antónio vilar
É a Vida
ISBN: 978-972-788Visite-nos em livraria.vidaeconomica.pt
É a Vida
POLITICA, ECONOMIA E SOCIEDADE
É a Vida www.vidaeconomica.pt
Verdadeira e com total frontalidade, esta obra alerta para o que vai mal na nossa sociedade que se ambiciona democrática e mais justa
Crónicas de
ANTÓNIO VILAR
ANTÓNIO VILAR Nasceu no Porto em Janeiro de 1952 e, após estudos jurídicos realizados na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra – onde está a doutorar-se – abriu banca de advogado na cidade do Porto. Ainda muito jovem assumiu responsabilidades políticas relevantes em termos partidários e, também, como deputado à Assembleia da República e, mais tarde, no Ministério do Trabalho, como assessor. Entretanto leccionou em Universidades (Católica e Lusíada) e outras instituições de ensino superior e tem feito, também, conferências em vários países europeus e da América. Definindo-se a si próprio como um regionalista, presidiu durante mais de 30 anos ao “FÓRUM PORTUCALENSE, associação cívica para o desenvolvimento da Região Norte”, que fundou com ilustres personalidades nortenhas. Além desta, fundou e dirigiu dezenas de outras associações e fundações com objectivos cívicos, políticos e de solidariedade social, designadamente a Fundação Afro-Lusitana. Actualmente é Presidente do Conselho de Administração do CNI – Centro de Negócios Internacionais, e ainda responsável pelo gabinete de advogados que tem o seu nome – um gabinete onde se privilegia, como gosta de dizer, a advocacia de rosto humano -, dá aulas, escreve em vários órgãos de comunicação social, prepara o doutoramento na Universidade de Coimbra e faz conferências em Portugal e no estrangeiro.
ÍNDICE Entre mundos......................................................................................................... 17 Adiante, que se faz tarde........................................................................................ 19 Basta!...................................................................................................................... 21 O desenvolvimento económico e o Estado............................................................ 23 O retorno da escravatura........................................................................................ 25 Passos Coelho pôs em causa o regular funcionamento das instituições democráticas.. 27 Vote no Tiririca, pior do que está não fica............................................................. 29 Podemos confiar nos bancos?................................................................................. 31 O Porto e a sua região – capital da fachada atlântica da europa............................. 33 A verdade é que alguém tem de sofrer................................................................... 35 Ramalho Eanes ou a moral na política................................................................... 37 Carta aberta aos doentes pobres do meu país pobre.............................................. 39 Turismo de saúde e bem-estar – uma aposta de futuro........................................... 41 O custo da educação............................................................................................... 43 Os partidos políticos não podem ser um luxo da democracia................................ 45 As sobras de um jantar e a solidariedade que falta.................................................. 47 A revisão constitucional inconstitucional.............................................................. 49 O mês de agosto..................................................................................................... 51 Os “sachs boys”, a política e a moral...................................................................... 53 Crónica breve de um encontro fortuito................................................................. 55 Construir um novo Portugal também pela “exportação” da educação.................. 57 Jaime Neves............................................................................................................ 59 Refundar o estado ou renovar Portugal?................................................................ 61
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Dar sentido aos sacrifícios...................................................................................... 63 Salvar o estado social e ainda ganhar economicamente com isso........................... 65 As funções do Estado............................................................................................. 67 O melhor povo do mundo..................................................................................... 69 Os sinos tocam a rebate.......................................................................................... 71 O futuro é dos portugueses.................................................................................... 73 UE: entre a refundação e o princípio do fim.......................................................... 75 As “oportunidades” do costume............................................................................. 77 Quando a corrupção é lei....................................................................................... 79 Nem tudo o que luz é oiro..................................................................................... 81 No reino da austeridade despótica......................................................................... 83 Foge cão, que te fazem barão! Para onde, se me fazem conde?.............................. 85 Portugal, S.A.......................................................................................................... 87 Em defesa da liberdade da pessoa........................................................................... 89 Cri(s)e..................................................................................................................... 91 O futuro começa hoje............................................................................................ 93 Desculpem.............................................................................................................. 95 Quando a crise se agudiza...................................................................................... 97 Da utopia à fronteira da pobreza........................................................................... 99 A democracia em suspenso....................................................................................101 Como sair da crise.................................................................................................103 Crise, crime e impunidade....................................................................................105 Os novos senhores do mundo...............................................................................107 A justiça do nosso descontentamento...................................................................109 Acreditar...............................................................................................................111 Democratizar a democracia...................................................................................113 Nos cinquenta anos da amnistia internacional......................................................115 Mudar....................................................................................................................117 O poder dos não eleitos.........................................................................................119 O enigma do trabalho...........................................................................................121
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No divã do psicanalista.........................................................................................123 Abril......................................................................................................................125 A aliança de Fausto com Mefistófeles...................................................................127 Tenho medo….......................................................................................................129 No ano europeu do voluntarismo e da cidadania..................................................131 De crise em crise....................................................................................................133 À deriva.................................................................................................................135 O polvo BPN........................................................................................................137 Fazer cidade para combater a crise........................................................................139 A greve geral.........................................................................................................141 Sejamos realistas; exijamos o impossível!..............................................................143 Os partidos que temos não prestam......................................................................145 Cidadãos, políticos e corrupção............................................................................147 Portugal depois da crise.........................................................................................149 Há mais Portugal para além da crise!....................................................................151 Recordando o último embaixador da União Soviética em Portugal.....................153 E pode-se?..............................................................................................................155 Assobiar para o lado é o drama nacional...............................................................157 Com a morte na alma............................................................................................159 Uma revisão constitucional esquisita ...................................................................161 Exame… de consciência.........................................................................................163 É preciso sanear os partidos políticos....................................................................165 É preciso pôr o poder financeiro no seu lugar......................................................167 Deprimidos...........................................................................................................169 Entre famílias........................................................................................................171 Vergonha não é ser fraco, vergonha é não querer ser forte...................................173 O rating da política...............................................................................................175 Carpideiras............................................................................................................177 Solidariedade social...............................................................................................179 Portugal já não é um estado de direito?.................................................................181
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Comemorar a república........................................................................................183 A justiça a que temos direito.................................................................................185 O fim da história...................................................................................................187 Crise, medo e sociedade........................................................................................189 Ilusões ibéricas.......................................................................................................191 De mal a pior.........................................................................................................193 Faces ocultas..........................................................................................................195 Uma nova esperança.............................................................................................197 Migrações..............................................................................................................199 Os negócios da comunicação social.......................................................................201 Poupar, inovar e investir.......................................................................................203 É urgente financiar a sociedade civil.....................................................................205 Porto sentido.........................................................................................................207 Desemprego e realismo.........................................................................................209 Uma nova era........................................................................................................211 Está tudo partido...................................................................................................213 “Deita cá para fora”...............................................................................................215 Férias … para que vos quero!.................................................................................217 Democracia e mercado..........................................................................................219 A vontade popular................................................................................................221 Grandes investimentos públicos: ..........................................................................223 Apelo à lucidez......................................................................................................223 Pobreza e violência urbana....................................................................................225 Liberalismo de esquerda ou socialismo liberal......................................................227 Eleições à porta!....................................................................................................229 Enriquecimento ilícito..........................................................................................231 Angola revisitada...................................................................................................233 A crise não pode explicar tudo..............................................................................235 As cidades invisíveis .............................................................................................237 O homem e o trabalho, hoje.................................................................................239
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Justiça: uma forte preocupação do nosso tempo...................................................241 Crescer na cidade...................................................................................................243 Migrantes e barbárie..............................................................................................245 Apologia de Sócrates.............................................................................................247 Por uma portugalidade renovada..........................................................................249 Voltar “às coisas do espírito”.................................................................................251 A vida tem de mudar!............................................................................................253 Solidariedade, precisa-se........................................................................................255 Quem cabras não tem e cabritos vende, de algum lugar lhe vêm….......................257 Liberalismo totalitário..........................................................................................259 Pela defesa da democracia......................................................................................261 Crise da educação, crise do governo......................................................................263 Crise e moralização...............................................................................................265 A linha do tua somos nós.....................................................................................267 Providências cautelares..........................................................................................269 Prognósticos, só no fim.........................................................................................271 As eleições em angola e o realismo .......................................................................273 Em política............................................................................................................273 A política do gato e do rato...................................................................................275 Ilusões partidárias..................................................................................................277 Sementes de violência............................................................................................279 A restauração e o dia primeiro de dezembro de 2013...........................................281 Celebrando a vida por ocasião da “morte” de Nelson Mandela............................283 Os ricos e o natal...................................................................................................285
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Não perguntes por quem os sinos dobram, eles dobram por ti. John Donne Quando a crise não é geradora de grandes audácias, mais indicado é dar-lhe o nome de agonia. Natália Correia
À memória dos meus pais e ao João, sempre. A todos os meus Irmãos, também.
António Vilar
PRÓLOGO É comum um livro deste género – crónicas recolhidas a partir de vivências diversas do quotidiano – ter uma apresentação pedida a um amigo ou a alguém que seja uma referência na sociedade. E, por vezes, é mesmo nesse texto introdutório que está toda a valia da publicação. O livro que antecedeu este, - “Crónicas do dia-a-dia” - foi prefaciado generosamente pelo Sr. Eng. Francisco de Almeida e Sousa, um homem para a Eternidade. Vale, sobretudo, por esse texto. Porque este livro, porém, não tem qualquer prefácio, devo dar explicações aos eventuais leitores e, sobretudo, justificar-me perante mim. Não sei se haveria, desde logo, alguém que estivesse hoje disposto a sacrificar-se neste altar ao redor do qual se acumulam meros resíduos de um pensamento frágil na corrente forte deste tempo líquido que é o nosso. Receoso de ouvir um “não!” na verdade nem sequer tentei. É que, ao longo do tempo de gestação deste livro assumi e levei ao espaço público posições que, não raras vezes, até amigos não secundavam e, ao contrário, criticaram duramente mesmo, ainda que sem apresentar geralmente qualquer fundamentação – o que em nada me ajudou. Também de nada me valeu o apoio silencioso de outros que, concordando (por amizade, cortesia… sinceramente?) no seu estar quotidiano se conformavam, porém, com o contrário – e, até o proclamavam alto e bom som – na defesa dos seus estatutos e negócios… Houve exceções, porém (um abraço, Manuel Almeida dos Santos!).
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Outra razão, porventura a decisiva, para ter prescindindo de solicitar um prefácio de alguém a este livro reside na convicção, que há muito se forjou e enraizou no meu pensamento, de que a natureza humana é marcada pela luta de todos contra todos, que o homem é, afinal, o lobo do homem. Não será por acaso que a palavra final de “Os Lusíadas” é a palavra “inveja”. E depois de todo este arrazoado apenas fica, então, uma conclusão que, no fundo, nada explica: se não me perguntarem porque é que, dito o que foi dito, surge este livro, eu sei; mas se me perguntarem, eu não sei explicar.
18 de outubro de 2014
António Vilar
ENTRE MUNDOS Há sinais inegáveis de uma rutura com o passado.
As palavras que ora escrevo não serão mais do que palavras, porventura vazias, neste mundo que está virado de pernas para o ar. Escritos na água neste tempo opaco, rico em incertezas e prenhe de riscos que vem marcando uma etapa mais do trânsito da humanidade. Há sinais inegáveis, porém, de uma rutura com o passado que nos colocam perguntas fortes e para as quais não alcançamos respostas, ou apenas algumas respostas frágeis, precárias. Uma nova era marca já o nosso tempo. Não se trata de um mero tempo de mudança, mas de uma transformação radical, que vai às raízes das nossas vidas e as muda completamente. No entretanto desmembram-se continuidades que parece terem imperado no passado. Vejam-se alguns sinais. A Igreja Católica, que, quer se queira quer não, é um referencial incontornável da nossa mundividência, tem um novo Papa… ao lado de outro, dito emérito, mas que não deixa de carregar em si um certo passado que ainda é presente. Tão presente como o novo Papa Francisco, porventura o símbolo de algo novo, revolucionário mesmo. Não há, decerto, saber científico para perceber o que se passa e cada um tirará as suas ilações. Vale aqui, talvez, apenas aquela reflexão de Santo Agostinho: “Credo ut intteligam… intellego ut credam” (creio para poder entender… entendo para poder crer) – porventura um imprescindível apoio para nos situarmos neste conturbado mundo. O processo austeritário em curso – e sem fim à vista – agrava cada vez mais a nossa condição de vida, ainda que, a alguns, esteja a trazer cada vez mais riqueza e poder. Não sairemos dele, porém, seja quando for, com o mesmo modo de ser ou de estar.
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O crescimento económico é, por outro lado, a ilusão que, agora, parece despontar no céu negro entre os trovões. Mas, nada estando assegurado, cabe, mesmo assim, perguntar: crescimento para quem? Crescimento de quê? Entre a realidade e as promessas evidencia-se o desnorte que vai na vida pública em Portugal e no mundo. Na “troika”, que nos oprime, uns acham que basta de punição e apelam ao crescimento económico, enquanto outros convocam e impõem uma ainda mais dura austeridade numa dualidade de posições que mostra bem o desvario que vai na cabeça dos políticos. Por cá, neste país que apodrece em cada dia que passa, acontece um governo com dois primeiros-ministros (ou três, além de Passos e Portas … Gaspar). Em casa onde não há pão (juízo) todos ralham e todos têm razão. O início deste milénio há-de ficar na História como um tempo de mediocridade – de gente sem escrúpulos na governação pública; de ideias estúpidas e políticas experimentalistas; de falta de solidariedade e de egoísmo; de fome e de mal-estar geral; de ausência de honra e de humanismo, também. Em momentos de catástrofe é necessário projetar o pensamento para o período que se lhe há-de seguir e, daí, de novo, olhar com esperança o futuro. A isto se chama “catastrofismo esclarecido” (Jean-Pierre Dupuy, “La marque du sacré: essai sur une dénégation”, Paris, 2009), o que é algo que não tem sido objeto de devida atenção. Há que, com efeito, dizer a verdade sobre o presente sem minimizar o tamanho da catástrofe que se abateu sobre nós, mas lançar, também, pontes para o outro lado. Os livros já foram todos lidos e as teorias são todas conhecidas da generalidade dos “mestres” que governam este tempo. Só falta, agora, dar um “jeitinho” e assumir uma ideia sobre Portugal – que não é um mero gabinete em Bruxelas, Nova Iorque ou Berlim com janela para a província.
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ADIANTE, QUE SE FAZ TARDE Querem ir sem nós? Pois bem, nós seguiremos sem eles.
Enquanto os donos dos partidos políticos se digladiam, uma vez mais, decrépitos, para saber quem lava mais branco, a nossa vida continua neste vale de lágrimas a que nos levou, diz-se, a crise de 2008. Há, porém, que parar e pensar: não seremos, muitos de nós, cúmplices da crise? A vitimização não será um “desporto” nacional? Poderemos, como nação, viver algum dia sem andar com a mão estendida, mendicante, na pedincha de ajuda ou, desonesta, a gozar à custa do trabalho dos outros (colónias, União Europeia…)? Um indício de resposta foi-me trazida nestes dias mais fortemente enquanto esteve no Porto, a convite do Forum Portucalense, o Sr. Ilan Geva, um dos maiores peritos mundiais em marketing, convidado a falar sobre dois temas: “Portugal destino de excelência – TURISMO DE SAÚDE E BEM-ESTAR – QUE FAZER?” e “Porto! Uma marca para o mundo!”. Quem assistiu considerou excelente o conteúdo das informações que nos foram trazidas por esse guru norte americano e vários presentes nas conferências, de algum saber de experiência feito, concluíram que neste país se vai por um caminho errado e urge mudar de estratégia se algum dia quisermos tirar a cabeça debaixo de água. Outros não perceberam nada. Muitos responsáveis no aparelho da administração pública ou autarcas, que todos pagamos, primaram pela ausência. Também os autodesignados “notáveis”(!?) do Porto fizeram sentir com a sua ausência a soberba do seu egoísmo, da sua ignorância e do seu desprezo por tudo o que não vai no sentido dos seus interesses individuais. A comunicação social, tirando a honrosa presença da RTP1 e do jornal “Vida Económica” – cada vez mais claramente um exército de mercenários estúpidos – fez ouvidos de mercador aos eventos. Feliz o país que tais filhos… tem! 19
Pela riqueza e diversidade de conteúdo, esta obra é útil e interessante para a generalidade dos cidadãos, servindo também como referência futura para uma melhor análise e compreensão dos grandes temas da vida em sociedade. João Luis de Sousa Diretor adjunto da Vida Económica
ISBN 978-989-768-065-6
www.vidaeconomica.pt ISBN: 978-989-768-065-6 Visite-nos em livraria.vidaeconomica.pt
9 789897 680656
É a Vida
POLITICA, ECONOMIA E SOCIEDADE
É a Vida
Neste livro de António Vilar encontramos um conjunto de reflexões atentas e profundas sobre as principais tendências da nossa sociedade. Com um estilo de escrita inconfundível, caracterizado pela clareza e facilidade de leitura, o autor partilha os seus pontos de vista sobre os dilemas e desafios que se colocam em temas tão diversos como a economia, a justiça, a educação, o sistema político ou a área social.
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Verdadeira e com total frontalidade, esta obra alerta para o que vai mal na nossa sociedade que se ambiciona democrática e mais justa.
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ANTÓNIO VILAR
ANTÓNIO VILAR Nasceu no Porto em Janeiro de 1952 e, após estudos jurídicos realizados na Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra – onde está a doutorar-se – abriu banca de advogado na cidade do Porto. Ainda muito jovem assumiu responsabilidades políticas relevantes em termos partidários e, também, como deputado à Assembleia da República e, mais tarde, no Ministério do Trabalho, como assessor. Entretanto leccionou em Universidades (Católica e Lusíada) e outras instituições de ensino superior e tem feito, também, conferências em vários países europeus e da América. Definindo-se a si próprio como um regionalista, presidiu durante mais de 30 anos ao “FÓRUM PORTUCALENSE, associação cívica para o desenvolvimento da Região Norte”, que fundou com ilustres personalidades nortenhas. Além desta, fundou e dirigiu dezenas de outras associações e fundações com objectivos cívicos, políticos e de solidariedade social, designadamente a Fundação Afro-Lusitana. Actualmente é Presidente do Conselho de Administração do CNI – Centro de Negócios Internacionais, e ainda responsável pelo gabinete de advogados que tem o seu nome – um gabinete onde se privilegia, como gosta de dizer, a advocacia de rosto humano -, dá aulas, escreve em vários órgãos de comunicação social, prepara o doutoramento na Universidade de Coimbra e faz conferências em Portugal e no estrangeiro.