Vilas Magazine | Ed 190 | Novembro de 2014 | 32 mil exemplares

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RADARES DA ESTRADA DO COCO ENTRAM EM OPERAÇÃO R

A Revista de Lauro de Freitas e Região

Ano 16 Edição 190 | Novembro de 2014 32.000 exemplares

ELE IÇÃO 2014 O VOTO POR REGIÃO EM LAURO DE FREITAS


segunda de uma io mo ín m o titivo co mod e e p s m o ta c le e é comp im que, alizado rmação tão glob É pensando ass spectiva fo o a d n m u u h m o. per um Nen ma opçã oje, em nal com amental, u h io , is c E a a . n a m u la d líng s não é ma esco o 1º ano do Fun s , o inglê íngue, u a il onteúdo 2 B c o á o nosso r s p e o u r s e G d la n o il o d V o, esa ,o nos portugu e Imersã em 2015 a os alu d a r u a e g u P n g l. lí a ín ion ente na do rama Bil internac integralm do 2º ao 8º ano s o Prog s o o m d e a r e lh s a o b IL n L a C tr lu oferec a ão ue os ares ser a. Para a Bilíng s m le a r rículo g r g in u o r c disciplin oP o, o língua s m a o a c c n e s m s o s é e em e tamb ning). N údos abalhar ted Lear ental, tr ns conte serão a u m r a g lg d a te n e u In F ge rido também do t Langua ralmente cump tuguesa r (Conten o g ano p te a in u líng tir do 9º será a r l n a a p s n o a io d c E a a. na gressam alh a ingles lunos in res trab u a a g s n n o li lí , ip a io c dam o éd do dis s utilizan no do Ensino M sde 2012, e estu de o d a lh a a e d trab o 2º xclusiva lantado ental até panhia e grama, ool, imp m h o c c S Fundam a h n rama Hig e o americano al do pro no Prog o a. Ao fin duas línguas. ir s e le il g s a in r a b da língu ncia nas currículo nativos proficiê s a e r o o d s ta s profe onquis s terão c os aluno

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EDITORIAL 2016 vem aí A prefeitura de Lauro de Freitas insiste em propor a abertura de comércio em áreas residenciais de Vilas do Atlântico, contrariando o Termo de Acordo e Compromisso (TAC) do loteamento e uma decisão formal da assembleia de moradores, que exigiu a sua manutenção. O anunciado questionário online “para ouvir os moradores”, afinal, resume-se a quatro perguntas. A única questão relevante é a que propõe definir a área comercial em Vilas do Atlântico (leia à página 11). Não bastasse perguntar o que já foi respondido por meio de legítimas instâncias representativas, a prefeitura ainda se dá ao espaço de ignorar completamente a resposta da comunidade. Das seis opções de resposta oferecidas, nenhuma contempla o posicionamento da assembleia de moradores. Mesmo que quisessem, os moradores não poderiam reafirmar a decisão anterior. Podem no máximo, recomendar a restrição do comércio à avenida Praia de Itapoan. Nos oito anos de gestão da prefeita Moema Gramacho (PT), nada se fazia ou deixava de fazer sem a concordância das entidades representativas – em Vilas do Atlântico e não só. Mesmo assim, os moradores votaram maciçamente em Márcio Paiva (PP) há dois anos, ajudando a derrotar João Oliveira, o candidato petista. Hoje, as associações de moradores são olimpicamente ignoradas, para não dizer desrespeitadas. Até por isso, a sensação geral é que se governa a esmo, com medidas esparsas que não guardam relação com um projeto para a cidade. Há ilhas de excelência na atual gestão, a exemplo do setor de trânsito, mas o panorama geral é preocupante, não apenas em Vilas do Atlântico. Os moradores morderam a língua, mas podem ter recuperado a memória. Neste último pleito, Moema Gramacho, eleita deputada federal, líder de votos por larga margem em todas as regiões de Lauro de Freitas, foi a mais votada inclusive em Vilas do Atlântico. As eleições de 2016 vêm aí.

Vitoriosos Por falar nelas, Lauro de Freitas sai das urnas em 2014 com dois personagens locais em posição de destaque. Além da própria Moema Gramacho, fortalecida com a liderança que provou manter na cidade, há João Leão (PP), eleito vice-governador na chapa de Rui Costa (PT). Historicamente ligado a Lauro de Freitas, Leão conquistou espaço no espectro político baiano ao expandir a sua votação pelo interior do estado e, aliado às cores dominantes, alcançou agora o Executivo baiano – onde se encontra aliado a Moema Gramacho. Antes adversários, hoje trabalham juntos por Lauro de Freitas. Bom para a cidade.

Contraponto Não existe oposição em Lauro de Freitas, nem representação de uma oposição local nos legislativos estadual e federal.

Ipitanga É impressionante a rapidez com que o prefeito ACM Neto

Carlos Accioli Ramos Diretor-editor

(DEM) assumiu responsabilidades em Ipitanga assim que descobriu que a área era responsabilidade sua. Não será surpresa nenhuma ver toda aquela região inteiramente recuperada nos próximos meses. Lauro de Freitas vai passar vergonha na divisa intermunicipal.

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FILIADO

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Registros & Notas Mobilização maçônica

Alcançou todos os objetivos a ação promovida pelas lojas maçônicas de Lauro de Freitas em outubro. Denominada Domingo Cultural, a iniciativa reuniu diversos segmentos e muita diversão para as crianças. A Ordem Demolay, organização voltada para jovens e mantida pela Maçonaria, apresentou o projeto de aquecedor de água solar (abaixo), a ser implantado na ACCABEM, entidade filantrópica que abriga idosos e deficientes físicos no bairro de Itinga. A REMCA – Rede de Mobilização pela Causa Animal de Lauro de Freitas, disponibilizou material educativo sobre proteção animal e cuidados para adoção de cães e gatos. Todos os alimentos, brinquedos e roupas arrecadados durante o evento, serão destinados para instituições filantrópicas do município.

Conservatório Mozart A empresária Eliane Brito (dir.), idealizadora e diretora do Conservatório Mozart, celebrou dia 22 de outubro, o 9º aniversário da instituição, ganhando um presente dos professores do conservatório, na forma de um sarau musical, pano de fundo de uma autêntica confraternização de família, reunindo pais, alunos e instrutores.

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Escambo O espaço Galpão Azul promove dias 7 (das 14h às 18h) e 8 (das 10h às 15h) um bazar da pechincha/escambo, onde pessoas podem trocar ou vender algum objeto que não use mais (eletrodomésticos, eletroportáteis, objetos de decoração, etc. – exceto roupas e calçados). Segundo as sócias do espaço, Vera Raupp e Carmen Carreira, a iniciativa ajuda a incentivar a circulação de energia estagnada. A taxa de participação é de R$ 10,00. Local: Galpão Azul (Estrada do Coco, km 2,5, rua ao lado da Lar Shopping - sentido aeroporto -, segundo conjunto de galpões). Participações podem ser confirmadas até o dia 4, com Vera Raupp (9222-7667) ou Carmen Carreira (9977-2528).

Talento novo

Rodrigo Mascarenhas Silveira Gomes concluiu o curso de Arquitetura e Urbanismo da Faculdade Unime e colou grau em agosto. Caçula do casal José Bonifácio e Ana Lúcia Gomes (com marcante atuação no Rotary Club Lauro de Freitas), Rodrigo divide o comando do escritório MXR Arquitetura e Interiores, em parceria com o colega Marco Almeida.

Brechó do Rotary O Núcleo de Senhoras do Rotary Club Lauro de Freitas promove, dias 7 e 8, das 8 às 12 horas, mais uma edição do Brechó Beneficente, na secretaria do clube (anexo da entrada do Colégio Mendel de Vilas, pela rua Praia do Forte - acesso próximo do restaurante Donana, na Av. Praia de Itapuã). Roupas novas e seminovas, calçados, bolsas, bijuterias e acessórios em geral, com preços acessíveis, compõem o leque de ofertas.


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CENA DA CIDADE EDMAR DE PAULO

A procissão de São Francisco voltou a descer o Joanes, de Portão a Buraquinho, em homenagem ao santo padroeiro dos pescadores da região

p VAI BEM

q VAI MAL

A prefeitura iniciou no mês passado a revitalização do asfalto no trecho inicial do acesso a Buraquinho, a duplicação da avenida Dois de Julho, o calçamento e urbanização de mais um trecho da rua José Leite, no Caji além de tocar pequenas obras de infraestrutura em diversos outros pontos da cidade. Em Ipitanga, a urbanização e asfaltamento também estão chegando, agora por conta da prefeitura de Salvador, rápida para assumir o território depois de ter descoberto que o trecho é responsabilidade sua desde 1969. Antes tarde do que nunca, inclusive em Lauro de Freitas, que tem muitos quilômetros ainda por incorporar à malha viária urbana. Mesmo o que já estava asfaltado vem ganhando nova cobertura e cuidados extras, por exemplo em Itinga.

Numa semana boa, com sorte, Vilas do Atlântico ganha um mini “tapaburacos” da prefeitura de Lauro de Freitas, deixando sempre uma ou outra armadilha para acabar com os pneus de quem insiste em circular pelo bairro. Em campanha, fez agora dois anos, o prefeito Márcio Paiva (PP) prometeu à Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva) que realizaria o que Moema Gramacho (PT) não fez em oito anos: dar novo asfaltamento a todas as ruas de Vilas do Atlântico. A ex-prefeita nunca tergiversou sobre o assunto e costumava explicar que enquanto houvesse uma rua de chão batido na cidade não poderia investir recursos onde, bem ou mal, já existe asfalto. Márcio Paiva, contudo, comprometeu-se com o oposto e obteve maciça votação em Vilas do Atlântico. Hoje, os planos (anunciados) da prefeitura para o bairro limitam-se à recuperação do asfalto na avenida Praia de Itapoan – e nem isso sequer começou a ser feito. A qualidade dos remendos é terrível. Cobrem hoje e na próxima chuvinha, os buracos resurgem. O famoso “sonrisal”. Alguém fiscaliza isso?

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CIDADE

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Questionário da prefeitura ignora decisão da comunidade sobre o TAC de Vilas do Atlântico

á está disponível no site da secretaria de Planejamento de Lauro de Freitas um questionário com quatro pontos destinado a “nortear o planejamento do loteamento Vilas do Atlântico”, conforme antecipado pela Vilas Magazine na edição de outubro. A ideia do prefeito Márcio Paiva é ouvir diretamente a população. De acordo com ele, haverá uma consulta para cada região da cidade. No que se refere a Vilas do Atlântico, a secretária de Planejamento e Gestão Urbana Eliana Marback explicou que “tomamos a decisão de ouvir todos os moradores porque precisamos saber o que é que o morador deseja para Vilas do Atlântico”. O primeiro ponto pede resposta a uma

questão que as associações de moradores de Vilas do Atlântico já responderam: “Em quais vias você acha que deve haver empreendimentos comerciais, de serviços ou institucionais?”. A posição das associações de moradores veio lastreada na decisão de uma assembleia geral de moradores. Para a Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), para a Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova) e para outras entidades representativas da comunidade, só deve haver comércio onde o Termo de Acordo e Compromisso do loteamento permite. O questionário dá seis opções de resposta, mas nenhuma delas contempla o posicionau mento da comunidade, já formalmente

EDMAR DE PAULO

Eliana Marback, secretária de Planejamento: garantia de sigilo dos dados

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CIDADE

u apresentada à prefeitura. Dessa forma, em hipótese nenhuma os respondentes poderão reafirmar a decisão da assembleia de moradores. Pode-se, no máximo, recomendar a restrição do comércio à avenida Praia de Itapoan. Quem quiser responder à pergunta terá que escolher uma das seguintes respostas: (deve haver empreendimentos comerciais, de serviços ou institucionais) l Apenas na Praia de Itapoan l Apenas na Praia de Itapoan e Praia de Pajussara l Apenas na Praia de Itapoan, Praia de Pajussara e Praia de Tramandaí l Em nenhuma delas l Em todas as vias l Em todas as vias onde transita transporte público As outras três perguntas abordam o fechamento de ruas com guaritas (sim ou não), o transporte público (linhas convencionais ou circulares, com terminal ou não) e o recolhimento de lixo em Vilas do Atlântico (diurno ou noturno). De acordo com Marback, “será uma consulta totalmente democrática” porque, identificando-se pela inscrição imobiliária de sua residência, “todos os moradores de Vilas do Atlântico terão oportunidade de opinar sobre os assuntos que estão sendo discutidos”. Quem quiser responder o questionário pode acessar o endereço http://seplan.laurodefreitas.ba.gov. br e clicar no banner “Vilas, queremos ouvir você”. Na janela seguinte, o usuário do sistema deverá informar um número de inscrição imobiliária e o nome do proprietário para fazer um cadastro. Apenas números relativos a imóveis de Vilas do Atlântico têm acesso ao sistema. Cada inscrição imobiliária dá acesso ao sistema uma única vez. A prefeitura garante que “os dados são sigilosos, e que serão divulgados apenas os resultados consolidados do questionário, preservando a privacidade do cidadão”. Para a prefeitura de Lauro de Freitas, “o estímulo ao diálogo com variados segmentos da sociedade tem sido uma prática bastante utilizada pela atual gestão, especialmente nos últimos meses, com a realização de conferências, reuniões, palestras e debates”.

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Ministério Público vai apurar denúncias de Mirela Macedo

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HELTON OLIVEIRA

titular da 5ª Promotoria de Justiça da comarca de Lauro de Freitas, Patrícia Peixoto Mattos, determinou a instauração de um inquérito civil visando apurar denúncias da vereadora Mirela Macedo (PSD) sobre supostas irregularidades na Câmara Municipal de Lauro de Freitas. O Ministério Público havia dado início aos procedimentos preliminares que resultaram agora na abertura do inquérito. De acordo com relatório apresentado no ano passado por Mirela Macedo, “a Câmara Municipal de Lauro de Freitas Vereadora Mirela Macedo (PSD) paga quase sempre com valores muito superiores aos praticados no mercado pelos serviços e produtos que contrata em suas licitações”. O relatório afirma que que a Casa Legislativa “chegou a pagar cerca de R$ 35 mil acima do valor de mercado na locação por doze meses de dois veículos”. A vereadora sustenta que houve superfaturamento de mais de 1000% em relação aos preços praticados no mercado em outros casos. A denúncia foi protocolada pela vereadora junto ao Ministério Público há quase um ano. Desde então a promotoria realizou reuniões mensais com as partes envolvidas para entender o caso, por meio do procedimento de investigação preliminar. Convertido agora em inquérito civil, a promotora acata o pedido de Mirela Macedo, demonstrando assim a pertinência da denúncia. O Tribunal de Contas do Município (TCM) também acompanha a investigação, por meio de denúncia do Ministério Publico de Contas. O processo 13098-14 denuncia formalmente o atual presidente da Câmara Municipal, Gilmar de Oliveira (PSD), que ainda não se pronunciou publicamente sobre o caso. Para a vereadora Mirela Macedo, a entrada efetiva do Ministério Público Estadual e do Ministério Público de Contas na investigação “demonstra a importância de as instituições públicas e civis estarem engajadas no controle social dos atos dos gestores públicos”.


especificamente para os coletivos, o tráfego de veículos deverá ter maior fluidez, pois os ônibus passam a apanhar os passageiros em um espaço mais apropriado, fora da pista de rolamento.

Estrada do Coco conta com nova estrutura de parada de ônibus

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comunidade passa a contar também com novas estruturas de parada de ônibus na Estrada do Coco, nas imediações do Hospital Menandro de Faria, tanto no sentido Salvador quanto na direção oposta. Com a implantação de um novo abrigo e um recuo na via, destinado

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CIDADE

Novos radares flagram velocidade, invasão de faixa e avanço de sinal

O

trânsito de veículos em Lauro de Freitas já tem fiscalização. Pela primeira vez o cidadão pode ser multado na cidade se for flagrado falando ao celular enquanto dirige, por exemplo. Para isso, basta um agente municipal de trânsito mais atento. Equipado com um tablet, ele pode registrar uma autuação em menos de um minuto. Menos tempo ainda levará a autuação por invadir a faixa de pedestres, furar o sinal vermelho ou exceder a velocidade permitida na Estrada do Coco e na via alternativa. Os primeiros radares da cidade, já instalados, flagram essas infrações automaticamente. De quebra, o limite de velocidade em todo o trecho da Estrada do Coco que atravessa Lauro de Freitas passa a ser de 60 Km/h. Inédita em Lauro de Freitas, a fiscalização só não pegou de surpresa os motoristas porque a secretaria municipal de Trânsito, Transporte e Ordem Pública promoveu longa “ação educativa” antes de partir para as ruas. Mesmo assim, mais de quatro mil autuações já foram aplicadas desde 15 de setembro. Segundo a secretaria, as infrações mais frequentemente registradas na cidade incluem o uso de celular ao volante, o estacionamento sobre as calçadas e falta de uso do cinto de segurança. Na opinião do secretário Moyses Mustar, responsável pela pasta, o grande volume de multas é resultado da falta de fiscalização no passado, quando “imperou na cidade uma cultura de desrespeito às leis de trânsito”. A

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aplicação de multas pela prefeitura tornou-se possível depois da municipalização do trânsito – um processo formal iniciado há mais de quatro anos e concluído na atual gestão. Com a quarta maior frota de veículos da Bahia – quase 65 mil veículos registrados – Lauro de Freitas suporta ainda o tráfego dos municípios vizinhos, Segundo Mustar, uma média de 100 mil veículos transitam diariamente na cidade. O grande volume de tráfego justificaria “um número significativo de acidentes, inclusive com vítimas”, afirma. A secretaria de Trânsito “vem diuturnamente tentando diminuir os índices de acidentes por meio ações educativas e da fiscalização”, sublinha. Mas os novos radares prometem melhorar bastante esse esforço. Os equipamentos passam por testes e serão aferidos para entrar em operação ainda este mês. Transitar pela Estrada do Coco a 80 Km/h vai custar R$ 638,45 – ou cinco pontos na carteira. Mas já depois de passar pelo quarto radar, acumulando 20 pontos, o motorista perde a Carteira Nacional de Habitação e o direito de dirigir. Se, pelo caminho, invadir faixas de pedestres ou avançar um sinal vermelho a conta fica ainda mais salgada. Tudo automaticamente. Mustar destaca que “o propósito não é multar e sim coibir o excesso de velocidade, causa maior dos acidentes na Estrada do Coco”. Só no primeiro semestre deste ano foram registrados 359 acidentes nos 7,5 Km da via – uma média de dois por dia. As medidas “também fazem parte do

Plano Nacional de Redução de Acidentes e Segurança Viária para a Década 2011-2020, recomendado pela ONU e implantado pelo Ministério das Cidades através do Denatran”, conta Mustar. Para quem vem de Salvador, os dois primeiros radares espreitam os motoristas no Km 0,7 da Estrada do Coco, na altura da entrada para a avenida Dois de Julho, nos dois sentidos da via. Outros dois foram colocados logo depois da primeira curva da via alternativa e após o viaduto – um ponto tradicional de acidentes ocasionados pela velocidade excessiva. A Vilas Magazine publicou, em março de 2009, reportagem a respeito daquele trecho. Devido à inclinação excessiva, os motoristas só percebem eventual trânsito parado, ou mais lento, à sua frente, quando ultrapassam o


ponto mais alto do viaduto. Com frequência, mesmo a 40 Km/h o espaço é insuficiente para frear e evitar uma colisão com engavetamento. Há cinco anos, o trecho registrava mais de 20 acidentes por mês. Segundo o Batalhão de Polícia Rodoviária (BPRv), responsável pela via naquela época, pelo menos 60 veículos envolviam-se em acidentes no local todos os meses. Mais adiante, no cruzamento u da ponte sobre o Ipitanga

Sinaleira e faixa de pedestres: novos radares flagram infrações na via alternativa e Estrada do Coco

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CIDADE

u que dá acesso ao Centro, em frente ao Conjunto Clériston Andrade, outro radar flagra o avanço de sinal vermelho e qualquer invasão da faixa de pedestres. Já de volta à Estrada do Coco, equipamento semelhante vigia o semáforo e a faixa em frente à Insinuante. Mais dois radares aguardam os motoristas no Km 5,5, em frente ao marco de Vilas do Atlântico e no Km 7, entre a passarela de pedestres e a ponte sobre o Joanes. Novos projetos prevêem regulamentar a carga e descarga de mercadorias e criar o “Zona Azul” – estacionamento pago em via pública, como forma de ordenar e melhorar a mobilidade urbana numa cidade travada pelo excesso de veículos nas ruas. Mustar garante ainda que a sempre reivindicada passarela do Km 0,5 da Estrada do Coco, no Jardim Jaraguá, “em breve será instalada visando por fim ao gargalo ali existente”. Hoje existe um semáforo naquele trecho, instalado depois de sucessivos acidentes fatais com pedestres.

Motoristas ignoram regra de preferência em mini-rótulas

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inguém se escusa de cumprir a lei, alegando que não a conhece – avisa a própria, para que não restem dúvidas. Mas o que não falta por aí é motorista legalmente habilitado que de fato não conhece o Código Brasileiro de

Trânsito (CBT) – que é uma lei como as outras e não mero acordo entre vizinhos. E só não se desconhece completamente as normas de circulação porque já existem veículos vindo em direção contrária no lado esquerdo da via. De resto, a impressão geral é de o CBT nunca foi lido. Os flagrantes mais graves dessa ignorância estão relacionados ao direito de preferência de trânsito em vias não sinalizadas. Desenhando: quem passa primeiro quando não há semáforo nem placas de trânsito? A dúvida parece surgir a cada cruzamento. EDMAR DE PAULO

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A mini-rótula de acesso a Vilas do Atlântico: regras de preferência são válidas Placa sinaliza rótula e obrigação de dar a preferência (dir.) Surge, mas não atormenta muita gente. Costuma ser resolvida com recurso ao tamanho – ou do veículo ou do ego do motorista. O maior passa primeiro, como na lei da selva. Isso vale também, ou principalmente, para uma mudança de faixa. A maioria parece acreditar que basta ligar o pisca e girar o volante na direção desejada: quem vem atrás na faixa invadida é que deve reduzir a velocidade para dar espaço ao invasor. Falso. A preferência de passagem é de quem já circula na via que se deseja acessar ou daquele que chegar a um cruzamento pela direita de outro motorista. Mas quem se lembra de ter aprendido isso prefere fazer de conta que esqueceu. A regrinha vale também para as rótulas ou rotatórias. Reza o CBT que “quando veículos, transitando por fluxos que se cruzem, se aproximarem de local não sinalizado, terá preferência de passagem, no caso de rotatória, aquele que estiver circulando por ela. A regra da preferência em rótulas costuma afligir especialmente os motoristas que trafegam por Vilas do Atlântico. Logo na entrada principal do bairro aparece a primeira rotula – ou seria retorno, contorno?

Tecnicamente, explicam os especialistas em trânsito, há as rótulas e as “mini-rótulas”, que são interseções com menos de 45 metros de diâmetro, como as de Vilas do Atlântico. As regras são as mesmas, mas, de acordo com o engenheiro de tráfego Frank Blackmore, o comportamento dos motoristas tende a ser diferente. Como as vias periféricas à mini-rótula permitem circulação direta entre elas, a tendência é que os motoristas trafeguem como se estivessem apenas fazendo uma curva, sem sair da via em que se encontram. O resultado é que muitas vezes o trânsito “trava”, com o círculo cheio de veículos e as vias de acesso engarrafadas. A cena é recorrente na entrada principal de Vilas do Atlântico. O ideal, para os especialistas, é que todas as ruas que dão acesso a uma rótula ou mini-rótula sejam sinalizadas, obrigando a dar preferência a quem já circula por ela. Na prática, contudo, é sempre uma questão de educação para o trânsito. Para Moyses Mustar, secretário de Trânsito de Lauro de Freitas, “a maior vantagem das rotatórias é que elas permitem melhorar o fluxo do trânsito e permitem que seja feita

a travessia sem a necessidade de semáforos”. Para ele, “as rotatórias são uma ferramenta democrática e dinâmica do trânsito”. Alana Freire, coordenadora executiva da secretaria e superintendente de trânsito verifica que “a instalação de rotatórias em Lauro de Freitas provoca diversas reclamações entre os motoristas”, como toda mudança de trânsito. “Muitos não entendem o porquê deste tipo de intervenção e acreditam que as rótulas só tornaram ainda pior o já complicado trânsito da cidade”, conta. Mas boa parte da má vontade se deve ao desconhecimento da regra de preferência. Mustar defende o uso das rotatórias porque, “se bem utilizadas, servem para regrar o trânsito e diminuir a velocidade dos veículos”, o que também ajuda a prevenir acidentes.

Moyses Mustar, responsável pelo Trânsito e Transporte: controle eletrônico Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 17


CIDADE

Ipitanga ganha serviços e infraestrutura de Salvador

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prefeitura de Salvador iniciou no mês passado o que chamou “intervenções de recuperação do Loteamento Marisol”, em Ipitanga, que pertence à capital baiana desde 1969. A área já recebeu melhorias na iluminação com a reposição de braços e lâmpadas nos postes. Está prevista ainda a melhoria da potência elétrica, a ser realizada pela Secretaria Municipal de Ordem Pública de Salvador. A Empresa de Limpeza Urbana de Salvador também já presta serviços no loteamento, com ações de roçagem, pintura, sacheamento e remoção de produto. As próximas etapas incluem coleta domiciliar, varrição, limpeza da praia, instalação de papeleiras e coleta de entulho e podas. Além disso, será feito um completo acompanhamento de fiscalização de limpeza com ações de educação ambiental. Uma “operação tapa-buracos” e a poda das árvores, sob responsabilidade da Superintendência Municipal de Conservação e Obras Públicas da capital, estavam sendo finalizados. O órgão também já realizou 50% da recuperação de passeios e estão sendo confeccionados os dispositivos para revisão da microdrenagem. A Superintendência de Trânsito e Transporte (Transalvador) deverá promover ações na região, como implantação da sinalização e disponibilização de linhas de transporte coletivo. As ações da Prefeitura de Salvador no Marisol tiveram início em setembro, logo depois da publicação de reportagem da Vilas Magazine revelando o erro de registro do loteamento, nos anos 70. O Marisol foi licenciado por Lauro de Freitas em território de Salvador, bem como todo o restante de Ipitanga a partir do antigo kartódromo. A intenção da prefeitura de Salvador é passar a oferecer os serviços públicos essenciais, incluindo manutenção do asfalto, fiscalização do tráfego e ordenamento do uso do solo. Salvador reitera que não haverá cobrança de débitos de IPTU relativos ao período em que a região pagou o imposto ao município de Lauro de Freitas.

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Placa da prefeitura de Salvador avisa que a região entrou no mapa


Rotary Club realiza 5ª edição da Feira da Cidadania

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Rotary Club Lauro de Freitas realizou no mês passado, em parceria com a UNIME e diversas entidades públicas, a 5ª edição da Feira da Cidadania. Foram oferecidos 41 serviços diferentes à comunidade, com um total de 2.768 atendimentos. Além da “escovação supervisionada”, sempre um sucesso na Feira da Cidadania, com 400 atendimentos, foram muito demandados os testes de glicemia, inclusive capilar, com 550 atendimentos. Certificados de “Amigo da Feira da Cidadania” foram entregues diversas personalidades que vêm apoiando a realização do evento ao longo dos anos. Além de Haroldo Neto, presidente do Rotary Club Lauro de Freitas e seus integrantes, estiveram presentes o prefeito Márcio Paiva, o secretário municipal de Saúde Bruno Barreto e a direção da UNIME. Já uma tradição em Lauro de Freitas, a iniciativa movimenta empresas e serviços públicos numa vasta gama de atendimentos, de consultas clínicas de saúde e pediatra, ginecologia, odontologia, otorrinolaringologia a testes de hepatite, vacinação animal e humana, rastreamento de câncer de boca e triagem auditiva neonatal. Orientação nutricional para cães e gatos e atendimento clínico animal também foram oferecidos. Nesta edição houve ainda avaliação nutricional e orientação alimentar, avaliação postural a cargo da área de Fisioterapia da Unime, avaliação por fisioterapeuta na saúde da criança, da mulher, do idoso e do atleta. A aferição de pressão arterial também foi muito procurada, ao lado do atendimento à criança e aos idosos, assim como serviços de tipagem sanguínea e testes de glicemia, orientação sobre o uso racional de medicamentos e plantas medicinais, entre outros.

Mais de 2,7 mil atendimentos foram disponibilizados gratuitamente para a comunidade

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EMPREENDEDORISMO

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estímulo ao empreendedorismo tem sustentado a economia local em grau crescente, contrapondo-se ao elevado perfil de desemprego que historicamente marca a Região Metropolitana de Salvador. Ao lado do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae), um dos elementos responsáveis pelas experiências positivas é o Programa de Microcrédito do Estado da Bahia (CrediBahia), que realizou cerca de 133 mil operações de crédito nos últimos doze anos em municípios de todas as regiões do Estado. No período, os financiamentos do CrediBahia ultrapassaram a marca de R$ 251 milhões. O objetivo é estimular diversas atividades de pequenos empreendedores baianos, como a de Zenildo Melo Silva, 55 anos. Natural de Jequié, ele e sua família vivem em Lauro de Freitas há 14 anos. Quatro anos depois de deixar o interior em busca de novas oportunidades, ele montou uma pequena fábrica de temperos, num espaço com aproximadamente 15 metros quadrados. Com orientação do Sebrae, o empresário obteve acesso às linhas de crédito do Credibahia. Desde então, já tomou quatro empréstimos. Segundo Zenildo, com o dinheiro foram adquiridos novos equipamentos que, além de facilitar o manuseio, proporcionaram o aumento da produtividade. “Na primeira vez, consegui pegar mil reais e comprei um liquidificador melhorzinho”, conta. Pagando as prestações em dia, Zenildo viu o crédito

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Zenildo Melo e a filha Itana: expansão sustentada pelo crédito oficial

Microcrédito oficial apoia empreendedores locais aumentar. “Aí, me emprestaram outro total”, diz. “Fui e comprei uma balança, porque a minha era da cozinha. Depois comprei um liquidificador maior, onde bato cerca de 20 quilos de tempero. Por último, tomei mais um dinheiro emprestado para comprar uma máquina que descasca dez quilos de alho em cinco minutos”. Agora os clientes de Zenildo já não precisam esperar tanto para receber o produto.

“Antes de acabar no estoque já posso fornecer novamente”, calcula o microempresário, que com o apoio da filha Itana Melo, estudante de radiologia, também produz licores. Resultado do trabalho em família foi a conquista de uma clientela fiel. “Tenho entre 55 e 60 clientes, entre mercados médios e pequenos, mercearias e açougues. Estou muito satisfeito. Com este trabalho consegui comprar um carro de segunda: através do


tempero, paguei tudo e o carro já é meu”. Os negócios vão tão bem que Zenildo está pensando em adquirir um veículo maior para facilitar a entrega dos produtos, que saem da pequena fábrica após serem cuidadosamente embalados em potes ou sacos plásticos para, em seguida, serem pesados e rotulados. O empresário já pensa em recorrer novamente ao CrediBahia. “Com um crédito maior, posso comprar um carro melhor para adquirir a mercadoria e entregar os temperos”, diz. Para atrair novos clientes ao Credibahia e estimular a atividade de pessoas como Zenildo é que foi realizada em Salvador a 9ª

edição da Oficina de Agentes de Crédito do CrediBahia. Cerca de 200 agentes de crédito, que atuam em 184 municípios de todas as regiões do estado, participaram do evento, no mês passado. Segundo Joaquim Oliveira, coordenador de Microcrédito e Finanças Solidárias da secretaria estadual do Trabalho, Emprego, Renda e Esporte, a oficina também objetiva avaliar as ações do programa no ano anterior e fazer projeções para o ano seguinte. Segundo ele, o CrediBahia foi concebido para atender ao micro e pequeno empreendedor. “A linha de financiamento pode ser

acessada por todo e qualquer microempreendedor que tenha atividade produtiva, seja ele um vendedor de geladinho, uma baiana de acarajé ou pequenos empreendedores com faturamento de até R$ 120 mil por ano”, conclui. Maria Madalena Teodoro é uma das agentes de crédito que atuam no extremo sul da Bahia. Ela conta que o seu trabalho consiste em atender as pessoas que têm pequeno negócio e não têm acesso às linhas de crédito convencionais disponibilizadas pelos bancos. “Visitamos estas pessoas e orientamos para que elas possam crescer e desenvolver cada vez mais”, conta.

Jaime de Moura Ferreira

Minha doninha Ensaio com palavras iniciadas com notas musicais

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odó, minha doninha doidivana, ressentiu-se dodói. Lânguida, reabilitou-se recentemente. Face doença micótica labial, silenciou significativamente. Realizando façanha dorida, reagiu milagrosamente, recuperando-se e dobrou a dosagem simpática, reatando a labuta. Dominante, dorso dourado e fagueira, reacendeu o regozijo familiar e a sinfonia doméstica, falcatruando mimos reforçados. Sintonizando soluções repentinas e redundantes, doa doçura facial farta e reações sólidas refinadas. Doninha é faceira, resignada e responsável. Rebola fabulosamente farreando lampejos mirabolantes. Faminta, fareja e solicita larvas, minhocas e lagartas, fazendo fanfarra. Recebe o donativo solene, lacera e “lambe”, reabsorvendo o reboliço. Reciprocamente, reanima a lambança regenerada, soltando faíscas simbólicas. Realista, reabre a situação fascinante regalada, dobrando a fantasia lânguida.

Domingo, recebi-a receosa, retraída e dolente. Domei-a, reeducando-a mimosamente. Recusou dominação repressiva e readaptou-se fantástica e favoravelmente à doutrina falada. Sisuda, late reacionária e sinceramente, regulando a recepção. Fatigada, dorme simples, dobrando-se simetricamente, renunciando a família. Doninha é donatária domiciliar solidária, sincera e donosa. Mística e misteriosa reage à fadiga e síncopes, recarregando e recuperando a faceirice famosa. Doninha é fantoche real, documentando o rebuliço mímico, refletindo a faceta solerte, simultânea e latente. Reina simplesmente e renuncia fachada milionária. Renascendo misteriosamente, recomeça doçuras, fascinando e renovando o regalo favorito e relevante, requintado e mirabolante. Donzela, repudia a missão reprodutora e lactante. Renova facilmente o latido lacônico e silábico, reajustando o falsete relaxado. Dominando o sol, reivindica refresco e a fadiga solapada falece, rejuvenescendo-se.

Receia fantasmas. Dorme regularmente lançando lânguidos soluços. Rejeita mingau e doçaria, mirando a refeição sólida reservada. Rebate falsidade e doesto, soltando lamentos sinistros. Reage à realeza falida e repele farsas e lamúrias remontadas. Dodó remoçou minhas faculdades fadigadas e solidificou o lazer domiciliar. Resumindo, minha doninha reencantou o lar, reabilitou e dobrou o reflorescer reerguido. Doninha: pequeno mamífero carnívoro da família dos mustelídeos, de pequeno porte, medindo entre 15 a 35 centímetros.

JAIME DE MOURA FER­R EIRA é ad­m i­ nistrador, consultor organizacional, professor universitário e escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas e coordenador de Meio Ambiente e Relações Empresariais da SALVA - Sociedade dos Amigos de Vilas do Atlântico. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

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ELEIÇÕES

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Votação de Aécio Neves em Vilas do Atlântico repete padrão nacional

retrato das eleições deste ano em Lauro de Freitas não destoa da Bahia, nem do Nordeste em geral, com Dilma Roussef (PT) vencendo por larga margem (65% do total de votos, brancos e nulos incluídos) na cidade. Não destoou também do panorama nacional, já que o eleitorado da região de maior renda – Vilas do Atlântico e seu entorno – preferiram Aécio Neves (PSDB), tanto no primeiro quanto no segundo turno. Considerado o total de votos, Aécio venceu Dilma por 58% a 37% somadas as urnas de quatro locais de votação: os colégios Apoio, Mendel e Sartre COC e a Unime. Nas seções eleitorais instaladas no Sartre a preferência pelo candidato do PSDB chegou a 69%. Cenário oposto foi registrado nas urnas das regiões menos desenvolvidas da cidade, com destaque para Areia Branca, onde a petista alcançou 82% do total de votos contra 12% para Aécio Neves. Assim como no restante do país, a votação desigual reflete a desigualdade sócio-econômica. O cenário já havia sido registrado na eleição presidencial de 2010, quando o candidato

tucano José Serra conquistou o seu melhor resultado na região de Vilas do Atlântico, mas foi agora levado ao limite. Mesmo na região Serra amargou um terceiro lugar, com 28% dos votos válidos contra 35% para Dilma Rousseff e 36% para Marina Silva – que este ano ficou em último lugar, atrás de Dilma e de Aécio. Para apresentar o recorte regional do voto em Lauro de Freitas, a Vilas Magazine examinou mais de 300 boletins de urna de 36 locais de votação da 180ª Zona Eleitoral. Os dados são divulgados pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Nos gráficos das páginas 24 a 29, as regiões estão representadas na proporção do eleitorado que compareceu à votação em cada uma. O resultado pode não espelhar fielmente a vontade do morador de cada região, já que ao eleitor é facultado, sempre que possível, escolher o local em que deseja votar, ainda que em bairro diferente daquele em que reside. De modo geral, entretanto, a grande maioria dos eleitores vota nas imediações da sua residência, o que permite a análise do comportamento dos eleitores por região. Para efeitos desta avaliação, as urnas instaladas na Escola Municipal Félix Cardoso de A deputada federal eleita Moema Gramacho posa para fotos com familiares e membros do PT local depois de votar em Portão

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Araújo, em Portão, voltaram a ser contadas como parte de Itinga, onde residem os eleitores ali registrados, e de onde as seções foram anteriormente transferidas. De fato, naquelas seções o comportamento do eleitor acompanha o de Itinga em geral, destoando do de Portão. O resultado das urnas instaladas na Unime foi considerado representativo dos moradores da região de Vilas do Atlântico. Os eleitores registrados no Quingoma foram incluídos no grupo de Areia Branca. GOVERNO A mais desfavorecida das regiões da cidade, Areia Branca foi também, mais uma vez, a região que mais sufrágios deu ao PT em qualquer dos pleitos este ano. Rui Costa, governador eleito, recolheu ali 54% dos votos totais, bem acima do que obteve no restante da cidade. Dos pouco mais de 35 mil votos de Rui Costa e João Leão (PP), eleito vicegovernador, cerca de 15 mil vieram de Itinga, o maior colégio eleitoral da cidade. Em Vilas do Atlântico o eleitorado preferiu Paulo Souto (DEM), que obteve 51% contra 24% do petista. Otto Alencar (PSD), senador eleito na chapa petista, alcançou em Itinga 49% dos votos contra 21% em Vilas do Atlântico, onde a vitória seria de Eliana Calmon (PSB). Mas nenhum desempenho se compara ao de Moema Gramacho (PT), deputada federal eleita, que cravou 37% dos votos totais naquela região. A ex-prefeita liderou a votação das proporcionais em quase todos os locais de votação da cidade, liderando inclusive em Vilas do Atlântico. Moema só não foi a mais votada no Apoio, Mendel e Sartre COC. Ali, o preferido foi Antônio Imbassahy (PSDB). No total da cidade, Moema Gramacho recebeu mais de 20% dos votos totais, incluídos os nulos e brancos. Com 18.509 votos, deixou num distante segundo lugar (7%) a Tia Eron (PRB) – uma de três, entre os seis candidatos mais votados, que não têm ligação com Lauro de Freitas. Dos candidatos com alguma cone-


NOSSA OPINIÃO

A xão à cidade, foi eleito, além de Moema, o atual deputado estadual Cacá Leão (PP). Em Lauro de Freitas, Cacá obteve 2.971 votos. Com a terceira maior votação da cidade para a Câmara Federal, embora não tenha sido eleito, desponta o vereador Alexandre Marques (PRP), conquistando 14% do total na região do Centro, sua base eleitoral e 6.017 votos em toda a cidade. Além de Imbassahy, foi bem votado na cidade para a Câmara também o candidato Irmão Lázaro (PSC). Ligados a denominações religiosas evangélicas, PRB e PSC obtiveram votação bastante uniforme para os seus candidatos em Lauro de Freitas – exceto em Vilas do Atlântico e Areia Branca, onde Imbassahy e Moema ocuparam mais espaço. ASSEMBLEIA O chamado “voto religioso” voltou a aparecer no pleito para a Assembleia Legislativa, com Sidelvan Nóbrega (PRB) e Pastor Sargento Isidório (PSC) ocupando uniformemente o cenário. Ambos estão também entre os mais votados do estado. Mais uma vez, foram exceções Vilas do Atlântico, que registrou grande votação em branco e votos nulos e Areia Branca, onde o vereador Antônio Rosalvo (PSDB) liderou a votação em pleno reduto petista. No município, o vereador tucano foi o quarto mais votado, alcançando a sua segunda melhor votação em Portão. Ao contrário do que ocorre ali, o recorte de votos por região mostra que PRB e PSC alcançam a mesma votação média mesmo onde candidatos tradicionais como Chico Franco (PCdoB) mantiveram o eleitorado, em Portão

O ex-prefeito Roberto Muniz aguarda na fila de votação do Colégio Apoio, em Vilas do Atlântico com a esposa do prefeito, Adriana Paiva. Abaixo, agentes de limpeza varrem provas de que a “boca-de-urna” continua comum em Lauro de Freitas. e no Centro. Vale destacar o desempenho do deputado estadual eleito Manassés (PSB), apoiado em Lauro de Freitas pelo vereador Carlucho, do mesmo partido – que não concorreu este ano. Carlucho foi o segundo mais votado de Lauro de Freitas para a Assembleia Legislativa em 2010. Mais uma vez, nenhum dos candidatos locais foi eleito, mas a expressiva votação de Mirela Macedo (PSD), também em outros

exemplo do que ocorreu no resto do país, a campanha deste ano em Lauro de Freitas foi palco de disputas rasteiras, indignas de gente que se diga politizada, principalmente nas redes sociais. Ocorre que, em campanha, nada se diz, nada se faz, que não tenha sido detectado pelo marketing como efetivo para movimentar o eleitor na direção desejada. Daí se conclui que fomos todos apresentados a quem somos nós, em maioria: um povo influenciável por meia dúzia de insultos, receptivo a grosserias.

municípios, garantiu uma vaga de segundo suplente à vereadora. Mirela só não liderou a votação no Centro e em Portão – redutos de Chico Franco, onde este ganhou a maioria –chegando a alcançar 15% (mais de cinco mil votos) em Itinga. O seu menor percentual foi registrado em Areia Branca, onde também cedeu a liderança para Antônio Rosalvo. Ao todo, Mirela registrou 10.771 votos em Lauro de Freitas, num desempenho inédito para quem obteve o primeiro mandato político há u apenas dois anos. VIVIANE SALES

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EVENTOS

Salvador sedia este mês evento internacional da cultura de paz

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tivistas da cultura de paz do Brasil e de diversos países se reúnem em Salvador durante o 3º Seminário Internacional de Agni Yoga e o 1º Encontro Panamericano do Pacto Roerich e da Bandeira da Paz, de 27 a 30 deste mês, no Centro de Treinamento de Líderes, em Itapuã. O bairro bucólico, cantado por tantos poetas, serve de cenário para o compartilhamento de experiências exitosas de cultura de paz desenvolvidas em diversos países. Os eventos trazem à Bahia representantes do Museu Roerich de Nova York (EUA) e personagens destacadas, como Anne-Marie Toch, presidente da comissão de tradutores dos livros de Agni Yoga, “Corona Mundi” (Suíça); Mariagrazia Sass, representante da Comunidade Italiana de Ética Viva (Itália); Ines Palomeque, presidente da ONG Mil Milênios, e Nancy Ducuing, presidente da Fundação Paz, Ecologia e Arte, ambas de Buenos Aires (Argentina); além de Alvils Hartmanis, presidente da Sociedade Roerich da Letônia, primeira fundada no mundo. “A iniciativa quer unir pessoas do mundo inteiro que pulsam na mesma frequência”, explica Raimundo Santos, presidente do Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil, instituição realizadora do evento. “Coração: Senda da Beleza, Caminho para o Infinito”, tema principal do seminário, foca no coração, fonte da criatividade e elemento apaziguador dos conflitos humanos, como é entendido e discutido profundamente pela Agni Yoga, conhecimento compilado pelo casal de ativistas da paz, Nicholas e Helena Roerich. Com mesas redondas, palestras, oficinas e atividades artísticas, a programação abordará subtemas como ética, beleza, educação e ação, que visam fortalecer a atuação das redes de cultura de paz nas Américas, trabalho iniciado por Nicholas Roerich, em 1929, em Nova York. O casal que inspira ações tão nobres deixou um legado precioso. Artista, advogado, educador e arqueólogo, Nicholas (1874-1947) pintou aproximadamente sete mil quadros, hoje espalhados em museus de vários países,

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Raimundo Crispim dos Santos, presidente da unidade de Salvador do Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil: trabalho focado na Ética Viva preconiza uma atitude urgente para nossos dias e também criou o Pacto Roerich, assinado por 21 países das Américas, em 1935, na Casa Branca, para assegurar a preservação de tesouros culturais, científicos e naturais do mundo. Os esforços de cooperação internacional por uma cultura de paz concederam a ele a nomeação para o Prêmio Nobel da Paz de 1929. Já à Helena Roerich (1879-1955), coube a tarefa de compilar a série de livros da Coleção Agni Yoga, no Brasil traduzida e editada pela Fundação Cultural Avatar. ÉTICA VIVA Para a Agni Yoga, não há realização pessoal se os valores humanos (a ética) não forem aplicados à vida prática em forma de atitude, engajamento e respeito ao outro. Por isso, a Agni Yoga é também chamada de Ética Viva e oferece uma rica base filosófica que tem inspirado milhares de aspirantes da cultura de paz no mundo. Diferente de outras escolas de ioga, a Agni Yoga “não é um caminho de disciplinas físicas, meditação ou ascetismo, mas

sim, de prática na vida cotidiana”, esclarece Andrea Ruf, diretora de Relações Internacionais do Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil. “A Ética Viva é a ioga da atitude e do pensamento dirigidos para ação. Mas tudo isso deve ser inspirado pela sutileza e generosidade do Coração”. Segundo Andrea, o 3º Seminário Internacional de Agni Yoga e o 1º Encontro Pan-americano do Pacto Roerich e da Bandeira da Paz serão “uma oportunidade para nós, pessoas comuns, não só ampliarmos nossa percepção de nós mesmos, mas também afirmamos nosso papel criativo e transformador no mundo”. INSTITUTO ROERICH Nascido e sediado em Salvador, em 1999, o Instituto Roerich da Paz e Cultura do Brasil se baseia nos ideais de união dos povos inspirado pelo casal Roerich. Como ONG, o Instituto Roerich Brasil tem implementado projetos educativos e culturais na promoção do Pacto Roerich no Brasil e do fortalecimento de uma cultura de paz. Para o presidente da instituição, Raimundo Santos, o trabalho focado na Ética Viva preconiza uma atitude urgente para os nossos tempos. “Imagine o fim da corrupção, da traição, do egoísmo, da hipocrisia. Como seria o mundo sem esses males que corróem as relações humanas? Foi prevendo a erosão de valores vivenciados atualmente pela humanidade, que o casal Roerich deixou indicações preciosas para uma nova visão de mundo, baseada no respeito, na paz e cooperação entre todos os povos”. SERVIÇOS l Interessados em mais informações sobre a arte de Nicholas Roerich, podem visitar o site do Museu Roerich de Nova York: www.roerich.org l Mais informações sobre Agni Yoga, no blog: agniyogabrasil.wordpress. com l Interessados em participar do 3º Seminário Internacional de Agni Yoga e do 1º Encontro Pan-americano do Pacto Roerich e da Bandeira da Paz, em Salvador, podem obter mais informações no site www.roerich.org.br


ISADORA XAVIER

CULTURA

Festival de teatro oferece semana com 24 espetáculos

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oitava edição do FIT Bahia 2014 – Festival Ipitanga de Teatro – acontece este mês em Lauro de Freitas, de 22 a 29. O FIT, uma realização local, já é um dos mais importantes festivais de teatro competitivos do Brasil. Este ano o festival traz 24 espetáculos de dez estados nas categorias de teatro de rua, teatro adulto e teatro infanto-juvenil. Além da Bahia, estão representados Pernambuco, Ceará, Maranhão, Goiás, Brasília, Rio de Janeiro, São Paulo, Paraná e Rio Grande do Sul. Os espetáculos serão apresentados no Cine Teatro de Lauro de Freitas, na Praça da Matriz, no Largo do Caranguejo, em Itinga, no anfiteatro da Praça do Jambeiro e no Quingoma. As apresentações de teatro de rua são gratuitas. No Cine Teatro a entrada será de R$ 10, com meia

entrada disponível. Estudantes da rede municipal de ensino de Lauro de Freitas terão entrada franca programada com as escolas. Repetindo a iniciativa da edição passada, todos os grupos de teatro participantes do FIT Bahia 2014 vão oferecer oficinas gratuitas à comunidade para integrar o cidadão à arte. As oficinas nas escolas públicas municipais. Produzido pela Sociedade Cultural Távola, de Lauro de Freitas, o festival é patrocinado pelo Fundo Municipal de Cultura. “O FIT Bahia faz parte da identidade cultural do município”, verifica o produtor do festival, Duzinho Nery. Para ele, “é um sonho trazer espetáculos de todo país para a nossa cidade e ver a comunidade prestigiando e satisfeita”. A solenidade de encerramento será na Concha Acústica de Lauro de Freitas, no Centro.

Cena de “As mulheres que não vestiam calças”, da Cia dos Palimpsestos, de São Paulo: destaque do FIT 2014

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LIVROS

“Um guia politicamente correto para entender o sistema de poder no Brasil, opiniar e debater” Obra escrita pela jornalista Míriam Moraes, especialista em jornalismo político, ajuda leitores a atuar com eficiência nos meandros da política

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uitas pessoas detestam política, declarando a aversão, até com orgulho. É um erro. Querendo ou não, todos praticamos política o tempo todo. É impossível viver em sociedade sem exercê-la por ação ou omissão. Ou seja, mesmo quem diz que detesta política está fazendo política. No caso, a opção é pelo descaso pelo próprio destino ou pelo destino da cidade, estado ou país. Esse descaso traz um grande prejuízo. Como escreveu Platão há 2.500 anos, o castigo dos homens capazes que se recusam a tomar parte nas questões governamentais é viver sob o domínio dos homens incapazes. Outros – incompetentes ou corruptos – vão fazer, sem resultados ou por eles mesmos, o que poderiam fazer, republicana e honestamente, por você e todos os demais. Admita-se, por hipótese, que você, que

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está lendo este texto, esteja totalmente alheio à questão. Se ler este livro terá tomado uma decisão. Que será, por certo, política – a de procurar se situar numa disputa que afeta a sua vida de mil maneiras. Como? Você terá que lê-lo. Se optar pelo inverso, também será uma decisão política. A de se omitir, atribuindo a outrem as decisões que poderia tomar. Ou seja, abrirá mão de participar da decisão que definirá o rumo da sua vida, ou da sua rua, bairro, cidade, região, estado ou país. Tanto na primeira quanto na segunda decisão, as consequências recairão sobre aquele que assim decidiu. E não só sobre ele. Com muito mais pessoas agindo da mesma maneira, haverá consequências profundas para todos. A política de que aqui se fala não é só a partidária – porque esta é uma espécie dentro de um gênero. É a política com P maiúsculo, tão essencial quanto o ar que respiramos para oxigenar a vida social. Este livro enfrenta este assunto de forma clara, objetiva e – porque não dizer? – pedagógica. Míriam Moraes (foto acima) destrincha um leque de subtemas: os erros mais nefastos

e evitáveis do debate político; os modos de avaliar a competência dos gestores públicos; as responsabilidades das três esferas de governo; a mídia, sua falsa isenção e seus interesses no jogo político; como o contribuinte acaba pagando o custo do financiamento privado das campanhas; a corrupção e o atual sistema eleitoral; como separar o joio do trigo no meio da boataria das redes sociais. E, por último, mas não menos importante: porque as mobilizações de 2013 não tiveram resultados práticos. O livro esclarece questões que intrigam muita gente. Por exemplo: quantas vezes você ouviu falar de esquerda ou direita e ficou sem saber o que estas duas palavras significam exatamente? E centro, centro-direita, centroesquerda, extrema-direita, extrema-esquerda? Mais importante: de que maneira as escolhas realizadas levando em consideração tais termos influenciam diretamente o seu cotidiano? Dependendo de qual das correntes ideológicas estiver no poder, seu bolso sentirá o efeito. Poderá definir qual será o seu salário, por exemplo. Se você terá ou não reajuste, se terá crédito para adquirir um determinado bem, se poderá entrar ou não na universidade, se manterá ou não seu emprego. Não são razões suficientemente importantes para que se busque saber o que está atrás de uma e de outra? Encare este livro, portanto, como um guia de autodefesa. E não se esqueça do aviso do velho e bom Platão: deixe tudo como está para ver como é que fica, e no final você verá que ficou bem pior para você e para todos os cidadãos que, como você, se recusaram a “sujar as mãos” na política. Sua omissão resulta que serão aqueles de mãos realmente sujas os que decidirão o destino de sua cidade, seu estado e seu país. O SEU destino.


Rosely Sayão

Lobas à procura de si mesmas

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ma mulher com medo de amar, outra que ama demais, uma mais pragmática, outra mais sensitiva. No seu livro de estreia – “Las Lobas em dias de lua”, a escritora baiana Maria Helena (foto abaixo) conta as aventuras e desventuras de seis mulheres maduras à procura de si mesmas. Através de suas vivências, essas mulheres admitem morrer para renascer na própria existência. A idéia nasceu quando Maria Helena e algumas amigas decidiram criar um grupo de leitura, que se reunia semanalmente para ler e discutir textos que as instigassem e mobilizassem. Depois de anos de convívio, e percebendo a riqueza que havia naqueles encontros, a escritora decidiu colocar no papel algumas passagens dessa convivência. “Las Lobas em dias de lua” é o resultado dessa busca interior. Um livro recheado de aventura, romance, humor e muita reflexão. Nele, você vai se divertir e se comover com várias histórias de mulheres que estão à caça de seus lobos interiores. São essas histórias profundas e reais que tornam o livro saboroso. Elas ilustram e definem que há sempre uma loba à espreita em cada mulher que se aventura pelos labirintos da alma. “Las Lobas em dias de lua” está à venda somente pela internet pelo site da Editora Multifoco - www.editoramultifoco.com.br

Educação financeira Muitas escolas veem pais inadimplentes chegarem em carros novos e passarem as férias no exterior

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mundo adulto se descontrola, e os mais novos é que pagam o pato. Um bom exemplo é a questão financeira. Ao consultar diferentes pesquisas feitas com o objetivo de avaliar a saúde financeira dos brasileiros, constatamos que as famílias estão cada vez mais endividadas. E por que é que os adultos gastam tanto atualmente? Porque vivemos na era do consumo: precisamos consumir para garantir visibilidade no mundo. O fato é que nos entregamos louca e desesperadamente ao consumo: porque “merecemos”, porque desenvolvemos ganância, porque dá para parcelar, porque é só dar um “click”, porque dá status, etc. Consumir tem sido um imperativo em nossas vidas. O problema é que, quando chegam a fatura do cartão de crédito e as contas a pagar, percebemos que o ganho mensal não dá para quitar tudo. Aí, parcelamos mais e a espiral de endividamento só cresce. Um gasto importante para famílias que têm filhos em idade escolar é justamente a mensalidade do colégio (e despesas paralelas, como transporte, uniforme, material e passeios). E tudo isso sai bem caro. Como ter filho em escola privada, de preferência que tenha boa avaliação e seja disputada, também é um consumo importante, lá vão as famílias para mais esse gasto. Mas nem sempre dá para bancar tudo. Muitas escolas precisam passar pela situação de constatar que pais inadimplentes chegam com o filho em carros caros e novos e fazem viagens ao exterior – a Disney é o destino preferido – nas férias. E tem sido justamente a escola a instituição que vem sendo responsabilizada por mais uma função – como se ela já não tivesse o suficiente: a de dar aulas de educação financeira a seus alunos. O que vem a ser “educação finan-

ceira”, afinal? É a disciplina que tem por objetivo ensinar a administrar de modo saudável – controlado – a renda mensal pessoal e familiar, e a buscar garantir a segurança financeira possível para o futuro a curto, médio e longo prazo. Em resumo: procura formar consumidores mais conscientes e críticos. O que os mais novos têm a ver com isso? Pouco, quase nada, porque quem tem renda e controla os gastos – ou se descontrola com eles – são os pais. Então, só dá para ensinar aos mais novos duas coisas importantes nessa questão: a administrar bem a mesada e a ser crítico em relação aos inúmeros apelos de consumo a que estão submetidos. Não é boa a lição de comprar o que o filho pede quando ele usa o argumento de que todos os colegas têm: isso é ensinar a não ser crítico. Vale muito mais questionar se ele realmente precisa daquilo e, principalmente, ajudá-lo a encontrar outros caminhos para estar no grupo – como valorizar os recursos pessoais dele, por exemplo. Dar a mesada, estipular quais os gastos que ele fará com seu dinheiro e acompanhar o seu uso, sem censurá-lo, são estratégias valiosas. Se ele usar a mesada para comprar um lanche na escola e esgotar todo o seu recurso antes de terminar a semana, por exemplo, os pais não devem repor a quantia. Uns dias sem lanche da cantina não matam a criança de fome. O importante é saber que, nessa questão, as principais lições são aprendidas pelos mais novos quando observam a postura dos pais diante do consumo. ROSELY SAYÃO é psicóloga e consul­ tora em educação, escreve sobre as principais dificuldades vividas pela família e pela escola no ato de educar e dialoga sobre o dia-a-dia dessa relação

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TURISMO

Fiscalização da Receita nos aeroportos será mais rígida a partir de 2015. Saiba o que pode e o que não pode ser trazido do exterior

Barrados

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uem quer viajar aos Estados Unidos para aproveitar os outlets ou à Tailândia para fazer compras a preços baixíssimos deve redobrar a atenção com os limites impostos pela Receita Federal. A partir do primeiro semestre de 2015 – a data exata não está definida –, o órgão vai reforçar a fiscalização na entrada de viajantes no país. “O foco maior é coibir desvios de grande porte e tráfico de drogas, mas também estaremos atentos aos turistas”, afirma Luís Felipe Reche, subsecretário substituto de Aduana da Receita. O novo sistema vai cruzar dados do órgão com os fornecidos pela Polícia Federal (que estão no passaporte) e por empresas aéreas (como o peso da bagagem na ida e na volta) e classificar passageiros com comportamento ‘de risco’. Ou seja, são viajantes com mais chance de terem estourado o limite de consumo, chamado de cota de isenção – que, por mês ou por viagem, é de US$ 500 (R$ 1.225) para quem chega por via aérea e de US$ 300 (R$ 735) por terra. Caso não se dirijam espontaneamente à área de ‘bens a declarar’, eles serão identificados por um equipamento de reconhecimento facial e abordados pelos fiscais. Trata-se, segundo a Receita, de uma estratégia adotada por alfândegas do mundo todo, para tornar a fiscalização mais eficiente. “Estamos oferecendo mais meios para o cumprimento da lei. O viajante que cumpri-la vai ter um desembarque mais fluido, sem preocupações”, diz Reche.

Turistas têm dúvidas sobre mudanças da Receita Federal

A

s mudanças anunciadas pela Receita Federal já estão em teste. Por enquanto, a novidade é apenas o reforço na fiscalização – processo que tem sido feito nos

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últimos dois anos, segundo o órgão. Outro ponto que deixa turistas brasileiros de cabelo em pé, o limite de US$ 500 para a compra de bens no exterior, não sofrerá alterações, mas tem gerado dúvidas em passageiros. “Muda a fiscalização, mas o limite continua o mesmo?”, questiona uma viajante. ‘TUDO CERTO’ O publicitário Pedro Gomes, 26, não teve a mesma sorte. Em 2012,


na volta

Compra de um smartphone é isenta apenas se viajante não estiver com o aparelho antigo siderados bens pessoais. Entram nessa cota um celular, uma câmera fotográfica e um relógio de pulso por pessoa (veja detalhes ao lado). Por isso, um smartphone de mais de US$ 500, por exemplo, pode se tornar isento se ele for o único celular que o passageiro portar na hora do desembarque.

CHEGANDO DE AVIÃO

Compras no free shop do desembarque internacional não entram na cota de isenção u Pode trazer sem declarar (até a cota de US$ 500) √ 12 litros de bebida alcoólica √ 10 maços de cigarro √ 25 charutos ou cigarrilhas √ 250 g de fumo √ 20 suvenires de produtos não citados acima e de até US$ 10, não havendo 10 unidades idênticas (não pode só a cor ser diferente; tem que ser, por exemplo, cor e tamanho, ou marca, diversos) √ 20 unidades de itens não citados acima, não havendo mais de 3 unidades idênticas u Pode trazer, e não entra na cota de isenção (uso pessoal) √ 1 relógio, 1 celular e 1 câmera fotográfica (caso não esteja com um dos aparelhos antigos) u Não pode trazer como bagagem (são considerados itens para comércio e sujeitos à tributação diferente) √ Itens para venda ou uso industrial √ Carros, motos, bicicletas com motor, aeronaves, embarcações e outros veículos √ Qualquer peça dos itens acima, como um pneu voltando de Boston, foi parado e teve de pagar cerca de R$ 2.500 para a Receita – ele trouxe uma mala cheia de roupas compradas lá, sem nota fiscal. O estudante Filipe dos Santos, que chegou da China em outubro, foi parado e também teve de passar pelo scanner da Receita. “Minhas malas nem chegaram a ser abertas. Estava tudo certo.” Estar ‘tudo certo’ significa não ultrapassar os limites de valor ou de quantidade nas compras no exterior. Vale lembrar que a Receita libera de impostos apenas itens con-

u Não pode trazer √ Cigarros e bebidas fabricados no Brasil e destinados à venda no exterior, ou de marca que não seja vendida no país de origem √ Produtos falsificados √ Produtos contendo organismos geneticamente u modificados Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 35


TURISMO

ATENÇÃO: Comprou no free shop do Brasil quando estava saindo do país ou em uma loja franca no exterior? Os produtos entram na cota do que você poderá comprar fora do país

√ Agrotóxicos √ Mercadoria atentatória à moral, à saúde ou à ordem pública √ Entorpecentes ou drogas √ Produtos de origemanimal e vegetal (há exceções, como café torrado; veja a lista completa em agricultura.gov.br)

Para viajar com medicamentos, é preciso ter a receita médica, que indique nome e endereço do paciente, posologia e período do tratamento; alguns remédios estão sujeitos ao controle da Anvisa

u Quer trazer? Procure o órgão responsável pela autorização √ Armas e simulacros de fogo e munições: Ministério da Defesa √ Animais silvestres: Ministério do Meio Ambiente √ Espécies aquáticas: Ministério da Agricultura √ Cachorros e gatos: Ministério da Agricultura ATENÇÃO: O viajante que traz esses itens sem autorização pode ser preso u Se estiver saindo ou chegando ao Brasil com mais de R$ 10 mil (ou o equivalente em outra moeda) em dinheiro, é preciso declarar, caso contrário, perderá o valor excedente u Além da cota de isenção de US$ 500, o turista pode comprar mais US$ 500 no free shop no Brasil, obedecendo aos limites √ 24 bebidas alcoólicas, sendo até 12 de cada tipo √ 20 maços de cigarros √ 25 charutos ou cigarrilhas

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u O turista que excede a cota de isenção (US$ 500) sem ultrapassar o limite quantitativo e declara o excesso à Receita deve pagar o imposto de importação (50% do que exceder a cota de isenção); caso não possa pagar na hora, bens referentes ao valor excedido ficarão retidos e a liberação só se dará após o pagamento

RAQUEL CUNHA / FOLHAPRESS

u

Filipe dos Santos chegou a ser parado pela Receita em Guarulhos

√ 250 g de fumo para cachimbo √ 10 produtos de beleza √ 3 relógios, brinquedos ou instrumentos elétricos ou eletrônicos

Se o viajante exceder os limites quantitativos, a Receita irá considerar relação de comércio e, portanto, apreender a mercadoria e liberá-la após o pagamento do imposto ATENÇÃO: Comprou um eletrônico no exterior? Guarde a nota ou declare, mesmo se tiver custado menos deUS$ 500; sem o registro, numa próxima viagem o bem será considerado uma nova compra Fontes: Receita Federal e Ministério da Agricultura


SIMULAÇÕES

Exemplos de dois casos em que turista declara e de dois que não declara

Gastei em compras no exterior e declarei US$ 550 (R$ 1.337,00)

US$ 1.300 (R$ 3.160,00)

Meu excesso foi de US$ 50 (R$ 121,00)

US$ 800 (R$ 1.844,00)

Tenho de pagar imposto no valor de US$ 25 (R$ 60,00

US$400 (R$ 972,00

Gastei em compras no exterior e não declarei US$ 550 (R$ 1.337,00)

US$ 1.300 (R$ 3.160,00)

Meu excesso foi de US$ 50 (R$ 121,00

US$ 800 (R$ 1.944,00)

Tenho de pagar imposto + multa no valor de US$ 100 (R$ 243,00)

US$ 1.600 (R$ 1.944,00)

Para advogado, sistema pode ser invasão da privacidade do viajante Receita diz que dados que servirão para análise já são informados

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novo sistema de fiscalização da Receita em aeroportos vai funcionar com base em dados fornecidos pela Polícia Federal e pelas companhias

aéreas. Entram na análise para definir os passageiros ‘de risco’, por exemplo, quantas vezes a pessoa esteve em tal país nos últimos meses e o peso de sua bagagem na ida e na volta. Para o advogado tributarista Ives Gandra Martins, as medidas podem ser inconstitucionais. “Exigir que as companhias informem dados como o roteiro que a pessoa fez na viagem representa invasão da privacidade”,

Aplicativo tira dúvidas sobre compras lá fora

A

Receita Federal oferece, desde 2012, o Viajantes, aplicativo gratuito para smartphones com dicas para orientar turistas quanto às regras de tributação em viagens. Pela sua última atualização (junho), é possível calcular os impostos a pagar e enviar antecipadamente a declaração de bens. Além do texto da lei e de uma seção de perguntas e respostas, a ferramenta tem vídeos que esclarecem como preencher a declaração, quais são as regras de tributação e quantas unidades podem ser compradas de cada produto.

afirma ele, que diz compreender a necessidade da Receita reforçar o controle. Segundo o órgão, no entanto, nenhum sinal foi avançado. “As informações já são fornecidas; o que vai mudar é só o tratamento dado a elas”, diz o subsecretário substituto de Aduana, Luís Felipe Reche. Segundo ele, não necessariamente deve aumentar o número de passageiros que têm sua bagagem revistada (a média informada pela Receita é de 130 por voo). “Isso depende do voo, que pode estar lotado, mas trazendo apenas passageiros de baixo risco”, afirma. Gustavo Simon e Livia Scatena / Folhapress.

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SOLIDARIEDADE

Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes:

20 anos cuidando da melhor idade Nayara Lobo Free-lance para a Vilas Magazine

“Quando eu morrer, Quando eu deixar a vida, ó minha amada e doce companheira, Dai um beijo de amor por despedida, Daquele que te amou a vida inteira... E quando um dia ao cemitério fores, Verás da fria terra que me cobre o corpo, Brotando rosas e nascendo flores Não perguntes a Deus quem as plantou Elas brotaram deste peito pobre, que morto te ama, como vivo amou!” (Autor desconhecido)

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É

dona Carmelita Moura quem declama esse verso, com vigor e serenidade. Ela é conhecida como“poetisa”. Mas não é sempre que ela se recorda dos poemas, devido ao Alzheimer. Quando alguém pergunta sua idade, ela responde: “Até me esqueci. Ando muito esquecida”, comenta rindo. Carmelita está há três anos abrigada na Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes – Accabem, com outras 86 pessoas que moram no local, todas carentes de recursos financeiros ou do apoio familiar, dos quais muitos eram moradores de rua, como Adilson Conceição, 50 anos, o primeiro a ser acolhido pela Accabem, há 20 anos. A história de seu Adilson é marcante. Em situação de vulnerabilidade social, ele morava

no Largo do Caranguejo, em Itinga, e chegou ao ponto de pessoas “tocarem fogo” nele, em uma de suas andanças. Indagado quem é, responde: “Sou eu mesmo, sou sincero! Eu era um homem de rua. Bebia muito, cheguei a ser queimado. Os médicos diziam que minha perna não tinha cura, e que eu ia perder ela, e eu gosto de jogar uma bolinha...Foi quando encontrei o pessoal que hoje é da Accabem. 100% eu não tô, mas tô com as pernas”, conta. Uma das fundadoras da associação, Margarete Alves, explica que ele era alcoolista. “Os hospitais não aceitavam a internação dele por conta de uma infecção provocada por queimadura. Parecia um defunto, de mau cheiro. Tinha até vermes no corpo. Foi o primeiro acolhido e o mais difícil, porque fugia para beber. A gente ia busca-lo todo engessado”. Ele próprio admite as escapadelas: “De vez em quando dou uma fugidinha, mas agora não faço mais não. Antes de vir pra cá eu me sentia... não tem como explicar. Me sentia à toa, jogado na rua. Moça, eu hoje me sinto muito bem, mas não tão bem porque não posso jogar bola”. São muitas histórias, cada uma com suas particularidades e todas se encontram na Accabem, como é o caso de Edna Carvalho e Inaldo Marinho, que se conheceram no local e namoram há dois anos. Edna tem 57 anos, vive há três na Accabem e não enxerga. Inaldo tem 49 anos, oito de Accabem, e dois parafusos de titânio segurando a coluna. “Se tirar, desmorona”, diz. Ele ficou tetraplégico por um ano e cinco meses, e aos poucos foi se recuperando. Hoje ele anda e ajuda em algumas atividades na casa. Edna explica como aconteceu a história dos dois: “A gente se conheceu aqui, mas a gente morava próximo, na Cidade Baixa. Eu conhecia a família dele, mas não conhecia ele. Aqui ele colocava músicas que eu gostava, e fomos descobrindo que gostávamos das mesmas coisas, a gente foi se aproximando. Começamos a conversar sobre onde morá-


vamos e descobrimos que temos amigos em comum, aí pintou o clima”, revela. Seu Francisco Pereira dos Santos, 57 anos, vive na Accabem há três anos, entre idas e vindas. Casou com uma voluntária e saiu por seis meses. “Eu voltei, mais ela vem aqui me ver. Ela continua na casa que aluguei”, comenta. Há oito anos ele amputou a perna direita, e há dois, a esquerda: “a perna necrosou e os médicos dizem que é problema de circulação, trombose”, esclarece. Ele faz a alegria dos moradores e voluntários, tocando violão, cavaquinho e pandeiro. “Desde os 15 toco cavaquinho, depois aprendi a tocar violão e pandeiro. Toco para distrair. Já fiz muita seresta em bar, toquei em banda”, comenta. Ele conta que veio do povoado de São Benedito, no município de Nilo Peçanha, onde trabalhava plantando seringueiras.

de pessoas que desejam receber apoio. “As pessoas não tem condições de manter esses idosos em suas casas. Nossa preferência de atendimento é por pessoas carentes”, enfatiza. “Damos apoio à comunidade, que é atendida por médicos e recebem doações de medicamentos, cestas básicas, às vezes, transporte para levar para hospitais. Aos

domingos, vem um cardiologista voluntário, que atende, além dos internos, 10 pessoas da comunidade”, comenta Suzana. Reinaldo Batista é hoje o presidente de honra, mas foi o idealizador do projeto. Ele explica a necessidade de voluntários, de padrinhos e de doações para suprir as carências institucionais. Além do mais, ele comenta que u

O QUE É A ACCABEM? A Accabem é uma entidade filantrópica que funciona como um hospital e abrigo para idosos deficientes físicos, cujo funcionamento depende de doações e trabalhos voluntários. Lá os “inquilinos” encontram abrigo, acolhimento, além do alimento necessário e assistência médica – com encaminhamento a hospitais da rede publica. A instituição também dispõe de Creche, onde atende 90 crianças carentes residentes no seu entorno, além de ser também associação de apoio à sociedade. A casa é mantida pela contribuição de alguns idosos, através de suas aposentadorias, de feijoadas organizadas por grupos religiosos, doações vindas de gincanas de escolas e faculdades, de algumas empresas privadas, Rotary Club, Maçonaria, Lions Club e de comerciantes da região. Margarete comenta que a contribuição dos idosos e de pessoas solidárias não cobrem as despesas: “a demanda com fraldas e remédios é muito grande. Em média são 200 unidades diárias de fraldas. A maioria das pessoas que assistimos é de idosos acamados – não sadios, e os principais problemas que acometem aos idosos no lar é a hipertensão e diabetes, e o AVC”, explica. A associação conta com 70 voluntários e 16 funcionários CLT, que precisa manter para continuar com o trabalho. Suzana Maria Trindade Batista, também uma das fundadoras da casa, comenta que há uma grande procura Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 39


SOLIDARIEDADE

u não há como investir muito em lazer para os idosos, mas que entre os homens é comum a competição de dominó, que já é marca registrada. “Estamos abertos aos profissionais que queiram trazer “alegria”, projetos de grupos de apoio. Quase todas as semanas vem grupos para fazer atividades com os abrigados. Vem comemorar aniversários, fazer apresentação teatral, trazer música, etc. Aproveitamos para fazer um apelo às faculdades, para que venham contribuir conosco em todas as áreas de saúde e na organização de eventos esporádicos com os idosos”. Além de Suzana, Margarete e Reinaldo, a Accabem é formada por Adalberto João Teixeira, atual presidente executivo, por Maria de Fátima, vice-presidente e pelos voluntários. De acordo com Suzana, no início, muitas pessoas ajudaram, como Josefa Silva, Ozeni Regis, Judinalva Barreto e Isabel. “Não dá para citar todas, mas, se não fossem elas para estar nos abraçando, não chegaríamos até aqui. Sinto-me até devedora a elas que nos ajudaram tanto, e de todas as formas. E no início foi difícil. Íamos conferir denúncia de cárcere privado e já tomamos muita porta na cara. Íamos de casa em casa. Chegou uma época que a demanda aumentou e fazíamos festival para arrecadar fundos. A gente cozinhava, lavava lençol”, confessa. HISTÓRIAS DE VIDA Questionados sobre o que os motivou a iniciar esse trabalho, surge um elemento comum: as mães. Reinaldo explica porque abraçou o trabalho: “Tinha 11 anos quando vi uma senhora na rua pedindo ajuda, com os pés inchados, descalços, e minha mãe tirou o chinelo dela e o deu, junto com pão e leite, que era o que tinhamos para comer. E eu perguntei: a gente vai comer o quê? Ela reclamou comigo e fez o que pôde quando chegou em casa. Me espelho nela. Isso marcou muito”. Suzana chora ao lembrar sua história: “A minha também foi através de minha mãe. Ela tem bom coração. Sempre me dizia: minha filha, nunca deixe ninguém passar fome e maus tratos em sua frente. Com 12 anos já comecei a ajudar. Fazia curativos. Como acaso não existe, estamos onde estamos. É nosso compromisso. São coisas que acontecem que a gente desconhece”, reflete.

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Francisco Pereira dos Santos, 57 anos, faz a alegria dos abrigados e voluntários, tocando violão, cavaquinho e pandeiro. “Desde os 15 toco cavaquinho, depois aprendi a tocar violão e pandeiro. Toco para me distrair. Já fiz muita seresta em bar, toquei em banda”, comenta

Margarete morava em São Paulo, e sua família era de origem humilde. “Sem termos o que comer numa noite de Natal, um vizinho apareceu com doação de alimentos pra gente. Choramos e agradecemos muito”, revelando que isso lhe inspirou a ajudar também. Adalberto também recorda de sua infância. “Hoje estou enjoado de biscoito cream cracker, e naquela época era coisa de rico.

Quando comecei a trabalhar era o que mais entrava lá em casa. Minha mãe colocava gente necessitada e dava o melhor de comer para eles. Claro, que eu e meus irmãos não gostávamos. Depois que ela faleceu, deixei de lado isso, mas, tempos depois fui refletindo e cheguei até aqui, como voluntário. O trabalho envolve a gente de certa forma, que a gente se sente parte dele. O que eu faço é por amor,


e quem ganha sou eu. Se eu sair, vai ficar faltando algo em minha vida. Em 2003 tive uma depressão profunda. Agradeço à minha família, ao médico e ao grupo Accabem, que é minha família também”, relata. Walter Fonseca é recém chegado. Veio através de uma visita de grupo, para comemorar o aniversário dos idosos. “Vim e me apaixonei, simplesmente. Se deixar a Accabem vou sentir muita falta”, declara.

Em situação de vulnerabilidade social, Adilson morava no Largo do Caranguejo, em Itinga. Teve o corpo queimado por outros moradores de rua, antes de ser acolhido pela Accabem

COMO AJUDAR Para se tornar sócio-contribuinte da Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes – Accabem basta contribuir com quanto puder, mensalmente (o valor mínimo é de R$20,00). Para fazer o contrato de voluntariado, entre em contato pelos telefones 71 3288-1452 / 9919-6416, com Suzana; 8821-8946, com Adalberto ou 8897-1298, com Maria de Fátima. Se preferir fazer doações esporádicas, depósitos devem ser direcionados para a agência 1640-3, conta 123271/7 do Bradesco (importante identificar a doação). Se quiser conhecer a instituição e obter mais informações, agende uma visita pelo telefone 71 3288-1452 ou pelo e-mail acabem@hotmail.com A Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes – Accabem está localizada na Rua Teocrito Batista, n° 39. Itinga. Lauro de Freitas. BA. CEP 42.700-000.

No dia 14 de setembro foi realizada uma feijoada beneficente no espaço La Bella Luna, com música ao vivo, para arrecadar fundos para a instituição, e no dia 12 de outubro foi realizada a 3ª Maratoninha Professor Ribeiro, também com o propósito de arrecadar alimentos para a instituição. A Accabem necessita com urgência de voluntários nas áreas de fisioterapia, cuidados, nutrição, assistência social, psicológica, técnico de enfermagem, terapia ocupacional, musicoterapia, farmacêutica, costura, trabalhos manuais, cozinheiro, manicure, barbearia, odontologia, medicina e quem mais queira se doar uma vez por semana.

O trabalho solidário de Margarete, Walter, Adalberto, Reinaldo e Suzana sustenta com dificuldade as ações da Accabem, mas precisam de voluntários e mais parcerias da comunidade Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 41


COMPORTAMENTO

Digital ou analógico Estudos avaliam diferenças na compreensão de texto de quem lê livros eletrônicos e de papel; tecnologia parece beneficiar pessoas com dislexia

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hábito de ler em meios digitais ainda é minoritário – menos de 5% dos livros vendidos hoje no Brasil são e-books, enquanto o número nos EUA chega a 25% –, mas cada vez mais pessoas aderem aos livros eletrônicos. Faz alguma diferença, para o bem ou para o mal? Comparações entre os dois tipos de leitura indicam um empate técnico. Por um lado, é possível que ler uma narrativa num e-reader (aparelho projetado para a leitura digital) atrapalhe um pouco a percepção que a pessoa tem da estrutura da história, ainda que não interfira em

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outros aspectos. Por outro, a possibilidade de personalizar detalhes do texto parece ajudar quem tem dificuldades de ler no papel. A ligeira desvantagem do leitor digital foi identificada num estudo liderado por Anne Mangen, da Universidade de Stavanger, na Noruega. Ela dividiu 50 estudantes em dois grupos – um tinha de ler a versão em papel de um conto da americana Elizabeth George, enquanto o outro lia o texto num e-reader Kindle. Depois, tinham de responder a perguntas sobre o conto. A percepção sobre os personagens da narrativa, por exemplo, não


variou de forma significativa entre os grupos, e a sobre objetos da história foi até melhor entre quem lia via e-reader, mas os usuários do Kindle sofreram mais para identificar a sequência correta de acontecimentos na trama. Já a equipe de Matthew Schneps, do departamento de educação científica do Centro Harvard-Smithsonian de Astrofísica (EUA), trabalhou com mais de cem adolescentes com dislexia (dificuldade de leitura e escrita). A comparação foi entre ler em papel e em iPods Touch configurados para mostrar de duas a três palavras por linha em letras grandes. O resultado: os adolescentes com mais dificuldade para captar o som das palavras, bem como os que tinham menos capacidade de atenção visual, tiveram melhora significativa na velocidade de leitura e na compreensão. A possibilidade de personalizar os aparelhos é um dos trunfos dos e-readers, afirma Carla Viana Coscarelli, especialista em

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letramento digital da Faculdade de Letras da Universidade Federal de Minas Gerais. “Do ponto de vista da acessibilidade, isso é um achado. O mesmo vale para a conversão de texto para áudio no caso de leitores com deficiência auditiva”, compara. No entanto, no caso de leitores sem grandes dificuldades, ela aponta que não há diferença entre os meios. “O trabalho cognitivo de fazer inferências e perceber ideias implícitas é o mesmo”, diz. “A situação ainda é muito fluida, porque os dois tipos de leitura continuam misturados, e essa transição vai ser demorada”, diz Ana Elisa Ribeiro, doutora em linguística aplicada e professora do Centro Federal de Educação Tecnológica de Minas Gerais. Uma das variáveis que influenciam os hábitos de leitura é a relação da pessoa com cada tipo de livro. E-readers e tablets têm tido impacto grande em quem lê textos acadêmicos – nesse caso, a tendência é trabalhar só

com o formato eletrônico. “Por outro lado, vi um estudo interessante com aqueles romances populares femininos, do tipo ‘Júlia’ e ‘Sabrina’. Nesse caso, as pessoas tendem a comprar em papel uma grande quantidade de títulos, em especial os preferidos delas”, diz Ana Elisa. Também não parece haver diferença no tempo de leitura entre livros digitais e impressos, ou mesmo no nível de concentração. “Mesmo que você esteja ouvindo música e lendo no tablet ao mesmo tempo, sua atenção só vai ter um único foco”, exemplifica Ana Elisa. “É uma faca de dois gumes. Outros aplicativos podem acabar tirando você do texto, mas você também pode usá-los para procurar uma palavra no dicionário, acessar vídeos ou blogs sobre o tema. A experiência de leitura não necessariamente fica mais dispersa – pode se tornar mais aprofundada.” Reinaldo José Lopes / Folhapress.

Confissões libertadoras

uem “sai do armário” primeiro fazendo força para sucostuma relatar a primir mentalmente as respostas experiência como li– automáticas, verdadeiras, e depois procurando alternativas ber­tadora – mesmo Ocultar informações verdadeiras consome passáveis – ambos os processos que a admissão muitas vezes grande energia no cérebro; poder dizer o que cortesia do seu córtex pré-froninfelizmente dê início a várias nose é e o que se pensa deveria ser a norma tal, a área cerebral que supervivas dificuldades na vida. Quem siona ações em construção e tem recentemente ouvi falar sobre poder de veto antes que elas se isso foi o ator americano GeorSuzana Herculano-Houzel concretizem. Mentir dá trabalho. ge Takei, que fez história pela Imagine, agora, passar sua primeira vez como o sr. Sulu vida fazendo esse constante da série Star Trek, mas hoje é esforço pré-frontal, atento para igualmente conhecido por seu entre vários outros fatores, aquelas associações omitir não apenas uma informação fundaativismo pelas causas de gays, lésbicas e que nos dizem respeito vão se reforçando no mental a respeito da sua identidade, mas demais pessoas discriminadas por suas cérebro, formando redes de informações que também qualquer pista relacionada. Se preferências sexuais. acontecem em conjunto: “Suzana” era o nome mentir durante um dia já cansa, viver no Takei somente “saiu do armário” (e que eu ouvia associado às minhas ações, junto armário só pode ser exaustivo, qualquer logo se casou com seu parceiro de longa com os conceitos “Rio de Janeiro” (onde nasci), que seja a admissão ocultada. Poder dizer data) aos mais de 60 anos de idade, em os nomes dos meus pais. Por serem a minha o que se é e o que se pensa deveria ser 2005. E, aos 60 e tantos anos, se sentiu verdade, essas associações se tornaram tão a norma. Mas, cortesia da patrulha de aliviado de poder finalmente se dizer o fortes que minha tendência automática hoje é plantão, acaba sendo um alívio. que é, sempre foi e continuará sendo. responder com essas palavras à simples menção Por que admitir publicamente o que se de “cidade” ou “nome dos pais”. Faça você mesé pode ser algo tão poderoso, se não muda SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neuromo o experimento para testar: diga rapidamente quem se é? Minha resposta é “porque seu nome, os dos seus pais, e onde você nasceu. cientista, professora da UFRJ e autora do suprimir informação verdadeira dá muito Agora, experimente responder de novo, livro “Pílulas de Neurociência para uma trabalho para seu córtex pré-frontal”. igualmente rápido, mas com quatro mentiras Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do Nossa identidade é construída e perseguidas. Duvido que consiga. Você hesitará, blog www.suzanaherculanohouzel.com sonalizada ao longo da vida conforme, Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 43


SAÚDE & BEM-ESTAR

Pessoas com maior risco cardíaco subestimam chance de problema Pesquisa com 6.544 pessoas comparou percepção pessoal de pacientes com avaliações médicas. Mais de 90% dos participantes com alta chance de sofrer um evento acreditavam ter baixo risco

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uando o executivo Gilson Campos, 54, foi até a clínica de check-ups, numa manhã de abril, estava só cumprindo um agendamento adiado havia mais de seis meses, por causa de reuniões e outros compromissos. Saiu da esteira do teste ergométrico direto para o hospital: estava infartando. Mesmo tendo pressão alta havia muitos anos, o executivo não imaginava que poderia ter uma coronária 97% obstruída. Só tinha marcado o check-up, aliás, porque a empresa onde ele trabalha exige exames periódicos. “Não fazia acompanhamento. Tomava remédio para pressão, mas não dava bola. Só me conscientizei depois”, diz Gilson. Ele conta que sentia cansaço havia dias, mas nunca imaginou que poderia estar infartando. A falta de consciência sobre o próprio risco de ter um problema cardíaco é comum, como mostra um estudo recente do cardiologista Marcelo Katz com 6.544 pacientes da unidade de check-up do hospital Albert Einstein, em São Paulo, publicado no “European Journal of Preventive Cardiology”. Na pesquisa, as pessoas preenchiam, antes de fazer os exames, um questionário respondendo se achavam que tinham risco cardiovascular alto, médio ou baixo. Depois, todos passaram por teste ergométrico e de pressão, tiraram medidas de peso, altura e circunferência da cintura e fizeram exames laboratoriais, para medir colesterol, glicemia e outros indicadores de risco. Com base nesses resultados, os pesquisadores usa-

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ram uma escala científica que calcula a probabilidade de uma pessoa sofrer eventos cardiovasculares ao longo da vida e classificaram os participantes entre os que tinham alto, baixo e médio risco. DESCOMPASSO Os médicos perceberam que havia um descompasso grande entre o que os números diziam e o que as pessoas percebiam. Entre os participantes com risco médio (entre 10% e 20%) de sofrer um problema cardíaco no futuro, 72% acreditavam ter baixa probabilidade de ter um evento do tipo. Entre os com alto risco (20% ou mais), 91% subestimavam sua condição. Segundo Katz, autor do estudo e coordenador de pesquisa cardiovascular do hospital Albert Einstein, esse tipo de trabalho busca entender por que grande parte das pessoas é tão resistente a seguir recomendações médicas para prevenção. “Fatores de comportamento são 80% do risco cardíaco. Para se cuidar, a pessoa tem de saber se está em risco.” Entre os pacientes do estudo, só 6,1% se viam como de alto risco cardíaco, mas a escala de risco a longo prazo colocava 49,3% nessa condição. Katz afirma que é comum um viés otimista: “A pessoa pensa: ‘Se nunca aconteceu comigo, por que vai acontecer? Vou aproveitar a vida agora e depois me cuido’”. A maioria só desperta quando sofre um infarto ou alguém próximo e até celebridades têm um problema. O próximo passo, diz o médico, é investigar por que


as pessoas não se cuidam. Um problema são as prioridades: a maioria tende a colocar tarefas imediatas de trabalho e família na frente dos cuidados que dão frutos a longo prazo, sobretudo exercícios. Depois do infarto, Campos mudou a alimentação, cortou refrigerantes e perdeu oito quilos, mas ainda não conseguiu pôr exercícios na rotina. “Estou muito bem, mas não posso dizer que estou bem nisso”, diz. Débora Mismetti / Folhapress. EDUARDO KNAPP / FOLHAPRESS

O executivo Gilson Campos, que se recuperou de infarto.

Vinho só faz bem quando associado a exercício

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números estudos já demonstraram que o vinho faz bem ao coração, mas um novo trabalho joga um balde de água fria na questão: a bebida só seria benéfica quando associada a exercícios físicos. A pesquisa, chamada de In Vino Veritas (No Vinho, a Verdade, numa tradução livre),forneceu vinho a 146 participantes e controlou, durante um ano, os efeitos nos marcadores cardíacos (taxas de colesterol, por exemplo). Os homens beberam de dois a dois copos e meio da bebida diariamente (0,3-0,4 litros) cinco vezes por semana. As mulheres, de um a dois copos (0,2-0,3 litros). Metade dos indivíduos bebeu vinho tinto e a outra metade, branco. Registraram numa agenda todo o consumo de álcool. Também houve controle de suas dietas e das atividades físicas. Segundo o chefe da pesquisa, Milo Táborský, professor de cardiologia no Hospital Universitário Palacký (República Tcheca), beber vinho, por si só, não afetou os níveis de colesterol, glicemia, triglicérides, e níveis de marcadores inflamatórios como a proteína C-reativa. Táborský explica que o benefício da bebida só foi observado no grupo de pessoas que se exercitavam ao menos duas vezes por semana. Nele, houve melhora significativa nos níveis de colesterol. O HDL (bom colesterol) aumentou e o LDL (mau colesterol), diminuiu. O estudo, apresentado no congresso europeu de cardiologia, em Barcelona, em setembro, ainda não foi publicado. O trabalho também derruba outro mito: o de que o vinho tinto é mais benéfico ao coração do que o branco. Mesmo com dez vezes mais polifenois, o tinto não promoveu nenhum benefício adicional, segundo Táborský. SURPRESA Os resultados do estudo causaram surpresa entre os cardiologistas brasileiros, mas eles afirmam que nada muda na conduta clínica. “Não adianta beber vinho, fazer dieta, comer alimento funcional se isso tudo não for acompanhado de atividade física. Sempre oriento os pacientes sobre isso”, afirma o cardiologista Marcos Knobel, do hospital Albert Einstein. O cardiologista Sergio Timerman, da diretoria de Promoção de Saúde Cardiovascular, tem a mesma opinião. “Vinho não faz milagre e não é indicação médica. Dieta adequada e atividade física é que são fundamentais.” O grande desafio dos médicos, segundo ele, é fazer com que o paciente mude hábitos em relação às bebidas. “É comum o paciente dizer que não bebe e depois um familiar dizer que ele bebe muito. O que fazer?” Para Knobel, pessoas com fatores de risco cardíacos devem ter a atenção redobrada. “Atendi um paciente diabético que tomava vinho todo dia achando que fazia bem, sem perceber que a bebida é calórica e contém açúcar.” O cardiologista Protásio Lemos da Luz desenvolve no Instituto do Coração de São Paulo um estudo sobre o efeito protetor cardíaco do vinho tinto e do suco de uva em bebedores de longa data (mais de 18 anos). “Nesse grupo, observamos que há melhora os níveis de colesterol”, afirma. Na sua opinião, o fato de o estudo tcheco não ter verificado o mesmo benefício pode ser porque o acompanhamento foi de apenas um ano. “Parece-me um tempo curto para avaliar mudanças.” Claudia Collucci / Folhapress.

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VIVER BEM

Joanete afeta mais mulheres e pode passar de avó para neta

S

Trata-se de uma deformidade no pé, que causa dor e incômodo, que piora com sapato apertados

apatos largos, confortáveis e com salto baixo são os principais aliados de quem sofre com joanete, uma deformidade no osso do dedão do pé que causa dor e incômodo. O problema é hereditário e atinge mais mulheres.

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“O joanete é mais frequente em mulheres na proporção de dez [mulheres] para um [homem], e tem um forte caráter hereditário, saltando uma geração: avó e alguma neta costumam desenvolver a deformidade”, explica o ortopedista e traumatologista Marco Antonio

Ambrósio. O ortopedista Alberto Croci diz que o desvio no pé é fácil de ser detectado. “Geralmente, esses pacientes procuram o médico por [sentir] dor, que pode ser acompanhada de adormecimento. A pele fica inchada e vermelha no local.” Uma avaliação clínica já pode constatar o joanete, mas exames de raio X podem dar um diagnóstico mais preciso. “Como formas de tratamento, são indicadas medidas conservadoras, como o uso de calçados mais largos e sem saltos, quando o joanete já estiver presente, e fisioterapia no caso de processos inflamatórios”, diz Croci.


Separadores de dedos feitos com silicone também são indicados para aliviar. Para os casos mais graves, quando a deformidade compromete a qualidade de vida do paciente, os especialistas recomendam a cirurgia. “O joanete tem caráter progressivo podendo, inclusive, levar a alterações em outros dedos”, afirma Ambrósio. “O tratamento cirúrgico visa a melhora do quadro de dor”, ressalta. DIABÉTICOS Os diabéticos, que precisam de cuidados especiais com os pés, também têm de ficar

T

enho entrevistado homens e mulheres com mais de 60 anos. Eles casaram, tiveram filhos e até netos. Montaram suas casas, compraram seus carros, superaram crises pessoais, familiares e profissionais. Mas será que se tornaram pessoas mais sábias e maduras com o passar do tempo? Observo que muitos continuam sofrendo pelos mesmos motivos pelos quais sofriam na infância. Ainda hoje choram porque tiveram um pai violento, crítico ou ausente. Também sofrem porque não foram suficientemente reconhecidos, elogiados e amados pela mãe. Uma professora de 63 anos contou: “Apanhei muito do meu pai e, até ele morrer, nunca recebi um só gesto de carinho, uma palavra de amor, um presente especial. Sofro muito ao ver a relação do meu marido com a filha do primeiro casamento dele. Ele é um pai muito amoroso, o pai que eu sempre quis ter e nunca tive”. Ela se considera uma “mendiga emocional”. “Testemunho o amor incondicio-

atentos se tiverem o desvio. “Eles precisam ter cuidado para não machucarem a região. O ideal é que usem protetores siliconados preparados

sob medida, protegendo o joanete, aliviando a pressão e o atrito”, explica Ambrósio.

Tortura psicológica

Muitos experimentam uma espécie de miséria subjetiva, mesmo que sejam ricos e poderosos, como um advogado de 65 anos: “Fiz mais de 20 anos de análise e não consegui superar meus traumas de infância. Continuo o mesmo garoto assustado e frágil, que se sente um fracassado. Apesar de ser muito bem-sucedido profissionalmente, eu acho que meus colegas vão descobrir que sou uma fraude e me destruir completamente”. Ao ouvir tantas histórias tristes, percebi que é importante aprender a cuidar com amor, atenção e carinho da criança que um dia fomos e que, de certa forma, continuaremos a ser até o fim de nossas vidas. Quem sabe assim conseguimos minimizar o sofrimento e ainda economizar muitos anos de análise?

Pessoas mais velhas ainda sofrem porque tiveram um pai ausente ou porque não foram amadas pela mãe Mirian Goldenberg

nal que o meu marido sente pela filha. Tudo é para ela: carinho, atenção, cuidado, tempo, dinheiro. Eu me sinto uma mendiga: só fico com as migalhas. É uma verdadeira tortura psicológica”. É muito frequente casais se separarem quando o filho nasce porque o marido não consegue suportar a atenção que a esposa dedica ao recém-nascido. É o que aconteceu com um músico de 61 anos: “Eu me separei do grande amor da minha vida depois que o nosso filho nasceu. Eu me senti excluído da vida dela, abandonado, rejeitado. É impossível competir com este tipo de amor”.

Paula Felix / Folhapress.

MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br

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NUTRIÇÃO

C

onseguir uma barriga seca e lisinha é desejo de muita gente, e para chegar a isso, é primordial manter uma dieta correta e realizar exercícios físicos regularmente, investindo em atividades que trabalhem a musculatura da região. Além dessas recomendações, existem também determinados alimentos que auxiliam para que a barriga se torne chapada e outros que podem fazer com que ele fique maior – quando acontece o inchaço e a gordura localizada. Manter o aparelho intestinal saudável é essencial para conquistar uma barriga lisinha. Segundo os nutricionistas, ter o intestino funcionando perfeitamente diminui as chances de prisão de ventre e criação de gases que ocasionam estufamento na área do abdômen. Também melhora a absorção de vitaminas e minerais, não ocorrendo deficiência de nenhum nutriente. Além disso, a flora intestinal em dia diminui a possibilidade de retenção de líquidos, de aumento do desejo por doces, de falta de sono, entre outras questões que favorecem o aumento de peso. Certos alimentos e bebidas podem colaborar para ter uma flora intestinal saudável. É recomendado beber bastante água e consumir probióticos como por exemplo iogurte. Alimentos com grande quantidade de fibras solúveis, como é o caso da maçã, do maracujá e da aveia, também são ótimas alternativas já que melhoram o funcionamento do intestino e a absorção de nutrientes que ajudam a reduzir a gordura da região do abdomen. O consumo de frutas auxilia a murchar a barriga por causa da grande presença de fibras que além de melhorar o trabalho do intestino, também reduzem a absorção de gordura e oferecendo saciedade. A maçã, o maracujá e a ameixa têm grande destaque pelo alto teor em fibras solúveis. A ação antioxidante das frutas ainda é importante para a perda de gordura da barriga. A relação é indireta, já que a gordura gera um tipo de inflamação e as frutas vão ajudar a melhorar esse processo inflamatório. O morango, a laranja, o kiwi e a tangerina tem grande quantidade de vitamina C e por isso tem ação antioxidante. As frutas

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Dieta da barriga sequinha Comer frutas, vegetais e alimentos que melhoram o funcionamento intestinal ajuda a conquistar barriga seca e lisa vermelhas e roxas, como por exemplo a amora e a uva roxa e a framboesa, também são ótimas, pela sua função antioxidante. Outras frutas têm características interessantes que ajudam para a perda da gordura do abdomen. A gordura encontrada no abacate auxilia a diminuir a barriga desde que seja consumida moderadamente. Além disso, o alimento tem magnésio. Esse mineral age junto com o cálcio e colabora no relaxamento dos músculos e a reduzir o inchaço e o desejo de consumir doces. A lichia também é recomendada para queimar a gordura abdominal, isso acontece por causa da cianidina, substância existente na fruta. Para ajudar a conseguir a tão sonhada

‘barriga chapada’ vale a pena tentar não consumir alimentos que ocasionem gases, que leva a aumento da circunferência do abdomen. Alguns alimentos que podem ocasionar gases são pão, refrigerantes, frituras, queijo, água gasosa, embutidos e feijão. Diminuir o consumo de alimentos que causam a retenção de líquidos também é importante, pois o problema também provoca aumento do abdomen. Quem busca uma ‘barriga chapada’ deve diminuir o consumo de sódio. Os alimentos com alto teor de sódio são os embutidos, sal em demasia e alimentos processados. Os embutidos e industrializados também tem conservantes e corantes que geram um processo inflamatório.


VEGETAIS, VERDURAS E SEMENTES O consumo deles é essencial para a queima da gordura abdominal. As verduras são ótimas, pois trabalham o metabolismo. A salsa, a couve e o agrião também têm ações diuréticas que auxiliam a diminuir a retenção de líquidos, que ficam acumulados na barriga. Em relação aos vegetais é recomendado escolher por aquelas que possuam alto teor em magnésio, como a beterraba, quiabo e alcachofra. A berinjela ainda é mais recomendada, por conter grande quantidade de fibras solúveis. As sementes de linhaça e de chia ajudam na perda de peso e na queima de gordura abdominal, pelo seu alto teor em fibras solúveis, que provocam saciedade e por tabela, a perda de peso. Além do mais, estas sementes são ricas em ômega 3, ácido graxo que possui ação anti-inflamatória que pode agir na inflamação ocasionada pela gordura. A melhor forma de consumir a chia e a linhaça é trituradas. Recomenda-se triturar toda a quantidade da embalagem, colocar o pó num recipiente de plástico fosco com tampa e guardá-lo na geladeira.

INVISTA EM CHÁS Determinados chás também tem propriedades que ajudam para que a barriga fique lisinha, mas antes de consumí-los é interessante passar pela avaliação de um nutricionista, profissional capaz de recomendar, com segurança a maneira adequada de uso. O chá de hibisco, por exemplo, ajuda a que menos gordura se acumule na área do abdômen e quadril. Acredita-se que isto aconteça por causa da ação antioxidante dos flavonoides quercetina e antocianina. Já o chá verde tem efeito termogênico, que ajuda no emagrecimento. O chá de cavalinha reduz a retenção de líquidos, enquanto o chá de menta auxilia na digestão e reduz a formação de gases. BEBA ÁGUA! Deseja manter a barriga lisa? Então, tome água! Nenhuma estratégia para perder peso se torna eficiente se não for acompanhada de consumo de água. Todas as reações do organismo dependem dela. Para perder gordura, eliminar toxinas, o intestino trabalha sem problemas e evita a retenção de líquidos. A quantidade de água que precisa ser consumida diariamente varia conforme a pessoa, levando-se em consideração aspectos alimentares e intensidade de exercícios físicos feitos.

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Janelas Abertas | Gilka Bandeira

Um conto de fadas numa tarde de primavera

E

m plena primavera a tarde findava quando saí a caminhar. O momento era um destes raros em que tudo parece perfeito. O sossego reinava na praça, onde fileiras de árvores, curvadas e carcomidas pelo vento e salitre dos sucessivos anos, contornam o quadrilátero. O mar, em murmurinho de maré enchente, exibia os melhores matizes de verde, azul, violeta misturados aos laivos alaranjados do poente. O céu, sob efeito do ocaso, deixaria qualquer pintor impressionista paralisado, tal a suprema perfeição inimitável. Entre os últimos azuis cambiando para genciana, como uma bênção, nuvens franjadas abriam-se em largas asas de flamingo sobre o único casal sentado no banco de jardim, ladeado por amendoeiras defronte ao mar. Não eram jovens namorados, mas um homem e uma mulher maduros, sem chamegos, porém luminosos. Sem dúvida eles eram elemento da paisagem, faziam parte do quadro que seria pintado ou da foto que fosse tirada. Por ser o instante propício ao devaneio, segui meu caminho pensando neles. Especulando. Seriam marido e mulher? Namorados? Só amigos? Preferi imaginá-los enamorados, talvez por ter vislumbrado, ou imaginar ter visto, um brilho especial no semblante dos dois, ou simplesmente por ser mais poético, mais condizente com a ambiência. Antes de ali sentarem, ao longo da tarde, teriam se deliciado com tolas aventuras que alçavam a condição de permanência sentimental. Vagaram pelo semideserto centro da cidadezinha balneário. Aos primeiros passos, toparam com um gatinho amarelo e branco que, atravessando a rua miando, veio em direção deles. Seria bichano de rua? Embora um tanto magro, estava com coleira, portanto devia ter dono. Pegaram ao colo e acarinharam o filhote, cativantemente dengoso. Um bichinho daquele sozinho na rua, por certo corria perigo. Deveria ter escapulido de uma das casas, mas qual?

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Indagaram a um e a outro sem êxito. O jeito era ir adiante, com a esperança de que acertasse voltar para a casa ou fosse achado pelo dono. Mas o filhote determinadamente passou a segui-los. Quando se via atrasado, miava como a dizer, “me esperem” ou a chamar “papai”, “mamãe”, conforme os dois diziam gracejando. Esperavam e atendiam, embora um tanto vexados com a situação. O gatinho não desistia de acompanhá-los. Não podiam ficar com ele porque acreditavam que pertencia a alguém... De repente o espanto do latido do cão atrás de um portão. Mesmo assim, o gatinho não deu mostras de arrepiar caminho. Ficou parado redobrando os apelos: “papai”, “mamãe”. E lá iam eles a carregá-lo novamente. Decidiram voltar e intensificar a procura da casa do filhote nas imediações onde o acharam... Enfim conseguiram quem se responsabilizasse por ele. Antes, enquanto ainda pensavam numa solução para o gatinho, sentaram, com ele ao colo, no passeio de uma da casa, numa daquelas estreitas ruazinhas. Nisto apareceu uma mulher andrajosa pedindo dinheiro para comprar comida. Perguntando se ela não se importava com pouco, deram-na as moedas que tinham. A pedinte agradeceu com contente aperto de mão. Pouco depois ela voltou com alegria desmedida. Aos pulos e gargalhando veio agradecer de novo, por terem lhe dado boa sorte. “Vejam, vocês deram de coração e olhem o que recebi agora”. Mostrou as várias cédulas ganhas, que dariam para comprar todos os produtos da pequena lista que levava consigo. Com efusão tornou a apertar as mãos dos dois, ofertando-lhes também o melhor sorriso que alguém pode sorrir. O casal riu também, voltando a andar e desejando ter bastantes moedas para ir distribuindo sorrisos e pulos de felicidade. Depois, abraçados, seguiram pelo cais a reparar na transparência da água da baía e no solitário barquinho, onde um pescador se esquecia das horas, livre de todas as amarras existenciais. Ele e o mar, o mar e ele, pouco importando se peixe fisgasse ou não a isca. Mais a frente, nossos personagens assistiram a concentração do Bem-te-vi pescador espreitando o mar na beira do cais. Diante dos

dois pés de jasmim verdadeiro, crescendo a cada lado de uma varanda, pararam a admirar a delicadeza e o aroma das florezinhas, lamentando o pequeno espaço do canteiro onde foram plantados. Por fim chegaram à praça e sentaram no banquinho, sob as asas de flamingo, a tempo de ouvir o concerto para uma só voz de sabiá. Evidentemente não escutei o que diziam, mas entregue ao devaneio não era difícil imaginar. Inseridos naquela paisagem de sonho, os enamorados filosofariam sobre o pouco que se precisa para ser feliz e o tremendo equívoco a que se resume a existência humana movida a teres e haveres. Lembrariam Caymmi, “pobre quem acredita na glória e no dinheiro para ser feliz” e falando de músicas revelariam mais afinidades. Também falariam da infância e juventude, rindo feito crianças. Depois, mutuamente passariam a dizer coisas assim: Eis que sem senões lhe abro meus braços e confiadamente me doo e lhe recebo. Eis quanta ternura acumulada anseia por lhe mimar. Venha, sem receio porque o tempo da solidão e do desamor se finda agora e não convém adiar as alegrias. Vamos que quero lhe mostrar as flores silvestres, os riscados dos búzios e conchinhas do mar, os desenhos feitos de areia pelos grauçás ao cavar suas toquinhas, os ondulados arabescos esculpidos na coroa da maré vazia, os grossos e envelhecidos troncos das altas árvores a formar floresta num quintal. Vamos, que com estas singelezas e outras mais, lhe farei esquecer-se do que não é bom lembrar. Sejamos mútuos esteios fincados na mais calma e clara enseada ao abrigo das tempestades, sob a guiança irrestrita do mais verdadeiro amor. E por aí os deixei sem mais dúvidas e receios, sem mais oscilarem entre o querer e o medo. Ao voltar à praça anoitecida, já não vi o casal que sem suspeitar virou tema de crônica. Dentro do meu concebido, eles restaram entregues um ao outro e ao que viesse, felizes para sempre.


l SAÚDE & BEM-ESTAR ....................................... 52 a 75

l AUTO & CIA....................................................126 a 127

l GASTRONOMIA................................................. 76 a 83

l IMÓVEIS..........................................................128 a 129

l FESTAS................................................................ 84 a 89

TRIBUNA DO LEITOR...................................................130

l EDUCAÇÃO......................................................... 90 a 95

TÁBUA DAS MARÉS / FASES DA LUA..........................131

l FACILIDADES & SERVIÇOS............................... 96 a 125

AVISOS & EDITAIS

PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL A ENGEMAG - ENGENHARIA E MANUTENÇÃO GERAL LTDA, CNPJ 63.246.458/0001-45, torna público que está requerendo ao Instituto de Meio Ambiente – IMA, a Licença Ambiental Fase 3, localizado na rua Prisco José de Souza, bairro Caji, em Lauro de Freitas/BA.

Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas

Marco Antonio Pereira Diretor Técnico

Brechó do Rotary O Núcleo de Senhoras do Rotary Club Lauro de Freitas promove, dias 7 e 8, das 8 às 12 horas, mais uma edição do Brechó Beneficente, na secretaria do clube (anexo da entrada do Colégio Mendel de Vilas, pe­la rua Praia do Forte - acesso próximo do restaurante Donana, na Av. Praia de Itapuã). Roupas novas e seminovas, calçados, bolsas, biju­terias e acessórios em geral, com preços acessíveis, compõem o leque de ofertas.

POLÍTICA AMBIENTAL Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas

A ENGEMAG - ENGENHARIA E MANUTENÇÃO GERAL LTDA, na busca da melhoria contínua das ações voltadas para o meio ambiente, assegura que está comprometida em: l Promover o desenvolvimento sustentável, protegendo o meio ambiente através da prevenção da poluição, administrando os impactos ambientais de forma a torná-los compatíveis com a preservação das condições necessárias à vida; l Atender a legislação ambiental vigente aplicável e demais requisitos subscritos pela organização; l Promover a melhoria contínua em meio ambiente através de sistema de gestão estruturado que controla e avalia as atividades, produtos e serviços, bem como estabelece e revisa seus objetivos e metas ambientais; l Garantir transparência nas atividades e ações da empresa, disponibilizando às partes interessadas informações sobre seu desempenho em meio ambiente; l Praticar a reciclagem e o reuso das águas do processo produtivo, contribundo com a redução dos impactos ambientais através do uso racional dos recursos naturais; l Promover a conscientização e o envolvimento de seus colaboradores, para que atuem de forma responsável e ambientalmente correta. A Direção

Publique aqui os editais de mio ambiente da sua empresa. Prestigie o veículo da sua região. Ligue 3379-2439 / 3379-2206 / 3379-4377 Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 51


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TERAPIA

Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 75


AÇOUGUE

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Brechó do Rotary

O Núcleo de Senhoras do Rotary Club Lauro de Freitas promove, dias 7 e 8, das 8 às 12 horas, mais uma edição do Brechó Beneficente, na secretaria do clube (anexo da entrada do Colégio Mendel de Vilas, pe­la rua Praia do Forte - acesso próximo do restaurante Donana, na Av. Praia de Itapuã). Roupas novas e seminovas, calçados, bolsas, biju­terias e acessórios em geral, com preços acessíveis, compõem o leque de ofertas. Anúncio Villas Magazine.pdf 1 27/10/2014 17:22:58

CESTAS

C

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CM

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CMY

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76 | Vilas Magazine | Novembro de 2014


ALIMENTOS

CESTAS DE CAFÉ

CONVENIÊNCIA

CULINÁRIA ORIENTAL

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CULINÁRIA ORIENTAL

DELICATESSEN

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DOCES & SALGADOS

DELIVERY 071 3379 - 4477 Av. Praia de Itapoan - Vilas do Atlântico

78 | Vilas Magazine | Novembro de 2014

DOCES & SALGADOS


DOCES & SALGADOS

HORTIFRUTI

LANCHES

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LANCHES

PICOLÉ

PIZZARIA

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PIZZARIA

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PIZZARIA

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PIZZARIA

82 | Vilas Magazine | Novembro de 2014

RESTAURANTE


RESTAURANTE

RESTAURANTE

RESTAURANTE

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ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE BRINQUEDOS

ALUGUEL DE MATERIAL

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ALUGUEL DE MATERIAL

ALUGUEL DE MATERIAL



ANIMAÇÃO

ANIMAÇÃO / DJ

BOLOS & TORTAS

BUFFET

BUFFET

BUFFET

BUFFET

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BUFFET

DJ

DJ

ILUMINAÇÃO EFEITOS 71

SOM DJ´S

3285.4464 | 8127.9049

DJ

DJ

ESPAÇO PARA EVENTOS

DOCES & SALGADOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

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ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

ESPAÇO PARA EVENTOS

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ESPAÇO PARA EVENTOS

EVENTOS

GARÇOM

MESAS & CADEIRAS

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MESAS & CADEIRAS MESAS CADEIRAS PRANCHÃO TOALHAS

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PERSONALIZAÇÃO

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ROSKAS

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BRINQUEDOS

DANÇA

DANÇA

ESCOLA

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ESCOLA


ESCOLA

ESCOLA

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

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ESCOLA

ESCOLA

ESCOLA

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ESCOLA

ESCOLA

ESPORTES

IDIOMAS

IDIOMAS

IDIOMAS

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IDIOMAS

PROFISSIONALIZANTES

REFORÇO ESCOLAR

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ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO

ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO

ADMINISTRAÇÃO DE CONDOMÍNIO

ADVOCACIA

96 | Vilas Magazine | Novembro de 2014


ADVOCACIA

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AGÊNCIA DE CRIAÇÃO

AGÊNCIA DE VIAGENS High School | Cursos de idiomas Cursos universitários | Solicitação de vistos Assistência Médica | Câmbio | etc.

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ÁGUA / PURIFICAÇÃO

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ALUGUEL DE MÁQUINAS

ANDAIMES

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ANTENAS

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ANTENAS

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AR CONDICIONADO

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ARQUITETURA

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ARQUITETURA

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ARQUITETURA

ARTESANATO

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

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100 | Vilas Magazine | Novembro de 2014


ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Citytec

ASSISTÊNCIA TÉCNICA

Atendimento Domiciliar

Salvador 3381-0035

Lauro de Freitas 3015-0066 ASSISTÊNCIA TÉCNICA

AUTO-ESCOLA

Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 101


BRINDES

CARRETO

CARRETO

CARRETO

CHAVEIROS

CHAVEIROS

COLCHÕES

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

102 | Vilas Magazine | Novembro de 2014


CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONSTRUÇÃO CIVIL

CONST. & REFORMA

CONSTRUÇÃO & REFORMA

CONST. & REFORMA

CONTABILIDADE

CONTABILIDADE

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CONTABILIDADE

CORTINAS

CORTINAS

CORTINAS

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CORTINAS

CORTINAS & PERSIANAS

CORTINAS

DECORAÇÃO

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DECORAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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DESINSETIZAÇÃO


DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

DESINSETIZAÇÃO

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DESINSETIZAÇÃO

DIVISÓRIAS

ELETRICISTA

EMBALAGENS

EMBALAGENS

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ENTULHOS & PODAS


ENGENHARIA

ENTULHOS & PODAS

Aluguel de coletores para retirada de entulhos

RAPIDEZ QUALIDADE SEGURANÇA

8622-5019 EVITE MULTAS. COLABORE PARA MANTER LIMPA A NOSSA CIDADE ENTULHOS & PODAS

ENTULHOS & PODAS

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESCRITÓRIO VIRTUAL

ESTOFADOS

Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 109


ESTOFADOS

ESTOFADOS

FOGÕES

FORROS

FOGÕES

FORROS

GÁS

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FORROS

GÁS

GRÁFICA


GRÁFICA

HORTO

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

INFORMÁTICA

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INFORMÁTICA

LAVANDERIA

LIMPA FOSSA

LIMPA FOSSA

112 | Vilas Magazine | Novembro de 2014

LIMPA FOSSA


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MADEIRA TRATADA

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MADEIRA TRATADA

MADEIREIRA

MADEIREIRA

MÁRMORES

MÁRMORES & GRANITOS

MATERIAL DE CONSTRUÇÃO

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MAT. DE CONSTRUÇÃO

Brechó do Rotary

O Núcleo de Senhoras do Rotary Club Lauro de Freitas promove, dias 7 e 8, das 8 às 12 horas, mais uma edição do Brechó Beneficente, na secretaria do clube (anexo da entrada do Colégio Mendel de Vilas, pela rua Praia do Forte - acesso próximo do restaurante Donana, na Av. Praia de Itapuã). Roupas novas e seminovas, calçados, bolsas, bijuterias e acessórios em geral, com preços acessíveis, compõem o leque de ofertas. MATERIAL DE LIMPEZA

MATERIAL ELÉTRICO

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MERCADO

MODA

MOLDURAS

Mテ天EIS

Mテ天EIS PLANEJADOS

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Mテ天EIS PLANEJADOS

Mテ天EIS PLANEJADOS

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MÓVEIS PLANEJADOS

MUDANÇAS

PÁTINA

PAPEL DE PAREDE

PELÍCULA

PERSIANAS

PERSIANAS

PET SHOP

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PET SHOP

PISCINAS

PISCINAS

PISCINAS

PORTÕES

PORTÕES

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REDES

REDES DE PROTEÇÃO

REFORMAS

REDES DE PROTEÇÃO

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

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SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGURANÇA ELETRÔNICA

SEGUROS

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SERVIÇOS

SERVIÇOS

SERVIÇOS GERAIS

SOMBREIROS

TÁXI

TARÔ

TÁXI

TÁXI

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TELAS

TINTURARIA

TOLDOS

TOLDOS

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TOLDOS

TRANSPORTE ESCOLAR

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

VETERINÁRIO

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VETERINÁRIO

VIDRAÇARIA

VIDRAÇARIA

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VIDRAÇARIA

Prefeitura define normas para o licenciamento de eventos na cidade

Brechó do Rotary O Núcleo de Senhoras do Rotary Club Lauro de Freitas promove, dias 7 e 8, das 8 às 12 horas, mais uma edição do Brechó Beneficente, na secretaria do clube (anexo da entrada do Colégio Mendel de Vilas, pela rua Praia do Forte - acesso próximo do restaurante Donana, na Av. Praia de Itapuã). Roupas novas e seminovas, calçados, bolsas, bijuterias e acessórios em geral, com preços acessíveis, compõem o leque de ofertas.

Com a proximidade do verão e festejos do final do ano, a promoção de eventos temáticos para este período tende a aumentar de forma significativa. Com o foco na organização das festas e principalmente na segurança dos espectadores e profissionais envolvidos na realização de shows e similares, a Prefeitura de Lauro de Freitas, por meio da Secretaria de Planejamento e Gestão Urbana (Seplan), definiu em outubro, normas referentes ao tema, com a presença de representantes das secretarias de Trânsito, Transporte e Ordem Pública (Settop), Turismo, Esporte e Lazer (Setel), Gabinete do Prefeito (Gapre) e Polícia Militar. Com a criação da Central de Licenciamento de Eventos (CLE), os produtores de eventos precisam comparecer à Central de Atendimento da Seplan e, através de um requerimento único elaborado em parceria entre as secretarias envolvidas na análise, protocolar o pedido de autorização. Além da celeridade, a Central facilita o controle do cumprimento das normas técnicas, garantindo a segurança da comunidade. A secretária da Seplan, Eliana Marback, alerta que o prazo para abertura de processo é de 15 dias de antecedência ao evento. Além de montagens de palcos, eventos de qualquer natureza em áreas públicas, a exemplo de festas de largo, shows, eventos beneficentes, esportivos, culturais e religiosos, precisam ser autorizados pela Seplan com o intuito de evitar transtornos à população. Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 125


Dura, Forty Eight é opção para “harleiros” mais tradicionais

L

ançada nos EUA em 2010, a Harley-Davidson Forty Eight é a opção mais rebelde da linha Sportster. Disponível no Brasil desde fevereiro, também é a mais cara da família, partindo de R$ 38 mil. Seu nome remete ao ano em que o tanque com formato de amendoim foi criado. Comportando 7,9 litros de combustível, ele é o que torna essa moto tão urbana, pois a autonomia permite apenas passeios curtos. O estilo “garage custom” também aparece nos retrovisores, posicionados abaixo do guidão, e no para-lama encurtado e aparente. Seu acabamento minimalista confunde-se com os fios aparentes do chicote elétrico e com o painel simples com um único mostrador redondo, que informa a rotação do motor e a marcha engatada. Em ação, a mecânica é bruta. A embreagem não é muito dura, mas a transmissão de cinco marchas tem engates ruidosos. O motor (com dois cilindros em V, 1.200 cm³ e refrigeração a ar) vibra demais, até em marcha lenta. Essas características, normais em uma Harley tradicional, são compensadas pelo rodar firme e prazeroso.

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126 | Vilas Magazine | Novembro de 2014

Apesar do bom torque (9,8 kgfm a 3.750 rpm), a moto “reclama” se mantida abaixo de 2.500 rpm. A Forty Eight é ágil, mas seu freio dianteiro, com apenas um disco, fica devagar quando exigido. Ao menos ele atua bem na traseira e possui sistema antitravamento de série. Tanto as pedaleiras como o guidão são adiantados, acompanhados por um banco baixo (71 cm) e distante. Com isso, a pilotagem fica


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curvada, o que pode cansar o motociclista em trechos mais longos. Além disso, a suspensão rebaixada tem pouco curso e não consegue absorver as irregularidades de pisos ruins. Estável em curvas, a moto não se inclina muito, por causa das pedaleiras baixas. Ao encostarem no solo, elas se voltam contra os pés com alguma violência. A Forty Eight não pretende ser sinônimo de conforto, mas sim de exclusividade, com visual retrô original de fábrica. Quem busca uma moto para o uso cotidiano, tende a admirar a Forty Eight pela vitrine. Como hobby, ela é boa opção. É o típico veículo para fazer amizades em postos de abastecimento. Guilherme Silveira / Folhapress.

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Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 127


IMOBILIÁRIA

APARTAMENTOS

CASAS

ORIENTAÇÃO AOS LEITORES A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Pessoas físicas e jurídicas de má fé podem utilizar um veículo de comunicação para fraudar e ludibriar os leitores, ou induzi-los em erro. A fim de evitar prejuízos, recomendamos que os leitores avaliem e busquem informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, sobretudo quando não se pode deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. A revista Vilas Magazine, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. 128 | Vilas Magazine | Novembro de 2014


CASAS

SALAS & LOJAS

Novembro de 2014 | Vilas Magazine | 129


TRIBUNA DO LEITOR

Silêncio e educação O loteamento Vilas do Atlântico continua sofrendo com a emissão de sons e ruídos, em desacordo com o art. 2º, da Lei Federal nº 10.257, de 10 de julho de 2001 e as Leis Municipais de Lauro de Freitas nº 1224, de 27/12/2006 e nº 1403, de 23/12/2010, conhecida como EIV – Estudo de Impacto de Vizinhança. Enquanto, de um lado, a Prefeitura não exercita seu poder fiscalizatório, do outro, alguns moradores parecem desconhecer o direito dos seus semelhantes, da prática de solidariedade cidadã e da responsabilidade comunitária, pois promovem elevados sons e ruídos, não se importando que seus vizinhos sejam idosos, doentes ou, simplesmente, precisem de sossego e paz. Situação mais crítica vem ocorrendo, presentemente, quando diversos moradores colocam placas de aluguéis em seus imóveis, para realização de shows artísticos ou comemorações de aniversários, casamentos e outras solenidades. O que mais nos deixa desorientados é a falta de fiscalização da Prefeitura e o descaso para com o bem-estar da comunidade, pois sons e ruídos, fora das medidas determinadas para os decibéis, conforme disposto na norma NBR - 10.151 da ABNT - Associação Brasileira de Normas Técnicas, ou das que lhe suceder, tem a ver com a saúde pública e, portanto, merece toda atenção dos poderes públicos. Para esses casos, de aluguel de residências para shows artísticos, portanto transformando-se em empreendimento, teria que haver a aprovação da Prefeitura, condicionado a assinatura de Termo de Compromisso pelo interessado. Vale lembrar que as leis citadas neste documento foram aprovadas pela Câmara Municipal, quando, naquele momento um dos vereadores era o senhor Márcio Araponga Paiva, atualmente excelentíssimo prefeito de Lauro de Freitas. Necessário se torna que os cidadãos de Vilas do Atlântico saiam de sua acomodação e denunciem o abuso de seus vizinhos, inicialmente à Prefeitura e, não havendo solução, ao Ministério Público. Silêncio é uma questão de educação. Coordenação Executiva da SALVA - Sociedade dos Amigos do Loteamento Vilas do Atlântico. n CONVITE Moradores do loteamento Parque Jockey Club, imediações da Praça de Arcanja, apelam à fiscalização municipal para dar fim aos caos que se instala todos os finais de semana, a partir de sexta-feira, com som nas alturas, impedindo que qualquer morador da redondeza converse, assista televisão, fale ao telefone ou simplesmente descanse. Na ausência da fiscalização, convidam o prefeito Márcio Paiva a passar pelo local e ver pessoalmente a “bagaceira”.

O trânsito em Vilas do Atlântico Gostaria de sugerir aos responsáveis pelas matérias e principalmente pelas charges publicadas na revista Vilas Magazine, que abordassem com mais frequência assuntos relacionados ao nosso, já tão caótico trânsito de Lauro de Freitas, em particular Vilas do Atlântico. Resido aqui desde 2001 e com certeza já passou da hora de ser abordado com mais firmeza por este veículo de informação. Com o passar dos anos Vilas do Atlântico se tornou um local bem mais populoso, trazendo consigo não somente mais pessoas, como também seus automóveis. Mas o que se percebe, além da falta de educação das pessoas é, principalmente, a falta do conhecimento das leis pelos motoristas. Vilas

do Atântico tem em torno de oito rotatórias (rótulas), e em todas nunca se respeita o que determina a legislação... prevalecendo sempre a lei de quem passar primeiro ou daquele que tiver mais coragem a esperar que o outro freie... Gostaria que a Vilas Magazine aproveitasse da sua grande influência junto aos moradores/ condutores, (mesmo não sendo essa a sua principal atribuição), e conscientizasse, (através de charges, lembretes, orientações com desenhos, etc), de que a preferência em uma rotatória (rótula), é sempre de quem já se encontra na mesma... devendo os carros darem passagem aos que nela se encontram. Luciano Rodrigues.

130 | Vilas Magazine | Novembro de 2014

n Em fevereiro deste ano, a revista Vilas Magazine me deu espaço nesta seção, como faz com quem sugere melhorias para o município, e publicou um pedido que fiz as autoridades, no sentido de dar um basta na ocupação irregular de barracas na terceira portaria de Vilas do Atlântico, visando com isso que disciplinassem o tráfego local, para evitar os insuportáveis engarrafamentos, quando da saída dos alunos do Colégio Sartre (igual solicitação foi feita logo depois por um outro morador de Vilas do Atlântico). Eis que agora, graças a visão do secretário de Trânsito, Moysés Mustar – a quem eu e toda a comunidade de Vilas do Atlântico e do loteamento Miragem agradecemos –, faço o registro desse jovem executivo da administração pública municipal, que tem buscado resolver com muita garra os problemas da sua pasta e enxergou que era preciso interferir no local. Temos certeza que ele vai buscar solução para o fluxo do tráfego, hoje muito carregado pela alternativa de acessar Vilas do Atlântico vindo da Estrada do Coco, para evitar o acesso tradicional, constantemente engarrafado. Edson de M. Biscaia.

Desabafo de um cidadão Sou morador de Lauro de Freitas e já tentei entrar em contato com a Prefeitura em todos os telefones e emails citados no site do município, mas nenhum contato foi realizado, por não estarem ativos. Venho tentando expor minha opinião como morador, sobre as dificuldades que encontro no trânsito e com a conservação das ruas, e achei que a revista Vilas Magazine seria a que me daria um retorno. Referente ao trânsito, não consigo acreditar que as autoridades circulem pela Estrada do Coco e não percebam os gargalos em frente ao supermercado Max e na entrada para Itinga e não façam nada a respeito. A Prefeitura alargou a avenida no trecho da entrada para Itinga mas deixou de deslocar o semáforo para antes do condomínio jardim Botânico, o que permitiria melhor circulação de quem vem de Salvador ou ate mesmo do Centro e de quem vem do litoral sentido Salvador e adjacências. É um absurdo não perceberem que o que fizeram foi só aumentar o erro. Moro no Jardim Aeroporto e

para me deslocar para o trabalho já levei 45 minutos entre o hospital Menandro e a saída Cia-Aeroporto, por causa do trânsito travado naqueles dois locais. Não sou formado e não trabalho como engenheiro de tráfego, mas os que estão nos cargos, a meu ver, sabem menos que eu. Com relação ao recapeamento asfáltico na cidade, outro absurdo. Colocar asfalto em cima de terra, sem tratar o solo, sem fazer um serviço de preparação para receber o asfalto, e quando chove os buracos voltam. Será que ninguém vê que estão jogando dinheiro fora? Ou melhor, estão sim, menos jogando dinheiro fora. Sou simplesmente um morador que tentou procurar a Prefeitura para desabafar suas inquietações, sem sucesso. Sei que a revista Vilas Magazine não tem essa obrigação, mas fico grato se ao menos olharem com atenção minhas sugestões. Tenho certeza que muito pode ser feito para melhorar essa situação. Ronivaldo Santana.

O asfalto sumiu

nio), no bairro Pitangueiras. Pois bem: o asfalto nem precisou esperar o período de chuvas, para se deteriorar. Uma vergonha. Eduardo Borges.

Não fazem três meses que a Prefeitura mandou asfaltar a Rua Martins de Oliveira (esta rua começa na Juracy Magalhães e vai até a av. Luiz Tarquí-

AGRADECIMENTOS Prezado Sr. Accioli Ramos e toda equipe da revista Vilas Magazine, Sou leitor há quase 15 anos desta admirável revista, e quero parabenizá-los pela belíssima iniciativa de mobilização da comunidade, com a criação do espaço Solidariedade com o propósito de ajudar pessoas mais necessitadas. Notavelmente, são de profissionais e meios de comunicação assim, que nosso município, nosso estado, nosso país e nosso mundo precisam. Miro Psaros.


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132 | Vilas Magazine | Novembro de 2014

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