Vilas Magazine | Ed 177 | Outubro de 2013 | 32 mil exemplares

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editorial

visitar as instalações de quem lhes oferece o serviço ou obter referências de outras pessoas para se certificar da idoneidade do fornecedor, mas a revista faz a sua parte com determinação. Peças publicitárias obviamente enganosas, por exemplo com imagens de pessoas trajando jaleco ou portando estetoscópio sem serem médicos ou coisa que o valha, são liminarmente recusadas por esta revista. Anúncios que de alguma forma levantem suspeitas quanto à lisura da mensagem são igualmente rejeitados. Sempre, sem exceções. Aplicamos essa política não só por convicção ética e compromisso com o bom nome da Vilas Magazine, mas também porque assim manda a legislação. A divulgação deliberada de mensagens publicitárias enganosas ou abusivas motiva a responsabilização tanto da agência de publicidade que as produz como do veículo de comunicação que as publica. Há, porém, situações em que a agência de publicidade e o veículo de comunicação não têm como saber antecipadamente que estão lidando com publicidade ilícita e, portanto, não podem ser responsabilizados nem juridicamente. Está nesse caso um anúncio que prometa descontos de 70%, quando depois o comerciante vá oferecer apenas 40% – ou anúncios de golpistas que não pretendem vender o que quer que seja, mas apenas receber pagamento adiantado por produtos que não entregarão. Mesmo não podendo ser responsabilizada por semelhantes engodos, a Vilas Magazine adota medidas para proteger os seus leitores-consumidores, publicando – sempre, sem exceções – as denúncias que nos chegam a respeito de qualquer anunciante, que é previamente ouvido para, se quiser, responder as acusações. As nossas edições estão repletas de exemplos nesse sentido. Além disso, claro, o anúncio é cancelado e o anunciante impedido de voltar às nossas páginas sempre que constatada a fraude ou descumprimento do Código do Consumidor. Como garantia adicional e em respeito aos nossos leitoresconsumidores e a todos os anunciantes que contam com este veículo de comunicação, a direção da Vilas Magazine passará também a denunciar formalmente às autoridades, inclusive policiais, todos os casos que nos chegarem.

Carlos Accioli Ramos, Diretor-editor da Vilas Magazine

Polícia para quem precisa de polícia

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analhas, desonestos, delinquentes, criminosos há em qualquer esquina, embora não em todas. A sociedade lida com eles todos os dias e lhes dá combate, inclusive por meio da ação de órgãos de governo. Nem sempre funciona, mas é preciso reagir sempre. Não me refiro aqui, desta feita, a batedores de carteira, mas a um tipo de gente que aplica golpes no comércio local. Assim como muitos consumidores, a revista Vilas Magazine algumas vezes foi vítima de golpistas ao abrigar em suas páginas anúncios que eram armadilhas. Tanto quanto o consumidor que é lesado ao pagar por um produto que jamais será entregue, a Vilas Magazine sai prejudicada sempre que delinquentes usam as nossas páginas com propósitos criminosos, qual seja o de induzir consumidores em erro ou deliberadamente conduzi-los a arapucas. A ampla circulação da Vilas Magazine e o retorno em vendas assegurado aos anunciantes, vez por outra atrai golpistas às nossas páginas, como às páginas de qualquer veículo de comunicação que ofereça resultados concretos a quem anuncia. Algumas vezes é propaganda enganosa, crime também, mas outras vezes é golpe puro e simples. O esquema é estupidamente básico: faz-se publicar um anúncio oferecendo produtos que não serão entregues. Tais anúncios são imediatamente suspensos – e o anunciante permanentemente banido – sempre que semelhantes casos, comprovadamente, chegam ao conhecimento da direção da Vilas Magazine. É necessário que o consumidor também adote precauções, tais como não oferecer pagamento antecipado sem

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ceNa da cidade A Associação de Capoeira Filhos da Bahia, de Mestre Sérgio, realizou em setembro a sua tradicional caminhada anual, em parceria com a Associação de Capoeira de Lauro de Freitas (Acalfi) e com o apoio da prefeitura. As atividades deste ano incluíram a realização do Seminário Capoeira História e Tradição na sede da Acalfi, em Itinga, e o 27º batizado de capoeira da Filhos da Bahia, em Portão. Para Mestre Sérgio, a caminhada é uma oportunidade de mostrar que a capoeira possui seu espaço em Lauro de Freitas – opinião compartilhada por Mestre Geraldo. Para ele, a capoeira é democrática por misturar cultura e esporte.

Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gratuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Estrada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipitanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abrantes, Jauá, Jacuípe, Guarajuba), Stella Maris, Praia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Editora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publicadas nesta edição, por qualquer meio, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Direitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas

www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDItAR ­ Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 e 3379-2206. Diretor­Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Diretora: Tânia Gazineo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaroaccioli@vilasmagazine.com.br Maiana Cunha de Souza e Leandra da Cruz Almeida (assistentes). Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos thiagoaccioli@vilasmagazine.com.br Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com.br Miriam Martins (assistente). Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Plural Indústria Gráfica (Ipojuca-PE). Redação: Rogério Borges (coordenador) e Anthero Eloy Ferreira Lins. Nayara Lobo, Nilma Gonçalves e Bruno Carvalho (free-lancers). Colaboradores: Gilka Bandeira, Lilian Silva, Márcia Tude e Alessandro Trindade Leite (charge).

FALE COM A REDAÇÃO redacao@vilasmagazine.com.br

tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela

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do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine utiliza conteúdo edi to ri al fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Magazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas registradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.

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rioridade necessária da gestão pública municipal, a administração do trânsito e do transporte precisa contar com estrutura adequada e condições – inclusive financeiras – para levar a bom termo a sua missão. À frente da secretaria municipal de Trânsito, Transporte e Ordem Pública, o major PM Moyses Mustar é, muito provavelmente, o homem certo no posto adequado e precisa receber o devido apoio para provar que o é. As propostas que o secretário tem apresentado são, de longe, as mais sensatas de que já se ouviu falar em terras de Santo Amaro de Ipitanga (leia à página 24). Sem malabarismos nem reinvenções da roda, Mustar projeta o que salta aos olhos como óbvio necessário – mas não há milagre que faça transitar planos do papel para o mundo real sem a adequada dotação orçamentária. Minimizar o caos de trânsito e transporte em que cidade está mergulhada certamente não é mais importante do que manter as refeições subsidiadas do Restaurante Popular, mas merece prioridade orçamentária da mesma forma. Tal como sublinhou recentemente o capitão PM Olinto Jr., coordenador da 4ª Retran, ao contrário deste ou daquele serviço público, “o trânsito todo mundo usa”, seja a pé, seja a bordo de um veículo de luxo ou de um microônibus caindo aos pedaços que circula a 20 Km/h para viabilizar um faturamento perfeitamente inviável.

Governo da Bahia anunciou a destinação de R$ 188 milhões em recursos da União, com contrapartida do Estado, para as obras antialagamento em Lauro de Freitas, antecipadas pela Vilas Magazine 8 dias antes. A notícia foi destaque de capa da edição de setembro da revista. De acordo com o governo, “dois contratos no valor total de R$ 219 milhões para obras de manejo de águas pluviais nos municípios de Salvador e Lauro de Freitas foram assinados”. Um deles, no valor de quase R$ 31 milhões, é destinado a obras na região do Dique do Cabrito e Rio do Cobre, no Subúrbio Ferroviário, em Salvador. O outro vai pagar a “implantação de reservatórios de amortecimento” – os populares piscinões – “no trecho do Rio Ipitanga, desde a Barragem Ipitanga I até a foz no Rio Joanes, além de obras que ampliam a capacidade de escoamento do rio, como o desassoreamento”. De acordo com edital de pré-qualificação da Conder, haverá seis parques com piscinões desde a barragem até o Caji. A calha do Ipitanga será ampliada desde a segunda ponte, no Km 3,5 da Estrada do Coco, até a confluência com o rio Joanes.

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Registros & Notas

Exposição de Lina Miotta

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Novos espaços n A empresária Ra­ pha­ela Ramos inaugurou em setembro, a Markante Presentes, focada no conceito de que “uma loja criativa não deve vender produtos e sim pitadas de inspiração para temperar o dia a dia”.

Acontece dia 18, no Shopping Vilas Boulevard, em Vilas do Atlântico, às 19h a vernissage da 17ª Exposição de Pintura e Desenho do Ateliê de Artes Lina Miotta. A mostra compõe 80 trabalhos dos artistas que frequentam o ateliê. O evento conta com a participação do grupo Villas Jazz e com a cantora Andréa Daltro. A mostra pode ser visitada até o dia 31, no horário comercial do shopping.

Seminário espírita A Casa Espírita Consciência e Vida promove, dias 25 (das 19h às 22h) e 26 (das 8 às 17h), o seminário Magnetismo e Depressão, de Kardec aos dias atuais, com os palestrantes Jacob Melo, Maria das Graças Moura e Dilson Moura. O ingresso é 1 kg de leite em pó, que será rever­ tido para a Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes, em Itinga, que atende idosos em regime de internato. Mais informações pelo tel.: 3508-1754.

Celebração

n O casal de empresários, Daniela Damas­ ceno e Leonardo San­ tana, inauguraram dia 2 de setembro a Casa dos Andaimes, nova loja do segmento na região.

Vencedor O atleta Rodrigo Alcântara, morador de Vilas do Atlântico, voltou ‘estrelado’ de Natal, onde participou do Campeonato NorteNordeste de Karatê. Trouxe na bagagem 5 medalhas: 1 de ouro, 1 de prata e 3 de bronze. No dia 22 sagrou-se campeão brasileiro em Porto Alegre. Novamente foi convocado para a seleção brasileira, e vai representar o Brasil na Argentina, em novembro, o campeonato Pan americano.

Carnavilas

Os empresários Marco Antônio, Gilvania e Maria Vitória Silva, pais e filha, comemoram os cinco anos de funcionamento da MV Material de Construção, referenciando funcionários e clientes, “responsáveis pela nossa trajetória de sucesso”, ressalta o patriarca.

Almir Nuno e Ronal­ do Moreira, organizadores do bloco Carnavilas, informam que estão disponíveis no site www. carnavilas.com.br as fotos das últimas edições do evento carnavalesco que acontece no bairro.

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O Núcleo de Oncologia da Bahia e o Núcleo da Mama promovem no domingo 27, a 1ª Corrida Outubro Rosa de Lauro de Freitas. A largada será às 7h30, do Kartódromo de Ipitanga, para 5km de corrida e 3km de caminhada. Organizada pela 2E Assessoria Esportiva, a camisa custa R$ 45,00. Inscrições e mais informações pelo tel.: 71-9956-8462 ou e-mail ef.personal@hotmail.com

Nova profissional

Elen Cristine Mendes colou grau em Enfermagem, pela Faculdade UNIME, deixando orgulhosos e felizes seus pais, Ronaldo Moreira (Naldinho) e Eliana Mendes. CORREÇÃO A pedagoga Mamary Lopes corrige informação constante no seu artigo publicado no espaço Última Página, na edição de setembro da Vilas Magazine: o índice correto apontado pelo censo do IBGE 2010 é de 24% de brasileiros com deficiência.

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Moradores são notificados para desobstruir calçadas em ação educativa da prefeitura

alçadas obstruídas por jardins, estruturas em cimento e diversos equipamentos começaram a ser fiscalizadas pela prefeitura de Lauro de Freitas com base na Lei das Calçadas – abordada em reportagem da Vilas Magazine na edição de agosto. Apesar de não ter sido ainda regulamentada, a lei estaria na base da ação conjunta de três secretarias – Planejamento, Serviços Públicos e Trânsito, Transporte e Ordem Pública – em setembro. De acordo com a prefeitura, foi “atendendo a solicitações da comunidade e fazendo cumprir as determinações previstas em lei” que a “operação calçadas” distribuiu 28 notificações aos responsáveis por imóveis que obstruíam os passeios no Miragem.

Vilas do Atlântico deverá ser o próximo bairro a receber a visita da secretária Eliana Marback, do Planejamento. “Nossa proposta é desenvolver essa ação em outras localidades do município”, disse. Ela acompanhou as vistorias e definiu com os técnicos os procedimentos a serem adotados. A iniciativa visa garantir principalmente a acessibilidade dos passeios, segundo destacou. De acordo com a prefeitura, o diretor da divisão de Imagem Urbana da secretaria de Planejamento, Alan Hohlenwerger, planeja retornar ao local em que as notificações foram emitidas para verificar o cumprimento das determinações. A lei 1.478/2012, que obriga a prefeitura de Lauro de Freitas a construir, reparar ou

manter calçadas de acordo com determinados padrões – o chamado “Programa Calçadas para Todos” – completou um ano em julho. Um dos parâmetros exigidos é a largura mínima de 1,20m, sem obstáculos, para passagem de pedestres, assim como a construção de rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida. A lei prevê multa de R$ 300 por metro linear de testada do imóvel que descumprir o Art. 7º: “os responsáveis por imóveis, edificados ou não, lindeiros a vias ou logradouros públicos dotados de guias e sarjetas, são obrigados a executar, manter e conservar as respectivas calçadas na extensão correspondente à sua testada”. Um imóvel com 10 metros de frente, por exemplo, estaria sujeito a uma multa de u Edmar de Paulo

Eliana Marback orienta ação de fis­calização de calçadas no Miragem

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R$ 3 mil por mês enquanto a situação não fosse corrigida. No mesmo artigo podia se ler que a calçada seria considerada “em mau estado de manutenção e conservação quando apresentar buracos, ondulações, desníveis não exigidos pela natureza do logradouro ou obstáculos que impeçam a circulação livre e segura dos pedestres”. O problema é que o Artigo 7º foi vetado pela então prefeita Moema Gramacho (PT) quando da publicação da lei, tornando absolutamente sem efeito a multa prevista. Autor da lei, o vereador Antônio Rosalvo (PSDB) voltou a lamentar os vetos e a falta de regulamentação do diploma legal, mas parabenizou o prefeito Márcio Paiva (PP) pela iniciativa de promover a consciência coletiva. “É o prefeito arregaçando as mangas para resolver o caos que toma conta dos passeios de Lauro de Freitas, onde os pedestres ainda não têm vez”, disse. Antônio Rosalvo destaca que a lei manteve a obrigatoriedade da prefeitura providenciar, “sob sua responsabilidade”, o rebaixamento

Vereador Antônio Rosalvo: ação nas calçadas “é o prefeito arregaçando as mangas”. Abaixo, funcionários da prefeitura apreendem placas de propaganda na av. Praia de Itapuã

das calçadas para o acesso de pedestres, bem como a remoção de obstáculos. Na verdade, em função dos vetos aplicados à lei, a prefeitura é que poderá ser multada em R$ 300 por metro linear de calçada se não remover os obstáculos à circulação de pedestres. A multa vale também para os trechos em que não

há, no mínimo, 1,20m de faixa livre, conforme se lê no Artigo 8º. De acordo com a prefeitura, a população apoiou a “operação calçadas” pela conscientização para a necessidade de desobstruir os passeios. “Essa ação educativa é importante para chamar a atenção de que devemos pensar no deslocamento das pessoas pelos passeios”, disse a moradora Gisele Bertoline. Para o vereador, “esse é o principal mérito da lei e da ação da prefeitura”. No início de setembro, a mesma equipe percorreu algumas vias da região de Vilas do Atlântico para verificar irregularidades em estabelecimentos comerciais. Os proprietários foram orientados para não obstruir as calçadas. Em vários pontos da avenida Praia de Itapuã, estacionar em cima dos passeios continua a ser uma prática comum, mas a prefeitura recolheu oito cavaletes, dois banners e duas faixas de propaganda. Ao todo, Hohlenwerger notificou onze estabelecimentos que obstruíam passeios públicos com propaganda e equipamentos irregulares. Edmar de Paulo

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Guarita na entrada principal de Vilas do Atlântico obstrui passagem de pedestres

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Prefeitura pede remoção de guaritas nas entradas de Vilas do Atlântico

or solicitação da prefeitura de Lauro de Freitas, as guaritas existentes nas três entradas de Vilas do Atlântico deverão ser demolidas em breve. A responsabilidade pela remoção das guaritas cabe à Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a associação de moradores, que utiliza as estruturas para facilitar o trabalho da empresa de vigilância que serve o bairro. Em ofício datado de 27 de agosto último, a secretária de Planejamento Eliana Marback pede a “remoção imediata” das guaritas para desobstruir a passagem de pedestres e de veículos. Para fundamentar o pedido, Marback

menciona a Lei Municipal nº 1.290/2007 e a Lei Federal nº 9.503/1997 – que vem a ser o Código de Trânsito Brasileiro (CBT). De fato, o artigo 68 do CBT dispõe que “é assegurada ao pedestre a utilização dos passeios ou passagens apropriadas das vias urbanas”. Já a Lei Municipal trata da “acessibilidade e espaço reservado aos portadores de necessidades especiais em casa de espetáculos e/ou casa de shows, centros comerciais, shoppings, teatros e cinemas no Município de Lauro de Freitas”, segundo se lê na ementa do diploma. A lei que trata da acessibilidade em

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passeios de Lauro de Freitas é a 1.478/2012, que obriga a prefeitura a construir, reparar ou manter calçadas (leia à página 12) com pelo menos 1,2m de largura para circulação de pedestres. Publicada em julho do ano passado, a lei ainda não foi regulamentada e por isso não tem aplicação. A secretária de Planejamento fundamenta o pedido também em normas da Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) NBR 9.284 de 1986 e NBR 9.050 de 2004. Esta última, disponível no site da secretaria (leia à página 16), trata da acessibilidade a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos.


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Novo site da prefeitura traz informação real até sobre eventos particulares autorizados

secretaria de Planejamento e Gestão Urbana de Lauro de Freitas inaugurou em setembro um site próprio (http://seplan.laurodefreitas.ba.gov.br) com informação de verdade para quem precisa dela. Há orientações completas sobre como obter determinado tipo de licença, formulários de requerimento, uma seção com normas, leis, decretos e mapas de zoneamento dos loteamentos Miragem e de Vilas do Atlântico e muito mais. De acordo com a prefeitura, o foco do site está na transparência – e o objetivo parece ter sido levado a sério. É possível saber até mesmo se o vizinho está autorizado a musicar a vizinhança. No dia 12 de outubro, por exemplo, Nayana Bona Dias está liberada para soltar o som das 10h às 18h na Rua Vereador José Barbosa dos Reis, em Ipitanga. A prefeitura informa, no novo site, que se trata de uma festa de casamento para 250 pessoas. Até o fechamento desta edição da revista Vilas Magazine, ninguém mais tinha autorização para “utilização de som em eventos em área particular” na cidade. Sim, isso existe. Além da consulta a eventos autorizados de diversos tipos, alvarás concedidos, processos com pendências do interessado e filas de processos para topografia e análise, o contribuinte tem acesso à legislação que regula o uso e ocupação do solo em Lauro de Freitas. A seção inclui até mesmo a famosa Lei 1.166/2006, que alterou o gabarito de construção da Quadra D26, em Vilas do Atlântico, na avenida Praia de Itapuã entre Praia de

Itaparica e Praia de Amoreira. A quadra inclui a igreja de Vilas do Atlântico e o lote das antigas ruínas, onde já se cogitou construir um

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Mapa legal de Vilas do Atlântico mostra classificação de “uso especial” de parte da quadra B8


apart-hotel que poderia ter cinco andares. A alteração de gabarito continua vigente. No “mapa legal” de Vilas do Atlântico, desenhado de acordo com documentos do acervo da secretaria de Planejamento e disponível no site, descobre-se que o Condomínio Vilas do Atlântico Norte, na avenida Praia de Itamaracá, está classificado como área de “uso especial” – como o Vilas Tênis Clube – e não residencial. O condomínio foi construído dentro da poligonal do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico, hoje uma Zona Especial de Interesse Ambiental (ZEIA). De “uso especial” é também cerca de um terço da Quadra B8, entre as ruas Praia de Itamaracá e Praia de Igarassu. Apesar de contar essencialmente com residências, parte dessa mesma área já tem lojas instaladas. Já a Praia de Pajussara, onde há cada vez mais comércio, está classificada como de “uso residencial com domicílio fiscal bidomiciliar vinculado”. Já na avenida Praia de Itapuã, o mapa mostra que nem toda a área do Equus Clube do Cavalo é Zona Especial de Interesse Ambiental, mas integra o “corredor de atividades diversificadas”. Entre muitas outras informações, está disponível no site uma relação de funcionários da secretaria em que se contam dez nomes masculinos e 35 femininos, incluindo o da secretária Eliana Marback e todo o seu gabinete. O departamento de Projetos Especiais, que preparou os mapas, também é domínio exclusivamente feminino.

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Prefeitura avalia processo de instalação de empresas

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Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, através da Superintendência de Indústria, Comércio e Serviços (Sudics) e das secretarias municipais da Fazenda (Sefaz) e de Planejamento e Gestão Urbana (Seplan), avaliou o novo fluxo de processo do Registro Mercantil (Regin), em reunião realizada dia 26 de setembro. Segundo o superintendente da Sudics, Gustavo Ferraz, o sistema agora só dispara as solicitações aos órgãos envolvidos no processo – Sefaz e Seplan – e, caso haja necessidade de se tratar a mobilidade, envia também à Secretaria de Trânsito, Transporte e Ordem Pública (Settop). “O novo fluxo de processo está dando mais agilidade e rapidez na instalação de empresas em Lauro de Freitas”, afirma Ferraz. Para instalar uma empresa no município é necessário passar pelo Regin – sistema informatizado da Junta Comercial da Bahia que visa desburocratizar o processo, integrando os órgãos públicos envolvidos no Registro de Empresas.

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IFGF aponta terceira queda consecutiva no investimento público do município

nível de investimento público em Lauro de Freitas registrou queda pelo terceiro ano consecutivo em 2011, mantendo-se na faixa dos municípios com “gestão crítica” nesse quesito. Classificados como de “boa gestão” (conceito B) até 2008 – ano de eleições – os investimentos sofreram pronunciado corte em 2009, quando o município passou a ostentar conceito D – ou de “gestão crítica”. O quadro piorou em 2010 e agravou-se um pouco mais em 2011. A culpa recai sobre problemas de caixa ocasionados pela falta de liquidez – excesso de restos a pagar inseridos no orçamento do ano seguinte sem a respectiva disponibilidade financeira para cobri-los. Os dados de 2012 – outro ano eleitoral – deverão ser avaliados no relatório do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) do ano que vem. Lançado no ano passado, o IFGF jogou luz sobre a forma como os recursos públicos são administrados pelas prefeituras. Preparado pela Federação das Indústrias do Rio de Janeiro, o índice é construído a partir das informações fiscais das próprias prefeituras, dados de declaração obrigatória e disponibilizados anualmente pela Secretaria do Tesouro Nacional (STN). Foi com base neles que o IFGF classificou a situação de 5.164 municípios, onde vivem mais de 181 milhão de pessoas – 96% da população brasileira. A pontuação varia entre 0 e 1 ponto. Os quatro conceitos adotados pelo IFGF apontam “gestão de excelência” (A) para resultados superiores a 0,8 ponto, “boa gestão” (B) para pontuação entre 0,6 e 0,8, “gestão em dificuldade” (C) para notas entre 0,4 e 0,6 ponto e “gestão crítica” (D) para resultados inferiores a 0,4 ponto. Gestão em dificuldade Além do índice global de gestão fiscal, em que Lauro de Freitas obteve conceito C (0,5387 ponto) em 2011, o estudo atribui valor a cada um dos cinco quesitos que o compõem. O município fechou 2011 com conceito B (boa gestão) em relação à receita própria (0,6830) e aos gastos com pessoal (0,6343), com conceito

C (gestão em dificuldade) quanto à liquidez financeira (0,4590) e A (gestão de excelência) em relação ao custo da dívida (0,8967). Negativa mesmo, só a nota de investimentos públicos, que continua a cravar conceito D (gestão crítica), com 0,2195 em 2011, 0,2235 em 2010 e 0,2976 em 2009. Nos anos anteriores Lauro de Freitas registrara uma “boa gestão” no indicador, com 0,7348 ponto em 2008, 0,6798 em 2007 e 0,6948 em 2006. Observado o panorama baiano de 2011, a avaliação do investimento público local não é muito diferente da maioria dos municípios: 51% apresentavam gestão crítica no quesito em 2011 e 27% estavam em dificuldade. Apenas 14% tinham boa gestão. Uma minoria de 7,8% exibia gestão de excelência. O quesito de investimentos públicos é avaliado em relação à receita corrente líquida (RCL) do município. Pavimentação de ruas, iluminação pública, transporte de qualidade, escolas e hospitais qualificados são exemplos de investimento municipal. A nota negativa significa que se investiu muito menos, apesar de a RCL de Lauro de Freitas não ter diminuído no período e não porque tenha havido menos receita. De fato, o indicador de receita própria cresceu entre 2008 e 2009, mantendo-se relativamente estável até 2011. Pessoal Os gastos da prefeitura com servidores surgem como primeiro suspeito da vilania. O indicador representa quanto o município gasta com pagamento de pessoal em relação ao total da RCL. Como os gastos com pessoal são os que maior participação têm na despesa total de um município, este indicador mede também o grau de rigidez do orçamento: o espaço de manobra da prefeitura para execução das políticas públicas – em especial dos investimentos. De fato, os gastos com pessoal pioraram levemente em 2009, relativamente a 2008, mas em 2010 retornaram ao patamar anterior, chegando a melhorar em 2011. Ao mesmo tempo, a situação dos investimentos sofreu novo agravamento, o que absolve o custo com pessoal. Vilas Magazine

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O indicador do custo da dívida da prefeitura de Lauro de Freitas, outro componente do IFGF que poderia ser culpado pelos problemas de investimento, chegou a apresentar melhoria de 2008 a 2011. Este quesito avalia o comprometimento do orçamento com o pagamento de juros e amortizações de empréstimos contraídos em exercícios anteriores e corresponde às despesas de juros e amortizações em relação ao total das Receitas Líquidas Reais (RLR). Liquidez Resta investigar o indicador da liquidez, que nunca foi dos melhores no município e que vinha piorando desde 2006 – só recuperando a pouca qualidade anterior (conceito C) há dois anos. Neste item, o IFGF verifica a relação entre o total de restos a pagar acumulados no ano e os ativos financeiros disponíveis para cobri-los no exercício seguinte. Aqui se percebe que a prefeitura estava postergando pagamentos de despesas para outro exercício sem deixar recursos suficientes para cobri-los. Apenas em 2011 a gestão mudou para melhor (0,4590) depois de um 2010 (0,0339, conceito D) no fundo do poço. Os dados de 2012 devem revelar nova melhoria em relação ao ano anterior. O histórico de consecutivos maus desempenhos neste quesito cobrou seu preço ao impor a queda no nível de investimentos a partir de 2009. Grande parte das aplicações programadas com recursos federais, por exemplo, exige uma contrapartida financeira do município que a falta de liquidez pode impedir. Por isso, o adiamento de despesas pela via da inscrição das dívidas em restos a pagar pode prejudicar a execução das políticas públicas. Para a Firjan, a falta de planejamento or­ça­ mentário tem gerado problemas de liquidez para muitas prefeituras devido à “prática recorrente e disseminada do uso de restos a pagar como alternativa para o endividamento”. Mas engessar o orçamento com altos níveis de comprometimento com salários ou com o custo da dívida pode produzir o mesmo resultado.


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Governo estadual aponta redução de crimes violentos

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s chamados “crimes violentos letais intencionais” (CLVI) – homicídios – continuam diminuindo na Região Metropolitana de Salvador (RMS), incluindo a capital, de acordo com o balanço referente à primeira quinzena de setembro e ao acumulado do ano, em relação a 2012, apresentado no mês passado pelo Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida, do governo estadual. A maior redução foi verificada fora da capital, nos demais municípios da RMS, com queda de 30,6% nos primeiros 15 dias do mês. O governo não divulgou a redução verificada em cada um desses municípios. A RMS inclui, além de Lauro de Freitas e Salvador, os municípios de Camaçari, Candeias, Dias d’Ávila, Itaparica, Madre de Deus, Mata de São João,

Pojuca, São Francisco do Conde, São Sebastião do Passé, Simões Filho e Vera Cruz. Em Salvador, a diminuição foi de 6,6% no mesmo período. No acumulado do ano, em Salvador, a redução foi de 13%, enquanto no conjunto dos demais municípios da região metropolitana, do início de janeiro até a primeira quinzena deste mês, foi de 17,4%. Para o secretário da Segurança Pública Maurício Barbosa, os índices comprovam a maturidade do Pacto pela Vida. “São dois anos de programa, com várias ações executadas pelos diversos órgãos que o compõem, como a câmara de administração prisional, a de enfrentamento ao uso das drogas, de segurança

Secretário Maurício Barbosa: além do reforço na segurança, ações sociais

pública, as bases comunitárias”, disse. Itinga Com a redução de mais de 79% no número de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI), de acordo com o Governo do Estado, a Base Comunitária de Segurança (BCS) de Itinga, completou em setembro um ano de funcionamento. A base tem como principal objetivo reduzir os índices de violência contra a pessoa e contra o patrimônio e conta com 120 homens, quatro viaturas, oito motos e dez câmeras de vigilância, que atendem também às comunidades no entorno do bairro. Os resultados poderão ser tributários também do programa conjunto da ONU “Segurança com Cidadania”, que desde 2011 investe US$ 6 milhões em ações de desenvolvimento humano no combate à violência, com foco em crianças, adolescentes e jovens de até 24 anos. Itinga foi selecionada para participar do programa, ao lado de Vitória (ES) e Contagem (MG), pelos seus altos índices de violência e pelo engajamento da comunidade na busca u ADENILSON NUNES / GovBA

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de soluções. Um diagnóstico da situação foi apresentado por Érica Machado, da ONU, em dezembro do ano passado. O relatório das Nações Unidas trata a violência como um fenômeno que tem muitas causas, e não uma única, isolada: déficit de capital social, presença de fatores de risco, violência contra a mulher, contextos sóciourbanos inseguros, crime organizado, insuficiência da Justiça e policial. É esta última que a BCS procura resolver. Também em setembro, o promotor de Justiça Geder Gomes, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Cesop), propôs “uma espécie de Pacto Pela Vida Municipal” que reuniria os municípios da RMS a exemplo do que foi feito em Pernambuco (leia à página XX). Dados independentes Dados do “Mapa da Violência – Mortes Matadas por Arma de Fogo” no Brasil, apresentado em março pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz e publicados pela Vilas Magazine, classifica Lauro de Freitas como o terceiro município mais violento do país, com uma taxa de homicídios crescente desde a primeira edição do mesmo estudo. A taxa verificada em Lauro de Freitas está em 106,6 mortes por cada 100 mil habitantes. Significa dizer que, em média, de 2008 a 2010, foram mortos por arma de fogo na cidade 182 pessoas por ano, 15 por mês ou uma a cada dois dias. A maior parte das vítimas tem menos de 29 anos. Em fevereiro, o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-Violência), apurado

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Érica Machado, do PNUD: “só policiamento não resolve o problema”. Abaixo, reunião do Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida

pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), vinculado ao Ministério da Justiça e também abordado pela Vilas Magazine, já havia apresentado a cidade como a segunda pior do país no que se refere a homicídios de jovens de 12 a 29 anos. Ainda segundo o IVJ-Violência, entre todos os municípios com mais de 100 mil habitantes, Lauro de Freitas é onde mais se mata jovens no país, proporcionalmente à população. Anistia Internacional O perfil do jovem em Lauro de Freitas, majoritariamente negro e de baixa renda, encaixa-se na faixa da população que corre mais riscos, segundo o relatório O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, apresentado pela Anistia Internacional em maio último. De acordo com o documento, os jovens negros são de forma desproporcional as principais vítimas, principalmente nas regiões Nordeste e Norte. Segundo o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil Átila Roque, o país vive uma situação de quase extermínio de uma parcela da população. “Em 2010, quase nove mil jovens entre ALBERTO COUTINHO / GovBA

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nove e 19 anos, de acordo com o Mapa da Violência, foram vítimas de homicídio”, sublinha. Desses, “uma parcela enorme, cerca de 50%, é homens negros que estão morrendo”. Para Roque, “claramente há uma situação que combina diversos fatores, violência institucional, número de armas que circulam, racismo, que acabam vitimando um certo perfil de pessoas”. Estamos vivendo “uma tragédia de proporções inacreditáveis, isso equivale a 48 aviões comerciais caindo todo ano cheio de jovens, crianças e adolescentes”, ilustra. Sensação de segurança Dados independentes, do Mapa da Violência e dos relatórios do IVJ-Violência deverão aferir, no futuro, a melhoria verificada nos últimos 12 meses. Para já, a sensação de segurança, segundo o governo, é percebida também pelos comerciantes, vítimas preferenciais dos assaltantes. O empreendedor Gustavo Santos, 29 anos, proprietário de um petshop, está em Itinga há cinco anos, e segundo ele, durante este tempo foi assaltado seis vezes. “Tivemos tranquilidade após a instalação da base comunitária de segurança, porque temos policiamento durante 24 horas”, disse. O secretário estadual de Segurança Pública Maurício Barbosa lembra que, além do reforço na segurança, a base promove diversas ações sociais na comunidade, como cursos de informática, de qualificação profissional e de pré-vestibular. “A redução na criminalidade em Itinga é um grande resultado e isso se deve a ações integradas, como curso de capacitação, oficinas de arte”, disse. “Somente no curso de inclusão digital foram formadas 1.800 pessoas, a base comunitária não é apenas policiamento, mas um grande polo de ações sociais”, afirmou. Durante a celebração de um ano da Base Comunitária de Segurança de Itinga foram oferecidos serviços comunitários como cadastramento no Bolsa Família, vacinação, orientação jurídica, teste de glicemia, além de espaços de lazer e diversão para crianças como piscina de bolas, cama elástica e palhaço. Atualmente, existem 13 Bases Comunitárias de Segurança na Bahia: Calabar, Nordeste de Amaralina, Santa Cruz, Vale das Pedrinhas, Fazenda Coutos, Bairro da Paz, Rio Sena e São Caetano em Salvador, Itinga em Lauro de Freitas, Itabuna, Feira de Santana, Vitória da Conquista e Porto Seguro.


EDMAR DE PAULO

Promotor sugere “Pacto Pela Vida Municipal” inspirado em Pernambuco

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promotor de Justiça Geder Gomes, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Segurança Pública e Defesa Social (Cesop), levantou a possibilidade de se estabelecer, a exemplo do que já foi feito em Olinda e Recife, em Pernambuco, “uma espécie de Pacto Pela Vida Municipal”. Em Olinda a implantação das políticas do programa no âmbito municipal, teria reduzido os índices de criminalidade

em cerca de 40%. O programa de combate à violência em Pernambuco tem sido apontado como modelo por diversos especialistas em função dos resultados que alcançou. “Talvez esse seja um caminho a ser trilhado, criando um mecanismo capaz de, como base na expertise do pacto estadual, estabelecer parâmetros semelhantes para os municípios”, destacou Geder Gomes. Para ele, “é preciso criar uma cultura de cooperação no

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O promotor de Justiça Geder Gomes (centro) preside reunião com prefeitos e secretários da Região Metropolitana de Salvador (RMS)

enfrentamento aos problemas de segurança pública, de forma que as experiências exitosas de um município possam ser socializadas com os demais”, concluiu. A proposta foi feita durante a segunda reunião dos prefeitos da Região Metropolitana de Salvador (RMS) com o Ministério Público estadual, em 18 de setembro, cerca de quatro meses depois da primeira, que teve a coordenação do procurador-geral de Justiça Welling- u


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ton César lima e Silva. Os prefeitos voltaram à sede do Ministério Público para apresentar os primeiros resultados e discutir novas questões relacionadas ao combate à violência. A implantação do Observatório de Segurança Pública (OSP) em Camaçari foi o principal avanço registrado. À semelhança do que já existe em Lauro de Freitas há alguns anos, o OSP de Camaçari será baseado num modelo do Ministério da Justiça que permite aos municípios obter um “mapa do crime” a partir do qual se pode estabelecer políticas públicas. De acordo com o secretário de Desenvolvimento Social de Camaçari Hélio Santos, consultas públicas estão sendo realizadas em todas as regiões da cidade “para que se chegue às demandas de forma mais específica”. Presente à reunião, o prefeito Márcio Paiva, de Lauro de Freitas, destacou a redução nos índices de criminalidade na região de Itinga, “sobretudo no entorno da Base Comunitária”. No início de setembro, o governo do estado anunciou a redução de mais de 79% no número de Crimes Violentos Letais e Intencionais (CVLI) ao marcar um ano de funcionamento da Base Comunitária de Segurança (BCS) de Itinga. A implantação de sistemas de monitoramento, por meio da instalação de câmeras de segurança – que também já existem em Lauro de Freitas há anos – foi outro ponto destacado na reunião. De acordo com o secretário de Indústria e Comércio de Candeias Jorge Santana, a instalação dos equipamentos reduziu o número de CVLI e crimes contra o patrimônio. O vice-prefeito de São Francisco do Conde Evandro Almeida registrou melhora semelhante no seu município, informando que, além das câmeras já instaladas, outras serão implantadas com base em projeto já aprovado. “Também estamos com tudo encaminhado para a criação da guarda municipal na nossa cidade, o que será outra conquista na área de segurança pública”. Dirigida pelo Cesop e presidida pelo promotor Geder Gomes, a reunião contou com a presença de Fernando Guimarães, gestor do Programa Pacto Pela Vida, do governo da Bahia e do Coronel PM Jorge Couto, da Polícia Militar da Bahia. Além de Márcio Paiva (PP), prefeito de Lauro de Freitas, participou da reunião o prefeito de Simões Filho Eduardo Alencar. São Francisco do Conde foi representada pelo vice-prefeito

Evandro Almeida, Candeias pelo secretário de Indústria e Comércio Jorge Santana, Camaçari pelo secretário de Desenvolvimento Social Hélio Santos e Itaparica pelo procurador do

município Igor Santos. A RMS inclui, além desses municípios, também Salvador, Dias d’Ávila, Madre de Deus, Mata de São João, Pojuca, São Sebastião do Passé e Vera Cruz.

Autoridades fazem balanço na Semana Nacional de Trânsito

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s três primeiros condutores de veículos que prestaram prova prática em Lauro de Freitas receberam em setembro a respectiva Carteira Nacional de Habilitação (CNH) durante uma sessão especial na Câmara de Vereadores. O evento foi organizado pela vereadora Aline Oliveira (PP) para marcar, na cidade, a Semana Nacional de Trânsito, de 18 a 25 de setembro. Rodrigo Fragoso, 18 anos, João Baptista Santos, 22 e Derisvalda Souza de Jesus, 41, receberam a CNH das mãos de autoridades presentes. O capitão PM Henrique Olinto Júnior, coordenador da 4ª Regional de Trânsito (Retran), de Lauro de Freitas, pertencente à 25ª Circunscrição Regional de Trânsito (Ciretran), explicou que a emissão do documento já era feita localmente há alguns meses. As provas práticas de condução começaram a acontecer em setembro. Até o dia 18 já haviam sido entregues pela Retran 570 CNH. Os novos serviços, segundo explicou Olinto Jr., foram possibilitados pela cessão de funcionários da prefeitura de Lauro de Freitas, que também viabilizou a adaptação das instalações. Próprios de uma Ciretran, os novos serviços são executados na Retran por delegação da instância superior. De acordo com o coordenador, a iniciativa só não foi tomada antes porque a 4ª Retran não tinha estrutura física e de pessoal capaz de atender a demanda. Olinto Jr. também parabenizou a ação da 52ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) pelo “trabalho digno de palmas” na fiscalização de adolescentes dirigindo ciclomotores, em especial no perímetro de Vilas do Atlântico. O major PM Moyses Mustar, secretário municipal de Trânsito, Transporte e Ordem Pública, destacou uma operação conjunta da 52ª CIPM e do Juizado de Menores na entrada de Vilas do Atlântico que teve por objetivo fiscalizar adolescentes inabilitados. De acordo com ele, os pais de menores flagraVilas Magazine

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dos pela operação terão que comparecer em juízo para responder por entrega de veículo a pessoa inabilitada. Segundo o tenente PM Cláudio Araújo, da 52ª CIPM, entre cerca de 12 mil motos abordadas, 1.209 foram conduzidas ao pátio da Retran. As operações de fiscalização resultaram também na apreensão de 23 armas de fogo e de quantidades não especificadas de drogas, incluindo maconha e crack. Araújo calcula que “até o final do ano teremos abordado quase um terço da população de Lauro de Freitas”. Trabalho para a PM é que não vai faltar. Responsável pela 4ª Retran, Olinto contou que até 18 de setembro havia 63.508 veículos registrados em Lauro de Freitas e que até o fim de 2013 haverá cerca de 65 mil – fora os que aqui circulam normalmente com placas de outros municípios. Em dezembro último a frota local era de 59 mil veículos. “Não existe


obra física que resolva esse problema”, disse Olinto, referindo-se ao crescimento de quase 10% na frota em um ano. Verticalização e educação A advogada e professora Lígia Maia chamou atenção para o processo de verticalização da cidade: “antes de autorizar a verticalização você tem que providenciar vias de circulação”, disse. Maia questionou ainda o incentivo oficial à venda de veículos “sem fornecer contrapartida em vias de circulação”. Afinal, “mais carros precisam de mais vias”, verificou. Para Moyses Mustar, a questão envolve educar as pessoas para o trânsito. “O problema do trânsito não é simplesmente multar”, disse. Sublinhando que “uma geração bem educada leva educação para cem gerações”, Mustar apontou a obrigatoriedade legal de realizar a Semana Nacional de Trânsito em todos os órgãos do Sistema Nacional de Trânsito, uma oportunidade para levar a cabo precisamente ações educativas. A vereadora Aline Oliveira, anfitriã da sessão especial, disse que “não temos ainda as condições ideais de trabalho” na secretaria de Trânsito, Transporte e Ordem Pública. “Conclamamos que o prefeito acelere os processos para que [a secretaria] tenha as condições ideais para trabalhar”, afirmou. Em âmbito nacional, o Ministério das Cidades realiza campanha para conscientizar a população sobre os efeitos e as causas de dirigir após consumir álcool e drogas. Com o tema “Álcool, outras drogas e a segurança no trânsito: efeitos, responsabilidade e escolhas”, a campanha traz uma mensagem para incentivar a mudança de comportamento dos motoristas. Essa é uma das ações da Semana Nacional de Trânsito 2013 e u

João Baptista mostra a CNH ao lado da vereadora Aline Oliveira, do secretário Moyses Mustar e do capitão PM Henrique Olinto Júnior, coordenador da 4ª Regional de Trânsito (Retran), de Lauro de Freitas

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quirir o material. Entre outros, estão sendo desenvolvidos estudos de tráfego para o cruzamento da Luiz Tarquínio com a rua Jardim Ipanema, no final do Varandas Tropicais, e com a Brigadeiro Alberto Costa Matos – ruas que dão acesso à chamada segunda portaria de Vilas do Atlântico. A chegada ao Centro de Lauro de Freitas pela rua Valdomiro Rodrigues e o cruzamento da rua Miguel dos Santos Silva com a São Jorge, na saída do Centro, também estão sendo avaliadas, de acordo com o secretário. Para a rua Maria Isabel dos Santos, mais conhecida como avenida Beira Rio, também no Centro, a proposta é inverter a mão de circulação ou Lígia Maia: mais carros precisam de mais vias

do Pacto Nacional Pela Redução de Acidentes (Parada: Um Pacto pela Vida), iniciativa do Governo Federal para reduzir em 50% o número de acidentes, entre 2011 e 2020, explicou Mustar. De acordo dados oficiais, todos os anos 40 mil pessoas morrem no trânsito no Brasil. Segundo o setor de seguros, o número é ainda maior: 50 mil mortos. “O trânsito é o maior assassino do país, mata mais que os homicídios”, destacou Moyses Mustar. O capitão PM Roberto Castro, do Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv) da Polícia Militar da Bahia, apresentou um retrato do caos no trecho local da Estrada do Coco. Segundo ele, cerca de 900 veículos por dia são flagrados pelo radar instalado no Km 6, nas proximidades do posto da BPRv. O resultado é que, nos últimos oito meses, houve 482 acidentes no trecho da via que corta Lauro de Freitas. Modificações estruturais Apesar da ênfase nas ações educativas, a prefeitura prepara diversas intervenções físicas no trânsito da cidade. Algumas delas – como a terceira faixa na avenida Luiz Tarquínio após a saída de Vilas do Atlântico – eram já conhecidas. Mustar anunciou agora também a construção de uma faixa nova na Estrada do Coco, ao longo de quase um quilômetro no sentido Salvador, após a esquina da avenida Fortaleza, acesso a Itinga. O secretário prometeu ainda sinalizar direções dentro de Vilas do Atlântico e no restante da cidade. De acordo com ele, está sendo preparada a licitação pública para ad-

implantar o trânsito em mão dupla. Em Itinga, o Largo do Caranguejo deve passar por uma reformulação de trânsito que inclui a criação de uma nova faixa de circulação para quem segue da avenida São Cristóvão para a avenida Fortaleza. Outra novidade é a proposta de implantar a circulação em mão dupla na avenida Dois de Julho, início da futura via expressa de Ipitanga, que atualmente liga o Km 1,5 da Estrada do Coco ao Centro de Lauro de Freitas acompanhando os muros da Base Área. Segundo Moyses Mustar, a ideia é criar ali uma nova via de saída do Centro para desafogar o trajeto pela Euvaldo dos Santos Leite, quase sempre congestionado.

Polícia insiste que a comunidade faça registro de boletins de ocorrência

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Major PM Marcelo Grun, comandante da 52ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) e o delegado Joelson Reis, titular da 23ª Circunscrição Policial (CP) pediram à comunidade de Vilas do Atlântico que passe a fazer o registro de boletins de ocorrências policiais. Responsáveis pela segurança de Lauro de Freitas a leste da Estrada do Coco, Grun e Reis comprometeram-se a aumentar a frequência e abrangência das blitz no bairro, mas alertaram para a necessidade de haver registros policiais capazes de orientar a tomada de decisões. O pedido foi feito durante reunião da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a associação de moradores do bairro, em agosto. Para a polícia, “Vilas é um paraíso, sem ocorrências policiais”, disse o coordenador geral da entidade Carlos Knittel, “quando nós sabemos que não é assim”. As forças policiais, entretanto, trabalham com base em estatísticas e precisam contar com o registro de ocorrências. Para Knittel, “sente-se que a questão da segurança está sendo levada a sério pela polícia, tanto a Civil como a Militar, mas a comunidade se omite no registro das ocorrências”. O tema é tão antigo quanto a própria Salva, que em anos anteriores pediu até mesmo a instalação de um posto avançado da 23ª CP em Vilas do Atlântico para facilitar o registro Vilas Magazine

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Major PM Marcelo Grun, comandante da 52ª CIPM: a polícia precisa ter os boletins de ocorrência, importantes para definir decisões de boletins. De acordo com a associação, a maioria dos moradores deixa de ir à delegacia no Centro de Lauro de Freitas ou por não acreditar que o assunto venha a ser resolvido ou porque as pessoas se sentem constrangidas no ambiente da delegacia. A comunidade presente à reunião pediu não só a realização de mais blitz, mas também policiamento no calçadão e melhor iluminação das vias públicas – um setor que é da alçada da prefeitura de Lauro de Freitas.


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unidade itinerante do Procon, órgão da secretaria estadual de Justiça, Cidadania e Direitos Humanos, atenderá consumidores de Lauro de Freitas até o dia 18 de dezembro, ao longo de 36 dias. Os bairros incluídos são o Centro, que contou com a unidade móvel em setembro, Areia Branca e Portão por três dias cada e Itinga durante 27 dias (veja a programação completa abaixo). Além do atendimento regular, haverá palestras sobre os direitos básicos do consumidor em 6 de novembro em Portão e sobre publicidade abusiva em Areia Branca, no dia 9 de outubro. Em Itinga já houve palestra sobre como prevenir o superendividamento. Para ser atendido, é necessário levar um documento de identificação – carteira de identidade ou trabalho, carteira nacional de habitação ou outro – e documentos que comprovem a relação de consumo de que a pessoa vai tratar: faturas, extratos, notas fiscais, entre outros. A primeira unidade do Procon Móvel na Bahia foi inaugurada em Lauro de Freitas no mês passado, em ato solene com a presença do responsável pela pasta no Estado, o secretário Almiro Sena e do superintendente do Procon, Ricardo Maurício Soares. O ônibus especialmente equipado ficou estacionado na Praça Martiniano Maia, no Centro. Participaram da cerimônia, entre outros, o deputado estadual Cacá Leão (PP), o prefeito Márcio

Paiva (PP) e vereadores do município. Para o secretário Almiro Sena, “é um desafio interiorizar os serviços de atendimento ao consumidor e para isso temos que contar, além da parceria dos governos federal e estadual, com a participação efetiva dos municípios”. Ricardo Maurício Soares destacou que “estamos concretizando um antigo e importante projeto do Procon”. A partir de 2014 o serviço será estendido a outros municípios do interior do estado. O prefeito Márcio Paiva sublinhou que a unidade móvel vai suprir a necessidade de uma ferramenta de apoio e defesa dos direitos dos consumidores locais. Paiva aproveitou a ocasião para convidar o Almir Sena a visitar o Quingoma, região que, de acordo com o prefeito, deve ser alvo das ações de cidadania e direitos humanos do Estado.

fotos: joriel correia

Procon Móvel atende em Lauro de Freitas até dezembro

O secretário Almir Sena (esq.), prefeito Márcio Paiva, vereador Antônio Rosalvo, superintendente Ricardo Maurício Soares e o vice-prefeito Bebel Carvalho no interior da unidade móvel: defesa do consumidor. Abaixo, interior da unidade móvel do Procon: equipado para atender os consumidores

Programação do Procon Móvel em Lauro de Freitas Areia Branca: Praça das Mangueiras. Dias 7, 8 e 9 de outubro. Portão: Praça João Expresso (praça de Portão). Dias 4, 5 e 6 de novembro. Itinga: Estrada da Jaqueira (próximo à Escola Municipal 2 de Julho). Dias 1, 2, 14, 15, 16, 21, 22, 23, 28, 29 e 30 de outubro; dias 18, 19, 20, 25, 26 e 27 de novembro e dias 2, 3, 4, 16, 17 e 18 de dezembro.

nota

Detran realiza leilão de veículos

Neves, 1632, auditório do Edf. Salvador Trade Center. Moradores de Salvador que tiverem interesse na cópia do edital podem se dirigir à sede do Detran, na Av. ACM, 7.744, Pernambués e retirar no setor de protocolo, ou acessar o edital no site www.detran. ba.gov.br Os veículos a serem leiloados estão disponíveis para visitação no pátio do Detran, em Salvador e nas Ciretrans envolvidas no processo, de 7 a 15 (dias úteis), das 8h30 às 12h e das 13h30 às 17h.

Com o objetivo de reduzir o número de veículos apreendidos que estão lotados em Salvador e nas Circunscrições Regionais de Trânsito (Ciretrans) e não foram retirados por seus proprietários dentro do prazo estabelecido, o Detran-Ba realiza em outubro e novembro, o 3º Leilão de Veículos/2013. O leilão será realizado de forma regionalizada, iniciando em Salvador no dia 16, às 9 horas, na Avenida Tancredo Vilas Magazine

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Calçadão de Vilas do Atlântico aguarda verão em forma, mas sem reforma

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em buracos nem pedras soltas, mas também sem a reforma reivindicada há anos pela Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) – a associação de moradores do bairro, o calçadão da praia aguarda a chegada de mais um verão. A pedra portuguesa do calçadão, que ao longo dos anos foi sendo reparada por pedreiros e não por calceteiros – o profissional qualificado para esse tipo de trabalho – continua a pedir uma reforma completa. O trecho mais novo do calçadão, que parte de Buraquinho, apesar dos anos permanece em perfeitas condições por ter sido construído por calceteiros. A exemplo das temporadas anteriores, esta deve atrair pequenas multidões ao trecho de praia mais próximo de Salvador que ainda conta com barracas na areia. Na verdade, apesar da ação do Ministério Público que pede a retirada das estruturas, o verão 2013-2014 encontrará uma barraca a mais funcionando em Vilas do Atlântico, reaberta no mês passado.

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GIL RAMOS

O trecho mais novo do calçadão, que parte de Buraquinho, apesar dos anos permanece em perfeitas condições, por ter sido construído por calceteiros. Em toda sua extensão, uma praia de tirar o fôlego.

O que também preocupa, em especial os moradores das proximidades do calçadão, é o estacionamento de veículos em frente às saídas de garagem e a presença de flanelinhas abordando até mesmo os residentes. Moradores que preferem não se identificar, por temer represálias dos flanelinhas, queixamse de não ter a quem recorrer para impedir o bloqueio das garagens. O problema é recorrente durante o ano inteiro, mas agrava-se nos meses de verão, quando moradores de Salvador buscam mais a praia de Vilas do Atlântico.

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meio ambiente

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Mês da árvore comemorado com plantio de mudas em Lauro de Freitas

o dia 21 de Setembro foi comemorado em todo o mundo o Dia da Árvore. A data chama atenção para a importância deste tipo de vegetação e os benefícios que traz, principalmente nos ambientes urbanos. As árvores nas cidades mantêm a temperatura mais baixa, melhoram a qualidade do ar, reduzem a propagação do som e diminuem em cerca de 10% o nível de poeira. O Censo 2010 realizado pelo IBGE coloca Lauro de Freitas em 4635º lugar no ranking das cidades mais arborizadas do Brasil. De acordo com a pesquisa, apenas 37,2% das residências laurofreitenses possuem árvores no seu entorno, o que é considerado um índice baixo. Para se ter uma idéia, cidades muito

maiores como o Rio de Janeiro e Goiânia possuem índices que ultrapassam os 80%. Numa comparação local, Lauro de Freitas fica atrás de Camaçari, com 38,2%, Simões Filho com 46,2% e Salvador, que tem 40% das residências com árvores no entorno. Dados da prefeitura da capital apontam cerca de 1 milhão de árvores em praças, parques e áreas públicas da cidade. Na Bahia o município mais arborizado é Glória, na região norte, a margem do Rio São Francisco, com índice de 98,2%. Pensando em melhorar o índice de arborização de Lauro de Freitas, três áreas da cidade receberam mudas de árvores nativas em setembro. As ações envolveram as comunidades locais, empresas que atuam na cidade e a prefeitura, por meio da Secretaria

de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos (SMARH). A primeira área beneficiada foi a lagoa da nascente do Rio Picuaia, afluente do Rio Ipitanga. Mais de 60 árvores foram plantadas por funcionários de construtoras que atuam na região e recuperaram um espaço desmatado pela população. Outro espaço contemplado foi a Praça Dodô e Osmar, na Vila Praiana, que recebeu 100 árvores. As mudas foram plantadas por um grupo de crianças portadoras de transtornos mentais graves, como autismo e síndromes de comportamento, atendidas pelo Centro de Atenção Psicossocial Infantil de Lauro de Feitas (Caps Infantil), localizado ao lado da praça. Além da recuperação ambiental, a ação

Comunidade, prefeitura e empresas se unem para arborizar a cidade

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teve um efeito terapêutico proporcionado pelo contato dos pequenos com as plantas e criou uma nova área para a realização das atividades do Caps. “Era um espaço sujo, mal cuidado e visto como inútil para nós. Essa recuperação muda tudo e vai permitir a saída deles do Centro, já que semanalmente vamos dar manutenção, regando, limpando e podando as mudas”, afirma Renata Soares, coordenadora do Caps infantil de Lauro de Freitas. A dona de casa Daiana Santana Costa, mãe de dois filhos atendidos pelo Caps aprovou a iniciativa e disse que as crianças ficaram muito felizes com a atividade. “Eles nunca tem esse contato com as plantas e a natureza, não sabia que faria tão bem, estão alegres, sorrindo e participando como nunca. A praça agora será um lugar melhor para eles”, comemorou. O último plantio aconteceu na Vila Nova de Portão, no córrego que deságua no Rio Joanes. As mudas foram plantadas por estudantes de direito ambiental e ajudam a recuperar uma área de proteção permanente. “Vamos terminar o mês da árvore com centenas de mudas nativas plantadas e o trabalho vai continuar. Temos uma praça em Itinga e outros pontos que já estão no plano para o plantio nos próximos meses”, explicou o secretário da Semarh, Márcio Crusoé, que coordena a ação. As mudas plantadas em Lauro de Freitas no mês da árvore foram produzidas no viveiro

Crianças atendidas pelo Caps Infantil plantam árvores na cidade

da Pedreira Interativa, em Lauro de Freitas, de onde é extraída a brita usada na fabricação do asfalto da duplicação da Cia-Aeroporto. Elas foram doadas ao Caps e a Semarh pelo Consórcio BA-093, com o apoio técnico da Hammer Consultoria Ambiental. A produção de mudas faz parte das medidas exigidas pelo município no ato do licenciamento ambiental e é uma das formas de reduzir os impactos socioambientais que as grandes obras e empreendimentos possam provocar em Lauro de Freitas. Uma série de ações ligadas a exigências de licenciamentos ambientais está proporcionando a recuperação de áreas degradadas da cidade,

como margem de rios, lagoas e mangues. A previsão é que até 2016 sejam plantadas 40 mil mudas de espécies de mangue e 10 mil árvores nativas. A comemoração do mês da árvore também reforçou o aspecto positivo das parcerias entre entes públicos e privados na busca da melhoria da qualidade de vida da população. “Colaborar com essa ação é uma grande satisfação para as empresas, e até um exemplo a ser seguido por todos. Nosso é esforço será sempre de proporcionar melhorias diretas para os moradores da cidade” disse Miguel Luiz, consultor ambiental que acompanhou a ação representando as empresas doadoras.

Equipe reunida depois de plantar mudas em praça da Vila Praiana Vilas Magazine

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fotos: Giuliana de toledo / Folhapress

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No coração do Brasil Cachoeiras, dunas e praias fazem o encanto do Jalapão, área de proteção ambiental que se alastra por cidades do Estado mais novo e mais central do país, o Tocantins

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quê? Você vai ao Japão?” O país asiático parece um destino mais provável e até vem à memória antes da pouco conhecida região do Jalapão, no leste do Tocantins. Com mais de 34 mil km² (equivalentes a 21 parques Ibirapuera), o Jalapão abrange oito pequenas cidades do Estado mais jovem – o Tocantins foi fundado em 1988 – e mais central do país. A maior delas, Ponte Alta, tem só 7.000 habitantes. O Jalapão é um mosaico de diferentes áreas de proteção. Há partes que são parque estadual, parque nacional, áreas de preservação ambiental e propriedades privadas. Embora pouco conhecida pelos brasileiros, a região é uma das melhores do país para roteiros de ecoturismo, especialmente para rafting e trilhas. Por ano, são recebidos, em média, 5.000 visitantes. Para conhecer o local, é preciso ter disposição. O caminho para chegar a qualquer ponto turístico jalapoeiro não é fácil. As estradas de terra desafiam até os veículos 4x4, que vão a 20 km/h. O sacolejo do trajeto é compensado pela vista do cerrado, contornado pelos chapadões da serra do Espírito Santo e do morro Saca Trapo. Passam-se horas até que outro grupo de viajantes seja visto pelo caminho. Mais fácil deparar-se com araras-azuis, corujas-buraqueiras e emas. A natureza acompanha o viajante até atrações como dunas alaranjadas, cachoeiras com água transparente, um rio de água potável para prática de rafting e canoagem, além dos chamados fervedouros, piscinas naturais em que é impossível afundar. Ah, e nem pense em registrar os passeios em tempo real com fotos nas redes sociais. Desapegue-se: só há sinal – e fraco – de celular e internet no centro das cidades. Giuliana de Toledo / Folhapress Vilas Magazine

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Cachoeira da Velha, uma das atrações da região

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No pôr do sol, tons de ouro cercam dunas do Jalapão Já na cachoeira da Formiga, cor que predomina é o esmeralda da água Prainha do Rio Novo serviu de cenário para o filme ‘Deus É Brasileiro’, do diretor Cacá Diegues

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ão é tarefa simples alcançar lagoas e dunas rodeadas pela imponente serra do Espírito Santo e pelo morro Saca Trapo ao fundo. Mas compensa. É preciso percorrer uma estrada de terra de 35 km, desde Mateiros, a cidade mais próxima das dunas, e subir a pé os montes de areia de até 30 metros de altura. O ideal é subir as dunas pouco antes do pôr do sol. Só assim é possível ver a areia e o céu em tons dourados e alaranjados, o cartãopostal do Jalapão. Além disso, o passeio à tarde evita que o turista queime os pés. Distante dali, a duas horas de Mateiros, a prainha do Rio Novo é outra atração que merece ser visitada. Segundo os moradores e guias, foi lá que “Deus tomou banho”. Eles se referem à pequena enseada que serviu de locação para o filme “Deus É Brasileiro”, de Cacá Diegues (2003). O local pode receber, no máximo, 60 pessoas ao mesmo tempo, desde que acompanhadas por guia. Cada grupo pode permanecer até duas horas na praia. Lá perto, mais um cartão-postal já visitado por Deus no cinema: a cachoeira da Velha. Com queda de 15 metros, o local não é usado para banho, em função da força da água. Uma trilha curta e fácil de ser percorrida permite que o visitante observe e fotografe a “ferradura” de 80 metros de largura de onde despencam as águas do rio Novo. Já para refrescar-se, a opção é a cachoeira do Formiga. A entrada custa R$ 10 por pessoa, pois fica em uma propriedade privada. Em contraste com a beleza do lugar, durante a visita da reportagem, havia latinhas de cerveja deixadas na beira da cachoeira. Giuliana de Toledo / Folhapress

Tome cuidado

Viajante não deve ir por conta própria

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uem planeja uma viagem ao Jalapão precisa levar em conta que passará muito tempo em deslocamento entre uma atração e outra. Por isso, é recomendável ficar, pelo menos, três dias na região. O turista pode reservar hospedagem em cidades como Ponte Alta e Mateiros (esta última é mais próxima da maioria das atrações). E não se arrisque: como as estradas praticamente não são sinalizadas, não deixe de contratar os passeios com um guia com veículo 4x4.

Rafting proporciona overdose de adrenalina com cenários variados

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e o roteiro no Jalapão incluir o rafting pelas correntezas incertas do rio Novo, a viagem ganha uma overdose de adrenalina, suavizada pela contemplação da natureza. Uma aulinha introdutória coloca os visitantes nos eixos, ao ensinar como se virar dentro de botes e a lidar com possíveis intempéries. Mentalize o mantra: remar, segurar e sentar dentro do bote, não necessariamente nessa ordem. A partir do momento em que a mente se acomoda com essa, digamos, “rotina”, a alma se “liberta”. Logo, vaga por paisagens intocadas que a cada momento adquirem cores, formas, cheiros. Como desertos e chapadas, matas de transição que passeiam do cerrado Vilas Magazine

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à caatinga. Nascentes e rios são limpíssimos. Nestes últimos, você irá se hidratar e tomar banho. Os botes descem. Acampamentos são montados às margens dos rios, em praias virgens, de areia fina, cercadas por um visual intocado – não se preocupe, um bote cargueiro transporta barracas, sua bagagem (leve pouca roupa) e mantimentos do grupo. O “despertador” é algazarra promovida por araras-azuis. Flagram-se tamanduás dando pinta pelos vales, incólumes aos invasores. Quem regula o tempo por lá é o fluxo das águas. Sinais para se recolher virão de cima, um gigantesco painel cravejado de estrelas. (Será que fui abduzido ou de fato a Terra ali está mais próxima do céu?). A correnteza do rio ganha força. Inexplicavelmente, você também. No terceiro dia, nem se recordará mais que remou por cinco horas seguidas. Aquele festival de cores no céu, refletido na água, e os tons de terra, ora alaranjado, ora avermelhado, suavizam qualquer sacrifício. Se é que se pode chamar de “sacrifício” a experiência de descortinar um dos pedacinhos menos explorados de um planeta chamado Brasil. Roberto de Oliveira / Folhapress


Fim de tarde nas dunas do Jalapão. Abaixo, o Fervedouro da Glorinha.

Turistas brincam em rios que brotam na superfície É impossível afundar nos fervedouros, que empurram banhistas para cima. O mais famoso, o da Glorinha, recebe até seis pessoas por vez, com permanência máxima de 20 minutos

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e repente, todo mundo vira criança e tenta, só de teimosia, afundar na água. A brincadeira só cessa quando se atesta que a força da água é realmente poderosa.

Nos chamados fervedouros – rios subterrâneos que brotam na superfície de alguns pontos do Jalapão –, o banhista é empurrado em direção à superfície. A sensação de estar em uma cama elástica é resultado de um fenômeno físico chamado ressurgência. Ele empurra a areia do fundo para cima. A água parece ferver, já que a pressão faz com que surjam bolhas, mas o banho é refrescante. O mais famoso, o fervedouro da Glorinha – batizado com o nome da mãe do proprietário – fica a 34 km de Mateiros. O local recebe por dia, em média, cem pessoas. “Tem cinco metros de profundidade, mas nem dá para sentir”, diz o dono, Conceição da Silva. O fervedouro é pequeno e recebe até seis pessoas por vez, com permanência máxima de 20 minutos. A entrada custa R$ 10 por visitante. Além do da Glorinha, há outros fervedouros afastados dali, como o do Alecrim. Giuliana de Toledo / Folhapress

Capim dourado é a base do artesanato local O capim dourado, espécie que existe só no Tocantins, é a base do artesanato do Jalapão. As peças, que brilham naturalmente, podem ser compradas nas associações de artesãos das cidades de Mateiros, Ponte Alta e São Félix. Brincos saem cerca de R$ 9. Entre os itens mais caros estão as bolsas, que custam até R$ 240. Para aventureiros, acampamento é opção para dormir Para os mais aventureiros, a pedida é acampar às margens do rio Novo, um dos últimos de água potável do Brasil. O viajante fica no acampamento da empresa Korubo, com hospedagem em barracas com cama. Há banheiro com água encanada em cada uma das 13 barracas. Vilas Magazine

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decoração

Projetos inteligentes para conservação do seu lar Como projetar e mobiliar uma casa com muita umidade, evitando o mofo, bolor e infiltração? nayara lobo Freelance para a Vilas Magazine

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ma casa de praia, à margem de um rio, com área verde é o sonho de consumo de muita gente. Tranquilidade, mar, areia, vento e água abundante. Mas, e no inverno? Como mantê-la conservada? É quase inevitável manter a casa livre de fungos, mofo, infiltração e de desgastes. Lauro de Freitas é uma região rica em rios, lagoas além de barragens privativas de alguns condomínios, e do mar. Mas, nem só de veraneio sobrevivem as habitações. A busca por moradia no município vem crescendo cada vez mais, e muitas pessoas se queixam dos problemas trazidos pela umidade, que podem desencadear processos alérgicos e desconforto no lar. O aposentado Oton Gomes da Costa, de 73 anos, mora no condomínio Encontro das Águas há 13. Ele acredita que é inevitável não conviver com a umidade, e muito menos é possível fazer milagres. Qual a sua estratégia? Adaptou-se e criou formas de conviver melhor com o problema. “Vim morar aqui, mas já sabia que existia a umidade. Não se pode mudar a natureza, mas temos que nos adaptar. Existe muito verde nessa região, seria uma utopia achar

que você pode morar em um lugar que não tenha problemas”, explica seu Oton, como é mais conhecido onde mora. Para ele, o maior vilão é o mofo. “Não sou alérgico, mas tenho uma filha que é. Tomamos as devidas precauções: cuidado ao guardar as roupas, embalar em saco a vácuo, deixar os ambientes bem ventilados, porque se a gente fecha um cômodo por uma semana, ele já cheira mal”, esclarece. A cozinha é a área onde acumula mais mofo, segundo ele, por causa dos armários. “Acho que aqui não deveria ser utilizado armário, e sim prateleiras, e mesmo assim, tem que estar sempre limpando”, revela.

Oton comenta que o problema aparece mais no inverno, mas o clima propicia o aparecimento o ano todo. “Já perdi alguns móveis por causa de uma infiltração, que ocorreu por um erro na manutenção do telhado. Não adianta investir muito na parte de armários. Em relação à decoração, gosto de usar estofado, pois tiro e coloco no sol”. Dá para evitar essas dores de cabeça ao pensar em construir uma casa? Segundo o arquiteto Sérgio Ferreira, de 48 anos, é possível sim, desde que o projeto seja bem pensado e sejam tomados os cuidados com a manutenção periódica. Ele trabalha há 27 anos com arquitetura e acredita que a

Acima, piso com problemas acarretados pela umidade. Abaixo, aparelho de ar condicionado ajuda a reduzir a umidade, mas é muito importante limpar o filtro pelo menos a cada 45 dias melhor prevenção é a impermeabilização na base da estrutura. “A impermeabilização é a utilização de emulsões no concreto, o que gera uma película de proteção, impedindo a passagem da água do subsolo e evitando a chamada ‘exsudação’, que é a expulsão da água que ficou acumulada dentro do bloco. A emulsão misturada com o concreto evita que a porosidade absorva a água e que ela suba até a estrutura da parede”, informa. Para utilização na alvenaria, os impermeabilizantes podem ser emulsões acrílicas, cristalizantes e de base asfáltica. Em relação aos blocos, o mais recomendado por ele para a região é o de concreto. A indicação de material para áreas exterVilas Magazine

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com água corrente. É uma prevenção básica”, informa Renata Batista. A umidade em Salvador e região metropolitana gira em torno de 80 a 90%, um índice alto. Na web circulam várias ‘receitas’ caseiras de como evitar o mofo, algumas são mitos, mas existem outras com um fundo de verdade, como a utilização do giz. De acordo com a arquiteta, o giz de cal absorve a umidade, pois o cal tem essa função, mas também precisa ser trocado, assim como o antimofo. “Não acho uma coisa prática. O ideal é sempre tentar evitar o problema, utilizando uma boa estrutura na construção civil. Quando você faz uma boa impermeabilização na base, dificilmente terá problemas de infiltração nas paredes”, afirma Renata. Sérgio Ferreira acredita que a infiltração é uma doença na construção civil, pois, “a única coisa que derruba a engenharia é a água”. Ele justifica explicando que a presença de água acarreta problemas, além dos já mencionados da alvenaria, nos telhados e lajes expostas. “No subsolo, ela cria problemas estruturais. Na cobertura, a chuva cria problemas de infiltração, por isso as lajes e telhados também devem ser impermeabilizados”. Batista complementa que nessa questão de umidade é sempre interessante a manutenção para evitar ou corrigir as microfissuras que u

Renata Batista (acima) O por­ nas, revestimentos de piscina e ce­­­lanato entrou com muita força varandas, segundo o arquiteto, no mercado, por ser mais versátil é o porcelanato, que é antidere pela variedade. rapante e antiaderente, propício SÉRGIO FERREIRA (dir.) Uma para locais molhadas, pois tem das novidades no mercado é o pouca absorção. Já o menos indicomposto de madeira com plástico, cado é o Arenito Jacolina. “Deveótimo para decks, forros e paredes se evitar materiais porosos como um todo, como o mármore e o anticato. Mas, optando pelo uso, é de extrema importância impermeabilizá-los. O material poroso é mais confortável, porém, acumula mais fungos, e é indicado lavar com máquina a jato a cada 15 dias”, esclarece Ferreira. Renata Batista, de 24 anos, trabalha com interiores. Ela também dá dicas para quem quer viver bem em ambientes úmidos: “Para a área interna, os pisos indicados são o porcelanato, o marmoglass e o nanoglass. Esses são ideais, pois são materiais polidos, com absorção quase nula”. Ela explica também que, para bancadas é importante fugir do mármore e granito e buscar materiais sintéticos, como o silestone e o technistone, misturas de quartzo, que também possuem baixa absorção de água e versatilidade e variedade de cores, além de serem mais resistentes à abrasão e riscos. Ela recomenda, além de evitar materiais porosos, criar o máximo de ambientes ventilados e iluminados. Nos closets e armários podese recorrer ao uso de antimofo como forma paliativa. “Ele ajuda, mas tem que ser esporadicamente trocado. Depois de um tempo, ele para de absorver”, salienta. “O ar-condicionado é uma boa opção para ambiente fechados, pois extrai a umidade do ar, mas a limpeza de filtro é recomendada a cada 15 dias, que pode e deve ser feita por qualquer adulto. É só tirar e lavar Vilas Magazine

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decoração

causam a infiltração. “A melhor telha é com aplicação de hidrofugante ou hidrorepelente. No caso de cerâmicas ou telhas de amianto, compostas por fibras naturais, as mais indicadas são as de barro, de baixo cozimento”, elucida. Outra telha considerada boa, desde que aplicado o tratamento impermeabilizante adequado, é telha de cimento. Mas se não é tratada, atrai fungos. “Todo material, em via de regra, precisa de uma impermeabilização confiável que possibilite a exposição a intempéries”, pondera Ferreira. Como proteção de fachadas, a textura granulada com quartzo é uma boa opção, como também a utilização do reboco criando como uma sub-base e de pastilhas de porcelana como revestimento. Porém, deve ser evitado o material arenoso para fazer o reboco nas paredes. “O ideal é o reboco de cimento e areia”, enfatiza o arquiteto. Em relação ao salitre, de acordo com Ferreira, o ataque maior e mais preocupante é nas armaduras, que podem ser estruturas metálicas e esquadrias. Se possível, minimizar o uso de metais. “Recomendo o PVC. Estrutura metálica não é recomendada para salitre e umidade, mas, quando não for possível substituir, utilizar estruturas metálicas com pintura

eletrostática. Já o vidro é um elemento de vedação muito bom. As vigas de madeira são recomendadas, mas a questão é o preço. Não pode ser madeira crua. As indicadas para nossa região são o eucalipto tratado ou madeiras de lei, como Maçaranduba, Angelim, etc.”. Reformas “O primeiro passo para a realização de reformas deve ser a investigação do problema a ser resolvido. A partir disso, é possível montar uma estratégia para fazer uma correção efetiva e impactar o mínimo possível no tempo de execução e na longevidade técnica”, afirma Ferreira. Mas, e quando as pessoas não podem sair de casa? Ele recomenda: “Nesse caso, é necessário setorizar e escolher um ambiente por vez, priorizando os locais críticos. Se for uma questão de infiltração, é necessário solucionar primeiro o problema que o causa e fazer a remoção da área afetada, para depois recompor de forma correta com impermeabilizantes,

Para laje exposta Impermeabilizar com manta asfáltica aluminizada a cada cinco anos. Telhados Observar árvores e pássaros, para que não causem alterações na estrutura do telhado ou telhas. A manutenção deve ser feita eventualmente, a depender do que for observado e do material da composição das telhas. Paredes É importante reaplicar pintura a cada 2 anos. Vigas de madeira Reaplicação de hidrorrepelente a cada dois anos, depois de lixar. Não lavar a madeira. Pisos porosos da área externa Lavar a jato a cada 15 dias Mobília e decoração A decoração em um ambiente personaliza o espaço. Como manter o requinte, a originalidade e ao mesmo tempo evitar a proliferação de fungos e acúmulo de mofo? A seguir, algumas orientaçoes dos profissionais: l Na área externa, os móveis podem ser sintéticos ou alumínio com pintura eletrostática. Quando for utilizar tecidos, escolher os apropriados para área externa, com costura dupla, que é mais reforçado e dificulta que a umidade chegue até as espumas internas. l Evitar tecidos sem tratamento, como camurça, linho, couro – principalmente porque resseca, sua e não é um tecido agradável. Os elementos de decoração como almofadas devem ser impermeabilizados l

pintura e pisos adequados”. Renata comenta que a maioria das pessoas convive com o problema, mas insiste que vale mais a pena corrigi-lo do que tentar minimizá-lo, porque envolve além da estética, a saúde. “Mofo e umidade são vilões para quem tem problemas respiratórios. Um ambiente adequado, saudável, possibilita mais saúde das pessoas que moram nele. A pior umidade é a que vem do interior. Se você não fizer uma alvenaria bem feita, não adianta pintar com impermeabilizante”, considera.

e não precisam estar permanentemente no móvel; podem ser guardados. l Existe um hidrorepelente chamado stain, apropriado para madeiras, que protege a peça. A madeira atrai o fungo, mas com a aplicação do produto minimiza a ação. Para cada material existe um produto que evita a absorção da umidade. Mesmo os porosos podem ser utilizados, desde que tratados, porém, isso requer uma manutenção mais regular. l O porcelanato entrou com muita força no mercado, por ser mais versátil e pela variedade de cores. Outra solução para o deck é o madeplast – um composto de madeira com plástico, que necessita menos manutenção. Em geral, são 10 anos de garantia contra fungos e pode ser utilizado em forros e paredes também. Os produtos corrosivos de limpeza devem ser evitados. O ideal é utilizar água e sabão. No caso da madeira, no máximo um pano úmido. l Em termos de decoração, o papel de parede ainda é muito utilizado para esconder um problema, como o mofo, e isso deve ser evitado. Sua utilização é indicada em uma parede sadia, para evitar desprendimento. Tentando tapar um problema, você acaba criando outro.

Manutenção

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Oton Gomes da Costa “Precisamos nos adaptar à natureza. Sou a favor das prateleiras em vez de armarios fechados”.

IMPORTANTE “É fundamental buscar sempre o apoio de um profissional antes de iniciar reformas, para indicar o melhor tratamento ou material a ser utilizado. É comum se chamar um operário e achar que vai resolver o problema, mas pode ser apenas um paliativo. O interessante é que o problema não seja recorrente”, defende Sérgio Ferreira. 38

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paisagismo

Dá para cultivar plantas na varanda, dentro de vidro e na parede de casa; confira o passo a passo para fazer o seu jardim vertical e as opções de flora para cada tipo de ambiente

Labirinto de flores

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ntes de aproveitar a Primavera para adotar flores e plantas em casa, é recomendável estudar o ambiente que as receberá. O primeiro item a ser observado é a luminosidade. No caso das varandas, o paisagista Benedito Abbud sugere que a escolha considere também a paisagem. “No geral, varandas têm paisagens longas e bonitas, mas quando olhamos para baixo vemos um mar de telhados”, diz. A dica é usar vasos estreitos e compridos, como jardineiras e floreiras, para cobrir a visão de baixo. Se o local pegar muita chuva, a drenagem do vaso deve ser boa. A recomendação do especialista em flores Roberto Pena é fazer dois ou três pequenos furos na parte de baixo do recipiente. Na elaboração de um jardim, a contratação de um profissional é bem-vinda. “O paisagista tem que entender de espaços, porque fazer um jardim não é só juntar plantas bonitas, mas criar um lugar de convivência”, explica a arquiteta Flávia Madureira. Anaïs Fernandes / Folhapress

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saúde & bem-estar

Sintomas da hepatite C só aparecem em estágio avançado

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Doença, causada por vírus, afeta o fígado; teste para detectar o problema deve ser anual, dizem médicos

oença severa, que pode levar à morte, a hepatite C ainda passa despercebida. Por não apresentar sintomas nos primeiros anos de infecção, muita gente só descobre que está infectado quando tem algum problema sério no fígado ou ao fazer outros exames e procedimentos médicos, como doar sangue. O problema é que quanto mais tempo se leva para descobrir a doença, maior o risco de comprometer o fígado. “Em muitos casos a gente só consegue diagnosticar a doença em pacientes que têm

uma hepatite crônica que tenha evoluído para cirrose”, diz a gastroenterologista Perla Oliveira Schulz. Estima-se que no Brasil 2,5 milhões de pessoas tenham a doença. A maioria delas nem sabe que tem. Por isso os médicos sugerem às pessoas que façam o teste anualmente. A hepatite C é uma inflamação no fígado causada pelo vírus VHC. Entre outras consequências, pode causar cirrose ou câncer. “O que preocupa é a forma de transmissão, que está relacionada a transfusão sanguínea e uso de materiais perfurantes e

artigo

Tratamento conservador da osteoporose do joelho: viscosuplementação

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osteoartrose é considerada a forma mais comum de doença articular e é uma das principais causas de redução da qualidade de vida de pessoas com idade superior a 50 anos. Estima-se que 75% dos indivíduos com idade acima de 65 anos apresentem osteoartrose em uma ou mais articulações. O custo para o tratamento desta patologia tem crescido anualmente e isto se deve, principalmente, a uma maior expectativa de vida da população e a um crescente número de casos de doenças degenerativas articulares. No Brasil, uma projeção do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística indica que em 2050 a parcela de pessoas com idade superior a 65 anos aumentará de 5% para 18%. Esta patologia possui um caráter inflamatório que leva à

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Contágio O maior risco de contágio com esses materiais, salienta o médico, ocorre em estúdios de tatuagem, clínicas dentárias e de podologia e manicures que não higienizam adequadamente alicates, bisturis e tesouras. “Esses locais têm de ter o equipamento chamado de autoclave, que é capaz de promover a esterilização, desde que se utilize na temperatura ideal e com a exposição de tempo com as orientações determinadas”, afirma Gorinchteyn. A hepatite C foi descoberta em 1989, e só em 1992 é que o Brasil começou a ter um controle dos bancos de sangue. Os tratamentos começaram a se aprimorar de 2011 para cá. Mas a expectativa é que eles avancem mais nos próximos dois ou três anos. Bárbara Souza / Folhapress.

degeneração e destruição da cartilagem articular e de todos os componentes da articulação, assim como provoca deformidades. Tem um forte componente genético e, em grande parte das vezes, tem a sobrecarga mecânica como iniciadora do processo de degradação da cartilagem articular. Trata-se de uma doença lenta, porém progressiva e incapacitante. O paciente se queixa de dor, edema (‘inchaço’) e creptação (‘estalidos’) no joelho, dificuldade para se locomover e, principalmente, para subir e descer escadas. Em geral o paciente também relata uma piora da qualidade de vida em virtude da limitação funcional que a doença proporciona. A osteoartrose é uma doença que não tem cura. Existem diversas modalidades de tratamento que visam, em grande parte, retardar a evolução da patologia, reduzir os seus sintomas e melhorar a qualidade de vida do paciente. Em geral, a única maneira de tratar definitivamente a doença é através de abordagem cirúrgica. Os tipos de terapia variam desde simples modificações nos hábitos de vida a cirurgias como a artroplastia (prótese) total de joelho. O que vai determinar a opção por determinado tipo de tratamento é um conjunto de fatores que incluem idade do paciente, intensidade dos seus sintomas e estágio que se encontra a doença. O tratamento não cirúrgico, também conhecido como tratamento conservador, geralmente é a opção para pacientes com idade inferior a 55-60 anos, com pouca ou nenhuma deformidade nos joelhos, sintomas leves a moderados e com doença em estágios iniciais.

vinícius aleluia Especial para a Vilas Magazine

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cortantes”, afirma o infectologista Jean Carlo Gorinchteyn.

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viver bem

Ginástica facial ajuda a manter a firmeza da pele e evitar rugas

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Se feita diariamente, técnica funciona no rosto como se fosse uma musculação, evitando a flacidez

remes, tratamentos com os mais variados aparelhos e alimentação equilibrada ajudam – e muito – a retardar ou amenizar os efeitos do envelhecimento no rosto. Mas você também pode contribuir para manter a firmeza da pele dedicando alguns minutos à ginástica facial. A cirurgiã plástica Suzy Vieira, membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e da Sociedade Brasileira de Laser, explica que a técnica foi desenvolvida para tratar paralisia facial, em que ocorre diminuição do tônus muscular no lado paralisado por falta de movimentação. E aí descobriu-se que ela pode

ajudar a melhorar a pele das pessoas em geral. “As técnicas para exercitar músculos específicos da face e pescoço visam a melhorar o seu tônus e a circulação local, diminuindo, assim, a sua flacidez. Seria uma espécie de ‘musculação facial’’, diz. Mas os resultados só aparecem se a ‘musculação’ for feita diariamente, segundo o dermatologista Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina Estética de São Paulo. “Os resultados são visíveis, porém, demandam algum tempo de dedicação aos tratamentos, de pelo menos quatro semanas,

artigo renata cangussú Especial para a Vilas Magazine

Atividade física auxilia na prevenção e no tratamento do câncer

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benefício da atividade física no risco de doenças cardiovasculares, osteoporose, hipertensão e diabetes mellitus já é bem conhecido. Mais recentemente o exercício físico tem sido estudado mostrando um benefício na redução do número de casos de alguns tipos de câncer. Mudanças de estilo de vida tais como prática regular de atividade física e uma dieta equilibrada podem reduzir o aparecimento de diversos tipos de cânceres em até 30%. Atualmente já dispomos de um conjunto de evidências científicas suficiente para atribuir à prática regular de exercícios físicos um importante papel na prevenção desses tipos de câncer.

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para obter resultados mais significativos”, afirma Almeida. Movimentos repetitivos Mas movimentos repetitivos, que fazemos muitas vezes sem nem perceber, também contribuem para as rugas aparecerem. Dessa forma, quem tem costume de franzir a testa, elevando as sobrancelhas, tende a apresentar aquela série de rugas horizontais nessa região do rosto. Em fumantes, pelo movimento frequente de formar ‘bico’, normalmente aparecem pequenas rugas no lábio superior, que são conhecidas como ‘código de barras’. Os especialistas ressaltam também que o aspecto da pele em si pode ser extremamente prejudicado por hábitos ruins, como a exposição solar excessiva e sem proteção, o tabagismo, alterações hormonais, como as causadas pela menopausa, e a má hidratação. Bárbara Souza / Folhapress.

Além do benefício do exercício na prevenção, sabemos também que pode haver um melhor controle dos tão temidos efeitos colaterais do tratamento de quimio e radioterapia naqueles que já tiveram o diagnóstico. Os exercícios físicos promovem um aumento da circulação, da respiração e da depuração de substâncias tóxicas do organismo. Com isso, traz benéficos nos pacientes tratados com quimioterapia. Pacientes com câncer e que praticam exercícios físicos tiveram menos fadiga, depressão, náuseas e vômitos. Exercícios físicos podem reduzir o tempo de recuperação do tratamento oncológico e ajudar os pacientes a se sentirem melhor através da diminuição dos efeitos colaterais. Cada paciente com câncer deve ser avaliado individualmente e, se o mesmo estiver em condições físicas adequadas, a prática de exercícios não só pode como deve ser estimulada como forma de melhorar a auto-estima e a qualidade de vida. Na prática clínica, a fadiga, queixa frequente entre esses pacientes, é o principal obstáculo para iniciar ou manter uma atividade física. No entanto, uma vez iniciada a atividade é capaz de diminuir esse e outros sintomas. Mulheres com câncer de mama que se exercitam por 150 minutos ao longo da semana em intensidade moderada têm risco 40% menor de morrer ou de sofrer novamente com a doença em comparação com as que suam a camisa por menos de uma hora por semana. A atividade moderada inclui caminhada rápida, ciclismo e natação. Continua na página 103

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viver bem

Dormir pouco leva a doenças e problemas de comportamento Médicos afirmam que o corpo precisa de um tempo mínimo de sono para se renovar e ter uma boa saúde

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á quem diga que uma boa noite de sono rejuvenesce. E não precisamos de muita comprovação científica para perceber que uma noite mal dormida deixa qualquer um alguns anos mais velho. Não é só na aparência que o sono age sobre nosso corpo. “O sono regula a parte fisiológica e hormonal”, afirma o neurologista Flavio Sallem, do Hospital das Clínicas de São

Paulo. “Se não dorme bem, há desregulação de insulina, que pode levar a uma doença cardíaca, hipertensão, alteração de colesterol”. Dormir mal pode causar, ainda, problemas na vida pessoal e profissional. “Quando a pessoa não tem o sono reparador, pode desenvolver vários tipos de problema”, diz a otorrinolaringologista Tanit Ganz Sanchez, professora da Faculdade de Medicina da USP. “A falta de sono de qualidade durante muito tempo pode causar problemas comportamentais, sonolência diurna em adultos e agitação em crianças, cansaço, falta de concentração, irritabilidade, diminuição de memória e depressão”, afirma. O ideal é dormir de seis a oito horas, para

artigo Luciane Veloso Especial para a Vilas Magazine

A Importância da audição na vida social

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deficiência auditiva é a perda de audição ou diminuição na capacidade de escutar os sons. São muito os fatores que levam à deficiência auditiva. Alguns deles são: o histórico familiar, a exposição contínua e intensa a ruidos, o fumo, medicamentos, traumas e doenças como, a toxoplasmose, rubéola, meningite, e algumas infecções diretamente relacionadas ao ouvido. Cerca de metade de todas as pessoas acima de 75 anos, têm algum grau de perda auditiva relacionada à idade, mas não podemos esquecer que a perda auditiva também está presente em crianças e jovens, e que muitas vezes, esta redução da acuidade auditiva, não é detectada porque nem sempre os sinais são tão claros, como nos casos da surdez total. Em todos os casos e nas diversas faixas etárias é extremamente

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cumprir as fases do sono. A primeira fase é a do adormecimento; depois vem o momento em que o sono começa a entrar em sono profundo, em que nos recuperamos do cansaço diário, e por fim a fase REM, da formação de sonhos. “Precisamos de 360 minutos (seis horas), em média, para atingir essas três fases”, afirma Sallem. “Uma minoria fora do padrão aguenta bem dormir três, quatro horas, mas a média da população cronicamente acaba por ter algum sintoma”. O problema é quando a pessoa não consegue dormir e sente as consequências no dia seguinte. As causas dessa dificuldade, alertam os médicos, são principalmente a agitação mental na cama, estímulos como eletrônicos e comer tarde. “Revisar os problemas do dia ou pensar nos de amanhã tira o sono. Aprender a relaxar a mente é imprescindível para dormir bem”, afirma Tanit. Bárbara Souza / Folhapress.

importante que a deficiência auditiva seja reconhecida o mais precocemente possível. Para tanto, devemos observar algumas reações: se o bebê não se assusta diante de batidas de porta, ou não pisca os olhos diante de um som apresentado próximo a ele e se o mesmo não reage aos sons de fala, os pais devem procurar imediatamente o pediatra. Devem estar atentos também, as pessoas que assistem à televisão muito próxima do aparelho e que aumentam muito volume da TV, só respondem quando as pessoas falam de frente , pedem que repitam várias vezes o que lhes foi dito, escutam os sons mas não o compreendem e têm problemas de concentração. A sensação de ouvido fechado (tamponamento), zumbido, tontura, vertigem, isolamento social gradativo, depressão, irritação, a perda da capacidade de escutar alguns sons agudos e/ou ambientais, são mais alguns dos sinais de alerta. O que fazer? Uma vez que haja a suspeita da diminuição da acuidade auditiva, deve-se buscar um especialista o quanto antes a fim de realizar alguns exames que detectarão a perda auditiva e farão com que seja escolhido o tratamento mais adequado. A surdez pode comprometer aspectos físicos, psicológicos e sociais. Daí, a importância de estarmos atentos à nossa audição, posto que, este é o órgão que mais nos insere no mundo possibilitandonos interagir com todos que estão à nossa volta. Luciane Veloso é fonoaudióloga (CRFa 9914/BA) pós-graduada em fonoaudiologia neonatal hospitalar.

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família

Mães x filhos adolescentes A participação da mãe na vida do seu filho adolescente é essencial

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eríodo que várias mães têm preocupação, a adolescência é uma fase de grandes descobrimentos e modificações no corpo, na forma de pensar e em especial no comportamento dos jovens. É a fase onde os filhos crescem e ficam longe do ‘colo’ da mãe. Várias vezes, os adolescentes ficam com o tempo mais ocioso e as mães sempre programam diversas atividades em família com o objetivo de ter mais interação com os filhos. A questão é quando os jovens não querem sair com as mães e desejam ficar em casa ou sair com os colegas. Isso ocorre pelo fato de que esses adolescentes passam a ver suas mães como ‘desatualizadas’ e acham nos amigos um compartilhamento de sentimentos e ideias. Segundo os especialistas a grande dificuldade é que nesse período o jovem deseja autonomia, se acha pronto para ter decisões. As mães devem estar atualizadas com os

temas de interesse dos filhos, desde o que não gostam ao que gostam. Tê-los mais próximos em pleno século 21 é uma arte que necessita ser bem compreendida e trabalhada. Nem sempre ditar normas e obrigá-los a fazerem coisas que não querem é certo, isso somente os deixará com menos desejo de viver com seus familiares. Por isso, antes de realizar um passeio ou uma viagem, converse com seu filho e veja o que ele desejaria de fazer de verdade. Conversando pode-se conseguir ótimos resultados. Quando a mãe passa a ser ‘amiga’ do filho adolescente e tenta compreender o momento que ele está passando, o relacionamento tende a ter mais harmonia e o filho começa a notar que a companhia da mãe é agradável. A ‘parceria’ entre adolescentes e mães é bastante rara, já que os interesses são bem diferentes. Para isso acontecer, é preciso ser mães presentes e responsáveis.

artigo

“Vá estudar” & “Ahã... Mas como?”

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amos ao lugar comum: “Foi mal na avaliação? Não estudou!”, “Nada para fazer? Estude!”, “Tirou seis? Se estudasse, tiraria dez!”. Quem nunca ouviu (filhos) ou falou (pais e professores) essas frases, que atire o primeiro giz! Certo... E como se estuda? O que é “estudar”? Nos idos da minha infância e adolescência, cabia à escola “ensinar coisas”: fatos, datas, informações e, com alguma sorte, conceitos. Hoje, a concepção do que se deve ensinar/aprender na escola é bem mais abrangente.

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Sinais de ajuda As mães quando se sentem rejeitadas pelos filhos adolescentes, ou quando ficam confusas e angustiadas com o seu comportamento, talvez seja interessante ter um diálogo com um ‘conselheiro’ – talvez as mães somente necessitem que as ajudem a entender que o comportamento dos filhos é natural nesse período. Porém quando o comportamento parece afetar um extremo,

Ensinar “coisas” é pouco, porque a ciência, a tecnologia, as descobertas e invenções se ampliam a passos muito largos. Muitas das profissões nas quais adolescentes de hoje atuarão na vida adulta nem existem ainda! É cada vez mais óbvio que trocar informações – da memória do professor (ou da Wikipedia) para a memória do aluno – não é suficiente. Conclusão tão inevitável quanto óbvia: há que se aprender a aprender. E isso acontece ao estudar. Portanto, há que se ensinar a estudar! E como? Nada fácil... É tão mais tranquilo ir ali no livro didático e “traduzir” a informação. Porém, absolutamente, insuficiente! Paradoxalmente, aí mora o caminho das pedras: o conteúdo conceitual pode – e deve! – servir como mote e estímulo e meio para o “aprender a aprender”, para o “estudar”. Há alguns meses, li um estudo feito por quatro universidades norte-americanas a respeito de técnicas de estudo e fiquei muito, muito surpresa. Revelava que “criar/identificar palavras-chave, usar imagens para fixação, elaborar resumos, marcar trechos essenciais e fazer releitura são técnicas ineficientes”. Tais conclusões nos remetem, inexoravelmente, a reflexões. Será que existe apenas um meio mais eficiente de aprender, portanto um meio mais eficiente de estudar? E que, portanto, os outros métodos não funcionam? Mas, se isso é verdade, será que todos aprendemos da mesma forma? Como, somos tão diversificados, plurais? Cabe ao educador mostrar formas de estudo; ensinar como se faz

Lilian silva Especial para a Vilas Magazine

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O que acontece é que o comportamento de certos filhos jovens passa a ser tão complicado que as mães percebem que não conseguem se relacionar com eles. Pode ser mais difícil entre os familiares onde as crianças querem proceder como seus outros amigos, e as mães sentem que isso entra em conflito com os seus valores mais tradicionais. Ter uma conversa com alguém que não seja um familiar pode ajudar. Por vezes essas pessoas conseguem observar os problemas de maneira mais clara. Um profissional não vai resolver os problemas familiares, mas poderá orientar sobre a maneira de lidar melhor com os filhos mais jovens.

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é essencial buscar ajuda. Por exemplo, um problema de comportamento é quando o jovem parece ficar distante dos familiares e fica apático por um bom tempo. Embora ficar um bom tempo só e ficar longe dos parentes seja um comportamento visto como natural em diversos adolescentes, quando se fica distante também dos seus colegas o jovem pode estar confuso e necessitando de ajuda. Ou também quando a criança tem um comportamento bastante diferente do habitual – não estudando como era feito antes ou deixando de conversar com as mães. É essencial perguntar ao adolescente a razão da mudança – porém as mães precisam fazê-lo de maneira afetuosa sem mostrar que estão aborrecidas. É normal ainda que diversas mães sintam-se totalmente perdidas quando seus filhotes desejam se transformar donos do próprio nariz. O fato é que essa independência não se consegue rapidamente e, até chegar nesta conquista, muito terá de ser descoberto. O interessante é que as mães já tenham alguma experiência e deixam de ser protagonistas e passam a ser educadoras. A seguir, algumas sugestões como administrar determinadas situações mais comuns com os filhos adolescentes:

resumo, esquema, elaboração de frase-síntese, determinação de palavra-chave, mapa conceitual, pesquisa, como reorganizar em itens ou qualquer outra representação visual um tema e decodificálo em texto. Cabe ao mestre abrir o leque e mostrar possibilidades. Cabe ao estudante conhecer as técnicas e os procedimentos, conhecendo-se – e ao seu modo de aprender – achar a sua forma, seu lugar, o modo e o espaço mais eficientes – para si (e isso envolve autoconhecimento) – de “aplicar o espírito, a inteligência e a memória para aprender”. O conteúdo conceitual “brota/emerge”, então, de como o aluno procede, do que aprendeu ao aprender; e aí temos mais um tipo de conteúdo que, sim, é da competência da escola: ensinar a estudar, ensinando como fazer para construir os saberes, pois o volume de informações, hoje, é tão grande que não daríamos conta de aprender senão uma mísera parte, sem aprender a buscá-las e a processá-las; isto é, é necessário aprender a fazer (procedimento), para ter acesso ao saber (conteúdo). E poder ser cidadão.

Saídas sem deixar nenhum aviso Ser firme nas decisões é essencial, mas nunca tem que ser controladora. É necessário passar a preocupação e deixar bem esclarecido o perigo dessa atitude, porém sem ameaçar. Trate seu filho como adulto. O segredo é manter os combinados para reforçar a confiança que existe entre os dois. É importante saber com quem seus filhos vão sair, onde e de que forma. Além disso, estipule uma u

Lilian Silva é licenciada e bacharel em História pela USP, professora de Ensino Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português (Interação & Transformação) e de História (História da Bahia). E-mail: lisantossilva@hotmail.com

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família

hora para retornar. O recomendado é estipular os limites sem bater de frente. Discussão com namorado(a) Não se pode tomar partido. É necessário ter respeito pela individualidade do filho. Porém ficar neutra perante uma briga não é ficar sem se importar, é preciso estimular o filho a achar seu caminho e pensar sobre o caso. Neste processo é o adolescente que precisa fazer seu próprio caminho. Discussões com namorado e até com colegas farão com que ele repense sua atitude e seus valores – tão importantes nessa hora de procura da identidade. Rejeição no colégio Ser discriminado quando se é jovem é doloroso, pois a criação de um grupo possui valor, já que proporciona uma sensação de pertencer a sociedade. É responsabilidade das mães terem atenção ao isolamento e os problemas de estabelecer amizades. Não se pode imaginar que é uma fase passageira. Mas ações radicais como tirar o adolescente

do colégio, tomar para si sua dor e partir em defesa não podem ser tomadas. É necessário verificar o que está ocorrendo realmente, conversar no colégio e pedir o auxílio de um especialista que irá facilitar todo o processo. Bebida em excesso Experimentar os limites, até na bebida, é pré-requisito para qualquer filho adolescente. Não adianta tentar ter uma conversa enquanto ele tiver bebido demais, aguarde a bebedeira passar, para logo após ser firme e tenha um diálogo sincero, explicando o que a utilização excessiva do álcool pode causar, bem como os perigos aos quais ele fica submetido quando bebe demais. Não punir e administrar sobre o tema de forma aberta desde o começo é fundamental.

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nas brigas que têm. Há, no entanto, duas ocasiões, em especial, que provocam muito ciúme dos filhos: quando nasce um irmão e quando um dos pais encontra um novo par amoroso, depois de ter se separado da mãe ou do pai da criança. As manifestações iniciais da criança em situações desse tipo são até esperadas pelos adultos responsáveis por ela. O problema é que muitos esperam que a criança logo se acostume com a nova situação que vive e que, portanto, deixe de sentir e demonstrar suas emoções porque, de um modo ou outro, elas atrapalham a vida familiar. Tenho ouvido muitos pais reclamarem do ciúme que o filho demonstra com o nascimento de um irmão. Muitos deles, inclusive, dizem que já não sabem mais o que fazer. E isso, caro leitor, quando o bebê nem fez um ano ainda! Os pais em geral se esquecem de que eles mesmos tiveram muito tempo para se acostumar com a chegada de um novo integrante na família. São, no mínimo, nove meses de espera, de planejamento, de tempo para se acostumar com a nova situação que virá. E, mesmo assim, sempre há surpresas, imprevistos, pequenos sustos, e um período, às vezes longo, de adaptação. E para a criança? Mesmo que ela já tenha idade para perceber a gravidez da mãe, que seus pais tentem integrá-la a esse período de espera, mesmo assim, ela nem imagina o que virá. Por isso, é comum que, assim que veja o novo irmão – que parecia ser ansiosamente esperado por ela – queira que ele vá embora. Quando percebe que ele não vai, pode praticar pequenos atos contra o recém-nascido ou se comportar de modo diferente. Crises de

rosely sayão

Ciúme de irmão É comum que o irmão mais velho tenha ciúmes do bebê recém-nascido; é preciso ter compaixão neste momento

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entir ciúme é muito doloroso. Desejar o amor exclusivo de alguém e constatar que isso não é possível provoca uma intensa dor. Muitos adultos experimentam no presente esse sentimento e todos já o experimentaram algum dia, mesmo que não se lembrem mais das emoções que esse sentimento mobiliza. Mas, quando é a criança que manifesta ciúme, poucos adultos se sensibilizam e acolhem o sofrimento dela. Muitas mães e pais têm de lidar com manifestações de ciúme dos filhos. A rivalidade entre irmãos já é bem conhecida dos pais e muitos deles já nem se dão conta de quanto há de ciúme envolvido

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Jogos eletrônicos e internet sem limites Horários e normas são essenciais no tempo de uso desses equipamentos, para que o filho adolescente não fique tantas horas nestas atividades. Não se pode invadir a privacidade do jovem, pegando senhas de acesso ou rastreando pelos sites que são visitados. Ter respeito e confiança são fortes elos para a melhora da relação entre mãe e filho. Escolhendo a profissão Fazer pressão, esconder os fatos e tentar colocar um caminho, não é recomendado. Seja cúmplice nas dúvidas, ajude seu filho a procurar dentro de si mesmo o que pode lhe dá mais prazer. Dê sua opinião e fale de sua própria experiência da sua procura.

nota

Outubro rosa acontece em Lauro de Freitas

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Prefeitura de Lauro de Freitas, através da Secretaria de Saúde, realiza durante todo o mês de outubro, a campanha “Outubro Rosa”, com o intuito de conscientizar sobre a importância da prevenção e do diagnóstico precoce do Câncer de Mama. A Unidade de Saúde da Família do Caji / Vida Nova elaborou um cronograma de atividades, que começou dia 1º, com um café da manhã e divulgação para a comunidade sobre as atividades que serão desenvolvidas durante o mês. No dia 11, acontece o aniversário de um ano da brinquedoteca, com sorteios, brinquedos, brindes, pipoca e algodão doce. No dia 15, os profissionais da unidade vão esclarecer dúvidas da comunidade em um programa de uma rádio comunitária. Para finalizar a campanha, no dia 30, haverá a Caminhada Rosa, em ruas da localidade. Em todos os dias do mês haverá realização de exames clínicos de mama em todas as mulheres atendidas na unidade. E em todas as quintas-feira do mês haverá sala de vídeo para pacientes e toda a comunidade.

birra, perda de sono e de apetite, comportamentos regredidos são bem comuns. É ciúme da criança, que experimenta a sensação de ameaça de perder o amor das pessoas que mais ama: seus pais. Ela precisará de um tempo maior do que os pais tiveram para se adaptar à nova situação. E esse processo, para a criança, costuma ser longo, mais demorado do que foi para os adultos. É preciso, portanto, compaixão pelo filho nesse momento e não impaciência, preocupação, moralismos. Já basta o que a criança sente com a chegada do irmão; ela não precisa de mais problemas além desse, não é verdade? A criança sente necessidade de falar com seus pais de seus sentimentos, dos desejos que tem, do que sente vontade de fazer. As palavras a distanciam dos atos que tem vontade de cometer contra o irmão e permitem que ela se entenda melhor. Sou apaixonada por livros bem escritos para crianças. Muitos deles, além de permitir à criança identificações com situações e emoções que ela experimenta, também ajuda os pais a mudar o rumo do relacionamento com o filho. Esse é o caso de um livro que trata da questão do ciúme de um irmão recém-nascido. “Eu Não Gosto de Você”, de Raquel Matsushita, é um livro sensível, amoroso, que certamente irá aliviar o coração de crianças e de pais que enfrentam a mudança familiar com a chegada de um bebê. Rosely Sayão, psicóloga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação.

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Governo vai reformar Terreiro São Jorge Filho da Goméia

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Terreiro São Jorge Filho da Goméia, fundado por Mãe Mirinha em Portão, e outros nove terreiros tombados em outras cidades da Bahia serão reformados pelo Governo do Estado. Um convênio para esse fim foi assinado entre a secretaria de Desenvolvimento Urbano e a Associação Brasileira de Preservação da Cultura Afro Ameríndia (Afa). Além do Terreiro São Jorge Filho da Goméia, o convênio prevê a reforma dos terreiros

Ilê Axé Alabaxé, Rumpame Ayono Runtólogi, Zogbodo Male Bogun Seja Unde, Manso Kilembekweta Lemba, Ilê Axé Opó Aganju, Pilão de Prata, Bate Folha, Ilê Axé Ibá Ogum e Ilê Axé Ajagunã, em Lauro de Freitas, Salvador, Cachoeira e Maragojipe, no Recôncavo. O secretário Cícero Monteiro, do Desenvolvimento Urbano, disse que “sob a orientação do governador, reafirmamos o nosso compromisso com a causa das comunidades tradicionais do nosso estado, em especial com o povo

Por isso, ao longo de todo o ano, estão previstos muitos projetos, incluindo livros que saem pelas editoras Cia das Letras e Nova Fronteira, dois discos pela Sony Music, um box pela Universal Music, uma exposição em Buenos Aires, e isso apenas pela VM Cultural, responsável pelos direitos do escritor, porque em todo o país inúmeros outros projetos estão acontecendo em escolas, espaços culturais, livrarias, entre outros, respaldados pelo lançamento, em julho,do selo oficial do centenário, que poderá ser adotado por qualquer projeto que vise democratizar vida e obra do poeta. Ainda em 2003, a Festa Literária de Paraty-Flip, teve como primeiro homenageado o ex-diplomata. E para reavivar memória, relembro a novela “Mulheres apaixonadas”, cuja abertura foi moldada com os versos de Vinicius de Moraes na música-tema. Na época, até um documentário (dirigido por Miguel Faria Jr.) sobre Vinicius foi produzido, em 2005, tendo como participantes figuras que conviveram com o escritor, como Chico Buarque, Maria Bethania, Toquinho, Miúcha, entre outros. Tendo em vista esse esforço conjunto de linguagens de comunicação, o mercado editorial promoveu o relançamento de sua obra, antes fora de catálogo, para a satisfação dos que jamais viram os livros do poeta editados com maestria. O motivo para tanto interesse poderia ser a efeméride de 2003, quando se comemorariam os seus 90 anos. Realmente, o poeta, nascido em 1913 e morto em 1980, recebeu inúmeras homenagens, mas, a julgar pela edição mais recente de seus livros tendo em vista o seu centenário, cabe lançar um novo olhar para a obra poética do autor. Ouso afirmar que o relançamento de três de seus livros – a saber, “O caminho para a distância”; “Nova antologia poética”; “Poemas, Sonetos e Baladas” e“ Poemas esparsos” – reitera a tese de que não houve um Vinicius linear, tanto quanto homem das letras quanto no que diz respeito à relação com a vida. Mesmo que o personagem beberrão adentre o imaginário coletivo, nota-se um plural Vinicius em cena: o poeta maduro, o escritor dos

márcia tude Especial para a Vilas Magazine

Centenário de Vinicius de Moraes “Foi o único de nós que teve a vida de poeta” Drummond

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este ano comemora-se o centenário de nascimento do poeta, escritor, compositor e jornalista, Vinicius de Moraes. Há quem afirme que as homenagens começaram no Carnaval, quando a escola de samba União da Ilha resolveu adotar como enredo o tema: “Centenário de Vinicius de Moraes”. Já aqueles que acompanham o processo de resgate da sua memória percebem que há cerca de 10 anos o movimento pró-Vinicius vem tomando fôlego. Desde meados de 2003 a obra poética de Vinicius de Moraes tem sido objeto de releituras e novas edições com o objetivo de ressaltar a importância do poeta para o cenário das letras no Brasil. Com o advento do centenário, a ser comemorado no dia 19 deste mês, a difusão do seu trabalho vem sendo amplificada, a ponto de ser objeto de estudo em diversas universidades do Brasil.

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Mãe Mirinha de Portão: terreiro tombado pelo patrimônio histórico será reformado

leve começa a trilhar os caminhos da MPB. Na contramão dos poetas de seu tempo, Vinicius de Moraes decidiu se afastar do longo caminho dos poemas sofisticados na forma e com o máximo apuro técnico na seleção vocabular. Deixou-se levar à moda de um Caymmi, pela sonoridade da música marítima e pelo gosto da gente simples que comparecia aos seus shows ao lado de compositores como Toquinho e Baden Powell. Do seu jeito, o poetinha parecia não se importar tanto assim. Afinal, conforme ele já havia escrito cerca de trinta anos antes de sua morte, seu caminho era trilhado onde havia espaço. E em que pese os 90 e os 100 anos de vida e de celebrações, o tempo de Vinicius Moraes é “eterno enquanto dure”.

20 anos, o apaixonado, o pai, o irmão, o amigo, enfim, o intenso ser humano em busca do exercício poético como estilo de viver. E nos três livros acima citados, é possível senti-lo fragmentado, com certa desigualdade na forma, no conjunto e no conteúdo, desarticulando o mito e revelando a grande importância de Vinicius de Moraes para a literatura brasileira. Lançado em 1933, o primeiro livro de Vinicius de Moraes, “O caminho para a distância”, revela o momento profundamente lírico, mas extremamente puritano na escolha de temas e na tentativa de encontrar uma “voz”, vivido pelo autor. No entanto, se no primeiro livro o que se lê é um esboço de um artista quando jovem, na “Nova antologia poética” temos um poeta completo, recendendo as emoções da temporada em Oxford quando esteve lotado como diplomata de carreira. Para Diogo Mainardi, colunista da revista “Veja”, os grandes autores da literatura brasileira do século 20 também pertenceram aos cargos públicos: de Drummond a João Cabral de Melo Neto, passando, claro, por Vinicius de Moraes e João Guimarães Rosa. A esse ponto de sua trajetória, nota-se um poeta ciente do valor de sua formação intelectual e de sua carreira como funcionário público, que lhe conferia alguma estabilidade para arcar com o sonho, ressaltando que em nenhum momento essa condição esteve acima do fazer poético. O que existe, sim, é esforço e disciplina que são marcas de qualquer jornada dessa magnitude. O Soneto de Fidelidade é um exemplo dessa fase:“Quero vivê-lo em cada vão momento/E em seu louvor hei de espalhar meu canto/E rir meu riso e derramar meu pranto/Ao seu pesar ou contentamento” (...). Esse natural crescer não se deve apenas ao amadurecimento do poeta, muito embora esteja também a isso relacionado. Tratase, também, da ênfase em aspectos mais circunstanciais do que no passado, quando o objeto eram os grandes temas, a questão talvez metafísica... Agora surgem costuras mais objetivas e um sentimento que ganha formas mais nítidas, sobretudo porque a vida privada do autor já começa a se confundir com a sua obra. E esse poetinha mais

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de santo, por entendermos ser obrigação do Estado a reparação pelos danos causados por anos de exclusão dessas comunidades, que fazem parte da nossa vida e da nossa história”. Para o presidente da Afa Leonel Monteiro, “é um momento histórico, a prova de que o nosso povo não foi esquecido, nem deixado de lado pelo poder público”. O prazo de conclusão das obras é de seis meses a partir da data de assinatura da ordem de serviço que será expedida pela superintendência de Construções Administrativas da Bahia. É o segundo convênio firmado pelo Estado para reforma de terreiros. O primeiro, assinado em parceria com a Associação Cultural de Preservação do Patrimônio Bantu (Acbantu), prevê a reforma de 53 espaços.

Mais sobre Vinicius Marcus Vinicius da Cruz Mello Moraes, ou simplesmente Vinicius de Moraes, nasceu em 19 de outubro de 1913, no Rio de Janeiro. Formou-se na Faculdade de Direito do Catete em 1933 e também foi estudar Literatura Inglesa na Universidade de Oxford, porém não conseguiu se formar em razão da Segunda Guerra Mundial. Casou-se nove vezes, porque gostava muito da sensação de estar apaixonado e sempre que esse sentimento ruía, ele decidia dar cabo ao casamento. Dentre suas obras teatrais, a mais conhecida é “Orfeu da Conceição”. Também compôs muitas músicas, por exemplo, “A Rosa de Hiroxima”, “Eu sei que vou te amar” e “Garota de Ipanema”. Esta última foi criada para Helô Pinheiro, que tinha 15 anos na época e sempre passava em frente ao bar Veloso, onde Vinicius e Tom Jobim costumavam frequentar. Morreu na manhã de 9 de julho de 1980, aos 67 anos, dentro de uma banheira, em razão de um enfisema pulmonar. Márcia Tude é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial.

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O ano em que o jornalista Laurentino Gomes conclui, com a publicação de ‘1889’, a trilogia de livros de história do Brasil de maior sucesso no país, com mais de 1,5 milhão de exemplares vendidos

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omo boa parte das fábulas, esta envolve reis e rainhas, príncipes garbosos a cavalo e belas donzelas. Mas, como nenhuma destas histórias encantadas, esta tem como protagonista um experiente jornalista de Maringá (PR), que se vê tocado pelo condão mágico num estande de um entupido pavilhão do Riocentro, no Rio. Foi nesse cenário que Laurentino Gomes, 57, viveu seu conto de fada. “Entrei numa livraria na Bienal do Rio e o meu editor disse espantado: o 1808’ está vendendo que nem pãozinho quente de manhã na padaria. Observe só.” Gomes plantou os olhos numa pilha enorme de seus livros, no centro da loja. “Uma atrás da outra as pessoas pegavam um exemplar e iam para o caixa.” De pé, naquela livraria Saraiva da Bienal, ele decidiu que largaria seu emprego e se dedicaria a este filão. A história aconteceu há seis anos – e desde então muitos Maracanãs passaram pelos caixas de todo o país. Os dois primeiros livros de Gomes, “1808” e “1822” (lançado em 2010), superaram recentemente os 1,5 milhão de exemplares vendidos. Em 26 de agosto, o jornalista paranaense concluiu sua trilogia, que já se configura como

o maior fenômeno editorial de livros de história do Brasil. Naquele dia ele fez, em São Paulo, o primeiro dos 33 lançamentos do seu novo livro já marcados até o Natal deste ano. “1889”, lançamento da Globo Livros, trata de temas pouco afeitos ao “hit parade” das livrarias: fim da monarquia, abolição da escravatura e começo da República. Mas a tiragem inicial não faz feio nem para obras de vampiros, romances soft-porns ou histórias de bruxos. São 200 mil exemplares, o dobro da primeira fornada de “Harry Potter 3” e mais de seis vezes o número de largada de outra obra bem-sucedida recente sobre a história do Brasil, a biografia “Getúlio”, de Lira Neto. Mais do que o tema perfeito, Laurentino Gomes parece ter encontrado o tom adequado para abordá-lo. “Obras como 1808’ não trazem nada de novo. Mas Laurentino achou uma maneira muito atraente de apresentar esses episódios da história para o grande público”, opina um dos principais historiadores do país, José Murilo de Carvalho. “Consolido a bibliografia sobre estes episódios históricos numa visão jornalística, para o leitor não especializado no tema”, corrobora Laurentino Gomes.

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eduardo anizalli / Folhapress

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No terceiro livro, ele lança mão mais uma vez (e garante que será a última) de uma de suas armas secretas: a fórmula de usar como título um ano emblemático da história do país, que aparece em letras enormes na capa, e um subtítulo longo e bem-humorado que resume os principais fatos a serem descritos. O subtítulo de “1889” é: “Como um Imperador Cansado, um Marechal Vaidoso e um Professor Injustiçado Contribuíram para o Fim da Monarquia e a Proclamação da República no Brasil”. Os personagens (por ordem de aparição) são d. Pedro 2º, marechal Deodoro da Fonseca e Benjamin Constant. Tal como nos bestsellers anteriores, Gomes colore a trajetória deles com um farto repertório de histórias pitorescas (veja abaixo). Algumas são puros gracejos, mas outras revelam características centrais da história política nacional. Numa carta a um sobrinho, escrita um ano antes que ele liderasse a derrubada do


império, o grande herói republicano, o alagoano Deodoro da Fonseca, dizia o seguinte: “República no Brasil é coisa impossível, porque será uma verdadeira desgraça. O único sustentáculo do nosso Brasil é a monarquia”. MUSA DA REPÚBLICA Gomes diz que mesmo quando liderou o grupo de militares que depuseram o governo

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de d. Pedro 2º, no 15 de novembro de 1889, Deodoro, primeiro presidente do país, ainda não tinha clareza se era a favor da República.“Como outros episódios decisivos de nossa história, este envolveu uma mulher”, brinca o autor. Anos antes, Deodoro havia se encantado pela donzela gaúcha Maria Adelaide Andrade Neves, a baronesa do Triunfo. Mas ela preferiu os atributos de Gaspar Silveira Martins, político que virou inimigo do militar. “Deodoro só optou pela República na madrugada do dia 16, quando ele soube que d. Pedro havia chamado Silveira Martins para substituir o ministro recém-deposto”, diz. Como sublinha enfaticamente em seu livro, a República brasileira foi anunciada com status de um regime “provisório”. E o primeiro governo, também provisório, foi decidido no Instituto dos Meninos Cegos, instituição no Rio que era presidida pelo professor Benjamin Constant. “As manifestações recentes no país estão ligadas a isso. Quando foi criada a República não se discutiu as regras do jogo republicano. Isso só começou a ser feito há um par de décadas”, afirma Gomes. Cassiano Elek Machado / Folhapress

História da Bahia tem trilogia com reedição de títulos raros

escritora, produtora cultural e secretária municipal de Cultura Márcia Tude apresenta no dia 11, às 19h, no auditório da Unime, a reedição da trilogia da “Coleção Tempo Antigo: Memórias da História Bahiana”. “Resumo Chronólogico e Noticioso da Província da Bahia” de José Alvares do Amaral e José Teixeira Barros, “Tempo Antigo” de João da Silva Campos e “Epopéia Itaparicana” de Bernardino Ferreira Nóbrega foram republicados pela Editora Livro, de propriedade de Tude, com financiamento da Fundação Pedro Calmon (FPC), vinculada à secretaria de Cultura da Bahia. O projeto foi um dos cinco contemplados por edital da FPC, em maio do ano passado, com valores entre R$ 50 mil e R$ 60 mil para apoio à publicação de livros por editoras baianas.

A reedição dos livros foi idealizada pelo então diretor da FPC Ubiratan Castro, que viria a falecer no início deste ano sem ver concluído o seu projeto. Márcia Tude explica que o objetivo da reedição dos títulos é contribuir com a história da Bahia, resgatando episódios do passado. “Quem não conhece a sua história, fica privado dos seus referenciais, das suas raízes”, avalia. Para ela, o lançamento da Coleção Tempo Antigo coloca em debate a importância da preservação da memória e valorização dos registros históricos em uma sociedade cada vez mais efêmera. A trilogia será apresentada também no dia 17 de outubro, no IGHB, em Salvador, na Feira Literária Internacional, de 23 a 27 de outubro em Cachoeira e em Itaparica no dia 8 de novembro. Vilas Magazine

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OS MAIS VENDIDOS FICÇÃO 1 A Culpa é das Estrelas John Green / Intrínseca 2 Inferno Dan Brown / Arqueiro 3 O Silêncio das Montanhas Khaled Hosseini / Globo Livros 4 Cidades de Papel John Green / Intrínseca 5 O Teorema Katherine John Green / Intrínseca 6 Cretino Irresistível Christina Lauren / Universo dos Livros 7 A Graça da Coisa Martha Medeiros / L&PM

NÃO FICÇÃO 1 Nada a Perder Edir Macêdo / Planeta do Brasil 2 1889 Laurentino Gomes / Novo Conceito 3 O Mínimo que Você precisa Saber para não ser um Idiota Olavo de Carvalho / Record 4 Guia Politcamente Incorreto da História do Mundo Leandro Narloch / LeYa 5 O Príncipe da Privataria Palmerio Dorea / Geração Editorial 6 Gênesis Sebastião Salgado / Taschen 7 1808 Laurentino Gomes / Planeta do Brasil

AUTOAJUDA E ESOTERISMO 1 Kairós Padre Marcelo / Principium 2 Eu Não Consigo Emagrecer Pierre Dukan / BestSeller 3 Casamento Blindado Renato e Cristiane Cardoso / Thomas Nelson Brasil 4 O Método Dukan Ilustrado Pierre Dukan / BestSeller 5 Quem me Roubou de Mim? Padre Fábio de Melo / Planeta do Brasil 6 O Poder do Hábito Charles Duhigg / Objetiva 7 Só o Amor Consegue Zibia Gasparetto / Vida e Consciência


beleza

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á quem não goste do efeito melado do gloss, mas aprova a sua praticidade de aplicação. Quem bom seria se pudesse unir o formato à cobertura intensa oferecida pelos batons comuns. Isso já é realidade com o batom líquido, novidade nos nécessaires de maquiagem das antenadas. “A aplicação do produto é líquida e precisa. Depois de seco, o acabamento parece com o de um batom normal, e não deixa lembrar da textura pegajosa do gloss”, explica o maquiador Sandro Borges. As marcas de maquiagem estão investindo pesado para incluir a novidade nas coleções. Existem até opções matte. “Uma das promessas é a longa duração após aplicação e secagem e algumas marcas realmente cumprem o que dizem! Particularmente, achei que a maioria deles funciona”, diz Sandro. Para o maquiador, a intensidade da cor é uma grande vantagem: “A cada reaplicação a tonalidade se intensifica, o que possibilita à mulher ter mais de um tom de batom, em um só produto”.

Em alta, batom líquido une cor intensa e praticidade do gloss image source

image source

Segundo Sandro, para usar a versão matte, a pele delicada dos lábios precisa estar muito bem hidratada. “Não pode ter rachaduras ou apresentar descamação, o que acontece facilmente quando os dias são mais secos”, afirma. Outra dica é usar um pincel de batom para desenhar o contorno dos lábios. “Assim você conseguirá um acabamento perfeito.” Ampliar O gloss é um dos cosméticos mais práticos da maquiagem, por conta do pincel. Mas, nem todas as mulheres apreciam sua textura pegajosa, brilho excessivo ou tonalidade apagada. Como alternativa, o batom líquido entrega a praticidade, porém com cor intensa e longa duração. Veja a seleção, que inclui versões cremosas e opacas. Geiza Martins, do UOL, em São Paulo. Vilas Magazine

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O segredo dos seus olhos Cada cor de olho combina melhor com tons específicos de sombra; descubra que maquiagem lhe cai bem e valoriza o seu olhar

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aber combinar cores é essencial para conseguir um visual harmônico e elegante. E, na hora de escolher a maquiagem ideal, a lógica não poderia ser diferente. Cada cor de olho tem suas particularidades e harmoniza com tons diferentes de sombra. Claro que existem cores que combinam com todos os olhos, como explica o maquiador e consultor criativo de O Boticário, Sadi Consati. “Marrom, preto e tons de cinza e chumbo servem para qualquer um. Uma dica geral é sempre usar um tom mais escuro do que o dos olhos, o que vai clareá-los e ressaltá-

los ainda mais”, explica. Outras cores que combinam com qualquer olhar são o dourado, o bronze e o prata, que servem para destacar e iluminar o olhar, além de poderem ser misturados a outras cores, a fim de criar o efeito degradê. “Tons neutros não apagam o olhar, independentemente da cor dos olhos”, explica a profissional Nice Cavalcante. Para cada cor Os olhos azuis, que são superclaros, combinam com tons como preto, dourado e marrom, que ajudam a marcar o olhar e destacar a cor. “Não aconselho usar somente nuances de azul. Por serem semelhantes à cor do olho, podem dar um ar de uniformidade. Mas, se fizer questão, é preciso misturá-los a outras cores, fazendo um degradê. O mesmo serve para mulheres de olhos verdes que gostem da mesma cor na sombra”, recomenda Nice. Quem tem olhos verdes, aliás, pode abusar do roxo e do lilás, que valorizam o verde, e dos tons de cobre. Já para olhos amendoados, também chamados de mel, a contraindicação é o amarelo. “Seja em tons claros ou escuros, ele deixa a pessoa com um aspecto de doente, por conta

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da combinação com o tom dos olhos”, explica a profissional . Já as mulheres de olhos castanhos podem ousar mais. Eles são considerados os olhos curingas e, segundo os especialistas, combinam com tudo. “Funcionam superbem com tons escuros, como o verde-musgo, o azul-turquesa, o roxo, o vinho, o dourado, o cobre, o azul e o lilás, além dos mais abertos, como o alaranjado e o vermelho. É possível também misturar neutro com colorido, como o preto com o turquesa ou com o dourado, por exemplo”, conclui o profissional de O Boticário. Camila Gomes / Folhapress

Maquiagens hipoalergênicas são indicadas a quem tem pele sensível

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onservantes e corantes podem ser uma cilada para o corpo humano. Além dos alimentos, eles estão presentes em cosméticos, causando alergias que podem ser descobertas após o surgimento de bolinhas na pele, manchas, coceiras e até feridas. “A alergia é um quadro inesperado. Você pode ter uma reação a um produto que usou durante anos”, explica Marcia Escrew, farmacêutica da Granado. Segundo essa premissa, o uso constante de uma maquiagem pode resultar no problema. A dermatologista Geana Lima explica que, nesses casos, o rosto também pode sofrer de reações sensoriais. “A pessoa sente ardor, queimação, coceira, mas sem alterações visíveis na pele”, diz. Uma maneira de evitar as alergias é a higiene – em se tratando de maquiagem, retirá-la totalmente no fim do dia. “Lave a face com sabonete, use demaquilante e tonifique a pele. Quanto menos tempo estiver em contato com um produto, menor será a chance de ter alergia”, afirma. Outra alternativa é usar produtos hipoalergênicos, que costumam ser livres de fragrâncias e de conservantes. “O uso de maquiagens adequadas e de qualidade não u


beleza divulgação

Mulheres dizem não a tintas e esmaltes e impulsionam indústria de cosméticos mais ‘limpos’

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danificam a pele, e, atualmente, temos marcas variadas que investem em hipoalergênicos de excelente qualidade”, diz Márcia. Cuidados e prevenção No caso de ter uma reação alérgica, remova imediatamente o produto da área atingida e lave a região com água e sabão neutro. “Caso o paciente apresente sintomas como inchaço e falta de ar, deve procurar imediatamente o pronto-socorro”, diz Márcia. “Para evitar, nunca use maquiagem vencida e evite compartilhar produtos com outras pessoas. Limpe os pincéis e esponjas frequentemente, troque a maquiagem a cada três ou seis meses e dê preferência a itens antialérgicos ou minerais” ensina Geana. Com a moda de manter as unhas pintadas, muitas pessoas estão descobrindo alergia aos corantes e ao tolueno, que podem estar presentes nos esmaltes. As marcas investiram, então, em produtos ‘3Free’. “A nomenclatura sinaliza a ausência de DBP, tolueno e formaldeído, ingredientes comumente presentes em esmaltes e que têm alto potencial alérgico”, explica Márcia. Ao contrário do que se imagina, a reação ao esmalte raramente se manifesta na unha ou nos dedos. “A alergia ao esmalte causa vermelhidão e coceira ao redor dos olhos e do pescoço, lugares aonde levamos as mãos com frequência”, esclarece a dermatologista Raquel Machado.

á nove anos, a escriturária Renata Perrotta, 57, do Rio, decidiu se libertar dos retoques semanais de tintura para cobrir os fios brancos. “Resolvi dizer ‘chega’. Hoje me identifico tanto com os cabelos brancos que, se pintasse de novo, deixaria de ser eu”, conta. Renata faz parte de um grupo de mulheres que abandonaram os produtos químicos no cabelo e adotaram um visual mais natural. “Assumi na boa, mas acho que a maioria tem vergonha.” Não deve ser o caso da presidente Dilma

Rousseff, que, como afirmou ao jornal Folha de São Paulo, pretende se juntar ao clube e deixar a tintura de lado depois de deixar o cargo público. O cansaço por ter que retocar as raízes brancas é um dos motivos alegados pelas mulheres, como Renata, para abandonar a química. O suposto malefício das substâncias químicas da tintura também pode ser um temor. Hoje, porém, as tintas para cabelo são menos tóxicas do que antigamente, segundo Valcinir Bedin, dermatologista e presidente da Sociedade Brasileira do Cabelo. Luciana Whitaker / Folhapress

Renata Perrotta, 57, que parou de tingir o cabelo há 9 anos

Gabriela Simionato / Folhapress. Vilas Magazine

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Segundo ele, há uma tentativa das empresas de fazer produtos mais seguros, sem os metais pesados que costumavam constar das fórmulas. Os lançamentos incluem ainda tintas sem amônia, que pode causar irritação. nas unhas Marcas de esmalte também têm se esforçado para fazer produtos menos tóxicos. Tornou-se comum encontrar embalagens que exibam o aviso “3 free”, ou seja, livre de formaldeído, tolueno e dibutilftalato. Os três compostos são solventes e substâncias usadas em pigmentos e que conservam e dão brilho ao esmalte, mas têm maior risco de causar alergias. A designer gráfica Ana Vizeu, 34, precisou

abandonar os esmaltes desde que teve uma reação grave no rosto por causa de uma substância do pigmento de esmaltes. “Mas até base faz mal. É uma limitaçãozinha. Quando vou a uma festa, não tem jeito, acabo passando .” Francisco Le Voci, dermatologista e coordenador do departamento de cabelos e unhas da Sociedade Brasileira de Dermatologia, lembra que nenhum produto químico é inócuo. “Às vezes não depende tanto da qualidade do produto, mas da sensibilidade individual. Por isso é sempre importante testar o produto em uma pequena área antes do uso maior, e isso vale principalmente para quem tem alergias”, diz. Mariana Versolato / Folhapress

Em busca de um autor desconhecido Gosto da palavra “velho” e acho importante usá-la para combater estigma Mirian Goldenberg

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ircula pela internet um texto assinado por mim com o título “Sexalescentes”. Ele tem sido reproduzido e enviado por e-mail para inúmeras pessoas. Existe até uma versão musical no Youtube. O texto diz que está surgindo uma nova faixa social: a dos “sexalescentes”, pessoas de mais de 60 anos que rejeitam a palavra “sexagenário” porque envelhecer não está nos seus planos. São homens e mulheres independentes que procuraram e encontraram a atividade que mais gostam e conseguiram se sustentar com ela. Alguns nem sonham com a aposentadoria. E os que já se aposentaram gozam plenamente cada dia, sem medo do ócio ou da solidão. Nesse universo de pessoas saudáveis, curiosas e ativas, a mulher tem um papel de destaque. Ela aprendeu a respeitar a própria vontade, enquanto as suas mães só puderam obedecer aos homens. E conquistou espaços na sociedade que as suas mães nem sequer sonharam ocupar. Algumas optaram por viver sozinhas, outras escolheram carreiras que sempre foram masculinas, muitas tiveram filhos, outras não. Mas cada uma fez o que quis –apesar

de não ter sido nada fácil – e continua a fazer o que quer. O texto conclui afirmando que, hoje, as pessoas de mais de 60 anos estreiam uma idade que não tem nome. Antes seriam velhos; agora já não são. Tenho recebido muitas mensagens com elogios a “Sexalescentes”. Só que nunca escrevi tal texto. É verdade que algumas ideias são semelhantes às que tenho apresentado em meus artigos. Mas, ao contrário do autor (ou autora?) de “Sexalescentes”, gosto da palavra “velho” e acho importante usá-la justamente para combater o estigma que cerca a velhice. Também gosto de usar “ageless”, “sem idade” e “inclassificáveis” para me referir aos que estão inventando uma forma mais feliz de experimentar o envelhecimento. Chamo as mulheres mais velhas de “coroas poderosas”. É muito estranho ver o meu nome em um texto que não é meu. Mais estranho ainda é receber elogios por algo que nunca escrevi. Algum leitor sabe de quem é a ideia de “Sexalescentes”? Se sim, peça para ele (ou ela?) sair do armário e assumir a autoria. Aposto que o texto foi escrito por uma “coroa poderosa”. E você?

MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A bela velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br Vilas Magazine

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nutrição

Desejo de comer atrapalha

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uem de nós, seja no almoço ou no jantar, nunca nos pegamos comendo algo por gula? Saber ter o controle da mente e o desejo de comer é difícil para muitas pessoas, mas é essencial para dar continuidade a uma dieta e não se alimentar mais do que o necessário. Algumas vezes as pessoas descontam na comida suas frustrações e tristezas, como uma alternativa de satisfazer algum destes sentimentos, ficam felizes no momento em que consomem um alimento que gostam, mas se prejudicam com o aumento de peso, o que termina deixando-as mais frustradas e, muitas vezes, tristes. Segundo os psicólogos, para muitas pessoas a ação de comer passa a ser um reflexo de frustrações, substituindo as soluções de questões do cotidiano e tomada de decisões para se tornar uma forma de alívio. Quando imaginamos “estou morrendo fome, mas não sei do quê” é sinal de que a fome está associada a um lado emocional e não ao estômago realmente. Por isso é essencial trabalhar a mente para controlar a alimentação. O psicológico do indivíduo ainda precisa ser trabalhado de maneira correta para que o corpo esteja sempre com saúde. E é essa falta da consciência que faz a pessoa obesa ser reincidente em qualquer tratamento contra ganho de peso. Em muitas das situações o apoio psicológico pode ser um grande auxílio. É uma maneira de ajudar para que a pessoa compreenda sua relação com a comida e o aumento de peso e verifique seus problemas e frustrações para achar soluções que terminem com a vontade de compensar sempre à comida e, principalmente, aos alimentos que possuem muita gordura. Conheça algumas recomendações dos nutricionistas para driblar o desejo de comer durante o dia. Em primeiro lugar, antes de iniciar qualquer dieta, você precisa ter um objetivo claro e definido no que se refere ao processo de perda de peso e resultados aguardados, para que se mantenha envolvida. O que é mais importante, a satisfação de uma batata frita no curto prazo ou o seu corpo esbelto e com saúde num longo prazo?

Fale com pessoas do seu convívio a respeito da sua decisão de perder peso. Isso vai te auxiliar a receber apoio e suporte externo, se tiver quadros de instabilidade. E antes de começar alguma refeição, esqueça dos problemas e não leve sentimento de raiva, frustração e outras emoções ruins. Não prejudique a sua hora de equilíbrio e de saúde e tenha em mente seu objetivo. Também é importante estar sempre focada no decorrer da alimentação ficando atenta na organização e montagem do prato, nas cores da comida, aromas, bem como na mastigação e degustação. Aproveite cada minuto para completar todos seus sentidos. E para terminar, celebre as vitórias do dia por cada costume positivo que conseguiu introduzir e por mais um passo a mais rumo a seu objetivo. Cerveja - vilã da dieta Quem faz algum tipo de regime para perder peso sabe como é difícil resistir a sobremesas, frituras, ficar somente na salada enquanto

Entenda as diferenças entre gula e fome e não pese na balança

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as outras pessoas se consomem no rodízio, entre outras coisas. Aí, chega o fim de semana e ficamos tentados a recompensar todo esse trabalho. Pedimos uma cerveja gelada, “apenas para diminuir o calor”, e juramos que não passaremos de uma garrafa. E aí: pode? De acordo com os nutricionistas, a resposta é não. O álcool provoca o aumento de peso, e muito. Ele fornece energia, que é dada através de calorias. Para se ter uma idéia, beber uma lata de cerveja equivale ao consumo de aproximadamente 25 gramas de bacon. E para piorar, as calorias dadas pelo álcool são denominadas vazias, quer dizer, não dão nenhum tipo de nutriente que seja bom para a pessoa, como por exemplo minerais e vitaminas. O álcool possui quase duas vezes mais calorias do que carboidratos e proteínas. Cada grama de álcool possui cerca de sete calorias, enquanto carboidratos e proteínas possui quatro calorias. Mas não são somente as calorias exageradas que faz o chopinho do happy hour o inimigo da dieta. A digestão da bebida alcoólica provoca a irritação das paredes do estômago, e qualquer enfraquecimento dele prejudica a


digestão, o que passa a mexer com o metabolismo e a perda de peso. Outro órgão atingido negativamente pelo álcool é o fígado, que faz o trabalho de eliminar as toxinas e transformar a gordura em combustível. Ele é essencial para o processo de perda de peso, e fica prejudicado quando acontece a ingestão em excesso. Por fim, o álcool influencia nos níveis de testosterona. Isso é um problema, já que a testosterona é poderosa, tanto na construção dos músculos, quanto no aumento do consumo de energia. Os nutricionistas informam ainda de outros fatores que colaboram para a característica ‘engordativa’ do álcool. Segundo eles, em primeiro lugar, o álcool não sacia. Além disso, é difícil não sabermos exatamente quantos copos ou latas de cerveja foram ingeridos, sem falar que certas bebidas ainda possuem outros aditivos calóricos, como por exemplo leite condensado, açúcar, entre outros. A consequência é uma bomba calórica. Por isso é preciso abolir bebida alcoólica da dieta, porque ela prejudica a meta de emagrecimento. Porém, se num evento especial você necessitar ingerir algum tipo de bebida alcoólica, é recomendado tomar dois goles de água a cada gole de álcool para amenizar os danos e acompanhar com comidas que não tenham tanta gordura.

Você conhece as propriedades da beterraba? Pesquisa aponta que o suco da raiz diminui a pressão em até 7%

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beterraba é uma raiz utilizada na culinária que pode ser consumida in natura, ou na forma de sopas, sucos, conservas entre outras opções. De sabor adocicado, a beterraba possui alta concentração de carboidratos e ótimo valor nutricional, inclusive em suas folhas. Um recente estudo feito pela Associação Americana de Hipertensão analisou homens e mulheres com pressão arterial sistólica entre 140 a 159mm Hg, que não tomavam medicação para pressão arterial e sem complicações médicas. Eles ingeriram diariamente um copo de suco da raiz, com uma pequena quantidade de nitrato (substância encontrada na beterraba) e tiveram sua pressão monitorada por 24hs. Segundo a pesquisa os participantes apresentaram uma redução da pressão arterial. A nutricionista Cyntia Bassi esclarece as dúvidas sobre as propriedades nutricionais da beterraba. Sua cor vermelha arroxeada é resultado da pigmentação de uma substância chamada betalaína. “Esta substância é um ótimo antioxidante natural, agindo contra o envelhecimento celular e reduzindo o risco de alguns tipos de câncer”, diz a nutricionista. A beterraba é rica em vitamina A que auxilia o bom funcionamento da visão, vitaminas do complexo B que são importantes para o sistema imunológico, incluindo o ácido fólico este relacionado à boa formação fetal, e vitamina C que possui ação antioxidante e atuação benéfica sobre o sistema imunológico. Apesar de ser fonte de açúcar, a beterraba não deve ser retirada da dieta dos diabéticos. “Por seu teor de glicose, deve ser adaptada dentro de um contexto de uma alimentação saudável, porque é rica em fibras que

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auxiliam no controle glicêmico” explica a profissional. Alguns estudos apontam que a beterraba possui uma quantidade significativa de nitratos, substância utilizada pela indústria como conservante de alimentos, cujos metabólitos e produtos de sua reação têm efeito adverso à saúde. Mas alguns efeitos positivos também estão sendo relacionados ao nitrato. “No organismo ele se transforma em óxido nítrico e pode ser um importante auxiliar na dieta de atletas, principalmente quando ingeridos sob a forma de suco, pois sua interação com os antioxidantes presentes na beterraba potencializam o aproveitamento dos nutrientes pelo músculo, tornando-se uma ótima fonte de energia”. Além disso, a substância presente na beterraba aumenta a dilatação dos vasos sanguíneos, com consequente melhora do fluxo de sangue e a passagem de oxigênio. Por isso algumas pesquisas têm demonstrado que esse efeito reduz os riscos de doenças como o acidente vascular cerebral e a demência, e recentemente tem sido apontada como importante fator para redução da hipertensão. “Outros nutrientes encontrados na beterraba podem interferir positivamente na redução da pressão arterial, é o caso do potássio que deve estar em equilíbrio com o sódio intracelular e do ácido fólico que tem ação protetora sobre os vasos sanguíneos, melhorando a flexibilidade dos vasos” esclarece a nutricionista. Para adquirir um vegetal de qualidade, verifique se a beterraba esta isenta de rachaduras e manchas, com a cor intensa e num tamanho pequeno ou médio, esses cuidados garantem melhor preservação dos nutrientes, mais sabor e maciez. “Para preparar o suco e aproveitar seus benefícios, basta bater no liquidificador, uma beterraba grande descascada e picada, com o suco de quatro laranjas, coar e beber em seguida. O suco garante o consumo dos nutrientes da beterraba”, finaliza a profissional.

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Janelas Abertas

Gilka Bandeira

Pra aquietar o coração

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stou de novo na mágica Itaparica, sem olhos para e-mails e facebooks, os amigos que me desculpem. Vim a trabalho e, por recomendação médica, tentar aquietar o coração arrítmico. Assim que cheguei, dei uma longa caminhada pela silenciosa, deserta e extensa coroa deixada à mostra na maré baixa, indo da Praça dos Namorados até a Praia do Forte para vigorante banho nas águas afáveis, fundas e ainda frias nesta época do ano. Belo batismo à luz do poente. Manhã seguinte, a pretexto de ler a novela de Joseph Conrad, enquanto fazia hora para a entrevista com seo Vital, fui sentar em frente ao Solar dos Reis onde em épocas sucessivas hospedaram-se D. João VI, D. Pedro I e D. Pedro II. Debaixo dos seculares tamarindeiros, plantados quando os voluntários da Ilha seguiram para a Guerra do Paraguai, tinha à direita a Fortaleza de São Lourenço, erguido sobre os escombros do baluarte dos holandeses e, à esquerda, o Largo da Piedade com a capelinha da santa heroína da independência e o hotel Icaraí com seus salões e varandão dando pro mar, construído em lugar da primeira Armação de Baleia, da qual ainda se vê pedaço de alicerce, na lateral do hotel. Essencialmente estava diante do manso mar da baía. Um pescador vem, para a bicicleta com apetrechos de pesca no cais, desce a rampa, perscruta as águas. Provavelmente o mar não está pra peixe, pois logo retorna, monta e se vai na direção do bulevar. Alguém passa num barquinho a vela por baixo da velha ponte, antes cumprimentando quem entrando n’água se prepara para o mergulho. Da amurada do cais, bem pertinho, um bem-tevi contempla o mar alheio à presença de quem lhe observa, sem começar a leitura. O homem sai do mar, o pescador de bicicleta reaparece. Súbito o coração estremece, o passarinho voa de susto provocado pelo estonteante som do veloz carro de um pobre coitado a chamar atenção da pior forma possível. Outro barquinho, este a remo, surge e fundeia para a pesca. Um policial, em ronda com um amigo, aponta para o tamarindeiro e mostra, num galho, a argola com pedaço de corrente, que diz ter servido para pendurar escravos. Lamentável ver a decrepitudes das históricas árvores, mais pelas podas mal feitas do que pela idade...

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Junto com o ventinho que chega, as águas iniciam a enchente da maré. Na quietude sobressai o latido do cachorro distante, as vozes de três homens que param por instante na sombra a falar de passarinhos e a gargalhada na fortaleza, que soa como zombaria de remotos inimigos. Mas, no coador do tempo escoaram-se as ferocidades, os gritos e gemidos das batalhas, todo sangue derramado de homens e baleias, ficando limpo o cenário a fascinar quem veio depois como morador ou visitante. Do passado apenas laivos e sutilíssimos ecos para maior sedução dos mais sensíveis. Agora escrevo na casa de Dalva Tavares, a dinâmica diretora da Biblioteca de Itaparica que mais que solidária e gentil, me hospeda dispondo cama, mesa, roupa lavada e providencial intermediação no trabalho que vim fazer, além das muito boas risadas que a sua espirituosidade provoca. Em verdade, Dalva merece uma crônica inteira... Mais uma vez tenho dificuldade em cumprir meu intento, pois a agradabilíssima casa é um viveiro natural de pássaros. No oitão entre a casa dela e a do vizinho, fechada para reforma, os bichinhos passam o dia indo e vindo em intensa movimentação. São sanhaços azuis, verdes, cinzas, de colete, sabiás laranjeiras e de praia, bem-te-vis e outros que não identifico. Pena não estar aqui o valente amigo Jaelson com seus conhecimentos ornitológicos. Bem próximo da janela onde me encontro, eles se refestelam com as rubras flores da exória, as branquinhas do jasmim e as bananas postas para eles no muro pelo irmão Antônio Alves Marques ou ‘Antônio Brasileiro’, “como oficialmente adotaria se pudesse,por gostar demais do meu país”, conforme diz. Também conferem o amarelecimento dos mamões, parecendo atinar que um deles será deixado para eles. E há o que entra na fruteira da cozinha e ataca as frutas sem cerimônia. Nem adianta enxotá-lo de longe, finge que não é com ele. Privilégio tê-los assim aos montes e de pertinho, daí as interrupções do trabalho para admirá-los. Impressiona também pela quantidade já que estamos no centro movimentado da cidade. O caso é que atrás da casa há densa área verde que Antônio, outro quixotesco amante da natureza, sonha em preservar, transformando-a numa reserva destinada a estudiosos da fauna e flora, a observadores de pássaros, a turistas sensíveis e educados. O benefício seria duplo, explica ele: a conservação das espécies e mais uma atração da formosa estância. Ontem, noutro passeio de fim de tarde pela orla, mais um momento especial. Baixo o lusco-fusco estriado do crepúsculo, no espelhado mar sereno, dois barquinhos poitados distantes um do outro com seus pescadores solitários compunham a paisagem, enquanto íamos ouvindo a suavidade de Nat King Cole no carro da professora Conceição Perrone. Nada mais harmonioso. Suspirando louvei o que seria bela despedida. Não foi. Há quatro dias tento voltar para casa sem conseguir por um e outro motivo, por último, a crise de arritmia. O cansado coração se recusando a deixar a bendita terra e todo aconchego da casa de Dalva. E apesar da estadia esticada, não sobra tempo, em minha calma aventura, para as tempestuosas de Joseph Conrad.

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l SAÚDE & BEM-ESTAR ..........................................62 a 89

l AUTO & CIA .......................................................140 a 143

l GASTRONOMIA ....................................................90 a 97

TRIBUNA DO LEITOR ............................................144 a 145

l FESTAS .................................................................98 a 102

TÁBUA DAS MARÉS / FASES DA LUA ..............................147

l FACILIDADES & SERVIÇOS ................................104 a 140

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ACADEMIA

ACADEMIA

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ACADEMIA

ACADEMIA INFANTIL

ACUPUNTURA

ACUPUNTURA

ACUPUNTURA

ANGIOLOGIA

ACUPUNTURA

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ANGIOLOGIA

ANGIOLOGIA

ANGIOLOGIA

CARDIOLOGIA

Vilas Magazine

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APARELHOS AUDITIVOS


CARDIOLOGIA

CARDIOLOGIA

CLÍNICA

CLÍNICA

CLÍNICA

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CLÍNICA

CLÍNICA

CLÍNICA

CLÍNICA GERAL

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CLÍNICA MÉDICA

CLÍNICA MÉDICA

DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

ENDOCRINOLOGIA

ENDOCRINOLOGIA

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ESPAÇO TERAPÊUTICO

ESPAÇO TERAPÊUTICO

ESTÉTICA

ESTÉTICA

ESTÉTICA

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ESTÉTICA

ESTÉTICA

ESTÉTICA

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ESTÉTICA

ESTÉTICA

ESTÉTICA

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ESTÉTICA

ESTÉTICA

FARMÁCIA

FARMÁCIA

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FARMテ,IA

FARMテ,IA

FARMテ,IA

FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA

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FISIOTERAPIA

E-mail: gisellifisio@yahoo.com.br

FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA

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FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA DOMICILIAR

FONOAUDIOLOGIA

GASTROENTEROLOGIA

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GERIATRIA

GERIATRIA

HOMEOPATIA

LABORATÓRIO

MASSOTERAPIA

MATERIAL HOSPITALAR

MEDITAÇÃO

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NUTRIÇÃO

NUTRIÇÃO

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

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ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

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ODONTOLOGIA

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ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

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ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

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OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

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OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

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OFTALMOLOGIA

ONCOLOGIA

OTORRINO

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OTORRINO

OTORRINO

OTORRINO

PRINCIPAS EXAMES Video Endoscopia Nasal | Video Faringolaringoscopia | Video Endoscopia Naso-faríngea Para Avaliação Da Deglutição | Audiometria Tonal, Audiometria Vocal | Srt | Imitância Acústica Ou Impedanciometria | Otoemissões Acústicas Ou "Teste Da Orelhinha" Tipo Produtos De Distorção | Vectoeletronistagmografia | Fonoterapia

CORPO CLÍNICO QUALIFICADO Drª Karina Rebello Brandão Villas-Bôas, CRM 12804-BA - Diretora Médica Drª Lislane Dias, CRM 17063-BA Drª Luciana dos Reis Mascarenhas, CRM 13227-BA Dr. Carlos Roberto Ribeiro Navarro, CRM 14563-BA

R O MELHOA U PARA S M SAÚDEEFRE EITAS LAURO D

ATENDIMENTO OTORRINOLARINGOLÓGICO

OBS: Todos os médicos fazem parte da unidade de otorrino do Hospital Santa Izabel

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3369-3490 713379-7071

www.otorrinocare.com.br

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Avenida Luís Tarquinio 2580 Villas Trade Center, bloco 04 , sala 207 LAURO DE FREITAS


PEDIATRIA

PEDIATRIA

PEDIATRIA

PILATES

PLANOS DE SAÚDE

SEGUROS

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PRODUTOS NATURAIS

PRODUTOS NATURAIS

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

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PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

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PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOTERAPIA

PSICOTERAPIA

PSIQUIATRIA

PSICOTERAPIA

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PSIQUIATRIA

TERAPIA

TERAPIA

UROLOGIA

ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. A revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine

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Festa do arroz

O

Arroz biro-biro

Não é em vão que os grãos branquinhos fazem parte das principais refeições dos brasileiros. O alimento rico em carboidratos dá energia

arroz, acompanhado do feijão, quase nunca falta na mesa da família brasileira. Não é à toa. Nas tarefas do dia a dia, é vital ter vigor, e, na composição do famoso arroz com feijão, os grãos pequenos e brancos são um grande fornecedor de energia. ‘O arroz é uma importante fonte de carboidratos, que devem representar de 45 a 65% do valor calórico total ingerido em um dia. Portanto, esse alimento colabora para prover parte desses nutrientes’, explica Roberta Stella, nutricionista chefe do site Dieta e Saúde. A profissional explica que o carboidrato, principal propriedade do arroz, dá energia para que o corpo possa realizar atividades vitais, como batimentos cardíacos, respiração e contração muscular. ‘Uma alimentação com baixa quantidade do nutriente pode trazer a sensação de sonolência, dificuldade de concentração, baixo rendimento’, acrescenta Roberta. A versão integral oferece ainda mais benefícios. ‘Já que passa por um menor processo de refinamento, o alimento integral contém mais fibras, vitaminas e minerais’, afirma a nutricionista. Para quem foge dos carboidratos temendo o ganho de peso, Roberta ressalta que o arroz não é prejudicial à saúde. ‘Entretanto, de acordo com o modo de preparo, é possível aumentar consideravelmente a quantidade de calorias, além de adicionar gorduras e colesterol ao alimento. Isso acontece, por exemplo, quando há o acréscimo de bacon, linguiças, queijo, presunto.’ O ideal é consumir o arroz cozido e preparado com o mínimo possível de óleo. ‘Acrescentar legumes como brócolis ou leguminosas [ervilha e grão de bico] aumenta a qualidade e o valor nutricional’, diz Roberta. A seguir, duas receitas com o ingrediente. Confira. Jaqueline Mendes / Folhapress.

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Ingredientes 2 xícaras (chá) de arroz cozido; 1 cebola média picada; 2 xícaras (chá) de linguiça toscana; 4 colheres (sopa) de óleo de milho; 3 ovos; 1 xícara (chá) de batata palha; Salsinha e sal a gosto. Modo de preparo Pique a linguiça e distribua-a em uma assadeira. Leve ao forno Foto: Divulgação / Crédito da receita: Restaurante Pobre Juan


Foto: Divulgação / Crédito da receita: chef Paulo G. Neves

com a cebola já refogada em duas colheres de óleo e deixe que fiquem bem sequinhas. Mexa de vez em quando. Em uma panela, coloque duas colheres de óleo e faça os ovos bem mexidos. Se necessário, bata-os depois com uma colher para diminuir seu tamanho. Misture no arroz cozido a linguiça e os ovos. Coloque a batata palha e a salsa na finalização

Arroz de forno Ingredientes 300 g de arroz cozido; 80 g de presunto cortado em cubinhos; 80 g de milho verde; 80 g de ervilha; 1 ovo; 80 g de parmesão; 80 ml de creme de leite; 80 g de mozarela; Sal grosso moído na hora; Pimenta-do-reino moída na hora.

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Modo de preparo Em uma tigela de inox, misture o arroz, o presunto, o milho verde, a ervilha, o creme de leite e a mozarela. Em seguida, adicione o ovo. Misture. Coloque em um refratário, salpique o parmesão por cima e leve ao forno preaquecido a 170ºC por meia hora até dourar


AÇOUGUE

ALIMENTOS CONGELADOS

ALIMENTOS CONGELADOS

CESTAS DE CAFÉ

BOUTIQUE DE BOLO

CULINÁRIA ESPANHOLA

Paellas Cocina Imperial Delivery

3369 1985 8876 4222 9220 4222

www.cocinaimperial.com.br

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CULINÁRIA ORIENTAL

CULINÁRIA ORIENTAL

DOCES & SALGADOS

DOCES & SALGADOS

DOCES & SALGADOS

DELIVERY 071 3379 - 4477 Av. Praia de Itapoan - Vilas do Atlântico

DOCES & SALGADOS

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EMPADAS

LANCHES

LANCHES

LANCHONETE

PIZZARIA

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PIZZARIA

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PIZZARIA

PIZZARIA

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RESTAURANTE

RESTAURANTE

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RESTAURANTE

RESTAURANTE

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ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE MATERIAL

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

Vilas Magazine

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AlUGUEl DE MÓVEiS

AlUGUEl DE ROUPAS

AlUGUEl DE ROUPAS

ANiMAÇÃO

ANiMAÇÃO

ARTiGOS PARA FESTAS

ANiMAÇÃO / DJ

BOlOS & TORTAS

BRiNDES

BUFFET

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BUFFET


BUFFET

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BUFFET

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DJ

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DJ

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ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

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ESPAÇO PARA EVENTOS

GARÇOM

GARÇOM

MESAS & CADEIRAS

Tratamento conservador da osteoporose do joelho ... / vinícius aleluia. Continuação da página 40. As opções de tratamento conservador incluem medidas não farmacológicas: perda de peso, fisioterapia, atividades e esportes que determinem menor impacto nos joelhos, porém proporcionem fortalecimento muscular, em especial da musculatura da coxa (bicicleta, pilates, natação, hidroterapia, hidroginástica, dentre outras). Existem também as opções de terapia alternativa como homeopatia, acupuntura e medicamentos fitoterápicos. Outra opção é o uso de medicações orais: analgésicos, aintiinflamatórios não hormonais, corticóides, medicações condroprotetoras (sulfato de condroitina e glicosamina), extrato insaponificável de soja e de abacate e diacereína. Outra modalidade de tratamento conservador consiste nas injeções intra-articulares que podem ser à base de corticoides ou de ácido hialurônico (viscosuplementação), sendo esta última uma modalidade relativamente nova para o tratamento da osteoartrose. O uso intra-articular de corticóides é uma terapêutica que tem o principal benefício associado a um alívio imediato da dor e da inflamação causada pela artrose, destacandose uma ação de até quatro semanas após sua

aplicação. Há, no entanto, uma preocupação em relação à toxicidade dos corticoides para com os condrócticos (células da cartilagem), porém existem evidências de segurança suficiente para o seu uso. A viscosuplementação consiste na injeção intra-articular de ácido hialurônico. Está indicada para tratamento da osteoartrose, melhora da função e regeneração da cartilagem articular e após artroscopia do joelho. Tem o objetivo de restaurar as propiedades do líquido sinovial (líquido normalmente presente nas articulações do corpo humano) objetivando-se melhora dos efeitos mecânicos, melhora da dor e buscandose efeito anti-inflamatório e de proteção da cartilagem articular. Mecanicamente, o ácido hialurônico atua melhorando a distribuição de forças e diminuindo a pressão na articulação do joelho. Sua presença estimula maior produção de ácido hialurônico pelas sinoviócitos (células presentes nas articulações). Também atua bioquimicamente, diminuindo os impulsos nervosos e a sensibilidade nas terminações nervosas, o que teoricamente implica em melhora da dor do paciente. A aplicação articular pode ser de três amVilas Magazine

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polas simultâneas em cada joelho ou de uma ampola por joelho, por semana a depender do tipo de ácido hialurônico que esteja sendo utilizado. Estudos mostram que os benefícios da viscosuplementação se iniciam a partir da 4ª ou 5ª semanas após a infiltração e podem perdurar por seis meses e até um ano após a aplicação. Sabe-se que os pacientes que mais se beneficiarão desta modalidade terapêutica são aqueles com doença em estágio inicial. Efeitos adversos podem acontecer em 4,2 % dos pacientes, os quais podem apresentar inchaço, dor, calor e vermelhidão local. Estas manifestações podem ser resolvidas com repouso, gelo, elevação do membro e uso de anti-inflamatórios. Estudos observaram efeito estrutural benéfico da viscosuplementação e biópsias realizadas seis meses após a injeção articular do ácido hialurônico mostraram reconstituição da camada superficial da cartilagem articular. Foi observada também diminuição da perda de espaço articular um ano após o procedimento. Economicamente, estudos têm demonstrado que, quando adicionada ao tratamento da osteoartrose dos joelhos, a viscosuplementação apresenta boa relação


MESAS & CADEIRAS

MESAS & CADEIRAS

MÚSICA AO VIVO

ROSKAS

PERSONALIZAÇÃO

de custo e efetividade, sendo inclusive capaz de retardar a necessidade de uma cirurgia de prótese total de joelho. O paciente deve ser parceiro do médico e deve entender as características da doença e a importância da adesão ao tratamento. A patologia não tem cura, mas pode ser controlada com o uso de medicações, atividades físicas, fisioterapia e perda de peso. A viscosuplementação é uma opção custoefetiva que pode melhorar os resultados do tratamento da osteoartrose, além de ser um procedimento ambulatorial, de baixa complexidade e que apresenta baixos riscos. Vinícius Aleluia é ortopedista, com especialização em cirurgia do joelho (CRM-BA 19836).

Atividade física auxilia na prevenção e no tra­ta­mento do câncer / RENATA CANGUSSÚ. Continuação da página 42. A chance de recorrência e morte em pacientes com câncer de intestino pode ser reduzido cerca de 50% com quantidade significativa de atividade física. A possibilidade de morte por câncer de próstata chega a diminuir em 30%. Enfim, o câncer ainda é uma das doenças mais temidas e é um grande desafio para nós médicos, mas uma parte significativa desses problemas pode ser evitada através de modificações no estilo de vida. Embora a relação entre atividade física e câncer não esteja definitivamente Vilas Magazine

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esclarecida, os dados obtidos até aqui são tão contundentes que todas as pessoas devem ser motivadas a se exercitarem com regularidade. Sabemos que mudar estilo de vida às vezes não é facil, exige disciplina e perseverança. Porém, os ganhos na saúde física e mental, assim com melhora da qualidade de vida são imensuráveis. Renata Cangussú é oncologista (Cremeb 15149).


ADM. DE CONDOMÍNIO

ADM. DE CONDOMÍNIO

ADVOGADOS

ADVOGADOS

ADVOGADOS

ADVOGADOS

ADVOGADOS

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AGÊNCIA DE VIAGENS

ÁGUA

ÁGUA / PURIFICAÇÃO

ANDAIMES

ANDAIMES

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ALUGUEL DE MÁQUINAS


ANDAIMES

ANTENAS

ANDAIMES

ANTENAS

ANTENAS

ANTENAS

ANTENAS

AR CONDICIONADO

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AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO

ARQUITETURA

AR CONDICIONADO

(71) 3289-5652 / 3026-7189 (71) 9183-0413 contato@astresarquitetura.com.br www.astresarquitetura.com.br

Av. Luiz TarquĂ­nio Pontes 2580 Edf. Vilas Master Empresarial - BL. 4 - Salas 708/709 - Lauro de Freitas - Ba

ARQUITETURA

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ARQUITETURA

ARQUITETURA

ARTESANATOS

ARTESANATOS

ARTESANATOS

ARTIGOS ESPORTIVOS

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

ATELIÊ

AULAS / CURSOS

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AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

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AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

BORDADOS

AUTO ESCOLA

BRINDES

CAMISETAS

CELULARES

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CARRETO

CHAVEIROS

CHAVEIROS

COLCHÕES

COLCHÕES

COMUNICAÇÃO

COMUNICAÇÃO VISUAL

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONTABILIDADE

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CORTINAS

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CORTINAS

CORTINAS

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CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS & PERSIANAS

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DECORAÇÃO

DESIGNER DE INTERIORES

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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DESINSETIZAÇÃO

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DESINSETIZAÇÃO

DIVISÓRIAS

DIVISÓRIAS

DIVISÓRIAS

ELETRICISTA

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EMBALAGENS

ENERGIA RENOVÁVEL

ENTULHOS & PODAS

ENTULHOS & PODAS

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ENTULHOS & PODAS

ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA / FACULDADE

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ESCOLA DE FUTEBOL

ESCOLA DE FUTEBOL

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESCOLA DE MÚSICA

ESPIRITUALIDADE

ESTOFADOS

ESTOFADOS

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ESTOFADOS

FARDAMENTOS

ESTOFADOS

FLORICULTURA

FOGÕES

FORROS

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FORROS

FOTOGRAFIA

FOTOGRAFIA

FOTOGRAFIA

GÁS

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GÁS

GESSO

GRÁFICA

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GRÁFICA

HORTO

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IMÓVEIS

INFORMÁTICA

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INFORMÁTICA

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INFORMÁTICA


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INFORMÁTICA

LAVAGEM DE TANQUE

LAVANDERIA

LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

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LIMPA FOSSA

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LIMPA FOSSA

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LIMPEZA

MADEIRA TRATADA

Preserve a Natureza, Use Eucalipto Tratado! USINA DE TRATAMENTO DE MADEIRA

Eucalipto e Pinus Tratados para: Pilares, Vigas,Caibros e Ripas; Madeira para telhado e Telhas de Madeira; Chuveirões, Portões, Escadas; Decks, Assoalhos e Forro de PinusTratado; Toquinhos e Dormentes para paisagismo; Estacas para Cerca. Estrada do Coco Km 14,5 - após o pedágio - Vila de Abrantes,Camaçari - Bahia Tel: (71) 3623-8750 - E-mail: cm@venturoli.com.br

MADEIRA TRATADA

MADEIREIRA

MADEIREIRA

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MADEIREIRA

MÁQUINA DE COSTURA

MÁRMORES

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

MAT. DE CONSTRUÇÃO

MATERIAL DE LIMPEZA

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MODA

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MODA INFANTIL

MODA INFANTIL

MOLDURAS

MÓVEIS

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

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MÓVEIS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

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MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

PAISAGISMO

PAPEL DE PAREDE

PAPEL DE PAREDE

PÁTINA

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PELÍCULA

PERSIANAS

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PERSIANAS

PERSIANAS

PET SHOP

PET SHOP

PISCINAS

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PISCINAS

REDES DE PROTEÇÃO

REDES DE PROTEÇÃO

SALÃO DE BELEZA

REFORMAS

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

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SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SERVIÇOS

SERVIÇOS GERAIS

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SITE

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TARÔ

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TÁXI

TÁXI

TELAS

TELAS MOSQUETEIRAS

TELAS MOSQUETEIRAS

TINTURARIA

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TOLDOS


TOLDOS

TOLDOS

TOLDOS

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

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VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

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VIDRAÇARIA

A

o comprar um carro, o brasileiro está mais preocupado com a atuação do vendedor, o prazo de entrega e a facilidade de pagamento. Os dados vêm de um estudo feito pelo instituto J.D. Power do Brasil, que mede a satisfação dos consumidores. Entretanto, o custo de manutenção não foi citado como fator de compra, embora seja relevante. De acordo com um estudo realizado em parceria pelo jornal Folha de São Paulo com a ProTeste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor) manter um veículo considerado popular pode custar mais de R$ 800 ao mês. A pesquisa considerou os gastos nas cidades de São Paulo e do Rio de Janeiro. Foram avaliados fatores como depreciação, seguro e impostosao longo de três anos. No fim desse período, o gasto equivale ao preço de um carro novo de categoria similar. Os dez carros mais vendidos no primeiro semestre foram incluídos na lista. A conta considerou que os modelos rodam, em média, 15 mil quilômetros por ano. Se o carro for financiado, o consumidor deverá acrescentar os gastos com o parcelamento. Assim será possível ter uma noção do impacto dessas despesas no orçamento.

Quanto custa?

Ze Carlos Barretta/Folhapress

Levantamento mostra que gastos com carro nos três primeiros anos de uso podem superar seu preço quando novo FATORES RACIONAIS De acordo com o levantamento, o valor gasto em três anos para se manter um Hyundai HB20 1.0 é de R$ 32 mil. Hoje, um modelo zero-quilômetro do mesmo carro é vendido por R$ 34,8 mil. Os valores não assustaram o designer Lucas Astolfi Luz, 26. “O custo foi extremamente importante na minha decisão. Considero-me um comprador passional, porém, na minha atual situação, os fatores racionais têm mais peso. O valor gasto mensalmente com o HB20 é alto, mas acredito que ele também varie de acordo com a quilometragem e o tipo de uso do carro”, diz o designer. Antes de comprar o carro, Lucas pesquisou diversos fatores. “Comparei vários u modelos e, após diversas pesquisas Vilas Magazine

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Lucas Astolfi Luz, 26, dono de um Hyundai HB20 1.0. Levantamento mostra que gastos com carro nos três primeiros anos de uso podem superar seu preço quando novo


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Pneus, Freios, Injeção, Suspensão, Alinhamento, Troca de óleo, Escapamento, Ar Condicionado

Baterias entrega e instalação

Estrada do Coco, Km 4,5 - Lauro de Freitas - Ba

w w w. p r i n ce s a d a s b ate r i a s. co m . b r

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sobre consumo e valor do seguro, por exemplo, considerei que o Hyundai me atenderia melhor em itens como conforto e estética”, conclui.

Comprador está mais racional, diz pesquisa Para Jon Sederstrom, diretor da J.D. Power brasileira, o perfil passional do consumidor local está mudando. “Quando vai para a concessionária, o brasileiro é prático. E muito se diz sobre a compra do carro ser emocional, mas o que vimos em nossa pesquisa é que o cliente está cada vez mais racional”, diz o executivo. Ele também afirma que, mes-

mo quando o consumidor não pondera o custo para se manter o carro, essa variável é fundamental após a compra. “Nosso estudo mostrou que 42% da satisfação do cliente está justamente ligada ao valor gasto durante seu período com o veículo”. Rodrigo Lara / Folhapress.

ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. A revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine

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TRIBUNA DO LEITOR Trânsito difícil no Miragem

Outra vítima da ‘gang de vigaristas’

Moradores do Miragem estão reféns do Colégio SartreCOC. Nos horários de entrada e saída dos alunos dos dois turnos, estamos, praticamente, impedidos de utilizar a via pública. E o pior se aproxima, quando os outros dois novos prédios forem inaugurados. Sei da importância da unidades de ensino para o desenvolvimento da nossa região mas, tudo deve ser aprovado e executado sem prejudicar os moradores que, quer queiram quer não, dão o suporte para a existência das escolas. Não consigo entender como a prefeitura (gestão anterior) não exigiu a abertura de ruas como contra-partida do alvará. Estou confiante que o novo prefeito possa dar uma solução antes da liberação do habite-se desses novos prédios. Não sou especialista em trânsito, mas existem soluções que podem ser analisadas pelos experts: 1ª) Derrubada de um muro que existe no final da Rua Ana C. B. Dias, que libera o acesso à Vilas do Atlântico. Com isso, existirá mais uma opção de tráfego. 2ª) Abrir uma terceira pista na Rua Ana C. Dias, indo até a Priscila Dutra. 3ª) Nos horários de pico, transformar a Rua Ana C. B. Dias, em mão única. A implementação de uma dessas soluções, pode ser custeada pelo Colégio SartreCoc, como contra-partida à comunidade. Aguardo uma solução da prefeitura para esse grave problema, que afeta aos moradores e aos pais de alunos. Pedro Dantas.

Prezado senhores, Lendo a edição de setembro da revista Vilas Magazine deparei-me com a reclamação da leitora Milene Castelo Branco sobre a empresa Toldos Taurus. Nela, pude ver que não tinha sido eu o único enganado por esta “gang de vigaristas”. Em 31 de maio, eu e minha mulher, mudamo-nos do Rio de Janeiro para Lauro de Freitas. Sem conhecer as empresas locais e necessitando de alguns serviços na casa que viemos morar, foi-nos recomendado, como a melhor referência, consultar a Vilas Magazine para conseguirmos boas empresas e bons profissionais, e assim o fizemos. Lamentavelmente, escolhemos a Toldos Taurus. No dia 7 de junho, esteve em nossa residência o representante da empresa, de nome João Ricardo, com quem acordamos o serviço de colocação de uma cobertura de policarbonato, medindo 3,30m x 4,40m, no valor de R$3.200,00 a serem pagos em quatro parcelas no cartão de crédito. No dia 9 de junho, dois dias depois, o dito proprietário da empresa, Alexandre Bruno Araújo Silva, trouxe o contrato assinado, mas sem firma reconhecida (erramos em aceitá-lo) e a máquina para passar o cartão de crédito, dando um prazo de 15 dias para a realização do serviço. A partir dos 15 dias, com o não cumprimento do contrato, começou a nossa penitência, semelhante à narrada pela senhora Milene. Finalmente em agosto eles colocaram a cobertura, ficando faltando alguns acabamentos, que até hoje não vieram colocar, além de diversos pontos apresentando goteiras. Depois de diversas reclamações e ouvindo promessas e agendamentos de que viriam resolver os problemas pendentes, hoje, eles além de não honrarem a palavra de comparecerem para terminar o serviço, já não atendem mais os nossos telefonemas. Lamentamos profundamente termos sido mais uma vítima dos golpes desta firma. Infelizmente sabemos que se entrarmos na Justiça contra esta empresa, o processo vai levar pelo menos dois anos para ser julgado, e aí até lá fico como, com as goteiras? Concordo quando vocês dizem que não têm com referendar, acompanhar e assegurar a qualidade dos serviços anunciados, como também o procedimento dos fornecedores, porém, antes de anunciar profissionais deveriam fazer uma averiguação quanto à confiabilidade e credibilidade das firmas anunciadas. Sei que muitas vezes pessoas sem escrúpulos conseguem enganar aqueles de boa fé, razão pela qual devemos aplicar rígidos procedimentos de avaliação antes de aceitarmos os anunciantes. Devemos manter a confiança de todos, sempre. Destaco que contratei outras empresas anunciadas e não tivemos problemas, apenas, em casos isolados, o não cumprimento do prazo prometido. Mas como comentam que isso aqui é comum, relevei. Que belo cartão de visitas recebemos na nossa chegada à Bahia. Carlos Eduardo Genton.

Motociclistas imprudentes Sou mãe de aluno e, por isso, tenho a obrigação de buscar meios que possibilitem ajudar minimizar os riscos que correm diariamente os alunos do Colégio Acadêmico, situado na Av. Luiz Tarquínio. Na sexta-feira, 6/9, um aluno ao sair do colégio, por volta das 12h, 12h30, foi atropelado por uma motocicleta que não parou na faixa de pedestre na qual o aluno tenta-

va atravessar, ferindo-o gravemente. Desde então, segue internado na UTI do hospital, com traumatismo craniano. Ocorre que não se trata de uma simples ocorrência, pois, habitualmente acontecem acidentes semelhantes no local, justamente no momento em que os alunos são deixados ou apanhados. Os motociclistas, não param ao perceber que um veículo para dando passagem para pedestre ou a outros carros, ocasionando acidentes, expondo, incluisive, quem com eles trafegam.

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Profundamente consternada, procurei a direção da escola para saber sobre o estado do aluno e de sua família, para levar algum apoio e fui informada que todos na instituição estão igualmente muito abalados e rezando pelo menino. Disseram-me, também, que há muito o colégio vem solicitando a prefeitura para que instalem no local, quebra-molas, com o objetivo de assegurar aos alunos alguma segurança na travessia. Peço a colaboração da revista

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Vilas Magazine no sentido de enviar um representante ao colégio para comprovação dos fatos ora relatados e colher maiores informações, com o objetivo de divulgar o problema e sensibilizar o poder público local a cumprir a sua parte na preservação de vidas. Jussira Teixeira, mãe de alunos.

Nossa cidade A cada edição a revista Vilas Magazine vem apresentando excelente evolução. A de setembro, a meu ver, trouxe um conteúdo de artigos de muita qualidade, primeiro no editorial, com um estrutura dinâmica informando situações que somente um redator chefe as possui e pode divulgar aos seus eleitores. Depois nos temas abordados, voltados para orientar e elucidar dúvidas dos leitores, de suma importância para quem hoje utiliza a revista como referência para inúmeras consultas, facilitando sobremodo a vida dos seus eleitores. Sobre um dos artigos daquela edição, no qual o autor fala que o município pontua acima da média no índice de bem-estar urbano da Região Metropolitana de Salvador, nos deixa como cidadãos laurofreitenses bastante felizes, mas no meu caso particular com algumas dúvidas, uma delas no quesito mobilidade urbana, que entendo bastante prejudicada nos dias de hoje. Cito como exemplo Vilas do Atlântico, Miragem e outros loteamentos totalmente desfigurados na sua essência e projeto, pela permissividade das diversas autoridades do município, que ao longo dos anos e gestões, fizeram vistas grossas, permitindo que atividades comerciais e de serviços, transformassem suas ruas, destinadas exclusivamente para habitação, em instalações de shoppings, lojas comerciais, escolas, academias, etc., utilizando lugares inadequados sem estacionamentos e que hoje provocam um caos total no trânsito. A outra dúvida é como não fazer parte desta análise, os índices de violência que sem sombra de dúvidas é qualidade fundamental de vida e de bem-estar, onde Lauro de Freitas ostenta o desonroso terceiro (3)º lugar de mais violento entre os municípios do estado, com certeza estes índices deveriam servir de reflexões, principalmente pelas autoridades que comandam a sua política. Falando do que é bom, li


com um pouco de inveja e não tenho vergonha de afirmar isso, as oportunidades de novos empregos previstos para o município vizinho Camaçari, que trabalha voltado para a continuidade da sua vocação industrial. Nossos dirigentes deveriam engendrar esforços também neste sentido, para tornarem o nosso município inserido neste vetor de crescimento gerador de emprego e renda. Aqui existe com certeza uma vocação industrial adormecida, senão o seu comércio não seria tão forte, e se

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL - FASE III OPERAÇÃO

não for para indústria automotiva, que exige áreas enormes e Lauro de Freitas tem suas limitações, que seja para outros segmentos, a exemplo de um distrito industrial para a fabricação de eletro-eletrônicos, que o município comprova viabilidade, porque utiliza como fornecedor dos componentes o aeroporto, estamos ao lado dele e não exige grandes áreas, precisa portanto simplesmente vontade política. Edson de M. Biscaia.

BBRA INDÚSTRIA DE PLÁSTICO LTDA A bbra indústria de plásticos ltda, cnpj nº 11.173.631/0001-29 torna público que está requerendo a Secretária de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos – smarh a Licença Ambiental Fase III (Funcionamento), para fabricação de embalagens e brinquedos plásticos, localizada na rua Djanira Maria Bastos, nº 1000, Caji, lote Vida-Nova, Lauro de Freitas/BA.

Serviço público exemplar Como cidadãos, nosso comportamento mais habitual é de crítica e vigilância aos poderes públicos. Tal é saudável e necessário, para alcance de contínua melhoria do Estado. Mas também o reconhecimento é oportuno e bem vindo. Pois estimula e valoriza as ações que já são desempenhadas de modo eficaz, por servidores e empregados públicos. E quase no anonimato, muitas vezes. Nosso exemplo prático, hoje vivenciado, às 8 horas: por morte natural e idade, perdi um cão de grande porte, já enfermo há semanas. E meu desejo era livrar-me do corpo do animal, dentro dos padrões recomendáveis de saúde pública. Liguei para o Centro de Zoonose do município, que já tinha me auxiliado em outra oportunidade, cerca de sete anos atrás. Me encaminharam à SESP – Secretaria de Serviços Públicos. Fiz nova ligação, esclareci o assunto, abriram uma ficha e forneceram-me número de protocolo, com recomendação de aguardar contato em próximas horas. Cerca de 90 minutos depois, recebo a visita de dois profissionais, educados, trajados adequadamente e protegidos com vestimenta, luva e avental, etc., em um veículo específico para recolhimento de lixo hospitalar e casos semelhantes. Ou seja, serviço público do município executado de modo civilizado, ágil, eficiente e gratuito. Como desejamos e merecemos. Evandro Cordeiro de Lima. Vilas do Atlântico.

Luiz Roseghini Representante Legal

SMARH Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos

POLÍTICA AMBIENTAL BBRA INDÚSTRIA DE PLÁSTICOS LTDA. C.N.P.J Nº 11.173.631/0001-29

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL - FASE III OPERAÇÃO

Terá como objetivo manter total comprometimento com a melhoria contínua das ações voltadas para a saúde, segurança e meio ambiente, como segue: l Seguir com estrito respeito à Legislação ambiental vigente, aos regulamentos, padrões, normas e procedimentos voltados para a saúde, segurança e meio ambiente, assegurando otimização operacional que permitam a reeducação dos efeitos ambientais adversos; l Apoiar e incentivar ações voltadas para o controle e reeducação da geração de despejos industriais (sólidos, líquidos e gasosos), através da aplicação de Programas de Controle na Fonte; l Executar Projetos industriais (implantação e operação) visando sempre a proteção do meio ambiente, da saúde e segurança do trabalhador e das comunidades vizinhas; l Desenvolver e fabricar produtos que possam ser manufaturados, distribuídos, utilizados ou dispostos de maneira segura para os usuários, comunidade e meio ambiente; l Manter permanente diálogo com as partes interessadas – empregados, fornecedores, comunidades vizinhas, clientes, órgãos de controle ambiental e o público em geral, com o comprometimento de abertura nas discussões de práticas de segurança, saúde e meio ambiente. A Direção

JAUENSE DO NORDESTE EMBALAGENS LTDA. A Jauense do Nordeste Embalagens Ltda, CNPJ 04.532.241/0001-32 torna público que está requerendo a Secretária de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos – smarh a Licença Ambiental Fase III (Funcionamento), para fabricação de embalagens personalisadas em papel cartão e micro ondulado, localizada na Rua Gerino de Souza Filho nº 3731, Bairro Caji, Lauro de Freitas/BA. Marcos Antonio Cavalheiro Representante Legal

SMARH Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos Vilas Magazine

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JAIME DE MOURA FERREIRA Exclusivo para a Vilas Magazine

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Idosos no Brasil

número de idosos no Brasil atingiu a 14,9 milhões, conforme informação do IBGE, em 2013, representando 7,4% da população total. Considera-se idoso, de acordo com a OMS (Organização Mundial de Saúde) aquela pessoa que completou 60 anos. Estima-se para o ano de 2020 essa população chegue a 32 milhões, ou seja, 15% da população geral, colocando o Brasil na sexta posição mundial de idosos. Para um país em desenvolvimento essa situação é complicada; para o Brasil torna-se crítica. Primeiramente, necessário se torna resolver a equação social entre a previdência pública e as condições de vida do aposentado idoso. Em 2012, o déficit da Previdência Social foi de R$42,3 bilhões, 9% maior que em 2011. Esse pagamento de benefícios, em 2012, correspondeu a 7% do PIB (Produto Interno do Brasil) e tende a crescer, com o envelhecimento da população. A expectativa de vida do brasileiro chegou a 68,6 anos e estimase para 2020 atingir a 70,3 anos. Esse aumento decorreu do avanço tecnológico no campo da saúde e redução da taxa de natalidade, atualmente 1,77 filhos, por mulher. Esses números deveriam ser motivo para o despertar de uma nova consciência nos brasileiros, ou seja, a identificação do verdadeiro papel do idoso, numa sociedade em transição socioeconômica, extirpando-se, de uma vez por todo, o pensamento de significativa parcela da sociedade, que entende o idoso como um debilitado, doente, um fardo e, consequentemente, um excluído. Tomemos o exemplo da cultura oriental. Onde o idoso representa o arquivo vivo da sabedoria, da experiência e o conselheiro maior, ouvido e respeitado, pelas novas gerações. Podemos ainda copiar um pouco dos idosos americanos do norte, europeus e canadenses, que, ao atingir a terceira idade, passam a “curtir” suas vidas, não importa o valor de seus patrimônios, de maneira livre e independente, mostrando que o entusiasmo e a alegria de viver não é mercadoria que se compra em supermercado, mas uma força divina que existe dentro de cada pessoa. Evidente que, para os nossos idosos chegarem ao modelo oriental, americano do norte e europeu é necessário uma profunda mudança cultural e estrutural no Brasil, que exigirá da sociedade, como um todo, inclusive dos próprios idosos, o respeito ao ser humano; o reconhecimento e valorização de competências; a mudança de posturas, atitudes e valores éticos; e o exercício da

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generosidade, solidariedade e compreensão coletiva. Afinal de contas, o ser humano, quando atinge a “idade da prata”, deseja e tem direito a exibir sua dignidade e cidadania. O que não pode continuar, para os idosos: l Falta de políticas públicas e privadas para treinamento, capacitação, desenvolvimento pessoal e oportunidades de ocupação; l Pouca qualidade na saúde pública e planos de saúde negando cobertura, em diversos procedimentos; l Inexistência de farmácias públicas para atender suas diversas necessidades; l Falta de espaços públicos para congregação e entretenimentos; l Cumprimento rigoroso das leis existentes, quanto aos maus tratos e melhores condições de mobilidade urbana; l Pouca generosidade e compreensão, pelo menos, dos parentes e amigos para com os procedimentos dos idosos. É evidente que entre os idosos vamos encontrar os “turrões”, os insatisfeitos, os pessimistas e os acomodados com a situação de debilidade. Temos que entender, pelo menos no início, que essa, também, é uma situação cultural. Por outro lado, espera-se que os idosos venham entender e aceitar suas respectivas idades e situações, buscando viver a vida momentânea, que a idade lhes oferece, e procurarem exibir dignidade, além de se orgulharem dos seus cabelos prateados. Para tanto, deverão: l Participar de associações e grupos sociais para oferecerem seus serviços à comunidade; l Contar histórias, piadas e promover brincadeiras e viagens, junto ao seu grupo; l Orientar seus netos, bem como aos jovens de sua comunidade, sobre princípios éticos, valores morais e espirituais; l Se for o caso, escrever autobiografia, romances, poesias e histórias diversas; l Fazer ou participar de palestras, dando depoimentos de sua história; l Fazer ou ensinar trabalhos de pintura, artesanatos, culinária, jardinagem, etc.; l Realizar trabalhos profissionais, dentro de suas condições e competências; l Participar de danças de salão, coral, teatro, samba de roda, etc.; Acredito que a mudança de cultura, em nosso País, em relação aos idosos, é uma questão de começar e enfrentar muito trabalho e preconceitos arraigados. Porém, para se atingir a um quilômetro, tem-se que dar o primeiro passo. Minha parte já estou fazendo, até porque também sou idoso, com muito orgulho. Jaime de Moura Ferreira é administrador, consultor organizacional, professor universitário e escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas e coordenador do Meio Ambiente e Relações Empresariais da SALVA – Sociedade dos Amigos de Vilas do Atlântico.

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