A CIDADE
universal. (…) Uma enorme oportunidade será, indubitavelmente, aproveitar o novo ciclo de fundos comunitários Portugal 2020. Nestas novas oportunidades de investimento não se pode perder o desafio inequívoco de construir a pensar em Todos.” Paula Teles was born in Alvarenga, Arouca, May 16, 1969. Civil Engineer – in the field of Planning (FEUP) –, post-graduated in Strategies and Methodologies for Urban Management, with a master’s degree on Urban Planning and Environmental Design by the Engineering and Architecture departments at the University of Porto, and a thesis on “Social Territories of Mobility.”
PAULA TELES
For 10 years she worked as a municipal technician in the Municipality of Matosinhos with functions in Traffic and Mobility Division. Between 1994 and 1996, she was included in the team of the European project PROACESS (1994-1996).
development and managers of towns and cities communities. (…) Therefore, it will be very important that all future projects embody
In 2004, she founded mpt ®, an Urban Planning and Mobility Management Company, pioneer in Portugal in what regards inclusive urban mobility, and offered consulting services to dozens of Municipalities. She has also collaborated with several entities of the Portuguese Government.
In these new investment opportunities we can’t lose the unequivocal challenge to build for All.”
National Coordinator of the Network of Cities and Towns with Mobility for All, a project that she has created and developed in collaboration with APPLA-University of Aveiro since 2003, which includes about 80 municipalities. In March 2008 she was named by the Portuguese Government to integrate the work team of the Accessibility existing law (Decree-Law No. 163/06, August 8). In recent years she has been invited to lecture in several Universities, namely in the University of Aveiro, Higher Technical Institute of the University of Lisboa and Higher Education and Sciences Institute, within the Masters on Local Government Management. Paula Teles is a Guest Lecturer in the University of Trás-os-Montes and Alto Douro, within the degree and masters on Human Accessibility and Rehabilitation Engineering, since 2008, and a researcher in a project about urban areas mobility. President and Founder of the Institute for Cities and Towns with Mobility (ICTM) in Portugal, a project that manages Network of Cities and Towns of Excellence.
the universal design. (…) Undoubtedly, a great opportunity will be to make the best use of the new cycle of EU funds, Portugal 2020. PAULA TELES
PAULA TELES
At this level, she was Technical Coordinator of dozens of Accessibility Promotion Plans in Portugal. In 2014, when mpt brasil was founded, with headquarters in São Paulo, mpt takes the first steps towards internationalization.
“Talking about territorial transformation necessarily demands a reference to the municipal councils as driving forces of local
THE CITY OF (im)MOBILITIES
‘condomínio’ das vilas e das cidades. (…) Assim, será de extrema importância que todos os futuros projetos incorporem o desenho
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
“Falar em transformação do território exige referenciar as câmaras municipais como motor do desenvolvimento local e gestores do
DAS (i)MOBILIDADES
Paula Teles nasceu em Alvarenga, Arouca, a 16 de maio de 1969. Engenheira Civil-Planeamento do Território (FEUP), Pós-Graduada em Estratégias e Metodologias da Gestão Urbanística e Mestre em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano (FEUP/FAUP), com Tese de Mestrado sobre “Os Territórios (sociais) da Mobilidade.” Técnica Superior na Câmara Municipal de Matosinhos durante 10 anos com funções na Divisão de Trânsito e Mobilidade, na qual
MANUAL TÉCNICO DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE PARA TODOS THE CITY OF (im)MOBILITIES HANDBOOK OF BEST PRACTICES ABOUT ACCESSIBILITY AND MOBILITY FOR ALL
PAULA TELES
integrou a equipa do projeto europeu PROACESS (1994-1996). Em 2004 constituiu a mpt®, empresa de planeamento urbano e gestão da mobilidade, pioneira em Portugal em mobilidade urbana inclusiva, tornando-se Consultora Autárquica na nesta área em dezenas de municípios. Pontualmente tem colaborado com diversas entidades do Governo Português. Nesta plataforma, foi coordenadora técnica de dezenas de Planos de Promoção da Acessibilidade em Portugal. Neste ano de 2014, e com a designação de mpt brasil, sede em São Paulo, a mpt dá os primeiros passos na sua internacionalização. Coordenadora Nacional da Rede de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, projeto que criou e desenvolveu em colaboração com a APPLA desde 2003, e que contou com cerca de 80 municípios. Em 2008 foi nomeada pelo Governo Português para integrar o Grupo de Trabalho da Lei das Acessibilidades em vigor (Decreto-Lei n.º 163/06, de 8 de agosto). Nos últimos anos foi assistente convidada em varias Universidades, a destacar a Universidade de Aveiro, e lecionou pontualmente no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e no Instituto Superior de Educação e Ciências, no Mestrado em Gestão Autárquica. É docente convidada na UTAD, na licenciatura e mestrado em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, desde 2008, e investigadora num projeto de mobilidade em áreas urbanas. Presidente e fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM) em Portugal, plataforma que gere o projeto Rede de Cidades e Vilas de Excelência. Recentemente foi fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade Brasil (ICVM Br) e do Instituto de Cidades de Excelencia de
Recently, she founded the Brasil Institute for Cities and Towns with Mobility (Br ICTM) and the Institute for Cities of Excellence in Spain (ICES).
España (ICEE).
She was elected President of the Technical Commission of Accessibility and Inclusive Design (CT 177) by the PIQ – Portuguese Institute for Quality –, in April 2008, for the development of Technical Standards, Accessibility Certification and inclusive Design in Portugal. She is the representative of Portugal in the CEN (European Committee for Standardization) in Brussels, for the Normalization of Accessibility and Design for All.
Eleita Presidente da Comissão Técnica de Acessibilidade e Design Inclusivo (CT 177) do IPQ - Instituto Português da Qualidade, em 2008, para a elaboração das Normas Técnicas para Certificação da Acessibilidade e Design Inclusivo em Portugal. Membro do Comité Europeu de Normalização em Bruxelas para a Normalização da Acessibilidade e Design for All.
In 2012, she was invited to audition on Urban Rehabilitation and Urban Renting by the Environment Commission, Regional Planning and Local Power of the Portuguese Republic Assembly. She was included in the Commission of Experts of the Forum “Think about the 21st Century Cities”, from the Peninsular Northwest Atlantic axis (Galiza and Northern Portugal). Town Councilor in Penafiel (2009-2013) and responsible for the Mobility department, urban rehabilitation and image, strategic planning and territory ordering. Over the last decade she has presented several speeches on Urban Mobility and Cities Design in Portugal, Europe and Brasil. Author of a wide range of works and publications, for instance, book publications including “(Social) Territories of Mobility” (2005) and “Cities to Wish For among City Drawings - Best Practices about Urban and Inclusive Design” (2013).
Em 2012 foi convidada para audição sobre Reabilitação Urbana e Arrendamento Urbano pela Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local da Assembleia da República Portuguesa. É membro da Comissão de Peritos do Fórum “Pensar as Cidades Século XXI”, do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular (Galiza e Norte de Portugal). Foi vereadora na Câmara Municipal de Penafiel (2009-2013) e responsável pelos pelouros da mobilidade, regeneração urbana e imagem da cidade, planeamento estratégico e ordenamento do território. Na última década apresentou centenas de Palestras sob o tema Mobilidade Urbana e Desenho de Cidades em Portugal, Europa e Brasil. É autora e co-autora de um vasto conjunto de publicações das quais se destaca “Os territórios (sociais) da Mobilidade” (2005) e “Cidades de Desejo entre Desenhos de Cidades - Boas Práticas de Desenho Urbano e Design Inclusivo” (2013).
A CIDADE
universal. (…) Uma enorme oportunidade será, indubitavelmente, aproveitar o novo ciclo de fundos comunitários Portugal 2020. Nestas novas oportunidades de investimento não se pode perder o desafio inequívoco de construir a pensar em Todos.” Paula Teles was born in Alvarenga, Arouca, May 16, 1969. Civil Engineer – in the field of Planning (FEUP) –, post-graduated in Strategies and Methodologies for Urban Management, with a master’s degree on Urban Planning and Environmental Design by the Engineering and Architecture departments at the University of Porto, and a thesis on “Social Territories of Mobility.”
PAULA TELES
For 10 years she worked as a municipal technician in the Municipality of Matosinhos with functions in Traffic and Mobility Division. Between 1994 and 1996, she was included in the team of the European project PROACESS (1994-1996).
development and managers of towns and cities communities. (…) Therefore, it will be very important that all future projects embody
In 2004, she founded mpt ®, an Urban Planning and Mobility Management Company, pioneer in Portugal in what regards inclusive urban mobility, and offered consulting services to dozens of Municipalities. She has also collaborated with several entities of the Portuguese Government.
In these new investment opportunities we can’t lose the unequivocal challenge to build for All.”
National Coordinator of the Network of Cities and Towns with Mobility for All, a project that she has created and developed in collaboration with APPLA-University of Aveiro since 2003, which includes about 80 municipalities. In March 2008 she was named by the Portuguese Government to integrate the work team of the Accessibility existing law (Decree-Law No. 163/06, August 8). In recent years she has been invited to lecture in several Universities, namely in the University of Aveiro, Higher Technical Institute of the University of Lisboa and Higher Education and Sciences Institute, within the Masters on Local Government Management. Paula Teles is a Guest Lecturer in the University of Trás-os-Montes and Alto Douro, within the degree and masters on Human Accessibility and Rehabilitation Engineering, since 2008, and a researcher in a project about urban areas mobility. President and Founder of the Institute for Cities and Towns with Mobility (ICTM) in Portugal, a project that manages Network of Cities and Towns of Excellence.
the universal design. (…) Undoubtedly, a great opportunity will be to make the best use of the new cycle of EU funds, Portugal 2020. PAULA TELES
PAULA TELES
At this level, she was Technical Coordinator of dozens of Accessibility Promotion Plans in Portugal. In 2014, when mpt brasil was founded, with headquarters in São Paulo, mpt takes the first steps towards internationalization.
“Talking about territorial transformation necessarily demands a reference to the municipal councils as driving forces of local
THE CITY OF (im)MOBILITIES
‘condomínio’ das vilas e das cidades. (…) Assim, será de extrema importância que todos os futuros projetos incorporem o desenho
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
“Falar em transformação do território exige referenciar as câmaras municipais como motor do desenvolvimento local e gestores do
DAS (i)MOBILIDADES
Paula Teles nasceu em Alvarenga, Arouca, a 16 de maio de 1969. Engenheira Civil-Planeamento do Território (FEUP), Pós-Graduada em Estratégias e Metodologias da Gestão Urbanística e Mestre em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano (FEUP/FAUP), com Tese de Mestrado sobre “Os Territórios (sociais) da Mobilidade.” Técnica Superior na Câmara Municipal de Matosinhos durante 10 anos com funções na Divisão de Trânsito e Mobilidade, na qual
MANUAL TÉCNICO DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE PARA TODOS THE CITY OF (im)MOBILITIES HANDBOOK OF BEST PRACTICES ABOUT ACCESSIBILITY AND MOBILITY FOR ALL
PAULA TELES
integrou a equipa do projeto europeu PROACESS (1994-1996). Em 2004 constituiu a mpt®, empresa de planeamento urbano e gestão da mobilidade, pioneira em Portugal em mobilidade urbana inclusiva, tornando-se Consultora Autárquica na nesta área em dezenas de municípios. Pontualmente tem colaborado com diversas entidades do Governo Português. Nesta plataforma, foi coordenadora técnica de dezenas de Planos de Promoção da Acessibilidade em Portugal. Neste ano de 2014, e com a designação de mpt brasil, sede em São Paulo, a mpt dá os primeiros passos na sua internacionalização. Coordenadora Nacional da Rede de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, projeto que criou e desenvolveu em colaboração com a APPLA desde 2003, e que contou com cerca de 80 municípios. Em 2008 foi nomeada pelo Governo Português para integrar o Grupo de Trabalho da Lei das Acessibilidades em vigor (Decreto-Lei n.º 163/06, de 8 de agosto). Nos últimos anos foi assistente convidada em varias Universidades, a destacar a Universidade de Aveiro, e lecionou pontualmente no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e no Instituto Superior de Educação e Ciências, no Mestrado em Gestão Autárquica. É docente convidada na UTAD, na licenciatura e mestrado em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, desde 2008, e investigadora num projeto de mobilidade em áreas urbanas. Presidente e fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM) em Portugal, plataforma que gere o projeto Rede de Cidades e Vilas de Excelência. Recentemente foi fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade Brasil (ICVM Br) e do Instituto de Cidades de Excelencia de
Recently, she founded the Brasil Institute for Cities and Towns with Mobility (Br ICTM) and the Institute for Cities of Excellence in Spain (ICES).
España (ICEE).
She was elected President of the Technical Commission of Accessibility and Inclusive Design (CT 177) by the PIQ – Portuguese Institute for Quality –, in April 2008, for the development of Technical Standards, Accessibility Certification and inclusive Design in Portugal. She is the representative of Portugal in the CEN (European Committee for Standardization) in Brussels, for the Normalization of Accessibility and Design for All.
Eleita Presidente da Comissão Técnica de Acessibilidade e Design Inclusivo (CT 177) do IPQ - Instituto Português da Qualidade, em 2008, para a elaboração das Normas Técnicas para Certificação da Acessibilidade e Design Inclusivo em Portugal. Membro do Comité Europeu de Normalização em Bruxelas para a Normalização da Acessibilidade e Design for All.
In 2012, she was invited to audition on Urban Rehabilitation and Urban Renting by the Environment Commission, Regional Planning and Local Power of the Portuguese Republic Assembly. She was included in the Commission of Experts of the Forum “Think about the 21st Century Cities”, from the Peninsular Northwest Atlantic axis (Galiza and Northern Portugal). Town Councilor in Penafiel (2009-2013) and responsible for the Mobility department, urban rehabilitation and image, strategic planning and territory ordering. Over the last decade she has presented several speeches on Urban Mobility and Cities Design in Portugal, Europe and Brasil. Author of a wide range of works and publications, for instance, book publications including “(Social) Territories of Mobility” (2005) and “Cities to Wish For among City Drawings - Best Practices about Urban and Inclusive Design” (2013).
Em 2012 foi convidada para audição sobre Reabilitação Urbana e Arrendamento Urbano pela Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local da Assembleia da República Portuguesa. É membro da Comissão de Peritos do Fórum “Pensar as Cidades Século XXI”, do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular (Galiza e Norte de Portugal). Foi vereadora na Câmara Municipal de Penafiel (2009-2013) e responsável pelos pelouros da mobilidade, regeneração urbana e imagem da cidade, planeamento estratégico e ordenamento do território. Na última década apresentou centenas de Palestras sob o tema Mobilidade Urbana e Desenho de Cidades em Portugal, Europa e Brasil. É autora e co-autora de um vasto conjunto de publicações das quais se destaca “Os territórios (sociais) da Mobilidade” (2005) e “Cidades de Desejo entre Desenhos de Cidades - Boas Práticas de Desenho Urbano e Design Inclusivo” (2013).
A CIDADE
DAS (i)MOBILIDADES MANUAL TÉCNICO DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE PARA TODOS THE CITY OF (im)MOBILITIES HANDBOOK OF BEST PRACTICES ABOUT ACCESSIBILITY AND MOBILITY FOR ALL
PAULA TELES
TÍTULO TITLE A cidade das (i)mobilidades Manual Técnico de Acessibilidade e Mobilidade para Todos The City of (im)mobilities Handbook of Best Practices about Accessibility and Mobility for All
AUTOR AUTHOR
FOTOGRAFIA PHOTOGRAPHY
Paula Teles
Adelino Ribeiro
EDITOR PUBLISHER mpt® - mobilidade e planeamento do território, lda. mpt® - mobility and territorial planning, lda.
Fernando e Sérgio Guerra João Morgado Paula Teles
TRADUÇÃO TRANSLATION EQUIPA TÉCNICA TECHNICAL TEAM Adelino Ribeiro Ana Silva Daniel Geada Jorge Gorito
ILUSTRAÇÕES ILLUSTRATIONS Ana Silva
CAPA COVER Baseada no Óleo sobre Tela de Pedro Machado (2007), Cidade Perdida. Illustration based on painting in oil on canvas. “The Lost City” by Pedro Machado.
DESIGN GRÁFICO DESIGN Soraia Sousa
Cláudia Fernandes Jorge Gorito Noélia Santos Victor M. Ferreira
IMPRESSÃO PRINTING Papel Branco 2000 exemplares copies Todos os direitos reservados segundo a legislação em vigor. All rights reserved.
ISBN 978-989-8427-32-8
DEP. LEGAL TITLE REGISTRATION
TÍTULO TITLE A cidade das (i)mobilidades Manual Técnico de Acessibilidade e Mobilidade para Todos The City of (im)mobilities Handbook of Best Practices about Accessibility and Mobility for All
AUTOR AUTHOR
FOTOGRAFIA PHOTOGRAPHY
Paula Teles
Adelino Ribeiro
EDITOR PUBLISHER mpt® - mobilidade e planeamento do território, lda. mpt® - mobility and territorial planning, lda.
Fernando e Sérgio Guerra João Morgado Paula Teles
TRADUÇÃO TRANSLATION EQUIPA TÉCNICA TECHNICAL TEAM Adelino Ribeiro Ana Silva Daniel Geada Jorge Gorito
ILUSTRAÇÕES ILLUSTRATIONS Ana Silva
CAPA COVER Baseada no Óleo sobre Tela de Pedro Machado (2007), Cidade Perdida. Illustration based on painting in oil on canvas. “The Lost City” by Pedro Machado.
DESIGN GRÁFICO DESIGN Soraia Sousa
Cláudia Fernandes Jorge Gorito Noélia Santos Victor M. Ferreira
IMPRESSÃO PRINTING Papel Branco 2000 exemplares copies Todos os direitos reservados segundo a legislação em vigor. All rights reserved.
ISBN 978-989-8427-32-8
DEP. LEGAL TITLE REGISTRATION
ÍNDICE 10
INDEX Nota do Autor
43
15
PARTE 1 Dos conceitos aos planos PART 1 From concepts to plans
16
CAPÍTULO 1 O novo paradigma das cidades inclusivas
46
1.1. O conceito de acessibilidade
52
1.2. As Vantagens Económicas da Acessibilidade e o turismo acessível
53
1.3. A legislação portuguesa Portuguese Legislation
26
1.4. A história da Acessibilidade em Portugal History of Accessibility in Portugal
32
1.5. A visão holística da Acessibilidade no quadro da Qualificação das cidades portuguesas Holistic vision of Accessibility within the framework of Portuguese and European
58
2.7.2. Edificado
60
2.7.3. Transportes
Built Environment Transport
62
CAPÍTULO 2 O planeamento das acessibilidades nas novas políticas urbanas Chapter 2 Accessibility Planning within the new urban policies
35
2.1. As acessibilidades, afinal, também desenham as cidades After all, Accessibility can also design cities
38
64
40
2.3. Objetivos dos Planos de Promoção de Acessibilidade
66
2.4. O conceito multidisciplinar e transversal da acessibilidade The multidisciplinary and transverse concept of Accessibility
2.8. As ações de sensibilização e comunicação na mudança da cultura de mobilidade Awareness-raising and communication actions in the shift to mobility culture
72
CAPÍTULO 3 Resultados e desafios Chapter 3 Results and Challenges
73
3.1. O Impacto dos Planos de Promoção de Acessibilidade em Portugal e os seus resultados Impact of Accessibility Promotional Plans in Portugal and its results
79
Main goals of the Accessibility Promotional Plans
42
2.7.5. Infoacessibilidade InfoAccessibility
2.2. Os planos de Promoção de Acessibilidade na agenda política municipal Accessibility Promotional Plans in the City Political Agenda
2.7.4. Comunicação e Design Communication and Design
Cities’ Renewal
34
2.7.1. Espaço público Public Space
Economic Advantages of Accessibility and Accessible Tourism
25
2.7. As cinco áreas do Plano The five areas of the Plan
Concept of Accessibility
20
2.6. O Sistema de Informação Geográfica como pilar estruturante The Geographical Information System as a structuring pillar
Chapter 1 The new paradigm of inclusive citiess
17
2.5. A metodologia como nova abordagem Methodology as a new approach
Author’s Note
3.2. A realização de grandes eventos e a oportunidade para a melhoria das condições de acessibilidade Hosting of great events and opportunities for the improvement of Accessibility
84
3.3. O desafio e a oportunidade do próximo Quadro Comunitário Challenge and opportunity in the next EU Fundings
ÍNDICE 10
INDEX Nota do Autor
43
15
PARTE 1 Dos conceitos aos planos PART 1 From concepts to plans
16
CAPÍTULO 1 O novo paradigma das cidades inclusivas
46
1.1. O conceito de acessibilidade
52
1.2. As Vantagens Económicas da Acessibilidade e o turismo acessível
53
1.3. A legislação portuguesa Portuguese Legislation
26
1.4. A história da Acessibilidade em Portugal History of Accessibility in Portugal
32
1.5. A visão holística da Acessibilidade no quadro da Qualificação das cidades portuguesas Holistic vision of Accessibility within the framework of Portuguese and European
58
2.7.2. Edificado
60
2.7.3. Transportes
Built Environment Transport
62
CAPÍTULO 2 O planeamento das acessibilidades nas novas políticas urbanas Chapter 2 Accessibility Planning within the new urban policies
35
2.1. As acessibilidades, afinal, também desenham as cidades After all, Accessibility can also design cities
38
64
40
2.3. Objetivos dos Planos de Promoção de Acessibilidade
66
2.4. O conceito multidisciplinar e transversal da acessibilidade The multidisciplinary and transverse concept of Accessibility
2.8. As ações de sensibilização e comunicação na mudança da cultura de mobilidade Awareness-raising and communication actions in the shift to mobility culture
72
CAPÍTULO 3 Resultados e desafios Chapter 3 Results and Challenges
73
3.1. O Impacto dos Planos de Promoção de Acessibilidade em Portugal e os seus resultados Impact of Accessibility Promotional Plans in Portugal and its results
79
Main goals of the Accessibility Promotional Plans
42
2.7.5. Infoacessibilidade InfoAccessibility
2.2. Os planos de Promoção de Acessibilidade na agenda política municipal Accessibility Promotional Plans in the City Political Agenda
2.7.4. Comunicação e Design Communication and Design
Cities’ Renewal
34
2.7.1. Espaço público Public Space
Economic Advantages of Accessibility and Accessible Tourism
25
2.7. As cinco áreas do Plano The five areas of the Plan
Concept of Accessibility
20
2.6. O Sistema de Informação Geográfica como pilar estruturante The Geographical Information System as a structuring pillar
Chapter 1 The new paradigm of inclusive citiess
17
2.5. A metodologia como nova abordagem Methodology as a new approach
Author’s Note
3.2. A realização de grandes eventos e a oportunidade para a melhoria das condições de acessibilidade Hosting of great events and opportunities for the improvement of Accessibility
84
3.3. O desafio e a oportunidade do próximo Quadro Comunitário Challenge and opportunity in the next EU Fundings
89
PARTE 2 Boas práticas e anotações de desenho urbano
159
PART 2 Best practices and notes on urban design
90
CAPÍTULO 4 Das (i)mobilidades às mobilidades
A project of zero elevation and focus on the non-motorized means
160
4.1. Tipologias de barreiras
161
6.5. O desenho como vetor estruturante do projeto
163
6.6. Do projeto à obra
The design as a structuring project vector
Typology of barriers
92
4.2. Orientações para eliminação de barreiras urbanísticas
From project to work
Notes on the Removal of Urban Barriers
93
4.3. Passeios, Percurso Acessível e Canal de Infraestruturas
164
4.4. Barreiras Urbanísticas e Arquitetónicas Barreiras Urbanísticas e Arquitetónicas
116
CAPÍTULO 5 Soluções de desenho urbano e arquitetura Chapter 5 Urban Design and Architecture Solutions
121
5.1. Soluções Específicas de Passagens de Peões Specific solutions for Pedestrian Bridges
132
5.2. Soluções por tipologia de perfil de rua (áreas urbanas consolidadas) Solution by street profile typology (consodilated urban areas)
141
5.3. Soluções de desenho urbano (áreas a urbanizar) Urban Design Solutions (undeveloped areas)
142
5.4. Soluções em arquitetura e património Architecture and Heritage Solutions
147
PARTE 3 Dos planos à obra | estudos de caso PART 3 From plans to work | Case studies
150
CAPÍTULO 6 Requalificação da Baixa de Vilamoura, Loulé Chapter 6 Downtown Vilamoura Renewal, in Loulé
151
6.1. O território e a estratégia de intervenção Territory and Intervention Strategy
153
168
CAPÍTULO 7 Centro de Alto Rendimento de Remo, Pocinho, Vila Nova de Foz Côa Chapter 7 High Performance Rowing Centre, Pocinho, Vila Nova de Foz Côa
4.5. Barreiras Móveis | Temporárias Barreiras Móveis | Temporárias
120
6.7. Síntese: Vilamoura, um lugar de todos, um lugar de excelência Summary: Vilamoura, a place for All, a place of excellence
Sidewalks, Accessible Path and Infrastructures Channel
95
6.4. Um conceito que se quer desenhar A concept that wants to design itself
Chapter 4 From (Im)mobility to Mobility
91
6.3. Um projeto de cota zero e a aposta nos modos suaves
6.2. Os principais pilares concetuais Main conceptual pillars
169
7.1. Conceitos e estratégia de intervenção Concepts and intervention strategy
170
7.2. A necessidade de construção do Centro de Alto Rendimento de Remo
171
7.3. Arquitetura inclusiva e sustentável
The need for the construction of the High Performance Rowing Centre Inclusive and Sustainable Architecture
173
7.4. O Projeto The Project
175
7.5. Síntese Summary
89
PARTE 2 Boas práticas e anotações de desenho urbano
159
PART 2 Best practices and notes on urban design
90
CAPÍTULO 4 Das (i)mobilidades às mobilidades
A project of zero elevation and focus on the non-motorized means
160
4.1. Tipologias de barreiras
161
6.5. O desenho como vetor estruturante do projeto
163
6.6. Do projeto à obra
The design as a structuring project vector
Typology of barriers
92
4.2. Orientações para eliminação de barreiras urbanísticas
From project to work
Notes on the Removal of Urban Barriers
93
4.3. Passeios, Percurso Acessível e Canal de Infraestruturas
164
4.4. Barreiras Urbanísticas e Arquitetónicas Barreiras Urbanísticas e Arquitetónicas
116
CAPÍTULO 5 Soluções de desenho urbano e arquitetura Chapter 5 Urban Design and Architecture Solutions
121
5.1. Soluções Específicas de Passagens de Peões Specific solutions for Pedestrian Bridges
132
5.2. Soluções por tipologia de perfil de rua (áreas urbanas consolidadas) Solution by street profile typology (consodilated urban areas)
141
5.3. Soluções de desenho urbano (áreas a urbanizar) Urban Design Solutions (undeveloped areas)
142
5.4. Soluções em arquitetura e património Architecture and Heritage Solutions
147
PARTE 3 Dos planos à obra | estudos de caso PART 3 From plans to work | Case studies
150
CAPÍTULO 6 Requalificação da Baixa de Vilamoura, Loulé Chapter 6 Downtown Vilamoura Renewal, in Loulé
151
6.1. O território e a estratégia de intervenção Territory and Intervention Strategy
153
168
CAPÍTULO 7 Centro de Alto Rendimento de Remo, Pocinho, Vila Nova de Foz Côa Chapter 7 High Performance Rowing Centre, Pocinho, Vila Nova de Foz Côa
4.5. Barreiras Móveis | Temporárias Barreiras Móveis | Temporárias
120
6.7. Síntese: Vilamoura, um lugar de todos, um lugar de excelência Summary: Vilamoura, a place for All, a place of excellence
Sidewalks, Accessible Path and Infrastructures Channel
95
6.4. Um conceito que se quer desenhar A concept that wants to design itself
Chapter 4 From (Im)mobility to Mobility
91
6.3. Um projeto de cota zero e a aposta nos modos suaves
6.2. Os principais pilares concetuais Main conceptual pillars
169
7.1. Conceitos e estratégia de intervenção Concepts and intervention strategy
170
7.2. A necessidade de construção do Centro de Alto Rendimento de Remo
171
7.3. Arquitetura inclusiva e sustentável
The need for the construction of the High Performance Rowing Centre Inclusive and Sustainable Architecture
173
7.4. O Projeto The Project
175
7.5. Síntese Summary
10
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
NOTA DO AUTOR Porque cada cidadão tem um território para ser vivido, apropriado e partilhado, a mobilidade urbana configura-se como a dimensão do universo de cada um, o momento em que transcendemos as geografias do quotidiano reinventando e projetando novos tempos e novos imaginários. Borja, Ascher, Castells, O’Nel.lo ou Ribeiro da Silva, referem que ser móvel, não é mais que a capacidade espantosa de percorrer toda a nossa condição urbana, que para além da sua vertente física, é uma imensa construção social. É pois, para essa construção social que esta publicação tenta contribuir, ultrapassando de todo, a visão meramente de engenharia, planeamento do território ou arquitetura. O livro, embora essencialmente técnico, é escrito sobre um imenso vale de reflexões sociais, sociológicas, ou no limite, diria até políticas. Não obstante ter no seu conteúdo Boas Práticas e Anotações para o Desenho Urbano, tem subjacente a dimensão política do direito de todos poderem aceder aos bens que a cidade deve oferecer. E esta, se me permitem, é a vitamina que nutre todo o enorme entusiasmo que todos os dias, nas competências que vou ocupando, independentemente das
AUTHOR'S NOTE Every citizen has a territory that needs to be lived, suitable and shared, and Urban Mobility is considered the dimension of every individual's universe, that moment when everyday geographies are transcended, and new times and imaginaries are reinvented and designed.
funções que vou tendo, tentam estruturar as minhas atividades sempre com um enorme espírito de militância.
Borja, Ascher, Castells, O’Nel.lo or Ribeiro da Silva stated that to be mobile is the amazing ability to think our urban condition beyond its physical aspect, as an immense social construction.
Este livro pretende colmatar alguma ausência de informação técnica sistematizada e, ainda, continuar a estudar a evolução dos paradigmas relacionados com as condições de mobilidade ou a ausência dela na maior parte das cidades. Pretende ser um livro que sirva de estímulo aos jovens que agora iniciam as suas carreiras profissionais, pela abordagem de uma matéria não tradicional, por vezes ainda nem lecionada nas universidades. Também, ser um livro para aqueles que nunca ouviram falar de cidades inclusivas, mas, simultaneamente, ser um livro para os mais curiosos e participantes ativos da sociedade civil. Seria importante que agitasse os cidadãos de forma geral, os técnicos, os empresários, os gestores, e claro, os políticos.
Therefore, this publication was though to contribute to this social construction, beyond the purely engineering, planning or architecture aspects. Although essentially technical, this book bears several social, sociological and even political reflections. Despite being a handbook of best practices and notes for the urban design, the political dimension is present to state that everyone must have the same right to access the goods that a city has to offer. This was the vitamin that nourished my everyday enthusiasm, regardless of the functions I might had, I have always tried to structure my activities with this huge sense of militancy.
Da função social do engenheiro, do arquiteto ou do planeador do território, nasce este manual que sistematiza a experiência de mais de dez anos a trabalhar a técnica com o dever social da função que exercemos.
Aliás, e a este respeito, se numa primeira abordagem esta publicação se apresenta essencialmente técnica, a verdade é que, ao desfolhar a Parte 1, onde os conceitos e os paradigmas se apresentam de forma simples, mas marcados no tempo, o leitor é rapidamente
This handbook was born from the social role of the engineer, architect or territory planner, and systematizes the experience of more than ten years working with this social duty in mind in every function. It intends to provide solutions to the deficit of systematized and technical information, and also be a continuous study of the evolution of the paradigms relating to mobility conditions or its absence in most cities. It will also serve as a stimulus to young people who now begin their professional careers, by providing a non-traditional approach, sometimes not even taught at universities. An interesting guide for those who never heard of inclusive cities, and for those who are curious and active participants in civil society. I hope it can raise the awareness of citizens in general, technicians, entrepreneurs, managers, and of course, politicians. Moreover, if at a first approach this publication presents itself essentially technique, the truth is that by reading Part 1, where the concepts and paradigms are presented chronologically and in a simple way, the reader will be quickly involved in a narrative filled with social and cultural paradigms inherent to this theme, but essentially he will be driven by the political force present in those contents.
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
NOTA DO AUTOR Porque cada cidadão tem um território para ser vivido, apropriado e partilhado, a mobilidade urbana configura-se como a dimensão do universo de cada um, o momento em que transcendemos as geografias do quotidiano reinventando e projetando novos tempos e novos imaginários. Borja, Ascher, Castells, O’Nel.lo ou Ribeiro da Silva, referem que ser móvel, não é mais que a capacidade espantosa de percorrer toda a nossa condição urbana, que para além da sua vertente física, é uma imensa construção social. É pois, para essa construção social que esta publicação tenta contribuir, ultrapassando de todo, a visão meramente de engenharia, planeamento do território ou arquitetura. O livro, embora essencialmente técnico, é escrito sobre um imenso vale de reflexões sociais, sociológicas, ou no limite, diria até políticas. Não obstante ter no seu conteúdo Boas Práticas e Anotações para o Desenho Urbano, tem subjacente a dimensão política do direito de todos poderem aceder aos bens que a cidade deve oferecer. E esta, se me permitem, é a vitamina que nutre todo o enorme entusiasmo que todos os dias, nas competências que vou ocupando, independentemente das
AUTHOR'S NOTE Every citizen has a territory that needs to be lived, suitable and shared, and Urban Mobility is considered the dimension of every individual's universe, that moment when everyday geographies are transcended, and new times and imaginaries are reinvented and designed.
funções que vou tendo, tentam estruturar as minhas atividades sempre com um enorme espírito de militância.
Borja, Ascher, Castells, O’Nel.lo or Ribeiro da Silva stated that to be mobile is the amazing ability to think our urban condition beyond its physical aspect, as an immense social construction.
Este livro pretende colmatar alguma ausência de informação técnica sistematizada e, ainda, continuar a estudar a evolução dos paradigmas relacionados com as condições de mobilidade ou a ausência dela na maior parte das cidades. Pretende ser um livro que sirva de estímulo aos jovens que agora iniciam as suas carreiras profissionais, pela abordagem de uma matéria não tradicional, por vezes ainda nem lecionada nas universidades. Também, ser um livro para aqueles que nunca ouviram falar de cidades inclusivas, mas, simultaneamente, ser um livro para os mais curiosos e participantes ativos da sociedade civil. Seria importante que agitasse os cidadãos de forma geral, os técnicos, os empresários, os gestores, e claro, os políticos.
Therefore, this publication was though to contribute to this social construction, beyond the purely engineering, planning or architecture aspects. Although essentially technical, this book bears several social, sociological and even political reflections. Despite being a handbook of best practices and notes for the urban design, the political dimension is present to state that everyone must have the same right to access the goods that a city has to offer. This was the vitamin that nourished my everyday enthusiasm, regardless of the functions I might had, I have always tried to structure my activities with this huge sense of militancy.
Da função social do engenheiro, do arquiteto ou do planeador do território, nasce este manual que sistematiza a experiência de mais de dez anos a trabalhar a técnica com o dever social da função que exercemos.
Aliás, e a este respeito, se numa primeira abordagem esta publicação se apresenta essencialmente técnica, a verdade é que, ao desfolhar a Parte 1, onde os conceitos e os paradigmas se apresentam de forma simples, mas marcados no tempo, o leitor é rapidamente
This handbook was born from the social role of the engineer, architect or territory planner, and systematizes the experience of more than ten years working with this social duty in mind in every function. It intends to provide solutions to the deficit of systematized and technical information, and also be a continuous study of the evolution of the paradigms relating to mobility conditions or its absence in most cities. It will also serve as a stimulus to young people who now begin their professional careers, by providing a non-traditional approach, sometimes not even taught at universities. An interesting guide for those who never heard of inclusive cities, and for those who are curious and active participants in civil society. I hope it can raise the awareness of citizens in general, technicians, entrepreneurs, managers, and of course, politicians. Moreover, if at a first approach this publication presents itself essentially technique, the truth is that by reading Part 1, where the concepts and paradigms are presented chronologically and in a simple way, the reader will be quickly involved in a narrative filled with social and cultural paradigms inherent to this theme, but essentially he will be driven by the political force present in those contents.
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
envolvido numa narrativa repleta de paradigmas sociais e culturais pela especificidade do tema, mas essencialmente pela força política que esses conteúdos incorporam. De seguida, saltando a Parte 2, essa sim, substancialmente prática e de enorme relevância para quem desenha cidades, passamos para a última parte do livro, que novamente, não obstante a forma ser essencialmente técnica, o substrato assenta numa enorme componente política na medida que consegue demonstrar que afinal, é possível fazer. Que, afinal, com vontade, determinação e decisão política, como o que aconteceu nos dois estudos de caso, é possível fazer intervenções no espaço público e no edificado para todos, sem perder as possibilidades de serem obras de engenharia ou arquitetura de referência a nível nacional ou internacional. Por outras palavras, que afinal a obra pode integrar os desafios da estética simultaneamente com a funcionalidade e servirem todos sem exceção. As Câmaras Municipais têm sido a chave de todo este processo, um crescimento que se tem feito paulatinamente, embora num tempo demasiado curto, o que, por vezes tem trazido alguns problemas. Contudo, face ao entusiasmo hoje demonstrado nesta matéria, o caso Português tem sido uma referência no espaço Europeu e mesmo do outro lado do Atlântico, designadamente no Brasil, onde damos agora os primeiros passos com sucesso.
THE CITY OF (im)MOBILITIES
Moving to Part 2, it is substantially technical and of great relevance for those who design cities, but then, in the last part of the book, although also essentially technical, it shows again a strong political content that demonstrate that those concepts are possible to implement. After all, with determination and political decision, as the example of the two case studies, it is possible to make interventions in public space and build for All, without losing the possibilities of being works of engineering or architecture of national or international reference. In other words, this work can simultaneously be an aesthetic challenge without giving up functionality. The City Councils have been the key to this whole process, a growth that has been done gradually, though in a limited period of time, which sometimes has brought some problems. Judging by the interest and enthusiasm demonstrated in this regard, the Portuguese case has been a reference in Europe and even across the Atlantic, especially in Brazil, where we are giving now the first steps, successfully. When it comes to principles and values, we have experienced anxiety, courage and persistence, but also love for this work, responsibility and passion, which are the best words to describe our will to improve our knowledge in this matter, which deserves to be shared at all levels.
Inquietude, coragem, persistência quando toca a princípios e a valores, gosto pela obra feita, responsabilidade e paixão, são, no meu entendimento as palavras certas para continuarmos a melhorar os nossos conhecimentos nesta matéria que convosco, agora quero partilhar. À minha equipa da mpt que tem acompanhado estes 10 anos com todo o entusiasmo, profissionalismo e lealdade e aos nossos clientes, grande maioria Câmaras Municipais de Portugal, que têm depositado a confiança em nós e no trabalho que desenvolvemos, dedico este livro. A todos, o desejo inequívoco de que este livro seja, como em todas as circunstâncias refere Eduardo Lourenço, um modo de estar, num território de gente de saber e vontade de estar no futuro antecipando-o.
Finally, I dedicate this book to my team in mpt, which shared with me these 10 years with enthusiasm, professionalism and loyalty to our customers, mostly Municipalities of Portugal that have trusted us and our work. Thanks to all of you, I wish this book can be the expression, as in the words of Eduardo Lourenço, of a way of being in a territory of people wondering and wanting to be in the future by anticipating it.
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
envolvido numa narrativa repleta de paradigmas sociais e culturais pela especificidade do tema, mas essencialmente pela força política que esses conteúdos incorporam. De seguida, saltando a Parte 2, essa sim, substancialmente prática e de enorme relevância para quem desenha cidades, passamos para a última parte do livro, que novamente, não obstante a forma ser essencialmente técnica, o substrato assenta numa enorme componente política na medida que consegue demonstrar que afinal, é possível fazer. Que, afinal, com vontade, determinação e decisão política, como o que aconteceu nos dois estudos de caso, é possível fazer intervenções no espaço público e no edificado para todos, sem perder as possibilidades de serem obras de engenharia ou arquitetura de referência a nível nacional ou internacional. Por outras palavras, que afinal a obra pode integrar os desafios da estética simultaneamente com a funcionalidade e servirem todos sem exceção. As Câmaras Municipais têm sido a chave de todo este processo, um crescimento que se tem feito paulatinamente, embora num tempo demasiado curto, o que, por vezes tem trazido alguns problemas. Contudo, face ao entusiasmo hoje demonstrado nesta matéria, o caso Português tem sido uma referência no espaço Europeu e mesmo do outro lado do Atlântico, designadamente no Brasil, onde damos agora os primeiros passos com sucesso.
THE CITY OF (im)MOBILITIES
Moving to Part 2, it is substantially technical and of great relevance for those who design cities, but then, in the last part of the book, although also essentially technical, it shows again a strong political content that demonstrate that those concepts are possible to implement. After all, with determination and political decision, as the example of the two case studies, it is possible to make interventions in public space and build for All, without losing the possibilities of being works of engineering or architecture of national or international reference. In other words, this work can simultaneously be an aesthetic challenge without giving up functionality. The City Councils have been the key to this whole process, a growth that has been done gradually, though in a limited period of time, which sometimes has brought some problems. Judging by the interest and enthusiasm demonstrated in this regard, the Portuguese case has been a reference in Europe and even across the Atlantic, especially in Brazil, where we are giving now the first steps, successfully. When it comes to principles and values, we have experienced anxiety, courage and persistence, but also love for this work, responsibility and passion, which are the best words to describe our will to improve our knowledge in this matter, which deserves to be shared at all levels.
Inquietude, coragem, persistência quando toca a princípios e a valores, gosto pela obra feita, responsabilidade e paixão, são, no meu entendimento as palavras certas para continuarmos a melhorar os nossos conhecimentos nesta matéria que convosco, agora quero partilhar. À minha equipa da mpt que tem acompanhado estes 10 anos com todo o entusiasmo, profissionalismo e lealdade e aos nossos clientes, grande maioria Câmaras Municipais de Portugal, que têm depositado a confiança em nós e no trabalho que desenvolvemos, dedico este livro. A todos, o desejo inequívoco de que este livro seja, como em todas as circunstâncias refere Eduardo Lourenço, um modo de estar, num território de gente de saber e vontade de estar no futuro antecipando-o.
Finally, I dedicate this book to my team in mpt, which shared with me these 10 years with enthusiasm, professionalism and loyalty to our customers, mostly Municipalities of Portugal that have trusted us and our work. Thanks to all of you, I wish this book can be the expression, as in the words of Eduardo Lourenço, of a way of being in a territory of people wondering and wanting to be in the future by anticipating it.
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PARTE 1
DOS CONCEITOS AOS PLANOS PART 1 | FROM CONCEPTS TO PLANS
PARTE 1
DOS CONCEITOS AOS PLANOS PART 1 | FROM CONCEPTS TO PLANS
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
1.1. O conceito de acessibilidade A mobilidade urbana cresceu de forma exponencial e alterou-se muito significativamente nas últimas décadas, especialmente nas cidades. Fruto da dispersão urbanística residencial e da desnuclearização das atividades, das novas formas de organização profissional, dos novos modos e estilos de vida que a sociedade contemporânea despoletou, a mobilidade urbana, em particular a dos espaços metropolitanos, é hoje uma realidade muito diversificada e heterogénea, marcada por uma maior complexidade das cadeias de deslocação diária.
CAPÍTULO 1
O NOVO PARADIGMA DAS CIDADES INCLUSIVAS CHAPTER 1 THE NEW PARADIGM OF INCLUSIVE CITIES
1
1.1. The concept of accessibility Urban mobility has grown exponentially
Moreover, also due to the dispersion of the
Como refere Borja (2003), “a população suburbana é o dobro ou o triplo da população urbana, isto é, da que vive em periferias e não em cidades”. Para este facto, ocorrido nos últimos anos, em muito contribuiu a transferência da residência para os subúrbios, em áreas cada vez mais afastadas do centro, devido à descentralização dos postos de trabalho e ao elevado preço do solo aqui praticado. Por vezes, este último motivo tem sido o fator decisivo na opção das famílias em adquirirem a habitação nos subúrbios em detrimento do centro.
and has changed very significantly in
residence, services and jobs, there was a
recent decades, particularly in cities.
strong investment in infrastructures for the
Result of the residential dispersion,
territories, including the construction of
denuclearization of the activities, new
new and better means of communication,
ways of work and new lifestyles that
increasing the flow of people and goods
contemporary society has triggered,
and also providing an more extensive use
urban mobility, particularly in metropolitan
of the territory.
Por outro lado, também devido à dispersão da residência, dos serviços e dos postos de trabalho, houve um forte investimento na infraestruturação dos territórios, nomeadamente fruto da construção de novas e melhores vias de comunicação, possibilitando um aumento significativo dos fluxos de pessoas e bens e propiciando uma utilização cada vez mais extensiva do território.
As regards Borja (2003), “the suburban
these populations in her constant daily
population is the double or the triple of
trips, trying to reduce, as much as
the urban population, in other words,
possible, the impact of travel times in
the population that lives in the suburbs
people’s daily lives, many of the other
and not in cities.” To this fact occurred
needs of the cities were forgotten.
areas, is nowadays a very diverse and heterogeneous reality, marked by greater
As a result of this strong investment in
complexity of the daily travel patterns.
road infrastructures, wich make possible to provide acceptable travel times to
in recent years, there has been a great contribution to the transfer of the residence to the suburbs, to places more
Como corolário deste forte investimento nas infraestruturas viárias de grande capacidade, que possibilitem proporcionar tempos aceitáveis de deslocação destas populações nos constantes trajetos diários, tentando reduzir, ao máximo possível, o impacto que a duração das deslocações têm no quotidiano dos cidadãos, foi-se perdendo a noção de outras necessidades das cidades.
and more faraway from the center, due to the decentralization of jobs and the high price of land practiced here. Sometimes this last reason has been the main deciding factor for the choice of families to buy house in the suburbs rather than the center.
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
1.1. O conceito de acessibilidade A mobilidade urbana cresceu de forma exponencial e alterou-se muito significativamente nas últimas décadas, especialmente nas cidades. Fruto da dispersão urbanística residencial e da desnuclearização das atividades, das novas formas de organização profissional, dos novos modos e estilos de vida que a sociedade contemporânea despoletou, a mobilidade urbana, em particular a dos espaços metropolitanos, é hoje uma realidade muito diversificada e heterogénea, marcada por uma maior complexidade das cadeias de deslocação diária.
CAPÍTULO 1
O NOVO PARADIGMA DAS CIDADES INCLUSIVAS CHAPTER 1 THE NEW PARADIGM OF INCLUSIVE CITIES
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1.1. The concept of accessibility Urban mobility has grown exponentially
Moreover, also due to the dispersion of the
Como refere Borja (2003), “a população suburbana é o dobro ou o triplo da população urbana, isto é, da que vive em periferias e não em cidades”. Para este facto, ocorrido nos últimos anos, em muito contribuiu a transferência da residência para os subúrbios, em áreas cada vez mais afastadas do centro, devido à descentralização dos postos de trabalho e ao elevado preço do solo aqui praticado. Por vezes, este último motivo tem sido o fator decisivo na opção das famílias em adquirirem a habitação nos subúrbios em detrimento do centro.
and has changed very significantly in
residence, services and jobs, there was a
recent decades, particularly in cities.
strong investment in infrastructures for the
Result of the residential dispersion,
territories, including the construction of
denuclearization of the activities, new
new and better means of communication,
ways of work and new lifestyles that
increasing the flow of people and goods
contemporary society has triggered,
and also providing an more extensive use
urban mobility, particularly in metropolitan
of the territory.
Por outro lado, também devido à dispersão da residência, dos serviços e dos postos de trabalho, houve um forte investimento na infraestruturação dos territórios, nomeadamente fruto da construção de novas e melhores vias de comunicação, possibilitando um aumento significativo dos fluxos de pessoas e bens e propiciando uma utilização cada vez mais extensiva do território.
As regards Borja (2003), “the suburban
these populations in her constant daily
population is the double or the triple of
trips, trying to reduce, as much as
the urban population, in other words,
possible, the impact of travel times in
the population that lives in the suburbs
people’s daily lives, many of the other
and not in cities.” To this fact occurred
needs of the cities were forgotten.
areas, is nowadays a very diverse and heterogeneous reality, marked by greater
As a result of this strong investment in
complexity of the daily travel patterns.
road infrastructures, wich make possible to provide acceptable travel times to
in recent years, there has been a great contribution to the transfer of the residence to the suburbs, to places more
Como corolário deste forte investimento nas infraestruturas viárias de grande capacidade, que possibilitem proporcionar tempos aceitáveis de deslocação destas populações nos constantes trajetos diários, tentando reduzir, ao máximo possível, o impacto que a duração das deslocações têm no quotidiano dos cidadãos, foi-se perdendo a noção de outras necessidades das cidades.
and more faraway from the center, due to the decentralization of jobs and the high price of land practiced here. Sometimes this last reason has been the main deciding factor for the choice of families to buy house in the suburbs rather than the center.
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
Este culto da velocidade de acesso em detrimento do tempo de permanência, foi, efetivamente, um dos motores que acelerou a degradação dos espaços públicos e a sua quase exclusiva orientação para o automóvel, menosprezando as outras utilizações, não menos importantes e que a cidade deve proporcionar.
Assim, a cidade, que cresce todos os dias, tem que ser projetada a diversas velocidades: se por um lado, tem de se adaptar a estes novos conceitos e estilos de vida, cada vez mais flexíveis e democráticos, através de medidas meramente curativas (como a eliminação de uma simples barreira para permitir um sistema de continuidade), por outro, tem de agilizar os mecanismos de índole preventiva, planeando e projetando a cidade, para que, a nova cidade que se constrói todos os dias, já seja para Todos.
A agressividade urbana que se tem vivido nos últimos tempos despoletou a desorganização do espaço público, a falta de imagem e qualidade do espaço urbano, com consequências imediatas no aumento das barreiras urbanísticas e arquitetónicas, que foram expulsando os peões destes espaços e impedindo o igual acesso de todos os cidadãos. Estes novos paradigmas, resultantes das sociedades contemporâneas em emergência, colocam-nos novos desafios, quer do ponto de vista social, quer do planeamento urbanístico, dos transportes e da comunicação, na construção de uma cidade segura e acessível a Todos. “O envelhecimento da sociedade, o surgimento intensivo da mulher no mundo profissional e as novas exigências das pessoas de mobilidade reduzida são exemplos desses novos paradigmas.” (Teles, 2005) Estas perspetivas de exclusão de mobilidade são contudo, enormes desafios ao futuro planeamento das cidades, face à sua tendência crescente e face aos novos desafios a quem projeta e constrói a cidade, designadamente, as grandes obras de engenharia e arquitetura.
3
The devotion by access speed rather
“The aging of society, the intensive
than the time spent in places, was indeed
emergence of women in the professional
one of the engines that accelerated
world and the new demands of the people
the
spaces
with reduced mobility are examples of
and its almost exclusive focus on the
these new paradigms.” (Teles, 2005)
automobiles, belittling other important
These perspectives of exclusion of
uses that the city should provide.
mobility are nevertheless, enormous
deterioration
of
public
challenges to the future planning of The urban aggressiveness that has
cities, face to his growing trend and to
experienced
the
the new challenges to those who design
disruption of public space, the lack of
and build the cities, especially, the great
image and quality of urban space, with
works of engineering and architecture.
recently,
triggered
A promoção da melhoria da qualidade de vida das pessoas com mobilidade reduzida, que são, segundo números OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, cerca de 60% da população de determinado território, constitui uma obrigação cívica de todos os cidadãos. A fim de contornar a presença das barreiras urbanísticas, arquitetónicas e psicológicas, que impedem, estas pessoas, de participar ativamente na vida económica, social e cultural, torna-se imperioso adotar soluções técnicas que garantam o acesso de Todos, aos edifícios, aos espaços públicos e aos transportes.
drove out pedestrians from this spaces blocking equitable access to all citizens. These new paradigms of contemporary societies, put us new challenges, both from a social, urban planning, transport 2
and
communication
perspective,
in
building a safe and accessible city to all.
Thus, the city that grows every day, has
It
to be projected at various speeds: on one
accessibility and mobility for all becomes
hand, has to adapt to these new concepts
a factor to be taken into account in the
and lifestyles increasingly flexible and
“planning, development and ongoing
democratic,
curative
management of mobility in different
measures (as the elimination of a simple
national, regional and local scales, as
barrier to allow a system of continuity),
well as felt and supervised by different
on the other hand, has to streamline
actors of society, under penalty that,
preventive mechanisms, planning and
for some of them, will only be cities of
designing the city, so that the new city
desire.” (Teles, 2009)
through
purely
As (i)mobilidades que desenham os territórios urbanos, são, pois, uma problemática do desenvolvimento sustentado das vilas e cidades.
is
Improving the quality of life for people
and
imperative
that
with disabilities, which are, according to figures from OECD - Organisation for
Economic
Development,
Co-operation about
60%
of
and the
“...torna-se imperioso adotar soluções técnicas que garantam o acesso de Todos, aos edifícios, aos espaços públicos e aos transportes.”
duty for all citizens. In order to circumvent the presence of urban, architectonic and psychological barriers that prevent these people to actively participate in
É urgente e obrigatório que a acessibilidade e mobilidade para Todos seja um fator a ter em conta no “planeamento, desenvolvimento e gestão corrente da mobilidade nas diferentes escalas nacional, regional e local assim como sentida e fiscalizada pelos diferentes agentes que participam na sociedade, sob pena de que, para alguns, apenas serão apenas cidades de desejo.” (Teles, 2009)
urgent
being built every day, either for All.
population for a given territory, is a civic
immediate consequences in the increase of urban and architectural barriers that
4
economic, social and cultural life, it is imperative to adopt technical solutions that ensure access for all to buildings, public spaces and transports. The (im)mobilities that draw urban areas, are therefore a problem for the sustainable development of towns and cities.
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
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Este culto da velocidade de acesso em detrimento do tempo de permanência, foi, efetivamente, um dos motores que acelerou a degradação dos espaços públicos e a sua quase exclusiva orientação para o automóvel, menosprezando as outras utilizações, não menos importantes e que a cidade deve proporcionar.
Assim, a cidade, que cresce todos os dias, tem que ser projetada a diversas velocidades: se por um lado, tem de se adaptar a estes novos conceitos e estilos de vida, cada vez mais flexíveis e democráticos, através de medidas meramente curativas (como a eliminação de uma simples barreira para permitir um sistema de continuidade), por outro, tem de agilizar os mecanismos de índole preventiva, planeando e projetando a cidade, para que, a nova cidade que se constrói todos os dias, já seja para Todos.
A agressividade urbana que se tem vivido nos últimos tempos despoletou a desorganização do espaço público, a falta de imagem e qualidade do espaço urbano, com consequências imediatas no aumento das barreiras urbanísticas e arquitetónicas, que foram expulsando os peões destes espaços e impedindo o igual acesso de todos os cidadãos. Estes novos paradigmas, resultantes das sociedades contemporâneas em emergência, colocam-nos novos desafios, quer do ponto de vista social, quer do planeamento urbanístico, dos transportes e da comunicação, na construção de uma cidade segura e acessível a Todos. “O envelhecimento da sociedade, o surgimento intensivo da mulher no mundo profissional e as novas exigências das pessoas de mobilidade reduzida são exemplos desses novos paradigmas.” (Teles, 2005) Estas perspetivas de exclusão de mobilidade são contudo, enormes desafios ao futuro planeamento das cidades, face à sua tendência crescente e face aos novos desafios a quem projeta e constrói a cidade, designadamente, as grandes obras de engenharia e arquitetura.
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The devotion by access speed rather
“The aging of society, the intensive
than the time spent in places, was indeed
emergence of women in the professional
one of the engines that accelerated
world and the new demands of the people
the
spaces
with reduced mobility are examples of
and its almost exclusive focus on the
these new paradigms.” (Teles, 2005)
automobiles, belittling other important
These perspectives of exclusion of
uses that the city should provide.
mobility are nevertheless, enormous
deterioration
of
public
challenges to the future planning of The urban aggressiveness that has
cities, face to his growing trend and to
experienced
the
the new challenges to those who design
disruption of public space, the lack of
and build the cities, especially, the great
image and quality of urban space, with
works of engineering and architecture.
recently,
triggered
A promoção da melhoria da qualidade de vida das pessoas com mobilidade reduzida, que são, segundo números OCDE - Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, cerca de 60% da população de determinado território, constitui uma obrigação cívica de todos os cidadãos. A fim de contornar a presença das barreiras urbanísticas, arquitetónicas e psicológicas, que impedem, estas pessoas, de participar ativamente na vida económica, social e cultural, torna-se imperioso adotar soluções técnicas que garantam o acesso de Todos, aos edifícios, aos espaços públicos e aos transportes.
drove out pedestrians from this spaces blocking equitable access to all citizens. These new paradigms of contemporary societies, put us new challenges, both from a social, urban planning, transport 2
and
communication
perspective,
in
building a safe and accessible city to all.
Thus, the city that grows every day, has
It
to be projected at various speeds: on one
accessibility and mobility for all becomes
hand, has to adapt to these new concepts
a factor to be taken into account in the
and lifestyles increasingly flexible and
“planning, development and ongoing
democratic,
curative
management of mobility in different
measures (as the elimination of a simple
national, regional and local scales, as
barrier to allow a system of continuity),
well as felt and supervised by different
on the other hand, has to streamline
actors of society, under penalty that,
preventive mechanisms, planning and
for some of them, will only be cities of
designing the city, so that the new city
desire.” (Teles, 2009)
through
purely
As (i)mobilidades que desenham os territórios urbanos, são, pois, uma problemática do desenvolvimento sustentado das vilas e cidades.
is
Improving the quality of life for people
and
imperative
that
with disabilities, which are, according to figures from OECD - Organisation for
Economic
Development,
Co-operation about
60%
of
and the
“...torna-se imperioso adotar soluções técnicas que garantam o acesso de Todos, aos edifícios, aos espaços públicos e aos transportes.”
duty for all citizens. In order to circumvent the presence of urban, architectonic and psychological barriers that prevent these people to actively participate in
É urgente e obrigatório que a acessibilidade e mobilidade para Todos seja um fator a ter em conta no “planeamento, desenvolvimento e gestão corrente da mobilidade nas diferentes escalas nacional, regional e local assim como sentida e fiscalizada pelos diferentes agentes que participam na sociedade, sob pena de que, para alguns, apenas serão apenas cidades de desejo.” (Teles, 2009)
urgent
being built every day, either for All.
population for a given territory, is a civic
immediate consequences in the increase of urban and architectural barriers that
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economic, social and cultural life, it is imperative to adopt technical solutions that ensure access for all to buildings, public spaces and transports. The (im)mobilities that draw urban areas, are therefore a problem for the sustainable development of towns and cities.
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THE CITY OF (im)MOBILITIES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
1.2. As vantagens económicas da acessibilidade e o turismo acessível Existem estudos económicos que evidenciam que cidades acessíveis são, efetivamente, cidades mais competitivas para viver, trabalhar e visitar. Hoje já não se pode negligenciar a escolha dos lugares para se viver face à translação do fator quilómetro para o fator tempo, entre o local de residência e de trabalho. Mas o mesmo se passa relativamente à escolha dos sítios para visitar. Um Estudo Económico, já com alguns anos, sobre Turismo Acessível para Todos realizado por Peter Neumann, argumentou a tese que a acessibilidade não era apenas uma questão de pessoas com deficiência mas, essencialmente, uma questão económica. Este estudo comprovou, com dados concretos, que mais pessoas viajariam se o destino tivesse condições de acessibilidade, não só em hotéis e restaurantes, como no próprio espaço público, enquanto espaço urbano de compras, conhecimento turístico, cultural e de serviços.
Transportando esta realidade para Portugal, país com cerca de 10 milhões de habitantes, também se pode aferir da importância que a promoção da acessibilidade, e consequentemente o Turismo Acessível, podem ter no desenvolvimento do território, principalmente no atual contexto de crise.
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accessibility was not just an issue of
1.2. The Economic Benefits of
people with disabilities but essentially
Accessible and Inclusive Tourism There
are
economic
studies
that
an economic issue. This study proved
demonstrate that accessible cities are,
with
effectively, more competitive cities to
people would travel if the destination
concrete
evidence
that
more
live, work and visit.
had access conditions, not only in hotels and restaurants, but also in the
Today we can no longer neglect the
public space itself, while urban space
choice of places to live due to the
for shopping, tourism, culture and
translation mile factor for the time factor
knowledge services.
between the place of residence and
São estudos como este que permitem consolidar a importância da garantia das condições de acessibilidade também em matéria económica, para além da sustentabilidade dos espaços e dos edifícios na durabilidade do uso face ao período de vida de cada um, para além da componente social que, naturalmente, a ela está agarrada.
work. But the same applies to the choice
Are studies like this, which allows
of places to visit.
consolidating the importance of ensuring the accessibility conditions as well in
An Economic Study, with some years
the economic sphere, in addition to the
now, on Accessible Tourism for All by
sustainability of spaces and buildings
Peter Neumann, the thesis argued that
in the usage time against the lifetime of each one, in addition to the social component that naturally, is attached.
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“... a procura pelo produto acessibilidade, na Europa, é de mais de 125 milhões de pessoas sendo que, destes, cerca de 90 milhões representam um cliente potencial em termos de produtos turísticos.”
Segundo Paula Teles (2012), Portugal é um território onde existem cerca de 2 milhões de idosos, 1 milhão de cidadãos com deficiência, 550 mil crianças com menos de 5 anos e outros milhares de pessoas com outros tipos de problemas de mobilidade. Estas questões ganham especial relevo, pois não podem ser ignoradas, também na perspetiva do Turismo. Numa época de mudança como a que se vive atualmente, as oportunidades de futuro pertencem aos que impõem exigência, rigor, profissionalismo, criatividade, verdade e visão, em todas as áreas da sua atividade. São tempos ricos no surgimento de novos desafios nas atividades económicas, em particular, nos locais de receção pública. Entre eles surge, de forma crescente, uma nova visão em torno das acessibilidades, tendo vindo a ganhar uma crescente afirmação pelo efeito multiplicador que introduz na atividade turística quando é observado: universalidade, qualidade e promoção. Por tudo isto, é hoje considerado um mundo novo de oportunidades e de relação entre a procura e a oferta. O mercado do Turismo Acessível, apenas na Europa, vale 90 mil milhões de euros, isto é, metade do Produto Interno Bruto Português. Segundo Buhalis (2005), a procura pelo produto acessibilidade, na Europa, é de mais de 125 milhões de pessoas sendo que, destes, cerca de 90 milhões representam um cliente potencial em termos de produtos turísticos.
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Carrying this reality to Portugal, a country
Are rich times of new challenges in
with about 10 million inhabitants, one
economic
can also assess the importance of the
places of public reception. Among
promotion of accessibility and therefore
them, arises, increasingly, a new vision
to Accessible Tourism can have on the
around accessibility, having gained
development of the territory, especially in
a growing assertion by the multiplier
the current context of crisis.
effect that introduces in the tourist
activities,
particularly
in
activity when it is observed: universality, According to Paula Teles (2012), Portugal
quality and promotion. For all this,
is a territory where there are about 2
it is now considered a new world of
million elderly people, one million of
opportunities and relationship between
citizens with disabilities, 550 000 children
demand and supply.
under five years and thousands of people with other mobility problems. These
The market of Accessible Tourism in
issues gain special importance because
Europe alone, worth € 90 billion, which
it should not be ignored, as well from the
corresponds to half of the Portuguese
perspective of tourism.
Gross
Domestic
Product.
According
to Buhalis (2005), the demand for the In a time of change as it currently lives,
product accessibility in Europe is over
opportunities for the future belong to the
125 million people and among these,
people who impose demands, accuracy,
about 90 million represents a potential
professionalism,
customer in terms of tourism products.
creativity,
truth
vision in all areas of its activity.
and
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A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
THE CITY OF (im)MOBILITIES
1.2. As vantagens económicas da acessibilidade e o turismo acessível Existem estudos económicos que evidenciam que cidades acessíveis são, efetivamente, cidades mais competitivas para viver, trabalhar e visitar. Hoje já não se pode negligenciar a escolha dos lugares para se viver face à translação do fator quilómetro para o fator tempo, entre o local de residência e de trabalho. Mas o mesmo se passa relativamente à escolha dos sítios para visitar. Um Estudo Económico, já com alguns anos, sobre Turismo Acessível para Todos realizado por Peter Neumann, argumentou a tese que a acessibilidade não era apenas uma questão de pessoas com deficiência mas, essencialmente, uma questão económica. Este estudo comprovou, com dados concretos, que mais pessoas viajariam se o destino tivesse condições de acessibilidade, não só em hotéis e restaurantes, como no próprio espaço público, enquanto espaço urbano de compras, conhecimento turístico, cultural e de serviços.
Transportando esta realidade para Portugal, país com cerca de 10 milhões de habitantes, também se pode aferir da importância que a promoção da acessibilidade, e consequentemente o Turismo Acessível, podem ter no desenvolvimento do território, principalmente no atual contexto de crise.
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accessibility was not just an issue of
1.2. The Economic Benefits of
people with disabilities but essentially
Accessible and Inclusive Tourism There
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an economic issue. This study proved
demonstrate that accessible cities are,
with
effectively, more competitive cities to
people would travel if the destination
concrete
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had access conditions, not only in hotels and restaurants, but also in the
Today we can no longer neglect the
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knowledge services.
between the place of residence and
São estudos como este que permitem consolidar a importância da garantia das condições de acessibilidade também em matéria económica, para além da sustentabilidade dos espaços e dos edifícios na durabilidade do uso face ao período de vida de cada um, para além da componente social que, naturalmente, a ela está agarrada.
work. But the same applies to the choice
Are studies like this, which allows
of places to visit.
consolidating the importance of ensuring the accessibility conditions as well in
An Economic Study, with some years
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now, on Accessible Tourism for All by
sustainability of spaces and buildings
Peter Neumann, the thesis argued that
in the usage time against the lifetime of each one, in addition to the social component that naturally, is attached.
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“... a procura pelo produto acessibilidade, na Europa, é de mais de 125 milhões de pessoas sendo que, destes, cerca de 90 milhões representam um cliente potencial em termos de produtos turísticos.”
Segundo Paula Teles (2012), Portugal é um território onde existem cerca de 2 milhões de idosos, 1 milhão de cidadãos com deficiência, 550 mil crianças com menos de 5 anos e outros milhares de pessoas com outros tipos de problemas de mobilidade. Estas questões ganham especial relevo, pois não podem ser ignoradas, também na perspetiva do Turismo. Numa época de mudança como a que se vive atualmente, as oportunidades de futuro pertencem aos que impõem exigência, rigor, profissionalismo, criatividade, verdade e visão, em todas as áreas da sua atividade. São tempos ricos no surgimento de novos desafios nas atividades económicas, em particular, nos locais de receção pública. Entre eles surge, de forma crescente, uma nova visão em torno das acessibilidades, tendo vindo a ganhar uma crescente afirmação pelo efeito multiplicador que introduz na atividade turística quando é observado: universalidade, qualidade e promoção. Por tudo isto, é hoje considerado um mundo novo de oportunidades e de relação entre a procura e a oferta. O mercado do Turismo Acessível, apenas na Europa, vale 90 mil milhões de euros, isto é, metade do Produto Interno Bruto Português. Segundo Buhalis (2005), a procura pelo produto acessibilidade, na Europa, é de mais de 125 milhões de pessoas sendo que, destes, cerca de 90 milhões representam um cliente potencial em termos de produtos turísticos.
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Carrying this reality to Portugal, a country
Are rich times of new challenges in
with about 10 million inhabitants, one
economic
can also assess the importance of the
places of public reception. Among
promotion of accessibility and therefore
them, arises, increasingly, a new vision
to Accessible Tourism can have on the
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the current context of crisis.
effect that introduces in the tourist
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activity when it is observed: universality, According to Paula Teles (2012), Portugal
quality and promotion. For all this,
is a territory where there are about 2
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million elderly people, one million of
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citizens with disabilities, 550 000 children
demand and supply.
under five years and thousands of people with other mobility problems. These
The market of Accessible Tourism in
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Europe alone, worth € 90 billion, which
it should not be ignored, as well from the
corresponds to half of the Portuguese
perspective of tourism.
Gross
Domestic
Product.
According
to Buhalis (2005), the demand for the In a time of change as it currently lives,
product accessibility in Europe is over
opportunities for the future belong to the
125 million people and among these,
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creativity,
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A CIDADE
universal. (…) Uma enorme oportunidade será, indubitavelmente, aproveitar o novo ciclo de fundos comunitários Portugal 2020. Nestas novas oportunidades de investimento não se pode perder o desafio inequívoco de construir a pensar em Todos.” Paula Teles was born in Alvarenga, Arouca, May 16, 1969. Civil Engineer – in the field of Planning (FEUP) –, post-graduated in Strategies and Methodologies for Urban Management, with a master’s degree on Urban Planning and Environmental Design by the Engineering and Architecture departments at the University of Porto, and a thesis on “Social Territories of Mobility.”
PAULA TELES
For 10 years she worked as a municipal technician in the Municipality of Matosinhos with functions in Traffic and Mobility Division. Between 1994 and 1996, she was included in the team of the European project PROACESS (1994-1996).
development and managers of towns and cities communities. (…) Therefore, it will be very important that all future projects embody
In 2004, she founded mpt ®, an Urban Planning and Mobility Management Company, pioneer in Portugal in what regards inclusive urban mobility, and offered consulting services to dozens of Municipalities. She has also collaborated with several entities of the Portuguese Government.
In these new investment opportunities we can’t lose the unequivocal challenge to build for All.”
National Coordinator of the Network of Cities and Towns with Mobility for All, a project that she has created and developed in collaboration with APPLA-University of Aveiro since 2003, which includes about 80 municipalities. In March 2008 she was named by the Portuguese Government to integrate the work team of the Accessibility existing law (Decree-Law No. 163/06, August 8). In recent years she has been invited to lecture in several Universities, namely in the University of Aveiro, Higher Technical Institute of the University of Lisboa and Higher Education and Sciences Institute, within the Masters on Local Government Management. Paula Teles is a Guest Lecturer in the University of Trás-os-Montes and Alto Douro, within the degree and masters on Human Accessibility and Rehabilitation Engineering, since 2008, and a researcher in a project about urban areas mobility. President and Founder of the Institute for Cities and Towns with Mobility (ICTM) in Portugal, a project that manages Network of Cities and Towns of Excellence.
the universal design. (…) Undoubtedly, a great opportunity will be to make the best use of the new cycle of EU funds, Portugal 2020. PAULA TELES
PAULA TELES
At this level, she was Technical Coordinator of dozens of Accessibility Promotion Plans in Portugal. In 2014, when mpt brasil was founded, with headquarters in São Paulo, mpt takes the first steps towards internationalization.
“Talking about territorial transformation necessarily demands a reference to the municipal councils as driving forces of local
THE CITY OF (im)MOBILITIES
‘condomínio’ das vilas e das cidades. (…) Assim, será de extrema importância que todos os futuros projetos incorporem o desenho
A CIDADE DAS (i)MOBILIDADES
“Falar em transformação do território exige referenciar as câmaras municipais como motor do desenvolvimento local e gestores do
DAS (i)MOBILIDADES
Paula Teles nasceu em Alvarenga, Arouca, a 16 de maio de 1969. Engenheira Civil-Planeamento do Território (FEUP), Pós-Graduada em Estratégias e Metodologias da Gestão Urbanística e Mestre em Planeamento e Projeto do Ambiente Urbano (FEUP/FAUP), com Tese de Mestrado sobre “Os Territórios (sociais) da Mobilidade.” Técnica Superior na Câmara Municipal de Matosinhos durante 10 anos com funções na Divisão de Trânsito e Mobilidade, na qual
MANUAL TÉCNICO DE ACESSIBILIDADE E MOBILIDADE PARA TODOS THE CITY OF (im)MOBILITIES HANDBOOK OF BEST PRACTICES ABOUT ACCESSIBILITY AND MOBILITY FOR ALL
PAULA TELES
integrou a equipa do projeto europeu PROACESS (1994-1996). Em 2004 constituiu a mpt®, empresa de planeamento urbano e gestão da mobilidade, pioneira em Portugal em mobilidade urbana inclusiva, tornando-se Consultora Autárquica na nesta área em dezenas de municípios. Pontualmente tem colaborado com diversas entidades do Governo Português. Nesta plataforma, foi coordenadora técnica de dezenas de Planos de Promoção da Acessibilidade em Portugal. Neste ano de 2014, e com a designação de mpt brasil, sede em São Paulo, a mpt dá os primeiros passos na sua internacionalização. Coordenadora Nacional da Rede de Cidades e Vilas com Mobilidade para Todos, projeto que criou e desenvolveu em colaboração com a APPLA desde 2003, e que contou com cerca de 80 municípios. Em 2008 foi nomeada pelo Governo Português para integrar o Grupo de Trabalho da Lei das Acessibilidades em vigor (Decreto-Lei n.º 163/06, de 8 de agosto). Nos últimos anos foi assistente convidada em varias Universidades, a destacar a Universidade de Aveiro, e lecionou pontualmente no Instituto Superior Técnico da Universidade de Lisboa e no Instituto Superior de Educação e Ciências, no Mestrado em Gestão Autárquica. É docente convidada na UTAD, na licenciatura e mestrado em Engenharia de Reabilitação e Acessibilidade Humanas, desde 2008, e investigadora num projeto de mobilidade em áreas urbanas. Presidente e fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade (ICVM) em Portugal, plataforma que gere o projeto Rede de Cidades e Vilas de Excelência. Recentemente foi fundadora do Instituto de Cidades e Vilas com Mobilidade Brasil (ICVM Br) e do Instituto de Cidades de Excelencia de
Recently, she founded the Brasil Institute for Cities and Towns with Mobility (Br ICTM) and the Institute for Cities of Excellence in Spain (ICES).
España (ICEE).
She was elected President of the Technical Commission of Accessibility and Inclusive Design (CT 177) by the PIQ – Portuguese Institute for Quality –, in April 2008, for the development of Technical Standards, Accessibility Certification and inclusive Design in Portugal. She is the representative of Portugal in the CEN (European Committee for Standardization) in Brussels, for the Normalization of Accessibility and Design for All.
Eleita Presidente da Comissão Técnica de Acessibilidade e Design Inclusivo (CT 177) do IPQ - Instituto Português da Qualidade, em 2008, para a elaboração das Normas Técnicas para Certificação da Acessibilidade e Design Inclusivo em Portugal. Membro do Comité Europeu de Normalização em Bruxelas para a Normalização da Acessibilidade e Design for All.
In 2012, she was invited to audition on Urban Rehabilitation and Urban Renting by the Environment Commission, Regional Planning and Local Power of the Portuguese Republic Assembly. She was included in the Commission of Experts of the Forum “Think about the 21st Century Cities”, from the Peninsular Northwest Atlantic axis (Galiza and Northern Portugal). Town Councilor in Penafiel (2009-2013) and responsible for the Mobility department, urban rehabilitation and image, strategic planning and territory ordering. Over the last decade she has presented several speeches on Urban Mobility and Cities Design in Portugal, Europe and Brasil. Author of a wide range of works and publications, for instance, book publications including “(Social) Territories of Mobility” (2005) and “Cities to Wish For among City Drawings - Best Practices about Urban and Inclusive Design” (2013).
Em 2012 foi convidada para audição sobre Reabilitação Urbana e Arrendamento Urbano pela Comissão de Ambiente, Ordenamento do Território e Poder Local da Assembleia da República Portuguesa. É membro da Comissão de Peritos do Fórum “Pensar as Cidades Século XXI”, do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular (Galiza e Norte de Portugal). Foi vereadora na Câmara Municipal de Penafiel (2009-2013) e responsável pelos pelouros da mobilidade, regeneração urbana e imagem da cidade, planeamento estratégico e ordenamento do território. Na última década apresentou centenas de Palestras sob o tema Mobilidade Urbana e Desenho de Cidades em Portugal, Europa e Brasil. É autora e co-autora de um vasto conjunto de publicações das quais se destaca “Os territórios (sociais) da Mobilidade” (2005) e “Cidades de Desejo entre Desenhos de Cidades - Boas Práticas de Desenho Urbano e Design Inclusivo” (2013).