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UM ERRO DE 40 ANOS LOTEAMENTO MARISOL FOI AUTORIZADO PELO MUNICÍPIO ERRADO
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EDITORIAL
O limite da questão de limites
N
ão foi a arrumação que o prefeito ACM Neto vem promovendo na área fiscal de Salvador que resultou na cobrança do IPTU em atraso aos proprietários da chamada Ipitanga soteropolitana, desde sempre esquecida. Ocorre que Lauro de Freitas deixou de emitir alvarás para a área do Loteamento Marisol – e não só – enviando assim aos guichês de Salvador o cidadão interessado em construir ou reformar. Faz quase cinco anos, o Ministério Público lembrou às autoridades locais que Lauro de Freitas acaba na rotatória do antigo kartódromo. Na capital, onde não há registro de pagamento de IPTU da área, as pretendidas licenças esbarram na supostamente milionária inadimplência. O problema é que desde sempre, ainda que equivocadamente, os proprietários recolhem o imposto em Lauro de Freitas. É esse o nó que tem de ser desatado. Só não é possível manter mais de mil famílias num limbo jurídico e administrativo, sem infraestrutura nem serviços públicos adequados, por conta de equívocos cometidos há 40 anos. Há ainda a não menos importante questão ambiental, que deu origem ao ofício do Ministério Público em 2009, em resposta à prefeitura e na sequência de reportagem da Vilas Magazine. Nem a redefinição de limites entre os municípios, reintegrando Ipitanga a Santo Amaro de Ipitanga teria o condão de alterar o passado recente, pelo que o débito com o Erário de Salvador parece consistente. Os cidadãos, entretanto, já desembolsaram o que deviam. Não seria mais o caso de promover um encontro de contas entre prefeituras?
Solidariedade
A
Vilas Magazine inicia, a partir desta edição, a divulgação de projetos e trabalhos de instituições do município que atendem populações menos favorecidas, numa nova editoria: Solidariedade (veja pág. 24). Nosso propósito é incentivar os leitores a colaborar na solução dos problemas e na manutenção de ações meritórias, com a doação de remédios, fraldas, alimentos, utensílios, roupas, material hospitalar, produtos de higiene pessoal, além de Carlos Accioli Ramos Diretor-editor amor, tempo e esperança, ou
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o que mais nossos semelhantes precisarem. Acreditamos que o estímulo às boas práticas de ação social, genuínas e sem viés de “politicagem”, é também a missão de um veículo de comunicação. Ao dar visibilidade a entidades beneficentes, a Vilas Magazine não só promove o apoio da comunidade a iniciativas sérias, como cumpre o seu papel de denunciar a insuficiência do Poder Público, que tem a obrigação constitucional de apoiar os desfavorecidos. “A solidariedade é o sentimento que melhor expressa o respeito pela dignidade humana”. (Franz Kafka, escritor tcheco, considerado pelos críticos como um dos escritores mais influentes do século 20).
Travados
O
caótico trânsito de Lauro de Freitas continua à espera de atenção, sendo necessário dotar a secretaria de Trânsito dos devidos recursos, principalmente para ampliar a fiscalização. Muitos dos travamentos verificados no trânsito da cidade são provocados por motoristas simplesmente mal educados, sem qualquer noção do que seja gentileza ou convencidos de que as normas de urbanidade não valem quando se está dentro de um carro. A deseducação alcança também o calçadão da praia, onde ciclistas e motociclistas continuam pondo pedestres em risco. O tempo produtivo que se perde nos engarrafamentos lembra São Paulo, uma das maiores cidades do mundo, em plena Lauro de Freitas, um dos menores municípios da Bahia. Trechos curtos dentro da cidade são vencidos à custa de muita paciência e tempo jogado fora. Se os travamentos são diários e acontecem sempre nos mesmos pontos, que explicação haveria para a ausência de prepostos da prefeitura no ordenamento do trânsito?
Um deputado de Lauro de Freitas
L
auro de Freitas nunca teve tantos candidatos aos legislativos estadual e federal como este ano, alguns com chances reais de chegar lá. Como os políticos não correm por esporte, é lícito supor que tenham feito as contas. Tradicionalmente, contudo, o eleitorado local dispersa os seus votos por candidatos ligados aos interesses de outras paragens. Pode-se pensar que seria por falta de uma opção local qualificada, mas desta vez, com tanta diversidade, não há motivo para escolher um nome que não esteja ligado à terra, alguém que tenha obra feita e que defenda os interesses do município e sua população.
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www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 / 3379-2206 / 3379-4377. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Diretora: Tânia Gazineo Accioli Ramos Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br Leandra da Cruz Almeida e Vanessa dos Santos e Silva (assistentes comerciais) Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos. Bruno Bizarri Nogueira (assistente). Adm./Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com.br Leda Beatriz Gazineo (assistente) comercial@vilasmagazine.com.br Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Plural Indústria Gráfica (Ipojuca-PE). Redação: Rogério Borges (coordenador). Colaboradores: Gilka Bandeira, Alessandro Trindade Leite (charge), Jaime Ferreira. CONTATOS COM O DEPARTAMENTO COMERCIAL: comercial@vilasmagazine.com.br FALE COM A REDAÇÃO: redacao@vilasmagazine.com.br
Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gratuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Estrada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipitanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abrantes, Jauá, Jacuí pe, Guarajuba), Stella Maris, Praia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Editora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publicadas nesta edição, por qualquer meio, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Direitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os
Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela
PwC - PricewaterhouseCoopers 6 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
FILIADO
produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine utiliza conteúdo editorial fornecido pela Agência Fo lhapress (SP). Os títulos Vilas Magazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas registradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.
Associação Nacional de Editores de Revistas
Registros & Notas Colégio Equipe promove Feira Literária O Colégio Equipe promoveu, em parceria com a Literarte e apoio da Secretaria de Cultura de Lauro de Freitas, uma Feira Literária, em agosto, com a presença de escritores de vários países, da Bahia e de outros estados, que participavam, em Salvador, da comemoração dos oito séculos da Língua Portuguesa. Dentre eles, o Barão de Burity, o presidente do Núcleo de Letras de Portugal, Samuel Pimenta, a embaixadora da Divine Académie Français e des Arts Lettres et Culture, Dulce Couto, a presidente da Literarte, Izabelle Valadares, o escritor angolano Márcio Batalha e o secretário de Cultura de Lauro de Freitas, Juraci Alves. Na ocasião, representantes da Academia de Letras e Artes de Fortaleza (CE) e a Literarte premiaram os alunos vencedores do concurso de poesia, com o “Troféu Destaque Poético”: 1º lugar, Ane Helen Jesus, da 1ª série do Ensino Médio; 2º lugar: Hannah Sampaio, do 6º ano do Ensino Fundamental e 3º lugar: Fernando Jeremimas Santos, do 6º ano do Ensino Fundamental. No dia seguinte, o Colégio Equipe e Sonia Fonseca, coordenadora pedagógica, foram homenageados no Gabinete Português de Leitura, em Salvador, com a “Comenda Luiz Vaz de Camões”, em reconhecimento aos serviços prestados em prol da cultura e da educação lusófona.
Sartre Coc inaugura ampliação de unidade em Lauro de Freitas
Foi inaugurada dia 16 de agosto, a ampliação da Unidade Sartre COC, no bairro Miragem, em Lauro de Freitas. Construído sob os princípios da sustentabilidade e respeito ao meio ambiente, o novo empreendimento dispõe de um moderno complexo esportivo, teatro, cinema, área de convivência e outras novidades. Na ocasião, estiveram presentes o diretor presidente do Sistema Educacional Brasileiro (SEB), professor Chaim Zaher, o diretor geral do Sartre COC, professor Aloysio Nery, dentre outros convidados e autoridades locais, como o prefeito de Lauro de Freitas, Márcio Paiva.
Associação de artesãos tem nova diretoria Após quatro anos respondendo pela presidência da Associação dos Artesãos de Lauro de Freitas, Maria Izabel de Oliveira Barros passou o comando da instituição para Maria de Lourdes Bastos Brito. “Agradeço a todas as pessoas que colaboraram em nossa gestão, e desejo sucesso e muito empenho à nova diretoria, no sentido de melhorar cada vez mais a Associação, trazendo novos sócios e projetos para o nosso crescimento”,
se expressou Izabel. Na foto, Maria de Lourdes Bastos Brito (esq.) e Maria Izabel de Oliveira Barros. FERNANDA PELEGRINI
OBITUÁRIO O artesão Wilobaldo Neto (Wiló), faleceu em 21 de agosto, um dia após completar 58 anos. Natural de Jacobina, chegou em Lauro de Freitas há 22 anos atrás, exercendo atividade de artista plástico e artesão. Foi um dos fundadores da Associação dos Artesãos de Lauro de Freitas, entidade que tem por objetivo valorizar a atividade no município, além de ministrar cursos para pessoas ligadas ao Bolsa
Família, preparando-as para aprender uma nova atividade e integrar no mercado de trabalho. Wiló era proprietário da Artbarro Ceramica Artesanal. Suas peças em patchwork moderno colorido em barro e madeira conquistaram um público fiel contribuindo com a divulgação da arte em Lauro de Freitas. Foi sepultado no Jardim da Saudade.
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CENA DA CIDADE
Buraco aberto há semanas na avenida Praia de Copacabana, com acesso a manilhas subterrâneas, parece aguardar um acidente para depois ser fechado
p VAI BEM REALIZAÇÃO DE EVENTOS A prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da secretaria de Planejamento, colocou ordem na concessão de licenças para a organização de eventos na cidade, centralizando o procedimento. Antes era necessário percorrer mais de uma secretaria para obter várias permissões diferentes. Trânsito, serviços públicos, meio ambiente, poluição sonora e uso do solo são alguns dos aspectos que determinam se um evento pode ou não ser realizado, quando e como. Agora há uma “central de licenciamento de eventos”, que fica responsável por articular todos os órgãos envolvidos. Caso o evento seja aprovado por todas as secretarias interessadas, o promotor recebe a licença única também na secretaria de Planejamento, avisa a secretária Eliana Marback. No Trânsito, Alana Freire pede um prazo mínimo de 15 dias para autorizar eventos, inclusive para planejar equipes, fechamento de ruas e vistoriar previamente carros de som, quando é o caso. O requerimento a ser apresentado no pedido de licença está disponível também na internet, por meio do site da secretaria: http://seplan.laurodefreitas.ba.gov.br/. Também no site é possível acompanhar o andamento do processo.
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q VAI MAL POLUIÇÃO SONORA A lei contra a poluição sonora está para sofrer alterações, mas continua em vigor o pressuposto de que ninguém é obrigado a aturar o barulho alheio, por muito que alguém chame aquilo de música ou propaganda. Um pouco por toda a cidade o abuso é norma e a fiscalização, se existe, é pontual. É permitido ligar alto-falantes a qualquer hora do dia, desde que respeitada a Lei Municipal 1.226/2006, que limita o volume a 70 decibéis até as 22h e a 60 decibéis depois disso. Como o cidadão, em tese, não mantém decibelímetros à mão em casa, no carro ou nas praias, é fundamental que a fiscalização da prefeitura se faça presente de forma ostensiva, devidamente equipada, pronta para autuar o cidadão que descumpre a lei. Os carros de som com propaganda política que infestarão as nossas ruas até outubro poderiam ser os primeiros na fila de teste dos 70 decibéis, já que a lei é para todos, inclusive ou principalmente para candidatos a cargos públicos.
CIDADE
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Prefeitura planeja regular fechamento de ruas
prefeitura de Lauro de Freitas vai encaminhar projeto de lei à Câmara Municipal para autorizar o “fechamento de vias locais que não inibam o acesso a praias e outros espaços públicos”. A medida viria atender, principalmente, o pleito de alguns moradores de Vilas do Atlântico que, preocupados com a violência urbana, gostariam de restringir o acesso público a vias públicas. Em situações anteriores, moradores de uma mesma via local discordaram entre si da restrição de acesso, por meio de guaritas e cancelas, levando a intervenções judiciais para preservar a liberdade de circulação em via pública. Reagindo a acusações anônimas veicula-
das em redes sociais, o prefeito Márcio Paiva (PP) emitiu nota afirmando que “em breve faremos obras de recapeamento e alargamento das saídas” do bairro e que a prefeitura “não permitirá nenhum tipo de verticalização em Vilas do Atlântico”. De vinte empreendimentos recentemente autorizados no bairro, 14 haviam sido licenciados na gestão anterior, de acordo com a nota. Os mencionados empreendimentos, anteriormente tidos como irregulares, “foram regularizados mediante contrapartida totalizando meio milhão de reais em investimento na segurança pública do próprio Loteamento Vilas do Atlântico”, afirma a nota. Os empresários teriam financiado a instalação das 30 câmeras de monitoramento planejadas para o bairro.
Guarita com cancela em via pública de acesso local: prefeitura quer regulamentar
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CIDADE
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Assembleia da Salva decide não propor alteração do TAC de Vilas do Atlântico
assembleia de moradores reunida pela Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) no Vilas Tenis Clube, decidiu, por unanimidade, no mês passado, não apresentar à prefeitura qualquer proposta de alteração ao Termo de Acordo e Compromisso (TAC) que rege Vilas do Atlântico. A entidade, que representa os moradores do bairro desde 2003, havia sido convidada pelo prefeito Márcio Paiva (PP) a propor um novo TAC para Vilas do Atlântico. A proposta, preparada por um grupo de trabalho da Salva, foi divulgada pela Vilas Magazine na edição de agosto. Embora não alterasse em quase nada o TAC que está em vigor – tido como correto pela ampla maioria da assembleia, composta por cerca de 100 pessoas – a proposta desagradou por colocar em risco a segurança jurídica do atual Termo. O próprio grupo de trabalho, no relatório final apresentado à assembleia de moradores, questionava o
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interesse de rever o TAC. A discussão do tema chamou atenção também de alguns moradores de bairros vizinhos, interessados na preservação da qualidade de vida da região. “A luta pode e deve ser pelo cumprimento do que já existe e não por sua alteração”, opinou Patrick Carvalho. O TAC de Vilas do Atlântico, o único da cidade nessa situação, está respaldado por lei municipal, expressamente recepcionada pelo Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM), que está em vigor. Nesse sentido, o uso e ordenamento do solo em Vilas do Atlântico, no âmbito do atual Termo, só pode ser alterado por via legislativa. Já um novo TAC viria à luz sem a salvaguarda de uma legislação específica, podendo ser alterado a qualquer tempo por medida administrativa. No caso de vir a ser submetido à Câmara Municipal para ganhar o peso legal do atual Termo, o novo documento poderia ter as suas próprias premissas livremente alteradas pelos vereadores.
Para muitos dos participantes da assembléia, a própria semelhança com o TAC em vigor desaconselhava a iniciativa. Várias pessoas mostraram apoio à opinião editorial publicada pela Vilas Magazine junto à notícia que antecipou os termos da proposta de TAC. No entender da revista, o único resultado previsível da iniciativa seria a retirada da proteção legal ao TAC que está em vigor – “um passo temerário, em todos os sentidos”. A revista opina ainda que “a comunidade foi convidada a consertar o que não está quebrado, quando faria mais sentido convidar as autoridades a fazer cumprir o que já está estabelecido”. Um dos participantes opinou que “a briga é para cumprir o que tem, depois a gente muda se precisar”. Concordando com os moradores que se pronunciaram, o coordenador-geral da Salva Carlos Knittel afirmou que “apresentar uma mudança de TAC é perigoso: a gente sabe como entra, não sabe como sai” e fez um apelo à união do bairro em torno da pauta de reivindicações que tem sido apresentada ao prefeito Márcio Paiva desde a sua eleição. “Pautei minha vida toda pelo consenso”, concluiu, ao agradecer a ampla participação dos moradores naquela assembleia. A maior parte das propostas do relatório apresentado pelo grupo de trabalho para nortear uma proposta de novo TAC caberia
melhor em decretos municipais ou em portarias administrativas de segundo escalão na prefeitura de Lauro de Freitas que poderiam ser adotadas de imediato. Para a orla e adjacências, a reivindicação da Salva é a implantação de estacionamento
Assembleia da Salva: moradores das vizinhanças, como Patrick Carvalho, defenderam a manutenção da qualidade de vida na região
público pago nos fins de semana e feriados, além da criação de áreas de estacionamento na “periferia da orla”. A entidade quer ainda a retomada das áreas verdes ilegalmente ocupadas por particulares e pelo Poder Público em Vilas do Atlântico.
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CIDADE
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Obra da Embasa fica 65% mais cara e agora depende de novos recursos
s obras do Sistema de Esgotamento Sanitário de Lauro de Freitas poderão ser retomada ainda este ano, priorizando-se a construção do interceptor – o duto que vai percorrer a avenida Luiz Viana Filho, a Paralela, até ao emissário submarino de Jaguaribe, em Salvador. Depois de anos de paralisação por conta de questões judiciais, a empreitada foi novamente licitada no mês passado. A Embasa já havia tentado licitar a obra em abril deste ano, mas nenhuma empresa se interessou pela empreitada – que agora
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Julio Mota, superintendente de Assuntos Regulatórios da Embasa, (segundo à esquerda) durante visita de inspeção no rio Sapato em Vilas do Atlântico
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vai sair por quase 65% a mais. De acordo com Júlio Mota, superintendente de assuntos regulatórios da Embasa, o custo total subiu de R$ 170 milhões para R$ 280 milhões. A rede local propriamente dita estava anteriormente orçada em R$ 68 milhões, projetada para atender mais de 300 mil habitantes – um cenário previsto para 2030. Os recursos são da própria Embasa e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), gerenciados pela Caixa Econômica Federal. Como o custo aumentou, mas a verba disponível continua do mesmo tamanho, o
projeto foi dividido em três etapas. Só uma delas poderá ser tocada de imediato. Das cinco bacias, apenas a do Picuaia (veja no mapa na página ao lado) será completada na primeira etapa. Foi também nessa bacia, que abrange a região de Itinga e parte do Caji, que as obras começaram em 2011. O prazo de conclusão é de mais dois anos. Como o interceptor para Jaguaribe e a finalização da bacia do Picuaia vão custar mais de R$ 100 milhões, do total disponível restariam ainda R$ 45 milhões que a Embasa está estudando em que bacia aplicar. Essa seria a segunda etapa, a contratar a partir de janeiro de 2015. Os R$ 110 milhões que faltam terão que ser captados, provavelmente junto Caixa Econômica Federal, para executar uma terceira etapa. Mota acredita que não haverá dificuldades para obter a verba que falta. “Não tem faltado dinheiro para saneamento”, verifica. Para ele, depende das prioridades do Governo Federal em relação a critérios como o tamanho dos municípios, mas como o projeto de Lauro de Freitas já foi iniciado, em princípio seria menos complicado. A ideia, de acordo com Mota, é que a rede entre em operação por etapas, assim que as bacias forem sendo completadas, em vez de aguardar a conclusão de todo o projeto, que será executado de sul para norte. Depois do Picuaia e dependendo da captação de mais recursos financeiros, deverá ser completada a bacia do Baixo Ipitanga, que abrange o Centro, Pitangueiras e partes u
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CIDADE u do Caji, do Miragem e de Portão e a bacia do Caji, no Caixa d’Água. A leste, a bacia do Flamengo inclui a Lagoa dos Patos, Ipitanga e Vilas do Atlântico até a foz do Joanes. A última etapa pode ficar por conta da bacia do Joanes, abrangendo a maior parte do Miragem, Buraquinho e a segunda parcela de Portão. A contratação da empresa vencedora da concorrência deve ser homologada pelo conselho de administração da Embasa ainda este mês, permitindo o reinício da obra em outubro ou novembro. CINCO ANOS As obras do Sistema de Esgotamento Sanitário de Lauro de Freitas foram anunciadas há cinco anos e iniciadas em 2010. Interrompidas logo depois, com o rompimento do contrato com o consórcio responsável pela empreitada – que não progredia, de acordo com avaliação da Embasa. O consórcio recorreu do rompimento de contrato, conseguindo liminar favorável e dando início a uma questão judicial resolvida apenas este ano. Beneficiada com R$ 170 milhões de um programa de saneamento do governo federal em 2009, Lauro de Freitas deverá ter 95% dos domicílios interligados à rede de esgotamento da Embasa quando as obras estiverem concluídas. Parte da empreitada já foi executada, mas não há informações precisas. O projeto, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do governo estadual, prevê a construção da rede coletora de esgotamento sanitário do município e sua ligação ao emissário submarino de Jaguaribe, em Salvador, através de um duto a implantar na avenida Paralela. Está prevista a implantação de 287 quilômetros de rede coletora de esgoto, 25 estações elevatórias (bombas), 33 quilômetros de linha de recalque (ligação da rede ao interceptor da Paralela) e 40 mil ligações domiciliares.
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Julio Mota, superintendente de Assuntos Regulatórios da Embasa, da Embasa: “Não tem faltado dinheiro para saneamento”
POLUIÇÃO Os pontos de descarte ilegal de esgoto doméstico no rio Sapato, alguns deles identificados pela própria Embasa no ano passado durante visita de inspeção à cidade, continuam operantes. Ao contrário do que é mais comum pensar, a ausência de uma rede de esgotamento sanitário não autoriza o lançamento de esgoto in natura diretamente nos rios ou através da rede pluvial. A solução passa pela manutenção de fossas sanitárias ou a instalação de pequenas estações de tratamento de efluentes (ETE), que o município deve exigir e fiscalizar. De acordo com a lei federal número 9.605, lançar esgoto não tratado em cursos d’água constitui crime ambiental punido com até cinco anos de prisão. Em fevereiro do ano passado, quando ocorreu mais uma mortandade de peixes no
Sapato, a Vilas Magazine publicou reportagem mostrando que a secretaria de Meio Ambiente começaria a notificar os poluidores. Uma análise laboratorial encomendada pela revista ao Senai-Cetind apontou a existência de 15 mil UFC (Unidades Formadoras de Colônias) de coliformes termotolerantes (ou coliformes fecais) por 100 ml de água – 15 vezes acima do aceitável para rios como o Joanes e o Ipitanga, pelos parâmetros do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para o Programa Monitora, que avalia a qualidade da água nos rios. No Sapato, o limite de tolerância é mais elevado por se tratar de outra categoria de curso hídrico, cuja água não é destinada ao abastecimento humano – mas ainda assim está muito acima do limite. A conclusão das obras do Sistema de Esgotamento Sanitário de Lauro de Freitas, por si só, não vai eliminar automaticamente o problema – já alertou Júlio Mota. Depois disso, os moradores terão que fazer as interligações à rede, o que corre por conta de cada um. Apesar de obrigatória por lei, é comum haver resistências à realização da obra, até por questões financeiras. O simples tamponamento das tubulações clandestinas é uma solução sempre discutida, mas nunca colocada em prática porque causaria o refluxo dos dejetos sanitários para dentro das residências. Além disso, a própria rede pluvial é usada para carregar esgoto doméstico para os cursos d’água e essas tubulações a prefeitura não poderia tamponar. A Embasa aconselhou a administração municipal a notificar todos os moradores suspeitos de lançar esgoto no rio, além de exigir o recuo legal das construções em relação ao leito. Em Vilas do Atlântico, o leito original do rio Sapato deveria ser reposto, com a substituição das manilhas por pontes que permitam o fluxo normal do curso d’água.
Cristiano Robson em reunião dos moradores com representantes das duas prefeituras: etapa inconclusiva
CNPJ CANDIDATO: 20.568.193/0001-99. CNPJ FORNECEDOR: 13.358270/0001-10 - TIRAGEM: 1 \ VALOR R$ 1300,00
m suposto erro nos registros cartoriais, há 40 anos, resultou na anexação fiscal a Lauro de Freitas do que é território de Salvador desde 1969. O loteamento Marisol, em Ipitanga, foi autorizado em março de 1974 por meio de Termo de Acordo e Compromisso (TAC) assinado por Ismael Ornelas Farias, prefeito de Lauro de Freitas, quando já não fazia parte do município. Inscritos no cadastro imobiliário de Lauro de Freitas, os lotes ainda hoje pagam IPTU ao município errado. A prefeitura de Salvador, que registra débitos de relativos àquela mesma área de mais de R$ 9,5 milhões apenas desde 2010, informou à Vilas Magazine que está finalizando o plano para cadastramento dos moradores da região e que os registros dos imóveis deverão ser retificados. Para isso, de acordo com a prefeitura de Salvador, já foram realizadas duas audiências na sede do Ministério Público (MP) da Bahia. Existiriam hoje na área 1.046 imóveis, mas do cadastro imobiliário da capital ainda consta apenas um grande lote de 241,2 mil metros quadrados em nome de Arnaldo Rodrigues da Silveira, que deixou de ser o dono em 1972. Os limites haviam sido alterados cinco anos antes, mas isso não impediu a prefeitura local de firmar Termo de Acordo e Compromisso (TAC) com Silveira, já então apenas procurador do proprietário. Washington Rydz Rebouças Santana seria, desde 1972, o dono da área, segundo registra o TAC do Marisol. O documento menciona registro do cartório do VI Ofício de Notas, de Salvador. Tida como “área de litígio” entre Lauro de Freitas e Salvador, a maior parte de Ipitanga é, na verdade, território da capital há 45 anos. A rua Santo Antônio de Ipitanga, que margeia a cabeceira da pista do aeroporto internacional, marca o limite entre municípios e já tinha resultado claro quando da derrubada das barracas de praia, em 2011. Na prática, estão em questão todas as propriedades, condomínios inclusive, situadas a sul da rua Santo Antônio de Ipitanga.
COLIGAÇÃO PROPORCIONAL: ‘’PRA BAHIA AVANÇAR MAIS’’ PP/PDT/PT/PTB/PR/PSD
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Salvador reivindica loteamento em Ipitanga e registra R$ 9,5 milhões de IPTU atrasado MINISTÉRIO PÚBLICO Desde sempre ignorada pela prefeitura de Salvador e administrada por Lauro de Freitas enquanto “área de litígio”, Ipitanga foi sendo ocupada, ao longo de décadas, mediante licenciamentos emitidos pela prefeitura local, que passava a cobrar o respectivo IPTU mesmo sem ter jurisdição administrativa ou fiscal sobre a área. A questão veio à tona apenas em 2009, em consequência de reportagem publicada pela Vilas Magazine, em julho daquele ano, sobre as construções irregulares no leito do rio Sapato, na área do Marisol. Reportagem posterior mostrou os esforços da então prefeita Moema Gramacho (PT) para demolir parte das estruturas. Na tentativa de remover todas as construções irregulares, a prefeitura de Lauro de Freitas recorreu ao Ministério Público, que abriu u
O voto é soberano e é igual para todos. Faça valer o seu direito votando em quem tem trabalho realizado e comprovado. Por isso peço o seu voto, de seus familiares e amigos
DEPUTADA ESTADUAL
/MirelaOficial
www.
mireladeputada.com.br Setembro de 2014 | Vilas Magazine | 15
CIDADE
u procedimento de inquérito civil. Em resposta, a prefeitura recebeu do MP, em novembro daquele ano, a lembrança de que a área não pertencia ao município e uma recomendação para que se abstivesse de conceder alvarás ou licenças ali “por falta de atribuição para tanto”. Cristiano Robson, proprietário de um terreno no Marisol, tenta obter uma licença de construção que Lauro de Freitas já não fornece. “Devemos R$ 9,5 milhões à prefeitura de Salvador se quisermos regularizar”, constatou, preocupado, durante reunião dos moradores com representantes das duas prefeituras no mês passado. De acordo com Marcos Cardim, outro dos proprietários, há ainda um problema adicional: um inquérito do MP poderá avaliar que “toda e qualquer construção na região é ilegal”, apesar de terem escritura e “habite-se” – emitido, claro, por Lauro de Freitas. Esse inquérito tem raízes também na denúncia de cinco anos atrás: a Promotoria de Justiça de Lauro de Freitas tratou de encaminhar a questão à Promotoria de Meio Ambiente de Salvador, já que as denúncias estavam relacionadas ao território da capital. Desde então o Ministério Público atua apu-
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rando abusos ambientais cometidos na área.
AINDA DE PÉ: A construção ilegal sobre o leito do rio Sapato, no Marisol, que trouxe toda a questão à tona depois de reportagem da Vilas Magazine em 2009.
DISPUTA TERRITORIAL Apesar de reconhecer que o loteamento não pertence a Lauro de Freitas, a prefeitura local seguiu cobrando IPTU porque os imóveis constavam do cadastro imobiliário do município. O erro de registro, em 1974, resultou numa esdrúxula situação: o município tem a obrigação de coletar o imposto ali, mas também não pode fazê-lo. Por se tratar de território de Salvador, a prefeitura de Lauro de Freitas também nunca pode realizar investimentos no loteamento, ainda hoje sem calçamento, por exemplo. Nem máquinas de nivelamento das ruas podem ser enviadas pela prefeitura de Lauro de Freitas ao local, sob pena de descumprir normas legais. A rigor, nem coleta de lixo poderia haver ali, já que o serviço é pago pelos cofres públicos de Lauro de Freitas. Por isso também, os poucos investimentos em infraestrutura anteriormente prometidos ao Marisol – embora não concretizados – tinham apenas a assinatura do governo estadual ou federal, nunca do município. Já a prefeitura de Salvador não presta serviços u
ABANDONO: O Marisol entregue ao abandono: Lauro de Freitas não pode investir ali, mas as ruas oficialmente não existem para Salvador.
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Cópia do ofício do Ministério Público, de 2009: Marisol fora de limites (acima, esq.). O TAC do Marisol, irregularmente assinado em 1974 pelo prefeito de Lauro de Freitas: território fiscal anexado (acima, dir.). Cópia de extrato da dívida de IPTU do Marisol com a prefeitura de Salvador: quase R$ 9,5 milhões ainda em nome de Arnaldo da Silveira, proprietário anterior a 1972.
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à região porque os lotes, oficialmente, não existem na capital. Se para a capital é tudo uma questão de corrigir os registros dos imóveis e saldar a dívida de IPTU lançada, para a prefeitura de Lauro de Freitas a solução está nas mãos da Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do governo da Bahia (SEI). Uma comissão vem resolvendo há alguns anos as muitas questões de limites entre municípios da Bahia. A próxima região a ser tratada será justamente a Metropolitana de Salvador. A prefeitura local já apresentou proposta de novos limites à SEI, incorporando a totalidade de Ipitanga e toda a faixa a leste da BA-526, a CIA-Aeroporto. Em contrapartida, Salvador ficaria com a região do Barro Duro, a norte da Via Parafuso. A decisão, contudo, a menos que haja acordo prévio entre os municípios, seguirá os preceitos da Lei 12.057, de 2011, sobre a “atualização das divisas intermunicipais”. Como um deles prevê que “a redefinição dos polígonos e marcos divisórios entre os municípios terão como referência os limites administrativos ora praticados”, parece líquido e certo que Ipitanga voltará a ser integralmente território de Lauro de Freitas, incluindo o Marisol. O prefeito Márcio Paiva (PP), de Lauro de Freitas, afirma que vem tentando reunir-se com o prefeito ACM Neto (DEM), de Salvador, na tentativa de alcançar um consenso e resolver mais rapidamente a questão. Já a disposição da prefeitura da capital em realizar o cadastramento imobiliário e corrigir os registros indica que não será tão simples retomar Ipitanga.
SANTO AMARO DE IPITANGA A reconquista de Ipitanga remete ao processo histórico de emancipação de Santo Amaro de Ipitanga – o verdadeiro nome da cidade – que foi distrito de Salvador até 1962. Naquela época, o território de Lauro de Freitas incluía o Flamengo até a foz do riacho, na altura da rua Poeta Bráulio de Abreu, onde então começava Salvador. A área total do município logo após a emancipação era de 210 km² e abrangia ainda grande parte do que hoje é a região da Paralela, até Valéria. Incluía também o atual aeroporto internacional, que nasceu “aeródromo de Santo Amaro de Ipitanga” em meados do século passado. Foi em 1969 que a Assembleia Legislativa da Bahia resolveu reduzir Lauro de Freitas aos atuais 57 Km², recortando os novos limites da capital exatamente no muro da Base Aérea da Aeronáutica. Só depois disso o aeroporto passou a ser de Salvador. Com ele, foi-se a maior parte de Ipitanga – justamente a região que compõe o topônimo histórico de 406 anos da cidade. INCERTEZA Para os moradores do loteamento, a questão passa ao largo de questões históricas e
legislativas: trata-se de acabar com a incerteza que se abateu sobre o patrimônio de mais de mil famílias. Os quase R$ 9,5 milhões da dívida de IPTU registrada em Salvador desde 2010 para toda a área, quando proporcionalmente distribuídos resultam em mais de R$ 96 mil para apenas um dos proprietários. Diante do susto e sem informações sólidas, a comunidade convidou as duas prefeituras para uma reunião no mês passado. Salvador enviou André Fraga, secretário municipal da Cidade Sustentável, que informou não ter jurisdição sobre o assunto que estava sendo tratado e se prontificou a levar o problema a quem de direito. Já Márcio Paiva encarregou Eliana Marback de dar explicações. A secretária de Planejamento de Lauro de Freitas começou por historiar o erro de registro, reafirmando o interesse da prefeitura em retomar Ipitanga, mas foi definitiva: “o limite municipal é muito claro, existe”. Sem que a reunião resultasse em qualquer nova medida por parte das prefeituras, os moradores resolveram formar uma comissão para conversar com a prefeitura de Salvador e acompanhar o inquérito originado daquela consulta da prefeitura de Lauro de Freitas em 2009.
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CIDADE
Placa em Vilas do Atlântico: praia poluída, aviso enganoso
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Placas de balneabilidade desinformam banhistas nas praias em Lauro de Freitas
praia de Vilas do Atlântico está imprópria para banhos há cinco semanas seguidas (segundo boletins de 25 de julho a 22 de agosto), mas a placa que informa a qualidade da água continua a mesma: verde, indicando boa qualidade da água, inclusive em inglês. “Fine”, desavisa a peça. O abandono da sinalização está evidenciado pelo desbotado da placa. A praia de Ipitanga, no limite entre Lauro de Freitas e Salvador, onde existe hoje o Centro de Judô, esteve imprópria para banhos por cinco semanas, desde o início de julho. Ostentando as marcas do antigo Instituto do Meio Ambiente (IMA), do Governo da Bahia e da prefeitura de Salvador em plena orla de Lauro de Freitas, a sinalização deixou de ser levada a sério desde que a praia de Buraquinho, permanentemente imprópria para banhos desde 2010, teve a sua placa (vermelha) sumariamente removida. Buraquinho já firmou tradição como praia poluída, mesmo segundo medições tomadas na sua orla marítima. Em Ipitanga também já não existe a placa de aviso.
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A contaminação por coliformes fecais é derivada, principalmente, do lançamento de esgoto doméstico não tratado nos cursos d’água. Especialistas apontam que o período de chuvas intensas piora os índices de contaminação, utilizados para determinar a balneabilidade das praias. Um maior volume pluviométrico carreia ainda mais impurezas para os rios, que vão desaguar na foz do Joanes, em Buraquinho. Dali, a correnteza costeira contamina também as praias de Buraquinho, Vilas do Atlântico e Ipitanga. Apesar da precipitação verificada em julho e agosto na cidade, não há registro recente de contaminação permanente na praia de Vilas do Atlântico, mesmo sob chuva forte. O Instituto do Meio Ambiente e Recursos Naturais (Inema), autarquia do governo estadual responsável pela medição da qualidade das águas, informa semanalmente o estado das praias sem detalhar, desde maio de 2011, o nível de contaminação daquelas que são consideradas impróprias. De acordo com anterior informação do Inema, são consideradas próprias para banho
as praias que, numa série de cinco, apresentem 80% ou mais de amostras semanais com menos de mil unidades de coliformes fecais em 100 ml da amostra de água (UFC/100ml). Além disso, é também considerada imprópria a praia que apresente 2,5 mil UFC/100 ml, ou mais, em qualquer coleta isolada. Hoje o instituto informa apenas, no seu boletim semanal, que uma “resolução nº 274 de 29 de novembro de 2000”, no seu artigo 2º, diz que “as águas doces, salobras e salinas destinadas à balneabilidade (recreação de contato primário) terão sua condição avaliada nas categorias própria e imprópria”. A resolução, na verdade emanada do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), é a mesma que estabelece os critérios para que uma praia seja considerada imprópria para banho. Os níveis de contaminação da água por coliformes fecais são importantes para medir o grau de risco a que as pessoas se expõem ao banhar-se em águas poluídas. Em medições anteriores foram constatados índices de contaminação muitas vezes superiores ao limite de tolerância.
Passeio público em Lauro de Freitas: à espera de uma lei sem vetos
Calçadas ganham requalificação em Salvador e compasso de espera em Lauro de Freitas
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de mobilidade e acessibilidade. “Esse é um trabalho de extrema importância para a cidade, que ganhará melhores condições de mobilidade para pessoas que fazem suas viagens cotidianas a pé”, afirma Silvio Pinheiro, superintendente da Sucom. Para ele, “além disso, a adequação dos passeios trará autonomia para os portadores de mobilidade reduzida”. Em Salvador, a responsabilidade pela manutenção e limpeza das calçadas é do proprietário do imóvel, seja um particular ou um ente público, desde 1999. Agora os proprietários de imóveis serão notificados para que promovam a recuperação dos passeios, conforme modelo desenvolvido pelos técnicos do município. Será dado um prazo para cada proprietário fazer as reformas ou adequações necessárias. Se o proprietário não atender a notificação, a prefeitura de Salvador fará a obra e cobrará do responsável o valor gasto, acrescido de multa de 30%. Além da Sucom e da Desal, estão envolvidos com o programa a Casa Civil, a Secretaria de Urbanismo e Transporte, a Superintendência de Conservação e Obras Públicas do Salvador e a Fundação Mário Leal Ferreira. LAURO DE FREITAS Publicada em julho de 2012, a Lei 1.478 u
nquanto Lauro de Freitas adia a implantação de uma Lei das Calçadas, que obriga a construir ou regularizar os passeios públicos, em Salvador a prefeitura já notificou mais de três mil proprietários de imóveis para que recuperem as suas. A ação, que tem o objetivo de melhorar os passeios da cidade, está inserida no programa “Eu Curto Meu Passeio”. O primeiro resultado foi a requalificação de mais de 20 quilômetros de passeios particulares e outros 11,3 quilômetros de passeios públicos, executados pela Companhia de Desenvolvimento Urbano de Salvador. Fiscais da Superintendência de Controle e Ordenamento do Uso do Solo do Município (Sucom) da capital já percorreram cerca de 70 ruas da cidade, notificando proprietários de imóveis na Pituba, Brotas, Horto Florestal, Itaigara, Cabula, Pernambués, Iguatemi, Caminho das Árvores, Mares, Bonfim, Calçada, Roma, Federação, Barra, Avenida Mário Leal Ferreira (Bonocô), Ondina, Rio Vermelho e Graça. O programa foi lançado em janeiro passado para adequar as calçadas aos padrões
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CIDADE
u responsabiliza apenas a própria prefeitura de Lauro de Freitas pela construção, regularização e manutenção das calçadas em toda a cidade. Mais de dois anos depois, a legislação continua à espera da regulamentação que permitiria a sua aplicação. Ainda assim, seria pouco efetiva. A secretária de Planejamento Eliana Marback já argumentou que a prefeitura não tem como reparar e construir calçadas na cidade inteira. “Não é possível deixar a prefeitura responsável por todas as calçadas da cidade toda”, opina Marback. De fato, o projeto de lei aprovado por unanimidade na Câmara Municipal previa que “os responsáveis por imóveis, edificados ou não, lindeiros a vias ou logradouros públicos dotados de guias e sarjetas, são obrigados a executar, manter e conservar as respectivas calçadas na extensão correspondente à sua testada”. Esse e outros dispositivos do projeto de lei foram vetados pelo Executivo municipal, que acabou por promulgar uma lei pouco efetiva. Na prática, os vetos impostos isentam os proprietários de imóveis de qualquer obrigação. Outro dispositivo vetado há dois anos visava proteger a vegetação ao determinar que as calçadas em mau estado de manutenção e conservação seriam reparadas e conservadas apenas na parte não afetada pela existência de uma espécie arbórea. Por último, foi vetada a própria responsabilização do proprietário, titular do domínio útil ou da sua propriedade, o condomínio ou o possuidor do imóvel, a qualquer título, pelas obras e serviços relacionados às calçadas. Na tentativa de regularizar os passeios públicos da cidade, a prefeitura de Lauro de Freitas vem preparando uma reedição do projeto original de 2012, incluindo a responsabilização dos proprietários de imóveis, tal como ocorre em Salvador, mas a proposta ainda não chegou à Câmara Municipal.
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MEIO AMBIENTE
Dia Mundial de Limpeza de Praias será celebrado com ação ambiental
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Ações voltadas principalmente à educação Associação de Surf da Praia de Ipitanambiental são de extrema importância para a ga promove, dia 21, a nona edição conscientização da comunidade. E é nesse viés do Mutirão de Limpeza da Praia de que a ação da Associação de Surf da Praia de Ipitanga, celebrando o Dia Mundial Ipitanga se reveste de um significado de relede Limpeza de Praias. vante importância. A ação é uma das mais importantes iniciaA associação se credencia como entidade cotivas da associação, que incentiva a conscienlaboradora local, realizando atividades voltadas tização da comunidade local para os cuidados para a educação ambiental, buscando formar ambientais. Desde 2005, quando aconteceu a parcerias com entidades públicas e particulares primeira edição, muito lixo já foi coletado nas no intuito de desenvolver projetos voltados ao praias onde a ação se realizou. segmento. Para a realização do evento a associação conta com o apoio de parceiros de diversos setores, que colaboram com materiais ou quantias necessárias para que o mutirão possa ser realizado, já que a entidade não possui qualquer recurso financeiro. Muitos impactos ambientais são decorrentes de resíduos, sólidos ou líquidos, deixados na praia e levados pelas marés. Aves, peixes, baleias e tartarugas marinhas são os principais grupos afetados pelo lixo despejados no mar, pois Nas oito edições do mutirão, a associação já coletou mais de confundem o lixo com alimento etrês toneladas de todos os tipos de lixo deixados nas praias acabam morrendo asfixiados. Interessados em participar dessa edição do Os seres humanos também sofrem as conMutirão de Limpeza da Praia de Ipitanga devem sequências de sua própria falta de educação. comparecer na véspera, às 19 horas, na praça Micoses, acidentes com materiais perfuroAmarilio Thiago dos Santos, Centro de Lauro cortantes, enterites e outras doenças ligadas à de Freitas, junto ao quiosque do Índio, onde os poluição das águas são resultados da ingestão promotores realizarão a parte social do projeto, de água contaminada. que é arrecadar 1kg de alimento por voluntário Em uma simples caminhada ao longo das participante, que receberá um vale para retirar a praias é possível encontrar diversos objetos camisa e luvas descartáveis para a caminhada do descartados pelos próprios banhistas, incluindia seguinte, que parte da barraca da Cota com do também lixos que vêm de outros destinos destino ao Hotel Mamelucos, com distribuição próximos e até outros países. de material informativo sobre a ação ambiental, Esse lixo não reflete apenas na saúde para que se encerra em volta de uma mesa com bufê os humanos e animais, mas também em perda de frutas e sucos. de potencial turístico, o que leva a diminuição Contatos: Giorgio Mattos (presidente), tels.: da renda local. 8749-4427 / 9137-5205; Gutemberg Palumbo No caso específico da Praia de Ipitanga, a (vice-presidente), tel.: 9330-4369 ou Eliana crescente ocupação imobiliária, muitas irreguSantos (secretaria), tel.: 8898-4708. lares, vai de encontro à legislação ambiental.
REGIÃO
Prêmio Melhor Escola Pública do Ano desafia instituições com qualidade
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stão abertas até o dia 23 as inscrições para a segunda edição do prêmio de “Melhor Escola Pública do Ano” na Bahia, uma das iniciativas do programa O Ministério Público e os Objetivos do Milênio: Saúde e Educação de Qualidade para Todos. Serão contempladas as escolas que apresentarem melhor qualidade de ensino, estrutura física e conservação em oito regiões do Estado. Cada uma receberá R$ 8 mil para usar na aquisição de bens e equipamentos de uso coletivo da escola. A iniciativa tem o apoio da Fundação José Silveira, do Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (Pnud) e da Rede Bahia. Com a presença do procurador-geral de Justiça Márcio José Cordeiro Fahel, a segunda edição do prêmio foi lançada em agosto durante o terceiro Encontro Estadual de Educação, na sede do Ministério Público (MP) da Bahia. Fahel ressaltou a importância que a Educação tem hoje para o Ministério Público. “Quando vemos os promotores de Justiça integrados a essa discussão, constatamos um grande avanço”, avaliou. Para ele, “há cerca de 20 anos, quando ingressei na instituição, ainda era estranho ver o MP tratando de educação, apesar do que determina a Constituição de 1988”. Atualmente, nas visitas que o MP faz ao interior, “a própria comunidade nos demanda atuações nessa área, o que demonstra que a população já entende melhor o papel do MP na melhoria da educação”, frisou Fahel, ressaltando que a mudança é cultural e ainda está em curso. O prêmio seria um reflexo dessa transformação, de acordo com a Coordenadora do Centro de Apoio Operacional de Defesa
FOTO: MPBA
da Educação do MP, a promotora de Justiça Maria Pilar Maquieira Menezes. “Ano passado, tivemos 100 escolas inscritas; este ano, esperamos que o número chegue a 400”, afirmou a promotora, destacando que, no total, serão distribuídos R$ 64 mil em prêmios. Podem concorrer todas as escolas públicas da rede estadual e municipal de ensino, urbanas ou rurais, inscrevendo-se por meio dos endereços eletrônicos www. mpba.mp.br ou www.fjs.org.br. Os vencedores receberão o prêmio em dezembro, durante a Semana do Ministério Público 2014. Na primeira edição foi premiada uma escola de Salvador pela primeira região, que inclui Lauro de Freitas. A segunda colocada também era da capital. Casa Nova, Remanso, Santa Inês, Amargosa, Serrinha, Santa Luzia e Itabuna também tiveram escolas classificadas.
O procurador-geral de Justiça Márcio Fahel: a própria comunidade demanda atuação na área da Educação
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Caro leitor, Este espaço, a partir desta edição, dedica-se à promoção da solidariedade.Se você tem vontade de contribuir para um mundo melhor, mas não sabe como começar, nós lhe apresentaremos caminhos viáveis e iniciativas já consolidadas, ou em consolidação, que precisam de seu apoio e de sua conscientização. Divulgaremos aqui ações nas áreas de meio ambiente, educação, promoção social, voluntariado, apoio às minorias, combate à fome e desigualdade, redução de danos, ajuda às pessoas em situação de vulnerabilidade, associações e cooperativas, campanhas de doação de alimentos e roupas, além da doação de amor, tempo e esperança. Alternativas para exercermos a solidariedade. Não haverá qualquer cunho político-eleitoral, empresarial ou preferência religiosa. A proposta dessa iniciativa é sermos agentes de mobilização, de ser humano para ser humano. Da boa e saudável mobilização. Conhece algum projeto ou associação que realize alguma dessas ações e precise de apoio? Informe-nos pelo e-mail redacao@vilasmagazine.com.br Ajudenos a ajudar. Afinal, a colaboração é a base da vida. “Se cada lágrima minha amenizasse a sede de quem sofre, choraria dias ininterruptos com um sorriso nos lábios, pois saberia que meu pranto promoveria menos dor”. (Nayara Lobo, jornalista). Accioli Ramos, diretor-editor.
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MARIVALDO PAIXÃO / ARQUIVO ROTARY CLUB
SOLIDARIEDADE
O trabalho social desenvolvido por seu Airton é reconhecido pelo Rotary Club Lauro de Freitas, que lhe outorgou o Título Paul Harris, distinção concedida pela Fundação Rotária aos rotarianos de todo o mundo e às personalidades que se destacam na prestação de serviços comunitários. Acima, o homenageado, com seu Título Paul Harris, ao lado dos rotarianos Jaime Ferreira (esq.) e José Bonifácio Gomes
O ‘gigante’ da Associação Beneficente Prol-Lar de Idoso
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ranzino, com a saúde já abalada, carregando o peso dos seus oitenta anos, seu Airton pratica diariamente dois lemas de elevados significados: “dar de si, antes de pensar em si” e “quem não vive para servir, não serve para viver”. Desde seu nascimento, em 15 de junho de 1934, no bairro histórico de
Santo Antonio Além do Carmo, em Salvador, Airton Eliseu de Araújo Marques carrega valiosa experiência de vida. É escritor, com seis livros produzidos e aposentado da Petrobrás. Muito místico, respeita todas as religiões, inclusive pertence à Loja Maçônica União e Justiça, do Grande Oriente do Brasil, mas sua base espiritual respalda-se na religião católica, sendo ministro da Palavra e da Eucaristia. Também é sócio honorário do Rotary Club Lauro de Freitas. Em 8 de dezembro de 1996, criou a Associação Beneficente Prol-Lar de Idoso de Lauro de Freitas, com 40 idosos. Nesses dezoito anos registrou 1.537 associados, sendo 80% do sexo feminino, dos quais faleceram 197. A idade mínima para se credenciar como associado é de 50 anos. A característica marcante da associação é que a assistência da maioria dos associados acontece nas suas residências, atualmente em número de 183. Os acamados, sem condições de locomoção, chegam a 49. A associação funciona em sede própria, na Rua Garrastazu Médici, Quadra 24, Lote 10, em Itinga. Registrada na Receita Federal com o CNPJ 01.821.272/0001-15, e na Junta Comercial da Bahia, é uma entidade de utilidade pública, conferida por leis Municipal nº 909/98, de 21/5/1998 e Estadual nº 8.462/2002, de 10/10/2002. Nessa sede funcionam almoxarifado, cozinha, salão de atividades sociais, três pátios externos, sendo um coberto, escritório, área de aferição de pressão arterial, glicemia, curativos, aplicações de injeções, pesagem,
alívio de dores musculares, etc. Como presidente, compartilha os trabalhos da associção com Roberto de Jesus Silva, vice-presidente; Maria das Graças de Jesus Silva, diretora social; Fabiana Silva Brito, secretária e Márcia Silva Brito, tesoureira. Renato Marcelino, recentemente falecido, era o diretor de Patrimônio. No Conselho Fiscal estão João Luiz dos Santos, Marinalva de Oliveira Nascimento, Maria José Santigo, Débora dos Santos Duarte e Manoel Bispo dos Santos. A gestão financeira é muito rigorosa, tendo em vista os parcos recursos. Qualquer valor recebido é registrado no livro de conta corrente e as despesas anotadas no livro caixa. Semestralmente é elaborado um balancete, para prestação de contas aos associados e balanço geral, anual, para conhecimento dos associados e patrocinadores. Embora contando com o apoio voluntário das profissionais Tânia Regina de Oliveira Marques, advogada e das assistentes sociais Cibele Marques Santos (também psicóloga) e Fabiana Silva Brito, além de três estagiárias, a associação precisa da parceria de outros profissionais, como enfermeiros, médicos, oftalmologistas, fisioterapeutas e odontólogos. São bem vindos profissionais que possam doar parte de um dia por mês. Para o atendimento permanente aos assistidos, a Associação Beneficente Prol-Lar de Idoso de Lauro de Freitas necessita de fraldas geriátricas, gêneros alimentícios (principalmente dietéticos), remédios, pomadas, mate-
rial de limpeza, produtos de higiene pessoal, lençóis, colchões, cobertores, camas, cadeiras de rodas e de higiene, muletas, bengalas, andadeiras, dentre outros. Para arrecadar recursos financeiros, seu Airton se multiplica: promove viagens rodoviárias para locais turísticos da Bahia (a última foi para Caldas do Jorro – as viagens são planejadas com antecedência e voltadas para grupos de no máximo 50 pessoas, não associadas), rifas, bingos, feijoadas, que se somam às doações de pessoas físicas e jurídicas e aos convênios CEAPA, Sua Nota é um Show, Prefeitura Municipal (cessão de uma professora). Chama a atenção o humor dos associados, sempre alegres, prestativos e produtivos: elaboram artesanatos variados, fazem samba de roda – alguns são seresteiros e tocam vários instrumentos musicais –, desenvolveram um tribunal para avaliação de sugestões e críticas, inventaram o golfe de pobre, participam de recreações, além de participarem do concurso de Miss Autoestima, na festiva do Dia do Idoso, promovida anualmente pelo Rotary Club Lauro de Freitas (um dia com café da manhã musical para 120 idosos, regado a bolos, biscoitos, frutas, sucos, refrigerantes, água, sorteio de brindes doação de cestas básicas para todos os idosos). O Rotary também doa o feijão e todos os ingredientes para a feijoada anual, promovida em maio para celebrar o aniversário da associação. Além do Rotary Club Lauro de Freitas, outras organizações e pessoas também contribuem com a associação: a Loja Maçônica Luz e Labor u
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SOLIDARIEDADE
u (Salvador), o Grupo Renascer (professora Norma Moreno), o Núcleo de Senhoras do Rotary, senhoras Antônia Cardoso, Neuza, Délia, Celidalva Santana Santos, Judith Francisco Santos, senhores Antonio Benedito, Leôncio José dos Santos, o casal Victor e Aurinha, entre outros. A Associação Beneficente Prol-Lar de Idoso de Lauro de Freitas sobrevive e supera as mais diversas dificuldades, graças ao trabalho incansável do seu Airton, um ser humano extraordinário, que há cerca de vinte anos se dedica ao servir ao próximo. Levanta às cinco horas da manhã, caminha nos calçadões de Buraquinho e Vilas do Atlântico e passa o restante do dia em atividades dedicadas aos semelhantes menos favorecidos. Verdadeiro exemplo de solidariedade. Contando com o alicerçe da parceria e apoio irrestrito da esposa, dona Julmita, conhecida como Iaiá, seu Airton ainda encontra determinação para outras tarefas, além da assistência aos associados: também promove visitas para arrecadação de gêneros diversos nos lares dos doadores, coleta verduras em supermercados e na CEASA, ingrediantes para o sopão, distribuído às sextas-feiras. Um ser humano extraordinário.
QUER AJUDAR? Empresas e pessoas interessadas em fazer doações, definir parcerias ou simplesmente colaborar com a Associação Beneficente Prol-Lar de Idoso de Lauro de Freitas, podem fazer contato pelos telefones (71) 3365-3877 ou 9123-7092 (diretamente com seu Airton). A associação possui conta corrente no Bradesco (agência 1640, conta 019726-2).
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Projeto Crescer participa do Criança Esperança
Associação Projeto Crescer, da Lagoa dos Patos, participou no mês passado do Criança Esperança, a programação especial que a Rede Globo todos os anos dedica à coleta de fundos para a Unesco – Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura. Ao longo de todo o dia houve oficinas e apresentações de arte, esporte,
dança e música. A entidade foi uma das beneficiadas pelos recursos arrecadados no Criança Esperança de 2013. Raimunda Araújo, coordenadora da Projeto Crescer, explicou que o projeto “Transformar para Crescer” vem sendo executado ao longo deste ano. Um centro digital que estava previsto no projeto já foi instalado e está à disposição de toda
Crianças e adolescentes do Projeto Crescer participam do dia do Criança Esperança: recursos da Unesco
a comunidade. A participação no programa “é uma espécie de prestação de contas”, define a coordenadora. Atendendo agora cerca de 100 crianças entre sete e 16 anos em situação de risco pessoal e social, além dezenas de familiares, o projeto beneficia diretamente 200 crianças e adolescentes e indiretamente mais 350 pessoas. A Crescer integra a rede de proteção de garantia de direitos da criança e do adolescente por meio do Conselho Municipal dos Direitos da Criança e do Conselho Municipal de Assistência Social. Fundada no ano 2000, a associação atua na Lagoa dos Patos, que o Criança Esperança descreve como uma comunidade “formada por pessoas vindas do interior da Bahia que
vieram ‘tentar a sorte’ na cidade grande, mas não tiveram êxito”. O objetivo do “Transformar para Crescer” é promover a autonomia de crianças, adolescentes e jovens e o aprendizado de competências básicas a partir de ações socioeducativas que utilizam novas
tecnologias. Com o apoio do Criança Esperança, a instituição também adquiriu material esportivo, pedagógico e de consumo, instrumentos musicais e uniformes, além de financiar despesas com pagamento de professores e outros profissionais. “O Projeto Crescer vem desenvolvendo suas ações há 13 anos e temos total consciência de que isso só é possível graças a todos os colaboradores que abraçaram a nossa causa e acreditam no trabalho que desenvolvemos”, disse Raimunda Araújo, coordenadora da associação. A Vilas Magazine é uma das entidades que apoiam o trabalho do Projeto Crescer. As doações para o Criança Esperança, por telefone ou pela internet, são depositadas diretamente em uma conta da Unesco, que abre um processo seletivo para escolher as ONGs que irão receber os recursos. Os projetos são nas áreas de desenvolvimento social, comunicação, ciências naturais, educação e cultura. A lista das entidades escolhidas é divulgada também pela Unesco.
CONHEÇA O PROJETO CRESCER Sediado na Lagoa dos Patos, o projeto atua há 14 anos dando apoio à crianças da localidade, com o propósito de minimizar o contato dos jovens com as drogas, gravidez precoce e violência através da arte e educação, formando assim um espaço de proteção e cuidado. O Projeto Crescer realiza oficinas de capoeira, música, atividades esportivas, leitura, matemática, reforço escolar, informática, desenvolvimento pessoal, judô e teatro, para 100 crianças e adolescentes da comunidade e conta com o apoio das Aldeias Infantis, CREAS – Centro Referência Especializada de Assistência Social e o Conselho Tutelar. Interessados em conhecer o projeto, podem agendar visitas, das 7h30 às 17h30. Contatos pelos telefones 3288-3503 / 8186-7745.
SE LIGUE SÓ PARA MULHERES A Igreja Batista da Família - Fazendo a Diferença em Seu Lar, promove a segunda edição do projeto Só Para Mulheres, que tem por objetivo promover saúde, informação, interação e bem estar entre as mulheres, independente de cunho religioso. O evento é gratuito e acontece dia 27, na faculdade Unime. Inscrições pelo e-mail: danieleoliveira@cmarinho.com.br Mais informações pelos telefones 91915449 ou 7186140518, com Daniele Oliveira.
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DECORAÇÃO
Papéis de parede vão do estilo clássico às novas versões com efeito em 3D Produtos conquistam o mercado de decoração por possuir características como versatilidade e durabilidade
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os últimos três anos, o papel de parede passou a ser o “queridinho” dos arquitetos e designers de interiores. A tendência continua forte, principalmente porque agora os papéis de parede têm ganhado padronagem com efeito em 3D. É preciso passar a mão no revestimento para perceber que não é real, mas um papel. Os tipos de papel de parede variam. O consumidor pode adquirir os mais comuns (finos e simples), aqueles feitos de fibras naturais e os vinílicos. Este último é o mais recomendado, por causa da sua durabilidade. Os papéis de parede podem durar entre dois e dez anos. Paredes do quarto, da sala e de lavabos (área compia e vaso sanitário) podem ser revestidos com o papel. Em banheiros, cozinha e área externa não é recomendado, por causa da umidade e variação de temperatura aos quais estão submetidos.
Para ambientar o papel de parede, no entanto, é preciso estar atento à harmonia da decoração. O ideal é que o revestimento siga a linguagem dos móveis que compõem o espaço decorado. “Se você trabalha com móveis mais clássicos, com mobiliário mais tradicional, não fica legal colocar um papel de parede muito geométrico, com cores fortes”, exemplifica a designer de interiores Cecília Avena. O revestimento pode, por si só, “ditar” a cara do ambiente. Quando a escolha é pelo papel de parede que lembre concreto aparente ou tijolo rústico, a impressão que passa é a de uma casa moderna. Padrões adamascados (com flores e brasões) em tons perolados demonstra romantismo. A premissa se estende aos quartos. É importante que os papéis de parede acompanhem a idade e personalidade do morador. Por exemplo, o quarto da criança pode
receber papéis de parede lúdicos e divertidos, como trenzinhos, carrinhos, animais ou qualquer outro elemento de preferência da criança. No quarto das meninas adolescentes, bolas e listras podem ser trabalhadas no revestimento em parede, seja em todas ou em uma de fundo (a que fica atrás de algum móvel, como a cabeceira). Cinza, rosa e amarelo são tons sugeridos pela designer Cecília Avena. Uma dessas cores pode ser usada como destaque e colocada em um móvel do quarto. Imitação de renda também é adequada ao quarto das adolescentes. Em tom off-light (tons pastéis e bege), garante neutralidade no ambiente. Tecidos já são utilizados como revestimento de parede. O quarto de rapazes de 15 a 25 anos permite trabalhar com o mesmo estilo de papel. Uma sugestão é inserir elementos que corMILA CORDEIRO / AG. ATARDE
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SOBRE O REVESTIMENTO MATERIAIS Os papéis de parede podem ser encontrados em material mais fino e simples, outros feitos com fibras naturais e os vinílicos – mais resistentes
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respondam ao gosto do morador, como esportes. No ambiente masculino, uma tendência é o branco e preto. Listras também são utilizadas no quarto do rapaz. Os diferentes papéis de parede acompanham as variadas personalidades femininas. No quarto das mais românticas, papel com flores delicado ou listras suaves com pouco brilho é recomendável. Por outro lado, se o dinamismo é característica da jovem, o quarto pode ter mais informação e receber texturas, como mica (feito de extrato mineral e parece uma rocha brilhante) e batique (desenho tradicional da Indonésia com desenhos craquelados). CORES E COMBINAÇÕES Quadros, espelhos, molduras vazadas e porcelanas podem ser pendurados, desde que o papel de parede repita a mesma informação. A restrição é para o caso de o próprio papel de parede ser um quadro, por exemplo, paisagens naturais ou uma figura única. A arquiteta Cátia Bacelar alerta para o uso
das cores nos papéis de paredes. Listras são mais harmoniosas com cores claras. O vermelho não é adequado para o quarto, porque estimula o estresse. O papel de parede dourado, atrás do sofá ou da televisão, fica bonito. Misturar estampas de papéis e parede no mesmo ambiente é possível, desde que sejam em tons claros–para reduzir as possibilidades de erro. Diferentes revestimentos podem compor um único ambiente, como tinta e papel de parede. Neste último caso, Cecília Avena diz que o ideal é o papel estar no mesmo tom cromático da parede pintada. O choque completo também é permitido. Estela Marques / Ag. A Tarde
USO Os papéis de parede podem ser usados na sala, quartos e em lavabos (área com pia e vaso sanitário). Em banheiro, cozinha e área externa não é recomendado por causa da umidade e variação de temperatura INFANTIS Os papéis de parede para quartos infantis podem ter motivos de trenzinhos, carrinhos, animais ou outro elemento de preferência da criança MULHERES Listras, bolas, flores e imitação de renda podem decorar a parede das mulheres. Texturas e cores fortes refletem personalidade dinâmica HOMENS Preto e branco são tendência para quartos masculinos. Papel de parede com motivos da preferência do rapaz é recomendado LUCAS SILVA / DIVULGAÇÃO
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TURISMO
Caribe da Amazônia
ANTONELLA KANN / FOLHAPRESS
Alter do Chão, nos arredores de Santarém, no oeste do Pará, tem faixa de areia branca repleta de barracas às margens do rio Tapajós, por onde turistas navegam em embarcações típicas
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penas 37 quilômetros separam o aeroporto de Santarém, no Pará, de uma vila de pescadores que tem o poder de surpreender quem já rodou o Brasil e o mundo. Embora Alter do Chão seja um nome ainda pouco divulgado no Brasil, já foi escolhido pelo jornal britânico “The Guardian” como a mais bela praia do país: o Caribe brasileiro. O destino é emoldurado por praias de areia branca que margeiam o rio Tapajós –que, de tão largo, parece um mar de águas cristalinas, mornas e sem ondas. Mas as menções do jornal britânico não afetaram o estilo de vida simples dos habitantes e não existe sequer a pretensão de transformar Alter do Chão em um destino pop – os habitantes se orgulham de preservar a aura de cidadezinha do interior, onde o tempo não tem pressa. Por outro lado, o ambiente se tornou bem mais eclético
de uns anos para cá, desde que os estrangeiros – principalmente os europeus – começaram a chegar. Muitos decidiram fincar raízes, e assim foram montando pequenos negócios: restaurantes com cardápios que fundem receitas de seus países com traços regionais, lojinhas de roupa e artesanato e ateliê de joias assinadas por designers independentes. Esse fluxo fez também com que pipocassem algumas pousadas bem arrumadas. Tudo isso, aos poucos, acrescentou uma pitada de charme ao já pitoresco cenário de Alter do Chão e, é claro, ajudou a incrementar a infraestrutura turística. Ao anoitecer, uma torre de Babel em miniatura se concentra em volta da pracinha principal da vila, embalada por sons do castelhano, do inglês, do francês e do italiano, mesclados com o ritmo do carimbó, gênero musical u difundido em todo o Estado paraense.
Barqueiros aguardam turistas para fazer a travessia até a praia do Amor Setembro de 2014 | Vilas Magazine | 31
TURISMO
Na mansidão do Tapajós
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Passeios de barco para ver o pôr do sol, que, com sorte, podem ter a participação de golfinhos, e visitas a igarapés estão entre as atividades em Alter do Chão
fundamental acordar bem cedinho em Alter do Chão e aproveitar para se mexer antes que o sol vire um maçarico. A claridade das 6h30 já permite começar a programação com uma bucólica caminhada na praia deserta, em direção ao píer, burlando os primeiros raios e aproveitando para dar um mergulho nas águas tépidas. Sem vento, o rio Tapajós fica tão liso que parece um tapete translúcido, no qual as nuvens conseguem se refletir com nitidez, criando um curioso efeito visual. Também a essa hora as ruas ainda estão vazias, favorecendo explorar a pé alguns recantos por detrás da vila, em vias não pavimentadas, lá onde ficam as casas de veraneio, em meio à vegetação nativa – e à sombra. Deixe para tomar o café na sua pousada
depois dessas andanças para, em seguida, descer novamente até a beira do rio, dessa vez para escolher qual é o passeio de barco que se encaixa melhor no seu perfil e no seu tempo. Em Alter do Chão é só chegar até a areia para notar que há vários tipos de embarcações às margens do rio. Além das enormes “gaiolas”, que fazem excursões pela região e organizam pacotes para o centro de Santarém, você vai ver lanchas de alumínio, canoas, bajaras e catraias. As duas últimas são típicas da região. A primeira, com motor e potencial para levar passageiros aos igarapés (canais navegáveis entre ilhas fluviais ou entre ilha e terra firme) e às praias vizinhas; movida a remo, a segunda se presta a fazer a microtravessia entre o continente e a disputada praia do Amor. ANTONELLA KANN / FOLHAPRESS
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ACCIOLI RAMOS / ARQUIVO PESSOAL
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Ponta do Cururu, onde turistas e nativos apreciam o pôr do sol. Na outra página, bajara, embarcação típica da região com motor e toldo para proteger passageiros.
Trata-se de uma ilhota que se transformou no cartão-postal de Alter do Chão, mas que fica inteiramente submersa entre fevereiro e junho, quando as chuvas costumam castigar a bacia Amazônica e o nível do rio Tapajós sobe demais. Nessa época, a paisagem da vila é outra, quase irreconhecível. Logo você vai observar como também foi implantada a organização entre os chamados catraieiros e barqueiros em geral. Para atender ao turismo – que representa 80% da renda
deles –, foram criadas diversas associações entre as comunidades locais, apoiadas por ONGs e sem vínculo político, proposta bemsucedida em Alter. O preço de R$ 5 (que desce para R$ 4 quando as águas baixam de patamar) para transportar quatro pessoas até a outra margem é aplicado com hegemonia, e cada catraieiro aguarda a sua vez. O sistema flui e, por sua vez, o visitante não se sente pressionado e sequer explorado. E, pasme: esses
profissionais não aceitam gorjeta! A maioria das pessoas que chega a Alter do Chão acaba passando o dia “lagartixando” numa espreguiçadeira na praia do Amor, deitada em redes na sombra das barracas ou de molho na água, sentada em cadeiras de plástico. PÔR DO SOL Mas é um pecado viajar para um destino tão exótico e não aproveitar o leque de atrati- u
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TURISMO
ANTONELLA KANN / FOLHAPRESS
u vos que só pode ser desvendado de barco – tem quem fique hospedado nas embarcações maiores. Caso você chegue à vila no fim da tarde, agende um passeio para admirar o pôr do sol, evento que é levado a sério nessas redondezas. Vá de lancha ou embarque numa bajara e, em cerca de meia hora, você vai estar pisando num banco de areia chamado Ponta do Cururu, onde o “grand finale” são os últimos raios de sol derretendo no horizonte enquanto alguns botos fazem peripécias a poucos metros da areia. Na volta, aproveite para já deixar agendado, com o mesmo barqueiro, o passeio da manhã seguinte. Dessa forma, você vai ter o dia inteiro para aproveitar. O itinerário deve incluir o igarapé do Macaco. Com a embarcação, chega-se a uma ‘piscina’ gelada e translúcida, com água que bate na cintura, ideal para dar umas braçadas e fugir dos mosquitos. Toda a área é banhada por vegetação endêmica. Segundo o guia, ali dá muito tucunaré e tambaqui, peixes tipicamente amazonenses. Em seguida, é hora de conhecer a ponta do Muretá e a do Caxambu, onde as paradas estratégicas são para se refrescar no rio, já nem tão transparente. Tome cuidado com a correnteza. Depois, vale um desvio para conhecer o lago Jucuruir, antes de reabastecer as energias com uma cervejinha, um coco ou uma caipirinha e um peixe em um dos restaurantes que se encravaram ao longo das margens do Tapajós. Os estabelecimentos oferecem um serviço de praia “sui generis”: pelo celular, você liga para um dos números que estão marcados numa folha grudada na estrutura superior da barraca e faz o pedido; assim, poupa tempo e não queima o pé.
Explicação: as cadeiras, mesas e espreguiçadeiras, ficam literalmente dentro d’água, e a cozinha, digamos, mais distante. E, a esta altura, como já passa das 12h, os atendentes enfrentam o sol para servir os turistas. No Pará, as temperaturas são altas e todo cuidado é pouco. Chapéu e protetor são imprescindíveis. É também por isso que o barqueiro evita navegar nessa hora e espera amenizar a quentura. O roteiro segue até o pequeno igarapé de Iruçanga, no qual penetramos a pé até chegar ao poço de água gélida, onde dá para mergulhar – a esta altura da tarde escaldante, é uma sensação refrescante. ESTE MÊS VILA TEM FESTA DO SAIRÉ, COM DISPUTA DE BOTOS Este mês, de 6 a 15, acontece em Alter do Chão a Festa do Sairé. A tradição, introduzida por jesuítas, tem caráter religioso e conta com procissões e rezas. A principal atração, a partir do dia 11, é a disputa dos botos, quando os participantes apresentam espetáculos de dança na vila.
ACCIOLI RAMOS / ARQUIVO PESSOAL
As mesinhas ficam dentro d´água. Peixinhos rondam os pés, fazendo festa pedindo sobras dos alimentos. Acima, pescador às margens do igarapé dos Macacos, onde as águas são transparentes e calmas
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Caruru e tacacá são pratos típicos da região
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uando não é o rio que atrai os turistas, o foco de atenção se concentra nos arredores da praça 7 de Setembro, onde fica o coreto, as lojas de artesanato, as barraquinhas de comes e bebes, os restaurantes, os bares, o pequeno supermercado, a farmácia e a igreja. Ali, o movimento é constante, até mesmo no meio do dia, quando o calor sufoca. Se o intuito é ir às compras, o artesanato indígena é o mais interessante: entre talhas de madeira, objetos de decoração representando animais da floresta amazônica, cestos coloridos trançados à mão, cerâmicas, redes e outras bugigangas, dá para encher uma mala inteira. A sintonia entre diferentes culturas aparece também na gastronomia, em cardápios em português – mas também em idiomas estrangeiros. Você poderá degustar desde um caruru incrementado – a base é um ensopado de quiabo com pedaços de frango ou carne – a sobremesas ousadas, como um cheesecake servido no copo, turbinado com castanha-do-pará. Quer algo mais legítimo? Vá perambular pelas barracas e experimente um tacacá, prato indígena com tucupi (caldo à base de mandioca-brava) e camarão seco. No fim do dia, turistas e moradores se re-
Alimento típico da culinária paraense, o tacacá é um dos pratos mais tradicionais da região Norte únem em torno de mesas colocadas próximas à praça, para bebericar ou jantar ao ar livre. Os donos dos restaurantes estão sempre por perto, conversando com quem estiver disposto a trocar dois dedos de prosa – ou mais.
Ao mesmo tempo em que você relaxa ao som de uma balada dos anos 80, no coreto outra turma confraterniza ao som de uma banda, dançando carimbó. Antonella Kann / Folhapress
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CULTURA
Último livro da série biográfica de Lira Neto sobre ex-presidente aborda tempos conturbados entre 1945 e 1954
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á 60 anos o Brasil vivia uma crise política. Getúlio Vargas tinha aumentado em 100% o salário mínimo e provocara a ira de empresários e comandantes militares. Os EUA estavam incomodados com a limitação de remessas de lucros de companhias estrangeiras no país e o estabelecimento do monopólio estatal da exploração do petróleo.
No Congresso, barulhentos conservadores falavam em mar de lama no governo. Na madrugada de 5 de agosto de 1954, um atentado contra Carlos Lacerda, com a morte do major Rubens Vaz, acelerou a turbulência, que culminou no suicídio de Getúlio, no dia 24. A comoção que tomou conta do país adiou os planos da oposição, que só conseguiu se rearticular na trama do golpe de 1964. A narrativa desses tempos conturbados é o ápice do último livro da trilogia “Getúlio”, do jornalista Lira Neto, que chega às livrarias, abarcando o período de 1945 a 1954. No conjunto, o autor trabalhou cinco anos na biografia. Os primeiros volumes venderam 79 mil
MARLENE BERGAMO / FOLHAPRESS
Crise política fecha trilogia sobre Getúlio
exemplares; este sai com tiragem de 40 mil. O autor diz que a história ainda contém aspectos nebulosos, como o assassinato do major Vaz. “O que aconteceu de fato naquela noite nunca vamos saber. Lacerda contou a história de duas formas diferentes e nunca entregou a sua arma para perícia”, diz Lira, 50. “Os interrogatórios da investigação do caso foram conduzidos de forma pouco polida.
O escritor Lira neto, autor da biografia ‘Getúlio’
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Rosely Sayão
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Jornalista diz que encontra paralelos entre as turbulências daquela época e a situação atual do Brasil
Pessoas interrogadas relataram, se não a tortura física, a psicológica. Sofreram ameaças. Todas as perguntas desse caso estão em aberto.” “Não acredito em biografias definitivas. Getúlio é ainda um território vasto a ser explorado. Ele é o personagem mais importante da história brasileira, para o bem e para o mal”, declara. Para ele, Getúlio deixou um amplo legado, que extrapola a política. “Ele modernizou o Brasil, tirou o país de uma situação agrária e o conduziu para um projeto de desenvolvimento, com uma legislação trabalhista que era moderníssima para aquele momento. A pergunta que faço é quanto disso poderia ter sido conquistado com mais democracia”, avalia. Lira vê paralelos entre as turbulências daquela época e a situação atual. “Sessenta anos depois estamos discutindo as mesmas coisas de quando ele estava no poder: mais ou menos Estado, o quanto é possível falar em mão invisível do mercado num país com tantas contradições. Isso é um sintoma até grave.” Eleonora de Lucena / Folhapress.
Ser e Fazer
eles ficam atormentados com o fato de que o odo mundo conhece a perguntinha curso que farão os definirá. “Fico desesperado chata que fazemos para as crianças: ao pensar que vou ser conhecido pelo resto “O que você quer ser quando cresda minha vida como engenheiro, físico ou cer?”. As respostas mostram o que médico”, me disse um jovem de 17 anos; “Sou as motiva no presente: uma diz que quer muito nova para saber o que quero ser até o ser astronauta, cientista, engenheiro. Outra, fim da minha vida”, comentou uma garota em ainda modelo, cantora, jogador de futebol uma mensagem enviada a mim. etc. Tais respostas apontam o interesse atual Ser e fazer, vida pessoal e vida profisdas crianças, sua admiração por pessoas ou sional: tais conceitos estão identificados personagens públicas, e revelam, invariavelpara muitos jovens, o que mente, seu descompromisso é um equívoco. Equívopara com o futuro. Uma profissão não co que, por sinal, é fácil Crianças não pensam define a pessoa, compreender: nós temos no que virá, a não ser no define apenas sua aceitado com facilidade que estiver bem próximo vida profissional. É que o trabalho é o que de e que, certamente, se torpreciso deixar clara mais importante fazemos, nará realidade: as férias, a que é o que nos motiva na viagem programada pelos essa diferença vida, dá prazer, realização pais, os presentes que espessoal etecetera e tal, peram ganhar, a festa a que não é? O conceito que eles têm é fruto da irão, as provas que farão, por exemplo. Por observação de nossas vidas. isso, essa pergunta não as afeta. Claro que o trabalho é importante em Mas, terminada a infância e o início nossa vida: é por meio dele que garantimos da adolescência, a pergunta passa a ser nossa sobrevivência, que interferimos na vida uma cobrança, uma pressão, uma fonte em grupo, que ganhamos reconhecimento de angústias e preocupações. Por quê? social. Mas é por meio da vida pessoal que Porque a resposta que darão a ela precisa garantimos nosso potencial produtivo, e não ser certa – pensam os jovens, influenciao contrário. Podemos, por exemplo, ficar dos por nós – e determinará o resto da temporariamente sem exercer a profissão, vida deles. Que responsabilidade, hein!? e nesse período a vida pessoal nos ajuda a Eles precisam saber, principalmente enfrentar as dificuldades decorrentes dessa por meio de seus pais, que a escolha de situação e até a sustentar um outro trabalho um curso, seja ele universitário ou técnico, remunerado qualquer. Se os jovens percenão é tudo isso que os levamos a pensar. berem tal diferença, vai ficar muito mais Colocada essa escolha em seu devido lugar, tranquilo escolher um curso para o vestibular. a vida para eles pode ficar menos tensa, Outra coisa importante que eles precimais fácil. sam perceber: um diploma universitário não Primeiramente, é importantíssimo que restringe a vida profissional, e sim a amplia. eles saibam que uma profissão não define Cada profissão pode ser exercida em uma a pessoa, define apenas sua vida profissiovariedade incrível de campos. Os jovens prenal. Parece que deixar clara essa diferença cisam mudar a referência que têm a respeito não tem tanta importância assim, não é da escolha do curso universitário. Qualquer mesmo? Pois saiba que tem, caro leitor. curso é uma porta que abre muitas outras, Experimente conversar com jovens que e não que fecha a maioria delas. passam por essa fase de escolha e veja como ROSELY SAYÃO é psicóloga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação
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CULTURA
Projeto cultural pretende dinamizar espaço abandonado do Terminal Turístico de Portão Eduardo Cachaça realiza projeto do edital de cultura
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bordo de um financiamento público por meio de edital, um grupo local pretende realizar apresentações que unem música e intervenções artísticas de moradores de Lauro de Freitas como forma de dinamizar o espaço histórico do Terminal Turístico Mãe Mirinha, em Portão. A ideia do “Ao Som do Joanes” é aplicar R$ 100 mil para valorizar e movimentar o cenário artístico-cultural da cidade. O nome é também uma referência ao rio que passa pelo Terminal Turístico. O edital do governo do estado é destinado a apoiar “propostas de dinamização de espaços culturais”, públicos ou privados. O projeto, capitaneado por Fernanda Anjos e Bruno Santos, começará por utilizar o auditório do Terminal Turístico, mas pretende expandir-se para a área atualmente abandonada “quando ela for recuperada”, conta Fernanda. Para receber as atividades do projeto, a área terá que ser recuperada em prazo inferior a doze meses – prazo máximo de execução
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definido pelo edital. Como a proposta governamental é “ampliar o impacto do espaço junto à comunidade local”, além de fomentar o acesso e a formação de público para a cultura, a localização do “Ao Som do Joanes” não podia ser mais oportuna. Para credenciar o Terminal Turístico como espaço cultural, a prefeitura deverá ainda dotá-lo de gestão própria, com uma equipe de funcionários que execute uma política cultural voltada para ele e fazê-lo funcionar como pólo de difusão, fruição, formação e produção de conteúdos com finalidade artísticocultural. Hoje como há um ano, quando a Vilas Magazine abordou o assunto pela última vez, o Terminal Turístico está abandonado à sua própria ruína. Inaugurado há 23 anos, no Km 7 da Estrada do Coco, o espaço já foi orgulho da cidade. Todas as administrações municipais elaboraram planos para a recuperação do Terminal Turístico Mãe Mirinha, mas nenhum deles chegou a sair do papel.
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Eduardo Cachaça no palco: 20 anos de carreira
cantor e compositor Eduardo Cachaça, morador do bairro de Itinga, preparase para executar projeto contemplado pelo edital municipal de cultura. O ponto alto é a gravação do seu primeiro DVD, coroando vinte anos de carreira. “Apesar do vagaroso processo burocrático, finalmente a prefeitura cumpriu com a sua parte e nós artistas devemos fazer o mesmo, realizando o que propusemos, com responsabilidade”, explicou Cachaça, que planeja realizar três shows pela cidade. O primeiro é no dia 26, no Centro de Atenção Psicosocial (Caps) do Caji, para usuários da instituição, crianças especiais e cadeirantes. No dia 2 de outubro será a vez do Pocket Show no auditório da Casa do Trabalhador dirigido à imprensa, artistas e à comunidade em geral. Haverá bate papo sobre o edital, a gravação do DVD, músicas escolhidas e os 20 anos de carreira. Depois, na segunda quinzena de outubro, virá a gravação do DVD, no Cine Teatro de Lauro de Freitas, com convidados especiais.
DIVULGAÇÃO
MODA
Charme rasgado
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íclica, a moda traz de volta o jeans “destroyed” (ou destruído), aquele que exibe desde alguns desgastes até os buracos maiores – geralmente na área dos joelhos. “As tendências de moda de rua vão e voltam, com uma roupagem diferente. Essa, por exemplo, começou no final dos anos 1970 e início dos 1980. Juntou o desapego à aparência do movimento hippie com o desconstrutivismo do punk, quando estouravam a roupa como símbolo de revolta”, define Marcio Banfi, coordenador da pósgraduação em “styling” e imagem de moda da Faculdade Santa Marcelina (SP). Nesta nova fase, todos os rasgadinhos estão em alta. “Vale tudo. As pessoas mais tímidas vão começar por jeans com pequenos pedaços desfiados e rasgos minúsculos; os mais antenados vão optar por peças todas rasgadas e desfiadas. E as vítimas da moda exibirão rombos gigantescos na área das coxas e joelhos, como se a calça fosse partir ao meio, mesmo”, distingue a estilista e consultora Juliana Ariza. Os bolsos também podem ter rasgadinhos, “desde que a pele não fique à mostra nessas regiões”, adverte a “stylist” Juliana Maksoud. “Realmente, não tem regra para esses desfiados, porém, é preciso muito cuidado para não rasgar demais e sair nas ruas parecendo que foi atropelada”, brinca Cris Lafratta, diretora criativa da marca 111.Brand. DIVULGAÇÃO
Hit do momento, o jeans conhecido como “destroyed” volta à moda, com desfiados e rasgões; saiba como combinar com seu estilo Antenada na moda, atriz Ashley Madekwe (acima), da série “Revenge”, usa jeans desfiado na perna e nos bolsos A blogueira italiana Chiara Ferragni (esq.) opta por um modelo mais ousado de jeans “destroyed”, com grandes rasgos no joelhos, e combina com peças mais básicas
Segundo os experts no assunto, qualquer um pode se jogar na tendência, contanto que leve em conta o estilo próprio. “A ideia não é sair fantasiado, mas, sim, seguir o que se gosta”, indica Banfi. “O jeans é uma peça atemporal e não dá para negar que, quanto mais velho ele for, mais gostoso é de usar. A forma de estilizálo faz dele o sucesso que é”, diz Cris. A combinação com outras peças e sapatos
é o que faz a grande diferença. “O jeans, mesmo rasgado, é uma peça superversátil e pode ser combinado com diversos estilos. Desde um passeio pela cidade com um tênis ou sapatilha confortável até a balada descolada com um salto para valorizar a produção”, diz a “coach” em imagem Mariana Iannuzzi. Para um “look” casual-chic, é só combinar com blazer, uma camiseta, sapatilha e um acessório mais elaborado, como um maxicolar. Já para um visual mais elegante, aposte na combinação com camisas de seda, echarpes e sapatos de salto. As mais ousadas podem, ainda, colocar um tênis e camiseta transada, e, quem tem um estilo mais alternativo, usar o jeans com um coturno e uma jaquetinha de couro. E, para curtir a noite, uma das opções é uma regata de paetês e um belo scarpin. Laís Oliveira / Folhapress.
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Jaime de Moura Ferreira
O Corvo Ensaio sem o uso da letra ‘a‘ Este conto é fictício, porém profundo, sem ser perfeito. O objetivo é desenvolver desígnio específico, com componentes possíveis, onde se interliguem fenômenos do inconsciente dos seres.
E
xpondo seu dorso negro, emitindo fortes murmúrios em todo o escurecer, um desses Corvídeos definiu seu pouso em um pequeno poste de concreto, erguido em um terreno em frente do edifício onde moro, que o vejo do peitoril do meu cômodo. É um corvo sem contornos específicos, despretensioso, inocente e perseguido como os outros. Porém inteligente e de porte misterioso, trouxe-me um conceito de viver melhor, sem o tédio profundo do meu inconsciente medroso, imposto pelo silêncio obscuro e restrito que me promove. É um elemento difícil de ser compreendido e receber crédito, porém cheio de virtude, honesto e generoso, merecedor digno de ser ouvido. Um eterno provedor. Dele esperei receber, possivelmente, fluxos, conhecimentos, entendimentos e socorro decente. Com o seu exemplo, tento esquecer os sentimentos que ferem meu interior ressequido, produzidos pelo lembrete surdo e dolorido do sumiço do meu cônjuge, momento que me promoveu um existir deprimido, perverso e difícil de ser esquecido e me fechou em um sepulcro tempestuoso. Porém, continuei meu viver, mesmo turvo, cheio de tédio e disforme.
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No início, o vulto negro do corvo, com seu sussurro dolente, encheu-me de temores e deixou-me em sentido tenso. Porém, com o correr do tempo, o misterioso e soturno bicho conquistou, sutilmente, meu respeito e o medo primeiro sentido modificou-se em enlevo eterno. Ele, diferentemente do que se diz, possui um excessivo e energético equilíbrio no seu existir; chiquérrimos movimentos no proceder; determinismo com os princípios cósmicos; liberto de sofrimento nocivo; ético e livre de mesquinhez interior. Em noites de junho, o corvo dormindo em frio intenso, de céu desnudo e enegrecido, foi competente e convencedor em me expor como se pode vencer os próprios temores, destruir momentos de terror e submeter o surdo medo, que vem do negrume noturno, em horizontes persistentes. Procurei entender que somente eu tenho o poder de resolver meus conflitos internos. Ninguém consegue diminuir o que foi produzido pelo seu próprio espírito, mesmo em dimensões menores, enchendo seu interior com sentimentos de temor, susto e terror. Certo doutor do sentimento, envolvido em processo místico, expondo esforços nobres, procurou extinguir os reflexos tristonhos do meu entendimento. Com esse intuito e sentindo o procedimento restritivo do corvo, sugeriu-me expelir o tristonho e soturno bicho do poste, em frente do meu cômodo. Porém, o conselho chegou em retrocesso de tempo. O ser de veludo negro, sem os conhecimentos dos doutores, penetrou no meu espírito sofrido e modificou o meu modo próprio de viver e sentir o mundo que escolhemos. Ensinou-me como extinguir os momentos
queixosos e tristonhos e inseriu no meu ser o frescor de um novo tempo, repleto de deleites benevolentes. Orientou-me como seguir prósperos rumos, construir o bem coletivo e promover processos de enriquecimento dos que me envolvem. Mesmo sem ter esquecido os momentos doloridos do rompimento, senti-me um novo homem, em um novo impulso, em um novo mundo. Promovi socorrer outros seres descrentes e erguer seus espíritos do fundo do poço. E, somente um ser teve o mérito desse misterioso processo: o corvo simples, humilde, porém conhecedor erudito do servir, que se hospedou, de livre desejo e sentimento, no foco dos meus olhos, no poste de concreto, em frente do peitoril do cômodo do edifício onde moro. Ele montou rede de otimismo profundo, no momento que eu necessitei. Chegou o outono, logo depois o inverno. O corvo continuou pomposo e decidido, com o seu equilíbrio energético profundo e perfeito. Por isso, por todos os tempos, vou sentir o reflexo desse querido SER, pois hoje, como em bons contos inocentes, meu espírito muito evoluiu e prosperou e se confunde com o do próprio corvo.
JAIME DE MOURA FERR EIRA é administrador, consultor organizacional, professor universitário e escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas e coordenador de Meio Ambiente e Relações Empresariais da SALVA - Sociedade dos Amigos de Vilas do Atlântico. E-mail: jamoufer@atarde.com.br
BELEZA
Primeiro brinco Por vaidade, mães sonham com a hora em que vão furar a orelha de seus filhos; veja importantes dicas para não machucar o bebê
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ara alguns bebês, a vaidade começa desde bem cedo, mas por puro desejo dos pais. Não são só roupinhas que encantam o coração das mães. Os brincos também chamam a atenção, e os pais garantem que ajudam a embelezar ainda mais os recém-nascidos. Segundo os especialistas, não há uma idade mínima para colocar o primeiro brinco, mas é recomendável esperar pelo menos uma semana. No caso de Beatriz Trevisan Ferreira, um ano e três meses, sua mãe, a administradora de empresas Simone Cabalin Trevisan, 40 anos, correu para dar a primeira joia à garota. “Ela tinha apenas dois meses quando furou”, conta a mãe, orgulhosa.
Preocupada, Simone pediu à enfermeira Viviane Gomes de Souza, 28 anos, que colocasse o primeiro brinco em sua filha. “Ela não sentiu dor, pois a Viviane colocou uma pomada anestesiante. Não houve infecção nem alergia, e eu acho que ela ficou ainda mais charmosa”, diverte-se. Para a enfermeira Viviane, é preciso muita atenção na hora de escolher o profissional que fará o procedimento. “Já vi gente falando que fura com rolha. Imagine as bactérias que isso pode transmitir”, analisa. “É preciso técnica e higiene. Particularmente, nem encosto no brinco e esterilizo tudo”, garante. O cuidado ao escolher a joia tem de ser gigante, especialmente para que o brinco não machuque a criança. “Nada de bijuteria. Ele deve ser feito de aço cirúrgico ou ouro puro, evitando que ela tenha reação alérgica”, explica a dermatologista Thais Pepe. “O ideal é utilizar ouro maciço, prata ou platina, já que esses materiais possuem menor risco de causar infecções e alergias”, ensina Angélica Pimenta, dermatologista e membro da Sociedade Bra-
sileira de Dermatologia. “Vale lembrar que os brincos devem ser pequenos, arredondados e bem fixos nas orelhas para não incomodar nem escapar, correndo o risco de irem parar na boca da criança”, complementa. EVITE INFLAMAÇÕES Os cuidados com o furo permanecem após o brinco ser colocado. “Diariamente, é preciso girar o brinco e lavar a orelha com água e sabão”, ensina a dermatologista Thais Pepe. Mexer no brinco ajuda a evitar inflamação e a deixar o furo aberto. Passar um cotonete com iodo para limpar as secreções também é indicado. O ideal é que os pais esperem de uma semana a um mês para trocar a joia. Dessa forma, a cicatrização será melhor, e o risco de inflamação, menor. “Os pais não devem colocar bijuteria na primeira troca, a menos que o pediatra libere”, alerta Viviane. Caso a criança apresente estado febril, vermelhidão nas orelhas, coceira excessiva e inchaço, é preciso procurar um médico com urgência. “O mais comum é a inflamação, mas também há casos de alergia. Então, ou tentamos um brinco de outro material, ou tiramos o brinco”, esclarece Thais. Gabriela Simionato / Folhapress. RUBENS CAVALLARI / FOLHAPRESS
Simone Trevisan (à esq.) pediu à enfermeira Viviane Gomes de Souza que furasse a orelha de sua filha, Beatriz
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SAÚDE & BEM-ESTAR
Amamentação é saúde Conheça algumas dicas para amamentar sem sofrer
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amamentação proporciona muitos benefícios para o neném, dando proteção contra infecções, além de aumentar o vínculo com a mamãe. Porém nem todas as mulheres conseguem amamentar sem dificuldades. Várias delas sofrem com dores, rachaduras e até falta de leite. Esses problemas ocorrem frequentemente, e alguns cuidados são recomendados para administrar esta situação. Segundo os médicos, as mães devem ter atenção aos fatores de risco à amamentação, já no decorrer da gravidez. Fundamental é se manter tranquila e buscar informações.
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omo é fácil constatar, muitas brasileiras estão insatisfeitas, ansiosas e inseguras. Elas procuram ser profissionais competentes, mães perfeitas, filhas atenciosas e amantes inesquecíveis. Além de todos os compromissos profissionais e familiares, elas também precisam cuidar do corpo, da pele, do cabelo, fazer dietas e exercícios etc. Elas gostariam de ter mais prazer no dia a dia, mas o excesso de responsabilidades provoca uma queixa recorrente: falta de tempo. Elas afirmam que não têm tempo para se divertir, rir e brincar. E como está a vida sexual delas? Uma executiva de 47 anos disse: “Meu trabalho provoca muito estresse. Tenho inúmeros problemas para resolver todos os dias. Tomo calmantes e antidepressivos para conseguir sobreviver nessa selva. Não sou dona do meu tempo. Minha libido está toda no trabalho. Como vou ter tesão para transar?”. Além da falta de tempo, elas têm uma enorme dificuldade para dormir. Uma professora de 34 anos contou:
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As rachaduras no bico do peito e as inflamações ou lesões no mamilo ocorrem e surgem provocadas pela posição inadequada no momento da amamentação. O bico do peito deve ser levado corretamente à boca do neném, para poder sugar facilmente o leite. Surgindo rachaduras, inflamações ou lesões, é recomendado procurar acompanhamento de um especialista. Outro problema frequentemente enfretado pelas mães no período da amamentação, são as mamas empedradas, que acontecem quando a quantidade de leite produzido é maior do que a quantidade que o neném consegue mamar. Nessa situação, é recomendado esvaziar as mamas e aumentar a quantidade de mamadas. Remover um pouco de leite antes da mamada, auxilia a deixar a mama
Fingir ou não fingir Algumas mulheres criaram jeitos para fugir da obrigação de gozar e acham que há uma ditadura do orgasmo Mirian Goldenberg
“Não consigo dormir durante a semana. Fico tão exausta que preciso me recuperar no fim de semana. Eu e meu marido sempre tivemos o hábito de transar no sábado. Quando demora muito, eu finjo que gozo só para poder dormir logo. Meu maior prazer erótico é uma boa noite de sono”. Algumas mulheres criam estratégias para fugir da obrigação de gozar, como uma economista de 45 anos: “Finjo, sim, e acho até que ele sabe. Faz parte do nosso jogo sexual.
Eu gosto de transar, dos carinhos, de provocar o desejo dele. Mas não consigo mais gozar tanto quanto gozava quando era mais jovem. Então, para ele ficar feliz, eu finjo. Não posso fingir? A praga da patrulha do politicamente correto invadiu até a minha vida sexual?”. Ela chamou de “ditadura do orgasmo” a cobrança sobre a sexualidade feminina. “Quem disse que eu sou submissa só porque não gozo todas as vezes e finjo para o meu marido ficar feliz? Quando leio as revistas femininas é sempre a mesma ladainha: mil truques para ter orgasmos múltiplos, cem dicas para deixar seu homem louco de tesão, dez passos para ser uma mulher inesquecível na cama. Se eu não seguir o manual serei rotulada como uma fracassada no sexo?”. Você também acha que estamos sofrendo uma verdadeira ditadura do orgasmo? MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br
terminam colocando o bico do seio indevidamente na boca da criança. Além do bebê não conseguir sugar o leite, a mãe pode terminar ferindo o próprio bico. Por isso, o ideal é fazer com que a criança acomode a boca até o máximo de aréola que conseguir abocanhar. ACOMODAÇÃO DO NENÉM A posição para acomodar o recém-nascido é um fator essencial no momento da amamentação. Deixe a barriga do bebê encostar na sua, com a cabeça mais alta em comparação ao bumbum. Assim ele estará numa posição de conforto para mamar e pode até proteger contra otites.
mole e ajuda o encaixe correto da mama pelo neném. A massagem e a ordenha com as mãos também ajudam. Em hipótese alguma é aconselhado o uso de produtos e remédios sem a prescrição de um profissional médico. Se ocorrer pouca produção de leite, é recomendado que a mãe aumente as sessões, pois a fabricação é estimulada no decorrer do processo de amamentação. Quanto mais o neném suga, mais leite a mãe produz. Uma alimentação equilibrada, evitando alimentos apimentados e ácidos em demasia e chocolates também auxiliam. Para um aproveitamento ideal das etapas do leite humano e para balancear o estímulo das mamas, é aconselhado fazer um revezamento dos seios a cada mamada do neném. POSIÇÃO E RITMO CORRETOS O período de amamentação é primordial para a saúde do neném e também para as mães. E uma alimentação certa reduz as possibilidades de a criança desenvolver, mais pra frente, problemas como diabetes, pressão alta e doenças vasculares. Existem nenéns que apresentam dificuldades em sugar o leite do seio da mãe, seja por estarem cansados ou até por não terem força suficiente. É preciso trabalhar a amamentação diretamente do seio, já que é nessa hora que
o bebê recebe imunidade e necessita dos anticorpos e proteínas existentes no colostro, elemento amarelado ou esbranquiçado que sai dos seios, logo depois que a criança nasce. Para que as mães ajudem seus filhos a se alimentarem sugando o leite corretamente, algumas recomendações podem ser observadas: POSIÇÃO IDEAL NO BICO DO SEIO No inicio – como o neném pode não estar com fome e determinadas mães ficam desesperadas forçando o neném a comer –, elas
NO RITMO CORRETO Deixar a criança o dia todo no peito não vai ajudar a alimentálo de forma correta. Dessa maneira ele pode ficar cansado e não apresentar fome no momento de mamar. Cada criança tem um intervalo fisiológico pessoal, que varia de duas a quatro horas. Obedecer o ritmo dela ajuda a manter a rotina da amamentação e mais tempo para você. PROBLEMAS PARA RESPIRAR A obstrução nasal é um dos motivos para o desconforto durante a amamentação. O bebê quando fica com o nariz obstruido, tem dificuldades para respirar e termina largando o seio antes de ficar satisfeito. Antes das mamadas é essencial verificar se a criança está respirando corretamente. Consulte com o pediatra a maneira correta de limpar as narinas.
Amamentação: alguns mitos e verdades CHUPETA E MAMADEIRA INFLUENCIAM NO ALEITAMENTO? Sim, os bicos de mamadeiras e chupetas aumentam a possibilidade de desmame, em especial se oferecidos nos seis meses iniciais de amamentação, pois a maneira da sucção ao seio é diferente da sucção nas mamadeiras. Pode acontecer de a criança rejeitar o seio da mãe por ter se acostumado a outro bico, embora a mãe possua muito leite. Até após o desmame é recomendado que não se usem chupetas e mamadeiras, já que eles atrapalham o desenvolvimento dos dentes e o processo de deglutição. PRÓTESE DE SILICONE ATRAPALHA A QUALIDADE DO LEITE? Com os métodos modernos de colocação de próteses mamárias, normalmente não, mas a depender, pode sim prejudicar a amamentação, afetando a quantidade na saída/remoção do leite, mas não na sua qualidade. E QUEM FEZ REDUÇÃO DAS MAMAS? Pode influenciar na amamentação por afetar na quantidade e saída/remoção do leite.
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SAÚDE & BEM-ESTAR
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CERVEJA PRETA MELHORA A FABRICAÇÃO DO LEITE? Quem está amamentando precisa beber muito líquido (pelo menos 1 litro/ dia), para proporcionar uma produção ideal de leite. Não há comprovação científica de que determinados líquidos possam estimular a fabricação de leite, logo, a mãe pode beber o que preferir, mas é importante ressaltar que alcoólicos não são recomendados durante a amamentação, como também o cigarro, pois podem contaminar o leite com elementos prejudiciais. A ALIMENTAÇÃO DA MÃE INFLUENCIA NO LEITE? A mãe que amamenta precisa beber muito líquido no decorrer do dia e se alimentar corretamente. A qualidade da alimentação precisa visar a sua saúde e o seu bem estar, e consequentemente, o leite. PEGAR SOL NOS SEIOS É RECOMENDADO? O tratamento para melhorar a cicatrização de lesões das mamas com banho de sol, não tem sido mais aconselhado, já que atualmente a manutenção da hidratação dos tecidos lesionados é essencial para uma melhor recuperação, podendo-se utilizar o próprio leite da mãe em fissuras que possam acontecer. Porém nessa situação é fundamental observar a pegada do neném ao seio da mãe, que se correta, não machucará. É necessário cuidado na recomendação de cremes, loções ou óleos, já que eles podem ocasionar alergias, ou ainda, afetar a amamentação.
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Mochila pesada causa danos à coluna e aos joelhos de crianças
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Ideal é que a mala seja equilibrada no corpo e seu peso não ultrapasse 10% do corpo de quem a leva
om a volta às aulas, recomeçou a saga de levar mochilas com livros, cadernos e objetos pessoais para a escola. Mas as crianças e os adolescentes devem tomar cuidado com o peso das mochilas, pois elas podem causar dores nas costas e forçar as articulações de ombros, joelhos e tornozelos. “Em geral, o que sabemos é que mochila não deve ultrapassar 10% do peso da criança e isso [a regra] vale para qualquer pessoa”, explica o ortopedista e traumatologista esportivo Sidney Schapiro. Segundo ele, a dor lombar e problemas na postura são as principais consequências de carregar mochilas pesadas. “Há controvérsias se ela pode afetar a postura. A pessoa não chega a ter a doença, mas pode ter uma simulação de uma escoliose, jogando o peso apenas para um lado, por exemplo.” Ortopedista do grupo de quadril do Hospital Municipal Carmino Caricchio, em São Paulo, Fernando Abdala da Silva Oliveira diz que outras partes do corpo podem ser afetadas. “O peso pode acarretar sobrecarga nas articulações de carregamento de peso, como joelho, tornozelo, quadril e ombro”, afirma. MODELO Schapiro diz que é importante colocar as alças nos dois ombros e nunca deixar a mochila apoiada em apenas um dos lados. Ao
Descansar no trajeto faz bem ao corpo Quem faz longas caminhadas usando uma mochila pesada deve tomar cuidado. Segundo o ortopedista Sidney Schapiro, é importante alongar o corpo. “Assim como os atletas se preparam, a pessoa tem de fazer alongamento”, explica Fernando Abdala da Silva Oliveira recomenda descanso durante o trajeto. “Dar algumas pausas durante a caminhada para descansar a musculatura.”
escolher o modelo, ele recomenda que ela tenha um apoio para a região da cintura. “Assim, a criança não projeta o corpo para a frente.” Oliveira acrescenta que o ideal é optar por modelos com rodinhas. “[A pessoa deve] trocar de mão ao puxar para não sobrecarregar apenas um lado do corpo.” Schapiro recomenda que as pessoas se inspirem nos comissários de bordo. “A aeromoça usa mochila de rodinha e é um símbolo de postura. Não é feio.” Paula Felix / Folhapress.
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VIVER BEM
Postura correta e atividade física evitam dor no pescoço
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anter a postura correta e praticar exercícios físicos regularmente ajudam a evitar dor na região cervical. Esse problema, caracterizado pela dor na região das sete primeiras vértebras da coluna abaixo do crânio, é a segunda maior queixa da população, atrás apenas da dor nas costas, de acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde). Para o ortopedista Wilson Dratcu, problemas como sedentarismo e obesidade podem agravar o problema. De acordo com o especialista, quando não tratada, a dor no
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articipei recentemente, na qua lidade de neurocientista, de um debate com um delegado, um promotor, uma defensora dos direitos humanos e um pai cuja filha adolescente foi assassinada por outro adolescente. O tema? Se a maioridade penal deveria ser reduzida de 18 anos para, por exemplo, 16. Supostamente, éramos especialistas de opiniões divergentes: três a favor, dois contra a redução. Ao longo do debate, no entanto, chegamos à conclusão de que éramos todos a favor das mesmas coisas: a punição de assassinos independentemente da idade, e o fim da atual tabula rasa concedida a menores delinquentes ao completarem 18 anos. Para a neurociência, é fantasia supor que, ao completar um certo número de anos de vida, o cérebro, literalmente da noite para o dia, se torne capaz de raciocínio consequente, e portanto criminalmente imputável – e ainda esqueça todo o mal causado anteriormente. A adolescência é um processo de transformações biológicas guiadas pela experiência. Por ser um processo, e não um evento com data marcada, não há
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pescoço pode gerar consequências graves à pessoa. “Ela pode desenvolver alterações psicológicas e até depressão”, explica Dractu. A dor no pescoço é um problema que acomete pessoas de todas as idades e de ambos os sexos. Uma outra causa dessa doença é o desgaste natural do disco cervical. “Por isso, é muito comum em pessoas com mais de 70 anos, que sempre apresentam algum grau de desgaste dessa estrutura”, explica o cirurgião de coluna Juliano Lhamby. A predisposição genética também é um fator que contribui para o desenvolvimento
Maioridade penal A adolescência é um processo, e não há como definir quando exatamente o cérebro vira adulto Suzana Herculano-Houzel
como definir quando exatamente o cérebro vira adulto. A capacidade de raciocínio abstrato, por exemplo, já está bem estabelecida aos 13-14 anos; o raciocínio consequente, base da imputabilidade, termina de amadurecer lá pelos 16-18. Mas a mielinização das conexões préfrontais, por exemplo, o que permite decisões sensatas e maduras, só termina lá pelos 30 anos de idade. Qualquer idade, portanto, é arbitrária para marcar o fim da adolescência: a neurociência não fornece um “número
desse problema, segundo o cirurgião de coluna. SINTOMA É muito comum que a dor na região cervical esteja associada a problemas na própria coluna, como a hérnia de disco cervical. Em alguns casos, porém, esse problema pode ser o sintoma de algo não causado pela coluna. “Outras estruturas, como a tireoide e os gânglios, também podem promover essas dores”, afirma Wilson Dratcu. A descoberta da causa da dor no pescoço é feita por meio de exame clínico. Em alguns casos, esse procedimento é complementado por análises de imagens, como raio X e tomografia. Segundo Juliano Lhamby, em alguns casos, a cura da dor no pescoço requer a aplicação de injeções na região cervical ou até mesmo cirurgias. Folhapress.
mágico” que sustente a maioridade penal aos 16, aos 18 anos ou em qualquer outra idade. E lançar ex-menores infratores de volta à sociedade com ficha limpa e “sem” antecedentes criminais, mesmo que tenham matado, esfolado e trucidado, é fantasia que beira o delírio. A qualquer idade, e ao longo de toda a vida, o cérebro é a soma cumulativa da sua biologia e de todas as experiências vividas. A borracha que o sistema judiciário passa atualmente nos ex-menores infratores infelizmente não se aplica ao cérebro. Não se recomeça do zero, mas é possível ter uma segunda chance, sim – sempre por cima de tudo o que aconteceu antes. O consenso, portanto, foi que consultar o público sobre reduzir a maioridade penal é fazer a pergunta errada – pois não há resposta certa, nem ela resolve o que de fato se busca: um sistema mais justo de punição, prevenção e proteção. SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com
Excesso de peso e sedentarismo são causas dessa doença; em alguns casos, ela exige cirurgia Setembro de 2014 | Vilas Magazine | 47
COMPORTAMENTO
Medo de ficar só Estudo mostra que as pessoas têm dificuldade de ficar a sós com seus pensamentos e que homens sofrem mais com a solidão; para psicólogos, tecnologia é causa e sintoma dessa situação
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da a deixar os momentos reflexivos mais raros: a necessidade de estar sempre disponível. “Há um apelo muito grande para estar em rede, compartilhar. Quem está de fora sente que está perdendo alguma coisa.” SEM PENSAR Para o psicólogo Roberto Novaes de Sá, professor da Universidade Federal Fluminense, a tecnologia pode até criar mais obstáculos para quem quer ficar só com os próprios pensamentos, mas o fato é que isso nunca foi fácil para a maioria das pessoas. “Nossa noção de realidade, de estabilidade e segurança é construída socialmente, através das relações com os outros e das ocupações. Quando não estamos inseridos em alguma atividade há um sentimento de não realização, fragilidade e angústia”, afirma. Segundo a pesquisa, esse sentimento parece afetar mais os homens do que as mulheres, o que não surpreende o sociólogo português José Machado Pais, autor de “Nos Rastos da Solidão” (sem edição no Brasil). “Homens gostam menos de ficar sós e tendem mais à solidão. As mulheres são mais comunicativas, muitas delas não têm dificuldades em falar ‘sozinhas’. A solidão surge quando não há capacidade de comunicação com os outros ou consigo. O estar só não significa estar em solidão se você está de bem consigo mesmo.” Mateus concorda que os homens têm mais dificuldades para lidar com a solidão. “Eu já cheguei a ficar mais de três anos em um relacionamento que não era bom porque pensava: ‘Se for para ficar sozinho, melhor ir FABIO BRAGA / FOLHAPRESS
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ocê prefere ficar sozinho, sem nada para fazer, ou levar pequenos choques? A pergunta pode parecer absurda, mas, de acordo com uma pesquisa publicada em julho na revista científica “Science”, muita gente prefere levar choques a enfrentar alguns minutos a sós com os próprios pensamentos. O resultado do estudo, que envolveu 220 voluntários em 11 testes, surpreendeu até seu coordenador, o psicólogo Timothy Wilson, da Universidade da Virgínia (EUA). “Antes do estudo, pensei que éramos capazes de usar nossos cérebros para gerar pensamentos agradáveis, recuperar lembranças felizes. Mas não foi assim”, disse ele. Quando desafiadas a ficar de seis a 15 minutos sem companhia (nem mesmo do celular), 57% das pessoas afirmaram ter dificuldades para se concentrar, 89% disseram que a mente vagou e 49% não gostaram da experiência. Em outro teste, 67% dos homens e 25% das mulheres preferiram levar choques a ficar sós. “Parece que há uma dificuldade para se distrair com a própria mente. Suspeito que a popularização da tecnologia e dos smartphones é ao mesmo tempo um sintoma e uma causa dessa dificuldade. Hoje temos menos oportunidade para refletir e desfrutar dos nossos pensamentos”, complementa Wilson. Para Mateus Escudero, 33, gerente no mercado financeiro, oportunidade não falta, mas vontade sim. “Moro sozinho, mas não gosto de ficar só. Chego em casa e já ligo a televisão para ter um barulho, então pego o celular e procuro alguém para conversar”, diz. De acordo com a psicóloga Lívia Godinho Nery Gomes, professora da Universidade Federal de Sergipe, a onipresença da tecnologia soma-se a outro fenômeno, que também aju-
O gerente Mateus Scudero, mora sozinho mas não gosta de ficar só; quando chega em casa, liga a Tv para ter barulho.
levando’”, afirma. A última vez que ele ficou sozinho de verdade, até sem a companhia da TV, foi durante uma noite de insônia. “Tentei não fazer nada, mas comecei a pensar em problemas e piorou. Só consegui dormir quando liguei um filme”, conta. Não gostar do rumo dos pensamentos é uma das hipóteses levantadas pelos autores do estudo para explicar seus achados. “É como se a mente nos dominasse e fôssemos absorvidos pelas ideias”, diz a neurocientista Elisa Kozasa, pesquisadora do Instituto do Cérebro do Hospital Israelita Albert Einstein, de São Paulo. Para ela, a reflexão só é benéfica para a saúde mental se tiver um método e um objetivo, como na meditação. Já para a psicóloga Luci Helena Baraldo Mansur, membro da Sociedade Brasileira de Psicanálise de São Paulo, tentar ficar só sem se sentir sozinho é fundamental. “O tempo do silêncio e da quietude é um tempo que conduz à criatividade e não a esse vazio tão temido. É quando podemos ouvir nossa voz interior”, afirma. Juliana Vines / Folhapress.
Sexo sem dúvidas
Livro desvenda alguns dos principais mitos sobre sexo e mostra como excesso de informação dá origem a crenças
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inda há mitos que rondam a sexualidade dos jovens como nas gerações passadas. E hoje, é o excesso de informação e a ausência de orientação qualificada que dão espaço para novas crenças, segundo Aaron Carroll e Rachel Vreeman, professores de pediatria da Universidade de Indiana (EUA) que acabam de lançar o livro “Don’t Put That in There!: And 69 Other Sex Myths Debunked” (algo como “Não Coloque Isso Naquilo”, em tradução livre). “Há mais conhecimento disponível, mas isso significa também que há mais informação errada”, afirmou Rachel Vreeman. “Muitos preconceitos são ditos com roupagem científica na forma de ‘regras’.” O rapaz, se não está ejaculando como no filme pornô, já chega ao consultório dizendo que tem ejaculação precoce. E a moça ainda diz que quer evitar a pílula porque pode engordar. As crenças, diz a autora, ganham mais força quando têm por objeto um tabu, como o sexo anal. Há um mito de que a prática facilita o surgimento do câncer. Os autores dizem que até há uma associação entre o HPV, vírus sexualmente transmissível, e o câncer colorretal, mas não uma relação entre a prática sem o contágio e a doença. O que era verdade antes também pode virar mito com os avanços da medicina. Hoje, os DIUs (dispositivos intrauterinos) modernos não causam infecções, ao contrário de um modelo do passado. E as pílulas, com doses baixas de hormônios, não favorecem o ganho de peso. Nos consultórios, a percepção é de que mitos aumentam os riscos à saúde. “O jovem sabe que deve usar camisinha, mas pensa que isso não vale para a primeira vez”, diz Paulo César Pinho Ribeiro, professor de pediatria da Faculdade de Ciências Médicas de Minas Gerais. “O adolescente não tem condições de digerir muito do que vê na rede”, diz Maurício de Souza Lima, hebiatra do Hospital das Clínicas de São Paulo. Dúvidas comuns e individuais, como tamanho do pênis e medos relacionados à masturbação, segundo especialistas, sempre surgem e demandam atenção personalizada – dos pais e de médicos. Segundo a última Pesquisa Nacional de Saúde Escolar, do IBGE, 89,1% dos alunos do 9º ano do fundamental (antiga 8ª série) dizem ter tido informações sobre doenças sexualmente transmissíveis na escola. Essas instruções, porém, nem sempre levam a práticas saudáveis. “Elas devem vir com uma comunicação verdadeira”, afirma Lima. “E isso quer dizer, por exemplo, que os pais deixem de ter expectativas de que a iniciação sexual do jovem simplesmente não vai acontecer.” Monique Oliveira / Folhapresas
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NUTRIÇÃO
Apetite controlado Consumir menor quantidade de gordura e açúcar é a maior modificação
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um universo onde a correria do cotidiano e o aumento das ofertas gastronômicas, manter a dieta em dia não é tarefa das mais simples, exige grande força de vontade. A dinâmica da vida contemporânea ocupa mais tempo das pessoas, ao tempo em que a alimentação fácil, ligeira ou pronta, oferecida em fast-food, com alto teor em gordura, açúcares e sal, amplia a oferta de espaços no comércio, oferecendo mais praticidade. Pessoas estão pensando cada vez mais em comida, um desejo atrás do outro, incentivando maior quantidade de consumo, com qualidade questionável, favorecendo as possibilidades do aumento de peso, obesidade e surgimento de enfermidades associadas à uma alimentação desequilibrada, como diabetes, pressão alta, colesterol alto, etc. Nutricionistas destacam o risco do consumo de açúcar, sal e gorduras no aumento da fabricação de hormônios que levam a sensação de satisfação, como a serotonina e a dopamina, neurotransmissores que provocam o aumento da fome. E a sensação de bem estar que alimentos com alto teor em sal, açúcar e gordura oferecem é de baixa duração e para mantê-la é preciso recorrer cada vez mais aos doces e em quantidade cada vez maior. Não é à toa que esses ingredientes são a base da alimentação em fast-foods. Com os alimentos que possuem alto teor de açúcar, a sensação de bem estar vai diminuindo conforme a insulina, substância produzida pelo pâncreas, vai reduzindo, e quanto mais ela reduz mais o corpo necessita dela, aumentando o número de casos de diabetes, principalmente entre pessoas com obesidade. Nutricionistas recomendam que o uso de açúcar do tipo refinado não ultrapasse 10% do total das calorias consumidas durante o dia. Se o regime for de 2000 calorias, o consumo deve
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ser, no máximo, de 200 calorias, equivalente a duas colheres (sopa) de açúcar diariamente. O aconselhado é a substituição do açúcar refinado, que é farto em calorias vazias, pelo açúcar mascavo, com alto teor em nutrientes
essenciais, como o zinco, selênio e vitaminas B. Mas é importante lembrar que esse açúcar possui calorias e não se deve exceder nas quantidades. Para quem sofre de diabetes ou obesidade, o mais recomendado é a utilização de adoçantes no lugar do açúcar branco. E A GORDURA? A gordura possui uma função essencial para
o desenvolvimento e manutenção do corpo e precisa estar incluída em nossa alimentação durante o dia, mas é recomendado optar por boas fontes e evitar o consumo exagerado de gordura saturada, presente nos queijos, carnes e frituras. Gordura saturada em demasia provoca o aumento do colesterol ruim, aumentando o risco de enfermidades do coração. Determinadas pessoas ao perceberem que estão aumentando de peso decidem começar dietas que garantem milagres
sem ter que modificar tanto seus costumes alimentares, eliminando aleatoriamente grupos alimentares primordiais para manter em dia sua saúde e imunidade. Dietas restritivas, do tipo ficar um bom tempo sem comer, podem até oferecer resultados rápidos, mas certamente não serão prolongados, sendo bastante complexo manter uma dieta onde grupos inteiros precisam ser retirados e o retorno ao peso de antes se dará de maneira rápida, o conhecido efeito sanfona. Fazer uma boa alimentação balanceada, sem cortes radicais pode ser a maneira ideal da pessoa conseguir seus objetivos, emagrecer sem prejudicar sua saúde. COMO CONTROLAR O APETITE No dia a dia corrido é comum pessoas pularem o café da manhã ou almoçarem inadequadamente, não tendo uma alimentação ideal. Essa prática pode provocar fome incontrolável durante a noite. Saber administrar a fome é fundamental para que a pessoa perca peso, e alimentar-se de três em três horas é o passo inicial para que não corra o risco de perder o controle e avançar em tudo o que encontrar pela frente, quando a fome aparecer. Inverta aos poucos essa situação: inicie o dia com um bom café da manhã e vá reduzindo as quantidades do que come durante o dia. É recomendado também a prática de exercícios físicos, que ajudam a perder peso, aliados a uma alimentação equilibrada, com proteínas, gorduras boas e carboidratos de
baixo índice glicêmico. Alterações no modo de vida são benéficos no processo da perda de peso. Invista em alimentos do tipo termogênicos, que podem aumentar a perda de calorias do corpo. Nessa relação, bons exemplos seriam o gengibre, a pimenta e o chá verde. Realizar check-up periódicos é fundamental para manter o corpo em equilíbrio, pois somente fazendo os exames da área médica, de nutrição e de hormônios se pode detectar problemas metabólicos que atrapalham o emagrecimento. O aumento no consumo de fibras também é recomendado, já que além de melhorar o funcionamento do intestino aumenta a sensação de saciedade. Nutricionistas também recomendam o uso de remédios apenas quando necessários, como no caso da obesidade, enfermidade de causa complexa que em algumas situações precisa ser tratada com estratégias variadas, inclusive com a utilização de remédios, que precisam ser usados criteriosamente, depois de análise detalhada do histórico da pessoa. Reduzir o estresse é outra recomendação dos profissionais. Estudos mostram que o aumento de peso e das taxas de cortisol (chamado de hormônio do estresse) estão associados. Quanto maior o estresse, maior é a taxa do cortisol e maior é a facilidade da pessoa engordar. A alimentação mal feita e o sedentarismo integram o círculo vicioso no qual a pessoa está inserida e para suspender esse ciclo é necessário a adoção de costumes e atividades que melhorem a qualidade de vida, como exercícios ao ar livre e caminhadas.
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Gilka Bandeira | Janelas Abertas
N
Dia Lindo
ão sei como estará o dia em que esta crônica for lida.Mas hoje o dia está lindo. Agora, neste exato momento, o dia está lindo. Nem quente nem frio, nem particularmente primaveril, outonal, estival ou invernal, mas, amalgamando todas as estações no que elas têm melhor, está perfeito, mais-que-perfeito. E quando o dia está assim, não se pode ficar triste. Pensar, falar, lembrar de tristeza é pecado mortal, como também o é, deixar de dizer, de escrever, de gritar aos quatros ventos, que o dia está lindo! E por estar desta maneira, luminosamente plácido, com as cores avivadas, vontades fora de moda emergem do recôndito da alma. Então... Então, de repente, é muito importante, muito urgente, ficar a ver o vagaroso vagar das alvas nuvens. É preciso dar as mãos e sair por aí, pelas estradas do sol, inteiramente livre de dores e anseios passados, presentes e futuros. É preciso cantar, não para espantar mágoas nem cativar ninguém. É preciso cantar sem razão alguma. Tão somente é preciso cantar, como é premente também sorrir, dançar, abraçar, dar bom dia a torto e a direito, abrir a janela para que a libélula largue de se debater contra a vidraça, ou salvar a formiga de uma pocinha. De repente, os olhos umidificam-se perante a rosa branca em par com o róseo botão semiaberto ou com a delicadeza do sebinho saltitando de galho em galho, ou do minúsculo colibri verde sorvendo néctar. Tudo porque o dia está lindo. Porque o dia está lindo, todos os amigos de todos os tempos, inclusive os que são só memória, podem se reunir num imenso piquenique na clareira entre frondosas árvores limosas, ou debaixo de um denso coqueiral, como os existentes outrora, diante do mar azulíssimo. Novos amores podem nascer ou antigos amantes se reencontrarem e se desmancharem em ternuras inteiramente esquecidos do quê os fizeram se apartar. A beleza do dia invade os corações e já não há qualquer inimigo ou desafeto, assim como não há mais ninguém se achando feio. Todos são Narcisos sem narcisismos, pois os semblantes que refletem nos espelhos a alegria que lhes vai ao âmago enternecido com tanta formosura do dia. O mais casmurro dos casmurros sorri, os doentes levantam-se e andam e os velhos com seus netos seguem as filarmônicas que passam em direção aos coretos das praças. E porque o dia está lindo, todas as crianças são anjos de candura e obediência que apenas sorriem, acarinham, brincam em quintais e, nas salas de espera, nos cinemas, mercados, shoppings, mantêm-se quietas e silenciosas, sem pular, berrar, espernear, esbarrar, aporrinhar. E não só as crianças, também os adultos sabem se comportar em lugares públicos, sem incomodar quem está por perto, de modo
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que é possível alguém ler enquanto espera ser atendido pelo médico. Aliás, porque o dia está lindo, todos os aparelhos de TV das clínicas, bancos, bares, restaurantes, que mais contribuem para o barulho e para impedir os diálogos, desapareceram. Na verdade, os próprios estabelecimentos empresariais (tudo que tem teto e parede) sumiram, ou, ao menos, estão vazios, porque dia assim pede varandas, praias, jardins, parques, espaços abertos, onde a beleza do dia esplende e comove. E comovidas, as caçambas de areia param de desmanchar as dunas, as vastas, altas dunas, de Busca Vida e Jauá, que tanto o Movimento Paranapiacaba, lutando contra a ganância de uns e omissão e indiferença de outros, insiste em preservar. E porque o dia está lindo, as matas, mesmo as pequenas, circunscritas ao condomínio, são deixadas em paz, livres dos mega projetos imobiliários escudados em atividades espirituais ou de oferta de míseros empregos. Ante a gratuidade de tamanha beleza os escudos ficam transparentes e o dinheiro deixa de ser prioridade. E os tamanduás-mirins, as raposas, as lebres, as corujas, todos os bichinhos da restinga festejam o prolongamento da vida silvestre, acompanhados por um sem número de coloridos e canoros passarinhos, os grande partícipes da lindeza do dia. Comovidos, todos os carros de, ou com, som, que tanto perturbam o sossego alheio, são desligados. Cônscio do ridículo e da grosseira falta de educação, ninguém mais quer convencer, se impor ou se mostrar através da potência dos seus alto-falantes. E os sons que se ouve são suaves adágios e árias: o azulado solo de violino dos sanhaços; a cantata do vento nas folhagens; o sibilar das cigarras; o rumorejo das ondas ao espraiar-se nas praias ou batendo nas pedras dos cais; o cantar de passarinhos; uma voz em acalanto cantando longe, longe; um estalar da vagem que se abre para a semente cair; o castanholar das asas da rolinha fogo-apagou no alçar voo; o assovio do mico chefe em chamamento do bando. Comovidos, muitos se põem com afinco a limpar os rios para que possam novamente espelhar o céu, onde, em meio às nuvens refletidas, deslizam barcos e pedalinhos em passeios nos dias bonitos como este; e o Rio Joanes, sobretudo em sua foz, volta a exibir refulgentes azuis no seu serpentear por sobre e por entre areia branquinha, sem mais conspurcar a também esplendorosa praia de Buraquinho. Comovidos, homens, mulheres, crianças saem atrás dos rastros humanos a catar lixo largado à-toa, a plantar árvores e flores, a pintar casas e prédios. Tudo reluz e o dia fica ainda mais bonito. O reluzir toca fundo, chega à essência divina de cada um, reacende a centelha que anima o ser. Então, todos descobrem em si, a ilimitada capacidade de amar irrestritamente, e intensas ondas amorosas se formam em cada coração e transbordam e se mesclam e, enfim a fraternidade universal vigora.
l SAÚDE & BEM-ESTAR . ..................................... 54 a 79
l AUTO & CIA....................................................124 a 127
l GASTRONOMIA................................................. 80 a 85
l IMÓVEIS..........................................................128 a 129
l FESTAS................................................................ 86 a 90
TRIBUNA DO LEITOR...................................................130
l EDUCAÇÃO......................................................... 91 a 95
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A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista Vilas Magazine não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. Com o objetivo de zelar pela integridade e credi bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a revista se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas.
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88 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
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90 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
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ARTES
BRINQUEDOS
DANÇA
ESCOLA
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ESCOLA
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92 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
ESCOLA
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ESPORTES
FACULDADE
IDIOMAS
IDIOMAS
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IDIOMAS
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MÚSICA
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MÚSICA
PROFISSIONALIZANTES
REFORÇO ESCOLAR
REFORÇO ESCOLAR
Dicas para usar papel alumínio no dia a dia 1. AFIAR TESOURA E FACA O papel alumínio pode ajudar você a recuperar aquela tesoura ‘cega’ que há tempos está jogada de lado. Pegue um pedaço de papel, amasse e use a tesoura para cortar o papel. Repita o processo até 10 vezes, sua tesoura ou faca irá cortar tudo.
3. SEM CHEIRO FORTE NA GELADEIRA Ninguém gosta de abrir a geladeira e sentir aquele cheiro forte da cebola que não foi usada, não é? Então cubra a cebola com filme plástico e depois com uma folha de papel alumínio. Além do cheiro não sair, a cebola ficar manterá sua umidade como se tivesse sido cortada no ato que for usar.
refletir o calor e só de passar um lado da roupa o outro já ficará liso também.
2. ADEUS GOTEIRA Apareceu uma goteira e não tem como arrumar no momento? Cubra o furo com papel alumínio. Como ele é impermeável e moldável, vai segurar se a chuva chegar mais forte.
4. ECONOMIZE FERRO Quer economizar ferro de passar, energia e suas mãos? Cubra a mesa de passar roupa com papel alumínio deixando a parte brilhante para cima. Por cima do papel coloque um lençol ou tecido de algodão. O alumínio vai
6. QUAL LADO USAR Quer saber qual o lado do papel alumínio que se deve deixar em contato com os alimentos que vão ao forno? O lado correto é o mais brilhante, por ser também a parte mais lisa.
5.SEM VEDA-ROSCA? O parafuso ou a porca não estão bem encaixados? Enrole papel alumínio. Ele fará a pressão necessária para que fique tudo bem preso.
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ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO
ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO
ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO
ADVOCACIA
ADVOCACIA
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ADVOCACIA
ADVOCACIA
ÁGUA
ÁGUA / PURIFICAÇÃO
ADVOCACIA
ÁGUA
ALUGUEL DE MÁQUINAS
ANDAIMES
ANDAIMES
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ANDAIMES
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ANTENAS
ANTENAS
ANTENAS
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AR CONDICIONADO
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ARTIGOS ESPORTIVOS
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
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100 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
ASSISTÊNCIA TÉCNICA
BARBEARIA
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CARRETO
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CHAVEIROS
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CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL
102 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
CONSTRUÇÃO CIVIL
CONSTRUÇÃO CIVIL
CONST. & REFORMA
CONSTRUÇÃO & REFORMA
CONTABILIDADE
CONTABILIDADE
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CORTINAS
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CORTINAS
CORTINAS
CORTINAS
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CORTINAS & PERSIANAS
CORTINAS
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DESINSETIZAÇÃO
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DESINSETIZAÇÃO
DESINSETIZAÇÃO
DESINSETIZAÇÃO
106 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
DIVISÓRIAS
DIVISÓRIAS
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Setembro de 2014 | Vilas Magazine | 107
ESTOFADOS
ESTOFADOS
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FORROS
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108 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
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Setembro de 2014 | Vilas Magazine | 109
INFORMÁTICA
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JARDINAGEM / PAISAGISMO
LAVANDERIA
LIMPA FOSSA
110 | Vilas Magazine | Setembro de 2014
LIMPA FOSSA
LIMPA FOSSA
LIMPA FOSSA
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MÁRMORES
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Setembro de 2014 | Vilas Magazine | 113
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Setembro de 2014 | Vilas Magazine | 115
MÓVEIS PLANEJADOS
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PAPEL DE PAREDE
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VIDRAÇARIA
VIDRAÇARIA
Casamentos ao ar livre aquecem o mercado turístico Cerimônias na praia e no campo ganham adeptos em todo o país. Saiba como o mercado de casamentos movimenta a economia de destinos turísticos
O
casamento é a realização de um sonho para a maioria das noivas, um desejo que pode ficar ainda mais especial tendo como cenário a paisagem bucólica de uma fazenda ou a brisa do mar. A procura por um casamento em que a natureza dá o toque de exclusividade, distante dos salões de festas tradicional, tem deslocado convidados pelos principais destinos turísticos do Brasil. As principais praias escolhidas para a celebração do matrimônio são as do litoral norte de São Paulo, além de Búzios e Paraty, no Rio de Janeiro. Alguns destinos da região Nordeste, como a Praia dos Carneiros, em Pernambuco, e a de Arraial D’ajuda, na Bahia, realizam cerca de metade das cerimônias para noivos que não moram no estado. No campo, fazendas históricas de Minas
Gerais e São Paulo, além de cenários de vinícolas e cafezais do sul do país viram a procura crescer nos últimos cinco anos, segundo um cerimonialista gaúcho especializado no segmento. A escolha por um destino localizado, muitas vezes, a algumas centenas de quilômetros, leva os convidados a passar mais de uma noite no local. A maioria acaba se hospedando em hotéis, experimentando os restaurantes da
cidade e permanecendo cerca de três dias no local, segundo a empresária Maria Convertino, que representa uma empresa especializada na organização de casamentos ao ar livre, sediada em São Paulo. A maioria (90%) acaba aproveitando para conhecer os destinos turísticos mais próximos. “Em muitos eventos incluímos passeios de barco, mergulho, trilhas e rapel na programação, para que os convidados tenham várias opções de lazer antes e depois da festa”, disse. Segundo a empresária, os casamentos geralmente são realizados no período de baixa temporada. Dados do IBGE mostram que o número de casamentos no Brasil cresceu 5,6% (2002) para 6,9% (2012), ano em que foram registrados mais 1.041.440 uniões no Brasil. O percentual de “recasamentos”, em que pelo menos um dos cônjuges era divorciado ou viúvo, teve um aumento ainda maior: de 13,4% (2002) para 21,8% (2012). As cerimonias de casamentos movimentaram cerca de R$ 16 bilhões no ano passado no país. Em 2012, foram R$ 14,8 bilhões, segundo a Associação dos Profissionais, Serviços para Casamento e Eventos Sociais (Abrafesta), em parceria com o Instituto Data Popular.
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Safári urbano
A
concorrência entre os SUVs urbanos compactos, popularmente conhecidos como “jipinhos”, vai aumentar. A partir de 2015, Honda, Jeep, Mercedes, Volkswagen, Peugeot e Renault vão começar a fabricar no Brasil novos modelos da categoria, que agrada aos que preferem uma posição de dirigir mais alta e não abrem mão de espaço e de um visual mais despojado, que remete aos fora de estrada. Os SUVs compactos, como o líder do segmento EcoSport (Ford) e o Duster (Renault), normalmente são montados a partir da base de um hatch ou de um sedã pequeno e mantêm características de dirigibilidade semelhantes às desses carros.
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Conheça os novos SUVs compactos, ou ‘jipinhos’, que começam a ser fabricados no país a partir de 2015
Espaço e visual são atrativos de ‘jipinhos’ Lançamento do EcoSport, há 11 anos, abriu caminho para o sucesso de mercado dos SUVs compactos no Brasil
O
Modelo da Ford reinou quase sem concorrência até 2011, mas agora é seguido de perto pelo Renault Duster
lançamento do Ford EcoSport, em 2003, deu início a um segmento que hoje está em alta não só no Brasil como em todo o mundo: os SUVs compactos. O sucesso dessas espécies de jipinhos está na conjunção de espaço interno, praticidade e estilo, prioridade para um consumidor que abre mão da dirigibilidade mais refinada de sedãs e hatches médios e de recursos para o fora de estrada. A cada ano, novas marcas entram no jogo com produtos globais. Muitos SUVs (sigla em inglês para “sport utility vehicle”) compactos já são fabricados no país, e futuros modelos têm produção confirmada, como Peugeot 2008 (baseado no 208) e Renault Captur (derivado do Clio). PRECURSOR E LÍDER A primeira geração do EcoSport, baseada no antigo Fiesta e que durou até 2012, agradou de cara: no primeiro ano, foram quase 30 mil unidades emplacadas. Enquanto conquistava pela posição de dirigir mais alta, também colecionou queixas. Entre as mais frequentes, a qualidade do acabamento interno e a estabilidade. Quem acompanhou de perto a evolução do modelo foi Elisangela Carla Gonçalves Trassi, 40, que tem dois exemplares na garagem, um 2011 e um 2014. “Quando comprei o primeiro, em 2008, foi um sonho de consumo. Gostei do carro, atendeu às minhas necessidades e nunca tive problemas. Por isso continuei comprando”, diz a gerente imobiliária. Em sua segunda geração, o modelo apresenta bom espaço interno e uma suspensão capaz de encarar bem buracos e lombadas. Contudo, se o silêncio a bordo e o desenho evoluíram consideravelmente, ainda há problemas na construção: são comuns vãos exagerados e desalinhamento entre as peças da carroceria. A proprietária só tem duas reclamações: “Acho seguro e revisões caros”. O DESAFIANTE O EcoSport viveu um período praticamente sem concorrentes até 2011, quando o Renault Duster chegou. O principal fator de diferenciação entre ambos é o porte. Enquanto o Ford tenta ser moderno, o Renault não esconde seu visual bruto. E isso chamou a atenção de Erica Spadrizani, 28, dona de um modelo da versão Dynamique 1.6, ano 2014. “Ele é grande e muito espaçoso, ótimo para quem tem a família grande”, resume a enfermeira. u
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ERNESTO RODRIGUES / FOLHAPRESS
u O preço mais acessível que o dos rivais à época também foi um diferencial para a decisão da compradora. Hoje, o Duster começa em R$ 54.250, ante os R$ 58.990 do jipinho da Ford. A crítica de Erica vai para a simplicidade do interior. NOVATO CARO Fabricado no México, o Chevrolet Tracker (vindo da plataforma global do Sonic, do Cobalt e do Onix) chega ao Brasil via importação e apenas na versão mais cara, LTZ. E é justamente o valor do carro a maior reclamação de Alan Lewkowicz, proprietário de um Tracker LTZ 2014. “Mesmo com um bom design externo e um interior confortável, acredito que o preço deveria ser menor.” Equipado com o mesmo motor do Cruze (1.8, 144 cv), o modelo anda bem, enquanto a suavidade do câmbio e a estabilidade também merecem elogios. ESTRANHO NO NINHO O Citroën Aircross é um monovolume com roupagem
Alan Lewkowicz (acima), proprietário de um Chevrolet Tracker LTZ, importado do México. Na outra página, a enfermeira Erica Spadrizani e seu Renault Duster
Pneus, Freios, Injeção, Suspensão, Alinhamento, Troca de óleo, Escapamento
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Estrada do Coco, Km 4,5 - Lauro de Freitas - Ba
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ANDERSON PRADO / FOLHAPRESS
off-road, mas tem atributos que atraem o consumidor que busca um SUV compacto. Seu principal trunfo é a farta lista de equipamentos. Esse é um dos fatores que fizeram a dona de casa Silvana Fontana, 49, adquirir o modelo da marca francesa. “O design e o bom pacote de equipamentos pesaram na escolha. Ele parece ser um carro mais caro do que realmente é, chama a atenção.” A grande área envidraçada também ajuda e proporciona visibilidade melhor do que a dos rivais. O motor 1.6 16V rende 122 cv, mas, com câmbio automático de só quatro marchas, gasta como se fosse mais potente: em ciclo majoritariamente urbano, fez médias abaixo dos 5 km/l com etanol. Outro ponto que deixa a desejar é o acerto da suspensão, que sofre em piso irregular. No mais, quem quiser um SUV compacto dentro da linha Peugeot-Citroën terá que esperar: a marca apresentou o CX-R na China e há chances de o modelo ser vendido no Brasil. Ou fazer como Silvana e esperar a chegada do 2008, em 2015. “Não pretendo comprar outro Aircross, apesar de ter gostado do carro. Se for para ter outro aventureiro, devo esperar o Peugeot 2008.” Rodrigo Lara / Folhapress.
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TRIBUNA DO LEITOR
Associação contesta matéria A Vilas Magazine, At. Sr. Carlos Accioli Ramos, diretor-editor. Ofício Amova nº 08. Venho através desta solicitar oficialmente à revista Vilas Magazine, o direito de resposta a cerca dos fatos reais que envolvem a Amova e o Grupo de Trabalho do TAC Salva, situação que infelizmente foi colocada de forma unilateral, sem ouvir a Amova, na matéria constante na revista Vilas Magazine, edição 187, de agosto de 2014, páginas 11 a 14, com o título “Proposta da Salva para o novo TAC regula verticalização em artérias de Vilas do Atlântico”. A Amova, na qualidade de Associação de Moradores de Vilas do Atlântico, disponibiliza o parecer oficial da entidade a cerca do assunto a essa revista para também ser publicado, devido a ambiguidade que inspirou a matéria no que tange o nosso posicionamento e participação. Vale salientar que o parecer já é documento público por estar publicado em sua totalidade no site Movimento de Resgate da Identidade de Vilas do Atlântico, mas acreditamos ser de suma importância, dentro dos preceitos democráticos, que também seja publicado na revista citada acima, na íntegra, em resposta às colocações que foram feitas em nome da instituição. Nesses termos, pede deferimento. Janaina Ribeiro L. Nogueira, presidente da Amova. NOTA DO EDITOR Em momento nenhum a notícia publicada faz “colocações (...) em nome da instituição”. A única menção à entidade, em todo o texto, serviu apenas para informar que “as reuniões do grupo, de acordo com o relatório, foram acompanhadas por representante da Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova)”. No que se refere a esse fato, passamos a transcrever as informações oferecidas pela missivista por meio do mencionado parecer: “A Amova restou uma acanhada participação, quando interessou ao GT a convite para algumas reuniões e cuja as contribuições foram ignoradas e por esse motivo não se encontram nesse documento. Vale ressaltar que um assento no GT TAC foi solicitado oficialmente pela presidente da Amova, sra. Janaina Ribeiro, entretanto, foi negado pela Salva verbalmente por não preencher os requisitos para entrada no grupo já sitados anteriormente.” (SIC). Ser morador de Vilas do Atlântico e associado à Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a entidade responsável pela produção do relatório, constituiriam tais requisitos.
Mobilidade na cidade Andar de carro ou caminhar nas ruas de Lauro de Freitas, sobretudo nas mais movimentadas é um autêntico martírio, que além da baixa qualidade asfáltica, a situação do trânsito agrava-se pela ausência de fiscalização que são amplamente visíveis e incontestáveis. Como moradora de Vilas do Atlântico, frequentemente solicito os serviços da SEINFRA para operação tapa-buracos e desobstrução de bocasde-lobo. Há um esforço desta Secretaria para mapear os casos mais críticos. Visitas in-loco, fotos, programações, reuniões, relatórios, atendimento cordial, etc. Contudo, de inverno a verão, a situação deplorável de nossas ruas se mantem. O problema não está somente na minha rua e proximidades. Inúmeros exemplos, como a Av. Luiz Tarquínio, acesso ao Retran/Ciretran, Av. Praia de Itapoan, Itamaracá, dentre outras. Os serviços prestados pela equipe da SEINFRA parecem acontecer de forma atabalhoada, paliativa e sem critério que comprovem qualidade às obras de pavimentação asfáltica. Desencantada com nossa política, estou me sentindo insultada e desrespeitada como cidadã laurofreitense, afinal pago impostos para obter melhores vias de acesso e melhores serviços municipais.
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Indignada mais ainda, ao perceber sob olhar conformista, sereno e resignado de muitos moradores de Vilas do Atlântico, que a contribuição dos nossos impostos está indo a cada gestão que passa, para um buraco com maior profundidade e diâmetro. É provável que no contexto de políticas públicas do nosso prefeito Dr. Márcio Paiva, a comunidade de Vilas do Atlântico seja contemplada. Infelizmente a Secretaria de Infraestrutura não reflete esse desejo de realizações da Prefeitura perante nós munícipes e eleitores de Lauro de Freitas. Minhas observações: Moradores, tanto da minha rua, como das quatro próximas, compramos, na semana das chuvas, brita para tapar os buracos das ruas. Se a oração de todos os fiéis de Vilas de Atlântico fosse atendida, Vilas seria o reino dos céus, pois somente na Av. Praia de Itapoan, temos hoje sete ou oito igrejas, não menos que isso. Um comerciante ou morador pode chegar na SEPLAN e pedir um Alvará para pequenas reformas, sem uma perícia. A partir da autorização, pode ser feita uma grande obra sem infraestrutura, sem licença ambiental, sem lei de trânsito, etc. Também cometemos erros que impulsionam Vilas do Atlântico para essa bagunça generalizada. Quem de nós já não estacionou carro na calçada de farmácia, do açougue, nos mercadinhos, nas padarias, etc.? Decidi. Vou me policiar. Farei minha parte. Enfim, é Vilas do Atlântico sem lei, sem fiscalização! Raquel Lopes.
Obra abandonada em Ipitanga Moradores do condomínio Villa de Ipitanga (bairro de Ipitanga), pedimos socorro: uma obra da Prefeitura de Lauro de Freitas, que se dizia para melhoria do saneamento básico, tornou-se um pesadelo para todos nós. Tanques coletores, com mais de seis metros de profundidade, expostos a céu aberto, vem causando sérios riscos a saúde dos moradores, que são obrigados a conviver com mosquitos da dengue, ratos, baratas, moscas e o mau cheiro. Varias solicitações já foram encaminhadas aos órgãos competentes, e nenhuma solução foi tomada. Sempre muitas promessas e nenhuma atitude. Enquanto isso, a situação, verdadeiro crime contra a saúde pública, se agrava. Senhor prefeito, será preciso uma vítima fatal para que venha se tomar uma atitude? Estamos falando de saúde pública, um preceito fundamental dos cidadãos. Jean Cerqueira Lima.
Cidade sem planejamento
Calçadão não é ciclovia
Faltou planejamento para o município de Lauro de Freitas, visando o seu futuro. O prefeito e a Câmara Municipal precisam aprovar com urgência um plano de desenvolvimento urbano objetivando identificar os principais problemas e planejar os novos rumos para a cidade. Lauro de Freitas cresceu demasiadamente, de forma desordenada, em empreendimentos e população, causando um enorme impacto negativo para o município, e está precisando com urgência de um estudo de engenharia de trânsito, visando melhorar a mobilidade urbana, devido aos constantes engarrafamentos e acidentes, o que vem provocando sérios prejuízos aos moradores que residem, circulam e negociam no município. Alderico Sena.
Lamentavelmente o nosso calçadão das praias de Vilas do Atlântico e Buraquinho tem sido usado, nos finais de semana, como ciclovia. Verdadeiras equipes uniformizadas trafegam em alta velocidade pelo calçadão, pondo em risco a integridade física de idosos e crianças que caminham. A ausência de ciclovias decentes em nosso município não dá direito a ninguém a fazer do nosso prazeroso calçadão local para prática desse esporte. A insistência dessa prática irregular obriga-nos a pensar na possibilidade de instalação de pequenos quebra-molas no local. Essa é a minha sugestão! Paulo Vasconcelos.
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