ENTREVISTA: PAULO SOUTO E ANTÔNIO ROSALVO, A SEGUNDA VIA
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EDITORIAL
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Vilas do Atlântico esgarçada
vida em comunidade sempre exigiu união em torno de temas de interesse coletivo. Não há como vencer obstáculos que dizem respeito a todos sem que cada um faça a sua parte, em conjunto, como já abordado várias vezes neste espaço. Voltamos ao tema para fazer notar a inédita situação de haver, hoje, duas associações de moradores em Vilas do Atlântico. Na origem dessa novidade está a pontual diferença de posicionamentos entre a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) e a Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova) em torno do projeto da prefeitura para a orla do bairro. É justo que um grupo, qualquer grupo, considerando os seus interesses mal representados, se mova para dar legitimidade aos seus pleitos, no intuito de alcançar resultados. Se a direção da Salva inicialmente deixou de se opor ao projeto para a orla, logo percebeu que a demanda coletiva, embora difusa, era de oposição à idéia. Na edição 183, de abril deste ano, a entidade emitiu carta aberta ao prefeito Márcio Paiva (PP), em termos especialmente duros, assumindo a posição aparentemente majoritária no bairro – além de cobrar compromissos anteriores que continuam à espera de cumprimento, até hoje. A essa altura, entretanto, a Amova era fato consumado e, a bordo de uma ampla pauta de interesse da comunidade, estabeleceu-se uma legitimidade hoje indubitável. Pode-se, evidentemente, questionar a propriedade de propostas, como a de emancipar Vilas do Atlântico, um mero bairro, que jamais alcançaria viabilidade econômica como município. Mas é fato que as principais demandas dos moradores, reais ou imaginárias, encontraram abrigo na agenda de ação da recém-criada entidade representativa. Uma delas, destacada na reportagem que dá conta da primeira assembléia da Amova, à página 18 desta edição, é a reconstrução das guaritas nos três acessos ao bairro. Embora para nada servissem, além de obstruir passeio público, as guaritas tinham o condão de fornecer sensação de segurança aos moradores. Ainda hoje há no bairro quem defenda instalar cancelas nos três acessos, como se isso fosse legalmente possível. Compreende-se a motivação de quem pretende encastelar Vilas do Atlântico. O bairro está no centro magnético de uma das mais violentas cidades do país e os efeitos disso, longe de afetar apenas os bairros populares, atingem em cheio a classe média residente. Ainda há cerca de um mês o bairro foi tomado por comoção ao testemunhar a morte violenta de um morador extremamente popular e querido pelos seus amigos e vizinhos, em plena alameda de acesso à praia. A caminhada de homenagem a Fábio Dudez (leia à página 22) é representativa dessa situação. Mas em vez de se unir enquanto comunidade, como fazem os demais coletivos de Lauro de Freitas, Vilas do Atlântico se rasga por dentro. Em vez de adotar um posicionamento de força frente às autoridades, enfraquece o papel da instância de representação. A lista de reivindicações só faz crescer, sem que sejam alcançados resultados. A praça das antigas ruínas, ao lado da igreja de Vilas do Atlântico, na avenida Praia de Itapoan, continua rigorosamente abandonada, como há anos. O parque ecológico segue fechado, a ocupação irregular na esquina do acesso da rua praia de Pajuçara ainda está lá, com seus barracos a vender bebida sem o controle do poder público. A pracinha antes ocupada por feirantes, continua abandonada, imunda, degradante, ainda servindo como sede para um comércio roto. Boa parte desse estado de coisas deve-se ao esgarçamento do próprio sentimento de comunidade. O que temos hoje, em grande medida, são pessoas em defesa dos seus próprios interesses individuais, sem qualquer compromisso com os coletivos, que se comportam como se o convívio com os vizinhos fosse um fardo a suportar. Carlos Accioli Ramos Diretor-editor Podia ser uma força. E já foi, um dia.
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FILIADO
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Associação Nacional de Editores de Revistas
Registros & Notas Grupo Delfin inaugura avançado complexo médico Delfin Gonzalez Miranda, presidente e fundador do Grupo Delfin, recebe médicos, autoridades e a sociedade baiana no dia 17, em Lauro de Freitas, para inauguraDIVULGAÇÃO ção do CMD - Complexo Médico Delfin, novo espaço do Grupo que co nta co m infraestrutura e tecnologia de ponta para estudo, pesquisa, diagnóstico e tratamento do câncer. Este é o primeiro centro brasileiro deste tipo pertencente inteiramente à iniciativa privada. Fundada em 1986, a Clínica Delfin foi o primeiro serviço de saúde a disponibilizar exames de ressonância magnética fora do ambiente hospitalar na Bahia. Pioneiro em inovações na área da saúde, em 1990 adquiriu a primeira ultrassonografia com Doppler convencional e dois anos depois a com Doppler colorido. Idealizado por Delfin Gonzalez, o Grupo Delfin possui atualmente a unidade matriz, localizada no bairro do Itaigara, em Salvador e mais 11 empresas e registrou R$ 120 milhões de faturamento em 2013.
A menina-moça Talita, radiante e encantada, na festa de seus 15 anos, com o pai, Marcelo Rudge
Novo espaço gastronômico em Vilas Depois de meses de projeto e execução, os irmãos Gustavo e Fábio Candotta, moradores do bairro desde 1984, inauguraram a Saint Michel Café Confeitaria, focados na proposta de “oferecer sonhos em forma de doces e salgados finos, através de uma experiência única, em um ambiente agradável que remete aos salões de chá parisienses”. “Acreditamos que Vilas do Atlântico merece um lugar como esse para um encontro com amigos, casais, ou mesmo para ler um jornal e tomar um cafezinho gourmet premiado, oriundo da Chapada Diamantina”, explica Gustavo, formado como cozinheiro pelo Senac e com formação em patissaria na Bellouet Conseil, em Paris e na Escola de Confeitaria do Chef Diego Lozano, em São Paulo.
Como uma princesa, Nayla Makeda Paixão Miranda chegou para felicidade dos pais, Jorge Hilton e Vanessa Paixão, deixando encantados os avós, Marivaldo e Iraci Paixão. Nomes derivados do continente africano, Nayla significa progredir, melhorar, na etnia zulu, e Makeda, da etnia etíope, representa grandeza, rainha. M a ke d a , a Rainha de Sabá, pertencia a dinastia das Candaces de Meróe (rainhas do império Etíope), gerou um filho do rei Salomão, de Israel, que ficou fascinado com sua beleza.
Ele divide o comando da casa com Nicolly Trankels, formada em gastronomia pela Unijorge e confeiteira também pela Escola de Confeitaria. Ela assina toda confeitaria tradicional e francesa, enquanto o Chef Gustavo produz os salgados, além dos chocolates e confeitaria francesa também. Em curto prazo, a St. Michel Café Confeitaria pretende oferecer cursos de gastronomia, noites de vinhos, saraus, leitura para crianças, concertos de jazz, de piano e violino, informa o chef Gustavo.
A chegada de Alan Guilherme foi celebrada com muita euforia pelos seus pais, Antonio Carlos Almeida Júnior e Sidinéia. Terceiro neto de Antonio Carlos e Ana Lúcia Almeida, Guiga, desde então, concentra as atenções da família.
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CENA DA CIDADE
Manhã de sol na exuberante praia de Vilas do Atlântico e seu calçadão natural
p VAI BEM
q VAI MAL
A construção da passarela no Km 4,5 da Estrada do Coco, em frente ao Hospital Geral Menandro de Faria, veio atender uma expectativa criada há mais de dois anos, quando foi assinada a ordem de serviço para duas passarelas elevadas de pedestres. A primeira seria instalada no Jardim Jaraguá, Km 0 da Estrada do Coco, atendendo solicitação da população, num investimento de R$ 2,2 milhões. Com investimento um pouco menor, de quase R$ 2 milhões, a passarela do Km 4,5 deveria estar concluída seis meses depois, em outubro de 2012. O projeto prometia a inclusão de um elevador, instalado para facilitar o acesso de idosos, pessoas com mobilidade reduzida em geral e cadeirantes.
O canteiro de obras da passarela do Km 4,5 chegou a ser erguido e desmantelado depois de meses inativo, sem que qualquer explicação fosse dada. Quando a obra finalmente começou, mais de um ano atrás, parecia estar em ritmo acelerado, mas a montagem ainda não chegou ao fim. O prazo de seis meses para a sua conclusão esgotou-se em novembro do ano passado. A primeira passarela, do Km 0, nem chegou a ser iniciada. Equipamentos essenciais à segurança dos pedestres e ao direito de locomoção de pessoas com mobilidade reduzida, as passarelas da Estrada do Coco estão entre as promessas mais antigas do governo estado.
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Registros & Notas Espaço Vivá recebeu oficina itinerante da ceramista Hilda Salomão
Chapéu e Gravata e o São João lúdico da cidade
Após 46 anos do fechamento da 2ª Bienal de Artes pelo regime militar, o Museu de Arte Moderna da Bahia, junto com a Secretaria Estadual de Cultura, está promovendo a 3ª Bienal da Bahia, que acontece até o dia 7 de setembro. Uma das atrações da Bienal é o projeto Mural REPRODUÇÃO: VIVÁ
As ruas do Centro de Lauro de Freitas foram invadidas, na manhã da terça-feira, 24 de junho, Dia de São João, pela animação contagiante do tradicional Chapéu e Gravata, guiado por uma charanga junina formada por vários integrantes, que empolgou até o prefeito Márcio Paiva. Símbolo antigo do município, o cortejo é formado por mulheres e crianças caracterizadas com roupas coloridas, enquanto os homens usam um enorme chapéu de palha e gravata, confeccionada com a mesma estampa da roupa de todos os envolvidos no festejo. O Chapéu e Gravata, juntamente com o Arasta Jegue, fazem parte do calendário oficial de eventos no município, sendo muito prestigiados pela comunidade, principalmente pela forma lúdica conduzida pelos integrantes, dentro de um clima familiar.
Lions Clube promove 10ª edição da Feira de Saúde O Lions Clube Quatro Estações, de Lauro de Freitas, cumprindo a Lei Municipal n° 1.372, de junho de 2010, realizou a 10º edição da Feira de Saúde, na Escola Municipal Itamar de Oliveira Rodrigues, beneficiando as
comunidades de Aracuí e Lagoa dos Patos com atendimento de várias especialidades, num total de 832 pessoas. O evento se estende ao longo deste ano, dando continuidade aos atendimentos em psicologia e orientação jurídica, iniciados nesta edição da Feira.
Voluntária atende família na Feira de Saúde (esq.). Acima, o presidente fundador do Lions Clube Qua tro Estações, Eliano Barroso e Antonio Palmeiras Cerqueira, homenageiam a diretora da Escola Muni cipal Itamar de Oliveira Rodrigues, Aidilma de Barros
Aberto, da artista plástica e professora Hilda Salomão, que acontece tanto no MAM como de forma itinerante. O Espaço Vivá de Arte e Cultura, localizado no bairro Miragem, foi o primeiro local a receber a oficina da artista plástica, filha e neta de ceramistas, que há quase 40 anos organiza oficinas para interessados no aprendizado da técnica da cerâmica. Formada pela Escola de Belas Artes da UFBA, expõe trabalhos e dedica-se ao ensino desde 1978. A 3ª Bienal reúne a maior programação internacional de arte da Bahia, com mais de 50 atividades – entre exposições, performances, cursos e oficinas – realizadas em Salvador e cidades do interior baiano.
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ENTREVISTA
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Paulo Souto e Antônio Rosalvo: a segunda via em Lauro de Freitas
té bem pouco tempo atrás o eleitorado de Lauro de Freitas caminhava para a eleição de outubro próximo como quem percorre via de mão única: todos os candidatos locais à Assembleia Legislativa faziam parte da mesma aliança, de esquerda, liderada pelo PT, que busca manter o governo do Estado por mais quatro anos. Dos nomes que até junho despontavam como mais prováveis, esgotado o prazo para a oficialização dos nomes, restaram quatro. Três deles – Mirela Macelo e Gilmar Oliveira (PSD), ambos vereadores e Chico Franco (PCdoB) – darão palanque a Rui Costa (PT) e João Leão (PP), candidatos a governador e vice na chapa governista. O quarto nome surgiu no mês passado, na contramão da onda de apoio ao PT que tomou Lauro de Freitas. Foi quando o deputado federal Antônio Imbassahy convidou o vereador Antônio Rosalvo (PSDB) a representar aqui a chapa liderada por Paulo Souto (DEM) ao governo do Estado, concorrendo a uma vaga na Assembleia Legislativa. “Aceitei porque acredito na capacidade de administração dele e entendi que, com ele no governo, minha presença na Assembleia pode trazer benefícios para Lauro de Freitas”, disse Rosalvo. Com 42% das intenções de voto para o governo da Bahia – contra 11% de Lídice da Mata (PSB) e 9% de Rui Costa (PT) – de acordo com pesquisa do Ibope divulgada em maio, Paulo Souto desponta como franco favorito para outubro. Apesar disso, em Lauro de Freitas Paulo 10 | Vilas Magazine | Julho de 2014
Souto conta apenas com o apoio de Antônio Rosalvo e de Alexandre Marques (PRP), também vereador, candidato a deputado federal este ano. Já Rosalvo recebeu também o apoio público do prefeito Márcio Paiva (PP), cuja legenda está oficialmente vinculada à candidatura de Rui Costa (PT). “Apoio aquele que melhor atende os interesses do nosso município”,
resumiu o prefeito. A Vilas Magazine ouviu em entrevista os dois candidatos da segunda via em Lauro de Freitas sobre os principais temas que afetam a cidade, atualmente e já há alguns anos, para conhecer a posição de ambos e o que o eleitorado pode esperar deles. Paulo Souto, 70 anos, geólogo de profissão, foi duas vezes governador da Bahia (1995 a 1998 e 2003 a 2006) e Senador da República (1999 a 2002). Antônio Rosalvo (PSDB), 35 anos, advogado, pai de um menino, é vereador de Lauro de Freitas desde 2009. Foi presidente da Câmara Municipal em 2011 e 2012.
Vilas Magazine – Lauro de Freitas vive há muitos anos um processo de adensamento populacional que traz problemas urbanos típicos, no trânsito, no transporte público, na segurança e outras áreas que envolvem a capital e outros municípios da Região Metropolitana. Que papel o governo do Estado pode desempenhar na gestão e encaminhamento de questões que são multi-municipais? Paulo Souto – É evidente o acelerado crescimento de Lauro de Freitas nos últimos 20 anos. A outrora freguesia de Santo Amaro de Ipitanga, que, em 1962, com a emancipação a município, ganhou o nome do político baiano Lauro Farani Pedreira de Freitas, ainda nos anos 1970 e 1980, era uma pacata e pequena cidade, onde moradores de Salvador mantinham suas casas de veraneio. A partir da década de 1990, o comércio e a indústria ganharam força no município. Com o fortalecimento da economia, veio o adensamento populacional. Com quase 200 mil habitantes, a cidade hoje sofre as consequências do acelerado crescimento. Entendo que o governo do Estado pode exercer a coordenação dos municípios envolvidos e dar apoio à solução dos problemas. Antônio Rosalvo – Eu defendo a instituição de uma nova esfera de governo, um governo metropolitano, acima das prefeituras, com capacidade para dar respostas aos desafios que envolvem os municípios das regiões metropolitanas, inclusive para gerir os repasses para a Saúde e Educação. Dou um exemplo: os postos de saúde de Lauro de Freitas atendem muitas pessoas de Salvador e de Abrantes, em Camaçari, mas o município só recebe os repasses relativos à nossa própria população. Todos os temas que envolvem a Região Metropolitana deveriam ser tratados numa instância acima das prefeituras. Não se trata de montar mais uma estrutura de governo, cheia de cargos e custos para o erário. Basta organizar como se organiza um conselho, mas com poderes decisórios. Agora, enquanto isso o governo estadual também pode e deve atuar como “governo metropolitano”, intermediando propostas e soluções, trazendo os municípios para a mesa de discussões. VM – A linha dois do metrô, antes prometida para alcançar o Km 3,5 da Estrada do Coco, pode mesmo chegar até lá? Um governo Paulo Souto se empenharia em trazer o metrô até esse ponto e futuramente até o Km 7, em Portão? Paulo Souto – A questão da mobilidade urbana aflige a todos e impõe aos governos a busca de soluções. O caso específico da Linha 2 do Metrô será alvo de nossa atenção. No caso de eleito, analisaremos o projeto e avaliaremos a necessidade de ajustes e a viabilidade de expansão da linha. Não tenha dúvida que nosso empenho será total por uma Bahia melhor. Antônio Rosalvo – Acredito na capacidade do governo Paulo Souto, não só para trazer o metrô até o Km 3,5, que foi a nossa conquista na mobilização de 2011, aqui em Lauro de Freitas, mas também para chegar a Portão, que era a nossa meta e continua sendo. A gente está sempre ouvindo que não há verba, que não há verba. Mas governar é trabalhar com a verba que temos e alcançar resultados do mesmo jeito, pela via da gestão eficiente. VM – A segurança pública é um dos problemas mais graves hoje em Lauro de Freitas, um dos municípios mais violentos do Brasil nos u
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ENTREVISTA
ANTONIO ROSALVO: “Defendo a instituição de uma nova esfera de governo, um governo metropolitano, acima das prefeituras, com capacidade para dar respostas aos desafios que envolvem os municípios das regiões metropolitanas, inclusive para gerir os repasses para a Saúde e Educação”.
u últimos anos. É possível reverter esse quadro? De que forma? Paulo Souto – A violência galopante se alastra por toda a Bahia. É um problema grave com o qual não podemos aceitar conviver. Tenho dito que o atual governador deveria ter humildade e pedir desculpas ao povo baiano pela situação calamitosa em que está deixando nosso Estado, principalmente quanto aos serviços públicos essenciais, como saúde, educação e a segurança pública. Com relação à criminalidade e violência, acredito que podemos conseguir resultados muito positivos e reduzir a quantidade de assassinatos, que ceifou a vida de mais de 36 mil baianos nos últimos sete anos e meio. Para tanto, pensamos num conjunto de ações, como a melhor distribuição do contingente policial, investimento em tecnologia e estratégias de prevenção ao crime, além do restabelecimento da confiança entre o governo e as polícias Civil e Militar.
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Antônio Rosalvo – Eu tenho propostas concretas para atuar na área da segurança pública. Algumas dependem diretamente da ação do governo do Estado e por isso estou confiante que poderemos finalmente colocar essa pauta em prática. São oito medidas que venho apresentando faz alguns anos: desacelerar o adensamento urbano, ampliar o sistema de permutas para a segurança pública, ampliar a rede de câmeras de vigilância pública, implantar a legislação do Plano Municipal de Segurança Pública, obrigar a limpeza e fechamento de terrenos baldios, implantar o Conselho Parlamentar de Cultura da Paz, estimular a iniciativa privada de recuperação de dependentes químicos e reforçar a ação institucional. VM – O trecho da Estrada do Coco que atravessa Lauro de Freitas e que serve de ligação entre todo o Litoral Norte e Salvador,
está completamente saturado, quase sempre engarrafado. É viável a proposta de construção de uma via expressa da BA-099 em Camaçari à BA-526 (CIA-Aeroporto), para desviar da cidade esse tráfego externo? Se não, qual seria a solução? Paulo Souto – Entendo que seja uma boa solução para aliviar o trânsito no trecho urbano da BA-099, que passa por Lauro de Freitas. A necessidade existe. Antônio Rosalvo – A construção da via expressa é um compromisso meu com a população de Lauro de Freitas e vou trabalhar pela viabilização dessa obra até o último dia do meu mandato, seja onde for. A sobrevivência de Lauro de Freitas como cidade com trânsito viável depende dessa via expressa. A Estrada do Coco é uma via urbana e não pode receber todo o tráfego do litoral norte. O desenvolvimento do turismo no Jambeiro, uma importante fonte de renda e emprego, também depende da via expressa. Vamos fazer acontecer. VM – A gestão do trecho da Estrada do Coco que atravessa Lauro de Freitas foi recentemente cedida pelo governo do Estado à prefeitura, pelo prazo de cinco anos. O senhor concorda com essa medida ou retomaria a
SIDNEY LINS
PAULO SOUTO: “Quando governador, pude implementar e desenvolver o Bahia Azul, programa de saneamento que despoluiu as praias de Salvador. Se eleito, faremos um governo comprometido com uma política de saneamento que despolua os cursos de água de nosso Estado”.
responsabilidade do Estado por esses 7,5 Km? Paulo Souto – Embora faça parte de uma estrada estadual, a BA-099, este trecho atravessa uma área urbana. Não vejo problema com a medida. Antônio Rosalvo – Na minha opinião, é mais adequado que o município faça a gestão desse trecho porque a Estrada do Coco é uma via urbana de Lauro de Freitas, a mais importante da cidade, como disse antes. Não é mais uma estrada e vamos inclusive corrigir essa nomenclatura. A rodovia, na prática, termina na ponte do Rio Joanes. Agora, a manutenção e qualificação desses 7,5 Km tem custos importantes, não podemos esquecer. Vamos precisar encontrar fontes de financiamento para manter a via em estado de qualidade. VM – Lauro de Freitas aguarda há anos a retomada das obras da rede de esgotamento sanitário, prometida para 2012, antes devido a problemas relacionados à gestão da obra, agora devido ao desinteresse das empreiteiras. No comando da Embasa, que solução o senhor daria para esse impasse? Paulo Souto – Por desconhecer o problema, não posso emitir opinião. Mas entendo ser a obra de fundamental importância, como toda intervenção relacionada ao saneamento
básico. No caso de eleito, vamos investigar a questão e buscar uma solução para o impasse. Antônio Rosalvo – A obra do Sistema de Esgotamento Sanitário de Lauro de Freitas é uma responsabilidade da Embasa, empresa controlada pelo Estado. As dificuldades existem porque a Embasa é uma empresa pública e tem que seguir a regulamentação legal aplicada a todo dinheiro público. Mas é melhor assim do que não haver controle nenhum. Já temos problemas suficientes neste país com o uso de verbas públicas, apesar de todos os controles. Mais uma vez, trata-se de um desafio de gestão. Temos que fazer o necessário com as ferramentas que temos. Eu confio no governo Paulo Souto para chegar lá. VM – A praia de Buraquinho, em Lauro de Freitas, há anos vive sob a bandeira das águas impróprias para banho devido à poluição dos rios Joanes e Sapato. Que medidas podem ser
tomadas, no âmbito do governo do Estado, para devolver a balneabilidade à praia de Buraquinho? Paulo Souto – Quando governador, pude implementar e desenvolver o Bahia Azul. Além dos efeitos bastante positivos na saúde pública, o programa de saneamento despoluiu as praias de Salvador. Se eleito, faremos um governo comprometido com uma política de saneamento que despolua os cursos de água de nosso Estado. Antônio Rosalvo – A ação do governo do Estado será fundamental para sanear não só o Joanes e o Sapato, mas todos os cursos hídricos de Lauro de Freitas e da Região Metropolitana. Esse é um daqueles desafios para os quais um governo metropolitano estaria talhado, como mencionei antes. Enquanto essa instância de governo não vem, o governo do Estado precisa atuar para conciliar políticas municipais e atingir resultados.
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Indice de desenvolvimento confirma melhoria contínua na Educação local
íder baiano em desenvolvimento socioeconômico, Lauro de Freitas manteve em 2011, pelo terceiro ano consecutivo, o primeiro lugar entre os 417 municípios do estado, com índice 0,7484. O dado foi divulgado em junho pela Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan), que desde 2008 produz o Indice Firjan de Desenvolvimento Municipal (IFDM), utilizando exclusivamente estatísticas públicas oficiais. A leitura dos resultados é bastante simples: o índice varia de 0 a 1, sendo que, quanto mais próximo de 1, maior o desenvolvimento. O município mantém boa pontuação no IFDM desde 2005, ano-base da primeira medição de desempenho do índice, quando também registrou o primeiro lugar, à frente de Salvador. Em 2006 caiu para segundo no estado, ultrapassado pela capital, voltando a liderar no ano seguinte. O pior resultado de Lauro de Freitas no IFDM foi registrado em 2008, quando caiu para quarto na Bahia, para logo retornar à liderança, onde se manteve até 2011. A série histórica corresponde aos anos de mandato de
Moema Gramacho (PT) à frente da prefeitura de Lauro de Freitas. Os resultados de 2012 do IFDM, último ano da gestão petista, serão divulgados no ano que vem. O grande responsável pelo bom desempenho do município é o quesito de emprego e renda, o único de Lauro de Freitas classificado pelo IFDM como de “alto desenvolvimento” desde 2005 – exceto 2008. Foram justamente os números de emprego e renda que derrubaram o IFDM de Lauro de Freitas naquele ano. Além do emprego, o IFDM leva em conta dados de educação e saúde. Ponderados, os três resultam no índice consolidado que determina a posição no ranking. Os números da saúde permaneceram praticamente inalterados desde 2005, sempre na faixa do “desenvolvimento moderado”. O grande destaque da série história é a evolução positiva e consistente dos números da educação, tradicionalmente os piores da cidade. Na faixa do “desenvolvimento regular” desde 2005, a educação chegou ao grupo “moderado” em 2010, mantendo a posição em 2011.
A evolução é tanto mais notável quanto mais criteriosa se tornou a avaliação. A Firjan leva em conta, por exemplo, a formação de professores e o atendimento em creches e pré-escolas, bem como taxas de abandono escolar e distorções de idade-série. A fonte dos dados é o Ministério da Educação. Nesta edição, a metodologia do IFDM foi aperfeiçoada “para captar os novos desafios do desenvolvimento brasileiro”, na definição da Firjan. “O principal incremento foi situar o Brasil no mundo”, buscando padrões de desenvolvimento mais elevados, utilizados como referência para os indicadores nacionais. Entre as áreas de desenvolvimento, a saúde ganhou um novo componente: Internações Sensíveis à Atenção Básica. Este indicador acompanha as internações hospitalares que poderiam ter sido evitadas caso os serviços de atenção básica de saúde tivessem sido efetivos - anemia, hipertensão ou diabetes são exemplos nesse sentido. Além disso, foram incorporados parâmetros internacionais para as taxas de óbitos infantis, bem como aumentadas as exigências quanto ao atendimento NAZARÉ ARAÚJO
Escola da rede municipal: índice em evolução contínua desde 2005
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às gestantes e à identificação de óbitos. O resultado são números que não apresentam evolução entre 2005 e 2011. Em emprego e renda foram introduzidos dois novos conceitos: desigualdade e grau de formalização do mercado de trabalho local. O primeiro incorpora ao cálculo do IFDM o tradicional índice de Gini, medido a partir da remuneração dos trabalhadores com carteira assinada. Dessa forma, é possível avaliar a concentração da renda gerada no mercado de trabalho local. O segundo conceito procura medir a capacidade do município de absorver a população local, através da relação entre o estoque de trabalhadores com carteira assinada e a população em idade ativa. Com uma das maiores concentrações de renda da Bahia, Lauro de Freitas conseguiu manter o quesito na faixa de “alto desenvolvimento” basicamente graças à substituição da variável de salário pela de massa salarial. A intenção da Firjan é captar a relevância econômica e seu potencial de servir como vetor de desenvolvimento para outros municípios. A cidade pontua bem nesse fator, apesar da desigualdade, principalmente por ser local de residência de profissionais de alta renda. BAHIA Aquilo que pode ser considerado um bom resultado no contexto da Bahia é, entretanto, sofrível em contraste com o cenário nacional. Em 2011, as cidades baianas de modo geral continuaram apresentando um quadro socioeconômico bastante desfavorável em relação à maioria do Brasil. Apenas 10% dos municípios apresentaram classificação moderada (pontuação entre 0,6 e 0,8) e desde o início da nova série histórica do IFDM, em 2005, o estado permanece sem cidades de alto desenvolvimento. No Brasil como um todo, mais de 54% das cidades possui desenvolvimento moderado e outros 6% apresentam alto desenvolvimento. Lauro de Freitas é a primeira colocada do ranking na Bahia, mas a 887ª no ranking nacional. Luís Eduardo Magalhães, no Oeste baiano, que detém o segundo melhor IFDM da Bahia, é a 1047ª do país. A própria capital baiana, terceira no estado, está na posição 1264 no Brasil. Além disso, a Bahia ainda sustenta a maior
parcela de municípios nos recortes inferiores do ranking nacional: 182 cidades baianas (mais de 43%) encontram-se entre os 500 menores resultados do Brasil. Apesar do cenário negativo, o estado apresentou avanços na comparação com o ano anterior: aumentou o IFDM de 74% dos municípios. Se Lauro de Freitas manteve o IFDM
praticamente estável frente ao ano anterior, mantendo a 1ª colocação no ranking, a 2ª posição destacou o município de Luís Eduardo Magalhães que subiu nada menos que oito posições em relação ao ano anterior. O grande avanço do segundo colocado devese, principalmente, ao avanço no quesito emprego e renda.
Secretaria de Trânsito cataloga 40 veículos abandonados para remoção compulsória
A
secretaria de Trânsito, Transporte e Ordem Pública de Lauro de Freitas começou a remover, no mês passado, cerca de 40 veículos abandonados em via pública. Os carros, alguns deles em estado de sucata, foram inicialmente catalogados pela secretaria, inclusive por meio de imagens. O banco de dados está sendo usado para fundamentar a remoção dos veículos, seguindo trâmites legais. Muitos deles estão obstruindo ruas, dificultando a limpeza pública e oferecendo risco à segurança do trânsito e à saúde da população, além de poluir visualmente o espaço público. A comunidade tem reclamado das sucatas por promover a proliferação do mosquito da dengue, de ratos e baratas, além de funcionarem
como esconderijo de drogas e criminosos. O cadastro ajudou também a definir a área necessária para estocagem e guarda dos veículos. As sucatas vão diretamente para a central de podas do Quingoma. Os proprietários dos veículos abandonados são formalmente comunicados sobre as suas obrigações e prazos legais para tomar providências. De acordo com o secretário Moyses Mustar, titular da pasta, “as ações visam atender reclamações de moradores e comerciantes em diversas comunidades” devido ao transtorno causado pelos veículos e sucatas abandonados. Outra reclamação frequente em Lauro de Freitas está relacionada à ocupação de via pública para atividades comerciais, a exemplo de borracharias e oficinas.
Veículos abandonados também vêm sendo recolhidos nas ruas da cidade
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CIDADE
Audiência pública discute proteção animal em Lauro de Freitas
S
ensibilizar os vereadores e a sociedade de modo geral “para o olhar integrado da cidade, incluindo os animais neste contexto, assegurando direitos aos mesmos e contribuindo para o exercício da civilidade e melhoria da qualidade de vida da população laurofreitense” foi o objetivo de uma audiência pública na Câmara Municipal realizada no mês passado. Provocada pela Rede de Mobilização pela Causa Animal (REMCA) no município de Lauro de Freitas, a audiência resultou de uma articulação da sociedade civil com o Poder Executivo e Legislativo, no que o grupo considera “uma ação inédita na história do município e de mobilização pelos direitos dos animais”. “A importância da implementação da Política Pública de Proteção Animal” foi o tema central da audiência, que teve a vereadora Ana Rita Tavares, de Salvador, como palestrante convidada. Participaram do evento representantes da sociedade civil, ativistas da causa e médicos veterinários e vereadores de Lauro de Freitas. A vereadora Rosenaide Brito (PT) foi responsável pelo requerimento que resultou na audiência. Para Eveli Brito, secretária executiva da REMCA, a participação das instituições foi
de fundamental importância para o processo de diálogo, elaboração e implementação da Política de Proteção Animal no Município de Lauro de Freitas. Para Graça Paixão, presidente da REMCA, as ações assistenciais são importantes, mas não têm o condão de solucionar o problema: “compreendemos e efetivamos ações assistenciais diariamente através de nossos projetos e de nossa rede de voluntariado que cresce a cada dia, denotando o aumento considerável de cidadãos laurofreitenses envolvidos com a causa animal, haja vista a plenária lotada a audiência”, disse. “Porém, compreendemos também que tais ações, apesar de sua fundamental importância e emergência, por si só não solucionam a grave situação de abandono em que se encontram nossos animais no município, devendo a sociedade civil exigir do poder público que assuma suas responsabilidades no que tange a proteção animal e contribuir com os processos de elaboração da Política Pública de Proteção animal, incluindo a legislação municipal específica”, completou. O evento contou com a presença de mais de 100 pessoas comprometidas com a causa animal e foi marcado com a assinatura de uma Carta de
Diretoria da REMCA posa para fotos durante a audiência pública na Câmara Municipal
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Compromisso assinada pelos presentes. Dentre os compromissos assumidos, destacou-se a formação de uma Comissão de Trabalho para dialogar, elaborar e acompanhar a implementação da Política Pública de Proteção Animal no Município de Lauro de Freitas, incluindo a legislação específica. Foi solicitado ao Poder Executivo, bem como aos demais, a indicação do representante para compor a Comissão, conforme quota acordada na Audiência Pública. A luta continua e a REMCA não perde tempo. Tendo em vista a urgência na transformação da grave realidade vivenciada no município de Lauro de Freitas no que tange a ausência de proteção animal, a REMCA, que está coordenando a Comissão, já agendou a primeira reunião da Comissão de Elaboração e Acompanhamento da Política de Proteção Animal no Município de Lauro de Freitas – CEAPPA/LF – para o dia 16 às 14h30, na Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos de Lauro de Freitas. Disposição e conhecimento da dura realidade: “Apesar do grande êxito alcançado até esse momento, temos compreensão que estamos apenas começando e que há muito a ser feito e um longo caminho a ser trilhado na busca pela efetivação dos direitos dos animais, na perspectiva de uma cidade civilizada e respeitosa com todos os seres”, reconhece a presidente da REMCA – Graça Paixão.
NAZARÉ ARAÚJO
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Concurso de fotografias homenageia emancipação de Lauro de Freitas
Ipitanga Foto Clube (IFC) está organizando uma exposição fotográfica que fará parte das comemorações do 52º aniversário de emancipação de Lauro de Freitas. Presidido pela fotógrafa Nazaré Araújo, o clube tem na sua direção parte da equipe de comunicação da prefeitura de Lauro de Freitas. São vinte imagens selecionadas por meio do primeiro concurso fotográfico “Revele Lauro de Freitas”, que recebe inscrições até dia 5, exclusivamente por meio do e-mail concursoifc@gmail.com. O regulamento está disponível para consulta no endereço http:// goo.gl/YFXZMR. O concurso, descrito pelo Ipitanga Foto Clube como cultural e recreativo, não prevê qualquer modalidade de sorteio ou pagamento em dinheiro. Podem se inscrever quaisquer interessados maiores de dezoito anos. Os mais novos poderão participar desde que com a autorização do seu responsável legal. Não é preciso ser residente em Lauro de Freitas. As vinte melhores fotos serão escolhidas por uma comissão de curadores que levará em conta a adequação ao tema proposto – a homenagem ao aniversário de emancipação – originalidade e criatividade. O Ipitanga Foto Clube mantém um grupo de discussão (www.facebook.com/groups/ ipitangafotoclube) e uma fanpage (www.facebook.com/ipitangafotoclube) no Facebook. A emancipação política de Lauro de Freitas,
em 31 de julho de 1962, traz uma história de abandono dos referenciais da comunidade. A designação “Lauro de Freitas”, imposta naquela data a Santo Amaro de Ipitanga, vai se tornando lugar comum na consciência dos mais novos, mas o abandono das raízes não foi pacífico, nem há 52 anos, e deixou sequelas que continuam presentes e em franco progresso. Santo
A foz do rio Joanes, em Buraquinho, é uma das belezas naturais de Lauro de Freitas que o concurso pretende divulgar Amaro de Ipitanga, com os seus 406 anos de história, segue à espera de redenção. Continua sem data o sempre prometido plebiscito para repor o verdadeiro nome da cidade. E mesmo a proposta de adotar o gentílico “ipitanguense” para os naturais de Lauro de Freitas segue repousando nas gavetas oficiais.
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CIDADE
Entidade representativa propõe plebiscito para criar o município de Vilas do Atlântico
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rganizar um plebiscito para propor a emancipação política de Vilas do Atlântico – que se tornaria um município, separado de Lauro de Freitas. Essa foi uma das propostas de ação apresentadas pela recém-criada Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova) durante a primeira assembléia geral da entidade, realizada no final de maio, no Villas do Tenis Clube. Um dos objetivos foi apresentar oficialmente a associação aos moradores, reivindicando um espaço de representação ocupado há mais de dez anos por outra entidade, a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (SALVA). Inicialmente formado por moradores da
As guaritas demolidas nos acessos a Vilas do Atlântico: reconstrução aprovada
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orla de Vilas do Atlântico, motivados pela oposição ao projeto da prefeitura para o calçadão, o novo grupo alcançou reunir 108 pessoas nesta primeira assembléia. A pauta de discussões, conectada à atualidade do bairro e às questões que os moradores priorizam, foi responsável pela adesão. De acordo com Janaína Ribeiro, médica e presidente da Amova, a entidade já representa 500 moradores. O abaixo-assinado que vem sendo oferecido à população contra o projeto orla reuniu já mais de 1,3 mil assinaturas. À batalha contra a reformulação da orla, utilizando a área pública da União atualmente ocupada pelas residências, conforme revelado pela Vilas Magazine no final do ano passado, a entidade juntou outras demandas, como a
reconstrução das guaritas nos três acessos ao bairro. Recentemente demolidas por obstruir passeio público, de acordo com a prefeitura, as guaritas haviam se tornado um problema, inclusive de saúde pública, sem nunca ter oferecido a solução a que se propuseram: dar segurança. Para a maioria dos participantes da assembléia da Amova, entretanto, elas devem ser reerguidas. Janaína Ribeiro argumenta que é preciso “compreender as guaritas como divisa” do loteamento e não apenas como medida de segurança. A reivindicação foi formalmente posta em votação, com lista de votantes verificável quanto ao local de residência e, dos 67 moradores que se pronunciaram, todos foram a favor da reconstrução das guaritas. Janaína Riibeiro fez ainda uma apresentação da documentação que rege Vilas do Atlântico enquanto loteamento, incluindo os Termos de Acordo e Compromisso (TAC) assinados pela construtora e pela prefeitura desde 1979 e anunciou a disposição de defender a estrita observância dos pressupostos originais, inclusive por meio de uma estrutura de ação jurídica. A entidade apresentou-se estruturada, com linhas de ação bem definidas e um apelo consistente à consciência do “cidadão vilense”, conectada à proposta do plebiscito de emancipação. Há um projeto de lei em tramitação no Congresso Nacional que pretende flexibilizar as exigências para a emancipação política de áreas dos atuais municípios. Um projeto anterior que seguia no mesmo sentido foi aprovado pelo Congresso no ano passado, mas integralmente vetado pela presidente Dilma Rousseff porque criaria municípios sem viabilidade econômica, sobrecarregando o caixa dos estados e da União. Pelas novas regras, se forem aprovadas, todos os pedidos de criação de municípios devem ser acompanhados de estudos de viabilidade municipal. As análises deverão ser contratadas pelo governo estadual e para consulta da população por pelo menos 120 dias. Depois, o pedido deve ser dirigido à Assembleia Legislativas com a assinatura de pelo menos 20% dos eleitores residentes na área geográfica que quiser se emancipar. Só então se faria um plebiscito popular.
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oliciais do Grupo Especializado de Repressão aos Crimes por Meios Eletrônicos (GME) apreenderam em Lauro de Freitas, Camaçari, e Salvador quatro adolescentes integrantes do grupo de hackers denominado ‘Slayers Brazil Hackteam’. O grupo invadiu e desconfigurou quase 1,5 mil sites privados e governamentais, brasileiros e estrangeiros, entre os quais as páginas da Secretaria da Segurança Pública da Bahia (SSP) e da Academia de Polícia Civil (Acadepol), no período de um ano. Por meio de uma página no Facebook o grupo continua anunciando, diariamente, os ataques bem sucedidos que realiza. Com idade entre 15 e 17 anos, os quatro garotos foram localizados pela equipe da GME em suas respectivas residências, durante o cumprimento de mandados de busca e apreensão expedidos pela 14ª Vara Criminal, em junho. Na casa de um dos adolescentes, no bairro Pernambués, os policiais apreenderam dispositivos de processamento (computadores) e de armazenamento (HDs externos, pen drive e DVDs), equipamentos que foram encaminhados para perícia no Departamento de Polícia Técnica (DPT). Segundo Charles Leão, a célula Slayers Brazil Hackteam vinha realizando ataques, em conjunto com outras células de hackers, contra sites governamentais, em protesto pela realização da Copa do Mundo. Ouvidos pelo delegado na presença dos pais, os infratores afirmaram, antes de serem liberados, que a meta era atingir mais de mil sites. Eles foram indiciados em inquérito com base no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA).
Polícia apreende adolescentes que atacavam sites oficiais
Outros integrantes do grupo de hackers já foram identificados e serão ouvidos na sede do GME, no Complexo Policial dos Barris, em Salvador. Os pais e responsáveis legais pelos adolescentes poderão ser acionados civilmente, arcando com seu patrimônio para custear a reparação dos danos causados às organizações públicas e privadas atingidas. Entre os sites atacados pelos Slayers Brazil
Hackteam destacam-se os da Unesco, do Procon de São Paulo e da TV Aratu, dos esportes clubes Vitória e Bahia, do PT de Pernambuco, do PSDB da Bahia e do município de Fortaleza. De acordo com a polícia, o grupo de hackers também desconfigurou os sites da Associação de Delegados da Polícia Federal e das associações de delegados de polícia dos estados do Rio Grande do Norte, Santa Catarina e de São Paulo.
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CIDADE
Vilas do Atlântico ganha 30 novas câmeras de monitoramento
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omeçaram a ser instaladas no mês passado trinta novas câmeras de vigilância eletrônica em Vilas do Atlântico, todas conectadas via rádio à Central de Monitoramento do Gabinete de Gestão Integrada Municipal (GGIM), do Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania (Pronasci). Com uma média de sete câmeras por
quilômetro quadrado, Vilas do Atlântico vai se tornar um dos bairros mais vigiados de que já se teve notícia, passando a ser virtualmente impossível entrar e sair do bairro sem que uma câmera registre esse movimento. As novas câmeras representam um aumento de cerca de 50% no número de câmeras distribuídas pela cidade. No final de 2012
havia 62 equipamentos instalados. Hoje, de acordo com a prefeitura, há 86. Com as 30 novas câmeras o total sobe para 116 unidades – ou quase duas por quilômetro quadrado, um número relevante mesmo considerando-se a especial concentração em Vilas do Atlântico, que já contava com outras unidades desde junho de 2010, quando foi criado o sistema de monitoramento, com 26 câmeras iniciais. Cada um dos três acessos ao bairro receberá oito novas unidades. As demais serão instaladas no calçadão da praia, três em cada acesso. As primeiras oito câmeras já estão
Jaime de Moura Ferreira
Pensar positivamente
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Ensaio com palavras iniciadas com a letra ‘p’
ode pensar pouco, porém positivamente. Pensamento positivo, por pessoas paladinas, promove palanques padronizados, porteiras prateadas, palcos paisagísticos, plenários planturosos, predestinados para possíveis palácios plausíveis. Pensar positivamente projeta poderes particulares permanentes, portanto prioriza promessas promissoras peculiares, promovendo paixões patrióticas, percepções produtivas, prazeres perpétuos, potenciais públicos promissores. Procure promover, persistentemente, pesquisas psíquicas para perceber, projetar, palestrar pensamentos profícuos permanentes. Proponha palavras pertinentes, profundas para privilegiar pais, professores, parceiros, propalando prendas promovidas pela paciência, proteção, persistência. Pratique princípios pessoais pulsativos, profissionais perfeitos, para projetar pacifismo. Prospectar panoramas propícios, patenteará planos prazerosos, persistentes, para permanecerem, pedagogicamente, prescrevendo premissas potenciais. Peregrinar prodigiosamente pelos parques pessoais, programando-se profissionalmente, prognosticar-lhe-á Lomanto Júnior, na progressos promissores. Produza participativos, promovendo rodovia que levaprocessos seu participações patenteadas perenes. nome e que liga Feira Projete paradigmas panorâmicos, palpitantes, de Santana à Juazeiro
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para pactuar procedimentos positivos, permanentes. Poucas pessoas pensam profundamente, porque, primeiro, procuram promover patrimônio, preocupando-se passionalmente pelo poder. Precisamos pisar parques padrões, para planejarmos pacientemente preparativos poderosos, promovendo promessas patrióticas, perfeitas parcerias, patenteadas publicamente. Por premissa panteísta, peça passagem para perceber perfis perfeitos, predestinados para proporcionar paz perpétua. Perder possibilidades presentes prejudicará, pesadamente, posições posteriores. Pessimismo pode produzir paradeiros pantanosos, padecimentos, pandemônios, pavimentados pelo pavor propalado; portanto, procure passear por patamares proveitosos, perseguindo padrões primorosos. Pacatez, paciência, préstimo, pautados pela percepção pacificadora, patentear-lhe-á, paulatinamente, posições progressistas peculiares perenizadas. Pessoalmente, prefiro prosseguir produzindo painéis primorosos, para persuadir pessoas pensarem positivamente, patrocinando parcerias padrões perfeitas. Portanto, pensar positivamente persevera perspectivas presentes, para prescindir paixões passadas, preparando-lhe para progredir proficientemente.
JAIME DE MOURA F E R R E I R A é adm i nistrador, consultor or ganizacional, professor universitário e escritor, sócio fundador do Rota ry Club Lauro de Freitas e coordenador de Meio Ambiente e Relações Empresariais da SALVA - Sociedade dos Amigos de Vilas do Atlântico. E-mail: jamoufer@atar de.com.br
MÁRCIO PAIVA: “Vamos conversar com os empresários para que colaborem com a segurança pública, no interesse de todos” em funcionamento na entrada principal de Vilas do Atlântico, com acompanhamento na Central de Monitoramento. A proposta do GGIM, desde que o sistema foi implantado, há quatro anos, era que as imagens fossem acompanhadas em tempo real por uma Central de Monitoramento que seria operada pela Polícia Militar e pela Polícia Civil. Além de coibir a criminalidade e auxiliar na solução de crimes, os equipamentos ajudam a organizar o trânsito, equacionar problemas de serviços e infraestrutura e até mapear possíveis focos da dengue. Os operadores da central de monitoramento estão sujeitos a Termo de Compromisso, Sigilo e Confidencialidade regido pela Portaria nº 66/2010, do Gabinete da Prefeita de Lauro de Freitas, publicada em 10 de junho de 2010. Pelo Termo, todas as informações e imagens são tidas como confidenciais e sigilosas e só poderão ser cedidas a autoridades policiais e judiciárias, mediante requerimento de delegados de polícia titulares, comandantes da Polícia Militar, Juízes de Direito e Promotores Públicos. EXPANSÃO De acordo com o prefeito Márcio Paiva (PP), a intenção é expandir ainda mais a rede de câmeras de vigilância, adicionando
ANTONIO ROSALVO: “A segurança pública é um dever do Estado e já pagamos impostos, mas todos precisam fazer a sua parte” Câmeras no acesso principal de Vilas do Atlântico interligadas via rádio à Central de Monitoramento do GGIM: bairro mais vigiado
ao sistema os equipamentos instalados por empresas e até mesmo cidadãos comuns. “Vamos conversar com os empresários para que colaborem com a segurança pública, no interesse de todos”, disse à Vilas Magazine. Desde que o equipamento seja compatível com o sistema usado pela Central de Monitoramento – nem todos podem ser interligados via rádio – qualquer um pode solicitar o monitoramento de imagens de vias e áreas públicas. Para isso pode-se entrar em contato com o GGIM pelo telefone 71 3378-9095. A ideia de Márcio Paiva é que, por meio de parcerias com empresários locais, sejam instaladas ainda mais câmeras. O prefeito pretende destinar todas as contrapartidas devidas por empresas para investimentos que priorizam e Educação, Saúde e Segurança. O prefeito quer também tirar da gaveta Projeto de Lei nº 39/2011, de autoria do vereador Antônio Rosalvo (PSDB), que adicionará imediatamente ao sistema 20 novas câmeras, sem custos para os cofres públicos. O diploma chegou a ser aprovado pela Câmara Munici-
pal. Pelo projeto, todas as agências bancárias ficam obrigadas a instalar câmeras externas que ficarão interligadas ao sistema oficial. O vereador lembra que, de acordo com os especialistas em segurança, “a simples existência da câmera de vídeo direcionada para a área externa dos bancos é um fator de dissuasão de potenciais crimes”. Com as unidades que serão instaladas, “teremos mais câmeras distribuídas pela cidade auxiliando a vigilância nos pontos críticos que são as agências bancárias”, diz Rosalvo. Além disso, os equipamentos atualmente instalados em pontos próximos às agências poderão ser remanejados para locais ainda não cobertos pela vigilância eletrônica. Antônio Rosalvo defende que todos os estabelecimentos classificados pelas autoridades policiais como sensíveis para a segurança pública instalem câmeras interligadas ao sistema público. “Seria positivo, antes de mais, para o próprio estabelecimento”, avalia. O caso das agências bancárias é especial porque “são pontos que oferecem um risco permanente aos usuários de caixas eletrônicos”, diz. “A segurança pública é um dever do Estado e todos já pagamos impostos”, inclusive para ter segurança, “mas todos precisam fazer a sua parte”, pontua.
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CIDADE
Assassinato de Fábio Dudez comove e mobiliza comunidade de Vilas do Atlântico
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assassinato de Fábio Dudez Lopes, 34 anos, morador de Vilas do Atlântico, movimentou pelo menos 200 pessoas numa caminhada entre a entrada principal do bairro e a casa de sua família, no dia 15 de junho. O crime aconteceu no dia 12 de junho em circunstâncias que a polícia ainda apura. Muito estimado no bairro, Fábio Dudez, como era conhecido, levou
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às ruas um grupo de pessoas em que só se contava familiares e amigos, numa homenagem comovida. Manoel Neto, um dos amigos de Dudez que ajudou a organizar a caminhada, adiantou que outros atos públicos serão programados, no âmbito do “Movimento Du 10”, iniciado naquela data. O grupo quer envolver outras entidades de Vilas do Atlântico e de bairros vizinhos para fomentar uma “cultura de paz” na região. Lauro de Freitas alcançou no ano passado o segundo pior indicador de mortalidade por homicídios entre jovens de 12 a 29 anos, entre todos os municípios do país com mais de 100 mil habitantes. O dado, relativo a 2010, consta do Índice de Vulnerabilidade Juvenil à Violência (IVJ-Violência) apurado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública (FBSP). O indicador de homicídios é um dos componentes do IVJ-Violência, em que Lauro de Freitas aparece na oitava pior situação de todo o país (0,437). No relatório anterior do FBSP, com dados relativos a 2007, Lauro de Freitas aparecia em nono lugar, apesar de ostentar pior índice: 0,554.
Pânico Suzana Herculano-Houzel
Nem todo pânico é um ataque do cérebro ou sinal de um distúrbio – só quando ele ocorre fora de hora e contexto
Caminhada em homenagem a Fábio Dudez percorreu a avenida Praia de Itapoan até a praia de Vilas do Atlântico, onde ele morava. No local (abaixo, na outra página), rezaram e pediram mais segurança para o bairro. Outras ações serão programada para fomentar uma “cultura de paz” na região.
Denúncias de violência e situações de perigo já podem ser feitas por meio do WhatsApp
O
Disque Denúncia através do WhatsApp é o mais novo canal da prefeitura de Lauro de Freitas para receber denúncias sobre situações de violência, problemas de trânsito, desabamentos e outras que necessitem de serviço público. Basta adicionar o número 71 99110153 ao catálogo de endereços do smartphone que tenha o aplicativo instalado. As informações passadas por meio do WhatsApp caem imediatamente numa rede integrada pelas polícias Militar e Civil, pela Guarda Municipal – e pelo próprio prefeito Márcio Paiva (PP). A prefeitura garante o sigilo dos números telefônicos das pessoas que encaminharem denúncias. Já estava em funcionamento um serviço telefônico de denúncias, por meio do número 153, implantado em março. Mais de 200 ligações já foram feitas por munícipes, gerando uma média diária de três contatos. De acordo com a prefeitura, as ferramentas encurtam o trâmite entre o 190 da Polícia Militar e o atendimento do município, dispensando que o disque denúncia de Salvador demande para Lauro de Freitas. Por meio do WhatsApp, os usuários podem enviar não somente informações, mas também imagens relacionadas a elas, o que facilita bastante o trabalho da polícia em parceria com a gestão pública.
E
u estava quietinha no avião, adormecida, quando fui acordada por uma tensão súbita e intensa na garganta, pressão no peito, falta de ar, o cérebro berrando o alerta de que algo estava drasticamente errado e que uma catástrofe fisiológica era iminente. Minha suspeita foi confirmada pelo neurologista: era o começo de um ataque de pânico. Nem todo pânico é um ataque do cérebro ou sinal de um distúrbio, claro. Assim como a tristeza tem seu lado bom, quando é adequada a um contexto negativo, e mesmo a felicidade só é saudável quando corresponde a uma realidade positiva (caso contrário ela é sinal de um distúrbio chamado mania), o pânico só é um transtorno quando ele ocorre fora de hora e contexto. Se a vida está ameaçada por um incêndio ou um ataque terrorista, o medo intenso e descontrolado do pânico é mais do que justificado (embora conseguir controlá-lo tenha suas vantagens). Às vezes, contudo, o cérebro dispara todos os alarmes sem que haja risco real à integridade do corpo. Ao menos uma das fontes do alarme falso é conhecida: a ativação extrema e fora de hora de neurônios no tronco encefálico que monitoram o nível de gás carbônico no sangue. Normalmente, esses neurônios acionam automaticamente a próxima inspiração (e assim tornam impossível “esquecermos” de respirar) e, quando isso não basta, acionam o locus coeruleus, o que despeja noradrenalina cérebro afora e nos acorda (caso você esteja prestes a se sufocar no travesseiro) e deixa alertas o suficiente para buscar mais ar (caso você esteja em um local fechado). No ataque de pânico, esses neurônios são acionados fora de hora e sem motivo aparente (o que, aliás, separa o pânico da fobia, esta uma crise de ansiedade provocada por um mesmo estímulo, como aranhas, altura ou aglomerações) --mas o sinal é o mesmo: o corpo está ficando intoxicado por gás carbônico. A sensação de morte iminente, portanto, é perfeitamente real e convincente. O jeito? Esperar até o ataque passar (não se sabe ainda se por atividade autocontida dos neurônios que dão o alarme ou por causa da evidência de que você, afinal, não morreu); apelar para ansiolíticos de ação rápida (santos remédios!); ou tentar truques cognitivos, como tentar se convencer de que está tudo bem. Foi, por sorte, meu caso, pois não tinha remédios na bolsa. O avião estava perfeitamente estável, e os outros passageiros, também adormecidos. Saber que ataques de pânicos existem e como eles são ajudou meu cérebro a reconhecer a situação, respirar fundo e devagar e se acalmar sozinho. SUZANA HERCULANO-HOUZEL, neurocientista, professora da UFRJ, e apresentadora do programa Cerebrando (cerebrando.net)
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GERAL
Rotary Club homenageia gari mais antigo da cidade
Valdemar Leal Pereira, presidente do Rotary Club Lauro de Freitas, homenageia Irineu Angelo dos Santos pelos seus 36 anos de trabalho. Ao lado, o secretário de Serviços Públicos Giusepe Pippolo
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Rotary Club Lauro de Freitas homenageou em maio o mais antigo agente de limpeza pública – os populares garis – de Lauro de Freitas. Irineu Angelo dos Santos, 65 anos, recebeu um certificado das mãos do presidente do Rotary Valdemar Leal Pereira. Ao lado do secretário de Serviços Públicos Giusepe Pippolo, que conduziu a cerimônia, Pereira agradeceu o trabalho de toda a categoria em benefício da cidade. Morador de Vida Nova, com 36 anos de
Empregadores que não assinarem carteiras de trabalhadores domésticos serão penalizados
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s penalidades para quem não se adaptar à Lei das Domésticas passarão a vigorar a partir do dia 7 de agosto. Isso é o que garante uma lei já publicada no Diário Oficial. “Com a lei, o patrão que não assinar a carteira de trabalho de seu trabalhador doméstico poderá sofrer sanções trabalhistas que já valem para outros empregadores. Já para os empregados essa lei garante direitos
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trabalho nas ruas, Santos diz que não tem a menor intenção de se aposentar. A homenagem foi prestada durante a comemoração do Dia do Gari, no Villas Tenis Clube. O termo “gari”, de acordo com o dicionarista Aurélio Buarque de Holanda, é uma referência a Aleixo Gary, fundador da empresa que foi responsável pela limpeza das ruas da cidade do Rio de Janeiro entre 1876 e 1891. O nome do empreendedor, que era de origem francesa, pronunciava-se “garrí”.
Foi a primeira iniciativa de limpeza pública de que há notícia no Brasil, que faria escola. A partir de 1892 o próprio governo assumiria a inédita tarefa, criando a Superintendência de Limpeza Pública e Particular da Cidade. Tão marcante foi a iniciativa do francês que os trabalhadores da limpeza ainda hoje são conhecidos como “garis” no Brasil. Muito antes disso, em 1354, a cidade de Londres, na Inglaterra, foi a primeira a verificar que o lixo doméstico precisava ser recolhido. Naquele tempo, mais do que hoje, a população jogava o lixo nos rios. Foi no século 14 que os dejetos domésticos passaram a ser removidos, uma vez por semana. Muito depois, em 1407, a população foi instruída a guardar o lixo dentro de casa até ser coletado pelos lixeiros. O significado da comemoração e da homenagem é principalmente combater a “invisibilidade” pública dos garis. O psicólogo Fernando Braga da Costa relata no seu livro “Homens Invisíveis – Relatos de uma Humilhação Social” a experiência de ter vivido como gari, varrendo as ruas do campus da Universidade de São Paulo, onde estudava. Costa defende que é preciso repensar o trabalho de modo a eliminar a idéia de que outra pessoa é responsável por remover o lixo de outra. Ele destaca que o trabalho de gari é tão natural atualmente como era a escravidão séculos atrás.
como férias, 13º salário e garantias em caso de impossibilidade de trabalho por acidente ou doença. Em caso de morte, a família do empregado também estará segurada”, explica o consultor contábil, Richard Domingos. A preocupação é grande, porque é pequeno o número de empregadores que estão se ajustando a essa nova realidade, o que ocasiona um grande risco trabalhista e financeiro. Para se ter ideia, desde que se intensificou esse debate em 2013, até agora, os índices de empregados registrados variou insignificantemente. “Espera-se um crescimento no número de pessoas que buscarão registrar seus funcionários domésticos, por causa dessa cobrança de multas dos patrões que não registrarem o vínculo empregatício na carteira de trabalho”, alerta Domingos. Segundo o profissional, o conteúdo estabelece, ainda, que a justiça trabalhista pode avaliar se houve gravidade na omissão do patrão, assim, a ausência de descrição da data de admissão e da remuneração do empregado na carteira de trabalho poderá dobrar o valor da multa. Essas regras são válidas para todos os trabalhadores domésticos contratados por uma pessoa física ou família em um ambiente residencial, tais como doméstica, babá, cozinheira, motorista, caseiro, jardineiro, cuidadora, governanta, mordomo, dentre outros. Em contrapartida, caso o tempo de serviço seja reconhecido voluntariamente pelo patrão, com a efetivação das anotações pertinentes e o recolhimento das contribuições, pode diminuir o porcentual de elevação da multa.
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Projeto Ilhas certifica jovens para o mercado de trabalho
m solenidade realizada na Casa do Trabalhador, 220 jovens de diversas comunidades de Lauro de Freitas foram certificados pelo Projeto Ilhas, referência no Brasil com cursos de tecnologia para jovens, adultos, idosos, surdos e deficientes Intelectuais. Com esta certificação e as turmas de alunos surdos e deficientes intelectuais em andamento são 1.080 alunos capacitados. Projeto social inovador, executado dentro das comunidades de Lauro de Freitas, em parceria com a Prefeitura (Secretaria da Juventude e Trabalho), igrejas, associações e cooperativas, os participantes são capacitados em cursos profissionalizantes de manutenção de computadores, aplicativos iniciais, computação gráfica com edição de foto e vídeo, desenho técnico (AutoCAD) e robótica com programação. De lá, muitos saem para ocupar suas primeiras posições no mercado de trabalho, na área de tecnologia, como vendedores
Música na infância melhora o desempenho escolar e a auto‑estima
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studos científicos recentes mostram que o aprendizado de um instrumento musical ainda na infância pode ajudar na assimilação de conteúdos de diversas disciplinas escolares. Além disso, a musicalização infantil melhora a concentração, a autoestima e a capacidade de raciocínio lógico. “Quando a criança tem um contato precoce com a música, ela, automaticamente, desenvolve melhor suas relações socioemocionais. Isso inclui a diminuição da ansiedade, déficit de atenção e a prevenção de transtornos mais graves”, afirma o neurologista e neuropediatra da Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), Mauro Muszkat. Segundo o profissional, a relação estimula regiões específicas do cérebro, que são ativadas especialmente no estudo de matérias como língua portuguesa e matemática. Esses conteúdos, portanto, também atuam no processamento e na produção de sentido e emoção da mú-
de eletrônicos, operadores de computador e especialistas na área de tecnologia. O professor Henrique Moitinho, idealizador do projeto, esclarece que a meta do Projeto Ilhas é transformar Lauro de Freitas em um pólo de profissionais capacitados com qualidade, tornando a região referência em mão de obra na área de tecnologia, além de conscientizar os moradores sobre a questão ambiental do descarte responsável do lixo eletrônico. Além do apoio fundamental do poder público, para a sua continuidade, o Projeto também conta com parcerias importantes, como da Paróquia São João Evangelista de Vilas do Atlântico, que sob a administração de padre João Abel, oferece estrutura necessária, incluindo equipamentos para os alunos. O secretário Adelon Mira, da Secretaria Municipal da Juventude e Trabalho (Sejut), esteve presente na solenidade, representando o prefeito Márcio Paiva.
sica. “A música tem potencial para facilitar o neurodesenvolvimento, tanto nas funções cognitivas quanto nas modulações relacionadas à questão emocional. A inserção da criança ao mundo da música faz com que ela lide melhor com as impressões mais difíceis de cada ciclo da vida”, complementa o médico.
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Grupo promove ação para participar da Jornada Mundial da Juventude
endendo comidas e bebidas típicas do São João no circuito da festa, no Centro de Lauro de Freitas, membros do Grupo de Jovens da Paróquia de Itinga comemoram a iniciativa, que teve como objetivo arrecadar fundos para a ida deles à próxima Jornada Mundial da Juventude, que acontece em 2016 na Polônia. “Estávamos planejando vender como ambulantes, mas conseguimos essa oportunidade”, comemora Luciana Souza, 26 anos.
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SAÚDE
É indicado posicionar corretamente o cinto de segurança na região abdominal para não causar problemas à saúde de quem está na barriga
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LÚCIO TÁVORA / AG. A TARDE
Grávidas devem redobrar cuidados ao volante
odos os dias que entro no carro tenho que fazer ajustes que vão dos retrovisores ao banco. A cada dia que passa, a barriga cresce tenho que afastar o banco ou levantar o volante para me sentir mais segura para dirioito ou nove meses, induzir até o parto. “Ferimentos severos, traumas gir”. É assim o dia a dia da bancária Laila Janaína Pazos, grávida de oito abdominais intensos e choque hemorrágico provocados por acidentes meses e que garante que sua gravidez ainda não afetou o ato de dirigir. de trânsito podem ocasionar óbitos fetais. As consequências são as Igual a Laila, outras mulheres grávidas passam por situações simimesmas quando elas fazem uso inapropriado deste dispositivo de lares. É bom lembrar que não existem impedimentos para as grávidas segurança no banco traseiro”, orienta. dirigirem. No entanto, há limitações, e muitas são naturalmente do corpo e das condições da ATO DE DIRIGIR PRUDÊNCIA gestação. Entre as dicas e orientações Já a ginecologista Marisabel Boere reforça os Há uma série de incômodos que podem surgir dadas por médicos, as cuidados no fim da gestação.Na rotina do trânsito, já no começo da gestação, como sonolência na mais importantes são a grávida deve dirigir com maior prudência. Se for o hora de dirigir ou mesmo dores provocadas pela o uso correto do cinto caso, até parar no sétimo ou oitavo mês.“No nono má posição do cinto de segurança na região da de segurança na região mês de gestação, o útero está colocando muita barriga da motorista. abdominal da gestante e pressão nos pulmões e diafragma, o que causa Antes de pegar o carro e sair por aí, é necessásaber identificar os limites falta de ar. Além disso, o bebê está muito agitado rio ter atenção com alguns cuidados básicos para do corpo para conseguir e pode até causar distrações na gestante durante não pôr em risco à saúde do bebê e da gestante. dirigir um veículo. o trânsito”, explica Marisabel. Para Ricardo Fakhouri, patologista e presidente Para ela, não há problema nenhum para a da seção Bahia/Sergipe da Associação Brasileiradegestante dirigir. No entanto, é preciso prudência e confiança para enMedicina doTráfego, entidade que desenvolve pesquisa para o setor frentar as adversidades do trânsito em grandes cidades como Salvador. automotivo, o uso do cinto é imprescindível. “O dispositivo deve ser Ricardo Fakhouri aponta que o uso de remédios pode também posicionado na faixa subabdominal, mais abaixo possível apoiado nos ocasionar sono e inchaços nos pés e, em alguns casos, provocar ossos da barriga. A faixa diagonal posicionada lateralmente ao útero”, dificuldades de locomoção ou até mesmo de “empurrar” os pedais indica Fakhouri. (acelerador, freio e embreagem). Se o carro tiver air bag, aconselha Ressalta ainda que o posicionamento errado do cinto pode causar não desativar. Em casos de lesões, o dispositivo protege. um descolamento da placenta e, em casos extremos da gestante com
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Grávida deve evitar circular em garupa de motocicleta
Cont
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Laila ajusta diariamente o cinto e o banco para dirigir
DICAS DE SEGURANÇA CINTO DE SEGURANÇA Toda gestante deve utilizar o cinto de segurança de três pontos em qualquer trajeto de automóvel, mesmo nos mais curtos. O cinto deve ser ajustado de modo que a faixa diagonal passe pela linha dos ombros e fique cruzada sobre o peito e a faixa horizontal fique bem abaixo do útero. Embora possa causar algum desconforto, ele não afetará o bebê, mesmo quando a barriga estiver muito grande, a gestante deve utilizar o cinto, tanto ao volante quanto no banco do passageiro. Dessa maneira, em caso de colisão, o feto não será comprimido e estará mais protegido DISTÂNCIA DO VOLANTE Quanto mais confortável a motorista se sentir, melhor. Procure encontrar um local con-
fortável, com uma postura mais reta na coluna, menos dores ela sentirá. O volante não pode encostar na barriga ou ficar menos de 2 cm de distância PEDAIS A necessidade de afastar o banco para caber a barriga pode dificultar o acesso aos pedais. Afastar o banco ao máximo possível do volante é uma medida de precaução para proteger a barriga. O acesso aos pedais deve ser seguro e cômodo REFLEXOS Com reflexos mais lentos por conta da gestação, o ideal é que as gestantes dirijam em velocidade mais lenta que o habitual, para poder prevenir freadas, identificar buracos e reduzir os riscos de acidentes Fonte: Associação Brasileira de Medicina do Tráfego (Abramet)
motocicleta é considerado um veículo mais arriscado pelo fato de ser mais vulnerável e oferecer menos segurança. Para as grávidas, o risco é ainda maior. A ginecologista Marisabel Boere avisa que, no primeiro bimestre de gestação, pilotar ou andar na garupa da moto não causam problemas, desde que a mulher esteja consciente de que andar de moto é uma escolha mais arriscada. “A moto não conta com um cinto de segurança no caso de um impacto ou acidente. Não conta com um apoio para as costas e nem oferece proteção que diminua o impacto com o solo”, pontua Marisabel. Porém, a partir do terceiro mês, a barriga da gestante começa a crescer e é até desconfortável subir na moto. Durante o percurso, a falta de equilíbrio pode deixar a mulher mais vulnerável a possíveis quedas, o que é considerado alto risco durante a gestação. “A partir do terceiro mês, a mulher fica exposta a possíveis quedas, pois os equipamentos das motos só protegem a cabeça e articulações. Dores nas costas podem surgir, por causa da posição inclinada tanto para pilotar quanto na garupa e, em casos de tombo ou impacto, a placenta pode se descolar, causando o aborto”, explica Ricardo Fakhouri. O consultor de motociclismo Osvaldo Meron não aconselha a gestantes andar de moto. Conta que depois de uma viagem de 200 km, sua esposa, grávida de sete meses,sentiu cólicas que precederam o nascimento prematuro de sua filha. Para ele, a moto não oferece o conforto. Desaconselha a garupa (grávida), andar de lado na motocicleta. “Os joelhos do carona devem estar pressionando o quadril do piloto. A mulher não deve sentar de lado”, indica Meron. u
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SAÚDE
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Ana Paula parou aos oito meses
bancária Ana Paula Carmonjá está com seu bebê em casa, mas só parou de dirigir com oito meses de gravidez. Além dos inchaços nos pés, Ana Paula não se sentia confortável, principalmente nos engarrafamentos. Ela tinha que ajustar o banco para manter-se longe do volante, e isso já não era uma tarefa tão fácil. O cinto de segurança incomodava na região da barriga. Mas sempre usou, pois sabia que era para sua segurança e do bebê. Ana Paula explicou que, na gravidez, os sentimentos ficam à flor da pele. “O trânsito propícia um estresse que pode elevar a batimentos cardíacos e oscilações sentimentais”. Ela aconselha parar de dirigir quando não se sentir confortável, manter a calma e ter prudência. E pensar antes de tudo no bebê.
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Prudência chegou com susto
publicitária Andréa Reis contou que o período mais difícil foi durante o primeiro trimestre da gestação. “Sentia um sono fora do comum. Era uma sonolência tão forte que minha médica me proibiu de dirigir à noite”, recorda Andréa. Agora com seis meses, ela conta que o maior incômodo são os buracos nas ruas. Segundo ela, os tombos do carro causam fortes cólicas. Apesar de se caracterizar “barbeira” no trânsito, Andréa garante que redobrou a atenção após saber da gravidez. Aos cinco meses de gestação, a publicitária passou por uma situação de risco no trânsito. Uma ultrapassagem irregular de um outro veículo quase provocou uma batida no seu carro. O susto fez com que ela sentisse cólicas durante todo o dia. Lhays Feliciano / Ag. A Tarde MILA CORDEIRO / AG. A TARDE
Andréa garante que redobrou a atenção no trânsito
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Rosely Sayão
Brigas na adolescência
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Os filhos, nessa fase, querem descobrir quem são eles e, para inaugurar o processo, fazem oposição aos pais
ive uma conversa com uma jovem mãe, muito comprometida com a sua função e muito bem-humorada. Ela tem três meninos, hoje entre 7 e 12 anos, e um marido com quem compartilha todas as tarefas domésticas e compromissos com os filhos. “Sou uma sortuda”, costuma dizer ela, ao explicar que o marido não a ajuda apenas; ele se responsabiliza junto com ela por tudo o que diz respeito à vida familiar. Os meninos adoram futebol, como o pai, e ela sempre achou muito saudável a relação entre os quatro, mediada pelo esporte. As crianças e o pai torcem para times diferentes, e isso sempre foi motivo para brigas de faz de conta, provocações e piadas entre eles. Pelo menos até agora. Surgiu um problema que tem se agravado com a proximidade da Copa, porque o filho mais velho agora tem levado as discussões sobre futebol com muita seriedade. Por esse motivo, ele e o pai têm entrado em confrontos nada saudáveis, na opinião da mãe. “Antes, em casa, havia três crianças e um homem. Agora, há duas crianças e dois moleques”, arrematou ela. Mas é assim mesmo: ao final da infância, os filhos mudam e isso significa, para os pais, o estabelecimento de outro tipo de relação com eles. As brigas dos pais com os filhos que são crianças resultam principalmente de teimosia e de desobediência, não é? Já com os filhos adolescentes ou quase lá --o filho de nossa leitora tem quase 13 anos--, resultam de tomadas de posição dos jovens. Nesse período, os filhos precisam descobrir quem são eles a partir de então, como se posicionam frente ao mundo e às coisas da vida, o que pensam etc. E, inicialmente, a maneira que encontram para
inaugurar esse processo é fazendo oposição aos pais. Você conhece, caro leitor, a expressão “aborrescente”? Ela, provavelmente, foi criada por adultos que não tiveram sensibilidade para compreender o processo da passagem do filho da infância para a adolescência. Nesse momento, os jovens vivem uma crise, que pode ser muito produtiva para eles se os pais bancarem essa nova fase. E, para isso, é preciso muita maturidade. É que não é mesmo fácil superar todos os questionamentos que eles fazem em relação a tudo, nem a aparente arrogância --um modo que eles têm de se proteger de toda a insegurança que sentem--, a teimosia permanente, a instabilidade e a impulsividade. Mas é justamente por isso que eles precisam de um ambiente familiar acolhedor e seguro para tudo o que vivem. Sim, eu sei que, no cotidiano, isso pode se transformar em um clima infernal, o que parece estar acontecendo entre o pai e o filho mais velho de nossa leitora. O filme “Aos Treze” mostra isso muito bem. Mesmo assim, é preciso lembrar constantemente que os pais devem ser os adultos dessa relação. Reagir às provocações dos filhos no mesmo tom deles transforma um conflito de gerações em confronto de iguais, o que, aliás, essa mãe percebeu muito bem. E isso não ajuda o filho nessa busca de seu novo lugar, na família e no mundo. É preciso saber de antemão que, mesmo bancando com firmeza e leveza esse período da vida do filho, que mesmo investindo no diálogo e na negociação, que mesmo adotando uma atitude compreensiva, os pais enfrentarão a oposição dos filhos e, em muitos momentos, viverão percalços no convívio. Mas esses são os ossos do ofício, não é mesmo?
ROSELY SAYÃO, psicó loga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificulda des vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação
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BELEZA
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Salto na gravidez
m revistas e na televisão, é comum ver celebridades, como a cantora Wanessa ou a atriz israelense Natalie Portman, comparecerem a eventos sociais de salto alto, mesmo durante a gravidez. As gestantes que amam o estilo, não precisam deixá-lo totalmente de lado. No entanto, é preciso tomar algumas precauções. “A partir da 20ª semana de gestação, o corpo da mulher começa a sofrer alterações na postura, por causa do aumento do abdome”, explica a fisioterapeuta Ana Paula Bella. “A estabilidade também é prejudicada pela relaxina, um hormônio que provoca relaxamento da musculatura, o que aumenta chances de quedas e torções.” O cirurgião vascular Aldo Ferronato, concorda com a colega. “O ideal é usar um salto de dois a cinco centímetros, que melhora muito o retorno venoso. De cinco a sete é até tolerável, mais que isso já é ruim”, diz o médico. Os especialistas também pedem que a grávida evite sapatos com contato direto com o solo, como rasteirinhas, que são prejudiciais à coluna. O salto também pode complicar a vida de quem já tem predisposição para varizes. “Se você vai a um casamento, por exemplo, o uso da meia elástica ajuda, mas é preciso ter consciência de que a própria gravidez pode
causar varizes, por diversos fatores, além do uso do salto. Nesses casos, quanto mais puder evitar, melhor”, avisa Ferronato. O ortopedista Caio Nery é contra essas exceções. “As mulheres sempre têm opção. Devemos deixar muito claro, quando discutimos esse assunto, a etiqueta feminina. Nos tempos atuais, ela é determinada pela própria mulher”, defende o ortopedista. Ele diz ser comum ver gestantes sofrerem entorses dos pés e tornozelos e até dos joelhos na gravidez, só pela mudança que está ocorrendo no corpo. Já o ortopedista Marco Antonio Ambrósio chama a atenção para os problemas de coluna que podem surgir com o uso do excessivo do salto alto durante a gestação. “Com o desenvolvimento e o crescimento do bebê, o centro de gravidade da gestante se desloca para a frente e, para compensar essa mudança, ela se curva para trás, aumentando sua curvatura lombar”, explica Marco Antonio Ambrósio, que recomenda o uso de saltos de até três centímetros e apenas no início da gestação. Segundo o médico, os sapatos de salto alto têm uma tendência a modificar a postura da pessoa. “Isso pode fazer com que as dores na parte de baixo da coluna vertebral fiquem cada vez mais intensas e pode até causar problemas mais sérios, como lordose,
NA MEDIDA CERTA l A maioria dos especialistas prefere que mulheres grávidas evitem o salto ou usem no máximo o de três centímetros. Alguns médicos toleram até cinco centímetros em uma ocasião muito especial, como uma festa l As mudanças no corpo da mulher grávida começam a aparecer a partir da 20ª semana, quando o cuidado com a escolha do sapato deve ser redobrado l Nunca use saltos finos; procure por saltos largos, que dão mais estabilidade ao pé l Sapatos baixos demais, em que o pé fica em contato direto com o chão, também podem causar danos à coluna. O ideal é ter um saltinho baixo l Se for usar salto, procure não passar muito tempo em pé l O maior risco ao usar salto é sofrer uma queda ou uma torção; dobre o cuidado quando for necessário usar salto l A gravidez já causa varizes por diversos fatores. Se tem predisposição para esse problema, evite o salto.
hiperlordose e outros desvios da coluna”, completa Ambrósio. Também ortopedista, Luciano Pellegrino afirma que o uso do salto só é indicado nos dois primeiros meses. “Depois desse período, é muito arriscado. Os hormônios agem a fim de preparar o corpo da mulher para o dia do nascimento do bebê”, explica. “Dois fenômenos se fazem sentir: o das articulações, que ficam moles, e o da hiperlordose, que é o excesso na curva da coluna. Isso sem falar nos problemas comuns a qualquer mulher, como as calosidades, as dores e a maior incidência de joanetes nos pés”, alerta Pellegrino. Fabiana Schiavon / Folhapress.
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LUCY NICHOLSON / REUTERS
Você já fez uma faxina na sua vida? Muitas mulheres querem investir nos próprios desejos e jogar fora o que é excessivo ou não serve mais Mirian Goldenberg
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enho observado um fenômeno interessante: mulheres que decidem fazer uma verdadeira faxina nas suas vidas. O processo começa com uma insatisfação difusa e um enorme desejo de mudar, limpar, simplificar. Algumas desfazem amizades, como uma professora de 49 anos: “Tinha uma amiga de infância que sempre me criticou e me botava para baixo. Resolvi deletar da minha vida todas as pessoas destrutivas, inclusive velhas amigas. Estou finalmente livre da energia negativa delas. Foi uma verdadeira faxina existencial.” Outras mudam a forma de viver, como uma jornalista de 51 anos: “Eu morava em um apartamento de quatro quartos, cheio de coisas que acumulei na vida. Não conseguia me desapegar por razões afetivas: casaco que ganhei do meu pai, echarpe da minha mãe, CDs do ex-marido. Mudei para um conjugado e dei 80% das minhas coisas: sapatos, bolsas, roupas lindas, muitas ainda com a etiqueta. Minha vida ficou mais simples, mais leve e muito mais gostosa.” Outras são mais radicais, como uma médica de 58 anos: “Estava no auge da minha profissão, ganhando muito dinheiro e sendo convidada para congressos. Depois de décadas focada na minha carreira, cheguei ao limite. Odeio viajar, não gosto das pessoas arrogantes que encontro nesses eventos, cansei de sorrir e de dar beijinhos em gente chata. Larguei tudo e estou estudando filosofia. Quero curtir a vida do meu jeito: ler livros, ver filmes, ter tempo para fazer o que eu gosto. Foi uma revolução”. Em todos os depoimentos aparece a decisão de usar o tempo de uma forma mais prazerosa, investir nos próprios desejos, jogar fora o que é excessivo ou não serve mais, mesmo que tenha sido algo importante em outra fase de vida. É uma sensação de urgência, de basta, de recomeço. Uma advogada de 63 anos mostra que o tempo é um capital: “Chega de desperdiçar a vida pensando em dinheiro, prestígio, poder. Chega de perder tempo com gente babaca. O tempo é uma riqueza. Aprendi a dizer não (sem culpa) para tudo o que me faz mal. E a dizer sim (com prazer) só para o que é realmente importante. Parece fácil, mas levei 60 anos para descobrir que a liberdade é o segredo da minha felicidade”. E você? Já fez (ou precisa fazer) uma faxina na sua vida?
A atriz, produtora e diretora norte-americana, nascida em Israel, vencedora de dois Globo de Ouro, usa salto em evento promocional de cinema, mesmo estando grávida
MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Uni versidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br
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COMPORTAMENTO
AGRADECER FAZ UM BEM DANADO A gratidão anda de mãos dadas com a felicidade, transforma seu olhar diante da vida e, de quebra, ajuda a manter bem longe a tristeza e a angústia
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Liane Alves
odos os sábados, Lélia Almeida pega seu rosário de contas de madrepérola e uma garrafa de água para receber alguns passes de médiuns, em um pequeno salão nos arredores de Brasília. Diz ela que foi levada ali pelos anjos, ou por suas amigas, que viram seu desespero diante da doença do filho. Naquele lugar protegido por amplos céus rosados e ao lado de gente muito simples, Lélia, criada em meio aos livros, se despe de todo o seu brilho para abrir o coração para outra mãe, a de Cristo, e lhe pedir a cura. Atendida nas suas preces, e com o filho já forte, sua peregrinação semanal não cessou. Ali, junto de trabalhadores e donas de casa de Ceilândia (cidade satélite da capital federal), ela continua a praticar sua devoção. “Outro dia, a Diva, a do filho craqueiro, me perguntou: ‘o seu filho já não melhorou, o que você faz aqui então?’, e eu disse a ela que venho para agradecer, para não esquecer que a gratidão é uma boa prática, para não esquecer que podemos sobreviver com muito pouco, um rosário pequeno de contas de madrepérola e muita água.” E acrescenta logo em seguida, quase que falando para si mesma: “e para lembrar toda semana que eu tenho tudo.” Li esse trecho no blog da própria Lélia, uma sensível escritora gaú-
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cha. Seu texto passou pelos meus olhos, assim como tantas histórias, posts do Facebook, palestras e artigos publicados sobre o assunto. Nunca pensei que esse sentimento pudesse ser tão popular, e ações que o expressem, tão comuns. O que acontece é que, muitas vezes, passamos por cima desses relatos justamente por serem rotineiros. Porém, se prestarmos atenção na quantidade de agradecimentos que surgem por aí, vamos descobrir com espanto quantas manifestações de amor se ocultam no meio de outros acontecimentos. Mas, afinal, o que é gratidão? É um encantamento, um rendimento diante da beleza e do mistério da vida. Alguém, ou algo, lhe toca e você se torna um maravilhado. O
valor nessa vida. E a reconhecer a valia do que damos por garantido e perene – sem perceber que aquilo é precioso e pode escorrer a qualquer momento pelos dedos. Também nos ensina a agradecer pelo que nos toca, ou por quem nos dá uma mão. Não é nada difícil, mas é fundamental para nos sentirmos mais felizes. E, ao que parece, algumas pessoas já estão se conscientizando disso. Só para dar uma ideia, em poucas horas diante do computador, acompanhei e li dezenas de histórias ou textos que, no fundo, falavam dos mais diversos tipos de agradecimento. Numa emocionante palestra do tedx de São Francisco, na Califórnia, por exemplo, o monge beneditino David Steindl-Rast fala em como a gratidão pode se transformar no caminho mais rápido e direto para a felicidade. Também me interessei pelo trabalho feito por grupos brasileiros de Naikan, arte japonesa da autorreflexão. Nos retiros organizados por eles, é possível reencontrar o sentimento de apreciação e reverência pela existência. Li, ainda, um artigo da neurocientista Suzana Herculano-Houzel no qual ela comenta sobre pesquisas recentes que mostram como a gratidão ativa o mecanismo de recompensa no cérebro, e provoca uma profunda sensação de bem-estar e alegria.
A gratidão nos ajuda no encontro do que tem valor nessa vida. E a reconhecer a valia do que damos por garantido e perene – sem perceber que aquilo é precioso e pode escorrer pelos dedos
peito se enche de alegria. A alma resplandece. Ou, silenciosamente, é tomada pela ternura. Um presente foi ofertado pela existência e você se inclina em agradecimento, em estado de graça. Não é por acaso que as palavras ‘graça’ e ‘agradecer’ têm a mesma raiz. No entanto, é necessário nos tornarmos sensíveis e atentos para perceber como a vida oferece dádivas sem nos darmos conta. É preciso parar e olhar em volta, com foco. Respirar fundo, deter-se no meio da correria. Escutar o poeta e místico indiano Kabir quando ele chama nossa atenção: “E para onde você vai com tanta pressa antes da morte? Você consegue encontrar o que tem valor nesse mundo?” Pois é, a gratidão nos ajuda nesse encontro do que, de fato, tem
Mas, afinal, por que, de repente, nos tornamos agradecidos? “O ser naturalmente grato encontra beleza e encantamento em tudo o que acontece, não importa muito o quê. Geralmente tem uma atenção apurada e uma sensibilidade à flor da pele, pois percebe detalhes inimagináveis pelos quais reconhece que ganhou algo raro e precioso da existência”, explica a psicóloga Ângela Maria Ferrari Collo, especializada em terapia familiar. “Por isso, é comum essa pessoa querer retribuir essas dádivas, e doar algo de si como forma de demonstrar seu reconhecimento. Esse alguém se sente próspero pelas inúmeras bênçãos que recebe todos os dias. Por consequência, torna-se mais generoso e aberto com os outros”, diz. E certamente mais feliz. É bem provável que essa pessoa também se torne menos egoísta, crítica, carente, amarga ou mesmo agressiva. E deixe de ser uma eterna insatisfeita para se mostrar mais receptiva com o que a vida lhe oferece. “Quando se inclina a cabeça por aquilo que nos chega de bom, quando manifestamos apreço a alguém que nos dá alguma coisa, ou nos encantamos com a natureza, fazemos um bem enorme para nossa psique: nos tornamos apreciadores genuínos da vida em todos seus aspectos”, afirma a psicóloga. Saboreamos seu verdadeiro gosto, não mais a engolimos sem sentir ou pensar. Também não a criticamos tanto por nos oferecer pratos com os quais não estamos acostumados. “Seja grato a quem o faz voltar, seja u
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COMPORTAMENTO
u qual o motivo, para o espírito”, nos sussurra o poeta persa do século 13 Mevlana Muhammad Rumi. Às vezes, esse retorno ao coração é feito com delicadeza, e, outras, com muita dor. Nesse último caso, vamos estar diante do paradoxo que é agradecer até mesmo a quem nos causa sofrimento, por nos fazer voltar ao que é real. Mas, se dizer obrigado é uma das grandes chaves para se sentir mais feliz, por que algumas pessoas têm mais dificuldade em despertar a gratidão? Será que é possível aprender isso sem forçar nossa natureza? COMO NASCE O APREÇO Muitas teorias falam de como se origina o sentimento da gratidão. Uma das mais interessantes foi formulada pelo pensador austríaco Rudolf Steiner, criador da antroposofia. Steiner dividia a existência em períodos de sete anos, os setênios, cada qual com uma lição específica para ser aprendida. Nos primeiros sete, por exemplo, aprenderíamos o que é bom; nos subsequentes, dos 7 aos 14, o que é belo e, dos 14 aos 21, o que é verdadeiro. “Nos primeiros anos, quando se descobre o que é bom e outros valores positivos, é fundamental que a criança desenvolva um amor intenso, quase uma veneração, por alguém que é bondoso para ela: geralmente a mãe, mas também pode ser o pai, ou outra pessoa próxima que tenha muita importância no seu mundo afetivo”, diz Esther Teixeira-Jossi, professora formada na pedagogia Waldorf, criada por Steiner. “Ao amar profundamente essa pessoa, e ao reconhecer que recebe boas coisas dela, o sentimento da gratidão é despertado naturalmente pela primeira vez”, afirma. A maioria dessas teorias, como as da psicanalista austríaca Melanie Klein no seu livro ‘Inveja e Gratidão’, por exemplo, coloca o nascimento desse sentir em idades muito tenras. “A gratidão surge na infância quando se tem carência de alguma coisa importante, e essa falta é preenchida inesperadamente por alguém”, assegura a escritora Helena Gerenstadt, que tem o costume de agradecer àquilo que recebe desde muito cedo. “Filha de pais separados, lembro como me sentia feliz e grata quando era convidada, pela mãe de uma amiguinha, a passar o final de semana com a família dela”, conta. Para Helena, a carência pode se transformar em uma grande professora da gratidão. “As crianças que têm quase tudo nunca conseguem se satisfazer, viram um buraco sem fundo. Qualquer satisfação se mostra insuficiente e transitória, pois sua carência básica, que é de amor, não é suprida”, diz. De acordo com ela, os mais gratos tendem a ser, paradoxalmente, os que mais experimentaram dificuldades e obstáculos. Dessa forma, esse não é um sentimento para quem só sabe olhar para o próprio umbigo. Mas, se você for assim e quiser ser mais feliz, ainda tem jeito, dá para começar a mudar. Leia até o final.
Se você percebeu que não conseguiu ser grato diante de tudo de bom que a vida já lhe ofereceu, faça isso agora. Experimente dar um passo para fora do seu próprio universo. Vai lhe fazer bem 34 | Vilas Magazine | Julho de 2014
O QUE A CIÊNCIA DIZ As modernas pesquisas na área de neurobiologia também alicerçam teorias surpreendentes sobre esse tema. Para isso, podem ganhar parceiros inesperados, como um filósofo holandês do século 15, conhecido como Spinoza. “O pensamento dele tem muitos pontos em comum com os resultados de estudos atuais”, afirma Marcello Árias Danucalov, médico, neurobiólogo e estudioso do pensamento do filósofo. Para Spinoza, somos controlados pelas emoções, que ele chamava de ‘afetos’ - alegres ou tristes. “De acordo com ele, a razão só surgiria depois da manifestação das emoções, para justificá-las”, diz Danucalov. Segundo o pensador holandês, o ser humano não consegue se libertar do domínio das emoções. Mas ele pode escolher desenvolver
Devemos ser gratos até mesmo a quem nos causa sofrimento, porque essas pessoas nos fazem voltar ao que é real. A ideia, afinal, é sempre retornar para o caminho do coração saber as emoções que vamos estimular na nossa vida, já que, como dizia Spinoza, sempre seremos dominados por elas”, diz o pesquisador. O que ajuda nesse processo? Técnicas de meditação, ioga, tai chi, o contato com a natureza, o convívio com gente positiva e a doação voluntária do seu tempo para uma instituição. E também rezar para agradecer – e não apenas para pedir. Isso não quer dizer que daqui para frente é proibido ter raiva ou ficar triste. Essas reações são também necessárias, pois podem mobilizar forças na direção de uma mudança benéfica ou nos livrar de situações aflitivas e de riscos. Só não esqueça que elas são prejudiciais a longo prazo. “A resposta mais sábia diante da vida é não apenas aceitar o mundo como ele é, mas contribuir para fazê-lo um lugar mais aprazível”, conclui Marcello Danucalov.
ou estimular aquelas que são mais positivas (afetos alegres), em detrimento das mais negativas (afetos tristes). E afirmava, também, que as emoções negativas retiram todo o nosso entusiasmo pela vida, e nos tornam sem vigor. Já as alegres, como a gratidão e o amor, estimulam nossa existência, e contribuem para a manifestação do brilho interior. O que Spinoza propunha há quase 400 anos coincide com as conclusões da neurobiologia atual. “As emoções positivas, como a gratidão, liberam substâncias no organismo que produzem sensação de bemestar e leveza. Já as geradas pelas emoções negativas podem ocasionar sérios danos ao corpo se estiverem presentes na circulação por muito tempo”, afirma o neurobiólogo. “É a única escolha real que temos:
TRÊS PERGUNTAS DE OURO Mas como é possível saber se somos realmente gratos pelo que recebemos? Antonio Carlos Valença, professor e pós-doutor em ciência da ação e aprendizagem organizacional, dá uma indicação. “Quem é grato é humilde, alegre, generoso, e se considera igualitário aos seus semelhantes”, diz ele. Já o ingrato... “Ele não reconhece o outro, se sente superior. Sua felicidade é retentiva, egoísta”, avalia. Pior: ele pode não estar consciente de sua própria ingratidão. Isto é, muitas vezes ele não sabe que é assim. É como alguém que tem pressão alta e não percebe, porque não há sintomas aparentes. Mas como avaliar, então, se somos ou não gratos? Para facilitar, deixo três perguntas feitas nos retiros de Naikan, a tal arte da autorreflexão. É um tipo de contabilidade interna, que pode ser aplicada para qualquer pessoa ou circunstância. A primeira é: o que eu dei? A segunda: o que recebi? E a terceira: que problemas causei? Ao respondê-las, você poderá avaliar se é alguém agradecido ou não. E, se descobrir que não soube ser grato diante de tudo que já lhe foi ofertado, faça isso agora. Experimente dar um passo para fora do seu próprio universo e manifeste a gratidão já com um pequeno gesto concreto. Ofereça um presente, escreva um bilhete com palavras doces, dê flores, faça preces, ou abrace alguém demoradamente. Mesmo que ainda não sinta o sentimento de gratidão, agradeça. Um dia, ele se tornará real. É assim, pelo hábito de demonstrar seu apreço, que ele começará a entrar devagarzinho dentro do peito. De uma maneira delicada e sutil. LIANE ALVES é jornalista, estudiosa das terapias de autoconhecimento e de outras religiões. (Material licenciado pela Editora Abril Textos).
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Santo Amaro da Imperatriz, um paraíso das águas termais do Brasil
A
cidade catarinense de Santo Amaro da Imperatriz, localizada a 38 quilômetros de Florianópolis, no Verde Vale das Termas, é considerada a “Capital Catarinense das Águas Termais”. Projeto parlamentar recebeu apoio de toda a comunidade, do comércio e dos setores de serviços e hotelaria da cidade, entre eles o Plaza Caldas da Imperatriz Resort & SPA (a Rede Plaza de Hotéis mantém uma unidade em Busca Vida, o Bahia Plaza Resort). O título é mais do que justo. As águas termais de Santo Amaro da Imperatriz, consideradas as melhores do Brasil, foram desco-
bertas por acaso em 1813 por caçadores que andavam pela região. Conta a história que as fontes provocavam rejuvenescimento a quem nelas se banhasse. A partir daí, a fama se espalhou, obrigando o governador da época, Maurício de Souza, a enviar uma milícia para proteger a fonte. Um ano depois, a guarnição militar foi atacada pelos índios Xoklengs, incendiando a palhoça que eles dormiam. Nada, porém, desanimou os interessados em valorizar as águas “milagrosas” da região. Em 1814, a Imperatriz Teresa Cristina, mulher de Dom Pedro 2º, que fazia tratamento para engravidar, interessou-se pelas
ÁUREO BERGER
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águas termais e mandou construir um hotel na região. No ano seguinte, ela se banhou nas águas termais do hotel e nove meses depois concebeu a Princesa Isabel. Caldas da Imperatriz é a primeira estância DR. PICTURES ESTÚDIO FOTOGRÁFICO
No Plaza Caldas da Imperatriz, os hóspedes dispõem de mais de quatro trilhas para caminhadas, tendo em volta um exuberante santuário natural.
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termomineral da América Latina. O projeto fortaleceu turisticamente o município de Santo Amaro, hoje bastante procurado por ecologistas e visitantes de todas as idades interessados na qualidade das suas águas e
na beleza da Mata Atlântica. As potencialidades terapêuticas das suas águas termais atraem milhares de pessoas em todas as épocas do ano. A infra-estrutura da região cresceu para receber estes turistas, com destaque para o Resort Plaza Caldas da Imperatriz, que possui uma das mais avançadas tecnologias em SPA e hotelaria, com diversos tratamentos voltados para a saúde e a beleza, oferecendo também várias atividades em suas águas termominerais. Entre as indicações para tratamentos de doenças, as águas de Santo Amaro são ótimas, segundo médicos termalistas, para combater reumatismos, traumatismos, varicosidades, celulites, dores musculares, dermatites, equizemas crônicos, estados psíquicos, afecções
DR. PICTURES ESTÚDIO FOTOGRÁFICO
do sistema nervoso, lesões cirúrgicas gerais, úlceras, problemas intertinais, pressão arterial, entre outros. Santo Amaro é para o turismo catarinense o primeiro “berço” das águas quentes ou a “Capital Catarinense das Águas Termais”. DR. PICTURES ESTÚDIO FOTOGRÁFICO
Tratamento Harmony chi, no SPA. Acima, banheiras de hidromassagem externas, com água termomineral
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VIVER BEM
Sem sintoma, gordura no fígado pode levar a cirrose e câncer
P
roblema que pode comprometer o fígado sem apresentar sintomas, o acúmulo de gordura é comum em pacientes obesos e sedentários, e pode evoluir para cirrose e até para câncer no órgão. A doença também é chamada de esteatose hepática. O hepatologista Tércio Genzini explica que o fígado em condições normais pode ter até 10% de gordura em seu conteúdo. Quando o nível está acima disso, é sinal de que a pessoa está com a doença. “A principal causa de acúmulo de gordura é a obesidade. Sabendo-se que mais da metade dos brasileiros encontrase acima do peso, a esteatose hepática, que atinge cerca de 50% dos obesos, está se
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Mal afeta mais quem é obeso e não faz exercícios físicos. Exame simples pode detectar o problema tornando o principal problema que afeta o fígado”, afirma. A gordura no fígado é conhecida como “mal do sedentário”. Segundo Genzini, essa denominação tem relação com uma consequência da falta de exercícios. “O sedentarismo
acentua uma condição chamada resistência à insulina. Essa condição, presente nos pacientes portadores de diabetes, predispõe ao acúmulo de gordura no fígado.” A má alimentação também tem ligação com o problema. Para a nutricionista Fabiana Bertti, alimentos gordurosos, carboidratos e bebidas alcoólicas são os principais vilões. A doença não apresenta sintomas inicialmente, mas pode ser detectada com um exame simples. “O exame mais simples e mais utilizado para detecção de gordura no fígado é a ultrassonografia. Para quantificação da gordura, o mais sensível é a ressonância”, afirma o hepatologista Tércio Genzini. Em estado avançado, ela pode ter como sintomas fraqueza, olhos amarelados e urina escura. Cirrose (cicatrização de lesões no fígado causada por inflamações) e câncer são problemas que o acúmulo de gordura pode causar. Paula Felix / Folhapress.
Alimentos que contribuem para o aparecimento do problema
Fontes: Fabiana Bertti, nutricionista; M么nica Viana, hepatologista e membro da Sociedade de Hepatologia; site do dr. Drauzio Varella; T茅rcio Genzini, hepatologista
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VIVER BEM
Criança intoxicada não deve beber leite ou forçar vômito
D
Isso pode acelerar a absorção do produto tóxico pelo corpo ou ferir ainda mais o sistema digestivo
eixar remédios e produtos de limpeza fora do alcance de crianças é a melhor forma de evitar intoxicação. Mas é necessário que os adultos saibam os cuidados a serem tomados em caso de emergência para que não compliquem ainda mais a situação . Segundo o pediatra Fábio Bedoni, nunca se deve, em caso de intoxicação, fazer a criança vomitar ou obrigá-la a beber água ou leite. “Em caso de substância ácida, como a
soda cáustica, vomitar pode piorar o quadro de saúde da criança. Ela pode sofrer uma queimadura quando a ingere e sofre outra quando essa substância sobe pelo esôfago.” Já a água e o leite podem fazer com que a substância tóxica seja diluída no estômago, fazendo com que ela seja mais rapidamente absorvida pelo organismo. Quem compra produtos como água sanitária e desinfetante de ambulantes e os deixam em garrafas PET deve redobrar os
Primeiros-socorros
cuidados ao armazenar os produtos. Segundo o toxicologista e diretor médico do Centro de Assistência Toxicológica do Hospital das Clínicas de São Paulo, Anthony Wong, a intoxicação é a terceira maior causa de emergência médica no mundo. Só acidentes e doenças infecciosas graves levam mais pessoas aos hospitais. Segundo ele, quanto menor a idade da criança, maior é o risco de ela ser atraída pelas cores chamativas das embalagens e o cheiro – muitas vezes, agradável – de um produto químico. “Até os dois anos ela está no que chamamos de fase oral, na qual ela põe tudo o que encontra na boca”, diz ele. Havendo qualquer sinal da intoxicação (queixa de dor de barriga ou convulsões, por exemplo), quem estiver com a criança deve identificar o produto ingerido, ligar para o serviço de emergência e levá-la imediatamente ao pronto-socorro mais próximo. É IMPORTANTE FICAR CALMO A eficácia do atendimento médico prestado a uma criança intoxicada tem muito mais chances de ocorrer caso o responsável por ela tenha uma quantidade grande de informações sobre como ocorreu a intoxicação. “É importante a pessoa manter a calma. É bom saber qual produto foi ingerido, a quantidade que a criança tomou, para que o atendimento seja bem feito”, diz o pediatra Fábio Bedoni. Léo Arcoverde / Folhapress.
Vitaminas e minerais nutrem o bom humor Hábitos alimentares saudáveis oferecem energia para manter o otimismo
Q
uando o assunto é bom humor, o consumo equilibrado de vitaminas e minerais tem uma participação importante. A tristeza, a melancolia e o baixo astral sem motivo podem indicar o baixo consumo das vitaminas do complexo B (principalmente a B6), de selênio e de ferro. A vitamina B6 é vital para a síntese de carboidratos e a geração de impulsos nervosos. Já a vitamina B1 está relacionada à produção dos neurotransmissores do bem-estar – serotonina e noradrenalina –, enquanto a vitamina B9 (ácido fólico) interage com eles. Embora ainda
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não esteja totalmente desvendado o processo químico, sabe-se que o selênio atua na regulação do humor. E o ferro, ao transportar oxigênio para equilibrar os níveis de energia, auxilia na força muscular e dá ânimo¹. O Manifesto do Corpo Saudável, elaborado pela Associação Brasileira de Nutrologia (ABRAN) em parceria com Centrum, considera o bom humor um dos oito sinais de que o corpo está nutrido. Já a Pesquisa Manifesto do Corpo Saudável², desenvolvida recentemente pela ABRAN, em conjunto com o multivitamínico, revela que 53% dos brasileiros que têm acesso à internet apresentaram mal humor. Desse total, 59% são mulheres. Entre quem não considera sua alimentação saudável, sobe para 69%. A pesquisa revela ainda que o mau humor foi mais incidente entre: n 57% dos que não comem seis porções de frutas, verduras e legumes por dia; n 64% dos que costumam se alimentar de fast food mais de duas vezes por semana; n 62% dos que comem produtos industrializados mais de três vezes Continua na página 43 u
O QUE FAZER EM CASO DE EMERGÊNCIA
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Gilka Bandeira | Janelas Abertas
É
Fiquemos cegos
preciso ser cego para bem ver. Acabei de aprender com minha amiga Marilza Vieira de Matos. Mais uma vez, depois de um longo intervalo, os ex-colegas de trabalho voltaram a se encontrar num feliz happy hour. Estas esporádicas reuniões são sempre momento especiais. A alegria começa quando alguém dá a ideia, vai aumentando durante as combinações de data, horário e local, se torna francamente efusiva durante e se prolonga por vários dias após. Óbvio que não somos iguais e o grupo mais varia com novas adesões, mas a fraternidade reina independente do grau de afinidade entre uns e outros. Mutuamente fazemos parte da história de vida de cada um, por termos trabalhado na mesma empresa, ainda quando não fomos grandes amigos, ainda quando a convivência não foi das melhores. Com a maturidade esquecemos as querelas e incorporamos incompatibilidades e desavenças à bagagem existencial, diluindo os senões nas boas lembranças e nas ondas de ternuras, que passam a preponderar. A certa altura da vida, cada fatia do bolo existencial é bem valorizada, e os ingredientes também, nem que sejam por nos fazer lembrar o vivido. Assim, algo forte nos une e, por tácito acordo, não polemizamos. Estes encontros nos leva a viajar no tempo, nos deixa um tanto saudosos, mas nos alegra, nos revitaliza, nos faz um bem danado. Recordamos a convivência (incluindo os ausentes no momento, os que se foram desta vida, os que não se tem notícias), os casos inusitados, as brincadeiras, as dificuldades enfrentadas, as mudanças havidas, a constatação da obsolescênciada tecnologia de ponta na época, fatos da vida pessoal. Também contamos como vivemos atualmente, damos notícias de familiares, comentamos as viagens, mostramos a sabedoria adquirida com a idade e os planos que ainda temos. Depois ficamos leves, felizes e descobrimos que aprendemos um pouco mais, como aconteceu comigo ao escutar Marilza, ela própria uma lição de vida. Maroca, como carinhosamente lhe chamamos, ficou cega aos 28 anos. Um ano depois fez o curso de programação de computadores. Como programadora, entrou no Serpro, logo conquistando todos os colegas com sua garra, sensibilidade e versatilidade. Durante bom tempo também dava curso particular para estudantes de programação, dedicou-se à causa dos cegos, lutando, entre outras coisas em prol dos livros acessíveis. Poeta, escritora, filósofa, realiza oficinas de leitura e escrita, viaja o mundo todo, vai a shows, assiste filmes e televisão. Com seu computador falante, lê, escreve, interage com os amigos e o mundo. Vive sozinha num apart service, apenas três vezes por semana conta com a faxineira. Sempre bem humorada, diz que mora no paraíso e me indaga: “Já viu a pracinha, que legal? Viu que sossego, as árvores, o laguinho,
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os passarinhos e patinhos no lago. “Com a maior naturalidade, diz coisas como: “há dias não vejo fulana”. Tem um senso de direção como poucos. Dentro do carro, amigo dirigindo, indo ao restaurante ela diz: “Paulinho, que volta é esta que você está fazendo?”. Certa feita, uns colegas, andando com ela no centro cidade, de propósito avançaram para além da rua aonde iam. De pronto ela questionou: “Não já passamos da entrada?” Como não estou mais dirigindo à noite, aceitei a oferta de Marilza para pernoitar no seu apartamento, após o happy hour. E foi na longa conversa antes de dormir que fiquei sabendo um pouco mais. Já sabia, por ter aprendido (com Cecília Meireles, José Saramago, Aldous Huxley, Fernando Pessoa, a própria Marilza e por observação própria) que não basta ter olhos para ver, agora, recebia a complementação do aprendizado. Logo que cheguei, ela me disse: “acenda a luz. Eu não preciso, mas você deve precisar”. Aí estava a primeira lição: cego não carece de luz. Quem necessita de luz, são os que têm visão. Pelo que se conclui que nem sempre a luz é reveladora, sobretudo no que se refere às sutilezas, dando-se o caso de ocultar por encandear. Livres do ofuscamento, os cegos conseguem enxergar melhor o essencial, que é invisível para os olhos, com a alma ou o coração. Lá pelas tantas, Marilza falou: “Uma dádiva que a cegueira me trouxe, foi não saber como são os amigos, as pessoas com as quais me deparo e convivo. Há tantos anos eu lhe conheço, mas não sei como você é fisicamente, você e todos os colegas do Serpro e amigos que fiz depois dos 28 anos. Não sei quem é branco, preto, amarelo, baixo, magro, gordo, feio, bonito, direito, torto, quem usa roupas de marcas ou compradas na feira. A interação se dá tão só pelo coração.” Num estalo percebi que a cegueira seria um recurso para se pôr fim ao racismo e todas as demais imbecis discriminações. Se as vistas nos faz enxergar as diferenças que descriminam e segregam, e a cegueira nos faz ver o que verdadeiramente importa, então, fiquemos cegos, a fim de sentir o outro como mera extensão de nós, já que somos o outro para os outros; a fim de encarar o nosso semelhante como similar em forma, sentimento, atitudes e igual em essência divina. Enfim, a fim de interagir tão só através do coração, como convém aos seres inteligentes e sensíveis que somos ou deveríamos ser. Fiquemos cegos, todos os que admiram ou invejam, aquilatam, julgam alguém pela aparência; fiquemos cegos todos que tendo boa visão não enxergam um palmo além do nariz; fiquemos cegos todos que se encandeiam com o ilusório reluzir do ouro; fiquemos cego todos que ofuscados pela luz não veem o quê deveriam ver. Fiquemos cegos, pois, o quanto antes. Fiquemos cegos.
l SAÚDE & BEM-ESTAR . .........................................44 a 66
l AUTO & CIA........................................................110 a 112
l GASTRONOMIA.....................................................67 a 74
TRIBUNA DO LEITOR.............................................113 a 114
l FESTAS....................................................................75 a 78
TÁBUA DAS MARÉS / FASES DA LUA...............................115
l FACILIDADES & SERVIÇOS...................................79 a 110
u
Continuação da página 40
Vitaminas e minerais nutrem o bom humor por semana; n 61% dos quem não bebem dois litros de água por dia; n 58% dos quem não têm o hábito de consumir produtos integrais mais de três vezes por semana. Apenas 34% dos pesquisados que apresentam o sintoma relacionam o mau humor à alimentação, no entanto o percentual sobe para 45% entre os entrevistados que não consideram sua alimentação saudável. Castanha, berinjela, brócolis, cogumelo, tomate, rúcula, milho, pistache, banana, caju, carne de porco e frutos do mar são boas fontes dos nutrientes necessários, além de cereais e sementes. Mas, infelizmente a dieta habitual
do brasileiro não é capaz de oferecê-los em quantidades adequadas. O Estudo Brazos³, realizado por pesquisadores da UNIFESP em parceria com a Faculdade de Saúde Pública da Universidade de São Paulo (USP), revelou que a alimentação do brasileiro é pobre em micronutrientes e que o consumo de vitaminas e minerais está abaixo do recomendado: n As quantidades ingeridas de verduras, legumes e frutas são insuficientes para suprir todas as necessidades nutricionais de homens e mulheres; n O consumo de ferro, por exemplo, é 40% menor que o recomendado no total da população; 18% dos homens não ingerem a quantidade indicada de selênio e 11,5% das mulheres têm um consumo baixo do mineral De acordo com a Pesquisa de Orçamentos
Familiares (POF)4 2008-2009, do Ministério do Planejamento, Orçamento e Gestão: n Aproximadamente 54,5% das brasileiras têm baixa ingestão de vitamina B6 e 45,2% dos brasileiros seguem o mesmo exemplo; n 37,5% das mulheres e 31,2% dos homens consomem quantidades de vitamina B1 inferiores às recomendadas. Mudar os hábitos alimentares é fundamental para reverter essa situação. O uso diário de um multivitamínico, contribuirá para manter o bom humor - uma das principais características do brasileiro. REFERÊNCIAS: 1 - http://centrum.com.br 2 - Pesquisa Manifesto do Corpo Saudável (2014). 3 - Pinheiro MM, et al. Antioxidant intake among Brazilian adults - The Brazilian Osteoporosis study (BRAZOS): a cross-sectional study. Nutr J. 2011;10:39. 4 - Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF) 2008-2009 - Despesas, rendimentos e condições de vida http://www.ibge.gov.br/home/estatistica/populacao/condicaodevida/pof/2008_2009/
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62 | Vilas Magazine | Julho de 2014
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 63
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ORIENTAÇÃO AOS LEITORES E TOMADORES DE SERVIÇOS A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.
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CULINÁRIA ORIENTAL
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RESTAURANTE
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ORIENTAÇÃO AOS LEITORES E TOMADORES DE SERVIÇOS A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.
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ALUGUEL DE BRINQUEDOS
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 75
ARTIGOS PARA FESTAS
BOLOS & TORTAS
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ESPAÇO PARA EVENTOS
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MESAS & CADEIRAS
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 81
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ASSISTÊNCIA TÉCNICA
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82 | Vilas Magazine | Julho de 2014
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 83
AULAS / CURSOS
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84 | Vilas Magazine | Julho de 2014
AULAS / CURSOS
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CONSTRUÇÃO CIVIL
Julho de 2014 | Vilas Magazine | 85
CONSTRUÇÃO CIVIL
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CONSTRUÇÃO & REFORMA
86 | Vilas Magazine | Julho de 2014
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88 | Vilas Magazine | Julho de 2014
DESINSETIZAÇÃO
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 89
DESINSETIZAÇÃO
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ENTULHOS & PODAS
90 | Vilas Magazine | Julho de 2014
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 91
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ESCRITÓRIO VIRTUAL
ESTOFADOS
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IMテ天EIS
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 95
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96 | Vilas Magazine | Julho de 2014
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LIMPA FOSSA
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98 | Vilas Magazine | Julho de 2014
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MÁRMORES & GRANITOS
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100 | Vilas Magazine | Julho de 2014
MÓVEIS PARA ESCRITÓRIO
Mテ天EIS PLANEJADOS
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 101
MUDANÇAS
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PAPEL DE PAREDE
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PERSIANAS
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102 | Vilas Magazine | Julho de 2014
PET SHOP
PET SHOP
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PINTURA
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PORTÕES
Julho de 2014 | Vilas Magazine | 103
PORTÕES
REDES DE PROTEÇÃO
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REFORMAS
SEGURANÇA ELETRÔNICA
SEGURANÇA ELETRÔNICA
104 | Vilas Magazine | Julho de 2014
SEGURANÇA ELETRÔNICA
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SERVIÇOS
Julho de 2014 | Vilas Magazine | 105
SERVIÇOS
SERVIÇOS
SERVIÇOS
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SISTEMAS
106 | Vilas Magazine | Julho de 2014
SERVIÇOS GERAIS
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TÁXI
TÁXI Deus é Fiel
Vladimir 8856-8271
Edmundo 8842-6281
Francisco 9189-2597
Paulo 9658-2717
Viagens e City-tour, Corrida com hora marcada (Aeroporto, Rodoviária, Ferry-boat, etc.) Prazer em servir. Pioneirismo e Dedicação.
Desde 1995
TÁXI
TÁXI
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TELAS
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 107
TINTURARIA
TOLDOS
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TOLDOS
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TOLDOS
TRANSPORTE ESCOLAR
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VETERINÁRIO
VETERINÁRIO
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VIDRAÇARIA
VIDRAÇARIA
Julho de 2014 | Vilas Magazine | 109
VIDRAÇARIA
A
Trabalho pesado
primeira constatação, depois de escalar o degrau e chegar ao banco do motorista, lá nas alturas, é que nesse carro é preciso virar a chave seletora, esquecer os parâmetros de conforto comuns em um automóvel urbano e se preparar para encarar uma vida mais simples. O Pajero Dakar chega à linha 2015 mesclando modernidade e rusticidade em doses parecidas. Antes de assumir o volante, é preciso subir na vida. As versões mais baratas do Pajero Dakar custam R$ 146.990, preço do modelo 3.2 a diesel de cinco lugares e do 3.5 V6 flex de sete ocupantes. A unidade HPE a diesel com dois assentos extras, sai por R$ 172.990. Quem está na cidade vê tudo de cima, pois a estatura do modelo é de 1,84 m (contando o rack). E quem precisar rodar pelo campo ou em um caminho com obstáculos naturais vai agradecer aos céus, porque
110 | Vilas Magazine | Julho de 2014
VIDRAÇARIA
Mitsubishi Pajero Dakar 2015 mescla luxos de SUVs modernos, alta capacidade off-road e soluções à moda antiga
a altura livre em relação ao solo é de 21,5 cm. PESO DO VOLANTE É impossível não notar as enormes borboletas para trocas manuais de marcha colocadas atrás do volante. Parece coisa de carro esportivo. Porém, essa impressão se esvai ao ligar o motor e fazer o primeiro esterço
de direção. O turbodiesel manifesta-se com um forte ruído de carro nascido para fazer força, e a direção tem respostas bem lentas. É preciso virar o volante sem dó para as rodas obedecerem. Além disso, é um pouco pesada. O lado civilizado aflora quando se aciona o sistema que mescla GPS e DVD com tela sensível ao toque. O navegador não se limita a dar as direções: ele avisa se há trânsito no caminho escolhido. É uma prova de
que o jipão com nome inspirado em ralis tem um lado urbano.
Fonte: Instituto Mauá de Tecnologia. O IMT se responsabiliza pelos ensaios, não pelo conteúdo do texto.
RURAL A face rural e despojada volta a revelar-se quando são verificados dados como consumo e autonomia do tanque de 90 litros. Não há computador de bordo, nem relógio no quadro de instrumentos – afinal, a vida no campo é regida pelo sol. Quem exige confortos civilizados não vai ter do que reclamar no que se refere aos bancos, forrados de couro e com ajustes elétricos nos assentos dianteiros. Os traseiros são rebatíveis, e liberam acesso para a terceira fileira, que acomoda duas crianças. Ali, adultos passam aperto. O barulho do motor pode incomodar a quem não está precisando dos 180 cv ou dos 38 kgfm de torque, mas o robusto motor 3.2 de 16 válvulas será fundamental nas subidas escorregadias. Claro que os méritos não são apenas dele: a carroceria montada sobre longarinas aguenu ta qualquer tranco.
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Julho de 2014 | Vilas Magazine | 111
DIVULGAÇÃO
u
A transmissão automática tem cinco marchas, e a tração (4x2, 4x4 e reduzida) é selecionada à moda antiga, por meio de uma alavanca de acionamento duro colocada no console. É aquela peça que ninguém na cidade sabe muito bem para que serve, mas está lá se um dia o dono precisar. Afinal,
112 | Vilas Magazine | Julho de 2014
O SUV tem passado por mudan ças discretas no visual. No interior há sete lugares, mas terceira fila só comporta crianças
pagou-se por tudo aquilo. E muito bem pago. Hairton Ponciano Voz / Folhapress
TRIBUNA DO LEITOR
Congratulações ao supermercado G. Barbosa
Antonio Lomanto Jr., o predestinado
Pela quarta vez venho atualizá-los sobre o desrespeito do supermercado G-Barbosa aos seus vizinhos mais próximos, novela que começou desde que a Prefeitura de Lauro de Freitas liberou a construção desse empreendimento em uma rua de perfil residencial, sem ter o mínimo cuidado de realizar o estudo de viabilidade, de impactos de vizinhança etc. E gostaria mesmo de dizer alguma novidade, mas na verdade não tenho nenhuma. Denúncias outras foram feitas à Secretaria Ambiental com relação à poluição sonora, mas a atual gestão nunca se dignou a enviar um fiscal para verificar o quanto denunciado e simplesmente cansei. Os partidos mudam, mas a política de beneficiar (por omissão) o que é ilegal continua. Brigamos tanto e uma hora vemos que não adianta mesmo: supermercado G. Barbosa, você venceu. Parabens! Vocês mandaram e mandam muito bem. Podem ficar sossegados. Já entreguei os pontos na briga por meus direitos. Já me resignei. Podem continuar a lavar as centenas de carros do Lava Jato Clean-Box ao lado da janela da minha sala de estar; podem continuar emanando o ‘delicioso’ cheiro forte de lixo do lado da minha sala de jantar (‘amo’ esse perfume maravilhoso); podem manter os motores ligados das centenas de caminhões do lado do meu dormitório ( não sabem como adoro acordar com esse barulho, essa musica me acalma, me dá um sono e descanso tranquilos após a jornada de trabalho. É maravilhoso, de verdade!); podem também manter o gerador de eletricidade ligado no período noturno (nossa! Não sabem como amo o som desse equipamento...é tão calmante, tão bom...); podem ainda manter todo o maquinário ruidoso colado à parede do estúdio de tatuagens de meu irmão (ele ama tatuar e trabalhar ao som desses equipamentos! Ama mesmo! Se concentra melhor, fica tão feliz!); e claro, podem buzinar os caminhões o quanto quiserem, ligar as sirenes desses veículos em qualquer horário ou dia da semana, isso também deixa a minha família muito feliz! Parabens mesmo! Vocês conseguiram mostrar muito bem quem manda nessa terra dos homens de bem e de boa vontade. Ao que parece, aqui não manda polícia, não manda político, não manda secretário, prefeito, lei ou juiz. Já entendi ‘como é que a banda toca’. Vamos curtir a cooooooooooopa! Maria Aparecida Mello.
Caro Accioli, Confesso ter ficado emocionado com as generosas palavras de Jaime Ferreira a respeito do meu pai, Lomanto Jr., como também, muito reconhecido pelo seu gesto de veicular na sua revista, Vilas Magazine, tão precioso artigo. Em verdade, Jaime conta um pedaço da história política da Bahia, em que Lomanto Jr. foi protagonista e que tem servido de exemplo para nós, filhos. Compartilhei a peça com centenas de amigos, que também fizeram o mesmo julgamento. Transmito os agradecimentos também em nome dos meus irmãos. Forte abraço, Antonio Lomanto Netto.
“Carcaça abandonada” Sr. Accioli Ramos Surpreso com a publicação em sua conceituada revista, na página 12 da edição 185, de junho do corrente, movida pela formulação de covardes, preconceituosos, aleivosas e travessas denúncias, venho informar que tal procedimento é a terceira tentativa clandestina da mesma natureza. Todas as anteriores foram sem êxito, face às constatações dos agentes públicos. De igual modo, como demonstra a foto na respeitável matéria, não existe “carcaça abandonada” diante da residência que habito há mais de 30 anos. Existe um veículo antigo, todo fechado, sem gotejamento ou represamento de água, que possa representar foco de mosquitos e ratos. Os “ratos” que se aproximam do veículo são bípedes e humanos e nada posso fazer contra eles. Reitero a confiança na idoneidade deste veículo, especialmente por se tratar de empresa auditada e avaliada por uma conceituada auditoria internacional. Assim, em atenção ao meu direito de defesa, solicito a publicação da presente na próxima edição da revista, para encerrarmos o assunto, de modo a que esta publicação deixe de ser induzida a erro e propague afirmações falsas, decorrentes de puro preconceito e leviandade. Antonio Alves dos Santos. Vilas do Atlântico.
Caro Lomanto Neto, Parabenizo o extraordinário ar tigo de Jaime Ferreira, ressaltando o nosso querido Lomantão. Fez-me retornar no tempo, precisamente ao dia 3 de outubro de 1962, quando tive a oportunidade de conhecer o seu pai, mesmo a distância. Ele compareceu ao Colégio Central da Bahia em visita as seções eleitorais, irradiando otimismo e confiança no êxito da sua vitória, que confirmou-se dias depois. Na sua posse, também compareci na praça municipal, onde do alto do Palácio Rio Branco ouvi o seu discurso para a população ali presente, abordando as carências e os seus planos de levantar toda a Bahia para um novo momento. Veio a ocorrência de 31 de março, e a natural intranquilidade. Passada a fase, acompanhei a sua brilhante gestão, dando especial destaque a reforma administrativa e a tudo mais que conhecemos, e que foi citado no artigo. Quanta diferença para os dias atuais, e como os políticos contemporâneos perderam o foco na missão de servir. Agenor Gordilho. Caro amigo Jaime Agradeço sensibilizado o brilhante artigo sobre meu pai Um forte abraço com admiração. Thadeu Lomanto. Salve dr. Lomanto. Belo artigo. Conheço Jaime Ferreira de convivência atuando em Conselhos de Lauro de Freitas e de nossa associação de moradores. É um artigo construído por alguém muito qualificado, o que o torna ainda mais interessante. Alexandre Vasconcelos Jr.
Abuso Vizinhos do Boteco de Vilas, instalada ao lado do Equus Clube do Cavalo, em Vilas do Atlântico - em frente ao Shopping Vilas Boulevard - se queixam do som excessivamente alto da casa, desde as noites de quarta-feira, até altas horas da madrugada. Queixas já foram registradas na Prefeitura, sem que tenham surtido qualquer efeito. Pedem, desta vez publicamente, pela revista Vilas Magazine, providências do poder público para conter o abuso, lembrando que o local não permite o funcionamento de casas de shows sem o devido tratamento acústico. Moradores estão indignados com a falta de respeito do proprietários do Boteco de Vilas. Alegam que não podem assistir televisão, falar ao telefone, conversar e muito menos dormir para trabalhar no dia seguinte. Um abuso, que precisa ter fim.
Agradecimento Sr. Accioli, Venho agradecer-lhe a publicação na íntegra, da minha carta neste espaço, na edição de junho da revista Vilas Magazine (Igrejas, religiões e respeito). Não espero grandes mudanças nas atitudes das pessoas envolvidas, mas o desabafo já me fez sentir melhor. Virginia Leite.
ERRAMOS! DESCULPEM-NOS No Caderno Especial da Copa do Mundo, encartado na edição de junho, dois jogos foram informados com erros: no Grupo B, o jogo Espanha e Holanda aconteceu dia 13 de junho, em Salvador, e não dia 12, e no Grupo F, o jogo Bósnia e Irã aconteceu dia 25 de junho, em Salvador e não dia 26, em Brasília, como informado. Pedimos desculpas pelas informações divulgadas incorretamente, devido falha na revisão do material, que nos foi fornecido pronto.
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TRIBUNA DO LEITOR u
Pedido de socorro à Prefeitura
Sr. prefeito de Lauro de Freitas, Quero torná-lo ciente da situação em que se encontra o loteamento Bosque dos Kiosques, no Araqui (ou Pitangueiras como alguns preferem se referir), composto de cinco ruas transversais da Rua Juracy Magalhães, que dá acesso à segunda portaria de Vilas do Atlântico. Inúmeras vezes, na gestão anterior, procurei os órgãos da Prefeitura, onde cheguei a deixar um abaixo assinado dos moradores do loteamento, principalmente da Rua José Jorge Oliveira – que para mim sempre foi a pior –, para torná-los cientes da nossa situação, mas tudo em vão, ficou só na promessa. São cinco ruas que compõem esse loteamento, todas saindo na quadra de esportes que se encontra nos fundos do Colégio Impacto e da Master Glasses. Dessas cinco ruas, três estão sendo beneficiadas, obra que começou há mais ou menos um mês, que são as ruas Martins de Oliveira, Tomé de Souza e Maria Teixeira de Carvalho. Procurando informações a respeito das obras no loteamento, fui informada que se trata de uma obra da Conder (Governo do Estado), projeto antigo que foi retomado agora, e que não envolve as outras duas ruas, José Jorge Oliveira e Carlos José de Sá, estas a cargo da Prefeitura de Lauro de Freitas, e vão permanecer no estado em que se encontram, sem calçamento ou asfalto, sem calçadas para pedestres. Na Rua José Jorge Oliveira ainda contamos com acúmulo de lixo e mato e com um córrego a céu aberto no início da rua. Estamos praticamente sem acesso às nossas moradias, principalmente nos dias de chuva – e o inverno ainda não começou. Sugiro que o senhor faça uma visita ao local para conhecer o nosso loteamento e avaliar o que a Prefeitura pode fazer, para que todo o loteamento seja beneficiado, e não apenas as ruas atendidas pela Conder. Aguardamos providências na sua gestão, para que tenhamos condições de transitar onde moramos. Célia Maria.
Animais são removidos na região do Miragem
Referente a nota “A impunidade continua”, publicada neste espaço, na edição de junho, a revista Vilas Magazine recebeu o seguinte comunicado da Prefeitura: Com o objetivo de combater a prática de deixar animais soltos em áreas públicas, a Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria de Saúde, através do Centro de Controle de Zoonoses, promove diariamente ações de captura de animais soltos nas ruas, a exemplo, de equinos e caprinos. Os cavalos apreendidos são conduzidos para a sede do Centro de Controle de Zoonoses, onde ficam sob custódia da instituição até que os responsáveis pelos animais compareçam para retirá-los. Recentemente alguns cavalos que estavam causando transtornos na região do loteamento Miragem foram removidos. De acordo com o coordenador do CCZ, José Mário Benedictis, a contribuição da população é importante para o êxito do trabalho realizado pela Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas. “O cidadão que quiser denunciar situações que envolvam animais soltos podem ligar para o número 3288-8912, das 8h às 14h”, pontua.
OBITUÁRIO Deocleciano Tenório Oliveira, nasceu em Monteiro, interior da Paraíba e veio morar em Feira de Santana, com 10 anos de idade, onde se iniciou sua vida empresarial, fundando a maior loja de sapatos na época, a Sapataria Oliveira, e pecuarista, criando vacas holandesas. Visionário, foi pioneira na instalação de piscinas de vinil e fibra na Bahia, inaugurando em 1994, em Lauro de Freitas, a Villas Piscinas, na Estrada do Coco, ao lado dos filhos Roberto Oliveira e Flávia Melloni. Homem íntegro, de valores inimputáveis, de coração grandioso, admirado e muito querido pelos seus clientes, o sr. Oliveira ou Dio, faleceu dia 15 de junho, aos 76 anos.
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