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independente NEWSLETTER N.º 22 • março de 2016

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- Citadin: Start-up portuguesa com as portas abertas para o mundo.........................................................2

março 2016

- Conheça 4 start-ups de verão....................................................................3

AGENDA FISCAL

- Escola de startups..........................................................................................6 - Start-ups: cinco fatores importantes a ter em conta.........................7 - Start-up Portuguesa ajuda estudantes a entrar em universidades inglesas ............................................................8 - Incubação.............................................................................................................9 - A não perder..................................................................................................... 10

EDITORIAL Lisboa é palco da Web Summit O presidente executivo do Web Summit, Paddy Cosgrave, já anunciou que o evento vai realizar-se entre 8 e 10 de novembro, em Lisboa. Este é um dos mais importantes eventos europeus de tecnologia, empreendedorismo e inovação. Lisboa era uma das duas finalistas e bateu Amesterdão na final. O evento deverá contar com 40 mil participantes, mais de duas mil empresas, mil investidores e 650 oradores das maiores tecnológicas globais. O apoio público que será dado a este evento ascende a 1,3 milhões de euros por ano, totalizando 3,9 milhões para as três edições (2016, 2017 e 2018) A última edição do evento em Dublin, no ano 2014, contou com 22 mil participantes, gerando um volume de negócios para a capital irlandesa de 100 milhões de euros. Mas, entre tantas cidades europeias, porque é que Lisboa foi escolhida para receber este evento? “Escolhemos Lisboa por causa das boas infra-estruturas, o incrível local que acolherá o evento e a crescente comunidade start-up. Estamos ansiosos por trabalhar com a comunidade empresarial de Lisboa”, destacou Paddy Cosgrave. E como disse o Dr. Paulo Portas, na última edição da Web Summit “para além da boa gastronomia ainda podem desfrutar do sol em novembro”.

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Beneficios Fiscais

Dia 10 IRS - Entrega da Declaração Mensal IVA - Entrega da Declaração Periódica € IVA - Pagamento do IVA Dia 15

IRS - Entrega da Declaração Modelo 11

Dia 21 IVA - Entrega da Declaração Recapitulativa IVA - Entrega da Declaração Recapitulativa € IS - Entrega das importâncias liquidadas Dia 28 IVA - Comunicação das faturas do mês anterior Dia 31 IRS - Entrega da Declaração de alterações IVA - Entrega pedido de restituição IVA IVA - Entrega da Declaração Modelo 1074 € IUC - Liquidação do Imposto de Único de Circulação


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CITADIN: STARTUP PORTUGUESA COM AS PORTAS ABERTAS PARA O MUNDO A Citadin Shoes coloca questões simples aos seus clientes: Praga ou Munique? Buenos Aires ou Roma? São muitas as cidades que estão nos pés dos fãs desta start-up de calçado que nasceu em Portugal, mas tem as portas abertas para o mundo. Os sapatos, que se vendem exclusivamente no site da Citadin Shoes, foram batizados com os nomes das cidades que representam os 20 modelos artesanais. Para os sonhadores foram criados os sapatos azuis “Cascais” ou os vermelhos “Mónaco”, para os charmosos os castanhos a duas cores “Buenos Aires” ou os pretos “Londres”, entre muitos outros. “Paris e Berlim são os nossos grandes best-sellers”, revela Philippe Teixeira da Mota, que ostenta uns “Casablanca” e já não usa outra marca além da que criou em conjunto com a família. O jovem empreendedor, de 28 anos, é um sonhador e sempre desejou lançar uma empresa com o irmão Thomas, de 26. “Temos o bichinho do empreendedorismo. Vivemos no estrangeiro e, lá fora, nunca encontrávamos sapatos de boa qualidade a um preço acessível”, salienta. Foi para contornar este problema pessoal que nasceu a Citadin, em abril de 2014. “O potencial mercado é o mundo, em vez de ser uma rua. As marcas tradicionais vendem no retalho, mas nós cortámos no intermediário, o que nos permite reduzir os custos”, explica Philippe.

Fonte imagem: www.citadinshoes.com

A mãe, Margarida, que não estava familiarizada com as novas tecnologias, também se aventurou nesta start-up e tem um papel fundamental, na medida em que estabelece o contacto com a fábrica no Norte de Portugal. “Sem uma pessoa no terreno seria impossível. É uma mulher muito ativa e assegura todo o controlo de qualidade”, sublinha o filho. Mas há mais família no negócio. O outro fundador da empresa é o cunhado de Philippe, Vasco Azevedo, o primeiro empregado a tempo inteiro da Citadin. “Sentimos necessidade de ter alguém que entregasse os sapatos pessoalmente. Uma vez deslocámo-nos a uma agência de publicidade na zona de Lisboa e o cliente nem queria acreditar quando tocámos à campainha porque tinha feito a encomenda há menos de uma hora”, refere Philippe. Ter um serviço personalizado e um rosto são aspetos muito importantes para a Citadin. “A principal dificuldade do digital é que as pessoas gostam de tocar e experimentar. Por vezes também receiam comprar sapatos na Internet, porque o número pode variar, mas se acontecer fazemos a troca. Temos um armazém no centro da

cidade e há clientes que nos visitam para observarem os sapatos”, explica. Tanto Philippe, que estudou empreendedorismo nos EUA, trabalhou em São Francisco e hoje gere um fundo de investimento em Londres, como o irmão Thomas, que viveu em São Paulo e atualmente é consultor em Madrid, dedicam-se à Citadin em part-time. Mas se o negócio correr bem, equacionam investir todo o tempo profissional na loja de sapatos virtual. Atualmente, a empresa acumula várias encomendas por dia e, ao contrário das expetativas, está a fazer sucesso entre os consumidores nacionais que dão valor ao “made in Portugal”. Philippe Teixeira da Mota realça que, quando lançaram a ideia, não tinham a certeza de que os portugueses estivessem dispostos a pagar cerca de 100 euros por uns sapatos, quando podiam desembolsar 30 euros por outros de menor qualidade. “Mas a verdade é que as pessoas investem em sapatos porque sabem que a indústria do calçado em Portugal é incrível. O passa-palavra é muito importante e estamos sempre atentos ao feedback, para sabermos como melhorar a marca. Esse é um dos nossos segredos, ouvir e atuar”, explica. Fonte imagem: www.montepio.pt


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Com a chegada do calor, o trabalho dos empreendedores que tentam impulsionar negócios relacionados com o ar livre ou vocacionados para o turismo aumenta de forma vertiginosa. Para muitas start-ups esta é a época alta. No verão é tempo de empreender e nos negócios ligados ao turismo as start-ups desdobram-se em esforços para vencer no mercado. Com os consumidores ávidos de novidades, a capacidade de inovar é um segredo para qualquer empresa recém-criada. Para os empreendedores que “descobrem” negócios que permitem tirar proveito do melhor que esta época tem para oferecer, este é um momento de oportunidade. É o caso de Mónica Pena Ferreira, que lançou, em junho de 2013, a Monica Lisbon Rentals, uma imobiliária que se dedica ao arrendamento turístico nos bairros históricos da capital. Os apartamentos, batizados com nomes que marcam Portugal – Fado, Guitarra, Tejo –, localizam-se na encosta do Castelo, com vista para o rio, e são muito procurados por famílias atraídas pelo charme desta zona da cidade. Na Startup Lisboa, uma incubadora de empresas onde esta jovem imobiliária tem sede, a empreendedora não tem mãos a medir com o trabalho no verão. “Lisboa está na moda e prevejo que o turismo vai continuar a expandir-se”, refere a jovem empresária.

CONHEÇA 4 START-UPS DE VERÃO

Banco de Portugal, e o Governo reforça a mensagem lembrando que “este foi o melhor ano para o turismo” no país. O recorde do setor estende-se também às dormidas e lucros da hotelaria, que no ano passado cresceram, respetivamente, 11% e 12,8%, segundo o Instituto Nacional de Estatística. Mas há mais dados que mostram a tendência do turismo nacional e a dependência do estrangeiro. O estudo “Desafios do Turismo em Portugal 2014”, da consultora PWC, indica que “desde junho de 2010 as dormidas de não residentes têm apresentado taxas de crescimento positivas face ao mês homólogo, salvo as exceções verificadas no final de 2011 e maio de 2013, com especial impacto em Lisboa, Algarve e Madeira, cuja dependência do turismo externo se situa entre os 75% em Lisboa e no Algarve, e os 90% na Madeira”.

A receita para que o seu negócio vá abrindo ainda mais portas está na ponta da língua: “Trabalhar com confiança e otimismo é essencial.”

INVESTIR NO TURISMO E NAVEGAR COM VENTO FAVORÁVEL

São muitos os empreendedores que estão a apanhar a nova onda de crescimento do turismo em Portugal. As receitas turísticas aumentaram 12% em 2014 em comparação com o ano anterior, de acordo com os mais recentes dados do

A inovação e o empreendorismo são ingredientes-chave para projetar a imagem de Portugal como um destino turístico diferenciado e atrativo. Quem o lembra é José Diogo Madeira: “O turismo é uma área crucial para o crescimento da economia

portuguesa”, realça um dos fundadores do “Jornal de Negócios” e que atualmente lidera a Ezimute, uma plataforma eletrónica que é uma fusão entre um guia turístico e um espaço de reservas on-line de tours, atrações e restaurantes. A relação entre qualidade e preço é um dos fatores que têm atraído turistas para terras portuguesas. José Diogo Madeira explica que a aposta das companhias aéreas nos voos “low cost” para Lisboa contribuiu para o crescimento do turismo e considera que faz todo o sentido investir em força neste setor. “É mais fácil aproveitar um mercado que esteja em crescimento. O turismo é muito dinâmico em Portugal. É uma área que está a crescer e no qual o país tem vantagens competitivas. Navegar com vento favorável ajuda sempre”, sublinha. Os dois empreendedores lembram os ingleses, alemães ou russos que andam de t-shirt e calções, em pleno inverno, nas ruas de Lisboa. “O clima agradável é um cartão de visita poderoso”, sublinha Mónica Pena Ferreira, defendendo que cada vez mais as pessoas marcam as estadas de acordo com as previsões meteorológicas e surgem muitas reservas de última hora, mesmo na época baixa. Fonte: www.montepio.pt


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Um dos desafios das “start-ups de verão” é superar com sucesso o obstáculo da sazonalidade, embora os empreendedores revelem que existe agora um alargamento da chamada época alta. “O verão é significado de muitos turistas, mas a ocupação elevada estende-se entre os meses de março e outubro”, salienta a criadora da Monica Lisbon Rentals. Também José Diogo Madeira, da Ezimute, afirma que não existe uma temporada baixa e alta na capital, sublinhando que este será o melhor ano turístico de sempre em Lisboa. Mas o que fazer nos dias de chuva? Mónica Pena Ferreira conhece bem a resposta: “Os portugueses procuram-nos nos períodos de inverno, o que é bom para enfrentar a época baixa. São pessoas que estão em projetos profissionais em Lisboa”, explica.

QUEM QUER FAZER UM PIQUENIQUE? Se verão é significado de bom tempo, natureza e refeições ao ar livre, então é sinónimo de piqueniques. A marca Anita Picnic, start-up que aposta em cestos e outros acessórios totalmente feitos à mão, é um exemplo de empreendedorismo que aproveita o conceito de piquenique, mas não se rende ao clima. “As pessoas têm a ideia de que o cesto de piquenique só pode usar-se no verão, mas existem imensas formas de surpreender alguém. O piquenique pode ser o que se quiser. Depende da imaginação. Já fui, por exemplo, entregar de bicicleta um cesto a casa de uns namorados”, explica a designer de moda Carla Cantante que, em conjunto com o diretor criativo Pedro Pires, se lançou no mundo dos negócios. “Há uns anos não havia ninguém nos parques e jardins, agora estão cheios. As principais alterações relacionam-se com o que está a acontecer no país e no

ST AR T UP ! mundo. As pessoas têm menos dinheiro, e quando querem fazer uma refeição fora de casa, vão para o jardim e fazem um piquenique”, acrescenta esta jovem, que tem como meta expandir o negócio internacionalmente e já conseguiu clientes na Alemanha, Grã-Bretanha e Argentina. A exportação é uma das novas tendências das start-ups que nascem em Portugal. O número de empresas recém-criadas que exporta no primeiro ano de vida aumentou de 8%, em 2007, para os 10%, em 2013, segundo o “Estudo do Empreendedorismo em Portugal: 20072014”, da consultora Informa D&B. Destas, metade do volume de negócios advém das exportações, tendo atingindo os 67%, a percentagem mais alta desde 2007. O estudo refere ainda que no quinto ano de atividade a taxa das empresas exportadoras duplica.

IDEIAS ORIGINAIS PARA VOAR MAIS ALTO A multinacional AirHelp, com sede na Polónia, lançou os dados em 2013 e apostou numa ideia à escala global: ajudar os clientes das companhias áreas a reclamarem e receberem indemnizações por causa de problemas nos voos (atrasos, cancelamentos ou overbooking), um negócio com mais lucro no verão,

quando o tráfego aéreo aumenta devido aos períodos de férias. Esta start-up, que conseguiu captar investidores em Silicon Valley, conta com uma equipa de 50 jovens americanos, polacos, dinamarqueses, finlandeses, suecos, alemães, espanhóis e italianos, espalhados por vários cantos do planeta. A empresa tem como objetivo ajudar os passageiros aéreos a fazerem valer os seus direitos. Por exemplo, se chegarem a um destino com um atraso superior a três horas, podem pedir uma indemnização de 600 euros por pessoa, o que para uma família, constituída por um casal e duas crianças, equivale a 2400 euros. Maria Tavares, 25 anos, licenciada em Economia e com um mestrado em Finanças pela Universidade Nova de Lisboa, é a country manager da AirHelp em Portugal e está agora a expandir a empresa para o Brasil. “Ser empreendedor está na moda, mas só vão sobreviver os que têm ideias e acreditam nelas. Na Startup Lisboa, onde tenho a minha base, há pessoas com elevadas qualificações que estão a lutar com todas as forças por uma oportunidade”, defende, acrescentando que “o sonho move montanhas”.

Fonte imagem: www.montepio.pt


Um conceito provocatório, que opõe visões distintas sobre temas polémicos no marketing Ao longo da obra, autores conceituados aceitaram um desafio acerca de tópicos “quentes” na área do marketing: que expusessem de forma fria e isenta as suas visões, a preto e a branco, dos temas em que trabalham.

NÃO PERCA ESTA OBRA! R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 PORTO

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O UPTEC - Parque de Ciência e Tecnologia da Universidade do Porto é a estrutura basilar de apoio à transferência de conhecimento entre a universidade e o mercado, criada para suportar a terceira missão da Universidade do Porto – a valorização económica e social do conhecimento gerado.

Promovendo a criação de empresas de base tecnológica, científica e criativa e atraindo centros de inovação de empresas nacionais e internacionais, o UPTEC contribui de forma sustentável para o crescimento da Região Norte. A sua organização por polos temáticos – Tecnologias, Indústrias Criativas, Biotecnologias e Mar − permite seguir uma estratégia de “cluster” e partilha de recursos entre “start-ups”, centros de inovação e projetos âncora, garantindo-lhes o apoio específico de que necessitam, ao mesmo tempo que as mantém inseridas numa rede alargada e transversal de parceiros nacionais e internacionais.

ESCOLA DE START-UPS Desde o início da sua atividade, em 2007, o UPTEC já apoiou o desenvolvimento de mais de 300 projetos empresariais.

NA ESCOLA DE START-UPS, AS EQUIPAS PARTICIPANTES TÊM ACESSO A:

A Escola de Start-ups do UPTEC destina-se a empreendedores com projetos de negócio de base tecnológica, científica ou criativa, que desejam criar a sua própria empresa.

▶ Workshops sobre temas essenciais para o desenvolvimento de uma empresa;

O programa da Escola de Start-ups pretende sensibilizar os novos empreendedores para os principais desafios no processo de criação e desenvolvimento de um projeto empresarial.

▶ Reuniões com empreendedores seniores da rede UPTEC;

Na Escola de Start-ups, os empreendedores têm oportunidade de trabalhar num espaço do UPTEC, fazer parte de um rede de empresas nacionais e internacionais e receber mentoria de empresários seniores e parceiros estratégicos, que apoiarão no processo de validação da ideia de negócio.

▶ Treino de apresentação pública de projetos;

▶ Sessões de acompanhamento individual com os mentores UPTEC;

▶ Eventos de networking com parceiros externos;

▶ Apresentação pública dos seus projetos. CANDIDATURAS ABREM EM MARÇO

Fonte imagem: www.montepio.pt


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STARTUPS: CINCO FATORES IMPORTANTES A TER EM CONTA SAIBA O QUE OS INVESTIGADORES (VENTURE CAPITALISTS OU BUSINESS ANGELS) BUSCAM NUMA OPORTUNIDADE DE INVESTIMENTO. Sem investidores é difícil às startups poderem crescer, tanto pela necessidade de financiamento como pela oportunidade de, supostamente, usufruir da experiência e rede de contactos dos investidores. Mas, o que é que os investidores (Venture Capitalists ou Business Angels) buscam numa oportunidade de investimento?

EQUIPA Os investidores preferem sempre investir numa equipa excelente com uma ideia ou negócio bom, do que numa equipa boa com um negócio excelente. A razão é simples, o negócio muda, o que parece excelente pode vir a ser medíocre a curto prazo e numa situação dessas vai ser a excelência da equipa que vai ditar se vai conseguir adaptar-se e reinventar a empresa. Teoricamente, uma equipa desta natureza tem capacidade tecnológica para desenvolver o produto, capacidade de marketing e vendas para o colocar no

mercado e capacidade de gestão, e em particular um CEO que consiga gerir a equipa e os investidores.

PRODUTO Os investidores não investem em produtos, investem em negócios. Os investidores procuram, dentro dos negócios, produtos ou serviços que sejam ou completamente disruptivos ou, pelo menos, que incrementalmente se diferenciem significativamente do que há no mercado. E procuram produtos que não sejam facilmente copiáveis, daí a preocupação constante com a proteção da propriedade intelectual (patentes e trade secrets).

BUSINESS MODEL Mesmo que o produto seja excelente, a forma como se retiram dividendos da sua comercialização pode fazer toda a diferença no sucesso da empresa. Vendemos o produto, ou recebemos uma renda mensal pela sua utilização? O nosso cliente é o cliente final? Ou seremos fornecedores de uma solução a quem já tem acesso aos clientes finais? A que parte da supply chain podemos acrescentar valor a quem vamos ameaçar com a nossa entrada?

MERCADO A questão da dimensão do mercado é cada vez mais determinante na avaliação de um investimento. A regra tem vindo a consolidar-se que um VC não olha para um mercado potencial de menos de 1000 milhões de USD. Ou seja, obviamente ninguém (profissional) investe em empresas com ambições que não sejam globais e em categorias que não sejam relevantes em termos de volume, ainda que um nicho dentro de uma indústria maior.

COMPETIÇÃO Muitos maus investimentos têm sido feitos e continuam a fazer-se por falta de conhecimento dos promotores e dos investidores sobre a competição existente e futura, a uma nova empresa em questão. É aqui que se torna fundamental a especialização da equipa investidora e a sua rede de contactos internacionais de forma a se poder despistar a existência de competidores relevantes. A julgar pela dinâmica das start-ups Portuguesas, em breve teremos grandes sucessos internacionais Made in Portugal.

Fonte imagem: www.saldopositivo.pt


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O PRINCIPAL OBJETIVO É SER UMA REFERÊNCIA PARA TODOS OS QUE DESEJAM ESTUDAR NO ESTRANGEIRO. A Ucademics é uma empresa digital que visa ajudar estudantes no acesso a universidades estrangeiras. O Ei apresenta-lhe este projeto que tem sede na Start-up. Foi a mais de 5 mil quilómetros da terra natal que o empreendedorismo do georgiano Vako Imnaishvili veio ao de cima. Com André Rosendo, o outro cofundador da Ucademics, que conheceu em 2004, na Califórnia, a dupla lançou a Ucademics empresa digital para ajudar estudantes no acesso a universidades estrangeiras. Em 2012, Vako veio trabalhar para Portugal a convite do amigo e, nesse momento, apercebeu-se de que as plataformas online das universidades não eram simples nem estavam bem organizadas. “Também não existiam sites onde fosse feita uma ligação entre as universidades e a avaliação das empresas”, explica o jovem empreendedor. Na primavera de 2014 nascia o portal Ucademics, uma aplicação online na qual os estudantes podem pesquisar e candidatar-se a universidades na Grã-Bretanha, com 100% de financiamento na mensalidade. “O principal objetivo é ser uma referência para todos os que desejam estudar no estrangeiro. A maioria pensa que não terá dinheiro para concretizar este objetivo, mas existem fundos do governo, bolsas de estudo e países nos quais as universidades são gratuitas. Existem caminhos que nós encontramos para os estudantes”, destaca Vako Imnaishvili.

SCHOOL START-UP PORTUGUESA AJUDA ESTUDANTES A ENTRAR EM UNIVERSIDADES INGLESAS A start-up tem agora a ambição de alargar o modelo de negócio a outras universidades do mundo. Atualmente disponível em várias línguas, o portal já ajudou estudantes de diversas nacionalidades, como portugueses, romenos, gregos, lituanos e estónios. “Pretendemos ter tantos países quanto possível como destino de estudo. Já fomos abordados por universidades portuguesas e polacas, mas não vamos abrir ainda nestes locais. Temos como objetivo ser os melhores na Grã-Bretanha e só depois se seguirão outros países”, acrescenta. Para o cofundador do portal Ucademics, estudar no estrangeiro é uma mais-valia. “Estudei na Califórnia quando tinha 16 anos e a minha vida nunca mais foi a mesma. Cada pessoa olha para o mundo com as lentes próprias que lhe foram dadas na infância e adolescência, o que influencia o modo como nos encaramos a nós próprios e aos outros. Quando vivemos no estrangeiro, colocamos umas lentes diferentes das originais, que nos permitem

encarar o mundo de diferentes perspetivas. Estudar no estrangeiro não é apenas uma vantagem competitiva para o currículo, mas uma autodescoberta”, salienta Vako. O georgiano explica que, tanto ele como o sócio, começaram do zero como empreendedores digitais. “Eu e o André tínhamos um perfil não digital e uma das maiores barreiras foi criar uma tecnológica sem qualquer background técnico”, explica. Em novembro de 2014 a Ucademics venceu o Big App Fund, promovido pela Worth Capital, como o melhor projeto de empreendedorismo em aplicações da Europa, de entre 425 empresas, de 27 países. Esta plataforma garantiu um fundo de 130 mil libras (cerca de 185 mil euros), bem como apoio de especialistas em tecnologia e marketing para divulgação e reforço da aplicação. O objetivo da Ucademics é agora continuar a crescer de “clique em clique”

Fonte imagem: www.montepio.pt


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INCUBAÇÃO FASES E OBJETIVOS O processo de incubação no UPTEC está dividido em três fases distintas: Pré-incubação, Incubação e Internacionalização. Dependendo do seu estágio de desenvolvimento, uma vez selecionada, cada nova empresa admitida poderá entrar diretamente em qualquer uma das fases deste processo. Apesar de cada caso ser avaliado individualmente, estima-se que desde o momento da sua admissão até que a empresa complete o processo de incubação decorram, em média, três anos. Este processo é o mesmo, em qualquer um dos polos do UPTEC.

PRÉ-INCUBAÇÃO Ao passar a fase de admissão, todas as ideias de negócio, que pelo seu nível de maturidade ainda não deram origem à constituição de uma empresa, serão direcionadas para a fase de pré-incubação.

Espera-se que, nesta fase, os empreendedores, com a ajuda do UPTEC, desenvolvam o seu modelo de negócio, fazendo as validações de mercado necessárias e desenvolvendo os protótipos dos seus produtos e serviços. Pretende-se assim que no final da fase de pré-incubação os empreendedores tenham uma visão clara das variáveis estratégicas associadas ao seu projeto, bem como do mercado em que este se insere, permitindo-lhes assim testar e avaliar a viabilidade da sua futura empresa.

INCUBAÇÃO A fase de incubação pressupõe que a ideia de negócio atingiu já um patamar de maturidade considerável no que diz respeito ao projeto empresarial, devendo também a mesma ter originado já a constituição legal da empresa. Espera-se que nesta fase as empresas trabalhem ativamente no processo de entrada nos mercados, através da angariação dos seus primeiros clientes, ao mesmo tempo que iterativamente continuem o processo de desenvolvimento e melhoria das suas soluções.

Para além dos serviços gerais, os incubados passam a ter, neste nível, acesso a todos os programas e serviços avançados especificamente desenhados para sustentar o crescimento das empresas instaladas no UPTEC, nomeadamente, através da parceria com a Porto Business School.

INTERNACIONALIZAÇÃO Ao atingir o último estagio do processo de incubação é esperado que a empresa alargue a sua carteira de clientes, ao mesmo tempo que inicia a expansão do seu negócio através da entrada em novos mercados e/ou através do lançamento de novos produtos/serviços. Durante a fase de internacionalização, espera-se que a empresa se torne capaz de se transferir para um espaço próprio (eventualmente, dentro do próprio UPTEC), onde possa continuar a encontrar um ambiente favorável ao desenvolvimento e crescimento contínuo e sustentável, sempre com a inovação e a transferência de tecnologia e conhecimento como pano de fundo.

Fonte imagem: www.uptec.up.pt


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A NÃO PERDER SUGESTÃO DE FORMAÇÃO

O N D E

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PASSEIOS NO MÁRMORE Nova rota turística europeia, apresentada na Fitur 2016, dá a conhecer o património, a história e a cultura ligados ao mármore.

V I A G E N S

C U L T U R A I S

Ovos de chocolate num cestinho, amêndoas na algibeira e folares à mesa? É bom mas sabe a pouco. O coelhinho da Páscoa que nos desculpe, mas nestas férias …..

S U J E S T Ã O

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L E I T U R A

COMO SOBREVIVER NA SELVA EMPRESARIAL Um Guia Prático, constitui um esforço para lhe apresentar alguns segredos e técnicas básicas para a gestão feliz e com sucesso.

FICHA TÉCNICA

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Via Verde Sabia que há centenas de lugares em Portugal para fazer check-in com a App Via Verde?

Coordenador: Rute Barreira Colaboraram neste número: Miguel Peixoto Sousa e Daniela Rôla. Paginação: Juliana Carvalho Newsletter mensal propriedade da Vida Económica – Editorial SA R. Gonçalo Cristóvão, 14, r/c • 4000-263 Porto • NIPC: 507258487 • www.vidaeconomica.pt


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