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EDITORIAL
Sopa de letras
de devolver ao Poder Público a área pública que aquelas residências ocupam. Para os demais moradores, o que preocupa é a sensação difusa de que nem tudo foi explicado. Para isso contribuiu a condução atabalhoada do processo, com apresentação prévia do projeto aos atuais barraqueiros – o que também não resolveu nada porque o que todos eles querem é novo espaço para trabalhar na praia e a proposta da prefeitura não oferece tanto.
A
composição da chapa governista para a eleição de outubro ao governo do Estado é uma daquelas saias justas a que os profissionais da política estão sujeitos. Com o deputado federal João Leão (PP) praticamente indicado para concorrer ao posto de vice-governador na chapa petista, Márcio Paiva (PP) e Moema Gramacho (PT) vão subir no mesmo palanque em Lauro de Freitas. O eleitorado já se acostumou a esse tipo de novidade, chegando mesmo a deixar de ser novidade que adversários deixem de o ser se assim for mais conveniente, para voltarem a sê-lo mais tarde, se isso for interessante. Na Bahia temos o paradigmático caso do PMDB, principal aliado do PT em Brasília, mas ferrenha oposição em Ondina. No fundo, ao fim e ao cabo, o que a população espera é que as alianças, sejam elas quais forem, resultem em serviços públicos dignos, investimento em qualidade de vida, segurança, educação, saúde, transporte, mobilidade. O menu é conhecido. O resto é uma sopinha de letras. João Leão é conhecido pela garra com que persegue objetivos e alcança resultados, tendo ampliado exponencialmente o seu capital eleitoral no Oeste baiano. É, certamente, um nome de peso em qualquer chapa eleitoral e não terá sido por outra razão que o governador Jaques Wagner decidiu pelo seu nome. Melhor para Lauro de Freitas, onde o deputado tem raízes mais antigas.
A liberação de informação em doses homeopáticas – esta edição da Vilas Magazine traz mais um dado, a largura de 12 metros que o calçadão teria – também colabora para inquietar a opinião pública. Já ficou claro que a administração municipal vai apostar na implantação do projeto e pretende chamar outras vozes – fora do bairro – a opinar a respeito, obtendo o apoio que Vilas do Atlântico negou. Ou a associação de moradores assume as rédeas do processo – garantindo de alguma forma, por exemplo, que jamais haverá uma rua naquela faixa de quase seis metros – ou vamos todos apenas lamentar as surpresas que estão por vir. VERTICALIZAÇÃO A revisão do TAC de Vilas do Atlântico poderá viabilizar a construção de prédios de sete pavimentos em condomínio vertical dentro do bairro.
ORLA O projeto proposto pela prefeitura de Lauro de Freitas para a orla do município é bom, correto e merece atenção. A reação negativa dos moradores da orla é compreensível. Afinal, independente do mérito, trata-se
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Carlos Accioli Ramos, Diretor-editor da Vilas Magazine
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Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gratuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Estrada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipitanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran tes, Jauá, Jacuípe, Guarajuba), Stella Maris, Praia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Editora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publicadas nesta edição, por qualquer me io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas
www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 / 3379-2206 / 3379-4377. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Diretora: Tânia Gazineo Accioli Ramos Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br Leandra da Cruz Almeida e Vanessa dos Santos e Silva (assistentes comerciais) Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos Adm./Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com.br Leda Beatriz Gazineo (assistente) comercial@vilasmagazine.com.br Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Plural Indústria Gráfica (Ipojuca-PE). Redação: Rogério Borges (coordenador). Nayara Lobo (free-lancer). Colaboradores: Gilka Bandeira e Alessandro Trindade Leite (charge). CONTATOS COM O DEPARTAMENTO COMERCIAL: comercial@vilasmagazine.com.br FALE COM A REDAÇÃO: redacao@vilasmagazine.com.br
Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela
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do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine utiliza conteúdo edit or ia l fornecido pela Agência Folhapress (SP). Os títulos Vilas Magazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas registradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.
Associação Nacional de Editores de Revistas
Registros & Notas
Café da manhã celebra o Dia do Artesão no Centro de Cultura Afro Brasileira FERNANDA PELEGRINI
Dia 10 de março a Igreja Católica celebra São José, carpinteiro e pai adotivo de Jesus. No Brasil, aproveitando a religiosidade da população, foi decretada pela lei estadual nº 7.126, de 30/4/1991, o Dia do Artesão no Estado de São Paulo, sendo hoje comemorado em várias cidades brasileiras. Em Lauro de Freitas, um café da manhã reunindo os artesãos da cidade no Centro de Cultura Afro Brasileira, no Terminal Turístico Mãe Mirinha de Portão, marcou a data, organizado pela Associação de Artesãos de Lauro de Freitas, dirigida por Isabel Barros e a Secretaria de Cultura, representada pelo secretário Alexandre Marques, o coordenador executivo Juracy Alves, a diretora de Cultura, Regina Coeli, a assessora fotográfica Tainá, e o coordenador de projetos, Ismael. A homenagem é pertinente e oportuna: “a valorização do artesão resgata a consciência de que apoiar o esforço daqueles que são, a um só tempo, artesãos e empresários, significa incentivar e valorizar a arte, o indivíduo e a criatividade”, declara Isabel Barros.
Mulheres notáveis
Celebração
Por iniciativa da vereadora Naide Brito (PT), a Câmara de Vereadores de Lauro de Freitas homenageou personaalidades da cidade, celebrando o Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. Entre as homenageadas, Arleyde Lyra foi distinguida pelo seu trabalho à frente da Asmeb - Associação de Moradores de Buraquinho.
O empresário Luiz Pescuma, franqueado da Pizzaria Babbo Giovanni, celebra este mês os três anos de funcionamento da unidade de Vilas do Atlântico, sob sua administração. Atuando no mercado desde 1917, a marca começou a conceder franquias há sete anos contando hoje com 59 unidades, sendo oito no Nordeste. Seguindo rigorosamente todos os procedimentos exigidos pelo franqueador da rede, Pedro Paulo Couto, produzindo artesanalmente a massa e o molho - feito apenas de tomate diariamente, Luiz Pescuma marca com criteriosa qualidade a presença da sua casa no segmento gastronômico da região.
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Mobilização pela causa animal A Rede de Mobilização pela Causa Animal - REMCA, em Lauro de Freitas, é um grupo apartidário, constituído por pessoas que lutam pelos direitos dos animais, mobilizando uma rede constituída por diversos segmentos, comprometida com a implementação da política pública de proteção animal no município. Com uma rede de parceiros composta por protetores, clínicas veterinárias, pet shops, poder legislativo, executivo, judiciário e a comunidade, o grupo tem como objetivo, articular e fortalecer as ações existentes voltadas à causa animal, contribuir na elaboração de projetos de lei voltados à causa animal, impulsionar e acompanhar a aplicação da legislação e as ações efetivas de proteção animal pelo poder público e impulsionar a mudança de comportamento no que tange à relação da população do município com os animais. “A realidade dos animais em nossa cidade é bastante preocupante, na medida em que o conhecimento da realidade social das comunidades de baixa renda nos revela um quadro crítico, com a necessidade de elaboração de uma legislação municipal específica e atuação com foco em ações integradas de educação para a proteção animal, controle populacional e fortalecendo-se a rede de proteção existente, destacando-se o aspecto da saúde pública” destaca Eveli Brito, cordenadora do movimento. “Ao longo de quatro meses de criação já desenvolvemos inúmeras atividades, com grande êxito, destacando-se a mobilização para a aprovação de um setor de proteção animal, culminando com a aprovação, na reforma administrativa, de uma divisão de proteção animal, que está vinculada à Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Recursos Hídricos”, acrescenta Paula Castanha, do comitê gestor. Outro feito da REMCA a ser destacado é a elaboração de um documento visando nortear a política de proteção animal em Lauro de Freitas, entregue ao prefeito e secretarias municipais relacionadas à causa animal. A Rede de Mobilização pela Causa Animal em Lauro de Freitas é coordenada por Eveli Brito, Graça Paixão e Ludmila dos Prazeres Costa. O Comitê Gestor é integrado por Carol Domenico, Paula Castanha, Patrick Carvalho, Ricardo Vieira e Tina Bastos.
CENA DA CIDADE
NAZARÉ ARAÚJO
ESTADO DE SÍTIO Com a boa intenção de informar potenciais turistas estrangeiros no carnaval de Lauro Freitas, alguém traduziu “Polícia Militar” ao pé da letra num estande do Centro.
p VAI BEM
q VAI MAL
O
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Centro Panamericano de Judô, em Ipitanga, que está sendo construído em parte da área do antigo kartódromo, vai pela metade da empreitada e deve ser inaugurado este mês. Orçado em R$ 29,2 milhões, o investimento é fruto de uma parceria entre o governo da Bahia, o Ministério do Esporte e a Confederação Brasileira de Judô e Confederação Pan-Americana de Judô. Serão oito áreas oficiais para competição com quatro tatames, auditório para 200 pessoas, suítes, dormitórios, piscina, ginásio e alojamento. Também vai funcionar no espaço um centro de preparação e recuperação física de atletas. Para a cidade e para a praia de Ipitanga, trata-se de um equipamento qualificador da estrutura urbana, que promete tirar a área do estado de abandono em que se encontra. Falta apenas remover o resto das barracas de praia ainda fincadas em frente.
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kartódromo, antes assentado na mesma área, nunca foi exatamente de Lauro de Freitas, embora estivesse situado em Ipitanga. Os adeptos daquele esporte, muitas vezes rotulado “de elite” por conveniência de quem pregava a substituição pelo Centro Panamericano de Judô, eram e são majoritariamente residentes em Salvador. Temos um ou dois pilotos de ponta residentes em Vilas do Atlântico, mas havia, sim, a noção de que o espaço era utilizado como quintal da capital. Muito se falou em transferir o kartódromo para Areia Branca ou outra área de Lauro de Freitas, mas a pista foi mesmo é para São Francisco do Conde – em mais uma evidência de que a cidade não tinha laços com o kart. Nem com o kart, nem com o judô. Se não houver programas credíveis de inserção de jovens de Lauro de Freitas naquela modalidade, o espaço de Ipitanga continuará a ser quintal de Salvador.
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Gente & Empresas Regional Bahia e Sergipe da TIM tem novo diretor
O baiano Victor Midlej é o novo diretor da regional Bahia e Sergipe da TIM, recém-criada no estado. Ele deixou a direção da TIM Norte para assumir a regional em Salvador. O executivo traz toda a sua expertise na área de telefonia e vasta experiência em empresas multinacionais. Com a nova direção, a expectativa é que a TIM Bahia continue a crescer nos estados e região.
SAC Expresso passará a atender também INSS
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m convênio assinado pela Secretaria da Administração do Estado da Bahia (Saeb) e o Instituto Nacional de Previdência Social (INSS) ampliará o atendimento do órgão em postos e Pontos Cidadão da Rede SAC. Além de Lauro de Freitas, o convênio assinado cobrirá inicialmente as cidades de Alagoinhas, Inhambupe e Olindina, Camaçari e Salvador. Ao todo, o acordo prevê um cronograma de atividades para implantação de 15 unidades do INSS Expresso, modelo compacto de atendimento. O serviço já é prestado no SAC Candeias. No INSS Expresso serão oferecidos 22 serviços de baixa complexidade, como atualização de endereços dos beneficiários e emissão de extratos de pagamentos de benefícios. O modelo visa resolver as de-
ADEMI-BA tem novo conselho diretor O engenheiro Luciano Muricy Fontes (dir.) é o novo presidente da ADEMI - Associação de Dirigentes de Empresas do Mercado Imobiliário da Bahia, para o biênio 2014-2016. Muricy integra a equipe da entidade há mais de uma década, onde foi conselheiro, diretor técnico e vice-presidente. Entre as metas do novo presidente estão atrair mais associados do interior do estado, desenvolver projetos que levem em consideração a sustentabilidade como estratégia de gestão e pensar em empreendimentos com foco em sustentabilidade. Entre os nomes que compõem a diretoria estão: Marcos Vieira Lima, 1° vice-presidente; Cristiano Freitas, 2º vice-presidente; Cláudio D’ Ávila, diretor administrativo financeiro; Ricardo Nascimento Barros, diretor de habitação; José Azevedo Filho, diretor de marketing; Ivan Leão, diretor de expansão de mercados; Rafael Valente, diretor de gestão sustentável; Eduardo Pedreira,
diretor de Região Metropolitana e Litoral Norte; Adriano Segura, diretor técnico; Antônio Medrado, diretor comercial e André Luiz Teixeira, diretor de assuntos ambientais.
mandas mais simples dos segurados e orientar o cidadão a usar corretamente os serviços que o órgão disponibiliza na internet, por meio da Agência Eletrônica da Previdência Social. Mais informações podem ser obtidas pela central de atendimento 135 – os serviços do INSS Expresso também estão disponíveis no site do SAC. “O objetivo da parceria é ampliar o atendimento do INSS no SAC para os cidadãos
incluídos no sistema geral de previdência social”, explica o secretário da Administração em exercício, Edelvino Góes. Ele adianta que ainda está previsto o estabelecimento de um segundo convênio para diversificar os serviços oferecidos pelo INSS no SAC Servidor – central de atendimento específica para o funcionalismo estadual baiano.
Desaposentação ganha nova decisão na Justiça Decisão tomada pelo Superior Tribunal de Justiça (STJ) em março, determina que os processos relativos a desaposentação que começaram nos Juizados Especiais Federais não precisarão devolver os valores já recebidos, com isso destrava essas ações que estavam suspensas desde 2012. Apesar do STJ já entender a não necessidade desse ressarcimento, a Turma Nacional de Uniformização (TNU), que analisa os processos dos Juizados Especiais Federais, vinha tomando essa decisão, e quando esses chegaram no STJ em 2012, o ministro Napoleão Nunes, orientou pela suspensão de todos os processos que envolvessem devolução. Com a nova decisão todos os processos podem voltar a tramitar. Além disso, o Supremo Tribunal Federal (STF) já sinaliza que o julgamento final da tese de desaposentação deverá entrar em pauta nos próximos meses. Recentemente o STF também reconheceu a existência da repercussão geral do assunto, o que significa que a decisão vai valer para todas as ações, em todas as instâncias do Judiciário. O universo de aposentados beneficiados é estimado em cerca de 500 mil pessoas. Enquanto a decisão final não sai, aposentados que continuam na ativa buscam à Justiça para rever os valores da aposentadoria. No Brasil, o cidadão que trabalha e contribui para o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) após a aposentadoria, não tem o direito de corrigir o provento.
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Projeto orla prevê calçadão com 12 metros de largura
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proposta da prefeitura de Lauro de Freitas para a orla de Vilas do Atlântico não será descartada, apesar da reação negativa da última assembleia da SALVA, a associação de moradores, em março, quando a secretária de Planejamento Eliana Marback apresentou o projeto à comunidade. Foi o que garantiu o prefeito Márcio Paiva à Vilas Magazine, destacando que a “orla é de todo o município e que outras partes devem ser ouvidas”. Revelada em primeira mão pela Vilas Magazine na edição de dezembro último, a proposta prevê a ampliação do calçadão de Vilas do Atlântico e Buraquinho. Na apresentação aos moradores, reunidos no Vilas Tenis Clube e com a presença do prefeito Márcio Paiva (PP), Marback mostrou slides do projeto. Ao todo o calçadão teria 12 metros de largura desde a praia, divididos em quatro faixas. A primeira, junto à areia, seria uma calçada para pedestres com 2,5m de largura. A segunda e terceira faixas são uma pista de cooper e uma ciclovia de quase dois metros de largura cada uma. A quarta faixa é outra calçada para pedestres, com quase seis metros de largura. Marback explicou que, nessa última faixa, transitariam inclusive equipamentos de limpeza e manutenção da prefeitura. Na prática, devido à sua largura, a calçada poderá a qualquer tempo ser transformada numa rua para trânsito de veículos. Em entrevista à Vilas Magazine (veja págs. 14 a 16), o prefeito Márcio Paiva mostrou-se favorável à exploração do potencial turístico da orla de Vilas do Atlântico, sugerindo ainda um calçadão ao longo da Avenida Praia de Copacabana. Em uma “carta à comunidade”, distribuída em março e publicada na seção Tribuna do Leitor desta edição da Vilas Magazine (pág. 128),
Reunindo cerca de 200 pessoas, a assembleia de moradores reagiu negativamente à proposta da prefeitura. Acima, a secretária Eliana Marback apresenta o projeto aos moradores de Vilas do Atlântico
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em discussão no Conselho Municipal de Política Urbana (CMPU), que reúne representantes de todo o município. Em comunicado, a prefeitura anotou que “reforçando o valor que a prefeitura Municipal de Lauro de Freitas atribui à opinião popular”, foi realizada mais uma reunião do CMPU, que “teve como objetivo discutir temas importantes para a cidade, a exemplo, da proposta do projeto da orla de Lauro de Freitas”. De acordo com Eliana Marback, também presidente do CMPU, o foco é “promover a participação dos laurofreitenses na construção das medidas adotadas” pela prefeitura. O principal argumento de Márcio Paiva em defesa do projeto orla está ligado à ocupação daquele espaço, que “não pode ficar abandonado” depois da demolição das barracas de praia. A implantação de infraestrutura urbana no calçadão, incluindo os 13 conjuntos de quiosques, viria qualificar o espaço. a associação de moradores critica os 12 metros de largura, não pela potencial viabilização de uma futura via para automóveis, mas porque “seria necessário o corte dos terrenos das residências, ali instalados, em pelo menos três metros”. Trata-se da área pública da União, os terrenos de marinha ocupados pelas residências da orla. A associação observa uma “revolta natural dos moradores do calçadão”, que se organizaram em outro grupo, prometendo constituir entidade formal para defender o que consideram ser direitos seus. O grupo, que participou da assembleia geral da SALVA em março, obteve apoio unânime dos cerca de 200 moradores presentes e ganhou visibilidade na imprensa de Salvador, chegando a ser retratado como representante do bairro. Na carta à comunidade, a SALVA sublinha que “continua sendo a única representante oficial e genuína da população” de Vilas do Atlântico, abraça as críticas daquele grupo ao projeto orla e vai além, listando 24 reivindicações de toda ordem apresentadas à prefeitura. Em termos duros, conclui que “decorridos quatorze meses, lamentavelmente muito pouco foi realizado por esta gestão pública, embora a Salva mantenha, permanentemente, pressão, cobranças, denúncias e reuniões com as diversas secretarias e, também, com o próprio prefeito”. Durante a própria assembleia, Márcio Paiva adiantou que ouviria outros setores da sociedade a respeito do projeto orla: “não podemos ouvir só as associações”, disse. Mais tarde, à Vilas Magazine, o prefeito lembraria que “a orla é de todo o município, não é só de Vilas do Atlântico”. Ainda em março, o projeto foi um dos temas colocados
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nova sede da Guarda Municipal e do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), com central de monitoramento e rádio policial de Lauro de Freitas, foi inaugurada em março na Rua Joelma Mendes, em Itinga. A central, que monitora as câmeras de vigilância instaladas em via pública, funcionava desde 2009 no Centro da cidade. Lauro de Freitas conta com 58 câmeras, além das que estão localizadas no entorno da cidade e que, em parceria com o Governo do Estado, têm imagens transmitidas para a central municipal. Na nova sede, a prefeitura passa a disponibilizar um canal de comunicação direta com a população, por meio do telefone 153. Em ligações gratuitas, as pessoas podem fazer denúncias sobre crimes e dar informações sobre o trânsito, desabamentos e outros aspectos que necessitem de serviço público. O atendimento irá filtrar e enviar as demandas para cada gestão pública competente. Além disso, irá encurtar o trâmite que acontece entre o 190 da Polícia Militar (PM) e o atendimento ao município, não precisando que o disque denúncia de Salvador demande para Lauro de Freitas.
Guarda Municipal e Central de Monitoramento mudam para Itinga EDMAR DE PAULO
O prefeito Márcio Paiva recebe continência militar ao passar o grupo em revista, na inauguração da nova sede GUARDA MUNICIPAL Na Guarda Municipal, a novidade é a “implantação de políticas de pacificação e cidadania”, destinadas a jovens em situação de vulnerabilidade social. Além de desenvolver o projeto Mensageiros da Paz, crianças e adolescentes terão atividades como aulas de artes marciais e poderão participar da Guarda Mirim, projeto que trabalha o civismo e a cidadania. O lema “patrulheiros, protetores e amigos” orna o novo dístico. O grupo de 130 guardas, formado por servidores públicos concursados, está encarregado de “proteger os bens, serviços e instalações do Poder Público Municipal”, de acordo com a Lei 1.276 de 2007, que o criou. Agora conta com fardamento camuflado, 10 motocicletas, 25 bicicletas e cinco automóveis. A guarda não tem permissão para portar armamento nem tem poder de polícia, privativo do Estado. A sede conta com vestiário, sala de instrução e um galpão para prática de esportes e treinamentos. A cerimônia de inauguração contou com hasteamento de bandeiras. Depois o prefeito Márcio Paiva passou o grupo em revista, recebendo continência militar. Vilas Magazine
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Prefeitura inaugura ‘Central Humanizada’ para regular serviços de saúde pública
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prefeitura de Lauro de Freitas abriu, em março, uma “Central Humanizada Municipal de Marcação da Saúde” (CEHMS), instalada num prédio de três pavimentos, na avenida Beira Rio, no Centro. A unidade oferece atendimento informatizado, com sistema de prontuário eletrônico. Destacando a importância do “atendimento humanizado” para o sucesso do tratamento, o prefeito Márcio Paiva (PP) fez questão de pedir aos agentes de saúde do município que recebam com carinho aos que buscam atendimento na central. Para o secretário estadual de Saúde Washington Couto, a parceria entre as três esferas do poder público pela saúde da população merece destaque. “Quando falamos em saúde, falamos numa rede”, disse. “Estamos aqui para mostrar que as três esferas do poder público estão juntas pela qualidade dos serviços de saúde oferecidos à população”, garantiu. Funcionando de segunda a sexta-feira, de 6h às 14h, a CEHMS controla e encaminha as solicitações e marcações de procedimentos de média e alta complexidade, dá andamento às regulações de pacientes, acolhe pessoas e encaminha ao serviço social, quando necessário, assim como alimenta o sistema eletrônico com informações dos usuários.
que irá monitorar a satisfação com o serviço no local e irá gerar relatórios diários que serão enviados à diretoria. O diretor também classificou os agentes de saúde como “sentinelas da sociedade”, e garantiu que a CEHMS já é modelo para outras cidades.
NAZARÉ ARAÚJO
Governo inicia reforma do Centro Social Urbano de Portão
O diretor do Departamento de Regulação e Sistemas de Informação Emanuel Carvalho: central já é modelo. Abaixo, O prédio da unidade, na Beira Rio: inauguração com festa
O diretor do Departamento de Regulação e Sistemas de Informação Emanuel Carvalho apresentou a estrutura da Central Humanizada Municipal de Marcação da Saúde (CEHMS). Para ele, a nova metodologia de atendimento visa a humanização. O térreo da unidade é destinado aos visitantes, em especial idosos, pessoas em condições socioeconômicas desfavoráveis, gestantes, crianças e deficientes físicos. Como um dos principais focos é a qualidade de atendimento, Emanuel Carvalho destacou o trabalho de uma das coordenações, NAZARÉ ARAÚJO
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Governo da Bahia, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social e Combate à Pobreza, começou este mês a reforma do Centro Social Urbano (CSU) de Lauro de Freitas, em Portão. A unidade foi inaugurada em 1979 e está passando por obras com investimento de mais de R$ 526 mil. A reforma, prometida pela ex-prefeita e então secretária da pasta, Moema Gramacho, no ano passado, inclui novos pavilhões administrativos e de cursos, vestiários, quadra poliesportiva com instalação de alambrados e reestruturação da arquibancada, recuperação de passeios, construção de nova guarita de segurança, revisão elétrica geral e requalificação do sistema de iluminação da quadra poliesportiva. Segundo o coordenador de Ações Setoriais da secretaria, Osmário Santos, a reforma dos centros faz parte das ações para requalificar os equipamentos sociais, dotando-os de condições físicas. Com atendimento médio de 700 pessoas por mês, o CSU de Portão oferece atividades nas áreas de educação, esporte, informática e assistência social. Também atende 76 idosos por meio das ações com o grupo de convivência. Os centros sociais urbanos têm por objetivo integrar atividades de lazer, informação, formação, para organizar e empoderar as comunidades, atuando como espaços de diálogo e de desenvolvimento de ações coletivas. As atividades são realizadas em parceria com órgãos governamentais, setores privados e instituições da sociedade civil.
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Márcio Paiva: “É importante que as pessoas sintam orgulho da sua cidade” forçando a tríade família, escola e sociedade. Também em março, a prefeitura firmou parceria com a Base Aérea de Salvador, no Programa Forças no Esporte (Profesp), do Governo Federal, obedecendo às diretrizes do projeto “Segundo Tempo na Escola” do Ministério do Esporte. Numa vertente para os quartéis, além do esporte as crianças aprendem civismo e cidadania. O Profesp envolve os ministérios da Defesa, Esporte e Desenvolvimento Social e Combate à Fome. Em Lauro de Freitas é desenvolvido através de um termo de cooperação em que a gestão municipal oferece uma equipe de monitores, infraestrutura e transporte. Desta vez serão contemplados 110 jovens.
Prefeito Márcio Paiva: pórticos nas entradas da cidade devem fazer aflorar orgulho laurofreitense
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prefeito Márcio Paiva (PP) esteve na Redação da Vilas Magazine para uma entrevista com o diretoreditor Accioli Ramos, em que fez um balanço dos primeiros 15 meses da sua administração, destacando a grande operação de asfaltamento em curso, principalmente a oeste da Estrada do Coco, no Caji e em Itinga. A recuperação do asfalto de Vilas do Atlântico, uma promessa de campanha do prefeito, deve acontecer ainda este ano, segundo afirmou. Uma das mais recentes realizações do mandato de Márcio Paiva é o retorno do
programa de Cadetes Mirins, vinculado à secretaria de Educação, representando “o compromisso com a política pública voltada para a infância e a juventude do município”. Mais de mil alunos das redes de ensino municipal e estadual de Lauro de Freitas estariam matriculados. O Cadetes Mirins “é um programa de formação cidadã, focado nos direitos humanos, que proporciona oportunidades para o protagonismo infanto-juvenil”, define. Além das oficinas, os alunos recebem atendimento e acompanhamento psicológico, social, psicopedagógico, escolar e familiar, reVilas Magazine
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SAÚDE HUMANIZADA Na área de saúde, que o prefeito Márcio Paiva define como importante para a “humanização do atendimento”, a prefeitura acaba de realizar a quarta edição do mutirão de glaucoma para pessoas com mais de 40 anos. Para pacientes com histórico familiar da doença não há limite de idade para realização do exame. O atendimento contemplou as comunidades de Areia Branca, Capelão e Jambeiro. Em outra ação, agentes comunitários de saúde e técnicos de enfermagem participam do projeto “Caminhos do Cuidado”, uma parceria entre o Ministério da Saúde e a prefeitura. O objetivo é capacitar os profissionais da secretaria de Saúde em saúde mental, com ênfase em crack, álcool e outras drogas. São apresentados filmes e relatos de fatos, distribuído material didático e informativo e oferecido acompanhamento e monitoramento pedagógico. A novidade mais importante, para o prefeito, foi a inauguração da Central Humanizada Municipal de Marcação da Saúde, instalada num prédio de três pavimentos na Av. Beira Rio, onde será oferecido atendimento informatizado, com sistema de prontuário eletrônico, com qualidade e conforto (leia à página 13).
Márcio Paiva destaca o termo “humanizada” no nome da estrutura de atendimento. “Temos que continuar investindo sim em equipamentos públicos, mas, ainda mais em capacitação no atendimento humanizado de qualidade”, disse. Só este ano a prefeitura já entregou três novos equipamentos de saúde em diferentes pontos da cidade: a Unidade Básica de Saúde (UBS) Vila Nova, o Centro de Referência em Reabilitação e Oftalmologia em Itinga e a Central Humanizada Municipal de Marcação da Saúde, no Centro. Além disso, todos os fins de semana acontecem ações, como o Mutirão de Glaucoma. O Centro de Referência em Reabilitação e Oftalmologia, em Itinga, tem capacidade para 500 atendimentos em fisioterapia e 300 consultas oftalmológicas. De acordo com o prefeito, a unidade é totalmente equipada e conta com uma equipe multidisciplinar de ponta composta por fisioterapeutas, terapeutas ocupacionais, fonoaudiólogos, oftalmologistas, psicólogos e assistentes sociais. A unidade, referência em reabilitação, também conta com espaço destinado à oftalmologia
por diagnóstico, para acolhimento do público com deficiência ocular. EDUCAÇÃO A música como ferramenta pedagógica é a grande novidade na área de educação. O projeto Musicalização nas Escolas reúne 100 diretores e coordenadores, mas terá início em oito escolas: Mariza Ipitanga, Menino Davi, Emerson Palmares, Capiarara, Constantino Vieira, Aurora Magalhães, Catarina de Sena e Vovó Ciça. Também recentemente, a Guarda Municipal e o Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), agora localizados na Rua Joelma Mendes, em Itinga, ganharam nova sede, a partir de onde é operada a central de monitoramento, numa parceria da prefeitura com a Secretaria de Segurança Pública da Bahia. “É uma conquista vem de um compromisso em tornar essa cidade melhor”, disse o prefeito.
Obras de urbanização na Avenida Brigadeiro Mário Epinghaus: destaque
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ORLA Depois de debater o “Projeto Orla” na última assembleia geral da associação de moradores de Vilas do Atlântico (leia às págs. 10 e 11), Márcio Paiva defendeu a execução da proposta da prefeitura: “não podemos deixar a orla abandonada depois da derrubada das barracas, precisamos qualificar”, disse. O prefeito pretende ampliar a discussão sobre o projeto, incluindo outras regiões da cidade. “A orla é de todo o município, não é só de Vilas do Atlântico”, disse. Ainda no mês passado, o tema foi levado a uma reunião do Conselho Municipal de Política Urbana, na secretaria de Planejamento e Gestão Urbana. PORTAL A requalificação da paisagem urbanística da cidade é outro dos temas que mais ocupam o prefeito atualmente. Além de promover diversas ações para coibir a poluição visual no município, a prefeitura começou a preparar um “pórtico de entrada” no Km 0 da Estrada do Coco, limite com Salvador, com a retirada das árvores que existiam no canteiro central. u Para o prefeito, “é importante que
CIDADE
as pessoas sintam orgulho da sua cidade” e, na opinião dele, o pórtico virá contribuir para isso. Estrutura semelhante será erguida no Km 7,5, no limite com Camaçari. Márcio Paiva quer que as pessoas contribuam com opiniões a respeito dos pórticos e convidou os leitores da Vilas Magazine a se pronunciar a respeito, enviando e-mails para a seção Tribuna do Leitor. ESTRUTURA URBANA Na Av. Brigadeiro Mario Epinghaus, no Centro, a prefeitura vem revitalizando a es-
A Unidade Básica de Saúde Vila Nova de Portão, inaugurada em março, está equipada com sistema informatizado de prontuário eletrônico, posto com seis consultórios (um odontológico), sala de triagem, farmácia e posto de vacinação, e pode atender até cinco mil moradores /mês
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trutura urbana com a construção de meio-fio, passeios acessíveis e novos pontos de ônibus com recuo. Ações de “tapa-buraco”, terraplenagem, reforma de caixas e construção de encostas acontecem em simultâneo. O prefeito destacou ainda as intervenções focadas na acessibilidade dos portadores de necessidades especiais, com a implantação de rampas em calçadas, projetadas para facilitar o deslocamento de cadeiras de rodas. Além disso, foram implantados pisos táteis em passeios destinados a beneficiar os deficientes visuais. No ano passado foi feito o recapeamento asfáltico e operações “tapa-buraco” na Rua Santo Antônio, em Portão, Rua Castor J. Barbosa, em Itinga, Av. Luís Tarquínio, imediações de Vilas do Atlântico e na Av. Fortaleza, em Itinga, entre outras. Este ano já foram beneficiadas as ruas dos Vereadores, em Vila Praiana, José Ribeiro da Silva, em Ipitanga e Av. Priscila Dutra, no Miragem. A requalificação chegou também às avenidas Beira Rio e Amarílio Thiago dos Santos, no Centro e Av. São Cristóvão, em Itinga. Na Rua dos Limoeiros, em Portão, a prefeitura está desenvolvendo a requalificação dos passeios e colocação de meio-fio.
ESPAÇO ABERTO
Dignidade humana JAIME DE MOURA FERREIRA
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dignidade da pessoa humana é tão transcendente, que foi explicitada na Constituição Federal do Brasil, de 1988, no seu artigo 1º, inciso 3, como princípio fundamental, para os brasileiros, independente da cor, raça, condição social, opção sexual, idade, etc. Mas, o que é dignidade? Para os dicionários, é autoridade moral, honraria, respeitabilidade, entre outras. Para Immanuel Kant é “a coisa que se acha acima de todo preço, e por isso não admite qualquer equivalência”. A dignidade é a essência do espírito humano, irrenunciável, inalienável e intangível, portanto, absoluta. É uma qualidade intrínseca, quase uma situação metafísica. Os seres humanos dignos possuem um espírito muito elevado, superior, sublime, que está acima das ideias e conhecimentos ordinários. Pelo que se depreende, a dignidade não se fraciona, não existe meia dignidade. Para o ser humano, o verbo utilizado não é o ‘ter’ e sim o ‘ser’. Não se deve dizer que as pessoas ‘têm’ dignidade. Elas ‘são’ ou não dignas. Lamentavelmente, existem estruturas e pessoas que escravizam outros seres, “são indiferentes com o sofrimento alheio, e insensíveis aos gritos dos oprimi-
dos”. Por outro lado, “alguns seres vivem presos ao tráfico humano, de inúmeras formas, destruindo sua dignidade”. Talvez por falta de educação, miséria e ausência de espiritualidade, ou por “causa da cultura da acomodação e do bem-estar, que os aprisiona”. O fundamento constitucional brasileiro impede que o Estado adote medidas que violem a dignidade da pessoa humana, ou seja tratado como mero instrumento para atingir outras finalidades. O ser humano nunca deve ser tratado como um meio para a consecução de resultados. Será que esse fundamento está sendo cumprido, observado? Segundo Pierre duNouy, “não existe outra via para a solidariedade humana senão a procura e o respeito da dignidade individual”. A dignidade possui estreitas relações com os direitos fundamentais, constituindose no somatório de todos os demais direitos consagrados ao ser humano. Sem dúvidas, os direitos definidos pela dignidade são espirituais, portanto, amalgamado ao verdadeiro alicerce da alma humana, bem superiores aos direitos físicos ou materiais. Alguns sentimentos e ações levam o ser humano a perder a dignidade: corrupção, vaidade, inveja, arrogância e falta de espiritualidade. Com isso, também perde o desejo de ser livre. Falta-lhe a substância no viver. Torna-se um simulacro da realidade. Infringe os limites da alma. Sua simples presença é
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um insulto à sociedade do bem. Seu caráter se apequena. Desconhece e desrespeita a gratidão. Vive, tão somente, de mentiras e bajulações. O momento brasileiro, no que se refere à dignidade da população, é estarrecedor. A sociedade, de modo geral, acomodou-se às mazelas sociais, econômicas, políticas e estruturais e assiste, passivamente, o acontecer dos fatos, aguardando a ação divina para melhorar a situação. É evidente que existem pequenas exceções. Segundo João Leite Neto (jornalista, radialista e ex-deputado estadual por São Paulo): “um país se torna menor quando o povo perde a dignidade”. É por isso que o povo brasileiro anda esquecido do “poder da indignação”, tão bem orquestrado e executado nos idos de 1992, através do movimento estudantil brasileiro (caras pintadas), cujo objetivo foi o impeachment do presidente Fernando Collor de Melo. Será que devemos manter a esperança (a última que morre)? Será que a maioria do povo brasileiro tem noção da “doutrina da essência das coisas”? Parece-me que falta a discussão das ideias transcendentais. Nossa única esperança está na juventude. Só não sei em qual tempo. Esperemos para ver.
JAIME DE MOURA FERREIRA é administrador, consultor organizacional, professor universitário e escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas e coordenador de Meio Ambiente e Relações Empresariais da SALVA - Sociedade dos Amigos de Vilas do Atlântico
SOLIDARIEADE
Tainah de Leon (quarta à esq.) lidera a equipe do Rotaract Club, com membros do Rotary Club Lauro de Freitas, à frente o casal presidente Valdemar e Nazaré Leal (centro), durante ação de conscientização para a campanha, realizada em março, no Shopping Estrada do Coco
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Rotaract Club Lauro de Freitas arrecada fundos para combater a pólio no mundo
ara aumentar a conscientização e arrecadar os fundos necessários para combater a poliomielite, o Rotaract Club Lauro de Freitas realizou em março mais uma ação, desta vez em torno da campanha “End Polio Now”, do Rotary International. A entidade participa da Iniciativa Global de Erradicação da Pólio – uma parceria público-privada que também conta com a colaboração da Organização Mundial da Saúde, o Centro Norte-Americano de Con trole e Prevenção de Doenças, o Unicef e da Fundação Bill e Melinda Gates. A ação acontece em um momento importante na luta contra a pólio, que seria a segunda doença humana erradicada. Tainah Leon, presidente do Rotaract Club Lauro de Freitas, destaca que o número de casos jamais foi tão baixo e que apenas três países – Nigéria, Afeganistão e Paquistão – ainda não conseguiram cessar a transmissão do vírus da pólio. “É para esses países que vão as doações que estamos arrecadando, inclusive em Lauro de Freitas”, explicou. Para estimular as doações, o Rotary Club
Lauro de Freitas associou a arrecadação ao sorteio anual de prêmios promovido pelo Distrito 4550, que este ano acontecerá em maio, na cidade de Ilhéus. Comprando uma cartela, as pessoas estarão automaticamente doando para a campanha global. As doações também podem ser feitas diretamente ao Rotary International, por meio do site www.endpolio.org/pt. Quem preferir, pode ajudar participando gratuitamente da campanha publicitária que exibe inúmeros rostos de todo o mundo fazendo um sinal com a mão: “falta só isto” para erradicar a poliomielite. Em março, no Shopping Estrada do Coco, a equipe do Rotaract Club Lauro de Freitas fotografava as pessoas para essa mesma campanha. Clara Misson e Havana Bispo dos Santos foram conferir o recado dos jovens e passaram a fazer parte do esforço global de erradicação da pólio. “É importante participar dessa iniciativa”, disse Clara. As principais responsabilidades do Rotary na iniciativa são arrecadação de fundos, defesa da causa e mobilização social. Até hoje, a organização contribuiu US$ 1,2 bilhão e Vilas Magazine
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muitas horas de trabalho voluntário para a luta contra esta doença. Até 2018, cada dólar que o Rotary destinar à erradicação da pólio será equiparado na proporção de 2 para 1 pela Fundação Bill e Melinda Gates até o limite de US$ 35 milhões por ano. RISCO O atual déficit de fundos vem reduzindo as campanhas de vacinação em países em risco, fazendo com que as crianças fiquem mais vulneráveis à poliomielite. Se o vírus não for erradicado agora, a poliomielite pode voltar e afetar um número estimado em 200 mil crianças por ano. O Rotary International, uma organização humanitária com cerca de 34 mil clubes em mais de 200 países e áreas geográficas, fez da erradicação da poliomielite sua prioridade em 1985. Desde então, o Rotary contribuiu US$ 1,2 bilhão para a causa e seus associados dedicaram inúmeras horas de trabalho voluntário para imunizar mais de dois bilhões de crianças em 122 países. Inclusive por conta disso, um progresso
notável foi alcançado na luta contra a pólio. O número de casos da doença passou de 350 mil por ano, em 1988, para menos de 700 em 2011. As Américas foram declaradas livres da doença em 1994, a região do Pacífico Ocidental, em 2000 e a Europa, em 2002. A pólio, uma doença altamente contagiosa, atualmente afeta crianças, sobretudo menores de cinco anos, em partes da África e no sul da Ásia. Não há cura para a doença, que pode causar paralisia e até a morte. No entanto, por apenas 60 centavos de dólar uma criança pode ser vacinada e ficar protegida por toda sua vida. O trabalho global para acabar com a paralisia infantil demonstra o impacto das imunizações. O número de novos casos da pólio, uma doença que costumava paralisar mais de mil crianças por dia, diminuiu mais de 99% desde os anos 80. Hoje há menos casos em menos locais do que jamais se viu antes, e apenas Nigéria, Afeganistão e Paquistão ainda não conseguiram cessar a transmissão do vírus. DOAÇÕES Este ano o Rotary International anunciou a concessão de quase US$ 36 milhões em subsídios para apoiar atividades de imunização e
Havana Bispo dos Santos (acima) posa para foto da campanha internacional pela er radicação da poliomielite: “falta só isto”. Abaixo, estande de divulgação da campanha montado pelos jovens do Rotaract Club Lauro de Freitas: trabalho voluntário exemplar
de pesquisa realizadas pela Iniciativa Global de Erradicação da Pólio (GPEI). O objetivo é erradicar a doença até 2018. Os subsídios do Rotary incluem US$ 6,8 milhões para o Afeganistão, US$ 7,7 milhões para a Nigéria e US$ 926 mil para o Paquistão. A destinação dos fundos foi feita com base nas solicitações feitas pelo Unicef e pela Organização Mundial de Saúde (OMS), parceiros da GPEI que trabalham com os governos dos países afetados na organização das atividades de imunização. O Unicef também usará US$ 2,73 milhões
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para apoiar as atividades de imunização no “Chifre da África”, região composta pela Etiópia e Somália, em resposta à epidemia ocorrida no início de 2013 e que já afetou 200 crianças. Estes casos importados de poliomielite estão relacionados à estirpe epidêmica na Nigéria, destacando a importância da extinção do vírus nos três países endêmicos. O Rotary também destinará US$ 2,1 milhões a Burkina Faso, US$ 3,4 milhões a Camarões, US$ 3,9 milhões à República Democrática do Congo, US$ 2,3 milhões ao Níger, US$ 1,3 milhões à Somália, 2,6 milhões ao Sudão do Sul e US$ 1,2 milhão ao Sudão. Além disso, a OMS recebeu US$ 934 mil para estudar o impacto da introdução da vacina antipólio injetável nos programas de vacinação, como parte do Plano Estratégico de Erradicação da Pólio e Reta Final. Além desses subsídios, em dezembro o Rotary contribuiu com US$ 500 mil para o trabalho emergencial em resposta ao surto de pólio na Síria, país que não havia relatado nenhum caso da doença desde 1999. De outubro de 2013 a 31 de janeiro de 2014, 23 casos de poliomielite foram confirmados, todos ligados à estirpe que circula no Paquistão.
PÁSCOA
O coelhinho e as crianças Psicóloga diz que fantasia ajuda no desenvolvimento das crianças
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fantasia desempenha um papel importante na infância. Através dela, explica a psicóloga gaúcha Rosangela Martins, especialista em psicologia clínica, a criança aprende e se desenvolve. “A fantasia possibilita que a criança vá descobrindo o mundo e compreendendo, dentro de suas capacidades, o que se passa ao seu redor. Esta compreensão do mundo e sua interação com ele pela realidade e fantasia são importantes para o desenvolvimento da subjetividade”, destaca. Rosângela salienta que a criança vai formando sua identidade e estabelecendo formas próprias de lidar com a vida. E neste contexto, o coelhinho da Páscoa é um dos personagens importantes das crianças. “Acreditar que ele existe é uma das fantasias saudáveis para elas. Através do personagem do coelhinho a criança constrói diversas formas de interação com o mundo e com elas mesmas. Estimula a imaginação, a criatividade e a conhecer e lidar com seus próprios sentimentos”, afirma. O coelhinho desperta encantamento por diversos motivos. Entre eles, ela destaca o poder que representa, pelo prazer na oferta de doces e pelas diferentes brincadeiras criadas pelos pais em interação com a criança para representar a sua passagem. “No entanto também desperta algo misterioso que desencadeia certo medo, pois passam tão rápido para deixar os doces, como dizem os pais, que nunca são vistos”, diz. O coelho da Páscoa ganha também certa autoridade que é dada a ele pelos pais, uma vez que dependendo do comportamento da criança terá mais ou menos chocolates na cesta. Com o crescimento, aos poucos a criança vai desconstruindo esta fantasia e a abandonando em troca pela realidade. “A criança faz este movimento gradativamente. Mesmo que
alguém diga que o coelhinho não existe, ela muitas vezes negará esta informação à medida que ainda sente a necessidade de acreditar. Da mesma forma, ela começará a perguntar sobre a existência do coelhinho quando estiver fazendo o movimento de desconstrução desta fantasia.” Segundo Rosângela, os pais não devem forçar a criança a deixar de acreditar que o coelhinho vai aparecer trazendo ovinhos. “É negativo forçar o término desta fantasia no imaginário da criança, pois isso retira delas as ferramentas que utiliza, dentro de suas capacidades, para entender o mundo e seu funcionamento. A criança precisa, gradativamente, construir habilidades de suportar e melhor lidar com as limitações que a realidade impõe a todos nós.”, argumenta. Os pais quando interrogados pela criança sobre a existência do coelhinho, ou seja, Vilas Magazine
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quando a criança começa a querer entender a realidade, não devem mentir. Podem explicar que o coelhinho da Páscoa é uma brincadeira criada, assim como outros faz-de-conta de muitas outras estórias do mundo da criança. “À medida que vai abandonando esta fantasia, a criança vai tendo uma sensação de perda, recompensada por ganhos que vêm naturalmente com o desenvolvimento, que é a sensação de estar crescendo e descobrindo os segredos dos adultos”, ensina. O importante é os pais terem conhecimento de que a imaginação é uma característica do brincar e é considerada uma etapa para o desenvolvimento cognitivo infantil. Assim como a criança fantasia com o coelhinho, também faz o mesmo com o Papai Noel e com outros personagens que vai incorporando ao aos poucos ao seu imaginário durante o seu desenvolvimento.
Ovos coloridos são antigos Eles roubaram a cena e são mais lembrados que o coelhinho
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coelho é o principal símbolo da Páscoa e cabe a ele deixar chocolates para as crianças na madrugada de domingo. Mas quem roubou a cena nas últimas décadas foi o ovo de Páscoa. Com tamanhos variados, coloridos, com surpresas ou não dentro, ele toma conta do comércio e enfeita parreiras em supermercados. Entre os cerca de 150 lançamentos preparados pela indústria para este ano, apresentados no Salão de Páscoa 2014 realizado em fevereiro em São Paulo, ele aparece com zero açúcar, com mais de 50% de cacau, recheado, com brinquedos dentro e por aí afora. O foco principal são as crianças, mas o público adulto também não é deixado de lado. A tradição de pintar, decorar e presentear os ovos existe desde os primórdios do Cristianismo . Antes dos ovos de chocolate envoltos em papel colorido, coloriam-se os ovos de galinha, cozidos, hábito cuja origem se perde no tempo e que se mantém vivo até hoje na Alemanha: no café da manhã do sábado ou do domingo de Páscoa não podem faltar ovos de várias cores, tingidos com anilina especial. Presenteá-los também faz parte da tradição. No Brasil, era costume antigamente guardar as casas dos ovos para recheá-las com doces, como carrapinhada. O orifício era fechado com papel de seda, também usado para completar a decoração dos ovos que recheavam as cestas com bombons e chocolates. Na França, depois de esvaziados da clara e gema, eles eram recheados com chocolate e ganhavam uma pintura colorida e alegre. Outros povos como os gregos e os egípcios também coloriam ovos de galinha oco, porém em datas diferentes. Muitos séculos antes do nascimento de Cristo, a troca de ovos no Equinócio da Primavera (21 de Março) era um costume que celebrava o fim do Inverno e o início de uma estação marcada pelo florescimento da natureza. Para obterem uma boa colheita,
os agricultores enterravam ovos nas terras de cultivo. Quando a Páscoa cristã começou a ser celebrada, a cultura pagã de festejo da Primavera foi integrada na Semana Santa. Os cristãos passaram a ver no ovo um símbolo da ressurreição de Cristo. Com o desenvolvimento da indústria, no século XIX, os ovos passaram a ser feitos apenas de chocolate e aproveitar os das galinhas acabou ficando de lado. Com o passar do tempo, diversos outros
costumes foram sendo criados em torno do ovo. Além de ser usado para presentear, eles passaram a fazer parte de brincadeiras, como escondê-los. Cabe às crianças sair a procura deles no jardim. Os pais também brincam escondendo ovos dentro de casa, em algum lugar em que pode ser encontrado facilmente pelos seus filhos, gerando uma surpresa. Questionados, dizem que foi o coelhinho da Páscoa que deixou. E assim a tradição dos ovos vai passando de geração a geração.
Peixe pede vinho branco à mesa
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Mas se for um prato mais encorpado, o certo é o tinto
palavra “harmonização” é uma das mais ouvidas no mundo vinícola. Harmonizar, de forma geral, significa combinar, porém, quando tratamos de vinhos e alimentos, harmonizar se trata de um aprendizado que pode tornar o que é bom ainda melhor e não passar despercebido. Combinar sabores de alimentos com vinhos pode ser uma experiência inigualável, inspiradora e agradável aos sentidos. Mas para isso há uma série de regras. No caso específico da Páscoa, onde o peixe predomina à mesa, para quem não é um estudioso do assunto e nem tem a preocupação de se aprofundar, o básico é: escolha vinhos brancos. Não tem erro, salvo se o prato for mais encorpado, como um bacalhau preparado com muitos condimentos. Neste caso, um vinho tinto acompanha perfeitamente. O enólogo da Vinícola Perine, do Rio Grande do Sul, Leandro Santini, destaca que em geral os brancos - Chardonnnay, Riesling e Moscato - cumprem bem o papel na harmonização quando os pratos à base de peixes são leves. Como regra geral, o apreciador do vinho deve atentar ao fator predominante, de que quando a comida for marcante, o vinho deve ser encorpado, para que um não encubra o sabor do outro. A regra de ouro, então, é: um sabor não pode ser mais marcante que o outro. Já os pratos delicados exigem vinhos mais leves. No caso das sobremesas, a escolha sempre deve recair sobre os vinhos mais doces. Na dúvida, prefira adquirir seu vinho em estabelecimentos que colocam um profissional à disposição para lhe ajudar na escolha. Informe a ele o u cardápio e faça as escolhas conforme as indicações. Vilas Magazine
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QUEIJOS Para quem recebe amigos e parentes e gosta de iniciar a reunião com petiscos, um queijo e vinho formam boa parceria. Para queijos duros e fortes como parmesão, pede-se um vinho tinto encorpado e escuro. Com os queijos gorgonzola, roquefort o ideal são vinhos doces e tintos encorpados, já queijos suaves como emmental e o gruyere caem bem com os tintos suaves. Queijos de massa mole como de cabra e ricota combinam com vinhos brancos leves e aromáticos e os queijos frescos mozzarella, camembert e brie pedem vinhos brancos. Ao servir vinho, alguns cuidados devem ser tomados. Ao abrir uma garrafa, o dono da casa deve ser o primeiro a provar, verificando assim está em condições de ser bebido. Os vinhos devem ter uma ordem correta de ser servidos: o seco antes do doce, o novo antes do velho e o branco antes do tinto. O tinto deve ser servido à temperatura ambiente, e
nunca sirva até à extremidade do copo. BENEFÍCIOS O vinho é, desde a antiguidade, reconhecido como um aliado no combate a diversas doenças. A OMS – Organização Mundial de Saúde – recomenda como dose saudável, dois cálices de vinho por dia. De acordo com essa recomendação, entre os efeitos benéficos do vinho estão o aumento do HDL (o bom colesterol) e a redução do LDL (o mau colesterol). O vinho, consumido diariamente de forma moderada uma taça apenas -, também ajuda a regular a pressão sanguínea, pelo seu alto teor de potássio e baixo teor de sódio e auxilia no combate ao envelhecimento precoce, pelo seu poder antioxidante.
Saiba mais sobre os principais tipos de uvas e vinhos RIESLING ITÁLICO l Originária da Europa Centro-Oriental (selecionada no nordeste da Itália). De película e sabor moscatel. A Riesling Itálico faz parte da história dos l vinhos finos brasileiros, pois foi a primeira casta
nobre a ser utilizada na elaboração de vinhos brancos varietais. Fato a destacar é que esta variedade possui uma identidade cultural associada à imigração italiana para a região da Serra Gaúcha, que proveio em sua maioria do norte da Itália no final do século 19, e onde existe uma
pequena produção de vinhos e espumantes com esta variedade. Proporciona vinhos brancos frutados, l de consumo breve e é muito utilizado para espumantes. A adequada acidez e o moderado conteúdo de álcool atribuem ao Riesling Itálico um sabor harmônico e fresco. Aromas e sabores: Frutas cítricas (casca l de limão, laranja, kunquat), maçã, flores brancas (sutil intensidade) e, eventualmente, carambola. CHARDONNAY Conhecida como a “rainha das uvas branl cas” por proporcionar vinhos complexos, ricos e bem estruturados. Originária da Borgonha, França, é bastante versátil, adaptando-se muito bem às várias regiões vinícolas do mundo todo. A uva Chardonnay é pequena, redonda, l de cor âmbar e transparente ao amadurecer. Transformada em vinho, é um dos brancos que melhor se beneficiam do envelhecimento em carvalho. O vinho feito com essa cepa é pleno, amanteigado, frutado, e, quando a vinificação inclui amadurecimento em carvalho, ele terá um aroma de baunilha, além de ser macio e não apresentar acidez agressiva. Aromas e sabores: Abacaxi, maçã verde, l lima, pera, melão, abacaxi, manteiga, cera, mel, “balas toffee”, baunilha e especiarias diversas. MOSCATO GIALLO A uva Moscato Giallo, de origem italiana, l apresenta bagas de tamanho médio, esféricas e
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de cor amarelo intenso. A polpa é meio carnosa, com sabor agradável de Moscato, pertencendo ao grupo de variedades denominadas ‘aromáticas’. Muito utilizada no mundo para a elabol ração de vinhos de sobremesa, dá origem ao espumante tipo “Asti” italianos, chamados no Brasil de Moscatel. Aromas e sabores: Moscato, flores branl cas e frutas como maçã verde, pêssego, nêspera e nectarina. CABERNET SAUVIGNON Cabernet Sauvignon originária da região l de Bordeaux, no sudoeste da França. Por sua alta qualidade e adaptabilidade ela é a uva vinífera mais difundida no mundo. É conhecida como "a rainha das uvas tintas". Caracteriza-se pelos taninos densos e l cor profunda, geralmente apresentando grande complexidade aromática.Variedade bastante vigorosa e de frutificação médio-tardia, com bagas pequenas e esféricas. Aromas e sabores: Frutas como cereja mal dura, ameixa, cassis, amora, mentol, pimenta, café e tabaco, podendo apresentar aromas terrosos. MERLOT A uva Merlot é uma variedade provel niente de Bordeaux, França, sobretudo de Saint-Émilion e Pomerol. Variedade produtora de apreciável vinho tinto, tendo-se adaptado perfeitamente nas regiões de menor altitude da Serra Gaúcha. O vinho Merlot tem belíssima cor rubi, é tenro, frutado, complexo, aveludado. Um vinho de corpo médio a encorpado. Pode ser consumido jovem, mas pode ganhar com o envelhecimento, tornando-se cada vez mais aveludado. Aromas e sabores: Frutas vermelhas l escuras, como amoras pretas e ameixas pretas. Podendo apresentar também aromas de rosas e frutas como cassis e mirtilo. Quando amadurecido em barricas de carvalho, o vinho apresenta uma textura mais rica e um agradável toque de chocolate.
Bacalhau tem uma história milenar
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le é um alimento milenar e não é um peixe e sim um processo de preparo que o conserva por muito tempo. E apesar do bacalhau do Porto, em Portugal, ser muito famoso, os peixes não são de lá. A capital portuguesa é um importante centro de comércio do peixe seco e salgado que chegava, especialmente, da Noruega. Isto até os portugueses se aventurarem na Terra Nova, atual Canadá, no Século XV, onde encontraram o peixe ideal para produzirem o bacalhau que se popularizou durante a época das Grandes Navegações. O melhor bacalhau é feito da espécie Cod Gadus Morhua, conhecido como bacalhau legítimo, produzido na Noruega. O processo de preparo do peixe para as longas viagens teria surgido na Islândia e Noruega no Século IX. Os Vikings são considerados os pioneiros na descoberta do Cod Gadus Morhua, espécie que era farta nos mares que navegavam. Como não tinham sal, apenas secavam o peixe ao ar livre, até que perdesse quase a quinta parte de seu peso e endurecesse como uma tábua de madeira, para ser consumido aos pedaços nas longas viagens que faziam pelos oceanos. Mas deve-se aos bascos, povo que habitava as duas vertentes dos Pirineus Ocidentais, do lado da Espanha e da França, o início do
PROSECCO A uva Prosecco é originária da região do Veneto Itália e mundialmente conhecida pelos espumantes leves, florais e frutados a que dá origem. Tem o cacho alongado, piramidal, de porte l médio, com polpa consistente e suco abundante. Tem bom grau de acidez, o que é importante para ressaltar o frescor de um espumante. Aromas e sabores: Cítricos, como limão, l lima, pomelo e maçã verde. Vilas Magazine
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comércio do bacalhau. Os bascos conheciam o sal e existem registros de que já no ano 1000, realizavam o comércio do bacalhau curado, salgado e seco. O hábito de comer bacalhau veio para o Brasil com os portugueses, já na época do descobrimento. Mas foi com a vinda da corte portuguesa, no início do século XIX, que este hábito alimentar começou a se difundir. Data dessa época a primeira exportação oficial de bacalhau da Noruega para o Brasil, que aconteceu em 1843. Na edição do Jornal do Brasil de 1891 está registrado que os intelectuais da época, liderados por Machado de Assis, reuniam-se todos os domingos em restaurantes do centro do Rio de Janeiro para comer um autêntico “Bacalhau do Porto” e discutir os problemas brasileiros. Mais de um século depois, ainda são muito comuns nos restaurantes especializados estes “almoços executivos”, onde a conversa sobre negócios é feita saboreando um bom bacalhau. PÁSCOA A Igreja Católica, na época da Idade Média, mantinha um rigoroso calendário onde os cristãos deveriam obedecer os dias de jejum, excluindo de sua dieta alimentar as carnes consideradas “quentes”. O bacalhau era uma comida “fria” e seu consumo era incentivado. Com isso, passou a ter forte identificação com a religiosidade e a cultura do povo português. A tradição do bacalhau se mantém forte nos países de língua portuguesa até os dias de hoje, principalmente no Natal e na Páscoa, as datas mais expressivas da religião católica.
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Aracajú comemora 159 anos
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capital do estado de Sergipe comemorou 159 anos dia 17 de março, com shows, apresentações culturais e missa de ação de graças. As festividades tiveram atrações musicais variadas: shows de música gospel, rock, chorinho, samba e forró. Em 2013, Aracajú recebeu cerca de R$ 42 milhões do Ministério do Turismo para revitalização de orlas, implantação de sinalização turística e reforma do Centro de Convenções de Sergipe. Recentemente, o MTur investiu R$ 260 mil na capital para a reforma de um complexo turístico. Também no ano passado, Aracajú foi premiada pelo MTur por constar no ranking dos 18 destinos que mais evoluíram no Índice de Competitividade do Turismo. Aracaju se destacou pelos aspectos ambientais. A capital é conhecida por ser uma cidade segura e aconchegante, com um mercado turístico preparado para receber os visitantes. Praias, rios e manguezais atraem visitantes de todo o Brasil, especialmente aqueles que buscam dias tranquilos. Uma boa opção para quem visita o local pela primeira vez é começar o dia caminhando pelas areias da praia de Atalaia, visitar as praias do litoral sul da cidade e experimentar o melhor da culinária sergipana: caranguejo, siri, ostras e batida de coco. Vilas Magazine
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epois de mais de 400 anos do início de seu processo de canonização, o missionário espanhol José de Anchieta (15341597) será proclamado santo pelo papa Francisco este mês. Conhecido como fundador da cidade de São Paulo, o “apóstolo do Brasil” passou por diversas cidades brasileiras no século 16, porém, foi em Itanhaém, cidade do litoral paulista a 90 km da capital, que o jesuíta viveu mais da metade de sua vida – 32 anos. E por lá deixou muitas referências, que se tornaram pontos turísticos. E que, agora, com a canonização, serão revitalizados. O objetivo da prefeitura é receber mais turistas – em 2013, foram 3 milhões. “Além da revitalização, estamos criando eventos em homenagem ao padre”, afirma Milton de Campos Júnior, secretário de Turismo da cidade. A programação prevê, por exemplo, a 1ª Caminhada Padre Anchieta, que será em 9 de junho, dia da morte do padre (mais informações estarão disponíveis em maio no site itanhaem.sp.gov. br/turismo). Entre os principais pontos de visitação ligados a Anchieta, há uma estátua de esculpida em bronze por Luiz Morrone (1906-1998) na praça Narciso de Andrade, no Centro. A alguns passos dali, no Museu Conceição de Itanhaém, está exposta a carta de batismo do padre. Já no encontro das praias da Gruta e do Sonho, está uma formação rochosa conhecida como Cama de Anchieta. Era lá que o missionário costumava ir para refletir. Em 2005, foi construída no local uma passarela de 220 metros de comprimento em parceria com o governo das Ilhas Canárias, onde o religioso nasceu.
DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DE ITANHAÉM
Itanhaém aproveita canonização de Anchieta para atrair turistas
Turistas na passarela que leva à Cama de Anchieta
Na praia do Cibratel fica o Pocinho de Anchieta, que, segundo a lenda, foi erguido por índios seguindo instruções de Anchieta, com a intenção de capturar peixes no inverno.
O fotógrafo Gustavo Porto esteve em fevereiro deste ano, durante viagem de férias, na ilha de Boipeba, no sul da Bahia; o pôr do sol acima foi clicado a bordo de uma canoa, após passeio por um mangue Vilas Magazine
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COMPORTAMENTO
Malhação na gestação Mulheres acostumadas à prática de exercícios mais vigorosos praticam musculação mesmo durante a gravidez, mas médicos recomendam cuidados
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consenso entre especialistas que o exercício físico durante a gestação é indispensável: diminui a sensação de inchaço e cansaço, garante peso saudável, aumenta o aproveitamento de nutrientes que chegam ao bebê e ajuda até na hora do parto – mais ainda se for natural. E especialistas enfatizam que exercícios devem ser feitos sob supervisão médica e em ritmo mais moderado. Entre as mulheres sedentárias, essas indicações são consensuais entre médicos. A dúvida surge, entretanto, quando mulheres ativas querem continuar com a rotina habitual de exercícios intensos durante a gravidez. Habituada com uma rotina de malhação intensa há 15 anos, a nutricionista Gabriela Zugliani, 30, não abriu mão do treino pesado durante a gravidez. Chegou até a se exercitar no mesmo dia do parto. “Treinei de manhã e marquei a cesária para a tarde.” O bebê, garante Gabriela, nasceu lindo e saudável. Ela reconhece que tanta atividade física causou estranhamento até no médico. “Ele ficou preocupado no começo, mas viu que estava tudo bem comigo e que eu não extrapolaria os limites do meu corpo e relaxou.” Patrícia Seixas, 29, fez aulas de spinning (ciclismo indoor) até os sete meses de gestação e continuou na musculação praticamente até a hora do parto. “Fui sentindo o limite do corpo e conversando com o médico. Sempre pratiquei atividades físicas, por isso teria estranhado se tivesse ficado parada”, diz. O peso é outra preocupação comum de mulheres que continuam a praticar a musculação. Esse temor só se justifica, contudo, quando a mãe engorda mais que 12 kg. Também há um mínimo: um ganho menor de 6 kg compromete a saúde do bebê. Embora na última década uma série de estudos tenha indicado benefícios da atividade física moderada para mães e bebês, na prática clínica muitos médicos ainda são receosos quanto ao tema. “A hesitação dos obstetras em recomendar exercícios para as grávidas está enraizada
em uma noção antiquada da gestação como um período de confinamento”, disse Raul Artal, chefe do departamento de obstetrícia e saúde da mulher da Universidade de St. Louis (EUA), em artigo na revista “Ob.Gyn. News”. Esse cuidado tem um motivo, segundo a ginecologista Albertina Duarte Takiuti. “O ritmo respiratório durante a gestação e o sangue bombeado não são os mesmos.” “A prática intensa diminui a quantidade de oxigênio para o bebê e para a mãe”, explica a obstetra Mara Diegoli, ginecologista do Hospital das Clínicas de São Paulo. “Tudo é dividido por dois.” Mesmo com todas as ressalvas, especialistas dizem que a gestante pode até escolher uma atividade um pouco mais intensa, desde que ela já seja ativa. Isso, porém, não a exime de cuidados como maior hidratação e atenção à frequência cardíaca. A musculação, por exemplo, pode ser estendida ao período gestacional, mas é preciso diminuir a carga, a intensidade e evitar exercícios que sobrecarreguem a coluna e a barriga. “Mas a atividade aumenta a chance de traumas ósseos e musculares”, adverte o ginecologista Corintio Mariani Neto. Em academias maiores, a presença de preparadores físicos especializados em gestantes faz a mediação entre as necessidades das mães e a preocupação dos médicos. “Adaptamos os exercícios e controlamos a frequência cardíaca”, diz Valéria Castro, preparadora física de uma academia em São Paulo. Mais moderada, a médica Ana Luiza de Aguiar, 33, não dispensou a musculação, mas diminuiu a carga e também faz uso da bola em alguns exercícios para não sobrecarregar a coluna. “Preciso me exercitar, fico mais disposta”, conta. Uma maior presença de grávidas “ativas” também levou ao crescimento da figura da “personal gestante”, especialmente para mulheres com gravidez de risco. “Nesses casos, faço um trabalho com alongamentos e exercícios de fortalecimento com bola”, explica Gizele Monteiro, educadora física que fez mestrado na área. Monique Oliveira e Giuliana Miranda / Folhapress. Vilas Magazine
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SAÚDE
Saiba quais alimentos ajudam a melhorar a saúde do homem Tomate, por exemplo, ajuda a prevenir o câncer de próstata. Melancia é boa para a potência sexual
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boa alimentação é recomendada para homens e mulheres, mas alguns alimentos trazem benefícios maiores para a saúde deles. “Alguns alimentos favorecem os dois e outros conseguem ajudar mais os homens, pois mostraram ser eficazes em diminuir o risco de câncer de próstata e melhorar a função sexual masculina, o estresse do dia e o risco de doenças cardiovasculares, mais comuns em homens”, diz a nutricionista Karin Honorato.
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Tomate, melancia e goiaba vermelha são ricos em licopeno, que é o antioxidante mais eficaz na prevenção do câncer de próstata. São indicados as sementes de girassol e o abacate, que ajudam a modular os efeitos do cortisol (o hormônio do estresse) e o suco de uva, que ajuda na circulação, diminui os riscos cardiovasculares e ajuda no relaxamento. Castanhas e ostras são ricas em zinco e ajudam no equilíbrio dos hormônios sexuais masculinos, aumentam a produção dos espermatozoides
e diminuem o risco de doenças hormonais. A melancia é outro aliado potente. Além de ser rica em licopeno, ela também é rica em potássio, que diminui a pressão arterial e os níveis de ácido úrico. “É rica em citrulina, que produz o óxido nítrico e melhora a vasodilatação. É conhecida como ‘viagra natural’’, diz Karin. O gastroenterologista Dan L. Waitzberg, ressalta que o organismo tem necessidades diferentes em cada fase da vida e que os alimentos corretos podem ajudar a melhorar a performance e a preservar a saúde. “Até os 12 anos não tem muita diferença entre meninas e meninos em termos de desenvolvimento. A partir daí, os meninos ganham mais massa muscular e também se envolvem em mais atividades físicas. Então seria bom observar melhor a ingestão de proteínas e particularmente as de melhor valor biológico (leite, ovo)”. Bárbara Souza / Folhapress.
Piscar descansa o cérebro
á quem ache um desperdício passar um terço da vida dormindo. Esses talvez achem um desperdício ainda maior descobrir que quase 10% do que se passa enquanto estamos acordados efetivamente some para o cérebro – simplesmente porque você... piscou. É isso aí. Piscar tem potencialmente um custo cognitivo: uma fatia de pelo menos uns 200 milissegundos de informação é obliterada enquanto os olhos giram dentro das órbitas (pois é, eles giram quando você pisca e você nem nota). Piscamos naturalmente cerca de 15 a 20 vezes por minuto, ou seja, a cada 3 ou 4 segundos, em média. Fazendo as contas, lá se vão ao menos 4 segundos de informação visual a cada minuto. Para que piscar tanto? A suspeita inicial recaía sobre a lubrificação natural da córnea, mas isso requer bem poucas passagens das pálpebras sobre os olhos por minuto. Uma equipe japonesa, após notar que tendemos a piscar naturalmente em
SUZANA HERCULANO-HOUZEL
Quase 10% do que se passa enquanto estamos acordados some para o cérebro porque piscamos momentos que permitem interrupções na atenção – como o fim de uma frase no jornal, a pausa de um palestrante e cortes de edição em vídeos – suspeitou que piscar fosse uma maneira de ‘relaxar’ o cérebro da demanda de atenção de se manter engajado em uma determinada tarefa. Para testar essa possibilidade, a equipe convidou voluntários a assistir a clipes do seriado Mr. Bean de dentro de um aparelho de ressonância magnética funcional, prestando atenção aos clipes para responder a perguntas depois. Enquanto isso, os pesquisadores mediam a ativação e desativação de dois conjuntos de regiões no córtex cerebral: umas relacionadas à atenção, e outras, ao contrário, cuja atividade é maior justamente quando não estamos
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engajados em tarefas que envolvem o mundo externo, permitem a introspecção. Esta última região é chamada de ‘rede padrão’ do cérebro, por consistir na atividade de quando não interagimos com o mundo de fora. Como esperado, voluntários diferentes tendiam a piscar nos mesmos momentos dos clipes: cortes naturais na história, quando o custo cognitivo de bloquear informação visual é menor. E, de fato, nos segundos após piscar, a ativação da rede atencional diminuía, enquanto a ativação da rede padrão aumentava – e depois voltava ao normal. Piscar, portanto, abre uma janela de descanso da demanda atencional, uma interrupção que também facilita a mudança de foco de atenção. Faz sentido: você já notou que quase não pisca quando está muito concentrado? SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, professora da UFRJ, e apresentadora do programa Cerebrando (cerebrando.net)
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VIVER BEM
Postura correta ajuda a evitar dor e problemas na coluna É preciso manter o corpo na posição certa para andar, dormir, sentar e até ficar parado de pé
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anter o corpo equilibrado, com a postura correta, é uma das principais formas de evitar problemas na coluna. A postura correta, afirmam os especialistas, é aquela em que não fazemos força ao ficarmos parados. E é bom saber que devemos manter a postura correta em todas as posições – em pé, sentado, deitado ou caminhando. “Cada posição gera um determinado alinhamento entre os corpos vertebrais e, entre eles, existem discos, que são corpos gelatinosos”, diz Luiz Riani, médico do esporte do Lavoisier Medicina Diagnóstica/SP. Segundo ele, quando estamos parados, sentados ou deitados de forma errada, os ossos da coluna
comprimem esses discos. É essa condição que leva à famosa hérnia de disco, doença na coluna que pode incapacitar o paciente por causa da dor. Por isso, ensina o neurocirurgião da coluna Alexandre Elias, da Unifesp (Universidade Federal de São Paulo), independentemente da idade, é importante tomar alguns cuidados para manter a coluna saudável: “Manter um peso adequado, fazer atividades físicas regularmente e uma correção da postura”, afirma o médico. Mas mesmo quem mantém a postura certinha corre o risco de ter lá seus desvios, que se traduzem em dor lombar, de vez em quando por causa de alguns deslizes. “Uma causa muito comum de dor lombar é abaixarmos para pegar algo com as pernas esticadas”, diz Elias. Para fazer esse movimento, afirma, devemos sempre dobrar os joelhos, mantendo a coluna ereta. “E de preferência usando os braços para apoiar”, ressalta.
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PREVENÇÃO Ter a postura correta ajuda a prevenir dor nas costas, mas, para isso, o corpo faz também outra exigência: é preciso ter a musculatura fortalecida. “A tendência do corpo é se encurtar, se você não se alonga, não se exercita”, diz Riani, que ressalta: a doença mais comum para a falta ao trabalho, atualmente, é a dor lombar. Bárbara Souza / Folhapress.
De olho na postura
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s principais causas de dores na coluna são por problemas musculares, de ligamentos ou de constrição das vértebras. E, geralmente, eles acontecem por conta da má postura. “A coluna é uma das regiões mais acometidas e sobrecarregadas de nosso corpo. Ela se prejudica conforme a postura que adotamos desde crianças até envelhecer. Qualquer movimento pode afetála. Pode-se dizer que entre os problemas mais comuns da coluna estão a escoliose [desvio em forma de S], a hérnia de disco, a lordose e a degeneração do disco intervertebral”, esclarece a fisioterapeuta Jéssica de Cnop. Porém, outro fator causador de dor é o psicológico. “O estresse ou qualquer alteração emocional pode causar danos à coluna. Por isso, centros de tratamento de dor e coluna dispõem de médicos psiquiatras e psicólogos para avaliar os pacientes”, diz o neurocirurgião Alexandre Elias. Para os especialistas, os problemas que não são congênitos ou casos de cirurgia podem ser mais simples de serem revertidos. “Os exercícios posturais podem ser feitos em qualquer idade. A combinação de pilates e atividades físicas aeróbicas auxilia na maioria dos casos”, diz Luciano Pellegrino, mestre em ortopedia e traumatologia pela Santa Casa de Misericórdia de São Paulo. Pequenas mudanças também podem ajudar a acabar com a dor (veja ao lado). “A prevenção pode ocorrer por meio de cuidados com a forma como a pessoa se posiciona no trabalho e ao carregar objetos pesados, entre outros”, diz Jéssica. A principal indicação dos especialistas é a prática de exercícios físicos. “É de extrema importância a pessoa ter disciplina para realizar modalidades que sejam benéficas para o corpo como um todo, gerando fortale-
cimento, principalmente da região do tronco, e conscientização corporal, como o pilates”, complementa ela. Muito indicado para quem sofre com dores é a RPG, sigla de Reeducação Postural Global, que é uma série de exercícios musculares de alongamento, fortalecimento e movimentação que estabiliza a coluna vertebral. “Ela auxilia a manter a musculatura com o tônus adequado e as posições corretas para as atividades do dia a dia”, diz Elias. Gabriela Simionato / Folhapress. Vilas Magazine
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VIVER BEM
Exagerar no exercício físico causa inflamação nas canelas
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A canelite ataca tanto atletas quanto quem não tem preparo físico e começa a correr com exagero
edentários que querem virar atletas do dia para a noite correm o sério risco de ter um problema na canela – doença que normalmente afeta apenas esportistas mais experientes. A canelite é uma inflamação na membrana que protege o osso da canela (a tíbia) causada pelo uso excessivo desse membro em atividades de impacto, como corrida, ou esportes, como futebol ou tênis, por exemplo. “Para evitar, nunca se deve começar um treino de impacto de uma hora para outra. Tem que sentir o corpo e ir aos pouquinhos”, explica o ortopedista Fabio Ravaglia, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia. A dor é aguda, localizada na perna e aparece durante a atividade física. “Essa dor tem que ser investigada para ver se é só uma inflamação ou outra coisa, como tendinite”, afirma Ravaglia. Segundo ele, se você quer começar a cor-
rer, vá devagar: caminhe, sinta o corpo, alterne caminhadas com pequenas corridas. “Demora uns seis meses para chegar a esse nível”, afirma. Mas não é só quem está começando que pode ter canelite. Segundo o ortopedista Fabiano Nunes Faria, a inflamação na canela ocorre também por causa do impacto dos pés no solo ou por causa dos tênis. Chão muito duro, como asfalto e concreto, é o grande vilão. Tênis inadequado ou cuja sola já não tenha mais o poder de absorver o impacto ajuda a piorar. “Quanto mais se absorve o impacto, menor é a chance de ter uma canelite”, explica Faria. A inclinação do terreno também causa um esforço muito grande nessa região, o que pode levar à inflamação. “O pior é a descida”, acrescenta. PERFIL A canelite afeta tanto homens quanto
Procure emagrecer antes de correr Se você estiver acima do peso, evite correr antes de o seu corpo estar preparado para isso. “Quanto mais pesado, maior é o estresse na canela, o que pode causar traumas na região da tíbia”, diz o ortopedista Fabiano Nunes Faria. Por isso, a atividade de corrida não é a mais indicada para começar a perder peso, porque haverá mais impacto e sobrecarga nos joelhos, coluna e na tíbia. “Tem que ser uma atividade de menor impacto, como piscina, bicicleta e até caminhada”, diz. Além disso, diz o ortopedista Fabio Ravaglia, é necessário ter uma nutrição rica em proteínas, com muita verdura e frutas, cálcio e vitamina D.
mulheres e é mais comum em pessoas jovens – que são as que costumam praticar atividade física de maior impacto. A primeira medida tomada pelos médicos para tratá-la deve ser investigar o que está causando a canelite – se é o solo, o tênis ou até mesmo a sua pisada – para depois recomendar as medidas a ser tomadas. “Tem que descobrir o que causa para mudar o hábito, senão ela volta”, diz Faria. Durante o tratamento, que é feito basicamente com anti-inflamatórios, o paciente tem de se afastar das atividades de impacto. Não existe um tempo exato para a recuperação, porque varia de acordo com a gravidade, mas estima-se que seja de aproximadamente duas semanas. Bárbara Souza / Folhapress
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NUTRIÇÃO
Dieta sem matemática Em livro, americano defende que contar calorias para emagrecer não funciona porque o efeito de cada uma depende do alimento de origem
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que engorda mais: cem calorias de brigadeiro ou cem de espinafre? Para os adeptos de dietas baseadas na contagem de calorias, como a dos pontos, dá na mesma – o que importa é o valor energético da comida. Mas, para o americano Jonathan Bailor, autor de “The Calorie Myth” (o mito da caloria), não é bem assim. Em seu livro, lançado em janeiro nos EUA e já nas listas de mais vendidos, ele defende que as calorias são diferentes, e contá-las para emagrecer, em vez de ajudar, atrapalha. Bailor tem 30 e poucos anos (ele não diz ao certo), é formado em ciência da computação e trabalha na Microsoft. No fim da adolescência, motivado pela vontade de ganhar músculos, foi personal trainer por tempo suficiente para concluir que o método “coma menos, se exercite mais” nem sempre funciona. Bailor se afastou do ofício e se tornou um pesquisador independente. Por quase
15 anos, analisou estudos sobre perda de peso e exercício. Em 2012, lançou o primeiro livro e agora lança o segundo, com base em 1.300 pesquisas. “Contar calorias é eficaz para perder peso a curto prazo. Mas a longo prazo esse método falha na maioria das vezes”, diz. Mais importante do que a quantidade é a qualidade das calorias, defende Bailor – ele adota o slogan “coma mais e se exercite menos, mas de forma inteligente”. “Não usamos as mesmas técnicas cirúrgicas de 40 anos atrás nem os mesmos computadores. Não precisamos usar as mesmas abordagens para dieta e atividade física”, afirma na introdução da obra, que termina, claro, com a proposta de um novo método para emagrecer. MENOS CONTAS No lugar da calculadora de pontos, Bailor propõe uma régua que separa as calorias saudáveis das não saudáveis, levando em conta os nutrientes que elas oferecem e a forma como
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são metabolizadas. No topo estão os vegetais com pouco carboidrato (como brócolis e alface) e as carnes magras, que podem ser ingeridos à vontade. Depois, vêm os cereais integrais, as sementes e as castanhas. No pé da lista estão doces e carboidratos refinados, que devem ser evitados. “Esses alimentos têm uma densidade nutricional muito mais baixa que a dos vegetais com pouco amido e as frutas cítricas. Devemos comer carboidratos de alta qualidade.” Ele compara 250 calorias de espinafre com 250 de farinha branca. Enquanto o vegetal supre 107% das necessidades diárias de cálcio, a farinha supre 1%. Além de menos nutritivos, carboidratos refinados são absorvidos de forma rápida pelo organismo e uma parte maior é convertida em gordura, em comparação com a proteína, diz Bailor. “Faz sentido. O corpo transforma o excesso de carboidrato em gordura. Parte da proteína também vira gordura, mas é uma parcela menor”, diz Fabio Bessa Lima, professor do Instituto de Ciências Biomédicas da USP. Mas, para ele, o que faz a matemática da ingestão e do gasto calórico não ser exata é a absorção do alimento pelo organismo, que varia de pessoa para pessoa e até de acordo
com a flora intestinal. “Nem tudo que você come é absorvido. Uma parte passa pelo tubo digestivo e sai nas fezes. Não dá para ficar escravo dos rótulos.” EM DEFESA DO DOCE Para o endocrinologista Alfredo Halpern, que criou a dieta dos pontos há mais de 40 anos, se o objetivo é emagrecer, as calorias são, sim, todas iguais. “Qualquer dieta com menos calorias faz perder peso. Você pode emagrecer com a dieta do brigadeiro: come seis brigadeiros e nada mais.” Mas ele admite que esse emagrecimento é menos saudável do que com uma dieta variada. “Se o objetivo é ter saúde e manter o peso, é preciso comer de tudo em quantidades moderadas.” Por isso, critica a dieta de Bailor, que restringe os carboidratos. “É mais ou menos o que prega a dieta da proteína. Mas não dá para ficar sem carboidrato, a pessoa enjoa.” O nutrólogo Celso Cukier recomenda observar outras características do alimento além das calorias, como a quantidade de sal e o fato de ser processado ou não. “Industrializados são ricos em gordura e açúcar. As calorias são concentradas, e o risco de comer em excesso é maior.” A nutricionista Michelle Bento, do Vigilantes do Peso, concorda: se forem priorizados
alimentos naturais e ricos em fibras, a quantidade de calorias cai naturalmente. Em 2010, o Vigilantes do Peso abandonou o sistema de pontos baseado só nas calorias e adotou um método em que os alimentos
ganham valores conforme a quantidade de fibras e proteínas. “A grande questão é procurar comidas mais nutritivas, não necessariamente menos calóricas.” Juliana Vines / Folhapress
H á 2 0 a n o s a l i m e n ta n d o u m a história de amor, respeito e sabor, construída de grão em grão.
A Delicatessen deVilas
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BELEZA
Assuma os cachos DIVULGAÇÃO
são sensuais, dão personalidade”, analisa. “Uso gel sem álcool para finalizar o penteado”, diz. Para os especialistas, os cachos estão em alta, e o primeiro passo para controlá-los é escolher o corte certo. “Fios médios e longos são melhores. Também os desfiados ajudam a dar forma ao cacho e movimento ao visual”, ensina a cabeleireira Rosiane Pinheiro. Caso opte pelo desfiado, certifique-se de que o corte será feito em camadas. “Assim, os cachos ficam em evidência. Se o cabelo for volumoso, repique mais nas pontas, para não armar demais. A história de que o cabelo cacheado tem de ser comprido já era, a mulher possui diversas ferramentas que possibilitam que ela tenha os fios no comprimento de que gostar. O que o cabelo precisa é de um bom corte, que não o deixe armado e, sim, com movimento”, diz a estilista de cabelo Katia Pacheco Barbosa. Elina de Souza, intérprete de Neidinha na novela “Em Família”, controla os cachos com gel
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izer adeus aos rabos de cavalo e ao alisamento é o primeiro passo para assumir os cachos. Na novela ‘Em Família’ (Globo), as atrizes Erika Januza, Lica Oliveira, Roberta Almeida, Elina de Souza e Ju Colombo assumiram o penteado e mostraram que o cabelo não precisa ser liso para ser lindo. Intérprete da dócil Neidinha, Elina de Souza conta que, quando era jovem, fazia relaxamento para tentar controlar os cachos. “Mas, hoje em dia, eu abracei meus cachinhos. Eles me fazem sentir que sou eu mesma,
Cuidados ao lavar e ao secar também fazem toda a diferença. Fora isso, existem produtos criados especialmente para modelar cachos. “As hidratações semanais ou quinzenais são aconselháveis, uma vez que a oleosidade natural dos fios pode não chegar às pontas, devido às curvas. Ativadores de cachos e um difusor na hora de secar ajudam muito a formar cachos perfeitos”, ensina o cabeleireiro Danilo Torres. O importante é deixar o medo de lado e ter paciência para cuidar dos fios. “Os cachos são charmosos e cheios de estilo. Dão mais trabalho, porém, o resultado é lindo”, encerra Katia. Gabriela Simionato / Folhapress Vilas Magazine
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VINICIUS PEREIRA / FOLHAPRESS
Com a ajuda de cosméticos e com o corte correto, fios ganham vida e são destaque no visual das famosas; especialistas dão as dicas
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Pele Perfeita O processo para ter um rosto de dar inveja começa na limpeza; aprenda a preparar a pele para uma maquiagem perfeita
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odo o mundo sonha em ter uma pele de pêssego, uniforme, lisinha e macia. Quando ela não é assim naturalmente, entram os produtos de beleza que, quando aplicados corretamente, dão esse efeito. “O segredo de uma cútis perfeita está na preparação: limpeza, tonificação e hidratação. São os passos fundamentais para a maquiagem dar o efeito ‘porcelana”, indica a maquiadora Anna Rizzo. “A limpeza elimina as impurezas e possibilita a renovação das células; a tonificação faz a remoção das células mortas, refresca e suaviza; e a hidratação repõe a umidade e retarda os sinais de envelhecimento, além de fornecer nutrientes e emolientes”, explica a ‘make-up artist’ Guetti Reis. Eis que chega o momento de começar a fazer a maquiagem. Mas que tom usar? “Para não errar na hora da escolha, é sempre bom testar no maxilar e comparar o tom do produto com o rosto, o pescoço e o colo. Tanto a base quanto o pó ou o corretivo precisam desaparecer quando aplicados, senão pode ficar artificial”, ensina Guetti.
FOTO - Moda 09.09.2013 - Lily Collins. (Foto: Divulgação)
A apresentadora Ticiane Pinheiro é maquiada antes de entrar no ar no “Programa da Tarde”, da Record
A tonalidade do corretivo varia de acordo com a imperfeição que se quer camuflar. “Os mais azulados e levemente lilases são ótimos para quem tem sardas; enquanto os esverdeados cobrem perfeitamente sinais de vermelhidão, e os amarelados corrigem olheiras e outras manchas arroxeadas. É muito importante que o corretivo tenha textura leve e, de preferência, mais fluida, para que crie camadas finas e sobrepostas que deixam a cobertura mais delicada e natural”, sugere Anna. Já o pó deve ter a mesma tonalidade da base. “Ou, ainda, ser translúcido, o que é indicado para peles que precisam de maior correção, pois finaliza a cobertura, fixando os produtos e dando um acabamento acetinado na pele maquiada”, conclui a maquiadora. E, para quem está com o tempo curto, o produto três em um – que reúne base, pó e corretivo – é a melhor solução. “Ele acumula várias funções em um só produto e oferece uma cobertura mais suave – suficiente para o dia a dia, mas não para eventos”, diferencia Guetti. Quem dá dicas de ouro para ter uma pele sempre bela é Ticiane Pinheiro. “Já que fico a semana inteira maquiada, nos fins de semana, não costumo passar nada, para deixar a pele respirar. E não durmo maquiada de jeito nenhum”, conta a apresentadora do ‘Programa da Tarde’ (Record). Laís Oliveira / Folhapress
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Uma vida com significado
m busca de sentido” é o emocionante relato do psiquiatra judeu Viktor Frankl sobre como ele sobreviveu, de 1942 a 1945, em quatro campos de concentração, após a mãe, o pai, o irmão e a esposa terem sido assassinados pelos nazistas. Ele morreu em 1997, aos 92 anos, depois de publicar inúmeros livros com uma proposta de análise existencial elaborada a partir da trágica experiência. Para Frankl, as particularidades de cada indivíduo, principalmente de seus valores, definem o sentido de cada vida. O significado da vida pode se encontrado de diferentes maneiras: no trabalho, na criação, no amor, na família, na amizade e também na atitude que se tem em relação ao sofrimento inevitável. Ele chamava de “vazio existencial” a sensação de inutilidade e de falta de sentido da própria vida. Ele alertava: “Não procurem o sucesso. Quanto mais o procurarem e o trans-
MIRIAN GOLDENBERG
Enxergar os problemas com bom humor é um truque útil para a arte de viver e envelhecer com significado formarem em alvo, mais errarão. O sucesso vai persegui-los precisamente porque vocês se esqueceram de pensar nele”. O mesmo pode ser dito sobre a felicidade. Ela só aconteceria como efeito colateral e natural da dedicação a uma causa maior do que a própria felicidade. Frankl dizia que o mundo estava em uma situação muito ruim, mas que poderia ficar ainda pior se cada um não fizesse o melhor que pudesse. Ele apostava na capacidade humana de transformar criativamente os aspectos negativos da vida em algo construtivo. Todos seriam capazes de mudar a si mesmos e o mundo para melhor.
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Na luta para sobreviver, Frankl propôs a um amigo do campo de concentração um compromisso mútuo de inventarem ao menos uma piada por dia. Ele acreditava que não havia arma tão poderosa para a autopreservação como o humor. O humor é fundamental para que as pessoas criem uma distância necessária para enfrentar as situações mais adversas e miseráveis. Viktor Frankl foi uma importante inspiração para encontrar o significado da minha própria vida e também para muitas reflexões que estão no meu livro “A bela velhice”. Aprendi com ele que buscar enxergar os problemas com uma perspectiva bem-humorada é um truque bastante útil para a arte de viver (e de envelhecer) com significado. MIRIAN GOLDENBERG antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br
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Incentivando o hábito da leitura aos filhos
Estimular a leitura de um filho – que ainda está no começo da vida – é mais que um gesto de afeto
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tualmente, mães e pais, que até anos atrás tinham papéis bastante definidos socialmente, mostram mais liberdade para optar pelos rumos da vida, conforme suas próprias vontades. Desta forma, verificamos cada vez mais mães ocupando espaço no campo profissional, enquanto pais passam a desempenhar tarefas que antes eram apenas delas, tais como cuidar dos filhos ou da rotina de casa. Além do mais, o número sempre crescente de filhos de pais separados modificou a família tida como tradicional e, em várias situações, forçou os pais a abrir mão da condição de provedor, levando-os a participar mais ativamente na educação dos filhos. E num país culturalmente ‘carente’, como o nosso, esse novo pai pode realizar um papel fundamental no incentivo da leitura entre filhos, netos ou sobrinhos. Segundo os especialistas, as crianças precisam da referência
adulta masculina para se espelharem. É o pai que ocupa esse espaço, em especial durante a adolescência, quando os jovens atravessam fase conturbada de inseguranças e questionamentos. Em diversos encontros profissionais entre os especialistas da área, comenta-se bastante a função materna na educação dos filhos, mas é raro se observar alguma menção à importância do pai. Isso talvez possa ser explicado, pelo fato do número de leitoras ser bem maior ao de leitores. Parece incrível, mas é normal pais preocupados com os filhos que passam o dia em casa lendo, ao invés de estarem se divertindo com os colegas, “como toda criança normal”. Vários pais chegam a procurar psicólogos para diagnosticar e, se puder, mudar o suposto ‘distúrbio’. É interessante perceber que esses responsáveis são os mesmos que cobram notas boas dos filhos na escola, ignorando que a leitura Vilas Magazine
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regular é exatamente o maior agente de um bom desempenho no colégio. A criança que lê constantemente possui maior capacidade de concentração e de entender um idioma escrito; automaticamente, tem condições de se sair melhor nas aulas e nos estudos. Incentivar a leitura para uma criança – mesmo as que ainda estão dando seus primeiros passos – é mais que uma atitude de afeto; é uma postura inteligente perante as demandas de uma sociedade competitiva, onde o conhecimento passa a ser mais importante ainda nos dias de hoje. CRIANDO FILHOS LEITORES Determinadas atitudes são essenciais para que a tarefa de criar bons leitores em casa seja um sucesso. Primeiramente, o exemplo. Numa família onde ninguém tem o hábito da leitura, não é fácil despertar o interesse pelos livros. Ainda mais atualmente, quando
o livro está competindo com os jogos eletrônicos, com a web, com filmes de ação ou desenhos super animados. Se o filho cresce observando o costume da leitura nos adultos da família, terá sua curiosidade despertada de forma natural. O trabalho se complementa quando se leva o filho às livrarias para que, desde pequeno, faça opção pelos seus livros de história. É essencial folhear, observar as imagens, pegar o livro com a capa que chama a atenção, ler um trecho ali mesmo de pé. E se o filho quiser um outro tipo de leitura, como quadrinhos ou revistas de esportes, também é interessante. É melhor qualquer tipo leitura do que não ler nada. O essencial no começo é criar o costume e despertar para a magia da leitura. A ação de ler desperta a fantasia ao mesmo tempo em que cria novos saberes a partir de várias visões da realidade. As pessoas lêem o tempo inteiro. Outdoor, rótulos de embalagens, faixas, etc. Estamos na era da comunicação pelas imagens. Sempre somos convidados a ler textos não-verbais. Logo, é preciso dar valor também a esse tipo de texto. Em determinados textos, a imagem fala mais do que as próprias palavras, logo, esse tipo de leitura é uma necessidade atualmente e por meio dela podemos estimular a capacidade leitora de nossos filhos. UM TIPO DE LIVRO PARA CADA FAIXA ETÁRIA Dos 18 meses aos três anos é aconselhado colocar entre os brinquedos, livros de papelão, plástico ou pano, com imagens que incentivem o bebê a explorar o ambiente através do tato e nomear os objetos. Entre três e seis anos, são recomendados livros com imagens simples e de fácil comunicação visual e enredos menores, com temas de humor e mistério, pois as crianças usam atividades lúdicas no seu impulso de conhecer o mundo verdadeiro e a linguagem nesse período. A participação dos pais é fundamental no processo de tornar a leitura interessante e incluir o filho como um participante ativo, fazendo-o interagir com a história através de perguntas, ou solicitando que conte novamente a história em uma outra situação. Já na faixa dos seis aos oito anos, é que
a criança começa o aprendizado da escrita. A atividade carece ainda do predomínio da figura paterna como instrumento para auxiliar a criança a compreender o texto. Desta forma, as situações apresentadas precisam ser simples, referir-se ao mundo maravilhoso ou do dia-a-dia, com toques de humor. Outra recomendação é procurar histórias com personagens bastante definidos quanto ao caráter, para não permitir que a criança se confunda quanto a esse valor. Dos oito aos 10 anos, quando a criança
grande variedade de livros para essa idade, como crônicas, novelas de aventuras, mitos, ficção científica, policial, documentários, histórias de animais. Depois dos 12 anos, a criança está mais crítica e, por dominar completamente a leitura, tem capacidade de refletir mais profundamente o texto. Um adolescente que foi motivado no decorrer de sua vida para a atividade da leitura, que frequentou livrarias, sabe o que deseja ler, não apenas por seus interesses, mas por já estar acostumado a atividades do gênero. COMO INCENTIVAR A LEITURA Muitas crianças gostam de ficar em casa, se divertir e curtir a família, e esse momento pode ser aproveitado para estimular o costume de ler. E dedicar momentos ao prazer da leitura entre pais e filhos é essencial para o desenvolvimento lúdico, emocional e intelectual da criança. A experiência de conversa com a leitura aumenta possibilidades e faz com que os filhos tomem emprestadas as experiências e os sentimentos dos personagens.
já possui mais domínio da leitura, são recomendados livros com imagens dentro de uma relação entre texto e imagem, de modo a melhorar a compreensão do texto. As frases seguem simples, mas precisam ser trocadas aos poucos por períodos compostos por coordenação. Entre 10 e 12 anos, a criança já domina a leitura, possui mais capacidade de se concentrar e de entender a vida nos livros. Os textos podem ser maiores, com uma linguagem mais trabalhada, com imagens ou não. Existe uma Vilas Magazine
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DICAS n Decore o local de leitura com recursos lúdicos. Caixinhas com tecidos de texturas variadas e tonalidades diferentes, instrumentos que estimulem à sonoplastia ou à formação de enredos, tudo isso faz com que os leitores mirins passem a se envolver com as histórias, criando-as novamente após ouvir os contos ou ver as imagens dos livros. n Deixe livros espalhados em diversos locais da casa. Entre uma diversão e outra, ou ao parar para descansar, o filho pode ter uma atração por algum livro que fique próximo e se interessar pela leitura. n Deixe o ambiente com muita cor e leve, com luz natural, se puder, o efeito ficará melhor. O ambiente de leitura precisa acolher e convidar ao lúdico. Use detalhes como quadros ou painéis, e, especialmente, móbiles com várias referências a histórias famosas. n Para formar um leitor é um trabalho contínuo e dificilmente ocorre sem que os pais participem. Assim, é recomendado ler sempre, contar histórias, dividir experiências de leitura, transformar suas histórias em narrativas ou músicas.
CULTURA
7 anos de escravidão no Brasil
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nquanto há filas para ver “12 Anos de Escravidão”, vencedor do Oscar de melhor filme, figuras brasileiras de trajetória similar à de Solomon Northup estavam fadadas ao esquecimento ou à reverência apenas de estudiosos. É o caso do abolicionista baiano Luiz Gama (1830-1882), advogado e ativo republicano que passou a infância como escravo, vendido pelo próprio pai. “Espero que o sucesso de “12 Anos” alavanque o interesse pela história de Gama e tantos ex-escravos brasileiros”, diz a escritora Ana Maria Gonçalves, que trabalha no roteiro de uma série e um filme sobre o personagem. O livro de Gonçalves “Um Defeito de Cor”, que romanceia a vida da provável mãe de Gama, Luiza Mahin, também deve ir à TV. Depois de chamar a atenção do cineasta Fernando Meirelles, o texto pode virar série global, com direção de Luiz Fernando Carvalho. Gama nasceu na Bahia, de mãe africana e pai baiano. Escravizado, foi enviado ao Sul, exposto em leilões, e acabou em São Paulo, onde serviu o comerciante Antonio Pereira Cardoso por sete anos. Aos 17, num lance que mistura acaso e persistência, aprendeu a ler e escrever com um pensionista de seu senhor, o estudante de direito Antônio Rodrigues do Prado Júnior. Obteve os documentos que provaram que nascera livre e deixou o cativeiro. Seu relato dos anos como escravo está em uma carta escrita em 1880 ao amigo Lúcio de Mendonça. “A carta de Gama é um documento único da história do Brasil. Nos EUA, as narrativas de escravos e ex-escravos estão no nascedouro da literatura negra. Aqui, só conhecemos esse documento de um ex-escravo que tenha se tornado figura pública proeminente”, diz Lígia Fonseca Ferreira, professora da Unifesp e especialista na obra de Gama. Ferreira tem críticas a “12 Anos”, mas o considera importante. “Quantos não se fizeram sobre o Holocausto? Muito mais que a escravidão africana, uma história de 400 anos que precisa ser melhor entendida, sobretudo no Brasil.”
MILITÃO AUGUSTO DE AZEVEDO / REPRODUÇÃO
Séries e filme vão contar a história do abolicionista baiano Luiz Gama, que nasceu livre mas foi vendido pelo próprio pai como escravo
Retrato do abolicionista reflete momento de transformação social vivida pelo país em meados do século 19
Luiz Gama defendeu negros nos tribunais e libertou mais de 500 Para estudiosos, parte de sua história pode ter sido inventada para denunciar ilegalidades
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s estudiosos de Luiz Gama insistem que sua história pode revelar mais do que uma trajetória pessoal épica. Para os historiadores, seu retrato mostraria como o Brasil vivia um momento de intensa transformação social em meados do século 19. “Na Bahia, havia muita mobilidade, famílias compostas fora do padrão, como a de Luiz Gama, e abertura em termos culturais e morais por causa do porto de Salvador, um dos mais importantes do mundo então”, diz a escritora Ana Maria Gonçalves. “Fã incondicional” de Gama, João José Reis (“A Morte É uma Festa”), o mais importante historiador da escravidão brasileira, diz que nem tudo o que o abolicionista contava sobre si pode ser confirmado com documentos – e que muito daquilo pode ser uma fábula construída. Por exemplo, Gama dizia ser filho de Luiza Mahin, uma figura símbolo do feminismo negro que teria lutado na Revolta dos Malês (1835). “Existe a possibilidade de que tenha escrito uma história exemplar e extrema para denunciar casos de escravização ilegal de pessoas livres por ele defendidas nos tribunais”, afirma Reis. Gama foi responsável por libertar mais de 500 negros, a quem prestava serviços
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grátis como advogado. “Para pensar o Brasil de hoje, talvez Gama seja mais importante como símbolo do que Zumbi”, diz Lígia Fonseca Ferreira. Morto aos 52 anos, em São Paulo, a seu enterro, no cemitério da Consolação, compareceram mais de 3.000 pessoas. “Escravos e ex-escravos batiam-se com conhecidos escravocratas para carregar seu caixão”, conta Ferreira. “Sua história é talvez mais inspiradora do que a de “12 Anos”, porque ele se colocou na linha de frente do abolicionismo. É uma dramaticidade incrível. Eu quero muito ver esse filme”, diz Reis. O historiador reforça que os arquivos brasileiros estão cheios de “relatos incríveis de pessoas ilegalmente escravizadas” que não teriam sido contados porque abolicionistas brasileiros “preferiram falar pelos escravos”. Já Gonçalves conta, ainda, que era comum negros livres se fazerem passar por escravos, também, para não serem alvo de sequestros e maus-tratos. Sylvia Colombo / Folhapress
Coletâneas reúnem produção do abolicionista
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mais completa coletânea de textos de Luiz Gama é o livro “Com a Palavra, Luiz Gama”, da historiadora Lígia Fonseca Ferreira (ed. Imprensa Oficial; 304 págs., R$ 55). Reúne poemas, artigos e cartas. Entre os textos, estão o relato de seus anos como escravo e o comovente artigo de Raul Pompeia escrito quando o abolicionista morreu. Ferreira defendeu sua tese sobre Gama na Universidade Paris 3 - Sorbonne. A professora da Unifesp também organizou parte de sua obra poética, em “Primeiras Trovas Burlescas de Getulino” (ed. Martins Fontes; 326 págs., R$ 66,98). Entre as biografias, a principal publicada ainda é “Orfeu de Carapinha - A Trajetória de Luiz Gama na Imperial Cidade de São Paulo” (ed. Unicamp; 280 págs., R$ 29), de Elciene Azevedo. Há também “Luiz Gama”, de Luiz Carlos Santos, para a coleção “Retratos do Brasil Negro” (Selo Negro; 120 págs., R$ 24). “Luiz Gama: O Advogado dos Escravos” (ed. Lettera.doc; esgotado), de Nelson Câmara, tem prefácio de Miguel Reale Júnior. No terreno da ficção, está “Um Defeito de Cor” (ed. Record; 952 págs., R$ 85), de Ana Maria Gonçalves, que ficcionaliza a vida de Luiza Mahin, que teria sido a mãe de Luiz Gama. Ainda não se fizeram coletâneas exclusivamente de sua obra jornalística. Em 1864, ao lado do caricaturista Ângelo Agostini (1843-1910), Gama fundou o semanário “Diabo Coxo”, primeiro jornal ilustrado da cidade de São Paulo. Sylvia Colombo / Folhapress
Antologia de contos mundiais é reeditada ‘Mar de Histórias’, organizada por Paulo Rónai e Aurélio Buarque de Holanda, volta após uma década indisponível
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mais minuciosa antologia de contos mundiais já editada no Brasil precede em décadas a internet, quando narrativas de todos os tempos e países se tornaram facilmente acessíveis, e ainda não encontrou substituta à altura. Esse material ficou por mais de dez anos indisponível e ganha agora reedição. Trata-se de “Mar de Histórias” (Nova Fronteira), coleção com dez volumes com textos garimpados, traduzidos, comentados e organizados, durante 45 anos, pelos pesquisadores Paulo Rónai (1907-1992) e Aurélio Buarque de Holanda (1910-1989). Espécie de “árvore genealógica da mais aristocrática das formas literárias contemporâneas” – como definiu em 1946, após a publicação do livro um, o crítico português João Gaspar Simões – , a série reúne 245 textos de quase 200 autores, conhecidos ou anônimos, de mais de 40 países. As mais de 3.500 páginas Coleção, produzida ao longo de abrangem de um ancestral pri45 anos, reúne 245 textos meiro espécime do conto policial, o egípcio “A História de Rampside autores de mais de 40 países nitos”, a narrativas de grandes em cerca de 3.500 páginas nomes do século 20, como Aldous Huxley, Franz Kafka e Lima Barreto. A reedição tem o mérito de chegar também na versão digital, embora o conjunto não saia em conta – quem quiser os dez títulos desembolsará R$ 400 pelas edições impressas ou R$ 274 pelos e-books. TRADUÇÃO Para o leitor de hoje, faltam notas que contextualizem limitações enfrentadas pelos organizadores, como a dificuldade de acesso a textos raros num tempo prédigitalização de bibliotecas. “Eles usaram traduções indiretas quando não falavam o idioma de origem. Hoje, poderiam cotejar traduções diferentes, o que reduz a margem de erro”, diz Nelson Ascher, especialista na produção de Rónai, tradutor húngaro que se radicou no Brasil. Mas, para Ascher, o nível de qualidade do trabalho da dupla garante à antologia o status de melhor trabalho do gênero produzido no país. “Há um vácuo de antologias. A Cultrix publicou nos anos 1950 uma série de livros de contos de várias nacionalidades [Maravilhas do Conto Universal’], mas não acredito que o Mar de Histórias’ tenha um rival’”, afirma. Leila Name, diretora editorial da Nova Fronteira, destaca na reedição um “trabalho invisível, mas fundamental”. “Hoje temos uma lei de direitos autorais seguida internacionalmente. Dirigimos grande esforço e recurso financeiro para a liberação dos textos eleitos pelos organizadores.” No livro “A Tradução Vivida” (José Olympio), Rónai conta que traduziu os textos em grego, latim, inglês, italiano, alemão, russo e húngaro, enquanto o colega, além de verter do francês e do castelhano, revisou suas traduções – já que Rónai não era u falante nativo do português. Vilas Magazine
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CULTURA
A pesquisadora Zsuzsanna Spiry lista, no estudo “Paulo Rónai, um Brasileiro Made in Hungary”, os critérios da seleção dos textos, da qualidade à capacidade de não falar só a “gourmets” literários. Outro critério, como ela escreve, “só ocorreria a um crítico literário”: a opção por contos menos conhecidos de nomes celebrados. Isso fez com que a dupla optasse, por exemplo, por um Hans Christian Andersen para adultos (“A Sombra”) e uma sátira de Maquiavel (“Belfagor. Novela Agradabilíssima”), mais lembrado pela obra política. Raquel Cozer / Folhapress
MAR DE HISTÓRIAS ORGANIZAÇÃO Paulo Rónai e Aurélio Buarque de Holanda Ferreira EDITORA Nova Fronteira QUANTO R$ 39,90 (cada livro físico) e R$ 27,40 (cada e-book)
Para contistas, 11º volume teria Jorge Luís Borges e Clarice Lispector
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um eventual 11º volume de “Mar de Histórias”, não poderiam faltar os argentinos Jorge Luís Borges e Julio Cortázar, os brasileiros Clarice Lispector e João Guimarães Rosa e os americanos Isaac Bashevis Singer e John Cheever. Esses foram os nomes mais recorrentes em listas que especialistas fizeram a pedido da Folhapress, pensando em contos a partir de 1925, data final do décimo volume da coleção. Participaram da seleção os contistas Antônio Carlos Viana e João Anzanello Carrascoza, Cíntia Moscovich, vencedora do Portugal Telecom 2013, Carlos Henrique Schroeder, criador do Festival Nacional do Conto, e Ítalo Moriconi Jr., organizador da antologia “Os Cem Melhores Contos Brasileiros do Século 20”. Aurélio Buarque de Holanda e Paulo Rónai não esclareceram por que interromperam a seleção em 1925, apesar de o volume dez ter saído só em 1989. No prefácio, dizem que resolveram encerrar após “oferecer à paciente curiosidade dos leitores alimento nutritivo e variado e traçar a evolução de um dos gêneros literários mais antigos e mais prestigiosos pelo mundo afora”.
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ARTIGO / Rosely Sayão
Ter e manter um filho
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er e manter um filho custa caro, segundo reportagens em revistas, jornais, etc. Nelas, há contas, inclusive, que apontam valores que a presença de um filho acrescenta ao orçamento da família. E isso se estende por uns 20 anos, mais ou menos. Ou mais, muitas vezes bem mais. No mundo do consumo, o valor financeiro das coisas é que está em questão. Por isso, quando alguém planeja ter um filho, considera primeira e antecipadamente o custo financeiro dele para, então, se preparar, se planejar. Ou postergar ou até mesmo desistir. Quem não conhece mulheres e homens que fazem ou já fizeram um tremendo sacrifício financeiro em nome do filho? Festas de aniversário com direito a recreacionistas, bufês, lembrancinhas etc.; viagens ao exterior; calçados ou roupas caras porque da moda; brinquedos e traquitanas tecnológicas de última geração; e mais: carro, escola, cursos extracurriculares, altas mesadas, aprendizado de língua estrangeira no exterior etc. Quase nada disso podemos considerar como absolutamente necessário, mas tudo é, certamente, altamente
desejado pelo filho ou pelos anseios dos pais em relação ao filho. A lista é enorme e não para por aí. Os filhos querem, querem, querem, querem sempre mais. Nunca estão satisfeitos. E os pais trabalham, trabalham, trabalham cada vez mais para ganhar mais e, assim, tentar satisfazer as necessidades e os caprichos do filho, que quase sempre custam bem caro. Conheço mães e pais que fizeram financiamentos, parcelaram uma grande quantia de dinheiro em inúmeras prestações, abdicaram de gastos pessoais, tudo para dar ao filho um “book” ou um belo “look”. Há também os que fazem esses gastos para garantir seu próprio sossego. Afinal, a criançada e a moçada aprenderam muito bem como lutar para conseguir o que querem, não é verdade? Mas, há outros tipos de sacrifício que os pais faziam pelos filhos e eles foram, quase todos, substituídos pelo sacrifício financeiro. Uma cena do filme “Billy Elliot” mostra um desses tipos de sacrifício. O filme se passa em uma pequena cidade da Inglaterra nos anos 80. O protagonista é
um garoto de 11 anos que se apaixona pelo balé, mas seu pai, um trabalhador comprometido com o movimento grevista dos mineiros, não aceita a escolha do filho até o momento em que se dá conta da possibilidade de o garoto ter uma vida melhor que a sua, dedicando-se ao balé. É nesse momento que ele sacrifica suas convicções – ideológicas e trabalhistas –, deixa de honrar a greve da qual participava ativamente para possibilitar ao filho a busca de seu sonho. Sim, ter e manter um filho custa caro, mas não vamos considerar agora o custo financeiro da questão. Vamos considerar o custo pessoal. Ter um filho custa horas de sono e muitas preocupações; custa mudanças de vida temporárias e renúncias; custa a necessidade de disponibilidade pessoal constante; custa abdicar de sonhos e projetos; custa paciência quando ela já se foi, custa perseverança mesmo quando cansados, e muito mais. É: realmente, ter filho custa bem caro, mas para se ter uma ideia aproximada desse custo, precisamos deixar de priorizar o custo financeiro que o filho acarreta. O verdadeiro custo, este não pode ser colocado em números porque é pessoal. Mas é certo que esse custo sempre é alto, mesmo quando não reconhecemos isso.
ROSELY SAYÃO, psicóloga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação.
ORIENTAÇÃO AOS LEITORES E TOMADORES DE SERVIÇOS DA REVISTA VILAS MAGAZINE A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.
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Janelas Abertas GILKA BANDEIRA
Deus, de por paz para todos, virtude de enganar com um clareado a fantasia da gente, empuxar coragens. Cabia ir descascando o feio mundo morrinhento..... O borrado sujo, o senhor larga na estrada, em indústrias escritas isso não se lavora.” Sim, é preciso se fazer instrumento da paz divina, destocar coragens, espalhar entusiasmos, garantir o aliviante e impulsionador quinhão de sonho, desfazer as feiuras do mundo, escamotear o que não presta para louvar o que bem merece, de modo alentar e elevar os corações rumo ao sublime. Difícil ignorar choros de um lado e gemidos do outro e encarar a própria impotência. Mas escrever é uma missão. Necessário cumpri-la, conforme ensina Zito, já que, quando leitora é de textos que seguem essa receita que gosto de ler. Então, respiro fundo, chego à janela, e, acompanhando o incessante ronronar marinho, estendo o olhar ao longe, por sobre as árvores no caminho, ao horizonte, quase sem distinção de azul entre o céu e o mar. Penso no que há detrás daquela longínqua linha, que se diz imaginária, na realidade simples ilusão de ótica a mostrar a redondeza do mundo, onde tudo se emenda e se funde numa linda bola azul. Também estabelece limite entre terra e céu, mas tenuemente, ilusoriamente, a indicar que em verdade separação não há. As vistas param no horizonte – embora alcance maior não tivessem para mais, a barreira parece ser apenas a imprecisa linha – mas o não visto chega de alguma forma: na lembrança da chanson, ouvida recentemente, ou duma praça florida entre velhos prédios com mansardas retratada numa tela contemplada em museu. Vem na recordação das tantas universais narrativas lidas. Vem, sobretudo, na imaginação. O mundo, o vasto mundo pulula enquanto nós cumprimos nosso cotidiano, enquanto eu me ponho aqui a simplesmente olhar a espera que algo chegue ou aconteça. Algo com que possa entreter ou tocar a alma dos leitores. Algo que provoque a tão ansiadas mudanças. Algo que cesse a turbulência já demorada demais. Um urubu levanta voo, ergue-se, plaina, vem nas correntes de ar, em minha direção, trazendo meus olhos para mais perto. O dia se faz mais azul. As raras nuvens ralas se concentram atrás da vegetação à esquerda. Bom ver o denso verde que felizmente ainda resiste por aqui. A negra ave continua exibindo seu invejável voo solitário. Uma tímida brisa amaina o típico abafado calor outonal e faz algumas folhas de coqueiros preguiçosamente se mexer. Um cão late ao longe, apesar de não ser madrugada... Aos poucos, o incômodo silêncio expetante vai sendo quebrado. Os sabiás gorjeiam namorando... Tudo parece exato nos conformes de Deus, cena e cenário se harmonizando. As dores podem ser um despropósito no edênico panorama, mas a beleza do paraíso com certeza serve para amenizar os sofrimentos... Inevitável não reafirmar a confiança na sábia regência universal e cantar: “É a vida, é bonita e é bonita”. Que os leitores possam fazer coro e que este coro se propague, pacificando todos os corações.
Cenário e cenas
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em sempre o cenário casa-se bem com a cena. Assim nos palcos como na vida, onde a incomplacência das moiras não leva em conta a tão caprichada cenografia do Grande Arquiteto do Universo. Então, no sossego da clara manhã de outono, momentaneamente livre do característico mormaço, dá-se a aflição da escrevinhadora tentando produzir a crônica no final do prazo. Pensando melhor, a questão é menos das moiras e mais das musas que não atendem ao apelo de inspiração. Temas não faltam, mas a escrita não sai. Não basta ter assunto, aliás, tê-lo em quantidade é dificuldade a mais. Necessário é encontrar a abordagem devida e ter disposição d’alma. Não havia novidade nesta labuta e já não deveria causar inquietação que continua causando todos os meses. Antes que se ache o fio da meada, há sempre este momento angustiante em que se é incapaz de fazer alguma coisa aparecer na tela do monitor. O tempo passa (a duração varia, mas sempre maior que o tolerável) e nada vem. Analisam-se as matérias jornalísticas à disposição, buscam-se ideias, abrem-se baús, observa-se o entorno, perscruta-se o ser. Na agonia, com muito esforço, esboçam-se frases aleatórias, que não levam a lugar nenhum. Enfim, sem que se saiba como, de repente, se apruma o rumo. Daí a coisa flui, na fase prazerosa da escrita, embora a tensão só seja liberada no ponto final, e às vezes, nem logo. E enquanto dura a fase dura se faz um ‘nariz de cera’, deste tamanho! E agora? Agora que o ‘nariz de cera’ acabou? Agora que a fase dura não passou e as musas permanecem inclementemente indiferentes às súplicas? Mas, a bem da verdade, hoje talvez a questão não seja propriamente a ausência de inspiração, mas da inquietude do coração que impede a aproximação das musas e faz a melancolia rondar atrás das já muito duradouras preocupações e estafantes pelejas. Quando se está no meio da tempestade, a bonança sempre muito tarda. No calor da refrega, sem tempo para pensar, ainda se aguenta. Pior é quando nas curtas tréguas da luta a esperança fraqueja e o pântano da tristeza se abre em frente. Volto ao começo, constatando mais uma vez, que nem sempre o cenário casa-se com a cena. O dia, lindo como ele só, e eu aqui a falar de coisas feias. Deve ser pecado mortal falar em tristeza diante de um dia assim. Bem sei que a tristeza é aboio de chamar demônio. E os leitores, e nem o dia, merecem nada disto. Melhor tentar seguir o conselho que Zito (vaqueiro, guia, cozinheiro, poeta, personagens) deu a Guimarães Rosa: “Pelo que pensava, um livro, [ou uma crônica, acrescento eu] a ser certo, devia de se confeiçoar da parte de
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l SAÚDE & BEM-ESTAR . .........................................48 a 72
l AUTO & CIA........................................................124 a 127
l GASTRONOMIA.....................................................74 a 82
TRIBUNA DO LEITOR.............................................128 a 129
l FESTAS....................................................................83 a 88
TÁBUA DAS MARÉS / FASES DA LUA...............................131
l FACILIDADES & SERVIÇOS...................................89 a 123
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CARDIOLOGIA
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CARDIOLOGIA
CLÍNICA GERAL
CLÍNICA
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CLÍNICA
CLÍNICA
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CLÍNICA
CLÍNICA MÉDICA
CLÍNICA MÉDICA
DIAGNÓSTICO POR IMAGEM
CLÍNICA MÉDICA
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ENDOCRINOLOGIA
ENDOCRINOLOGIA
ESPAÇO TERAPÊUTICO
ESPAÇO TERAPÊUTICO
ESTÉTICA
ESTÉTICA
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ESTÉTICA
ESTÉTICA
ESTÉTICA
ESTÉTICA
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ESTÉTICA
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ESTÉTICA
ESTÉTICA
FARMÁCIA
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FARMテ,IA
FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA
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FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA
E-mail: gisellifisio@yahoo.com.br
FISIOTERAPIA
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FISIOTERAPIA
FISIOTERAPIA
FONOAUDIOLOGIA
GASTROENTEROLOGIA
GERIATRIA
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GERIATRIA
HOMEOPATIA
LABORATÓRIO
MASSOTERAPIA
MEDITAÇÃO
NUTRIÇÃO
NUTRIÇÃO
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NUTRIÇÃO
ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
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ODONTOLOGIA
OFTALMOLOGIA
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OFTALMOLOGIA
ONCOLOGIA
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OTORRINO
OTORRINO
DOR DE OUVIDO | RINITE | SINUSITE RONCO | DOR DE GARGANTA CORPO CLÍNICO QUALIFICADO Drª Karina Rebello Brandão Villas-Bôas, CRM 12804-BA - Diretora Médica
Drª Lislane Dias, CRM 17063-BA Drª Luciana dos Reis Mascarenhas, CRM 13227-BA Dr. Carlos Roberto Ribeiro Navarro, CRM 14563-BA
PRINCIPAS EXAMES Video Endoscopia Nasal | Video Faringolaringoscopia Video Endoscopia Naso-faríngea Para Avaliação Da Deglutição Audiometria Tonal, Audiometria Vocal | Srt | Imitância Acústica Ou Impedanciometria | Otoemissões Acústicas Ou "Teste Da Orelhinha" Tipo Produtos De Distorção | Vectoeletronistagmografia | Fonoterapia
OBS: Todos os médicos fazem parte da unidade de otorrino do Hospital Santa Izabel
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3369-3490 | 71 3379-7071 OTORRINO
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Avenida Luís Tarquinio 2580 Villas Trade Center, bloco 04 , sala 207 LAURO DE FREITAS
www.otorrinocare.com.br
OTORRINO
OTORRINO
PEDIATRIA
PILATES
Av. Praia de Pajussara, Qd: 09, Lt. 19, Loja 03. Vilas do Atl창ntico, Cep: 42.700-000 - Lauro de Freitas/BA. Vilas Magazine
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PILATES
PLANOS DE SAÚDE
PLANOS DE SAÚDE
PLANOS DE SAÚDE
PLANOS DE SAÚDE
PODOLOGIA
PRODUTOS NATURAIS
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PSICOLOGIA
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PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
PSICOLOGIA
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PSICOLOGIA
PSICOTERAPIA
PSICOPEDAGOGIA
PSICOTERAPIA
PSIQUIATRIA
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PSIQUIATRIA
TERAPIA
UROLOGIA
ZÉ CARLOS BARRETTA / FOLHAPRESS
Trabalho de parto Em 85% das empresas, menos da metade das mulheres volta ao trabalho após dar à luz
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arquiteta Cintia Costanzi, 40, voltou a ter um emprego em setembro, depois de mais de três anos em que esteve cuidando dos filhos. A história profissional de como a maternidade de Constanzi alterou a sua vida profissional não é só dela: empresas brasileiras são as que mais veem suas funcionárias irem embora depois do período de licença-maternidade, mostra uma pesquisa da consultoria Robert Half feita em 14 países. Entre cem diretores de RH ouvidos no Brasil, nenhum disse que a chance de uma profissional voltar ao trabalho depois da licença é alta (maior que 75%). Em 85% das empresas, menos da metade das mulheres volta ao cargo. Para as empresas, o fato de muitas mães não voltarem é ruim porque “é difícil encontrar pessoas especializadas”, afirma Marta Chiavegatti, 31, gerente da Robert Half. “É importante ter ferramentas de retenção dessas profissionais”, diz. Ela cita a oferta de trabalho em horários flexíveis para que a profissional possa compatibilizar suas diferentes atividades. Esse índice baixo de volta ao trabalho, se comparado a outros países, não deve ser interpretado como uma escolha da mãe, diz Débora Diniz, professora da UnB (Universidade de Brasília). Antes, diz, é “um sinal de que algo está errado no suporte público para o retorno ao trabalho”. Ela cita falta de creches com horários expandidos e em locais variados. Vilas Magazine
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Cristiane Lázara ficou um ano e mio sem trabalhar após o nascimento da filha.
BRUNO POLETTI / FOLHAPRESS
Diniz diz que, entre mulheres de nível hierárquico mais alto, a volta é maior. A pesquisa verificou isso: entre as que ocupam cargos gerenciais, a chance de voltar é maior do que 50% em 63% das empresas. Isso acontece no mundo inteiro, mas no Brasil especialmente. SAIR E ENTRAR Em 2009, Costanzi engravidou de gêmeos. Mas perdeu um dos bebês e o outro necessita de cuidados especiais. O plano era voltar a trabalhar em seis meses, mas ela decidiu ficar mais tempo perto da criança. E nessa época ela engravidou novamente. “Meu marido precisou cuidar de todas as despesas”, diz. A socióloga Nina Madsen, do CFEMEA (Centro Feminista de Estudos e Assessoria) considera que um dos motivos que explicam a baixa taxa de volta ao cargo depois da licença-maternidade é a divisão do trabalho doméstico, que geralmente fica mais sob responsabilidade da mãe do que do pai. “Precisaria haver uma campanha pública para que os homens assumissem mais responsabilidades parentais. As mulheres saíram para o mercado, mas os homens não vieram
mais para casa”, diz. Ela cita que o fato de a licença-paternidade ser de cinco dias é um sintoma de como criar os filhos é visto, inclusive pela legislação, como atividade só feminina. Cristiane Lázara, 40, assistente-executiva da fabricante de tratores AGCO, é uma das que saíram do emprego depois da licença, mas no caso dela, foi uma coincidência. Ela trabalhava para uma empresa que foi vendida. Antes mesmo do período para poder ser mãe, ela já sabia que, ao fim do período, seria desligada. Ela aproveitou para ficar mais tempo cuidando da filha e só voltou a ter um emprego neste mês. “Não me arrependo. Esse um ano e meio que fiquei sem trabalhar foi fundamental.” O tempo que ela ficou fora do mercado é o mais comum para as mulheres que saem do emprego após o período de licença. Mas muitas mães nem mesmo voltam a trabalhar. Por enquanto, esse é o caso de Tatiana Manski Krongold Benitez, 37, mãe da Isabel. Ela foi demitida pouco depois de voltar da licença e, em 11 meses de procura, já fez dez entrevistas de emprego. “Já ouvi que não seria contratada porque estava em um momento diferente. Ou seja, já tinha uma filha. É uma Vilas Magazine
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visão míope, pois quem tem filho circula entre outras mães, faz contatos.” A consultora em carreira Mariá Giulise diz que as empresas podem ter “resistência com mães de filhos pequenos por considerarem que elas têm problema de mobilidade para viajar, ou para ficar até tarde no trabalho”. Ela recomenda que a profissional saiba, de antemão, se a vaga que ela está pleiteando exige isso e que, antes da seleção, já saiba como resolver essas questões. Além disso, no período em que a mulher estiver afastada, “precisa se atualizar para não perder o ritmo e o conhecimento”. Foi o que Laura Vieira, 35, deixou de fazer quando virou mãe da Júlia. Ela passou uma parte da gravidez enquanto acompanhava o marido em um MBA nos EUA, mas não aproveitou para fazer nenhum curso. “Não me reciclei profissionalmente.” Ela conta que, quando faz alguma entrevista para uma vaga, os recrutadores perguntam se ela havia feito alguma aula na área dela. E ela só estudou inglês no período de afastamento. Hoje, faz decorações artesanais para festas infantis. Dhiego Maia e Felipe Gutierrez / Folhapress.
FOTOS: RODRIGO SACRAMENTO / UOL
INGREDIENTES Almôndegas 250 g de calabresa fresca, 250 g de calabresa defumada, Molho agridoce picante, 2 colheres (sopa) de vinagre de maçã, 2 1/2 colheres (chá) de pimenta-calabresa em flocos, 2 1/2 colheres (chá) de páprica doce, 2/3 xícara de chá de açúcar refinado, 1/2
Almôndegas no vapor 1
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xícara de chá de água filtrada. MODO DE PREPARO Passo 1 Molho Junte todos os ingredientes em uma panela e deixe ferver em fogo baixo até formar um xarope Passo 2 Almôndegas Tire a casca das
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linguiças e corte em cubos grandes. Passe os pedaços por um moedor de carne. Caso não tenha um moedor em casa, utilize um processador. Você deverá conseguir uma massa homogênea Passo 3 Forme almôndegas de 25 g cada uma Passo 4 Utilize uma panela a vapor ou, se quiser improvisar, use uma panela com água fervente e um recipiente vazado que aguente o calor, como uma base para cozimento a vapor ou até mesmo um escorredor de macarrão de inox ou alumínio. Disponha as almôndegas, deixando espaço entre elas para facilitar que o calor alcance todas por igual, em um recipiente menor (pode ser um pires, por exemplo). Isso fará com que o caldo da carne seja guardado e ajude a dar suculência e sabor. Cozinhe por cerca de 15 a 20 minutos em vapor intenso. Tampe a panela Passo 5 Para saber se as almôndegas estão firmes e completamente cozidas, espete um palito. Você deverá conseguir levantar a bolinha com ele, sem que ela escorra. Sirva com o molho. Opcionalmente, decore com cebola desidratada.
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Crédito da receita: chef Breno Berdu
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AÇOUGUE
ALIMENTOS CONGELADOS
CAFETERIA
CULINÁRIA ESPANHOLA
CESTAS DE CAFÉ
CULINÁRIA ORIENTAL
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CULINÁRIA PORTUGUESA
DOCES & SALGADOS
DOCES & SALGADOS
DELIVERY 071 3379 - 4477 Av. Praia de Itapoan - Vilas do Atlântico
DOCES & SALGADOS
DOCES & SALGADOS
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LANCHES
LANCHES
PICOLÉ
PIZZARIA
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PIZZARIA
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PIZZARIA
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RESTAURANTE
RESTAURANTE
RESTAURANTE
RESTAURANTE
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ALUGUEL DE BRINQUEDOS
ALUGUEL DE BRINQUEDOS
ALUGUEL DE BRINQUEDOS
ALUGUEL DE BRINQUEDOS
ALUGUEL DE BRINQUEDOS
ALUGUEL DE MATERIAL
ALUGUEL DE Mテ天EIS
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ALUGUEL DE MÓVEIS
ALUGUEL DE ROUPAS
ANIMAÇÃO
ARTIGOS PARA FESTAS
BEBIDAS
BOLOS & TORTAS
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BRINDES
BUFFET
BUFFET
BUFFET
BUFFET
BUFFET
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BUFFET
DJ
DJ
DJ
DJ
ESPAÇO PARA EVENTOS
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ESPAÇO PARA EVENTOS
ESPAÇO PARA EVENTOS
ESPAÇO PARA EVENTOS
EVENTOS
FOTOGRAFIAS
FOTOGRAFIAS
GARÇOM
MESAS & CADEIRAS
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MESAS & CADEIRAS
MESAS & CADEIRAS
MÚSICA AO VIVO
PERSONALIZAÇÃO
ROSKAS
PERSONALIZAÇÃO
SONORIZAÇÃO
ORIENTAÇÃO AOS LEITORES E TOMADORES DE SERVIÇOS A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine
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ADM. DE CONDOMÍNIO
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ADVOGADOS
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ADVOGADOS
ÁGUA
ALUGUEL DE MÁQUINAS
ÁGUA / PURIFICAÇÃO
ANDAIMES
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ANDAIMES
ANDAIMES
ANTENAS
ANTENAS
AR CONDICIONADO
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ANTENAS
AR CONDICIONADO
ARQUITETURA
RESIDENCIAL COMERCIAL INTERIORES
WWW.ODECASAARQ.COM ODECASA_ARQ@HOTMAIL.COM
ARQUITETURA
ARQUITETURA
(71) 3289-5652 / 3026-7189 (71) 9183-0413 contato@astresarquitetura.com.br www.astresarquitetura.com.br
Av. Luiz Tarquínio Pontes 2580 Edf. Vilas Master Empresarial - BL. 4 - Salas 708/709 - Lauro de Freitas - Ba
ARQUITETURA
ARTESANATO
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ARTESANATO
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
Citytec
Atendimento Domiciliar
Salvador 3381-0035 ASSISTÊNCIA TÉCNICA
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
AULAS / CURSOS
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Lauro de Freitas 3015-0066
AULAS / CURSOS
AULAS / CURSOS
AULAS / CURSOS
AULAS / CURSOS
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AULAS / CURSOS
AUTO-ESCOLA
CARGAS
CARRETO
BRINDES
CARRETO
CHAVEIROS
CHAVEIROS
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COLCHÕES
COLCHÕES
CONSERTOS & COSTURAS
COMUNICAÇÃO
CONSTRUÇÃO CIVIL
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CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL
CONST. & REFORMA
CONSTRUÇÃO & REFORMA
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CONST. & REFORMA
CONTABILIDADE
CONTABILIDADE
CONTABILIDADE
CONTABILIDADE
CORTINAS
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CORTINAS
CORTINAS
villasdecortaboao@hotmail.com
Rua do Tabo達o, 37 - Pelourinho - Salvador
CORTINAS
CORTINAS & PERSIANAS
CORTINAS
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DECORAÇÃO
DECORAÇÃO
DECORAÇÃO
DESINSETIZAÇÃO
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DEDETIZAÇÃO
DESINSETIZAÇÃO
DESINSETIZAÇÃO
DESINSETIZAÇÃO
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DESINSETIZAÇÃO
DIVISÓRIAS
DIVISÓRIAS
ELETRICISTA
ELETRICISTA
ELETRICISTA
EMBALAGENS
ENTULHOS & PODAS
Aluguel de coletores para retirada de entulhos
ENTULHOS & PODAS RAPIDEZ QUALIDADE SEGURANÇA
8622-5019 EVITE MULTAS. COLABORE PARA MANTER LIMPA A NOSSA CIDADE Vilas Magazine
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ENTULHOS & PODAS
ESCOLA
ESCOLA
ESCOLA
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ESCOLA
ESCOLA
ESCOLA
ESCOLA DE DANÇA
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ESCOLA DE DANÇA
ESCOLA DE FUTEBOL
ESCOLA DE MÚSICA
ESCOLA DE MÚSICA
ESCRITÓRIO VIRTUAL
ESPIRITUALIDADE
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ESTOFADOS
ESTOFADOS
ESTOFADOS
ESTOFADOS
FOGÕES
FLORICULTURA
FOGÕES
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FOGÕES
FORROS
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FORROS
FORROS
FOTOGRAFIAS
GÁS
GESSO
GRÁFICA
IMOBILIÁRIA
HORTO
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IMテ天EIS
IMテ天EIS
IMテ天EIS
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IMÓVEIS
IMÓVEIS
INFORMÁTICA
INFORMÁTICA
INFORMÁTICA
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INFORMÁTICA
INFORMÁTICA
LAVAGEM DE TANQUE
INTERNET
JARDINAGEM
LAVANDERIA
LIMPA FOSSA
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LAVANDERIA
LIMPA FOSSA
LIMPA FOSSA
LIMPA FOSSA
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MADEIRA TRATADA
Preserve a Natureza, Use Eucalipto Tratado! USINA DE TRATAMENTO DE MADEIRA
Eucalipto e Pinus Tratados para: Pilares, Vigas,Caibros e Ripas; Madeira para telhado e Telhas de Madeira; Chuveirões, Portões, Escadas; Decks, Assoalhos e Forro de PinusTratado; Toquinhos e Dormentes para paisagismo; Estacas para Cerca. Estrada do Coco Km 14,5 - após o pedágio - Vila de Abrantes,Camaçari - Bahia Tel: (71) 3623-8750 - E-mail: cm@venturoli.com.br
MADEIREIRA
MADEIREIRA
MÁRMORES
MADEIREIRA
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MÁRMORES & GRANITOS
MAT. DE CONSTRUÇÃO
MATERIAL DE CONSTRUÇÃO
MATERIAL DE LIMPEZA
MATERIAL ESCOLAR
MODA
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MOLDURAS
MÓVEIS
MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO
MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO
MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO
MÓVEIS P/ ESCRITÓRIO
MÓVEIS PLANEJADOS
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Mテ天EIS PLANEJADOS
Mテ天EIS PLANEJADOS
Mテ天EIS PLANEJADOS
Mテ天EIS PLANEJADOS
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MÓVEIS PLANEJADOS
MUDANÇAS
ÓTICA
PAPEL DE PAREDE
villasdecortaboao@hotmail.com Rua do T Taboão, 37 - Pelourinho - Salvador
PAPEL DE PAREDE
PELÍCULA
PÁTINA
PAPELARIA
PERSIANAS
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PELÍCULA
PERSIANAS
PERSIANAS
PERSIANAS
villasdecortaboao@hotmail.com Rua do Taboão, 37 - Pelourinho - Salvador
PERSIANAS
PET SHOP
PET SHOP
PISCINAS
PINTURA
PORTÕES
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PORTÕES
REDES DE PROTEÇÃO
REDES DE PROTEÇÃO
REPAROS
SALÃO DE BELEZA INFANTIL
SALÃO BELEZA INFANTIL
SEGURANÇA ELETRÔNICA
SEGURANÇA ELETRÔNICA
SEGURANÇA ELETRÔNICA
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SEGURANÇA ELETRÔNICA
SEGURANÇA ELETRÔNICA
SEGURANÇA ELETRÔNICA
SEGURANÇA ELETRÔNICA
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SEGURANÇA ELETRÔNICA
SEGURANÇA ELETRÔNICA
SERRALHERIA
SERVIÇOS
SERVIÇOS
SERVIÇOS
SOMBREIROS
SERVIÇOS GERAIS
TÁXI
TÁXI
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Tテ々I
TELAS
TELAS MOSQUETEIRAS
TELAS MOSQUETEIRAS
TELAS MOSQUETEIRAS
TINTURARIA
TOLDOS
TOLDOS
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TOLDOS
TOLDOS
TOLDOS
TRANSPORTE
TRANSPORTE
TRANSPORTE
TRANSPORTE ESCOLAR
VETERINÁRIO
VETERINÁRIO
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VETERINÁRIO
VETERINÁRIO
VIDRAÇARIA
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Segunda mão Consumidores que preferem carros usados alegam que relação custo-benefício é melhor, mas é preciso cuidado com a manutenção
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arro novo é um objeto de desejo, mas existe um grupo que os evita. Esqueça transporte coletivo: essas pessoas também gostam de um volante, mas acreditam que o seminovo tem melhor relação custo-benefício. É o caso do engenheiro mecânico Franklin de Souza Ferreira, 33. Ele alega nunca ter comprado um zero-quilômetro. “Só terei um quando a depreciação, de cerca de 30% do valor do veículo nos três primeiros anos, for desprezível para mim.” Outro que foge dos novos é o engenheiro civil Pedro Mauro Lopes, 60. “Acho os preços praticados muito altos. Se gosto de um determinado modelo, espero alguns anos para comprá-lo.” Lopes é dono de um Alfa Romeo 156 (2.0) ano 2001. Pela tabela, o sedã italiano de luxo vale o equivalente a um hatch popular (1.0) básico – cerca de R$ 26 mil. Contudo, quem opta por um usado precisa ter ciência de que terá outras preocupações, como a procedência do veículo e a maior necessidade de manutenção. OFICINA Francisco Satkunas, diretor da SAE Brasil (Sociedade de Engenheiros da Mobilidade), explica que, em geral, a conta da oficina começa a ficar mais alta após o carro passar dos 45 mil quilômetros. Já Ferreira, que é dono de um VW Golf da geração passada, acredita em vida útil mais longa. “Modelos mais sofisticados tendem a não apresentar problemas graves até os 100 mil quilômetros. Mas isso dependerá da utilização do carro”. Outro argumento usado pelos adeptos dos seminovos (carros de um a três anos de uso) é que o motor, por ter alguma quilometragem e estar amaciado, tem rendimento mais próximo do ideal sugerido pelo fabricante. Propulsores bastante “rodados” ou desregulados também apresentam esses sintomas, porém quase sempre em grau mais acentuado. Diferentemente dos lançamentos (sujeitos a rejeição ou problemas iniciais de ajuste na produção), os seminovos costumam sofrem menos com a variação de humor do mercado, o que possibilita projetar a sua
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SÉRGIO LIMA / FOLHAPRESS
depreciação ao longo dos anos. Do ponto de vista comercial, os maiores abalos ocorrem quando a montadora tira o modelo de linha ou quando lança uma nova geração do carro, aponta levantamento recente feito pelo jornal Folha de São Paulo. Mas nem só de seminovos vivem os compradores consi-
Dono de um VW Golf usado, Franklin Ferreira não compra carro zero por opção
derados racionais. A psicóloga Cristiane Costa Cruz acabou de comprar um Renault Twingo ano 2001 com 90 mil quilômetros, pneus novos e ar-condicionado gelando. “Só tenho de dar um tapa na funilaria. Fiz as contas e decidi comprar um carrinho bem barato e em ótimo estado. Assim, meu custo mensal [incluindo os impostos] será baixo e não perderei muito dinheiro quando decidir vendê-lo”, argumenta. Continua na página 129 u
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Pneus, Freios, Injeção, Suspensão, Alinhamento, Troca de óleo, Escapamento
Baterias entrega e instalação
Desde
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Estrada do Coco, Km 4,5 - Lauro de Freitas - Ba
w w w.princesadasbaterias.com.br
20 dicas para comprar um carro usado Para evitar problemas, saiba o que deve ser checado antes de fechar negócio O mercado de carros usados anda aquecido, e há crédito para quem está disposto a dar uma boa entrada no financiamento. Se ficou mais fácil comprar, continua difícil avaliar se o veículo escolhido não esconde surpresas desagradáveis. Se você não pode contar com a ajuda de um mecânico, o jeito é se precaver para não entrar em uma fria. Confira os 20 principais itens que devem ser checados antes do fechamento do negócio.
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A psicóloga viveu dois meses sem automóvel na garagem até decidir comprar o compacto, que vale cerca de R$ 10 mil na tabela. Ela optou por não contratar seguro contra roubo ou aciden-
tes, mas teria dificuldades caso quisesse essa cobertura. Os “velhinhos” costumam ser rejeitados pelas seguradoras, que alegam dificuldade para encontrar peças novas de reposição, como exige a
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lei do setor. Cristiane já teve modelos zeroquilômetro, mas diz não ceder mais à tentação. “Não nego que é uma delícia inaugurar’ um carro, mas o custo é muito alto e logo ele
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deixa de ser considerado novo. Acho também que os veículos mais velhos são menos visado por assaltantes”, diz a psicóloga. Gustavo Henrique Ruffo / Colaboração para a Folhapress
TRIBUNA DO LEITOR
À comunidade de Vilas do Atlântico A Assembleia Geral para a comunidade do loteamento Vilas do Atlântico, realizada no Vilas Tênis Clube, em 10 de março, foi organizada, convocada e presidida pela SALVA – Sociedade dos Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico, comprovada pelos e-mails enviados aos associados, pelas faixas colocadas nas ruas e edital convite publicado na página 51, da edição 182, de março de 2014 da revista Vilas Magazine (32.000 exemplares). A SALVA continua sendo a única representante oficial e genuína da população deste loteamento, conforme Estatuto registrado no Cartório de Títulos e Documentos de Pessoas Jurídicas, livro A6, página 827, em 03/4/2003 e em consonância com a sua Missão: “promover melhoria contínua da qualidade de vida da comunidade do loteamento Vilas do Atlântico”. O objetivo dessa assembleia foi colocar o excelentíssimo senhor prefeito, dr. Márcio Paiva, e o seu secretariado, frente a frente com a comunidade deste loteamento, para abordar sobre o projeto de requalificação da orla de Vilas do Atlântico e esclarecimentos sobre o aumento do IPTU. Vale esclarecer que, embora poucos moradores criticassem a omissão da SALVA, quanto a esse projeto, esta Associação desconhecia da existência do mesmo, recebendo apenas algumas informações, ainda assim informais, tanto que foi feito uma correspondência ao prefeito, solicitando maiores esclarecimentos sobre o referido, a qual foi publicada na página 114, da edição 181, de fevereiro de 2014, da revista Vilas Magazine. Democraticamente, em uma assembleia geral, aberta a toda a comunidade do loteamento (associados, moradores e empresários) apresentam-se pessoas que desejam a melhoria da qualidade de vida coletiva, e outras que buscam a satisfação pessoal ou para atender a interesse grupal. Assim aconteceu. A exposição do projeto da requalificação da orla de Vilas do Atlântico foi feita pela secretária da SEPLAN, porém gerando muitas dúvidas e descontentamento aos presentes, que se manifestaram contrários ao referido projeto. Portanto, se a SALVA representa a comunidade de Vilas do Atlântico, sua posição é a mesma tomada pelos participantes na assembleia citada. Na avaliação da SALVA, o projeto é complexo, pouco viável e motivo para muitas reclamações da população do loteamento, principalmente nos pontos analisados: 1. Para a ampliação da largura do calçadão de Vilas do Atlântico, de 3,5 para 12
metros, seria necessário o corte dos terrenos das residências, ali instalados, em, pelo menos três metros. Além da revolta natural dos moradores do calçadão, a decisão desse corte pertence ao poder da União, a ser definida pela Superintendência do Patrimônio da União (SPU); 2. A instalação de oito quiosques, com a retirada das barracas, em nada resolveria o problema dos barraqueiros e instalaria uma situação mais complicada para os moradores; 3. A transformação das rotatórias das ruas transversais ao calçadão, que funcionam como acesso à praia, em espaços para ambulantes, além de não atenderem às necessidades dos frequentadores, transformar-se-iam em centros comerciais informais, ampliando-se os problemas já existentes com esses ambulantes; 4. Quanto ao estacionamento proposto, em Ipitanga, com 888 vagas, ficaria muito distante da praia de Vilas do Atlântico, principalmente para os idosos e cadeirantes, considerando que a extensão do calçadão é de dois quilômetros. A SALVA também lamenta a demolição das barracas de praia, algumas com estruturas de grandes restaurantes, principalmente: 1. Por alguns barraqueiros serem associados da SALVA; 2. Pelo extraordinário serviço prestado, há muitos anos, aos frequentadores do calçadão, quer sejam deste município, quer sejam turistas brasileiros e estrangeiros; 3. Pela diluição de patrimônios elevados, para a maioria dos barraqueiros, representando investimentos de uma longa existência; 4. Pelo problema social a ser criado, quando centenas de profissionais, muitos deles treinados pelos próprios donos das barracas, perderão seus empregos. Mas, o projeto de requalificação da orla de Vilas do Atlântico é apenas uma das preocupações da SALVA. As funções desta Associação são bem mais abrangentes. No início desta gestão (2013/2014) a SALVA elaborou um planejamento estratégico para atender ao loteamento Vilas do Atlântico, o qual foi aceito e aprovado pelo atual gestor executivo, dr. Márcio Paiva, comprometendo-se para a execução do mesmo, cujas atividades e ações destacavam-se, entre outras: l Implantação do sistema de esgotamento sanitário; l Recapeamento do asfalto de Vilas do Atlântico; l Revitalização e manutenção do calçadão de Vilas do Atlântico; l Manutenção da limpeza do Rio Sapato, em Vilas do Atlântico; l Proteção e cuidados com os animais de rua;
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l Revitalização do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico; l Reestudo e solução da mobilidade urbana de Vilas do Atlântico; l Educação ambiental e cuidado com o meio ambiente de Vilas do Atlântico; l Regularização da coleta de lixo (normal), varrição das ruas, poda periódica das árvores e implantação da coleta seletiva de resíduos sólidos de Vilas do Atlântico; l Reordenamento das calçadas de Vilas do Atlântico (públicas e particulares); l Melhoria da Segurança de Vilas do Atlântico; l Solução para a grande quantidade de ambulantes existentes em Vilas do Atlântico; l Reordenamento das áreas comerciais e residenciais de Vilas do Atlântico; l Revitalização das placas orientadoras das ruas de Vilas do Atlântico; l Disciplinamento das publicidades nas áreas públicas, com ordenação na colocação de faixas, cartazes e outdoor, em Vilas do Atlântico; l Transferência das barracas de frutas e verduras e da baiana do acarajé da praça junto ao Parque Ecológico e revitalização dessa praça; l Solução definitiva para o roteiro dos transportes públicos de Vilas do Atlântico; l Orientação para o estacionamento de veículos, em finais de semana, que ocupam a frente das garagens das residências locais; l Eliminação da poluição sonora, até altas horas da noite; l Atuação mais ostensiva dos guardas municipais; l Melhoria dos meios fios das ruas e avenidas de Vilas do Atlântico (troca dos quebrados, colocação de novos e pintura); l Aumentar o número de câmeras em Vilas do Atlântico, integradas à Central de Segurança de Lauro de Freitas; l Requalificar a iluminação pública; l Revitalização da praça, entre a igreja católica e o Colégio Apoio, em Vilas do Atlântico. Decorridos quinze meses, lamentavelmente muito pouco foi realizado por esta gestão pública, embora a SALVA mantenha, permanentemente, pressão, cobranças, denúncias e reuniões com as diversas secretarias e, também, com o próprio prefeito. Assim, a SALVA continuará exercendo suas funções, embora a pressão sobre a gestão pública dependerá do apoio da comunidade de Vilas do Atlântico, lembrando que esta população muito contribuiu para a eleição do senhor prefeito e, por isso, tem o direito de exigir o cumprimento das promessas de campanha. Coordenação Executiva da SALVA.
O triste fim da Cooperativa Educacional de Vilas do Atlântico Silvia Cruz Leite, na condição de última presidente da Cooperativa Educacional de Vilas do Atlântico, faz saber a toda comunidade de Vilas do Atlântico e adjacências que, no dia 6 de fevereiro de 2014, foi realizada uma reunião no recinto daquele estabelecimento, com a presença da secretária de Educação do município, dra. Adriana Lima Ribeiro da S. Paiva, suas assessoras, senhoras Arina Morais Lopes e Mariana Morais de S. Lopes e o Procurador do Município, dr. Leandro Andrade R. Santana, além de alguns cooperativados e alunos. Naquela oportunidade, fomos oficialmente notificados da rescisão do comodato do terreno onde funcionou por mais de 20 anos essa instituição educacional, concedido no governo do prefeito João Leão, em 9 de setembro de 1992, pelo prazo de noventa e nove anos, sob a justificativa de que alí será instalada uma escola para “alunos especiais“. Na mesma oportunidade, foi informada à secretária e comitiva, acerca da redução do tamanho da área concedida/recebida de 17.644,00m², ante as invasões realizadas por vizinhos ao longo dos anos, todas notificadas às gestões anteriores, sem que nenhuma providência tenha sido tomada. Esta carta tem também o objetivo de alertar os moradores deste bairro, para que fiquemos todos atentos à destinação daquela área, eis que ao longo de todos esses anos sempre foi assediada por pessoas com interesses particulares para o uso do terreno mantido por nós, cooperativados, a duras penas. Silvia Cruz Leite.
Ruas esquecidas “Se essa rua, se essa rua fosse minha, eu mandava, eu mandava asfaltar...” Novamente utilizo a conceituada revista Vilas Magazine para denunciar, desta vez, o total abandono da Rua Viviane Vieira Pedreira, na Praia de Ipitanga. Diversos apelos e abaixo-assinados (o último, registrado no SECAD - Processo 9607/2013 de 28/5/2013) foram feitos pelos moradores a SEINFRA, mas todos em vão. Na segunda semana de janeiro, ao retornar do trabalho, me deparo com alguns operários e um caminhão com asfalto na entrada da rua, mas minha felicidade durou pouco. Perguntei ao responsável se, enfim, teríamos a rua asfaltada, como prometido diversas vezes pela Prefeitura, mas ele limitou-se a dizer que era operação “tapa buraco” e que seria feita apenas na entrada da rua. Como sabido, a chamada “Operação Tapa Buraco” tem caráter emergencial e temporário, mas ao que parece, a Prefeitura de Lauro de Freitas atesta sua incapacidade, considerando esse paliativo como “obra realizada e entregue”. O atestado de incompetência também pode ser observado nas ruas de Vilas do Atlântico. Notem que a sinalização horizontal (asfalto) foi refeita após a “Operação Tapa Buraco”, levando a entender que as ruas não serão mais recapeadas e continuarão sendo algo como pista de off road, cheia de ondulações.
Conversando com um vizinho, ele me falou que soube que a rua não seria asfaltada enquanto uma ou duas casas, do total de 18, continuassem escoando água da piscina na rua (?). De quem é o papel de orientar/fiscalizar/notificar o morador que comete a infração, se realmente for verdade? A omissão da Prefeitura na urbanização da Rua Viviane Vieira Pedreira não pode ser justificada pela sua própria inoperância na fiscalização do ato alheio. Os IPTUs se sucedem, esse último com aumento de 35% em relação a 2013, mas os moradores da Rua Viviane Vieira Pedreira continuam obrigados a conviver com os buracos, lama e poeira. Luis Fernando Monteiro. n Sr. Prefeito Marcio Paiva É fato que o asfalto do tipo utilizado em Lauro de Freitas tem vida útil de 10 anos. Após este prazo, qualquer tentativa de recuperação asfaltica é ineficaz e torna-se custosa pela frequência da ocorrência de fissuras e buracos, muitas vezes repetitivos. Há de se remover a velha pavimentação e colocar uma nova. Significa deduzir que a Prefeitura aplica mal ou não aplica o dinheiro público arrecadado. A rua Amarilio Thiago dos Santos (importante via que liga o centro da cidade à orla em Ipitanga ), de idade algumas vezes superior a 10 anos, de trafego constante e intenso e de importância econômica, pelo expressivo comércio ali instalado, foi relegada ao esquecimento, causando a todos
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péssima impressão pelo desconforto a aparência. Uma vergonha pública que promove uma crescente decepção naqueles que um dia, com seus votos, acreditaram que o descaso dali teria seus dias contados. Lamentável. A rua Amarílio Thiago dos Santos sequer consta na relação das ruas a recuperar, divulgada em otimista propaganda veiculada pela Prefeitura. Tenha certeza sr. prefeito, que não é pintando com cal o meio-fio daquela artéria que se esconde a omissão do poder público. A inteligência popular já evoluiu nos últimos tempos, sabia? Finalmente lhe confesso dr. Márcio Paiva, que me sinto envergonhado, para não dizer, traído. Antônio Valverde. Ipitanga.
Justiça lenta Há quase um ano dei entrada de uma ação de pensão alimentícia para meu filho, que hoje tem 1 ano e cinco meses. De maio/2013 até hoje a Justiça de Lauro de Freitas nem o ofício para a juíza assinar digitaram ainda. Gostaria de providências para agilizar esse processo, pois me encontro desempregada, cuidando do meu filho e ele precisa desse recurso para garantir tratamentos de saúde, escola, etc. e atualmente só conto com uma pequena ajuda da minha família. Está na Vara da Família da Comarca de Lauro de Freitas. Maíra Cavalcante.
Sagrado ou profano Mesmo depois de um verdadeiro milagre ter acontecido, com a Prefeitura reinstalando há alguns meses a placa de contramão da rua Praia de Sauipe, em Vilas do Atlântico, continuamos presenciando as mesmas infrações, com os motoristas ignorando solenemente a sinalização. O histórico desse problema é curioso: antes funcionava bem na esquina da rua uma churrascaria, e a situação era caótica. Seus clientes, talvez movidos pelo pecado da gula, invadiam a contramão para estacionar, causando uma série de transtornos. Agora no mesmo imóvel funciona uma igreja, local, bem sabemos, de aclamarmos o respeito ao próximo, fazer o bem sem olhar a quem, etc. Só na teoria, pois o problema continua com o público do templo religioso, ignorando os transtornos que causa a moradores e transeuntes. Conclusão: tanto faz se é religioso ou pecador, na essência o povo é mesmo muito mal educado. Sandoval da Luz Santana.
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CEP´s da cidade Com referência a nova organização de Lauro de Freitas, faço a seguinte observação: Sou proprietário de alguns imóveis em Vilas do Atlântico, Ipitanga e Eco Vilas, e considero o trabalho feito pelos carteiros dos Correios, de uma responsabilidade imensa, e mesmo assim, várias vezes recebo correspondências da quadra M na minha, que é quadra L. Não posso culpar os Correios, culpo sim esta cultura de localização de lotes em cemitérios utilizadas em áreas residenciais, a exemplo de Vilas do Atlântico e Ipitanga. Não compreendo do porque não se utiliza a forma convencional, haja vista de que constam números sequentes e sem repetição para cada lote e cada rua, em seus carnês de IPTU. Tenho três propriedades seguidas na Av. Praia de Guarujá, e já adotei o número único bem grande nas suas fachadas, além do tradicional em placa menor, objetivando que outros vizinhos também façam o mesmo, facilitando assim, a vida de quem procura um endereço. Acredito que um pequeno esforço da prefeitura e dos moradores, nos colocaria a uma atualização de endereçamento juntamente com os novos CEPS. Aproveito para parabenizar o fantástico trabalho sempre presente da revista Vilas Magazine. Claudemir Fogaroli.
Trânsito Peço o apoio da revista Vilas Magazine para um problema que tem incomodado muito os moradores da nossa região. Enquanto a nossa Secretaria de Transportes está atuando em Vilas do Atlântico, multando e rebocando carros, estamos a deriva do trânsito na Rua Francisco das Mercês, em frente ao Vita Club, no acessa ao condomíno Intervilas. Alem de uma delicatessen/academia que tumultua o trânsito, estamos enfrentando agora a fila dupla de carros estacionados, numa rua movimentadíssima, onde a prefeitura desconhece o caos no trânsito. Como está previsto termos um terminal de ônibus na área, como será o nosso trânsito? Marcos A. Almeida.
ESPAÇO ABERTO
Caráter não tem preço ALDERICO SENA
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s duzentos milhões de brasileiros só podem ter esperança de construir um Brasil melhor, se cada cidadão mudar o seu comportamento e atitude para com o próximo e com o seu país. Todo e qualquer cidadão poderá mudar o que quiser, visando oferecer melhores condições de vida as futuras gerações, levando em consideração que quem cria e descria qualquer coisa é o ser humano. Tudo na vida se inicia em casa e também na escola. Será que pais estão fazendo o dever de casa com os seus filhos, orientando e ensinando a ser cidadão. O melhor é orientar e ensinar a criança desde as primeiras letras a compartilhar e ser solidário e não o de ser consumista, individualista, desonesto e egoísta, raiz de todos os males, inclusive da violência e da corrupção. Deveremos procurar mostrar aos jovens que a natureza é sábia e que ela precisa ser preservada, considerando que é através da natureza que a humanidade se alimenta e trata da saúde. As pessoas precisam aprender em casa a serem racional e não irracional, as atitudes é que têm que mudar. O futuro não é sem esperança, ele só está mal conduzido por alguns membros dos três Poderes Constituídos e também por alguns representantes de sindicatos, associações, condomínios, cooperativas, universidades, dentre outras instituições coletivas, considerando que a escolha é do associado e do eleitor.
O que ocorre com o ser humano dos anos 80 para cá é muita omissão e covardia em vez de participação e organização para defender o direito coletivo e não individual. É uma questão cultural as pessoas só visarem direitos e esquecerem de cumprir os seus deveres. Como poderemos ter um povo educado se a qualidade da educação no País é a pior possível. Enquanto professores, pais, alunos e eleitores não se unirem com objetivo comum de exigir dos candidatos a cargos eletivos priorizar em seus programas de governo a educação em tempo integral e a valorização do professor para a construção de uma sociedade mais humana e solidária não construiremos um Brasil melhor. Quem tem que dar um basta da coisa imoral e ilegal no País, não é governante, é o cidadão, com o seu dever e atitude. Escreveu Rui Barbosa: “O cidadão que não conhece o seu direito, não tem o direito de lutar por eles”. Em quem acreditar? Ninguém acredita mais em ninguém, sejam nos poderes constituídos (executivo, legislativo e judiciário), instituições não governamentais, profissionais liberais, dentre outras classes, considerando que o ‘ter’ dinheiro fácil passou a prevalecer mais do que o ‘ser cidadão’, dignidade do homem. O que estamos vendo na fisionomia do cidadão é medo e desilusão. O momento é de reflexão e ação para transformar este país, a fim de dar um basta na violência, na corrupção e na impunidade. Se não fizermos as coisas acontecerem, Deus não cairá do céu, para mudar os erros do cidadão, governante, representante de classe, político, síndico,
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dentre outros, e assim tudo continuará se agravando com maior frequência e toda a humanidade será prejudicada. Então cada um que faça o seu dever de casa para construir um Brasil melhor, em vez de criticar, reclamar de tudo sem ter atitude para contribuir a mudar as coisas ilegais e imorais, penalizando a sociedade. Caráter não tem preço para aquelas pessoas que obtiveram princípios e valores morais na família. Infelizmente o eleitor brasileiro não aprendeu que o voto consciente é a grande arma do cidadão para o crescimento e o desenvolvimento do país. No dia em que o brasileiro aprender a votar e exigir propostas de candidatos a cargos eletivos como, educação em tempo integral para a criança, como instrumento transformador de uma sociedade, como defenderam os lideres políticos Darcy Ribeiro e Leonel Brizola, ai sim os brasileiros poderão ter a esperança de um Brasil melhor para as futuras gerações. Faço um apelo a todo eleitor para não votar em branco e nulo na eleição de outubro, considerando que é através do voto que poderemos contribuir para a sociedade obter serviços públicos de qualidade, como educação, saúde, segurança, redução da carga tributária, da corrupção, da impunidade e aprovação da reforma política, principal reforma para dar início às mudanças e os novos rumos da moralidade do setor público no Brasil. O momento é de reflexão e ação de cada eleitor para rever seu conceito, comportamento e atitude da forma de conceder o seu voto, lembrando que nem todos os políticos são iguais.
ALDERICO SENA é bacharel em Teologia, Sociedade e Política e especialista em Gestão de Pessoas (aldericosena@hotmail.com).
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