SALVADOR ASSUME PARTE DE IPITANGA EM JANEIRO DE 2015
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EDITORIAL A solução plebiscitária A realização de plebiscitos é um recurso sempre lembrado por certo tipo de governo quando as legítimas instâncias representativas se opõem às pretensões de quem maneja a caneta nos gabinetes. Associações de bairro são ouvidas e prestigiadas pelo Poder Público desde que se comportem e colaborem. Caso contrário, faz-se uma “consulta popular” – como quer agora a prefeitura de Lauro de Freitas. Estamos em crer, contudo, que a prefeitura local é movida por outras, as melhores, intenções. As associações do bairro já informaram aos transitórios ocupantes do Poder no município que uma assembleia geral de moradores decidiu, por unanimidade, não alterar o Termo de Acordo e Compromisso (TAC) que rege o bairro. Uma delas, a SALVA, aí está há mais de dez anos, tendo lidado já com dois prefeitos, uma prefeita e variados funcionários públicos, secretários dos eleitos. Aquelas entidades reafirmaram ainda o apoio à Lei 928/99, que define o zoneamento do bairro e protege o TAC. A realização de uma consulta direta aos moradores via Internet (leia à página 12) não deve, portanto, sequer tangenciar o tema do zoneamento, uso do solo e atividades urbanas. Poderá abordar, por exemplo, a cor que devem ter os postes de rua. Recolher opiniões a respeito do que quer que seja é sempre bom e recomenda-se, mas a consulta que se propõe é mera enquete – uma coleção de opiniões avulsas, sem qualquer valor estatístico ou representativo – ainda por cima levada a cabo, ao que se sabe, sem qualquer supervisão externa e independente. Registre-se, portanto, depois da consulta, que “a maioria dos que responderam prefere o amarelo”. Pintem-se os postes. Mas em hipótese nenhuma se diga que “a maioria do bairro” assim decidiu. Alô, Ministério Público
A Câmara Municipal de Lauro de Freitas aprovou no mês passado uma lei que modifica o calendário cultural da cidade, anteriormente criado, aprovado e divulgado pelo Conselho Municipal de Cultura (CMC) depois de décadas de luta para se chegar a tanto. Parece perfumaria, mas leve a mão ao bolso e segure a carteira: o calendário define os eventos culturais elegíveis para receber apoio oficial, dinheiro público – o nosso dinheiro. Não bastasse o descarte do trabalho anterior, e vamos sublinhar o desrespeito à liderança, naquele processo, do falecido Raimundo Nonato das Neves, o calendário agora inclui dois eventos religiosos, ambos propostos por vereadores evangélicos, não pelo CMC: o “Desperta Lauro de Freitas” e o “Dia da Bíblia”. Lei nenhuma, por certo, tem o condão de redefinir a natureza das coisas, tomando o religioso por cultural. Assim poderá, eventualmente, o Ministério Público concluir que foi aviltado o artigo 19º da Constituição Federal: é vedado aos municípios subvencionar cultos religiosos.
Critério
Tudo indica, no momento em que este Editorial é redigido, que haverá segundo turno na eleição presidencial deste ano – algo muito saudável para o processo democrático. É no segundo turno que o pleito adquire contornos menos injustos, com o mesmo tempo de televisão para os dois finalistas e sem a interferência negativa dos jogos de alianças. O segundo turno devia mesmo ser compulsório, qualquer que fosse o resultado do primeiro. É agora que somos chamados a refletir verdadeiramente sobre o futuro que desejamos para nós, nossos filhos, nossos netos. Não vamos aqui, ingenuamente, pedir um voto de confiança nos políticos. Mas vamos lembrar que, bem ou mal, alguém vai governar o país. Ignorar o processo eleitoral, votar em branco ou anular o voto não ajuda a corrigir o rumo das coisas. Refletir para tomar a atitude certa pode ser desgastante, é verdade. Mas não perca muito tempo avaliando discursos em torno de programas de governo. Lá chegando, qualquer um deles governará de acordo com as circunstâncias, segundo o contexto econômico, social e político do momento. Não há voluntarismo que mude isso, não há o que inventar. Qualquer um deles buscará dar o melhor de si. A diferença talvez esteja nos interesses que movem cada um deles e na capacidade individual de gestão. Carlos Accioli Ramos Diretor-editor Vote com critério. 4 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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FILIADO
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Associação Nacional de Editores de Revistas
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CENA DA CIDADE EDMAR DE PAULO / DECOM
Novas lixeiras feitas de pneus usados foram instaladas na “praça das ruínas”, mais um espaço em Vilas do Atlântico que há anos aguarda solução das autoridades. Ao fundo, os tapumes da área, sempre provisórios, mais uma vez cedem e revelam o abandono generalizado.
p VAI BEM FIM DA FARRA DOS QUEBRA-MOLAS A secretaria municipal de Trânsito, Transporte e Ordem Pública, comandada por Moyses Mustar, decidiu colocar ordem na farra dos quebra-molas, uma das pragas urbanas de Lauro de Freitas. A secretaria começa por destacar que o recomendado é regulamentar a velocidade máxima permitida com placas de trânsito e sinalização de advertência, sendo as lombadas o último recurso. Tecnicamente, a instalação de quebra-molas não é recomendável, especialmente em vias arteriais. Também por isso nunca foi permitido instalar lombadas por conta própria, mas em Lauro de Freitas é comum deparar com verdadeiros obstáculos no asfalto, construídos sem qualquer critério de engenharia. O órgão autorizado a instalar lombadas, quando for o caso, depois de análise técnica da secretaria de Trânsito, é a secretaria de Infraestrutura. A prefeitura avisa que o procedimento demanda tempo porque é necessária uma avaliação criteriosa e uma logística específica de inserção de lombadas.
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q VAI MAL POLUIÇÃO VISUAL A poluição visual e sonora provocada pela campanha eleitoral já terá chegado ao fim quando esta edição da Vilas Magazine estiver circulando. Mas as famigeradas placas e os irritantes carros de som estarão de volta em 2016 e com muito maior intensidade, já que a próxima eleição é municipal. Seria desejável manter tudo como na campanha, o tempo todo, para que a sociedade não viesse a esquecer do abuso que aquilo representa e um dia finalmente se rebelasse. O problema, na verdade, é que as pessoas se esquecem rapidamente do incômodo, garantindo espaço para que ele volte a ser provocado. A maciça exposição de placas não apenas polui, como trata o eleitorado por néscio, uma massa que se deixaria manobrar em função da publicidade que vê. Quase um insulto.
Registros & Notas Posse na Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas A escritora Janeide Maria Borges de Oliveira (foto) foi empossada, dia 22 de agosto, na presidência do Conselho Diretor da Academia de Letras e Artes de Lauro de Freitas – ALALF, para a gestão 2014-16. Constituída com 16 membros, a Academia vem desempenhando destacado papel na preservação da memória cultural e contribuindo na difusão das letras e artes no município. Nesses quatro anos, desenvolveu trabalhos junto aos diversos segmentos do município, como promoção do 1º Prêmio de Literatura de Lauro de Freitas; apoio à Feira da Cidadania, promovida pelo Rotary Club Lauro de Freitas e UNIME, apresentando o 1º e 2º Encontro de Escritores, Editores e Gráficos Regionais; apoio ao projeto ATiTude (referência as obras do poeta Tude Celestino), dentre outras ações.
CIVISMO O Lions Club participou com uma delegação de diversos clubes, no desfile cívico de 7 de setembro. À frente, o pequeno Diego (centro), neto do presidente do Lions Club de Lauro de Freitas
n O empresário Reginaldo Brito celebra os 10 anos de funcionamento da sua empresa, Arroba Informática, completados em setembro. Desde a edição de novembro de 2004, o empresário mantém na Vilas Magazine a divulgação dos serviços da empresa.
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Registros & Notas
Rotary Club e Unime promovem 5ª edição da Feira da Cidadania
O Rotary ClubLauro de Freitas e UNIME promovem, dia 11, a 5ª edição da Feira da Cidadania, evento que disponibiliza para a comunidade de Lauro de Freitas mais de 100 serviços gratuitos em variados segmentos de saúde – vacinação humana, odontologia, avaliação fisioterápica, teste da orelhinha, colesterol, dosagem de glicemia, fonoaudiologia, orientação para nutrição saudável, fisio-
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terapia, educação física, enfermagem, dentre outros –, além de noções de higiene pessoal; entretenimentos diversos; atendimentos veterinários, cortes de cabelo, entre outros. Os serviços estarão concentrados nas instalações da UNIME, na Avenida Luiz Tarquínio, 600, onde os portões serão abertos ao público, a partir das 8 horas, sendo que a abertura oficial do evento acontecerá ás 8h30 e a entrega das senhas para atendimento dos serviços a partir das 9 horas. A expectativa dos organizadores é prestar atendimentos para aproximadamente três mil pessoas até às 14 horas, quando se encerra o evento. A 5ª edição da Feira da Cidadania do Rotary Club e UNIME se traduz na oportunidade de reunir e beneficiar a comunidade carente do município, além de proporcionar aos alunos de vários cursos da instituição, uma visão interdisciplinar das atividades teóricas, aproximando-os ainda mais da comunidade.
n Em setembro de 2000, o casal Rogério e Andréa (foto) dava início ao projeto da Academia Andréa Maestri, contando com apenas um aluno. “Após o primeiro anúncio, no então jornal Vilas Magazine, as ligações não pararam. Desde então, a revista continua sendo nosso principal meio de divulgação”, declara a empresária. Hoje a Academia Andrea Maestri é um espaço voltado exclusivamente para mulheres, sendo uma das mais qualificadas referências do segmento na região.
Maçonaria de Lauro de Freitas promove projeto Domingo Cultural As lojas maçônicas de Lauro de Freitas – União e Sabedoria, Marques de Abrantes, Acácia Litorânea e Luz, Vida e Amor – promovem dia 19, das 10 às 16 horas, um domingo diferenciado voltado para a família, com o propósito de angariar doações que serão destinadas à entidades apoiadas pela maçonaria, que cuidam de crianças carentes. O evento vai reunir exposição e venda de pequenos animais, artesanato, flores, fotografias e espaço gourmet. O local também está aberto para atividades culturais variadas, como recitações de poesias, músicas, danças, teatro, entre outras, que queiram apoiar o projeto solidário, além de atividades recreativas com crianças, pula-pula, sorteios e brincadeiras. Doações de livros e brinquedos novos e/ou usados, em bom estado de conservação, serão aceitas, para serem repassados para instituições carentes. Interessados em participar e apoiar o Domingo Cultural terão acesso ao evento com a doação de 1 quilo de alimento não perecível ou R$ 5,00 por pessoa, independente da idade. Os alimentos e valores arrecadados serão totalmente revertidos para a entidade que cuida de crianças carentes. Local: Espaço Maçônico de Lauro de Freitas. Rua dos Maçons (em frente ao restaurante Caranga). Contatos pelos telefones 8132-5910 (Juarez) ou 9136-9137 (Thais).
BEX Intercâmbio inaugura unidade em Vilas do Atlântico As empresárias Sendy Silva Barreiro Mouriño e Thiale Silva Barreto, abriram em setembro, uma unidade da Bex Intercâmbio em Vilas do Atlântico, especializada em intercâmbio cultural e cursos no exterior, conveniada com mais de 200 escolas e universidades em diversos países. Desde 1992 no mercado, já enviou mais de 13 mil estudantes e profissionais ao exterior e está presente nas principais cidades brasileiras e a implantação de uma unidade em Lauro de Freitas integra o programa de expansão da agência. “Ter uma vivência no exterior está sendo cada vez mais cobrada pelo mercado de trabalho, por isso resolvemos trazer uma das melhores e mais completas agências de intercâmbio e turismo para Vilas do Atlântico”, declara Sendy. Acima, Flávio Crusoé, um dos fundadores da marca BEX brinda com as empresárias Sendy Mourinõ (esq.) e Thiale Barreto, a abertura da unidade em Vilas do Atlântico.
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CIDADE
Prefeitura mantém liberação de comércio em vias residenciais de Vilas do Atlântico
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epois de autorizar em julho, por meio do Decreto 3.758/14, a liberação empreendimentos comerciais em cinco avenidas de Vilas do Atlântico e sete ruas do loteamento Miragem, a prefeitura de Lauro de Freitas recuou, em parte, no que se refere a Vilas do Atlântico. Os alvarás de funcionamento continuarão a ser expedidos naquelas mesmas vias para o que estiver “consolidado como não residencial” e para os que “já possuem alvará de construção para uso não residencial”. Pelo menos 23 novos empreendimentos estariam enquadrados nessa condição. Novo Decreto, publicado em 19 de setembro, revoga o anterior, mas mantém a concessão de alvarás de construção para empreendimentos não residenciais e a alteração de uso residencial para comercial nas avenidas Praia de Itapoan e Praia de Pajussara – o que contraria o Termo de Acordo e Compromisso (TAC) de Vilas do Atlântico. O zoneamento do bairro é protegido por lei específica, a 928/99. O prefeito Márcio Paiva (PP), em declarações à reportagem da Vilas Magazine, argumentou que seria “injusto” impedir a abertura de novos empreendimentos comerciais na Praia de Pajussara porque a via já conta com alguma ocupação desse tipo. A mesma explicação havia
EDITAL DE CONVOCAÇÃO A SALVA – Sociedade dos Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico convoca os seus associados a inscreverem suas chapas eleitorais, para a COORDENAÇÃO EXECUTIVA e CONSELHO FISCAL, referente ao período 2015/2017, com as seguintes observações: 1. - Período de inscrição das chapas: de 8 a 20/10/2014; 2. - Eleição da chapa, entre as inscritas: 10/11/2014 (Reunião de Assembleia Geral, às 20h, na Secretaria da SALVA); 3. - Período para impugnação da chapa vencedora, caso seja necessário: De 11 a 14 de novembro de 2014; 4. - Posse dos novos gestores: 8/12/2014 (Reunião de Assembleia Geral, às 20h, na Secretaria da SALVA; 5. - Quaisquer outras informações, procurar a Secretaria da SALVA, à Av. Praia de Itapuã, QD22, s/n, Vilas Shopping, 1º piso, salas 14 e 15. COORDENAÇÃO GERAL
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sido dada anteriormente para a liberação de comércio nas avenidas Praia de Tramandaí, Praia de Guarujá e Praia de Guarapari. Ao mesmo tempo, o prefeito encaminhou Projeto de Lei à Câmara Municipal nos mesmos termos do novo Decreto. Se for aprovada, a nova lei, na prática, legaliza os empreendimentos já liberados em desacordo com o TAC e abre a possibilidade de ocupação comercial extensiva na Praia de Pajussara. MAPA Para a prefeitura, o decreto agora revogado teria sido necessário por haver “insegurança jurídica” em relação ao zoneamento de Vilas do Atlântico. A lei que protege o TAC de Vilas do Atlântico seria inaplicável porque o mapa a que ela se refere não teria sido publicado. O secretário de Governo Márcio Leão afirmou não haver comprovação oficial de que o mapa que constitui anexo da lei foi também aprovado pela Câmara. Segundo a secretária Eliana Marback, do Planejamento e Gestão Urbana, um parecer jurídico produzido pela Procuradoria do Município concluiu “pela inaplicabilidade do mapa”, o que ocasionou “falta de fundamento legal para concluir as análises de novos empreendimentos”. Daí a necessidade de editar nova legislação. Os termos dos decretos e do Projeto de Lei, entretanto, não agradaram a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (SALVA), entidade que representa os moradores desde 2003, por contrariar o TAC. Em vez de apenas reafirmar o mapa, em consonância com a própria lei que a ele se refere, as medidas adotadas na prática alteram os parâmetros de zoneamento originais. Uma assembleia geral de moradores, organizada pela Salva, já havia decidido pela preservação do atual TAC, rejeitando qualquer proposta de alteração. Um comunicado conjunto, assinado pelas associações de
moradores – SALVA, Amova e Five Street – e dirigido ao prefeito Márcio Paiva (PP), foi protocolado na prefeitura em agosto para dar conta dessa decisão. No mês passado, um comunicado da Salva assinado pelo coordenador-geral Carlos Knittel, exigiu a revogação do Decreto de julho e o respeito ao TAC. A Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova) e a Five Street se manifestaram contra a liberação de empreendimentos comerciais em área residencial, distribuindo panfletos na entrada principal do bairro.
Manifestação na entrada principal do bairro, pede respeito TAC da Lei 928/99. Para o prefeito Márcio Paiva, “seria injusto não liberar comércio na Av. Praia de Pajussara”.
GESTÃO PLEBISCITÁRIA Agora o prefeito Márcio Paiva pretende ouvir diretamente a população, por meio de um questionário a ser disponibilizado na Internet. De acordo com ele, haverá uma consulta para cada região da cidade. No que se refere a Vilas do Atlântico, a secretária de Planejamento e Gestão Urbana Eliana Marback explicou que “tomamos a decisão de ouvir todos os moradores porque precisamos saber o que é que o morador deseja para Vilas do Atlântico”. De acordo com Marback, “será uma consulta totalmente democrática”. Identificando-se pela inscrição imobiliária de sua residência, “todos os moradores de Vilas terão a oportunidade de opinar sobre os assuntos que estão sendo discutidos” num estudo que a prefeitura leva adiante para redefinir o uso do solo no bairro.
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Fazenda de Salvador diz que Ipitanga não sofrerá dupla tributação de IPTU
s proprietários de imóveis em Ipitanga não terão que pagar o milionário débito de Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) registrado em Salvador desde que estejam em dia com Lauro de Freitas. “Quem já pagou IPTU em Lauro de Freitas fique tranquilo porque não pagarão novamente no município de Salvador”, afirmou no mês passado Mauro Ricardo, secretário da Fazenda da capital. “Não haverá bitributação em relação ao IPTU”, garantiu Ricardo depois de conversar com o Prefeito Márcio Paiva, de Lauro de Freitas – dois dias depois de publicada a reportagem de capa da edição de setembro da revista Vilas Magazine sobre o histórico erro de registro do loteamento Marisol. “Foi o que acertamos hoje aqui com o prefeito”, detalhou. “Nós vamos levar isso por intermédio de um termo de ajustamento de conduta ao Ministério Público e, caso haja aprovação, será também envolvido o Tribunal de Justiça, em especial os cartórios, de tal maneira que possa também se fazer a regularização do registro dessas escrituras no município de Salvador”. No final de setembro já havia trabalhadores a serviço da Superintendência de Conservação e Obras Públicas (Sucop), da prefeitura de Salvador, limpando coqueiros na praia de Ipitanga. De acordo com Mauro Ricardo, Salvador assumiria responsabilidades na região a partir de primeiro de janeiro de 2015, quando o IPTU também passará a ser cobrado pela capital, mas os serviços públicos já chegaram ao bairro. A solução ainda passará por um acordo que será construído entre as duas prefeituras e depois apresentado ao Ministério Público e ao Tribunal de Justiça, “de tal forma que a gente possa regularizar a questão nos cartórios, regularizar em relação à cobrança de IPTU e regularizar em relação à prestação de serviços a todas essas pessoas que residem nessas localidades a partir de primeiro de janeiro de 2015”, disse Mauro Ricardo. Para Márcio Paiva, era necessário resolver
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a questão para atender as demandas dos proprietários. “Esse problema vem há 40 anos se arrastando nas áreas de conflito entre Lauro de Freitas e Salvador”, verifica. Para ele, que reconhece a região como parte de Salvador, o importante é que ter sido encaminhada a solução. A Vilas Magazine revelou, na edição de setembro, que o loteamento Marisol, em Ipitanga, foi autorizado em março de 1974 por meio de Termo de Acordo e Compromisso (TAC) assinado por Ismael Ornelas Farias, prefeito de Lauro de Freitas, quando já não fazia parte do município. Inscritos no cadastro imobiliário de Lauro de Freitas, os lotes sempre pagaram IPTU ao município errado. Sem ter registrado o loteamento, o município de Salvador contabiliza débitos de IPTU ainda relativos à área original, de cerca de 240 mil metros quadrados, que somam quase R$ 10 milhões apenas desde 2010. A dívida foi apresentada aos proprietários da região depois que eles passaram a demandar os guichês de Salvador em busca de alvarás e licenças. A prefeitura de Lauro de Freitas deixou de regular a área por recomendação do Ministério Público, que em 2009 destacou que Ipitanga é oficialmente território de Salvador. Mas continuou cobrando o IPTU e prestando serviços públicos básicos, embora não pudesse
realizar obras. Mauro Ricardo, à cabe Ignorada ceira da mesa, em reu por Salvador e nião com Márcio Paiva: precariamenincorporando Ipitanga te administrada por Lauro de Freitas, Ipitanga foi ocupada, por mais de 40 anos, mediante licenciamentos da prefeitura local, mesmo sem ter jurisdição administrativa ou fiscal sobre a área. Salvador incorpora, agora de fato, uma área nobre de Lauro de Freitas, mas recebe também um cabaz de problemas. Entre eles, procedimentos abertos pelo Ministério Público para investigar abusos ambientais, incluindo a construção de residências em cima do leito do rio Sapato. A região também foi excluída do sistema de esgotamento sanitário de Lauro de Freitas e vai demandar investimentos nessa área. As ruas do Marisol permanecem sem calçamento e os próprios moradores alugam máquinas para manter trafegabilidade mínima. A praia de Ipitanga há décadas também pede atenção. Agora que a região será assumida por Salvador os moradores já se organizam para garantir que o Projeto Orla, desenvolvido pela capital, alcance logo aquele trecho. Na parte que pertence a Lauro de Freitas persistem as velhas barracas.
Trabalhadores a serviço da prefeitura de Salvador limpam coqueiros na praia de Ipitanga TERRITÓRIO HISTÓRICO O pano de fundo da questão envolve a reivindicação do território histórico de Santo Amaro de Ipitanga – o verdadeiro nome de Lauro de Freitas, alterado em 1962, quando da emancipação do município. Ipitanga, que está no próprio topônimo de quatro séculos, fazia parte da agenda de pendências territoriais com Salvador, ao lado de Areia Branca e boa parte de Itinga. Com o acordo que se costura agora, Lauro de Freitas cede toda a região à capital. Uma comissão vem resolvendo há alguns anos as muitas questões de limites entre municípios da Bahia. A próxima região a ser tratada será justamente a Metropolitana de Salvador. A prefeitura local já havia apresentado proposta de novos limites à Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais do governo da Bahia (SEI), incorporando a totalidade de Ipitanga e toda a faixa a leste da BA-526, a CIA-Aeroporto. Em contrapartida, Salvador ficaria com a região do Barro Duro, a norte da Via Parafuso. A decisão, não havendo acordo prévio entre os municípios, seguiria os preceitos da Lei 12.057, de 2011, sobre a “atualização das divisas intermunicipais”. Um deles prevê que “a redefinição dos polígonos e marcos divisórios entre os municípios terão como referência os limites administrativos ora praticados”. O que até dezembro próximo favorece Lauro de Freitas, a partir de janeiro de 2015 jogará a favor da capital.
NOSSA OPINIÃO
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a série “pense num absurdo, na Bahia há precedente”, o caso do registro equivocado do Marisol, revelado pela revista Vilas Magazine na edição de setembro, obriga a pelo menos duas constatações. A primeira é que o Ministério Público (MP) segue provando que é a mais relevante instituição da República, ao repor ordem onde muitas vezes o caos parece ser norma. Foi da recomendação do MP, em 2009, para que a prefeitura de Lauro de Freitas se abstivesse de conceder licenças na área, que todo o caso se desenrolou. A segunda é que, por muito meritórias que tenham sido as gestões políticas e administrativas – e o foram, de fato – para resistir e recuperar Ipitanga como território histórico de Santo Amaro de Ipitanga, o patrimônio cultural de uma comunidade centenária acabou sacrificado no altar do patrimônio financeiro de cada um. Aos administradores públicos e aos proprietários de Ipitanga interessa – com razão – repor a ordem e afastar a ameaça de um débito milionário. Para tanto, às favas com a memória história. Registre-se, contudo, que valeu a pena tentar preservá-la.
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Aprovado o Bilhete Único Metropolitano na RMS
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Comitê Técnico da Entidade Metropolitana da Região Metropolitana de Salvador (EMRMS) aprovou, em setembro, por unanimidade, uma resolução que recomenda a instituição do Bilhete Único Metropolitano na RMS. A implantação do bilhete foi anunciada pelo Governo do Estado e recebeu a aprovação de 11 municípios da região metropolitana, incluindo Lauro de Freitas. O evento foi a primeira reunião do grupo. De acordo com o secretário-geral interino da EMRMS Manuel Ribeiro, a criação do Bilhete Único Metropolitano irá ampliar, sobretudo, a mobilidade de pessoas que moram na Região Metropolitana de Salvador e trabalham na capital. “Quem mora mais longe tem que pagar uma tarifa mais cara e isso cria um ‘apartheid’ dentro da própria região metropolitana”, disse. “Precisamos resolver esta questão urgentemente”, explicou o secretário.
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Na proposta de Bilhete Único Metropolitano, que conta com o apoio da ampla maioria dos municípios da Região Metropolitana de Salvador, a população poderá utilizar dois meios de transporte e pagar apenas uma tarifa, que será subsidiada pelo Governo do Estado, como já acontece em outras regiões metropolitanas. “A implantação do Bilhete Único vai melhorar a qualidade de vida das pessoas que vivem na Região Metropolitana de Salvador”, comentou o secretário Manuel Ribeiro. Ele avalia que “não é possível esperar produtividade de um trabalhador que passa duas horas no deslocamento entre a casa e o trabalho”. CÂMARAS TEMÁTICAS Além da aprovação por unanimidade da resolução que trata do Bilhete Único Metropolitano, os membros do comitê também aprovaram a criação de quatro Câmaras Temáticas: Mobilidade Urbana, Transporte Metropolitano e Integração, Saneamento
Ônibus de linha metropolitana: passagem mais cara cria “apartheid” Básico, Habitação e Plano Diretor de Desenvolvimento Metropolitano. Os membros do Comitê indicarão os representantes das Câmaras Temáticas. As deliberações do Comitê Técnico serão encaminhadas ao Colegiado Metropolitano da Entidade, que é formado pelos prefeitos e pelo governador do Estado. O secretário Manuel Ribeiro afirmou que a Entidade Metropolitana não tira a autonomia dos municípios, mas estabelece um canal de discussão para os assuntos de interesse comum da Região Metropolitana de Salvador. Além dos representantes de Camaçari, Lauro de Freitas, Simões Filho, Itaparica, Madre de Deus, Vera Cruz, Pojuca, São Sebastião do Passé, São Francisco do Conde, Candeias e Dias D’Ávila, a reunião da Entidade Metropolitana também contou com a participação de Ivan Barbosa, chefe de gabinete da Secretaria de Infraestrutura. Durante a reunião, o secretário Manoel Ribeiro apresentou o sistema de Bilhete Único Metropolitano implantado no Rio de Janeiro. O sistema, que beneficia 12 milhões de habitantes, foi primeiro a ser instituído no Brasil e recebeu, em 2010, o prêmio da Associação Internacional dos Transportes Públicos (UITP), em Dubai. O Rio de Janeiro reduziu o número de tarifas na RMRJ de 74 para 12 e ampliou a integração para todos os modais – trem, ônibus, metrô, barcas, vans, ônibus urbanos e ônibus metropolitanos. O sistema carioca também é o primeiro do mundo que vincula o subsídio ao CPF, permitindo apenas um cartão por usuário.
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amplo resultado negativo do mais recente Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (IDEB), relativo a 2013 e divulgado em setembro pelo Ministério da Educação inclui Lauro de Freitas entre os municípios que fracassaram no objetivo de atingir as metas traçadas. No município, nem as redes públicas nem a particular atingiram as metas e em nenhuma das séries avaliadas. Ao contrário do que ocorreu na média da Bahia, as escolas públicas municipais de Lauro de Freitas não alcançaram a meta nem nas turmas do 5º ano, que ficaram com a nota 3,9. O objetivo para 2013 era 4,4. As turmas do 9º ano tiveram um desempenho pouco melhor, mas também falharam o objetivo, marcando 3,4 contra a meta de 3,6. As escolas da rede estadual que atendem Lauro de Freitas e que desde 2007 não registram resultado positivo não tiveram média medida na Prova Brasil 2013 por não ter atendido os requisitos necessários. O IDEB avalia a qualidade do ensino do país com base em dados sobre aprovação e desempenho escolar obtidos por meio de avaliações do Ministério da Educação aos conhecimentos em português e matemática. Desde a criação do indicador foram estabelecidas metas que devem ser atingidas a cada dois anos por escolas, prefeituras e governos estaduais. Em 2013, apenas quatro estados atingiram as metas individuais de qualidade do ensino médio estipuladas, enquanto 13 estados tiveram queda de desempenho em relação à pesquisa de 2011. Os demais melhoraram, mas não o suficiente para alcançar as metas individuais. Para avaliar o desempenho dos estados, o ministério fixa uma meta para cada estado, além de uma nacional, a serem perseguidas. De acordo com o ministro da Educação Henrique Paim, o governo previa uma influência maior da melhoria dos primeiros anos do ensino fundamental no desempenho dos anos seguintes, até o término do ensino médio – o que não ocorreu. Para ele, há necessidade de reavaliar o currículo do ensino fundamental para “encontrar uma forma de ter maior flexibilidade” e redesenhá-lo “a partir de arestas e permitir que ele seja mais atrativo”. Nos anos finais do ensino fundamental,
O Ministro da Educação Henrique Paim: queda generalizada na qualidade de ensino
Lauro de Freitas reprovada no Índice de Desenvolvimento da Educação Básica – Ideb 2013 que vão do 6º ao 9º ano, Pernambuco, Amazonas, Piauí, Acre, Ceará, Mato Grosso, Goiás e Minas Gerais atingiram a meta para 2013. O Brasil como um todo não atingiu a meta de 4,4, ficando nos 4,2 em 2013, levemente
acima do 4,1 de 2011. A meta nacional só foi atingida nos primeiros anos do ensino fundamental, que vão do 1º ao 5º anos. Enquanto a meta era 4,9, a nota alcançada foi 5,2.
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EDMAR DE PAULO / DECOM
CIDADE
Prefeitura interdita ocupação irregular na 3ª portaria de Vilas
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Equipe da prefeitura interdita ocupação irregular na entrada de Vilas do Atlântico
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oi interditada no mês passado a ocupação comercial irregular na esquina das ruas Priscila Dutra e Praia de Itamaracá, na chamada terceira portaria de Vilas do Atlântico. De acordo com Moyses Mustar, responsável pela pasta da Ordem Pública, a prefeitura de Lauro de Freitas havia firmado Termo de Ajustamento de Conduta com os ocupantes para que os barracos fossem removidos até o dia 22 de setembro, o que não ocorreu. O diretor de fiscalização da superintendência de Ordem Pública Emerson Macedo disse que os barracos não são passiveis de regularização e que os responsáveis tomaram conhecimento do encerramento das atividades. No mesmo dia, responsáveis por diversas secretarias percorreram Vilas do Atlântico num mutirão de serviços públicos que incluiu a identificação de demandas, diversas irregularidades e o anúncio de projetos como a sinalização das ruas do bairro.
Registros & Notas
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Projeto Semente de Ciência passa por Lauro de Freitas
Experimentos sobre física, química e biologia fazem parte do programa
C GLASS
s ações do trailer itinerante do Projeto Semente de Ciência, projeto do Programa Jovens Baianos (PJB) , do Governo do Estado, chegaram a Lauro de Freitas em setembro, atendendo estudantes do Centro Educacional Municipal Fênix. As atividades práticas, com experimentos sobre física, química e biologia foram realizadas em duas turmas. O trailer é estruturado com equipamentos e materiais necessários para o desenvolvimento das atividades de demonstração e de experimentação, que duram cerca de uma hora, sempre monitoradas por profissionais qualificados. Para o coordenador do PJB Jabes Soares, a perspectiva é que “o ‘museu móvel’ passe a visitar cidades mais distantes da capital, realizando o mesmo tipo de atividade, ação que possibilitará aos estudantes de escola pública um contato maior com disciplinas consideradas de difícil entendimento”. O projeto é executado pelo PJB em parceria com a Associação Voluntária para o Serviço Internacional. Voltado para crianças e adolescentes em situação de vulnerabilidade social, de escolas públicas e comunitárias de Salvador e interior do estado, a ação permite que os jovens pratiquem o conteúdo ensinado nas escolas e um dia se tornem profissionais de química, física ou biologia.
Nos primeiros anos da TV Aratu, quando filiada da Rede Globo, era marcante a voz de Henrique Meinking (dir.), apresentador da parte local do Jornal Nacional. Profissional de comunicação, com registros de radialista, jornalista, publicitário e músico, Henrique desenvolveu o método HM para Gaita de boca cromada, com patente registrada, resultado de um relacionamento íntimo, de mais de 60 anos com o instrumento, uma ligação que vem do seu pai, o alemão Karl Meinking. No método, o autor criou uma simbologia especial – também patenteada – que facilita o aprendizado do instrumento que, por mais estranho que pareça, aprende-se a tocar muito mais de ouvido do que por música. Quase não se tem notícias de partituras escritas para gaita-de-boca, um instrumento para todas as idades, e que funciona como terapia ocupacional na terceira idade. Henrique mora em Jauá, dá aulas de gaita e tem projeto de implantar seu curso na região.
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CIDADE
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Ministério Público alerta adolescentes para responsabilidades no uso da Internet
promotor de Justiça Fabrício Patury, do Ministério Público estadual, fez palestra para mais de 400 estudantes de ensino médio de Salvador, em setembro, sobre como utilizar a Internet com segurança e responsabilidade, de forma a diminuir ou eliminar o risco de se tornarem vítimas de crimes cibernéticos. A prática de “atos infracionais por meio do mundo virtual” também foi tema da palestra, uma iniciativa do projeto do Núcleo de Combate aos Crimes Cibernéticos (Nucciber), coordenado por Patury. O objetivo é capacitar e orientar a sociedade para a utilização segura da Internet. O projeto leva o mesmo nome do órgão e integra o Planejamento Estratégico do Ministério Público. Patury destacou o chamado “ciber bullying”, muitas vezes praticado por adolescentes sob anonimato. O polêmico aplicativo para smartphones Secret foi assunto da palestra. “Desmistifiquei a crença de que por meio da ferramenta Secret eles não poderiam ser identificados e abordei
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Lauro de Freitas registra perda de empregos na contramão da série histórica e do Estado
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as possíveis consequências, como responsabilização civil dos pais e deles mesmos pela prática de atos infracionais”, contou Patury. “Muitos não tinham ideia das consequências dos seus atos”, disse ainda. O promotor também mostrou aos alunos a importância de sua geração, que por possuir uma maior capacidade de lidar com as tecnologias cibernéticas tem “obrigação de utilizá-las para o bem”.
a contramão do que é habitual no município, Lauro de Freitas registrou em agosto último a perda de 374 postos de trabalho – o segundo maior número do estado, atrás apenas de Feira de Santana, que perdeu 772 vagas e à frente de Pojuca, com 334 postos de trabalho extintos. Os números são do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged/MTE), sistematizadas pela Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI/Seplan). No cenário geral, a Bahia apresentou em agosto um saldo positivo de 4.090 postos de trabalho com carteira assinada, resultado da diferença entre 66.900 admissões e 62.810 desligamentos. O saldo registrado em agosto situa-se em patamar ligeiramente superior ao contabilizado em igual período do ano anterior e ao mês de julho (495 postos). Os setores que mais registraram saldos negativos em agosto não têm peso significativo em Lauro de Freitas. Serviços Industriais de Utilidade Pública perdeu 276 postos e Agropecuária 202 postos. A Administração Pública, que poderia explicar o mau desempenho, perdeu apenas 59 postos. O setor da Construção Civil, que viveu expansão significativa em Lauro de Freitas em anos anteriores, ganhou novos 1.989 postos de trabalho, seguido pelos setores de Serviços (1.692 postos) e Comércio (659 postos) – os setores da economia que mais empregam no município.
ESPAÇO ABERTO
Por um judiciário mais cidadão
Marielza Brandão Franco
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Judiciário baiano vive uma crise sem precedentes em sua história. A situação é grave e vem se desenhando ao longo de muitos anos, a partir de decisões e omissões dos Poderes públicos. Faltam condições de trabalho adequadas para juízes, servidores, advogados, promotores e defensores acarretando queda da qualidade da prestação jurisdicional ao cidadão. Com o objetivo de encontrar soluções viáveis para este panorama, a Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB) lançou a campanha “Questão de Justiça”, através da mobilização de magistrados, apoiada por toda a comunidade jurídica que compõe o sistema de Justiça, visando alertar a sociedade e sensibilizar o Tribunal de Justiça para a grave situação que vivemos. Na Bahia existem, atualmente, apenas 586 juízes no 1º grau, recebendo diretamente as demandas da população, que já supera quatro milhões de processos contabilizados em 2013. A sociedade espera – e é dever do magistrado – que o juiz solucione as questões apresentadas de forma justa, célere, efetiva e responsável mas, com a ausência de infraestrutura adequada, é praticamente impossível
atender esta expectativa. Muitos são os fatores responsáveis pelo negativo desempenho do Judiciário da Bahia. Desde a crescente judicialização, a litigância de grandes instituições públicas e privadas, que ignoram os direitos do cidadão e fazem uso predatório da Justiça até a ampla possibilidade de recursos processuais. Entretanto, o maior entrave à prestação jurisdicional eficaz é a estrutura deficiente do 1º grau, pois faltam magistrados, servidores e estagiários para atender a grande demanda processual. O déficit de juízes ultrapassa 400; o de servidores é em torno de 10 mil, e há cerca de 10 anos não acontece seleção pública para servidores da capital e do interior e a seleção de estagiários de Direito, que ofereciam suporte importante para as atividades diárias das varas, ainda não foi realizado. Além dos problemas com a falta de pes soal, o Judiciário baiano ainda sofre com a falta de estrutura e segurança nos fóruns. Muitos prédios estão sucateados, com mofo, infiltração, problemas elétricos e hidráulicos, necessitando urgentemente de reformas. Também há carência de equipamentos, como computadores e impressoras, e de materiais de trabalho, além de faltar aparatos de segurança, como detectores de metais e câmeras de monitoramento, e policiamento ostensivo não fazem parte da realidade dos fóruns. Como se não bastasse todos esses problemas, os magistrados ainda têm que trabalhar com quatro sistemas informatizados para tramitação de processos incompatíveis entre si e de pouca eficiência que atrasam a execução dos atos judiciais. A solução desta crise exige medidas urgentes, tais como a realização de concurso
para magistrados, servidores e seleção de estagiários; instalação de novas varas e juizados previstos na Lei de Organização Judiciária; manutenção do sistema informatizado e adequação dos fóruns, tanto na infraestrutura quanto no que se refere à segurança. A AMAB defende a realização de eleições diretas para a mesa diretora do Tribunal de Justiça, luta essa encampada por todas as associações de magistrados do Brasil. Através de eleições diretas para os Tribunais, todos os juízes poderão escolher aquele que tem as melhores propostas para o Judiciário; aquele que melhor o representa; e os juízes de 1º grau poderão participar da gestão do Judiciário, colaborando com a elaboração de metas de desempenho e estrutura. A Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), aponta a magistratura nacional entre as mais produtivas do mundo, conforme dados estatísticos levantados, mas a demanda é desumana e a estrutura administrativa é precária, dificultando o julgamento do estoque de processos. A magistratura da Bahia quer mostrar à sociedade que o juiz não é culpado pela morosidade do Judiciário. E, para isso, estamos lutando para que os poderes públicos forneçam as ferramentas necessárias para uma justiça cada vez melhor para todos.
MARIELZA BRANDÃO FRANCO é juíza de Direito e presidente da Associação dos Magistrados da Bahia (AMAB)
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54ª CONVENÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO LOJISTA
Convenção Nacional Lojista na Bahia reúne mais de 4,4 mil participantes de todo o país em Sauípe
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desão total dos participantes, palestras de alto nível e momentos marcantes são indicadores da importância e dimensão do que ocorreu entre os dias 17 e 20 de setembro na Costa de Sauípe, Litoral Norte baiano, na 54ª Convenção Nacional do Comércio Lojista, maior evento brasileiro do seu segmento. Com o slogan “Dividindo experiências, multiplicando resultados”, a convenção é organizada pela CNDL (Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas), pela FCDL BA (Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia) e pela CDL (Câmara de Dirigentes Lojistas) de Salvador. Entre os parceiros e patrocinadores do evento, estão Banco do Brasil e Sebrae. Antoine Tawil (esq.), presidente da Federação das Câmaras de Dirigentes Lojistas do Estado da Bahia e Roque Pellizzaro Júnior (dir.), presidente da Confederação Nacional de Dirigestes Lojistas, foram os grandes anfitriões da festa AFOXÉ A abertura na quarta-feira, 17, foi realizada ao som contagiante e inconfundível do afoxé Filhos de Gandhy, que marcou a entrada em cena dos anfitriões da festa, os presidentes da FCDL Bahia, Antoine Tawil, e da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior. A eles se seguiram representantes de todas as 27 delegações presentes, de representação do SPC Brasil e da CDL Jovem. Entre as autoridades, a abertura oficial da convenção contou com a presença do prefeito de Salvador, Antônio Carlos Magalhães Neto, do secretário de Indústria, Comércio e Mineração, James Correa, e do senador José Barroso Pimentel, do Ceará. No dia seguinte, o próprio governador Jaques Wagner foi uma das presenças a saudar os convencionais. “Fiz questão de comparecer porque acredito que o comércio tem importância fundamental na vida econômica do país. Ao lado de lideranças ,como o presidente Antoine Tawil, temos feito parcerias importantes aqui no
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Estado em benefício de iniciativas como a Liquida Salvador e a Liquida Bahia, que movimentam as vendas tanto na capital quanto no interior do Estado”, disse o governador. EXPRESSIVA ADESÃO O presidente da CNDL, Roque Pellizzaro Júnior, parabenizou os lojistas pela expressiva adesão e comentou o cenário econômico. “Estamos verificando uma mudança profunda no perfil do consumidor. Desde 2013 estamos diante de um cenário novo, preocupante. Não acho que entender esses dados seja sinal de pessimismo. Só com todas as informações teremos condições de reagir adequadamente e nos preparar para o futuro”, avaliou. O presidente da FCDL Bahia, Antoine Tawil, comemorou o sucesso da convenção no Estado e destacou o envolvimento dos convencionais na programação. “Vimos que estavam todos interessados, participantes. Pelo que me chegou, tenho certeza que acertamos na qualidade das discussões, nos temas propostos e no alto nível da infraestrutura oferecida”, afirmou. Como acontece tradicionalmente, o Prêmio Mérito Lojista destacou
os principais parceiros do varejo no ano anterior, personalidades e instituições. Ao todo, trinta representantes de instituições receberam o prêmio em diferentes categorias e outros três receberam homenagem. Os premiados foram escolhidos por voto direto dos lojistas de todo o Brasil. Os vencedores foram agraciados com uma estatueta simbolizando a Deusa da Fortuna, criada pelo escultor e artista plástico Gustavo Nakle. PATRIMONIALISMO Principal momento da grade de palestras, o auditório da Arena Sauípe ficou lotado para ouvir o jornalista e cineasta Arnaldo Jabor. Em sua fala sobre “Perspectivas para o Brasil”, o jornalista relembrou fatos marcantes da história do Brasil desde a colonização portuguesa e atacou o patrimonialismo. Na sua opinião, o patrimonialismo se revela na mistura entre o público e o privado, o estado é forte e justifica tudo, e elementos nocivos como a corrupção são bastante usuais. “Por causa do patrimonialismo, o atraso nos governa até hoje. Em algum momento, as coisas parecem u que vão melhorar e não melhoram”, comentou. Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 23
54ª CONVENÇÃO NACIONAL DO COMÉRCIO LOJISTA
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Para Jabor, o país passou por avanços em sua trajetória, muitas vezes empurrado pela conjuntura internacional. Entre os fatores que ajudaram a impulsionar o país, o jornalista citou a revolução digital e a globalização da economia. “Foram fatores fundamentais, que nos colocaram no mundo”, disse. ECONOMIA E POLÍTICA Outro nome muito aguardado pelos convencionais foi o economista e ex-ministro da Fazenda, Maílson da Nóbrega. O quadro político-eleitoral ocupou grande parte da sua fala. Com críticas ao governo federal, Nóbrega explicou que a alternância de poder é necessária. Ele disse que, apesar de tudo, não há razão para desistir do país. “O Brasil não irá retroceder. Apesar dos problemas atuais, a economia tem bases suficientes para manter o país no rumo”. Na opinião do economista, o cenário eleitoral tem relação direta com o futuro da economia. “O mercado de trabalho está desaquecendo, o crédito cresce em ritmo lento e a inflação está teimosamente acima da meta”. TRAJETÓRIA DE SUCESSO O empresário da Máquina de Vendas, Luiz Carlos Batista, contou a sua trajetória de sucesso e teve uma das apresentações mais aplaudidas da convenção. Ele explicou como a Insinuante, que nasceu como uma pequena loja de sapatos em Vitória da Conquisa, no interior da Bahia, tornou-se uma das maiores redes de varejo do país. A empresa que começou com quatro funcionários em 1959 hoje integra um grupo econômico, a Máquina de Vendas, com faturamento anual de R$ 9 bilhões, 27 mil funcionários, e presença em todas as regiões.“Temos que nos orgulhar muito de sermos varejistas. Temos que ter muito respeito de todas as autoridades e homens públicos porque somos os maiores empregadores deste país”. MUDANÇA NO MERCADO Outro grande momento da convenção foi a palestra do executivo da Publicis, Hugo Rodrigues, que falou sobre o tema “Transforme consumidores em propagadores”. Segundo Rodrigues, a ascensão das mulheres
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no mercado de trabalho e a influência dos jovens explicam uma mudança profunda que vem ocorrendo no mercado de consumo nos últimos anos. O publicitário defendeu que o mundo passa por grande transformação por causa da facilidade de acesso aos meios de informação e que a tecnologia não para de se reinventar. “O consumidor está sendo mapeado de diversas maneiras em seus hábitos e costumes. Estamos apenas no início desse processo”, explicou. Rodrigues mostrou dados que revelam que aquilo que o consumidor mais quer quando entra numa loja é bom atendimento, mais do que preço e qualidade, que também são considerados muito importantes.
O painel contou com a empresária Regiane Romano, o advogado Renato OpiceBlum, representantes de grandes empresas como a Google Brasil, Diebold, Banco do Brasil e CDL Shopping. ALTO NÍVEL Outros conferencistas de alto nível também realizaram palestra na convenção: Mário Ponci, diretor de expansão e novos negócios da Chilli Beans, falou sobre a trajetória de sucesso da empresa que começou com dois quiosques instalados em shopping center e hoje conta com mais de 170 unidades, entre lojas e quiosques. O conferencista internacional e consul-
O governador Jaques Wagner esteve presente na abertura do evento e deu as boas-vindas aos convencionais de todo o Brasil.
INOVAÇÃO A empresária e pesquisadora Regiane Romano falou sobre inovação no varejo. Ela apresentou soluções simples e impactantes que o lojista pode utilizar para atrair o consumidor sem que isso represente alto custo. “Inovação é fazer a mesma coisa de um jeito diferente. Não é questão de dinheiro, mas de criatividade”, observou. Romano trouxe exemplos de situações que foram mostradas em grandes feiras internacionais do setor varejista. A empresária falou também sobre o neoconsumidor, descrito como “o indivíduo que quer sempre mais, pagando menos, e no espaço de um click”. Um grupo de debatedores discutiu com a plateia sobre inovação, tecnologia e questões legais envolvendo a internet, num painel coordenado pelo especialista Marcelo Castro.
tor Renato Bernhoeft tratou de sucessão na empresa familiar. Após classificar os tipos de empresas familiares, o palestrante falou sobre as alternativas para a continuidade da empresa e da importância dos donos permitirem esse processo. O coordenador do Sebrae, Maurício Tedeschi, participou com palestra sobre a revitalização de espaços comerciais. A convenção contou ainda com programação paralela com eventos como o 9º Encontro Nacional de Comunicação do Movimento Lojista, o 14º Encontro Nacional da CDL Jovem, 9º Seminário Jurídico Nacional e o showroom Artesanato da Bahia. O final do evento foi marcado por uma grande show da cantora Ivete Sangalo, com repertório de sucessos e canções marcantes da sua trajetória de 20 anos de carreira.
Importância da CDL
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CDL JOVEM: aproxima, desenvolve e forma lideranças, despertando as novas gerações para o envolvimento com as questões do comércio varejista. LIQUIDA: campanhas a exemplo da Liquida Salvador que mantém forte apelo junto a comerciantes e consumidores ajudando a movimentar as vendas em períodos de baixa.
Câmara de Dirigentes Lojistas tem um papel fundamental na dinâmica econômica de um município. A instituição funciona como uma organização não governamental, sem fins econômicos e sem finalidades políticas, partidárias e eleitorais. É uma corporação dedicada a defender os A INSTITUIÇÃO EM LAURO DE FREITAS interesses dos empresários lojistas. O CDL está presente em Lauro de Freitas, com novos diretores A CDL tem a responsabilidade de zelar pelos interesses do e gestão, contando com representantes do setor de comércio e varejo através do associativismo e oferece informações cadastrais serviços para um mandato que se estende até 2016. dos principais bancos de dados de crédito do Brasil. Sua atuação O diretor executivo é Ribamar Kleber Silva, da Placaford Serviços, fortalece o comércio local por meio do apoio e segurança às deciReinaldo Soares Pinto, da Degrés e Freemotors é o vice-presidente, sões de crédito e de negócios. Geraldo Martins Santos Jr, da Caixa Econômica Federal é o diretor de A CDL possui um portfólio de produtos e serviços à disposição Finanças, Carlos Accioli Ramos, diretor-editor da Vilas Magazine é o do empresário lojista. Sua implantação e fortalecimento interessam diretor de Eventos e Relações Públicas. Pela diretoria do Serviço de à população como um todo porque cria um ambiente seguro e Proteção ao Crédito (SPC), um dos mais tradicionais serviços da CDL, estimulante para o consumidor e para as corporações. responde Alencar de Barros Silva Santana, do Grupo Insinuante e na Qualquer empresa, seja ela micro, pequena, média ou grande, diretoria Comercial de Expansão está Joilson Costa de Abreu, da LG. de qualquer segmento, pode se associar à CDL. Além de repreO titular do Conselho Fiscal é João Pereira Lima, da Bahialar, sentar os interesses de classe, a instituição é uma alavanca para tendo como membros os conselheiros Jaime de Moura Ferreira, o desenvolvimento do mercado de consumo, para a redução do da Jamouzen Consultoria, Júlio Cesar Souza Pereira, do Instituto risco de inadimplência, para a ampliação das possibilidades de Max Weber, Pedro Dourado, da Uranus, Maurits Dorr, da Hoshi & crédito, a profissionalização do mercado e para o aprimoramento Dorr e Marcos Antônio Picão, da Best Pneus. dos negócios na localidade onde atua. De acordo com Ribamar Kleber Silva, a nova gestão tem como Alguns dos serviços oferecidos pelas CDLs que hoje já estão meta o fortalecimento da entidade, disseminando o associativispresentes em 1.430 municípios brasileiros: mo como forma de cooperação competitiva e ajuda mútua para CERTIFICADO DIGITAL: documento eletrônico que permite enfrentar os desafios de um mercado cada vez mais competitivo e executar de maneira rápida, segura e sigilosa operações como complexo. A direção quer desenvolver projetos de qualificação de comprovação de identidade, transações on line, e troca eletrônica mão de obra em parceria com instituições como o Sebrae e assim de documentos. estimular a melhoria de gestão das micro e pequenas empresas. CONSULTORIA JURÍDICA: nas áreas tributária, trabalhista, Outra frente em que a instituição deve passar a atuar mais fordefesa do consumidor e contábil. temente é na ampliação do cardápio de produtos disponibilizados SALAS DE TREINAMENTO: disponibiliza para uso dos associaaos associados por meio do SPC Brasil – um banco de dados de dos espaços equipados, com infraestrutura básica para palestras abrangência nacional, que armazena informações de milhões de e workshops. consumidores, empresas e grupos econômicos, disponibilizando PROGRAMA DE CAPACITAÇÃO: cursos de aperfeiçoamento as melhores soluções de análise de crédito do país. profissional direcionados ao segmento empresarial lojista. A primeira Câmara de Dirigentes Lojistas brasileira foi criada PARCERIAS: convênios para que os associados aproveitem em 1955. Em 1960 seria fundada a Confederação Nacional de Dirivantagens em bens e serviços com bancos, planos de saúde, gentes Lojistas (CNDL) com o objetivo de representar o segmento faculdades, hotéis, agências de publicidade, locadoras, equipanacionalmente. mentos, etc. Em Lauro de Freitas, ASSISTÊNCIA AO a CDL é porta-voz de CONSUMIDOR: ambienmais de 500 associate para acordos amigádos, distribuídos em veis entre o associado e segmentos tão diverseu cliente em possíveis sos como instituições divergências comerciais. financeiras, empresas FÓRUM: discussões de telecomunicações, de assuntos de interesse comércio varejista, indo varejo voltado ao cluindo supermercados, aprimoramento de proinstituições de ensino, fissionais, empresários construção e imobilie associações de caráter ário e prestadoras de Geraldo Martins, Jaime de Moura Ferreira, Reinaldo Pinto, Pedro Luiz Failla, lojista. serviços. vice presidente da FCDL/BA; Ribamar Kleber Silva e Joilson Abreu Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 25
TURISMO
Cruzeiros de curta duração na Amazônia Clima a bordo tinha um quê de resort, com público na faixa de 50 anos, guia ‘faz-tudo’, bingo e caipirinha
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o final da tarde de uma sexta-feira à manhã de segunda, uma cabine do Iberostar Grand Amazon serviu de base para esta reportagem, em um minicruzeiro pelo rio Solimões, partindo de Manaus. Mesmo com programação curta – poucas horas a mais que um fim de semana –, os dias eram agitados para os 45 passageiros (a maioria na faixa dos 50 anos). Incluíram seis
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sentimento de tristeza é um dos temas mais delicados da minha pesquisa atual. É quase um tabu falar de tristeza em uma cultura na qual a felicidade é um valor a ser cultivado. No entanto, uma professora de 52 anos revelou a sua tristeza e a falta de compreensão dos familiares e amigos. “Tenho me sentido muito triste, choro, me emociono com qualquer coisa. Quero enfrentar a tristeza sem remédios. Meu marido não entende por que não tomo antidepressivo. Diz que não estou me esforçando para ficar bem. Acha que sou culpada e que quero me fazer de vítima”. A medicalização dos sentimentos e o imperativo de ser feliz a qualquer preço provocam a estigmatização da tristeza e a certeza de que ela deve e pode ser “curada” rapidamente. “Minha melhor amiga me deu de presente de aniversário uma caixa de Rivotril e outra de Lexapro. Ela não aguenta me ver triste, acha que estou deprimida, que preciso me curar. Até minha analista
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passeios de lancha, atividades de lazer no navio, fartas refeições e uma balada (ainda que com pista quase vazia) na noite de domingo. Em um esquema familiar a quem frequenta resorts, os guias eram figuras onipresentes: o mesmo que comandou uma caminhada pela mata explicando propriedades medicinais das plantas amazônicas estava, horas depois, cantando e tocando violão ao lado dos colegas para animar a hora dos aperitivos na piscina – o eclético repertório variou de forró a “La Bamba”. BINGO E PREGUIÇAS Os dias no navio começavam cedo. O primeiro passeio partiu às 8h no sábado e às 5h45 no domingo – este, para ver o nascer do sol no meio do Solimões, iniciativa que não
Help É quase um tabu falar de tristeza em uma cultura na qual a felicidade é um valor a ser cultivado Mirian Goldenberg
acha que devo tomar um antidepressivo. É um massacre, uma violência! Parece que estou ameaçando tudo o que elas acreditam quando prefiro lidar com a tristeza sem remédios”. Ela diz que se preocupa mais com o sofrimento que está causando aos outros do que com a própria dor. “É muito difícil compreender e conviver com a tristeza. Eu entendo porque algumas pessoas se suicidam. Não é por egoísmo, como muitos pensam. É exatamente o contrário. Elas não querem causar sofrimento naqueles que elas mais amam. Querem
obteve sucesso por causa da forte neblina. Os turistas com mais pique podiam terminar o dia tarde também. No sábado, uma ronda de lancha para avistar jacarés acabou perto das 23h, e a noite de domingo foi ainda mais extensa. Incluiu um jantar de gala, com a presença do capitão e pratos com lagosta, e a apresentação de um grupo de danças típicas brasileiras seguida da de um DJ (na verdade, outro dos guias), até a 1h. Mesmo assim, antes das 6h de segundafeira a maior parte dos passageiros estava no deque superior para ver o encontro das águas – quando, próximo ao porto de Manaus, o barrento rio Solimões se mistura ao escuro rio Negro para formar o Amazonas.
libertá-los. Não querem ser um peso que atrapalha a vida dos outros. Acreditam que eles serão mais felizes sem o sofrimento que elas provocam”. No momento em que mais precisa de compreensão, apoio e amor, ela só recebe críticas, acusações e até mesmo agressões. Ela acha que um abraço carinhoso e uma escuta atenciosa ajudariam muito mais do que remédios. A sensação de ser rejeitada e de estar absolutamente só nessa luta agrava mais a tristeza. “Eu sofro sozinha, choro sozinha, tento me cuidar sozinha, e ainda busco parecer que estou bem só para não incomodar ninguém. Tenho vergonha e me sinto culpada por estar tão triste. Não sei como e quando a tristeza vai embora. A minha maior angústia é descobrir: será que existe alguma saída sem tomar remédios?”
MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br
O Grand Amazon, ancorado no rio Solimões DIVULGAÇÃO
Os passeios, que proporcionavam certa imersão na vida da floresta, ajudavam a desanuviar o clima de resort do cruzeiro – que teve direito até a bingo com caipirinha antes do almoço de sábado. As lanchas levaram os turistas para pescar piranhas (e devolvê-las ao rio), visitar a casa de
um ribeirinho para conhecer, bem rapidamente, seu estilo de vida, e fazer compras em uma pitoresca loja de artesanato no meio do rio. No caminho, em meio aos igarapés, era hora de ficar em silêncio para avistar bichos – preguiças, iguanas, jacarés e botos deram as caras – e árvores típicas da região como a
frondosa sumaúma. Outro elemento clássico da região também apareceu, para azar dos cruzeiristas: uma repentina tempestade amazônica surpreendeu um dos passeios. Era hora de voltar para o navio e jogar baralho. Gustavo Simon / Folhapress.
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SOLIDARIEDADE
Escola em Itinga promove ação social para a comunidade
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Nayara Lobo / Free-lance (texto e fotos) para a Vilas Magazine
o dia 30 de agosto, o Centro de Atenção Integral à Criança e ao Adolescente – CAIC – promoveu a Feira Caicarecos 2014, com o objetivo de desenvolver ações de cunho educativo, cultural e recreativo, através de atendimentos para a comunidade escolar e local, promovendo saúde, lazer e cidadania. Criada em 2008, a Feira do Caicarecos é uma iniciativa desenvolvida por todos os profissionais do CAIC de Itinga, e visa integrar a comunidade em todo o entorno da escola. Durante o evento, foram oferecidos diversos atendimentos médicos, como aferição de pressão, dosagem de glicemia, exames oftalmológicos e ginecológicos, marcação de consultas, vacinação (tríplice viral, rotavírus, hepatite A e B, DT, DTP, antirrábica, febre amarela), dentre outros, e de higiene bucal. Além dos atendimentos na área de saúde, foram disponibilizados serviços como Balcão da Justiça, palestras educativas, cortes de cabelo masculino e feminino, manicure, bazar, sorteio de brindes (dentre eles, celular com whatsapp) e cesta básica, barraquinha de lanches, atividades recreativas, como jogos, pinturas de rosto, apresentação teatral, show
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de danças, maculelê, capoeira, samba de roda, essas últimas protagonizadas pelos alunos da própria instituição. Segundo o vice-diretor matutino, Jackson Lessa, no dia anterior eles promoveram um caruru solidário, com o objetivo de contribuir com a ação e de reverter o valor arrecadado para a semana das crianças, que acontece este mês. “Para as guloseimas, os professores doaram os ingredientes, e também para o bazar; parentes e amigos doaram peças de roupas, que a comunidade local e até os próprios funcionários da escola compram”, pontuou. Ele conta que a comunidade participa ativamente e mostra-se bastante interessada nos projetos realizados pelo CAIC. “Eles sabem que o objetivo principal é fortalecer o vínculo escola/comunidade, criar laços e quebrar, de certa forma, a vulnerabilidade. É uma troca, e todo mundo ganha, pois gera amizade. É construída uma confiança entre nós. Precisamos mostrar que a escola transforma, que é um centro de convivência. Particularmente, preciso disso para fazer um trabalho melhor. É gostoso e a gente se diverte. Serve para quebrar a questão puramente profissional”, declara Jackson.
Benedita Batista dos Santos, de 82 anos, é moradora da comunidade. Ela chega sorrindo e faz questão de dar seu depoimento sobre o atendimento médico que recebeu: “Gostei muito dessa proposta. O atendimento foi ótimo, excelente. A equipe é muito boa. Ah, se ficasse aqui pra sempre! Meu médico é lá na Avenida Sete, em Salvador. Eu ia lá essa semana, agora não preciso mais”. Dona Benedita foi ao clínico, e o seu bisneto de 10 anos, Gilson Ferreira Filho, ao pediatra. Quem também fez consulta pediátrica foi Neolanda Ferreira, de 10 anos, estudante do CAIC, que estava acompanhada pelo pai, Emanuel Pereira. Ela diz que aquele dia foi algo diferente. “Sempre levamos ela aos postos de saúde. Na verdade, é a mãe dela que leva, mas hoje ela está trabalhando e eu trouxe. Ficamos sabendo da oferta e viemos fazer o exame. Poderia ter mais vezes. É difícil achar serviços de saúde no entorno”, revela seu Emanuel. No momento das apresentações de capoeira, samba de roda e maculelê não teve quem não se emocionasse. Quem assiste, sente um arrepio e o coração u bater mais forte por ver as potencialidades exploradas, e o estímulo ao Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 29
SOLIDARIEDADE
Benedita Batista dos Santos (acima), de 82 anos: “Gostei muito dessa proposta. Ah, se ficasse aqui pra sempre!”. Neolanda Ferreira (dir.), de 10 anos, estudante do CAIC, estava acompanhada pelo pai, Emanuel Pereira: “Ficamos sabendo da oferta de serviços e trouxe ela para fazer exame pediátrico. Gostei. Poderia se repetir mais vezes”, revelou seu Emanuel u reconhecimento e ao pertencimento de uma cultura. A apresentação teatral lotou o auditório com as temáticas adolescência, discriminação de gênero, massificação, sexualidade e atualidade. “Eles são lindos!, declara com admiração a vice-diretora do turno vespertino, Ana Paula Reis. “Tive o prazer de acompanhar e de estar
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envolvida no Caicarecos desde seu início, em 2008. Nessa edição, aconteceu brilhantemente algo a mais, que foi o atendimento médico. Nossa escola se transformou em um mini hospital, e mais gratificante ainda é ouvir da comunidade a felicidade de promovermos esse evento num sábado de lazer e benefício para eles,” enfatiza Ana Paula.
De acordo com a diretora do CAIC, Roquelina Teixeira Cerqueira, o 6º Caicarecos foi um sucesso. “Contamos com o apoio de parceiros fundamentais para que este evento continue sendo uma das marcas registradas da nossa escola, estreitando relações essenciais entre escola, família e comunidade. Somos gratas a todos, pelo empenho e dedicação”.
Jaime de Moura Ferreira
As quatro estações da vida
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ser humano, por representar uma pequena partícula do Universo, passa pelo ciclo as mutações, independente de suas condições raciais, econômicas, sociais, culturais, entre outras. A primavera é associada à primeira idade do ser humano, compreendendo a gestação, nascimento e infância e termina no início da adolescência. O milagre da vida acontece com a fecundação, até o nascimento do bebê. Enquanto se passam os dias, meses e anos, o novo ser humano entra na busca frenética de descobrir o mundo no qual foi atirado. Pessoas, cores, barulhos, movimentos passam a ser estímulos para o desenvolvimento do cérebro e da mente em formação. Na infância, as atenções e esforços são dirigidos para a satisfação do novo ser. O egoísmo é o seu sentimento dominante. Na adolescência, embora o egoísmo ainda seja muito forte, uma nova realidade vai surgindo aos seus olhos. Agora é necessário a busca por outros tipos de conquistas, principalmente as que dizem respeito à absorção de novos conhecimentos; a descoberta do seu ‘eu’ e dos semelhantes; a realidade do passado, as condições do presente e o sonho do futuro. Ainda nesta estação da vida, o ser humano formata sua personalidade, a qual lhe acompanhará por todo o ciclo vital. O verão chega com a juventude e se propala por toda a idade adulta das pessoas. Nesta estação, o ser humano procura a demarcação do seu espaço, tal qual ocorre com todos os seres vivos, inclusive as plantas. Em qualquer campo que o ser humano dispute um espaço, o primeiro passo é a demonstração de suas forças físicas, intelectuais, econômicas, sociais e culturais, onde, na maioria dos casos, a ordem é vencer, custe o que custar. É muito comum a utilização de violência física ou moral, bem como de outros ardis não condizentes com princípios éticos, para o ser adulto contabilizar suas vitórias e conquistas, sem que, nesta estação da vida, sua consciência atue como juiz imparcial e rigoroso. Nesse estágio, o ser humano busca
o atingimento de seus objetivos, notadamente os materiais, que lhe proporcionarão sucesso, fama e poder. O ser humano evoluído busca a realização de seus sonhos com base em um plano perfeitamente acessível, em plena harmonia com os fenômenos da natureza, que se apresentam, sucessivamente, na estrada do tempo. Ocorre, também, nesta estação, a construção das relações entre os seres da mesma espécie, inclusive o acasalamento e a edificação da família, bem como o planejamento para as novas gerações. Um novo sentimento aflora: a responsabilidade. O outono é o início da retirada. O ser humano é despertado pelos primeiros cansaços físicos, que lhe provocam incertezas, inseguranças e cautelas. No entanto, alguns teimosos não querem reconhecer a realidade do seu estágio e insistem em competir com a juventude, em disputas francas e abertas. Geralmente amargam derrotas fragorosas, acompanhadas da humilhação, frustração, depressão e de profundos arrependimentos. Os seres evoluídos reconhecem suas virtudes e fragilidades físicas, bem como a nova manifestação espiritual que lhe ascende; então, estabelece o tempo e o momento da retirada estratégica, muitas das vezes de forma triunfal. Nesse estágio da vida o ser humano identifica que suas forças físicas são, paulatinamente, substituídas pela energia do pensamento e das reflexões, bem como pelo despertar da nova consciência. Então ele identifica o prenúncio da velhice honrada; a necessidade de refletir mais do que executar; o vangloriar-se das boas ações praticadas e o arrependimento das realizações indecorosas e de tudo que não foi executado; e identifica a correta contribuição oferecida para a construção de um mundo mais saudável, não só para si, mas, principalmente para a humanidade. Finalmente, chega o inverno. Nesta estação da vida, o ser humano atinge a terceira idade, mostrando a máscara da face enrugada pelo tempo, adornada pelas mechas ralas de cabelos nevados, carregando um corpo frágil e pouco coordenado no seu caminhar. À semelhança da infância, volta a sentir necessidade de carinhos afetuosos e de cuidados físicos, nem sempre satisfeitos. Porém, diferen-
temente da criança, seu choro sentido é abafado no próprio peito. Suas mágoas lhe acompanharão no túmulo. No entanto, a sabedoria acumulada sustenta a maturidade do seu espírito. Repensar, refletir e esperar são suas características. Por isso deve aceitar mais do que impor. Exercitará, permanentemente, a humildade e a paciência, a fim de que seu trabalho, conselhos e orientações, revestidos de sábia habilidade, se transformem em ações nobres e superiores e sejam reconhecidas e aceitas, espontaneamente pela maioria. Nesse estágio semitranscendental, seus medos desaparecem. Observará que a madrugada se apresenta no seu instante mais escuro, porém, logo a seguir, dará passagem a tenra claridade de um novo alvorecer. Então, dois tipos de seres humanos serão identificados por seus semelhantes: O primeiro, após assistir o filme da vida, gravado na memória, orgulha-se de suas realizações e do legado que deixou para seus descendentes e para a humanidade. Então, no seu último expiro, eleva os olhos, mente e coração para o céu, agradece ao grande Deus pelo sublime privilégio de ter vivido e se transporta para o próximo estágio, envolto em luzes e cantos angelicais, cônscio de que, em algum tempo e lugar, reiniciará o novo ciclo da vida. O segundo, que pouco ou nada realizou em prol dos semelhantes, da Natureza e do seu crescimento espiritual, afunda na absoluta escuridão da madrugada, curvado sob o enorme peso de sua consciência mal estruturada, mas que agora lhe acusa, aterrando os joelhos frágeis e trêmulos no mesmo chão que tanto desprezou, soltando um gemido balbuciante e sem som, que somente ele identifica. JAIME DE MOURA FERR EIRA é administrador, consultor organizacional, professor universitário e escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas e coordenador de Meio Ambiente e Relações Empresariais da SALVA - Sociedade dos Amigos de Vilas do Atlântico. E-mail: jamoufer@atarde.com.br
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LIVROS
Bellini de Bellotto volta desiludido e se joga na música Quase dez anos após última obra da série, personagem ressurge mais velho, curte rock e tem de ouvir sertanejo
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m romance policial costuma ser um terreno minado, com uma convenção a cada passo. Tony Bellotto, o guitarrista dos Titãs, escolheu o terreno minado para sua estreia na literatura, em 1995. O livro “Bellini e a Esfinge” apresentava um detetive de São Paulo, investigador particular, fã de blues, sem nada muito especial: o vizinho da quitinete ao lado. As balizas de Bellotto eram os mestres do gênero. “Raymond Chandler e Manuel Vázquez Montalbán pelo cinismo, Georges Simenon pela capacidade de criar uma atmosfera e Rubem Fonseca por provar que o Brasil é noir”, diz ele. Foram três livros com o personagem: “Bellini e a Esfinge” (1995), “Bellini e o Demônio” (1997) e “Bellini e os Espíritos” (2005). O quarto romance da série acaba de sair, e é um dos melhores: “Bellini e o Labirinto”. Depois de quase dez anos longe das livrarias, Bellini entra com tudo no mundo da música. “O Bellini é basicamente um amante de blues tradicional, o blues do Mississipi. Agora deu para citar Jimi Hendrix e até Led Zeppelin. Tudo certo. Na hora em que ele começar a ouvir Bossa Nova vou ficar preocupado”, diz Bellotto. A história se passa em Goiânia (GO), coração da música sertaneja, e pega o personagem
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aos 40 anos, calejado, às voltas com um sequestro, mulheres e césio-137 (substância que causou acidente radioativo na cidade em 1987). Há personagens com os nomes engraçados de sempre: a dupla sertaneja Marlon & Brandão, uma adolescente de apelido Riboca (do tênis Reebok) e uma girafa chamada Marianne Faithfull. A música está em toda parte, bem como a velha ironia de Bellini. “Ele está mais amargo e desiludido. Mais velho, com certeza. De resto, continua o mesmo existencialista melancólico de sempre.” Não é pouco para a tradição meio rala de detetives nativos. Com exceção dos personagens verossímeis, violentos e clássicos de Rubem Fonseca. “Ele é uma referência constante no meu trabalho, um mestre que muito admiro”, afirma Bellotto. “Rubem exerceu enorme influência nos escritores da minha geração, gente que começou a publicar nos anos 1990. Hoje em dia seu prestígio anda meio em baixa, talvez pelo surto incontrolável de mediocridade que nos assola. Mas continua a produzir material de altíssima qualidade, basta ler ‘Amálgama’, seu mais recente trabalho.” O noir brasileiro ainda está vivo, graças também ao detetive Remo Bellini. Cadão Volpato / Folhapress
AVENER PRADO / FOLHAPRESS
Rosely Sayão
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Em novo livro do autor roqueiro, protagonista aparece às voltas com um sequestro e com mulheres em Goiânia. Na foto, o músico e escritor Tony Bellotto na sede de sua editora em São Paulo
Ser e Fazer
eles ficam atormentados com o fato de que o odo mundo conhece a perguntinha curso que farão os definirá. “Fico desesperado chata que fazemos para as crianao pensar que vou ser conhecido pelo resto ças: “O que você quer ser quando da minha vida como engenheiro, físico ou crescer?”. As respostas mostram médico”, me disse um jovem de 17 anos; “Sou o que as motiva no presente: uma diz que muito nova para saber o que quero ser até o quer ser astronauta, cientista, engenheiro. fim da minha vida”, comentou uma garota em Outra, ainda modelo, cantora, jogador uma mensagem enviada a mim. de futebol etc. Tais respostas apontam o Ser e fazer, vida pessoal e vida profisinteresse atual das crianças, sua admiração sional: tais conceitos estão identificados por pessoas ou personagens públicas, e para muitos jovens, o que revelam, invariavelmente, é um equívoco. Equívoseu descompromisso para Uma profissão não co que, por sinal, é fácil com o futuro. define a pessoa, compreender: nós temos Crianças não pensam define apenas sua aceitado com facilidade no que virá, a não ser no que o trabalho é o que de que estiver bem próximo vida profissional. É mais importante fazemos, e que, certamente, se torpreciso deixar clara que é o que nos motiva na nará realidade: as férias, a essa diferença vida, dá prazer, realização viagem programada pelos pessoal etecetera e tal, pais, os presentes que não é? O conceito que eles têm é fruto da esperam ganhar, a festa a que irão, as observação de nossas vidas. provas que farão, por exemplo. Por isso, Claro que o trabalho é importante em essa pergunta não as afeta. nossa vida: é por meio dele que garantimos Mas, terminada a infância e o início nossa sobrevivência, que interferimos na vida da adolescência, a pergunta passa a ser em grupo, que ganhamos reconhecimento uma cobrança, uma pressão, uma fonte social. Mas é por meio da vida pessoal que de angústias e preocupações. Por quê? garantimos nosso potencial produtivo, e não Porque a resposta que darão a ela precisa o contrário. Podemos, por exemplo, ficar ser certa – pensam os jovens, influenciatemporariamente sem exercer a profissão, dos por nós – e determinará o resto da e nesse período a vida pessoal nos ajuda a vida deles. Que responsabilidade, hein!? enfrentar as dificuldades decorrentes dessa Eles precisam saber, principalmente situação e até a sustentar um outro trabalho por meio de seus pais, que a escolha de um remunerado qualquer. Se os jovens percecurso, seja ele universitário ou técnico, não é berem tal diferença, vai ficar muito mais tudo isso que os levamos a pensar. Colocada tranquilo escolher um curso para o vestibular. essa escolha em seu devido lugar, a vida para Outra coisa importante que eles precieles pode ficar menos tensa, mais fácil. sam perceber: um diploma universitário não Primeiramente, é importantíssimo que restringe a vida profissional, e sim a amplia. eles saibam que uma profissão não define Cada profissão pode ser exercida em uma a pessoa, define apenas sua vida profissiovariedade incrível de campos. Os jovens prenal. Parece que deixar clara essa diferença cisam mudar a referência que têm a respeito não tem tanta importância assim, não é da escolha do curso universitário. Qualquer mesmo? Pois saiba que tem, caro leitor. curso é uma porta que abre muitas outras, Experimente conversar com jovens que e não que fecha a maioria delas. passam por essa fase de escolha e veja como ROSELY SAYÃO é psicóloga e consultora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação
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COMPORTAMENTO
Bebês Monitorados Medo da morte súbita alimenta indústria de sensores de respiração para bebês; médicos criticam uso dos aparelhos
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âmera com zoom e visão em infravermelho, microfones que captam som ambiente e monitores de movimento na cama. Poderia ser um estúdio de reality show, mas é um quarto de bebê equipado com as últimas novidades da indústria do monitoramento infantil. O lançamento mais recente vem dos EUA: a tornozeleira Sproutling Baby (US$ 299 ou R$ 677) dá a frequência cardíaca, mede a temperatura, diz se a criança está dormindo e se está fazendo barulho. O “status” do bebê é exibido 24 horas no celular dos pais, em um aplicativo. Uma semana depois do lançamento, em agosto, os estoques da pré-venda do produto se esgotaram. E, até a segunda semana de setembro, 39% do segundo lote, para março de 2015, já estava reservado. O sucesso desse e de outros produtos do tipo não é mistério: eles vendem a sensação de segurança às mães que temem a síndrome da morte súbita infantil, responsável por uma morte a cada 2.000 bebês nascidos vivos, segundo Gustavo Antônio Moreira, pediatra e pesquisador do Instituto do Sono da Universidade Federal de São Paulo. De acordo com Moreira, a síndrome é mais comum entre bebês de até seis meses, mas há risco até a criança completar um ano. Em países desenvolvidos, essa é a principal causa de morte no primeiro ano de vida – no Brasil, ainda são as doenças infecciosas, como diarreia e pneumonia. O que torna a síndrome mais assustadora é a imprevisibilidade. “Um bebê saudável, rígido, que está se desenvolvendo bem, morre de repente sem causa determinada”, diz Lânia Romanzin Xavier, especialista em cardiologia infantil e membro da Sociedade Brasileira de Arritmias Cardíacas. Sabendo do risco, a médica Renata Torres Ferreira, 36, comprou um prendedor de fralda com monitor de respiração para sua filha, Valentina, de três meses. Se a menina ficar sem respirar por 15 segundos, o aparelho vibra e, se ela continuar sem se mexer, ele soa um alarme. “Fiquei em dúvida se comprava ou não porque parece um pouco de loucura. Decidi comprar quando uma paciente me contou que perdeu um filho por morte súbita. Poderia ser um sinal divino...” Valentina não se encaixa em nenhum dos fatores que aumentam o risco de ter a síndrome: exposição à fumaça do cigarro (durante a gravidez ou depois do parto), prematuridade e histórico familiar de morte súbita. Além disso, ela sempre dorme de barriga para cima, uma das principais medidas para evitar o mal, segundo os médicos.
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Valentina, de três meses, usa monitor de respiração colocado na fralda
Mesmo assim, Renata ficou com medo. “Cabeça de grávida pensa em tudo e mais um pouco. Como sei que existe o risco, não me perdoaria se acontecesse o pior.” Até agora, o aparelhinho nunca apitou. E, no último mês, ela tem perdido o medo e deixado a menina sem o monitor – mas continua de olho da babá eletrônica. FALSA SEGURANÇA “As mães querem comprar segurança e esses monitores parecem milagrosos”, afirma a médica Lânia Xavier. Mas, para ela, é uma falsa sensação de segurança. “Estudos científicos mostram que os aparelhos usados em casa não diminuem o risco de morte súbita. Às vezes a síndrome leva à queda de oxigênio e, quando o monitor apita, as chances de recuperação já são pequenas.” Há casos mais simples, em que só um estímulo faz o bebê voltar a respirar. Na maioria das vezes, porém, mesmo se houver chance de recuperação, os pais têm que saber dar os primeiros socorros. “Não adianta comprar um monitor de respiração se você não
EDUARDO KNAPP / FOLHAPRESS
Tecnologia e boas aulas
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souber reanimar a criança”, diz Nelson Horigoshi, intensivista pediátrico do Hospital Infantil Sabará, de São Paulo. Segundo Magda Lahorgue Nunes, neurologista infantil e membro da Sociedade Brasileira de Pediatria, os monitores não devem ser usados em nenhum caso, assim como recomenda a Academia Americana de Pediatria. De acordo com ela, as medidas preventivas são muito mais eficazes. As principais são evitar o tabagismo, não dormir na mesma cama do bebê, deixar o berço livre de objetos – como fraldas, bichos de pelúcia e almofadas – e pôr a criança para dormir de barriga para cima. “O monitoramento só deve acontecer sob indicação médica”, diz a pediatra e psicanalista Eduardina Telles Tenenbojm. Para ela, além de desnecessária, a vigilância prejudica a relação mãe-bebê. O mesmo pensa a psicóloga Renata Soifer Kraiser. “Já conheci mães que não dormiam porque ficavam olhando a babá eletrônica. Essa neurose não é saudável nem para o bebê nem para a mãe.” Segundo ela, em alguns casos, os monitores podem ajudar a tranquilizar. “Se for assim, ótimo. Se for para alimentar uma paranoia, não.” Juliana Vines / Folhapress
Suzana Herculano-Houzel
a semana passada recebi mais um e-mail circular do instituto onde trabalho incitando os professores a aprender a usar novas tecnologias em sala de aula. Parece que nós não estaríamos sabendo entreter os alunos “modernos” em sala de aula. O “velho” modelo de aula estaria falido. Precisamos recorrer a novas tecnologias para manter os novos alunos interessados, é a mensagem. Discordo veementemente. Não porque ache que tecnologias modernas sejam ruins ou nocivas. Muito pelo contrário: basta começar pela definição de tecnologia. O termo descreve ferramentas, máquinas e procedimentos que ajudam na resolução de problemas. Hoje pensamos em smartphones, tablets e computadores, mas um dia a tecnologia foram rádios e telefones, e bem antes disso, as hoje simples facas. Por definição, a tecnologia nos oferece novas possibilidades, inclusive de aprendizado. Muitas são altamente eficazes: basta ver a facilidade com que crianças (e adultos) aprendem sozinhos a explorar novos ambientes virtuais, descobrem regras, padrões, associações de causa e efeito, desenvolvem planejamento e estratégia, assimilam novos conteúdos – tudo isso, quem diria, jogando videogames. Minha bronca não é com a tecnologia, mas com extremismos para ambos os lados. Assim como a tecnologia não é o demônio que vai acabar com a educação (o e-mail não acabou com a escrita, assim como o rádio não acabou com a leitura), ela também não é a panaceia universal. Um estudo publicado em 2002 mostrou que introduzir computadores em sala pode piorar o aprendizado dos alunos quando professores e conteúdo já são bons. Desde então, programas projetados especificamente para melhorar o aprendizado de línguas ou matemática na escola em geral deixam a desejar, segundo uma revisão publicada por Daphne Bavelier em 2010. Da mesma forma, DVDs feitos para “educar” crianças, com nomes sugestivos como Baby Einstein ou Brainy Baby, não só não aumentam o vocabulário das crianças como ainda prejudicam o desenvolvimento da linguagem. Ao menos neste quesito, nada é tão eficaz quanto falar com o pai e a mãe que, mais do que apenas repetir palavras, ensinam a pensar, a juntar ideias, a construir conceitos. Como bons professores, aliás. Claro, há aulas que ganham com vídeos e animações. Mas muitas vezes não é preciso tecnologia mais avançada do que quadro e giz para ensinar alunos a pensar. O que é preciso são professores melhores. SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com
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EDUARDO KNAPP / FOLHAPRESS
MODA
De tirar o chapéu O acessório tem feito a cabeça das famosas e descoladas; veja os modelos em alta e como usá-los
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ZÔ GUIMARÃES / FOLHAPRESS
ntes usados somente para proteção contra os raios do sol ou em grupos como os sertanejos, os chapéus viraram acessório da moda e têm evoluindo e ganhando refinamento em formas ganhado cada vez mais adeptos, como as e material, até que ficou democrático e charatrizes Júlia Lemmertz, Bruna Marquezine e moso, como hoje em dia”, conta Alexandra Thaila Ayala, que, vira e mexe, exibem um Riquelme, professora do curso de design de modelo diferente. “Os chapéus sempre foram moda da Estácio Uniradial. usados, mas, de uns cinco anos para cá, eles O chapéu de palha, comum na praia, e o se popularizaram, ainda mais depois que de caubói, mais usado no interior ou em festas princesas e celebridades começaram a usar”, sertanejas, agora são exibidos também no diaobserva a consultora de moda Beth Salles. a-dia. “Observamos, nas ruas O descolado acessório da cidade, diferentes estilos tem uma longa história. “O compondo visuais modernos chapéu surgiu pela necessiAtenta á moda, Bruna ou casuais”, cita Alexandra. dade de cobrir a cabeça dos Marquezine (acima) é Mas como combinar? impactos climáticos, como adepta dos chapéus. “O modelo deve se adequar sol, chuva e frio, desde o ano Abaixo, a atriz Júlia ao estilo e coordenar com a 2.000 a.C., quando era usado Lemmertz usa chapéu roupa. Shorts jeans e sandápelos gregos nas viagens. floppy. lias ficam bem com chapéus Com o passar dos anos, foi de materiais mais rústicos”, exemplifica a consultora de moda Eliane de Rezende Brechtbuhl. Há chapéus para todos os gostos. Para escolher quais fazem a cabeça, nada como um bom espelho. “Vai do gostar, vestir e aprovar. Se a pessoa se sentir bem usando o tal chapéu para a ocasião que planejou, já é sucesso! A tendência é que, depois, ele esteja mais presente nos ‘looks’ dela”, diz Alexandra. Mas, na hora do uso, re-
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gras de etiqueta entram em jogo. “Todo chapéu deve ser tirado quando entrar em ambientes fechados – por tradição, elegância e estilo”, avisa Alexandra. “E lembre-se de arrumar o cabelo quando tirá-lo”, diz Eliane. Laís Oliveira / Folhapress.
A volta dos anos 1970 Com figurino colorido e cheio de detalhes, “Boogie Oogie” (Globo) traz tendências dos anos 1970 de volta à moda das ruas
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assada em 1978, a novela “Boogie Oogie” (Globo) tem se destacado não só pela trama, mas também pelo figurino. Com peças clássicas da década de 1970, a moda tem tomado conta das vitrines e das ruas. “As meias de tecido Lurex, as calças boca de sino, que, na verdade, nunca saíram de moda, as sandálias stilleto e os maiôs usados como parte de cima da roupa têm tudo para agradar”, analisa Marie Salles, figurinista da trama, que afirma ter se inspirado em outra novela global, “Dancin’ Days” (1978), na hora de montar o visual. “Os anos 1978 mudaram a moda no Brasil. Muitas peças e composições foram inseridas devido à novela,como sapatos plataforma, tops cropped, cintura alta etc.”, analisa a consultora de estilo Danyla Borobia. FOTOS: DIVULGAÇÃO
Na pele de Carlota, Giulia Gam (acima) investe em visual sóbrio, com macacões, enquanto Sandra, vivida por Isis Valverde (dir.), é a tipica hippie dos anos 1970. Alessandra Negrini (esq.) interpreta Susana.
Alessandra Negrini, que interpreta Susana na novela, disse que usa o figurino fora das gravações também. “Gosto das roupas da Susana porque são bem rock and roll. A diferença é que as peças dela são da década de 1970. As calças de couro, as camisetas e as botas eu usaria em minha vida pessoal”, analisa. Gabriela Simionato e Laís Oliveira / Folhapress.
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BELEZA
Capriche no Topete Penteado faz sucesso entre roqueiros, sertanejos e jogadores de futebol; veja dicas para entrar na moda
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uanto mais alto melhor. A moda entre os cantores sertanejos Gusttavo Lima, Luan Santana e Lucas Lucco é usar e abusar de fixadores para manter o topete lá em cima. “O penteado que uso foi ideia minha e da Silvana Gurgel, minha cabeleireira. Não tem muito segredo. É secar para cima e para trás, usar pomada e fixador nos shows”, ensina Luan Santana. Para os especialistas, o topete é um penteado que nunca sai de moda, mas muda com o passar dos anos. “Vem desde os anos 1950, com o rockabilly e o rock and roll. Dá para fazer em todos os tipos de cabelo, mas os crespos exigem a força de uma boa escova”, ensina o “hair stylist” Marcos Corazza. O cabeleireiro Jefferson Lima afirma que o topete valoriza o rosto. “Deixa-o mais estreito e dá um ar mais imponente. Por esses e outros motivos nunca sai da moda”, analisa.
BELEZA Atualmente, diversos famosos, como o jogador Neymar, estão fazendo um topete estilo moicano. “Com máquina nas laterais, é preciso fazer um degradê até ir formando o moicano na parte de cima da cabeça. Para dar o efeito, ele deve ser penteado com uma pomada seca, trazendo todo o cabelo para o meio da cabeça”, ensina a cabeleireira Bruna Freitas. Um outro destaque é a mistura do “undercut” – corte que se baseia em raspar com máquina zero a lateral da cabeça – com o topete. Para manter esse corte, o indicado é cortar os
Luan Santana (dir.) usa pomada e fixador para manter o topete alinhado. Abaixo (a partir da es querda): Gusttavo Lima raspou a lateral dos fios para destacar o topete no topo da cabeça. Com fios ondulados, o ator Chay Suede aposta em um topete lateral com franja. Lucas Lucco gosta do visual clássico e deixa seu topete o mais alto possível.
fios mensalmente, para evitar que eles cresçam. Na hora de escolher o topete ideal, é preciso levar em conta a estrutura dos fios, afirma Paula Ferrary, cabeleireira do programa “Laboratório de Estilo”, do canal pago Discovery Home & Health. Ela dá a dica para homens que têm cabelo crespo e querem aderir ao visual. “Existem cortes próprios para deixar um topete mais liso, além de finalizadores temporários
FOTOS: DIVULGAÇÃO
e texturizações mais duradouras, que ajudam a domar os cabelos mais rebeldes”, afirma. Na hora de manter o visual, é preciso contar com a ajuda de alguns produtos. Secar os fios para modelá-los da forma desejada exige o uso de protetores térmicos. Para manter o topete lá em cima, é indicado o uso do gel ou da pomada. Porém, qual é melhor? Para os especialistas, depende da estrutura dos fios e do efeito desejado. “A pomada tem um efeito mais natural, uniforme, deixando o visual como se não tivesse passado produto. Para quem quer um efeito molhado e mais vintage, o gel é indispensável, como também a brilhantina”, afirma Bruna. Para Corazza, a pomada danifica menos o cabelo, pois ela é aplicada nos fios e não escorre para o couro cabeludo, que precisa respirar. “Ela seca imediatamente. Já o gel fica molhado e pesado”, analisa. Gabriela Simionato / Folhapress.
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Como criar o ‘look’ e arrasar à la Brigitte Bardot! PASSO A PASSO:
À la Brigitte Bardot DIVULGAÇÃO
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Famoso penteado eternizado pela atriz francesa volta com tudo à moda; aprenda a fazer em casa para arrasar em festas
ímbolo sexual dos anos 1960, a francesa Brigitte Bardot, 79 anos, continua a influenciar gerações. O penteado com volume no topo da cabeça, muito usado por ela, voltou a fazer sucesso entre as mulheres, como a atriz Marjorie Estiano, que o usou na festa da novela “Império” (Globo). “É um ‘look’ legal para arrasar”, opina o cabeleireiro Éder Soares, que ensina o passo a passo do penteado na estudante de engenharia Patricia Aielo, 22 anos. Segundo os especialistas, fios lisos ou ondulados não precisam de preparação. “Já nos cabelos crespos é bom fazer uma escova”, indica a cabeleireira Penélope Beolchi. O visual pode ser utilizado em todas as ocasiões. Só não é muito apropriado para trabalhar”, ressalta o “hair stylist” Carlos Lira. Laís Oliveira / Folhapress. DIVULGAÇÃO
A atriz Marjorie Estiano esq.) usa o penteado na festa de lançamento da novela “Império”.
1. Com o cabelo seco, separe uma parte no topo da cabeça, em formato de uma circunferência. Ali você fará o desfiado que vai segurar o volume do penteado. Divida em mechas e, se quiser, coloque bobes para facilitar o trabalho 2. Pegue a mecha de trás, segure para o alto e, com um pente fino ou escova, desfie na parte rente à cabeça, com movimentos de cima para baixo. A intenção é criar volume com os fios bagunçados 3. Repita o processo com a mecha seguinte e nas outras. Na última, penteie os fios por cima, levemente, só para alisar e esconder o desfiado 4. Uma dica importante: deixe a parte da frente, cerca de quaro dedos, para a franja, que não será desfiada. Essa parte fica dividida ao meio e solta. Pegue apenas duas das mechinhas laterais e prenda atrás, em direção ao desfiado, com dois grampos cruzados ou uma presilha 5. Finalize com spray de fixação do tipo seco, para dar um bom acabamento e segurar o penteado 6. Pronto, você está pronta para arrasar com o “look”. FOTOS: ROBSON VENTURA / FOLHAPRESS
No alto, Brigitte Bardot e seu penteado com volume no topo da cabeça Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 39
SAÚDE & BEM-ESTAR
Pescoço precisa de cuidados Cuidar dos músculos desta área do corpo é essencial para evitar o surgimento da papada
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s cuidados com o rosto devem incluir também o pescoço. Por possuir a pele mais fina e nem ter tantos vasos sanguíneos, a região em geral envelhece mais rapidamente em comparação a face. Hidratar e fazer o uso do protetor solar diariamente é essencial, mas não é tudo. Mais do que o uso de produtos de beleza, é essencial tratar da área dos músculos, que vai perdendo sustentação com o decorrer dos anos e faz com que surjam as incômodas papadas. O pescoço é uma área primordial do corpo para o perfeito funcionamento orofacial e cervical. E para que essas funções possam trabalhar de forma correta, o pescoço tem tendões, músculos e ossos fortes para sustentar e mover a cabeça e na sua área interna, estruturas que estão presentes em funções essenciais, como por exemplo, a produção da voz, a deglutição, a condução dos alimentos para o estômago, entre outras. Porém, no decorrer do tempo, costumes errados, relacionados ao processo de envelhecimento e exposição aos fatores externos, vão deixando o pescoço mais flácido e os tecidos e a musculatura vão diminuindo a sustentação. Para deixar os músculos desta região do corpo com mais firmeza é essencial certos cuidados diários, como a postura, e até a maneira como respirar e mastigar. Ao respirar mais pela boca, os músculos do rosto e do pescoço vão perdendo a contração, pela necessidade constante de deixar a boca aberta, o que não é recomendado pelos especialistas. Outro ponto essencial é a postura nos trabalhos do dia-a-dia. Por exemplo, no computador quase sempre se está observando para baixo e movimentando o pescoço, o que provoca vincos na área. Por isso, é recomendado posicionar a tela do computador na altura dos olhos e deixar o queixo no ângulo de 90 graus. É muito importante cuidados diários para regularizar o funcionamento do rosto nos trabalhos e tonificar os músculos do pescoço. As massagens diárias e atividades próprias para o contorno do rosto e do pescoço complementam os objetivos de fortalecer os músculos de sustentação da papada. Recomenda-se consultar um especialista, pois a configuração do rosto varia de pessoa e precisa de indicações específicas, mas algumas dicas de exercícios simples podem ser realizados. Tente fazer a mastigação de ambos os lados, girando o queixo em direção em que está o alimento. Ao engolir, tenha certeza que é a pressão da língua que está empurrando o alimento para
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a garganta e não o trabalho em excesso dos lábios. Segure o pescoço com as duas mãos. Leve-o à frente e a cabeça um pouco para cima, fazendo a força a partir do pescoço e um pouco de resistência contrária com as mãos. MAQUIAR OU NÃO? E no momento de fazer aquele look: o pescoço necessita ou não ser maquiado? Especialistas informam que isso precisa ser realizado em situações onde o pescoço e a nuca fiquem mais claros que a face. Já em pessoas de mais idade, mesmo com cores de face e pescoço iguais, é preciso maquiar para chegar uma perfeição. É recomendada o uso de base e pó, para que a maquiagem se torne uniforme e completa. Outro ponto essencial é saber optar pela cor dos cosméticos e saber a maneira certa de usá-los. Para disfarçar a papada é preciso utilizar o pó compacto ou base com duas tonalidades a mais que a cor da pele e ir pincelando com cuidado na extremidade do queixo e, sob ele, passando o pincel. Porém é interessante não abusar tanto na quantidade para não deixar a aparência carregada. Para remover a maquiagem, usar o demaquilante e, logo depois, lavar bastante a área com um sabonete, sem esquecer que a pele deve ser hidratada todos os dias. GINÁSTICA FACIAL - UM ALIADO Devolver a tonicidade da musculatura da face em especial do pescoço e do colo por meio de movimentos no rosto que auxiliam a manter a aparência. Esta é a função da ginástica facial. Obter uma boa aparência não precisa necessariamente de beleza e não é privilégio da juventude. Basta uma face harmônica, descontraída e com a musculatura firme. A ginástica facial pode ser realizada tanto para prevenir, em pessoas acima de 25 anos, tanto para recuperar, recomendada para todas as faixas etárias. Além de ajudar contra a flacidez, auxilia na melhoria ou retardamento do envelhecimento, mas não é milagrosa, sendo fundamental manter a disciplina. Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 41
Depressão sem censura Eunice Mendes, especial para a Vilas Magazine
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eu nome é Eunice Mendes, sou atriz, pedagoga e consultora empresarial na área de técnicas para falar em público. Este relato é baseado no livro que estou escrevendo sobre minha experiência pessoal com a depressão. Durante muito tempo, para mim esse foi um ‘peso’ que não teve forma, cor, cheiro e sequer nome. Era difícil identificar, apreender o que de fato sentia e não ia bem. Era um não sei quê, que nascia não sei de onde, vinha não sei como e doía não sei por que, mas não era amor, como nos versos de Camões. Pelo contrário. Tinha a ver com aquilo que a psicanálise identifica como seu oposto: a morte. Hoje, os cientistas reconhecem o problema como uma doença, caracterizada por um conjunto de sintomas devidamente catalogados e à qual chamam de depressão, uma palavra que também caiu no léxico popular e está na boca de todo mundo. O mal do século, o terror da vida produtiva, a suspeita constante que alimentamos a cada vez que um parente ou alguém conhecido, sem maiores explicações ou por algum trauma sofrido repentinamente, é tomado por uma tristeza tão profunda que o transforma em uma sombra de si mesmo. Sim, eu tenho depressão...Lá fora e aqui dentro Considerada o mal do século 21, a depressão é uma das doenças que mais desafia a compreensão humana nos dias atuais. Seus sintomas são diversos e, apesar das diferenças de prevalência, atingem todos os grupos sociais, independentemente de cor, raça, idade, sexo, renda e nível de escolaridade, o que a torna um problema de saúde pública de
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proporções globais¹ . Dados da Organização Mundial da Saúde – OMS indicam que há mais de 350 milhões de casos de depressão no mundo, 13 milhões deles no Brasil, que já apareceu no topo do ranking mundial de registros da doença entre os países em desenvolvimento. O número de pessoas deprimidas é bem superior, por exemplo, ao dos portadores de HIV, e essa situação já figura entre as principais causas de incapacidade no trabalho – atualmente em quarto lugar e deverá subir para a segunda posição até o início da década de 2020. Contudo, a grande maioria dos doentes, cerca de 75%, sequer recebe tratamento adequado².
Pelos cálculos da OMS, 12% dos períodos improdutivos da vida das pessoas em todo o mundo são consequência direta da depressão, e até 2020 ela será responsável por cerca de 30% da chamada Carga Global de Doenças – CGD No meu caso, acredito que tive depressão a vida inteira, mas ela apareceu com toda força aos 27 anos, logo após a morte de meu pai. A dificuldade de lidar com o ocorrido colocoume como mais um dígito nas estatísticas que referem ser a perda de entes queridos uma das principais causas da doença. Mas vivenciar esse momento com toda a carga de sofrimento que ele impõe não foi tão simples e asséptico assim. Essa é uma conta que não fecha. Foi um golpe muito duro deixar de conviver com a pessoa que me deu a vida. Meu pai. Um verdadeiro maestro do bem viver. Durante os seis meses que se seguiram a essa perda, andava pelas ruas sem rumo, com vontade de me atirar na frente dos carros, sofrendo pela ausência de meu pai. Como é a morte? Terá ele sofrido? Encontrou-se com Deus? Nada fazia sentido, e isso provocava em mim uma ansiedade constante. Repassava obsessivamente tudo o que vivera e me trans-
formei numa caçadora impiedosa dos meus erros. Não demorou e comecei a ter insônia. Quando dormia, tinha pesadelos horríveis. Minha mente era o maior dos algozes, como se precisasse ser punida a qualquer preço. Um profundo sentimento de culpa começou a tomar conta de mim, acompanhado de pensamentos recorrentes, obsessivos, exagerados. Parecia uma gravação defeituosa que voltava sempre ao mesmo lugar: Por que não salvei meu pai?”. Me sentia devedora de uma dívida impagável. A depressão estava comigo, viva, mostrando seus dentes de chumbo. E eu paralisada, morrendo de medo, sem ânimo para fazer absolutamente nada. Nunca me senti tão só na vida, insegura, fragilizada... Minha vida parecia menos que nada; o vazio me abraçava sem dó. Eu só queria dormir e morrer. Acordar era uma violência. Com o tempo, meus dias foram tomados pela sensação extrema de impotência e profunda apatia. Queria ficar isolada do mundo e só tinha olhos para minha dor. Era como se minha alma tivesse me abandonado. Não queria dar explicações a ninguém, pois sentia que não seria compreendida. Quando o melhor lugar para se viver é em cima de uma cama durante as 24 horas do dia, algo está muito errado. DEPRESSÃO É DOENÇA, SIM Meus sentimentos eram antagônicos. Me isolei, não queria que ninguém me procurasse, mas, ao mesmo tempo, sentia falta da atenção dos amigos e, principalmente, da certeza de que alguém se preocupava comigo. Não precisavam dizer nada, apenas ficar perto de mim. Quem sabe, trazer uma sopa quentinha, chocolates, conversar sobre banalidades... Bastava estarem ali, como anjos-da-guarda. Por sorte, tenho amigos e familiares amorosos e atentos. Foi o amor e a compaixão deles que me salvaram da morte. Principalmente à noite, nos intermináveis fins de semana, eles chegavam e cumpriam um ritual: abriam as janelas, limpavam a casa, trocavam os lençóis, acendiam incensos, cozinhavam, traziam frutas frescas, cantavam, faziam massagem
em mim e me contavam as novidades. Eram relatos descontraídos que abrangiam desde o tradicional papo de elevador, como a situação do tempo lá fora, até planos e projetos pessoais. Isso tornava meu dia mais leve. Havia, porém, aquelas pessoas que queriam dar conselhos fora de hora, sem observar que eu estava doente e não tinha condições de ouvir nada, muito menos reprimendas. Desfiavam um rosário de frases feitas sem a menor cerimônia: Você precisa ter força de vontade; Isso é frescura; Isso é falta do que fazer; Saia mais de casa; Isso é só carência afetiva; Você não tem motivos para se sentir assim; Cadê aquela mulher guerreira?. Não sabia nem mesmo quem eu era, quanto mais onde estava minha porção guer-
sitam de paciência, empatia e compreensão das pessoas próximas, caso contrário, além da doença, precisarão carregar a frustração de não conseguir satisfazer as expectativas de quem acha que é tudo uma questão de boa vontade. E não é. O deprimido não é covarde; ele está doente. Uma luta desigual, mas que pode ser vencida. Foram três anos de suplício sem nenhum tipo de ajuda psiquiátrica. Acreditava que poderia dar conta do problema sozinha, o que é um grande equívoco. Meu diagnóstico foi preciso: depressão unipolar severa, ou seja, o último grau da doença e, além de tudo, crônica. Isso significa que terei de lutar contra a depressão e tomar remédio pelo resto da vida. Quando recebi a confirmação, foi como ter a pele marcada com ferro em brasa e passar a lidar com algo que não pode ser apagado, uma espécie de sina ou sentença perpétua.
Segundo a OMS, a depressão é responsável por cerca de 850 mil casos de suicídio todos os anos³ , o que equivale a mais de 2. 300 mortes por dia e 38 a cada hora
reira! Sentia como se minha vontade de viver tivesse mudado de casa e não houvesse nada para pôr em seu lugar. Não sabia o que tinha nem o que fazer, mas percebia nitidamente e sentia na pele a ignorância, a falta de empatia e o preconceito social dirigidos a quem, por algum motivo, não responde às demandas do mundo à sua volta. Em alguns momentos isso é tão revoltante que até dá vontade de sair na rua portando um cartaz imenso com a frase: Depressão é doença. Ela existe e é uma ameaça à vida! Pacientes com transtorno mental neces-
Encontrar a medicação correta, por sua vez, foi uma verdadeira via-crúcis. Entrava e saía de consultas, mas os remédios me faziam muito mal. Provocavam efeitos colaterais desagradáveis, como sonolência, boca seca, tonturas, obesidade e um desânimo atroz. Alguns acentuavam os sintomas da depressão e pensamentos suicidas. Não obstante, minha vontade de extinguir aquele incêndio era tão forte que prometi a mim mesma não desistir. Foi essa promessa que me deu forças para não desabar e seguir em frente. É muito importante deixar claro que a culpa não é dos especialistas. Em geral leva-se algum tempo até definir o tratamento correto. Daí a importância de persistir na busca de uma solução. Passei por vários estágios em relação à doença. O primeiro sentimento foi de incredulidade e espanto. O segundo a emergir foi a negação: Não tenho nada. Depois, a agressividade e a raiva: Por que eu?; O que fiz para merecer isso?; Por que estou sendo punida?. Nessa fase de revolta, o olhar fica todo vol-
tado para dentro, regido por sentimento profundamente egoico. Após mais algum tempo, iniciou-se o processo de aceitação, resultando em mudança no ponto de vista da pergunta desoladora: Por que não eu?; O que isso que está acontecendo quer me mostrar?; Qual o sentido da depressão em minha vida?; O que necessito aprender?; Que lastro de humanidade preciso resgatar?. Então, manifestou-se o desejo de continuar viva: Vou mais é procurar me tratar, mesmo que isso demande muito tempo; Só eu posso fazer isso por mim; Essa vontade é a única chance que tenho de sobreviver. Prossegui com minhas buscas até que uma psiquiatra me receitou um antidepressivo de última geração. Em pouco mais de vinte dias, tudo mudou. Foi como tirar a depressão com a mão! A apatia, a angústia e a falta de apetite simplesmente desapareceram. O olhar ganhou força, a voz readquiriu expressividade, os pensamentos atormentados não eram mais tão intensos. Além do tratamento psiquiátrico a médica estimulou-me a fazer terapia, iniciando assim um tratamento casado que fortaleceu meu processo de recuperação. É preciso muito esforço para retomar a alegria e a vontade de viver que a depressão leva embora. Todo tsunami causa estragos, mas existe aquele momento em que os escombros são removidos e nos damos conta de que estamos vivos. Vivemos em um mundo que persegue a felicidade a qualquer preço, mas não nascemos com um manual de sobrevivência na barriga. Precisamos confiar em nossa capacidade de superar angústias, dores, acalmando-as por meio dos tratamentos adequados, e, sobretudo, não desistir nunca. Coragem e esperança são requisitos fundamentais para viver e sobreviver. EUNICE MENDES é atriz, pedagoga e especialista em Comunicação Empresarial, com três livros publicados. www.eunicemendes.com.br 1 - Disponível em: http://www2.uol.com.br/vivermente/ noticias/organizacao_mundial_da_saude_divulga_estatisticas_globais_da_depressao.html. Acesso em 2/8/2014. 2 - Disponível em: http://www.boehringer.com.br/conteudo. asp?conteudo=932. Acesso em 1/8/2014. 3 - Disponível em: http://www.boehringer.com.br/conteudo. asp?conteudo=932. Acesso em 1/8/2014.
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VIVER BEM
Crescimento da próstata é comum e não significa câncer Doença aparece em homens com mais de 50 anos e causa incômodo ao urinar, mas não evolui para o câncer
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partir dos 50 anos, alguns homens podem começar a sentir dificuldades para urinar, como incômodo e jatos de urina cada vez mais fracos. Esses podem ser sintomas de uma doença comum entre os mais velhos: o crescimento da próstata, que é chamado de hiperplasia prostática benigna. A doença causa desconforto e pode levar à insuficiência renal, mas não evolui para o câncer. “O câncer pode aparecer ao mesmo tempo. Mas o câncer e a hiperplasia são doenças independentes e o crescimento da próstata não significa câncer”, explica Daher Chade, urologista do Instituto do Câncer do Estado de São Paulo e da Faculdade de Medicina da USP (Universidade de São Paulo). O problema aparece quando a parte central da próstata (glândula que produz parte do sêmen) começa a crescer e a apertar a uretra, canal que conduz a urina da bexiga para fora do organismo. “Essa doença atinge 40% dos homens com 50 anos e chega a 70% dos homens com mais de 70 anos”, diz Alexandre Crippa, coordenador do Centro de Urologia do Hospital Samaritano. Segundo Crippa, o incômodo ao urinar
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pode fazer com que o paciente confunda o crescimento da próstata com a infecção urinária, mas é fácil diferenciar as doenças. “A hiperplasia prostática benigna leva algum tempo para se agravar, não é tão repentina quanto a infecção urinária”, afirma. SINTOMAS Segundo Chade, o jato de urina mais fraco e o aumento da necessidade de urinar são os principais sintomas. “A pessoa urina mais vezes durante o dia e começa a acordar durante a noite para urinar”, explica. Se não for tratado, com remédios ou cirurgia, o paciente pode não conseguir mais urinar e ter inflamações na próstata e até insuficiência renal. O crescimento da próstata não tem causa definida, mas má alimentação e sedentarismo podem influenciar no desenvolvimento da doença. “Sabe-se que a causa é genética, mas não necessariamente hereditária. Uma dieta rica em gordura, o sedentarismo, o diabetes e a hipertensão podem influenciar na intensidade da doença”, afirma o urologista Daher Chade. Paula Felix / Folhapress.
Descobrir cedo o câncer de próstata facilita tratamento Quem possui parente próximo que já teve a doença deve começar a fazer os exames aos 40 anos
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câncer de próstata é uma doença silenciosa que evolui de forma lenta e, muitas vezes, não provoca nenhum tipo de sintoma no paciente. A próstata é uma glândula do sistema reprodutor, localizada perto da bexiga, responsável pela produção do líquido que serve de veículo para os espermatozoides. Esse tipo de câncer ocorre quando um tumor maligno se desenvolve nessa região. Ele é mais frequente em homens com mais de 50 anos. Segundo urologistas, é comum que sinais associados à doença, como sentir dor ao urinar ou ir ao banheiro várias vezes à noite, só se manifestem quando o câncer já se espalhou para outras partes do corpo – o mais frequente é o surgimento de nódulos na coluna. De acordo com o urologista Rubens Dias Cortina, descobrir a doença cedo é crucial porque a cura só é possível quando o tumor atinge só a próstata. “Não há como prevenir o câncer de próstata. É possível diagnosticá-lo precocemente. Quanto mais cedo é feito esse diagnóstico, maior é a chance de cura.” Segundo o urologista do Hospital das Clínicas de São Paulo, Daher Chade, a idade com que a pessoa deve começar a fazer os exames que detectam a doença varia “de acordo com o grau de risco de ela desenvolver a doença”. “Quem tem parente próximo que teve a doença e homens da raça negra, que têm maior predisposição genética para desenvolvê-la, tem de começar a fazer os exames aos 40 anos.” Há dois tipos de exame que ajudam a detectar o tumor na próstata: o de toque real, por meio do qual o médico verifica, com o dedo, se há ou não um nódulo na glândula,
e um exame de sangue. A confirmação da doença se dá com a biópsia (veja no quadro ao lado). Próstata aumentada nem sempre quer dizer que o homem está com câncer. Segun-
do o urologista Daher Chade, na maioria das vezes que isso ocorre, o mais provável é que a pessoa não esteja com um tumor. O aumento da próstata está relacionado a fatores como predisposição genética e en-
velhecimento. “Apesar de ser uma doença benigna, ela pode causar consequências graves para homem, desde a dificuldade para urinar até mesmo a alteração no funcionamento dos rins”, explica Chade.
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NUTRIÇÃO
Alimentos para a tireóide Glândula necessita de nutrientes, como é o caso do iodo, para fabricação de hormônios
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ocalizada no pescoço e com forma parecida a uma borboleta, a glândula tireóide é primordial para a liberação de hormônios que colaboram no funcionamento de todo o nosso organismo. E quando algo não está funcionando corretamente, isto é, quando existe hipotireoidismo (fabricação inadequada de hormônios) ou hipertireoidismo (produção de hormônios em demasia), desde pele até coração podem ser atingidos. Aproximadamente 15% da população com mais de 45 anos de idade possui algum problema na glândula tireóide. Entre as causas desses problemas está uma alimentação desequilibrada, associada especialmente ao consumo de iodo, além de outros nutrientes, como por exemplo o selênio. Por isso é importante que se conheça alimentos que garantem o funcionamento dessa glândula tão essencial. As algas marinhas são boas fontes de iodo e também oferecem uma boa quantidade de selênio, nutrientes essenciais para a fabricação de hormônios pela tireóide. Mas o consumo precisa ser moderado. Como o sal já possui muito iodo, o consumo reforçado desse alimento precisa ser usado somente pela pessoa que possui deficiência deste elemento. Segundo os nutricionistas, o excesso de iodo pode causar ao hipotireoidismo, que é a baixa fabricação de hormônios pela tireóide. A quantidade correta indicada para uma pessoa saudável é de 150 microgramas diariamente, que pode ser facilmente atingida sem qualquer adição a mais de sal à refeição pronta. A castanha-do-pará possui boa quantidade de selênio e ômega-3, uma gordura poliinsaturada que oferece nutrientes que são usadas de matéria-prima para a fabricação de hormônios pela tireóide, mas também
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deve ser consumida moderadamente, pelo alto teor calórico – uma única castanha tem cerca de 28 calorias. É recomendado o consumo de uma ou duas castanhas diariamente, como também é aconselhado utilizar a castanha triturada na preparação de saladas, arroz, em saladas de frutas ou até para empanar pescados. Outro alimento essencial é a quinua, maravilhosa fonte de proteínas vegetais, diversas vezes comparada à soja. O alimento tem alto teor em cálcio, fibras, ferro, magnésio, potássio e zinco. Quando se refere a tireóide, porém, quem recebe destaque realmente é o selênio. A quantidade recomendada de consumo de quinua é de duas colheres a cada sete dias, que podem ser incluídas à salada, ao risoto ou, se for usado em flocos, a frutas e shakes. Assim como as algas marinhas, o óleo de peixe também possui bastante iodo, mas é essencial escolher as opções corretas, que seriam a sardinha, o salmão e o atum. O nutriente também pode ser encontrado em alguns vegetais, como a linhaça e a chia. O consumo recomendado é de 120 gramas de peixe três vezes a cada sete dias ou duas cápsulas de 1.000mg para suplementação diariamente. No caso do uso de suplementos, um especialista precisa ser consultado. Leite e seus derivados também são importantes, onde o cálcio, a vitamina D, a vitamina A e o iodo são os principais nutrientes encontrados, sendo estes dois alguns dos principais responsáveis pelo perfeito funcionamento da tireóide. A quantidade diária indicada é de três porções, podendo ser um copo de leite durante a manhã, um iogurte à tarde e duas fatias de queijo branco no final do dia. A gema é conhecida por seus componentes antioxidantes, que ajudam principalmente a saúde dos olhos, mas a pequena quantidade de iodo encontrado no alimento também é fundamental para a fabricação de hormônios pela tireóide. Além disso, a gema possui carotenóides (responsáveis pela tonalidade amarelo alaranjada), que são uma pré-vitamina A,
também essencial para a glândula. Uma parte da vitamina A que o corpo recebe já vem pronta e outra parte vem através de nutrientes que o próprio corpo transforma em vitamina A, que é o caso dos carotenóides. Desde que não seja frito, ovos podem ser consumidos todos os dias. Já a carne vermelha é fonte de zinco e selênio, essenciais para a produção de hor-
mônios. Nutricionistas, porém, contrapõem, dizendo que a carne também pode se tornar uma inimiga da saúde, pela quantidade de gordura saturada, prejudicial ao organismo quando em excesso. Por isso, o consumo recomendado desse alimento é de três bifes a cada sete dias, mas sempre acompanhado de saladas, cruas de preferência. Aumentar a ingestão de água, de cereais
integrais, hortaliças, legumes e frutas, principalmente os que tem alto teor em vitamina C (laranja, mamão, acerola, goiaba, alho, rabanete, pimentão), vitamina E (oleaginosos como um todo, germe de trigo, ovos) e em selênio (frutos do mar, alho, cebola, cogumelo, ovos), é recomendado, como também fracionar a alimentação todo dia, comer devagar e mastigar bastante, o que aumenta
a sensação de saciedade e auxilia a evitar o aumento de peso. E para concluir, a laranja que é rica em carotenóides e vitamina C, pode ajudar no bom funcionamento da tireóide. O consumo indicado é de uma fruta por dia. Como possui muitas calorias, a ingestão da laranja deve ser controlada, lembrando que um copo de suco é feito com pelo menos três laranjas. Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 47
Janelas Abertas | Gilka Bandeira
O enjaulamento de Conceição
I
taparica é sobremaneira cronicável, desde quando os tupinambás andavam livres por suas terras, Gabriel Soares de Souza tentava convencer o rei a financiar suas caçadas a tesouros, e como bem atesta a obra de João Ubaldo Ribeiro. Certos eflúvios (ou seria a água da Bica?) que circulam na Ilha produz, ou atraem, figuras pitorescas a viver situações inusitadas. Certas coisas só acontecem aqui, com gente daqui, nativa ou adotiva, tal o ocorrido com Conceição. Ela havia combinado dar carona a Dalva na segunda-feira. Logo cedo Dalva ligou para saber a que horas sairiam, mas não foi atendida. Deu um tempo e voltou a chamar. O telefone tocou até cair na caixa. A preocupação cresceu a cada tentativa infrutífera. No meio da manhã Dalva pediu para alguém ir à casa de Conceição. E o que soube, só piorou a apreensão: a casa estava toda fechada, o carro na garagem e a faxineira desde cedo chamava do portão sem ser ouvida. Algo havia acontecido. Nem era bom pensar, mas se pensava. A aflição se instalou. Era preciso tomar providências: avisar a família, arrombar a casa... Nisto veio o aviso: uma janela da casa se abrira... Enfim se saberia do inimaginável. Cara de sono, arrastando as dores do corpo todo, Conceição contou o que se passara, a mostrar que o impossível acontece. Sucedeu dela mudar de ideia e resolver ir a Salvador no domingo mesmo. Ligou para Dalva que, só vendo a chamada tarde da noite, deixou para retornar a ligação de manhã. Por volta das três da tarde, mesmo sem ter falado com a amiga, Conceição foi fechando a casa. A casa não, as casas. Duas, ligadas por único quintal e protegidas por várias grades. Chegando ao andar superior de uma delas, espiou a varanda através do postigo da porta já fechada e viu que os puxadores da rede ficaram abertos. Então, abriu a porta, empurrando-a bem pro o canto, embora não houvesse corrente de ar. Fechou o ganchinho de um puxador, mas quando empurrou o outro,
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a porta bateu atrás de si, com a chave, todas as chaves e o celular lá dentro. Ficara presa na varanda... Dali dava para ver, um tanto distante, a rua deserta e parte das casas vizinhas sem ninguém nesta época do ano. Se ficasse ali, mais cedo ou mais tarde poderia ser vista. Porém numa situação de aperto é difícil ficar apenas esperando. Tem de se fazer algo... Nem que seja piorar a situação... As nuvens se adensavam em preparo de chuva fatalmente antecipando a chegada da noite. Ficar na pequena varanda, molhada e na escuridão... nem pensar. Alguma coisa tinha de ser feito, tinha de ser feito, tinha de ser feito. Neste martelar, lembrou, ou quis crer, que uma porta do térreo estaria aberta; era entrar e pegar as chaves, o celular, o notebook, o contato com o vasto mundo. Mas a porta estava lá embaixo, muitos metros abaixo. Era descer para reaver a liberdade... A questão era como. Quando o desespero atingiu o medo irracional ela trepou na mureta da varanda, deslizou pro outro lado, ficando em pé no pergolado de cimento que cobre o corredorzinho de acesso ao quintal entre as casas. Daí escolheu o vão mais largo entre os barrotes de cimento por onde passar e empreender a descida dramática, misturando acrobacia, contorcionismo e equilibrismo. Imaginem a cena...Uma pessoa, não mais na flor da idade, pesando 110 quilos, se espremendo por um vão de cerca de 30 centímetros nos crespos entremeios duma pérgula, tentando escorar os pés na grade que abaixo fechava o corredor a mais de meio metro do seu alcance. Sustentava-se, não se sabe como, nas barras de cimento. Os pés tateavam e às vezes resvalavam nas grades. Ela se equilibrava no ar, tentava de novo firmar os pés, impulsionando o pesado corpo para o portão, único ponto de apoio, até que conseguiu segurar as grades com as mãos e terminar a descida. Podia cair, bater a cabeça no chão ou na parede e até morrer, mas não se intimidou e executou o número circense, mais espetacular ainda, já que os artistas de circo costumam ser leves e esguios. “Impossível. Eu nunca
faria isto”, diz quem ouve a saga vendo o picadeiro. Mas foi o que Conceição fez e agora diz: “Faz sim, na hora do desespero faz. Não sabemos do que somos capazes, até sermos postos a prova”. A história prossegue. Depois de tamanha façanha, ao chegar à porta salvadora; a razão de ser de toda aquela proeza, simplesmente achou a porta trancada... Um retumbante palavrão ecoou na calma tarde itaparicana. Agora, em vez de estar presa numa varanda estava literalmente enjaulada num corredor de um metro e meio de largura, entre paredes altas, fechado por porta e grades, ainda mais fora do alcance de socorro. Viu que se tivesse descido pelo lado de fora do corredor (fazendo a grade de escada, sem ter que se esmagar nos entremeios de cimento), teria chegado à gradeada garagem da outra casa, onde era mais fácil ser notada. Quis subir de volta e fazer o que devia ter feito antes, mas cadê forças? O corpo moído, braços e pernas escoriadas, mãos com hematomas... Gritou, gritou, gritou. Às oito da noite, o caseiro vizinho, voltando da rua, enfim ouviu e veio socorrê-la, transpondo os muros com ajuda de uma escada. Mas a coisa continuou complicada. Não havia jeito de partir o cadeado. Foi preciso malhar as grades por bom tempo até rompê-las. Cinco horas haviam se passado. Esgotada, tomou remédio pra dormir, passando da hora de se levantar sem escutar os chamados telefônicos e os das vozes apreensivas. Por muitos dias Conceição, sem mais largar uma pequena bolsa com chaves e celular, teve de repetir a narrativa, mostrando o cenário da peripécia aos incrédulos familiares e amigos, sempre concluindo a lamentar: “eu presa em minha casa e os bandidos soltos.” E Dalva, com a irreverência de sempre, a acrescentar: “É, presa na própria armadilha”.
l SAÚDE & BEM-ESTAR ....................................... 50 a 73
l AUTO & CIA....................................................122 a 125
l GASTRONOMIA................................................. 74 a 80
l IMÓVEIS..........................................................126 a 129
l FESTAS................................................................ 81 a 86
TRIBUNA DO LEITOR...................................................130
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86 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 87
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88 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 89
ESCOLA
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90 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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92 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 93
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94 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
ÁGUA / PURIFICAÇÃO
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ALUGUEL DE MÁQUINAS
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 95
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96 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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98 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 99
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CONSTRUÇÃO & REFORMA
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100 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
CONTABILIDADE
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CORTINAS
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 101
CORTINAS
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102 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 103
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104 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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108 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 109
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110 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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112 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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114 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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116 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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118 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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120 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
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ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. A revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 121
Usados ignoram crise do zeroquilômetro Segmento de veículos seminovos vai na contramão do setor e registra alta de 4,8 % no acumulado até agosto
H
á duas principais razões para a retração do mercado de veículos novos, segundo executivos do setor: falta de crédito e baixa demanda. Em agosto, o setor registrou queda de 7,4% em relação a julho, enquanto o acumulado anual está 9,4% abaixo dos números de 2013. O segundo sintoma é refletido na venda de seminovos, que, ao contrário dos zero-quilômetro, registra avanço de 4,8% nos primeiros oito meses do ano ante 2013. Segundo a Federação Nacional das Associações dos Revendedores de Veículos Automotores
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122 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
(Fenauto), foram comercializados 8,5 milhões de usados no período. Levantamento feito pelo Mercado Livre corrobora esses índices: os anúncios de usados cresceram 41% nos últimos 12 meses. Segundo o site de classificados, o modelo mais buscado é o Volkswagen Golf 2011. A explicação é simples: em vez de aplicar um valor mais alto em um zero-quilômetro, o consumidor tem preferido investir menos em um usado, evitando o financiamento. Além de mais cauteloso na hora da compra, o brasileiro está receoso quanto ao atual momento econômico e político do país, aponta uma pesquisa da Fecomercio SP. Segundo a entidade, o índice Intenção de Consumo das Famílias (ICF) “bateu mais um recorde negativo em agosto, atingindo 107,9 pontos, menor valor de toda a série histórica, iniciada em agosto de 2009”. A categoria de avaliação do momento para bens duráveis, da qual fazem parte os automóveis, está em 90,9 pontos, numa escala de 0 a 200. MAIS CRÉDITO Se a demanda é uma equação de solução complexa – que envolve desde promoções e reduções de impostos a lançamentos de produtos-, a questão do crédito tem dado sinais de melhora. Segundo levantamento do Itaú, u
Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 123
u planos concedidos com prazos de até 24 meses cresceram 3,9% de agosto de 2013 para agosto de 2014, indo de 25,5% para 29,4%. O engenheiro mecânico Sinjin Yano, 27, procura sedãs ou hatches na faixa entre R$ 62 mil e R$ 75 mil. A escolha mais fácil seria um dos últimos lançamentos do segmento, que trazem itens que ele busca, como garantia de três anos, controle de tração, indicador de economia de combustível e conexão bluetooth. “O que pesa a favor do 0km é a satisfação de ter um produto novo e as tecnologias atuais”, reflete Yano. A decisão, porém, ainda não foi tomada. “Por outro lado, há coisas que valorizo num usado, como preço mais em conta, design discreto, ter acesso a categorias superiores e a experiência do modelo em relação a custos de manutenção e recalls”, conclui o engenheiro. A universitária Gabriela Pedron, 30, cristaliza o que diz a pesquisa da Fecomercio SP. “Eu compraria um usado completo pelo mesmo valor de um novo ‘liso’. Não é uma indecisão, e, sim, o que considero ser o mais correto sobre como usar o dinheiro”. Rodrigo Mora / Folhapress.
124 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
Parte dos consumidores tem preferido custo-benefício dos usados a status e confiabilidade do carro novo. Dono de um VW Golf usado, Franklin Ferreira não compra carro zero por opção
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ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CONAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. A revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e credibilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a veiculação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 125
DESIGN Criação dos ambientes da casa precisa seguir estilo dos moradores e bom senso nas combinações
C
Decorar um imóvel por contra própria ou com ajuda profissional exige muita pesquisa
omprar apartamento ou casa recémconstruídos é a opção de boa parte das pessoas ao adquirir o primeiro imóvel. Para muitos, além da casa cheia de possibilidades, contratar profissionais para dar o acabamento, decorar ou organizar a mudança é a melhor opção para evitar erros ou perder tempo com a escolha dos itens que melhor combinam com o estilo dos moradores. Mas há também aqueles que decidem se arriscar na decoração por já terem interesse ou afinidade com a área. Marília Sampaio, 55 anos, aposentada, decidiu decorar por conta própria o apartamento da filha Mariana. “Aproveitei que ela trabalhava o dia todo e decidi fazer uma surpresa. Comecei a visitar lojas de decoração e conversar com os vendedores, que me deram
muitas dicas”, conta Marília, que jura não ser profunda conhecedora do assunto. Mas é preciso cuidado ao decorar um imóvel sem a contratação de um profissional, seja de um designer de interiores ou um arquiteto, que são os especialistas capacitados para oferecer o serviço com qualidade. “Émuito importante contratar o profissional, pois você ganha tempo”, completa Marília, que, apesar de ter atuado sozinha, acertou na decoração do apartamento da filha pesquisando muito na internet e discutindo com conhecidos suas ideias. “A hora de contratar um profissional é quando o cliente recebe o apartamento, não sabe o que fazer e não tem noção de decoração. Eu sou a favor de contratar um especialista para toda e qualquer área, pois
APARTAMENTOS
126 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
ele é quem entende do assunto e vai poder auxiliar o cliente a tomar as decisões corretas”, orienta Cátia Bacellar, designer de interiores e diretora da Associação Brasileira de Designers de Interiores na Bahia (ADB). Segundo Cátia, ao contratar um profissional, primeiro é preciso procurar informações sobre o trabalho já realizado por ele, verificar se o mesmo está atuante na ABD ou no Conselho de Arquitetura e Urbanismo do Brasil (CAU), além de verificar o histórico deste profissional. EMPATIA E AFINIDADE Para decidir se vai contratar um profissional ou fazer por conta própria, é importante ter certeza das suas necessidades, autoconhecer-se para saber os seus gostos u
JOĂ SOUZA / AG. A TARDE
Varanda gourmet, em projeto da arquiteta Mariana Fedulo
CASAS
Outubro de 2014 | Vilas Magazine | 127
u e preferências. Caso opte pela contratação de um profissional, ter empatia com ele é fundamental. Para Mariana Fedulo, 32, arquiteta e urbanista, “marcar com o profissional para ver se tem empatia é importante, pois, se você não simpatizar, é meio caminho andado para tudo dar errado”, acredita. Para Marília Sampaio, tudo é possível com criatividade e sensibilidade, “conhecer muito bem os que vão morar na casa é essencial. Eu conheço muito bem a minha filha e temos uma boa afinidade. Então foi mais fácil”, completa. Segundo Cátia Bacelar, um projeto seguindo a tabela da ABD pode custar entre R$ 80 e R$ 120 o metro quadrado. “Cada projeto é um preço e quanto maior o espaço, menor o valor do metro quadrado”. Mariana Fedulo diz que acreditar que contratar um profissional vai sair caro é um erro. “Um cliente queria comprar um móvel de R$ 7 mil e eu o orientei a comprar um de R$ 3 mil, pois ficaria melhor no ambiente”, exemplifica. O custo de um projeto com um arquiteto pode sair por R$ 3.500 em um apartamento de 45 metros quadrados. “A escolha dos materiais e dos fornecedores é feita de forma livre pelo cliente”, comen-
MILA CORDEIRO / AG. A TARDE
Marília Sampaio não é designer ou arquiteta de formação, mas usou bom gosto e pesquisa para decorar o apartamento da filha
Seguindo a tabela da ABD pode custar entre R$ 80 e R$ 120 o metro quadrado CASAS
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ta Mariana Fedulo, que diz indicar os fornecedores caso o cliente não tenha preferência. Sobre as tendências atuais, Cátia Bacellar diz que em Milão a horta viva com ervas, como manjericão e alecrim, em varanda gourmet está em alta, mas “a tendência é sempre o que o cliente quer”, completa. Salete Maso / Ag. A Tarde
DICAS
nPara decorar um ambiente com pouco espaço, devemos optar por cores mais claras e neutras, de modo a ampliar visualmente o espaço, abusando do colorido nos objetos, quadros e flores. Aproveitar estes espaços com nichos nas paredes de forma assimétrica e usar móveis com portas menos profundas também são alternativas possíveis para otimizar a decoração nUtilizar tapetes nos ambientes, além de dar aconchego, amplia o espaço, quando usamos a peça em apenas um tom. Melhor deixar as estampas para um papel de parede, em uma parede de destaque da casa nEm ambientes pequenos, devemos optar por tons pastel e trabalhar as cores nos acessórios. Nos ambientes maiores, temos mais liberdade nas escolhas, porém é preciso ter cautela para que o mesmo não fique pesado nO sucesso do uso das cores, sem deixar de lado a elegância, é o bom gosto nEspelhos promovem a sensação de amplitude, contudo é necessário atenção nas áreas de aplicação nFicar atento à proporção das peças escolhidas é o primeiro passo para não errar na elaboração e execução do projeto em apartamentos pequenos ou grandes
FIQUE ATENTO DECORADOR OU DESIGNER DE INTERIORES Profissional capacitado para planejar e projetar ambientes internos existentes ou pré-configurados, de acordo com as normas técnicas de acessibilidade e ergonomia, conforto luminoso, térmico e acústico. Cria, desenha e detalha móveis ARQUITETO Profissional capacitado para projetar, supervisionar e executar obras de arquitetura em ambientes, reformas, ampliações e alterações estruturais PERSONAL ORGANIZER Profissional treinado com habilidades específicas para assessorar pessoas que não têm tempo para a vida doméstica. Organiza objetos dentro dos espaços existentes de maneira mais funcional
FONTES: Mariana Fedulo, arquiteta, e Cátia Bacellar, designer de interiores.
CASAS
SALAS & LOJAS
IMOBILIÁRIA
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TRIBUNA DO LEITOR
Prefeitura esclarece questionamentos de cidadãos Com relação à reclamação do leitor Jônatas Aiolf (Tribuna do Leitor, edição de agosto/14), sobre a questão da iluminação pública na região de Ipitanga, a Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas informa que a Secretaria de Serviços Públicos prestou à devida atenção a solicitação feita quanto a situação denunciada. Em 4 de agosto, foi protocolado na secretaria uma solicitação de reposição de rede de distribuição de energia no poste identificado pela plaqueta nº 16.799, em caráter de urgência, diante da vulnerabilidade da área, o que pode facilitar a ação de delinquentes. O poste fica localizado a Rua São Paulo nº 296, em Pitangueiras. O leitor narra ainda que registrou um pedido de troca de três lâmpadas no serviço do “Alô Sesp” datado de 1º de julho, sendo atendido de forma gentil e obtendo prazo de 48 horas para atendimento da sua solicitação, o que, segundo o mesmo ocorreu dentro do esperado, entretanto uma lâmpada continuou apagada, o que gerou também uma reclamação na Citeluz, através do protocolo de n° 75.681. No intuito de apurar os fatos narrados pelo reclamante e atender à solicitação do mesmo, a Sesp procedeu com a pesquisa junto ao sistema interno de informações do serviço do “Alô Sesp” constatando que de fato houve um registro na data de 1º de julho feito para troca de três lâmpadas queimadas no local acima citado. Ocorre que, na ocasião do registro citado efetuado na Sesp, não foi informado que a solicitação quanto ao poste identificado pela plaqueta de n° 16.799 não se tratava de troca de lâmpada e sim de instalação de rede de distribuição de energia, o que só foi constatado posteriormente, no momento da visita técnica realizada pela empresa Citeluz. Ressalte-se que o serviço de inclusão de rede de energia não possui
prazo definido de atendimento, uma vez que se trata de serviço de realização de obra de iluminação, o que requer procedimentos operacionais específicos e aprovações de orçamentos financeiros cabíveis. É notório, portanto, que a Sesp cumpriu o prazo de 48h fornecido ao Sr. Jônatas na data de 1º de julho para troca de lâmpadas e que, só foi informada da necessidade de reposição de rede de energia na data de 4 de agosto, quando recebeu o documento contendo a referida solicitação em caráter de urgência, como mencionado acima. Em tempo, a Sesp informa que o serviço foi executado na data de 5 de agosto. Departamento de Comunicação da Prefeitura de Lauro de Freitas.
Leitora denuncia serviços e instalações de clínica médica
Faço uso do Sistema Único de Saúde, da minha cidade, e parabenizo o prefeito Márcio Paiva que tem feito um trabalho parcialmente positivo em referência a saúde, trabalho esse que poderia melhorar muito se os servidores fossem mais bem treinados para prestarem serviços mais qualificados e atenciosos à comunidade. Os médicos na sua mioria chegam atrasados, espremem os pacientes com atendimentos de dois a três minutos e saem mais cedo para atender em clínicas particulares, onde tem que cumprir horário. Frequento várias clínicas da cidade, como o ambulatório e clínica Bem-Querer e é incompreensível como médicos são coniventes com o atendimento em espaços físicos inadequados, com mofo e paredes encharcadas, limo, lugares totalmente sem condições de atender um ser humano. Peço à revista Vilas Magazine, que é um veículo de comunicação muito respeitado na nossa região e adjacências em apoiar a nossa comunidade nessas causas, que são de interesse real do cidadão. Rogeria Acipreste.
AVISOS & EDITAIS PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL FASE 3 (OPERAÇÃO) A Aladah Comércio de Combustíveis e Serviços Ltda., CNPJ 05.257.314/0001-98, torna público que está requerendo à Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos – SEMARH, a Licença Ambiental Fase 3 (Funcionamento), para o posto de abastecimento de combustíveis e serviços, localizado na rua Priscila Dutra, s/nº, lotes 1 e 2, Quadra A, Condomínio Vale Florestal, CEP 42700-000, Lauro de Freitas/BA. Ivana Doria Martinez Cabral Representante Legal SEMARH Secretaria Municipal de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos 130 | Vilas Magazine | Outubro de 2014
POLÍTICA AMBIENTAL Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas
Aladah Comércio de Combustíveis e Serviços Ltda. lPromover de forma continua programa de educação ambiental junto ao público interno e externo visando à melhoria nos aspectos ambientais da região. lAplicar a utilização de tecnologia limpa em todo processo da empresa, contribuindo com a diminuição de resíduos gerados na atividade. lEstabelecer objetivos e metas ambientais juntamente com todos os colaboradores internos e externos. lEstabelecer o uso consciente de energia através do gerenciamento e práticas de rotina.
Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas
Ivana Doria Martinez Cabral Representante Legal
TÁBUA DE MARÉS
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