veganas, feitas a partir de lúpulo, malte, água e leveduras. Mas, não são todas as marcas que seguem esse padrão, algumas usam produtos de origem animal em sua fabricação. Alguns fabricantes utilizam uma espécie de cola de peixe no processo de filtração, tornando a bebida não-vegan. As opções abaixo são livres de qualquer componente de origem animal. E o melhor, podem ser encontradas facilmente em diversos mercados e cervejarias.
1. corona
2. stella artois
1. Eisenbahn
1. heineken Para quem se interessou e deseja verificar outras marcas de cervejas, é possível acessar o site http://www.barnivore.com/. Basta colocar o nome da cerveja e/ou o nome do país de sua fabricação.
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3. budweiser
curiosidades
Em busca do lugar perfeito
A cidade de São Paulo é palco de muitos empreendimentos alternativos. Não é por menos que a terra da garoa foi escolhida para sediar mais essa iniciativa
Foto: Victoria Bernardes
Victoria Bernardes
O
principal desafio de veganos e vegetarianos é encontrar locais que supram totalmente suas necessidades, seja de lazer, cultura ou de consumo. Da mesma maneira que pessoas que não seguem nenhum desses estilos de vida faz. Foi pensando nisso que Rama Vegano começou com o VegNice. Ao lado de sua esposa Priscila, há quatro anos Rama organiza eventos e ações em função de propagar “o respeito aos animais e ao planeta”. Basicamente, os or-
ganizadores do VegNice reúnem expositores e empreendedores da iniciativa vegana para proporcionar momentos de lazer, cultura e propagar o respeito aos animais e sua não exploração. Hoje, a marca é a maior organizadora de eventos veganos da America Latina. Os encontros sempre acontecem em locais diferentes e dependem de disponibilidade dos que podem ceder espaço. “A gente faz evento a cada 30 dias, e quando acaba, poxa, só daqui mais 30 dias?!”, ilustra Rama ao explicar que foi a partir disso que teve certeza da ne-
cessidade de um local fixo. Para se destacar e tornar-se referência na cidade de São Paulo, um local deve dar atenção à duas características principais: espaço de lazer e lugar para estacionar o carro. “Quando se fala em lazer, as pessoas pensam em shopping. E tudo que tem no shopping você vai encontrar no Vegan Park. Seja roupa, artesanato, decoração, e tudo isso no contato com a natureza. Pensamos em promover cinema ao ar livre e várias outras atividades culturais também”, relata Rama que, depois de muitas pesquisas e procuras, encontrou a área perfeita. Ao número 83 da Avenida Conselheiro Rodrigues Alves que o Vegan Park está projetado. São 1400m² de terreno com mais 500m² para estacionamento, espaço que já foi utilizada por outra iniciativa gastronômica não-vegana e o sucesso foi iminente. Muito provavelmente devido à localização: fica há menos de 2 minutos da estação Ana Rosa, Linha 1-Azul e 2-Verde do Metrô. Sustentabilidade De acordo com Rama, toda a estrutura que abrigará cerca de 30 expositores será de containers marítimos que recebem os últimos retoques em Santos. A vida útil deste material é de 40 anos. Como são 27
editoria
materiais totalmente sustentáveis e maleáveis, caso haja necessidade de mudanças para expansões, esses containers serão levados e reutilizados. A ideia é que o Vegan Park seja inaugurado dia 20 de dezembro. E a expectativa sobre esse empreendimento é grande, pois será o primeiro parque com o objetivo de oferecer alternativas veganas no mundo. “Sabemos que a repercussão será grande, o que mais ainda concretiza a ideia de que é necessário”, diz Rama, evidenciando seu encorajamento. Após a divulgação da iniciativa, cerca de 500 expositores mostraram-se interessados em ter um espaço no Vegan Park. Investimento e projeção O empreendimento vegano está sendo financiado por um investi28
dor anônimo que, segundo Rama, não autoriza ser divulgado. Todo o projeto está por conta da arquiteta, também vegana, Vanessa Fortini. VegNice A preocupação dos fundadores da marca é em difundir a conscientização de respeito aos animais e a não-exploração. Os eventos organizados por Rama e Priscila oferecem palestras, oficinas, yoga, recreação infantil, atividades com foco em proporcionar lazer à família. Apesar das iniciativas serem com teor vegano, cerca de 80% do público que com-
parece às confraternizações não é praticante, o que mostra que o objetivo é ser sempre inclusivo. A VegNice mostra-se aberta à parcerias e patrocínios que possam contribuir com suas iniciativas e eventualmente ao futuro espaço vegano.
fique ligado
AGENDA DE EVENTOS para iniciantes
segundo festivaL vegano
Que tal aprender a preparar uma refeição completa , sem produtos de origem animal? Inscrições : ongcantodaterra@gmsil.com Canto da Terra Rua Dr. Zuquim, 747 - São Paulo Dia 10/12 às 11h - 14h https://www.facebook.com/ events/134017877071609/
O Festival funciona como encontro da cultura, do ideal e da gastronomia vegana. Haverá palestras gastronômicas e de cultura., ideologia com Workshops. Rua Rui Barbosa, 492 - Itatiba - Dia 10/12 às 8h - 18h https://www.facebook.com/ events/194942554272434/
ceias e jantares
Venha aprender a fazer sua ceia vegana com muito mais sabor! Tender vegano; Bobó de palmito na moranga; Arroz com frutas e castanhas; Quiche; Pavê de panetones; Saladas e molhos; Sangria de frutas com hibisco Dia 03/12 às 9h - 13h30 https://www.facebook.com/ events/132148830596165/
feira de natal vegano
Doces, salgados e presentes pra você e sua família, tudo sem origem animal. Ação Educativa Rua General Jardim, 660 - São Paulo Dia 4/12 às 11h - 18h https://www.facebook.com/events/974233966037268/
Foto: Victoria Bernardes
PANCulinária Vegana
Serão 4 horas de identificação na Roda PANC de mais de 25 espécies de Plantas Alimentícias Não Convencionais (PANC), preparo de 5 receitas VEGANAS, passo a passo e degustação de todos os pratos. Rua Sebastião de Freitas, 561 - São Paulo Dia 04/12 às 10h - 14h https://www.facebook.com/events/213315349095861/ 29
fique ligado
AGENDA DE EVENTOS oficina queijos
noite de pizza
Noite da Pizza Vegana na Vila Madalena 1ª Noite da Pizza Vegana em parceria com a Fernanda Loturco da Cozinha Sem Vergonha. Hostel Alice Rua Harmonia 1275 - São Paulo Dia 26/11 às 18h - 22h
A Oficina será ministrada pela grandiosa Amanda Moreira Sena. Vegetariana vivendo a transição para o veganismo, recém praticante da alimentação viva, líder de yoga do riso e amante da Hatha Yoga. Inscrições pelo e-mail: joice. bertechini@gmail.com Dia 10/12 às 14h - 18h https://www.facebook.com/ events/309796642752770/
https://www.facebook.com/ events/369362676736807/
pizzarama
O Espaço Food For Life apresenta mais um evento intitulado “Pizzarama” trazendo um cardápio com deliciosos sabores de pizzas veganas, bebidas e sobremesas. Espaço Food For Life Rua Itápolis 1531 - Pacaembú São Paulo Dia 26/11 às 18h - 22h https://www.facebook.com/ events/590130761179233/
feira vegetariana
A primeira edição da feira de produtos veganos e vegetarianos irá acontecer em Primavera/SP. Feira Livre de Primavera - SP Dia 03/12 às 17h - 23h https://www.facebook.com/events/350694188618537/
primeiro vegan week
O objetivo é oferecer ao público uma infinidade de opções veganas, nos restaurantes previamente cadastrados, durante uma semana. O evento terá início às 00h00 do dia 27/11, com término às 23h59 do dia 04/12 e ocorrerá na Rua Augusta e adjacências e no bairro de Pinheiros em São Paulo. A relação dos restaurantes você encontra no nosso site www.veganweek.com.br. https://www.facebook.com/events/172057146583728/ 30
CAMISETAS COSTUMIZADAS