Vilas Magazine | Ed 180 | Janeiro de 2014 | 32 mil exemplares

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RETROSPECTIVA 2013: O ANO PELAS PÁGINAS DA VM R

A Revista de Lauro de Freitas e Região

Ano 15 Edição 180 | Janeiro de 2014 32.000 exemplares

CONTRA QUIOSQUES EM VILAS

ORLA QUER SER ZONA COMERCIAL


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EDITORIAL

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Compromisso com a cidade entra no 16º ano

Vilas Magazine inicia no próximo mês, o seu 16º ano de circulação ininterrupta, com uma tiragem de 32 mil exemplares, auditada pela PriceWaterhouseCoopers. Das doze páginas do número 1, editado em janeiro de 1999, às 164 páginas da edição 179, que foi às ruas em dezembro, vai toda uma crônica da vida em Lauro de Freitas. A Vilas Magazine nasceu como guia de serviços e produtos dirigido à comunidade de Vilas do Atlântico, mas cresceu

para se transformar no veículo de comunicação por excelência de todo o município, com crescente conteúdo de jornalismo. Ao lado dos já tradicionais artigos voltados para a qualidade de vida, como saúde e beleza, a Vilas Magazine ofereceu ao longo dos anos, inúmeras reportagens exclusivas, privilegiando sempre os fatos da vida local, muitas vezes por estar sozinha na praça. A mídia de Salvador simplesmente não olha para este lado – ou quando olha é por meio dos boletins de ocorrência da polícia. Quem acompanhar o noticiário de Lauro de Freitas pelos diários da capital vai chegar à conclusão de que a vida aqui se resume a tiroteios e assassinatos. A comunidade local é retratada como mais um subúrbio de Salvador. Esse equívoco se desfaz todos os meses nas páginas da Vilas Magazine. Em outubro de 2011, por exemplo, a revista deu privilegiado espaço de capa à reivindicação de trazer a linha 2 do metrô até Lauro de Freitas. Desde maio daquele ano foram três capas e outras tantas reportagens sobre o tema. Até então, a cidade estava destinada a receber corredores de ônibus. O objetivo traçado pela audiência pública de setembro daquele ano era levar o transporte de massas sobre trilhos até Portão. Dois anos depois, temos a promessa de contar com ele até meio da Estrada do Coco e só em 2016. Mas é vencendo pequenas batalhas que se ganha a guerra. O mérito dessa e de outras conquistas dos anos mais recentes é, sem dúvida, dos responsáveis políticos e líderes comunitários – os verdadeiros, não os da clientela política – que se empenharam pelo objetivo. A Vilas Magazine não fez senão

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dar-lhes voz, como é papel da imprensa fazer. Mas sem essa voz o resultado talvez fosse outro. As muitas aventuras em torno do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM), desde a primeira versão, em 2003 à promulgação da lei, em 2008, tiveram o acompanhamento permanente da Vilas Magazine. Detalhes que passariam facilmente despercebidos foram claramente expostos, dando oportunidade a que a comunidade se posicionasse. Vem dessa cobertura, por exemplo, a inscrição da lei de uso e ocupação do solo de Vilas do Atlântico no corpo do próprio PDDM. E é devido a isso que agora será muito difícil transformar a orla de Vilas do Atlântico em área comercial (leia à pág 12). A preservação do Equus Clube do Cavalo, uma área verde ameaçada pela expansão imobiliária dentro de Vilas do Atlântico, foi outra das conquistas da sociedade, comandada por um responsável político, é fato, que enfrentou todas as pressões, mas apoiada e alavancada pela cobertura da Vilas Magazine. Outro tema que o leitor só vê nestas páginas é a cobertura das eleições municipais com a contagem de votos por região da cidade. Apesar do nosso sistema eleitoral ainda desprezar a representação distrital, mostrar a vontade do eleitor de cada bairro ajuda a entender a tomada de decisões que afetam a todos. A preservação da memória histórica de Santo Amaro de Ipitanga – o verdadeiro nome desta cidade – foi sempre outro tema exclusivo da Vilas Magazine. Demos espaço às manifestações culturais de qualidade produzidas por filhos da terra, naturais e adotivos, que são cada vez mais, trilhando sempre a recuperação da tradição secular. Uma das coberturas mais extensivas que a revista oferece à cidade está relacionada ao meio ambiente. Do lançamento clandestino de esgoto nos rios à demolição das barracas de praia, Lauro de Freitas pode contar

Carlos Accioli Ramos,

com espaço, vez e voz para defender os seus interesses.

Diretor-editor da Vilas Magazine

Por mais 15 anos, pelo menos.

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CENA DA CIDADE ANTONIO PAULO

A prefeitura de Lauro de Freitas começou a testar a varrição mecanizada de vias públicas. As máquinas especializadas prometem fazer o serviço numa fração do tempo que os garis levam hoje

Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gra­tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­ tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­ io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­ reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas

www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 e 3379-2206. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaroaccioli@vilasmagazine.com.br Leandra da Cruz Almeida (assistente). Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos thiagoaccioli@vilasmagazine.com.br Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com.br Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Plural Indústria Gráfica (Ipojuca-PE). Redação: Rogério Borges (coordenador) e Anthero Eloy Fer­reira Lins. Nayara Lobo (free-lancer). Colaboradores: Gilka Bandeira, Lilian Silva, Márcia Tude e Alessandro Trindade Leite (charge).

FALE COM A REDAÇÃO redacao@vilasmagazine.com.br

Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela

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do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­t o­r i­a l fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­­gazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.

Associação Nacional de Editores de Revistas


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p VAI BEM

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esde o dia 2 de janeiro passou a ser possível registrar na secretaria municipal de Transporte, Trânsito e Ordem Pública os acidentes de trânsito sem vítimas ocorridos em Lauro de Freitas – exceto os da Estrada do Coco, que tem jurisdição estadual. Até aqui os acidentes eram registrados na 4ª Retran por falta de estrutura adequada na prefeitura. A vantagem da mudança, para os cidadãos, está no atendimento, que passa a ser das 7h às 19h e com plantão nos finais de semana. A secretaria funciona na Rua Clínio Rodrigues, Praça do Jardim Aeroporto. Outra ação que leva a assinatura de Moysés Mustar, titular da pasta de Trânsito, é a proibição de acesso de veículos de transporte coletivo de carga e turismo à praça da praia de Buraquinho, em vigor desde 1º de dezembro do ano passado. As excursões de banhistas vindas de Salvador e cidades do interior em ônibus fretados terão que estacionar em outra parte até 9 de março e todos os sábados, domingos e feriados, além do período de carnaval.

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oysés Mustar vai descobrir que Vilas do Atlântico e Ipitanga precisarão ser igualmente protegidas da invasão de banhistas que demandam as nossas praias em ônibus fretados. Em Ipitanga é comum vê-los estacionados em frente a saídas de garagem, por exemplo, para desespero dos moradores. Também há motoristas que aproveitam o dia de praia para tranquilamente lavar os ônibus em via pública. Em Vilas do Atlântico, que já recebe ônibus fretados com alguma frequência, o movimento tende a aumentar depois da proibição em Buraquinho. Mas problema maior são os flanelinhas que atormentam visitantes e até moradores das alamedas de acesso à praia. Estes sofrem duplamente, enfrentando também o bloqueio das suas garagens pelos carros dos banhistas. Não menos incômodos são os vendedores ambulantes, que antes de seguir para a praia ocupam as calçadas mais próximas para descarregar e organizar a mercadoria.

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Registros & Notas

Noite beneficente

Clínica celebra aniversário promovendo ação social

Marina, gestora do Orfanato Lar Escola Mundo da Criança com as promotoras do evento beneficente Um grupo de profissionais ligados à montadora Ford, residentes em Lauro de Freitas, realizou um evento beneficente, na noite de 14 de dezembro, em uma das residências do condomínio Encontro das Aguas. Batizado de “Uma Noite na Casa Branca”, a ação objetivava arrecadar fundos em apoio ao Orfanato Lar Escola Mundo da Criança, de Lauro de Freitas e teve o apoio de varios estabelecimentos da comunidade – All Saints Restaurantes, Bekko, Bella Massa Delicatessen, Bolos por Adriene, Doce Vanilla, Floricultura Edelweiss, Toalhas de mesa por Fefa, Mariposa, Mozart Music School, Taisan Restaurante, Varanda Gastronomia –, que contribuiram com alimentos, artigos de decoração e som, além de R$ 150, de cada convidado.

A clínica Oftalmoclin comemorou 37 anos de atuação no segmento oftalmológico da Bahia, promovendo um evento beneficente, em novembro, na unidade Vilas do Atlântico. Na oportunidade foram realizadas consultas oftalmológicas, exames e quando necessários doação de lentes e óculos para as crianças da creche Geraldo e Helena Belfort. A creche (próxima ao centro de abastecimento Ceasa, na estrada CIA Aeroporto) ajuda crianças carentes há mais de 10 anos. O evento contou com a participação da equipe médica da clínica e parceria das marcas Varilux e Master Glasses.

Almir Nuno e Ronaldo Moreira ultimando os preparativos para a saída do bloco Carnavilas, dia 22 de fevereiro. Mais informações no site www.carnavilas.com.br

Laura chegou, encantada

O Natal do casal João Ricardo e Paula Andrade e suas famílias não poderia ser mais feliz. Desde o dia 10 de dezembro estão encantados com a chegada de Laura Andrade Rebouças.

Estudantes exercitam cidadania Alunos dos 1º e 2º anos do Ensino Fundamental da Escola Villa Criar estudam sobre aves em extinção e árvores nativas do Brasil, com o propósito de compreender a relação entre aves, árvores e a ação cotidiana do homem no meio ambiente. Em novembro, crianças, pais e educadores compartilharam conhecimentos numa ação que envolveu plantio de mudas de Pau Brasil numa praça pública da cidade, cuidados com as aves, especialmente as que se encontram em extinção e lançamento de um catálogo com textos das crianças sobre as árvores estudadas. Em dezembro, alunos do 4º ano promoveram uma ação na praia de Vilas do Atlântico, distribuindo sacolas para lixo, ressaltando a responsabilidade da comunidade com a limpeza das praias, passando dicas de economia de água.

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Contra quiosques, residências do calçadão de Vilas do Atlântico querem virar área comercial

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m grupo de proprietários de residências da orla de Vilas do Atlântico reivindica autorização para explorar atividades comerciais na área, substituindo as barracas de praia que serão demolidas. Isso, no caso de ser aprovada a implantação de quiosques na área pública pertencente à União em frente às residências. Embora não possa receber construções, essa área está hoje cercada, incorporada aos lotes das próprias casas e não interessa aos moradores perder parte dela para o alargamento do calçadão e para os quiosques. De acordo com alguns, todos pagam IPTU inclusive sobre a área pública. Eles questionam o projeto da prefeitura, apresentado pelo prefeito Márcio Paiva (PP) aos atuais barraqueiros em novembro e

revelado pela Vilas Magazine na edição de dezembro, reivindicando para si mesmos uma eventual exploração comercial da orla. Entre os argumentos apresentados está a economia de recursos públicos. Em vez de se construir cinco conjuntos de quiosques na área de marinha da faixa de Vilas do Atlântico, as próprias residências da orla seriam transformadas em “pousadas, restaurantes, bares, sorveterias, lojas, academias”, pela iniciativa privada. Em carta dirigida ao prefeito, o grupo anuncia que está constituindo a “Associação de Moradores do Calçadão de Vilas do Atlântico”, prometendo resistir à ideia de implantar quiosques na área pública após o calçadão. Até o fechamento desta edição, 22 pessoas haviam assinado a carta e a coleta de assinaturas continua. Ao todo, haveria cerca de 220 proprietá-

Aluguel de coletores para retirada de entulhos

RAPIDEZ QUALIDADE SEGURANÇA

8622-5019 EVITE MULTAS. COLABORE PARA MANTER LIMPA A NOSSA CIDADE Vilas Magazine

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rios de imóveis com interesse na questão, mais de 100 só no Villas Village Apart Hotel. Na associação de moradores de Vilas do Atlântico, a Salva, o coordenador geral Carlos Knittel, ele mesmo morador da orla, já se pronunciou contra a ideia: “é um absurdo pensar em abrir bares, restaurantes e qualquer estabelecimento comercial no calçadão”, diz. Knittel lembra que “ninguém vai querer bares e boates nas vizinhanças – queremos é sossego”. Um dos que já assinaram a carta é Siegfried Niedermayer, 75 anos, que mora em Vilas do Atlântico desde que o loteamento foi inaugurado. Ele recorda que, há 30 anos, a União demoliu uma casa que havia sido construída na área pública. Como ele, os signatários da carta opõem-se “a projetos de construções de quiosques, de tenda móvel e concessão de licença


para vendedores ambulantes”, reservando-se “o direito de entrar em ações judiciais para tutelar o próprio interesse e não permitir que a praia e o calçadão de Vilas do Atlântico possam ter um prejuízo irremediável”. Argumentando que haveria “anos e anos de batalhas judiciais em processos que muito provavelmente dariam razão aos proprietários”, aconselham o prefeito a aceitar a proposta de deixar a revitalização da orla por conta deles. O grupo entende que o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) de Lauro de Freitas permite “construir quiosques, restaurantes, bares, pousadas” na orla de Vilas. VILAS DO ATLÂNTICO PROTEGIDA De fato, o PDDM classifica toda a orla do município e a foz do rio Joanes como Zona

O prefeito Márcio Paiva e a secretária Elia­na Marback mostram projeto da orla a bar­raqueiros: calçadão alargado em área pública

Predominantemente Turística (ZPT), “onde deverão ser estimulados empreendimentos turísticos e hoteleiros, bem como a criação de parques”. Mas as atividades efetivamente permitidas estão reguladas pelos Termos de Acordo e Compromisso (TAC) dos vários loteamentos da cidade. E o TAC de Vilas do Atlântico e Ecovilas – o único transformado em lei municipal (Lei nº 928/99), reserva a orla ao uso estritamente residencial. O próprio PDDM, no artigo 59º, determina que “fica mantida a Lei Municipal nº 928, de 11 de agosto de 1999, que institui o Zoneamento de Uso do Solo no Loteamento Vilas do Atlântico e do Condomínio EcoVilas”. Qualquer alteração ao PDDM, inclusive para viabilizar o uso comercial da orla de Vilas do Atlântico, teria que passar por audiências públicas prévias e posterior aprovação por maioria de dois terços na Câmara Municipal. Para Fabrizio Verona, 56 anos, morador da orla há seis anos, os quiosques a implantar na área da União constituiriam também uso comercial. “Nós somos os permissionários

dessa área”, considera. “Se for para colocar quiosques, queremos o direito de explorar nós mesmos o comércio”, afirma com o apoio do restante do grupo. Entre os vereadores a preocupação é atender os mais de 100 interessados em continuar a explorar serviços de praia depois da demolição das barracas. Lula Maciel (PT), com o apoio de todos os vereadores presentes a uma sessão especial que discutiu o tema, sublinhou recentemente a necessidade de contemplar todos os barraqueiros que venham a ser retirados das praias. A ideia de transferir as barracas de Vilas do Atlântico para as residências da orla chegou a ser discutida há cerca de dois anos, mas abandonada em função dos impedimentos legais. Mesmo assim, proprietários contam ter recebido ofertas de compra por parte de potenciais interessados em explorar serviços na praia – o que seria ilegal. PROJETO OFICIAL O projeto da prefeitura, com os

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Siegfried Niedermayer no calçadão de Vilas do Atlântico, entre uma das barracas de praia e a área pública da União, cercada: contra os quiosques treze conjuntos de quiosques na área pública da União, ainda será submetido a uma audiência pública, em princípio programada para este mês, mas já teria passado pelo crivo da Justiça Federal – onde corre a ação movida pelo Ministério Público para a desocupação das praias. Para acomodar os quiosques na área pública fora da faixa de areia, um calçadão alargado deverá reconfigurar a orla de Lauro de Freitas em Ipitanga, Vilas do Atlântico e Buraquinho. De acordo com a secretária de Planejamento de Lauro de Freitas Eliana Marback, o projeto atende todos os requisitos legais, sem nenhuma estrutura na praia. Os quiosques serão implantados na faixa da orla pertencente à União, fora da areia. Para dar lugar às estruturas, em Vilas do Atlântico as residências perderão parte da área da União que atualmente ocupam junto ao calçadão.

Os moradores questionam a solução porque “os proprietários que compraram esses terrenos pagam os impostos à prefeitura e nunca tiveram permissão para construir, mas devem gramar, manter verde e agora uma terceira pessoa teria pela prefeitura essa permissão”. O projeto prevê ainda a construção de um gabinete da prefeitura com módulos de apoio da polícia, bombeiros e limpeza pública no terreno existente entre Vilas do Atlântico e Ipitanga e diversos equipamentos de lazer ao longo do novo calçadão. INFRAESTRUTURA Na carta ao prefeito Márcio Paiva, os moradores da orla reclamam da conservação e iluminação do calçadão e da própria praia – que não pode ser iluminada por força de legislação ambiental federal. Vários postes de

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luz implantados há mais de dez anos na orla, sob supervisão do Projeto Tamar, estão hoje em desacordo com a legislação ambiental porque perderam o anteparo que impede a iluminação da praia. Os moradores apontam que “depois da derrubada das barracas assistiremos a um revoltante espetáculo de montanhas de mesas e cadeiras por toda parte de noite e de dia rodando sobre carrinhos arranjados” e alertam para o que pode estar por vir: ambulantes dormindo no chão para garantir o próprio lugar, sem banheiros e sem conforto, “transformando a calçada de Vilas do Atlântico em um favelado”. O grupo pede ainda torneiras de água ao longo do calçadão para atender os banhistas, a manutenção das áreas verdes, a limpeza e aplainamento mecanizados da areia da praia e um posto fixo da Policia Militar.


Campanha do Ministério Público busca reduzir violência nas escolas de Lauro de Freitas Diferencial está na promessa de acompanhamento do Ministério Público quanto à adoção de cartilha nas escolas

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construção de uma cultura de paz nas escolas pode reverter o quadro atual daquele que o Ministério da Saúde classifica como oitavo município mais violento do Brasil – Lauro de Freitas. É no que acredita o Ministério Público baiano. Para isso, foi apresentado no Cine Teatro, em dezembro, o programa “Conte até 10 nas Escolas”, que pretende incutir nas crianças e adolescentes uma postura de respeito,

tolerância e reflexão diante do outro e das adversidades, sob o mote de que “valente mesmo é quem não briga”. A etapa que vem sendo realizada nas escolas é um desdobramento da campanha “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, concebida como ação da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), lançada nacionalmente em novembro de 2012. Mais que um slogan, o “Conte até 10” ultrapassou os limites institucionais dos órgãos que compõem a Estratégia Nacional – CNMP, CNJ e Ministério da Justiça – e ganhou os espaços sociais mais diversos. Trata-se de uma mensagem de paciência, tolerância e reflexão para evitar atos de violência, especialmente homicídios. O evento contou com a participação das

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promotoras de Justiça Ivana Silva Moreira e Cíntia Crusoé Guanaes, coordenadora em exercício do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Educação, da juíza da Infância e Juventude da comarca Antônia Faleiros e de representantes da Secretaria Municipal de Educação Vânia Pessoa, do Programa Educacional de Resistência às Drogas Adilson Luz e da Comissão de Direitos Humanos em Proteção à Infância e Juventude Adailton Agra. Ivana Moreira explicou que a implantação da campanha em Lauro de Freitas levou em consideração as estatísticas de ocorrências dentro de escolas, bem como os dados do Mapa da Violência de 2013, do Ministério da Saúde, que classifica Lauro de Freitas como a oitava u cidade mais violenta do Brasil, além de


mostrar que mais de 39% dos homicídios no país acometem pessoas jovens entre 15 e 24 anos. Moreira vai iniciar uma série de apresentações da campanha em cada escola da rede municipal. Depois haverá uma fase de acompanhamento da adoção da cartilha elaborada pelo Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) para a campanha pelos diretores, gestores e professores das unidades escolares. “A proposta é fazer com que o estudante se torne um agente multiplicador da cultura de paz, levando-a para dentro de casa e a outros lugares”, disse. A promotora Cíntia Guanaes define a cartilha como um roteiro bem específico que orienta a ação, a postura e os conteúdos a serem adotados pelos professores dentro da sala. “Ela traz uma sugestão do que o professor vai colocar na lousa”, afirmou. O material foi encaminhado a todas as promotorias de educação do interior e de Salvador. “O Ministério Público deixou de ser um agente de gabinete, com papel repressor”, disse ainda, passando a “articulador em prol da cidadania,

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As promotoras Ivana Moreira (dir) e Cíntia Guanaes na apresentação da campanha em Lauro de Freitas com um caráter proativo”. A cartilha do CNMP contou inclusive com a colaboração de três membros do Ministério Público baiano: os

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promotores de Justiça Ana Rita Cerqueira, Carlos Martheo Gomes e Tamar Oliveira Dias. A diretora da secretaria municipal de educação Vânia Pessoa, agradeceu a iniciativa do Ministério Público e informou que está sendo realizada uma jornada voltada para a formação pedagógica, com a sensibilização das equipes de gestão das escolas sobre os conceitos e diretrizes do Estatuto da Criança e do Adolescente. A juíza Antônia Faleiros parabenizou todos os envolvidos com a campanha na cidade e destacou que o desafio “não é dizer como agir, mas mostrar na prática a face da tolerância e do respeito”. Uma apresentação do grupo teatral ‘Vozes dos Palmares’, com participação dos alunos da Escola Municipal Solange Coelho, encerrou a cerimônia de apresentação. O ‘Conte até 10 nas Escolas’ é um desdobramento da campanha “Conte até 10. Paz. Essa é a atitude”, concebida como ação da Estratégia Nacional de Justiça e Segurança Pública (Enasp), lançada nacionalmente em novembro de 2012.


Juventude negra de Lauro de Freitas será atendida por programa federal

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ovens de Lauro de Freitas serão atendidos pelo Plano de Enfrentamento à Violência contra a Juventude Negra, denominado ‘Juventude Viva’, do Governo Federal, apresentado em dezembro na Bahia. Na ocasião, o governador Jaques Wagner e seis prefeitos da Região Metropolitana de Salvador (RMS) assinaram o termo de adesão, que inclui ações de vários ministérios e recursos de aproximadamente R$ 200 milhões. A iniciativa prioriza, na Bahia, os municípios onde a população negra se encontra mais vulnerável, com foco inicial na RMS. Além de Lauro de Freitas, estão na lista outros 19 municípios baianos. O propósito é ampliar direitos e prevenir a violência contra jovens negros em todo o país. O perfil do jovem em Lauro de Freitas, majoritariamente negro e de baixa renda, encaixa-se na faixa da população que corre mais riscos, se-

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O governador Jaques Wagner durante a assinatura do termo de adesão ao Juventude Viva

gundo o relatório O Estado dos Direitos Humanos no Mundo, apresentado pela Anistia Internacional em 2012. De acordo com o documento, os jovens negros são de forma desproporcional as principais vítimas da violência, principalmente nas regiões Nordeste e Norte. Segundo o diretor executivo da Anistia Internacional no Brasil Átila Roque, o país vive uma situação de quase extermínio de uma parcela da população. “Em 2010, quase nove mil jovens entre nove e 19 anos, de acordo com o Mapa da Violência, foram vítimas de homicídio”, sublinhou então. Desses, “uma parcela enorme, cerca de 50%, é homens negros que estão morrendo”. Para Roque, “claramente há uma situação que combina diveru sos fatores, violência institucional, número de armas que circulam,

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racismo, que acabam vitimando um certo perfil de pessoas”. Estamos vivendo “uma tragédia de proporções inacreditáveis, isso equivale a 48 aviões de grande porte caindo todo ano cheio de jovens, crianças e adolescentes”, ilustrou. Com a adesão formal ao plano Juventude Viva, “nossa ideia é articular as políticas sociais que já tratam da questão da juventude negra para torná-la mais efetiva”, afirmou o secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial Elias Sampaio. De acordo com Cezar Lisboa, secretário estadual de Relações Institucionais, a iniciativa é resultado do diálogo com a sociedade por meio do Conselho Estadual da Juventude. Concebido pela Secretaria Nacional de Juventude, vinculada à Secretaria Geral da Presidência da República (SGPR), comandada pelo ministro Gilberto Carvalho e pela Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial, chefiada por Luiza Bairros, o plano prioriza ações preventivas nas áreas com elevados índices de homicídios que têm como vítima parcela da população negra – caso de Lauro de Freitas. Segundo Carvalho, a iniciativa concentra no mesmo território diversas ações. “O objetivo é oferecer alternativas à juventude nas linhas de formação profissional, atividade cultural, esportiva e de saúde”, disse. Na Bahia, o plano será integrado ao programa estadual Pacto pela Vida, desenvolvido pelo governo baiano desde 2011 com o objetivo de reduzir os índices de violência, com ênfase na diminuição de crimes contra a vida. Para a ministra Luiza Bairros, a experiência baiana favorece a implantação da estratégia. “A Bahia apresenta ambiente propício ao plano por dispor de programas estaduais voltados para jovens, já em execução, e uma secretaria de promoção da igualdade racial, o que é importante para enraizar a ideia em todos os municípios”, disse.

Vereadora aponta indícios de irregularidade nas contas da Câmara

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Câmara Municipal de Lauro de Freitas gastou em 2013 mais de R$ 2 milhões apenas com serviços de consultorias e assessorias externas, segundo dados do Portal da Transparência. São esses os valores que chamaram a atenção da vereadora Mirela Macedo (PSD) ao produzir um relatório em que aponta “indícios de irregularidades” e que deu base a um pedido de sindicância administrativa. De acordo com o relatório da vereadora, a Câmara Municipal paga quase sempre valores muito superiores aos praticados no mercado pelos serviços e produtos que contrata em suas licitações. Mirela Macedo encaminhou cópia do pedido de sindicância para a 5ª Promotoria de Justiça de Proteção ao Patrimônio Público e da Moralidade Administrativa, com atribuições em Lauro de Freitas. Caberá à promotora “decidir se dá prosseguimento com a análise do relatório e faça juízo de eventual denúncia na esfera criminal em face dos responsáveis”, explica Mirela. O presidente da Câmara Gilmar Oliveira – filiado ao mesmo partido que Mirela – que nega qualquer irregularidade na gestão financeira da Câmara, disse à reportagem da Vilas Magazine que só falará a respeito das denúncias depois que o Ministério Público se pronunciar. De acordo com a correligionária de Gilmar Oliveira, o Legislativo chegou a pagar cerca

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de R$ 35 mil acima do valor de mercado pela locação de dois veículos no período de 12 meses. De acordo com Mirela, em três empresas consultadas o aluguel dos carros sairia por R$ 55,2 mil ao ano, enquanto a Câmara pagou R$ 90,6 pelos mesmos veículos, incluindo marca, ano e modelo. Em outras cotações, feitas para comparação com os valores pagos pela Câmara, o relatório demonstra o que a vereadora classifica como “superfaturamento de mais de 1.000% em relação aos preços de mercado”. Exemplo disso seria a compra de materiais gráficos. Mirela aponta que a Câmara pagou R$ 1,93 por unidade de um lote de envelopes de carta timbrados, quando no mercado o mesmo artigo custa R$ 0,12. Nessa compra, segundo afirma, todos os materiais estavam acima do valor de mercado, totalizando uma diferença de quase R$ 20 mil. A vereadora destaca ainda o desembolso de R$ 46 mil acima do valor de mercado por máquinas fotocopiadoras. Entre as irregularidades apontadas pela vereadora no relatório estão a falta de publicidade na Imprensa Oficial dos resultados dos vencedores das licitações, e a falta de divulgação da aberturas desses editais, contrariando a lei. Mirela diz ainda que a comissão de licitação da Câmara Municipal deu parecer favorável à oferta de uma empresa numa licitação na modalidade de convite antes mesmo das três empresas terem apresentado suas propostas.


RENAN OLIVEIRA

Gilmar Oliveira (PSD), presidente da Câmara, só responderá denúncias depois que o Ministério Público se pronunciar. Mirela Macedo (PSD): “superfaturamento de mais de 1.000% em relação aos preços de mercado. A Câmara Municipal paga quase sempre valores acima do normal” Segundo afirma, a Câmara Municipal também não entregou toda a documentação solicitada, o que seria uma violação da Lei de Acesso à Informação e do artigo 5ª da Constituição Federal. Ainda assim, ela analisou cerca de três mil páginas de documentos com o auxílio de dois advogados. Mirela afirma que, das 17 licitações feitas em 2013 a Câmara só entregou a documentação de seis e mesmo assim apenas os aditivos, não os contratos propriamente ditos. Por conta disso, a vereadora ingressou na Justiça com um Mandado de Segurança pedindo uma liminar para ter acesso irrestrito a todos os documentos. O pedido de informações detalhadas sobre a administração da Casa Legislativa foi protocolado por ela em junho do ano passado. Entre os documentos solicitados está a cópia dos processos de pagamento enviados ao

Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) de janeiro a maio deste ano. Do mesmo período também é requerido a cópia dos processos licitatórios e de dispensa relativos à aquisição de materiais gráficos,

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manutenção preventiva e assistência de arcondicionado, por exemplo. Além disso, Mirela pediu a relação completa dos servidores, cargos e vencimentos relativos às folhas de pagamento de janeiro a maio de 2013.

Câmara pode ter fragmentado licitação

ados do Portal da Transparência mostram ainda que a Câmara Municipal de Lauro de Freitas pode ter contratado obras e serviços de engenharia fora da modalidade de licitação prevista na Lei 8.666/93, sobre licitações e contratos. De acordo com a lei, o Poder Público não pode fazer contratos distintos para o mesmo objeto, fragmentando o custo, já que isso levaria à dispensa de tomada de preços. Licitações de até R$ 150 mil podem ser feitas pela modalidade de cartas-convite, quando três fornecedores livremente escolhidos são convidados a apresentar propostas. Ao contratar o mesmo serviço de reforma das dependências da sede e anexo da Câmara a dois fornecedores diferentes, teria ocorrido fragmentação da licitação, o que a lei proíbe. Se comprovada pelo Tribunal de Contas dos Municípios, a prática pode constituir improbidade administrativa e resultar em perda de mandato.

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CIDADE

RMS reduz em 17% os crimes com morte violenta

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ados apresentados no Comitê Executivo do Programa Pacto pela Vida, do Governo da Bahia, apontam recuo de quase 17% no número de Crimes Violentos Letais Intencionais (CVLI) na Região Metropolitana de Salvador (RMS), considerado o acumulado de janeiro a novembro de 2013. Os CVLI incluem homicídios, latrocínios e lesões corporais seguidas de morte. Na capital a diminuição foi de 11,5%. O comitê reuniu-se no princípio de dezembro na sede do Ministério Público do Estado da Bahia para apresentar os dados e fazer um balanço das atividades no ano. Presidida pelo próprio governador do Estado, Jaques Wagner, a reunião contou com a participação do procurador-geral de Justiça Wellington César Lima e Silva, da desembargadora Ilona Reis, representando a presidência

do Tribunal de Justiça, da defensora públicageral Vitória Bandeira e dos secretários estaduais de Comunicação Robinson Almeida e de Segurança Pública Maurício Barbosa. O expressivo recuo estava previsto desde a primeira quinzena de novembro, que apresentou uma redução de mais de 38% nos CVLI na RMS, comparando com o mesmo período do ano anterior. Na capital a diminuição foi de 11,4%. Na ocasião, o secretário da Segurança Pública Maurício Barbosa defendeu o trabalho da polícia como essencial para esse resultado. “O empenho e a dedicação de nossos policiais têm sido determinantes para chegarmos a essas reduções”, disse. Ainda durante o encontro de novembro, que acontece quinzenalmente, foi apresentado um Plano de Ações 2013/2014 da Câmara Setorial de Prevenção Social (CSPS).

O documento foi elaborado por 23 secretarias e órgãos que compõem a câmara e lista 40 ações organizadas em grandes eixos temáticos – Educação, Cultura, Esporte e Lazer; Saúde, Assistência Social e Segurança Alimentar e Nutricional, Assistência Judiciária, Direitos Humanos e Cidadania, Infraestrutura e Meio Ambiente, Geração de Trabalho e Renda e Qualificação Profissional. A coordenadora da CSPS e secretária de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza Moema Gramacho explicou que o plano integra ações de promoção e proteção social nas áreas prioritárias do programa Pacto Pela Vida. “Algumas das ações listadas já estão em andamento e serão intensificadas no próximo ano, sempre levando em conta o monitoramento constante que o programa vem fazendo dos índices criminais nas Áreas Integradas de Segurança Pública”, disse. ADENILSON NUNES / GOVBA

Moema Gramacho, coordenadora da Câmara Setorial de Prevenção Social, participa de reunião do Pacto pela Vida.

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Propaganda irregular continua sendo reprimida pela prefeitura

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utdoors e outras placas de publicidade que a prefeitura de Lauro de Freitas considera irregulares foram cobertos por grandes adesivos em forma de X no mês passado e deverão permanecer assim até que as pendências junto à prefeitura sejam sanadas. A ação faz parte da campanha de combate à poluição visual na cidade, com base na Lei Municipal nº 1.323/2008. Também em dezembro a prefeitura apreendeu mais seis totens, 15 faixas e dez placas publicitárias em Vilas do Atlântico. DECOM / PREFEITURA

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RETROSPECTIVA 2013

Um ano na vida da cidade em reportagens exclusivas

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ma via expressa que chegaria a Vilas do Atlântico pelas margens do rio Sapato, uma Lauro de Freitas com a maior renda per capita da Bahia, um investimento público milionário dilapidado em Itinga, uma das mais altas taxas de motorização do país e seus efeitos negativos na qualidade de vida de todos nós, a ameaça de surto de dengue no Centro e em Itinga. Esses são alguns dos fatos sobre a vida da cidade em 2013 a que só o leitor da revista Vilas Magazine teve acesso. Há um ano o destaque era a posse dos eleitos em 2012. O prefeito Márcio Paiva (dir.) e o vice Bebel Carvalho iniciavam funções. Na Câmara, nove vereadores estreavam no plenário de 17. Depois de oito anos com o PT no poder, estavam presentes o deputado federal João Leão (PP), o deputado estadual Cacá Leão (PP) e o ex-prefeito Marcelo Abreu (DEM), além de centenas de correligionários de Márcio Paiva. Embora 14 dos 17 vereadores tivessem sido eleitos em coligações de apoio ao candidato derrotado, Márcio Paiva percorreu 2013 sem grandes problemas no relacionamento com o Legislativo e sem adesões formais à base governista. Para isso concorreu a esVilas Magazine

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tratégia de concentrar no final de 2013 as votações mais importantes para o Executivo, quando o cenário afinal se revelou tranquilo para o prefeito.


DESASTRE ECOLÓGICO Janeiro de 2013 trouxe mais um desastre ecológico no rio Sapato, que corre paralelo à orla de Lauro de Freitas, de Ipitanga a Buraquinho, quando toneladas de peixes apareceram boiando mortos (dir.) . As causas da mortandade nunca foram oficialmente reveladas, apesar de ter sido prometida uma investigação. A existência de esgoto doméstico não tratado no rio já havia sido confirmada por um laudo do laboratório do Senai-Cetind de Lauro de Freitas, encomendado pela Vilas Magazine no dia 18 de janeiro. A amostra de água foi colhida no trecho do rio próximo à rua Praia de Tambaú, em Vilas do Atlântico. O assunto foi destaque de capa na edição de fevereiro. O relatório de ensaios apontou a existência de 15 mil UFC (Unidades Formadoras de Colônias) de coliformes termotolerantes (ou coliformes fecais) por 100 ml de água – 15 vezes acima do aceitável para rios como o Joanes e o Ipitanga, pelos parâmetros do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para o Programa Monitora, que avalia a qualidade da água nos rios. No Sapato, o limite de tolerância é mais elevado por se tratar de outra categoria de curso hídrico, cuja água não é destinada ao abastecimento humano – ao contrário do rio Joanes, com quem aquele apenas partilha a foz, em Buraquinho. Mesmo assim, a elevada concentração de coliformes fecais indicava o lançamento de esgoto doméstico. Para a bióloga Ione Pinheiro, líder técnica de limnologia do laboratório do Senai-Cetind, não era possível afirmar que a mortandade de peixes tivesse sido provocada pelo lançamento de esgoto – que consome o oxigênio da água no processo de decomposição – mas também não era possível descartar a possibilidade. “Precisaríamos de uma análise mais ampla para identificar outras possíveis causas”, afirmou na época. Ainda em janeiro do ano passado a prefeitura prometia notificar os moradores que descartavam esgoto não tratado na rede pluvial ou diretamente nos rios da cidade. O forte odor a esgoto presente no canal de drenagem pluvial da rua José Ribeiro da Silva, em Ipitanga, indicada que efluentes não tratados continuam a ser lançados no rio. VIA EXPRESSA Em março a cidade ficou a saber que a

prefeitura pretendia construir uma via expressa para ligar a Estrada do Coco diretamente a Vilas do Atlântico, entrando no bairro pelas margens do Rio Sapato, na altura da avenida Praia de Copacabana. A intenção era desafogar o trânsito da Estrada do Coco, avenida Luiz Tarquínio e Araqui, por onde hoje transitam milhares de veículos diariamente em direção às três entradas de Vilas do Atlântico. Mas a ideia não agradou a associação de moradores, que se mostrou preocupada com tamanha facilidade de acesso – e a prefeitura recuou. André Carvalho, secretário de Infraestrutura de Lauro de Freitas, havia explicado à reportagem da Vilas Magazine que a obra ainda seria discutida com a comunidade e que a premissa fundamental era “não alterar as características das vias locais” que receberiam o tráfego da via expressa, inclusive na chegada a Vilas do Atlântico. Idealizada pelo hoje deputado federal João Leão (PP) há mais de dez anos, a via expressa agora deve chegar apenas a Ipitanga. Os 1,5 mil metros já construídos da atual avenida Dois de Julho e que ligam o Km 0,6 da Estrada do Coco ao Centro de Lauro de Freitas serão duplicados. Em toda a extensão haverá uma ciclovia segregada. O sistema de drenagem da via deverá colaborar também para amenizar os sistemáticos alagamentos na Lagoa da Base e outras áreas do Centro. A primeira saída será na atual rotatória em que termina a avenida Dois de Julho, para acesso ao Centro. A segunda na altura da Vilas Magazine

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Lagoa da Base, para acesso ao final de linha e ao estádio municipal e a última na praia de Ipitanga. A intenção é que, futuramente, também por via expressa, haja uma ligação direta à rua José Augusto Tourinho Dantas, já em Salvador, que leva a Stella Maris e Itapoan. Essa é a concepção preliminar do projeto, que não está definido. A fonte de recursos prevista é o cofre do Ministério das Cidades. A próxima etapa é convencer a Base Aérea a ceder mais esse trecho de terreno. O prefeito Márcio Paiva (PP) e João Leão vêm se reunindo com o Coronel-Aviador Maurício Carvalho Sampaio, Comandante da Base Aérea de Salvador, da Força Aérea Brasileira, para discutir o tema. ESGOTAMENTO SANITÁRIO Também em março, o superintendente de Assuntos Regulatórios da Empresa Baiana de Águas e Saneamento (Embasa) Júlio Mota, em visita ao rio Sapato, disse à reportagem da Vilas Magazine que as obras do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Lauro de Freitas poderiam ser retomadas a partir do segundo semestre. O consórcio encarregado da empreitada, de acordo com Mota, havia sido dispensado pela Embasa no ano anterior porque o andamento da obra não atendia ao contratado. Uma nova licitação já estaria em andamento, mas 2013 chegou ao fim sem que as operações fossem retomadas. Em novembro viria a público, em editorial de Accioli u Ramos, diretor-editor da revista Vilas


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Magazine, que a questão estava judicializada. Mota veio a convite da prefeitura, então sob pressão por conta da mortandade de peixes estampada na capa da edição de fevereiro. Então acompanhado pelo secretário de Serviços Públicos Giuseppe Pippolo, o secretário de Meio Ambiente Márcio Crusoé explicou que o objetivo da inspeção foi “demonstrar a urgência na retomada das obras” do SES, tendo em vista o lançamento de esgoto in natura nos cursos d’água da cidade. Júlio Mota, que estava acompanhado por outros técnicos da Embasa, identificou pontos de descarte ilegal de esgoto doméstico no rio e explicou que cabe à prefeitura coibir essa prática. Ao contrário do que muita gente pensa, a ausência de uma rede de esgotamento sanitário não autoriza o lançamento de esgoto in natura diretamente nos rios ou através da rede pluvial. A solução passa pela manutenção de fossas sanitárias ou a instalação de pequenas estações de tratamento de efluentes (ETE), que o município deve exigir e fiscalizar. De

acordo com a lei federal número 9.605, lançar esgoto não tratado em cursos d’água constitui crime ambiental punido com até cinco anos de prisão. Crusoé contou que vários moradores já haviam sido notificados pela prefeitura para parar de lançar esgoto no rio, no trecho de Buraquinho e em Ipitanga. VIOLÊNCIA Em abril a Vilas Magazine noticiava ainda os resultados do mais recente “Mapa da Violência”, organizado pelo sociólogo Julio Jacobo Waiselfisz, que classificava Lauro de Freitas como o terceiro município mais violento do país, com uma taxa de homicídios crescente desde a primeira edição do mesmo estudo. A taxa verificada em Lauro de Freitas estava então em 106,6 mortes por cada 100 mil habitantes. Significa dizer que, em média, de 2008 a 2010, foram mortos por arma de fogo na cidade 182 pessoas por ano, 15 por mês ou uma a cada dois dias. A maior parte das vítimas tinha menos de 29 anos. Vilas Magazine

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Em fevereiro de 2013 o Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-Violência), apurado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP), já havia apresentado Lauro de Freitas como o segundo pior do país no que se refere a homicídios de jovens de 12 a 29 anos. DENGUE A ameaça de um surto de dengue na cidade veio à tona na edição de maio, em reportagem que revelava os Indices de Infestação Predial (IIP) por região. Das 19 áreas de Lauro de Freitas pesquisadas para o Levantamento do Índice Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa) oito estavam em nível de alerta e duas corriam o risco de viver um surto de dengue: o Parque Santa Rita e imediações, em Itinga, e parte do Centro da cidade. Ali, o percentual de imóveis infestados pelo mosquito transmissor da dengue superava os 4% – limite a partir do qual o Ministério da Saúde considera haver risco de surto. No Parque Santa Rita, o Indice de Infestação Pre-


dial (IIP) estava em 6,3%. No Centro, em 5,3%. MOTORIZADOS Lauro de Freitas ficou a saber, também em maio, que a quarta maior frota de veículos da Bahia, registrada aqui, é ainda maior do que mostram os registros oficiais. De acordo com o Capitão PM Henrique Olinto Júnior, diretor da 4ª Regional de Trânsito (Retran), cerca de 30% dos veículos de moradores da cidade são registrados em municípios vizinhos. Aos 56 mil veículos que então trafegavam pela cidade

com placas de Lauro de Freitas, somavamse outros 24 mil – considerados apenas os residentes no município – num total de 80 mil veículos. Em 2005, com 136 mil habitantes e 23 mil veículos registrados, Lauro de Freitas tinha 5,9 moradores por veículo. Em 2013, com uma população estimada de 170 mil habitantes e 80 mil veículos, o município teria 2,12 pessoas para cada um. A média brasileira é de cinco pessoas. Segundo estudo do Sindicato Nacional

Estudante tenta convencer um policial militar a juntar-se a eles durante manifestação em junho na Estrada do Coco

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da Indústria de Componentes para Veículos Automotores (Sindipeças), a cidade de São Paulo, por exemplo, tinha 1,47 morador por veículo em 2012. Os Estados Unidos, país mais motorizado do planeta, tem um veículo motorizado para cada 1,27 habitante. Com 80 mil veículos, Lauro de Freitas estaria entre as cidades com mais alta taxa de motorização do país – outro troféu nada glorioso, a não ser para os borracheiros, para as oficinas mecânicas e para os cofres públicos u do município, que arrecadam 50% do


RETROSPECTIVA 2013 que cada proprietário paga ao Estado pelo licenciamento anual do veículo. METRÔ ADIADO Ainda em maio, o governo da Bahia lançava o edital de licitação do Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas, prevendo a conclusão da linha 1 do metrô de Salvador, do Acesso Norte à Estação Pirajá, a construção da linha 2, do Acesso Norte a Lauro de Freitas, a operação das duas linhas e o projeto de extensão da linha 1 até Águas Claras. Em junho a Vilas Magazine contava à cidade que, ao contrário do que havia sido anteriormente anunciado, o cronograma previa o avanço da Linha 2 pela região do Iguatemi e Avenida Paralela a partir de 2015, chegando a Lauro de Freitas apenas em 2016. A previsão é que o primeiro trecho da Linha 1, ligando a Estação da Lapa até o Retiro, seja concluído até a Copa de 2014 e o segundo, até a Estação Pirajá, em dezembro do mesmo ano. No mesmo mês, o Major PM Moyses Mustar, secretário de Trânsito, Transporte e Ordem

Pública de Lauro de Freitas anunciava que as linhas de ônibus que servem Vilas do Atlântico voltariam a passar pela rua Praia de Tambaú, junto à península de Vilas e ao acesso ao Miragem. O compromisso havia sido firmado no mês anterior por Mustar com representantes de uma das concessionárias que exploram o serviço público de transporte coletivo no bairro. #VEMPRARUA Junho trouxe para Lauro de Freitas as manifestações de massa que tomaram conta do país. A Vilas Magazine estampou as reivindicações na sua capa de julho. Uma manifestação reunindo cerca de 350 jovens, segundo estimativa da Polícia Militar, percorreu oito quilômetros em Lauro de Freitas, da entrada principal de Vilas do Atlântico à ponte sobre o Ipitanga na Estrada do Coco, passando pelo Centro. Por conta da passeata, a prefeitura adiou o início das comemorações de São João na Praça da Matriz. A manifestação teve cobertura em tempo real da reportagem da Vilas Magazine pelo Facebook e pelo Twitter. A concentração

A secretária de Planejamento, Eliana Marback orienta a fiscalização no loteamento Miragem durante ação de desobstrução das calçadas

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teve início às 17h, quando seis viaturas e oito motos da polícia já estavam posicionados no local. A caminhada terminou às 20h30 sem qualquer incidente violento, nem dos manifestantes nem da polícia, apesar do bloqueio do trânsito na avenida Luiz Tarquínio e na Estrada do Coco. Cartazes pediam soluções para a mobilidade urbana, saúde e educação, além de cobrar a construção da ciclovia prometida há anos. A grande maioria dos manifestantes era de estudantes da cidade que não costumam participar de atos públicos. O grupo parou para protestar em frente à sede da prefeitura, no Centro, antes de seguir para a Estrada do Coco cantando o hino nacional. O trânsito ficou bloqueado, primeiro no sentido Salvador e depois no sentido oposto, mas a reação dos motoristas era de apoio à manifestação. Na esteira da onda de protestos que tomou conta do país, o grupo de jovens reivindicava ainda o direito a manifestar-se livremente, sem a tutela da polícia, que acompanhou todo o trajeto tentando negociar a liberação


do trânsito. O Major PM Marcelo Grun, comandante da 52ª Companhia Independente de Polícia Militar (CIPM) esteve à frente da tropa durante todo o percurso. RIQUEZA CONCENTRADA A edição de agosto trazia uma inédita boa notícia: apesar do acelerado crescimento populacional dos últimos dez anos, Lauro de Freitas já exibe maior renda per capita do que Salvador, fato inédito até 2010. O dado constava do Atlas do Desenvolvimento Humano no Brasil 2013, apresentado pelo Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). Com R$ 1.031,78 de renda média, Lauro de Freitas é o município baiano com maior capacidade de compra e consumo, seguido pela capital (R$ 973,00), Luis Eduardo Magalhães (R$ 871,12) e Feira de Santana (R$ 662,24). O mais pobre do estado é Sítio do Mato, a 812 Km de Lauro de Freitas, com renda per capita de R$ 135,49. O retrato posicionava Lauro de Freitas entre os municípios do país com “Desenvol-

vimento Humano Alto” (IDHM entre 0,700 e 0,799). O número ficou em 0,754, na Bahia abaixo apenas de Salvador, que cravou 0,759. Entre 1991 e 2000 e depois entre 2000 e 2010, a dimensão do IDHM que mais cresceu em termos absolutos foi a Educação, com crescimento de 0,183 no primeiro período e de 0,208 no segundo, seguida pela Longevidade e pela Renda. Todos os índices melhoraram ao longo dos anos, mas alguns continuam preocupantes. Menos de metade dos adolescentes de 15 a 17 anos, por exemplo, têm o ensino fundamental completo. SEIS PARQUES COM PISCINÃO Outro exclusivo da Vilas Magazine ganhou a cidade em setembro: o rio Ipitanga e dois dos seus principais afluentes ganhariam um parque linear e seis parques isolados com mobiliário urbano em concreto, quadras polivalentes e campos de futebol, ciclovias e pistas para caminhada. Um dos parques estará em Lauro de Freitas, três no limite com Salvador e outros dois logo após a represa Ipitanga I, Vilas Magazine

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em Cassange e São Cristóvão. Os parques devem contar com “reservatório de amortecimento de cheias”, popularmente conhecido como piscinão – uma solução de combate a enchentes aplicada no país desde os anos 90. A função da estrutura é armazenar temporariamente um eventual excesso de águas pluviais, evitando o transbordamento de cursos d’água. As obras, a cargo do Governo do Estado com recursos da União, fariam parte de um pacote mais amplo, que visa também ampliar a capacidade de escoamento do Ipitanga, numa tentativa de eliminar os alagamentos que atingem vários bairros da cidade a cada chuva mais intensa. A pré-qualificação de candidatos à licitação do projeto e posterior execução das obras estava programada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), autarquia do governo estadual, para o princípio de setembro de 2013. Todo o trecho do rio Ipitanga entre a segunda ponte da Estrada do Coco e o rio Joanes u terá a calha ampliada pelo desassore-


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Edifício destinado à UPA 24h em Itinga foi dilapidado durante meses depois de ter sido entregue à gestão passada

amento do leito. Grandes bueiros de 2,2m serão implantados na altura do Km 3,5 – onde será construída até 2016 a estação do metrô. Além disso, seis canais de macrodrenagem serão construídos ou ampliados no Caji da Urbis, no Jardim dos Pássaros e Santa Júlia, no Jaraguá e Horto, na Lagoa dos Patos e antigo Japonês, no Fazendão e no Xangô Oxalá. CALÇADA LIVRE A desobstrução das calçadas na cidade, um tema que a Vilas Magazine aborda com frequência, fez a capa da edição de outubro, destacando uma ação conjunta de três secretarias municipais – Planejamento, Serviços Públicos e Trânsito, Transporte e Ordem Pública. Calçadas obstruídas por jardins, estruturas em cimento e diversos equipamentos começavam a ser fiscalizadas com base na Lei das Calçadas – abordada em reportagem da Vilas Magazine na edição de agosto de 2013, quando fez aniversário. Apesar de não ter sido ainda regulamentada, a lei que estaria na base das notificações foi proposta pelo vereador Antônio Rosalvo (PSDB) depois de uma reportagem da revista em maio de 2012, com destaque de capa.

De acordo com a prefeitura, foi “atendendo a solicitações da comunidade e fazendo cumprir as determinações previstas em lei” que a “operação calçadas” distribuiu 28 notificações aos responsáveis por imóveis que obstruíam os passeios no Miragem. Vilas do Atlântico seria o próximo bairro a receber a visita da secretária Eliana Marback, do Planejamento. “Nossa proposta é desenvolver essa ação em outras localidades do município”, disse então. Ela acompanhou as vistorias e definiu com os técnicos os procedimentos a serem adotados. A iniciativa visava garantir principalmente a acessibilidade dos passeios. INVESTIMENTO PÚBLICO Foi também em outubro que a Vilas Magazine revelou que o nível de investimento público em Lauro de Freitas registrou queda pelo terceiro ano consecutivo em 2011, mantendo-se na faixa dos municípios com “gestão crítica” nesse quesito. Classificados como de “boa gestão” (conceito B) até 2008 – ano de eleições – os investimentos sofreram pronunciado corte em 2009, quando o município passou a ostentar conceito D – ou de “gestão crítica”. O quadro piorou em 2010 Vilas Magazine

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e agravou-se um pouco mais em 2011. A culpa recaía sobre problemas de caixa ocasionados pela falta de liquidez – excesso de restos a pagar inseridos no orçamento do ano seguinte sem a respectiva disponibilidade financeira para cobri-los. Os dados de 2012 – outro ano eleitoral – deverão ser avaliados no relatório do Índice Firjan de Gestão Fiscal (IFGF) deste ano. Lançado em 2012, o IFGF jogou luz sobre a forma como os recursos públicos são administrados pelas prefeituras. UPA 24H Investimento – ou o seu desperdício – era também o tema de uma reportagem da Vilas Magazine na edição de novembro, quando Lauro de Freitas tomou conhecimento da destruição do patrimônio público no prédio destinado à UPA 24h de Itinga. Abandonado e dilapidado, apesar de estar a cerca de 100 metros de uma delegacia de polícia, a 27ª CP, o edifício caminhava para o estado de ruínas menos de um ano depois de ter ficado pronto. A prefeitura tratou de cercar o prédio com tapumes logo depois de publicada a reportagem, que ganharia repercussão também na mídia de Salvador.


Construída pelo município em parceria com o Ministério da Saúde, a UPA24h de Itinga foi planejada para atender urgências e emergências médicas na região de maior densidade populacional do município, mas estava abandonada ao vandalismo. As instalações perderam algumas portas e janelas, pias, vasos sanitários e todos os balcões de mármore. Quase todas as luminárias de neon foram arrancadas do teto e os reatores levados. Os vidros que sobraram estavam quebrados e até telhas estavam faltando – principalmente junto às caixas d’água – o que pode ter provocado infiltrações no teto e nas paredes da recepção. Prontas desde dezembro de 2012, ao lado da maior unidade da rede municipal de ensino, entre o Parque São Paulo, CAIC e o Parque Santa Rita, as instalações tinham acesso abso-

lutamente livre. Não havia vigilância, trancas, cadeados, tapumes. Absolutamente nenhum obstáculo impedia a entrada de qualquer passante. No interior do prédio, embalagens de preservativos denunciavam o uso que vem sendo dado àquele espaço. BARRACAS DE PRAIA A desocupação das praias de Lauro de Freitas era o tema de uma reportagem publicada em dezembro sobre o novo projeto para a orla, apresentado pelo prefeito Márcio Paiva aos barraqueiros e que ainda será submetido a uma audiência pública, provavelmente este mês. Um novo calçadão deverá reconfigurar a orla de Lauro de Freitas em Ipitanga, Vilas do Atlântico e Buraquinho depois que as barracas de praia que restam forem demolidas. De acordo com a secretária de Planeja-

A desocupação das praias de Lauro de Freitas foi um dos temas presentes nas páginas da Vilas Magazine, ao longo de 2013, assim como desde o início da questão, em 2010

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mento de Lauro de Freitas Eliana Marback, o projeto atende todos os requisitos legais, sem nenhuma estrutura na areia da praia. Depois, em vez das atuais barracas de praia, a orla terá 13 conjuntos de quiosques com dois pontos de venda cada um. Os quiosques serão implantados na faixa da orla pertencente à União, fora da areia. Para dar lugar às estruturas, em Vilas do Atlântico as residências da orla perderão parte da área que atualmente ocupam junto ao calçadão. Depois de publicada a reportagem, moradores da orla passaram a mobilizar-se para defender a manutenção da área de marinha que utilizam particularmente (leia Editorial, à pág. 4). Querem autorização da prefeitura para transformar as residências do calçadão em estabelecimentos comerciais. Este é, mais uma vez, um exclusivo da Vilas Magazine.


HOMENAGEM

Lauro de Freitas concede título de cidadania a dois ilustres moradores Câmara de Vereadores reconhece e distingue o trabalho de Jaime Ferreira e Claudio Nogueira Por iniciativa do vereador dática para o Ensino Superior pela Alexandre Marques, votada e aproUNIBAHIA, com diversos cursos de vada por unanimidade pelos seus extensão no segmento. pares, o cearense Jaime de Moura Atuando em órgãos governaFerreira recebeu o título de cidamentais, foi coordenador Geral dão laurofreitense, em solenidade Técnico da Secretaria de Desenvoloficial do Rotary Club Lauro de Freivimento Urbano - SEDUR, membro tas, realizada excepcionalmente no do Conselho de Administração e auditório da Riobel, na noite de 17 superintendente Executivo da Emde dezembro. basa, Consultor Organizacional da Jaime de Moura Ferreira nasSETRAS, realizou consultorias para ceu em 28 de abril de 1943, na a Secretaria de Desenvolvimento Na condição de cidadão laurofreitense, Jaime de Moura Fer­reira, cidade de Acaraú, Norte do Ceará. Social da Prefeitura de Lauro de com o vereador Alexandre Marques e o prefeito Márcio Paiva Chegou a Salvador em março de Freitas e AGERBA. 1952, indo residir na Ribeira, ItaNa iniciativa privada atuou pagipe, onde passou a infância e adolescência. Casado com Alzenir como professor de Administração Contábil da FACS, como consultor Oliveira Ferreira, baiana de Itapagipe, chegaram em Lauro de Freitas de Planejamento Estratégico em empresas de segmentos variados, em 1982, fixando residência em Vilas do Atlântico. coordenou o Núcleo Estratégico Operacional do SEBRAE/BA, foi Ingressou no antigo BANEB em setembro de 1965, como Auxiliar professor de Empreendedorismo e Desenvolvimento de Negócios da de Escritório, indo de Caixa na Agência de Esplanada, passando por UNIBAHIA, professor de Contabilidade Gerencial, Contabilidade de diversos cargos na instituição, incluive cargos de diretoria, até se apoCustos e Empreendedorismo na Faculdade Apoio, elaborou e implansentar, em 1994, como gerente do Departamento de Marketing e Platou o projeto “Feira do Empreendedor Universitário”, nas Faculdades nejamento e coordenador do Comitê de Administração Compartilhada. UNIBAHIA e APOIO. Com 11 livros publicados, Jaime Ferreira é sócio fundador do Rotary Para a Prefeitura de Lauro de Freitas elaborou gratuitamente diverClub Lauro de Freitas, ocupando diversos cargos, em várias gestões, sos projetos: revitalização do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico; inclusive a presidência, em 2002/2003. No Rotary realizou diversos campanhas Abrace seu Amigo Animal; Abrace Sua Praça; Fábrica de trabalhos sociais e comunitários, no município de Lauro de Freitas. A Vassouras com Garrafas Recicladas; Campeonato de Futebol de Praia partir de janeiro de 2011 foi eleito Coordenador de Meio Ambiente para Estudantes; Revitalização do Centro de Zoonose de Lauro de da SALVA – Sociedade Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico. É Freitas. É de sua iniciativa a plantação e manutenção de 130 árvores graduado em Administração de Empresas, com pós graduação em Difrutíferas nas margens do Rio Sapato.

PROFESSOR CLAUDIO Natural de Feira de Santana, o professor, educador e ambientalista Antonio Claudio Sampaio Nogueira (abaixo) ganhou a cidadania laurofreitense, em solenidade realizada na Casa do Trabalhador, em 18 de dezembro. A proposição do vereador Paulo Aquino, aprovado por unanimidade e outorgado por Decreto Legislativo se constitui na mais alta honraria concedida pela Câmara Municipal e expressa de maneira pública e oficial, o reconhecimento e agradecimento da cidade de Lauro de Freitas à pessoas que por seu trabalho e benemerência destacam-se em suas atividades no município. “Conheço Claudio há mais de 10 anos e sei da sua determinação em cuidar do meio ambiente e acima de tudo é um profissional dedicado a educação e este titulo é merecidíssimo”, afirmou

o também ambientalista Jaime de Moura Ferreira, representando o Rotary Club Lauro de Freitas na solenidade. A jornalista Gilka Bandeira falou sobre o novo cidadão laurofreitense: “O professor Cláudio é sem dúvida uma destas pessoas que fazem a diferença. Com seus pequenos “Doutores da Natureza” mostrou como iniciativas pessoais podem suplantar as deficiências do sistema educacional. Muitas vezes basta a boa vontade associada à criatividade e a disposição em agir para vencer as dificuldades e limitações, mesmo porque estes ingrediente são altamente contagiantes. Com este programa de educação ambiental, o professor Cláudio também ensinou como tornar o ensino mais interessante e mais eficaz. Espero que continue dando bons exemplos”, finalizou.

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A sábia canção já dizia: “seu sonho é sua vida e vida é trabalho”. Poderia ser perfeitamente o lema da gestão da Prefeitura de Lauro de Freitas. Em 2013, o cidadão sentiu e viu o resultado das obras, projetos e ações. Tudo isso só foi possível graças a participação popular e a ação harmoniosa entre a Prefeitura e a Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas, que acompanhou de perto as melhorias e aprovou leis importantes, contribuindo assim decisivamente para o bom andamento da administração.

46 ruas

asfaltadas

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3 Novas Ambulâncias do SAMU

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E VEM MAIS POR AÍ Para quem gosta de trabalhar a sensação é que se pode fazer mais e melhor, principalmente por aqueles que mais precisam. Por isso, na Prefeitura de Lauro de Freitas quanto mais se realiza mais se projeta e se coloca em prática. Foi assim em 2013. Assim será em 2014 e nos próximos anos. Vamos fazer juntos?

- Pavimentação asfáltica de 130 ruas por toda a cidade - Jorge Novis Day Hospital - Novo Estádio de Itinga - Complexo de Saúde na Itinga - Base do SAMU em Itinga - Restaurante Popular em Itinga - Nova Sede da Câmara de Vereadores - Criação do Centro Administrativo - Mais Ruas Asfaltadas - Nova Unidade Básica de Saúde - Mercado Municipal - Novo CRAS - Centro de Referência de Assistência Social - Banco de serviços empresariais - Praça de esporte em Areia Branca - Nova Sede da Guarda Municipal - Núcleo de vídeo monitoramento e Centro de Operações da Prefeitura - Nova frota da Guarda Municipal - Lançamento do Catálogo Municipal de Serviços Públicos - Guia Turístico do município - Construção de novas creches - Construção da Praça das Mangueiras (Vida Nova) - Revitalização da praça em Areia Branca e da praça próxima ao Colégio Esfinge - Revitalização das praças de Vida Nova - Requalificação da entrada de Vida Nova com alargamento das ruas - Ginásio de Esportes de Areia Branca - Nova Orla - Central do Comando Metropolitano da Polícia Militar em Vilas do Atlântico - Unidade de Saúde de Portão.

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IPTU 2014 VOCÊ PAGA E A CIDADE CONTINUA CRESCENDO Sonhos só podem ser realizados quando saem do papel. Por isso, o pagamento do IPTU é fundamental para continuarmos as obras e projetos necessários para fazer uma cidade melhor. A Lauro de Freitas que amamos. Além da principal fonte de receita do município, o IPTU (Imposto Predial e Territorial Urbano) representa o pleno exercício da cidadania ao colaborar diretamente com o desenvolvimento econômico e social de um povo. Assim, pague o seu IPTU em dia. Vamos cuidar da nossa terra, nosso chão. Em 2014, vamos fazer uma Lauro de Freitas ainda melhor para todos.

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REGIÃO

Mobilização comunitária constrói praça em área abandonada há 30 anos em Itapuã

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assar uma tarde em Itapuã... ao sol que arde em Itapuã, ouvindo o mar de itapuã, falar de amor em itapuã...”. Há 40 anos o poeta carioca, Vinicius de Moraes, apaixonado pela atriz baiana Gesse Gessy, se mudou para a Bahia e construiu uma linda casa no Farol de Itapuã. Lá, inspirado pelo “mar que não tem tamanho”, escreveu esses versos que viraram música e levaram o nome do bairro pelo mundo. Nessa época, a região que era reduto de artistas e boêmios, começou a ser urbanizada. Apareceram muitas casas e moradores em busca da tranquilidade das praias. Em meio aos condomínios e mansões, uma área de dois mil metros quadrados, que fica no centro do bairro e por onde se cruzam seis ruas, foi destina a ser área de lazer e convivência. O espaço não foi comercializado, mas também nunca recebeu qualquer intervenção da prefeitura de Salvador. Virou depósito de entulho e lixo. Cansados de esperar pela ação do poder

público, um grupo de moradores resolveu agir e iniciou a construção de uma praça. Primeiro, recuperou o espaço em frente ao condomínio onde moram. O resultado atraiu outros vizinhos que ajudaram a arrecadar dinheiro e material de construção. Aos poucos o abandono foi substituído por uma praça com jardins, três parques infantis, pista para caminhada, espaço de patinação e bicicleta. Para conseguir recursos, os vizinhos usaram a criatividade. Do simples pedido ‘boca a boca’ a rifas e churrascos, fizeram de tudo um pouco. Uma faixa anunciando o mutirão lembrava o compromisso do encontro todos os sábados, quando se reuniam para recolher doações no local da obra. Quando o dinheiro acabava o grupo corria atrás de quem já havia doado. Principal incentivador da mobilização comunitária, o administrador Antônio Gamboa, que mora em frente a praça há quatro anos, conta que cerca de 100 vizinhos participaram de alguma forma da mobilização. “Alguns

ANTES Comunidade de Itapuã dá exemplo de cidadania. Mobilizados, vizinhos transformam local onde havia muito lixo e entulho...

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fizeram doações em dinheiro, com valores entre R$20 e R$5mil, outros não puderam dar dinheiro, mas trabalharam direto no mutirão e na obra.” Ele estima que tenham sido gastos R$ 70 mil com material e mão de obra, fora o que foi recebido em doações. “Jogamos mais de cem caçambas de terra para tapar um buraco onde hoje está a praça, o serviço e a terra foram doações. Uma empresa de engenharia ia descartar o material, e chegamos junto: “Traz prá cá que estamos precisando”, lembra Antônio. Mas nem tudo foi tão fácil quanto parece. No início eles precisaram vencer a desconfiança de alguns vizinhos. O microempresário Luis Claudio Prado lembra que quando o grupo começou a reformar a praça muitos criticaram. “A vizinhança não viu com bons olhos por que era só na frente do condomínio. Então analisando melhor, estava ficando muito bom e por que não fazer a praça toda? Acabei me aproximando com minha esposa e passamos a ajudar”.


Luís Claudio atua no ramo de reformas e construções e meteu a ‘mão na massa’ para construir a praça. “Quando vimos a honestidade e o compromisso das pessoas que estavam organizando não medi esforços. Fizemos o pergolado, o balanço, arrumamos os bancos que eram usados, pintamos, doei minha mão de obra, foi um valor a menos que tivemos que gastar com funcionários.” A esposa de Cláudio, a psicopedagoga Neuza Lipi, acredita que a mobilização para construção da praça Theodoro Gama, no Farol de Itapuã, é um exemplo que deveria ser seguido. “O ideal seria que nossos vizinhos de outros bairros viessem nos visitar. Eles iriam perceber que quando há união, há força e que não precisamos nem dos políticos para fazer aquilo que queremos fazer. Tenho certeza que no futuro, quando as crianças entenderem bem o que é isso tudo, elas vão se orgulhar de saber que seus pais e seus avôs trabalharam nisso.”

A construção da praça durou pouco mais de um ano. A prefeitura de Salvador, que nunca havia se preocupado antes com o espaço, apareceu durante a obra. Prepostos das duas gestões, a que acabou em 2012 e a que se iniciou em 2013, prometeram ajuda. Tiraram fotos, filmaram, pediram os contatos dos moradores e disseram que iriam voltar. A praça ficou pronta em outubro e até hoje ninguém voltou. No fim o poder público não fez falta. Na festa de inauguração os vizinhos que tiveram participação destacada receberam uma homenagem. “Foram dezessete pessoas que doaram mais de R$1mil ou que trabalharam diretamente na obra, dedicando parte do seu tempo para execução e administração do mutirão. Eles receberam um certificado para mostrar que são exemplos e que merecem nosso respeito e reconhecimento”, explica Gamboa. A nova praça surpreendeu quem conhe-

cia o lixão que existia no lugar e também aumentou a convivência entre a vizinhança. “Virou o ponto de encontro dos vizinhos, as crianças então, estão achando maravilhoso, muitos ficavam em casa e agora tem onde brincar. Minha filha ganhou novos amigos”, comemora a bióloga Melissa Mello, que foi criada em Itapuã. Corretores de imóveis que trabalham no bairro calculam que com as melhorias houve uma valorização média de 15% no valor de venda das casas que ficam na praça e de 10% para as que estão em ruas próximas. Agora os moradores se mobilizam para a manutenção do espaço, e estabeleceram uma cota de R$20 mensais para quem quiser contribuir com os custos de jardinagem, concertos, iluminação e decoração. Depois de passar 30 anos no abandono a praça Theodoro Gama agora vive exatamente o oposto, e é uma das praças mais bem cuidadas de Salvador.

AGORA ...em praça, com parques e áreas de convivência. Iniciativa, que valorizou imóveis na região, é um belo exemplo de cidadania.

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REGIÃO

Municípios do interior puxam criação de empregos na Bahia

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auro de Freitas contribuiu com 775 novos postos de trabalho para o resultado de geração de emprego na Bahia em novembro de 2013, quando foram criadas quase oito mil vagas no estado. Salvador registrou 6,7 mil novos postos de trabalho e Feira de Santana, segunda colocada, gerou 1.148. Com os números de novembro, a Bahia acumulou quase 60 mil postos de trabalho em 2013 – o maior índice do Nordeste. Em relação ao mesmo período de 2012, o acréscimo foi de 3,42%. As informações são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia da Secretaria de Planejamento do Estado (Seplan).

Se em novembro foram criados 5.436 postos de trabalho na Região Metropolitana de Salvador (RMS) e apenas 2.526 no restante do estado, o saldo de janeiro a novembro mostra um desempenho muito melhor do interior, que contribuiu com quase o dobro da criação de postos de trabalho da RMS. Foram quase 39 mil novos postos contra 20,6 mil na RMS. O fraco desempenho da RMS reflete também os maus resultados de novembro em Camaçari, que eliminou mais de 1,3 mil postos de trabalho e de Dias d’Ávila, que extinguiu 1,1 mil empregos só naquele mês. São os maiores

Cursos de formação profissional ainda não surtiram resultado na reversão da taxa de desemprego na RMS

índices negativos da Bahia, ao lado de Casa Nova, a 570 quilômetros de Lauro de Freitas, que perdeu 647 postos de trabalho. Apesar disso, a taxa de desemprego total da RMS – ainda a mais alta do país entre as sete regiões metropolitanas monitoradas pela Fundação Seade e Dieese – chegou ao menor patamar no ano ao passar de 17,1% da População Economicamente Ativa (PEA) para os atuais 16,9%. A menor taxa de desemprego é da Região Metropolitana de Porto Alegre (RS), com 6,2%, seguida de Belo Horizonte (MG), 6,6%, Fortaleza (CE), 7%, São Paulo, 9,4% e Recife (PE), 12,3%. Parte desse resultado se deve à relativa estabilidade da PEA, que perdeu quatro mil pessoas, uma vez que o contingente de ocupados quase não variou e não à geração de empregos propriamente dita. Em novembro, o contingente de desempregados na Bahia foi estimado em 317 mil pessoas, cinco mil a menos que no mês anterior. Segundo os principais setores de atividade econômica analisados, houve crescimento no MANU DIAS / GOVBA

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ARTIGO comércio e reparação de veículos automotores e motocicletas (quatro mil ou 1,3%) e na construção (dois mil ou 1,4%) – duas áreas com crescente expressão em Lauro de Freitas – e manteve-se relativamente estável no setor serviços (mais mil ou 0,1%), com redução na indústria de transformação (dois mil ou 1,5%) – o forte de Camaçari e Dias d’Ávila. FORMAÇÃO Também em novembro, mais 600 baianos receberam o diploma do Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec) – Brasil Sem Miséria, do governo federal, em solenidade com a presença do governador Jaques Wagner e da ministra do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Tereza Campelo. Os cursos abrem oportunidades para famílias inteiras, como é o caso das irmãs Renata e Adjane Silva Pereira, de 25 e 24 anos, que fizeram o curso técnico em Petróleo e Gás. “É um mercado que está em expansão e precisa de gente qualificada. Agora é aguardar uma oportunidade de exercer a profissão”, disse Adjane. O garçom Evangivaldo Portugal, 37 anos, também tem novas perspectivas. “Eu era vendedor autônomo, não tinha renda fixa. Agora sou garçom e espero as oportunidades que vão surgir com o turismo e com a Copa do Mundo”, espera ele. A Bahia conta com a terceira maior rede de ensino profissionalizante do país – cinco mil matrículas em 2007, mais de 60 mil hoje, de acordo com o governo – mas o investimento em formação ainda não foi capaz de reverter os maiores índices de desemprego do país, que afetam principalmente os mais jovens.

LILIAN SILVA Especial para a Vilas Magazine

Como cativar alunos?

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ecebi uma mensagem de uma colega de profissão com interessante listagem de comportamentos que ajudariam um professor a cativar seus alunos, elaborada pela pedagoga Roseli Brito. Li e reli e alguma coisa, ali, estava me intrigando... Reescrevo as dicas mais significativas a seguir: 1. Aprenda o nome dos seus alunos e se lembre a data de aniversário deles; 2. Pergunte como eles estão e/ou como se sentem; 3. Olhe nos olhos quando conversar com eles; 4. Ria junto com eles e lhes mostre o quanto você gosta de estar com eles; 5. Encoraje-os a pensar grande, incentive-os a persistirem e celebre os resultados; 6. Quando estiverem doentes envie uma carta ou um bilhete; 7. Elogie mais e critique menos; 8. Converse a respeito dos sonhos ou do que os afligem; 9. Respeite-os sempre e esteja sempre disponível para ouvi-los; 10. Desculpe-se quando fizer algo errado; 11. Ouça a música favorita deles com eles; 12. Acene e sorria quando estiver longe; 13. Agradeça-os; 14. Pegue-os fazendo algo certo e cumprimente-os por isso; 15. Dê-lhes sua atenção individual. Notei, hoje, que o destino da lista é bem mais abrangente do que a sala de aula, alvo sugerido pela pedagoga. São dicas de convivência em qualquer grupo humano! E como dizem – e eu acredito – que “exemplo não é a melhor forma

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de educar, é a única”, devemos mesmo atentar à lista e pensar como anda nossa prática não só de professor, mas de ser humano... Se bem que outra questão daí advém: como agir da forma sugerida se isso já não estiver em mim, se eu não acreditar nisso ou, pior, se eu não tiver tal percepção? Ser professor, a despeito do que imaginam alguns distraídos, é bem mais complexo do que entrar e sair de uma sala de aula, carregando conteúdos. “Estar” professor pode até ser eficiente, mas “ser” professor é mais do que isso. Crianças e adolescentes são mais atentos ao que fazemos do que ao que falamos. Ao se notarem importantes a quem ensina, tendem a se esforçar em prol da própria aprendizagem. E não há lista que convença alguém a dar importância aos outros...

LILIAN SILVA é licenciada e bacharel em História pela USP, professora de Ensino Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português (Interação & Transformação) e de História (História da Bahia). E-mail: lisantossilva@hotmail.com


VERÃO 2014

As doenças mais comuns no verão Intoxicação alimentar, micoses e insolação são apenas algumas que precisam de cuidados

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lgumas doenças tornam-se mais presentes com a chegada do verão, pelas características próprias da estação. Exposição prolongada ao sol, consumo de alimentos em locais de lazer e vários outros fatores de risco são comuns nesta época e exigem cuidados para garantir que a diversão não acabe mais cedo. Isso porque o calor excessivo provoca a ocorrência de doenças sazonais, como desidratação, insolação, dengue, intoxicação alimentar, hepatite A e problemas de pele. Segundo o infectologista Munir Akar Ayub, entre os sintomas mais relatados pelos pacientes nesta época estão diarreia, dor de cabeça, dor no corpo, vômito e mal-estar em geral. “Para que isso não aconteça, o indicado é ingerir dois litros de água por dia, tomar banhos em temperatura ambiente e usar roupas leves”, recomenda. Os alimentos também devem receber atenção especial, pois o calor possibilita a rápida proliferação de bactérias. Eles devem ser bem lavados, de preferência deixando-os por algum tempo em um recipiente com água e algumas gotas de água sanitária. Além disso, o especialista sugere que alimentos gordurosos sejam evitados. “O certo é consumir alimentos leves e não gordurosos, pois o calor faz com que os produtos estraguem mais rapidamente”, afirma. DESIDRATAÇÃO n A desidratação se caracteriza pela perda de líquidos e sais minerais do corpo, podendo ser agravada por vários fatores inerentes ao verão, como o aumento da própria transpiração. Normalmente a pessoa perde em média 2,5 litros de água por dia, seja pela urina, pelas fezes, pelo suor ou até mesmo pela respiração. A pessoa passa a apresentar sede, fica muito tempo sem urinar, com a boca e mucosas secas e olhos ressecados. Como tratamento, o soro caseiro pode ser utilizado a cada 20 minutos ou após cada evacuação, se houver diarreia. Nesses casos, é necessário procurar um médico. INTOXICAÇÃO ALIMENTAR n A alimentação feita em locais que não dispõem de padrões de higiene adequados para o preparo ou para a conservação dos alimentos, ou que deixam expostos os alimentos por longos períodos à temperatura ambiente, é a principal causadora da intoxicação alimentar. Vilas Magazine

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Quando uma pessoa ingere um alimento contaminado, pode desenvolver alguns sintomas que variam de acordo com o micro-organismo causador do distúrbio. A intoxicação pode acarretar diarreia, náuseas, vômitos, febre, cefaleias e até mesmo desidratação grave. Em geral, esses sintomas duram poucos dias. HEPATITE A n Causada por vírus, a hepatite viral do tipo A, que ataca o fígado, é outra doença comum do verão. A pessoa pode levar até um mês para desenvolver os sintomas, tempo suficiente para o vírus atacar as células hepáticas, provocando amarelamento da pele, febre, dores de cabeça e musculares e o aumento do tamanho do fígado. Nem sempre a pessoa apresenta todos esses sintomas, podendo sentir apenas mal-estar ou sinais de gripe. Neste caso, o atendimento médico é fundamental para o diagnóstico. INSOLAÇÃO n A insolação é provocada pela exposição excessiva ao sol. Como conseqüências, a pessoa pode sentir os seguintes sintomas: intensa falta de ar, dor de cabeça, náuseas e tontura, temperatura do corpo elevada, pele quente, avermelhada e seca, extremidades arroxeadas e, até mesmo, a inconsciência. Procure o atendimento médico imediatamente. É importante lembrar que não apenas a pessoa que fica diretamente exposto ao sol contrai a doença, pois a areia da praia, por exemplo, também reflete o sol e aumenta a temperatura da pessoa pelo calor. MICOSES n No verão temos mais contato com a água, seja transpirando ou pela ida na praia ou na piscina. Isso faz com que a nossa pele fique úmida por mais tempo, o que favorece o aparecimento das micoses doenças causadas por fungos. A doença pode aparecer nas virilhas, nos pés e nas unhas. Inicia-se sempre por uma pequena lesão vermelha, provoca escamação contínua da pele e coceira. Deve-se procurar um u dermatologista.

DICAS n Evitar tomar sol, principalmente ao realizar exercícios físicos, no período entre 10h e 16h. n Tomar cerca de dois a três litros de água por dia. Troque o refrigerante por sucos naturais. n Aplicar protetor solar pelo menos 15 minutos antes da exposição ao sol, repetindo a aplicação a cada duas horas. n Evitar banhos prolongados e com água muito quente. n Evitar esfregar buchas diariamente na pele, pois pode desencadear um ressecamento. n Passar hidratante no corpo, diariamente, com a pele ainda um pouco úmida. n Dar preferência a alimentos leves, como saladas e carnes grelhadas. Lembrar de lavar muito bem as saladas. n Evitar alimentos crus, especialmente peixe.

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VERÃO 2014

Aproveite o mar sem correr riscos Cuidado com o mar: saiba o que é a corrente de retorno e como se proteger dela

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mar oferece uma série de riscos e na temporada de verão afogamentos são favorecidos quando banhistas não respeitam a sinalização das bandeiras ou se arriscando indo longe. Até mesmo quem sabe nadar pode ser surpreendido. Dados do Corpo de Bombeiros dão conta de

que quase a metade das pessoas que morreram afogadas no último verão sabiam nadar. Um dos maiores perigos são as chamadas correntes de retorno. Segundo uma cartilha elaborada pelo Corpo de Bombeiros e Universidade Federal do Rio Grande do Sul, elas são correntes perpendiculares que saem da praia em direção

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ao mar (veja infográfico abaixo). Geralmente se extinguem depois da zona de quebra das ondas. Nas proximidades da praia, apresentam uma boca onde as correntes paralelas à praia convergem para formar um fluxo alongado (‘pescoço’), que se torna mais intenso em direção ao mar. Após o ‘pescoço’, que geralmente termina depois da arrebentação, encontra-se a ‘cabeça’, onde a corrente perde velocidade. As correntes de retorno podem se formar nas brechas entre os bancos de areia. A água ‘empilhada’ na praia pela arrebentação retorna para o mar no espaço entre os bancos. As correntes de retorno podem ser mortais. Nas correntes o repuxo é mais forte e longo. Mesmo bons nadadores são levados para além da zona de arrebentação, pois a velocidade da corrente pode atingir 3 m/s.


SAIBA MAIS nSomente entre no mar próximo de um salva-vidas. Somente nade e tome banho, com água até a cintura, quando a bandeira for verde. Na amarela, ao nadar, o banhista pode ser arrastado para um ponto onde não vai conseguir tocar o fundo, podendo se afogar. Nadadores olímpicos atingem 2 m/s. A melhor forma de sair de uma corrente destas é nadando para os lados, nunca contra a corrente. O banhista pode aproveitar as ondas e até boiar e tentar retornar mantendo a calma. Na maioria das vezes, as correntes de retorno possuem menos de 12 metros de largura. Caso o banhista não consiga sair dela, deve manter a calma e boiar até que ela enfraqueça (geralmente depois da arrebentação). Depois, deve nadar na diagonal em direção à praia. Havendo salva-vidas no local, deve tentar fazer sinal com o braço, mas sempre

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exposição ao sol, sem proteção, pode causar câncer de pele, a forma mais comum de âncer no mundo - quase 3,5 milhões de casos por ano, que levam pelo menos 12 mil pacientes à morte. A dermatologista da Clínica Mayo de Jacksonville, na Flórida, Anokhi Jambusaria, especializada em câncer de pele, fala sobre o que as pessoas devem saber sobre a doença e como preveni-la. O câncer de pele é qualquer crescimento maligno na pele, que pode ser de dois tipos: melanoma e não melanoma. No caso do câncer de pele não melanoma, também há dois tipos mais comuns: o carcinoma basocelular e o carcinoma de células escamosas. O carcinoma basocelular é o tipo mais comum de câncer diagnosticado em todo o mundo. Na verdade, é mais comum do que o câncer de mama, câncer de pulmão e do que o câncer de cólon. O carcinoma de células escamosas, por sua vez, é o segundo tipo de câncer mais comum em todo o mundo. O melanoma, segundo Anokhi, é a forma mais fatal de câncer de pele, porque tende a se disseminar e atingir outros órgãos. Outros ti-

OUTROS PERIGOS LIBERADO PARA NADO E BANHO É PROIBIDO NADAR NÃO ENTRE NA ÁGUA tentando manter a calma para não cansar. Uma corrente de retorno pode ser identificada através da observação. Uma pluma de água turva passando a zona de arrebentação ou uma diferença na coloração da água, que pode ficar amarronzada, com a suspensão da areia do fundo. Ela ainda pode ser de um azul mais escuro, devido a canais mais profundos. As ondas não quebram sobre as correntes, parecendo um corredor. Um outro sinal, em alguns casos, é a espuma movendo-se continuamente em direção ao mar aberto.

BANCOS DE AREIA n Vala (trough) é um canal escavado pela força das ondas paralelamente à praia, sendo sua ocorrência mais comum em praias rasas. A extensão da vala pode ser grande, normalmente correndo nela uma corrente lateral, que vai cair numa corrente de retorno. REPUXO n O repuxo é mais perceptível em praias de tombo, próximo à maré alta. Ocorre quando a água empurrada para a praia pelas ondas é empurrada de volta pela ação da gravidade, ganhando movimento pela inclinação do relevo. O retorno da água pode derrubar pessoas ou escavar a areia sob seus pés, e puxá-la então para águas mais profundas.

O perigo do câncer de pele Exposição ao sol sem cuidados aumenta o risco de contrair a doença

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Como uma pessoa pode se proteger das radiações solares?

VERÃO 2014 pos de câncer de pele raramente se espalham para outras áreas que não a superfície da pele. Mas o melanoma, por ter essa capacidade de entrar em metástase, é o mais letal e se distingue de outros tipos de câncer de pele porque é uma proliferação das células que contêm grânulos de pigmento. Mas também pode ser originar de diversas partes do tecido mucoso, incluindo os da cabeça e do pescoço, bem como do trato gastrintestinal. Pode aparecer nas palmas das mãos e nas solas dos pés. SINTOMAS Frequentemente, as pessoas notam que alguma coisa está crescendo em suas peles ou notam alguma mudança. Essa é o primeiro fator a ser observado. Tipicamente, esse câncer tende a ser assintomático. Isto é, não dá sinais de sua presença. Algumas vezes, esse crescimento pode sangrar ou doer um pouco, quando pressionado. Os tratamentos para o câncer de pele são individualizados. “Depende de cada paciente, do tipo de câncer de pele e como é visto no microscópio. Para um câncer de pele pequeno, em estágio inicial, muitas vezes um tratamento tópico ou um simples procedimento de raspagem podem ser o suficiente. Para um câncer mais

agressivo, o médico pode recomendar que a lesão seja removida cirurgicamente”, explica CHANCES DE CURA No estágio 1, a probabilidade de cura de um melanoma é de cerca de 95%. “Por isso, a detecção precoce é fundamental. No caso de um melanoma mais denso (grosso, volumoso), confinado na pele, mas que ainda não se disseminou para os gânglios linfáticos ou para outro órgão do corpo (em estágio 2), a cura também é possível – a probabilidade de cura é de 70 a 80%. No estágio 3, o melanoma já ‘escapou’ de seu confinamento na pele e atingiu os gânglios linfáticos. Nesse caso, há três fases diferentes – A, B e C, conforme a quantidade de gânglios linfáticos que foram atacados pelo melanoma. A probabilidade de cura pode cair muito, para cerca de 20%, se houver muitos gânglios linfáticos envolvidos. Mas pode cair apenas para 60 a 70%, se houver apenas um gânglio linfático atingido. O melanoma de estágio 4 é o que já se disseminou para além dos gânglios linfáticos e atingiu outros órgãos do corpo. Nesse caso, a probabilidade de sobrevivência é muito baixa. Em média, um paciente pode sobreviver entre meses a um ano. Mas novas terapias estão melhorando essas taxas.

As principais diretrizes para a proteção solar ou para a prática do ‘sol seguro’, são: n Aplique protetor com um fator de proteção solar (SPF – sun protection factor) mínimo de 30, e se assegure de que ele tenha um amplo espectro protetor – isto é, que proteja contra a radiação ultravioleta A (UVA) e ultravioleta B (UVB). n Aplique o protetor aproximadamente 30 minutos antes da exposição ao sol e volte a aplicá-lo a cada duas horas e imediatamente depois de nadar ou suar em excesso. Protetor solar à prova de água ou de suor é um mito. n Aplique uma quantidade equivalente a um copo pequeno em todo o corpo, incluindo embaixo da roupa. Uma pessoa de peso normal deve aplicar cerca de 50 cc em todo o corpo, dos pés à cabeça. n Torne a aplicação do protetor solar uma rotina. As mulheres devem aplicar protetor solar diariamente, sob a maquiagem. n Invista em um chapéu de abas largas, que cubra não apenas a cabeça, mas também as orelhas e a parte de trás do pescoço. Use óculos de sol. Para as atividades ao ar livre, existem roupas que protegem contra o sol, com tecidos tratados com protetor solar. Isso reduz a quantidade de protetor solar que você precisa aplicar em sua pele. n Não se esqueça de que os raios solares são mais intensos entre 10h e 16h. Portanto, é preferível realizar atividades ao ar livre fora desse período.

Quando é preciso consultar um médico para prevenir o câncer de pele? n É recomendável que qualquer pessoa, desde a que está entrando na puberdade a que está entrando na vida adulta seja examinada por um dermatologista, para um exame de avaliação dos parâmetros de risco, particularmente se tem um histórico familiar de câncer de pele ou um histórico de exposição excessiva ao sol. Com base no que for descoberto no exame, o médico irá recomendar a frequência dos exames. Tudo depende do nível de risco de cada pessoa. Vilas Magazine

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Óculos falsificados podem até cegar Bonito e barato. Duas qualidades que escondem um grande perigo

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les são o segundo produto mais pirateado no Brasil, perdendo apenas para os CDs. E com a chegada do verão, a procura aumenta, mas as pessoas não se dão conta do perigo que correm com os óculos vendidos em camelôs e pelas ruas. Nas praias, camelôs são sempre muitoprocurados. Segundo oftalmologistas da Associação Brasileira da Indústria Óptica (Abióptica), é melhor ficar com os olhos nus do que usar um produto falsificado. Uma lente sem nenhuma proteção, deixa a pupila mais dilatada abrindo caminho para doenças das mais simples, como catarata, podendo até gerar um glaucoma e levar a cegueira. O problema é grave e só vai aparecer depois de alguns anos. O oftalmologista Adriano Biondi, explica que os óculos de sol devem filtrar o espectro total dos raios UVA e UVB, evitando que eles cheguem aos olhos. s raios ultravioletas são radiações eletromagnéticas não perceptíveis

aos nossos olhos, assim como os raios infravermelhos. A radiação UVA está mais relacionada ao envelhecimento, enquanto a radiação UVB, às queimaduras de pele. Um óculos adequado para o uso deve ter filtros contra raios ultravioletas (UVA e UVB), certificação de que bloqueia a gama de radiação nociva e lentes com formato adequado para o sistema ótico do olho - para enxergar sem aberrações. Sendo um produto de qualidade, o óculos não deixará os raios UVA e UVB chegarem na retina, evitando que ela venha a sofrer danos irreparáveis. Quem compra um óculos falsificado pode ter de imediato desconforto, dores na cabeça,

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dores nos olhos e tontura. Com a degeneração da retina, outros problemas aparecem no futuro, como a catarata. Ela costumava atingir pessoas mais velhas, mas cada vez mais a doença vem sendo diagnosticada em pessoas mais jovens, depois dos 40 anos. O melhor caminho para comprar um óculos é consultar um oftalmologista ou escolher uma ótica reconhecida, de preferência as que tenham equipamentos capazes de medir os graus de proteção das lentes. A dica fundamental dos profissionais é jamais comprar um óculos vendido em camelôs ou dos ambulantes que percorrem as praias, mesmo que digam que o produto tem proteção contra os raios solares.


COMPORTAMENTO

NORMAL OU ANORMAL? Oito traços de personalidade e com quais transtornos eles se relacionam, segundo o psiquiatra Dale Archer

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“caixa da normalidade” está cada vez menor e a culpa é do excesso de diagnósticos de doenças mentais, diz o psiquiatra americano Dale Archer, autor do bestseller “Better than Normal”, recém-lançado no Brasil com o título “Quem Disse que É Bom Ser Normal?” (Sextante, 224 págs., R$ 24,90). Archer, 57, é psiquiatra clínico desde 1987 e fundou um instituto de neuropsiquiatria em Lake Charles, Louisiana (EUA). Em 2008, ele notou que havia algo errado com os seus pacientes: a maioria dizia ter um transtorno mental e precisar de remédios – só que eles não tinham nada. “Estamos ‘patologizando’ comportamentos normais. E isso não é só culpa da psiquiatria”, disse Archer, por telefone. Um quarto dos adultos americanos têm uma ou mais doenças mentais diagnosticadas, segundo o Instituto Nacional de Saúde Mental dos EUA. “Isso está errado. Há uma gama de comportamentos que não são doença.” Em um ativismo “pró-normalidade”, Archer descreve oito traços de personalidade comumente ligados a transtornos, como ansiedade (veja quadro), e afirma que não há nada errado com essas características, a não ser que sejam muito exacerbadas. “O remédio tem que ser o último recurso, e não é o que eu vejo. As pessoas entram em um consultório e saem com uma receita médica. A psicoterapia é subestimada.” De outubro de 2012 a setembro de 2013, o mercado de antidepressivos e estabilizadores de humor movimentou mais de R$ 2 bilhões no Brasil, segundo dados da consultoria IMS Health. Nos últimos cinco anos, o número de unidades vendidas desses remédios cresceu 61%. Para Antônio Geraldo da Silva, presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria, os diagnósticos aumentaram, sim, mas da mesma forma como aumentou os de outras doenças, de diabetes a câncer. “Isso é resultado da evolução da medicina e da facilidade de acesso.” O mesmo pensa o psiquiatra Fabio Barbirato, da Santa Casa do Rio de Janeiro. “Também aumentou o número de prescrições de insulina e anti-hipertensivo. Isso ninguém questiona. Mas quando se fala de mente, da psique, todos têm uma opinião”, afirma. Segundo Silva, o problema é o subdiagnóstico. Para ele, há mais deprimidos sem tratamento do que pessoas sem depressão sendo tratadas. Barbirato dá como exemplo o TDAH (transtorno do deficit de atenção e hiperatividade). “O número de crianças com prescrição de remédios não chega a 1,5% no Brasil, e a estimativa mais baixa de presença de TDAH no país é de 1,9%. Há crianças sem tratamento.”

A doença da normalidade Em livro, psiquiatra americano diz que a medicina transformou comportamentos normais em doença CRITÉRIO ANTIGO Para a psicóloga Marilene Proença, professora da USP, a sociedade está “medindo” as crianças com réguas antigas. “Os critérios de diagnóstico de TDAH esperam uma criança que brinque calmamente, que levante a mão para perguntar algo. Isso não condiz com o papel da criança na sociedade. Ela está exposta a muitos estímulos e é tudo muito competitivo”, diz. Para a psiquiatra e psicanalista Regina Elisabeth Lordello Coimbra, da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, as pessoas estão menos tolerantes às emoções. “Há pouco lugar para a tristeza. E a exaltação e excitação são confundidas com felicidade. Vivemos de uma forma mais estimulante, na qual emoções mais depressivas, reflexivas, não têm espaço.” De acordo com Silva, o que caracteriza a doença mental é a gravidade dos sintomas. “Deixa de ser normal quando a pessoa tem prejuízo, quando está tão triste que não Vilas Magazine

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consegue sair da cama.” Ele argumenta que “invariavelmente” encaminha os pacientes para a psicoterapia. E garante: nem sempre

eles saem do consultório com uma receita médica. Juliana Vines / Folhapress. FABIO BRAGA / FOLHAPRESS

DEPOIMENTO

‘É mais cômodo dar remédio do que fazer terapia’

Kátia Fonseca da Silva e a filha Valentina

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átia Christina Fonseca da Silva, 38, ajudante de cozinha, desconfia sempre que dizem que uma criança tem deficit de atenção. Sua filha, Valentina, 11, recebeu esse diagnóstico de forma errada, segundo ela. “Valentina sempre deu problema. Com seis anos, a escola me chamou para conversar. Ela tinha tido um surto. Jogou as coisas do Vilas Magazine

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armário da sala no chão, puxou o cabelo da professora, agrediu outras crianças. Entrei na sala de aula e comecei a chorar. O psiquiatra disse que ela tinha TDAH (deficit de atenção) e precisava de remédio. A caminho da farmácia, encontrei uma amiga, que me convenceu a não comprar o remédio. Disse que isso tinha acontecido com o filho dela. Comecei a me perguntar se o problema não estava na minha família. Na época, eu estava me separando e trabalhava demais. Passei a dar mais atenção para ela e as coisas começaram a melhorar. Quando dizem que uma criança tem TDAH, penso: será que isso está certo? É mais cômodo dar remédio do que fazer terapia, mudar o comportamento. As crianças são nosso espelho. Será que a agitação delas não é culpa nossa?”


COMPORTAMENTO

Pais sem pressa

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infância se transformou em uma corrida rumo à perfeição, e as crianças, em miniexecutivos com agenda cheia de atividades. É o que argumentam os partidários do “slow parenting” (pais sem pressa), movimento que prega justamente o contrário: que as crianças tenham menos compromissos e mais tempo para fazer nada. A ideia, que tomou corpo na Europa e EUA, ganha força aqui. Em novembro, a primeira edição do “SlowKids”, evento em prol da desaceleração da rotina das crianças, levou 1.500 pessoas a um parque público na capital paulista. Na programação, atividades nada tecnológicas: oficina de jardinagem, brincadeiras antigas e piquenique. “As crianças precisam desligar os eletrônicos e interagir mais com os pais”, disse Tatiana Weberman, uma das criadoras do projeto e diretora da agência Respire Cultura. Segundo o jornalista britânico Carl Ho-

GABO MORALES / FOLHAPRESS

Movimento que prega a ‘desaceleração’ da rotina das crianças levanta debate sobre o excesso de atividades na infância

noré, autor de “Sob Pressão” (Record, 368 págs., R$ 52), muitas crianças têm todos os momentos da vida agendados e monitorados. “Elas têm dificuldades de serem independentes, ficam sob estresse e são menos criativas”, disse Honoré ao jornal Folha de São Paulo. Ele foi o primeiro a usar o termo “slow parenting”. “Tudo começou quando a professora do meu filho disse que ele ‘era um jovem artis-

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ta talentoso’. Na hora, a visão de criar o novo Picasso passou pela minha cabeça”, conta. No mesmo dia, ele começou a procurar cursos de arte para o filho de sete anos, até que o menino disse: “Pai, não quero ter um professor, só quero desenhar. Por que os adultos querem sempre cuidar de tudo?”. O puxão de orelha fez com que ele voltasse atrás e começasse a pesquisar o supe-


ragendamento da infância. Segundo ele, tudo começa com a boa intenção dos pais. Mas a vontade de ser o pai perfeito transforma a educação em um jogo de tudo ou nada. VIDA DE EXECUTIVO Para a psicanalista Belinda Mandelbaum, professora do Instituto de Psicologia da USP, a educação de resultados antecipa o ensino de fer-

ramentas para competir no mundo corporativo. “Vejo crianças aprendendo mandarim porque os pais acham ser importante para o futuro.” Quando o empresário Marcelo Cesana, 38, diz não ter pressa de que o filho Caio, 1, aprenda a falar, a ler e a escrever, questionam se ele não vai ter dificuldade para trabalhar. “Me acham bicho do mato, mas não quero antecipar as coisas”, diz ele, que levou a família ao “SlowKids”.

A gerente de supermercado Vanessa Sheila Dias, 36, também foi ao evento com a filha Anne, 8. O domingo no parque faz parte da ideia de reservar um dia para fazer nada. “A rotina da semana é maluca, passo a ansiedade para a Anne”, diz ela, que já se pegou pedindo que a filha comesse um lanche de fast food mais rápido. Continua na página 138

ARTIGO

ROSELY SAYÃO

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A autonomia das crianças

enho visto muitas mães trocando ideias a respeito de alguns programas que podem ser interessantes para os filhos nas férias. O que me chamou a atenção nessas conversas foi o fato de que a maioria delas não buscava alternativa para deixar o filho por impedimento de estar com ele. Não: o que essas mães têm procurado são atividades para as crianças. Dá para entender a preocupação dessas mães se pensarmos no estilo de vida que a maioria de nossas crianças experimenta. Veja só, caro leitor: nunca antes falamos tanto de autonomia da criança. Na escola, em casa, nos cursos extracurriculares, todos falam que a criança precisa ganhar autonomia e dizem privilegiar essa questão. Entretanto, as crianças nunca foram tão controladas e conduzidas, mesmo em questões que poderiam ser mais livres para elas. Na escola, por exemplo, o tempo todo elas são comandadas sobre o que fazer, quando fazer, como fazer, o quanto fazer, como se comportar etc. Não resta nada às crianças senão obedecer ou desobedecer; aliás, a segunda alternativa parece muito mais criativa e atraente, não é?

Como a criança pode dar os primeiros passos em direção à autonomia se não lhe sobra tempo e espaço para tanto? Da hora em que entra na escola à hora da saída, tudo está previamente determinado. E, em geral, sem considerar a criança real que será submetida a esse esquema. Para a escola, vale o aluno teórico, ou seja, aquele que é pensado para que o planejamento seja feito, e não o aluno que, de fato, assiste às aulas. Em casa é igual: como os pais foram convencidos de que podem determinar o futuro dos filhos modificando o presente, enchem os filhos de atividades. Língua estrangeira, escola de esporte, aula de informática etc. De novo, da hora que acorda à hora de se recolher, à criança não sobra um único intervalo para que possa se conhecer, saber do que gosta, inventar, criar. A vida delas tornou-se 100% controlada. O pior é que muitos pais creem que podem mudar esse panorama árido da vida dos filhos permitindo que escolham coisas que, em geral, eles nem têm condições de escolher. Dessa maneira, não é de se estranhar que, durante as férias, elas fiquem sem saber o que fazer. Por isso elas ficam atrás dos pais – em geral da mãe – em busca do que fazer e também é por isso as mães ficam atrás de

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atividades para elas. Mas essas atividades serão, de novo, determinadas, e pouco restará a não ser aderir ou transgredir. Seria muito bom se a criança pudesse, desde cedo, aprender a saber quem ela é, de quais coisas que ela conhece e gosta, quais lhe são indiferentes e de quais ela não gosta, pelo menos por enquanto. Seria bom ela escolher o que fazer, inclusive para perceber, após a experiência, que não gostou de dedicar seu tempo àquilo. É assim que se aprende a fazer melhores escolhas. Seria bom também se elas não fossem tão controladas: que pudessem brincar do seu jeito ou que pudessem aprender a brincar; que pudessem escolher o que fazer, mesmo que isso exigisse delas muito esforço. Elas teriam muito prazer com a chegada das férias dessa maneira. Hoje, elas têm prazer porque não precisam ir à escola nesse período, o que é bem diferente. Sempre que ouço alguém dizer que as crianças de hoje não têm limites – ainda há quem diga isso – penso imediatamente que elas têm limites em demasia. Por isso, muitos se comportam de maneira descuidada, ruidosa e destrambelhada: parece que esse é o único espaço que lhes restou sem que o adulto consiga controlar.

ROSELY SAYÃO, psicóloga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação.

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TURISMO

VENTOS DO

ETHI ARCANJO / O POVO / FOLHAPRESS

CEARĂ

Esportista carrega equipamento de kitesurfe na praia de Cumbuco Vilas Magazine

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Point de kitesurfe, praia de Cumbuco atrai, alĂŠm de muitos gringos, a galera descolada de Fortaleza

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TURISMO

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apenas 25 km do centro de Fortaleza, a praia de Cumbuco, no Ceará, é a escolha de quem busca emoção neste verão, com um cardápio repleto de atividades “radicais” – graças às dunas, ondas e ventos que compõem a paisagem – ou simplesmente para quem prefere se esticar na areia e não fazer nada. Para o primeiro grupo, o forte é o kitesurfe, esporte que a cada temporada ganha novos adeptos no país. Há ainda passeio de buggy, verdadeira montanha-russa nas dunas, que inclui o ‘’esquibunda’’ (descer uma duna sentado em uma prancha), toboágua, tirolesa, jangada, banana boat (espécie de barco inflável puxado por lancha), caiaque e outras. As dunas já compensam a visita. Suas subidas levam a visões panorâmicas da praia e de extensas lagoas cercadas pela vegetação do semiárido cearense. É nelas que o visitante pode se refrescar, nas águas geladas sob um sol escaldante na casa dos 30’C. Descendo das dunas até a praia, os coqueiros se tornam predominantes e disputam o céu com as pipas do kitesurfe, esporte muito popular em Cumbuco, no qual se usa uma prancha e uma pipa para ser impulsionado pelo vento e fazer manobras nos ares. Na praia, o visitante tem a opção de aproveitar a boa infraestrutura turística das barracas, que oferecem até piscina, ou procurar trechos menos movimentados seguindo em direção à Barra do Cauipe, onde predomina

No Ceará, Cumbuco oferece lagoa, mar, dunas e muito vento Sensação do litoral, praia fica a apenas 25 km do centro de Fortaleza, numa região repleta de atividades ‘radicais’ o visual do mar azul-claro e dos coqueiros ao fundo. A parada obrigatória é na lagoa da Barra do Cauipe, onde mar e lagoa dividem a paisagem com distância de poucos metros entre um e outro. O banho na lagoa é ainda mais gelado do que o de mar, mas o banhista disputará espaço com kitesurfistas. O mar, vale ressaltar, é agitado e mais indicado para a prática de surfe e kitesurfe. Foi justamente o “kite” que há pouco mais de cinco anos provocou um boom no turismo de Cumbuco, atraindo visitantes de todo o mundo interessados no vento do litoral cearense. Atualmente, Cumbuco tem boa infraestrutura turística, com restaurantes, hotéis, pousadas e barracas de praia. Faz parte do município de Caucaia (região metropolitana de Fortaleza). Como o local é perto da capital cearense, fica fácil ir e voltar no mesmo dia. Há ônibus de linha e pacotes de agências de turismo que fazem esse percurso. Além dos turistas, os fortalezenses são pre-

sença constante em Cumbuco. “Está crescendo aqui o número de empreendimentos imobiliários de apartamentos e casas de veraneio para os moradores de Fortaleza”, diz o secretário de Turismo de Caucaia, Silvio Lobato. DÊ UMA ESTICADINHA Quem procura tranquilidade também tem boas opções nos arredores de Cumbuco. Uma delas é a lagoa do Banana, a cerca de 5 km do centro de Cumbuco. Lá, os visitantes podem aproveitar um banho nas águas calmas ou relaxar nas redes montadas nas áreas dos restaurantes. Durante a semana, o local tem pouco movimento e permite um descanso mais tranquilo, porém, costuma encher aos fins de semana. Também há, pouco antes do Cumbuco, a praia de Icaraí, com trechos praticamente desertos. Isso porque Icaraí vive uma fase de decadência, por causa do avanço do mar em direção ao continente, que afastou banhistas e as barracas de praia. Atenção: a maré é muito agitada e torna o banho de mar perigoso. AGUIRRE TALENTO / FOLHAPRESS

Vista da praia de Cumbuco

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AGUIRRE TALENTO / FOLHAPRESS

Samy Marins, atleta profissional de kitesurf, na praia de Cumbuco

Praia é umas das ‘capitais’ do kitesurfe Cumbuco atrai esportistas dos mais diferentes países em busca de seus ventos fortes, que podem atingir 30 km/h

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Havaí do kitesurfe.” É assim que os praticantes do esporte chamam Cumbuco. Quem vai à praia só para um passeio de buggy não imagina que ela é considerada uma das melhores do mundo para a prática do kitesurfe: de longe se avistam as pipas coloridas, que se misturam ao céu azul de Cumbuco. Por isso, o local atrai turistas de vários países e de diferentes Estados do Brasil, e desenvolveu um turismo específico do kitesurfe. Há de norte-americanos a europeus de diversas nacionalidades, como alemães, austríacos, espanhóis e italianos, passando também por asiáticos – principalmente coreanos. O kitesurfe consiste em fazer manobras sobre uma prancha impulsionada pela força

do vento, que é captado por uma pipa segurada pelo praticante enquanto se equilibra sobre a prancha. Há pousadas voltadas diretamente para os praticantes do esporte, que oferecem hospedagem, aulas e loja de equipamentos. Várias delas, inclusive, foram fundadas pelos próprios estrangeiros. O que atrai tanta gente é o vento: forte e constante durante todo o dia ao longo do segundo semestre, que é a alta temporada do “kite”. Os ventos chegam a atingir 30 km/h, segundo as medições feitas pelo Climatempo. CÉU COLORIDO Os adeptos se espalham pelo mar e pelas lagoas de Cumbuco, mais fáceis para a aprendizagem por terem águas calmas. A mais popular é a lagoa do Cauipe, onde dezenas de praticantes sempre estão treinando. Vice-campeã brasileira em 2012, a catarinense Samy Marins, 36, tem ido a Cumbuco todos os anos para treinar. Atualmente passa uma temporada de quatro meses por lá. “Em Vilas Magazine

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Florianópolis, o vento fica bom poucas vezes na semana”, diz. “Aqui, sabemos que temos vento de manhã até a noite, todo dia.” O lugar foi descoberto pelos estrangeiros do kitesurfe por volta de 2007. “Fazíamos campeonatos de windsurfe, ‘sandboard’ e outros relacionados a vela. Com o advento do kitesurfe, houve esse crescimento aqui pelo favorecimento natural dos nossos ventos”, explica o secretário de Turismo de Caucaia, Silvio Lobato. Um dos pioneiros do kitesurfe em Cumbuco, Alex Coelho, 49, começou com uma loja de windsurfe e acabou fazendo a transição para o “kite”. Hoje, ele tem duas lojas e uma pousada, a Kitecabana. Segundo ele, com o boom do “kite”, os estrangeiros começaram a comprar terrenos e até a montar pousadas na região de Cumbuco. “Às vezes, você chega na lagoa do Cauipe e estão lá o campeão mundial, o vice e o terceiro colocado treinando”, conta Coelho. O windsurfe acabou caindo em desuso por lá. O surfe resiste em alguns pontos, mas a paisagem mais comum é a das pipas do “kite”. O grande número de praticantes tem provocado uma competição por espaço com os banhistas. A Secretaria de Turismo estuda delimitar as áreas de “kite” e as de banho, u para evitar acidentes.


TURISMO

Cooperativa credencia bugueiros Uma das maneiras que pode ajudar na segurança do passeio de buggy é o visitante certificar-se de que o veículo que está contratando é credenciado pela cooperativa dos bugueiros. Os veículos credenciados são amarelos, com placas vermelhas. Seus condutores passam, segundo a entidade, por treinamento para fazer as manobras nas dunas de Cumbuco. Os passeios de buggy são intermediados pelas barracas de praia. Você também pode agendar a aventura nos hotéis e pousadas ou ainda negociar diretamente na cooperativa dos bugueiros, localizada dentro do Centro de Apoio ao Turismo (Av. dos Coqueiros, s/nº).

Passeio de buggy é uma maneira de desvendar diversidade da região

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uando o buggy começar a subir as dunas da praia de Cumbuco, segure-se com força: logo você estará descendo morros de inclinação de quase 90 graus em velocidade que até o fará se desgrudar do assento do veículo. O buggy faz subidas se inclinando lateralmente, passando a impressão de que está apenas sobre duas rodas, acelera a toda força, desce as dunas como uma montanha-russa e faz leves derrapagens. Nesses momentos, a adrenalina vai a mil e os quatro participantes do passeio (um sentado no banco do carona e três na parte traseira do buggy) gritam a toda força para liberar a emoção. São duas opções de passeio, o curto e o longo. O primeiro tem duração de cerca de uma hora e custa entre R$ 180 e R$ 200. O mais demorado dura duas horas e varia entre R$ 230 e R$ 260. Certifique-se que o buggy que você está contratando é credenciado pela cooperativa local (veja texto abaixo). Cerca de 20 minutos após o início do passeio já acontece a primeira parada, mas a adrenalina não diminui: é para fazer o “esquibunda”, descendo de uma alta duna sentado em uma prancha até chegar a uma lagoa. Custa R$ 10 para escorregar quantas vezes quiser. A brincadeira é agradável, e a velocidade é controlada cravando os dedos na areia. Difícil é subir de volta a duna para descer de novo. Depois do “esquibunda”, o buggy retoma o caminho nas dunas fazendo um dos trechos com mais emoção, por causa da altura dos morros em que irá subir. Os gritos voltam a plenos pulmões, mas logo são recompensados: uma nova parada, desta vez apenas para contemplação de uma vista panorâmica da praia e da cidade. Ao longe, veem-se coqueiros, casas e o azul do mar se misturando ao azul do céu, com as pipas do kitesurfe dando mais cores ao cenário. Após fotos nos buggies com a paisagem de Cumbuco ao fundo, a próxima parada é para uma outra visão panorâmica, desta vez de uma parte da lagoa do Banana, rodeada por vegetação fechada e morros ao fundo.

praticantes de kitesurfe que costumam treinar por ali. O trecho é um dos mais bonitos da praia de Cumbuco, com uma lagoa praticamente ao lado do mar, coqueiros e pipas do kitesurfe. Terminado o banho na lagoa, é hora de o visitante relaxar no retorno pela praia até o ponto de partida. Os que vão na traseira do buggy sentem os fortes ventos do Cumbuco e se refrescam quando o veículo passa próximo do mar e joga água para todos os lados. A emoção costuma abrir o apetite. Hora de aproveitar os peixes do litoral cearense. Aguirre Talento / Folhapress.

LAGOA AO LADO DO MAR De volta às dunas, mais adrenalina até a quarta parada do passeio (que não é feita no trajeto curto): tobogã e tirolesa, ambos descendo do alto de uma duna até mergulhar em uma lagoa. Na tirolesa, o turista veste uma roupa e desce pendurado por um cabo. A descida não é tão rápida e permite curtir a sensação de estar no ar. Já o tobogã é mais curto e rápido, porém não assusta quem tem medo de altura. As brincadeiras custam, cada uma, R$ 10 por pessoa, para ir quantas vezes quiser. Esgotadas as emoções, o trecho final do passeio é mais tranquilo. O buggy faz o caminho rumo à praia, passando por vegetações típicas do semiárido até chegar aos coqueiros e ao mar. A última parada é na lagoa do Cauipe para um banho gelado, que refresca do calor das dunas, com cuidado para não se chocar com os Vilas Magazine

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SOLIDARIEDADE

Rotary Club entrega cestas básicas doadas em campanha beneficente O Rotary Club Lauro de Freitas entregou, dia 19 de dezembro, as cestas de alimentos arrecadas na campanha “Natal em sua mesa - 2013”, à entidades assistidas pela instituição. As 353 cestas arrecadadas beneficiaram as seguintes associações (a quantidade doada observa o porte da associação): Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes (acima), 120 cestas; Associação Beneficente Pró Lar do Idoso (dir.), 120 unidades; Lar Escola Mundo da Criança, 54 unidades; Associação Evangélica Procurando Servir Melhor, 26 unidades; Centro Espírita Semeadores do Amor, 16 unidades; Associação Beneficente do Amor à Criança, 12 unidades e Associação Comunidade Vila Mar, 5 unidades. Para José Bonifácio Silveira Gomes, diretor da Avenida de Projetos Humanitários do Rotary Club Lauro de Freitas, a campanha alcançou seus objetivos, graças a generosidade de empresas e pessoas da comunidade.

Rotaract Club promove ações de cidadania e solidariedade PROJETO PAZ NO TRÂNSITO O projeto consiste na abordagem de pedestres e motoristas, com o intuito de conscientizá-los sobre o respeito à sinalização de trânsito, em especial à faixa de pedestres. Esta ação, a terceira do projeto, foi realizada no dia 30 de novembro, no centro da cidade (esq.). PROJETO NATAL DIVERTIDO O clube escolheu a comunidade de Quingoma para levar a diversão e o carinho para crianças e famílias da região. No sábado, 21 de dezembro, foram realizadas diversas brincadeiras e distribuição de cestas básicas e panetones para famílias da região (acima).

Cranças da Escola Rotary de Quingoma ganham festa de Natal

Alunos da Escola Rotary de Quingoma ganharam um dia de muita alegria na festa de Natal e encerramento do ano letivo, preparada pelo Núcleo de Senhoras, em dezembro, com direito a distribuição de presentes e lanche. Presentes o secretario municipal de Educação, Edmilson Pereira Lima, que conheceu as instalações da es­ cola, ciceroneado pelo presidente Valdemar Pereira e Almir Cerqueira, diretor de Assuntos Comunitários. Vilas Magazine

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CONSUMIDOR

Protetores solares em spray têm fator de proteção mais baixo que o declarado no rótulo, segundo teste de entidade de defesa do consumidor

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ez marcas de filtros solares em spray à venda no país têm FPS (fator de proteção solar) menor que o declarado no rótulo, segundo análise da Proteste (Associação Brasileira de Defesa do Consumidor). Todos os produtos avaliados são vendidos como tendo FPS 30, mas os índices obtidos na análise variam entre 13,1 e 22,8. Quem se saiu pior foi o spray da Banana Boat, seguido pelo da Coppertone, que, segundo o teste, tem o FPS 14. O da Cenoura & Bronze teve o melhor resultado, apesar de ficar sete pontos abaixo do que anuncia na embalagem. Também foram avaliadas as marcas Australian Gold, L’Oréal, Natura, Nivea, O Boticário, Red Apple e Sundown (veja quadro acima). O teste mediu a proteção contra raios UVA e UVB e seguiu metodologias internacionais reconhecidas pela Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária). Para a análise de FPS, que mede a proteção contra os raios UVB, foi feito teste in vivo, com em média dez voluntários por marca. A análise de UVA foi feita in vitro, e duas marcas foram consideradas ruins nesse quesito Vilas Magazine

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(Australian Gold e Red Apple). “Em geral, os fabricantes usam o mesmo teste para aprovar os produtos. Não há justificativa metodológica para resultados tão ruins”, diz Márcia Carvalho, pesquisadora da Proteste. A Abihpec (Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos) contestou os resultados e a metodologia do teste por meio de nota. “Os filtros analisados são de empresas comprometidas com a qualidade e eficácia de seus produtos. [Protetores em spray] requerem procedimentos específicos para determinação do FPS, que, se não aplicados adequadamente, podem impactar negativamente no resultado final.” Em testes de eficácia, o filtro em spray é usado de forma diferente da que o consumidor está acostumado. Em vez de borrifado na pele, o produto é aplicado em gotas e espalhado com uma luva. Tudo isso para ter certeza de que a pele está recebendo 2 mg de filtro por cm, explica o dermatologista Sérgio Schalka, da Sociedade Brasileira de Dermatologia.

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OUTRO LADO

“É mais complexo fazer um teste de filtro em spray do que em emulsão. É um produto volátil.” Além disso, o método tem um grau de incerteza, porque mede a formação de vermelhidão da pele. “É uma resposta individual que depende da quantidade de produto e da forma que é usado.” De acordo com a Proteste, foram tomados todos os cuidados específicos para a aplicação do spray. “Se os dados estiverem corretos, é preocupante. É preciso exigir que a indústria modifique o seu rótulo para que ele seja condizente com o conteúdo”, diz o dermatologista Davi de Lacerda. A Proteste enviou os resultados à Anvisa e pede readequação dos rótulos. FORA DO LABORATÓRIO O teste dos protetores em spray levanta uma questão: se a eficácia do filtro cai dependendo da forma de aplicação – e nos testes o produto é usado de um jeito que ninguém

usa – seriam esses filtros para borrifar menos eficazes do que as loções? Não, afirma Schalka. “Funciona superbem, mas se aplicar mal ou pouco o efeito despenca. De FPS 30, pode cair para sete”, diz. Como ninguém consegue aplicar com precisão 2 mg de filtro por cm, o correto é pintar a pele de forma lenta, “como se estivesse pichando um muro”, com uma certa proximidade para que não evapore o produto e sem espalhar depois. O médico recomenda que a primeira aplicação seja feita com o filtro em loção, em duas camadas, e o spray seja usado nas reaplicações. A dermatologista Solange Teixeira, da Unifesp, indica o uso de produtos com fatores de proteção mais elevados para compensar os erros de aplicação. “Se cair de FPS 50 para 25, é melhor do que se cair de 30 para 15. Mas aí há outro problema: sprays já são mais caros e o de FPS 50 é mais caro ainda”, diz Schalka.

Fabricantes questionam metodologia do teste

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s fabricantes das dez marcas analisadas discordam dos resultados do teste e reiteram a eficácia de seus produtos. Em nota, as marcas Nivea e Cenoura & Bronze disseram não ter tido acesso ao estudo da Proteste e reafirmaram que seus produtos seguem padrões de eficácia. Já a Natura declarou que, “mesmo seguindo a metodologia aceita pela Anvisa, se não forem corretamente manuseados, produtos de base alcoólica podem gerar grandes variações de resultados”. As marcas L’Oréal, Coppertone, O Boticário e Banana Boat divulgaram uma nota dizendo que seguem a legislação da Anvisa e têm estudos comprovando o FPS declarado no rótulo. A Australian Gold, além de reafirmar a eficácia dos seus produtos, se colocou à disposição para a realização de um novo teste em conjunto com a Proteste. Sobre o resultado ruim no teste de proteção UVA, a fabricante diz que essa proteção ainda não é exigida pela Anvisa. Esse também foi o argumento da Red Apple para o teste de UVA. Sobre o FPS, a fabricante disse que realizou uma nova análise e obteve um resultado idêntico ao que já tinha (FPS 30,8). A Sundown não quis se pronunciar.

Juliana Vines / Folhapress.

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Perdoa-me por me traíres

a minha pesquisa sobre casaimagina duas?”. mento e fidelidade, 60% dos Já as mulheres dizem que querem ser homens e 47% das mulheres únicas para os seus maridos e querem disseram que foram infiéis. também que eles sejam únicos para elas. Classifiquei os discursos masculinos em Elas dizem que só foram infiéis porque o cinco tipos principais. marido não satisfazia suas necessidades Os “poligâmicos por natureza” dizem de atenção, escuta, romance, carinho, A maioria das mulheres afirma que amam e desejam suas esposas, mas sexo, intimidade, diálogo, elogios etc. que não trairia caso suas não podem trair o próprio desejo de É óbvio que também encontrei munecessidades afetivas e aventura, novidade, sedução. Eles não se lheres que traíram por sentir desejo por sentem culpados por trair, pois consideoutro homem, em momentos de crise sexuais fossem satisfeitas ram que são fiéis à própria natureza. do casamento ou até mesmo por “pintar Os “poligâmicos por oportunidade” dizem que traem em viagens uma oportunidade”. Mas a maioria justificou a própria infidelidade de trabalho, festas de fim de ano: “porque a mulher deu mole”, “não afirmando que não trairia caso suas necessidades afetivas e sexuais consegui dizer não”, “foi só brincadeira”, “foi uma noite só”. Eles fossem satisfeitas pelo marido. acreditam que sexo com garotas de programa não é infidelidade. Uma famosa peça de Nelson Rodrigues parece perfeita para os Os “monogâmicos infiéis” afirmam que não queriam trair, mas homens que não conseguem satisfazer os incontáveis desejos fetiveram relações extraconjugais em momentos de crise pessoal ou mininos e, portanto, são considerados os verdadeiros culpados por em uma crise do casamento. Eles se sentem culpados até resolver serem traídos. Eles deveriam, então, assumir a responsabilidade a situação, quando decidem se separar da esposa ou da amante. pela infidelidade feminina e pedir a elas (ou até mesmo implorar, Os “monogâmicos fiéis” dizem que não traem suas esposas, como queria o dramaturgo): “Perdoa-me por me traíres”. pois não querem ser desleais: “Quero que a minha esposa seja também minha amante, minha parceira, minha melhor amiga”. MIRIAN GOLDENBERG antropóloga, professora da Universidade Os “monogâmicos por preguiça” acham que trair dá muito Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” trabalho: “Uma única mulher já exige demais e reclama de tudo, (Ed. Record) miriangoldenberg@uol.com.br

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onfira três opções de penteado para lhe deixar com um visual ainda mais bonito. No primeiro, o segredo está em deixar os fios ondulados naturalmente. “Se a pessoa já tiver os fios encaracolados, a dica é secar com ativador de cachos e o equipamento difusor do seu secador”, indica o cabeleireiro Tebas. O segundo, é um cabelo preso pela metade, que é finalizado com um arranjo de flores. Ele pode, ainda, dar origem ao terceiro ‘look’, uma trança embutida e moderna. O truque para que os três saiam perfeitos é básico. “A lavagem é o primeiro passo para ter um cabelo bonito. É importante usar o xampu apropriado para o seu tipo de cabelo”, ressalta Tebas. Confira o passo a passo e escolha qual é o visual ideal para você arrasar em qualquer festa neste verão. (Folhapress).

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Cabelo solto, preso ou com trança

AGRADECIMENTOS: À modelo Sarah Sophia (Faro Models), (foto no alto da página) e ao cabeleireiro Tebas

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Mechas do Verão A tendência da estação é iluminar as madeixas com luzes finas e claras; veja as dicas dos especialistas

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s raios do sol inspiram os cabeleireiros das celebridades, que ditam as tendências deste verão. “A grande aposta do momento é o loiro platinado com mechas finíssimas e claríssimas”, conta o cabeleireiro Marco Antônio, responsável pelo visual de famosas, como Adriane Galisteu. “O cabelo mais pedido é o da Carol Dieckmann, o ‘ice platinum’, quase branco e com fios ainda mais claros, para não ficar monocromático”, revela ele, que mudou o visual da atriz. “Já fiquei loira milhões de vezes, com várias tonalidades diferentes, e adorei a nova cor do meu cabelo”, aprova Carolina. “Sintome muito honrada em saber que as pessoas se inspiram em mim”, completa ela, no ar em ‘Joia Rara’ (Globo). Mesmo quem não clarear tanto o cabelo pode, sim, ficar na moda. “O loiro poderoso de Adriane Galisteu também é um dos mais copiados. Mantemos a raiz natural com pinceladas com três tons: mechas caramelo, u DIVULGAÇÃO

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BELEZA

Laís Oliveira / Folhapress.

Sabrina Sato é prova de que as morenas também arrasam. Com o tom de fundo achocolatado, ela fez mechas caramelo quente, mel e loiro claríssimo dourado BRUNO POLETTI / FOLHAPRESS

A atriz Diana Bouth passou a usar protetores térmicos quando teve os cabelos danificados

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mel e camomila, sempre bem fininhas”, destaca ele. “Com a chegada do verão, aumenta o número de mulheres que querem ficar loiras, ainda mais com a quantidade de platinadas nas novelas. Porém, a cor não fica bem para todas”, ressalta a cabeleireira Cecilia Mogami. Morenas e ruivas também têm sua vez ao sol. “O ‘look’ de Sabrina Sato, por exemplo, é superglamoroso. Mas não é castanho. Essa palavra foi abolida do vocabulário. A cor agora é achocolatado, que deixamos como fundo e fazemos mixes de caramelo quente, mel e loiro claríssimo dourado”, conta Biaggi. Já as ruivas, que estão muito em alta, também têm um tom especial, mas é o único não trabalhado em mechas. “As brasileiras estão começando a pedir a cor agora. E não é mais o tom fechado da Paloma Bernardi, que foi um sucesso na época de ‘Avenida Brasil’ (Globo). O novo ruivo é o ‘strawberry blonde’, o tom das atrizes Marina Ruy Barbosa e da Sophia Abrahão”, exemplifica ele. Loiras, morenas ou ruivas, as mulheres gostam de mudar as madeixas para ficarem diferentes, mas, devem hidratá-las para manter os fios saudáveis, ainda mais quando se tem contato com mar ou piscina. “Uma dica boa é misturar umas gotinhas de óleo de argan com o condicionador de costume, passar no cabelo e colocar touca térmica por 15 minutos. Faz milagres”, ensina Cecilia.

Cabelos protegidos Secadores e modeladores podem prejudicar a estrutura capilar, mas protetores térmicos ajudam a prevenir o ressecamento dos fios

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ecadores, chapinhas e modeladores de cachos já fazem parte dos utensílios mais usados pela mulherada no dia a dia. No entanto, o choque de lavar o cabelo e, em seguida, secá-lo e modelá-lo pode prejudicar a estrutura capilar. “Quando lavamos os fios, as cutículas ficam abertas, e mexemos lá dentro deles. Quando secamos e passamos uma chapinha, por exemplo, toda a água do fio evapora, deixando-o desidratado e, consequentemente, ressecado”, explica o cabeleireiro Rodrigo Lima. A atriz Diana Bouth, 32 anos, sofreu as consequências do uso contínuo dos secadores e modeladores. “As pontas do meu cabelo ficaram destruídas com o tempo. Há alguns meses, fiz uma peça de teatro, e meu cabelo ficou mal quando terminou a temporada”, conta. Desde então, ela usa protetores térmicos. A maior parte desses produtos é constituída por óleos hidratantes que fecham a cutícula capilar, protegendo os fios do vento e da queimadura. De acordo com os especialistas, não há restrições para a utilização. “O protetor térmico, ou ativador térmico, é indicado a todos os tipos de cabelo que forem processados por uma fonte de calor. Só não é Vilas Magazine

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recomendado usá-lo como ‘leave-in’ [creme sem enxágue], porque ele não tem essa propriedade, eles não são modeladores”, alerta o cabeleireiro Luiz Cintra. O uso contínuo também não é prejudicial ao cabelo. “Quem tem fios finos só precisa ter um pouco de cuidado. Usar produtos com base hidratante pode deixá-los oleosos”, alerta Lima. Para cada tipo de utensílio, existe um produto ideal. “A função principal do protetor térmico, como o nome já diz, é proteger os fios do calor excessivo. Existem os que são indicados para cada desejo da cliente. Por isso, se ela quiser somente alisar os fios, deve optar pelo protetor térmico comum. Agora, se o caso é modelar, opte pelo termoativado, que é específico para isso e ajuda a fixar o penteado por muito mais tempo”, ensina Cintra. Na hora de aplicar o produto, certifique-se de que leu as instruções. “Existe uma diferença nos protetores que devem ser aplicados antes da secagem ou depois. O calor danifica, sim, a estrutura do fio, e esses produtos diferem entre si para agir da melhor forma possível”, explica Lima. Gabriela Simionato / Folhapress.


JULIA CHEQUER / FOLHAPRESS

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ejam pequenos ou grandes, sóbrios ou coloridos, os brincos completam o visual e dão um charme a mais nas produções. Mas o que fazer quando um complemento da beleza se torna um vilão da saúde? “Tenho alergia a bijuterias, mas não tomo muitos cuidados, não. A orelha fica vermelha, inflama e sangra. Aí eu paro de usar por uns dias e, quando cicatriza, eu volto. Não vou ficar sem pôr brinco”, argumenta a publicitária Talita Lopes, 27 anos, que não resiste a um belo acessório. “Ninguém nasce com alergia a bijuterias, mas, sim, ao níquel presente nelas. As células percebem que há algo estranho no organismo e criam anticorpos. Então, a pessoa se torna sensível a colares, gargantilhas, anéis. E, uma vez que isso começa, você será alérgico para sempre” decreta Jayme de Oliveira Filho, dermatologista e coordenador do Departamento de Cosmiatria e Laser da Sociedade Brasileira de Dermatologia. Chamada dermatite ou eczema de contato, a reação na pele pode ser desde uma coceira leve até a formação de bolhas e edemas. “A orelha é uma das áreas mais suscetíveis,

Alergia a brincos Cerca de 20% dos brasileiros sofrem com a sensibilidade a bijuterias; veja como é possível evitar o problema e tratá-lo porque o brinco fica apertado, e o níquel fica mais em contato com a pele do que se fosse uma pulseirinha, larga no pulso”, diferencia o médico. Truques caseiros não faltam para evitar o problema. “Já tentei passar esmalte no brinco, mas não deu certo, acho que é lenda”, brinca Talita. “Às vezes, o tiro sai pela culatra, e a situação piora. Muita gente é alérgica ao esmalte, por exemplo”, observa Oliveira Filho. JOIAS OU BIJUTERIAS? As mulheres que sofrem com alergias não precisam dizer adeus aos acessórios. Segundo os dermatologistas, as joias raramente causam Vilas Magazine

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Talita Lopes é alérgica, mas não resiste a um belo par de brincos

reações alérgicas. Então, é possível optar por essas peças ou pelas banhadas a ouro ou prata. “Com bijuterias, minha orelha começava a coçar, ficava vermelha e logo virava uma salsicha, um horror! Mas com joias nunca aconteceu nada”, conta a securitária Sônia Ribeiro. Talita também já aprendeu a artimanha, mas conta que, em alguns casos, se rende às bijuterias. “Hoje, sou um pouco mais cuidadosa, mas, se eu ganho alguma bijuteria, o que acontece direto, eu uso mesmo assim”, ri. Prevenir é sempre o melhor remédio, mas, caso o estrago já tenha sido feito, o dermatologista Amilton Macedo dá orientações. “O paciente deve lavar a área com água e sabonete e mantê-la seca”. O segundo passo é fazer um teste para comprovar a alergia. “Se a pessoa tiver uma lesão ativa, vai usar cremes à base de corticoides, tomar antibióticos e, dependendo do caso, anti-histamínicos também. Sempre com orientação médica”, adverte. Laís Oliveira / Folhapress.


LIVROS

Autor faz bom retrato cômico da humanidade

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Alcir Pécora Especial para a Folhapress

m “A Cidade, o Inquisidor e os Ordinários”, novo livro do escritor mineiro Carlos de Brito e Mello, boa parte da graça está em acertar a leitura com o gênero encenado por ele: a farsa.

No seu modelo medieval mais conhecido, a farsa é uma composição teatral breve, cômica, usada para preencher os intervalos das representações sacras nas festas religiosas. Daí o nome “farsa”, do latim “farcire”, isto é, “encher”, “rechear”. Como aqui não se trata de teatro e tampouco de preencher o intervalo de uma função religiosa, a forma apresenta-se como alternativa inteligente

RODRIGO VALENTE / DIVULGAÇÃO

‘A Cidade, o Inquisidor e os Ordinários’, de Carlos de Brito e Mello, usa farsa como opção inteligente ao romanesco.

ARTIGO MÁRCIA TUDE Especial para a Vilas Magazine

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Peça e será atendido

m tempos de enxurradas de livros de autoajuda, há aqueles que são interessantes por diversos motivos. Em “Peça e Será Atendido”, um casal comum de Malibu vê-se arrebatado pela sede de conhecer os ensinamentos espirituais através do poder da meditação e da lei de atração. Após entrar em contato com elementos não físicos, Esther, a partir de uma revelação inesperada, inicia seus diálogos constantes com o guia espiritual Abraham. “Peça e Será Atendido” é um livro de autoajuda, no mínimo, inusitado, pois é baseado nas mensagens de Abraham e nos inúmeros ensinamentos que ofereceu ao casal de autores Esther e Jerry Hicks, quando esteve em contato com os mesmos. Segundo a coautora, esse guia espiritual é fruto de uma consciência coletiva, onde o fluxo energético, parecido com

ondas de rádio, apreende o seu pensamento em blocos que se transformam em mensagens que tem sido gravadas pelo casal há cerca de 20 anos. E foi Abraham quem os ajudou a escrever o livro. Para o outro coautor, Jerry, “Peça e Será Atendido” (Editora Sextante, 2007) contém alguns dos mais poderosos ensinamentos disponíveis em nosso planeta atualmente, possibilitando afortunar os que estão permanentemente conectados à Fonte de Energia. Além disso, essas vozes do Espírito falam numa linguagem de fácil assimilação que todos poderão traduzir em ação, a favor do próprio destino, compreendendo que isso acontece porque somos ligados ao Universo e quando não estamos em sintonia com ele, nossos verdadeiros desejos podem ser mal compreendidos. O fato é que reverter essa situação é mais simples do que se imagina, de acordo com os ensinamentos da obra.

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O que mais chama atenção nas conclusões dos autores é a importância de identificar o real desejo e respectivos sentimentos através de processos que irão aprimorar o seu ponto de atração. Pare um instante e examine qual é a emoção dominante em você agora: se for raiva ou frustração, indicam que seus pensamentos estão oferecendo resistência à energia universal que responde aos seus desejos. Portanto, a única coisa que você precisa começar a fazer é, lenta e gradualmente, renunciar a


à construção romanesca e, ademais, como recurso para um andamento narrativo prioritariamente conduzido pelo caráter bufão e caricato de personagens e situações bem circunscritas. No caso, o enredo se dá em torno das ações de um autoproclamado Inquisidor de uma cidade grande,mas não moderna, nem interessante, cujas pistas mais óbvias referem Belo Horizonte, mas potencialmente servem a qualquer outra localidade.

O escritor Carlos de Brito e Mello em Belo Horizonte

SEM DEUS Perdida a fé em Deus e na grandeza humana, o Inquisidor cuida de fazer dependurar, à vista de todos, o corpanzil sem asseio da gente “abnorme”, vale dizer, aquela que já perdeu o sentido das regras do convívio social, enfronhando-se em casa, num processo lento e Continua na página 138

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OS MAIS VENDIDOS FICÇÃO 1 A Culpa é das Estrelas John Green / Intrínseca 2 Inferno Dan Brown / Arqueiro 3 O Silêncio das Montanhas Khaled Hosseini / Globo Livros 4 Cidades de Papel John Green / Intrínseca 5 Fim Fernanda Torres / Companhia das Letras 6 O Teorema Katherine John Green / Intrínseca 7 O Lado Bom da Vida Matthew Quick / Intrínseca

NÃO FICÇÃO esses pensamentos, substituindo-os por outros de amor, alegria e esperança. À medida que for conseguindo, irá experimentar um imenso alívio e saberá que está se abrindo para permitir a realização dos seus desejos. Dessa forma, só existe uma razão para que um desejo seja mantido: que a pessoa acredite que se sentirá melhor ao realizá-lo. Seja um objeto, um estado físico, uma situação ou um relacionamento – no fundo de cada desejo está a vontade de sentir-se bem. Por isso o padrão de sucesso na vida não são as coisas ou o dinheiro: é o grau de alegria que você sente. Para os escritores, se você se concentrar durante 17 segundos em algo, uma vibração correspondente é ativada e a lei da atração trará para você mais pensamentos que combinam com o primeiro. Se conseguir ficar concentrado em qualquer pensamento durante 68 segundos, a vibração será forte o suficiente para que sua manifestação tenha início. Qualquer coisa em que você concentre muitas vezes sua atenção se transformará na sua “verdade”. E para facilitar a vida do leitor, “Peça e Será Atendido” oferece uma série de exercícios, entre os quais destaco: 1 – Escalada da contemplação: em qualquer lugar e a qualquer hora, olhe à sua volta e concentre-se em alguma coisa que lhe agrade. Mantenha a atenção neste objeto. Concentrando-se nele por mais tempo, seu pensamento positivo vai aumentar. Tome

então consciência de que seu sentimento melhorou e usufrua dessa melhora. 2 – Meditação: a cada dia, por 10 ou 15 minutos, sente-se em um lugar calmo usando roupas confortáveis. Feche os olhos, relaxe e respire. Concentre-se na sua respiração. Inspire lentamente e depois desfrute o conforto de liberar o ar. Procure desapegar-se dos pensamentos e concentre-se apenas na sua respiração. Escolha uma frase simples e repita-a mentalmente, acompanhando o ritmo da respiração. MAIS SOBRE OS AUTORES Desde 1989, Jerry e Ester Hicks visitam cerca de 50 cidades por ano ministrando palestras e seminários. A filosofia que criaram, a partir das mensagens recebidas de Abraham, foi amplamente difundida boca a boca e acabou ganhando atenção mundial. O casal já publicou mais de 600 obras, incluindo livros, fitas, CDs e vídeos com os ensinamentos do seu guia espiritual. Para maiores informações, acesse www.abraham-hicks.com

MÁRCIA TUDE é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial.

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1 Nada a Perder Edir Macêdo / Planeta do Brasil 2 Destrua Esse Diário Keri Smith / Intrínseca 3 1889 Laurentino Gomes / Globo Livros 4 Demi Lovato: 365 dias do Ano Stayingstrong Demi Lovato / Best Seller 5 Eu sou Mala Cristina Lamb / Companhia das Letras 6 Kardec Marcel Souto Maior / Record 7 A Década Perdida Marco Antonio / Villa Record

AUTOAJUDA E ESOTERISMO 1 Kairós Padre Marcelo / Principium 2 O Encontro Inesperado Zibia Gasparetto / Vida e Consciência 3 Casamento Blindado Renato e Cristiane Cardoso / Thomas Nelson Brasil 4 Eu me Chamo Antonio Pedro Gabriel / Intrínseca 5 Eu Não Consigo Emagrecer Pierre Dukan / BestSeller 6 Só o Amor Consegue Zibia Gasparetto / Vida e Consciência 7 O Método Dukan Ilustrado Pierre Dukan / BestSeller


VIVER BEM

Infecção urinária maltratada pode piorar e atingir os rins

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Se doença não for tratada, bactérias causam pus na região renal e até infecção generalizada

ausada por bactérias que agridem a bexiga, a cistite (tipo mais comum de infecção urinária) pode atingir os rins do paciente se não for tratada adequadamente. Segundo o urologista Daher Chade, do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e da Faculdade de Medicina da USP, quando atacam os rins, as bactérias podem formar abscessos (acúmulos de pus) dentro ou ao redor deles. “Quando isso acontece, o antibiótico usado no tratamento da cistite passa a não agir mais no organismo do paciente”, explica Chade. Bem mais grave do que a cistite, a infecção no rim exige assistência médica imediata, segundo o urologista. O tratamento, nesse caso, requer a realização de uma cirurgia para drenar o pus acumulado do paciente. O procedimento, explica Chade, consiste em uma endoscopia, feita com cateter (tubo flexível) ou pela uretra (canal por onde passa a urina) ou

fesp (Universidade Federal de SP) Carolina Ambrogini. Segundo os especialistas, a evolução da infecção pode não parar no rim. “Todo o sangue é filtrado no rim. Então, essa bactéria pode circular por todo o corpo e se manifestar de forma generalizada, que pode até causar a morte do paciente”, afirma a ginecologista. ANTIBIÓTICO Apesar disso, os médicos afirmam que, na maioria dos casos, a infecção urinária, sobretudo a cistite, é uma doença fácil de ser tratada, por meio de antibiótico. “A infecção urinária não costuma ser grave. Do ponto de vista clínico, é uma infecção de quadro leve”, afirma Chade.

Mulher deve urinar após relação sexual

por meio de um corte na região lombar. Os sintomas, que na cistite são a dor ao urinar e ir mais vezes ao banheiro do que o habitual, também mudam quando a infecção chega ao rim. “A pessoa sente febre e dor nas costas”, afirma a ginecologista da Uni-

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A infecção urinária atinge mais as mulheres porque elas têm a uretra (canal por onde passa a urina) mais curta que a do homem. “Como a infecção urinária é, muitas vezes, causada por bactérias da flora intestinal, no ato sexual, elas são empurradas para a bexiga. Por isso, a mulher sempre deve urinar após a relação, para eliminar essas bactérias”, diz a ginecologista Carolina Ambrogini. Léo Arcoverde / Folhapress.


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VIVER BEM

Pais devem cuidar dos dentes do bebê desde o nascimento

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Mesmo antes da primeira dentição, pais devem limpar a boca das crianças após as refeições

rritação, gengiva inchada e avermelhada, diarreia e febre: esses e outros sintomas indicam que os dentinhos do bebê começaram a nascer. Essa fase incômoda na vida dos pequenos acontece, em geral, a partir do sexto mês de vida. Uma das dicas dos especialistas para as mães é amamentar os filhos. “Essa ação deve ser incentivada porque ajuda a desenvolver a estrutura facial do bebê, como os dentes, os ossos e os músculos”, explica a especialista em odontologia pediátrica Maria Aparecida Moreira Machado, da Faculdade de Odontologia de Bauru, da USP.

A especialista afirma ainda que os pais devem cuidar da limpeza bucal nos filhos desde o início da vida. Nos primeiros seis meses, é indicada a limpeza da gengiva do bebê com um pano umedecido com água filtrada. “Muitos pais só fazem isso quando os dentes começam a crescer, um erro. Bons hábitos devem ser estimulados desde cedo”, diz Maria. A especialista afirma que a limpeza bucal deve ser feita após cada refeição do bebê, mas essencialmente antes de a criança dormir. Após os seis meses, além da limpeza com

pano umedecido com água após as refeições, os pais também podem usar anestésicos naturais e pomadas, sempre receitadas por um dentista, para aliviar as dores causadas pelo rompimento da gengiva pelos dentes. A primeira visita ao dentista pediátrico deve ser aos seis meses. ESCOVA DE DENTES A escova de dentes deve ser adotada quando a criança tiver um ano e meio. A pasta de dente deve ter quantidade mínima. “Até os três anos, a criança não consegue cuspir, só engole. Por isso é fundamental ter pouca pasta. Isso evita problemas no futuro, como manchas nos dentes”, afirma o dentista Thiago Sfair Nagliati. Mas as crianças, em geral, não entendem a importância de escovar os dentes periodicamente. “A prática pode ser estimulada com brincadeiras”, diz o especialista. Tatiana Cavalcanti / Folhapress.

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Gratidão

Jordan Grafman com o brasileiro Jorge e todos os feriados, o de Ação de Moll sobre emoções morais. Graças norte-americano é meu Apoiados na filosofia de David Hume, favorito: um dia para reunir a eles supõem que essas emoções depenfamília ao redor de um enorme Dar graças pelas coisas boas dem da noção de agência, ou seja, de jantar e lembrar de todas as pessoas, coisas da vida é dar ao cérebro uma responsabilidade pessoal pelos acontee oportunidades pelas quais somos gratos. chance de lembrar tudo cimentos. Quando algo de bom acontece Ainda por cima, é um feriado não religioso como resultado das nossas ações, ficamos e não comercial (ainda que dê início à temque tem dados certo orgulhosos; mas, quando algo de bom porada de compras natalinas). acontece por ação alheia, ficamos... gratos. A equipe mostra que, Muito apropriadamente, o site TED.com publicou no feriado a nos dois casos, de fato há ativação do sistema de recompensa palestra do monge Beneditino David Steindl-Rast, que vem divuldo cérebro, que nos deixa instantaneamente felizes e satisfeitos. gando uma mensagem de gratidão. Parar para olhar ao redor e dar graças pelas coisas boas da vida Em voz deliciosamente serena porém firme e sem qualquer é, portanto, dar ao cérebro uma oportunidade de lembrar de tudo o apoio audiovisual, o monge nos lembra que todos nós, de qualquer que tem dado certo e ficar genuinamente feliz com tudo isso que não cultura, etnia, credo ou profissão, temos algo profundo em comum: depende de nós. Assim, a gratidão é, por definição, um sentimento o desejo de ser feliz. E ousa dar uma receita: o caminho mais fácil de felicidade – mas um que podemos escolher ter a cada instante. e imediato para a felicidade é a gratidão. É só fazer uma pausa, dar graças (à vida, aos céus, a Deus, ao É uma mensagem simples e poderosa – e a neurociência assina acaso, às pessoas boas que você conhece, não importa) e instanembaixo. David nos lembra do que é dar graças: é parar por um taneamente seu cérebro encontrará um momento de felicidade. instante para olhar ao redor e reconhecer as oportunidades que Dar graças pelas coisas boas da vida é dar ao cérebro uma chance temos e lembrar que, mesmo se algo dá errado, a vida nos dá a de lembrar tudo que tem dado certo oportunidade de tentar de novo. Na pior das hipóteses, podemos ser gratos só por essa oportunidade de seguir adiante. Fui assuntar na literatura científica sobre o que é a gratidão SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, professora da UFRJ, para o cérebro e me deparei com um belo estudo do americano e apresentadora do programa Cerebrando (cerebrando.net)

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Janelas Abertas época de descobertas e mudanças, no último ano do curso médio e preparo para o vestibular. Tanta coisa acontecendo no país, no mundo, em minha vidinha!... O baú da memória se abria, mas antes de remexê-lo, falei que embora apreciasse muito reencontrar Peter, abominava a ideia de exposição na mídia. Frans afiançou que o programa não era apelativo, que a intenção era fazer pessoas felizes, dar oportunidade de resgatarem algo dos seus passados, mostrar que em qualquer lugar do mundo, as pessoas têm os mesmos sentimentos, que no final das contas somos todos iguais. Ainda assim, pedi tempo para pensar. Frans ficou de enviar material sobre o programa, e de ligar de novo dali a dois dias. Desligado o telefone, pude revirar o baú à vontade, entregandome ao redemoinho das recordações, das sensações e da reflexão. Por coincidência, o inusitado telefonema se dera um dia depois da data em que a queridíssima tia, a “Margotinha” de Haaring, teria completado 100 anos, o que já tinha me remetido ao mundo das reminiscências e o das saudades sem fim, inda mais que havia poucas semanas que o não menos querido primo, o sereno Zé Carlos, filho de Margarida, se fora também. Portanto, o terreno já estava pronto para a germinação das viagens sentimentais e do espírito especulativo. Nos dias que se seguiram li todas as cartas de Peter, revi as fotos dos passeios que fizemos, achei a bonequinha holandesa em trajes típicos com os famosos tamancos que ele me presenteara. Sobretudo matutei...Nunca poderia supor que Peter ainda se lembrasse de mim, muito menos que tentaria um reencontro tantas décadas depois... Impossível saber o grau de significado que se tem na vida do outro. Como diria Guimarães Rosa: “Tudo, aliás, é a ponta de um mistério”. Houve um tempo em que aguardava ansiosa pelas cartas dele, chegando até adivinhar, em sonho, o dia em que receberia. Mas isto se desvaneceu em cerca de dois anos. Não podia crer que para ele, aquela breve e ingênua convivência de adolescência, pudesse ter tido importância a ponto de ainda lembrar. Seria porque estava ligada à sua viagem ao exótico Brasil, ao reencontro com o pai à descoberta de uma realidade bem diferente da qual vivia? Fosse como fosse, era gratificante reviver o sentir daquela antiga menina e saber que Peter não me esquecera. Tinha guardado as cartas e o quê sentira anos atrás não se perdera, apenas havia ficado sob as sobrepostas camadas do tempo. Pelo efeito que as lembranças deste e dos demais estratos causavam, me dei conta de que os vários estratos eram todos valiosos, quase sem distinção. Cada qual correspondia a uma época, envolvia pessoas distintas, era uma etapa existencial. Somados, constituíam minha vida. Ademais, pelo o coador de Cronostudo se filtra, até as dores, sobrando tão só a essência do vivido em feitio de emoção. Portanto, mesmo que o programa não se concretize, já valeu. Que em 2014 o pitiguari traga muito boas notícias, também para os leitores e todos que fazem a Vilas Magazine.

GILKA BANDEIRA

Adivinhe quem vem

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em que o pitiguari vinha insistindo muito nos últimos dias no “adivinhe quem vem”. Pela persistência e proximidade devia ter suspeitado de que viria surpresa das grandes, e não, simplesmente achar que o passarinho tinha perdido o tino com falsos avisos, dando razão aos que consideram seus anúncios mera crendice. Afinal, surpresas é o que mais a vida nos reserva, embora para surpreender de verdade não se há de pressenti-las, ou levar a sério imprecisas intuições e pregão de passarinho. Era uma manhã muito azul e após pequena contemplação à janela comecei a trabalhar. O telefone tocou. Uma voz completamente estranha com sotaque de gringo me perguntou se eu era eu e se apresentou: “Sou Frans, jornalista holandês, residente no Brasil, correspondente do programa Memories, de uma TV estatal da Holanda e desde 2005 estou à sua procura”. Naquela época não tivera êxito, mas voltando à busca, enfim, me achou pela Internet. Em seguida perguntou se nos idos de 1968 eu conhecera um holandês chamado Peter. Meio atônita, falei:“Peter filho de Haaring, marido da minha tia Margarida? Claro... Ele viera visitar o pai e nos conhecemos.Banquei a cicerone, ficamos amigos e levamos algum tempo trocando correspondência após o regresso dele à Holanda”. Só então, Frans disse o motivo da ligação: Peter havia sugerido ao Memories fazer uma edição do programa conosco. “Como assim? Que programa era este? Por quê?” Entre intrigada e ansiosa inquiri mentalmente, calando-me para ouvir Frans dizer que o Memories, com grande audiência em toda Holanda, promovia reencontro de pessoas no mundo inteiro, velhos amigos ou namorados, que por uma ou outra razão se perderam de vista, mas não inteiramente da memória e do coração. Peter tinha escrito para a televisão contando sobre a vontade de me rever e Frans, fora incumbido de manter o contato e saber se eu aceitaria participar. “Estou de dedos cruzados. O pessoal na Holanda também”, salientou entusiasmado, informando ainda que a equipe do Memories iria me entrevistar, fazer um documentário sobre Salvador focalizando os lugares que Peter conhecera, filmando também flashes do meu atual cotidiano. No final Peter viria para o reencontro. Imediatamente, vi passar um filminho, onde aparecia um rapaz alto magro que chegara de longe trazendo novidades e me serviu de esteio para importante tomada de decisão. Revi aquela

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l SAÚDE & BEM-ESTAR . .........................................72 a 92

l AUTO & CIA........................................................139 a 143

l GASTRONOMIA.....................................................93 a 98

TRIBUNA DO LEITOR.............................................143 a 144

l FESTAS..................................................................99 a 102

TÁBUA DAS MARÉS / FASES DA LUA...............................145

l MODA.................................................................103 a 104

MAPA DE VILAS DO ATLÂNTICO....................................147

l FACILIDADES & SERVIÇOS.................................105 a 138

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ACADEMIA

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ACADEMIA

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CARDIOLOGIA

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CARDIOLOGIA

CARDIOLOGIA

CLÍNICA

CLÍNICA

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CLÍNICA

CLÍNICA GERAL

CLÍNICA MÉDICA

CLÍNICA MÉDICA

CLÍNICA MÉDICA

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DIAGNÓSTICO POR IMAGEM

ENDOCRINOLOGIA

ENDOCRINOLOGIA

ENFERMAGEM DOM.

ESPAÇO TERAPÊUTICO

ESTÉTICA

ESTÉTICA

ESTÉTICA

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ESTÉTICA

ESTÉTICA

ESTÉTICA

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ESTÉTICA

FARMÁCIA

FARMÁCIA

FARMÁCIA

FARMÁCIA

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FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA

E-mail: gisellifisio@yahoo.com.br

FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA

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FISIOTERAPIA

FISIOTERAPIA DOMICILIAR

FONOAUDIOLOGIA

GASTROENTEROLOGIA

GASTROENTEROLOGIA

GERIATRIA

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GERIATRIA

LABORATÓRIO

LABORATÓRIO

LABORATÓRIO

MASSOTERAPIA

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MEDITAÇÃO

NUTRIÇÃO

ODONTOLOGIA

NUTRIÇÃO

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

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ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

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ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

ODONTOLOGIA

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ODONTOLOGIA

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OFTALMOLOGIA

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OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

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PLANOS DE SAÚDE


PSICANALISTA

PRODUTOS NATURAIS

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

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PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOTERAPIA

PSICOTERAPIA

PSICOTERAPIA

PSIQUIATRIA

PSIQUIATRIA

TERAPIA

UROLOGIA

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FOTOS: RODRIGO CAPOTE / UOL

Croquetes de ‘jamón’ espanhol INGREDIENTES MASSA 1 litro de leite; 1/2 xícara (chá) de manteiga; 1 xícara (chá) de farinha de trigo; 1/2 xícara (chá) de maisena; 1 cebola grande; 1 alho-poró picado (apenas a parte branca); 125 g de ‘jamón’ espanhol (tipo de presunto cru); Sal e pimenta a gosto. EMPANAMENTO 3 xícaras (chá) de farinha de trigo; 3 xícara (chá) de farinha de rosca; 6 ovos; Azeite suficiente para fritar; Sal e pimenta a gosto. MODO DE PREPARO MASSA 1. Em uma panela, coloque o leite, a manteiga, a farinha e a maisena e leve ao fogo baixo, mexendo sem parar, até que a mistura fique espessa como um molho branco; 2. Em uma frigideira, refogue a cebola, o alho-poró e o ‘jamón’; 3. Adicione a mistura à massa e deixe cozinhar durante cinco minutos em fogo baixo. Tempere com sal e pimenta a gosto. Deixe a massa esfriar por duas horas em um recipiente coberto com plástico.

1

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EMPANAMENTO 4. Modele a massa em forma de croquetes. Empane primeiro com a farinha de trigo, depois, com os ovos batidos e, por fim, com a farinha de rosca; 5. Frite em azeite quente. A receita rende cerca de 25 croquetes Crédito da receita: Gràcia Bar (SP).

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AÇOUGUE

ALIMENTOS CONGELADOS

CAFÉ DA MANHÃ

CESTAS DE CAFÉ

CULINÁRIA ORIENTAL

CULINÁRIA ORIENTAL

DELICATESSEN

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DELICATESSEN

DOCES & SALGADOS

LANCHES

DOCES & SALGADOS

DOCES & SALGADOS

DELIVERY 071 3379 - 4477 Av. Praia de Itapoan - Vilas do Atl창ntico

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LANCHES

LANCHONETE

PASTELARIA

PICOLÉ

PIZZARIA

PIZZARIA

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PIZZARIA

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PIZZARIA

RESTAURANTE

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RESTAURANTE

Café da manhã nordestino aos domingos

Almoço todos os dias, buffet a quilo. Restaurante

Av. Praia de Itapuã, nº11, Vilas do Atlântico. 71 3508-1126

RESTAURANTE

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ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE MATERIAL

ANIMAÇÃO

ALUGUEL DE MÓVEIS

ANIMAÇÃO / DJ

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BOLOS & TORTAS

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BRINDES

BUFFET

BUFFET

BUFFET

BUFFET

BUFFET

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CHOPP

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DJ

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ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

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MESAS & CADEIRAS

GARÇOM

MESAS & CADEIRAS

MESAS & CADEIRAS

MÚSICA AO VIVO

PERSONALIZAÇÃO

ROSKAS

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PERSONALIZAÇÃO


Pano Versátil Imbatível como saída de praia, a canga pode ser usada de várias formas e até na decoração

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ntra verão, sai verão, muda-se a peça must have da estação e lá estão elas: as cangas continuam como essenciais companheiras em um dia de praia Pela versatilidade e variedade, este acessório leva fácil a disputa com outras saídas. Batas, shorts e camisas de corte masculino todos os anos se alternam como tendência, mas não chegam a desbancar o favoritismo das cangas. “Dependendo do tamanho do tecido e da amarração que se faz, a canga pode ser utilizada como vestido. Você sai da praia pronta para almoçar em qualquer lugar”, exemplifica a artista plástica e estilista Goya Lopes, que costuma incluir o item em suas coleções. Para a empresária e estilista Candida Specht, a escolha do tecido e da estampa faz toda a diferença. “O principal é que o tecido tenha fluidez. Prefiro viscose ou javanesa, que têm uma porcentagem de poliéster e são mais maleáveis”. Detalhes como tecido, acabamento da bainha, técnica de tingimento, tamanho e estampa fazem com que o preço deste acessório varie entre R$ 20 (como os vendidos pelos camelôs nas praias) e chegue a centenas, dependendo da grife. “A canga é uma peça que pessoas de todas as classes usam, cada uma com sua marca”, diz Goya.

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XANDO PEREIRA / AG. A TARDE

DE BALI PARA O MUNDO Se você é um dos que não ligam muito para grife e prefere escolher entre uma vasta opção de cores, estampas e temas, provavelmente tem no armário uma canga que viajou dois oceanos até chegar ao Brasil. As cangas de Bali, na Indonésia, invadiram nossa praia há algumas décadas. O país é berço das famosas cangas de batik, feitas com a técnica milenar em que se desenha com cera quente sobre o tecido, antes de tingí-lo. No oriente, elas também são chamadas de sarongues, uma palavra que em malaio significa cobrir. Lá, este item é tradicionalmente usado no vestuário de mulheres e homens. A Bali Blue, criada em 1992, é a principal distribuidora brasileira de cangas vindas da Indonésia. A marca comercializa cerca de um milhão e meio de peças por ano (atacado, varejo e pela internet), representando cerca de 30% do mercado nacional. “Começamos vendendo diversos u produtos da Indonésia e há 8 anos trabalhamos exclusivamente

Modelo Mayla Gonçalves posa com canga de Goya Lopes

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com cangas de praia”, conta o sócio-diretor Eden Dias Filho. A empresa já tentou produzir no Brasil, mas a técnica e o custo de produção são mais vantajosos no sudeste asiático. “Para fazer a franja da maioria dos modelos é preciso uma paciência de Buda. É é necessário desfiar fio por fio de viscose”. Para Eden, o diferencial está em criar estampas customizadas para cada distribuidor, de acordo com o gosto do público local. Assim, surgem os desenhos com referências regionais (como das populares fitinhas do Bonfim e calçadão de Copacabana) e os feitos a partir do licenciamento de marcas (caso do biscoito Globo e do Matte Leão, sucessos nas areias cariocas). Outra aposta são conceitos desenvolvidos por um portfólio de 20 artistas convidados. O ilustrador Flávio Luiz, com seus traços de cartum, representa os baianos desde o verão de 2009. “Eles me deram carta branca para retratar temas baianos e de verão dentro da minha linguagem. Uma paisagem foi se desdobrando, puxando a outra, assim vieram Pelourinho,

farol de Itapuã, capoeiristas”, diz ele. DECORAÇÃO Aversatilidade das cangas permite que o item saia das areias e gramados e seja usado também na decoração de interiores. “O uso principal e primário é como acessório de praia, mas existe também um uso secundário que a gente não sabe avaliar, os clientes fazem vários tipos de adaptação”, diz Eden Dias Filho. A Bali Blue contribui com a tendência ao vender uma canga estampada por Militão dos Santos, artista pernambucano de traço naïf, emoldurada como um quadro (R$ 120, apenas na loja de Copacabana/RJ). Para Goya Lopes, os usos são potencializados quando se tem uma estampa ou desenho de conteúdo. “Muita gente utiliza a canga para colocar em cima do sofá quando tem uma estampa legal, como quadro, cortina, faz capa de almofada também”, exemplifica a estilista. Verena Paranhos / Ag. A Tarde.

MODA FEMININA

MODA FEMININA

ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. A revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine

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ARQUITETURA


ARTESANATOS

ARTESANATOS

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

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ATELIÊ

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA


ATELIÊ

AULAS / CURSOS

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AULAS / CURSOS

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CARRETO

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CELULARES

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CHAVEIROS

CHAVEIROS

COLCHÕES

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COMUNICAÇÃO

CONSTRUÇÃO CIVIL

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO & REFORMA

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CONTABILIDADE

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DOCUMENTAÇÃO

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ELETRICISTA

EMBALAGENS

ENERGIA RENOVÁVEL

ENTULHOS & PODAS

ENTULHOS & PODAS

Aluguel de coletores para retirada de entulhos

ENTULHOS & PODAS RAPIDEZ QUALIDADE SEGURANÇA

8622-5019 EVITE MULTAS. COLABORE PARA MANTER LIMPA A NOSSA CIDADE Vilas Magazine

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ESCOLA

ENTULHOS & PODAS

ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA DE ARTE

ESCOLA DE MÚSICA

ESCOLA DE FUTEBOL

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ESCOLA DE MÚSICA

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESTOFADOS

ESTOFADOS

ESTOFADOS

ESTOFADOS

FOGÕES

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FOGÕES


FORROS

FORROS

FOTO & FILMAGEM

FOTOGRAFIA

GÁS

GÁS

GESSO

GRÁFICA

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GRÁFICA


HORTO

IMOBILIÁRIA

IMÓVEIS

INFORMÁTICA

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INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

JARDINAGEM

LAVAGEM DE TANQUE

LAVANDERIA

LAVANDERIA

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LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

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LIMPA FOSSA

LIVRARIA

MADEIRA PLÁSTICA

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MADEIRA TRATADA

Preserve a Natureza, Use Eucalipto Tratado! USINA DE TRATAMENTO DE MADEIRA

Eucalipto e Pinus Tratados para: Pilares, Vigas,Caibros e Ripas; Madeira para telhado e Telhas de Madeira; Chuveirões, Portões, Escadas; Decks, Assoalhos e Forro de PinusTratado; Toquinhos e Dormentes para paisagismo; Estacas para Cerca. Estrada do Coco Km 14,5 - após o pedágio - Vila de Abrantes,Camaçari - Bahia Tel: (71) 3623-8750 - E-mail: cm@venturoli.com.br

MADEIREIRA

MADEIREIRA

MÁRMORES

MADEIREIRA

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MÁRMORES & GRANITOS

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

MATERIAL DE LIMPEZA

MATERIAL ELÉTRICO

MOLDURAS

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MÓVEIS

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

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MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS SOB MEDIDA

PAPEL DE PAREDE

MUDANÇAS

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PAPEL DE PAREDE

PAPEL DE PAREDE

PELÍCULA

PERSIANAS

PERSIANAS

PERSIANAS

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PÁTINA


PERSIANAS

PET SHOP

PET SHOP

PISCINAS

PORTÕES

REDES DE PROTEÇÃO

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REDES DE PROTEÇÃO

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

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SEGURANÇA ELETRÔNICA

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SEGURANÇA ELETRÔNICA


SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SERVIÇOS

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SERVIÇOS

SERVIÇOS

SERVIÇOS GERAIS

SOMBREIROS

SOMBREIROS

TÁXI

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TÁXI

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Tテ々I

TELAS

TELAS MOSQUETEIRAS

TELAS MOSQUETEIRAS

TINTURARIA

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TOLDOS

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TRANSPORTE ESCOLAR

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VETERINÁRIO

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VETERINÁRIO

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VIDRAÇARIA

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Continuação da página 51

Continuação da página 65

Pais sem pressa

Autor faz bom retrato cômico da humanidade

Anne não faz atividades extraescolares, assim como os filhos da psicóloga Patrícia Paione Grinfeld, 41. “Outros pais me perguntam: ‘Mas eles não fazem nada?’ Como se fosse algo errado! Não, não fazem, eles brincam”, conta a Patrícia. “Quero que crianças venham brincar com meus filhos em casa, mas todas são muito ocupadas, tem que marcar antes.” As atividades extras não garantem que a criança vai aprender mais, diz Mandelbaum. “Muitas vezes, elas só aprendem a se adaptar a esse ritmo louco.” O primeiro efeito da correria é a ansiedade, diz a neuropsicóloga Adriana Fóz, coordenadora do projeto Cuca Legal, da Unifesp. “A criança fica frustrada pelo excesso de atividades e pela falta [quando se acostuma à agenda cheia]. Fica entediada com mais facilidade.” Não que toda atividade extra deva ser evitada, mas é preciso respeitar o tempo da criança. “Até os cinco anos os estímulos têm que ser mais naturais”, afirma Fóz. De seis a 12 anos, é hora de aprender de forma mais sistematizada, diz ela. Aí é preciso conciliar o que os pais consideram ser importante com o desejo e as habilidades da criança, cuidando para que ela tenha tempo livre. “O ócio estimula a criatividade e a curiosidade por temas e experiências diversas”, afirma a educadora e antropóloga Adriana Friedmann.

implacável de apatia e desdém por si e pelo mundo. Num mundo católico, tratar-se-ia do pecado da acídia, mas na urbe do Inquisidor já não há traços da Providência. Talvez se pudesse falar em depressão ou bipolaridade epidêmicas, não fosse a farsa favorecer a ridicularização da matéria, que penaliza a vista com as feiuras e os desmazelos do corpo, ainda que certamente extensivos ao espírito. Por meio dessa cena básica, acentuase não propriamente a servidão voluntária dos habitantes ao Inquisidor, pois a vontade já está perdida, mas sim a mansidão disposta ao castigo, o alívio pela autoridade que se impõe na anomia, o vestígio de força dos estereótipos. O andamento narrativo, muito afrouxado pelos verbos no presente (e não no pretérito perfeito), opera por redundância e acumulação até o ponto em que os papéis entram em colapso e insinuam mudanças tímidas. Menos mudanças que alternância de papéis: quem pune agora apanha; quem é

Juliana Vines / Folhapress.

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amado agora dispensa o amor; quem sussurra disfarçado agora fala abertamente; algum dependurado mudo quer berrar etc. A amplificação ridícula e o nonsense de uma forma de vida coletiva definitivamente esgarçada, que oscila entre a nostalgia alucinada da ordem (sem qualquer fundamento real) e o abandono à extinção (desde que não dê nenhum trabalho), enquadra a farsa e não permite vislumbrar saída. Aqui, entretanto, o melhor para o romance seria resistir à tentação alegórica a que se entregam contracapa e orelha (“retrato da subserviência de muitos diante do poder”, “desmoronamento da sociedade em nome da vigilância”, “a moral e os bons costumes estão satirizados”). Não é a lição moral genérica e denuncista que torna original o romance, mas, antes, a literalidade do retrato cômico que fere o ridículo. Alcir Pécora é professor de teoria literária da Unicamp e autor de “Máquina de Gêneros” (Edusp).


O QUE DIZ A LEI

Há limites para as alterações

Cópia Autêntica

Segundo o Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), carros que trocam uma peça de acabamento por outra semelhante não precisam do CSV (Certificado de Segurança Veicular), exigido para alterações profundas, como o aumento da potência. Se estiver irregular, o carro poderá ser apreendido e o motorista, multado em R$ 127.

Para deixar um carro usado com o visual do novo, donos trocam peças de acabamento; mudança pode custar cerca de R$ 10 mil

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ada geração de um automóvel dura, em média, de seis a oito anos. Nesse meio tempo, o fabricante costuma promover uma reestilização para rejuvenescer o produto, mudando o visual de itens relativamente baratos, como para-choques, calotas e lanternas. Por isso, muitos donos de carros usados resolvem promover as mesmas alterações em seus veículos com o propósito de deixá-los parecidos com o modelo mais novo. Mudanças bem-feitas podem até deixar o carro com aspecto atual, mas segundo lojistas ouvidos pela reportagem, as alterações tendem a desvalorizar o veículo. “Pode-se pensar que a reforma ocorreu para mascarar um acidente de grande monta”, diz o vendedor Paulo Roberto. CUSTO DA REFORMA Há casos em que o orçamento passa dos R$ 10 mil, como o do Chevrolet Agile, o que torna mais racional a compra de um carro mais novo. O custo da reforma aumenta quando a atualização pede ainda a Vilas Magazine

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troca de componentes da lataria, como capô, para-lamas e tampa do bagageiro. Na internet, há sites que até l

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oferecem kits para a reestilização de diversos modelos. Por exemplo, o pacote de peças de acabamento para deixar a picape u


Toyota Hilux ano 2005 parecendo a 2011 sai por R$ 1.100 (não inclui o serviço de pintura nem o de instalação). Nesse caso, os componentes não são originais de fábrica, sendo necessário verificar a compatibilidade com o automóvel. “Muitas vezes é preciso fazer adaptações, já que o encaixe dos itens geralmente muda. Isso eleva o nível de ruído”, atenta o administrador Silvio Ferraz. Há os mais radicais, que transformam seus carros em versões mais sofisticadas ou potentes. O publicitário Fernando Fico, 23, conta que investiu aproximadamente R$ 25 mil para equipar o seu Fiat 500 branco ano 2011 como a versão esportiva Abarth, que não é importada para o Brasil. “Instalei faixas laterais, emblemas, suspensão reforçada e até aumentei a cavalaria do motor para que tudo ficasse idêntico ao original. Por onde passo com o compacto, as pessoas acham que é um Abarth italiano de verdade”, afirma.

Agile amadurece ao corrigir improvisos Compacto premium da Chevrolet chega à linha 2014 com desenho (bem) mais harmônico e câmbio reescalonado Versão básica (LT) deixa de ser produzida; preço do hatch 1.4 parte agora de R$ 43.190, acima de rivais 1.6

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ançado em 2009, em meio à crise global da GM, o Agile nasceu para ser um compacto premium de baixo custo de produção e alta lucratividade. Isso transformou a calculadora em uma das principais ferramentas dos projetistas. Resultado: o modelo oferecia bom espaço interno e vários itens de conforto, mas pouco esmero, algo essencial para o segmento. Acabou vendendo bem menos que os concorrentes diretos. A recém-lançada versão 2014 promete ser um novo capítulo na história deste Chevrolet, que

passou por uma bem-vinda reestilização nas partes dianteira e traseira. Na prática, as alterações nem foram tão numerosas. Os faróis e a grade foram redesenhados, as rodas ficaram maiores e os para-choques ganharam frisos para mostrar que a simplicidade deu lugar à harmonia das formas. A versão com acabamento mais simples (LT) foi descontinuada. Com isso, o modelo 1.4 argentino, que antes tinha preço inicial de R$ 37 mil, agora parte de R$ 43.190 na versão LTZ – para não brigar com o “irmão menor” Onix (de R$ 31,5 mil a R$ 44,9 mil). Ao se livrar do confronto doméstico, o Agile acabou arrumando um problema maior: rivais de potência similar, como o VW Fox 1.6 e o Renault Sandero 1.6,

Pneus, Freios, Injeção, Suspensão, Alinhamento, Troca de óleo, Escapamento, Ar Condicionado

Baterias entrega e instalação

Estrada do Coco, Km 4,5 - Lauro de Freitas - Ba

w w w.princesadasbaterias.com.br

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têm preço inicial até 12% inferior. O Chevrolet tenta justificar a diferença com mais equipamentos de série, que incluem controle de cruzeiro e acendimento automático dos faróis. NA PISTA Se a evolução estética parece nítida, as mudanças mecânicas são mais discretas. Mesmo assim, o motorista vai notar que o volante tem melhor empunhadura e ganhou teclas para comandar o sistema de som com bluetooth. O quadro de instrumentos também foi revisto. A grafia mais clara dos números facilita a leitura. Esquisito só o conta-giros, cujo ponteiro gira em sentido anti-horário. O Agile recebeu ainda mudanças no câmbio. A relação, por


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prova de 0 a 100 km/h, cravando 12,5s com etanol no tanque. Em contrapartida, o consumo urbano com esse combustível piorou: de 8,2 km/l para 7,2 km/l. Os números são próximos aos do Sandero, que também oferece uma versão com decoração esportiva. No caso do Agile, a série especial Effect traz interior com detalhes vermelhos e exterior repleto de adesivos por R$ 1.750 extras. Felipe Nóbrega / Folhapress.

VENDAS

Hatch tem a pior média desde 2009 Série Effect marca chegada do Agile 2014

exemplo, está mais curta, o que trouxe mais agilidade ao carro

flex de 102 cv. No teste Folha-Mauá, o Che-

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vrolet foi, em média, 0,5s mais rápido que o modelo anterior na

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O Chevrolet Agile nunca foi o líder do segmento, mas, de 2009 a 2011, registrava boa média mensal de emplacamentos: 6.000 unidades, suficientes para incluílo na lista dos 15 mais vendidos. Nos últimos dez meses, porém, a média despencou para 2.600 carros (29º no ranking).


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Listras vermelhas nos bancos e detalhes na mesma cor em partes da cabine são exclusivas da versão de apelo esportivo

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TRIBUNA DO LEITOR DIVULGAÇÃO

Maus tratos a animais

Sensibilizada, encaminho foto da cena que costumo presenciar frequentemente na Rua Praia de Arembepe, acesso à Farmácia Pague Menos e Banco Santander, em Vilas do Atlântico. O animal está com o tornozelo inchado. Liguei para a Zoonose (3288-8912) e me informaram que nada poderiam fazer. É a nossa Vilas do Atlântico sem lei e sem fiscalização. Órgãos da Prefeitura tem conhecimento deste fato. Raquel Lopes.

Sedã tem 2,77m de entre-eixos, oferecendo bastante espaço interno. Acabamento é caprichado e porta-malas leva 436l

Infelizmente esta é uma realidade que acontece a muito tempo e nada se faz. As autoridades (Prefeitura, policia, CCZ, Vigilância Sanitária, Vigilância da Saúde e outros orgãos municipais) sempre estiveram a parte da situação de maus tratos de animais errantes ou animais de proprietários e nada se fez até agora. É preciso criar uma lei municipal para a defesa dos animais e manter uma fiscalização efetiva. Animais soltos em via pública, como cavalos, cães, gatos dentre outros, devem ser recolhidos obrigatoriamente pelo CCZ e encaminhados para um abrigo ou local de destino escolhido pela prefeitura para avaliação veterinária e depois resolver qual o destino dos animais. Caso tenham donos (como é o caso de muitos cavalos soltos em Lauro de Freitas), estes devem ser punidos por lei, multados por deixarem o animal solto, podendo causar riscos à comunidade, além de arcar com os gastos da apreensão do animal (diária do abrigo ou diária no CCZ, custos com o veterinários, etc.). Em caso de maus tratos de animais de proprietários, como é o caso deste cavalo, o animal deveria ser recolhido pelo CCZ e levado a um atendimento veterinário. O proprietário deveria pagar os custos, ser multado por maus tratos e perder a licença de ter um animal. A resposta dada pelos órgãos públicos de que “nada podemos fazer” é resposta de incompetência. A cada dia que passa a preocupação pela saúde, bem estar e defesa dos animais cresce no interesse da população. Espero que este assunto apresente interesse nesta nova gestão da prefeitura de Lauro de Freitas. Não podemos perder a esperança e fé de que um dia esta situação poderá melhorar. Renata Del Bianco. Médica veterinária.

Nissan Altima chega às revendas por R$ 100 mil

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Nissan começou a vender em novembro o Altima, sedã grande produzido na fábrica do Tennesse (EUA), que vem completar a gama da marca no Brasil. A princípio, a montadora está tratando esse três-volumes como modelo de imagem, voltado ao público masculino de maior renda. Há boa oferta de tecnologia e de equipamentos de série. Segundo a gerente de produto da Nissan, Ana Serra, a montadora trouxe um primeiro lote de 250 unidades e não criou expectativas quanto ao volume de vendas. Afinal, dentro do mercado brasileiro, os sedãs grandes têm participação de apenas 1,3%. O Ford Fusion tem 30% desse mercado, seguido de longe pelo Hyundai Azera, com 7%. Os dados são da Anfavea (associação dos fabricantes). Essa é a quinta geração do Altima, que será vendido em versão única (SL), sem opcionais. O propulsor de 2,5 litros e quatro cilindros movido a gasolina gera 182 cv a 6.000 rpm e 24,8 kgfm de torque a 4.000 rpm. Segundo a Nissan, o modelo chega à velocidade máxima de 210 km/h. A transmissão é a mesma do novo Sentra – a Xtronic CVT, que simula sete velocidades. Ainda de acordo com a marca, o consumo está 15% menor em comparação ao da geração anterior. Ao volante, o Altima privilegia o conforto; sua condução é suave. Mesmo com chuva e em curvas fechadas, o carro mostrou-se bem à mão, auxiliado pelo controle de estabilidade. Entre os equipamentos estão seis airbags, freios com ABS e EBD, monitoramento de pontos cegos e de mudança de faixa, detector de objetos em movimento, câmera de ré e sistema de som Bose. Outro diferencial é o banco “gravidade zero”, inspirado em estudos da NASA para reduzir a fadiga. Apesar disso tudo, falta um sensor de chuva.

Pedido de leitor Sr. Accioli Estou em mãos com a edição de dezembro da revista Vilas Magazine, folheando lentamente, saboreando cada página. A começar pela capa,um primor. A revista está muito bem feita,

Sueli Osório / Folhapress. Vilas Magazine

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bem articulada. O seu editorial, lúcido e orientador, muito bom. A ‘criança’ está virando uma adolescente, bonita e mais gordinha, sem perder a elegância. O ano novo, certamente de desafios, a fará crescer mais e mais, mantendo a qualidade e bom gosto. Valeu o esforço de ir buscá-la no Shopping Litoral, mesmo estando adoentado. u


TRIBUNA DO LEITOR Aproveito para lhe fazer uma sugestão de reportagem. Moro no condomínio Clériston Andrade e o passeio está tomado pelos vendedores que, às vezes não nos permitem nem acesso ao nosso estacionamento. Os pedestres tem que disputar com os automóveis o espaço da via pública, espondo-se ao perigo. Para os cadeirantes, pior ainda. Doney Cardoso.

Incivilidade

No dia 6 de dezembro fui ao centro de Lauro de Freitas e estacionei na primeira rua a direita de quem vem pela Av. Brigadeiro Mário Epinghaus, lado oposto a um hotel, em frente a um loja de costura. O espaço estava reservado por dois cones, mas não levei em consideração, pois como cidadã tenho direito de estacionar em qualquer via pública, desde que não ultrapasse o limite do próximo. Sem querer, encostei o meu carro no cone que estava na parte traseira. Foi o bastante para que um jovem senhor, com uma criança no colo, se dirigisse a mim, reclamando porque meu carro havia encostado em um dos cones. Me desculpei, saí do carro e me dirigi ao mercadinho Pague Menos, de onde sou cliente. O senhor veio me seguindo, questionando se eu iria a costureira. Respondi que não e lhe perguntei se aquele espaço estaria reservado. Ele me respondeu que sim e eu solicitei educadamente que me apresentasse a licença da Prefeitura ou da secretaria de Transporte que lhe dera a autorização de reserva de estacionamento, que eu removeria o carro dali. Ele então me disse que se o carro aparecesse riscado ou com qualquer outra avaria que

Desafio aceito

Senhor editor Quero antecipadamente parabenizá-los pela maravilhosa revista Vilas Magazine, que acompanho desde suas primeiras edições. Mas o que me leva a lhes escrever, chega à ser um desafio. Digo desafio pois quero ver se os senhores terão ‘coragem’ de mostrar e comprovar as palavras que intitularam este e-mail (desrespeit​o , cara de pau, desconside​ração, falta de educação, e​tc, etc, etc​...). O restaurante A Cabana da Cely, na Av. Luiz Tarquinio Pontes, “simplesmente invadiram” (sic) toda a extensão da calçada, inicialmente na “moita”, colocaram um muro baixinho e, como ninguém falou nada, pimba...colocaram uma baita grade de ferro ganhando com isso um “pedação” para ampliação de suas instalações. Danem-se os transeuntes que porventura venham a precisar usar o que sobrou e principalmente bem na entrada do restaurante o espaço é ainda menor. Muito bem senhores, agora eu quero ver se vocês vão aceitar esse desafio, pois tenham a certeza de que estarei de olho e vou levar esse fato adiante. Paulo Cezar Rodrigues Costa.

NOTA DO EDITOR O desafio que enfrentamos todos os dias nesta Redação é apurar com responsabilidade os fatos que a nossa reportagem observa nas ruas e as inúmeras denúncias que

eu não me surpreendesse. Continuei andando, fui às compras, quando retornava ele se juntou a uma senhora, pelo visto proprietária de um botequinho da esquina que vende

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nos chegam. Nem tudo o que parece ser uma ilegalidade necessariamente o é – e não está na alçada de um veículo de comunicação difundir informação duvidosa ou criticar sem embasamento. A construção do novo cercado da Cabana da Cely, fato público e notório por estar numa movimentada esquina da cidade, foi objeto de apuração por parte da nossa reportagem, faz meses já. Dessa apuração se concluiu que, por muito que fosse desejável manter a largura anterior da calçada, o fato é que a obra foi dada como regular pela prefeitura de Lauro de Freitas – que tem fé pública para as informações que presta – não existindo, naquele caso, avanço em espaço público nem outra irregularidade. Uma vez que este é o enésimo questionamento que a Vilas Magazine recebe a respeito desse assunto, este editor vem detalhar que, de acordo com a prefeitura, a construção do muro foi devidamente licenciada em outubro de 2012. Mesmo assim, técnicos da secretaria municipal de Planejamento procederam a um estudo, produzindo inclusive um levantamento planialtimétrico e sobreposição da planta do loteamento aprovado (veja reprodução abaixo), do qual concluíram “que não há irregularidade na construção” e que “o questionamento decorrente de avanço em espaço público não se aplica” ao Loteamento Varandas Tropicais, conforme estabelecido no Termo de Acordo e Compromisso (TAC) da localidade, aprovado em 1991.

picolés, e começaram a me dirigir palavrões. Informei que aquilo era crime de coação e que eu poderia prestar queixa na Policia Civil, secretaria de Transporte e Prefeitura, ao que a

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singela senhora me respondeu com um sinal digno da pessoa que ela é (foto acima). Ao lado dela, o senhor que me abordou. Rogeria Acipreste.


3369-8300

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Será que tudo é uma questão de sorte?

ão é raro ouvir as pessoas comentando sobre a sorte especial de alguém. Mas será mesmo que tudo é uma questão de sorte? Mais que isso: o que vem a ser sorte? Segundo o clássico dicionário Noah Webster, sorte é “uma força sem propósito, imprevisível e incontrolável, que modela eventos de forma favorável ou não para determinado indivíduo, grupo ou causa”. Então, estariam as coisas acontecendo segundo um “plano mestre” que não temos acesso e justamente por isso não sabemos explicar? A consciência tem papel importante nesta história de sorte. Vamos tratar aqui consciência de acordo com a noção de que tudo que é permanente e não findável no mundo ilusório dos seres. Consciência pode ir além de ter ciência sobre algo. Podemos alcançar o entendimento de que evoluir a consciência é ter acesso ao “plano mestre”, saber como as coisas são. A partir deste ingresso é possível imaginar que a sorte está intimamente ligada a coisas de um universo mais sutil.

Para “ter sorte” algumas práticas são essenciais: l Estar conectado com aquilo que realmente é importante para si. Ficar vulnerável, permeável às crenças alheias faz com que se distancie do seu foco e assim vai passar bem longe da vizinhança da sorte. l Ampliar a forma de ver a vida. Costumamos achar que existe apenas uma forma das coisas acontecerem, quando na verdade é libertador pensar que existe um mundo de possibilidades e podemos escolher dentre elas a que trará mais felicidade e realização. l Apesar de desejarmos alguma coisa fortemente, não há garantias de que alcançaremos. Querer muito que algo aconteça reduz as possibilidades de manifestação e exerce uma força em direção àquilo que queremos, mas por outro lado, o medo que temos de que algo dê errado também exerce uma força contrária em direção à crença que temos. Atraímos para nossa vida o que acreditamos e não o que desejamos. l Acessar a intuição. A intuição permite perceber o que está acontecendo em algum plano sem dados e fatos concretos. Procure

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viver bons momentos de descontração e felicidade. A leveza da alma possibilita acessar a intuição espontaneamente. l Seja verdadeiro com seus sentimentos. Estar em consonância com eles permite que a energia flua e as coisas simplesmente sigam seu melhor caminho. l Meditar. A meditação possibilita acessar o “plano mestre” e caminhar mais livremente pela vizinha das possibilidades e quem sabe colapsar, manifestar coisas boas que alguns chamam de sorte. É possível nos ocuparmos em tentar controlar nossa vida, fazer planejamentos sobre como as coisas devem acontecer, tentar desenvolver comportamentos que resolvam nossos problemas, mas o fato é que não temos controle. E não dá para contar com apenas com a sorte. Mas se considerarmos sorte como acessar o “plano mestre”, certamente você se tornará um grande sortudo!

MARI CORDEIRO é psicóloga, máster coach, ativista quântica e fundadora da Mente & Saúde


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