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NEWSLETTER N.74 | JUNHO | 2016

DESTAQUE

INDICE

Programa Startup Portugal apresentado no Porto

Opinião p. 4 The Phoenix Principle: o surto do Facebook, o deslize da Apple e a estagnação da Chipotle – tem tudo a ver com o crescimento

Editorial p. 6 Opinião p. 6 A urgência do Investimento

Opinião p. 7 TRIZ e LEAN na gestão das atividades metrológicas na saúde

Redes Sociais p. 9-10

“Fazer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente startup” é o objetivo anunciado da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo, apresentada na passada semana pelo Primeiro-Ministro, no Porto. Numa sessão em que também esteve presente o ministro da Economia, Manuel Caldeira Cabral, e o presidente da Câmara Municipal do Porto, Rui Moreira, António Costa explicou que, mais do que fomentar o espírito empreendedor, o que se pretende é apoiar quem já é empreendedor, assegurar a longevidade das empresas e aumentar o seu impacto na criação de emprego e valor económico. FERNANDA SILVA TEIXEIRA fernandateixeira@vidaeconomica.pt

O

antigo Matadouro da cidade do Porto foi o palco escolhido para a apresentação do programa Startup Portugal, que será a base da Estratégia Nacional para o Empreendedorismo. Presente no evento, o Primeiro-Ministro anunciou que o objetivo princi-

pal deste projeto passa por “fazer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente startup”. Citando o exemplo da iniciativa Startup Lisboa, lançada durante o seu mandato à frente da Câmara Municipal de Lisboa, António Costa adiantou que a estratégia agora apresentada visa “fazer à

escala nacional o que cada município fez no seu próprio território. Este é um trabalho que temos que fazer em conjunto”. Perante uma plateia recheada de jovens empreendedores, o Primeiro-Ministro salientou ainda que “Portugal é um dos melhores países para se viver” e pode ser o “mais atrativo e amigo do empreendedorismo”. Procurando conquistar novos empreendedores e investidores, Costa afirmou acreditar que Portugal pode ser “o país da Europa mais acolhedor” para a nova economia criada pela indústria 4.0, não só pelas medidas do programa agora apresentado, mas porque “nesta economia o fundamental é o talento e a capacidade de o criar, fixar e atrair”. “Gerámos a geração mais qualificada de portugueses” e “não nos

• O Top 10 das empresas dos EUA em recursos financeiros • As maiores empresas de “media” do mundo • Mercado global de PC está a encolher • Quais as redes sociais em que os anunciantes podem mais acreditar? • Japão tem atualmente mais estações de recarga elétrica do que bombas de gasolina • Rádio ainda manda na “estrada” • As ambições da Google na nuvem

Notícias p. 11-12 • Atualização dos dados estatísticos de I&D • Diretrizes para recolha e divulgação de dados sobre a investigação e o desenvolvimento experimental • Será que as novas tecnologias trazem um forte crescimento económico com oportunidades para todos? • Os artigos científicos devem estar em livre acesso até 2020

Financiar a Inovação p. 13 Subscreva mais newsletters


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podemos dar ao luxo de desperdiçar essa geração”, destacou o governante, acrescentando que Portugal tem “qualidades fantásticas para criar empresas”. Rui Moreira defende ser imperioso “potenciar ainda mais o empreendedorismo”

Explicando que o Startup Portugal integra não só a estratégia de inovação do Governo, mas tam-

O objetivo principal deste projeto passa por fazer de Portugal o país europeu mais acolhedor e mais amigo do empreendedorismo e um país que seja verdadeiramente startup bém uma “estratégia económica centrada em criar valor, pelo conhecimento, pela valorização do

Caldeira Cabral, defendeu que o “crescimento económico cada vez depende mais destas em-

talento das pessoas e pela atração de talento para Portugal”, o ministro da Economia, Manuel

presas. Não pelas startups que ficam startups a vida toda, mas por aquelas que pela sua ousa-

Conheça as 15 medidas do programa Startup Portugal Assente em três pilares – “financiamento, ecossistema e internacionalização” –, o programa Startup Portugal – Estratégia Nacional para o Empreendedorismo inclui 15 medidas para a área do empreendedorismo, com o objetivo de que “cada boa ideia que surja se possa tornar numa boa empresa no futuro”, explicou o Primeiro-Ministro.

FINANCIAMENTO

Promoção do “equity crowdfunding” e do peer-to-peer O Governo quer promover a utilização destes dois meios de financiamento de startups. No “equity crowdfunding” é possível investir

dia se fazem grandes”. Assegurando que o Governo tudo fará para apoiar as startups nacionais, “de uma forma integrada, nas várias fases a sua vida, para as apoiar a crescer, a serem parte do futuro de Portugal”, Caldeira Cabral admitiu, ainda assim, que criar uma empresa “não é fácil, mas aqui estamos num ecossistema que se está a reforçar, que tem muito para avançar, que já tem muitas empresas válidas e que já fizeram o seu caminho”, sustentou. Por sua vez, o Presidente da Câmara Municipal do Porto, e anfitrião do evento, abriu a sessão com a apresentação do projeto da autarquia para o antigo matadouro municipal, na freguesia de Campanhã. No seu discurso, Rui Moreira sublinhou ser “fundamental que se continue a alimentar o ecossistema empreendedor”, e para isso é imperioso que políticas como o “Startup Portugal nasçam e ajudem a potenciar ainda mais o empreendedorismo, para que o número de empresas assentes em inovação não pare de crescer, porque só assim garantiremos ainda mais startups que por sua vez algumas virão a ser ‘scaleups’ e no conjunto ajudem a tornar a nossa economia mais pujante e, por consequência, a gerar mais emprego, essencial para o nosso desenvolvimento”.

um montante a troco de uma participação na empresa. No caso do “peer-to-peer” os cidadãos podem emprestar dinheiro a indivíduos ou empresas de forma online. Exemplos deste tipo de plataformas são a luso-britânica Seedrs e a “Lending Club”. Fundo de co-investimento para “business angels” O ministro da Economia já tinha revelado que iriam ser disponibilizadas linhas de apoio no montante global de 60 milhões de euros para “business angels”. Sabe-se agora que estas serão linhas de coinvestimento e que os formulários para que estes investidores possam candidatar-se estarão disponíveis em breve.


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Fundo de coinvestimento para capitais de risco Tal como no caso dos “business angels”, Caldeira Cabral já tinha anunciado linhas de apoio a fundos de capital de risco. Neste caso, vão ficar disponíveis 400 milhões de euros. O objetivo será, sobretudo, atrair fundos internacionais com conhecimento especializado nas áreas de investimento. A Portugal Ventures e a PME Investimento serão as instituições encarregadas de selecionar os fundos que podem ser elegíveis.

Vales de incubação e aceleração Os destinatários são as empresas que podem candidatar-se a uma incubadora e custear a sua presença. Irão, contudo, ser estabelecidos alguns limites nas incubadoras.

Call For Entrepreneurship da Portugal Ventures A Portugal Ventures, sociedade pública de capital de risco, vai manter os seus programas de apoio a startups, chamados de “Call For Entrepreneurship”. Porém, e dada a criação dos instrumentos de apoio anteriores, este organismo deverá passar a ter critérios um pouco mais rigorosos na hora do investimento e atuar em áreas que os privados não vão chegar.

ECOSSISTEMA

Programa Semente Já incluído no programa de Governo, o Programa Semente visa dar benefícios fiscais às pessoas que investem em startups numa fase inicial. Contudo, esta medida não deverá entrar em vigor no imediato.

Rede Nacional de Incubadoras O Governo quer lançar uma rede nacional de incubadoras. O objetivo passa por organizar este tipo de entidades e promover, se isso se justificar, a partilha de recursos.

Programa Momentum À semelhança do que acontece com a iniciativa da Startup Lisboa, esta medida irá permitir a um licenciado, que tenha beneficiado de uma bolsa de ação social, criar a sua empresa. Para isso, ser-lhe-á facilitada residência, espaço de incubação e uma verba mensal para fazer face às despesas pessoais. Esta iniciativa funcionará em articulação com a rede nacional de incubadoras e com as universidades.

Startup Voucher Esta medida destinar-se-á a jovens universitários que estejam a terminar os cursos, ou já licenciados, e visa que estes tenham uma verba mensal, durante alguns meses, para que possam desenvolver o seu projeto.

Rede Nacional de Fab Labs Outro dos objetivos do executivo de António Costa passa também por criar uma rede nacional de Fab Labs. Zona Franca Tecnológica Prevê-se a criação de legislação e regulamentação que atraia setores inovadores. O objetivo, explica João Vasconcelos, secretário de Estado da Indústria, é atrair startups internacionais “na sua fase mais embrionária, quando estão a ser desenvolvidos e antes de serem projetos empresariais. Assim, quando estes se tornarem numa empresa, poderão ficar em Portugal”. Programa Simplex No âmbito do programa Simplex, que visa modernizar a administração pública, o Governo quer incluir medidas que simplifiquem a forma como as empresas se relacionam com o Estado.

INTERNACIONALIZAÇÃO

Aceleradora de referência europeia António Costa assumiu o desafio de criar uma aceleradora portuguesa de referência europeia cuja missão passará por promover no estrangeiro as aceleradoras nacionais e captar startups ou projetos internacionais para serem acelerados nas estruturas portuguesas existentes. Na prática será criada uma marca que “fala a uma só voz” quando vai ao estrangeiro promover estes organismos.

Potenciar o Web Summit O Governo quer potenciar a presença da Web Summit em Lisboa, que se realizará entre 8 e 10 de Novembro. Para isso, vão ser apresentadas várias iniciativas para que o evento não se resuma aos três dias em que decorre. Promover presença das startups portuguesas nos maiores eventos tecnológicos do mundo Garantir a presença das startups nacionais nos grandes eventos tecnológicos nacionais é outro dos objetivos do programa. As empresas portuguesas já são uma presença assídua nestes eventos, contudo a sua participação é individual, dado que ainda não existe uma organização partilhada de âmbito nacional.


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The Phoenix Principle1: o surto do Facebook, o deslize da Apple e a estagnação da Chipotle – tem tudo a ver com o crescimento ADAM HARTUNG Managing Partner, Spark Partners www.adamhartung.com

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crescimento corrige uma série de pecados. Se as receitas crescerem suficientemente (não sendo preciso apresentar lucros, como a Amazon provou), os investidores irão ignorar várias situações. Com um crescimento das receitas suficientemente alto, as empresas podem oferecer aos seus colaboradores refeições grátis e massagens, ao passo que os seus executivos e administração poderão viajar em jatos privados e construir edifícios colossais, como prova de força da marca, ou patrocinar edifícios públicos com o nome da empresa também entra neste processo, tal como o aumento de orçamentos de I&D. Até mesmo falhanços no lançamento de produtos, aquisições que não olham a custos e a atribuição de bónus bastante consideráveis. Tudo é permitido, desde que as receitas cresçam o suficiente. Basta olhar para o exemplo do Facebook. Hoje, o Facebook anunciou que, para o trimestre que acabou em Março de 2016, as receitas cresceram para 5,4 mil milhões de dólares, de “apenas” 3,5 mil milhões do período homólogo em 2015, sendo que o resultado líquido também cresceu, triplicando de 500 milhões de dólares em 2105 para 1,5 mil milhões de dólares em 2016. Basicamente, o Facebook gera 82% desta receita com apenas um produto: “mobile ads”. Nos últimos anos, a empresa pagou ainda prémios enormes para com-

prar o WhatsApp e o Instagram, mas quem quer saber quando as receitas crescem assim tão rápido? Antecipando boas notícias, as ações do Facebook estavam a crescer ligeiramente, até que

1 - Create Marketplace Disruption, publicado pela FT Press

estas notícias saíram. Após o anúncio, os “after-hours traders” levaram o preço das ações até um novo recorde: $118/ação. Este preço traduz-se num “price/earnings” múltiplo de 84. Com um crescimento destes,

a gestão de topo do Facebook pode fazer o que bem entender. Contudo, quando as receitas caírem, tudo se transforma numa verdadeira “poop puddle”. Começaram a surgir rumores que a Apple iria anunciar que as suas vendas estavam a decrescer. As ações dificilmente faziam lucro, apesar das descidas no início de 2016. Por isso, na quinta-feira, quando o CEO anunciou que as vendas tinham descido 13% face ao ano anterior, o valor da ação quebrou “after-hours”, abrindo na manhã seguinte a registar uma descida de 10%. Quebrar uma série de 51 trimestres seguidos com crescimento de receitas (desde 2003) fez com que os investidores fugissem. Ao ser transacionada a um preço de $105/ ação nos últimos quatro dias, a Apple fechou o dia de hoje com um valor por ação de, aproximadamente 97 dólares. 40 mil mi-


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lhões de dólares de capital próprio desapareceram num dia e as ações trocam, agora, a um p/e múltiplo de 10. O novo iPhone 6se ultrapassou as projeções, o iPad bateu expectativas e o Apple Watch vendeu mais no seu primeiro ano do que o iPhone quando surgiu. As vendas de Mac mantiveram-se mais consistentes do que qualquer outro fabricante de PC, ao passo que os iBeacons e o Apple Pay continuaram a sua marcha como tecnologias de referência no mercado IoT (Internet of Things) e a Apple TV continuou a crescer. Existem atualmente 13 milhões de utilizadores do iMusic e 1,5 milhões de apps na iTunes Store, que mantém um crescimento constante devido à sua base instalada. A recompra de ações irá crescer e os dividendos aumentarão uma vez mais. No entanto, nada disto importou quando as pessoas ouviram que o crescimento das vendas tinha parado e, agora, muitos investidores não acreditam que a gestão de topo da Apple consiga fazer alguma coisa certa. Mesmo assim, foi só um trimestre. Muitas empresas recuperam depois de um mau trimestre, não havendo evidência estatística que um mau trimestre pode prever o que se irá passar no próximo. O que sabemos é que, se as vendas de uma empresas diminuírem por 2 trimestres consecutivos face ao ano anterior, existe uma estagnação de crescimento. Empresas que atingem esta situação raramente (93% das vezes) encontram, outra vez, o caminho para um crescimento consistente. Independentemente das explicações, as estagnações de crescimento são análises notáveis das empresas que estão a tentar desenvolver uma lacuna entre as suas ofertas e o mercado. Esta situação leva-nos até à Chipotle. A Chipotle (http://chipotle.com/) anunciou que as vendas das lojas caíram 30% no Q1, 2016. Sendo que esta queda foi precedida de outra, de 15%, no Q4, 2015. Os lucros viraram

perdas nesse trimestre, sendo que a atual situação é uma estagnação de crescimento. As ações da Chipotle eram transacionadas a $750/ação em Outubro, agora valem apenas 417 dólares, que representa uma queda de 44%. As doenças que os consumidores tinham assinalado numa empresa que crescia muito rápido, mas que, aparentemente, não tinha uma escolha de ingredientes local e segura ou bem alinhavada, nem regras de segurança bem estabelecidas no que dizia respeito ao processo interativo entre colaboradores e comida. O

que parecia um problema tático tornou-se numa praga a partir do momento em que mais clientes ficaram doentes em março último. No entanto, é difícil perceber se esta situação é tudo o que está mal com a Chipotle. Existe muito mais pressão concorrencial neste segmento de “fast casual” do que existia há 2 anos atrás, quando a Chipotle parecia incapaz de dar um passo errado. Apesar de a empresa enfatizar a escolha de alimentação saudável, a contagem de calorias acrescentaria quilos a qualquer um que não seja atleta ou traba-

lhador da construção civil, o que não vai de encontro a tendência corrente das dietas. O que frequentemente aparenta ser apenas um problema, muitas vezes acaba por partir de múltiplas origens, tornando o processo de retorno ao crescimento muito mais difícil do que as administrações das e mpresas esperam. O crescimento é mágico. Permite as companhias investirem em novos produtos e serviços, balizar o valor das ações para aumentar a capacidade de aquisição ou até experimentar novos mercados para descobrir mais caminhos de crescimento. Contudo, a ausência de crescimento é um analista crucial da performance futura, sendo que companhias sem crescimento encontram-se a cortar custos e a tomar decisões que levam a uma queda das valorizações. Neste momento, o Facebook está numa posição maravilhosa e a Apple tem investidores preocupados. Será que o próximo trimestre irá representar um retorno ao crescimento ou uma estagnação do crescimento? A Chipotle tem os seus investidores a caminho da saída e existe razão para questionar se alguma vez irá recuperar a sua posição de referência.


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OPINIÃO

EDITORIAL

A urgência do investimento FRANCISCO JAIME QUESADO

Presidente da ESPAP – Entidade de Serviços Partilhados da Administração Pública

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ortugal precisa de voltar a apostar no investimento. O investimento é a chave central para uma nova agenda de crescimento. Mas tem que ser um novo investimento. Os tempos mudaram e o paradigma hoje impõe a aposta no reforço de clusters com empresas locais, aposta na inovação e desenvolvimento, formação qualificada de muitas pessoas. Vivem-se tempos de

com este novo investimento. Por isso, em tempos de crise e de aposta num novo paradigma para o futuro, o novo investimento deve constituir o verdadeiro centro de uma convergência estratégica entre o Estado, a empresa e todos os que se relacionam com a sua dinâmica. O novo investimento tem que se assumir como a referência da aposta num novo modelo de desenvolvimento estratégico para o país. O novo investimento desempenha um papel de alavancagem da mudança único. Portugal precisa de forma clara de conseguir entrar com sucesso no roteiro do

“O novo investimento não é só a plataforma de desenvolvimento económico do país, mas é também a base de uma nova aposta na inovação e criatividade” profunda crise internacional e no contexto da intensa competição entre regiões e mercados a urgência de um sentido estratégico mais do que se impõe. A manutenção e captação de Investimento é fundamental para o sucesso económico do país. Por isso vai ser preciso apostar em novas Plataformas Abertas de Dinamização de Redes Globais geradoras de valor. O Novo Investimento não é só a plataforma de desenvolvimento económico do país, mas é também a base de uma nova aposta na inovação e criatividade, nas competências, nos talentos e novas oportunidades. A dinamização da criação de valor e reforço da inovação tecnológica terá muito a ganhar

investimento de inovação associado à captação de empresas e centros de I&D identificados com os sectores mais dinâmicos da economia – tecnologias de informação e comunicação, biotecnologia, automóvel e aeronática, entre outros. Trata-se duma abordagem distinta, protagonizada por “redes ativas” de atuação nos mercados globais, envolvendo os principais protagonistas setoriais (empresas líderes, universidades, centros I&D), cabendo às agências públicas um papel importante de contextualização das condições de sucesso de abordagem dos clientes. Uma nova economia, capaz de garantir uma economia nova sustentável, terá que

se basear numa lógica de focalização em prioridades claras. Assegurar que o “IDE de inovação” é vital na atração de competências que induzam uma renovação ativa estrutural do tecido económico nacional; mobilizar de forma efetiva os “centros de competência” para esta abordagem ativa no Mercado Global – mas fazê-lo tendo em atenção critérios de racionalidade estratégica definidos à partida, segundo opções globais de política pública, que tenham em devida atenção a necessidade de manter níveis coerentes de coesão social e territorial. Investir tem que ser a palavra de ordem no novo ano. A competitividade tem por isso de sair do papel e ir para o país real. Por isso importa que os atores envolvidos neste processo de construção de valor percebam o alcance destas apostas estratégicas. Não se pode querer mobilizar a região e o país para um novo paradigma de desenvolvimento, centrado numa maior equidade social e coesão territorial, sem partilhar soluções estratégicas de compromisso colaborativo. O exemplo do IDE passa por isso. Por perceber que a aposta em projetos estratégicos como os clusters de inovação e os pólos de competitividades são caminhos que não se podem adiar mais. A guerra global pelo valor e pelos talentos está aí e quem não estiver na linha da frente não terá possibilidades de sobrevivência. É essa a base deste novo investimento que mais do que nunca é de facto a chave para o crescimento da economia nacional.

A

importância na criação de apoios financeiros e logísticos ao empreendedorismo, seja ele personificado pelos jovens ou não, deve constituir o suporte para que a sociedade apoie e incentive mais o aparecimento de novas atividades económicas. certamente que muitas destas empresas não conseguirão alcançar o seu objetivo, mas o que importa fundamentalmente é a criação de um estado de espirito, que permita a passagem da ideia à concretização de um modelo de negócio, que quanto mais diferente dos existentes, maior poderá ser a sua hipótese de crescimento. No entanto, é preciso que este movimento de apoio ao empreendedorismo seja acompanhado por uma mudança de mentalidades, nos investidores e neste caso nas diferentes empresas de capital de risco, independentemente do seu modelo de intervenção no apoio aos empreendedores, pois nem sempre se tornam fácil entender o modelo de negócio proposto pelo empreendedor. Aqui poderá resultar também a chave do sucesso dos programas de apoio ao empreendedorismo, a criação de programas financeiros específicos para estes novos negócios, deveriam ser acompanhados por um pacote de medidas fiscais mais “amigas”, destes investidores (dos empreendedores), como a isenção ou aplicação de taxa de IRC reduzida durante um determinado período de tempo, incentivos pela criação de postos de trabalho, mas também a sua flexibilização em termos de adaptação às necessidades destas empresas. Estas poderiam ser uma parte de um leque mais alargado de medidas que facilitassem a criação de novos negócios, ou seja, a criação de um ambiente favorável aos empreendedores. Se não contribuirmos para a alteração de mentalidades, e temos ir ainda um pouco mais longe, começando nas escolas a tentar despertar o interesse nos jovens, mostrando exemplos de empreendedores para que se possam criar modelos inspiradores e assim surgir a vontade de inovar e empreender. Não conseguimos inovar nem empreender por decreto, mas estes podem ajudara alterar as mentalidades se se fomentar desde cedo uma mudança de atitude dos potenciais empreendedores. Boa leitura Jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


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OPINIÃO

TRIZ e LEAN na gestão das atividades metrológicas na saúde HELENA V. G. NAVAS Professora da Universidade Nova de Lisboa, Investigadora do UNIDEMI, Especialista em Inovação Sistemática e TRIZ

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elevada concorrência entre organizações e o acentuado desenvolvimento tecnológico verificado nas últimas décadas tem possibilitado uma melhoria da qualidade de vida das populações. A qualidade é um conceito multidimensional que concilia a interação de diversos fatores. Em diferentes domínios, particularmente, nas organizações sustentadas pela prestação de serviços - como a saúde -, nem sempre é possível medir objetivamente alguns aspetos que determinam a qualidade, já que esta não é facilmente expressa através de uma simples medida quantitativa e, muitas das vezes, os critérios quantitativos não são os melhores ou os mais adequados. Na sociedade moderna, a me-

trologia ocupa uma posição de crescente importância tanto a nível científico, como prático. Na sua vertente legal, a metrologia assume-se como uma incumbência dos organismos competentes, sendo que a garantia da rastreabilidade metrológica dos instrumentos de medição constitui um requisito fundamental a observar em qualquer medição, independentemente do domínio em análise. Na vertente da saúde, a evolução é uma realidade, onde os diagnósticos e os tratamentos passam a ser, cada vez mais, apoiados e justificados com base em medições, que transmitem informação primordial para a prestação de cuidados de saúde e onde, consequentemente, o rigor e a confiança nestas medições assumem, por isso, um papel essencial para o desempenho adequado das atividades médicas. Na área da saúde, os sistemas de medição que não garantam resultados fiáveis podem, facilmente, traduzir-se em diagnósticos ou

Na sociedade moderna, a metrologia ocupa uma posição de crescente importância tanto a nível científico como prático.

terapêuticas erradas, prejudiciais para o bem-estar do doente. Assim, devido à forte dependência destas medições no auxílio de decisões médicas, torna-se especialmente importante a perceção da rastreabilidade metrológica destes instrumentos, por parte dos profissionais de saúde. Assim, especificamente, no âmbito da metrologia, de cada vez que se realiza a medição de uma grandeza, surge, inevitavelmente, a preocupação em saber qual a relação entre o valor obtido e o valor real dessa grandeza. Uma vez que existem diversos fatores responsáveis pela ocorrência de erros de medição, torna-se necessário proceder à identificação

e classificação destes fatores, de modo a que seja possível reduzir e, sempre que possível, eliminar os mesmos. Desta forma, apesar dos benefícios que sucederam à introdução de novos dispositivos médicos com função de medição no mercado, adveio, a necessidade premente de percecionar o risco de utilização destes instrumentos de medição, aquando a inexistência da devida avaliação metrológica. Segundo recomendações internacionais, todo o sistema de medição deve usar resultados precisos e confiáveis, sendo da responsabilidade da Metrologia Legal, a proteção dos cidadãos das consequências provenientes de medições incorretas. Num contexto de procura pela melhoria contínua e de redução de custos e recursos envolvidos, as organizações tendem a utilizar cada vez mais metodologias que permitam aumentar a eficiência e eficácia das suas atividades, eliminando tudo o que não acrescenta valor para as empresas e aspirando à criação de soluções mais criativas e inovadoras. Assim, os paradigmas Lean e TRIZ, associados ao rigor e à garantia de qualidade nos instrumentos de medição, podem contribuir para o constante aperfeiçoamento dos métodos e procedimentos clínicos, por forma a responder às exigências das boas práticas da utilização destes instrumentos.


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Uma excelente ideia de pouco vale se não for activada. E numa conjuntura empresarial cada vez mais feroz e competitiva, nenhuma organização se pode dar ao luxo de dispensar as boas ideias, muito menos de não as implementar. A ACCELPER disponibiliza-lhe as ferramentas, os processos e as metodologias que dão vida à sua vontade de inovar. Aposte na massa cinzenta da sua empresa, antes que ela morra. Afinal, mais do que um caminho para o crescimento, a inovação é uma questão de sobrevivência.

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REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA

O Top 10 das empresas dos EUA em recursos financeiros

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a semana passada, surgiram relatos de que a Apple tinha considerado comprar a Time Warner no ano passado antes de finalmente decidir concorrer com ela. A aquisição teria dado acesso à Apple para uma série de marcas de média de alto perfil, incluindo HBO, CNN e uma biblioteca de conteúdos que poderia ter fornecido um enorme impulso para o serviço de assinatura de TV da Apple.

Poucas empresas no mundo poderiam mesmo ter considerado a aquisição de uma empresa da dimensão da Time Warner. Mas para a Apple, 60 biliões de usd não teria sido um problema. Como nosso gráfico abaixo ilustra, a Apple ainda mantém uma grande quantidade de dinheiro e ainda continuaria a ser a empresa com maiores recursos financeiras mesmo se fosse avante esta aquisição.

As maiores empresas de “media” do mundo

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o longo da última década, a internet substituiu a “media” impressa para se tornar o segundo meio de publicidade mais importante logo a seguir à televisão. O aumento da publicidade digital é refletido no ranking anual da Zenith Optimedia das maiores empresas de media mundiais. As cinco empresas digitais classificadas no Top 30, ou seja, Google, Facebook, Baidu, Yahoo e Microsoft, que representam 65 por cento do mercado de publicidade na internet global, são responsáveis por mais de um terço de todas as receitas geradas pelos Top 30 proprietários de “media” mundiais. Como o gráfico abaixo ilustra, a Google agora supera qualquer outra empresa no mundo em termos de receita de “media”. A empresa gera dezenas de biliões de dólares todos os anos com a venda de publicidade em todos os seus serviços on-line mais populares, sendo o mais importante o Google Search.

Mercado global de PC está a encolher

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s vendas mundiais de computadores pessoais totalizaram 64,8 milhões de unidades no primeiro trimestre de 2016. É um declínio de 9,6 por cento em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. “Este foi o sexto trimestre consecutivo de declínio nos PC, e pela primeira vez desde 2007 que o volume de produção caiu abaixo de 65 milhões de unidades”, de acordo com pesquisa de mercado da Gartner. Não parece que o mercado global de PC vá encontrar o seu caminho de volta para seus dias de glória. A turbulência política e

económica na América Latina tem impacto sobre as vendas. Além disso, a força do dólar frente a outras moedas impede esse crescimento. Mas essas explicações não podem esconder a tendência geral para o uso de outros dispositivos, como tablets e smartphones, que são muito atraentes para os consumidores nos países em desenvolvimento. A desaceleração em todos os mercados é permanente. “Vendas mundiais de PC diminuíram pelo quarto ano consecutivo, que começou em 2012 a decrescer”, conclui o relatório da Gartner, que prevê uma diminuição

global da produção de 1 por cento para 2016, com algum potencial para uma recuperação no final do

ano. Os dados incluem desktops, notebooks e dispositivos ultramóveis premium.


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REDES SOCIAIS / TECNOLOGIA

Japão tem atualmente mais estações de recarga elétrica do que bombas de gasolina

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m artigo publicado recentemente no “Japan Times” revelou que o Japão tem mais pontos de carregamento para veículos elétricos do que postos de gasolina. Eles citaram os números fornecidos pela Nissan que afirmam que o país tem 40.000 pontos de carregamento e 34.000 postos de gasolina. Alguns criticaram os dados, pois existem postos de gasolina que têm várias bombas capazes de

lidar com substancialmente mais veículos todos os dias. Carregadores em casas particulares também foram contadas pela Nissan, embora o “Japan Times” aponte que estas podem muito bem ser compartilhadas no futuro, semelhante ao Airbnb, como parte da economia de partilha emergente. Por outro lado, os EUA têm cerca de 9000 pontos de carregamento e 114.500 postos de gasolina.

As ambições da Google na nuvem

A

Google é uma empresa que está habituada a ganhar. Assim, muitos dos seus produtos e serviços são líderes da indústria (Search, Android, Maps ou Gmail). A indústria na nuvem é uma dessas isenções. No ano passado, a quota de mercado de infra-estrutura de nuvem da Google totalizaram apenas 4 por cento, arrastando o líder da

indústria a Amazon Web Services a uma larga distãncia como podemos comprovar pelo gráfico. Diane Greene, recém-nomeado responsável do negócio na “nuvem” da Google, foi claro ao afirmar que este é um negócio que a empresa apostará efetuando os investimentos necessários, como atestam os 10 biliões de dólares investidos pela Google no ano

Quais as redes sociais em que os anunciantes podem mais acreditar?

Q

uando se trata de publicidade social media, o Facebook é de longe a mais popular rede de escolha. Atrás do líder de mercado, no entanto, as coisas são menos claras. De acordo com um relatório de pesquisa efetuado pela Fresh social, o Instagram está rapidamente a ganhar popularidade entre os comerciantes e poderá em breve ocupar o lugar do Twitter como o segundo mais

importante canal de publicidade social. De acordo com o último relatório de resultados do Facebook, mais de 200.000 empresas anunciam mensalmente no Instagram. Dado o aumento constante da rede em popularidade e o fato de que suas ofertas de publicidade se tornaram disponíveis em mais de 30 novos países em 30 de setembro, podemos esperar que esse número cresça muito mais num futuro próximo.

Radio ainda manda na “estrada”

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mbora os serviços de download de música e de streaming estejam a ser cada vez mais populares, ainda há um lugar onde o bom velho rádio reina de uma forma suprema: no automóvel. De acordo com a Edison Research, 84 por cento dos condutores americanos utilizam o seu rádio AM / FM, pelo menos por algum tempo,

em comparação com 56 por cento que ainda usam o seu leitor de CD e 38 por cento que prefere ouvir música nos MP3s digitais. Esta tendência poderá ser alterada pelos modernos e sofisticados aparelhos de som que começam a integrar os automóveis com maior e melhor acesso à música digital. Vamos ver como se comportará o mercado.


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NOTÍCIAS | ARTIGOS

Atualização dos dados estatísticos de I&D

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edição de 2016 do Research and Development Statistics acabou de ser publicado. Esta base de dados fornece as estatísticas mais recentes, abrangentes e detalhadas sobre os recursos destinados à I&D nos países da OCDE e outras grandes economias, e contribuindo para o conhecimento com Indicadores de tecnologia e outras pu-

blicações emblemáticas STI. As séries estatísticas são baseadas em dados fornecidos pelos institutos nacionais de estatística da despesa em I&D por fontes de financiamento e o tipo de custos e i&d de pessoas por ocupação, sexo e área da ciência da OCDE e a sua cobertura, nomeadamente. As estatísticas estão disponíveis a partir de 1981.

Aceda aos dados

Diretrizes para recolha e divulgação de dados sobre a investigação e o desenvolvimento experimental

A

metodologia reconhecida internacionalmente para a recolha e utilização de estatísticas de I&D, o Manual Frascati da OCDE é uma ferramenta essencial para os estatísticos, cientistas e formuladores de políticas de inovação em todo o mundo. Ele inclui definições de

conceitos básicos, diretrizes de recolha de dados e classificações para a elaboração das estatísticas de I&D. Esta edição atualizada contém diretrizes melhoradas, refletindo as recentes mudanças na forma como a I&D tem lugar e é financiada, através da maior

utilização das estatísticas e definições de i&d, fornecendo novos capítulos dedicados aos aspetos práticos da recolha de dados de i&d em diferentes setores, bem como novas orientações sobre a captura de diferentes aspetos do apoio público à I&D, tais como incentivos fiscais.

Leia o manual online

MINUTAS E FORMULÁRIOS ANOTADOS E COMENTADOS - 2ª EDIÇÃO Edição prática que faculta um conjunto de ferramentas que permitem assegurar de forma mais eficiente a garantia da defesa dos direitos, bem como o cumprimento de obrigações ou deveres contratuais que decorrem da vida em sociedade. CIVIL ∙ FINANCEIRO E TRIBUTÁRIO ∙ CONSUMO ∙ ADMINISTRATIVO ∙ COMERCIAL ∙ ARRENDAMENTO ∙ CRIMINAL ∙ TRABALHO

Autor: António Soares da Rocha Páginas: 384 - Preço: €18,90

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NEWSLETTER N.74 | JUNHO | 2016

NOTÍCIAS | ARTIGOS

AGENDA DE EVENTOS

Será que as novas tecnologias trazem um forte crescimento económico com oportunidades para todos?

O

JUNHO

23

9th International Conference on Entrepreneurship, Innovation and Regional Development - ICEIRD 2016 Bucareste , Roménia

Simpósio de Tecnologia, Inovação e Crescimento Inclusivo: Perspetivas de Futuro, que teve lugar em Paris, em 28-29 de Abril de 2016, concluiu que as novas tecnologias podem melhorar significativamente o rendimento, a saúde e bem-estar, e que a inovação digital pode promover a mobilidade social através de processos de destruição criativa. Ao mesmo tempo, o investimento em infraestrutura e capital humano, incluindo a requalificação dos trabalhadores, é essencial para permitir que os países em desenvolvimento possam recuperar. A visão completa dos resultados pode ser encontrada aqui

29

Chief Innovation Officer Summit Singapura

30

2nd International Conference on Organisational Change and Innovation Londres, Reino Unido

JULHO

4

The 2016 ICBTS International Advance Innovation Business and Tourism Research Conference in Toronto Toronto, Canada

Os artigos científicos devem estar em livre acesso até 2020

N

ão há dúvida que se todos os países podem cumprir a meta de transição de 2020, com alguns a dizer que se trata de uma mera aspiração, em vez de realista. A Áustria, por exemplo, disse que está a trabalhar para em 2025 permitir acesso aberto. Em 2020, “quase todos os artigos de periódicos” no Reino Unido serão de acesso aberto, disse Shan Morgan, vice-embaixador do Reino Unido para a UE. O Reino Unido tem o com-

promisso de fazer com que uma em cada cinco publicação siga este caminho. A meta inicial do Governo holandês, anunciada em 2013 era fazer com que toda a produção de pesquisa holandesa estivesse disponível através de acesso aberto até 2024. A reação à proposta da UE foi amplamente positiva. Chris Banks, diretor da biblioteca do Imperial College London, chamou “um potencial enorme passo”. Leia mais aqui

5

9th International Conference on University Teaching and Innovation Barcelona, Espanha

6

ICIIL 2016 2nd International Conference on Innovation and Industrial Logistics--EI Compendex Lucerna, Suiça

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NEWSLETTER N.74 | JUNHO | 2016

FINANCIAR A INOVAÇÃO

INOVAÇÃO

D

e há uns anos a esta parte, tem-se acentuado um conjunto de tendências económicas e sociais com implicações profundas no dia a dia das organizações, em que se salienta: • Competitivdade sem precedentes e em que se esbatem as fronteiras entre negócios e tecnologia e se encurtam os ciclos de vida dos produtos; • Sofisticação do consumidor, cada vez mais bem informado e exigente, tanto mais que se depara com muitas opções alternativas e em melhoria contínua; • Globalização, com profundas implicações culturais e na estrutura da oferta e procura de bens e serviços. Se a revolução agrícola pode ter sido a primeira vaga de mudança humana, a revolução industrial a segunda e a era da infor-

mação a terceira, a quarta revolução de mudança da sociedade humana implica que o valor acrescentado resulta da criatividade e da inovação. Na linha do que se acaba de referir, as empresas de sucesso são as que procuram levar a cabo um trabalho conhecido pela inovação, originalidade, exotismo e imprevisão,

em que o objetivo é proporcionar ao cliente final o que ele nunca imaginou querer, mas que ao conhecer percebeu que afinal queria. Concluindo, como o único ativo é a imaginação humana, então, a única vantagem sustentada vem de se ser mais inovador do que Luís Archer – Consultor a concorrência. luismariaarcher@iol.pt

Triz Simplificado Nuevas aplicaciones de resolución de problemas para ingeniería y fabricación

Autores: Ellen Domb, KaleviRantanen ISBN: 978-84-8408-576-8 Páginas:292 | Preço: 28 euros (IVA incluido)* Formato: 170x240mm | Encadernação: Capa dura (*) O preço inclui despesas de envio para Portugal continental e ilhas

Índice de Capítulos: 1. ¿Por qué buscar nuevas maneras de solucionar problemas? 2. La construcción de un nuevo modelo de resolución : del problema al resultado final ideal. 3. El compromiso tras el problema. 4. Del compromiso a la contradicción inherente. 5. Búsqueda de recursos invisibles. 6. Lo imposible a menudo es posible: cómo incrementar la idealidad del sistema. 7. Cómo separar el grano de la paja: una herramienta sencilla y eficaz para la evaluación de soluciones. 8. El enriquecimiento del modelo de resolución de problemas. 9. Patrones: poderosas herramientas para el desarrollo del sistema. 10. Los principios de innovación: 40 maneras de dar con la solución correcta. 11. Evaluación del modelo de resolución de problemas. 12. Cómo mejorar el negocio con TRIZ. 13. Usar TRIZ con la Teoría de las Limitaciones. 14. Usar TRIZ con Seis Sigma y otros sistemas de mejora de la calidad. 15. Síntesis de la resolución creativa de problemas. 16. Manos a la obra.

Accelper Consulting Iberia,Ldª info@accelperiberia.com www.accelperiberia.com

FICHA TÉCNICA:

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Coordenador: Jorge Oliveira Teixeira Colaboraram neste número: Fernanda Teixeira, Helena Navas, Jaime Quesado, Luís Archer e Tiago Paraty Tradução: Sofia Guedes Paginação: Flávia Leitão | Vida Económica Contacto: jorgeteixeira@vidaeconomica.pt


NOVID A

DE

Este livro vai ajudá-lo a encontrar respostas para as questões e dúvidas que a Lei do Orçamento de Estado suscitam. A obra conta com um conjunto de especialistas com o objetivo assumido de descomplicar a Lei do Orçamento de Estado para o ano 2016, analisando-a em conjunto com os diplomas que altera ou complementa.

Alguns Temas tratados na obra e respetivos autores: • O Orçamento do Estado de 2016 e a Segurança Social (Teresa Cruz Almeida) • Os impostos sobre o rendimento das pessoas (singulares e coletivas) no Orçamento do Estado para 2016 (Cláudia Reis Duarte)

DESCOMPLICAR O ORÇAMENTO DO ESTADO 2016 Autor: Filipa Matias Magalhães e Maria Leitão Pereira

• A Tributação Indirecta no OE 2016 (Marta Machado de Almeida)

Páginas: 320 - Preço: €13,00

• O Regime da Aposentação e da Reforma na Lei do Orçamento de Estado para 2016 (Maria Leitão Pereira) • Mecanismos de mobilidade aplicáveis às entidades reguladoras (João Zenha Martins)

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