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NEWSLETTER N.73 | MAIO | 2016

DESTAQUE

INDICE

Software nacional regista a evolução do vírus Zika no Brasil

Opinião p. 3

O tempo dos fundos comunitários

Editorial p. 3 Opinião p. 4

The 7th International Conference on Systematic Innovation (ICSI)

Redes Sociais p. 6-8

FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt

Duas empresas portuguesas uniram-se para criar uma aplicação que permitirá, através da georreferenciação, mapear a proliferação do vírus Zika e do Dengue no Brasil, por exemplo. Juntando “tecnologias que já existiam de uma forma mais ágil”, o Geo4Studies é um bom exemplo de como se pode construir um produto com custos e resultados partilhados, disponibilizando ao mercado uma importante mais-valia. Resultante da parceria de duas empresas nacionais, a Teorema Sobreposto, empresa especializada em Sistemas de Informação Geográfica, e a BeanStalk, empresa com 25 anos de experiência a nível internacional em desenvolvimento de sistemas ERP para várias áreas de negócio e produção de aplicações

O Geo4Studies é já uma realidade, pronto para ser usado com qualquer tipo de questionário. Os destinatários são empresas na área dos estudos de mercado, do setor da saúde, ou qualquer tipo de empresa que necessite de recolher e tratar dados em tempo real. para dispositivos móveis (apps), o Geo4Studies é um sistema informático integrado que permite recolher dados diretamente do local, possibilitando o seu imediato tratamento analítico e estatístico. Após uma “profunda reflexão sobre o problema das epidemias e depois de alguns pareceres de especialistas da área, chegou-se à conclusão que a georreferenciação destes dados não só era importante como era fundamental”, refere Rui Sequeira. Em declarações à ‘Vida Económica’, o CEO da Teorema Sobreposto

explica que a necessidade de ter dispositivos em campo que “permitiam, em tempo real, produzir um questionário e, imediatamente, esse questionário aparecer georreferenciado veio complementar as valências das duas empresas a produzir, em conjunto, uma aplicação que responde ao desafio que se apresentava”. Hoje, o Geo4Studies é já uma realidade, pronto para ser usado com qualquer tipo de questionário. Empresas na área dos estudos de mercado, do setor da saúde, ou qualquer tipo de

• Os países que enfrentam maiores carências de competências • As marcas onde os Millennials mais querem trabalhar • As potencialidades da realidade virtual e da realidade aumentada • TWITTER – Igual igual mas diferente • A história do crescimento do iPhone poderá estar perto do fim? • O domínio da Google na Europa • Qual a posição da Tidal 12 meses após o seu lançamento? • As maiores plataformas de jogos de 2016 • A subida do Music Streaming

Notícias p. 9-10

• Vírus Zika – a história até agora • O EIT necessita de uma profunda reforma, afirma o auditor da União Europeia • Hoje é muito mais fácil o crescimento de uma “start-up” na Europa do que há seis anos atrás • “The Ocean Economy in 2030” • Construindo um mercado digital transatlântico

Financiar a Inovação p. 11 Subscreva mais newsletters


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empresa que necessite de recolher e tratar dados em tempo real, com a respetiva localização geográfica dos mesmos, são potenciais utilizadores do produto. Preenchendo o formulário, previamente parametrizado, confirmando a localização geográfica e submetendo, através da internet, a informação fica imediatamente disponível na base de dados do servidor. No caso de não existir uma ligação a dados móvel, o software guarda a informação no dispositivo e transmitirá a mesma assim que tiver acesso. Desafiado a dar um exemplo prático da utilização do software, o responsável cita o exemplo da Eletropaulo, que recorre a este sistema para controlo da interferência das árvores nos postes de distribuição de energia elétrica, na cidade de São Paulo. A tecnologia baseia-se numa aplicação para Smartphone, IOS, Android ou Microsoft, que permite preencher um questionário previamente elaborado, anexar uma ou mais fotos, vídeos e áudio e, imediatamente, transmitir essa informação para um servidor, com a respetiva localização geográfica, possibilitando o tra-

tamento desses dados em tempo real. Com presença, para já, apenas em Portugal e no Brasil, as empresas estão já em contactos com os restantes países da América do Sul e a preparar um plano de expansão para a Europa

Após uma profunda reflexão sobre o problema das epidemias e depois de alguns pareceres de especialistas da área, chegou-se à conclusão de que a georreferenciação destes dados não só era importante, como era fundamental, refere Rui Sequeira. de Leste, pois estes são países que tem muita “necessidade de softwares para gerir infraestruturas e não têm”, salienta o Rui Sequeira. Questionado acerca da recetividade do mercado a este produto, o CEO da Teorema Sobreposto assegura que esta tem sido “muito boa”, sobretudo pela “simplicidade e a facilidade da operação, pois as aplicações mais parecidas com esta que estão no mercado custam milhares de euros e são muitas vezes desenvolvidas à medida”. Já para o futuro ambas as empresas querem apostar na criação e melhoria deste tipo de aplicações que tragam “facilidade e utilidade aos consumidores”. Assim como crescer e levar Portugal o mais longe possível”. “Queremos resolver e não criar problemas”, remata o responsável.

Como é que é possível manter a sanidade mental nestes tempos difíceis? Como Sobreviver na Selva Empresarial, alguns segredos e técnicas básicas para a gestão feliz e com sucesso. Terá acesso a vários aforismos, algumas análises em profundidade e uma boa dose de comentários provocadores. Este livro é uma compilação de algumas táticas que poderá usar, não apenas para sobreviver, mas também para ter sucesso na selva empresarial. A sua intenção é divertir, entreter e educar. Contém algumas pérolas de sabedoria dirigidas a gestores e empresários de todas as cores, tamanhos e formas. Quer os que ainda só aspiram vir a sê-lo, quer os que já o são e até os que já estão cansados de o ser ou já se aposentaram. Autor: Ashok Kumar Bhatia | Pags.:160 | P.V.P.: €12

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OPINIÃO

EDITORIAL

O tempo dos fundos comunitários

Uma boa execução dos fundos comunitários é um desafio para a economia portuguesa. No contexto da atual situação económica e no meio de uma profunda crise financeira internacional, continua a ser evidente no nosso país a falta de um modelo de desenvolvimento que seja partilhado sob a forma de contrato es-

tada na melhoria das infra-estruturas do país, numa lógica não raras vezes pouco coordenada e monitorizada (veja-se a proliferação desnecessária de parques industriais e pavilhões desportivos municipais), falhas sucessivas nas ações de formação empreendidas ao longo das três intervenções levadas a efeito, resultados muito frágeis nas áreas essenciais da inovação, conhecimento e competitividade. Ou seja, passado este tempo, Portugal é um país de auto-estradas com menos coesão territorial e crescentes

tratégico entre o Estado e a sociedade civil. Os atores económicos e sociais (municípios, empresas, universidades, centros de inovação) preocupam-se unicamente com a sua sobrevivência conjuntural e com isso têm desperdiçado a oportunidade única de fazer do Portugal 2020 uma aposta sustentada para o futuro do país. Por isso, no Portugal 2020 muito tem que mudar! O Portugal 2020 foi concebido como um instrumento inovador para dar resposta às novas exigências que a competição da economia global e os novos fenómenos sociais exigem ao nosso país. O balanço de mais de 25 anos de fundos comunitários em Portugal é muito claro: aposta susten-

desigualdades sociais numa Europa em grande indefinição de identidade. O Portugal 2020 não pode ser interpretado pelos atores nacionais como mais um instrumento financeiro utilizável para dar cobertura a uma crescente falta de financiamento nos circuitos tradicionais. Em tempo de crise financeira, impõe-se, mais do que nunca, um verdadeiro “choque operacional” que conduza a mudanças claras e necessárias: desativação das atividades empresariais sem valor, aposta maciça numa formação/educação que produza quadros reconhecidos pelo mercado, fixação de investimentos e talentos nas regiões mais desfavorecidas,

FRANCISCO JAIME QUESADO

Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública

criação de um contexto competitivo moderno voltado para a criatividade das pessoas e a qualidade de vida das cidades. O QREN dispõe dos instrumentos financeiros que poderão ajudar a alavancar toda esta agenda de mudança que queremos para o nosso país. É por isso que a aposta numa “Estratégia Coletiva” para o futuro tem que ser a marca desta nova fase do Portugal 2020. Um sinal de aposta nas políticas do conhecimento, centradas em territórios inteligentes, e apostas na dinamização de verdadeiros “trabalhadores criativos”. Ideias muito simples e claras e para as quais mais não é necessário do que um pacto de “cumplicidade estratégica” e “convergência operacional” entre todos os que têm responsabilidades – atores públicos, empresas, universidades e centros de saber. O Portugal 2020 não pode ser interpretado como um mero instrumento conjuntural de resposta a uma crise estrutural, mas antes como uma aposta estrutural capaz de alterar a conjuntura no futuro. Portugal não pode perder esta oportunidade de alteração do seu paradigma de desenvolvimento estratégico através da dinamização de um novo ciclo do Portugal 2020. Em tempo de profunda crise financeira, têm que ser acionados mecanismos de rápida absorção das verbas disponíveis. Mas não a qualquer preço. Sob pena de se estar a hipotecar o futuro. O Portugal 2020 tem, duma vez por todas que se assumir como um fator estratégico de convergência positiva do país face aos novos desafios duma economia global complexa e exigente.

As empresas necessitam de alterar a sua abordagem à inovação, de uma forma mais estruturada e racional, com o objetivo de assegurar a boa utilização dos seus recursos, sejam eles humanos ou materiais, mas principalmente desenvolverem uma cada vez maior capacidade de adaptação ao contexto onde se inserem, nomeadamente estarem atentas aos novos modelos de negócio que vão surgindo, nem que sejam em áreas de negócio distintas da sua. A inovação “adaptativa” deve ser encarada como uma prioridade das organizações que se preocupam verdadeiramente com a inovação e manifestam alguma inquietude salutar dentro das suas organizações, para que os seus colaboradores possam pensar a organização e toda a sua envolvente, podendo assim pelo menos estar atentas ao que se passa no mercado. Hoje, não basta estar somente atentos à nossa concorrência direta, todos podem ser, ou vir a ser, nossos concorrentes, pois a tecnologia tem-nos mostrado como empresas entram em novos negócios que tradicionalmente não eram os seus. Na inovação adaptativa os objetivos da organização devem-se focar na manutenção de resultados de longo prazo, através da adoção de técnicas que aportem resiliência e capacidades que lhe permitam alcançar esses objetivos. Estas técnicas não garantem por si só a qualidade e a produtividade, mas permitem à empresa desenvolver fundamentalmente novos caminhos no mercado. As empresas devem começar a clarificar e em alguns casos repensar os seus modelos de negócio, tentando perceber qual o seu enquadramento atual e o futuro em função de uma análise das tendências locais e globais, pois mais rápido do que pensamos alguém está a pensar por nós e a avançar com novos modelos que podem colocar em causa o nosso, estabelecendo novos paradigmas na atuação no mercado, afastando os “mais estabelecidos” de um mercado que era seu por tradição. A tradição há muito que não é o que era, o caminho é duro, mas é o caminho que temos de percorrer para continuarmos na linha da frente se quisermos estar mesmo lá. Boa leitura Jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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OPINIÃO

The 7th International Conference on Systematic Innovation (ICSI)

A Conferência ICSI 2016 será realizada em 20-22 Julho de 2016, em Lisboa (FCT-UNL, Caparica). O evento é organizado pela Universidade Nova de Lisboa e the Society of Systematic Innovation. ICSI 2016 é a sétima edição internacional de uma série de conferências coordenadas pela the Society of Systematic Innovation (Taiwan). Esta série de conferências começou em 2010, sendo centrada em aspetos estratégicos da inovação sistemática de negócios (Strategic & Business Aspects of Systematic Business Innovation), em aspetos

mática, análise de patentes, melhoria contínua, etc. Os tópicos associados a Training, Teaching & Coaching em inovação sistemática, assim como Open Innovation & Collaboration para a Inovação Sistemática, Design Thinking para a Inovação sistemática e Criatividade em Inovação Sistemática, fizeram os avanços mais significativos nos últimos anos. Melhorias importantes e mais “radicais” em produtos / processos / organizações podem ser implementadas através da utilização dos mais recentes avanços em inovação sistemática. São esperadas contribuições em campos mais variados, tais como “Business systems, Competitive product design and innovation, Decision Analysis and Methods, e-Business and

técnicos da inovação sistemática de produtos / processos / serviços, inovação assistida por computador e outras novas ferramentas, teorias e abordagens relacionadas com a inovação sistemática ou com potencial de integração com a inovação siste-

e-Commerce, Ecological Engineering, Engineering Economy and Cost Analysis, Engineering Education and Training, Global Manufacturing and Management, Green Supply Chain, Human Factors, Information Flow, Processing and Engineering,

HELENA V. G. NAVAS Professora da Universidade Nova de Lisboa, Investigadora do UNIDEMI, Especialista em Inovação Sistemática e TRIZ

Simultaneamente com a Conferência ICSI 2016 será realizada The 6th Global Competition on Systematic Innovation (GCSI 2016). A competição de projetos de inovação compreende os seguintes tipos de projetos: • Invenção de novos produtos ou melhoria inovadora em existentes. • Invenção de novos processos ou melhoria inovadora em existentes. • Modelos inovadores de serviços ou processos. • Outros.

Intelligent Systems, Inventory Optimization, Knowledge Management, Lean Management, Logistics Management, Manufacturing Systems & Strategy, Organization Management, Production Planning and Control, Project Management, Quality management and Six Sigma, Queue Optimization, Reliability and Maintenance Engineering, Safety, Security and Risk Management, Service Innovation and Management, Supply Chain Management, Systems Modeling and Simulation, Technology and Knowledge Management”. Autores dos artigos selecionados serão convidados a apresentar uma versão ampliada do trabalho completo para publicação no “International Journal of Systematic Innovation” ou na edição especial do “Journal of Intelligent Manufacturing” (JIM). Simultaneamente com a Conferência ICSI 2016 será realizada “The 6th Global Competition on Systematic Innovation (GCSI

2016”). A competição de projetos de inovação compreende os seguintes tipos de projetos: • Invenção de novos produtos ou melhoria inovadora em existentes; • Invenção de novos processos ou melhoria inovadora em existentes; • Modelos inovadores de serviços ou processos; • Outros. É esperada a participação das equipas proponentes de projetos para a competição provenientes de variadíssimas atividades. O júri do concurso de projetos de inovação será constituído por peritos internacionais em áreas relacionadas com a inovação sistemática. Os prémios serão atribuídos com base na qualidade das inovações. Os melhores projetos de inovação serão premiados com medalhas de ouro, medalhas de prata, medalhas de bronze e menções honrosas.


OU INOVA OU MORRE.

Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva, nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. Aposte na massa cinzenta da sua empresa, antes que ela morra. Afinal, mais do que um caminho para o crescimento, a inovação é uma questão de sobrevivência.

inovação em acção

Estratégias de inovação realistas e exequíveis Abordagem sistemática para a resolução de problemas Metodologias inovadoras comprovadas Excelência nos processos Formação e Certificação em Inovação Empresarial e Six Sigma www.accelper.com


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REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA

Os países que enfrentam maiores carências de competências

Como a rápida globalização e as mudanças tecnológicas que moldaram o mercado de trabalho no mundo, a escassez de competências tornaram-se um problema crescente para os empregadores. A escala do problema varia enormemente entre países e é mais

As marcas onde os Millennials mais querem trabalhar Segundo uma pesquisa desenvolvida pela YouGov, a maioria dos jovens de hoje, querem trabalhar nas empresas Web e nas de tecnologia. Este ranking revela que a Google continua a constituir a empresa mais atrativa, seguida pela Amazon e pela Netflix. Neste ranking convém destacar três empresas que não são do

setor tecnológico nem da web e estão no Top-10, são elas a Nike, a Disneyland/ Disney Worls e a Johnson & Johnson.

pronunciado na Ásia. De acordo com um relatório da OCDE que utilizou dados do Manpower Talent Shortage Survey, 81 por cento das empresas no Japão (com 10 ou mais empregados) têm dificuldade em encontrar empregados qualificados.

As potencialidades da realidade virtual e da realidade aumentada Enquanto muitos consideram a realidade virtual e a realidade aumentada a próxima grande coisa, constitui ainda um elevado grau de incerteza sobre o que ambas as tecnologias podem e onde vão ser realmente utilizadas. De acordo com a Goldman Sachs, que preveem que a indústria alcance um valor de 80 biliões de usd/ano (sof-

tware 35 e hardware 45) em 2025, o potencial destas tecnologias será extremamente diversificada. Os investigadores da Goldman Sachs acham que ver jogos de vídeo será o caso de uso mais promissor da indústria com eventos ao vivo e entretenimento de vídeo. O potencial das novas tecnologias estende-se muito além do espaço

do consumidor, embora, de acordo com estimativas da Goldman Sachs, quase metade da receita da indústria seja gerada nas empre-

sas e no sector público, como cuidados de saúde e de engenharia, sendo estas as áreas mais promissoras da sua utilização.


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REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA

Igual igual mas diferente Ao longo dos seus dez anos da sua vida útil, o Twitter tem sido comparado ao Facebook inúmeras vezes. Nos primeiros anos, este foi lisonjeiro para o Twitter, porque as pessoas diziam que tornaria o próximo Facebook e poderia um dia ultrapassá-lo. Mais recentemente, porém, ambas as empresas tomaram caminhos muito diferentes. Enquanto o Facebook continua a crescer em utilizadores, vendas e lucro, o

Twitter luta em muitas frentes. A rede de microblogging tem tudo, mas parou de crescer e ainda tem que encontrar uma maneira de se transformar num negócio rentável

A história do crescimento do iPhone poderá estar perto do fim?

A questão que permanece é quão significativa será na realidade a queda nas vendas. Os analistas estão à espera que as vendas do iPhone atinjam as cerca de 51 milhões de unidades, o que será um declínio de 17 por cento em relação ao 1º trimestre de 2015. Olhando para o ano civil completo de 2016, um analista da Apple, Ming-Chi Kuo, da KGI Securities, antecipa um declínio de dimensões semelhantes. Ele espera que a Apple venda entre 190 e 205 milhões de iPhones este ano, o que se traduziria num decréscimo entre 12 e 18 por cento.

O domínio da Google na Europa A Comissão Europeia apresentou oficialmente uma queixa antitrust contra a Google. A empresa é acusada por abuso de posição dominante do Android no mercado de smartphones para reforçar

a sua posição em outras áreas, como pesquisa na web, navegação e aplicativos móveis. A Google supostamente violou as regras da UE de defesa da concorrência, exigindo que os fabri-

cantes de dispositivos móveis pré-instalem o Google Search e o navegador Chrome da sua empresa como condição para licenciar determinadas aplicações proprietárias da Google oferecendo incentivos financei-

ros para os fabricantes que pré-instalem em exclusivo o Google Search nos seus dispositivos. O gráfico abaixo ilustra a posição dominante da Google em diferentes áreas nos maiores mercados da União Europeia


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REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA

Qual a posição da Tidal 12 meses após o seu lançamento?

Há um ano atrás, Jay Z reuniu alguns dos artistas musicais mais famosos do mundo em Nova Iorque para anunciar o relançamento da Tidal, o serviço de streaming de música que ele tinha adquirido algumas semanas antes. O Tidal é apoiado por pesos pesados da indústria, tais como Madonna, Kanye West, Coldplay e Beyoncé, e tem um forte desejo de “restabelecer o valor da música” e “mudar o curso da história da música”. Até ao início deste ano, a Tidal ainda não tinha feito qualquer tipo de ondas, mas, em janeiro, Rihanna estreou o seu novo álbum “Anti” exclusivamente na Tidal – ainda que com um sucesso limitado (o álbum foi equivocadamente lançado, retirado e reconstituído em questão de horas). No entanto, foi Kanye West,

que realmente deu ao Tidal um impulso muito aguardado nas assinaturas. Jay Z lançou o seu álbum “A Vida de Pablo” exclusivamente no Tidal e fez questão em afirmar que não iria estar disponível em mais nenhuma plataforma. Sem dúvida, convenceu muitos fãs para se inscreverem no Tidal (o álbum foi transmitido 250 milhões de vezes nos seus primeiros dez dias), mas ainda não está claro quantos destes utilizadores se manterão fiéis ao serviço após o período de teste gratuito ter expirado.

A subida do Music Streaming O ano de 2015 foi um grande ano para o streaming de música nos Estados Unidos. O lançamento de novos serviços, tais como a Apple Music e o Tidal, aceleraram ainda mais o crescimento aparentemente irrefreável do streaming de música. De acordo com o relatório de final de ano, a Recording Industry Association of America, o número de assinaturas de streaming pagos

cresceu de 7.7 para 10.8 milhões no ano passado e, pela primeira vez, as receitas do streaming representaram a maior fatia do total da indústria da música.

As maiores plataformas de jogos de 2016 Para uma plataforma de jogos ser bem-sucedida, é absolutamente crucial ser apoiada pela comunidade de desenvolvimento. Afinal, para que serve o melhor hardware se os melhores jogos não estão disponíveis para essas plataformas? Uma pesquisa realizada pelos organizadores da Game Developers Conference desta semana, apresenta uma luz na qual os criadores de plataformas estão atualmente a apoiar e quais os que estão recebendo o tratamento de segunda categoria. Sem surpresa, o PC continua a estar na vanguarda no que diz respeito ao suporte ao criador de jogos. 52 por cento dos inquiridos estão a trabalhar atualmente num jogo que será lançado em PC. Entretanto, os dispositivos

móveis estabeleceram-se como uma plataforma de jogos viáveis. Os Smartphones são particularmente atraentes para os criadores de jogos devido ao enorme público que pode, potencialmente, ser alcançado. A realidade virtual está emergindo rapidamente como uma plataforma de jogos do futuro e duplicou o seu nível de suporte ao criador de jogos relativamente ao ano passado.


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NOTÍCIAS | ARTIGOS

Vírus Zika – a história até agora Desde finais de 2015, o mundo foi acompanhando de perto o vírus Zika e sua rápida disseminação pelas Américas. Leia a mais recente atualização sobre esta epi-

demia, da autoria de Becky Norman, que nos fornece dados mais atuais sobre a Zika e entrevistas a Jimmy Whitworth, professor de Saúde Pública Internacional na

London School of Hygiene & Tropical Medicine, sobre a pesquisa

com um grau de prioridade elevada sobre esta doença

O European Institute of Innovation and Technology necessita de uma profunda reforma, afirma o auditor da União Europeia AUTORES:FLORIN ZUBASCU AND ÉANNA KELLY,PUBLICADO NA SCIENCE|BUSINESS

legislativos e operacionais significativos”, de acordo com um relatório crítico publicado pelo Tribunal de Contas Europeu (TCE). O Tribunal considera várias deficiências na estrutura do EIT e diz que a sua base jurídica deve ser alterada, assim como a alteração na sua abordagem para criar mais impacto na sociedade. A auditoria, realizada entre dezembro de 2014 e junho de 2015, cobre as atividades do EIT entre 2010 e 2014.

Um relatório do Tribunal de Contas Europeu identifica várias deficiências no quadro operacional complexo da EIT e na sua gestão que têm “impedido a sua eficácia global” O Instituto Europeu de Inovação e Tecnologia (EIT) não se pode tornar uma ferramenta eficaz para a disseminação da inovação na UE, sem “ajustamentos

Hoje é muito mais fácil o crescimento de uma “start-up” na Europa do que há seis anos atrás Autor: Éanna Kelly, Publicado na Science|Business O ecossistema foi melhorado, mas a dedicação, o empenho e o trabalho árduo continuarão a ser a chave para o sucesso, diz o empresário croata Ivo Spigel, que entrevistou 28 dos empresários mais bem-sucedidos da Europa para o seu livro “The Start-up European Revolution”. O que é a “Start-up Revolution Europeia” que se refere no seu título? IS – O título refere-se à mudança radical a que assistimos na tecnologia e no tipo de “start-ups” europeias ao longo dos últimos seis anos. O ecossistema tem avançado muito e cada vez mais as nossas empresas estão a ser globalmente bem sucedidas.

Entrevistou fundadores de empresas, incluindo a Mendeley, Supercell, TransferWise, SoundCloud, Dailymotion, Prezi, Last.fm - o que acha que todas estas empresas têm em comum?

IS – Bem... todas elas são europeias! Fora isso, uma coisa revelada no livro é que elas têm estratégias, trajetórias e histórias bem diferentes. Algumas estão sedeadas nos grandes centros, outras em pequenas cidades, como Edimburgo, Zagreb e Liubliana. Alguns deles viram a necessidade de abrir um escritório em Silicon Valley ou noutro lugar nos EUA, mas a maioria ainda são em grande parte baseadas na Europa. A única coisa que é definitivamente comum a todos é uma enorme quantidade de grandededicação, empenho e trabalho duro necessário para ter sucesso. Aceda à entrevista completa aqui:


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NOTÍCIAS | ARTIGOS

AGENDA DE EVENTOS JUNHO 2016

“The Ocean Economy in 2030”

International Conference on Innovative Teaching and Technology in Higher Education

Este relatório explora as prespetivas de crescimento para a economia ligada aos oceanos, a sua capacidade na criação de postos de trabalho e para a inovação, assim como o seu papel na criação de desafios globais. Especial atenção deste relatório é dedicada às indústrias emergentes baseadas na economia dos oceanos. Aceda ao relatório aqui:

Istanbul, Turkey

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Annual Ticketing Innovations summit Barcelona, Spain

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XV INTERNATIONAL SYMPOSIUM SYMORG 2016 “Reshaping the Future through Sustainable Business Development and Entrepreneurship”

Construindo um mercado digital transatlântico O The Lisbon Council acolheu o lançamento global do relatório “Building a Transatlantic Digital Marketplace: Twenty Steps to 2020”, um estudo contundente produzido por uma task-force do Conselho do Atlântico liderado por Carl Bildt, ex-primeiro-ministro sueco e presidente da Comissão Global sobre Governança da Internet, e William E. Kennard, ex-embaixador dos EUA para a UE. Lançado na presença de Co-Chair Bildt, o estudo analisa o estado das relações transatlânticas digitais e faz 20 recomendações para melhorá-las. Paul Hofheinz, presidente do Lisbon Council, participou como um dos membros da task-force que produziu este estudo.

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Zlatibor, Serbia

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Innovation in Medicine and Healthcare Systems Puerto de le Cruz, Spain

Building a Transatlantic Digital Marketplace: Twenty Steps Toward 2020

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3rd International Conference on Project Evaluation Guimaraes, Portugal

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Innovation Exchange: Chemical & FMCG Berlin, Germany Report of the Atlantic Council Task Force on Advancing a Transatlantic Digital Agenda Co-Chairs:

H.E. Carl Bildt The Hon. William E. Kennard

Project Director: Frances G. Burwell Rapporteur: Tyson Barker

Veja aqui

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International Conference on Knowledge, Innovation and Enterprise Berlin, Germany Divulgue os seus eventos relacionados com Inovação e empreendedorismo Contacte-nos!


O regime jurídico da formação profissional 6 junho

Porto

9h30-13h00 | 14h30-18h00

Conteúdos programáticos: 1. O regime da formação profissional no Código de Trabalho Conhecer os direitos dos trabalhadores relativamente à formação profissional e os deveres do empregador, bem como a forma de fiscalizar esta obrigatoriedade, de acordo com a obrigação que decorre do Código de Trabalho de dar 35 horas de formação profissional anual a cada trabalhador, sendo que os trabalhadores com um contrato superior a 3 meses já beneficiam desta prerrogativa.

2. Direito a 35 horas de formação anuais ou ao período proporcional no caso de contratos superiores a 3 meses 3. O dever do trabalhador participar nas ações de formação profissional de modo diligente 4. A elaboração do plano anual de formação 5. O estatuto do trabalhador estudante e a equivalência dos períodos atribuídos ao abrigo deste estatuto a formação profissional 6. A concessão do crédito e a sua prescrição 7. Direitos do trabalhador em virtude do incumprimento deste direito 8. O direito à formação profissional

Preços: Público em Geral: € 120 + IVA Assinantes: € 90 + IVA

9. Escolha do curso de formação 10. O anexo C do Relatório Social da Empresa e as consequências da violação deste direito 11. Processo de contra-ordenação, suas consequências e garantias de defesa

Formadora: Dra: Filipa Magalhães Assistente convidada no Departamento de Ciências Sociais, Políticas e do Território da Universidade de Aveiro. Mestre em ciências jurídico-políticas pela Faculdade de Direito da Universidade de Coimbra, na qual se encontra presentemente a frequentar o Doutoramento. Paralelamente à docência, exerce advocacia na área do Direito do Trabalho e Direito Administrativo, áreas em que é formadora, tendo, neste domínio, colaborado com várias entidades, públicas e privadas, nomeadamente com a Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, para a qual elaborou os Manuais de Direito do Trabalho, com o Centro de Estudos e Formação Autárquica (CEFA), com a Unave (Unidade de Formação da Universidade de Aveiro) e com a Associação Nacional das Freguesias (ANAFRE) para a qual elaborou o manual de gestão de recursos humanos.

12. Da defesa do empregador em face do incumprimento deste dever perante o ACT e perante o trabalhador

Organização:

Informações/Inscrições Patrícia Flores (Dep. Formação) Vida Económica - Editorial SA. Rua Gonçalo Cristóvão, 14 R/C – 4000-263 Porto Tlf: 223 399 437/00 | Fax: 222 058 098 Email: patriciaflores@vidaeconomica.pt


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FINANCIAR A INOVAÇÃO

INOVAÇÃO De há uns anos a esta parte atravessam-se momentos de grande turbulência inovadora, que afeta de forma indelével os centros nevrálgicos da sociedade em que se vive. Os desafios da globalização dos mercados, da competitividade, do ambiente, do emprego das novas tecnologias da informação e da comunicação estão a alterar profundamente a matriz industrial. Na economia global as empresas necessitam de se adaptar, de maneira sistemática e contínua, a mercados muitos dinâmicos e com uma rotação de bens e serviços cada vez mais intensa. A vaga de mutações inovadoras atinge de uma forma profunda e irreversível os centros nervosos das empresas, das administrações e das organizações em geral. A lógica da competitividade exige das empresas inovação e flexibilidade externa e

interna, capacitando-as, nomeadamente, para reagir a tempo às flutuações das encomendas, fazer face, por via da inovação, ao encurtamento do ciclo de vida dos bens e serviços, conceber e desenvolver sistemas de produção flexíveis, ajustar novas formas de organização do trabalho. Todavia, a flexibilidade interna apela a uma poliítica sistemática de formaçao permanente, de gestão antecipada das competências, de prioridade absoluta à mobilidade interna.

Novos perfis profissionais exigem competências predominantemente da matriz comportamental: capacidades de iniciativa, de tomada de decisão, de trabalho em grupo, de liderança, de comunicação verbal, oral e visual. As auto-estradas da informação deixaram de ser uma ficção, em que na economia do saber, os sistemas de educação e formação estão em permanente confronto com novos e enormes desafios. Entre eles inclui-se, nomeadamente, o de dar resposta à necessidade de aprender ao longo da vida, permitindo renovar de uma forma sistemática o stock de conhecimentos, bem como, e quebrando a velha assserção: um tempo para para estudar, um tempo para trabalhar e um tempo para a reforma. Luís Archer – Consultor luismariaarcher@iol.pt

Triz Simplificado Nuevas aplicaciones de resolución de problemas para ingeniería y fabricación

Autores: Ellen Domb, KaleviRantanen ISBN: 978-84-8408-576-8 Páginas:292 | Preço: 28 euros (IVA incluido)* Formato: 170x240mm | Encadernação: Capa dura (*) O preço inclui despesas de envio para Portugal continental e ilhas

Índice de Capítulos: 1. ¿Por qué buscar nuevas maneras de solucionar problemas? 2. La construcción de un nuevo modelo de resolución : del problema al resultado final ideal. 3. El compromiso tras el problema. 4. Del compromiso a la contradicción inherente. 5. Búsqueda de recursos invisibles. 6. Lo imposible a menudo es posible: cómo incrementar la idealidad del sistema. 7. Cómo separar el grano de la paja: una herramienta sencilla y eficaz para la evaluación de soluciones. 8. El enriquecimiento del modelo de resolución de problemas. 9. Patrones: poderosas herramientas para el desarrollo del sistema. 10. Los principios de innovación: 40 maneras de dar con la solución correcta. 11. Evaluación del modelo de resolución de problemas. 12. Cómo mejorar el negocio con TRIZ. 13. Usar TRIZ con la Teoría de las Limitaciones. 14. Usar TRIZ con Seis Sigma y otros sistemas de mejora de la calidad. 15. Síntesis de la resolución creativa de problemas. 16. Manos a la obra.

Accelper Consulting Iberia,Ldª info@accelperiberia.com www.accelperiberia.com

FICHA TÉCNICA:

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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Helena Navas, Jaime Quesado, Luís Archer Tradução: Sofia Guedes Paginação: Flávia Leitão | Vida Económica Contacto: jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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