Vilas Magazine | Ed 181 | Fevereiro de 2014 | 32 mil exemplares

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IPTU RESIDENCIAL SOBE ATÉ 35%, COMERCIAL 55% R

A Revista de Lauro de Freitas e Região

Ano 16 Edição 181 | Fevereiro de 2014 32.000 exemplares

EXCLUSIVO

VIA DE CONTORNO O TRAÇADO QUE VAI MUDAR A CIDADE




EDITORIAL

A orla de Vilas do Atlântico favelizada

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grande repercussão da reportagem de capa da edição de janeiro da Vilas Magazine deixou claro que o destino da orla de Vilas do Atlântico – bem como a de Ipitanga e Buraquinho – está longe de ser assunto resolvido. A falta de informações oficiais claras, transparentes, sobre o que se pretende para a orla depois da demolição das barracas tem dado origem a especulações de toda ordem. Nem mesmo as associações de moradores tiveram ainda acesso ao projeto que vem sendo proposto pela prefeitura aos barraqueiros. Trazido a público em dezembro pela Vilas Magazine, com os detalhes que foi possível resgatar, o projeto da orla provocou a reação de um grupo de moradores de Vilas do Atlântico insatisfeitos com a perspectiva de perder parte da área pública que as respectivas residências ocupam junto ao calçadão. Sem outro recurso para dar combate à ideia de implantar quiosques na orla, o grupo passou a propor a transformação do calçadão em zona comercial, reivindicando para si mesmos a possibilidade de explorar atividades na área. Claro está, inclusive na reportagem publicada em janeiro último, que os moradores do calçadão desejam apenas que tudo seja mantido como se encontra hoje, à exceção das barracas de praia. A proposta de criar uma zona comercial ali, contudo, teve o condão de despertar a comunidade – e a própria associação de moradores de Vilas do Atlântico – para o problema da ocupação da orla. É essa chamada de atenção que incomoda alguns dos que debateram a reportagem de capa do mês passado (leia na Tribuna do Leitor, à página 113).

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Outros ainda cobraram um posicionamento editorial da Vilas Magazine a respeito do tema – e daí esta peça. O fato é que os anos passam e, mais dia, menos dia, virá a ordem judicial para a derrubada das barracas de praia. Diante da falta de definições, a favelização do calçadão de Vilas do Atlântico é o destino mais certo. Sinais disso não faltam, nunca faltaram e são cada vez mais frequentes. As barracas ainda existem, mas o calçadão e os gramados já estão repletos de vendedores clandestinos, fixos, oferecendo de chinelo a churrasquinho. Ali se vende bebida alcoólica a céu aberto e não apenas cerveja. Até mesmo aquele que mantinha placa de propaganda do “negócio” no calçadão e que foi objeto de reportagem na Vilas Magazine continua lá, no mesmo local, sem ser incomodado. Transformar a orla em zona comercial é talvez uma das ideias mais estapafúrdias, bizarras, de que já se teve notícia em Vilas do Atlântico. Mas a realidade é que esse comércio já se instalou, sob as barbas do poder público, que se ausenta e se demite das suas responsabilidades, apesar de todas as promessas. O problema não está no futuro, mas aqui e agora.

Carlos Accioli Ramos, Diretor-editor da Vilas Magazine

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Registros & Notas

Oficina de dança e teatro para idosos A coreografa Leila Gomes promove, no Cine Teatro Lauro de Freitas, a partir da segunda semana deste mês, a oficina de dança/ teatro intitulada Avesso de Um Corpo, voltada para pessoas na faixa etária de 50 a 80 anos, “na tentativa de aflorar ou resgatar o fazer artístico de um corpo que pensa não poder contribuir com uma arte”, segundo Leila. O objetivo é também propor um novo olhar para essa nova vivência corporal na tentativa de quebrar valores estabelecidos pela sociedade e pelo próprio idoso; de que sendo um pouco mais velhos, eles não podem dançar cantar, interpretar ou se movimentar, conforme seus desejos e possibilidades. Essa quebra de paradigma é necessária, pois, todo corpo precisa de movimento e nada como aliar uma necessidade a um prazer que é dançar, imaginar, sonhar e produzir artisticamente. A oficina é parte integrante do Projeto do mesmo nome, aprovado no Edital da Funceb 2013 e tem duração de cinco meses, com dois encontros semanais, com três horas de duração e será ministrada pela bailarina, instrutora de Pilates e diretora de coreografia e professores de dança e teatro convidados. São 30 vagas para idosos entre 50 a 80 (homens e mulheres) e culminará com um espetáculo, que levará o mesmo nome da oficina, que também conta com o apoio de profissionais da saúde, psicologia, dentre outros, que conduzirão encontros e debates sobre qualidade de vida. A participação é gratuita, limitada a 30 vagas. Mais informações com Erivaldo Sousa, coordenador de Produção, pelos telefones (71) 3258-1305 / 9183-4031 ou 8234-9391 ou e-mail eri.souza@hotmail.com

Vilas do Atlântico sedia encontro de frescobol

Aconteceu, dia 4 de janeiro, o 1º Encontro de Frescobol de Vilas do Atlântico, próximo à Barraca Odoyá, com a participação de frescobolistas das praias de Vilas do Atlântico, Ipitanga, Aleluia, Flamengo, Itapuã, Armação, Rio Vermelho, Barra e Ribeira. A iniciativa, voltada para socializar e agregar o esporte, a saúde e o bem estar, fortaleceu também a proposta de sediar em abril o 1º Vilas Open de Frescobol, reunindo atletas de vários estados brasileiros.

Alegria O rotariano Manuel Alegria foi muito festejado pelo seu aniversário, dia 11 de janeiro, em concorrida reunião entre amigos, promovida pela esposa, Mariana Ser humano de nobres valores e fino trato, este moçambicano apaixonado pela Bahia, que tem como lazer produzir móveis de madeira exclusivos sob encomenda, é uma dessas pessoas que qualifica o prazer de se ter como amigo.

A estrela de Davi

SOLIDARIEDADE Os empresários Marco Antonio, Gilvânia e Maria Vitória, da Dismatel Material de Construção, reeditaram a ação de solidariedade que promovem todos os anos, distribuindo, no Natal, brinquedos para crianças carentes. Vilas Magazine

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Pedro Daví chegou dia 29 de dezembro, para alegria dos seus pais, Nathália e Pedro. Os avós maternos, Antonio Carlos e Ana Almeida se revesam em mimos com o neto.

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Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gra­tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­ tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­ io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­ reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas

www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 e 3379-2206. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaroaccioli@vilasmagazine.com.br Leandra da Cruz Almeida (assistente). Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos thiagoaccioli@vilasmagazine.com.br Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com.br Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Plural Indústria Gráfica (Ipojuca-PE). Redação: Rogério Borges (coordenador) e Anthero Eloy Fer­reira Lins. Nayara Lobo (free-lancer). Colaboradores: Gilka Bandeira, Lilian Silva, Márcia Tude e Alessandro Trindade Leite (charge).

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Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela

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do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­t o­r i­a l fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­­gazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.

Associação Nacional de Editores de Revistas


CIDADE

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Via de Contorno desafoga trânsito em Lauro de Freitas

Concessionária Bahia Norte (CBN), administradora do sistema de rodovias BA-093, que interliga a Região Metropolitana de Salvador (RMS), apresentou no mês passado os estudos de implantação da via expressa “Contorno de Lauro de Freitas”, ligando a BA-099, na altura de Busca Vida à BA-526 (CIA-Aeroporto), junto ao acesso à represa do Ipitanga. O traçado, obtido com exclusividade pela Vilas Magazine, contorna a área urbana de Lauro de Freitas através do Quingoma, Parque São Paulo e Capelão. Ao contrário do que foi publicado pela imprensa de Salvador, a região da avenida Gerino de Souza Filho, no Caji, não será afetada pela obra. Está previsto para o futuro um segundo trecho de via rápida ligando a BA-526 à avenida Paralela, por fora do bairro de São Cristóvão.

Acesso rápido ao Jambeiro viabiliza aproveitamento de potencial turístico

O mapa (veja nas págs. 8 e 9), com a localização indicativa dos acessos e principais obras de arte, oferece também as coordenadas aproximadas, que podem ser digitadas no Google Maps para visualização em fotos de satélite. Serão 11,2 Km de pista dupla, com duas faixas por sentido e canteiro central. Estão projetadas duas pontes, uma sobre o

rio Paranamirim, ainda em Camaçari, com 20m de extensão e outra sobre o Joanes, no limite com Lauro de Freitas, com 80m. Haverá ainda viadutos sobre a Rua Direta do Capelão, na altura da Estrada do Quingoma e sobre a Rua do Casarão. Na interligação da Estrada do Coco à nova via, logo após a entrada para Busca Vida, haverá mais dois viadutos de 90 metros cada e um novo retorno – que vai poupar alguns quilômetros diários no percurso de quem reside depois da entrada para Buraquinho. Os moradores do trecho hoje são obrigados a seguir até Vila de Abrantes para então retornar, se quiserem transitar para o Centro de Lauro de Freitas ou Salvador. Um quinto viaduto, com 40 metros de extensão, cria novo acesso ao Jambeiro e ao Caji Caixa d’Água pela via Caji-Jambeiro, no prolon-

O prefeito Márcio Paiva (dir) discute detalhes da futura Via de Contorno em reunião com representantes da Invepar e do governo estadual Otto Alencar e Rui Costa

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CIDADE

gamento da avenida Gerino de Souza Filho. A área, que passa por acelerada ocupação, com a implantação de conjuntos habitacionais, deve multiplicar a velocidade de urbanização depois da abertura da nova via. Na região do Capelão, que a Via de Contorno vai cortar com dois viadutos de 50m cada, Joceval Santos, o Joca, 26 anos, observa o progresso passar por cima. O mercadinho que ele explora, quase na esquina da Rua Direta do Capelão com o acesso à Estrada do Quingoma, está bem na rota de um dos viadutos. Os moradores da região já ouviram falar da Via de Contorno, mas ainda não sabiam do viaduto. “Se é para o bem da cidade, acho bom”, diz Joca. Já a Cachoeirinha tem um parque previsto no Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal de Lauro de Freitas que poderá ganhar viabilidade com o novo acesso rápido. Embora o estudo da Via de Contorno não inclua alças de acesso ao Jambeiro para quem transita do litoral norte para Salvador, um dos retornos projetados permitirá esse percurso. Já no sentido oposto o projeto oferece acesso rápido e sem pedágios. Trecho da via Caji-Jambeiro (acima) em que será criado o acesso à Via de Contorno: viabilização do turismo na região. Joceval Santos, o Joca (esq.): no Capelão o progresso passa por cima

A via será pedagiada apenas no sentido Litoral Norte – Salvador, para quem vem da BA-099. Por isso, de acordo com o prefeito de Lauro de Freitas Márcio Paiva (PP), moradores da cidade não terão que pagar pedágio. A obra havia sido prometida pelo governador Jaques Wagner como parte de um pacote destinado à mobilidade urbana na RMS, conforme publicou em primeira mão a Vilas Magazine

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Lauro de Freitas é a cidade mais motorizada da RMS

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em setembro de 2012. Em dezembro último, a revista lembrou o compromisso assumido pelo governo ao abordar as obras da prefeitura de Lauro de Freitas para desafogar o trânsito no trecho da BA-099 que atravessa a cidade. O traçado da rodovia será alterado para incluir os novos 11,2 Km da Via de Contorno , liberando os atuais 7,5 Km iniciais apenas para trânsito local. Anteriormente batizado avenida Santos Dumont, esse trecho da Estrada do Coco deve então ser municipalizado. De acordo com a CBN, falta obter licenças ambientais, liberar áreas e assinar o termo contratual aditivo, incorporando o novo trecho ao sistema viário já sob sua administração, mas o início das obras está previsto para abril,

com custo orçado em R$ 126 milhões. As desapropriações foram estimadas em R$ 30 milhões. Nem o governo nem a CBN informaram a data prevista para conclusão das obras. O projeto foi mostrado por representantes da Invepar, empresa acionista da CBN, durante reunião com o prefeito Márcio Paiva, o secretário estadual de Infraestrutura Otto Alencar, o secretário da Casa Civil, Rui Costa e a ex-prefeita de Lauro de Freitas Moema Gramacho (PT). O próprio secretário de Infraestrutura Otto Alencar coordenou o projeto junto à equipe técnica, com a participação da CBN. Para ele, a via “permitirá melhor trafegabilidade e uma solução que tange à mobilidade urbana da região”.

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e acordo com Rui Costa o trânsito em Lauro de Freitas aumentou 27% em três anos e daí a preocupação em viabilizar a Via de Contorno. “Além de trazer segurança viária, o contorno vai retirar veículos do tráfego da cidade, sendo uma alternativa para o motorista”. O projeto também prevê “a possibilidade de se desenvolver um corredor urbano com integração ao metrô”, disse. De acordo com o prefeito Márcio Paiva, cerca de 60 veículos trafegam por minuto no trecho da BA-099 que corta a cidade. A partir da implantação do contorno o trecho, hoje rodoviário, será tratado como avenida urbana e principal corredor de transporte coletivo do município. Município com maior índice de motorização da RMS, com 113,7 automóveis para cada mil habitantes, Lauro de Freitas supera até mesmo a capital (105,2), de acordo com uma pesquisa de mobilidade urbana da secretaria de Infraestrutura da Bahia realizada em 2012. Apesar disso, apenas 2,6% das viagens na RMS verificadas pelo mesmo estudo são originadas em Lauro de Freitas. Salvador contribui com quase 76%, seguida de Camaçari, com mais de 5% do total. A pesquisa mostra também que das 310 mil viagens com destino a Lauro de Freitas verificadas em junho de 2012 – quando foi realizado o estudo – mais de 100 mil eram trânsito externo e quase todas originadas em Salvador.


CIDADE

Dia de Santo Amaro de Ipitanga perde significado histórico

FOTOS: EDMAR DE PAULO

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tradicional missa solene e procissão motorizada do dia do padroeiro marcaram mais um feriado de 15 de janeiro, simbolicamente associado à fundação da cidade, em 1608, como Santo Amaro de Ipitanga. Sem referências à herança histórica da data, o dia ficou por conta das atividades religiosas. “Temos que conservar e fortalecer essa festa, desejo que Lauro de Freitas seja uma cidade abençoada pelo nosso padroeiro Santo Amaro de Ipitanga”, disse o prefeito Márcio Paiva (PP). Continua sem data o plebiscito que poderia repor o verdadeiro nome da cidade, previsto na Lei Orgânica do Município de Lauro de Freitas com o objetivo de retomar o nome de Santo Amaro de Ipitanga. Mas mesmo a proposta de adotar o gentílico “ipitanguense” para os naturais de Lauro de Freitas segue sem discussão na Câmara Municipal. Na face profana das comemorações, desde a sexta-feira anterior houve uma série de espetáculos musicais no Centro, culminando com a apresentação da banda Psirico na Praça da Matriz no dia 14.

O prefeito Márcio Paiva acompanha carreata com a imagem do padroeiro. Abaixo, missa solene na Matriz de Santo Amaro de Ipitanga

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A rua Praia de Tambaú, em Vilas do Atlântico: reajuste de 874% no valor venal, limitado a 35% no IPTU

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Prefeitura reajusta IPTU em até 35% para imóveis residenciais

prefeitura de Lauro de Freitas promoveu um reajuste geral na Planta Genérica de Valores (PGV), utilizada para calcular o Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU). Em algumas áreas de Vilas do Atlântico o reajuste da PGV alcança 874% – apesar de ter sido aplicado um redutor de 20% à tabela. É o caso da rua Praia de Tambaú, onde Pedro Gadas Filho possui um imóvel. O carnê de IPTU dele chegou com reajuste de 35% – o máximo permitido para este ano pela lei que reajustou a PGV. O aumento do IPTU está limitado a 55% para imóveis não residenciais e a 100% para terrenos não edificados. A PGV reflete o valor venal dos imóveis, que deve passar por uma atualização periódica com base nos valores de mercado e na atualização monetária. Uma das razões para isso é evitar a especulação imobiliária. Há mais de 16 anos sem reajuste em Lauro de Freitas, a PGV só agora foi atualizada, o que resultou em índices estratosféricos. A tabela completa da PGV para 2014, por logradouro da cidade, está disponível no site da Vilas Magazine Online, no endereço www.vilasmagazine.com.br Sem o limitador de 35% de aumento para imóveis residenciais, um apartamento de quarto-e-sala na rua Praia de Tambaú, em Vilas do Atlântico, passaria a pagar R$ 1.350 de IPTU. A conta, por enquanto, fica em menos de R$ 200. Já o valor venal está definitivamente reajustado em 874%. Por não ter sido previamente comunicado e explicado, o reajuste vem provocando reações de revolta em toda a cidade. Gadas Filho, por exemplo, queixa-se de uma “manobra sem fundamento, sem nenhum anúncio prévio e justificativa plausível para a prática deste reajuste abusivo”. Ele lembra que a prefeitura de São Paulo, num caso de repercussão nacional, tentou fazer o mesmo “e o reajuste foi cassado pela Justiça, uma vez que a inflação oficial anunciada em 2013, pelo Governo Federal, foi de 5,85%”. Todas as alamedas de acesso à praia em Vilas do Atlântico sofreram um reajuste de R$ 129,91 para R$ 880 na PGV, o segundo mais elevado de Lauro de Freitas. Além das alamedas praianas, no bairro foram reajustados para R$ 880 na PGV também os imóveis das ruas Praia de Tambaú, Praia de Itamaracá e Praia de Itapoan – esta última um corredor comercial. As três estavam em R$ 90,28 na PGV de 2013. Fora de Vilas do Atlântico, a única via avaliada em R$ 880 é o trecho final da Estrada do Coco, do Km 6 ao Km 7,5. Até o Km 6, a PGV estabelece agora R$ 1.040, contra os módicos R$ 46,03 em vigor até Vilas Magazine

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o ano passado – um reajuste de 2.160%, o mais elevado da tabela, garantindo assim o aumento de 55% no IPTU deste ano para os imóveis comerciais da principal via da cidade. Entre os reajustes mais elevados estão também os dos imóveis de áreas menos favorecidas, como em Portão. A rua do Queira Deus, por exemplo, foi de R$ 9,77 para R$ 176 na PGV – um aumento de 1.700%. Já a rua do Paraíso, também em Portão, antes também avaliada em R$ 9,77, aparece agora com R$ 88 na PGV – um reajuste menor, mas ainda assim de 800%.

Aluguel de coletores para retirada de entulhos

RAPIDEZ QUALIDADE SEGURANÇA

8622-5019 EVITE MULTAS. COLABORE PARA MANTER LIMPA A NOSSA CIDADE l

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CIDADE

Multa aplicada ao supermercado Bompreço por dano ambiental já ultrapassa os R$ 200 mil

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supermercado Bompreço de Portão, pertencente à rede norteamericana Wallmart, foi autuado pela prefeitura de Lauro de Freitas por falta de licença ambiental. A multa inicial aplicada foi de R$ 150 mil reais. Somado a uma multa diária de R$ 300, o total já passa de R$ 200 mil, de acordo com a prefeitura. A Walmart, rede norte-americana que comprou a rede Bompreço em 2004, informou que está recorrendo da decisão. No auto de infração, os fiscais da secretaria de Meio Ambiente anotaram que “o sistema de tratamento de efluentes sanitários não atende as normas técnicas, muito menos a legislação vigente” e que “as irregularidades perduram insistentemente, acarretando em

grave prejuízo ao meio ambiente”. De acordo com o secretário de Meio Ambiente Márcio Crusoé, o supermercado vinha utilizando o sistema de tratamento “como caixa de passagem”, sem realmente tratar os efluentes antes de descartá-los. Crusoé explica que a multa é devida a “danos causados ao meio ambiente”. A autuação ocorreu em março de 2013, mas oito meses depois, em novembro do ano passado, a estação de tratamento continuava em desacordo com as normas, segundo um relatório do Departamento de Saneamento e Recursos Hídricos (DSRH) da secretaria de Meio Ambiente a que a Vilas Magazine teve acesso. Datado de 7 de novembro, o documento afirma que “nenhuma medida foi tomada

para adequar a estação de tratamento” e que a mesma ainda se encontrava “sem a devida manutenção”. O relatório sugeria o “embargo e interdição do local” tendo em vista que o lançamento de efluentes sem tratamento adequado “constitui crime ambiental”. De acordo com a Walmart, o projeto para a construção de uma estação de tratamento definitiva já está em andamento. Até lá, e desde o final do ano passado, “o supermercado conta com uma estação de tratamento provisória” que acumula todos os detritos gerados pela unidade, segundo informou a rede à Vilas Magazine. Todo o material nela recolhido “é encaminhado para destinação correta, segundo alinhamento realizado com a Secretaria Municipal de Meio Ambiente”.

CENA DA CIDADE

Anos depois de muitas reclamações por parte da comunidade, com ampla cobertura da revista Vilas Magazine, o poder público enfim removeu as bancas de verduras que ocupavam irregularmente a praça de entrada do Parque Ecológico, em Vilas do Atlântico. Falta remover a degradante estrutura onde funciona um bar e uma banca de acarajé, ainda instalada no meio da mesma praça, que é um espaço público Vilas Magazine

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Ocupação irregular está na mira da prefeitura

Depois de autuado e multado pela prefeitura, o Bompreço de Portão passou a recolher efluentes em recipientes para descarte em Salvador

A Márcio Crusoé confirma que o supermercado deixou de lançar efluentes, passando a coletá-los em recipientes para posterior recolhimento em caminhões e descarte

diretamente nas instalações da Embasa em Salvador. “O supermercado apresenta aqui as notas que comprovam o transporte”, disse o secretário.

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ocupação irregular de área pública e de preservação permanente ao longo do rio Sapato, principalmente em Vilas do Atlântico, começa a ser combatida pela secretaria municipal de Meio Ambiente a partir de fevereiro. A regularização inclui demolição sumária de estruturas irregularmente construídas na margem do rio e até agora toleradas pelo poder público. Nas ruas do bairro, a prefeitura vem retirando placas de propaganda irregularmente colocadas em árvores e postes por imobiliárias.


CIDADE

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uita gente vem passando por sustos em Lauro de Freitas nos últimos dois meses, desde que a prefeitura começou a rebocar veículos estacionados em local proibido, principalmente em Vilas do Atlântico. Até o fim de janeiro a secretaria de Transporte, Trânsito e Ordem Pública já havia rebocado 130 carros na cidade. A ação continua: “a fiscalização volta ao mesmo lugar no dia seguinte e encontra de novo veículos estacionados em local proibido”, disse à reportagem da Vilas Magazine o secretário Moysés Mustar, responsável pela pasta. Equivocados, certos de que não haverá consequências, os motoristas que transitam em Lauro de Freitas sempre estacionaram onde bem entendem, em pontos de ônibus ou esquinas, mas principalmente em cima das calçadas – que em Vilas do Atlântico são usadas até como estacionamento “privativo”

Caminhão da prefeitura reboca veículo esta­cio­nado em local proibido em Vilas do Atlântico

Reboque de veículos assusta moradores em Vilas do Atlântico da loja em frente. Depois que a prefeitura começou a rebocar carros instaurou-se um corre-corre marcado pela aproximação do caminhão-reboque.

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Pessoas que testemunham a chegada da fiscalização procuram avisar a clientela nas lojas, que sai em pânico para remover os veículos estacionados em local proibido.


Registros & Notas

Ebasurf celebra 16 anos de praia em Vilas do Atlântico

PPS abre sede municipal em Vilas do Atlântico

A Ebasurf, a escola de surf que virou ponto de referência em Vilas do Atlântico, comemorou no mês passado 16 anos de praia. Fernando Eloy, o Feboda, no comando da escola desde o início, já perdeu a conta de quantos garotos e garotas passaram por ali. “Alguns já têm filhos e eles também já estão conosco”, conta. Além do curso permanente, que é gratuito para a garotada menos favorecida, a Ebasurf também dá aulas pontuais para turistas ou frequentadores de fim de semana.

MÁRCIA DURAN

O Partido Popular Socialista (PPS), com Josué Telles (ao centro) à frente do diretório municipal, inaugurou sede no mês passado na avenida Praia de Copacabana, em Vilas do Atlântico, com a presença do presidente estadual da legenda, Ederval Araújo, o Poli. Pré-candidato a deputado estadual este ano, Telles já havia declarado apoio ao governo de Márcio Paiva quando assumiu a presidência local. No plano nacional, o PPS aproxima-se do PSB de Eduardo Campos, governador de Pernambuco, abandonando o PSDB, seu tradicional aliado. Anteriormente filiado ao PP de Márcio Paiva, Telles foi candidato a vereador na cidade.

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COMPORTAMENTO

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projeto verão 2014 dos viciados em academia vai além do “combo” dieta e malhação de sempre: inclui de 30 a 40 minutos de exercício feito de barriga vazia – método batizado com a sigla AEJ (aeróbico em jejum). Popular entre fisiculturistas, que usam a prática para queimar gordura, o AEJ se espalhou entre não atletas, embalado pela divulgação na internet de blogueiros e “celebridades fitness”. De abril a dezembro do ano passado, as buscas pelo termo no Google cresceram 230%. E já há mais de 11 mil fotos com a “hashtag” AEJ no Instagram. É lá que Rodrigo Purchio, 24, e Roberta Pacheco, 22, apelidados de casal “frango com batata-doce”, espalham a 102 mil seguidores sua rotina de exercícios.

Fazer exercício de barriga vazia virou febre, mas traz mais riscos do que benefícios, defendem especialistas

A alcunha, que dá nome a um blog (www. frangocombatatadoce.com), vem da mania de Rodrigo de comer os dois alimentos juntos – prato-chave de marombeiros porque une uma Vilas Magazine

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proteína magra e um carboidrato. Rodrigo tem 10% de gordura no corpo – homens devem ter até 15%, segundo o fisiologista do exercício Turibio Leite de Barros. “Quero chegar a 5% mantendo os músculos que tenho.” É aí que o exercício em jejum entra. O AEJ se baseia na ideia de que, graças ao estoque baixo de carboidrato, resultado de uma noite inteira sem comer, o exercício feito antes do café da manhã usaria gordura como fonte de energia. “Teoricamente parece interessante, mas na prática não funciona”, diz Ivan Pacheco, diretor da Sociedade Brasileira de Medicina do Exercício e do Esporte.


Há poucas pesquisas que sustentam a teoria. Segundo o médico, mesmo em jejum o corpo tem estoques de carboidrato. E o que determina o gasto maior de gordura é a intensidade do exercício. A receita do AEJ inclui fazer uma atividade moderada, por no máximo 40 minutos. “Exercício de intensidade baixa ou moderada usa mais gordura como fonte de energia mesmo que a pessoa tenha se alimentado”, argumenta Pacheco. ESCALAR MONTANHA Rodrigo e a namorada, Roberta, fazem esteira inclinada ou bicicleta ergométrica em jejum. “Sou capaz até de subir montanha sem comer, mas controlo a intensidade de acordo com os batimentos cardíacos”, diz ele. Se a atividade ficar extenuante, o uso de gordura como fonte de energia diminui e cresce o uso de carboidrato e proteínas, explica o médico do esporte Franz Burini. O limite entre usar uma ou outra fonte de energia é tênue. Caso o organismo consuma

as reservas de açúcar, há risco de hipoglicemia, com sintomas como tontura, suor frio e desmaios, segundo Burini. Em atividades prolongadas, há maior chance de uso de proteína (músculo). “É uma técnica que deve ser adotada em situações extremas, por pessoas com acompanhamento. O leigo quer entrar na moda e pensa que se é bom para o fisiculturista é bom para ele. Mas os riscos superam os benefícios para a maioria”, diz Burini. Quando começou a praticar AEJ, Roberta morria de medo de passar mal. “Sou hipoglicêmica e minha pressão é baixa.” Os bons resultados que viu no namorado a convenceram, mas ela começou devagar – com acompanhamento e suplementos de aminoácidos, fez 15 minutos por dia até pegar confiança. “Nas primeiras vezes me senti mais fraca, mas nunca passei mal. Hoje, faço 40 minutos quase todo dia. É o exercício aeróbico de que mais gosto.” E não é o único. Ela faz três horas de atividade física diariamente. “Não é o jejum que faz o corpo dessas pessoas ficar superdefinido. É a rotina regrada de

dieta e exercícios”, diz a nutricionista Jéssica Borrelli, especialista em esporte. Para ela, se exercitar sem comer não compensa. Como a atividade tem que ser de baixa intensidade, o gasto calórico acaba sendo baixo. “Não vale mais a pena comer antes para conseguir treinar melhor, gastar mais calorias e mais gordura?” Para quem acorda e vai direto para a academia, ela recomenda tomar antes um copo de água de coco, que tem carboidratos e é de absorção rápida. Quem for esperar uma hora pode comer carboidratos complexos – pão com fibras, por exemplo. “Tanto faz se o corpo usou mais carboidrato ou mais gordura como fonte de energia. Para emagrecer o que importa é queimar mais do que ingerir”, afirma o médico do esporte Marcelo Leitão. Uma alternativa ao AEJ é fazer exercícios intervalados, alternando ciclos de baixa e de alta intensidade, diz Burini. Nesse caso, a queima de gordura e a de calorias é alta. Juliana Vines / Folhapress. DANIEL MARENCO / FOLHAPRESS

Rodrigo Purchio e Roberta Pacheco, em academia, no Rio

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NUTRIÇÃO

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Gordura emagrece?

cardápio da moda para emagrecer inclui colheradas de gordura – o que parece estranho, já que uma colher de sopa de óleo de coco, linhaça ou cártamo, populares em sites de dieta, tem cerca de 120 calorias, o mesmo que um bombom recheado. Mas, segundo os fabricantes, apesar do alto valor calórico, essas gorduras vegetais aceleram o metabolismo e aumentam a saciedade, ajudando na perda de peso. As promessas são vendidas a preços salgados: 260 ml de óleo de semente de chia, rico em ômega 3, custam acima de R$ 70. O sucesso das gorduras para emagrecer começou com o óleo de coco, que explodiu no

Óleos vegetais são vendidos com a promessa de acelerar o metabolismo e diminuir a fome, mas, para especialistas, faltam provas sobre os benefícios Da esq. para a dir.: óleo de cártamo, cápsulas de chia, óleo e cápsulas de abacate e óleo de linhaça

verão de 2012. De lá para cá a lista só cresceu (veja quadro na pág. ao lado). Ainda está longe, porém, de haver um consenso sobre os benefícios dos produtos. “A literatura científica sobre o óleo de coco é ampla”, defende Natana Martins, nutricionista do Herbarium, marca de fitoterápicos e suplementos. Segundo ela, o efeito emagrecedor é atribuído à propriedade termogênica da gordura do coco (que aumenta a queima de calorias no corpo). Mas, para o nutrólogo Edson Credidio, pesquisador da Unicamp, essa ação ainda não foi comprovada. “As pesquisas encontraram tanto benefícios como malefícios no alimento e não foram capazes de explicar o mecanismo envolvido”, diz. ADRIANO VIZONI / FOLHAPRESS

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A nutricionista Annie Belo, pesquisadora do Instituto Nacional de Cardiologia, no Rio, orienta um estudo sobre óleo de coco com 130 voluntários. A pesquisa será apresentada em março, mas já há uma prévia dos resultados. “O óleo teve efeito adjuvante na redução da circunferência da cintura”, diz. Ela ressalta que os participantes seguiram uma dieta acompanhada por nutricionista, porque o óleo de coco, sozinho, engorda. “Não há milagre.” À espera do efeito milagroso descrito em blogs, a assessora jurídica Sheilla Lovato, 27, tentou emagrecer só com óleo de coco, primeiro em colherada, depois em cápsulas. “Deu muito errado. Passei mal”, conta. Ela tomou 500 gramas de óleo em um mês. “Tentei de todo jeito: puro, na salada... Não funcionou. Tive diarreia e ânsia. Se emagreci foi de tanto passar mal.” Tomar o óleo pode mesmo causar diarreia, principalmente em grandes quantidades, diz a nutricionista e bioquímica Lucyanna Kalluf.

Ela recomenda no máximo duas colheres de chá ao dia, aliadas a uma alimentação saudável. “Óleo de coco é uma gordura saturada – pode aumentar o colesterol.” ÔMEGAS Mais novos no arsenal das dietas, os óleos de chia, cártamo (planta da família do crisântemo), abacate e linhaça são boas fontes de ômega 3, 6 e 9, gorduras mais saudáveis que as saturadas e que ajudam na manutenção da saúde cardiovascular. Mas não emagrecem, de acordo com a nutricionista Ana Maria Lottenberg, do Laboratório de Lípides do Hospital das Clínicas de SP. “É uma falácia. Quem emagrece tomando óleo é porque faz outras mudanças alimentares em conjunto”, diz. A estudante Nicole Olive, 19, toma três cápsulas de óleo de cártamo por dia há quatro meses e perdeu três quilos. “Dá resultado, sim”, diz. Mas, além de tomar o óleo, Nicole

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cortou refrigerante e frituras e caminha quase todo dia. “Acho que as cápsulas ajudam a controlar a fome.” O óleo de cártamo é fonte de ômega 6, ácido graxo essencial que também é encontrado no óleo de soja, canola e milho. “Não precisamos consumir ômega 6 do cártamo, que é caríssimo. É melhor variar entre outros óleos mais baratos”, diz Lottenberg. O ômega 9 do abacate é o mesmo do azeite, e o ômega 3 do óleo de chia e de linhaça é encontrado nesses alimentos na forma de semente. “Não faz sentido comprar o óleo, mas as sementes de linhaça e chia, sim, porque têm fibras e aumentam a sensação de saciedade”, diz ela. Para a nutricionista Alessandra Rodrigues, o brasileiro já consome muita gordura. “Tomar um suplemento via oral ultrapassaria as recomendações diárias.” E não importa se a gordura é boa ou ruim: “Em excesso, vai engordar e fazer mal”. Juliana Vines / Folhapress.


NUTRIÇÃO

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Alimentos x Gordura Localizada

s calorias que ficaram acumuladas por vários anos não dão trégua: a gordura localizada mostra que faltou atenção às pessoas no que se refere à dieta e que as atividades físicas foram esquecidas ou realizadas com menos frequência do que seu corpo necessitava. Segundo os nutricionistas, muitas das vezes, essa gordura acumulada vem do consumo de carboidratos simples, que estão nos pães, massas, sobremesas, refrigerantes e bebidas alcoólicas. Além de incomodar esteticamente, a área da barriga em geral é um fator de perigo para a saúde cardiovascular, logo diminuir medidas nesta região, não significa somente caber em um manequim menor. Colesterol, pressão alta e outras questões de saúde também são essenciais. Se o seu desejo é de reduzir medi-

das, determinados alimentos podem dar um auxílio: eles aceleram a queima de gordura e combatem o aumento de peso. Tenha a tenção nas escolhas que engordam seu prato, mas deixam sua cintura na medida. PESCADOS E FRUTOS DO MAR A inflamação é uma das grandes responsáveis pelo aumento de peso. Pescados e frutos do mar, por terem grande quantidade de ômega-3, um ácido graxo importante que auxilia a desinflamar as células de gordura, agindo no controle do problema. Além disso, esses alimentos também aceleram a transformação da glicose em energia, não permitindo que ela seja acumulada sob a forma de gordura. É recomendada a inclusão desses alimentos no cardápio pelo menos três vezes por semana.

Saiba escolher corretamente e acelerar os resultados no seu planejamento para secar a barriga

Esportista carrega equipamento de kitesurfe na praia de Cumbuco Vilas Magazine

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ÓLEOS FUNCIONAIS Não é a toa que esses óleos são tão conhecidos quando o tema é perda de peso. Eles agem no metabolismo das gorduras, aumentando a quebra dos ácidos graxos para fabricação de energia e, logo, reduzindo as reservas de gordura. Entre os mais utilizados, estão o óleo de coco e óleo de cártamo, que atuam ainda na aceleração do metabolismo. Mas também vale mencionar o óleo das sementes de gergelim, que previne o armazenamento de gordura corporal por meio da inibição de fosfodiesterase, uma enzima responsável pelo acúmulo de gorduras no organismo. AÇAÍ É um alimento quase que completo e bastante recomendado no momento de substituir uma refeição. Com alto teor em


proteínas, fibras, antioxidantes, vitaminas do complexo B, ferro, fósforo e cálcio, pode ser consumido na forma de suco ou sorvete, mas é preciso moderação, por conta da grande quantidade de calorias. Para versões mais saudáveis, evite a adição de açúcares e xarope de guaraná, por exemplo. Para adoçar, dê preferência a mel ou banana. OLEAGINOSAS Tem grande concentração de proteína e gorduras monoinsaturadas, como por exemplo o ômega-3. O consumo diário de uma porção de amêndoas, castanhas, pistaches ou nozes, auxilia a garantir a saúde coronariana e ainda previne diversos tipos de câncer. Também são fonte de vitamina E e do complexo B e de minerais, como fósforo e potássio, fundamentais para a manutenção do metabolismo. ABACATE Exatamente pela sua alta concentração de gorduras benéficas, que promovem a saciedade por mais tempo, o abacate pode ajudar a diminuir o peso. Embora possua

grande quantidade de calorias, elas provêm da gordura monoinsaturada, que auxilia a diminuir o pico de insulina, hormônio que desencadeia o armazenamento das calorias a mais sob a forma de gordura localizada. Além disso, o ômega-9 existente ativa outro hormônio, a adiponectina, que induz o corpo a fabricar energia a partir dos depósitos de gordura, isto é, derretendo o que sobra no abdômen. Segundo os nutricionistas é aconselhado consumir três colheres em dias alternados. FRUTAS VERMELHAS As frutas como por exemplo framboesa, amora, morango, cereja, jabuticaba, mirtilo, melancia e uva roxa, são grande aliadas no combate à gordura localizada. Há em suas cascas, elementos fitoquímicos com ação antioxidante, como a antocianina, que mantém o sistema circulatório eficiente, melhorando a irrigação dos tecidos e ajudando na queima de gordura abdominal. É recomendado o consumo de uma ou duas xícaras por dia. ABACAXI Tem alto teor de vitamina A, C e

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B1. Oferece grande quantidade, tanto de água, quanto de fibras, além de ser fonte de minerais como cálcio, magnésio, fósforo e potássio. Visto como diurético, possui efeito muito bom na digestão e no funcionamento dos intestinos. Além disso, auxilia no controle das taxas de colesterol e elimina toxinas do sangue. Pode ser consumido todo dia, de forma moderada, devido ao seu gosto ácido e da relativa quantidade de calorias. CHÁ VERDE Além de agirem no sistema nervoso central acelerando o metabolismo e aumentando a temperatura corporal, as xantinas (cafeína, teofilina e teobromina) existentes no café, chá verde e preto, mate e chocolate aumentam a mobilização de gorduras estocadas. Os polifenóis, também existentes no chá verde, eliminam radicais livres, o que reduz a oxidação de gorduras. É recomendado beber uma xícara de chá de 30 a 40 minutos depois do almoço e jantar, com atenção para não consumi-lo antes de dormir (o que pode prejudicar o sono) e se você for uma pessoa hipertensa, pois essas substâncias aumentam a pressão arterial.


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Como fazer para que o material escolar não pese tanto no orçamento

odo início de ano é o mesmo drama: além de ter que reservar dinheiro para quitar o IPTU e IPVA, quem possui filhos, precisa ter atenção à relação de material escolar. E para não estrapolar nos gastos, é necessário fazer uma boa pesquisa, seja nas lojas ou pela Web. A diferença de preço de determinados materiais dessa relação chegam a mais que 100%. Com o objetivo de auxiliar você a conseguir o material do seu filho, seguem algumas recomendações. Antes de começar a pesquisa dos preços, os pais precisam tentar reaproveitar material. Por exemplo, observe se o livro de algum familiar ainda pode ser utilizado ou se o vizinho que estudou no mesmo colégio pode emprestar o livro. Depois, busque na internet sites de comparação de preços. Eles nos dão idéia de quanto vamos ter de despesa e em quais locais encontramos os produtos que nos interessam. Há também a possibilidade de juntar diversos pais e realizar a compra por atacado. Desta forma, a despesa pode ficar menor. Alguns pais gostam de levar os filhos para realizar as compras, mas isso não é recomendado. As crianças quase sempre utilizam a emoção para escolher os materiais escolares aumentando os gastos. Esses materiais não podem ser utilizados como ferramentas sociais – meu lápis é mais bonito ou meu caderno é daquele herói. Os pais precisam informar aos filhos que há um orçamento e que o intuito real desses produtos é oferecer suporte para que eles possam estudar. Especialistas esclarecem que é essencial que a criança tenha, pelo menos um pouco de noção de finanças pessoais, mas isso não pode ser orientado no momento da aquisição do material escolar, já que nesse processo não pode existir erros. Não é aconselhado oferecer o dinheiro na mão dos filhos, já que eles podem adquirir os produtos pela beleza e não pela real utilidade para os seus rendimentos no colégio. A aquisição do material escolar pode

ser realizada de forma presencial, em lojas especializadas, ou pela internet, mas é importante lembrar sempre do Código de Defesa do Consumidor. O comprador precisa exigir a nota fiscal e se informar do prazo para fazer a troca ou devolução do material, se for preciso. AJUDA O passo inicial é pesquisar os preços em lojas conceituadas, papelarias e livrarias. Alguns locais oferecem essa possibilidade até por telefone ou em sites, o que economiza tempo. Atualmente, quase todas as livrarias e papelarias possuem sites e lá se pode comparar preços de diversos itens que estão na sua lista. São tantos os tipos, itens e marcas que tornam a escolha um pouco complicada. Siga a lista à risca e não ceda aos desejos dos filhos. A diferença de preços de uma loja para outra

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pode ser enorme. Agora, no momento de fazer o pagamento, prefira pela que oferecer menores juros e mais facilidades. Se puder, consulte o preço à vista, e avalie as opções. Evite usar o limite do cheque-especial. Cartão de crédito, apenas se você quitar o total da fatura no seu vencimento. E, para quem vai utilizar cheque pré-datado, o controle é primordial. São cuidados básicos que podem evitar que a pessoa comece o ano devendo no banco. Orçamento: fuja dos “itens da moda” na hora de adquirir o material escolar. Recomendações para economizar nunca são demais. Em especial referente a materiais escolares: convencido pelas crianças, muitos pais terminam “torrando” até 50% a mais para comprar itens que estão em evidência. GRANDES LOJAS X LOJAS DE BAIRRO Outra alternativa, é fazer a análise da venda no atacado, indicada para quando os pais se juntam para comprar material em boa quantidade por um preço mais em conta. Mas, para quem deseja fazer sozinha as compras, vale verificar se a loja da sua região não está oferecendo preços competitivos, sem falar da


comodidade de não se deslocar para grandes centros de compras. Segundo os economistas, até com a possibilidade de se verificar o mercado alternativo na hora de fazer a compra, em toda regra tem uma exceção. Com a concorrência, é natural situações de grandes redes oferecerem descontos em cima de seus produtos principais ou um desconto linear sobre o custo total. Além disto, é orientado que sempre que

for possível, os pais tentem não adquirir material de grife ou enfeitado com aqueles personagens conhecidos, pois o preço normalmente é muito maior. Produtos como por exemplo tintas, fitas adesivas e colas devem ter maior atenção. Eles necessitam ter informações exatas e claras, em português, a respeito do fabricante. É essencial ainda atentar para as informações técnicas a respeito de condição, armazenamento e composição, prazo de

validade e os perigos à saúde de quem vai usar o produto. E, já que o tema é marca, fabricantes nacionais podem e devem ser privilegiados na hora de comprar os itens, já que os pais têm a garantia de materiais atóxicos e corretos à legislação do país. É importante ter ainda uma atenção maior referente à lápis, caneta e borracha, pois estes itens estão sempre na lembrança das crianças.

ARTIGO / Rosely Sayão

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Aprender

á muitos pais que reclamam do comportamento dos filhos em relação à vida escolar. Em geral, porque eles não se esforçam, acham muito chato aprender e dizem que não gostam de estudar; também porque resistem até o fim para sentar em casa e realizar a tarefa e/ou rever a matéria; e porque não conseguem prestar atenção. Além desses, há os que afirmam que o filho apresenta “dificuldade de aprendizagem”. Em relação a essa última questão, é preciso considerar que essa frase é vazia, sem sentido. Aprender algo novo é sempre difícil, por mais que a pessoa queira ou goste. Para aprender, é preciso reconhecer a própria ignorância, e isso tem sido cada vez mais difícil no nosso mundo. Em resumo: todos nós temos dificuldades de aprendizagem, por isso seria interessante deixarmos de lado esse rótulo quando nos referimos aos mais novos. Retomemos as primeiras razões das reclamações dos pais e vamos pensar no quanto eles mesmos colaboram para que tudo aquilo aconteça com o filho, sem que eles percebam sua contribuição. E, de largada, vamos lembrar: quando a criança inicia seus estudos formais, ela terá de persistir, se esforçar, encarar o erro e procurar não repeti-lo, aprender a “grudar a bunda na cadeira” cada vez por

mais tempo e a seguir um processo. A maioria dos pais reconhece tais requisitos mas, na hora de tentar passar aos filhos, comete um equívoco: o de dizer à criança o que ela precisa fazer, na esperança de que ela apreenda as lições dos pais e passe a aplicá-las nos estudos. Costuma ser em vão essa estratégia, porque as crianças continuam com os mesmos comportamentos. É que elas precisam aprender isso com os pais no cotidiano. Para ilustrar essa questão, vou usar um exemplo muito presente na vida dos mais novos: os convites para comparecer a festas de aniversários. Aliás, nunca antes as crianças tiveram tantas demandas para eventos sociais. Será bom para elas essa alta frequência? Ainda não sabemos. Qual costuma ser o comportamento das crianças em relação aos convites que recebem? Primeiramente, elas não pensam se querem mesmo ir ou não. Desconfio que elas acham que o comparecimento a essas festas é obrigatório, como ir à escola. Elas não pensam porque os pais não as levam a isso. Perguntar ao filho qual ou quais motivos ele tem para querer ir à festa pode ser um bom começo. Ele gosta do colega? Tem boa convivência com ele? Quer brincar com outras crianças? Entretanto, o motivo mais utilizado,

o de que “todo mundo vai”, não deve ser suficiente para convencer os pais. Depois disso, sair em busca de um presente para o colega. Pensar na idade dele, do que ele gosta, de suas características, usar uma faixa de preço para escolher, ir com os pais até a loja e --por que não?-- contribuir com parte de sua mesada são questões que também ajudam a criança a vivenciar um processo do começo ao fim dele. Ir a uma festa exige uma preparação: não é apenas ir e se divertir, não é verdade? Muitas crianças só se defrontam com os processos da vida na escola e, por isso, resistem tanto, reclamam tanto, acham tão chato. A escola tem sido, para muitas delas, a única instituição a exigir delas dedicação, esforço, perseverança, espera, contenção, planejamento etc. Desde antes dos sete anos a criança já pode, em família, começar a vivenciar todas essas questões. Afinal, pertencer a uma família já é um processo que exige muito, não é? Mas parece que temos deixado a criança concluir que pertencer a uma família é puro desfrute e que aprender algo deve ser fácil.

ROSELY SAYÃO, psicóloga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação.

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BELEZA

Brilha Muito

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‘glitter’ nas unhas volta com força total e é a nova aposta das marcas para as próximas temporadas. “As mulheres estão procurando opções com efeitos diferenciados, sejam eles ‘glitter’, paetê, cristal... O importante é ter brilho e ser glamoroso. Essa tendência é percebida porque, assim como na moda, o brilho está mais democrático e pode ser usado tanto de dia como à noite”, afirma a gerente de marketing Soraia Arraes. “O brilho também está presente no dia a dia, nos acessórios, nas roupas e nos calçados. Portanto, nada mais natural do que a tendência aparecer nas unhas também’, opina a designer de unhas Olivia Tanioka. É possível aderir à moda de diversas maneiras. “Quem estiver mais relutante pode começar optando pela chamada ‘filha única’, em que apenas uma unha de cada mão recebe o brilho”, sugere técnica em unhas Anne Carvalho. Normalmente, o efeito é usado no dedo anelar. Outra opção é o ‘degradê’, em que o ‘glitter’ fica mais concentrando na ponta da unha e vai se dispersando até a base. Os esmaltes com brilhos em prata e em dourado são considerados curingas, segundo Olivia. “Podem ser combinados com qualquer cor de esmalte. Já os coloridos vão muito bem com o preto e com cores escuras, que

ACIMA: Usado só nas pontas, o brilho é um acabamento para técnica ‘francesinha’ DIREITA: A ‘filha única’ fica diferente das outras unhas com camada extra de ‘glitter’

se destacam pelo contraste”, conclui. O resultado fica bacana e moderno, mas, na hora de tirar, vem a dificuldade, já que o brilho custa a sair. “Em unhas que descamam, o ‘glitter’ ajuda a fixar o esmalte”, comenta a profissional. A dica para a remoção é umedecer um chumaço de algodão com acetona, colocar na unha e enrolar com alumínio por cinco minutos. “Depois, sai mais facilmente”, comenta Olivia. Camila Brandalise / Folhapress. FOTOS: DIVULGAÇÃO IMPALA

ABAIXO: Aplicado em todas as unhas, o ‘glitter’ fica bem com um esmalte colorido

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FOTO - Moda 09.09.2013 - Lily Collins. (Foto: Divulgação)

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e um dia já foi moda deixar a sobrancelha bem fininha, hoje, a tendência segue para o lado contrário. Ou seja, quanto mais cheia, melhor. “Atualmente, as pessoas estão buscando mais a naturalidade’, comenta a Rose Almeida, profissional que cuida de sobrancelhas. Que o digam algumas estrelas do cinema e das passarelas, como as atrizes Keira Knightley e Lily Collins (dir.) e as modelos Cara Delevingne e Miranda Kerr, que exibem suas fartas sobrancelhas e são bastante elogiadas justamente por isso. No Brasil, a maior representante da tendência é Malu Mader. “Mais grossa, ela traz força ao olhar, mas, ao mesmo tempo, dá uma

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Olhar forte

Sobrancelhas grossas dão um ar natural e, ao mesmo tempo, marcante ao rosto; confira dicas para mantê-las cheias e bonitas

certa sutileza e deixa natural, já que está mais próxima do que realmente é”, comenta Rose. Para seguir essa tendência, é preciso saber se o estilo combina com você, respeitando o desenho natural dos pelos. Portanto, se tiver dúvida, o primeiro passo é procurar um especialista na área. Depois, vem uma das tarefas mais difíceis: deixar os pelos crescerem e aguentar a sobrancelha desgrenhada por alguns dias. “O legal é ficar pelo menos um ou dois meses sem mexer nela”, afirma Rose. Para tirar somente o excesso durante esse período, a dica é colocar o dedo indicador sobre a sobrancelha e retirar apenas os pelos Continua na página 76

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Videogames para a atenção

que faça com que eles se dediquem muito uita gente fala mal da mais do que os outros aos videogames de tecnologia e levanta até a ação --atividade que seria naturalmente possibilidade de o déficit mais fácil para eles, nesse caso. Mas é de atenção de tantas crianfácil tirar a dúvida: basta treinar jovens ças e jovens adultos ser causado pelo uso não jogadores e medir sua capacidade de dos aparelhos modernos, que permitem Suzana Herculano-Houzel atenção antes e depois da prática. (ou exigem) que a atenção seja dividida Resultado: tanto moças quanto rapaentre várias tarefas ao mesmo tempo. Eu A melhor coisa que pode zes que passam a jogar Medal of Honor discordo e, continuando minha campanha acontecer para melhorar a diariamente, por exemplo, demonstram em prol da tecnologia (e contra, isso sim, melhora na coordenação visuomotora, seu mau uso), digo o porquê: a melhor capacidade de atenção do na capacidade de detectar objetos e na coisa que pode acontecer para melhorar cérebro é exigir dela atenção, com apenas dez dias de treino. a capacidade de atenção do cérebro é Jogar o bem-comportado Tetris, em justamente exigir dela. comparação, não adianta nada. A atenção melhora... quando se A neurociência aprendeu isso com uma das invenções tecnolópresta atenção --assim como a memória melhora quanto mais gicas mais execradas nos círculos pseudocientíficos: o videogame. recorremos a ela. Primeiro, descobriu-se que ficar horas a fio na frente do monitor É claro que jogar videogames pode trazer problemas. Assim não faz mal algum à visão. Pelo contrário, a acuidade visual até como beber água em excesso faz mal (sabia?), jogar demais pode melhora em alguns jogadores. ser nocivo, principalmente para jovens e crianças com predispoSegundo, jogadores de videogames de ação, como Grand Theft sição a comportamento impulsivo --e, antes de mais nada, por Auto, Medal of Honor ou Call of Duty, têm uma capacidade maior tomar o tempo em que eles poderiam estar aprendendo outras do que não jogadores de não se deixar distrair por objetos fora do coisas. Mas, de novo, o problema não é da tecnologia: é do mau foco de atenção, ao mesmo tempo em que conseguem detectar uso que fazemos dela. objetos interessantes na periferia do campo de visão. Ou seja: têm maior capacidade de atenção. SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, professora da UFRJ, Há que ser cético, contudo, e lembrar que talvez seja justae apresentadora do programa Cerebrando (cerebrando.net) mente uma maior capacidade prévia de atenção de alguns jovens

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SAÚDE

Automedicação pode ocasionar graves complicações à saúde

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ores de cabeça, fortes cólicas, gripe, são alguns exemplos de quadros onde muitas pessoas recorrem à medicamentos tradicionais que estão habituadas a tomar, ou se aconselham com os colegas que já passaram pelo problema. Se você tem esse costume, saiba que não está só. De acordo com os médicos, pelo menos metade das pessoas realiza consultas informais no momento de tomar um remédio e cerca de 40% repetem a mesma medicação prescrita em outras situações. Este costume não apenas faz mal ao organismo, como também pode ocasionar graves complicações, podendo até causar morte. A automedicação é a primeira alternativa de muitas pessoas que não procuram ajuda clínica. É necessário entender que quase todos os remédios trazem algum mal à saúde, por isso o médico prescreve a dose e o tempo do tratamento. As chamadas “farmácias em casa” é o que mais preocupa no automedicamento e, de acordo com a Anvisa – Agência Nacional de Vigilância Sanitária, aproximadamente 23% dos casos de intoxicação em crianças são ocasionadas pelo armazenamento inadequado de remédios em domicílio. Como muitos dos medicamentos são processados pelo fígado, existem casos recorrentes onde o paciente passa a ter um sério processo inflamatório (hepatite), reações alérgicas gravíssimas e até lesões sérias, com o decorrer do tempo. Os maiores causadores destes problemas são os anti-inflamatórios, analgésicos e antibióticos, quando utilizados por conta própria. A utilização indiscriminada de anti-inflamatórios pode ocasionar sérios problemas hepáticos e graves hemorragias digestivas, enquanto analgésicos usados em demasia podem transformar dores pontuais, em crônicas. Pessoas que se automedicam constantemente devem realizar exames de rotina para observar o fígado e órgãos, como o estômago, intestino e o coração.

MEDICAMENTOS DE TARJA Saber ler e identificar a atuação dos remédios através da tonalidade da tarja é essencial e em várias situações pode salvar vidas. Segundo os profissionais médicos, a automedicação é responsável por aproximadamente 20 mil mortes/ano no Brasil. Muitas pessoas deixam de ler a bula dos remédios ou os compram sem receita médica. Para evitar riscos, ter atenção às tarjas é primordial. A comercialização de medicamentos no país é classificada pela tonalidade da tarja estampada na embalagem, segundo determinação da Anvisa. De acordo com os médicos, a maior preocupação quanto ao consumo de remédios se refere ao efeito colateral apresentado. A tarja é o ponto mais importante do remédio, por apresentar sua intensidade de atuação no organismo da pessoa. Vilas Magazine

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Os medicamentos sem tarja são denominados de ‘venda livre’ e é difícil ter contraindicação. Esses remédios possuem baixos efeitos colaterais, quase nulos no organismo, e não precisam de prescrição médica. Mesmo assim, é importante consultar o farmacêutico a respeito de suas propriedades. Já os medicamentos de tarja vermelha necessitam de receita médica e representam cerca de 65% do mercado de remédios no país. Embora podendo ocasionar efeitos colaterais leves, recentemente a Anvisa pediu que exista maior controle em sua comercialização e distribuição. O órgão tem o interesse de implantar um regime mais rígido no que se refere à fiscalização e educação a respeito do perigo de se automedicar. E para finalizar, os remédios de tarja preta são controlados e precisam de uma fiscalização rígida, já que agem no sistema nervoso, com efeito sedativo, podendo ocasionar vício e dependência. A prescrição médica é necessária para sua aquisição e retida depois da entrega do remédio. Segundo os especialistas, o correto é que haja a orientação médica para qualquer medicação, mesmo para os que não possuem tarjas. Ainda é essencial que se observe os prazos de validade do medicamento e a proteção do lacre da embalagem.

E QUANDO ESTÃO VENCIDOS? Várias vezes não se dá atenção ao prazo de validade dos medicamentos e quando necessitamos deles é que percebemos que já estão vencidos. Os médicos informam que se estiverem lacrados e com vencimento recente, provavelmente podem estar em bom estado, mas depois do vencimento, o fabricante não possui mais nenhuma responsabilidade sobre os efeitos do remédio. Então se não podemos mais consumi-los, o que deve ser feito é descartá-los imediatamente. Jogar na lixeira ou no vaso sanitário, são opções ecologicamente erradas. Imagine seu remédio que possui hormônio poluindo a natureza! Isso pode modificar o metabolismo dos animais, mexer com as plantações, e podem ficar guardados no solo por vários anos. O recomendado é levar a uma farmácia, onde há descartes apropriados. Para os remédios que não são usados totalmente, a doação para uma entidade carente pode ser uma ação solidária, já que casas de repouso, creches e asilos sempre necessitar desses medicamentos. Deve-se ressaltar sempre que os remédios não podem ser consumidos sem aconselhamento farmacêutico. Ele é o profissional de saúde correto para informar se o seu estado pode ser tratado com remédio de venda livre ou se você precisa procurar um profissional médico.

Cuidado com a arritmia Doença séria, ela pode ser confundida com tontura ou fadiga

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rritmias cardíacas estão associadas a questões sérias, como derrame cerebral e infarto, e podem ocasionar morte. E o público feminino, principalmente, necessita de cuidados especiais, devido o aumento do número de mulheres portadoras do problema, que passou de 49% para 67%, entre os 15 e 45 anos de idade, segundo levantamento do Hospital do Coração, e os sintomas, algumas vezes, podem estar ‘escondidos’, sendo confundidos com problemas comuns. Segundo os cardiologistas as pessoas podem confundir os sintomas com problemas na coluna, fadiga ou até dores no braço, por terem carregado algum peso. Os maiores Vilas Magazine

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sintomas de arritmia são tontura, palpitação, cansaço, falta de ar, desmaio e dores no peito. No momento de fazer atividades físicas também é possível perceber o problema. O coração possui um ritmo correto para bater – são cerca de 60 a 100 batidas a cada minuto. Estresse e exercício físico provocam o aumento dos batimentos cardíacos, mas o músculo depois retorna ao normal. Se isso não ocorrer, mostra que algo pode não estar certo. E segundo os médicos, mulheres que possuem acima de 80cm de cintura têm mais risco de enfermidade no coração. Logo, quem está acima do peso deve ficar atento. Esse valor de circunferência mostra uma possibilidade de u surgir complicações com o coração.


SAÚDE

O QUE É? As arritmias podem ocorrer por batimento acelerado, chamado de taquicardia, ou por batimento desacelerado, conhecido como braquicardia. A mudança que mais acontece é a fibrilação atrial, uma falta de compasso no batimento do coração que aumenta em algumas vezes o perigo de AVC, pois ela causa a formação de coágulos no sangue. Diversos fatores podem estar associados ao aumento de pessoas com arritmia. Entre eles estão enfermidades nas artérias do coração, hipertireodismo, insuficiência cardíaca e falta de equilíbrio químico no sangue (como mudança nas taxas de cálcio, potássio e sódio). Além disso, a enfermidade ainda está relacionada ao consumo de elementos estimulantes, como por exemplo tabaco, cafeína, álcool e anfetamina. Sua incidência ainda cresce com a faixa etária – o envelhecimento causa um aumento da pressão arterial e da taxa de colesterol, além de na mulher, a menopausa ocasionar mudanças hormonais no organismo e com o aumento de peso. Por isso, por mais difícil que possa ser, é momento de rever seus costumes, já que a mulher moderna tem acumulado diversas funções, como cuidar da família, trabalhar fora, e se preocupar com os afazeres do lar. Esse ritmo acelerado pode causar bastante estresse e colabora para costumes pouco saudáveis, como sedentarismo e alimentação desequilibrada. EXAMES EM DIA Para o diagnóstico correto, é essencial ter atenção ao histórico na família e na suspeita de certos sintomas, como palpitações, fadiga, tonturas e desmaio, buscar um cardiologista para fazer exames, como por exemplo o ecocardiograma, que possam verificar a existência de problemas cardíacos. Já o exame de pulso pode verificar alteração na frequência dos batimentos do coração. Numa situação de emergência, o eletrocardiograma, pode observar de forma rápida o problema e logo o tratamento correto é agilizado, aumentando as possibilidades de mudar o quadro. Existe ainda um equipamento portátil de eletro (método Holter) que faz uma avaliação da frequência do coração da pessoa. O paciente precisa ficar 24 horas com o equipamento, para que possa ser verificada, a partir de uma

representação gráfica da corrente elétrica que provoca os batimentos do coração, a existência de algum problema. Além disso, o equipamento faz associar a arritmia aos sintomas que a pessoa apresenta, já que esta precisa anotar em uma ficha as atividades que for fazer, os indícios apresentados e seus horários. No teste eletrofisiológico, são colocados cateteres com mini eletrodos na veia até chegar ao coração. Isto provoca o estímulo do coração ao mesmo tempo em que se pode observar alguns problemas, para que então seja diagnosticado os tipos de arritmias e seja realizado o tratamento correto. PREVINA PROBLEMAS NO CORAÇÃO Emagrecer e entrar em forma é o mais recomendado para fugir desses problemas. Porém, determinadas pessoas, mesmo magras, Vilas Magazine

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podem ter gorduras localizadas que atrapalham o funcionamento do organismo. Isso porque essa gordura fica em reservatórios separados do restante dos líquidos do corpo: ela se deposita nas células de gordura. Esses reservatórios, sendo magros, podem ter depósitos de gordura excessiva em certas partes do corpo. Em mulheres, a culpa ainda pode ser devido aos hormônios, por falta de estrogênio: muitas que possuem um corpo acinturado passam a sentir a perda deste contorno conforme vai chegando a menopausa. De acordo com os médicos, a lipoaspiração pode devolver a cintura tão sonhada, mas é essencial procurar um médico, pois cada caso passa por uma análise detalhada. A mulher que passa pela lipoaspiração e utiliza a cinta no pós-operatório sente a diferença logo que o inchaço começa a sumir.


LIVROS

Uma história mais ou menos assim

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cortesã mineira dona Beja ajudou François Dumont, futuro avô de Santos Dumont, num plano para fazer fortuna no século 19. Anos antes, o francês desembarcara no país para expandir os negócios do sogro, dono da joalheria parisiense Gerbe d’Or. Ok, essas são versões dos fatos. Se levarmos a história ao pé da letra, podemos dizer só que Beja e Dumont (o avô) viveram na mesma época na mesma região de Minas. E que o sogro dele era joalheiro, mas não da Gerbe d’Or. Quem preencheu com ficção as lacunas factuais até formar uma trajetória crível de quase 600 páginas foi Alberto A. Reis, 66, no romance “Em Breve Tudo Será Mistério e Cinza”, lançado pela Companhia das Letras. A obra integra uma seleção de bons títulos recentes que têm em comum o mergulho numa seara pouco explorada pela literatura nacional – a de romances que retratam Brasil Colônia e Império. Outros exemplos são “Quatro Soldados” (Não Editora), de Samir Machado de Machado, cuja trama revê o Sul dos anos 1750, e “O Bibliotecário do Imperador” (Biblioteca Azul), de Marco Lucchesi, no Rio do fim do século 19. Há ainda “A Máquina de Madeira” (Companhia das Letras), de Miguel Sanches Neto, sobre o padre paraibano que criou, no século 19, o protótipo da máquina de escrever. O livro, de 2012, concorreu em 2013 aos prêmios São Paulo e Portugal Telecom. No geral, esses romances tiveram repercussão tímida e ainda não esgotaram as tiragens iniciais, de 3.000 cópias – num país em que livros de história (Laurentino Gomes, Leandro Narloch etc.) saem às centenas de milhares. “Muitos veem o romance histórico como algo do passado. Parece que não é literatura”, diz Sanches Neto, 49. No caso nacional, não chega nem a ser coisa do passado. Quando o romance histórico deslanchou na Europa no século 19, com “Ivanhoé” (1819), do escocês Walter Scott, e “Os Três Mosqueteiros” (1844), do francês Alexandre Dumas, mal

Sem tradição em romances históricos, país ganhou nos últimos meses bons títulos do gênero, que recriam lacunas do Brasil Colônia e Império

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havia romancistas por aqui. Os grandes nomes do país surgiram na segunda metade daquele século, com destaque para José de Alencar, com “Iracema” (1865), cuja trama se passa 200 anos antes. Mas logo o olhar para o passado minguou no país, com exceções como “O Tempo e o Vento” (1949-1961), de Érico Veríssimo, e “Viva o Povo Brasileiro” (1984), de João Ubaldo Ribeiro. No Reino Unido, por sua vez, Bernard Cornwell, Hillary Mantel e outros ainda fazem sucesso. No geral, o romance histórico decaiu u


LIVROS

no século 20. Não em interesse, porque Dumas continua sendo lido, mas em prestígio a ficção toma outro rumo, mais moderno”, diz Jefferson Cano, especialista em literatura e história. A extensão do passado também influi no desinteresse nacional. “O romance histórico europeu volta à Idade Média, o que não temos aqui”, diz o professor da Unicamp Mário Frungillo. FRONTEIRAS Mas foi a ideia da “Idade Média brasileira” que fez Samir Machado de Machado, 32, investigar conflitos de índios, espanhóis e

portugueses nas fronteiras sulinas do século 18, em “Quatro Soldados”. “Entre o descobrimento do Brasil e a chegada de d. João 6º, há um período em que o país é meio abandonado. É vago o bastante para liberar a imaginação”, diz. O crítico Luís Augusto Fischer lembra que o autor não está isolado no Ilustração de João Lin para o juvenil esforço de reconstruir um ‘Nas Trilhas do Ouro’ - (Reprodução)

Sul ficcional. É conterrâneo de Tabajara Ruas e Luiz Antonio de Assis Brasil, que já recontaram a história pela ficção. “O pensador italiano Franco Moretti escreveu que romances históricos tendem a vir de regiões de fronteira. Pertencer ou não ao Brasil está sempre em causa na literatura do Sul”, diz. No geral, esse olhar

ARTIGO / Márcia Tude

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pediatra David Beck não conseguia esquecer as dores do passado e não conhecia os caminhos para aprender a superar tamanha dor. Sua esposa Elizabeth fora brutalmente assassinada há oito anos, quando realizavam um ritual romântico à beira do lago Charmaine, na Pensilvânia. Eles se conheceram ainda crianças e desde o início sentiram que o amor seria eterno. Anualmente, no dia do aniversário do primeiro beijo, eles voltavam ao lago para gravar mais uma barra no tronco da árvore que tinha suas iniciais marcadas dentro de um coração. No entanto, no 13° ano, David e Elizabeth foram friamente atacados. Ele foi deixado inconsciente no lago para se afogar e ela, depois de ter sido sequestrada e ter o rosto marcado com a letra K, a ferro em brasa, foi encontrada morta – supostamente vítima de um serial killer. Mesmo após oito anos, os detalhes daquela trágica tarde ainda assombram David, que tenta reconstruir a sua vida, dedicando-se exclusivamente ao trabalho. Mas um estranho email com uma

Não conte a ninguém pergunta que só eles saberiam responder e um pedido: “não conte a ninguém”, o deixa enlouquecido e intrigado. Quem mais poderia saber dos segredos mais íntimos do casal? Inicialmente, David acredita que tudo não passa de uma brincadeira cruel, mas quando um vídeo lhe é enviado, e ele tem a mais perturbadora das visões, decide ir atrás de toda a verdade. Ao acessar o link enviado na mensagem, o médico é redirecionado para um site no qual aparece a imagem de uma câmera de rua. Após alguns minutos, Elizabeth surge na tela, olhando diretamente para a câmara e sussurra: “Sinto muito”. E esse email acende a esperança no coração de David. Será que Elizabeth ainda estaria viva? O que estaria acontecendo, seria uma montagem? Em sua frenética busca pela verdade, o pediatra acaba sendo seguido por uma série de pessoas tão poderosas quanto inusitadas. O FBI, por exemplo, após encontrar dois corpos no local do crime, passa a vê-lo como principal suspeito da morte da esposa. Por outro lado, um perigoso assassino de aluguel também

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está na mira de David Beck, que conta apenas com o apoio de sua melhor amiga, a modelo tamanho GG Shauna, da célebre advogada HesterCrimstein e de um traficante de drogas cujo filho é hemofílico e paciente do pediatra. “Não conte a ninguém”, de HarlanCoben, (traduzido por Ivo Korytowski para a Editora Arqueiro em 2009) não é novidade nos círculos da literatura de ficção mundial, sobretudo policial, da atualidade, e virou até filme na França. Na verdade, foi um dos livros mais aclamados de 2001, mas que só estourou no Brasil há cerca de cinco anos. E quem já leu algum romance de Dan Brown ou mesmo de Poe (aí já é demais, não é?), consegue perceber as similaridades entre esses romances YA (Young Adult), com seus ganchos, clichês, macetes (o que deixa transparecer a impressão de que o autor já se utilizou repetidas vezes – noutros livros – das mesmas experiências, frases, conflitos...). Não que isso seja necessariamente ruim, mas não é bom. Fica tudo muito no lugar-comum, tudo muito na mesma fórmula mágica do “best-seller”. A incidência dos capítulos curtíssimos que se fecham sempre da mesma maneira (uma pequena, média ou grande revelação


ficcional é permeado de ironia – é um país que nasce com mais pompa que circunstância. “Em Breve Tudo Será Mistério e Cinza” é o mais debochado, ao tratar da aclimatação de Dumont ao país, constrangido pelo fascínio que sente por escravas. Alberto A. Reis trata, ainda, de debates atuais, como o tamanho do Estado na economia. “A ficção não é real, mas tem de soar verdadeira.” Esse é, para Sanches Neto, o diferencial de romances históricos recentes. “Não quero ensinar história, quero discutir a sociedade atual a partir do que esquecemos.” Raquel Cozer / Folhapress.

o espera no início do próximo) nos deixa curiosos, forçando-nos a continuar. Suas 250 páginas podem ser lidas tranquilamente em duas horas, duas horas e meia, talvez bem menos. Certamente é uma obra envolvente, cujo conteúdo prende o leitor – mesmo com excesso de personagens secundários, desnecessários, que acabam dificultando um pouco a compreensão da trama – do começo ao fim, envolvendo-o em uma história de perda e redenção a partir de um amor capaz de resistir a qualquer dificuldade. Até mesmo ressuscitar os mortos. MAIS SOBRE O AUTOR HarlanCoben é autor de mais de 15 livros e vencedor de diversos prêmios – sendo o único escritor a ganhar o Shamus, o Anthony e o Edgar Allan Poe, a trinca de ases da literatura policial americana. Aclamado pela crítica, seus últimos lançamentos chegaram ao topo das listas de mais vendidos dos principais veículos de comunicação do mundo. Os livros de Coben já foram traduzidos para mais de 20 línguas. Atualmente o autor vive com a mulher e os quatro filhos em Nova Jersey. MÁRCIA TUDE é escritora, produtora cultural e empresária dos ramos livreiro e editorial.

Livros para jovens contam sagas de meninos pobres portugueses

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ois romances juvenis lançados em 2013, “A Descoberta do Novo Mundo” (Planeta), de Mary del Priore, e “Enquanto o Dia Não Chega” (Alfaguara), de Ana Maria Machado, abordam um período ainda mais inexplorado pela ficção brasileira – o século 16, no início do Brasil Colônia. Têm em comum um dado histórico pouco conhecido entre quem não é estudioso da área: meninos pobres portugueses que eram trazidos ao Brasil para ajudar jesuítas no contato com os indígenas. Lançado em fevereiro, o juvenil de Del Priore abre uma trilogia que marca a estreia em romances da historiadora, autora de best-sellers como “Histórias Íntimas -- Sexualidade e Erotismo na História do Brasil” (Planeta). “A história é um convite à aventura, permite ao leitor um deslocamento no tempo importante para a ficção. Os protagonistas do meu livro [os garotos Pedro e Paulo] podem não ter existido com esses nomes, mas estiveram no Colégio dos Jesuítas”, diz. Del Priore os coloca, por exemplo, convencendo o governador-geral Mem de Sá a atacar de dia, e não à noite, a colônia francesa que havia se instalado no Rio de Janeiro. No segundo livro da série, “A Viagem Proibida: Nas Trilhas do Ouro”, de outubro, dois garotos desembarcam no Rio do século 18 e se assustam ao ver uma cidade mais africana que portuguesa. Além de uma criança portuguesa que chega ao Colégio dos Jesuítas, meninos escravos também aparecem no livro juvenil de Ana Maria Machado, lançado em dezembro. Mais à vontade no terreno da ficção e menos íntima da história que Del Priore, Machado também retrata o mal-estar das viagens em caravelas e as surpresas com a chegada ao país em formação. Raquel Cozer é colunista da Folha de São Paulo.

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OS MAIS VENDIDOS FICÇÃO 1 A Culpa é das Estrelas John Green / Intrínseca 2 Cidades de Papel John Green / Intrínseca 3 O Teorema Katherine John Green / Intrínseca 4 Fim Fernanda Torres / Companhia das Letras 5 Inferno Dan Brown / Arqueiro 6 O Lado Bom da Vida Matthew Quick / Intrínseca 7 O Silêncio das Montanhas Khaled Hosseini / Globo Livros

NÃO FICÇÃO 1 Nada a Perder Edir Macêdo / Planeta do Brasil 2 Destrua Esse Diário Keri Smith / Intrínseca 3 Assassinato de Reputações Romeu Tuma Júnior / Topbooks 4 Demi Lovato: 365 dias do Ano Staying Strong Demi Lovato / Best Seller 5 1889 Laurentino Gomes / Globo Livros 6 Eu sou Mala Cristina Lamb / Companhia das Letras 7 Carlos Wisard - Sonhos não tem Limites Ignácio de Loyola Brandão / Gente

AUTOAJUDA E ESOTERISMO 1 Kairós Padre Marcelo / Principium 2 Eu Não Consigo Emagrecer Pierre Dukan / BestSeller 3 Eu me Chamo Antonio Pedro Gabriel / Intrínseca 4 O Método Dukan Ilustrado Pierre Dukan / BestSeller 5 Casamento Blindado Renato e Cristiane Cardoso / Thomas Nelson Brasil 6 O Encontro Inesperado Zibia Gasparetto / Vida e Consciência 7 Ansiedade: Como enfrentar o mal do século Augusto Cury / Saraiva


VIVER BEM

Crianças que convivem com fumantes têm audição reduzida

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Estudo da Faculdade Santa Casa de São Paulo aponta que inalar nicotina prejudica células da função auditiva

rianças que convivem com fumantes têm a capacidade auditiva reduzida quando comparadas com aquelas que não têm contato constante com quem fuma. Essa é a conclusão de uma pesquisa feita pela Faculdade Santa Casa de São Paulo. O estudo, inédito, mostra o que pesquisas anteriores já haviam apontado com relação aos fumantes ativos: o dano que a nicotina provoca nas células responsáveis pela nossa função auditiva. Os pesquisadores analisaram um grupo de 200 alunos de oito a dez anos, sem nenhuma

queixa de audição, de uma escola da capital. Metade convivia com fumantes e a outra metade não. Testes feitos em um computador apontaram a resposta das células da audição de cada aluno, medidas em decibéis, quando um som era emitido. As das crianças que conviviam com fumantes foram, em média, dois decibéis abaixo das respostas de quem não tinha contato constante com a nicotina. Para Cristiane Lopes, professora de fonoaudiologia da Santa Casa e uma das autoras do estudo, essa capacidade auditiva reduzida, se agravada, pode causar sérios danos à criança.

“Com essas alterações do processamento auditivo, a criança perde a capacidade de entender um som em detrimento de outros, o que é fundamental para ela prestar atenção em uma aula, na escola, enquanto há barulho produzido no recreio, por exemplo.” Segundo a pesquisadora, a perda da capacidade auditiva, quando não contornada, é irreversível, e pode fazer com que a pessoa tenha de usar um aparelho auditivo para ouvir melhor. PREVENÇÃO Já a professora de fisiologia da Santa Casa Alessandra Durante, também autora da pesquisa, diz que o estudo chama a atenção para a importância de não se fumar perto de crianças em casa. “Com a lei antifumo, muitas pessoas deixaram de fumar em bares, mas continuam fumando em casa, o que é ruim para as nossas crianças, que ficam expostas à nicotina.” Léo Arcoverde / Folhapress.

ARTIGO

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Homem não chora

erguntei a homens e mumeses chorando. Meu ex-marido lheres das classes médias enchia a cara de cerveja todos os dias cariocas: “Você chora muito, e parecia estar se divertindo muito”. Mirian Goldenberg pouco ou nunca?”: 52% das Uma professora de 57 anos conmulheres responderam que choram tou: “Em 25 anos de casados, nunca muito, 46% que choram pouco e 2% vi meu marido chorar, nem quando Os homens parecem ser mais livres disseram que nunca choram. Já os o pai dele morreu. Ele diz que chora que as mulheres para rir, mas ainda homens responderam que choram para dentro, que engole o choro. não são livres para chorar pouco (58%) ou nunca (37%). Apenas Ele cresceu ouvindo frases como: 5% disseram que choram muito. ‘homem não chora’, ‘quem chora é Quando perguntei: “Quem chora mais: o homem ou a mulher?”, mulherzinha ou veado’. Ele tem vergonha de chorar até comigo 95% dos pesquisados disseram que a mulher chora mais, e os demais e com nossos filhos”. afirmaram que não existe diferença de gênero no choro. Nenhum Um analista de sistemas de 47 anos afirmou: “Eu choro, sim, mas pesquisado disse que o homem chora mais do que a mulher. escondido. Quando bebo, choro no banheiro, em segredo. É uma Noventa e sete por cento dos pesquisados discordaram da verdadeira válvula de escape, um alívio, uma faxina interna. Lava a frase “homem não chora”, dizendo que é machista, preconceituminha alma, fico mais leve. Não choro nem na frente da minha muosa, clichê, estereotipada, ultrapassada, mentirosa, mito, tabu. lher ou do meu melhor amigo. Não quero que me achem um fraco”. Eles e elas apontaram as seguintes razões para a mulher chorar Os homens parecem ser muito mais livres do que as mulheres mais: tensão pré-menstrual, hormônios, sensibilidade, emotividapara rir e para brincar. No entanto, apesar de discordaram da frase de, fatores culturais e, especialmente, liberdade para chorar. As “homem não chora”, eles ainda não são livres para chorar. mulheres seriam mais livres para expressar emoções como tristeza, MIRIAN GOLDENBERG antropóloga, professora da Universidade dor, sofrimento, fragilidade, insegurança, medo. Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” Uma jornalista de 40 anos disse: “Eu acho que os homens (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br sofrem menos e por isso não choram. Quando me separei, passei

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EXAMES A não ser em casos extremos, é muito difícil perceber se uma criança está ou não com a capacidade auditiva reduzida. Por isso, é recomendado que toda criança faça o exame de audiometria, o chamado teste da orelinha, ao nascer e aos quatro anos. A criança que nunca fez esse teste deve fazê-lo.

PREVENÇÃO Segundo especialistas, apesar de a lei antifumo ter diminuído o uso do cigarro em locais públicos, muitos fumantes não deixam de fumar dentro de casa. De cordo com eles, para que a criança não tenha a capacidade auditiva reduzida, o fumante deve evitar fumar dentro de casa ou perto da criança Vilas Magazine

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VIVER BEM

No verão, proteger tatuagem do sol requer mais cuidados uem faz uma tatuagem deve evitar a exposição contínua ao sol por pelo menos 90 dias. Essa é a principal recomendação feita por especialistas em dermatologia e medicina estética para quem se tatuou recentemente e quer ir à praia neste verão. A tatuagem recente nada mais é do que um ferimento com pigmentação, isto é, uma área desprotegida, que, segundo os especialistas, pode potencializar uma série de problemas na pele. Entre as consequências estão desde a alteração da cor da tatuagem até queimaduras graves na pele (veja no quadro ao lado). De acordo com Ana Paula Jordão Visioli, dermatologista da clínica Vivid e especialista em medicina estética, antes de se expor ao sol, a pessoa não deve economizar na aplicação do protetor solar na área tatuada. ‘Tem de deixar a região branca, mesmo’, explica a médica. O fator do protetor solar tem de ser igual ou acima de 30.

ONDE PROCURAR AJUDA Com profissionais especialistas em dermatologia

Segundo Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica e professor da Associação Pele Saudável, uma outra dica importante é aplicar creme cicatrizante com antibiótico duas vezes ao dia. Com isso, a pessoa previne infecções na pele. BANHO Outra forma de evitar infecções é redobrar o cuidado na hora de escolher a praia para se tomar banho de mar. Como a tatuagem é um ferimento, ela serve de porta de entrada para micro-organismos. Por isso, o recém-tatuado deve ficar longe das praias impróprias ao banho. Quando a tatuagem apresenta algum sangramento, esse risco de infecção é ainda maior, conforme os dermatologistas. Para ficar longe de problemas, vale a pena recorrer a outras formas de proteção, como roupas que cubram a área tatuada e guarda-sóis, nos horários de maior incidência solar. Léo Arcoverde / Folhapress.

Fontes: Ana Paula Jordão Visioli, dermatologista especialista em estética (SP) e Adriano Almeida, diretor da Sociedade Brasileira de Dermatologia Clínico Cirúrgica e professor da Associação Pele Saudável (SP).

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RIVALDO GOMES / FOLHAPRESS

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Para evitar infecção e danos à pele, área tatuada precisa de protetor solar e pomada cicatrizante


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FAMÍLIA

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Castigo é válido ou não?

uitos pais ainda não avaliaram exatamente se existem mais ganhos ou perdas quando se usa o castigo como forma de educar os filhos. Mas, ele serve mais como um recurso para analisar a reação dos pais ante um comportamento incorreto dos filhos do que um procedimento recomendado, que tem como meta a mudança na maneira de ela agir. Segundo os educadores, os pais ficam re-

almente nervosos, tristes, chateados, quando notam que o filho está agindo de maneira inadequada, mas suas atitudes com a criança não podem ser pautadas nesses sentimentos. O corretivo não deve ser aplicado levando em conta o emocional dos pais. A condução do problema deve ter como objetivo a compreensão da criança e a alteração de postura perante o que ocorreu, mas o castigo nem sempre é o mais recomendado.

Se a criança fez algo errado e desejamos que ela não repita o erro, não é pela força que se vai conseguir progresso. Os corretivos, sejam eles morais ou físicos, podem ocasionar problemas para a criança. Muitos castigos podem causar leves dores no corpo da criança, mas deixam marcas fortes quanto às emoções dela. E cada criança responderá de maneira distinta ao castigo que lhe foi dado, já que a maneira como o compreenderá é que vai conduzir a relação com os pais. Toda criança que se sente punida tem um sentimento de inadequação que a deixa

ARTIGO / Lilian Silva

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á por aí uma fala recorrente que afirma ser papel da escola meramente instruir. Eu penso que escola é um ambiente – e não o único, claro – propício para qualquer aprendizagem; é onde crianças e adolescentes encontram seus pares, é onde há quem ensine e aprenda, há quem incite a curiosidade e a vontade de aprender, há quem oriente sobre os caminhos do conhecimento... É também ali que aparecem conflitos, é ainda onde se pode – e deve! – aprender a debater ideias, a adotar a inclusão, a respeitar as diferenças, a aceitar o que não é espelho... Dessa forma, a escola é um espaçotempo no qual a aprendizagem não se limita a “coisas”, informações. Não são apenas as habilidades cognitivas que devem ser desenvolvidas, mas também as sociais e emocionais. E quais habilidades emocionais são essas? E como desenvolvê-las? Normalmente, referimo-nos a elas como atitudes, pois caracterizam o

Habilidades emocionais aprender a ser. Autoconfiança é, então, fundamental. Ressaltar qualidades, acreditar na capacidade do estudante é a chave para que ele também acredite em si. Se erram? Muito. Mas devemos – sim, é também, papel do professor! –, quando necessário, criticar a atitude tomada, não a pessoa. E também não vale elogiar por elogiar. Há que se ficar atento, porque criança é criança, não é boba. Autoconhecimento também. Estimular o estudante a conhecer suas ações e reações auxilia muito a desenvolver capacidade para administrá-las. Medo, todos temos. Mas reconhecê-lo e notar que todos os sentem é uma maneira segura para a superação. Porque coragem é, sim, uma habilidade emocional importante. O tempo dos mais jovens é acelerado... “Tá chegando?”, “Falta muito?”. “Mas não é agora?”, “Quando é já-já?”. Todos já ouvimos – e falamos indagações como estas que denotam a impaciência, o imediatismo. Paciência é uma habilidade emocional também. Devemos ajudar os estudantes a administrar isso, mostrando que cada coisa tem seu tempo; há que se ouvir o outro se queremos

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que nos ouçam; há que se aguardar a vez, se não queremos ser atropelados na nossa vez... Deixar claros os limites é parte da função do educador. É assim, com pequenas doses de frustração – inevitáveis, onde há quereres de vinte, trinta pessoas diferentes, como numa sala de aula –, que o estudante vai aprender a lidar com as adversidades e a superar os problemas sem se deixar abater. Isso é o que os especialistas chamam de resiliência, ou seja, a capacidade de sobreviver às dificuldades e usá-las como fonte de crescimento e aprendizado. Se ele não souber lidar com pequenos “nãos”, como “isso não pode”, “agora não é o momento adequado”, terá mais dificuldade de aceitar e superar o não do chefe ou da namorada, por exemplo. E tentar poupá-lo só vai atrapalhar. Não podemos confundir felicidade com satisfação de desejos. As crianças precisam ter contato com pequenas impossibilidades, para poder lidar com as maiores depois. Exatamente por serem imediatistas, os mais jovens nem sempre notam que o sucesso em determinada atividade – desde acertar um cálculo até criar um desenho ou jogar bem


numa situação desconfortável. POR QUE SÃO INDISCIPLINADAS? Ela possui um comportamento errado quando, realmente, não sabe o que é o correto ou ainda quando deseja chamar a atenção. Crianças de pouca idade muitas vezes testam os pais: dizer palavrões, fazer travessuras ou não obedecer uma ordem, pode ser utilizado como forma de “medir” até onde vai o limite dos responsáveis e até que ponto são coerentes no seu discurso.

Utilizado para corrigir um comportamento, o castigo pode não ser interessante para a educação

REPENSANDO A ATITUDE Especialistas recomendam que os pais

futebol – depende da persistência. O erro faz parte do caminho para o acerto. E os alunos devem estar conscientes de que não ter o sucesso imediato esperado não significa que jamais conseguirão; significa meramente que estão no percurso. São necessários apoio e incentivo para o estudante perceber que um pouco de treino e muita persistência vão garantir o sucesso desejado. Só assim vai poder traçar metas e superar os obstáculos, para alcançar seus objetivos sem desistir no meio do caminho. É claro que não haverá aulas sobre autoconfiança, coragem, paciência, resiliência, persistência etc. As aulas são de Matemática, Geografia, História... Mas nossos alunos são seres humanos em momento de rápido desenvolvimento que estão ali, dentro de cada fardamento, atrás de cada carteira. E as oportunidades para desenvolver as habilidades emocionais aparecem a todo momento. Cabe ao educador aproveitá-las da melhor forma possível. LILIAN SILVA é licenciada e bacharel em História pela USP, professora de Ensino Fundamental e Médio. Publicou coleções didáticas de Português (Interação & Transformação) e de História (História da Bahia). E-mail: lisantossilva@hotmail.com

podem avaliar o procedimento indevido do filho com o que eles acham ser o correto, como uma possibilidade de crescimento, tanto para o desenvolvimento dele, como pessoa, quanto para o relacionamento familiar. Os pais precisam escutar a criança: o que ela pensa da sua atitude, se percebe que fez algo de errado, se consegue entender por que os pais ficam aborrecidos e preocupados quando ela age daquela forma. Muitos podem estar imaginando: “Ele nunca mais procedeu errado depois que o deixei de castigo”. Por receio do castigo, pela exposição às pessoas ou de se sentir menos Vilas Magazine

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amada pelos pais, a criança pode não querer errar novamente, mas ela se sente coagida. Isso não significa que “entendeu o castigo”. Muitas das vezes não houve compreensão, já que para isso ela necessita assimilar determinados valores e entendê-los a partir da experiência e não através de imposição. A criança com receio de errar prejudica o seu processo de criação e, com isso, não deseja aprender e conhecer coisas novas. Pode ainda passar a mentir, negar ou esconder os fatos onde ela estaria envolvida. Continua na página 76

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Janelas Abertas GILKA BANDEIRA

Saudades, miudezas e riquezas

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bençoado ventinho, que vem com a lua cheia começando a caminhar para o minguante, que traz e leva flocos de silenciosas nuvens, que chega como refrigério aos corpos ainda abrasados no calor do dia todo!...Talvez porque haja quietude, suavização e seja noite, o bafejo tem efeito de varinha de condão e a mulher recebe o afago da aragem, não na espreguiçadeira onde lê um dos poetas preferidos, mas dentro da antiga rede, nos braços do amado, numa varanda longínqua donde de dia se via a montanha azul ao longe. A cada novo sopro, o cenário muda mnemonicamente e ela se encontra ora numa selvagem praia da ilha de antigamente; ora sobre as dunas da cantada lagoa escura em roda de serenata; ora a passear, construindo sonhos, por velhas ruas perfumadas de jasmim; ora deitada numa esteira no terreiro da fazenda sem eletricidade, olhando as estrelas em estonteante profusão e por aí afora entre saudades, sem nostalgia do desejo de retorno ou da angústia da perda, sim com a gratificação das revivências e do resultado da contabilidade destas miudezas que compõem sua riqueza existencial. Por falar em saudades, miudezas e riqueza, se põe a refletir, porque mesmo em estado onírico não se deixa de pensar. Com o passar do tempo não há como se evitar o corriqueiro uso das expressões “no meu tempo...”, “antigamente”, “naquele tempo...”, e dos verbos nos pretéritos. A memória é o que se tem de mais concreto, ainda que, às vezes, embrulhada em papel de seda das fantasias. O presente ainda está sendo feito e o futuro “a Deus pertence”. A constante referência ao passado, não necessariamente significa saudosismo. Mas, assim como nem tudo do presente representa avanço, nem tudo do passado é obsolescência. Ainda sendo jogada ao sabor da brisa, daqui pra ali, às diversas noites de vento ameno como este, a mulher pensava na conveniência em se aproveitar, verdadeiramente, as experiências históricas pessoais e coletivas e a começar efetivamente a se rever valores, para não se repetir erros, e poder modelar o presente de modo mais satisfatório, ou se tornar mais sábio, sensível amoroso e feliz. Um dos conceitos a serem revistos, seria a questão das miudezas e riquezas. O exemplar José Mujica, presidente do Uruguai, diz que “pobre é quem necessita de muito para viver”. E o venerado Jesus Cristo, com máxima sintetização e simplicidade, aconselhava: “Sede simples”. A vida é simples; complexa é a nossa ignorância, a nossa incapacidade de entender esta simplicidade, talvez evidente

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demais para ser vista, como a claridade do sol que cega. Uma das principais lições do passado é a comprovação de que uma vida simples é possível e de que os seres humanos de hoje, possuindo muitas coisas, não são mais felizes do que os de outrora vivendo mais franciscanamente. Aliás, mesmo nos dias atuais é possível verificar de quão pouco se precisa. Viciados por marcas, ou farturas de opções (uma dificuldade a mais com as escolhas), ao se ver obrigado a usar a única marca do produto disponível na venda de uma cidadezinha do interior, nota-se de quantos excessos são feitas as necessidades hodiernas. Isto sem contar o custo de vida (em tempo desperdiçado, em escravização aos negócios, ou em consumição do juízo) que os objetos exigem para se tê-los e conservá-los. E. F. Schumacher – no seu livro Smallisbeautiful, de 1973, em português “O negócio é ser pequeno; um estudo de economia que leva em conta as pessoas” – alertava: “Uma atitude em relação à vida que busca a realização na obsessiva perseguição à riqueza – em resumo, no materialismo – não cabe neste mundo, porque não contém princípios de limite, enquanto o ambiente em que está inserida é rigorosamente limitado”. E acrescentava adiante: “Máquinas cada vez maiores, acarretando cada vez maior concentração de poder econômico e praticando cada vez mais violência contra o ambiente, não representam progresso, são uma negação da sabedoria. Sabedoria requer uma nova orientação da ciência e da tecnologia em direção ao orgânico, ao gentil, ao não violento, ao elegante e ao belo”. A julgar pelo que se vê neste mundo de agrotóxicos, conservantes, artificialismos, indelicadezas, violências, deselegância e culto ao grotesco, a sabedoria está passando distante e o que se conhece de progresso é apenas a criação de infortúnios, conforme conceituação de velho pescador da Ilha de Maré: “Onde o progresso chega, a desgraça vem atrás.” Outro ensinamento que vem do passado é a importância das pequenas coisas, as singelas, que são tidas como toscas e tolas, mas que assomam às lembranças com enorme carga de significado afetivo, como algo precioso de que se sente saudade. Todos, ou quase todos, ao menos os menos insensíveis, tem uma cara recordação deste quilate. Como esquecer o banho com os amigos no “brejo da coceira”? ou nas extintas fontes em meio do mato?; a súbita visão da magnitude do pavão com a cauda aberta? a manga verde comida com sal? o escutar as jias miando como gatos? a dormida sob os respingos da chuva na casinha de telha-vã? Sem dúvida ninharias a mostrar a desassociação entre o ter e o ser e o valor da simplicidade. São nonadas compondo o tesouro do mundo interior, que é o que realmente faz a diferença, o que de fato pertence ao ser, o que o faz brilhar, o que está a salvo sem requerer sistemas de segurança, o que verdadeiramente se leva e se deixa de cada existência. Como diria Rubem Braga, “... precisamos apenas viver – sem nome, nem número, fortes, doces, distraídos, bons, como os bois, as mangueiras e o ribeirão”.

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Drª Lislane Dias, CRM 17063-BA Drª Luciana dos Reis Mascarenhas, CRM 13227-BA Dr. Carlos Roberto Ribeiro Navarro, CRM 14563-BA OBS: Todos os médicos fazem parte da unidade de otorrino do Hospital Santa Izabel

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ORIENTAÇÃO AOS LEITORES E TOMADORES DE SERVIÇOS A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine

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MODA

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Continuação da página 39 /

Castigo é válido ou não?

Outro aspecto essencial a ser ressaltado é sempre haver coerência entre o que se diz e o que se pratica: não dá para exigir da criança que obedeça normas impostas pelos pais e esses esquecerem de se incluir nelas. Não vale ainda ensinar o filho que ele não pode descumprir certas leis: por exemplo, atirar papel pela janela do automóvel, xingar um outro motorista, dentre outras. CHAMANDO A ATENÇÃO Não é preciso mostrar para estranhos como se age com o filho em momentos de correção. Esse momento deve ser reservado na família. Mas se o problema envolve outras pessoas, a depender do caso, é necessário

Continuação da página 27 /

tomar atitudes certas: pedir desculpas, consertar o que foi quebrado, limpar o local onde a criança sujou, entre outras coisas. Educadores explicam que não se trata de não demonstrar à criança a maneira como está se sentindo perante o ocorrido. Ao contrário, os sentimentos devem existir, mas para isso não é necessário gritar ou ofender. Também não se trata de fingir que se está calmo, que o que ocorreu não o afetou já que a criança nota no seu olhar e na sua reação que alguma coisa não está certa. É importante lembrar que criança aprende bem mais através da observação! Ela aprende com os que ela tem identificação, com os que estão mais pertos, que são os pais. Vilas Magazine

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Olhar forte

que você consegue enxergar. Após concluir esse processo, pode acontecer de a sobrancelha ainda apresentar algumas falhas. Nesse caso, a indicação é recorrer a diferentes técnicas para preenchê-la. Adepta da sobrancelha grossa, a bailarina Claudia Chebat optou pela micropigmentação para corrigir falhas. “Gosto dos pelos bem marcados, por isso optei pela técnica”, explica. Em alguns casos, os pelos bem grossos e marcados podem não cair tão bem. Marina ressalta o fato de que nem sempre a sobrancelha vai combinar com quem tem rosto delicado demais. “Nas mais clarinhas, com traços finos, pode ficar pesado”, conclui. Camila Brandalise / Folhapress.


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Pneus, Freios, Injeção, Suspensão, Alinhamento, Troca de óleo, Escapamento, Ar Condicionado

Baterias entrega e instalação

Estrada do Coco, Km 4,5 - Lauro de Freitas - Ba

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Vilas Magazine

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Deus é Fiel

Vladimir 8856-8271

Edmundo 8842-6281

Francisco 9189-2597

Paulo 9658-2717

Viagens e City-tour, Corrida com hora marcada (Aeroporto, Rodoviária, Ferry-boat, etc.) Prazer em servir. Pioneirismo e Dedicação.

Desde 1995

TRIBUNA DO LEITOR

RETROSPECTIVA 2013: O ANO PELAS PÁGINAS DA VM R

Comentários publicados na página da Vilas Magazine no Facebook sobre a ocupação comercial da orla de Vilas do Atlântico, na edição de janeiro Ao receber a revista Vilas Magazine deste mês ficamos bastante surpresos com a notícia da capa. Uma revista que acompanhamos toda sua trajetória desde o início, que sempre indicamos a todas as pessoas e que era comprometida com as notícias boas e com o cuidado de divulgar as notícias de forma responsável. Nesta edição, publica na capa “contra quiosques em Vilas – Orla quer ser zona comercial”. Lamentável a revista publicar uma notícia dessas na capa, sem ao menos conversar com a Associação que representa os moradores de Vilas do Atlântico (SALVA) e com os moradores que realmente representam o bairro, as pessoas que gostam de verdade de Vilas do Atlântico e que querem preservar sua qualidade de vida e que merecem ser ouvidas. Fomos procurados por diversos moradores da orla que inclusive já enviaram mensagens para a revista e que me garantiram que esta vontade de transformar em comercial é de uma minoria. A maioria não quer nem os quiosques nem o comércio, querem continuar tendo qualidade de vida.

Além do mais a nossa orla não suportaria ser transformada em comercial, porque não temos estacionamentos nem tão pouco espaço para fazê-los, além da poluição sonora, e vários outros transtornos. Imagine se todas as casas se transformassem em comércio não seria possível a convivência comércio/residência, descaracterizando o melhor bairro planejado do município, um dos grandes responsáveis pelo crescimento da cidade. As poucas casas que eventualmente hoje fazem evento já causam transtornos enormes aos seus vizinhos. Precisamos contar com a revista no sentido de esclarecer este lamentável engano na próxima edição. Ana Veronica Marreca. RESPOSTA DO DIRETOR-EDITOR Bastante surpresos estamos nós, na Vilas Magazine, com o seu comentário. Agradeço o apreço que demonstra, mas o compromisso com o “cuidado de divulgar as notícias de forma responsável” é que tem indicado esta revista a milhares de leitores ao longo de 15 anos. Tal como a senhora testemunha no seu comentário, a nossa trajetória é pautada pela

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A Revista de Lauro de Freitas e Região

Ano 15 Edição 180 | Janeiro de 2014 32.000 exemplares

CONTRA QUIOSQUES EM VILAS

ORLA QUER SER ZONA COMERCIAL

responsabilidade – e além disso pela credibilidade, pela idoneidade. É esse patrimônio que o seu comentário pretende atingir e por isso se impõe esta resposta. Antes de mais, não é verdade que a Salva não tenha sido ouvida. Talvez a senhora não tenha lido, mas a reportagem ouviu sim, ninguém menos que o senhor Carlos Knittel, o coordenador-geral da Salva, e publicou os comentários por ele oferecidos, por acaso contrários à proposta e contemplando a sua argumentação. Ouvimos Carlos Knittel exatamente porque

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TRIBUNA DO LEITOR a Salva é a legítima representante dos moradores de Vilas do Atlântico. Nunca deixamos de o fazer sempre que o assunto em pauta envolve interesses da comunidade, e não seria diferente desta vez. Sempre demos privilegiados espaços às ações da Salva, que reputamos a única associação de moradores com legitimidade para se pronunciar em nome da coletividade. Informar que um grupo quer criar nova entidade representativa não implica que a Vilas Magazine apoie a iniciativa. São apenas fatos. Em segundo lugar, a minoria a que a senhora se refere está perfeitamente retratada na reportagem: “Um grupo de proprietários de residências da orla...”. Mais que isso, essa minoria está quantificada: “...22 pessoas haviam assinado a carta...” que pede a transformação da orla em zona comercial, quando “...haveria cerca de 220 proprietários de imóveis com interesse na questão...”. Em terceiro lugar, os “diversos moradores da orla que inclusive já enviaram mensagens para a revista” sabem perfeitamente bem que a opinião de cada um deles, minoritária ou majoritária, tem espaço aqui. Não é por acaso que mantemos uma seção destinada apenas à publicação de mensagens de leitores. Em quarto lugar, a reportagem vai muito além da opinião de quem quer que seja ao explicar ao leitor que a orla de Vilas do Atlântico está protegida por legislação específica, que só poderia ser alterada por “maioria de dois terços na Câmara Municipal”. Mais ainda, a reportagem indicia a pouca disposição do Legislativo local em atender a reivindicação daquele grupo de moradores. Por fim, o que a senhora classifica como “lamentável engano” é fato puro e simples, documentado inclusive. Está colocado, por escrito, no referido abaixo-assinado dos moradores da orla. Equivocado, na verdade, para dizer o mínimo, é que a senhora suponha ou queira fazer crer que a Vilas Magazine publicou falsa notícia. Por isso, precisamos contar com a senhora no sentido de nos fazer chegar uma retratação, quer como funcionária da Secretaria Municipal de Infraestrutura, quer como coordenadora da Salva, quer como moradora de Vilas do Atlântico. Atenciosamente, Accioli Ramos. Diretor-Editor. Sr. Accioli Lastimável o apoio deste veículo de comunicação, posicionando-se a favor da nossa bela orla em corredor de comércio. A Salva que nos representa deveria ao menos ser consultada! Faço minhas a palavras da sra. Ana Marreca. Beatriz Fracasso. NOTA DA REDAÇÃO O editor dá às suas palavras a resposta que deu à sra. Ana Marreca. Mas afinal, trocando em miúdos... qual a opinião do Vilas Magazine? Apoia o projeto da

prefeitura ou não? Na página de Vilas do Atlântico, a opinião geral do público é contrária às mudanças e à comercialização da orla. Poderíamos contar com a Vilas Magazine no sentido de conter essas mudanças? Tamara Castanheira. Acredito que quem vive em Vilas do Atlântico seja contrário ao projeto. Atualmente acho que somos contrários a qualquer tipo de barracas, ambulantes ou qualquer outro tipo de bagunça e comércio em nossa orla. Estão acabando o loteamento. Precisamos do apoio dos senhores nesse suporte. Não temos vias, nem estrutura para aguentar mais isso. Alexandre Leitão Guerra. NOTA DA REDAÇÃO A opinião da Vilas Magazine está expressa no espaço próprio, o Editorial da revista (leia à página 4). É papel da imprensa oferecer opinião, sim, mas como subsídio à formação de opinião do leitor e não como protagonista dos fatos. A mera publicação de uma reportagem não evidencia apoio ao que quer que seja.

Salva coleta sugestões para alteração do TAC de Vilas do Atlântico Prezado Sr. Carlos Accioli Ramos: O senhor Prefeito de Lauro de Freitas, dr. Márcio Paiva, solicitou à SALVA que apresentasse sugestão para a alteração do TAC (Termo de Acordo e Compromisso), no que se refere à localização e ao gabarito dos imóveis, a serem construídos em Vilas do Atlântico. Na condição de representante oficial dos moradores deste loteamento e preocupada com a perspectiva dos avanços imobiliários, em desacordo com as condições de qualidade de vida estabelecidas, até então, a SALVA tomará as seguintes iniciativas: 1º Constituirá uma pequena comissão de associados, objetivando dar início a esse processo; 2º Convidará moradores interessados para, juntamente com a comissão a ser formada, apresentarem sugestões para o assunto ventilado; 3º Promoverá ampla assembleia de associados da SALVA e moradores de Vilas do Atlântico, para discutirem sobre as sugestões apresentadas; 4º Apresentará o resultado dessa assembleia ao senhor Prefeito, para discussão na Câmara Municipal deste município; 5º Todas essas providências serão acompanhadas pelos veículos de comunicação, para manterem os moradores de Vilas do Atlântico devidamente informados. Assim, solicitamos a divulgação dessas iniciativas, na revista Vilas Magazine, ao tempo em que convidamos Vossa Senhoria para participar dessa Comissão. Atenciosamente, Carlos Knittel. Coordenador Geral.

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Salva cobra projeto da orla de Vilas do Atlântico Lauro de Freitas, 8 de janeiro de 2014. Excelentíssimo Senhor Márcio Paiva M.D. Prefeito de Lauro de Freitas Além das Assembleias mensais realizadas com os associados, todas as segundas feiras os Coordenadores da SALVA se encontram para tratar de assuntos relacionados a Vilas do Atlântico. Na primeira reunião do ano, dia 6 de janeiro, fomos surpreendidos com a presença de muitos associados revoltadíssimos com o possível Projeto de Revitalização da Orla de Lauro de Freitas, que inclui a instalação de treze quiosques no calçadão de Vilas, em terrenos do lado oposto a área da marinha. Solicitamos de Vossa Excelência a gentileza de nos enviar o referido projeto, ora divulgado na edição de janeiro da revista Vilas Magazine, de modo que esta associação, ao tomar conhecimento das suas implicações, possa solicitar a Prefeitura os esclarecimentos pertinentes. Como a Prefeitura já promoveu algumas reuniões com os barraqueiros da orla de Lauro de Freitas, sem a presença dos moradores, esclarecemos que a preocupação e a desconfiança da população procede e que a mesma deve ser informada e consultada o quanto antes, para que decisões não sejam tomadas sem a devida anuência dos moradores. Nós todos sabemos que o loteamento de Vilas do Atlântico sempre foi considerado como um lugar ideal para se morar, pela sua tranquilidade, ordem, beleza natural e infraestrutura, apesar do lamentável estado de degradação e desordem deixado pelos gestores públicos anteriores. Sendo a representante oficial dessa comunidade, a SALVA envidará sempre esforços para preservar a qualidade de vida do bairro. No aguardo do envio do Projeto de Requalificação da Orla de Lauro de Freitas, esperamos contar com a especial atenção de Vossa Excelência, para conseguirmos reverter da melhor forma possível o estado em que se encontra Vilas do Atlântico. Cordialmente, Antonio Carlos Knittel. Coordenador Geral.




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