Vilas Magazine | Ed 182 | Março de 2014 | 32 mil exemplares

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TAC DE VILAS: GABARITO DE PRÉDIOS SERÁ REVISTO


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EDITORIAL

Cavalo de Tróia

Exemplo

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rediscussão do Termo de Acordo e Compromisso (TAC) de Vilas do Atlântico, em especial no que se refere à localização e gabarito dos

e acordo com o jornal Tribuna da Bahia, o bairro de Sete de Abril, na Estrada Velha do Aeroporto é “um dos bairros mais limpos de

imóveis (leia à página 7), é das iniciativas mais delica-

Salvador”. Reportagem publicada por aquele diário,

das dos últimos tempos. A comunidade foi convidada

em 24 de fevereiro, traz o testemunho inclusive de

a consertar o que não está quebrado, podendo daí

um motorista do caminhão que coleta o lixo no bairro:

resultar um problema que não temos. Elaborado há 35

“todos os moradores jogam o lixo na caixa”, disse ele.

anos, o primeiro TAC do loteamento, em tese, deixou

Caso clássico de “homem que morde o cão”, só por

de refletir a realidade urbanística dos nossos dias,

isso as ruas de Sete de Abril são notícia. A regra geral

podendo, portanto, ser melhorado. Um exemplo seria

seria a via pública suja, com lixo atirado a esmo nos

a exigência de vagas de estacionamento em número

baldios e meios-fios, especialmente na capital baiana.

suficiente para cada novo empreendimento comercial.

Longe de apresentar o estado caótico dos vizinhos,

Vamos dar como certo que a comunidade jamais

Lauro de Freitas sempre foi uma cidade mais limpa.

venha a concordar com um TAC que eleve o gabarito

Mas vale a pena destacar o exemplo daquela comuni-

dos prédios dentro de Vilas do Atlântico. Vamos dar de

dade, aparentemente mais consciente que outras em

barato que não passe pela cabeça de ninguém autorizar

relação ao mais básico da vida em comunidade.

edifícios na orla do bairro. Vamos confiar no bom senso

É também nas pequenas atitudes individuais, como

dos que participarão das assembleias da associação de

jogar (ou não) uma lata de refrigerante vazia pela janela

moradores para debater o assunto.

carro ou do ônibus, despejar entulho doméstico em

Mesmo assim, como alertou recentemente o ve-

via pública, dentre outras

reador Antônio Rosalvo, o resultado pode ser oposto

agressões, que se conhece

ao pretendido. Basta a Câmara Municipal alterar um

o grau de desenvolvimento

mero parágrafo do futuro Projeto de Lei e o gabarito

social de um povo.

subirá quantos pavimentos a maioria simples dos vereadores desejar. A rediscussão do TAC pode ser positiva para o bairro, mas pode ser também um cavalo de Tróia. Todo cuidado será pouco.

Carlos Accioli Ramos, Diretor-editor da Vilas Magazine

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Registros & Notas

Marielza Franco assume presidência da Associação dos Magistrados da Bahia

A juíza Marielza Brandão Franco (esq.) foi empossada em 7 de fevereiro como nova presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB). Ela assumiu o posto no lugar da juíza Nartir Dantas Weber (dir.), que presidiu a entidade por dois mandatos consecutivos. A cerimônia aconteceu no Salão Nobre do Fórum Ruy Barbosa, com a presença de autoridades, representantes de entidades, advogados e outros convidados. Em seu pronunciamento, a nova presidente da AMAB defendeu um Judiciário forte e destacou que a sociedade precisa ter ciência e entendimento do papel do magistrado, suas funções e suas prerrogativas. “Neste contexto, o papel da associação de classe é fundamental. É através dela que os magistrados expressam sua voz; relatam suas dificuldades; sugerem soluções. Enfim, contribuem para a melhoria administrativa e funcional do seu Tribunal”, afirmou. Três bandeiras, segundo a juíza Marielza Franco, devem ser o norte da nova gestão: a democratização do Poder Judiciário, com eleições diretas para escolha de seus dirigentes; uma ampla campanha através dos meios de comunicação, para levar à sociedade o conhecimento da importância do Poder Judiciário; e trabalhar pelo reconhecimento de que a garantia dos direitos e prerrogativas da magistratura, com participação ativa na elaboração do orçamento do seu Tribunal e de melhoria das condições de trabalho do magistrado, é o meio mais adequado para que a sua atuação seja eficiente e célere. Marielza Franco, que foi eleita por desembargadores e juízes da Bahia em novembro de 2013, presidirá a Associação pelo biênio 2014-2015. Os cargos de 1º e 2º vice-presidentes serão ocupados pelos magistrados Ulysses Maynard e Maria José Sales, respectivamente, que também foram empossados junto com a nova diretoria. Graduada em Direito pela Universidade Católica do Salvador (UCSal), Marielza Brandão Franco é pós-graduada em Direito e Magistratura, Processo Civil e Ética e Urbanidade. Em 23 anos de magistratura, atuou nas comarcas de Feira de Santana, Ibicaraí, Governador Lomanto Junior e Barra do Mendes. Atualmente, é juíza titular da 29ª Vara de Relações de Consumo Cível e Comercial de Salvador e coordenadora de cursos da Escola de Magistrados da Bahia (EMAB). A juíza Nartir Dantas Weber, que deixa a presidência da AMAB e foi eleita vice-presidente da Associação dos Magistrados do Brasil (AMB), afirmou que “a AMAB, durante as duas últimas gestões, se colocou como importante instrumento de lutas e de interlocução entre o primeiro e segundo graus e participou ativamente das lutas nacionais”.

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Lions Club promove festival de chopp beneficente Voluntários do Lions Club de Lauro de FreitasQuatro Estações promovem, dia 29, das 11 às 17 horas, no espaço do restaurante D´Meg, o 1º Festival de Chopp Beneficente. Liderados pela presidente, Gleice Baptista, os leoninos estão vendendo canecas de 500ml ao preço de R$ 50, que serve como passaporte para ingressar no local do evento, com direito a chope Devassa à vontade, um espetinho de churrasco e dois refrigerantes. O objetivo do evento é arrecadar fundos para custear as campanhas assistenciais do clube. Na foto abaixo, a presidente Gleice Baptista, o esposo Eliano Barroso, vice-presidente (de vermelho) com o casal governador do Lions da Bahia, Vera e Guido Paternostro.

Semeare celebra 10 anos

Celebrando 10 anos de atividades, a Rede de Treinamento Físico Funcional Semeare reuniu alunos, amigos, sócios e parceiros nas quatro unidades da empresa (Jaguaribe, Lauro de Freitas, Stella Maris e Costa Azul), dia 16 de fevereiro. Na foto, os fundadores Felipe Macena e Mateus Araújo com a equipe da unidade de Lauro de Freitas.


Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gra­tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­ tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­ io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­ reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas

www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 e 3379-2206. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos diretoria@vilasmagazine.com.br Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br Leandra da Cruz Almeida (assistente) comercial@vilasmagazine.com.br Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos Adm./Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com.br Leda Beatriz Gazineo (assistente) comercial@vilasmagazine.com.br Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Plural Indústria Gráfica (Ipojuca-PE). Redação: Rogério Borges (coordenador). Nayara Lobo (free-lancer). Colaboradores: Gilka Bandeira, Márcia Tude e Alessandro Trindade Leite (charge).

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Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela

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do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­t o­r i­a l fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­­gazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.

Associação Nacional de Editores de Revistas


CIDADE

Gabarito de prédios em Vilas do Atlântico será rediscutido

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Termo de Acordo e Compromisso (TAC) de Vilas do Atlântico, instrumento que rege o uso e ocupação do solo no bairro, vai passar por uma rediscussão a partir do dia 10. A iniciativa é da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (SALVA), a associação de moradores. De acordo com Carlos Knittel, coordenador geral da entidade, o prefeito Márcio Paiva (PP) “solicitou que a SALVA apresentasse sugestão para alteração do TAC no que se refere à localização e ao gabarito dos imóveis” em Vilas do Atlântico. O gabarito define a altura máxima dos prédios, hoje limitada a três e quatro pavimentos na maior parte de Vilas do Atlântico. A alteração do gabarito interessa especialmente às incorporadoras imobiliárias, que potencializariam lucros se fosse permitido erguer edifícios de dez andares dentro de Vilas do Atlântico. A primeira reunião, agendada para a noite do dia 10, no Vilas Tênis Clube (veja convite para a Assembléia Geral publicado na página 51), servirá para formar uma “pequena comissão de associados” que dará início ao processo. Outros moradores serão convidados a contribuir com sugestões. A proposta será por fim aprovada por uma assembleia de moradores e o resultado apresentado à prefeitura “para discussão na Câmara Municipal”. Para o vereador Antônio Rosalvo (PSDB), “é aí que a porca torce o rabo”.

O atual TAC de Vilas do Atlântico, o único da cidade que é lei, ao contrário dos demais foi contemplado na lei do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) de Lauro de Freitas. “Se vamos rediscutir o TAC de Vilas do Atlântico, tudo poderá ser alterado, incluindo o que vier da associação de moradores”, alerta o vereador. Qualquer emenda apresentada durante a discussão na Câmara poderá eventualmente ser aprovada. “Projeto de lei você sabe como entra na Câmara, mas não sabe como sai”,

O vereador Antônio Rosalvo: “Projeto de lei você sabe como entra na Câmara, mas não sabe como sai”. Abaixo, reprodução do TAC original de Vilas do Atlântico, datado de 1979: gabarito máximo de dois pavimentos na orla

disse. Por isso, para ele, não basta definir uma nova proposta: “é necessário articular politicamente uma maioria que a aprove integralmente no Legislativo”. O TAC da primeira etapa do loteamento – parte da orla, Vilas tênis Clube e redondezas – foi assinado há 35 anos, em seis de março de 1979, definindo um máximo de dois pavimentos, incluindo o térreo, para a maior parte das quadras. A oitava e última etapa – na entrada principal – está contemplada no TAC assinado em 27 de setembro de 1985, que também limita as construções a dois pavimentos. Já a segunda etapa – que trouxe a primeira parte da avenida Praia de Itapoan – pelo TAC de 1980 permitia edificações de uso misto, residencial e comercial, de até três pavimentos, térreo incluído. Uma alteração mais recente permitiu a construção de edifícios mais altos em algumas quadras. Vilas Magazine

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Projeto para a orla de Lauro de Freitas continua indefinido

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proxima-se do final a Ação Civil Pública movida contra o município pelo Ministério Público Federal desde abril de 2011 pela derrubada das barracas que ainda ocupam a faixa de praia de Lauro de Freitas. Acabou em fevereiro, sem qualquer novidade, o prazo para que o município recorresse da decisão. Em audiência na Câmara Municipal, os barraqueiros de Buraquinho manifestaram preocupação quanto ao futuro, já que o chamado “projeto orla” continua indefinido. Revelada pela Vilas Magazine em janeiro último, a proposta da prefeitura prevê a instalação de treze quiosques duplos ao longo de toda a orla, fora da faixa de areia, o que não contemplaria todos os atuais barraqueiros. Os

que exploravam barracas de praia até 2011 em Ipitanga, no trecho que pertence ao município de Salvador, também reivindicam novos espaços comerciais em Lauro de Freitas. O calçadão de Vilas do Atlântico seria alargado, abrangendo parte da área pública atualmente ocupada pelas residências da orla em frente à praia. Preocupada com a reação dos moradores depois de revelado o projeto, a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (SALVA), associação de moradores do bairro, pediu informações formais à prefeitura. O projeto anterior, que previa mais de 40 quiosques numa área em frente ao antigo kartódromo, em Ipitanga, foi descartado pela atual gestão municipal, que o considerou inviável.

p VAI BEM

q VAI MAL

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NAZARÉ ARAÚJO

calçadão de Vilas do Atlântico ganhou uma nova operação tapa-buracos, bem a tempo de receber os visitantes do feriado de carnaval. A pedra portuguesa, cada vez mais desgastada, em nome da praticidade, já esteve a ponto de ser substituída por cimento puro e simples. A ideia não prosperou, mas a pedraria também não foi substituída e continua a abrir buracos que exigem manutenção periódica e cada vez mais frequente.

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oje como antes, o conserto dos buracos no calçadão de Vilas do Atlântico continua a ser feito com recurso a cimento. Com recurso ao trabalho de um calceteiro profissional as pedras poderiam ser assentadas de forma correta e durável, como o que se observa ainda hoje no trecho da chamada “praia do surf”. Ali, o calçadão foi reparado, da forma correta, por iniciativa de um morador da orla. O uso de cimento, além de encarecer a manutenção, reduz a durabilidade do pavimento.


Localização alternativa para as atuais barracas de praia em Vilas do Atlântico continua indefinida

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Cidade delimita 18 bairros oficiais O mapa das Regiões Administrativas: revisão necessária

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abituada a se identificar entre loteamentos, condomínios e localidades, Lauro de Freitas está em vias de ganhar novos referenciais com a instituição de 18 bairros oficiais (veja no mapa). A iniciativa é da secretaria de Governo da prefeitura, que tem o advogado Márcio Leão à frente. Um dos objetivos é “delimitar para quantificar”, define Ailton Borges, que liderou o esforço de georeferenciamento das 1.808 ruas do município. “Hoje sabemos exatamente quantos quilômetros temos asfaltados e quantos falta pavimentar”, exemplifica. O trabalho tem ainda detalhes importantes a serem revistos, mas representa “uma conquista para o planejamento da cidade”, define Borges. A proposta de delimitação de bairros traz novidades, como a incorporação do Miragem no futuro “bairro de Buraquinho”. Mais tradicional, a região do Aracuí será repartida entre o Centro e Pitangueiras – outro nome com peso histórico que vinha se perdendo por influência de Vilas do Atlântico. Da orla

à Estrada do Coco todos consideram estar “em Vilas” – que agora, oficialmente, será descrito como bairro nos limites originais do loteamento. Mais a Norte, o Parque São Paulo ganha estatuto de bairro autônomo, o menor da cidade, com 33 hectares, distinto de Itinga. Borges explica que isso reflete a identidade, usos e costumes da população local. Topógrafos mais antigos da prefeitura, de acordo com Borges, colaboraram na definição dos limites e toponímia original. O mesmo ocorre em relação ao Capelão, o menos povoado, com seus 168 habitantes estimados. Ambos os bairros têm a maior parte das suas áreas em território de Salvador, apesar de administrados e servidos por Lauro de Freitas. Às onze ruas cadastradas no Capelão somam-se, na verdade, outras 40 que oficialmente pertencem a Salvador. Nesse sentido, o bairro de Ipitanga também viria a abranger o Marisol, que fica em território da capital, mas desde sempre administrado por Lauro de Freitas.

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Já Itinga, com seus 381 hectares, é o mais populoso dos bairros, com 73 mil habitantes estimados e constituirá um bairro único com toda a diversidade e diferentes realidades que abriga, a exemplo do Parque Santa Rita, Jardim Metrópole ou Tarumã. Outro bairro com a diversidade à flor da pele será Portão, com limites que vão da humilde comunidade do Pé Preto ao luxuoso Condomínio Parque Encontro das Águas. O maior bairro em área será Areia Branca. Nos seus 740 hectares residem pouco menos de três mil pessoas, fazendo daquele também o segundo bairro menos densamente povoado, logo depois do Barro Duro, do outro lado da Via Parafuso. No extremo oposto está o bairro de Vila Praiana, encravado entre o Centro e Ipitanga, com 95 hectares de área e mais de 20 mil habitantes: cerca de 22 habitantes por quilômetro quadrado. Vilas do Atlântico, comparativamente, teria cinco habitantes por quilômetro quadrado. Vila Praiana, nome original da principal localidade da região, incluirá o que hoje se conhece por Lagoa da Base, a


CIDADE

Ailton Borges, da secretaria de Governo: trabalho de fôlego

antiga invasão do Japonês e o Chafariz. A Lagoa dos Patos agora fica em Ipitanga. Os limites foram traçados, sempre que possível, de forma a manter num mesmo bairro os dois lados de uma via mais importante. Exemplo disso é a rua Theócrito Batista, no limite do Caji com Itinga – que só começa a partir da rua Crispiniano de Oliveira. A região central da Estrada do Coco, da mesma forma, foi toda incluída no bairro Recreio de Ipitanga. O Centro só começa depois da via alternativa, na margem do rio Ipitanga. Como os critérios adotados para a delimitação dos bairros não dialogam com as Regiões Administrativas (RA) instituídas pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM), talvez seja necessário rever estas últimas, opina Ailton Borges. As RA foram traçadas por bacia hidrográfica, adotando inclusive os topônimos dos cursos d’água mais importantes: Sapato, Baixo Ipitanga, Cabuçu e Caji-Picuaia. A quinta

RA – da Cachoeirinha – refletia a intenção de criar um parque natural naquela localização. Em resultado disso, quase todos os bairros ficarão a pertencer a mais de uma Região Administrativa. Dois deles estão repartidos por três regiões diferentes. As RA são relevantes para o planejamento municipal porque é a partir delas que está traçado o uso preferencial do solo, o tipo de atividade prevista e outras condicionantes da organização do município – em especial as relacionadas às áreas socialmente mais carentes. O próprio PDDM terá que ser atualizado para refletir a nova delimitação por bairros, substituindo as referências aos loteamentos e condomínios. O trabalho envolveu, além da secretaria de Governo, também as secretarias de Planejamento, Infraestrutura e Fazenda durante oito meses. Coelba e Embasa colaboraram com dados relativos ao número de ligações domiciliares, comerciais e do poder público. Pelos números da concessionária de distribuição de energia elétrica, por exemplo, Lauro de Freitas pode ter muito mais que os 184 mil habitantes estimados pelo IBGE para 2013. Se cada residência abrigar, em média, quatro pessoas, a cidade tem hoje cerca de 276 mil habitantes. “Precisamos planejar e governar para a população efetivamente existente, não para a que consta das estimativas do IBGE”, pondera Borges.

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Vista aérea de Vilas do Atlântico nos anos 80, com o muro da rua Praia de Guadalupe em destaque mostra o Miragem desocupado

CEP – CÓDIGO DE ENDEREÇAMENTO POSTAL Mas o principal objetivo desse trabalho de fôlego, raro em cidades do porte de Lauro de Freitas pela sua complexidade, é permitir a implantação do Código de Endereçamento Postal (CEP) por logradouro, eliminando o famigerado CEP único. Para o vereador Antônio Rosalvo (PSDB), que há dez anos persegue essa meta, o resultado mais importante deste trabalho – que apenas começou – é a viabilização do zoneamento postal. Por falta de um CEP único, por exemplo, as cerca de 1,5 mil famílias do conjunto residencial popular inaugurado no Jambeiro há dois anos são obrigadas a recolher correspondência num posto comunitário. “Todo mundo sabe onde fica o conjunto, incluindo os Correios, mas por falta de um CEP eles não entregam lá, porta-a-porta”, conta o vereador. Em outras partes da cidade, a falta de um CEP específico também resulta em extravio de correspondência. Ou o carteiro reconhece o nome do destinatário ou a carta deixa de ser entregue. Em Vilas do Atlântico, que 35 anos depois ainda está organizada em quadras e lotes, sem a numeração sequencial dos imóveis, entregar correspondência

é um desafio para qualquer carteiro novo. Além disso, a equipe de Ailton Borges identificou mais de 500 ruas sem nome que será preciso batizar – uma tarefa para a Câmara Municipal – e depois medir para atribuir a numeração antes que os Correios possam definir números de CEP diversificados. Algumas dessas ruas sem nome foram cadastradas pela prefeitura dentro de condomínios, por exemplo no Miragem – que passa a fazer parte do novo bairro de Buraquinho. Esse é um dos detalhes que deverão ser depurados antes da aprovação da lei específica que institui os bairros e seus limites exatos. O projeto de lei começa a tramitar na Câmara após o recesso de carnaval. Outro detalhe a verificar é que o condomínio Ecovilas, tradicionalmente identificado com Vilas do Atlântico, onde se encontra o seu

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único acesso, aparentemente fará parte do bairro de Pitangueiras. Para fins de definição de um CEP que otimize a distribuição de correspondências, não faz sentido. PRAIA DE GUADALUPE Outro detalhe que chama atenção é que as ruas Praia de Guadalupe e Praia de Gravatá, no limite de Vilas do Atlântico com o Miragem, foram cadastradas também como pertencentes ao novo bairro de Buraquinho. A Praia de Guadalupe, além disso, foi classificada como “via coletora”, apesar de se tratar de uma rua local e sem saída. Do outro lado do muro que separa Vilas do Atlântico do Miragem desde a sua construção, nos anos 80, foram depois colocados alguns metros de asfalto em direção ao muro, dando a impressão de que este é que teria sido erguido depois. Uma vistosa placa com tipologia semelhante à de um loteamento do Miragem foi colocada nesse trecho de asfalto, como se aquela fosse a continuação da rua Praia de Guadalupe. Fotografias aéreas dos anos 80, entretanto, mostram que o muro é muito anterior à própria ocupação do Miragem e faz parte da conformação original de Vilas do Atlântico, protegida pelos Termos de Acordo e Compromisso (TAC) assinados desde a construção do loteamento. Sob demanda de moradores do Miragem, sucessivas administrações municipais têm proposto a demolição do muro para abrir novo acesso a Vilas do Atlântico. Opondo-se à ideia por fragilizar a segurança, a comunidade levou a questão à Justiça, onde permanece à espera de julgamento.

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Vista área da cidade mostra trecho que inclui os bairros do Centro, Pitangueiras, Ipitanga e Vilas do Atlântico

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Associação de moradores do Aracuí busca regularização de sua sede

Entidade da Lagoa dos Patos receberá recursos da Unesco

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regularização da posse da sede é uma das prioridades da atual direção da Associação de Moradores do Aracuí (AMA), que tem Antônio Roberto dos Santos na presidência. Reunida em fevereiro com Edmilson Silva, Chefe do Gabinete do Prefeito e representantes das secretarias de Serviços Públicos e Infraestrutura, a diretoria da entidade apresentou essa como a mais importante medida a tomar e pediu apoio. A AMA espera ainda que a prefeitura pavimente o terreno da sede, na rua Briga-

Antônio Roberto dos Santos (dir) reunido com representantes da prefeitura deiro Alberto Costa Matos e firme parcerias para a realização de cursos voltados para a comunidade. “Queremos expandir a oferta de atividades”, diz Santos. Fundada em 16 de agosto de 1986, a AMA é uma das mais antigas e ativas associações de moradores de Lauro de Freitas. Entre suas atividades mais frequentes estão os cursos de capoeira. No passado ofereceu também oficinas de moda com reciclagem de materiais que movimentavam a garotada local em desfiles na sede da associação. São tradicionais as festas de São João e de Natal da AMA.

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projeto “Transformar para Crescer”, da Associação Projeto Crescer, da Lagoa dos Patos, foi selecionado para receber apoio financeiro da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), com doações arrecadadas pelo programa Criança Esperança, da Rede Globo de televisão. Atendendo cerca de 100 crianças entre sete e 16 anos em situação de risco pessoal e social e 75 familiares, o novo projeto da entidade poderá beneficiar diretamente 200 crianças e adolescentes e indiretamente mais 350 pessoas. A Crescer integra a rede de proteção de garantia de direitos da criança e do adolescente por meio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Conselho Municipal de Assistência Social. Fundada no ano 2000, a associação atua na Lagoa dos Patos, que o Criança Esperança descreve como uma comunidade “formada


por pessoas vindas do interior da Bahia que vieram ‘tentar a sorte’ na cidade grande, mas não tiveram êxito”. O objetivo do “Transformar para Crescer” é promover a autonomia de crianças, adolescentes e jovens e o aprendizado de competências básicas a partir de ações socioeducativas que utilizam novas tecnologias. Será criado um centro digital que será disponibilizado para toda a comunidade. Com o apoio do Criança Esperança, a instituição vai adquirir equipamentos eletrônicos, material esportivo, pedagógico e de consumo, instrumentos musicais e uniformes, além de financiar despesas com pagamento de professores e outros profissionais. “O Projeto Crescer vem desenvolvendo suas ações há 13 anos e temos total consciência de que isso só é possível graças a todos os colaboradores que abraçaram a nossa causa e acreditam no trabalho que desenvolvemos”, disse Raimunda Araújo, coordenadora da associação. A Vilas Magazine é uma das entidades que apoiam o trabalho do Projeto Crescer. As doações para o Criança Esperança, por telefone ou pela internet, são depositadas diretamente em uma conta da Unesco, que abre um processo seletivo para escolher as ONGs que irão receber os recursos. Os projetos são nas áreas de desenvolvimento social, comunicação, ciências naturais, educação e cultura. A lista das entidades escolhidas é divulgada também pela Unesco.

Clandestinos (acima, em Vilas do Atlântico), vendem produtos in natura em via pública

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Prefeitura promete remover vendedores clandestinos

prefeitura de Lauro de Freitas voltou a realizar, em fevereiro, ações de fiscalização de vendedores clandestinos nas praias. Entre Vilas do Atlântico e Buraquinho, vários ambulantes-fixos irregulares foram convidados a se retirar. De acordo com a prefeitura, as ações são contínuas e voltarão a ser realizadas para retirar das praias “todo e qualquer vendedor que esteja atuando sem a licença”. De acordo com o diretor de fiscalização Emerson Macedo, muitos ambulantes migraram de Salvador para Lauro de Freitas depois da retirada das barracas da capital. “Vendedores irregulares vieram para nossas praias”, disse. “Estamos realizando um trabalho intenso para retirar os ambulantes que não estão com documentos regulares”, garantiu. De acordo com Macedo, o trabalho tem sido feito de forma pacífica e amigável. Fora das praias a invasão de vendedores clandestinos também é notória. A avenida Praia de Itapoan, principal via de Vilas do Atlântico, vem sendo regularmente tomada até por vendedores de alimentos in natura, incluindo ostras. A esquina do posto de combustíveis vem se transformando em feira informal onde a cada semana surge uma novidade.

H á 2 0 a n o s a l i m e n ta n d o u m a história de amor, respeito e sabor, construída de grão em grão.

A Delicatessen deVilas

A v . P r a i a d e I t a p o a n - V i l a s d o A t l â n t i c o . Te l . : Vilas Magazine

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CIDADE

Começa o asfaltamento da ruas José Leite e Teócrito Batista

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espera do asfaltamento anunciado pela prefeitura há um ano, os moradores dos novos condomínios da rua José Leite, no Caji, começam a ver o trabalho acontecendo. O contrato para realização das obras, em convênio com o Governo Federal, foi assinado em 2010. O prazo previsto para conclusão das obras é de dois anos. O volume total do investimento é de quase R$ 13 milhões em pavimentação, micro e macro drenagem do rio Caji-Picuaia, obras de esgotamento sanitário, iluminação pública e projetos socioambientais, além da construção de uma creche, uma quadra poliesportiva e um galpão de triagem de resíduos sólidos. De acordo com Patrício Frota, diretor de infraestrutura da prefeitura de Lauro de Freitas, o serviço integra as ações do chamado “PAC Picuaia”, que nesta primeira etapa prevê

a pavimentação das ruas Teócrito Batista e José Leite. “A Teócrito Batista já está com cerca de 60% de pavimentação”, contou. “A José Leite está na etapa de colocação de asfalto, logo depois iremos colocar meio-fio e passeios com acessibilidade”, disse. A pavimentação da avenida José Leite também vai oferecer uma nova via de acesso preferencial de Itinga à Estrada do Coco. Segundo o motorista Manoelito Amaral, morador da Avenida José Leite há 15 anos, é a primeira vez que desenvolvem uma obra desse porte naquele bairro. O plano inclui 17 ruas no Quintas do Picuaia, entre Itinga e o Caji. Entre elas está a José Leite, que dá acesso aos novos condomínios residenciais que contam milhares de apartamentos. Antes do asfaltamento, os moradores levavam vinte minutos para andar 800 metros

de carro, disse Luiz Pataro, que comprou um apartamento quase no final da rua à reportagem da Vilas Magazine há cinco meses. Quando chove, a lama toma conta de tudo. A ondulação do piso de terra batida funcionava como um interminável quebra-molas, reduzindo a velocidade a 10 Km por hora. Em alguns trechos da rua os moradores picharam mensagens exigindo “asfalto já!”. Mário Barros, morador do condomínio Gran Ville das Artes, na mesma avenida José Leite, apontava um problema mais grave, ocasionado pelas condições da pista, que obrigam a trafegar em baixa velocidade: “em menos de um mês tivemos oito carros roubados”, diz. “Andamos na primeira macha para não quebrar a suspensão do carro e ficamos à mercê” de ladrões de carros, constatava. Na Teócrito Batista, que leva à José Leite, o problema eram os buracos no asfalto desgastado. Moradores da área fincaram mensagem ao prefeito Márcio Paiva em um deles. O mesmo buraco, em anos anteriores, já exibiu recados para a então prefeita Moema Gramacho. NAZARÉ ARAÚJO

Máquinas da prefeitura realizam asfaltamento da rua José Leite. Piso de terra com ondulações obrigava os veículos a andar a 10 Km/h ou a atolar na lama (esq.)

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SOLIDARIEADE

Jovens do Rotaract promovem ação contra a polio

Jovens integrantes do Rotaract Club Lauro de Freitas promovem, dia 15, uma ação de visibilidade do programa do Rotary International, Polio Plus, no Shopping Estrada do Coco, que visa a erradicação da poliomielite, conhecida como paralisia infantil, no mundo. Na oportunidade, visitantes daquele centro comercial conhecerão os meios pelos quais podem ser feitas doações e outras formas de apoio ao programa, para obter mais vacinas contra a doença, que ainda persiste em três países. A iniciativa merece o apoio da comunidade.

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REGIÃO Poluição atmosférica em Camaçari causa aumento de atendimentos de saúde

REPRODUÇÃO SEI / GovBA

Ministério Público investiga aumento da poluição em Camaçari

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Ministério Público estadual, por meio do promotor de Justiça Luciano Pitta, está investigando o recente aumento da poluição atmosférica em Camaçari. Representação protocolada no último dia 14 de janeiro na Promotoria Regional de Camaçari, relata forte odor no ar, sobretudo à noite, com consequências para a saúde da população que incluiriam falta de ar, vômitos, náuseas e dores de cabeça.

Conforme a representação, aumentou a procura por atendimentos nos postos médicos e hospitais da cidade. Desde o final do ano passado, a população vem registrando reclamações sobre fortes odores na cidade, que se acentuaram em janeiro deste ano. Pitta reuniu-se, em fevereiro, com a Prefeitura Municipal de Camaçari e o Comitê de Fomento Industrial de Camaçari (Cofic) para discutir o problema atmosférico que vem

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ocorrendo no município. O Cofic congrega, com papel de coordenação, mais de 50 indústrias do polo de Camaçari. Segundo o promotor, tanto o comitê como a prefeitura se comprometeram a intensificar esforços para identificar as fontes da poluição do ar, com o objetivo de eliminá-las, além de apurar responsabilidades. Luciano Pitta explicou que a observação da direção dos ventos pode ajudar na identificação das fontes poluidoras. Também no mês passado, o promotor enviou ofício à Cetrel, empresa que monitora a qualidade do ar do polo industrial e redondezas, solicitando encaminhamento de relatório técnico com as medições atmosféricas dos meses de dezembro e janeiro.


OBITUÁRIO

Líder comunitária, d. Arcanja morre aos 82 anos REPRODUÇÃO

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aleceu no dia sete de fevereiro, aos 82 anos, Arcanja Pinto de Oliveira, a comerciante que deu nome ao largo de acesso à Lagoa dos Patos, Chafariz, Aracuí e segunda portaria de Vilas do Atlântico. Marco da cidade, o “largo Dona Arcanja” designa hoje a confluência das ruas Brigadeiro Alberto Costa Matos, José Ribeiro da Silva, Juraci Magalhães e São Miguel. Nascida em Camaçari, há 47 anos morava em Lauro de Freitas. Teve 11 filhos, cinco dos quais ainda vivos. Deixou ainda 12 netos e sete bisnetos. Respeitada como verdadeira líder comunitária, nunca assumiu formalmente qualquer cargo, nem na associação de moradores do bairro, uma das mais antigas de Santo Amaro de Ipitanga (leia à página 16). Mas “era sempre consultada em qualquer assunto, na realização das festas, nas tradições religiosas”, conta Ronivaldo Farias, 37 anos, nascido na comunidade, onde ainda hoje mora. Sua avó, Edite Pereira Farias, falecida em 2008 aos 96 anos, foi outra das pioneiras do Aracuí, ao lado de Arcanja, Leopoldino Cardoso e de Maria Isabel Santos Conceição, também já falecida. Além de organizar os eventos mais

importantes, Arcanja era presença necessária, de prestígio, em qualquer atividade. “Era uma pessoa muito divertida, gostava de contar casos, piadas” – recorda Farias – “em qualquer ocasião se tornava o centro das atenções, com todos em volta dela”. O corpo foi sepultado no cemitério de Portão, onde chegou a morar, na rua do Queira Deus, antes de desbravar o Aracuí. Estabeleceu-se no que, àquela época, era apenas mato, a alguns quilômetros da atual avenida Luis Tarquínio Pontes. Não havia sequer energia elétrica. A prefeitura, no final dos anos 60, ainda tentou derrubar o barraco de Arcanja alegando ser irregular, embora o terreno tivesse sido pago a “seo” Terêncio, conforme contou em 2008 à reportagem da Vilas Magazine. Como muitos dos moradores de Santo Amaro de Ipitanga à época, Arcanja vivia das feiras de Salvador. “Eu vendia beiju, banana, manga, fumo, pimenta, tomate, cebola, quiabo, maxixe, coco, feijão- de-corda e folhas de louro, tudo que dava para comercializar eu levava comigo”, disse. Saía de manhã com um cesto na cabeça e sacolas nos braços até o aeroporto, onde tomava a marinete até à capital – uma verdadeira viagem por estrada precária. Vendia no Chame-Chame, Itapuã, Pituba, Boa Viagem, Rio Vermelho, Amaralina e São Joaquim. “Minha vida era negociar com o balaio na cabeça, mas quando voltava do trabalho trazia o que comer”, contava. Anos depois resolveu abrir uma quitanda na janela de casa. Agora oferecia fumo de corda, banana, bolacha de coco, café, açúcar, charuto, sal, fósforo e cachaça. A janela logo se transformou em algo maior, ao lado da casa. A construção de Vilas do Atlântico, no final dos anos 70 e durante a década seguinte, levou novos clientes ao balcão de Dona Arcanja: o operariado da construção civil que erguia as casas do loteamento ao lado.

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Professora de lições de vida

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mbora não exercesse a profissão na qual se formou, Wilma Rose Silva Cardoso era uma professora de lições de vida, repassando exemplos aos que lhe eram próximos. Carioca de nascimento, desde o dia 10 de outubro de 1955, era Wilma para uns, Rose para outros, mas para todos, uma figura simpática, dona de um carisma e alegria incomparáveis, sempre com o sorriso largo, transbordando serenidade, como o que ilustra esse texto. Era sua marca registrada. Foram quase 30 verões em Vilas do Atlântico, incluindo os períodos de veraneio, até escolher esse cantinho do litoral norte para viver com a família, que ela cuidou, educou e amou com muito carinho e cuidados. Ficar ao lado deles era o que mais lhe dava prazer. Dividia com o marido, Oscarito, o comando do restaurante que leva o nome dele, em Vilas do Atlântico. Mãe de Cláudio e Carmélia e avó de Cauã, dona Rose deixa, além de uma saudade marcante, a certeza que enquanto esteve entre nós, foi um dignificante exemplo de esposa, mãe, avó e amiga. Um ser humano merecedor de todas as homenagens. Ela nos deixou na sombria tarde de domingo, 9 de fevereiro, decorrente de complicações de um transplante de fígado, consequência de uma doença hepática.


14 praias para conhecer em

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Tem mar para o ano inteiro Esperar a maré baixar para ver peixinhos à sombra de amendoeiras em Moreré (BA) ou apreciar ‘festival’ de falésias da praia Redonda (CE)? E por que não os dois? MUNDAÚ (CE) Guarde bem esse nome. Quem se aventurou de Fortaleza até Jeri com certeza passou por Mundaú. Só que essa praia não foi feita para se ‘passar’ por ela, mas, sim, permanecer um bocado de tempoporali. Avistando o mar no alto das dunas, assistindo aos recortes do rio que desemboca no Atlântico, curtindo o sabor lento e leve de sua gente. Mesmo nos períodos de verão, Mundaú não é, digamos, tão frequentada. Segue sendo pacata, com o mar passeando ora pelo verde, ora pelo azul. O rústico ambiente da vila de pescadores contrasta com as charmosas pousadas que começam a pipocar à beira- mar. RUBENS CHAVES / FOLHAPRESS

Ponta de Corumbau (BA), ‘Longe de tudo’

ALEX REGIS / TRIBUNA DO NORTE / FOLHAPRESS

TURISMO

Ponta do Mel, Rio Grande Norte


EDMAR MELO/FOLHAPRESS

Carneiros, Pernambuco CARNEIROS (PE) A bela capelinha rodeada de coqueiros já se transformou no clássico cartão-postal dessa praia, com seu verde-oliva refletindo-se nas águas transparentes. Tem rio e tem mar, além de trechos de mangue. Outro atributo é que ela é curtinha, com seus coqueirais sombreando a areia. Quando a maré se acalma, lá se formam piscinas naturais, repletas de peixes. Mas, verdade seja dita, Carneiro se revela por completa na maré alta. Por isso, nada de encarar aqueles passeios bate e volta para conhecê-la, hein? REDONDA (CE) Quem foi a Canoa Quebrada, distrito de Aracati, e não deu uma esticada até Icapuí, precisa voltar ao litoral leste do Ceará e apreciar suas praias. Um ªfestivalº de falésias avermelhadas, beirando o mar verdinho, anuncia o espetáculo. Pedras coloridas, dunas, arrecifes, coqueirais e... cactos, típicos da caatinga. Aos seus pés, a singela vila da praia Redonda, com cerca de 600 famílias, que se dedicam à pesca da lagosta, especialidade da culinária. Redonda tem 6 km de extensão e formações rochosas em pleno mar. O litoral é bem peculiar, recortado por dunas e falésias, formando um visual diferente a cada praia de Icapuí. E ainda há a foz do belíssimo rio do Arrombado. Paisagens selvagens e um clima de tranquilidade completam o pacote. JAPARATINGA (AL) A estradinha corta a orla por um imenso sombreado formado por um jardim de coqueiros ao lado daquele marzão cor de Caribe. É a chamada Costa dos Corais, área de preservação ambiental ao norte de Maceió. No caminho, que os nativos batizaram de Rota Ecológica, fica Japaratinga --e fica também São Miguel dos Milagres. O lugar teve suas praias imortalizadas pelo filme “Deus É Brasileiro’’, do alagoano Cacá Diegues. As paisagens são recortadas por falésias, pedras e barreiras de corais. Engana-se quem acha que falta infraestrutura: há restaurantes e pousadas charmosíssimas na região. PONTA DO MEL (RN) É umvilarejinho que parece perdido no tempo. Fica na Costa Branca, região cravada quase no encontro do litoral do Rio Grande do Norte como do Cearáo nome é uma alusão às dunas emontanhas de sal que predominam na paisagem, soma das às praias desertas. No alto das falésias, cactos. A u impressão é a de que a caatinga está à procura do gostinho domar. Vilas Magazine

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TURISMO Em toda a sua rudeza, o agreste se torna mais peculiar ao ocupar dunas gigantescas e se alastrar por falésias coloridas, com o mar turquesa coroando esse contraste.Um farol orienta as embarcações nessa ‘esquininha’ do Brasil.

PAULO FRANCISCO / FOLHAPRESS

BARRA DE CAMARATUBA (PB) Vilinha rústica de pescadores, Barra é a primeira praia com estrutura do lado paraibano, quase na fronteira com o RioGrande doNorte. Fica a cerca de 100 km de João Pessoa. Extensa e desabitada, a praia reforça o cenário de tranquilidade encontrado no bucólico vilarejo,onde vivem cerca de mil moradores. Se quiser um bocadinho de agito, vá durante os campeonatos de surfe. Se você não curte onda, dá para aproveitar as águas calmas nas prainhas que se formam na fozdo rio, cartão-postal da região. Uma dica é atravessá-lo de balsa e visitar a aldeia e suas lagoas, na reserva do município de Baía da Traição.

Redonda, Ceará.

COQUEIRINHO (PB) É no litoral sul, a 30 km da capital João Pessoa, onde estão as praias mais belas da Paraíba, com uma estrada em ótimo estado que facilita a viagem. A paisagem inclui os coqueirais que deram origem à praia. De um lado, arrecifes formam piscinas, ideais para crianças; do outro, surfistas deslizam nas ondas.Graças à barreira de corais que cerca as suas oitos baías, a temperatura da água fica em28’C. Uma pedida é percorrer, a pé, os cerca de 3 km entre as praias de Tabatinga, com falésias e mansões, e amais procurada por banhistas, Tambaba, primeira praia oficial de nudismo do Nordeste. JANDUARI SIMÕES / FOLHAPRESS

Pensínsula de Maraú, Bahia

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PENÍNSULA DE MARAÚ (BA) Maraú oferece algo mais do que sossego à beira-mar e um leque de passeios ecológicos. A começar pela variedade de paisagens. Extensos manguezais, uma sucessão de praias a perder de vista sem vivalma e piscinas naturais coloridas por cardumes --talvez a inacessibilidade ainda consiga preservar essas características. Sem contar sua simpática vilinha de Barra Grande. Ruas de areia, pracinha, casas simples u e a igrejinha de São Sebastião, de 1855,

CHARLES G. / DIÁRIO CATARINENSE / FOLHAPRESS

ILHA DE SANTO ALEIXO (PE) Dona de pequenas enseadas, de mar calmo. As praias voltadas para mar aberto revelam um paraíso de águas cristalinas, tipo Polinésia, perfeitas para “snorkeling”. A maioria dos turistas deixa a muvuca de Porto de Galinhas e segue para a ilha. Chegar lá é como se desligar do mundo, num ambiente desprovido de infraestrutura, perfeito para ir a dois --ou sozinho, para contemplar a natureza. E, o mais bacana, o vaivém da maré vale como válvula de escape para esquecer dos amargos da vida. Como não há hospedagens, é preciso ficar em Porto de Galinhas ou Carneiros.

Conceição, em Bombinhas, Santa Catarina

TADEU GIULIANI / SETUR / DIVULGAÇÃO / FOLHAPRESS

O mar claro de Japaratinga, Alagoas

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TURISMO

PONTA DO CORUMBAU (BA) Se o seu negócio é esticar-se numa praia e esquecer-se da vida no melhor estilo baiano, uma dica é explorar o extremo sul do Estado. Longe de axé e do rebolado, onde barulho mesmo só o do movimento da maré, fica um pouquinho mais abaixo, em Corumbau. O próprio nome ajuda a entender o lugar: Corumbau significa “longe de tudo” na tradução tupi. Numa das regiões mais belas da Bahia, esse “corredor” de areia descortina, de um lado, um piscinão de águas calmas, cristalinas e esverdeadas e, do outro, o mar agitado, “cortado” pela foz do rio Corumbau. Para aproveitar o pontal e os seus quase 2 km de recife e areia que avançam mar adentro, o ideal é acompanhar o movimento da maré. Quando ela sobe, a ponta desaparece no meio das ondas. MORERÉ-BOIPERA (BA) Há quem enxergue na transparência de

suas piscinas naturais semelhanças com os mares do Caribe. Outros acreditam que aquela parte da Bahia é única, sem precedentes. Depois de cair em suas águas, ninguém mais duvida: Boipeba vale o esforço que envolve a jornada até lá. Se a maré não estiver baixa, espere por ela à sombra das amendoeiras. Quando a água baixar, dá para caminhar com a água, azul-bebê, na cintura, apreciando os peixinhos. O povo que está em Morro de São Paulo costuma chegar em embarcações. Turistas vindos de outras partes de Boipeba alcançam esse paraíso depois de atravessar o rio Oritibe, possível na maré baixa. Quer saber? Qualquer iniciativa vale a pena para pisar em Moreré. CONCEIÇÃO (SC) Praia de águas de um verde quase caribenho. O ponto alto é uma piscina natural, cercada por uma espécie de muralha que freia a entrada excessiva de água do mar, mantendo o nível sempre na altura um pouco acima da cintura de um adulto. Dá para ver os peixinhos nadando para lá e para cá. Da praia até a piscina são cerca de 20 minutos caminhando pelas pedras do costão. Território da família Schürmann, primeira do Brasil a circunavegar a Terra a bordo de um veleiro, Conceição está em Bombinhas, península do litoral catarinense. ILHA DO MEL (PR) Pode apostar, o Paraná guarda boas surpresas em seu litoral. As praias mais paradisíacas modelam ilhas. Na mais famosa delas, a do Mel, estão 12 das melhores praias do Estado, de águas cristalinas e separadas por florestas da mata atlântica. Ao menos cinco delas ficam dentro da área de estação

PBTUR / DIVULGAÇÃO / FOLHAPRESS

imprimem ar bucólico ao lugar. E, o que é melhor, sem tiques turísticos. Porta de entrada de Maraú para a maioria dos visitantes, o vilarejo é o ponto de partida dos passeios pela península. Um deles percorre a terceira maior baía do Brasil, a de Camamu, passa por manguezais e ilhas, como a da Pedra Furada, que, como o nome diz, tem grande parte das pedras encontradas no local com furos, provocados por um molusco que a habita.

FERNANDO A. / AG. A TARDE / FOLHAPRESS

Ilha de Boipeba, Bahia

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Praia de Coqueirinho, Paraíba

JOÃO WAINER / FOLHAPRESS

Brava da Almada, escondida em meio à Mata Atlântica, São Paulo Vilas Magazine

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ecológica. São desertas, do tipo que dá para nadar, digamos, à vontade. Para desbravar o trecho mais bonito desse litoral, um ingrediente não pode faltar na sua mochila: espírito aventureiro. BRAVA DA ALMADA (SP) Fica no norte de Ubatuba. Um morro de cada lado esconde um paraíso em meio à mata atlântica. A trilha de acesso percorre um caminho levemente íngreme, coberto por árvores centenárias. De repente, o barulho da arrebentação. No canto direito de quem chega pela trilha, um riozinho serpenteia pedras e areia até se encontrar com o mar. Ondas se quebram diante de uma área verde, separada por uma faixa de areia com cerca de 1,5 km de extensão. Com boa dose de sorte, vê-se golfinhos ou a chegada de tartarugas. Roberto de Oliveira / Folhapress


COMPORTAMENTO

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VOCÊ

a próxima vez que perguntarem por que aquelas promessas de ano novo não saíram do papel, diga que a culpa é da sua bexiga. Ou, então, do estresse e das noites mal dormidas. Segundo a ciência que estuda a tomada de decisões, mais fatores influenciam as escolhas do que a racionalidade é capaz de prever. O exemplo da bexiga é curioso – e controverso. Em um estudo vencedor do prêmio Ig Nobel (paródia do Nobel que elege os trabalhos mais bizarros), pesquisadores holandeses e belgas descobriram que estar com a bexiga cheia ajuda a evitar escolhas impulsivas (veja mais exemplos abaixo). “Pode até ser que tenha um efeito secundário, porque você aumenta o nível de autocontrole em função da urgência para urinar, mas tenho minhas dúvidas”, diz o psicólogo Paulo Sérgio Boggio, coordena-

(pensa que)

DECIDE

Estudos mostram quais fatores influenciam, para melhor ou pior, como tomamos decisões; raiva ajuda escolhas racionais, falta de sono, não

RAIVA AJUDA Estar com raiva pode ajudar a analisar melhor as situações e a fazer escolhas mais acertadas, de acordo com pesquisa da Universidade da Califórnia em Santa Barbara (EUA). Foram realizados três experimentos, envolvendo 550 participantes. Em um deles, parte dos voluntários teve que lembrar acontecimentos em que sentiram muita raiva; o resto parte lembrou eventos neutros. Depois, todos foram convidados a avaliar argumentos fortes e fracos que defendiam o bom comportamento financeiro de estudantes. Segundo os cientistas, a raiva ajudou os voluntários a discriminar melhor entre os argumentos fortes e fracos e pesar os prós e contras da situação. O estudo foi publicado na revista “Personality and Social Psychology Bulletin”, em 2007.

MÚLTIPLA ESCOLHA?

Fatores que influenciam na tomada de decisão, segundo pesquisas científicas MENOS É MAIS Quanto mais opções uma pessoa tem, mais difícil fica a escolha e maior é a insatisfação, segundo a economista e psicóloga Sheena Iyengar, da Universidade Columbia (EUA), autora de “The Art of Choosing” (“A arte da escolha”, sem edição no Brasil). Em um de seus trabalhos, chamado de “estudo geleia”, ela analisou, durante dois períodos de cinco horas, o comportamento de 754 consumidores diante de prateleiras de supermercado com seis ou 24 sabores de geleia. Embora mais pessoas tenham parado diante da prateleira com muitos sabores, mais compraram quando tinham apenas seis opções --30% delas; já entre os que tiveram mais opções só 3% compraram. Para a pesquisadora, ter muitas escolhas é desmotivante e é o mesmo que não ter nenhuma. Vilas Magazine

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ALIMENTO PARA O CÉREBRO Se decidir demais cansa, comer um alimento com carboidrato pode dar energia rapidamente ao cérebro e restaurar a capacidade de autocontrole, segundo pesquisadores da Universidade do Estado da Flórida (EUA). Em uma série de nove estudos com 369 pessoas, publicada em artigo no “Journal of Personality and Social Psychology”, em 2007, eles relacionaram, primeiro, a realização de tarefas que exigem autocontrole com a queda nos níveis de glicose no sangue. Depois, encontraram ligação entre níveis baixos de glicose e pior desempenho nas tais tarefas. Por fim, testaram a relação entre o aumento de glicose no sangue (dando limonada com açúcar ou adoçante aos voluntários) e o bom desempenho nos exercícios. Os que beberam a limonada adoçada disseram que a sensação de cansaço foi atenuada e conseguiram um melhor desempenho. Mas os pesquisadores advertem: glicose não é o único mecanismo envolvido no autocontrole e consumir grandes quantidades de açúcar não vai fazer com que você tome melhores decisões. 28

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decidir melhor. Deixar de ir ao supermercado com fome, por exemplo, pode reduzir a chance de levar produtos muito calóricos. “Mas não podemos controlar todos os aspectos, e aceitar isso pode ajudar a diminuir a ansiedade”, diz. Para o economista Marcos Fernandes, professor da Fundação Getúlio Vargas, conhecer os fatores que influenciam na tomada de decisão pode ajudar a controlá-los (ou prevê-los), o que deixa o processo mais racional e menos impulsivo. “Podemos evitar fazer decisões se sabemos que há outros fatores influenciando. Mas temos que lembrar que toda escolha envolve algo irracional”, afirma. Na opinião de Fernandes, isso não é um problema. “Decisões cruciais só são feitas porque damos saltos no escuro, às vezes. Se fôssemos 100% racionais, não sairíamos de casa.”

dor do Laboratório de Neurociência Cognitiva e Social da Universidade Presbiteriana Mackenzie (SP). O grupo de Boggio faz pesquisas sobre a influência de fatores afetivos nas escolhas. “Já sabemos que o cérebro não é uma máquina de fazer contas, mas ainda não conseguimos saber quantas variáveis estão em jogo”, diz. Uma delas, exemplifica, é a forma como as situações são apresentadas: você faria uma cirurgia se dissessem que o risco de morte é 10%? E se dissessem que a chance de sobreviver é de 90%? Segundo a psicóloga Camile Costa Correa, que pesquisa tomada de decisão na Universidade de Amsterdã, na Holanda, o estado de humor, a pressão de uma situação estressante e a privação de sono são empecilhos para escolhas satisfatórias. Ela explica que há casos em que é possível driblar as variáveis e

PAUSA PARA PENSAR Tomar decisões em série sem intervalo cansa e pode fazer com que as escolhas sejam automáticas. A conclusão é de um estudo israelense, feito em parceria com a Universidade Columbia (EUA), que analisou mais de 1.100 decisões judiciais e descobriu que os juízes estavam mais propensos a conceder condicional para casos julgados no começo do expediente ou depois de uma pausa (a probabilidade de decisões favoráveis caiu de 65% no começo do dia para quase zero com o passar das horas e voltou a ser 65% depois do intervalo). No fim do dia, presos com históricos parecidos tinham os pedidos negados. Esse fenômeno é chamado de fadiga de decisão: como se uma série de escolhas esgotasse a capacidade de tomar decisões racionais --o que deixa os consumidores mais propensos, por exemplo, a comprar as guloseimas vendidas no caixa do supermercado, no fim da compra. A pesquisa foi publicada no periódico “PNAS”, em 2011.

Juliana Vines / Folhapress

NOITES EM CLARO Tomar decisões depois de uma noite mal dormida pode resultar em escolhas mais otimistas, reduzindo o senso de risco. É o que mostrou um estudo da Universidade Duke (EUA), publicado em 2011 no “Journal of Neuroscience”. Usando ressonância magnética em 29 voluntários, os cientistas mostraram que a falta de sono aumenta a atividade do cérebro em regiões que pesam o lado positivo de uma situação, como o cortex pré-frontal ventromedial, e diminui a ativação de regiões que ponderam os pontos negativos de uma escolha, como a ínsula anterior. Aqueles que estavam privados do sono tendiam, em testes de laboratório, a fazer escolhas que enfatizavam ganhos monetários, o que pode explicar por que uma noitada de jogos pode ser perigosa. BEXIGA CHEIA Em um estudo vencedor do prêmio Ig Nobel de Medicina de 2011, uma paródia do Nobel, pesquisadores holandeses e belgas descobriram que estar com a bexiga cheia pode ajudar a tomar decisões mais racionais. A hipótese dos autores é que segurar o xixi, por ser uma situação que exige autocontrole, diminui a chance de fazer escolhas impulsivas. O estudo envolveu 531 participantes. Em um dos

ESTRESSE ATRAPALHA O estresse dificulta a tomada de decisões complexas, de acordo com pesquisa feita por cientistas da Universidade de Nova York (EUA) e publicada no periódico “PNAS”, em 2013. Para chegar ao resultado, os 56 voluntários do estudo foram divididos em dois grupos, que seriam ou não expostos a uma situação desagradável: deixar o braço imerso em água gelada por três minutos. Os níveis de cortisol, o hormônio do estresse, foram monitorados. Depois, todos Vilas Magazine

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testes, os pesquisadores deram 700 ml ou 50 ml de água a voluntários 45 minutos antes da realização de tarefas que envolviam escolhas financeiras com recompensas a curto ou a longo prazo. Os que tinham bebido mais água resistiram mais às tentações de ganho a curto prazo e decidiram esperar para ganhar uma quantia maior. O trabalho foi publicado na revista “Psychological Science”, em 2011.

realizaram atividades em que tinham que fazer escolhas, simples ou complexas, algumas relacionadas com ganhos financeiros. De acordo com os pesquisadores, aqueles que tinham níveis mais altos de estresse tiveram a capacidade de tomar decisões sofisticadas prejudicada. As decisões simples e automáticas, porém, não foram afetadas. Estudos anteriores em animais já tinham demonstrado que o estresse crônico pode alterar estruturas cerebrais relacionadas com as escolhas, como o córtex pré-frontal medial. 29

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COMPORTAMENTO

Emoções MAPEADAS Estudo mostra quais regiões do corpo são ‘ativadas’ por sentimentos como raiva e felicidade e conclui que sensações têm caráter universal

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perto no peito, frio na barriga, cabeça quente. Quem nunca usou essas expressões para traduzir uma emoção? A sabedoria popular já sabe que emoções causam alterações físicas. Os cientistas também: a rigor, emoção é o estímulo que afeta o sistema límbico [região do cérebro que a processa] e é capaz de mudar o sistema periférico. Faltava saber exatamente onde essas mudanças físicas ocorrem, o que pode ajudar a melhor definir as emoções e entender os transtornos afetados por elas. No intuito de responder a essa questão, cientistas da Universidade de Aalto em parceria com a Universidade de Turku, ambas na Finlândia, pediram a 700 voluntários que indicassem quais áreas do corpo sofriam alterações quando sentiam uma determinada emoção. Para incitar cada estado emocional, foram usadas palavras, músicas e filmes. As alterações sentidas podiam ser de qualquer ordem – dor e calor, por exemplo. Com os dados, um software montou um único circuito para cada emoção – raiva, medo, desgosto, felicidade, tristeza e surpresa (chamadas de básicas) e ansiedade, amor, depressão, desprezo e orgulho (tidas como correlatas). “Tanto o computador como outras pessoas reconheceram as emoções descritas, o que denota o seu aspecto universal”, disse Riita Hari, professora da Universidade Aalto e uma das autoras do estudo, publicado na revista da Academia de Ciências dos EUA, “PNAS”. Assim, emoções ligadas à excitação, como raiva e felicidade, foram associadas com ativações e calor dos membros superiores. Já as emoções que indicam estado depressivo ou de tristeza foram relacionadas a menor atividade nos membros inferiores, como adormecimento das pernas e pés. Sensações no sistema digestório e ao redor da gargan-

ta foram relacionadas a desgosto. Felicidade foi a única emoção associada com calor e ativações no corpo inteiro. O estudo pode ajudar a identificar emoções nem sempre distinguíveis, como tristeza e desgosto. “As emoções têm vias autônomas só interpretadas depois”, explica Aílton Amélio, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo. “Saber quais são elas promove o entendimento de processos emocionais e é um recurso terapêutico.” Doenças caracterizadas por desordens emocionais como depressão e transtorno bipolar também podem se beneficiar dos achados. “É uma ferramenta diagnóstica”, afirma Riita Hari. “Os mapas podem estar alterados nesses pacientes.” Estudos de neuroimagem já mostraram que esses indivíduos, quando estimulados por emoções negativas, exibem maior atividade cerebral. Essa dinâmica é inversa à obtida em pessoas saudáveis. “Mas é preciso ter cuidado para não limitar tudo em uma caixa”, afirma a psiquiatra Alexandrina Meleiro. José Bombana, psiquiatra e professor da Universidade Federal de São Paulo, lembra ainda que diferenças culturais precisam ser consideradas. As emoções também provocam alterações hormonais, como o aumento do cortisol, hormônio associado ao estresse. “Quando prolongadas, são responsáveis por outras doenças, como transtornos mentais e diabetes”, explica Alexandrina. Emoções podem ainda mudar a expressão de genes. Estudo da Universidade da Califórnia, publicado na “PNAS” em fevereiro, mostrou que pessoas felizes apresentam menos genes da inflamação que depressivos, o que os protege contra doenças. Monique Oliveira / Folhapress

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Fobia de escola Medo excessivo e prolongado de ir à escola pode ser sintoma da ansiedade de separação; alto nível de dependência dos pais é uma das causas

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ANSIEDADE NORMAL A ansiedade, porém, se dá em vários níveis e nem sempre é preocupante. Segundo terapeutas e educadores, alguma dificuldade no Vilas Magazine

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começo da vida escolar é comum. “Há uma dificuldade inicial de convivência com os outros na escola”, diz Ascânio João Sedrez, diretor de um colégio na capital paulista. “São muitos os desafios dessa fase”. A maioria das crianças se adapta em uma semana, aproximadamente – período em que alguns colégios permitem que os pais permaneçam na escola, mas em salas separadas para não interromper a transição. “Mas quando essa ansiedade perdura por algumas séries é necessário analisar se há um transtorno mais grave”, afirma Mônica Miotto Bertolini, coordenadora pedagógica de um colégio, também na capital paulista. “Já tivemos uma aluna com síndrome de pânico associado a esse medo”, diz.

Nathália Dias, 13, teve medo associado ao deficit de atenção

LEONARDO SOARES/FOLHAPRESS

início das aulas para Beatriz Koh, 8, foi mais custoso que o de outras crianças de sua idade. “Ela chegava da escola chorando”, conta o pai, Eduardo Koh, empresário. “A Bibi tinha dificuldade para fazer amigos e demorou para se adaptar.” Beatriz passou por um período descrito popularmente como fobia escolar, medo excessivo de ir ou permanecer na escola capaz de provocar crises de choro, náuseas, tonturas, dores de cabeça e suor excessivo em alguns alunos. Um dos primeiros artigos sobre o assunto, “School Phobia And Its Treatment” (“A fobia escolar e o seu tratamento”), publicado no “British Journal of Medical Psychology”, em 1964, mostrou que a fobia escolar é caracterizada como ansiedade de separação, ou seja, dificuldade da criança de se adaptar a um novo espaço sem a presença do vínculo familiar do qual é dependente – a mãe, na maior parte dos casos. É por esse motivo que esse tipo de fobia se diferencia de outras mais conhecidas, como a de elevador e de altura. A Associação Americana de Depressão e Ansiedade estima que a ansiedade de separação acometa 5% das crianças em idade escolar. “Nos casos mais graves, o aluno apresenta forte dependência da figura materna”, explica Ana Olmos, psicoterapeuta especializada em avaliação neuropsicológica infantil. “A falta de autonomia pode atrasar a formação de novos vínculos e a criança se sente excluída, o que é um gatilho para fobia”, diz. Bullying e problemas na família como agressões e separações podem agravar ou iniciar o transtorno.


Nessas circunstâncias, a transferência para um colégio especializado pode ser indicada para a superação do transtorno. “As crianças se adaptam mais facilmente quando encontram outros colegas na mesma situação”, explica a terapeuta familiar Elizabeth Polity. É o caso da Nathália Silveira Dias, 13. Após frequentar quatro escolas e receber diagnóstico de transtorno de deficit de atenção e

hiperatividade (TDAH), ela só conseguiu se adaptar em uma escola específica. “Ela se sentiu muito excluída”, lembra a mãe Renata Silveira Dias, dona de casa. “Hoje ela se reconhece nos outros alunos.” Caso a avaliação médica descarte transtornos associados, a ansiedade de separação pode ser tratada com terapia cognitivo comportamental. Nela, a criança aprende a

substituir hábitos de dependência por outros que a habilite a enfrentar os desafios do novo espaço coletivo. A terapia familiar também pode ajudar a desatar vínculos de dependência. “Com a terapia, a Beatriz passou a estabelecer novas relações e hoje ela é líder nas brincadeiras”, diz o pai. Monique Oliveira / Folhapress

ARTIGO / Rosely Sayão

Profusão de estímulos Se está difícil para nós, adultos, focar a atenção, imagine para as crianças que já nascem neste mundo

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umenta o número de adultos que não consegue focar sua atenção em uma única coisa por muito tempo. São tantos os estímulos e tanta a pressão para que o entorno seja completamente desvendado que aprendemos a ver e/ou fazer várias coisas ao mesmo tempo. Nós nos tornamos, à semelhança dos computadores, pessoas multitarefa, não é verdade? Vamos tomar como exemplo uma pessoa dirigindo. Ela precisa estar atenta aos veículos que vêm atrás, ao lado e à frente, à velocidade média dos carros por onde trafega, às orientações do GPS ou de programas que sinalizam o trânsito em tempo real, às informações de alguma emissora de rádio que comenta o trânsito, ao planejamento mental feito e refeito várias vezes do trajeto que deve fazer para chegar ao seu destino, aos semáforos, faixas de pedestres etc. Quando me vejo em tal situação, eu me lembro que dirigir, após um dia de intenso trabalho no retorno para casa, já foi uma atividade prazerosa e desestressante. O uso da internet ajudou a transformar nossa maneira de olhar para o mundo. Não mais observamos os detalhes, por causa de nossa ganância em relação a no-

vas e diferentes informações. Quantas vezes sentei em frente ao computador para buscar textos sobre um tema e, de repente, me dei conta de que estava em temas que em nada se relacionavam com meu tema primeiro. Aliás, a leitura também sofreu transformações pelo nosso costume de ler na internet. Sofremos de uma tentação permanente de pular palavras e frases inteiras, apenas para irmos direto ao ponto. O problema é que alguns textos exigem a leitura atenta de palavra por palavra, de frase por frase, para que faça sentido. Aliás, não é a combinação e a sucessão das palavras que dá sentido e beleza a um texto? Se está difícil para nós, adultos, focar nossa atenção, imagine, caro leitor, para as crianças. Elas já nasceram neste mundo de profusão de estímulos de todos os tipos; elas são exigidas, desde o início da vida, a dar conta de várias coisas ao mesmo tempo; elas são estimuladas com diferentes objetos, sons, imagens etc. Aí, um belo dia elas vão para a escola. Professores e pais, a partir de então, querem que as crianças prestem atenção em uma única coisa por muito tempo. E quando elas não conseguem, reclamamos, levamos ao

médico, arriscamos hipóteses de que sejam portadoras de síndromes que exigem tratamento etc. A maioria dessas crianças sabe focar sua atenção, sim. Elas já sabem usar programas complexos em seus aparelhos eletrônicos, brincam com jogos desafiantes que exigem atenção constante aos detalhes e, se deixarmos, passam horas em uma única atividade de que gostam. Mas, nos estudos, queremos que elas prestem atenção no que é preciso, e não no que gostam. E isso, caro leitor, exige a árdua aprendizagem da autodisciplina. Que leva tempo, é bom lembrar. As crianças precisam de nós, pais e professores, para começar a aprender isso. Aliás, boa parte desse trabalho é nosso, e não delas. Não basta mandarmos que elas prestem atenção: isso de nada as ajuda. O que pode ajudar, por exemplo, é analisarmos o contexto em que estão quando precisam focar a atenção e organizá-lo para que seja favorável a tal exigência. E é preciso lembrar que não se pode esperar toda a atenção delas por muito tempo: o ensino desse quesito no mundo de hoje é um processo lento e gradual.

ROSELY SAYÃO, psicóloga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação.

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NUTRIÇÃO

Acertando no cardápio Saiba como os alimentos podem te auxiliar a ficar com o corpo em dia

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ma linda pele, sem celulites e estrias junto a madeixas cheias de brilho compõe o visual dos sonhos de muitas mulheres, mas mesmo com tantos cuidados muitas não conseguem. Escolhendo alimentos corretos na alimentação, você pode ganhar um lindo corpo. Saiba como utilizar os alimentos a seu favor. Abóbora, mamão, tomate e cenoura são exemplos de alimentos que precisam estar presentes no cardápio de quem sonha em conquistar uma pele bonita. Alimentos de tons amarelos ou laranja possuem grande quantidade de vitamina A e carotenóides, que auxiliam a estimular a síntese da melanina, que tem a responsabilidade da cor bronzeada da pele. Além dos alimentos com essas cores, os carotenóides são encontrados nas folhas verde-escuras. Para perceber os efeitos na pele, utilize ainda porções destes alimentos durante o dia. Uma salada com folhas verde-escuras e um suco de laranja, mamão e cenoura criam porções incríveis. Os efeitos não aparecem quando o consumo é feito um dia antes da exposição aos raios solares. Para resultados melhores, é necessário incluir as porções no menu, pelo menos, sete dias antes de pegar sol. Ficar longe das celulites e das estrias não é fácil, mas há alimentos que podem melhorar a inflamação da área ocasionada pelas celulites e ainda fornecer nutrientes para melhorar o metabolismo. Na relação de alimentos com efeitos antiinflamatórios, estão aqueles que tem em sua composição cobre e manganês. Ótimos exemplos são azeite extra-virgem, castanha do pará, amêndoas, feijão e lentilha. Além desses, os alimentos que possuem vitamina A e betacaroteno, como mamão, tomate, cenoura e abóbora, também devem ser consumidos diariamente, em porções diversas, para ter resultado. Para amenizar as estrias é necessário consumir alimentos que fortalecem a pele. Quem realiza essa função são os alimentos que tem nutrientes que formam o colágeno, como vitamina C, manganês, vitamina A, cobre e vitamina E. Para recorrer à vitamina Vilas Magazine

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C, é recomendado consumir limão, laranja, morango, e acerola. Feijão, soja, amêndoa, e grão-de-bico fornecem cobre. Enquanto o manganês pode ser achado na lentilha e nas nozes. Alimentos de cores alaranjada e amarela têm alto teor em vitamina A. Óleos e sementes oferecem boas doses de vitamina E. Assim como na ‘luta’ contra as celulites, a ingestão desse grupo de alimentos deve ser diária. O calor intenso não colabora tanto com as madeixas. O trio sol, vento e água do mar ou da piscina deixam os fios ressecados e sem brilho, mas uma mistura de alimentos importantes aos cabelos na alimentação diária pode recuperar e manter a saúde dos fios em dia. A biotina, achada na gema do ovo, trabalha a síntese capilar. Aveia, cevada e salsa dão ótimas doses de silício, que ainda auxilia na reestruturação dos cabelos. A vitamina B12, existente nas carnes, ajuda a uniformidade dos fios. Alimentos com alto teor em ômega3, 6 e 9 precisam compor o menu a favor dos cabelos brilhosos. Oleaginosas, azeite, semente de linhaça e pescados de águas frias são alimentos fontes dos ômegas. Eles trabalham pelo equilíbrio das gorduras e da lubrificação dos fios. Todos os alimentos com função de tratamento estético precisam ser consumidos diariamente. Desta forma, os resultados são garantidos. A flacidez nas pernas, braços e bumbum não atrapalham somente o toque, mas também a aparência. O problema pode ser amenizado com uma receita combinada de atividades físicas e alimentos que ajudam na fabricação de colágeno. Nutricionistas informam que o consumo de proteínas, como por exemplo, leite, carne e ovos, está na relação de cuidados que ajudam a rigidez da pele. Além das proteínas, o consumo de frutas secas, chá verde, uvas e até chocolate do tipo amargo ajudam a combater a flacidez. Eles tem alto teor em flavonoides, elementos com poder antioxidante e anti-inflamatório, que combatem os radicais livres e auxiliam na fabricação de colágeno. A cintura perfeita também preocupa as mulheres – elas desejam medidas mais finas. O consumo diário de duas colheres de azeite pode auxiliar a reduzir o acúmulo de gordura na área do abdomen. As gorduras monoinsaturadas existentes do azeite não permitem o acúmulo de gordura nesta região. Além disso, o chá de hortelã, o chá mate e o chá verde também são boas opções. Eles auxiliam o organismo a digerir gorduras e têm efeito termogênico, ajudando na perda de peso. O consumo diário de dois litros de água é recomendado em qualquer época do ano, que aliado com melão, melancia e pêra auxiliam na hidratação do corpo com os sais minerais que os compõem. Vilas Magazine

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SAÚDE

Vinhos do bem Cientistas da USP criam ranking de vinhos de acordo com sua capacidade de proporcionar benefícios à saúde

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ue vinho faz bem para o coração muita gente sabe. Mas como escolher qual garrafa levar para casa considerando apenas os benefícios

da bebida? Cientistas da USP dão pistas nessa direção. Em estudo publicado no periódico “Australian Journal of Grape and Wine Research”, a professora da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da USP Inar Castro e colegas fazem um ranking de vinhos da América do Sul com base na sua funcionalidade. Foram analisadas 666 garrafas de vinhos da Argentina, do Brasil, Chile e Uruguai que custam menos de US$ 50. Metade era 2009 e a outra, com as mesmas marcas, de 2010 – o objetivo era ver se a safra poderia influenciar os resultados, o que não ocorreu. Os primeiros colocados do ranking foram o tannat e o malbec argentinos, praticamente empatados. Depois vêm, nessa ordem, as uvas syrah, carménère, cabernet sauvignon e merlot. As pesquisadoras não divulgam as marcas analisadas. Também é possível olhar para os resultados de acordo com o país. Entre os vinhos de alta funcionalidade, a maioria eram argentinos, seguidos pelos chilenos, brasileiros e uruguaios. A uva campeã não é exatamente uma surpresa. A tannat, como o nome indica, é rica em taninos. “E quanto mais tanino e quanto maior o sabor adstringente, mais potente o efeito para a saúde. Por isso o chá-verde, que é amargo, é rico em antioxidantes”, afirma a nutricionista e bioquímica Lucyanna Kalluf. Para chegar a essa conclusão, as pesquisadoras da USP avaliaram a atividade antioxidante (capacidade de ‘varrer’ os radicais livres

que causam oxidação celular), concentração de substâncias fenólicas (compostos como o resveratrol que têm ação antioxidante e antiinflamatória) e a quantidade de antocianinas (pigmento roxo da família dos flavonoides). “Com base nesses parâmetros, criamos um modelo matemático. Posso pegar qualquer vinho e dizer se ele é de baixa ou alta funcionalidade”, diz Castro. A pesquisadora afirma, porém, que o trabalho tem limitações. “Nosso modelo tem valor preditivo de 96%, então ainda temos 4% de erro.” Kalluf lembra que o trabalho não conseguiu ver uma relação direta entre a quantidade de antocianinas e a capacidade funcional, algo que outros estudos já mostraram. Já para Gustavo Andrade de Paulo, médico gastroenterologista e diretor da Associação Brasileira de Sommeliers (regional São Paulo), a pesquisa usou uma amostra genérica e restrita de vinhos. Ele, porém, elogia a “sacada” de criar esse ranking. “Hoje, com essa geração saúde que pensa nas vantagens de cada ingrediente, uma lista como essa é útil.” Protásio Lemos da Luz, diretor da Unidade Clínica de Arterosclerose do Incor (Instituto do Coração do Hospital das Clínicas da USP), afirma que os benefícios do vinho estão relacionados à proteção do sistema cardiovascular. “A bebida tem efeito vasodilatador, impede a formação de trombos que podem levar ao infarto e aumenta os níveis de HDL, o colesterol ‘bom.” Mas, em geral, quem bebe vinho não busca apenas o benefício que a bebida traz à saúde. “Tem de tomar vinho primeiro porque gosta. Se puder unir a funcionalidade e o sabor, juntamos o melhor dos dois mundos”, diz De Paulo. Mas, afirma ele, do ponto de vista prático, Vilas Magazine

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a diferença entre os benefícios de um e de outro na pesquisa é muito pequena. Portanto, faz mais sentido escolher aquele que agrada mais o paladar. Mariana Versolato / Folhapress.


OPINIÃO

Saúde de quem consome vinho vem do prazer de estilo de vida

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Alexandra Corvo

sforços para entender os benefícios do vinho, convertendo-os em unidades identificáveis e mensuráveis, são inúmeros. Esse último estudo tem algumas armadilhas. Nele, não encontramos um panorama real da relação da origem do vinho e seus elementos funcionais, pois ele trata de poucos países. Assim como a origem, a casta sozinha tampouco é determinante na quantidade de elementos funcionais. O principal fator desconsiderado – e vital – foi o humano. No caso de concen-

tração de polifenóis, ele é essencial, pois, através de controle de rendimentos, o produtor pode, em qualquer país, com qualquer uva, produzir um vinho de alta concentração de polifenóis. Quando o “paradoxo francês” foi explicado, milhares de cidadãos correram para comprar litros de azeite e, assim, obter a saúde dos, mesmo que gordos, franceses. No entanto, o estilo de vida não mudou: continuam estressados, passam horas por dia sentados no escritório e no carro e, muitas vezes, comem suas saladas saudáveis – com azeite de oliva – sentados diante do computador trabalhando. As populações que têm boa saúde – e con-

somem vinho – conseguem isso não pela quantidade de elementos antioxidantes do vinho. A saúde vem, provavelmente, do prazer de seu estilo de vida. Se a saúde dos que tomam vinho dependesse mesmo apenas dessas substâncias isoladas, as pessoas comprariam vinhos em cápsula. E não é assim. No final das contas, a escolha de um vinho se dá pelo seu sabor e pelo aporte cultural, histórico e hedonístico que o vinho traz. ALEXANDRA CORVO foi sommelière nos EUA, na Europa e no Brasil. É proprietária do Ciclo das Vinhas - Escola do Vinho.

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Preguiça

custos: o esforço de se mexer. Se você odo dia, lá pelo fim do dia, ela chesai do sofá ou não depende de quem ga. Você senta para ver televisão fala mais alto e ganha a disputa – seu e, quando os comerciais intercingulado anterior ou o estriado ventral. rompem seu programa favorito, Suzana Herculano-Houzel E com o estriado ventral encharcado de você nota que o controle remoto ficou adenosina, dá para imaginar que a sede lááá longe – e decide que esperar alguns O estado de falta de motivação terá que ser muito grande, e o comercial, minutinhos até o programa voltar não será causado pelo acúmulo de muito ruim para fazer você sair do sofá. tão ruim assim. Então bate a sede, mas Como a adenosina que se acumula é você avalia mentalmente a distância até adenosina afeta a nós todos, um subproduto natural do funcionamento a geladeira – e decide que não está com todos os dias de neurônios e outras células no cérebro, tanta sede assim. Ao menos, nada que não há jeito: a preguiça certamente baterá faça o esforço valer a pena. no final do dia. O que é bom, pois assim você sossega e tem mais Essa é a preguiça, nome comum para um estado cerebral que chances de adormecer. afeta a nós todos, todos os dias, quase que com hora marcada: o Por isso, também, jogar videogames altamente motivadores à estado de falta de motivação causado pelo acúmulo de adenosina noite (ou ler aquele livro de suspense com uma reviravolta a cada no seu sistema de recompensa como resultado das várias horas página) é uma péssima ideia: não há adenosina que chegue para passadas no estado acordado. neutralizar a ação de tanta dopamina. Um dos efeitos da adenosina é bloquear a ação da dopamina, Mas nem toda relutância em se mexer é por preguiça. Estou substância que, no sistema de recompensa, leva à ativação do de férias onde, se quiser, posso ficar o dia todo lendo na rede. Aí a estriado ventral. Esta, por sua vez, dá aquele surto de prazer que, competição é outra: entre o prazer de continuar na rede e o novo quando produzido logo após algo bem feito, serve como recomcandidato a próxima atividade. Geralmente só ganham a cozinha pensa – e, quando obtido só de pensar em fazer alguma coisa, e e o banheiro, ou um joguinho de cartas... logo antes de fazê-la, serve como uma cenoura na ponta da varinha e empurra seu cérebro à ação. SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, professora da UFRJ, O sistema de recompensa, contudo, funciona em paralelo com e apresentadora do programa Cerebrando (cerebrando.net) outro sistema, centrado no córtex cingulado anterior, que avalia

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BELEZA

A trança da moda A meia-tiara de trança embutida é o penteado do momento; aprenda a criar o visual que conquistou a atriz Bruna Marquezine

A publicitária Paula Vedramini exibe o “look” final do penteado, inspirado no cabelo usado pela atriz Bruna Marquezine

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FOTOS: RIVALDO GOMES / FOLHAPRESS

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s tranças estão em alta. E, seguindo as tendências usadas pelas celebridades, o hit do momento é a meia-tiara de trança embutida, que a atriz Bruna Marquezine desfilou na entrevista de lançamento da novela global ‘Em Família’. “Esse penteado dá sensualidade à mulher, independentemente da idade ou da cor das madeixas”, diz o cabeleireiro Cassiano Fabrício, que fez um passo a passo a pedido da Revista da Hora/Vilas Magazine. “O legal é que dá para finalizar com um rabo de cavalo lateral ou um coque, compondo um visual que serve para o dia ou para a noite. A roupa, o acessório e a maquiagem também podem definir o acabamento”, indica Selma Santos, ‘hair stylist’ da Aspa Cosméticos. “Não tem contraindicações, dá para ir para o trabalho ou a um evento mais elegante”, emenda Fabrício. O ‘hair stylist’ conta que qualquer tipo de cabelo permite o penteado. “Mas tem que ter um comprimento mínimo para poder trançar, então, fica melhor quando os fios batem abaixo do ombro”, compara. “Cabelos loiros e ruivos realçam mais o penteado. Castanhos e escuros, que são mais fechados, mão permitem uma visualização tão perfeita da trança, mas ficam bons também”, acrescenta o especialista. Não é preciso escovar as madeixas antes de começar a fazer a trança. “A moda agora é a naturalidade. O ideal é, então, lavar, aplicar um produto para dar certa sustentação e deixar secar”, afirma Selma. “A textura muda, mas todos ficam com um resultado legal”, emenda Fabrício. A publicitária Paula Vendramini, 28 anos, concorda. “Adorei, ficou lindo! Triste é ter que desmanchar o penteado depois”, brinca ela.

1 – Reparta o cabelo ao lado, na altura do meio de uma das sobrancelhas. Selecione três mechas e começe o trançado, passando a parte da esquerda por cima da direita, e a da direita ao centro

Laís Oliveira / Folhapress Vilas Magazine

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2 – O truque da trança embutida é ‘alimentá-la’ com mais cabelo conforme o trançado é feito. Dado o primeiro nó, adicione mais cabelo na mecha da parte da frente e siga com o processo

3 – Faça o mesmo até a região da orelha e finalize com uma trança normal, até a nuca. Prenda com um elástico e faça o mesmo trançado do outro lado da cabeça

4 4 – Feitas as duas tranças, junte todo o cabeçp no lado contrário ao da repartição inicial e faça um rabo de cavalo, fibalizando com um acessório bacana. Se quiser, você pode, ainda, fazer um coque básico, torcendo o cabelo e prendendo com grampos

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BELEZA

Pelos Dourados Para quem quer fugir da dor da depilação ou pretende destacar a pele morena, a descoloração é prática e pode ser feita em casa

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A apresentadora Adriane Galisteu clareia os pelos para destacar o tom moreno de sua pele

ZANONE FRAISSAT / FOLHAPRESS

ma alternativa à incômoda depilação é a descoloração dos pelos, usada por quem não quer sentir dor. “Ela ajuda a disfarçar os pelos do corpo para quem não quer se depilar com lâmina ou cera, métodos que podem causar irritações na pele, pelos encravados e até manchas”, analisa a esteticista Geana Lima. Outro fator positivo é que descolorir os pelos ressalta o tom moreno da pele. “Adoro o contraste dos meus pelos loiros com minha pele bronzeada. Clareá-los faz parte do meu ritual de beleza. Costumo repetir o procedimento a cada 20 dias. Gosto da praticidade de poder fazer isso em minha casa, sem complicações. Considero os outros métodos mais agressivos”, revela a apresentadora Adriane Galisteu. Mas é preciso atenção e cuidado ao realizar o procedimento sozinha. Descolorir o pelo aplicando água oxigenada na pele e ficando no sol é extremamente

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FOTO - Moda 09.09.2013 - Lily Collins. (Foto: Divulgação)

perigoso, pois pode causar manchas e até queimaduras. “A pessoa deve misturar a água oxigenada ao pó descolorante”, ensina Geana. Mesmo com a mistura correta, alguns cuidados são necessários (veja quadro na página ao lado). “Em caso de irritação, lave imediatamente e procure ajuda médica”, alerta a dermatologista Viviane Mendonça. Aplicar o descolorante na virilha, nas axilas e nas regiões íntimas não é recomendado. “Deve ser evitado devido à proximidade com as mucosas, que são muito sensíveis”, alerta Viviane. De acordo com Geana, a história de que descolorir os pelos faz com que eles cresçam mais rápido é mito. “O que ocorre é apenas uma ilusão de ótica, já que pelos dourados parecem mais finos e menores, mas seu crescimento, que normalmente gira em torno de um centímetro ao mês, permanece inalterado”.

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Gabriela Simionato / Folhapress

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Ha sexo casual para as mulheres?

festa e tivemos uma noite deliciosa. ma pesquisa publicada Mirian Goldenberg Ele não ligou no dia seguinte nem na Folha revelou que 51% na semana seguinte nem no mês sedos homens e 56% das As mulheres estão mais livres guinte. Até hoje sofro, sem saber por mulheres brasileiras estão sexualmente, mas sofrem quando que ele sumiu. Como pode ter sido infelizes com a vida sexual. A pesquisa tão importante para mim e não ter mostrou ainda que 24% dos homens suas expectativas românticas tido significado para ele? Não consigo e 40% das mulheres são contra o são frustradas entender a lógica masculina”. sexo casual. É um verdadeiro paradoxo: as Outra pesquisa, realizada nos mulheres estão mais livres sexualmente, tendo mais parceiros, EUA, mostrou que as mulheres são menos propensas a ter orgasbuscando o próprio prazer. No entanto, elas continuam sofrendo mos no sexo casual: 74% afirmaram ter orgasmos em um relacionae se sentindo rejeitadas quando suas expectativas românticas mento sério, mas apenas 42% disseram chegar ao orgasmo no sexo são frustradas. O fato de serem mais livres não significa que elas casual. Já 80% dos homens afirmaram ter orgasmo no sexo casual. perderam o desejo de serem especiais. Uma das explicações para esta disparidade seria o fato de os Uma jornalista de 45 anos disse: “Já transei com muitos homens se preocuparem muito menos em satisfazer os desejos homens, mas não consigo entender quando um cara some sem femininos quando o sexo é casual. explicação. Me sinto rejeitada, sem saber onde errei. Por mais Outra razão seria a dificuldade feminina de falar sobre seus livre que eu seja, fico com a expectativa de que ele perceba que desejos sexuais. Elas se sentiriam inseguras para revelar suas não foi só uma transa como outra qualquer, que foi algo diferente”. vontades em uma relação sem compromisso. Será que o sexo casual só funciona para os homens? Acredito que a principal razão é a diferença de expectativas entre os gêneros. Muitas mulheres, mesmo as mais modernas, continuam esperando o telefonema deles no dia seguinte, mosMIRIAN GOLDENBERG antropóloga, professora da Universidade trando que o sexo, para elas, não é tão casual assim. Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” Uma professora de 32 anos contou: “Conheci um rapaz em uma (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br

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VIVER BEM

Fique atento a sinais para saber se seu filho não enxerga bem Apertar os olhos e reclamar de dor de cabeça são alguns indícios de quem tem problema na vista

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e o seu filho tem entre cinco e seis anos ou começa a ser alfabetizado neste ano, procure levá-lo ao oftalmologista o quanto antes. Problemas de visão podem atrapalhar a aprendizagem e até levar a mudanças no comportamento. “A criança não sabe dizer que tem um problema, ela não tem parâmetro. Para ela, a forma como enxerga é normal. Mas na escola ela pode ter dificuldade”, diz a oftalmologista Amaryllis Avakian, chefe do setor de catarata do Hospital das Clínicas de São Paulo. Mas há sinais que podem indicar que seu filho tem algum problema na vista. “Pouca gente percebe antes dos cinco anos que a

criança tem hipermetropia [não enxerga de perto] e o mundo da criança nesta fase é ‘para perto’, afirma a oftalmologista Erika Silvino Rodrigues. Por isso, ressaltam as médicas, é importante observar se a criança fica muito perto da televisão, se traz para perto do rosto aparelhos eletrônicos de jogos e livros e se ela evita brincadeiras como pega-pega. OUTROS SINAIS Fique alerta também para olhos que lacrimejam com frequência ou se a criança tem muita sensibilidade à claridade. “É fundamental que as primeiras consultas oftalmológicas da criança ocorram assim que se suspeitar de alguma anormalidade”, afirma Amaryllis. Quando ela já está na escola, conte também com a ajuda dos professores. Os adultos que cuidam da criança precisam estar atentos ao desenvolvimento dela na escola. Fique atento a queixas dela. “Criança que reclama de dor de cabeça, não pode bobear.

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Se está na dúvida, é melhor levá-la ao médico”, ressalta Erika. Se na consulta não foi detectado nenhum problema, o retorno deve ser feito a cada dois anos. Bárbara Souza / Folhapress

Ideal é ir ao oftalmologista até os 3 anos

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ideal, afirmam os especialistas, é levar a criança ao oftalmologista antes de ela começar a ir à escola. “A gente sugere entre dois e três anos”, afirma a oftalmologista Erika Silvino Rodrigues. Ela lembra ainda que, ao nascer, toda criança tem de fazer o exame do olhinho, previsto em lei. “Ele detecta e já previne algumas doenças”, diz.


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VIVER BEM

Noites maldormidas podem causar riscos e danos à saúde Além de irritabilidade e fraqueza durante o dia, a insônia crônica pode levar a doenças graves, como diabetes

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uem dorme mal, com frequência fica irritado e sente fraqueza durante o dia, além de ter um risco maior de desenvolver uma série de doenças graves. Segundo neurologistas, isso ocorre por causa da diminuição dos níveis de uma série de hormônios fundamentais para várias funções do organismo, que são produzidos enquanto dormimos. Um dos problemas decorrentes da insônia crônica, caracterizada por noites maldormidas por mais de quatro semanas seguidas, é o envelhecimento da pele. “Esse aspecto envelhecido da pele se deve à baixa produção do hormônio GH, que se dá à noite e tem como uma das funções manter a boa aparência da nossa pele”, explica o neurologista Shigueo Yonekura, do Instituto

de Medicina & Sono. Até mesmo doenças graves, como diabetes e hipertensão arterial, podem estar associadas à insônia crônica. De acordo com o neurologista Flávio Sallem, do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP, esses problemas decorrem da diminuição da produção do ACTH, hormônio ligado à captação da glicose pelas células e que diminui o risco de formação de placas de colesterol nos vasos sanguíneos. A importância de se dormir bem é ainda maior para pacientes que, além da insônia, possuem problemas mais graves, que às vezes ocorrem junto com ela, como a obesidade e o vício em cigarro. “A insônia por si só não causa muitos

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problemas. Ela é só um fator de risco. Mas, quando ocorre juntamente com outras doenças, é preocupante”, diz Sallem. HIGIENE DO SONO Dormir bem é um hábito de quem tem o que os neurologistas chamam de uma boa higiene do sono. Entre as recomendações estão ter horários regulares para dormir e acordar e não levar os problemas para a cama. Léo Arcoverde / Folhapress


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FAMÍLIA

Tão forte quanto a emoção do casamento, é o estresse que acontece antes

Estresse pré-nupcial

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DIVULGAÇÃO

efinição da roupa dos nubentes, dos convidados, verificar todos os detalhes da cerimônia, escolher a maquiagem e o cabelo... Nossa! A preparação de um casamento é tão extensa que as pessoas envolvidas neste evento tão especial chegam a perder o fôlego. E quanto mais próximo está o dia especial, mais aumenta o nervosismo e a ansiedade. É noiva chorando, noivo nervoso, familiares preocupados... Todos enlouqueceram? Não. É a tensão pré-nupcial que contagia todos os participantes. Gustavo Alencar está sentindo o que é o estresse pré-nupcial. A pouco tempo do seu casamento, ele diz que essa proximidade deixa não só a noiva sem controle, mas ele também. “Estou tão nervoso que já entreguei convite errado, e até engordei. O terno ficou pequeno!”, diz ele. O estresse está tão forte que o casal chega a discutir detalhes da cerimônia. Marluce Loureiro, viveu essa experiência. Casada há pouco tempo, ela lembra o nervosismo que passou nos meses antes do casamento. “Ocorreram problemas com os preparativos, especialmente porque erramos na escolha do dia e demoramos para entrar em contato com as pessoas. Isso provocou um desgaste muito grande entre todos das famílias. Muitas vezes achei que ia dar tudo errado”, relata. Mesmo depois de tudo acertado, ela ainda sofria com o estresse pré-nupcial. “Tinha crises fortíssimas. Ficava impaciente, nervosíssima, muito sensível. A ansiedade era tamanha que comi todas as minhas unhas e tive alergias. Um dia antes de casar, descobri que tinha anemia”, lembra. Segundo os psicólogos, apesar desse estresse acabar sendo passado para o casal envolvido no evento, é realmente a mulher que sofre mais. Para elas, a expectativa sobre essa data é muito grande, desgasta demais, já que, além de muitos detalhes, a realização deste sonho precisa ser o mais perfeito que puder. Inclui-se ainda o fato dos noivos, após o casamento, tornarem-se independentes. A saída da casa dos pais e o começo de muitas responsabilidades geram ansiedades para a Vilas Magazine

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ALGUMAS DICAS PARA COMBATER A SÍNDROME DA TPN nova família. Enquanto o noivo se preocupa mais com o lado financeiro do casamento, a noiva concentra suas atenções na busca de que tudo se torne o mais real do que ela imaginou. Se ela entender que, no casamento ideal as rosas precisem ser brancas, vai fazer o máximo para concretizar isso. Normalmente a mulher se preocupa com os pequenos detalhes e com a beleza da cerimônia. Profissionais que atuam no segmento destacam que, de todos os itens que trazem preocupações no dia do casamento, o vestido ganha disparado. Tanto faz que seja o da noiva quanto os das convidadas. É o que mais incomoda as mulheres, já que é um dia muito importante para elas e a expectativa no vestido é muito forte. É como se a casamento fosse um espetáculo e a noiva, a grande celebridade. Preparar o vestido é de uma responsabilidade enorme, mais até do que muitos outros itens do casamento. Se a noiva não se sentir lindíssima, é um fracasso. A ansiedade aumenta ainda mais porque o vestido em geral costuma ficar pronto na semana do casamento. A noiva não visualiza direito como ficará vestida até o momento em que veste. A felicidade de provar o vestido é tão forte que muitas mulheres começam a chorar, já que se veem como noivas realmente. São muitas as histórias vividas. Profissionais do segmento afirmam que já presenciaram casais discutindo, pessoas caindo no ensaio e aparecerem mancando na igreja, noivas desmaiando... Mas eles garantem que os convidados não conseguem perceber essas gafes. Um dos grandes sintomas do estresse pré-nupcial é a mudança de peso e apetite dos noivos. Alguns noivos engordam muito, enquanto a tendência normal das noivas é perder peso. Devido a grande ansiedade passam a não se alimentar coretamente. Isso ocorre principalmente nas últimas semanas e no dia. Algumas pessoas não passam bem pois não comem nada o dia todo e, no momento da festa, bebem com o estômago vazio. Entre tantas histórias, vale a de uma noiva que ‘correu’ logo que começou a festa. Ela estava zangada com o seu vestido, que, segundo ela, não estava bem feito. Simplesmente foi embora da festa e só retornou quase no final. Marluce também quis sair correndo no dia do casamento. “Logo que vi todas aquelas

ATIVIDADES FÍSICAS Toda noiva deseja estar belíssima no momento do ‘sim’, mas com tantos detalhes a serem verificados, não fica fácil achar tempo para tratar do corpo. É normal que elas passem por dietas rápidas antes de casar, mas isso gera um estresse desnecessário. A melhor maneira para não ganhar peso é fazer uma combinação de uma alimentação equilibrada com exercícios físicos constantemente. Além das vantagens que proporciona ao corpo, fazer atividades físicas funciona como um eficaz tratamento antiestresse para quem vai casar. As atividades mais recomendadas são as aeróbicas, como por exemplo caminhar, andar de bicicleta e correr por mais de 30 minutos. São atividades que liberam endorfina e controlam a neurotransmissão de serotonina, diminuindo os sinais da ansiedade. ALIMENTAÇÃO CORRETA Comer corretamente pode ser um medicamento bastante eficaz para se prevenir do estresse e da ansiedade. Determinados alimentos auxiliam no combate a esses dois fatores: para a ansiedade, são recomendados sardinha, ovo, arroz integral, salmão, feijão, lentilha, espinafre, banana, azeite, linhaça, laranja, maracujá, leite desnatado e derivados sem gordura, chás de camomila e erva cidreira. Já para combater o estresse, os alimentos indicados são chá verde, suco de uva integral, abacate, castanhas, nozes, amêndoa, pescados, vegetais de folhas escuras e soja. Nessas duas situações, é preciso evitar alimentos como café, chocolate e refrigerantes, que são estimulantes. RESPIRAÇÃO Respirar e relaxar de forma correta auxilia no alívio dos sintomas da ansiedade. A música pode ajudar para aumentar a potencialidade. A prática mais indicada às mulheres que sofrem de estresse nesta fase é a yoga. O essencial é garantir a felicidade dos noivos no decorrer dos anos. BOM SONO Ter um bom sono também está associado ao estresse e à ansiedade, por isso, o mais recomendado é que a noiva durma cerca de oito horas diariamente. A alimentação balanceada e as atividades regulares também ajudam de forma direta na melhoria da qualidade do sono.

pessoas na igreja, pensei que ia desmaiar. Já estava muito nervosa e, naquela hora, as emoções todas afloraram. Me deu uma vontade de fugir dali, sei lá. Coitado do meu noivo...”, brinca Marluce, que se controlou e aprovei-

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tou o restante da noite. “Depois, lógico, tudo correu tranquilamente. Ele compreendeu que estava muito nervosa no dia e fez tudo para me tranquilizar. Então percebi que estava fazendo a coisa correta”, relata.


LIVROS

Obra de Huxley ganha novas edições Admirável Mundo Novo, Contraponto e Contos Escolhidos são os primeiros de 15 títulos do escritor inglês lançados pela Biblioteca Azul

Admirável Mundo Novo

Contraponto

como numa sinfonia, é possível ir discernindo cada uma das pequenas melodias que a compõem. Tradução: Erico Veríssimo, Leonel Vallandro. 688 páginas. Preço sugerido: R$ 59,90.

Contos Escolhidos

U

ma sociedade inteiramente organizada segundo princípios científicos. Um mundo de pessoas programadas em laboratório, e adestradas para cumprir seu papel numa sociedade de castas biologicamente definidas. Um mundo no qual a literatura, a música e o cinema só têm a função de solidificar o espírito de conformismo. Essa é a visão desenvolvida no clarividente romance distópico de Aldous Huxley, que ao lado de ‘1984’, de George Orwell, constituem os exemplos mais marcantes, na esfera literária, da tematização de estados autoritários. Em Huxley o objeto é a sociedade capitalista, industrial e tecnológica, em que a racionalidade se tornou a nova religião, em que a ciência é o novo ídolo, um mundo no qual a experiência do sujeito não parece mais fazer nenhum sentido, e no qual a obra de Shakespeare adquire tons revolucionários. Tradução: Lino Vallandro, Vidal Serrano. 312 páginas. Preço sugerido: R$ 39,90.

C

ontraponto surpreenderá o leitor que espera outra ficção científica de Aldous Huxley, ou um mundo tecnologicamente distante do nosso. Entretanto, confirmará vários dos elementos que estão em Admirável Mundo Novo, e que foram tão caros ao autor: o desencontro entre as pessoas, a frieza nas relações, a dificuldade de expressão, e o mundo avassalador que incita os homens, e os afastam. Afora o cenário árido dos sentimentos, sempre a mesma esperança de Huxley, um tanto melancólica, de que as pessoas, finalmente, se encontrem. Contraponto é um mosaico de personagens, agrupados em núcleos, que vão de uma aristocracia decadente a ricos emergentes na sociedade inglesa do início do século 20. E, neste cenário, abre-se todo espaço para que Huxley, a partir das relações entre as personagens, teça como que um grande ensaio sobre os valores morais e éticos, a ciência, a religião, a arte. Cada um desses elementos é personificado por uma ou mais personagens, e Vilas Magazine

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por si, mas também reconhecemos neles a semente daquilo que, nos romances posteriores, iria caracterizar o típico narrador huxleyano: a crítica à afetação intelectual da elite inglesa e a exposição do tédio e do vazio de uma vida desprovida de sentido prático em tempos difíceis. A grandeza de Huxley, nesses breves contos, está na denúncia ao mesmo tempo trágica e irônica da pequenez do esnobismo elitista e vulgar de seus contemporâneos, e na firme convicção de que a cultura deve sempre criticar a si mesma, se não quiser ser reduzida a mera conversa de salão. Tradução: Eliana Sabino. 548 páginas. Preço sugerido: R$ 59,90.

Lançamento literário

M

estre da “narrativa de ideias”, Aldous Huxley retratou, com o rigor ferino do humor britânico, a comicidade involuntária da tragédia de seus personagens, atordoados na agitação desesperada dos “loucos anos 1920”. Nesse período, Huxley publicou cinco livros de contos e novelas, seus primeiros quatro romances, além de vários volumes de ensaios, críticas e relatos de viagem. Três décadas e outra guerra depois, tendo trocada a velha Inglaterra pelos Estados Unidos e abandonado a narrativa curta para se dedicar aos experimentos filosóficos e aos romances, foi convencido a reunir seus melhores contos em um único volume. O resultado da escolha gerou o livro que o leitor tem em mãos, publicado pela primeira vez em 1857. Os vinte e um contos valem

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Dia 12, a editora Novo Século e a Livraria Saraiva promovem noite de autógrafo e lançamento do primeiro tomo da Trilogia Calicute: A Casa de Avis, do escritor Marcelo Mússuri, a partir das 19 horas, no espaço cultural da livraria, no Salvador Shopping. Marcelo é carioca, radicado na Bahia, pai de quatro filhos e apaixonado por história militar desde a infância. Baseado em uma história real e com um elenco notável de personagens, A Casa de Avis é um retrato empolgante da era de ouro das grandes navegações. O escritor e a esposa, Juliana


Tradutor faz boas escolhas para Shakespeare Primeira versão poética em português de ‘Vênus e Adônis’ aproxima leitor da sensação de ler o texto original Paulo Henriques Britto Especial para a Folhapress

“V

ênus e Adônis”, poema narrativo de 1.194 versos, foi a primeira obra publicada por Shakespeare. Como em quase todas as suas criações, aqui o poeta parte de uma fonte anterior – o livro dez das “Metamorfoses” de Ovídio – porém faz uma alteração importante no enredo original: ao contrário do que se passa no poema latino, em Shakespeare o jovem caçador Adônis não sucumbe à sedução da deusa do amor, por mais que ela utilize seus recursos retóricos, louvando a beleza incomparável do mortal. Fora essa curiosa inversão – é a fêmea que tenta seduzir o macho, e é a beleza deste, e não a daquela que é louvada – “Vênus e Adônis” pode parecer hoje um poema um tanto convencional, principalmente se comparado com as obras posteriores de Shakespeare. Porém em seu tempo foi um verdadeiro best-seller, com mais de 16 edições em menos de 50 anos. No prefácio desta excelente tradução de Alípio Correia de Franca Neto, Ivo Barroso observa que o tradutor mantém não só o esquema de rimas do original como também a contagem de sílabas, utilizando o decassílabo, o metro português que mais se aproxima do pentâmetro jâmbico inglês. Como se sabe, as palavras inglesas tendem a ser mais curtas que as portuguesas. Assim, se o tradutor opta por manter o número de sílabas em vez de utilizar um metro mais largo – como, por exemplo, o dodecassílabo alexandrino – ele é forçado a recorrer a uma de duas estratégias básicas. A primeira é efetuar cortes seletivos no plano semântico-lexical: suprimir um adjetivo aqui, simplificar uma estrutura verbal ali; desse modo o tradutor se atém ao que há de mais importante no âmbito do significado, mantendo uma sintaxe mais natural e evitando contrações fonéticas radicais. A segunda estratégia é a oposta: fazer um mínimo de omissões, mesmo que isso

implique mais inversões sintáticas e reduções no plano sonoro, comprimindo várias vogais numa única sílaba. Quando é importante manter um tom mais natural – como, no caso de Shakespeare, se dá na tradução de uma peça, em que os versos são falas, ou nos “Sonetos”, em que o poeta muitas vezes dialoga com um interlocutor e zomba das convenções petrarquianas- a primeira estratégia é recomendada. Mas em se tratando de um poema classicizante como “Vênus e Adônis”, onde se esperam uma sintaxe mais artificial e muitas sinéreses (transformações de um hiato em ditongo) e sinalefas (fusões da vogal final de uma palavra com a inicial da palavra seguinte), a segunda estratégia – a usada por Alípio- é talvez a mais indicada. Há também outra justificativa para a sua escolha: sendo esta a primeira tradução poética do “Vênus e Adônis” a ser publicada entre nós, são necessárias copiosas notas explicativas, muitas das quais se tornariam irrelevantes para o texto traduzido se o tradutor tivesse optado por suprimir material semântico. Mesmo assim, as inversões sintáticas aqui realizadas quase nunca têm o efeito de dificul-

tar a compreensão do texto mais do que seria de esperar num poema português do século 16. Quanto às contrações fonéticas, ainda que no início do poema o leitor possa achar forçadas algumas das fusões de sílabas, no decorrer da leitura o ouvido vai se acostumando com tais licenças e termina por aceitá-las como uma convenção como outra qualquer. Facilita essa aceitação o fato de que em cada página nos deparamos com ao menos uma solução brilhante. Citarei apenas dois exemplos da maestria do tradutor: “Feliz falência, que em perder prospera!” (v. 466) e “Ela, temendo, freme, treme até” (v. 880). O leitor deste “Vênus e Adônis” pode estar certo de que está tendo, em português, uma experiência bem próxima à da leitura do original inglês – o que é o maior elogio que se pode fazer a uma tradução de poesia. PAULO HENRIQUES BRITTO é poeta, ensaísta e professor na PUC-Rio.

VÊNUS E ADÔNIS AUTOR William Shakespeare TRADUÇÃO Alípio Correia de Franca Neto EDITORA Leya QUANTO R$ 39,90 (176 págs.) AVALIAÇÃO ótimo ILUSTRAÇÃO DE BERNARDO FRANÇA

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Janelas Abertas de qualquer coisa iria vasculhar o quarto e que se devia evitar precipitações. Foi à solenidade e no domingo passou o dia inteiro revirando o quarto. Tirou tudo do lugar, não deixando nada sem exame. Aproveitou para fazer descartes, faxina e arrumação, mas não encontrou o anel. Fazer o quê? Entre tantas sugestões e especulações decidiu ouvir o amigo perito criminal, que, após algumas considerações, lhe recomendou procurar a delegacia mais perto para registrar a ocorrência. Indagada, disse que na casa trabalhavam três pessoas: Luana, Vilma e Edneia, a cuidadora da mãe, mas que não tinha suspeito a indicar. Registro feito, ela foi encaminhada ao Serviço de Investigação, de onde saiu com pedido de comparecimento a ser entregue a cada uma das trabalhadoras, para prestar esclarecimentos. Puro constrangimento. A cabeça não parava de doer. Chegou em casa angustiada. Neste dia, só Luana se achava em casa e foi por ela que começou. Contou o fato ressaltando que não suspeitava de ninguém, mas que se vira obrigada a tomar providências, inclusivea entrega da caixa à polícia para exame das impressões digitais. Por ela, teria largado pra lá, seguindo o princípio de que é preferível deixar um culpado sem punição a punir um inocente. Este seria o preço que pagaria pela dependência que tinha dos serviços alheios. Contudo o anel não lhe pertencia, era relíquia de família, era dos filhos e convinha eliminar (ao menos, tentar) desconfianças infundadas, evitar injustiças... Pior que a perda da jóia era o mal-estar criado. Gostaria de ter falado com as três ao mesmo tempo, contudo tivera de repetir a mesma coisa por mais duas vezes: para Vilma na quarta-feira, no seu retorno da folga e depois para Edneia, que tendo adoecido no domingo, só voltou ao trabalho na quinta-feira. Parecera bem ao chegar, mas na hora de dormir disse ter receio de ficar no mesmo quarto da idosa por estar gripada. Naquele domingo à noite, quando falava ao telefone com a nora a respeito do sumiço do anel, Maria Luiza teve impressão de que alguém pegara a extensão, mas não podia garantir, como nada concluíra da reação das três. Edneia indagou se a prima não teria colocado o anel em outro lugar, no quarto da mãe, por exemplo. Ela disse estar segura que não... Pouco depois, a cuidadora subiu ao quarto da dona da casa, pedindo licença para revistar o guarda-roupa, afirmando que a jóia estava lá, numa gaveta. – Meu guarda-roupa não tem gavetas... – Mas com certeza está aí. Telefonei para uma vidente e ela me disse que está no guarda-roupa, se não em gaveta, dentro de algo parecido, permita que eu veja juntamente com Vilma... Vamos resolver logo isto para todo mundo ir dormir em paz. Se puseram a tirar as coisas do móvel e a escarafunchar: Edneia de um lado e Vilma do outro, Maria Luiza no computador de costas para as duas. Não demorou e Edneia sacou uma caixinha com o anel, de um organizador com roupas de pouco uso... Agora, ao lembrar do caso, todos nós, cada qual com um anseio, de novo suspiramos por conhecer a tão eficiente vidente de Edneia.

GILKA BANDEIRA

A vidente de Edneia

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noite de lua cheia era daquelas em que dá pena ficar debaixo de telhados. Colocamos as cadeiras no gramado sem iluminação e ficamos sob os eflúvios do luar a bater papo, como antigamente se usava fazer antes que os eletrônicos nos roubasse a convivência. Felizmente, aqui em casa ainda praticamos bastante a arte da conversação. Estávamos, pois, em mais uma destas práticas, falando de estrelas, do cosmo, de livros lidos, poesia, lobisomens, aventuras, infância, músicas, filmes do tempo em que tinham diálogos sutis, bastante lirismo e os espectadores, mais inteligentes e sensíveis, não precisavam de tanta explicitação, tantos efeitos especiais, tanto sangue e barulho... E no compasso da tertúlia, lá vou eu emendando um assunto noutro... Voltando ao caso. Estávamos nisto quando vó Maricota veio lá de dentro, perguntando se um de nós tinha visto onde ela botara o relógio. Havia tirado do braço para lavar os pratos e não estava achando-o. “Não sei mais onde procurar”, ela disse e o grupo se manifestou: – Apele pra São Longuinho. – Melhor Santo Antônio. – Santo Antônio? Ele não é o casamenteiro? – Mas também é um grande achador de coisas perdidas... – Melhor mesmo é recorrer a vidente de Edneia. Aí todos riram às gargalhadas, lembrando-se do caso recentemente ocorrido com a prima Maria Luiza... No sábado, estando pronta para ir à formatura do futuro genro, resolveu colocar o anel de brilhante, a única joia de valor que possuía. Nunca se dera ao trabalho de avaliá-lo, mas pela antiguidade, tamanho e brilho do diamante devia valer o que ela jamais poderia pagar. Porém, maior que o preço, fosse qual fosse, era o que representava. Ganhara da avó do ex-marido quando se casara e logo seria da filha. A prima, assim como eu, não se liga em bens materiais, recebera o anel como demonstração de acolhimento da família na qual entrava, sendo um legado a retransmitir, um elo de linhagem. Não era a dona do anel, era apenas guardiã e só o usava em ocasiões especiais. Decidida a usá-lo, foi ao guarda-roupa, direto à caixa artesanal onde o guardava dentro de outra caixinha. Mas o anel não estava lá... Procurou noutras caixas, nos porta-joias só com bijuterias, e nada. Ao perguntar a filha, se por acaso ela havia visto o anel, o mundo veio abaixo! A jovem não queria crer, não se conformava com a perda do anel. Joias não andam e se o anel não estava ali, alguém o havia pegado. Na casa não entrava estranhos, sobretudo no quarto do andar superior. Vieram as conjecturas. Maria Luiza pediu calma, dizendo que antes

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l SAÚDE & BEM-ESTAR . .........................................52 a 76

l FACILIDADES & SERVIÇOS...................................90 a 123

l GASTRONOMIA.....................................................77 a 83

l AUTO & CIA........................................................124 a 127

l FESTAS....................................................................84 a 88

TRIBUNA DO LEITOR.............................................128 a 130

l MODA.............................................................................89

TÁBUA DAS MARÉS / FASES DA LUA...............................131

AVISOS & EDITAIS CONVITE

POLÍTICA AMBIENTAL

ASSEMBLEIA GERAL A SALVA convida todos os associados e moradores para a Assembleia Geral, a realizar-se no dia 10/03/2014 (segunda feira), às 20 horas, no Villas Tênis Clube, com a presença do prefeito de Lauro de Freitas, dr. Márcio Paiva, que apresentará à comunidade o projeto de requalificação da orla de Vilas do Atlântico e justificará o aumento do IPTU. COMPAREÇA. A sua participação é fundamental para a conquista de melhorias no nosso loteamento.

A DELFIN FÁRMACOS E DERIVADOS LTDA, inscrita no CNPJ Nº 10.862.313/0001-02, situada na Rua Jackson Bueno, 817, bairro Pitangueiras – Lauro de Freitas - Bahia, na busca da melhoria contínua das ações voltadas para o meio ambiente, assegura que está comprometida em. l Atender à legislação ambiental vigente e demais requisitos subscritos pela organização; l Produzir de forma adequada para evitar o desperdício e a geração de resíduo na fonte;

PEDIDO DE LICENÇA OPERAÇÃO

l Implantar o sistema de gestão contínuo para monitorar o sistema operacional da empresa; l Capacitar seus colaboradores, para que atue de

DELFIN FÁRMACOS E DERIVADOS LTDA, inscrita no CNPJ Nº 10.862.313/0001-02, torna público que está requerendo a SMARH – Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos a Licença de Operação para produção de Radiofármacos de meia vida física curta, objeto da licença, localizada na Rua Jackson Bueno, 817 bairro Pitangueiras – Lauro de Freitas - Ba. Daniel Coiro da Silva Diretor Técnico

forma responsável e consciente com o meio ambiente. A DIREÇÃO

SMARH

Publique aqui os editais de sua empresa. Prestigie o veículo da sua região. Ligue 3379-2439 ou 3379-2206 Vilas Magazine

Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas

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Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos


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OFTALMOLOGIA

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OFTALMOLOGIA

OFTALMOLOGIA

ONCOLOGIA

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OTORRINO

OTORRINO

OTORRINO

DOR DE OUVIDO | RINITE | SINUSITE RONCO | DOR DE GARGANTA CORPO CLÍNICO QUALIFICADO Drª Karina Rebello Brandão Villas-Bôas, CRM 12804-BA - Diretora Médica

Drª Lislane Dias, CRM 17063-BA Drª Luciana dos Reis Mascarenhas, CRM 13227-BA Dr. Carlos Roberto Ribeiro Navarro, CRM 14563-BA

PRINCIPAS EXAMES Video Endoscopia Nasal | Video Faringolaringoscopia Video Endoscopia Naso-faríngea Para Avaliação Da Deglutição Audiometria Tonal, Audiometria Vocal | Srt | Imitância Acústica Ou Impedanciometria | Otoemissões Acústicas Ou "Teste Da Orelhinha" Tipo Produtos De Distorção | Vectoeletronistagmografia | Fonoterapia

OBS: Todos os médicos fazem parte da unidade de otorrino do Hospital Santa Izabel

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PILATES

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PLANOS DE SAร DE

PODOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

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PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOTERAPIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOPEDAGOGIA

PSICOTERAPIA

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PSICOTERAPIA

PSIQUIATRIA

PSIQUIATRIA

TERAPIA

UROLOGIA

ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, a revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que comprovadamente causem ou tragam constrangimentos ao consumidor ou a empresas.

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I

O rei das frutas

excelente para quem quer emagrecer, pois mponente, o abacaxi já sai da terra com sua tem efeito diurético, diminui a retenção de coroa e cheiro familiar que ativa o paladar líquidos”, enumera a consultora em nutrição à distância. Seu sabor não deixa a desejar: Rico em bromelina, poderosa Paula Fernandes Castilho, que contabiliza 52 o gosto azedinho e adocicado dá água na calorias para cada 100 g da fruta. boca antes mesmo de provar. “O tipo pérola é enzima digestiva, o abacaxi Porém, as profissionais alertam que o mais doce e menos ácido do que o havaí. Então, honra a sua coroa: rico em consumo deve ser moderado. “Ele é bem é o mais indicado para o preparo de receitas”, vitaminas, é um poderoso ácido. Então, o melhor é evitar comê-lo em compara a nutricionista Fabiana Albanesi. “Nujejum, a não ser que seja com outros alimentricionalmente, há pouca diferença”, diz. anti-oxidante tos”, adverte Fabiana. “Pessoas que sofrem Todos os abacaxis são ricos em vitamina A, de refluxo gástrico, úlceras pépticas ou duodenais e gastrite devem boa para a pele, o cabelo e as unhas; vitamina C, anti-oxidante natural restringir ainda mais o consumo”, complementa Paula. que ajuda a fortalecer o sistema imunológico; vitamina B1, também Ótima opção para depois de um churrasco ou feijoada, o abacaxi boa para o sistema imunológico; magnésio, que regula a atividade é ingrediente que dá toque final a receitas como as escolhidas abaixo. muscular do coração; e fibras, que auxiliam no bom funcionamento E, na hora de escolher a fruta, vale o macete de puxar as folhas da do intestino. “Outro destaque é a enzima bromelina, que promove a coroa, que denunciam quando o abacaxi está maduro, caso saiam quebra das proteínas e facilita a digestão”, ressalta. com facilidade. E não pára por aí. “O abacaxi também ajuda a controlar os níveis de colesterol, triglicérides, glicemia e pressão arterial, além de ser Laís Oliveira / Folhapress DIVULGAÇÃO

Salpicão de atum com abacaxi INGREDIENTES 2 latas de atum; 2 latas de seleta de legumes; 1 xícara (chá) de abacaxi em calda; 2 maçãs do tipo fuji; 1 xícara (chá) de uvas passas pretas; 1/2 xícara (chá) de erva-doce; 1/2 xícara (chá) de salsão; 1/2 xícara (chá) de salsinha; 4 colheres (sopa) de azeite; 1 dente de alho; Suco de um limão pequeno; 4 colheres (sopa) de maionese; Sal e orégano a gosto. MODO DE PREPARO Escorra o atum e a seleta de legumes e os coloque em uma travessa grande. Retire o abacaxi em calda da lata, corte as frutas e as coloque no mesmo recipiente. Descasque as maçãs, pique em pedacinhos e adicione. Em um outro pote, coloque o alho picado e misture com o azeite, o suco do limão, o orégano, o sal e a maionese. Mexa tudo e adicione o tempero à travessa grande com os outros alimentos. Misture delicadamente. Crédito da receita: Abeaço (Associação Brasileira de Embalagem de Aço)

DIVULGAÇÃO

Salmão grelhado com abacaxi, camarões e shimeji INGREDIENTES 200 g de salmão; 160 g de abacaxi; Sal a gosto; Pimenta branca moída; 150 g de shimeji; 50 ml de shoyu; 20 ml de saquê seco; 20 g de manteiga sem sal; 5 camarões rosa grandes; Óleo de soja para grelhar. MODO DE PREPARO Corte o salmão e o abacaxi com um cortador redondo. Tempere o salmão com o sal e a pimenta branca e grelhe em uma frigideira com óleo quente. Reserve. Separadamente, grelhe o abacaxi. Em uma outra panela, refogue o shimeji na manteiga, acrescente o saquê seco e, por último, coloque o shoyu. Tempere os camarões limpos com sal e pimenta e frite. Para servir, disponha uma fatia de abacaxi, o salmão por cima, os camarões em volta e o shimeji ao lado. Crédito da receita: chef Lucien Taira (www.nasai.com.br)

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AÇAÍ

AÇOUGUE

ALIMENTOS CONGELADOS

CESTAS DE CAFÉ

CULINÁRIA ORIENTAL

DOCES & SALGADOS

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DOCES & SALGADOS

DOCES & SALGADOS

DELIVERY 071 3379 - 4477 Av. Praia de Itapoan - Vilas do Atlântico

DOCES & SALGADOS

LANCHES

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PASTELARIA

PICOLร

PIZZARIA

PIZZARIA

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PIZZARIA

PIZZARIA

PIZZARIA

PIZZARIA

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PIZZARIA

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RESTAURANTE

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RESTAURANTE

RESTAURANTE

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ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE MATERIAL

ALUGUEL DE Mテ天EIS

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BUFFET

BUFFET

BUFFET

BUFFET

DJ

DJ

DJ

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DJ

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

GARÇOM

MESAS & CADEIRAS

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MESAS & CADEIRAS

MESAS & CADEIRAS

MESAS & CADEIRAS

PERSONALIZAÇÃO

PERSONALIZAÇÃO

ROSKAS

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SONORIZAÇÃO

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MÚSICA AO VIVO


A

Sempre Liso

escova progressiva foi xampus sem sal e fugir da água a grande invenção da do mar e da piscina. “Sal e cloro década para quem gosabrem a cutícula que acabou de DIVULGAÇÃO ta de madeixas lisas, ser fechada com o tratamento mas não quer radicalizar e fazer e ressecam o cabelo”, explica um tratamento permanente. “A Toninha Nunes. técnica alisa o cabelo e diminui Com alguns cuidados, é poso volume dos fios progressivasível evitar os efeitos negativos. mente, conforme o número de aplicações que se faz”, descreve Quem se sente mais bela com o cabeleireiro Cris Moreno, venmadeixas lisas e fez progressiva cedor da última temporada do deve ter cuidados especiais com ‘Desafio da Beleza’ (GNT). os fios, como evitar água do mar “Independentemente do ou piscina e usar xampus sem sal nome, todas possuem a mesma ação. O produto entra nos fios, “É importante passar protetor atravessa a cutícula até chegar solar nos cabelos e, ao sair do na queratina, muda toda a estrumar, lavar os fios com água doce”, tura dos fios, deixando-os retos O cabelo com escova progressiva precisa indica Alves, que ainda sugere e enrijecidos, além de criar uma hidratação uma vez por semana. de cuidados especiais para continuar bonito; espécie de capa sobre eles”, com“Máscaras à base de vitaminas aprenda dicas com os especialistas plementa o cabeleireiro Junior e queratina prolongam o efeito Alves, um dos apresentadores do ‘Ser Mulher’ (Fox Life). liso”, indica Moreno. Mas não é tudo um passe de mágica. Não se deve simplesmente E, para quem ainda não teve tempo de refazer a progressiva, os sair do salão e se esquecer de tudo. “Com ou sem processo químico, profissionais dão dicas de ouro: aposte em coques, lenços e tiaras, todo cabelo precisa de cuidados’, lembra Moreno. que ajudam a disfarçar. As principais recomendações que os especialistas dão são usar Laís Oliveira / Folhapress.

MODA

MODA INFANTIL

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ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO

ADM. DE CONDOMÍNIO

ADVOGADOS

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ADVOGADOS

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ADVOGADOS


ADVOGADOS

ADVOGADOS

ÁGUA / PURIFICAÇÃO

ALUGUEL DE MÁQUINAS

ANDAIMES

ANDAIMES

ANDAIMES

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ÁGUA / PURIFICAÇÃO

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ANTENAS

ANDAIMES

ANTENAS

ANTENAS

ANTENAS

AQUECIMENTO SOLAR

AR CONDICIONADO

AR CONDICIONADO

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AR CONDICIONADO

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ARQUITETURA

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ARTESANATO

ARQUITETURA

ARQUITETURA

ARQUITETURA

ARTESANATO

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

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ASSISTÊNCIA TÉCNICA


ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Citytec

Atendimento Domiciliar

Salvador 3381-0035 ASSISTÊNCIA TÉCNICA

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

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Lauro de Freitas 3015-0066


AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

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AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

AULAS / CURSOS

BOMBAS

AUTO-ESCOLA

BRINDES

CARRETO

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CARRETO

CHAVEIROS

CHAVEIROS

COLCHÕES

COMUNICAÇÃO

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSERTOS & COSTURAS

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

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CONSTRUÇÃO CIVIL

CONST. & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

CORTINAS

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CORTINAS


CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

villasdecortaboao@hotmail.com

Rua do Taboรฃo, 37 - Pelourinho - Salvador

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CORTINAS

CORTINAS & PERSIANAS

CRECHE

COSTURAS

DECORAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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DIVISÓRIAS

ELETRICISTA

EMBALAGENS

ENTULHOS & PODAS

ENTULHOS & PODAS

Aluguel de coletores para retirada de entulhos

ENTULHOS & PODAS RAPIDEZ QUALIDADE SEGURANÇA

8622-5019 EVITE MULTAS. COLABORE PARA MANTER LIMPA A NOSSA CIDADE Vilas Magazine

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA DE DANÇA

ESCOLA DE DANÇA

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ESCOLA DE FUTEBOL

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESCOLA DE MÚSICA

ESTOFADOS

ESTOFADOS

ESTOFADOS

ESTOFADOS

FOGÕES

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FORROS

FOGÕES

FORROS

FORROS

FORROS

FOTOGRAFIAS

FOTOGRAFIAS

GÁS

GÁS

GESSO

GRÁFICA

HORTO

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IMÓVEIS

IMÓVEIS

IMÓVEIS

IMÓVEIS

IMPORTAÇÃO

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INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

JARDINAGEM

INFORMÁTICA

LAVANDERIA

LAVAGEM DE TANQUE

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INTERNET

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LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

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LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

MADEIREIRA

MADEIREIRA

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MÁRMORES & GRANITOS

MÁRMORES

MÁRMORES & GRANITOS

MAT. DE CONSTRUÇÃO

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

MATERIAL DE LIMPEZA

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MATERIAL ELÉTRICO

MOLDURAS

MÓVEIS

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO

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Mテ天EIS PLANEJADOS

Mテ天EIS PLANEJADOS

Mテ天EIS PLANEJADOS

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MÓVEIS PLANEJADOS

MÓVEIS PLANEJADOS

ÓTICA

PAPEL DE PAREDE

villasdecortaboao@hotmail.com Rua do T Taboão, 37 - Pelourinho - Salvador

PAPEL DE PAREDE

PELÍCULA

PÁTINA

PELÍCULA

PERSIANAS

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PERSIANAS


PERSIANAS

PERSIANAS

villasdecortaboao@hotmail.com Rua do Taboรฃo, 37 - Pelourinho - Salvador

PERSIANAS

PET SHOP

PET SHOP

PINTURA

PISCINAS

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PISCINAS

PORTÕES

PORTÕES

REDES DE PROTEÇÃO

REFORMAS

REPAROS

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SALÃO DE BELEZA

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SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

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SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SERVIÇOS

SERVIÇOS

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SERRALHERIA


SERVIÇOS

SERVIÇOS GERAIS

SITE

SOMBREIROS

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TELAS

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TELAS MOSQUETEIRAS

TELAS MOSQUETEIRAS

TINTURARIA

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TOLDOS

TOLDOS

TRANSPORTE ESCOLAR

TRANSPORTE ESCOLAR

VETERINÁRIO

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VETERINÁRIO

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VETERINÁRIO

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

ORIENTAÇÃO AOS LEITORES E TOMADORES DE SERVIÇOS A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine

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Carga é a grande inimiga dos sedãs 1.0 RAQUEL CUNHA / FOLHAPRESS

Avaliação mostra que, apesar dos porta-malas generosos, peso extra torna populares pouco indicados para viagens

Logan (à esq.) e Prisma 2014 são os sedãs 1.0 mais recentes do mercado

Na pista, Logan “cheio” levou 10s a mais para completar uma simulação de ultrapassagem

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o fim da década de 1990, as grandes fabricantes começaram a oferecer carros familiares com motores 1.0 sob o capô. Havia opções que iam do Chevrolet Corsa Sedan até o furgão Renault Kangoo, todos com potência próxima a 60 cv. Era o primeiro degrau

para famílias que precisavam de mais espaço que o oferecido pelos hatches compactos. Hoje, os populares com porta-malas amplos estão maiores e ganharam potência. Contudo, os cavalos a mais não são suficientes para garantir um bom comportamento na estrada, como mostra

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o teste Folha-Mauá. A avaliação foi feita com o Renault Logan (80 cv), que apresenta o melhor torque da categoria. Essa medida de força é a mais importante nas arrancadas e nas ultrapassagens, situações em que os carros “mil” mais sofrem. Com apenas o motorista a

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bordo, o desempenho foi suficiente para acompanhar o trânsito urbano sem sufoco. Mas com carga máxima (pouco menos de 450 quilos), o sedã arrastou-se pela pista de testes e também por trechos da rodovia dos Imigrantes. Ou seja: apesar do espaço abundante, os sedãs 1.0 pedem


mais cautela ao volante, principalmente ao pegar trechos de rodovia. “Tenho que trocar as marchas constantemente quando faço viagens com o carro cheio,

(77 cv). Por isso ela prefere viajar com o outro Prisma da família, que tem motor 1.4 (97 cv). O peso adicional também sobrecarrega o sistema de embre-

e mesmo assim há uma grande perda de velocidade nas subidas”, diz a fisioterapeuta Francielen de Carvalho Campion, 25, dona de um Chevrolet Prisma ano 2010

agem dos sedãs 1.0 em aclives e implica novos hábitos ao volante e menos pressa para chegar ao destino. Eduardo Sodré / Folhapress

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Logan e Prisma 1.0 dão salto estético, mas seguem lentos Nova geração dos sedãs da Renault e da Chevrolet destacam-se pelo espaço

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ocê procura um sedã último tipo, com amplo espaço interno e preço inicial abaixo de R$ 40 mil? Então nem gaste sola de sapato, pois provavelmente irá chegar a esses dois modelos: as versões mais simples das novas gerações do Logan e do Prisma, ambas com motores 1.0. Do ponto de vista estético, a dupla parece ter passado pelas mãos de um bom cirurgião plástico. Ambos ganharam formas mais atraentes e até um pouco de status. Foram esses fatores que ajudaram os modelos Renault e Chevrolet a serem promovidos ao topo do segmento, desbancando o Nissan Versa, que deverá ser atualizado no próximo ano. Apesar de usarem a mesma fórmula – dimensões externas de sedã compacto e cabine de carro médio –, os dois modelos deste comparativo seguem filosofias bem distintas. Isso exige um grau extra de ponderação por parte do consumidor para evitar frustrações futuras. O Chevrolet Prisma, por exemplo, tenta agradar mais ao motorista. A começar pelo painel, que mescla velocímetro digital e conta-giros analógico, similar ao de motos esportivas. O volante igual ao do cruze Cruze (mas sem os comandos do som) também causa boa impressão, assim como a posição de guiar. Há ajustes de altura no banco e na coluna de direção (hidráulica), sensor de estacionamento e acionamento elétrico das travas e dos vidros. A chave tipo canivete, valorizada pelos clientes do segmento, também está lá. Mas os itens de série da versão de entrada LT param por aí, e o preço parte de R$ 37.390. Com o mesmo nível de equipamentos, a

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DIVULGAÇÃO

DIVULGAÇÃO

Interior do Prisma (acima) combina diferentes cores e texturas, mas sistema multimídia MyLink é item opcional. Renault Logan 1.0 (dir.) tem forra­ções escuras, e versão Expression traz som com bluetooth e entrada USB

estiverem carregados. Vazio, o Prisma leva vantagem e arranca mais rápido, trunfo da primeira marcha bastante curta. Contudo, esse recurso incomoda bastante em situações de trânsito pesado, pois o carro mal começa a se mover e já “pede” a troca para a segunda. O Logan mostra superioridade na estrada, com melhores retomadas de velocidade e baixo consumo médio de combustível. O lado ruim manifesta-se em velocidades próximas a 120 km/h, quando o carro passa a impressão de flutuar um pouco e o motor começa a “gritar” alto. É o alerta de que a versão ideal seria a 1.6 (R$ 39.440) ou a 1.4 do Prisma (R$ 42 mil), ambas com 106 cv.

versão mais luxuosa do Logan 1.0 (Expression) custa R$ 33.390. O Renault inclui equipamentos extras, como o sistema de som com bluetooth e entrada USB. Da mesma forma que o modelo Chevrolet, o ar-condicionado é item opcional. Outro item útil que pode ser comprado à parte é a central multimídia com GPS (cerca de R$ 800). A tela sensível ao toque fica no console central, e consultá-la força o condutor a tirar a atenção do trânsito. Para compensar, há instruções faladas de navegação. Se as novas gerações dos sedãs da Renault e da Chevrolet deram um grande salto evolutivo em acabamento, o mesmo não se pode dizer da performance. Ambos oferecem, no máximo, 80 cv de potência, pouco para o porte dos carros. Os números de desempenho continuam como o dos demais modelos da categoria: sofríveis, principalmente se

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Felipe Nóbrega / Folhapress

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TRIBUNA DO LEITOR

Questionamentos à SALVA Sr. Accioli Seria conveniente que a revista Vilas Magazine divulgasse quantos coordenadores da SALVA são funcionários da prefeitura e como o trabalho desses coordenadores é remunerado, se é pelas cotas dos associados ou é trabalho voluntário. Esta informação é importante para desvendar o conflito de interesses em cargos de coordenadores da SALVA ocupados por funcionários da prefeitura, mesmo estes sendo moradores de Vilas do Atlântico. Isso não deveria ser permitido, sob pena de colocar em júdice a legitimidade da SALVA. Por isso precisamos do apoio da sua respeitosa instituição para que fique claro aos moradores de Vilas do Atlântico as relações estreitas entre a SALVA e a prefeitura, que se finda inclusive na concordância da derrubada das guaritas do loteamento. Uma decisão dessas teria que ser por assembleia e não houve convocação em massa para discutir o assunto e não deveria ter sido por minoria simples como foi realizada. A sra. Ana Verônica se engana em definir Vilas do Atlântico como bairro. Vilas não é bairro, é um loteamento, com TAC inclusive na forma de lei, como a revista publicou na reportagem de janeiro. Acho que é claro para todos que os moradores de Vilas do Atlântico não querem modificações na estrutura original do loteamento. É preciso ficar atento à inadequabilidade das regras da SALVA incluindo funcionários da prefeitura em seu quadro com sua verdadeira função de associação de moradores. Conto com o senhor para manter a transparência e a legitimidade do loteamento e do interesse genuíno dos moradores de Vilas do Atlêntico. Gostaria de ressaltar que o nome dos coordenadores se encontra no site da SALVA, se puder ajudar. Janaina Ribeiro. RESPOSTA DA SALVA Prezado Accioli Em resposta à carta postada no facebook da revista Vilas Ma-

Municipal 24.645/34 e da Lei Federal 6.638/81, que intimou a SALVA a fazer a “remoção imediata”. Ainda assim, o assunto foi levado ao conhecimento da Assembleia de associados, força soberana da SALVA, em 11/11/2013, que aprovou a referida demolição. Como já foi dito, a convocação das Assembleias é imperiosa, conforme Estatuto, e, além do aviso permanente (todas as segundas segundas-feiras de cada mês), também são emitidos e-mails para os associados e comunicação, através de carro de som. Lamentavelmente, algumas pessoas só comparecem à Assembleia quando querem resolver problemas próprios, ou fazer críticas infundadas. Quanto à gestão dos parcos recursos financeiros, arrecadados pela SALVA, também é exposta nas Assembleias e, semestralmente, quando do envio dos boletos de cobrança das mensalidades, é informada, como prestação de contas, aos associados. Esperando apresentar os verdadeiros esclarecimentos dos fatos abordados e contribuindo com essa extraordinária revista, que representa a força midiática desta região, apresentamos nossos sinceros agradecimentos. Carlos Knittel. Coordenador Geral.

gazine, enviada por Vossa Senhoria a esta SALVA, apresentamos os esclarecimentos que se seguem, na busca do alcance da verdade e em respeito aos associados desta Associação: Dos sete coordenadores da SALVA, eleitos pela Assembleia dos associados, para o período 2013/2014, apenas uma é funcionária da Prefeitura, conforme sua competência pessoal e profissional, recebendo, o que é de direito, salário da Secretaria, onde se encontra lotada. Esclarecemos que essa Coordenadora já fazia parte da Gestão anterior da SALVA, oferecendo sua colaboração, voluntária, a esta Associação. Essa composição dos coordenadores da SALVA encontra-se no seu Estatuto, capítulo V, seção II, art. 14, ao conhecimento de todos os interessados, através do site www. salvavilasdoatlantico.org.br. A atuação de todos os coordenadoresna SALVA caracteriza-se como doação voluntária, de elevada visão de solidariedade coletiva e sacrifício pessoal, demonstrando que conhecem suas obrigações cidadãs e responsabilidade com o viver em comunidade. Diga-se de passagem, que, além de nada receberem das “cotas dos associados”, ainda pagam as mensalidades estabelecidas para o sustento da SALVA, rigorosamente no vencimento. “A legitimidade da SALVA” nada tem a ver com a situação de uma coordenadora trabalhar na Prefeitura, mas, nas demonstrações de seriedade, honestidade e dedicação dos seus coordenadores, que prestam conta, mensalmente, aos seus associados, nas Assembleias Gerais, em datas preestabelecidas, conforme plotagem adesiva exposta na porta desta Associação, convites e comunicações, quando nas datas dessas Assembleias. “As relações estreitas entre a SALVA e a Prefeitura” existem e são necessárias, em decorrência do projeto para revitalização e manutenção do loteamento de Vilas do Atlântico, elaborado por esta Associação, e aprovado pelo senhor prefeito. Diariamente fazemos as devidas cobranças e denúncias, sem agressões nem bajulações. Quanto à “derrubada das guaritas do Loteamento”, nas três portarias de acesso, decorreu, inicialmente, do Memorando nº 753/2013, da Procuradoria Geral do Município, para a SEPLAN e do ofício da SEPLAN 29/2013, de 27/8/2013, abordando sobre o Decreto

Vilas Magazine

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Trânsito Caro Accioli Sobre a matéria veiculada na edição de fevereiro 2014 da revista Vilas Magazine (a Veja de Lauro de Freitas) relativa à estacionamentos indevidos, gostaria de fazer algumas observações: O fato de rebocar veículos estacionados irregularmente, realmente assusta. Assusta principalmente porque moramos numa cidade sem sinalização e sem uma efetiva ação de agentes de trânsito. Temos em Lauro de Freitas problemas crônicos de trânsito que não tiveram a devida atenção das administrações anteriores. O fato de simplesmente rebocar veículos me parece apenas uma ação de marketing. Apenas ‘mostrar serviço’. Mostrar serviço a uma comunidade de mal-educados e desinformados. Tivemos recentemente, em administrações anteriores, secretários responsáveis por esta área tão importante, que eram ligados à igrejas (normalmente são partidos políticos, o que não faz muita diferença. Afinal o

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que interessa são votos e não competência). Eram pastores responsáveis por assuntos meramente técnicos que eles demostraram não conhecer. Um deles inclusive declarou a uma revista, perguntado sobre o que achava dos engarrafamentos constantes: “Eu acho ótimo, é sinal de progresso”. Muito ainda precisa ser feito para resolver as questões de trânsito em Lauro de Freitas e pelo que percebemos nessa nova administração a competência ainda não chegou nessa área. Carros tem sido rebocados em Vilas do Atlântico, porque é uma ação de maior visibilidade. Na Itinga também tem reboque de veículos? Enquanto isso no Largo de Arcanja, carros estacionados indevidamente (apesar da placa de sinalização) numa loja de pet shop, complicam a circulação de veículos sem nenhuma ação da prefeitura. Além disso os motoristas insistem em não circular na rotatória, seguindo o caminho mais curto. As ações, quando ocorrem se resumem à colocação de cones. No Centro caótico de Lauro de Freitas são necessárias várias ações que certamente não ocorrem, por que poderiam prejudicar algum correligionário da administração municipal. O próprio estacionamento do gabinete do prefeito é um exemplo disso, com diversas irregularidades. Temos várias alternativas não utilizadas que poderiam ajudar e muito , como a proibição de estacionamento em diversas áreas do Centro e por exemplo a utilização da Av. Dois de Julho, que é pouco utilizada, como saída e não como entrada, reorganizando a rótula próxima ao restaurante popular, desafogando o trânsito em direção à Estrada do Coco. Considerando a grande frota de veículos oficialmente emplacados na cidade, somados aos outros tantos de pessoas que licenciam veículos em Salvador e Camaçari e que aqui residem, entendemos que o assunto ainda está sendo tratado sem a atenção devida. Trânsito é um assunto técnico, não político. E o prefeito parece ainda não saber disso. José Raymundo Martins P.S. Não tenho pretensões políticas, nem sou especialista nesta área, apenas um cidadão, morador há mais de 15 anos na cidade.


Senhores, venho através deste espaço, sugerir uma reportagem sobre os acessos à cidade de Lauro de Freitas, especialmente as entradas para Vilas do Atlântico. Como sempre, a revista Vilas Magazine vem divulgando aos seus leitores o crescimento urbanístico de Lauro de Freitas, a preferência das novas moradias. Todos temos a informação que a cidade vem absorvendo grandes empreendimentos. Dando com exemplo a grande demanda de escolas para educação destes novos moradores da região. Nestes últimos anos tivemos a ampliação do Colégio Perfil, Apoio e principalmente da mega ampliação do Colégio Sartre COC no bairro Miragem, com quatro prédios. Nestes três anos a quantidade de alunos e fluxo de carros aumentou significativamente nas ruas de Buraquinho, Priscila Dutra, Miragem e redondezas, ficando impraticável transitar nas ruas próximas. Como sugestão, gostaríamos de uma resposta da Prefeitura porque não abrir os dois acessos que existem e estão fechados no Miragem (ao lado do condomínio Jardim Atlântico) e em Buraquinho (rua lateral, antes da ponte, com saída próximo a Península). As aberturas destes acessos iriam desafogar bastante o trânsito e retirar a concentração de carros no Portão 2 (Miragem), Priscila Dutra, Buraquinho, Miragem e redondezas. Gostaria de uma resposta. Álvaro Magno. Morador de Bu­ ra­quinho.

IPTU

Accioli O aumento do percentual da cobrança do IPTU de Lauro de Freitas está um tanto esquisito. A administração municipal, cujo chefe é o prefeito, fez publicar na imprensa oficial eletrônica de 18/12/2013, na edição 1207, a Lei Municipal de no.1.518, que instituiu a nova planta genérica de valores, IPTU, etc. e no artigo quinto, dessa mesma lei, consta que “ a partir do exercício de 2014 o valor do IPTU devido não poderá ser superior a: l 1,35 vezes o valor devido no exercício anterior para os imóveis prediais residenciais; l 1,55 vezes o valor devido no exercício anterior para os imóveis prediais não residenciais; l 2 vezes o valor devido no exercício anterior para imóveis territoriais. Como chegou a esses índices? Sequer o prefeito explicou aos munícipes contribuintes porque o

aumento do IPTU chega ou é bem maior do que 35%. Qual foi o estudo ou fundamento para esse aumento? Também, o médico prefeito, que copia os métodos usados pelo município de Salvador, não incluiu na lei o desconto do IPTU pela depreciação do imóvel, como fez o prefeito de Salvador, sem que o contribuinte tenha que fazer essa solicitação. Ao contrário, o prefeito deste município fez constar no artigo 7º da nova lei do IPTU, que, caso o contribuinte perceba que a tributação foi manifestamente inadequada poderá requerer processo de avaliação especial sujeito à aprovação da Secretaria Municipal da Fazenda, peticionando até o vencimento da cota única e informar o valor venal que entende adequado. Isso é uma armadilha para pegar incautos. Ainda, no parágrafo terceiro dessa mesma lei municipal no. 1.518, está escrito que” a análise da avaliação especial somente será realizada mediante a comprovação do pagamento do imposto, na forma do parágrafo segundo deste artigo (5o.) Interessante, é que no artigo 8º da lei fala que o valor da TUSP fica limitado em R$100,00 para imóveis residenciais e R$200,00 para os demais imóveis e não explica essa tal de TUSP. Como médico, o prefeito sabe muito bem que a diferença de um medicamento para o veneno está na dose e ele exagerou na dose. Legislando, como sempre acontece, enviou um projeto de lei para a câmara de vereadores, cujos edis aprovaram mais uma lei contra quem os elegeu. Ninguém teve aumento de 35% a 150% nos seus salários e aposentadorias e aí pergunto: qual o percentual do aumento do subsídio do prefeito, secretários e vereadores? É bem possível que os funcionários deste município tenham tido apenas 5,84% de aumento nos seus vencimentos. E a Constituição Federal, dentre outras coisas, exige que a administração pública seja transparente. José Rembrandt F. de Aquino. Morador de Vilas do Atlântico, cidadão brasileiro, com 70 anos de idade.

Sr. Accioli, Sou cidadão deste município, morador na região da Praça de Arcanja, entre as ruas Martins de Oliveira e Carlos José de Sá. Venho expor o que se segue: As ruas mencionadas e outras nas proximidades, embora importantes vias de ligação entre a Av. Luiz Tarquínio e a segunda Portaria de Vilas do Atlântico/Ipitanga, e outras regiões, não são asfaltadas (sofrendo diariamente com muita poeira e barro/lama dependendo da estação do ano), apesar de ser área de cobrança e recolhimento de impostos públicos/IPTU, cuja destinação é para a realização dentre outras, de obras desta natureza. Faço as seguintes considerações, na certeza de ser a revista Vilas Magazine legitimada como um veículo imparcial, porta-voz das nossas aspirações, reivindicações e desabafos: 1. Em algumas ocasiões, fiz contato telefônico com a Seinfra para indagar sobre a pavimentação das referidas vias. A informação que obtinha era de que constava nos registros da Secretaria que as mesmas já eram pavimentadas , o que causava grande constrangimento. Alguma coisa não bate neste fato. 2. Há mais ou menos 2/3 anos atrás, foram colocadas duas grandes placas nas proximidades do campo de futebol existente na região , imediações da fábrica Master Glass, indicando, finalmente, que as vias da região seriam pavimentadas. A iniciativa foi recebida com jubilo e a convicção da realização da obra, uma vez que nas placas constavam os nomes de importantes instituições/programas públicos financiadores das obras (CEFPAC-Ministério das Cidades, Conder, etc.), garantindo credibilidade junto à comunidade local, afinal eram os governos federal, estadual e municipal, apoiando e avalizando com recursos, a iniciativa. 3. Infelizmente, mais uma vez, como tem sido usual em nosso país, nossas expectativas foram frustradas, assim como tantas outras. Uma das placas foi retirada, mantida outra, e a “obra prometida”, do mesmo jeito ficou, como dantes, nada realizado. As promessas sempre renovam as esperanças de uma ação efetiva do poder público, mas fica a sensação de que elas são feitas para “ficar tudo como está, do mesmo jeito”. Nas próximas eleições, outras promessas serão feitas, e fica este ciclo vicioso e pernicioso. Afinal não é uma”obra para a Copa”. Já começo a considerar que seria saudável para o povo brasileiro que nossa Seleção ficasse pelo caminho (e olha que sou apaixonado por futebol), assim, seremos mais rigorosos com as “promessas”, e, “fincaremos os pés no chão”, construindo outro projeto de país, mais identificado com o povo. Ainda tenho esta esperança. 4. No Plano Estratégico da Prefeitura de Lauro de Freitas, consta, conforme publicado em edição na Vilas Magazine, a pavimentação das ruas desta região, o que espero seja cumprido. Faz parte da missão/dever do poder público. Não é uma concessão, é nosso direito de cidadão. Meus agradecimentos Marcel Sebastião Campos Martins.

Ruas esquecidas Moradores das ruas Viviane Vieira Pedreira, na Praia de Ipitanga e Moisés de Araújo, em Buraquinho, solicitam à Prefeitura, serviços de asfaltameto e serviços de ‘tapa buracos’ naquelas vias.

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TRIBUNA DO LEITOR

Ocupação irregular e indevida

Maus tratos em animais

Senhor redator chefe, Permita utilizar-me dessa revista, e que a meu ver é hoje o canal mais rápido para sermos ouvidos pelas autoridades desse município, desta feita para pedir encarecidamente ao prefeito Márcio Paiva, que adote urgentes providências para sanar com a ocupação irregular e indevida, de barracas na portaria da Rua Priscila Dutra que dá acesso a Vilas do Atlântico, cuja foto do local está abaixo. Essa área é remanescente do loteamento, no local existia antes somente uma barraca de bebidas, agora já tem de tudo, lava jato e até ferro velho. É uma vergonha que isso continue existindo ali, uma degradação que afronta a todos nós que somos obrigados a conviver com essa irregularidade, o correto seria urbanizar o local inclusive aumentando o raio da curva no sentido do loteamento Miragem, disciplinando a saída de veículos de Vilas dfo Atlântico, na direção da rotatória logo adiante para retornar a Priscila Dutra, e não o que fazem hoje dobrando a esquerda, o que dificulta o tráfego de veículos e está causando enormes engarrafamentos quando da saída dos alunos do Sartre. Edson Biscaia.

Prezado sr. Accioli Ramos, Para esclarecimentos dos leitores, particularmente a sra. Raquel Lopes e a médica veterinária, dra. Renata Del Bianco, que comentaram sobre maus tratos envolvendo animais utilizados em tração no município de Lauro de Freitas e o papel do Centro de Controle de Zoonoses, nesta seção, publicada na edição de janeiro de 2014, da revista Vilas Magazine. Antigamente, a observação de equídeos (equinos, asininos e muares) tracionando carroças pelas ruas fazia parte da vida cotidiana em diversas cidades do país, uma vez que as carroças constituíam o meio de transporte mais barato para realizar o carreto de móveis, entulhos, matérias de construção, lixo etc., assegurando dessa forma a subsistência de muitos trabalhadores do setor informal. Com o passar do tempo, a facilidade em adquirir veículos automotivos aliada à evolução cultural, refletiu numa diminuição gradual do uso de animais para tracionar carroças. Entretanto, é notório como, nos dias atuais, ainda verificarmos na periferia de várias cidades, principalmente do nordeste, a existência dessa prática. As pessoas que desenvolvem essa atividade, comumente conhecidos como carroceiros, na maioria das vezes, vivem à margem da sociedade, em condições insalubres, tendo um histórico de despreparo educacional. Por conta disso, muitos animais são vistos com arreios inadequados, carregando peso superior ao recomendado, passando horas sem comer, beber ou descansar. Devido à falta de recursos de seus proprietários, não recebem qualquer tipo de assistência veterinária, seja preventiva ou curativa. Além disso, estes animais ficam expostos às intempéries da natureza, como sol forte, chuva ou frio. Sem condições naturais de vida, à noite, ficam presos ou amarrados em ambientes inadequados, quando não são soltos à noite, ficando a perambular pelas ruas em busca de comida, colocando em risco a vida das pessoas e disseminando doenças (zoonoses), como a raiva, a leptospirose, a brucelose, a tuberculose, a febre maculosa e a doença de Lyme. Diante dessa problemática, foi realizado pelo Centro de Controle de Zoonoses – CCZ, um levantamento respaldado pelo Ministério Público para quantificar e cadastrar os proprietários e animais envolvidos na modalidade de tração animal em nosso Município. O intuito do levantamento era criar um projeto de lei para normatizar esta pratica, assegurando o bem estar animal, monitorando e conscientizando os carroceiros, levando e conta que, tal prática, muitas vezes é a principal, senão a única fonte de renda de um grupo familiar. Após esse levantamento, cadastramos um universo de 19 carroceiros e 20 animais envolvidos nesse prática em nosso município, quantidade entendida pelo Ministério Público como insuficiente para gerar uma lei específica. Entretanto, estes animais e carroceiros passaram a ser monitorados pelo CCZ, sendo disponibilizados aos animais e proprietários, atendimento veterinário, assessoria e educação continuada com o intuito de esclarecer e educar os envolvidos quanto ao correto manejo dos animais de tração. A Constituição Brasileira, no capítulo sobre Meio Ambiente – artigo 225 – veda práticas que submetam os animais à crueldade. A chamada Lei dos Crimes Ambientais (Lei Federal n° 9.605), sancionada em 1998, através de seu artigo 32, transformou o ato de praticar abusos, maustratos, ferir ou mutilar animais de quaisquer espécies em crime, com pena de detenção de três meses a um ano e multa, ressaltando que a pena é aumentada de um sexto a um terço se ocorrer morte do animal. Infelizmente, hoje, nada podemos fazer para proibir o uso de carroças de tração animal. Entendemos que deveria ser desenvolvida uma lei que proibisse essa prática. Contudo, estaremos atentos e vigilantes para garantir as condições mínimas necessárias para a sua manutenção e o controle da sua utilização, visando o bem estar animal e à promoção da saúde coletiva. José Mário Benedictis Souza Soares. Médico Veterinário, diretor do Centro de Controle de Zoonoses de Lauro de Freitas.

O Rio Sapato pede socorro Foram várias tentativas de denúncia sobre o aterro do terreno situado no Loteamento Marisol 2, rua, Eng.ª. Magnólia Teixeira, nº 132, Qd 11, Lt. 7A, em Lauro de Freitas. Grande parte do rio Sapato já foi aterrada e a obra, no silêncio, mostra continuar tambem no decorrer do carnaval. É realmente vergonhoso que providências não tenham sido tomadas. Defesa Civil de Lauro de Freitas, Sr. Ígor, telefones, 32888628, 9975-1737, no dia 14 de janeiro, às 16h15, alegou está impossibilitado de mover qualquer ação, devido a proibição do Ministério Público em autuar nesta área sob pena de pagamento de multa. O mesmo orientou que procurasse a Defesa do Meio

Ambiente de Salvador. Recorrendo, como última tentativa e esperança como cidadã, à redação da revista Vilas Magazine. A cobrança em Salvador, para devida atuação foi feita aos seguintes órgãos: Ouvidoria, srª Marta, informada sobre aterro do rio Sapato em, 24 de janeiro, às 11h30, orientou que procurasse a Fiscalização do Meio Ambiente – SEMUT; Fiscalização do Meio Ambiente, srª Janilda, afirmou ter encaminhado a denúncia para Coordenadora Vânia Coelho porem não forneceu nenhum número de protocolo da denúncia; Diretoria do Meio Ambiente, diretor sr. Emanuel Mendonça (secretária sr.ª Taise, informou dia 17 de janeiro, às 14h52, que a fiscalização seria feita, porém a obra continua sem providência. Analice Cardoso.

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