Produção de Revista Institucional | UFMA | Ano XXII | n° 40 | 2° semestre de 2014
100 anos de RP no Brasil
Novas diretrizes curriculares no curso de RP
Entrevista com Flávio Shimdt
ISSN 2175-2974
RP alternativo
EXPEDIENTE
RP Alternativo
Ano 22, nº 40, 2º semestre de 2014
DIAGRAMAÇÃO E CAPA Virgínia Costa
Revista semestral produzida pelos alunos da disciplina Produção de Revista Institucional (ISSN 2175-2974) Curso de Comunicação Social da UFMA - habilitação Relações Públicas
EDIÇÃO DE IMAGENS E ILUSTRAÇÕES Virgínia Costa
RESPONSÁVEL Profº Dr. Esnel Fagundes CONRERP – 6ª região – 1011
REVISÃO Profº Dr. Carlos Agostinho Macedo Couto Profª Dra. Éllida Neiva Guedes Profª Dra. Jovelina Maria Oliveira dos Reis Profº M.e. Marcelo da Silva
REDAÇÃO Dante Assunção, Giovenilton Serra, Isabella Dias, Jaynara Lima, Juara Castro, Julyane Prazeres, Mariana Cerveira, Nathalia Coelho, Leandro Almeida, Arthur Veiga, Kessianne Moreira, Tamires Pestana, Virginia Costa
EDITORA Julyane Prazeres
IMPRESSÃO GRÁFICA EDUFMA TIRAGEM 1.000 – Distribuição Gratuita
ENDEREÇO Laboratório de Relações Públicas Campus do Bacanga CEP: 65.085-580 São Luis – Maranhão Telefone: 0 xx 98 3301 8430 Email: rpalternativo40@gmail.com Site: www.rpalternativo.com.br UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO Reitor: Profº Dr. Natalino Salgado Filho Vice Reitor: Profº Dr. Antônio Oliveira Diretor de Centro de Ciências Sociais: Profº Dr. César Castro Chefe de Departamento de Comunicação Social: Prof Dra. Rosinete de Jesus Silva Ferreira Coordenador do Curso de Comunicação Social: Profº Dr. Silvio Rogério Rocha de Castro
EDITORIAL
Jatobá, com altura entre quinze e trinta metros e um tronco que pode ultrapassar um metro de diâmetro. Quanta imponência e majestade traz a árvore que simboliza as bodas de 100 anos de casamento. Foi escolhida para ilustrar a capa da revista por um motivo especial: representar o matrimônio de 100 anos entre as Relações Públicas e o Brasil. O momento é de celebrar, comemorar, se orgulhar, se emocionar, sentir a gratidão, o reconhecimento e a paixão pela profissão. A 40ª edição da RP Alternativo comemora os 100 anos de Relações Públicas no Brasil e dedica suas páginas para homenagear a caminhada feita até aqui por todos os RP’s. Destaca os principais momentos que compõem esse centenário, assim como os grandes acontecimentos de 2014. É por amar o que estudamos e o que escolhemos ser, que entregamos felizes os resultados do trabalho feito durante esse semestre. Foi gratificante falar dos acontecimentos deste caminho que seguimos e do qual fazemos parte. É nesse clima de motivação em falar de nossas causas, glórias e sonhos que entregamos essa edição aos leitores. A produção dela não foi fácil, assim como não foi nas anteriores, mas encerramos com a sensação de missão cumprida e com a certeza de que também fazemos parte dos frutos da árvore estampada na capa. Julyane Prazeres julyaneprazeres@hotmail.com
LOOK IN
EMPOWERMENT Delegação de poderes de decisão, autonomia e participação dos funcionários na administração das empresas. A versão aportuguesada “empoderamento” também é usada. OMBUDSMAN Profissional ou departamento que tem a função de receber críticas, sugestões e reclamações da empresa. Media conflitos entre as partes.
INTERCOM 2015 No ano em que o Rio de Janeiro completa 450 anos, a cidade recebe a 38ª edição do Congresso Brasileiro de Ciências da Comunicação – Intercom Rio. O evento será sediado pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) com apoio da Universidade Federal Fluminense (UFF), e terá como tema central a Comunicação e a Cidade Espetáculo. Mais informações: www.portalintercom.org.br CONGRESSO BRASILEIRO DE COMUNICAÇÃO CORPORATIVA A 18ª edição do Congresso Brasileiro de Comunicação Corporativa 2015, marcada para os dias 26, 27 e 28 de maio, ocupará o novo Centro de Convenções Rebouças, em São Paulo. O evento, promovido pela Mega Brasil Comunicação, terá como tema central Rupturas e Conexões da Nova Comunicação Corporativa. As inscrições serão abertas no final de
AFINAL,
O QUE É ?
ABRAPCORP 2015 Em 2015 a Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp) realizará mais uma edição do seu congresso, tendo como sede a Cidade de Campinas, São Paulo. Colaborando para que profissionais que estejam aplicando novas experiências e metodologias nos ambientes corporativos possam disseminar tais conhecimentos. Mais informações: www.abrapcorp.org.br
BENCHMARKING É uma comparação de produtos, serviços e práticas com os melhores do mercado. BACKGROUND Experiência e conhecimento pessoal ou profissional. DOWNSIZING Em português, encolhimento. Técnica que tem por objetivo a redução dos níveis hierárquicos de uma organização
2014, quando a grade de programação estará definida. Outras informações pelo www.megabrasil. com.br ou tel. 11-5576-5600. XIV SIMPÓSIO INTERNACIONAL DE COMUNICAÇÃO SOCIAL O Centro de Linguística Aplicada realizará mais uma edição do Simpósio Internacional de Comunicação Social nos dias 19 a 23 de janeiro de 2014, em Santiago de Cuba, Cuba. Mais informações: www.santiago.cu CANNES LION O Cannes Lions – Festival Internacional de Criatividade lançou uma nova competição, a Young Lions PR. A iniciativa, realizada em parceria com a Icco (Organização Internacional de Consultoria de Comunicação), abre espaço para profissionais de relações públicas com idade até 28 anos. A proposta da competição é mostrar, na prática, como a área é utilizada pelas organizações seja para envolver o público ou lidar com uma situação específica em que o cliente tenha que se posicionar.. O Cannes Lions será realizado de 21 a 27 junho de 2015, na França, onde ao final da experiência empresas vencedoras receberão o cobiçado Leão. Site oficial: www.canneslions.com Mais informações da seleção brasileira: www.canneslions.estadao.com.br
Mariana Cerveira mariana.cerveira@hotmail.com 6
Prata da Casa
Rosemary Araujo
Piauiense, mas residente em São Luís desde a idade de 12 anos, a Assessora de Comunicação do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região (TRT-MA), Rosemary Araújo, é formada em Relações Públicas pela Universidade Federal do Maranhão. Questionada sobre o interesse pela profissão, ela conta que sempre gostou de estudar a Língua Portuguesa e pensa que isso já denotava seu gosto pela boa comunicação. Por isso, prestar vestibular para Comunicação Social foi uma consequência, e na graduação encontrou seu fascínio nas Relações Públicas, pela dinamicidade da profissão. Por onde andava imaginava projetos de RP para melhorar as coisas que via. E não tem sido diferente até hoje.
Julyane Prazeres julyaneprazeres@hotmail.com
A
o falar sobre a vida acadêmica, Rosemary destacou a importância de ter participado ao máximo de tudo o que era oferecido pelo curso: semanas, seminários, congressos e atividades afins, mesmo que não existissem muitas iniciativas nesse sentido. Em setembro de 1994 iniciou seu primeiro estágio na área, na Assessoria de Comunicação da UFMA. Segundo ela, foi uma grande oportunidade de começar a “por a mão na massa” das Relações Públicas. À época, a chefe da Assessoria era a professora Élida Guedes, de quem tinha sido aluna e por quem nutre grande admiração. Nesta entrevista Rosemary reconhece a influência da professora para o seu desenvolvimento profissional e o apoio que dela recebe até hoje. “A professora Élida era bem exigente e eu gostava muito disso, pois me fazia buscar sempre mais conhecimentos. Só tenho a agradecer a experiência de ter, ali, consolidado a escolha da minha profissão”. Em 1995, sob a orientação da professora Adeilce Azevedo, Rosemary apresentou a Monografia de conclusão de curso com o tema “Utilização de Instrumentos de Relações Públicas para Divulgação do Curso de Comunicação Social da UFMA”, na qual obteve nota máxima. Graduou-se em março do mesmo ano. Graduada, passou a atuar nos órgãos de classe da profissão, o que lhe rendeu larga experiência de luta por melhores condições de trabalho para os profissionais e de reconhecimento do verdadeiro papel da profissão e respeito à categoria. Em março de 1996 foi empossada no cargo de Diretora Tesoureira da Associação Brasileira de Relações Públicas/Seção Estadual do Maranhão, para o biênio 1996/1998. Dois anos depois foi aprovada em 2º lugar no Processo Seletivo Simplificado para Docentes do Centro de Ensino Unificado do Maranhão (CEUMA), porém, não assumiu porque só havia uma vaga e não surgiu outra até a expiração da validade do concurso. Ainda em 1998, especializou-se em Gestão da Comunicação
pela UFMA, com a Monografia: “A Excelência no Atendimento a Clientes”, obtendo 9,6 em sua avaliação. Ela conta que essa nota foi e ainda é motivo de muita satisfação pessoal. Nesse mesmo ano foi eleita Presidente da ABRP/MA, para o biênio 1998/2000 e também para o cargo de 1ª Secretária da Câmara Superior Permanente. É autora do artigo “As Relações Públicas na Era do Cliente”, publicado pela Revista RP Alternativo, nº 12, Coluna “Opinião”. Em 2000, continuou trabalhando na ABRP/ MA como Diretora Tesoureira. Em 2002 tornou-se Suplente da Comissão Consultiva e logo após foi eleita Conselheira Suplente do Conselho Regional de Profissionais de Relações Públicas da 7ª Região (CONRERP-PA), para o triênio 2001/2003. Mesmo antes dessa experiência na área de RP Rosemary, que era concursada pelo TRT-MA, ingressou no serviço público do Tribunal Regional do Trabalho da 16ª Região, em cargo de nível médio, antes mesmo de se formar. Naquela época não havia ainda uma assessoria de comunicação no órgão, que só foi criada em 1994, com uma estrutura bem simples, funcionando basicamente como assessoria de imprensa. Desde que se graduou Rosemary passou a desenvolver atividades na área administrativa até dezembro/2012. Foram 17 anos sem trabalhar com comunicação no órgão onde desempenha suas funções laborais, e oito anos formalmente afastada da profissão, desde o último mandato na ABRP-MA. Nesse ínterim, sempre se manteve em dia pagando o registro profissional no CONRERP e estudando algumas atualizações da área, pois, in-
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formalmente, prestava orientação, consultoria e assessoria de comunicação a entidades sem fins lucrativos. Foi com essa disposição que exerceu, como voluntária, o cargo de Diretora de Comunicação de um centro espírita por seis anos. Em 2009 trabalhou no Centro de Memória e Cultura do TRT-MA após ter apresentado projeto para a criação do Espaço de Arte da instituição, que foi acolhido pela Administração e implementado sob a sua supervisão. “Ali, estudei sobre a comunicação e a memória institucional com vistas a dar mais visibilidade às ações que desenvolvíamos, para divulgar a importância do setor como guardião da historicidade do órgão. Aí entraram os estudos também sobre as RP como movimentadoras dos propósitos a que nos dedicávamos”. Em janeiro de 2013 foi removida para a Seção de Comunicação Social do TRT-MA, onde retomou o contato mais direto com a profissão. “Foi uma excelente oportunidade que abracei muito motivada a voltar aos livros, aos estudos, para tentar recuperar o tempo em que fiquei quase parada”. De lá, onde o foco principal é o abastecimento do site institucional com notícias, são enviados release à imprensa quando o assunto é de interesse coletivo e não apenas institucional. As notícias, basicamente, se originam da cobertura de eventos institucionais e de decisões judiciais, além de campanhas nacionais às quais o Regional adere. Em 2014 Rosemary assumiu a chefia da Seção de Comunicação Social, que avalia como sendo uma experiência bastante enriquecedora, pois, além das tarefas com as quais já tinha contato, passou também, dentre outras atividades, a fazer a supervisão dos estagiários e a coordenar duas campanhas internas específicas de comunicação: uma de incentivo ao uso do e-mail corporativo, subaproveitado por servidores, magistrados, estagiários e terceirizados; e outra de revitalização da central telefônica, com um plano de melhor aproveitamento das funcionalidades dessa ferramenta. Fora isso, há o planejamento de políticas de comunicação específicas para determinadas campanhas ou eventos institucionais, e “precisamos desenvol-
ver a política de comunicação corporativa, que nos propomos concluir até o final da atual gestão, em dezembro de 2015”. Também são gerenciadas as redes sociais do órgão (Facebook, Twitter e Flickr) e está sendo estudada a possibilidade de inserir o Tribunal em outras redes, como Instagram e Google+.
Diante disso, Rosemary afirma que o principal desafio enfrentado tem sido a falta de pessoal. “Para a dinâmica exigente de uma assessoria de comunicação, é imprescindível uma equipe com um número razoável de colaboradores”. Atualmente, a Assessoria conta com três servidoras (uma RP e duas jornalistas), duas estagiárias de nível superior, um de nível médio e uma recepcionista. Para o futuro, Rosemary revela que essa volta para a profissão de RP a tem estimulado a aprender sempre mais. Por isso, está se preparando para tentar um mestrado muito em breve e tem produzido alguns trabalhos. O mais adiantado e de rumo certo é um artigo que deverá integrar uma coletânea, em livro a ser lançado em 2015. Além disso, Rosemary confessa que lê tudo que cai em suas mãos para tentar acompanhar o melhor possível essa velocidade estonteante por que passam todas as áreas em geral e diz que no caso da comunicação, essa velocidade parece ser ainda mais intensa, principalmente, no que se refere às redes sociais, seu principal foco de interesse.
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Kessianne Moreira kessianne@gmail.com
O
ano de 2014 foi um marco para as Relações Públicas. A profissão completou o seu centenário no Brasil. Desde o início da atividade com o Departamento de Relações Públicas da Light sob a direção do engenheiro Eduardo Pinheiro Lobo, muitas coisas aconteceram, contribuindo para o amadurecimento da área enquanto ciência e técnica, o que começou com as contribuições do professor Teobaldo de Souza Andrade. Os estudos e pesquisas sobre as Relações Públicas não pararam por aí. A atividade foi regulamentada e os esforços contínuos dos profissionais da área contribuíram para que as Relações Públicas deixassem de ser vistas apenas como técnica e passassem ser encaradas como estratégica, mais condizente com a realidade brasileira e o contexto contemporâneo. A literatura da área, o que compreende trabalhos acadêmicos, encontros, entidades representativas, inserção no mercado de trabalho, atuação profissional, tudo isso serviu para dar visibilidade, valorizar e fortalecer a profissão no cenário brasileiro. Em homenagem aos 100 anos das Relações Públicas no Brasil, a RP Alternativo reuniu depoimentos de profissionais, professores e pesquisadores da área que expressaram suas opiniões sobre aspectos como história, teorias, pesquisas, cenário brasileiro, academia, mercado, contribuição da profissão para o país, reconhecimento e expectativas para os próximos anos.
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Luiz Alberto de Farias
Diretor Acadêmico das Escolas de Comunicação e de Educação – Universidade Anhembi Morumbi Professor Doutor da Universidade de São Paulo (ECA-USP) Editor da Revista Organicom – Qualis B1 Presidente da Associação Brasileira de Pesquisadores de Comunicação Organizacional e Relações Públicas (Abrapcorp)
“Relações públicas está em um momento de grande transformação, ganhando espaço em mais fóruns de discussão, recebendo novas lideranças e ampliando a massa crítica em termos de produção intelectual. O mercado está mais maduro e organizado, cercado de profissionais e entidades que organizam a transição para um novo momento que se avizinha de forma muito positiva. Somos parte de uma profissão-área-campo híbrida e que ganha importância e amplia o seu espaço de participação e relevância.”
Protásio Cézar dos Santos
Especialista em Administração Universitária. Mestre em Comunicação Social e Doutor em Ciências Ambientais. Profissional de Relações Públicas e Professor Associado da Universidade Federal do Maranhão
“Relações Públicas nas suas funções estratégica, administrativa, planejamento e pesquisa, alicerça a organização a interagir com os componentes sociais, a alcançar objetivos e mediar qualidade nos relacionamentos. Relações Públicas é uma atividade moderna, intimamente integrada no contexto contemporâneo das organizações, mercado e sociedade. Cem (100) anos de Relações Públicas inserida num ambiente que sinaliza novos enfoques sociais, culturais, tecnológicos e ecológicos, diretamente ligada ao alcance dos resultados pretendidos.”
Cláudia Peixoto de Moura
Pós-doutorado pela Universidade de Coimbra Doutorada em Ciências da Comunicação pela Universidade de São Paulo (USP) “O centenário da profissão de Relações Públicas no Brasil revela uma história registrada com diversos olhares, com teorias construídas e reconstruídas ao longo do tempo, com um ensino superior para uma formação qualificada, com pesquisas aplicadas e interdisciplinares, que geram o reconhecimento da atividade em vários setores, um cenário brasileiro propício à profissão, um mercado de trabalho em crescimento e uma contribuição da área para o país na medida em que transforma conflitos, havendo grande expectativa para os próximos anos devido à necessidade de relacionamentos institucionais.”
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Éllida Neiva Guedes
Professora Doutora do curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) Professora de Relações Públicas da UFMA Doutora em Ciências da Comunicação
“Inegavelmente, as relações públicas, tanto no campo teórico-conceitual como no mercadológico, avançaram muito no Brasil, nos últimos quinze anos. Vale destacar que a produção acadêmico-científica, a reconfiguração do cenário social e as tecnologias da informação e da comunicação contribuíram fortemente para tal avanço. Em nível de Maranhão, onde acompanho de perto a formação e atuação profissional dos egressos da UFMA, observo, a cada ano, um crescente percentual de formandos sendo absorvidos, de imediato, pelo mercado de trabalho local e regional. Quanto ao nosso curso, testemunho, há mais de vinte anos, o processo de atualização permanente do quadro docente que o compõe, de modo a acompanhar a evolução da área e atuar na formação dos alunos. O reflexo disso é um corpo de professores totalmente constituído por doutores e doutorandos. Outro componente importante no contexto do curso é a qualidade e longevidade da revista RP alternativo, publicação já tradicional na academia, em termos nacionais. No momento em que comemoramos os cem anos das relações públicas no Brasil, como professora, o que pode me leva a dizer ‘valeu a pena’ é o sucesso dos nossos ex-alunos, no Estado e no país, os quais destacam-se, primeiramente, pelo mérito próprio, sem dúvida. É o resultado previsível para aqueles que levam o curso a sério, acreditam em sua capacidade e potencial e no valor das relações públicas e honram a profissão que escolheram. Caminhamos para mais conquistas e reconhecimento. Parabéns, colegas e estudantes !!!!”
Ana Alcântara Oshiro
Doutora em Ciências da Comunicação. Mestre em Comunicação, Tecnologia e Mercado. Especialista em Marketing e Comunicação.Jornalista especializada em Tecnologia da Informação. Consultora em Reputação, Comunicação e Marketing. Diretora da Tatica Comunicação. Professora da Universidade Anhembi-Morumbi, da Rede Laureate International. Membro do IABC e do Instituto HIDA-AOTS do Brasil, com 30 anos de atuação na área de Comunicação.
“Relações Publicas (R.P.) no Brasil confunde-se com a própria história do desenvolvimento econômico, social e político do país nos últimos 60 anos. Nesse período destacam-se os maiores fatos transformadores da realidade do país, cuja evolução possibilitou sua inserção na posição de uma das nações chave para o futuro do planeta. A prática das especialidades, envolvidas no campo das Relações Publicas, tem contribuído, indiscutivelmente, para a integração das mais diversas organizações às demandas da globalidade no mundo atual. A evolução dos estudos do campo de Comunicação Organizacional (C.O.) tem colocado R.P no centro da decisão das organizações, como suporte e apoio estratégicos. Serão eles que permitirão adequá-las ao contexto dialógico, negocial da nova ambiência social do mundo contemporâneo, extremamente volátil e complexa”. 12
Marcello Chamusca
Professor convidado do MBA em Mídias Sociais (mbagems.webnode.com) e do curso de pós- graduação em Relações Públicas da FBB (www.egerp.com.br), do MBA em Marketing Digital da FGV e de outros cursos de pós-graduação em Comunicação e Marketing no Brasil. Presidente internacional da Associação Latino-Americana de Relações Públicas (ALARP) e membro permanente do Conselho de Relações Públicas do Centro Interamericano de Comunicação (CIC). CEO da VNI Comunicação Estratégica e Digital. Diretor Geral do Portal RP-Bahia (www.rp-bahia.com.br)
“Os 100 anos de Relações Públicas no Brasil serviram para nos mostrar quão grande e importante essa atividade é para a sociedade. Os inúmeros casos de sucesso, como o da saudosa Vera Giangrande à frente das Relações Públicas do Grupo Pão de Açúcar, nos mostram o valor estratégico dos relacionamentos e da importância da mediação de interesses entre organização e seus públicos de interesse. A nossa profissão vem ganhando cada vez mais espaço tanto do ponto de vista acadêmico-científico, com o avanço das pesquisas e da sedimentação de um corpus teórico específico que os grupos de pesquisa do nosso país vêm desenvolvendo, quanto do ponto de vista do mercado, em que a profissão tem ganhado a cada dia mais destaque, sobretudo nas grandes organizações. Tenho, particularmente, um grande orgulho de ter dado uma parcela significativa de contribuição para que a percepção geral da nossa profissão tenha entrado num ciclo positivo de 2006 em diante no nosso país, quando realizamos a maior e mais representativa campanha de nacional de valorização da profissão que o nosso país já teve, quando mobilizamos todo o país com ações de grande impacto, que possuem repercussões até os dias atuais.”
Marcelo da Silva
Professor de Relações Públicas da Universidade Federal do Maranhão Graduado em Relações Públicas e Mestre em Comunicação pela Universidade Estadual de São Paulo – Faac-Unesp] Foi professor e coordenador do curso de Relações Públicas da Universidade Sagrado Coração de Bauru-São Paulo Doutorando em Comunicação Social pela Universidade Metodista de São Paulo “A história das Relações Públicas indicam, cada vez mais, que elas existem por e para um mundo mais justo, aliando estratégia, política e mediação. Tanto por seu arcabouço teórico, quanto pelo avanço das práticas de mercado - nas quais as relações públicas têm permeado todo processo comunicativo - a atividade desponta como uma condição sine qua non, por ser capaz de trazer ao centro da comunicação seu aspecto mais relevante: a preocupação e a valorização das alteridades, dotadas de idiossincrasias, desejos, e necessidades, além de uma vontade voraz de falar. Na fluidez contemporânea das identidades e dos relacionamentos, as relações públicas são a amálgama capaz não de harmonizar interesses, mas de gerir conflitos.” 13
ENTREVISTA:
FLÁVIO
SCHMIDT
Flávio Schmidt é formado em Letras Vernáculas e Comunicação Social com habilitação em Relações Públicas e especialização em Administração de Recursos Humanos, possui curso de aperfeiçoamento em Planejamento Estratégico e Marketing Institucional. Atualmente é sócio diretor da consultoria de relações públicas, ProImagem, onde busca desenvolver uma comunicação eficiente para o sucesso dos negócios empresariais. Após atuar durante doze anos no Sistema Conferp, sendo diretor e presidente do Conselho Regional dos Profissionais de Relações Públicas Conrerp SP / PR, e do Conselho Federal dos Profissionais de Relações Públicas – Conferp, foi homenageado como destaque profissional em 2006, em reconhecimento por sua contribuição ao desenvolvimento das Relações Públicas no Brasil. A 40ª edição da revista RP ALTERNATIVO, que comemora os 100 anos das Relações Públicas no Brasil, traz esta entrevista com Flávio Schmidt que, dada a sua experiência e visão profissional, foi convidado para falar como as relações públicas têm se transformado e se fortalecido ao longo dessas 10 décadas de evolução.
Nathalia Coelho nathalya.coelho@outlook.com
Mariana Cerveira mariana.cerveira@hotmail.com
RPa: Em 2014, a profissão completa 100 anos no campo Brasileiro. De acordo com sua experiência de atuação na área, quais foram as evoluções ocorridas na área de Relações Públicas, e quais são os desafios enfrentados no cenário atual? Flávio: Relações Públicas evoluiu conforme o mercado. A globalização iniciada na década de 1990 e depois a ampliação da comunicação digital proporcionaram, em todos os sentidos, um fantástico avanço das relações públicas para a sociedade, para o mercado. Não poderia ser diferente, porque a tecnologia avançou para todas as formas de relacionamento e a atividade de relações públicas tem como base principal exatamente o desenvolvimento de processos de relacionamento. Se todas as demais profissões tiveram que aprender a fazer relacionamentos, e, para algumas, a duras penas, para Relações Públicas foi diferente, porque ela já nasceu para isso. Mas há, sim, um enorme desafio que os profissionais de relações públicas terão que vencer: aprender a fazer relacionamentos institucionais, porque por enquanto estão fazendo relacionamentos sociais, promocionais, mercadológicos e até jornalísticos. Ainda não há a essência de relações públicas nas redes sociais. Essa é uma coisa que os relações-públicas terão que aprender a fazer.
trabalha em comunicação, para o mercado tudo é comunicação, inclusive relações públicas. Nesse contexto existe uma infinidade de profissionais trabalhando e a competitividade é a competência. Percentualmente falando, os profissionais de relações públicas representam cerca de 20% desse contingente. Não dá para falar em reconhecimento ou valorização. Para atuar e ter sucesso nesse mercado, o profissional tem que se valer de sua competência, de seu diferencial em relação aos demais, mas não ficar preso a uma ‘pseudo’ valorização da profissão. Vencerá quem se posicionar profissionalmente por sua real competência. RPa: Nos últimos anos a procura pelo curso de Relações Públicas tem aumentado consideravelmente. De onde vem esse interesse? Flávio: Pela descoberta de que a melhor maneira de fazer comunicação no mercado é por meio dos fundamentos da atividade de relações públicas. Isso é inegável e reflete na escolha do curso pelos candidatos. Isso ocorre também com os cursos de pós, que atraem profissionais de outras áreas para se especializarem. Como disse, a atividade está em alta e as universidades podem se valer disso para ampliarem ainda mais a oferta de cursos na área de Relações Públicas.
“O estigma está na diferenciação do que é atividade e do que é profissão.”
RPa: Há um estigma de que a profissão não é valorizada. Qual é a sua análise do mercado de comunicação em relação às Relações Públicas? Flávio: O estigma está na diferenciação do que é atividade e do que é profissão. Esse fantástico avanço se deu para a atividade, mas não para a profissão. Como já disse outras vezes, estamos vivendo a “Era das Relações Públicas”, mas a era da atividade, não da profissão. A profissão, do modo legal e oficial, não é reconhecida nem valorizada pelo mercado. O mercado valoriza quem
RPa: Apesar de termos atualmente uma comunicação intensa, abrangente e praticada em todas as esferas e níveis, ela não é transformadora. Por que isso acontece? Flávio: Simplesmente porque a comunicação é realizada com ênfase na circulação da informação, pelo entusiasmo de fazer uma informação alcançar centenas milhares de pessoas ao mesmo tempo, até viralizar, pela busca do aproveitamento máximo do potencial dos meios de comunicação, particularmente, pelo potencial da comunicação digital e das redes sociais. Tudo isso é fantástico, 15
sem dúvida, mas a comunicação desse modo está concretas, por meio da apresentação de resultafocada na mudança de ideias, não de compor- dos e não por meio de certificação, rotulação. tamentos. As pessoas mudam de ideia a todo o momento, mas continuam fazendo as mesmas coi- RPa: Em um ano onde o tema políticas públisas de sempre. Pense em você. Aquelas empre- cas está em vigor, qual é o papel das Relações sas que foram criticadas por práticas de trabalho Públicas no cenário da comunicação política, e “escravo” foram duramente atacadas nas redes quais as principais preocupações que o profissociais, mas continuam fazendo total sucesso e sional que trabalha nessa área deve ter? a forma de produção continua inalterada. Mui- Flávio: Relações Públicas pode e deve ter papel tos que construíram teses de comunicação sobre fundamental nessa área da comunicação públio assunto compram ca. Mas o profissional e utilizam os serviços precisa praticar uma codessas empresas sem municação voltada para qualquer cerimônia. o interesse coletivo, o “Na verdade, é o O exemplo é esse, a bem-estar da sociedacomunicação eficiente de, da população, das profissional de relações pú- pessoas. Hoje a comunimuda as ideias, mas somente a comunicação pública está cenblicas que precisa se mos- trada em porta-vozes, cação eficaz, muda comportamentos. A na divulgação jornalíscomunicação real trar. Estes precisam apren- tica das benfeitorias e precisa mudar combenesses dos governos, portamentos, não soder a se posicionar, mostrar em campanhas publimente ideias como é citárias, com foco mero seu perfil atualmencadológico. O conceito porque são importantes, te. da comunicação pública deve ser antipartidário, necessários e RPa: Em relação à sinão de um governo estuação mercadológipecífico, ela tem que ser essenciais.” ca e de trabalho em apenas comprometida nosso país, qual é a com a democracia, com sua avaliação sobre a construção da cidadaa absorção de profissionais de Relações Públi- nia e o bem-estar comum. Se os relações-públicas cas pelo mercado brasileiro, atualmente? puderem e souberem atuar desse modo na comuFlávio: Atualmente, o fato de alguém ter forma- nicação pública, farão total diferença. Mas terão ção em relações públicas, não altera nada na primeiro que mudar a concepção da proposta da questão de absorção. O mercado não está pre- comunicação e começar a mudar a consciência e o ocupado com a classificação dos profissionais de comportamento do administrador público. Tarefa relações públicas. Ele está preocupado com a nada fácil, mas plenamente possível. competência e o resultado do trabalho de relações públicas. Agora, o modo como o profissional RPa: De que forma as Relações Públicas devem se comporta, se posiciona frente às novas necessi- se mostrar para o mercado, de maneira que vedades do mercado, e como ele realmente contri- nha conscientizar os empresários da sua imporbui para o resultado esperado do seu trabalho, tância dentro da organização? sim, poderá influenciar em sua absorção. Os pro- Flávio: Os empresários já estão bem conscientes fissionais de relações públicas têm superioridade da importância da comunicação para sua sobrevitécnica e diferenciais marcantes que devem ser vência e manutenção de sua imagem e reputação, demonstrados ao mercado por meio de atitudes mas ainda pensam na comunicação de resultados, 16
principalmente mercadológicos. Não conheço nenhuma empresa que já não tenha preocupação com a comunicação ou até mesmo um profissional com essa função, ainda que seja de que área for e Relações Públicas estão inseridas nisso. Nesse sentido, a atividade de relações públicas caminha a passos largos para o seu crescimento cada vez maior. Na verdade, é o profissional de relações públicas que precisa se mostrar. Estes precisam aprender a se posicionar, mostrar porque são importantes, necessários e essenciais. RPa: O que acha do programa de Flexibilização da Legislação e Abertura da Profissão, apresentado pela gestão passada do Conferp? Flávio: O programa tinha como objetivo primordial fortalecer a profissão e resgatar o valor do profissional para depois evoluir para a mudança maior com a atualização da Lei 5377. Os profissionais não entenderam esse objetivo e agora a gestão atual do Conferp propõe aplicar os mesmos critérios diretamente numa proposta de alteração da Lei Federal, no Congresso. Os critérios já tinham sido estabelecidos pelo progra-
ma de flexibilização e contemplavam as medidas adequadas para a manutenção do bacharel em Relações Públicas e para ampliação segura do registro para pós-graduados, lato e stricto senso. A questão é que o tempo agora já é passado e a categoria dos profissionais de relações públicas perdeu a oportunidade da uma real mudança, possível e efetiva. A proposta de mudança direta da Lei 5377 enfrentará muita resistência, pois existem correntes influenciadoras contrárias dentro e fora do Congresso Nacional, até entre os próprios profissionais de relações públicas, que atuarão no sentido de impedir a aprovação de um PAL dessa natureza. Só o fortalecimento da categoria, como propunha a flexibilização, seria capaz de enfrentar essas forças contrárias e, quem sabe, talvez nem as tivesse. Mas o tempo da flexibilização passou e o plano de ir direto ao Congresso Nacional não terá forças para aprovar tal mudança. Enquanto se permanece nessa infindável discussão, a categoria profissional e o Sistema Conferp vão sendo cada vez mais levados à inanição, até a sua própria falência.
RPa: Caso queira acrescentar algo que não foi perguntado, por favor, fique à vontade. Flávio: É importante registrar que a atividade de relações públicas está cada vez mais fortalecida e se expande vertiginosamente no mercado e as oportunidades de trabalho se ampliam na mesma proporção. Portanto, os profissionais de relações públicas não têm nada com que se preocupar, pois além de tudo são diferenciais. Os problemas e as mazelas estão associados à defesa da formação da categoria e de uma profissão legalizada.
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As novas diretrizes no curso de As Relações Públicas surgiram no mundo quando as empresas perceberam que precisavam dar respostas aos seus públicos. Ivy Lee, em 1906, foi o primeiro a pôr em prática os princípios das RP. No Brasil, coube à Light, antiga concessionária de transportes coletivos e iluminação pública paulistana, ser a precursora na aplicação de tais princípios, no ano de 1914, com a criação de um departamento de Relações Públicas. Já o primeiro curso de RP do país foi criado em São Paulo, pelo Instituto Brasileiro de Filosofia, em 1956, porém, em nível técnico. O respectivo curso superior no Brasil passou a existir, inicialmente, na cidade de São Paulo, em 16 de junho de 1966, pela USP. Hoje, com o advento das novas tecnologias de comunicação e de mudanças sócio comportamentais, o profissional de Relações Públicas precisa estar sempre atento à dinâmica público-empresa. Para tanto, fazem-se necessários contínuos ajustes na matriz curricular do curso, para que o egresso dessa área saia da academia com competências adequadas àquele cenário e uma visão mais abrangente, respondendo satisfatoriamente aos anseios da sociedade e do mercado de trabalho. Em maio de 2010, o Ministério da Educação instituiu novas propostas na elaboração das referências nacionais dos cursos de Relações Públicas em todo o Brasil. Para a reformulação do curso, foi formada uma comissão nacional de professores, com composição representativa em termos regionais e com atuação profissional e acadêmica reconhecida, para discutir e propor a diretriz curricular do curso. Com as novas orientações, as habilitações de Comunicação Social deixariam de existir, passando a serem cursos, o que facilitaria o aprofundamento nos estudos de cada área. A comissão de especialistas, nesse mesmo período, composta pelos professores Margarida Maria Krohling Kunsch (presidente), Cláudia Peixoto de Moura, Esnel José Fagundes, Márcio Simeone Henriques
(relator), Maria Aparecida Viviani Ferraz, Paulo Roberto Nassar de Oliveira e Ricardo Ferreira Freitas, estabeleceu como estratégia a escuta dos diferentes membros envolvidos (estudantes, professores, profissionais, empresários e representantes da sociedade civil), realizando consulta virtual e audiências públicas em cada uma das cinco regiões brasileiras. A comissão também contou com contribuições de entidades empresariais, profissionais e de ensino, cujas manifestações foram devidamente consideradas. A consulta foi realizada no portal do MEC, de 30 de julho a 30 de setembro de 2010, para agregar sugestões à proposta das novas diretrizes, propondo manifestação pública sobre questões pertinentes ao futuro do curso de Relações Públicas. Já as audiências regionais foram realizadas nas principais cidades da cincos regiões do país: Porto Alegre, São Paulo, Recife, Manaus e Brasília. Por fim, a comissão procedeu a levantamentos e análises a respeito da situação das atividades dos cursos de graduação em Relações Públicas no Brasil e no mundo. As principais pautas discutidas foram: objetivos para a formação em RP, perfil do egresso, competências a serem desenvolvidas ao longo do curso,
conteúdos norteadores para a formação em RP, quesitos 18
curriculares nacionais Relações Públicas que podem definir um modelo de qualidade para o curso, temas de outras áreas que integram valor ao curso. A proposta final foi entregue ao MEC em outubro de 2010 e o parecer aprovado em março de 2013. A proposta da comissão foi dividir a matriz do curso em quatro grandes eixos na seleção e organização de conteúdos: I - eixo de Formação Geral, revendo disciplinas baseadas, essencialmente, em conhecimentos das Humanidades e das Ciências Sociais Aplicadas, da Filosofia e da Sociologia, com foco na ética e nas questões da sociedade contemporânea, em especial àquelas ligadas aos temas dos direitos humanos, educação ambiental e sustentabilidade; II - eixo de Comunicação, levando em consideração os conteúdos teóricos e aplicados das Ciências da Comunicação, linguagens, mídias e tecnologia; III - eixo de Relações Públicas, com foco nas teorias do curso e das práticas laboratoriais e IV - eixo de Formação Suplementar, que deverá contemplar conteúdos de domínios conexos, importantes para a construção do perfil e das competências pretendidas. Os programas curriculares de Relações Públicas devem ser idealizados e implementados sob a
forma de uma comunicação integrada. Isto porque a capacidade de adaptar-se às múltiplas demandas da gestão organizacional e de efetivar tarefas de forma conjunta com outros profissionais demanda um RP com visão aberta e universal, sem abrir mão de perspectivas particulares sobre as formas de comunicação com os públicos. Além disso, é importante o conhecimento integrado das técnicas jornalísticas, publicitárias, audiovisuais, entre outras disciplinas que serão ofertadas no novo currículo. Dessa forma, o curso não se distanciará das outras áreas da comunicação. Entende-se primordial esse diálogo, materializado na consecução de projetos comuns de ensino, pesquisa e extensão, ou ainda, na oferta comum de atividades didáticas. Assim, a questão está em procurar a formação que abarque as possibilidades de conhecer e ponderar, de forma específica, o relacionamento entre organizações e públicos, sem restringir demasiadamente o conjunto de práticas e limitar as chances de atuação do futuro profissional em novos campos. Reflexo das diretrizes na UFMA Cada Universidade ou Faculdade que oferece o curso de Relações Públicas poderá seguir suas linhas de formação e de regionalização, sem destoar do novo projeto pedagógico e da nova matriz curricular do MEC. Na UFMA, formou-se uma comissão de professores da área para deliberar, de forma intensiva, como seria a nossa grade curricular. Os encontros começaram logo no começo do ano de 2014, tornando-se semanais, a partir de junho, com dia da semana definido. A comissão foi constituída pelos docentes Esnel Fagundes, Éllida Guedes, Protásio Cézar do Santos, Marcelo da Silva e Jane Maciel, tendo tido a colaboração de Francinete Louzeiro nas primeiras reuniões e, participação inicial de Henrique Coutinho como representante discente na comissão. A professora Éllida Guedes, reiterando o parecer do MEC, nos 19
contou que as disciplinas foram criadas ou reformuladas a partir do contexto social, político e mercadológico em que vivemos, além de serem consideradas questões da atualidade, na perspectiva da área. Discutir as novas demandas das Relações Públicas é o tom do novo currículo. Uma das grandes inovações na matriz curricular é a oportunidade do aluno fazer disciplinas do eixo de formação geral em outros cursos da UFMA. Os professores perceberam que muitas disciplinas das áreas humanas e sociais estavam engessadas com o acréscimo da terminologia “comunicação” ao nome delas, impedindo os interessados de cursá-las fora do curso de Comunicação. Para a aluna do 5° período do curso de Relações Públicas da UFMA, Ramaiana Mendes, “isso facilitará a matrícula nessas disciplinas, visto que terá um leque maior de oportunidades de cursá-las em outras áreas e em turnos mais convenientes”. Outra mudança bastante festejada pelos alunos foi à inclusão na matriz de temas que abordam as mídias e suas diversas plataformas. Muitos reclamavam da pequena inserção dessa área na formação acadêmica em comparação às outras habilitações do que se chamava Curso de Comunicação Social da UFMA. Agora, com a implementação de matérias como “Linguagem Fotográfica em Relações Públicas”, que aborda a questão da fotografia institucional, e “Linguagem e Audiovisual em Relações Públicas”, o estudante poderá ter, através de aulas práticas em laboratório, os conhecimentos necessários para compreender como as diversas mídias estão modificando profundamente o cotidiano do profissional de RP. Algumas disciplinas trocaram de nome, como
Introdução à Administração que passou a ser denominada Abordagens Organizacionais, agora mais focada nas questões das organizações e não nas teorias da administração. Gestão Estratégica em RP substitui Planejamento Estratégico em RP, tendo o direcionamento para a gestão estratégica e com o planejamento em uma dimensão geral. Relações Públicas e Práticas de Consumo entra no lugar de Publicidade e Propaganda. Outras disciplinas foram reunidas em uma só, como, por exemplo, Gestão Estratégica de Eventos Coorporativos, que incorporou Cerimonial e Protocolo e Planejamento de Eventos. “Temos que trabalhar eventos como estratégia de comunicação e não aprender a fazer eventos [...] o foco da nova disciplina será: qual é a função estratégica de um evento dentro das organizações?”, pontuou o professor Esnel Fagundes ao apresentar a nova matriz aos alunos. No mais, a carga horária seguiu os parâmetros nacionais, aumentando de 2.800 horas para 3.200, incluindo as atividades complementares, que subiram de 120 horas para 200, a obrigatoriedade de cursar duas disciplinas eletivas (temas como meio ambiente e empreendedorismo nas RP estão em pauta), a monografia ou projeto do curso, que terá 150 horas, e o estágio supervisionado, com 200 horas Na UFMA, a nova matriz tem previsão de ser implantada no segundo semestre de 2015.
Uma das grandes inovações na matriz curricular é a oportunidade do aluno fazer disciplinas do eixo de formação geral em outros cursos da UFMA.
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Leandro Almeida lealfe10@hotmail.com
“RELAÇÕES PÚBLICAS, MERCADO E REDES SOCIAIS”
Resenha I
“Relações Públicas, mercado e Redes Sociais”, de Rafael Vergili, obra derivada da dissertação de mestrado do autor, traz uma abordagem sobre a profissão de RP e as novas exigências do mercado. Rafael é mestre em Comunicação pela Cásper Líbero e doutorando em Ciências da Co-
sociais na relação com a imagem institucional, a capacitação e o tipo de conhecimento que o profissional de RP deve ter para realizar seu trabalho nesse ambiente. O autor analisa pesquisas realizadas com grandes empre-
municação pela Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA/USP). É um pesquisador interessado no impacto das novas tecnologias nas organizações, participa de congressos, grupos de estudo, e escreve diversos artigos para periódicos, além de atuar na área de assessoria de imprensa. A obra tem como tema central informar sobre como proceder nos novos campos de atuação da profissão de RP, e responde a perguntas essenciais para quem pretende trabalhar as Relações Públicas na web, ambiente onde se fica sujeito a grande exposição (negativa ou positiva). Traz questionamentos sobre a utilização das redes
quatro capítulos: “Internet, web e redes sociais: limites e potencialidades”; “Deontologia e novos desafios para as relações públicas”; “A influência da tecnologia em RP: as maiores empresas do país e as exigências do mercado”, e “Relação entre entendimento da estrutura tecnológica e articulação de redes sociais”. Uma das qualidades importantes do livro é que o autor apresenta os princípios que orientam a atividade de relações públicas e o novo ambiente em que o profissional está incluído, e ainda reflete sobre os valores, a capacisas e representantes de agências tação e as habilidades requisitade comunicação que apresentaram das do RP que busca integrar-se dados a respeito da relação RP, nesse novo mercado. organizações e rede social. Cons-
Arthur Veiga arthurvveiga@hotmail.com 21
tatou que as grandes companhias estão inserindo o relacionamento com os públicos nas redes sociais e querem aperfeiçoar esse contato apesar do receio, por parte das organizações, de receberem opiniões negativas e um possível prejuízo à reputação. A obra está dividida em
Relações Públicas e novos cenários:
Blogs e produção de conteúdo específico
Juara Castro juaracastro@gmail.com
O blog é uma estraté- experiências, propor reflexões e endossar as postagens, que de gia extremamente útil na pro- agregar áreas de interesse di- forma natural, voltou-se para dução de conteúdo e expansão versas dentro da profissão. comunicação. da presença online da marca. Em 2010, de forma pre- Pedro destacou o contenPorém, este recurso ainda é tensiosa, Pedro Prochno, Re- tamento com sua equipe de copouco visualizado dentro das lações Públicas formado pela laboradores que está em cresorganizações brasileiras como Universidade Metodista de São cimento pelo surgimento de um uma estratégia comunicacional Paulo resolveu criar um canal de novo projeto encabeçado por eficaz. O blog, que antes tinha comunicação para compartilhar ele, o site “Todo Mundo Precisa caráter subjetivo e era utilide um RP”: “Éramos 12 no zado muito mais como diátotal, 12 pessoas que eu rio pessoal, se tornou fonte ”Blogs renomados, sérios admiro e fiquei muito honde pesquisa e compartilharado de tê-los ao meu lado. e dedicados podem tramento de conteúdo para Com a criação da Todo zer conteúdo muito mais diferentes áreas do conheMundo Precisa de um RP, o relevante, novo e de for- número aumentou para 14 cimento. Diante dessa dinâmica, as ma muito mais ágil do que autores”, disse em entrevispublicações impressas” ta online para RP AlternatiRelações Públicas podem ocupar esses espaços, tanva nº40. Atualmente, os auto dentro das organizações, tores propõem-se a discutir utilizando o blog como ferra- ideias e pensamentos sem foco e informar sobre as temáticas de menta de comunicação interna especifico em RP. Quando o blog gestão, eventos, gerenciamento e/ou externa ou gerando con- completou um ano no ar, Proch- de mídia, cerimonial e protocolo, teúdo científico no âmbito das no resolveu convidar novos auto- marketing e comunicação, entre relações públicas, ao relatar res para fazer parte do time e outras. 22
Ainda existe certa ponderação em tratar conteúdos produzidos por blogs como relevantes e científicos. Carol Terra, doutora em Comunicação traz no seu livro “Blogs Corporativos” a discussão a cerca do modismo e da consolidação dos blogs como fonte e canal de comunicação. Pedro Prochno acredita que a imagem, história e reputação de um blog são cruciais para a sua relevância dentro do cenário profissional. “Acho que blogs renomados, sérios e dedicados podem trazer conteúdo muito mais relevante, novo e de forma muito mais ágil do que publicações impressas”, pontuou. Com uma média de 9.000 views por mês, o Blog Relações é referência em informação e conteúdo no que diz respeito à área de Relações Públicas no Brasil. A plataforma utilizada pelo blog é o Wordpress customizado e selfhosted e os colunistas recebem em média um convite para palestras por mês, o que aumenta a visibilidade da área e dos seus profissionais no mercado. No cenário contemporâneo da cultura participativa, a força para ressonância do conteúdo vem das redes sociais digitais. Segundo Pedro Prochno, as
interações com os leitores se dão muito mais no âmbito das redes sociais, destacando o Facebook e Twitter como as mais relevantes. Pedro salientou a importância dessas redes para o blog, afirmando que: “Além do papel de fomentar conversas, elas são também o principal veículo de
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propagação e expansão da rede atingida pelo conteúdo do blog”. Os blogs atendem a demanda de reforçar e propagar conteúdos, serviços e produtos na Internet. É cada vez mais necessário preencher os espaços que os públicos de interesse ocupam, por meio de um trabalho eficaz, baseado na ética profissional e no compromisso com os leitores. Informação e conhecimento devem romper barreiras e a emergência dos blogs contribui significamente com essa dinâmica. Para conhecer o trabalho do Pedro Prochno e sua turma, acesse http:// www.blogrelacoes.com. br/ ou curta /blogrelacoes no Facebook ou se preferir interaja no Twitter com a hashtag #blogrelaçoes.
Resenha II
“CULTURA DA CONVERGÊNCIA”
O livro de Henry Jenkins traz uma contribuição referente ao cenário contemporâneo no qual as mídias tradicionais e as novas mídias colidem e congregam. A ideia é criar um ambiente ficcional baseado na interação e coparticipação da audiência no desdobramento da narrativa transmidiática. Apesar de
No decorrer do livro, Henry Jenkins articula três noções fundamentais para o entendimento do seu argumento: a convergência midiática como processo cultural e não tecnológico; o modelo da narrativa transmidiática como referencial da noção de convergência e o conceito de economia afetiva, que serve
ser um processo atrelado a uma condição tecnológica, a convergência das mídias apresenta-se como um processo cultural ligado à recepção, entendimento e continuidade da narrativa frente ao consumidor. Em tal obra, Jenkins considera as séries Heroes e Matrix como dois símbolos da narrativa transmidiática, por proporcionarem uma experiência de entretenimento diferenciada, considerando o universo ficcional explorado pelos autores das tramas e a forma com que esses produtos são consumidos em diversas plataformas, especialmente pelos fãs das séries. Para o autor, na cultura da convergência o consumidor é um caçador que deve perseguir pedaços da história pelos diferentes canais os quais ela perpassa.
para pensar o comportamento de nimento. consumidores e produtores na con- Diante da realidade contemporânea presenciamos mudanças no cenário social, político e econômico, que estarão diretamente ligados à nova dinâmica da comunicação, que supera a práxis e envolve mais reflexões a cerca do intangível. A produção, consumo e manutenção dos produtos midiáticos exigirão dos profissionais novas habilidades, não apenas atreladas à tecnologia, mas na reflexão e aplicabilidade do engajamento, que não será apenas comercial e de entretenimento. Mas envolverá questemporaneidade. tões de amplitude social e política, Para ilustrar suas teorias e apre- transformando continuamente o coensões, ele utiliza alguns produtos tidiano da sociedade. midiáticos como realitys shows e JENKINS, Henry, Cultura da Confilmes, dentre eles: American Idol, vergência. São Paulo: Aleph, 2008 Matrix, Bruxa de Blair e Star Wars (Edição em português). Galaxies. Focando suas reflexões
Juara Castro juaracastro@gmail.com 24
sobre o caráter participativo dessas produções, suas conexões com a cultura de massa e relacionamento do público com os meios de comunicação. O autor discute o caráter mercadológico dessas narrativas transmidiáticas e o processo de engajamento contínuo que, neste cenário, restringe-se ao entrete-
Facebook e a relação
GOVERNO x CIDADÃO Segundo Torquato do Rego, as Relações Públicas Governamentais têm como função primordial “levar à opinião pública fatos de significação ocorridos na esfera governamental”. É basicamente utilizada para divulgação ou reafirmação de ideologias e manutenção de poder.
O contexto contemporâneo da democracia, contudo, exige um trabalho do profissional de Relações Públicas diferenciado, para que se produza um efeito real, interativo, positivo e de participação popular. O desinteresse por temas políticos, que são massivamente tratados nas relações entre o Estado e o cidadão, além da falta de informação de grande parte da população são grandes adversários das realizações das Relações Públicas Governamentais de forma eficaz. Cotidianamente, vê-se a administração pública, seja ela direta ou indireta, fazendo Relações Públicas Governamentais do modo tradicional: burocrático, repleto de regras de relação, o mais unilateral possível. Se levar-se em consideração as RP’s Governamentais exercidas através das redes sociais, mais especificamente o facebook, pode-se observar um leque de possibilidades no que diz respeito à interação, dinâmica, compartilhamento e difusão de informação. Outro fator importante é que o facebook é uma plataforma que permite diferentes formas de transmissão: vídeos e fotos, além de textos. Entretanto, alguns órgãos, como a Prefeitura de São Luís (www.facebook.com/PrefeituraDeSaoLuis), ainda não se adaptaram ou não notaram que se mudando a linguagem utilizada na
rede e alterando-se o modo que se passa a informação é possível atrair o público para debates de assuntos politicamente importantes. Com certeza, se exploradas as possibilidades, é possível fazer RP entre governo e cidadão, de modo mais eficiente e atrativo. Por outro lado, um exemplo positivo é o trabalho de RP Governamentais desenvolvido pela Prefeitura de Curitiba (https://www.facebook. com/PrefsCuritiba), cuja assessoria de comunicação usa de personagens, estórias e comédia para atrair seu público. O trabalho atrai não somente curitibanos, como pessoas de outras cidades que admiram o o modelo de comunicação prestado. É notável a diferença entre o trabalho exercido pelas assessorias das duas prefeituras, mesmo sendo de mesma natureza. São visíveis, também, a participação, interação e dinamicidade pública sobre os assuntos abordados. A internet, através da ferramenta facebook, é uma plataforma diferente dos suportes analógicos tradicionais e exige uma linguagem singular, de características próprias. Saber utilizá-la e aproveitar suas possibilidades é um grande passo para uma mudança no modo de fazer Relações Públicas Governamentais. Uma mudança positiva.
Virginia Costa virginia.costa@gmail.com 25
CAMPANHA DE DOAÇÃO DE ÓRGÃOS A campanha de doação de órgãos “Doar é um ato de amor: declare-se” foi criada pelos alunos do 6º período do Curso de Relações Públicas da Universidade Federal do Maranhão, no primeiro semestre de 2014, como atividade prática da disciplina Campanhas Institucionais em Relações Públicas. Os alunos foram procurados pelo Departamento de Comunicação Social para desenvolverem uma campanha de incentivo à doação de órgãos no Maranhão, ideia que nasceu do contato entre a professora Heloisa Oliveira, pesquisadora no projeto científico “Doação de órgãos e tecidos: uma pesquisa convergente assistencial”, e o Departamento, ocasião quando declarou não entender o motivo de as pessoas recusarem-se a ser doadoras. A partir daí, a pesquisadora foi direcionada pela chefia do departamento à turma de Campanhas Institucionais. No primeiro momento, foi solicitada aos alunos a realização de uma pesquisa que descobrisse os motivos que impedem a doação de
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órgãos pelas pessoas, com o objetivo de mudar essa realidade. O assunto foi discutido em sala de aula até que se percebeu a necessidade de novas estratégias para atingir os objetivos recomendados pela pesquisadora. Foi então que surgiu a proposta de elaboração de uma campanha que ajudasse a aumentar do número de doadores em São Luís. Dessa forma, os alunos tomaram a campanha como peça prática da disciplina e nela trabalharam até o final do período. Depois de conhecer o cenário de doações de órgãos no Maranhão através da pesquisa da professora Heloisa, os alunos visitaram a Central de Transplantes de órgãos do estado localizada no Hospital Materno Infantil. Lá, tiveram contato com os materiais produzidos em campanhas anteriores e descobriram como é feito o trabalho da equipe na busca por doadores. Levando em conta as dificuldades enfrentadas com o método de recebimento de órgãos, o processo de criação da campanha teve início com a avaliação
DOAR É UM ATO DE AMOR: DECLARE-SE! dos públicos que queriam atingir. Em seguida, foram pensadas as estratégias que seriam usadas com cada público e, por fim, como angariar patrocínios para a realização das atividades propostas. A última parte do planejamento da equipe de alunos, porém não menos importante, foi a criação do slogan, juntamente com a arte que consolidou a identidade visual da campanha. A proposta era fazer algo especial e diferente do que vinha sendo feito nos anos anteriores. Foi com essa intenção de sensibilizar o público que relacionaram o ato de doar à atitude de amor, à declaração de amor, mostrando que só quem ama o próximo doa e, portanto, declara-se doador. Desse raciocínio criaram a frase: “Doar é um ato de amor, declare-se”. Finalizado, o projeto foi apresentado em primeira mão ao Reitor da Universidade Federal do Maranhão que abraçou a obra -prima de seus alunos e levou a UFMA, pela primeira vez, a apoiar a campanha. Atualmente o trabalho prossegue como projeto de pesquisa e extensão, no
qual os alunos bolsistas trabalham para a realização do projeto completo, previsto para 2015. O Hospital Universitário do estado, que realiza a campanha de doação de órgãos todo ano, aproveitou parte das estratégias criadas pelos alunos e realizou algumas delas no mês de setembro, durante a semana nacional de doação de órgãos. O lançamento aconteceu no Auditório Central da UFMA, seguido da montagem de um stand da campanha na área externa do Restaurante Universitário. Na ocasião foi feita abordagem dos alunos que estavam na fila do RU com panfletos e informações sobre a importância da doação, e a condução dos que deixavam o RU até ao stand para curtirem a fanpage e se declararem doadores no Facebook. A campanha também fez uso de copos verdes, simbolizando as cores da campanha durante toda a semana. Estas foram só algumas das ações realizadas, visto que grande parte delas são medidas de longo prazo, e por isso só serão executadas na campanha de 2015.
Julyane Prazeres julyaneprazeres@hotmail.com
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Relações Públicas e Cultura:
Interfaces no exercício do profissional Dante Assunção danteassuncao@gmail.com Desde o surgimento das Relações Públicas no Brasil sempre se manteve o foco do profissional sobre o exercício de gerenciar a imagem político-empresarial das organizações diante de seus públicos. Essa principal vertente de trabalho, na necessidade de acompanhar a sociedade em suas múltiplas transformações, se ampliou em vários ramos e atividades e hoje abrange diversas áreas como a arte, o social comunitário e a cultura. Quando se fala em cultura, é comum sentir certa dificuldade ao tentar definir um termo tão complexo e abrangente. Em geral, a palavra cultura sempre é vista levando em considerando a relação do ser humano em seu convívio social e pode ser abordada a partir daí, sobre a ótica de diversas disciplinas como a antropologia, a filosofia e a comunicação. Nos parágrafos seguintes, será utilizada a definição de cultura com significância no modo de ser e agir de
determinado grupo, comunidade, instituição ou sociedade, em suas produções e relacionamentos. Desta forma, considerando a matriz da cultura os relacionamentos e a matriz dos relacionamentos a comunicação, o exercício dos profissionais de comunicação, em especial os Relações Públicas, no âmbito do setor cultural têm se tornado extremamente promissor. Parte disto se deve ao fato da formação do profissional estar vinculada a competências de gerenciar relacionamentos e trabalhar a comunicação, e desta maneira, fazer uso do seu domínio trabalhado da linguagem, adaptando-as as mais diversas plataformas digitais e mídias clássicas. Justamente pelo seu trabalho de coordenar relacionamentos, as Relações Públicas são muito visadas quando há a necessidade de estabelecer um diálogo maior entre classes que têm problemas para se comunicar como é o caso da classe empresarial e a cultural. As desavenças naturais entre ambas – empresários reclamando da falta de profissionalismo dos artistas e a classe cultural reclamando da interferência das empresas na tentativa de ganhar lucros – podem ser reconfiguradas e coordenadas a partir da figura das Relações Públicas, responsáveis por aprimorar e reconhecer em cada uma delas suas
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necessidades, e desta forma, estreitar os vínculos promovendo uma abertura maior de diálogo entre elas. Na prática de formar e gerenciar vínculos, as Relações Públicas dispõem de uma ampla gama de opções ao escolherem trabalhar no setor cultural. A primeira, e mais comum delas, é o trabalho com cultura organizacional, onde se têm a oportunidade, como gestor, de trabalhar o conjunto de valores, crenças, princípios e normas que constituem uma organização, visando fortalecer a capacidade de as empresas tem de se ajustarem as mudanças ambientais, coordenando e integrando suas operações internas; a segunda é como produtor e ou gestor cultural, sendo responsável pela direção executiva do projeto e sua respectiva administração; e por fim, como propagador/comunicador cultural onde se assume o papel de incentivador e fortalecedor cultural, promover o intercambio entre elas e enfatizando a importância e variabilidade da cultural local e nacional na vida das pessoas. É importante destacar que nenhum desses trabalhos teria suporte existente se não houvesse amparo e compromisso do Estado com o incentivo à cultura, através de leis nacionais, estaduais e municipais. E é por isso que se criou em 1991 (e ainda vigente nos dias
de hoje) a Lei Nacional Rouanet que se fundamenta na promoção, proteção e valorização das expressões culturais nacionais, e é conhecida por sua política de incentivos fiscais que possibilita que cidadãos (pessoa física) e empresas (pessoa jurídica) apliquem parte do Imposto de Renda devido em ações culturais. Outros pontos de destaque nesse painel de amparo é a criação, formulação e a aplicação dos planos de cultura. Diferentemente das leis, os planos de cultura são projetados em longo prazo e envolvem, desta forma, ações de planejamento e implementação de políticas públicas voltadas à proteção e promoção da diversidade cultural brasileira. No Brasil o principal plano ativo é o Plano Nacional de Cultura (PNC) que objetiva o fortalecimento institucional e definição de políticas públicas que assegurem o direito constitucional à cultura; a proteção e promoção do patrimônio e da diversidade étnica, artística e cultural; a ampliação do acesso à produção e fruição da cultura em todo o território; a inserção da cultura em modelos
sustentáveis de desenvolvimento socioeconômico e o estabelecimento de um sistema público e participativo de gestão, acompanhamento e avaliação das políticas culturais. No Maranhão, o ultimo plano vigente atua desde 2007 em transição com o novo que regerá os anos de 2015 a 2020 e estará focado principalmente em identificar, organizar, ampliar, qualificar e incluir a variabilidade imensa de registros culturais da nossa história que é atravessada por várias correntes multiétnicas durante o tempo. Tudo isso com o intuito de garantir que o aspecto ativo e participativo do cidadão diante seus simbolismos culturais, estejam assegurados e legitimados. Pensar na cultura dentro do contexto histórico no Maranhão envolve pensar na base da sua construção. A riqueza e a criatividade das várias etnias que passaram por aqui constituem o mosaico do nosso estado e se expressam em costumes, rituais, artesanatos, culinária, danças, ritmos e etc. Em vista de considerar e valorizar a riqueza cultural
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do nosso estado aliado a outras formas de expressão cultual do país, a Relações Públicas Luiziane Saraiva, formada pela Universidade Federal do Maranhão, ingressou no campo cultural e atua no setor há mais de dois anos como comunicadora cultural. Ela possui sua extensão no projeto pessoal e particular próprio conhecido por Chibé Cultural, um veículo de divulgação cultural pela rede social do facebook. Como ela mesma traduz “O chibé é um espaço para culturas variadas. Uma mistura de temperos regionais com sabor cosmopolita.” E esclarece “Não se trata de um espaço exclusivo da e para a cultura maranhense; pelo contrário, é espaço maranhense usado para divulgar e propagar culturas variadas”. O veículo já participou de diversos programas e movimentos culturais como a Festa Literária Internacional de Paraty (FLIP) e o Itau Cultural, além de fazer parte de diversas coletivas, entre elas à de Gilberto Gil em 2013.
FOTOGRAFIA
“A fotografia institucional precisa ser vista como uma estratégia de comunicação e marketing”
Data do verão de 1826 a primeira captura de imagem que se tem notícia. De lá para cá a história da fotografia ganhou contornos que acabaram por dividi-la em ramos diferentes. As imagens possuem um leque muito amplo de possibilidades de utilização, e através delas é possível até mesmo contar a história de uma instituição, evocar o passado, viver o presente ou apenas pensar nas infinitas probabilidades de concretização do futuro. O surgimento da fotografia mudou a forma de ver o mundo e, principalmente, forçou as instituições a passarem por grandes mudanças em função deste simples recurso de captura de imagens que levou os relacionamentos entre indivíduos e instituições a um novo patamar na comunicação visual institucional. Fotografias institucionais objetivam capturar as diversas manifestações da marca ou símbolos de órgãos institucionais; buscam captar os objetos e os momentos que caracterizam o espaço de trabalho de uma determinada instituição. As imagens registram o clima e um olhar alternativo sobre o local, e servem de auxílio para a elaboração de materiais institucionais como catálogos, folders, websites, entre outros. Na sequência de um trabalho de fotografia institucional no qual a captura e a organização de imagens podem contar a vida e a comunicação de uma dada instituição, realiza-se a caracterização do acervo fotográfico por meio do qual podem ser desenvolvidas atividades referentes ao diagnóstico e gestão do estoque destas mesmas imagens, com vistas a futuros ganhos. Dessa realização, bem analisada, avaliada e divulgada, é possível agregar valor à instituição para agraciamento de um público especifico que se interessa pela história dessa mesma instituição. O trabalho de divulgação do funcionamento de uma instituição finaliza-se com a análise do acervo fotográfico por meio da construção de uma narrativa fotográfica que consiste no foco central do trabalho. A fotografia institucional precisa ser compreen-
INSTITUCIONAL dida como estratégia de comunicação e marketing de uma empresa, e como ferramenta usada para compor a imagem de uma corporação, de seus produtos e serviços, junto aos públicos envolvidos. As imagens comunicam informações e os responsáveis pelas instituições precisam estar cientes de que se as fotografias não tiverem qualidade ou não forem adequadas, a equipe responsável pela comunicação terá, provavelmente, de gastar tempo explicando conceitos que poderiam ter sido “comunicados” através das fotografias. Ter boas imagens em seus catálogos, relatórios, folders, anúncios ou em qualquer meio de relacionamento com o público não é custo, mas investimento na reputação da instituição. É por esse conteúdo visível que os clientes e outros interessados irão formar opinião sobre os produtos e os serviços prestados pela instituição. A importância da memória fotográfica reside não só no fato de as fotografias constituírem-se documento, mas, sobretudo, por possibilitarem formas de construir novas compreensões do tempo e novos lugares das pessoas em um contexto histórico, desde que se entenda que aquilo que é rememorado não é o reflexo do real, mas uma prática produtora de significado ancorado no presente. Como tudo no mundo, a fotografia institucional sofre mudanças seja pela adequação dos novos tempos ou mesmo por causa do incremento de novas tecnologias. O certo é que do mesmo jeito que foi uma ferramenta essencial para a evolução das imagens das instituições, a fotografia continuará a ser, ainda por muito tempo, motivo de discussão para melhoramento da comunicação visual entre instituições e sociedade como um todo.
Giovenilton Serra becanilton@gmail.com 31
s a c i l b ú P s e õ ç a Rel squisa de e pe o Pública ã i n i p O
Tamires Pestana tamires.pestana93@hotmail.com
Na obra Mudança Estrutural da Esfera Pública, Habermas (2003) trata da opinião pública, que segundo ele, remete a ideia de reputação, ou de consideração que se realiza em relação aos outros; isso tipifica uma maneira de ver determinada coisa que passa por um julgamento ou questionamento. Esse conceito não fica distante do de Relações Públicas, visto que na lei que regulamenta a profissão -, que define como atividade específica de RP - são citadas algumas como: a coordenação e planejamento de pesquisas da opinião pública para fins institucionais e de imagem, planejamento e execução de campanhas de opinião pública, a informação e orientação da opinião pública sobre os objetivos de uma instituição, assessoramento na solução de problemas institucionais que influenciam na posição da entidade perante a opinião pública. Para saber lidar com a opinião pública, temos que perceber o que a influencia. O homem é um ser social e mutável, por isso levando esse fato em consideração, podemos afirmar que os fatores sociais, psicológicos e veículos de massa são fortes exemplos de moldadores da opinião. As classes sociais, as crenças e ideologias e a mídia estão aí para nos provar. Levando em conta a proximidade de Relações Públicas e a opinião pública podemos perceber que há uma complementação entre elas. Não é à toa que a opinião pública influencia tanto no ambiente interno quanto no externo de qualquer organização, o que leva a mudanças constantes nesses setores, haja vista que a opinião pública é volátil. No ambiente organizacional, a pesquisa de opinião é uma das melhores formas de se conhecer os
interesses e colaboradores, que vão desde os acionistas até os pequenos servidores. A partir de uma pesquisa podemos traçar um plano organizacional mais coerente com as necessidades dos empregados, o que ajudaria a empresa a revisitar suas práticas, ações e decisões. Kunsch afirma que a proposta das pesquisas de opinião pública (2002, p.289), “se constitui em um dos tipos de pesquisas mais relevantes para a área de relações públicas”, podendo ser realizada para se analisar as “relações com os empregados, consumidores, acionistas, revendedores, comunidade, imprensa, poderes públicos”. Um fator importante das pesquisas de opinião é o público externo, podendo ter um grau de importância maior. Estamos lidando com a aproximação da organização com o público, interesses, percepções, expectativas e imagem pública da empresa em questão. Se diz que esse público é de maior relevância, pois ele vai dizer o que realmente a empresa é, não o que ela gostaria de ser e nem o que ela imagina que é. Dessa forma, esse tipo de avaliação com o esse público mensura como está a imagem da empresa e como manter ou melhorá-la perante a sociedade. Por isso, é fundamental o profissional de Relações Públicas estar sempre atento a esse público, administrando o relacionamento com a organização com ele e seus diversos públicos, a fim de gerar harmonia com o interesse público. A pesquisa de opinião pública deve ser feita, mantida e aprimorada pelo Relações Públicas para ajudar e melhorar seu trabalho, pois através dela pode-se mensurar e avaliar os resultados de seus projetos, além de saber como vai a relação público-organização. 32
Crônica:
Os Pequenos prazeres da vida
Depois de assistir ao filme francês “O fabuloso destino de Amélie Poulain”, do diretor Jean – Pierre Jeaunet, com certeza tornou-se um dos preferidos da minha lista. Não pelo fato dele ser francês e eu querer pagar uma de cult, não, não mesmo. Mas sim por uma cena em especial, em que a Amélie mostra seus pequenos prazeres da vida em atos simples, como enfiar a mão em um saco de cereais ou jogar pedras em um rio.
Foi quando me perguntei quais eram meus pequenos prazeres também. Parei por um momento e nesse instante meu telefone toca, era a minha mãe, que mora longe, me ligando para dizer que estava com saudades, assim como meu pai. Esse momento com certeza era sim um pequeno prazer para minha vida. Vi que coisas e fatos simples nos dão um prazer enorme. Fazer uma gentileza com boa vontade e receber um agradecimento em forma de sorriso, ter velhos e novos amigos por perto para contar histórias, sorrir e conversar, cantar e dançar suas músicas preferi-
das. Ganhar um abraço apertado e inesperado, chegar em casa e seu cãozinho fazer uma mega festa para recebe-lo. Esses são alguns dos meus pequenos prazeres que descobrir possuir e que me fazer super bem. Mas como curiosa que sou, fui saber de mais prazeres por aí. E o que eu descobrir? Que comer é um grande prazer, dormir é bom, mas com chuva lá fora é melhor ainda, presentar alguém e ver sua reação, ensinar o que se sabe, estar junto de quem se ama. Realmente a lista é grande e de muito valor. Acho que prestar mais atenção e fazer mais desses pequenos prazeres corriqueiros e apreciativos pode tornar nossa vida mais leve e agradável. E você, já descobriu seus pequenos prazeres da vida?
Tamires Pestana tamires.pestana93@hotmail.com
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OPINIÃO
Prêmio Universidade FM: A valorização
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cultura produz significados que dão sentido ao mundo que cerca um indivíduo, ou seja, a sociedade.Essa rede engloba um conjunto de diversos aspectos, como crenças, valores e costumes. Dentro do contexto de composição social estão incluídas as manifestações culturais, que no Maranhão são expressas na diversidade de ritmos e manifestações folclóricas. Entre essas manifestações estão os Blocos Tradicionais, Tambor de crioula e Bumba meu boi, além de artistas que cantam e encantam o Maranhão, terra que serve de inspiração para a composição das músicas e para a criação das fantasias. Pensando na importância que a comunicação tem na construção de significados, na divulgação de um tema e na importância histórica e tradição de um povo, a Rádio Universidade FM divulga e premia os artistas maranhenses que mais se destacaram durante o ano e para isso, criou um evento específico produzido pela equipe da emissora.
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da cultura maranhense! Por: Rosiane de Oliveira Silva O Premio Universidade FM surgiu a partir da percepção de que é necessário valorizar e incentivar os profissionais maranhenses ou com domicílio cultural no Estado, que atuam em prol da cultura musical promovendo a divulgação dos nossos talentos. Consolidado no calendário artístico e cultural da cidade, como incentivo, constitui-se também um momento de confraternização entre as classes artística e jornalística. O evento pode desempenhar, em suas mais diferentes manifestações, funções muito importantes, tais como a disseminação do conhecimento, a oferta de lazer e entretenimento, o estímulo aos negócios, a conscientização das comunidades e ainda pode contribuir para o entendimento entre os povos. Desta maneira, Prêmio Universidade FM tem um importante papel na discussão da cultura maranhense, especialmente em São Luís. Divulgando a história e permitindo um debate e conhecimento pela sociedade. Além de dar visibilidade aos trabalhos produzidos. O Prêmio Universidade FM foi criado em 1997, atualmente contempla apenas categorias voltadas para produções musicais como melhor CD, Música, Show, Destaques Individuais como Cantor(a), Talento da Noite, Guitarrista entre outros. Algumas categorias que demonstram o incentivo contínuo às produções locais como as de melhor música folclórica e melhor cantador de Bumba-meu-boi. Organizado pela equipe que compõe a Rádio Universidade FM, o Prêmio Universidade FM caracteriza-se com um marco no calendário cultural da ci-
dade, sendo esperado para artistas e pessoas ligadas à cultura do Estado. O processo de organização do evento culmina numa noite especial, onde imprensa e convidados conhecem o resultado dos vencedores, que concorreram através de um questionário elaborado a partir do levantamento das produções do período de um ano, de acordo com as produções recebidas pela emissora. A noite de entrega do Prêmio Universidade FM é também uma festa regada à música. Todo ano, é produzido um show especialmente voltado para o tema da festa, com a participação de artistas locais e nacionais. Durante o evento é realizado um show maranhense específico para o evento e a partir de 2001 os temas passaram ser mais herméticos e a contemplar de modo mais incisivo os ritmos maranhenses. Além disso, cada edição possui um tema e homenageia uma personalidade musical de destaque no ano. Se, no início, surgiu com o intuito de estimular as produções artísticas maranhenses na área da música, mídia e cultura em geral, hoje o Prêmio Universidade FM é um evento de cunho nacional. Cada vez mais, o Prêmio Universidade FM toma proporções maiores e se posiciona como referência para o público maranhense e nacional. O sucesso desse evento conta desde o início, em 1997, com a parceria de empresas locais de médio e grande porte, que perceberam, nessa atitude, a oportunidade de utilizar o apoio cultural como forte instrumento de comunicação junto a públicos estratégicos e de serem reconhecidas como empresas-cidadã, participantes da vida cultural maranhense.
Giovenilton Serra becanilton@gmail.com 35
Softwares de comunicação Interna:
O exemplo do Moblife Jaynara Lima jaynara.lsilva@gmail.com
D
iversas organizações tem buscado, em meio aos novos avanços tecnológicos, mecanismos que viabilizem sua comunicação interna. Algumas empresas tem encontrado em softwares de comunicação corporativa um importante aliado. Esses programas auxiliam na comunicação entre seus colaboradores no ambiente de trabalho de forma interativa e dinâmica.
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Toda empresa que se preze sabe que é importante trabalhar a comunicação interna e reconhece que esta por sua vez deve ocorrer de forma que torne o relacionamento com o público interno, ágil e transparente. Atualmente, a sociedade está inserida no contexto do imediatismo e as organizações não estão fora dessa realidade. Diante disso, decisões, informações, opiniões precisam circular pelo ambiente corporativo de forma rápida e objetiva. Por isso é muito importante para os profissionais de comunicação adotarem sistemas de comunicação interna, já que a comunicação é o ponto chave para estreitar relacionamentos interpessoais e contribuir para a geração de resultados dentro de uma organização. Muitas empresas já estão utilizando mensageiros instantâneos para otimizar o fluxo na comunicação interna. Esse tipo de recurso torna possível que mesmo após uma reunião os colaboradores possam continuar desenvolvendo as ideias apresentadas e discutindo assuntos referentes ao trabalho. Um software que vem ganhando bastante espaço no cotidiano das organizações é o Moblife, recurso de comunicação corporativa que já é utilizado por mais de 2 mil empresas. Entres as empresas que utilizam os serviços prestados pelo Moblife, estão Nicoboco, Óticas Diniz, Parnauto Honda, InDesign, Roderjan e outras. Isabella Stroppa, gerente da InDesign - Incubadora de
empresas de Design, Juiz de Fora (MG) é usuária do software de comunicação Moblife, para ela esse tipo de recurso tecnológico facilita a troca de dados entre os colaboradores, além de possibilitar o acesso a outras empresas, o que amplia o network e favorece a construção de novas parcerias. Entre os benefícios oferecidos pela comunicação eletrônica que o Moblife disponibiliza estão a comunicação por mensagens de texto, a conferência entre vários usuários, manutenção de histórico web, gestão de usuários e relacionamentos, permissões especiais para cada perfil de usuário, fórum de discussão, mural eletrônico e agenda compartilhada de tarefas, anotações e links. Emerson Carvalho Madrid - Analista de Informática, Prefeitura Municipal Campo Novo do Parecis (MT), afirma que a ferramenta é um exemplo raro de software nacional bem feito. Segundo ele, o que promete, de maneira simples e eficiente, Além de ser em português dispõe de um suporte técnico que funciona, seja via chat, e-mail ou telefone. O Moblife contribui para transferência de arquivos, possibilita reuniões com colaboradores geograficamente separados, permite a consulta a assuntos da organização. O uso do Moblife aliado a uma boa gestão pode contribuir de forma significativa para o bom desempenho dos funcionários dentro do ambiente corporativo. Para Marcelo dos Santos, sócio Santos & Santos Advogados Associados, Curitiba
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(PR), o software é uma ferramenta fundamental na comunicação interna do seu escritório e substituiu todos os programas similares utilizados até então. O uso de comunicadores apresenta muitas vantagens não só para os funcionários de uma organização como também para os seus gestores. É o que podemos observar nas palavras do gerente da Parnauto Veículos, Elton Amaral ao afirmar sobre o uso do Mais Comunicador. “A comunicação intragrupo fica mais direta e objetiva, favorecendo o gerenciamento de usuários e empresas e possibilitando o uso de circulares internas através da ferramenta de publicações que o aplicativo oferece, tornando assim a comunicação mais eficiente e consequentemente reduzindo gasto, afirma Amaral em entrevista para o site da empresa. Além de estar disponível em uma versão para o sistema Windows, o comunicador eletrônico está disponível também como aplicativo para o sistema Android e iOS, proporcionando maior mobilidade aos colaboradores que desejarem acessar os conteúdos de sua organização. Ferramentas como o Moblife, podem ser usadas como importante recurso na comunicação interna, entretanto é importante ressaltar que o uso pelo uso não é interessante, é necessário planejamento para que o recurso possa de fato contribuir com as estratégias de comunicação interna da organização.
15 anos do Rádio Ciência: O mais antigo programa cientifico de rádio em atividade no Brasil O rádio ciência surgiu no ano de 1995 com o objetivo de difundir as pesquisas realizadas nos centros e instituições de ensino superior no Maranhão e preencher uma lacuna ainda não explorada no rádio maranhenses, já que esse meio de comunicação negligenciava os temas científicos. Em 1995 aconteceu em São Luís a quadragésima quinta reunião anual da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência - SBPC, o programa foi desenvolvido com a proposta de fazer a cobertura das atividades do evento, que naquele ano foi sediado na Universidade Federal do Maranhão.
O
programa foi uma iniciativa do jornalista Adalberto Melo, o primeiro a ocupar a posição de apresentador, que organizou uma equipe de estudantes, entre eles Francília Cutrim e Laurene Leite, que assumiram a posição de repórteres. O rádio ciência entrou no ar uma semana antes do SBPC, que tinha como tema “Ciência e desenvolvimento auto-sustentavel” e ficaria no ar até duas semanas depois da reunião. O programa foi retomado em 1996 mas não demorou muito a ser interrompido novamente. É então que Andrea Viana assume a coor-
denação do programa no período de 1997 a 1998. O rádio ciência assume um caráter de programa cientifico veiculando projetos de extensão, que eram gravadas e transmitidas no horário do almoço. No final do ano de 1999 o jornalista Franklin Douglas retoma o Rádio Ciência, desta vez initerruptamente. “O programa foi proposto também por mim enquanto professor substituto do curso de comunicação como um projeto que envolvia tanto docentes, como alguns alunos da área de jornalismo e de radicalismo e o próprio curso o aproveitou durante uma avaliação do MEC para oficializá-lo como proje38
to de extensão”. (DOUGLAS, 2009. Em depoimento oral). Desde de então o programa tem praticamente o mesmo formato, um boletim jornalístico de divulgação da ciência, com os quadros: Agenda, Reportagem e Você sabia? A partir de 2005 o programa tem uma alteração no seu tempo de duração, que é reduzido de 30 minutos para 5, com duas exibições diárias, a primeira as 7hrs55 e sua reprise as 14horas. Permanecendo assim pelos últimos dez anos com poucas mudanças. Se propondo também a cobrir congressos e seminários que a universidade produz. Apenas nos últimos 4 anos sofreu
uma pequena mudança, já que o “Agenda” é transmitido nas segundas e sextas para informar a comunidade sobre as atividades científicas que acontecem no estado. Como praticamente toda a programação da rádio universidade o programa rádio ciência tem como público alvo o universitário, com foco na comunidade cientifica, que vai desde do estudante que está envolvido direta ou indiretamente com pesquisa e extensão até o professor, orientador e pesquisador. Sem deixar de lado um público mais amplo, justamente por causa desse público o produtor tomou a decisão de dividi-lo em dois. Segundo Franklin um é voltado para a produção científica e divulgação de projetos de pesquisa (agenda, informes e reportagem), e o outro o “Você Sabia” tenta interagir com o público em geral, como estudantes do ensino médio e a parcela da população que está fora da universidade, noticiando curiosidades e assuntos de grande interesse sobre ciência. Em sua retomada em 1999 a equipe do Rádio Ciência era composta por Fraklin, assumindo o papel produtor e apresentador mais uma equipe composta por cinco estudantes que demarcaram a nova fase do programa. Eram eles Andréa Collins, Déborah Maria Ferreira, Francisco Colombo, Gerailton Sages, Lee Shang Shuen Cristina e Jean Marcelo. Nesse período o programa era apresentado por duas vozes, uma masculina e
uma feminina, uma das repórteres era deslocada para a apresentação. Desde dessa época muitos repórteres passaram pelo programa, que tem como pré-requisito cursar o segundo ou terceiro período do curso de comunicação social e ter afinidade com a pesquisa cientifica. Os estudantes ficam no programa uma média de um a dois anos, e nele aprendem a fazer produção de reportagens de divulgação cientifica, principalmente para entender o que é um texto de divulgação cientifica, do jornalismo cientifico e da produção da ciência. Para cobrir as pautas do programas os repórteres (estudantes) participam de eventos nacionais e locais de produção cientifica. O Rádio Ciência é visto como um espaço que dá oportunidade aos alunos com sede de aprendizado, as curiosidades e a ideias. O co-produtor atual do programa Emerson Marinho entrou na equipe como estudante. O programa já recebeu diversos prêmios, com destaque para três premiações da Fapema. O primeiro com a reportagem “Saúde Verde” de Fraklin Douglas, que produziu uma série de reportagens com a doutora em botânica e fitoterapia Terezinha Rego. Seguido pelo “Estudo do efeito mesocarpo do babaçu” de Rafael Vidigal. Em 2008 foi premiado com a matéria “Pesquisa desenvolve software de auxilio de deficientes visuais”, de Israel De Napoli. O certo é que como o passar
“O Rádio Ciência é visto como um espaço que dá oportunidade aos alunos com sede de aprendizado, as curiosidades e a ideias.” desses 15 anos de funcionamento continuo sob a supervisão de Fraklin Douglas o projeto se tornou um celeiro de profissionais, tanto do jornalismo como da pesquisa. Por ele já passaram jornalistas como Clarissa Gomes, Karla Freire, Mayanna Estevanin, e Tatiane Tavares, André Collins, Francisco Colombo, Rafael Vidigal e Cassia Brito. Em 2014 a Rádio Universidade completou 28 anos de existência, onde em mais da metade deles o Rádio Ciência esteve presente, entre suas idas e vindas. O programa é um belo exemplar de como os projetos de extensão e pesquisas podem sair do papel e se consolidar no ambiente universitário, estimulado os jovens a se interessar pelo mundo acadêmico e levando mais informação enquanto estamos parado no trânsito ou nos locomovendo de casa até a universidade.
Isabella Dias isabelladias_@hotmail.com 39
IMPACTO
das MIDIAS SOCIAIS nas ORGANIZAÇÕES A produção e o consumo de informação passaram por transformações significativas nos últimos 20 anos, especialmente após a consolidação das tecnologias digitais de informação e comunicação como um dos principais sistemas de suporte á disseminação da informação na sociedade. As organizações foram bastante impactadas no que se diz respeito ás mídias sociais, pois querendo ou não tiveram que adequar-se as novas transformações midiáticas.
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As mídias sociais fazem parte da maioria da população mundial, estabelecendo redes sociais cada vez mais complexas e com objetivos completamente distintos, dependendo do foco de cada aplicativo. Um tema que tem sido recorrente em praticamente todas as publicações de negócios são as redes sociais. As Mídias sociais são aplicativos de comunicação e atualmente, são bastante difundidos no mundo corporativo, como um canal de comunicação entre a empresa, seus clientes e usuários da internet. Não basta ter um domínio registrado e uma pagina na internet. A internet deve servir de ponte para aproximação e interação das partes das organizações e seu publico logo, não pode ser estática. Um ponto que precisa ficar muito claro é que, na prática, as redes sociais não revolucionaram a forma que as pessoas se comunicam, apenas aumentaram a velocidade e o alcance das informações. Com isso em mente, a tecnologia em si torna-se secundária. Para aproveitar bem o poder das redes sociais, o que importa é entender como as pessoas se comunicam. Neste sentido, as mídias sociais servem para a comunicação de produtos e serviços na internet, mostrando o negocio de diversas organizações em seus limites regionais e alem destes limites, com abrangência nacional e internacional. Na web, o leitor pode interagir de forma quase que instantânea com a noticia. O mundo digital é cada vez mais global. A mídia eletrônica deu á informação muito mais poder e visibilidade. As redes sociais diminuem cada vez mais a distancia entre os usuários da internet e as empresas, e abrem mais portas de comunicação efetiva entre as partes com a aplicação das mídias sociais. O aplicativo facebook, por exemplo, possibilitam que empresas possam vender seus
produtos, pesquisem seus concorrentes (benchmarking), estabeleçam um canal de comunicação efetiva com seus clientes ou interessados em adquirir seu produto ou serviço especifico. O facebook, já possui relatórios de gestão com estudo de público alvo quanto a gênero, localização, faixa etária e outras informações que facilitam a ação do marketing contemporâneo. O comportamento do consumidor é influenciado pelas informações compartilhadas por meio das Mídias Sociais. Tal fato ocorre, pois o consumidor contemporâneo tem acesso a opiniões, informações, avaliações antes mesmo de efetuar uma transação comercial.Gerenciar essa nova realidade é difícil, pois há pouco controle das informações que circulam sobre as organizações.Exatamente por isso, a comunicação organizacional precisa rever as práticas de comunicação,sendo que, para isso o dos primeiros passos seria a criação de novos diálogos com os consumidores. Com as mídias digitais, a velocidade com que qualquer informação chega ao mercado é muito maior, o que exige da empresa muita velocidade e mobilidade, não só para transmitir uma noticia, mas como também para receber alguma coisa que possa ser negativa, que possa estar de alguma forma impactando ou prejudicando a marca. Portanto,mais do que uma novidade tecnológica, redes sociais significam conexões (rede) de pessoas (social). Afirmo com convicção que as redes sociais são um dos maiores (senão o maior) pontos de comunicação empresa/cliente. Estar de fora delas pode ser um ato de suicídio empresarial, mas a falta de planejamento adequado na hora de entrar para o meio pode acabar trazendo muito mais problemas do que soluções, e é justamente nesse ponto que as organizações devem ter cautela. O certo seria as organizações investirem em pessoal especializado, a principio pode parecer um dinheiro posto fora, mas a médio prazo os resultados virão e justificarão tudo aquilo que foi investido.
Nathalia Coelho nathalya.coelho@outlook.com 41
Assessoria de Imagem Pessoal e o Profissional de Relações
Públicas Públicas de Relações e o Profissional Imagem. Concepção mental que corresponde a um objeto visto, pessoa ou ideia. Por ela, podemos transmitir a nossa essência, como queremos ser vistos, mas também podemos transmitir, ainda que involuntariamente, o que não desejamos transparecer. Kessianne Moreira kessianne@gmail.com
Leandro Almeida lealfe10@hotmail.com
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Do ponto de vista corporativo, imagem é a percepção do público a respeito de uma instituição, percepção esta que resulta de um trabalho de construção de uma identidade corporativa, que é o seu posicionamento perante seus públicos de interesse, e é constituída por marca, produtos, serviços, valores, missão, cultura organizacional e outros aspectos associados à organização. Para que uma organização conquiste a credibilidade e a confiança de seus públicos, uma reputação sólida, é necessário que identidade e imagem estejam em harmonia, condizentes com seus interesses e de seus públicos. Considerada o patrimônio mais valioso de uma organização, a imagem é um diferencial competitivo que pode favorecê-la ou prejudicá-la, abalando sua credibilidade perante a sociedade, além de comprometer o seu futuro. Por isso, a importância do gerenciamento da imagem, que consiste não em apenas construir, mas mantê-la ou até mesmo reposicioná-la. A imagem é um fator que deve ser tratado cuidadosamente, não apenas pelas organizações, mas também quando se trata de pessoas públicas, sejam políticos, celebridades, empresários. O crescente desenvolvimento de tecnologias de comunicação nos tornou mais observados – e observadores - do que nunca. Para uma figura pública, um pequeno deslize já é suficiente para provocar crises de imagem de grande proporção. Para lidar com essas situações, é necessária uma assessoria de imagem pessoal por profissionais qualificados. As Relações Públicas, por sua visão estratégica, seus conhecimentos das ferramentas de comunicação e pelo
foco no bom relacionamento com os públicos de interesse – o que inclui a mídia, que é uma rede de interferência na imagem - é a atividade que mais se adequa ao processo de assessoramento de imagem de pessoas públicas. Pouco conhecida no Brasil, essa atividade é muito comum em outros países, como nos EUA, onde é chamada de Personal Public Relations (Relações Públicas Pessoais). Muitas celebridades americanas contratam esses profissionais para cuidar de sua imagem. As Relações Públicas Pessoais também já foram retratadas em filmes, como “Hancock”. No filme, o relações-públicas Ray Embrey (Jason Bateman) auxilia o herói Hancock (Will Smith) como se portar diante das pessoas para obter uma opinião pública positiva. Cuidar da imagem pessoal por meio do bom relacionamento com a mídia, indicar qual postura deve ser tomada em situações de crise, manter uma aparência adequada (roupas, cabelo, fala, discurso e comportamento públicos), definir em quais eventos deve comparecer, a quem conceder entrevistas, atenção com a exposição da vida pessoal, são
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algumas das atividades desempenhadas por assessores de imagem. Contudo, Relações Públicas Pessoais vai além, pois compreendem um trabalho contínuo de relacionamento com os públicos e de estratégias definidas, considerando-se os pontos fortes e os pontos a serem melhorados da pessoa pública, mudança de comportamento, orientação a sempre se ter uma postura ética e transparente, criar canais de comunicação para divulgar informações úteis e acontecimentos com confiabilidade. Ninguém está imune a crises, portanto, a prevenção ainda é a melhor estratégia. A assessoria contínua de um profissional de Relações Públicas desenvolvendo um trabalho de fortalecimento do relacionamento com os públicos poderá evitar abalos à imagem da pessoa pública, ou facilitar a reversão da imagem negativa a partir da ativação de uma “marca -pessoa” com diferencial positivo e coerência entre discurso e prática, imagem e identidade.
RESUMOSDE
MONOGRAFIAS
CURSO COMUNICAÇÃO - SÃO LUÍS/2014 Dante Assunção danteassuncao@gmail.com
A CONTRIBUIÇÃO DAS RELAÇÕES PÚBLICAS, NA PERSPECTIVA EMPREENDEDORA: um estudo de caso na Associação dos Jovens Empresários do Maranhão. Talyssa Hewellin Desterro Soares Apresentam-se os principais conceitos e o contexto histórico do empreendedorismo. Destacam-se as características principais de um empreendedor e os perfis que ajudam a identificar os tipos de empreendedores. Mostram-se a Associação dos Jovens Empresários do Maranhão – AJE/MA e as ações realizadas pela entidade. Expõem-se os conceitos, as funções e o planejamento de Relações Públicas, destacando a importância da realização do trabalho deste profissional. Abordam-se as Relações Públicas como vocação empreendedora e como podem contribuir estrategicamente nas ações e projetos desenvolvidos pela AJE/MA. Analisam-se os resultados da pesquisa realizada com os associados da AJE/MA, destacando se os objetivos da entidade na realização destas atividades estão sendo cumpridos. Sugere-se um plano de Relações Públicas para a AJE/MA.
O USO DAS MÍDIAS DIGITAIS NO PROCESSO DE APRENDIZAGEM JUVENIL Elaboração de website multimídia com conteúdo histórico e cultural de São Luís Miguel Bruno Alves Chaves Thamirys dos Santos Silva O uso das mídias digitais no processo de aprendizagem juvenil é o tema deste trabalho. A geração atual tem contato com a tecnologia e as novas mídias desde muito cedo, na infância. Esta familiaridade com as novas ferramentas possibilita a aquisição, registro e troca de informações de forma ágil, além de oferecer recursos que ajudam os jovens a lidar de forma organizada, versátil e interativa com novos conhecimentos. Por isso, foi desenvolvido um site com a história de fundação e desenvolvimento da cidade de São Luís para auxiliar na aprendizagem dos adolescentes quanto à cultura local. No entanto, para entender o uso desse tipo de ferramenta é necessário entender o surgimento destas tecnologias e sua apropriação pelas mídias clássicas – jornais, rádio, televisão – e até que ponto este discurso pode ser adaptado sem perder sua essência.
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CARNAVAL POP: projeto de site para a cobertura do carnaval em São Luís Johnny Rodrigues Machado A site Carnaval POP é uma proposta de divulgar a cultura carnavalesca maranhense através do universo virtual. A intenção é fazer com que este projeto sirva de referência em cobertura de grandes eventos culturais como o carnaval. O site será criado através da plataforma CMS (Content Management System), um sistema que permite a criação e administração de conteúdos entre notícias, vídeos, fotos e áudios. O trabalho vai identificar as características próprias d webjornalismo para propor uma nova ferramenta de busca e divulgação da cultura maranhense. A ideia é criar um site que funcione, não apenas como um portal de notícias, mas como um espaço de interação entre o público amante da cultura maranhense, mantendo as características do jornalismo. Neste projeto encontra-se descrito todo o processo de elaboração deste produto, desde o estudo das características que fazem o jornalismo digital às etapas de criação e edição do site.
PALAVRAS-FORÇA: a contribuição da comunicação oral na mobilização social do MST Madson do Nascimento Fernandes O estudo sobre o qual se debruça esta pesquisa procura analisar de que formas e com que eficácia o Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST) utiliza a comunicação oral interpessoal como estratégia de mobilização social. Para tanto, resgatam-se as transformações na linguagem através da história e as formas como as tradições orais subsistiram até os dias atuais, apresentando as diferentes formas de comunicação para organização social nos diversos períodos históricos. Apresentam-se os dados coletados durante a pesquisa de campo empreendida no assentamento Vila Diamante, município de Igarapé do Meio, MA, colhidos por meio do método etnográfico, e analisam-se os mesmos dados por meio da análise de conteúdo.
JORNALISMO EM REDE: uma análise sobre o gerenciamento da fan page do site de noticias imirante.com Jorge Araújo Martins Filho Análise da apropriação da plataforma de redes sociais Facebook pela equipe de jornalismo do site de notícias do Imirante.com. Relaciona-se o gerenciamento da fan page do veículo ao paradigma do jornalismo em rede. Nesse processo, realiza-se uma contextualização do tema na formação do atual ecossistema midiático, utilizando conceitos ligados aos estudos da geração tecnológica e comunicacional da cibercultura. As implicações desse novo ambiente sociocultural para o campo do jornalismo são levadas em consideração ao investigar de que maneira o veículo expandiu sua atuação no ciberespaço ao ser inserido nesse site de redes sociais. Desse modo, o caráter descentralizador, interativo e multimidiático das práticas jornalísticas emergentes representa o cerne desta pesquisa.
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REVOLUÇÃO NETFLIX: o híbrido universo on-line e sua influência na narrativa seriada Rafael Trinta Medeiros Transformações que a narrativa seriada televisiva experimenta ao se adaptar para o ambiente on-line. Aborda-se o objeto de estudo Netflix, um serviço de streaming que começou a desenvolver, em 2013, os seus próprios seriados originais. Por meio da análise das características e das inovações desses novos conteúdos audiovisuais, busca-se compreender como a linguagem, a produção e a distribuição on-line de produtos seriados oferecem maior hibridação.
RELAÇÕES PÚBLICAS NA GESTÃO DE PQUENOS NEGÓCIOS: A Loja Lactose Zero Euclides Mendes de Carvalho Objetiva-se investigar a aplicação das Relações Públicas na empresa Lactose Zero. Fez-se uma abordagem de revisão de literatura, onde foi abordada a evolução do Empreendedorismo e a relação da aplicação das Relações Públicas. Verifica-se como se posicione a Lactose Zero perante seus públicos e a sustentabilidade do negócio. Adotou-se o estudo de caso. Como resultado, entende-se que a aplicação das Relações Públicas garante uma melhor estrutura do negócio e percepção de dominar das habilidades operacionais especifica.
O SENSACIONALISMO NO JORNALISMO IMPRESSO: uma análise do Caso Décio no Jornal O Estado do Maranhão Amanda Arrais Mousinho Este trabalho constitui-se em uma contribuição aos estudos sobre o sensacionalismo no jornalismo impresso, tendo por objetivo analisar a presença deste gênero na cobertura do Caso Décio, que investigou o assassinato do jornalista e blogueiro Décio Sá. A pesquisa partiu de levantamento bibliográfico e documental sobre o tema e terminou por verificar o discurso jornalístico e a cobertura fotográfica no jornal O Estado do Maranhão, então empregador de Décio Sá em 2012, ano do assassinato, em comparação com o jornal O Imparcial. A hipótese sustentada é a de que houve utilização da vertente sensacionalista durante a cobertura do Caso Décio pelos jornais maranhenses, de modo que a atenção do leitor fosse captada e a tiragem dos periódicos aumentasse. As análises realizadas apontaram que as matérias do jornal O Estado do Maranhão apresentaram um alto teor emocional devido ao vínculo empregatício e afetivo com o repórter.
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O PLANEJAMENTO DA COMUNICAÇÃO NAS ORGANIZAÇÕES DO TERCEIRO SETOR: uma proposta de plano de comunicação para a AIESEC SÃO LUÍSMA José Murilo de Castro Azevêdo Filho Enfatizando a comunicação organizacional e o processo de planejamento, este trabalho partiu de uma dissecação dos elementos inerentes ao terceiro setor para chegar ao objetivo central de uma proposta de plano de comunicação. Foi desenvolvido no sentido de promover compreensões acerca do planejamento; de como se configura o terceiro setor, desde as suas concepções legais até um retrato da sua atuação nas diversas partes do mundo e dos papéis estratégicos que a comunicação assume durante a articulação de interesses entre organizações e seus públicos. A proposta que aqui se encerra foi concebida para posterior aplicação na AISEC São Luís, organização não governamental que há dois anos atua na capital maranhense, incentivando o empreendedorismo, as iniciativas de liderança, o desenvolvimento de competências e o intercâmbio de culturas. Estas, apesar de caudas que movem a organização globalmente em suas mais diversas localidades, encontram na realidade local novas significâncias. Estado que figura entre os menores índices de desenvolvimento humano (IDH) e PIB per capita do país, o Maranhão definitivamente carece de investimentos voltados ao amparo social e ao desenvolvimento da população. Partindo desta oportunidade de potencialização do cenário local, o projeto se desenvolveu a partir de levantamentos dos públicos internos e externos da organização, que possibilitaram compreensões sobre suas características e demandas no que diz respeito à organização, em seus mais variados aspectos, assim como suas experiências e opiniões.
O YOUTUBE COMO FERRAMENTA DE COMPARTILHAMENTO E REPRODUÇÃO DE CONTEÚDOS TELEJORNALÍSTICOS: O caso das emissoras ludovicenses TV Cidade, TV Difusora e TV Guará. Pedro Adams de Lima da Silva O Youtube consiste numa plataforma gratuita de publicação de conteúdo audiovisual, disponível no ciberespaço com acesso irrestrito, descentralizado e interativo. Fundado em 2005, em 2006 o Youtube já representava grande parte das visualizações de vídeo da Internet sendo amplamente utilizado para a divulgação conteúdos amadores e/ou profissionais. Ganhou destaque por ser uma ferramenta que permite interação mais ativa entre produtor e o usuário. A presente pesquisa analisa a utilização do site de vídeos Youtube por parte das emissoras de São Luís para a divulgação de seus conteúdos como alternativa para outros suportes. Através de um questionário, a pesquisa busca entender como as emissoras de TV “TV Guará”, “TV Difusora” e “TV Cidade” têm se adaptado e se integrado às convergências midiáticas e à cultura participativa na internet, utilizando a plataforma Youtube dentro de suas ações de relacionamento e interação com os telespectadores.
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PROJETO EXPERIMENTAL: Plano de Comunicação Interna para a Rádio Universidade FM Denise Araujo da Conceição Natália Ferreira Guimarães Coutinho Estre trabalho constitui-se da elaboração de um plano de comunicação interna para a Rádio Universidade FM. Objetiva-se analisar as estratégias e instrumentos de comunicação interna da instituição. Estuda-se a importância do profissional de Relações Públicas na comunicação interna e os conceitos de comunicação organizacional, públicos, comunicação interna e planejamento. Utilizam-se ferramentas da área de Relações Públicas, apreendidas no decorrer do período acadêmico, para identificação dos pontos forte e fracos da organização, aproveitando as oportunidades e trabalhando as fraquezas. Realizaram-se pesquisas direcionadas ao público estratégico, objetivando o levantamento de dados para um estudo mais preciso do cenário interno da organização. Posteriormente, elaborou-se um plano de comunicação interna para reestruturar os canais de comunicação com estes públicos. Em seguida implementaram-se ações de comunicação interna e institucional, dirigidas ao público interno.
“QUADRINHOS NO BRASIL”: Uma experiência de jornalismo em quadrinhos Jorge André Ferreira de Menezes Este projeto trata da experiência em se produzir reportagens jornalísticas utilizando como suporte as histórias em quadrinhos. Através de uma contextualização histórica acerca da evolução do jornalismo e das HQs, o trabalho reúne informações que atestam a legitimidade dessa linguagem híbrida, que faz uso das três matrizes de linguagem inerentes ao ser humano. Além disso, o resultado final é um produto que ratifica a validade do estilo, sendo apresentada uma reportagem totalmente construída no formato quadrinístico. As principais referências para a pesquisa são os autores norte-americanos Will Eisner e Joe Sacco no campo das histórias em quadrinhos, e Lúcia Santaella, Felipe Pena e Nelson Traquina, no que diz respeito à semiótica aplicada no Jornalismo em Quadrinhos e o ideal da objetividade como norte a ser perseguido. Ainda que existam descrenças em relação à credibilidade dessa nova linguagem, a pesquisa busca apresentar um ponto de partida para que os estudos desse novo suporte midiático não venham a se tornar infrutíferos.
ESTRATÉGIAS DE COMUNICAÇÃO DA ONG REPORTER BRASIL NO COMBATE AO TRABALHO ESCRAVO CONTEMPORÂNEO: análise da produção de conteúdos jornalísticos do portal de notícias Liliane Pinto Cutrim Este trabalho tem por objetivo analisar as ações da Organização Não-Governamental Repórter Brasil no combate ao trabalho escravo contemporâneo, por meio das informações veiculadas no seu portal de notícias. O estudo é feito com base em análise de conteúdo e das narrativas jornalísticas, características do webjornalismo, formação a opinião pública e a função do jornalismo como ferramenta de visibilidade dos problemas sociais. A pesquisa visa entender como a internet contribui para ampliação das discursões do campo social, pautando a mídia tradicional e dando espaço para assuntos que não são vistos com abrangência nos meios de comunicação de massa. Destacamos, nesse estudo, a eficácia da comunicação como ferramenta de visibilidade das ações das organizações privadas, em relação à falência do poder público quanto a solução dos problemas sociais.
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PRODUÇÃO FONOGRÁFICA: qualidade técnica dos produtos fonográficos de São Luís Jailton Fonseca Sodré Evolução técnica e musical na vida do ser humano. Nessa perspectiva houve um dado momento em que a técnica se desenvolveu a tal ponto que deu origem a equipamentos que auxiliam o homem no cotidiano. Em determinado período, equipamentos voltados para a reprodução sonora fundiu-se com a música, nascendo novos aparatos tecnológicos ligados à música, novas técnicas, novas profissões. Despontando assim um novo fazer musical. Sendo necessário entendermos o surgimento desse novo campo de atuação profissional. Este trabalho tem a intenção de trazer a tona um assunto intrinsecamente ligado à cultura ludovicense, no que diz respeito à música e a sua produção, mais precisamente compreender historicamente os processos que foram desenvolvidos e entender atualmente como se encontra o mercado fonográfico ludovicense. A Produção fonográfica é um termo amplo que se refere à produção geral de um disco musical, que vai desde a pré-produção, passando pela produção, finalização, pós produção até a distribuição do produto. Neste trabalho, é feito um apanhado histórico do mercado fonográfico brasileiro (surgimento e evolução), em seguida é feito uma pesquisa histórica de como e quando se deu o desenvolvimento do mercado fonográfico ludovicense e o surgimento dos estúdios, que são os principais pontos de produção musical e que possuem o papel de registrar os trabalhos gerados por artistas, grupos musicais e culturais de São Luís. Procurando entender o que são produção fonográfica e qualidade técnica. Se existe ou não boa e má qualidade técnica. Como o profissional do áudio vê a situação do mercado local. Como tem sido o processo de formação desses profissionais e qual a situação desses produtos fonográficos.
UTILIZAÇÃO DA PLATAFORMA DE MÍDIA SOCIAL FACEBOOK COMO FERRAMENTA JORNALÍSTICA NAS REDAÇÕES: um estudo de caso do jornal O Imparcial. Maria Fernanda Santos Souza As mídias sociais ainda são um campo a ser explorado mais a fundo pelo jornalismo. Ferramentas de comunicação surgem todos os dias dentro da esfera digital e modificam, pouco a pouco, a maneira como as pessoas se comunicam. Em 2004, a rede social Facebook foi criada e hoje representa o segundo site mais acessado do mundo e possui 1,2 bilhões de usuários ativos. Com seu crescimento, diversos jornais, revistas e sites de notícia, além de outros meios de comunicação, se apropriaram da plataforma para estabelecer uma comunicação direta e próxima com seu público, abrindo uma gama de possibilidades de interação e promoção. Em São Luís, os principais jornais já utilizaram o Facebook para divulgar notícias e interagir com o público. As redações, assim, agregaram mais uma mídia no ambiente de trabalho e o desafio de se adaptar às ferramentas digitais. A pesquisa busca entender como a plataforma citada entrou na rotina de trabalho dos jornalistas e as novas práticas e relações estabelecidas a partir de seu uso. Como metodologia estabeleceu-se a observação direta, a aplicação de questionário e entrevistas e a coleta de material publicado, a fim de uma abordagem triangular do objeto. Para aprofundar-se na análise, optou-se por escolher um jornal como estudo de caso: o jornal O Imparcial, pois é o que, atualmente, tem utilizado com mais intensidade as redes sociais.
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MEDIA TRAINING COMO FERRAMENTA DE AUXILIO NA CONSTRUÇÃO DA MARCA DA EMPRESA: Estudo de caso sobre treinamento de mídia com gestores do Porto Itaqui Camila Carneiro de Oliveira O presente trabalho tem como objetivo analisar a eficiência do Media Training na agregação de valor social, político e econômico ao Porto do Itaqui, a fim de mostrar como a comunicação pode ser um instrumento estratégico dentro da empresa, Para esta análise foi avaliado o processo de treinamento de mídia realizado com os gestores do Porto do Itaqui, por meio de pesquisa bibliográfica, de campo e análise de dados. Foram medidos os índices do crescimento de visibilidade na mídia após a aplicação do treinamento de mídia no Porto do Itaqui, e assim, encontrado os resultados alcançados pelo trabalho de comunicação na empresa. A avaliação dos resultados no Porto do Itaqui tem como base os estudos de auditoria de imagem das organizações de Wilson Bueno, com mensuração da imagem e reputação da empresa, fugindo da lógica da análise de centimetragem (clipping).
Análise das estratégias de comunicação da campanha nacional de prevenção e combate ao trabalho escravo da comissão pastoral da terra (CPT) Antônio Paiva da Silva Este trabalho tem por objetivo analisar as estratégias de comunicação da Campanha Nacional de prevenção e combate ao Trabalho Escravo da Comissão Pastoral da Terra (CPT). O estudo é feito a partir de pesquisa documental, entrevistas e questionários com agentes e parceiros da CPT e com a coordenação da Campanha, além da coleta de dados através da observação participante. A pesquisa visa compreender as principais ações e estratégias de comunicação desenvolvidas na e pela campanha “De olho aberto para não virar escravo”, coordenada pela entidade desde 1997, bem como verificar dentre seus organizadores e demais pessoas envolvidas na execução desta, a eficiência e os resultados alcançados por meio dessa iniciativa no processo de prevenção e combate ao Trabalho Escravo Contemporâneo no Brasil. Destacam-se nesse estudo a organização de membros da sociedade civil, e o uso da comunicação no enfretamento aos problemas sociais em paralelo às ações do Poder Público.
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POR UMA ESTÉTICA PORNÔ: vanguarda e autoria no cinema de Bruce Labruce Plynio Thalison Alves Nava O presente trabalho tem como objetivo discutir o cinema pornográfico a partir da obra do cineasta Bruce Labruce, cujo vinculo com os regimes de vanguarda e autoria oferecem soluções alternativas para a discussão do conceito de Indústria Cultural proposto pelos teóricos Theodor Adorno e Max Horkheimer e suas implicações nas abordagens sobre o papel dos meios de comunicação e do cinema.
BLOGOSFERA JORNALISTÍCA E OS CRITÉRIOS DE NOTICIABILIDADE: A comercialização da informação nos blogs jornalísticos políticos de São Luís-MA Mariana de Abreu Salgado Silva O presente trabalho busca entender quais características de um fato são preponderantes para se tornar notícia na blogosfera maranhense, tomando como parâmetro os blogs de John Cutrim, Luís Cardoso e Marcos D’Eça. O estudo busca entender quais as rotinas de produção e processo de construção da notícia nos blogs e definir o perfil da blogosfera maranhense.
ANÁLISE DAS INFORMAÇÕES NO UNIVERSO VIRTUAL: Um estudo sobre a Fanpage do Hospital São Domingos de São Luís - MA Juliana Barros Castro A internet deu um salto qualitativo gigante, ao passar de uma forma tradicional à nova internet 2.0, que permite uma inter-relação, muito superior com os leitores. Como consequência surge os blogs, rede sociais, comentários de leitores etc. Paralelamente, explode o fenômeno dos smartphones, tablets e notebooks. O consumo da internet tanto para ler, quanto para agregar informações, transforma-se em móvel. Os usuários migram de “leitores de papel” para “leitores de telas” e começaram a ver notícias onde quer que estejam. A circulação de dados e informações na internet cresce de modo exponencial, alcançando limites inéditos. Nesta pesquisa tomamos como objetivo de estudo a Fanpage do Hospital São Domingos. Tem-se como objetivo geral: analisar as informações publicadas no Facebook do Hospital São Domingo, observando se estas atendem aos critérios estratégicos definidos pela instituição. O estudo abordou inicialmente a pesquisa bibliográfica e, posteriormente, na segunda parte foi realizada a pesquisa de campo através de conteúdo. Pode-se, ao final desta pesquisa, diagnosticar, caracterizar e analisar a partir dos resultados obtidos, apresentados por meio de gráficos e discutidos. Conclui-se que o trabalho foi significativo.
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A Universidade que Cresce com Inovação e Inclusão Social ILHA DE SÃO LUIS CIDADE UNIVERSITÁRIA DO BACANGA AV. DOS PORTUGUESES, S/ N FONE: (98) 3301-8000 – CEP 65085-580 SÃO LUIS, MA HOSPITAL UNIVERSITÁRIO RUA BARÃO DE ITAPÁRY 227 – CENTRO FONE: (98) 2109-1000 – CEP: 65020-070 SÃO LUIS, MA CONTINENTE CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BACABAL AV. GOVERNADOR JOÃO ALBERTO, S/N – CEP 65700-000 FONE: (98) 3621 - 2479 – BACABAL, MA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE BALSAS RUA JOSÉ LEÃO, 404, CENTRO - CEP 65800-000 FONE: (99) 335412912 – BALSAS, MA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CHAPADINHA BR 222 – KM 04, S/N – CEP: 65500-000 FONE: (98) 3471-1201 – CHAPADINHA, MA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE CODÓ RUA PROF. FERNANDO DE CARVALHO, 1586 – CEP 65400-000 FONE/FAX: (99) 3661-2340 – CODÓ, MA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE GRAJAÚ AV. AURILA MARIA DOS SANTOS ABRROS SOUSA, 2012 LOTEAMENTO FREI BERETTA, EXTREMA – CEP 65940-000 FONE/FAX: (98) 98899-1062 – GRAJAÚ, MA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE IMPERATRIZ RUA URBANO SANTOS, S/N – CEP: 65900-000 FONES: (98) 3524-6200 / 3525-3516 – IMPERATRIZ, MA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE PINHEIRO RUA RAIMUNDO JOSÉ PIMENTA, S/N – FLORESTA – CEP: 65200-000 FONE: (98) 3471-1201 - PINHEIRO, MA CAMPUS UNIVERSITÁRIO DE SÃO BERNARDO RUA RPROJETADA S/N, PLANALTO - CEP: 65550-000 FONE: (98) 3272-9760 - SÃO BERNARDO, MA
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