CARNAVILAS ATRAI E AGRADA COMUNIDADE EM VILAS
RESPEITO É BOM, E ELES GOSTAM PESSOAS QUE NÃO RECEBERAM EDUCAÇÃO EM CASA, CONTINUAM OCUPANDO AS VAGAS DESTINADAS A DEFICIENTES FÍSICOS E IDOSOS, NOS ESTACIONAMENTOS
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EDITORIAL
Respeito para todos
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o contrário do que muita gente pensa, as vagas de estacionamento reservadas a idosos ou portadores de deficiência não são uma cortesia dos estabelecimentos comerciais, mas uma obrigação legal. Todo estacionamento regulamentado deve reservar 5% das suas vagas para idosos e 2% para deficientes físicos. Quanto maior for o estacionamento, maior será o número de vagas exclusivas para esse público. O uso das vagas está condicionado à emissão de uma permissão especial, a cargo da autoridade local de trânsito. A chamada credencial conta inclusive com um modelo, padronizado por meio de resolução do Conselho Nacional de Trânsito (Contran). De acordo com o Contran, nenhum veículo sem a credencial exposta no painel pode ocupar uma vaga sinalizada como exclusiva para idosos ou deficientes físicos. As autoridades podem até fazer vistas grossas para veículos sem credencial que são efetivamente usados para transportar deficientes físicos ou dirigidos por estes ou por idosos. O que o Poder Público não pode é permitir a violação indiscriminada dos direitos dessa faixa da população por pessoas que ignoram solenemente o Código Brasileiro de Trânsito e estacionam em vagas especialmente reservadas como se a regulamentação não existisse. A lei estabelece que estacionar “em desacordo com as condições regulamentadas especificamente pela sinalização (placa - Estacionamento Regulamentado)” constitui infração leve, mas sujeita a multa e remoção do veículo. Como não se conhece caso em Lauro de Freitas em que os infratores tenham sido penalizados as vagas exclusivas vão caindo em descrédito como se fossem apenas espaços decorados em azul. A população de idosos no Brasil cresce continuadamente, fruto da expansão da expectativa de vida no país e a sociedade tem se tornado mais atenta às necessidades dessa faixa cada vez mais expressiva da nossa comunidade. A própria regulamentação das vagas exclusivas, que já tem anos, reflete essa nova realidade. A demanda por rampas de acesso nas calçadas, finalmente exigíveis no âmbito da legislação local (leia à página 19), é outro sinal dos tempos. Passamos a nos preocupar mais com um segmento da sociedade que permanece produtivo por muito mais tempo que antigamente, mas precisa de cuidados especiais. A dificuldade de locomoção, que atinge igualmente portadores de deficiência física e idosos, é o principal aspecto dessa preocupação e por isso se reservam vagas de estacionamento específicas para esse público, sempre mais próximas aos acessos dos estabelecimentos comerciais. É verdade que as autoridades não podem estar em todos os lugares ao mesmo tempo, fiscalizando a utilização de vagas em tempo integral. Cabe a cada um de nós tomar para si a responsabilidade de ser cidadão e criar uma consciência crítica em relação aos que não respeitam os idosos. É preciso que os mal educados percebam a indignação de quem faz questão de respeitar os direitos dos idosos e deficientes físicos. Nas calçadas, no transporte público e, claro, nas vagas de estacionamento.
Serviço público online é destaque
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Carlos Accioli Ramos Diretor-editor
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ue atividades são permitidas pela legislação em imóveis residenciais? Como se faz um “pedido de viabilidade” para atividades comerciais? É possível desmembrar um terreno? Essas e outras perguntas, que podem ocorrer aos cidadãos contribuintes apenas uma vez ao longo de toda a vida, costumavam demandar pelo menos uma visita aos labirintos da burocracia. Mas no site da secretaria de Planejamento de Lauro de Freitas (http://seplan. laurodefreitas.ba.gov.br) essas e outras dúvidas, entre as mais comuns, já estão respondidas. Destaque municipal, os serviços online da secretaria incluem um mapa digital com a localização dos principais serviços públicos (http://seplan.laurodefreitas.ba.gov.br/mapa/mapa.php), além de escolas e quadras esportivas. Também é possível consultar, online, o andamento de documentos que estiverem sendo processados pela secretaria. A secretaria da Fazenda (http://sefaz.laurodefreitas.ba.gov.br/) também caminha na direção do que poderá ser o maior avanço da gestão pública em Lauro de Freitas nos últimos anos.
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Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela PwC - PricewaterhouseCoopers 6 | Vilas Magazine | Março de 2015
FILIADO
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Associação Nacional de Editores de Revistas
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CENA DA CIDADE
COBRANÇA Atenta às necessidades do bairro, comunidade do Caji não perdeu a oportunidade de cobrar explicações do prefeito Márcio Paiva, na rua, enquanto este acompanhava as obras de asfaltamento da rua Theócrito Batista
Região
CLN promove 14ª edição de campanha de educação no trânsito
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Concessionária Litoral Norte (CLN) e o Instituto Invepar – ligado ao grupo que administra a CLN e a Concessionária Bahia Norte (CBN) – prosseguem com a usual campanha de educação “Transito Legal” até o final deste mês. Motoristas, motociclistas, ciclistas e pedestres que circulam pela BA-099 são abordados com ações de educação para o trânsito nas sete passarelas ao longo da Estrada do Coco. Um educador a serviço da campanha orienta pedestres e ciclistas sobre as condutas adequadas para o uso dos equipamentos de segurança disponíveis na via. Há também uma exposição de placas de sinalização de trânsito ao longo das passarelas e a apresentação de um ator de teatro de
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rua, fantasiado de guarda de trânsito e juiz de futebol, entregando cartões vermelhos ou verdes, de acordo com o comportamento do pedestre. No verso de cada cartão serão oferecidas dicas de segurança no trânsito. Além disso, três escolas de Camaçari, Mata de São João, Entre Rios, Esplanada, Conde e Jandaíra receberam palestra educativa sobre educação de trânsito, legislação, trânsito e drogas, trânsito e meio ambiente e cultura de paz. Oficinas de educomunicação com os estudantes incluem atividades de jornal mural e esquete teatral. Há distribuição de cartilhas educativas com um jogo educativo no verso. Os estudantes participam de um concurso de redação sobre educação de trânsito. O prêmio é um tablet. Todos são convidados a participar da Rede Trânsito legal, uma iniciativa que promove a concentração de colaboradores e multiplicadores do projeto para a troca de experiências sobre a educação para o trânsito.
Registros & Notas JUNIOR JACOB
Moema estreia no Congresso liderando Comissão Especial
Banda Opposto grava clipe em Vilas do Atlântico
A deputada federal Moema Gramacho (PT) estreia no Congresso Nacional como titular da Comissão Especial, que trata da reforma política (PEC 352/13). Essa é, provavelmente, a Comissão que vai catalisar as atenções de todo o país em 2015. A Comissão tem 40 sessões para apresentar o texto que vai para votação em plenário com proposta sobre questões polêmicas: acaba a reeleição do presidente da República, governadores e prefeitos; põe fim ao voto obrigatório; e muda as regras das coligações eleitorais, extinguindo a vinculação entre as candidaturas em âmbito nacional, estadual, municipal ou distrital.
A banda Opposto escolheu a Praia do Surf, em Vilas do Atlântico, como cenário para a gravação do clipe da música A Baianinha, em janeiro. A música é uma homenagem do publicitário Paulo Torres (sócio de Arlindo Rodrigues na agência Quarta Onda) para a modelo baiana Mariana Gonzalez, ex-miss Lauro de Freitas. A banda Opposto foi criada em julho do ano passado e tem como vocalistas Rogério Chaves e Michele Dhára. O estilo musical da banda mescla ritmos dançantes, predominando ragga, tecno, percussão baiana e arrochanejo. O lançamento do clipe aconteceu em 3 de fevereiro. Na foto, os vocalistas Rogério Chaves e Michele Dhára e Mariana Gonzalez.
Premiação O atleta Rodrigo Delayti Alcântara (esq. na foto), aluno do professor Silvano Ribeiro, do Clube Jinseikan, integrante da seleção baiana e brasileira de karatê tradicional, foi um dos personagens premiados pela Federação de Karatê Tradicional da Bahia, em janeiro, pelo seu desempenho em competições em 2014. Rodrigo cursa Educação Física e vem conquistando espaços no cenário esportivo nacional, acumulando diversos títulos estaduais, nacionais e internacionais: campeão brasileiro em 2013, vice-campeão brasileiro em 2014, campeão baiano em 2013 e 2014, campeão panamericano em 2011, no Chile e em 2013, na Argentina, quarto lugar no Mundial na Polônia, em 2012.
Lapidando talentos
70 anos O engenheiro Sérgio Cruz celebrou seus 70 anos de vida, fazendo o que mais gosta: estar com a família e amigos. Ser humano de nobres valores, desses raros de se encontrar, Sérgio dignifica e qualifica quem goza do privilégio de ser contemplado com sua amizade. Na foto (a partir da esq.), o aniversariante e suas “preciosidades”: a esposa, Maria Helena e as filhas, Paula, Julia e Cristina.
A escolinha de futebol do professor André Galvão Sande, a AGS, continua revelando talentos, consequência do trabalho sério e dedicado que completa 13 anos este mês. Em fevereiro, o jovem Bernardo (dir. acima, com André), 14 anos, ex-aluno da escolinha, viajou para São Paulo, convidado para treinar nas categorias de base do Sport Club Corinthians. Março de 2015 | Vilas Magazine | 9
Registros & Notas Feira de Santana tem vôo direto para SP Moradores de Feira de Santana e região já contam com mais de 50 opções de conexão para o Brasil e para os Estados Unidos, com o novo voo da Azul, iniciado dia 2 de fevereiro, da cidade para Campinas, em São Paulo. Com o objetivo de promover a expansão da aviação regional da Bahia, o Governo do Estado adotou uma política de incentivos. As empresas aéreas que alcançam dez ou mais municípios no estado têm direito à alíquota do ICMS mais baixa, de 7%. As demais alíquotas seguem um gradiente de acordo com o número de municípios atendidos: a alíquota fica em 10% para empresas que chegam a oito ou nove municípios; em 12%, para as que alcançarem sete; e, para as que alcançarem seis municípios, a alíquota fica em 14%. A rota tem frequência de segunda a sexta-feira.
“Feras” do Perfil celebram aprovações em vestibulares
Alunos do Colégio Perfil, de Vilas do Atlântico, celebram a aprovação em vestibulares de diversas universidades, baianas e nacionais, este ano. Entre os integrantes do time de “feras” estão, Pedro Dias Baqueiro (2º lugar em Sistema de Informação, na UNEB), Rogério Freitas de Mello (1º lugar em Engenharia Química, na Católica), Renata Mendes d’Andreamatteo (1º lugar em Dreito, na UNIME), Matheus Reis Bezerra (3º lugar em Geofísica e em Engenharia da Computação, ambos na UFBA), Caio Vitor Santos Medeiros (2º lugar em Jornalismo, na UFBA), João Victor Rodrigues (1º lugar em Nutrição, na UNIME), entre outros.
TAP celebra 70 anos e a 49 une o Brasil à Europa VICTOR CARVALHO
Tássia Rotondano (ex-diretora da Divisão de Comunicação da Secretaria de Trânsito, Transporte e Ordem Pública e ex-assessora de Comunicação da Prefeitura de Lauro de Freitas), assumiu o setor de Comunicação e Eventos do Colégio Perfil, de Vilas do Atlântico.
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Mario Carvalho, Diretor Geral da TAP para América do Sul, selecionando convidados especiais para o jantar comemorativo de 70 anos da companhia, em Lisboa. A companhia, que desde 1966 liga o Brasil a Europa, lançou recentemente o voo entre Lisboa, Manaus e Belém, e com essas novas rotas, passou a voar a partir de 12 cidades brasileiras – entre elas, Salvador –, consolidando como a companhia aérea que mais traz europeus ao Brasil e chancelando sua estratégia de diversificação de gateways. Hoje a TAP é a única companhia que voa de norte a sul do Brasil para mais de 50 destinos em toda a Europa. Na foto ao lado, Mario Carvalho (esq.) recebe o Ministro do Turismo, Vinícius Lages, convidado para a celebração. Domingos Ferreira da Cruz, 76 anos, o “Balaeiro”, artesão dos balaios que levam oferendas a Rainha do Mar, homenageado na Festa de Iemanjá.
QUANDO O ASSUNTO É CUIDADO, A MAMÃE É NOTA 10
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Cidade
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linha dois do metrô teve a sua construção autorizada pelo governador Rui Costa (PT) no mês passado para ligar, de acordo com o governo do Estado, “o Acesso Norte ao Aeroporto de Salvador” pelo “Sistema Metroviário de Salvador e Lauro de Freitas”. Tecnicamente o metrô chega a Lauro de Freitas já que a estação final será construída no limite com a capital, ao lado do aeroporto internacional. Mas o trecho até o Km 3,5 da Estrada do Coco é uma “extensão” a ser futuramente construída, mediante condicionantes de demanda. Estudo da secretaria de Desenvolvimento Urbano da Bahia trata a extensão como segundo tramo da linha 2. De acordo com a mesma fonte, a
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Metrô na Estrada do Coco está condicionado à demanda concessionária do sistema de metrô só apresentará estudos para a implantação do trecho de 3 Km até a estação Lauro de Freitas “caso a demanda real de passageiros da Linha 2 atinja o patamar de seis mil passageiros/hora-pico”. Entretanto, estudo do governo estima que já em junho deste ano a linha 2 registraria mais de oito mil passageiros na hora de pico. Em setembro seriam mais de 11 mil e em dezembro mais de 15 mil. O estudo efetivamente menciona a ca-
nalização do rio Ipitanga em parte do trecho da via Alternativa para que a linha do metrô atinja a Estrada do Coco, até a esquina da avenida Beira Rio. A obra receberá um investimento total, nas linhas 1 e 2, de R$ 3,6 bilhões, por meio de contrato de concessão em parceria público-privada com a CCR Metrô Bahia. Sem chegar à Estrada do Coco, a Linha 2 contará com 20,7 km de via permanente, 12 novas estações até o aeroporto e quatro Terminais de Integração (Acesso Norte, Rodoviária,
Pituaçu e Aeroporto). Serão construídas dez novas passarelas (Acesso Norte, Detran, Rodoviária, Pernambués, Imbuí, Pituaçu, Flamboyant, Bairro da Paz, Mussurunga e Aeroporto) e retiradas as atuais estruturas no Detran e Rodoviária de Salvador. A previsão de conclusão da linha 2 até o aeroporto é abril de 2017. Demanda para o metrô em Lauro de Freitas já estaria garantida
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Cidade
Dupla vencedora recebe a Taça Vilas Magazine das mãos de Roberto Koch. Demais duplas ganharam medalhas. Vida longa ao vôlei de praia de Vilas do Atlântico
Vôlei de praia de Vilas do Atlântico homenageia Vilas Magazine
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Vôlei Master Villas, com 32 anos de praia, homenageou, em fevereiro, os 17 anos de circulação da revista Vilas Magazine em mais um torneio do grupo de amigos que mantém vivo o esporte no bairro num clima de total descontração. A dupla campeã era composta por
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Marcelo Guedes e Marcelo Franco Silveira, que chegou à final depois de espetacular recuperação. Em segundo lugar ficaram Fernando Freitas e Tercílio Morais. O podium ficou completo com a dupla Marco Aurélio Ribeiro, o Pezão e Paulo Bandeira. Para Roberto Koch, 75 anos, um dos fundadores do grupo, foi “uma homenagem
necessária e justa ao veículo de comunicação que serve e apoia toda a nossa comunidade, em Vilas do Atlântico, em Lauro de Freitas e arredores, com jornalismo sério e profissional, além de ser um banco de serviços, com informações uteís aos moradores da região”. Ao lado de Koch, continuam firmes na quadra de areia outros fundadores do loteamento, como Gilson Castro e Marcos Antônio Alves, o Marcão. O mais experiente continua sendo Pedro Gabrielli, que já ultrapassou os 80 anos e continua presente nos fins de semana de vôlei. Há três anos o Vôlei Master Villas ganhou o reforço do grupo que costumava se reunir numa rede ao lado. “Entre idas e vindas continuamos um grupo grande”, com cerca de 40 membros, conta ele. Muita gente nova chegou ao longo dos anos, mas mesmo os que já não residem em Vilas do Atlântico ou deixaram de ter casa por aqui continuam a frequentar o vôlei aos fins de semana. Com toda a experiência acumulada, o vôlei de praia de Vilas é referência do esporte na Bahia e traz todos os anos para cá uma etapa do circuito brasileiro. As duplas locais também já competiram em outros estados. “Já fomos a Vitória do Espírito Santo, Recife, Aracaju, com as famílias e amigos”, recorda Koch.
Acidentes no calçadão refletem convivência difícil com ciclistas
O
s recorrentes acidentes envolvendo ciclistas e pedestres no calçadão da praia de Vilas do Atlântico vêm causando disputas que a prefeitura de Lauro de Freitas está em condições de resolver. Ao contrário do que a maioria das pessoas pensa, a circulação de bicicletas em calçadas pode ser permitida, mas apenas quando autorizada e devidamente sinalizada pelo órgão com circunscrição sobre a via. Está no artigo 59º do Código de Trânsito Brasileiro, que é uma lei. Há cerca de dez anos havia placas no calçadão proibindo expressamente a circulação de bicicletas. Mas a maioria caiu de podre e as que restaram foram retiradas recentemente. No lugar delas apareceram placas novas proibindo apenas a circulação de motocicletas – que em hipótese nenhuma podem ser autorizadas em calçadas. Apesar do Código de Trânsito Brasileiro e
das placas, é absolutamente normal ver motos circulando no calçadão de Vilas do Atlântico – sem qualquer tipo de fiscalização para incomodar os infratores. Os ciclistas, por serem em maior número, parecem representar maior perigo para os pedestres numa via intensamente usada para caminhadas, inclusive por idosos. O casal Luigi Bargi, 78 anos e Marlene Pires, 62 anos, que mantém um apartamento em Vilas do Atlântico para passar os fins de semana e feriados, é testemunha dos riscos que correm os pedestres por ali. “Os ciclistas vêm em alta velocidade”, diz Bargi, que caminha com dificuldade e não teria tempo para desviar de uma bicicleta se fosse preciso. “Eles usam capacete, mas nós...”,
O casal Luigi e Marlene Souza: perigo real com ciclistas em alta velocidade. Abaixo, motociclista desrespeita placa e circula pelo calçadão de Vilas do Atlântico sem ser incomodado pelas autoridades de trânsito. Bicicleta transita pelo calçadão sem qualquer sinalização na via que autorize o tráfego
sublinha ainda. Na busca por uma solução de consenso, Marlene relembra o projeto da prefeitura para a orla de Lauro de Freitas, que prevê uma ciclovia – separada da faixa de calçadão destinada a pedestres.
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Cidade
Carnavilas planeja dobrar público em 2016
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Carvavilas, já na sua quinta edição, reuniu este ano cerca de duas mil pessoas, de acordo com os organizadores do bloco. Almiro Nuno, o Netinho e Ronaldo Moreira, o Naldinho, começaram a realizar a festa como uma brincadeira entre amigos em Vilas do Atlântico, sempre com uma homenagem ao avô de Netinho, falecido no ano passado. “Parávamos em frente à casa dele e a banda tocava uma música para ele com vídeos, imagens dele”, conta Netinho, para quem a festa deste ano não teve o mesmo significado. “Não quis demorar muito no circuito e nem parar na frente da casa dele”, disse – “ainda estou bastante abalado, tinhamos uma relação bastante forte”. O “trenzinho” que acompanha o bloco pelas ruas de Vilas do Atlântico foi uma ideia de Netinho para permitir que o avô e outros idosos participassem da festa. “Antes eles ficavam nas portas das casas vendo a banda passar, mas hoje, graças ao trenzinho, eles participam”, conta. Para 2016 Netinho
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FOTOS: PLIMBAPHOTOEVENTOS
Zinaldo Sena (acima, esq.), em 2013, no “trenzinho” que possibilita idosos também participem da festa
tem outros planos. “Ano que vem espero estar mais forte e fazer uma grande homenagem a ele, que era a razão de tudo isso”, resume. O público deve dobrar e o circuito será feito dentro
de cordas para estimular a compra de camisas. Este ano elas custaram R$ 30, mas apenas 600 pessoas compraram. As restantes juntaram-se ao bloco no percurso. Quando o balanço revela prejuízo,
como aconteceu este ano, Netinho e Naldinho arcam com a conta. “Que todos adquiram as camisas no ano que vem para que possamos fazer uma festa cada vez mais bonita, sem perder o foco, a educação e respeito com as crianças e idosos”, apela Netinho. Além das cordas para estimular a compra de camisas, o Carnavilas deve incluir para o ano que vem uma “atração de peso” na chegada do percurso. O bloco não tem apoio financeiro de órgãos públicos e a festa só acontece por causa dos patrocinadores – incluindo a Vilas Magazine – e pela venda de camisas. Além disso, a cada camisa vendida antecipadamente corresponde 1 Kg de alimento que é doado a entidades assistenciais de Lauro de Freitas.
SOLIDARIEDADE Este ano foram recolhidos cerca de 350 Kg, entregues à Associação Casa de Caridade Adolfo Bezerra de Menezes (Accabem). A instituição, que atualmente cuida de mais de 80 idosos internos, também recebe doações em dinheiro diretamente na conta corrente do Bradesco número 12327-7 da agência 1640-3. Contatos com a Accabem podem ser feitos pelos telefones 3288-1452 / 8821-8946 ou 8867-0809. Na foto, ao lado, Netinho (esq.) e Naldinho, com a camisa do Carnavilas, entregam os alimentos arrecadados à administração da Accabem.
Março de 2015 | Vilas Magazine | 17
Cidade
Carnaval 2015 unificou casas reais de Momo
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carnaval de 2015 teve o condão de unificar as casas reais momescas de Lauro de Freitas e Salvador, com os irmãos Duzinho e Alan Nery ocupando os tronos aqui e lá. A folia local, marcada pelos pequenos blocos tradicionais da cidade, foi inaugurada na quinta-feira, dia 12, com a entrega da chave da cidade pelo prefeito Márcio Paiva a Duzinho Nery. Da sexta-feira em diante os foliões participaram do “Carnaval Solidário” promovido pela prefeitura. Um “Carnaval Família”, na Praça da Matriz, no domingo, trouxe baile infantil no coreto da praça. Houve ainda o costumeiro concurso de máscaras. Em espaço alternativo, na Praça Martiniano Maia, aconteceram apresentações de rock, reggae e hip hop.
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Alan Nery, rei Momo de Salvador, coroa o irmão Duzinho Nery rei Momo de Lauro de Freitas: tudo em família. Em Lauro de Freitas, populares participam do carnaval alternativo em blocos tradicionais
A festa foi oficialmente encerrada na quarta-feira de cinzas com a já tradicional apresentação do Bankoma, em Portão. O grupo, ligado ao terreiro São Jorge Filho da Goméia, também participou do carnaval de Salvador, desfilando em dois dias.
Prefeitura já pode aplicar multa mensal de R$ 300 por metro de calçada irregular
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stá em vigor desde o final do ano passado um decreto da prefeitura de Lauro de Freitas que regulamenta a Lei das Calçadas (Lei 1.478/2012) e obriga a manter uma faixa livre de pelo menos 1,20m para o trânsito de pedestres. As calçadas devem ter piso tátil, rampas de acesso e correção de desníveis, com pavimento regular e livre de defeitos que dificultem a locomoção de pedestres. Por meio do Decreto 3.818/2014, a prefeitura fica autorizada a emitir as multas previstas na lei de 2012. A multa começa em R$ 300 por metro linear de testada do imóvel que não mantiver a calçada de acordo com o previsto no decreto. Um imóvel com 20 metros de frente, por exemplo, está sujeito a uma multa de R$ 6 mil por mês enquanto a situação não for corrigida. No caso de imóveis comerciais, as penalidades incluem, além da multa, a suspensão do alvará de funcionamento até que seja regularizada a situação. Novos empreendimentos não serão autorizados sem que a calçada em frente esteja de acordo com o disposto. A prefeitura disponibiliza um modelo de calçada acessível para orientar os proprietários de imóveis. A chamada Lei das Calçadas, de autoria do vereador Antônio Rosalvo (PSDB), atual presidente da Câmara, foi inspirada, de acordo com ele, em reportagem de capa publicada pela Vilas Magazine, em maio de 2012 sob o título “Calçadas anti-pedestre”. A reportagem denunciava que a “falta de fiscalização transforma calçadas em obstáculo à circulação de pedestres” e abordava trabalho acadêmico do arquiteto e urbanista Alessandro Trindade sobre essa questão em Lauro de Freitas. “Foi aquela reportagem que me levou a propor o projeto de lei, logo depois”, disse o vereador. Há dois anos ele continuava “esperando a regulamentação e efetiva aplicação das normas” – que veio agora. Já em outubro de 2013 a prefeitura havia iniciado a fiscalização de calçadas na cidade, começando pelo Miragem – e alguns moradores chegaram a ser notificados. A partir deste ano a multa mensal de R$ 300 por metro linear de calçada irregular já pode ser aplicada. Estão na mira da prefeitura também os condomínios, que possuem grandes áreas lineares de testada. Os imóveis não construídos, que também são tratados na lei de 2012, devem
ser mantidos limpos e murados, além de contar com a calçada em conformidade com o disposto nos dois diplomas. Além de Vilas do Atlântico, conhecida por suas calçadas ajardinadas ou ocupadas por carros estacionados, uma das áreas mais preocupantes para a segurança dos pedestres é a Estrada do Coco. O intenso tráfego de veículos, pesados inclusive, ameaça todos os que são obrigados a caminhar pelo asfalto por falta de calçada em condições adequadas. Os trechos daquela via que já sofreram alguma intervenção da prefeitura ganharam também a calçada de acordo com as normas em vigor, mas a maior parte dos 7,5 Km da Estrada do Coco continua a ser um desafio para os pedestres.
Na Estrada do Coco trechos sem calçada para pedestres se alternam com trechos de calçada irregular ou com obstáculos
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Direitos Humanos
O VOLUME DO PNUD SOBRE ITINGA: para o órgão das Nações Unidas, programa foi bem sucedido EDMAR DE PAULO
Lauro de Freitas lidera índice de homicídios de adolescentes no Brasil
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quinta atualização do Índice de Homicídios de Adolescentes no Brasil (IHA), que atingiu em 2012 o maior patamar de sua série histórica, aponta o Nordeste como a região com maior taxa de mortalidade violenta, registrando 5,97 homicídios de adolescentes por mil habitantes dessa faixa etária. O estado da Bahia, de acordo com o relatório, reúne mais de 70% dos municípios mais críticos da região Nordeste, entre eles Salvador. Além disso, é na Bahia que se encontra a cidade com o IHA mais elevado em 2012 entre os municípios com mais de 100 mil habitantes. Trata-se de Lauro de Freitas, que registra um índice de 18,87 – taxa mais de três vezes superior à regional e quase seis vezes maior que a nacional – representando a morte violenta de 355 adolescentes. No Brasil, a taxa é 3,32 por mil. Com esse IHA, se nada mudar, o país terá perdido nada menos que 42 mil adolescentes entre 2013 e 2019 vítimas de assassinato, apenas
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Brasil só fica atrás da Nigéria em número de adolescentes mortos
nas cidades com mais de 100 mil habitantes. Acima da taxa nacional estão o CentroOeste (3,74) e o Norte (3,52). No Sul do país, o IHA chegou a 2,44 por mil jovens e, no Sudeste, a 2,25. Entre as cidades com mais de 200 mil habitantes a campeã nacional também é baiana: Itabuna, no sul do estado, apresenta um índice de 17,11. ITINGA Já para o Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD), a taxa de homicídios entre jovens de 14 a 24 anos teria caído 30% em Itinga, no mesmo ano
de 2012. O próprio PNUD desenvolveu um programa de “convivência e segurança cidadã” na região entre 2010 e 2013 que o órgão garante ter sido bem sucedida. Além de Itinga, em Lauro de Freitas, receberam a iniciativa do PNUD os bairros de São Pedro, em Vitória (ES), e Nacional, em Contagem (MG). Para o programa das Nações Unidas, houve redução de 39% nos homicídios contra adolescentes em São Pedro e 100% no bairro Nacional. No mês passado, pouco depois do anúncio dos novos índices do IHA que mostram Lauro de Freitas no topo do ranking de assassinatos de adolescentes, representantes do PNUD voltaram à cidade para apresentar um volume ilustrativo das atividades desenvolvidas com fotos, poemas e entrevistas, além de guias metodológicos e um jogo lúdico, o “Fica Seguro”. Nem sempre o índice de Lauro de Freitas foi de massacre, como hoje em dia. Em 2005 foi de 2,84 e em 2006 de 2,53, aumentando para 4,04 no ano seguinte. Foi
em 2008 que a situação saiu de controle, com o IHA disparando para 10,69 e depois para 14,28. Houve queda em 2010 (10,88), mas novo aumento em 2011 (14,75) e 2012, para os atuais 18,87. O índice é calculado de acordo com os dados oficiais do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que não apontam as circunstâncias – nem os autores – dos assassinatos e por isso não permitem avaliar as causas do aumento explosivo do índice em Lauro de Freitas e outras cidades nordestinas. O banco de dados usado pelos pesquisadores foi o do DataSUS, porque nem todos os governos estaduais abastecem o Sistema Nacional de Estatística de Segurança Pública e Justiça Criminal, do Ministério da Justiça. O IHA faz parte do Programa de Redução da Violência Letal (PRVL), criado em 2007 por meio de uma ação conjunta entre a Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, o Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef) e o Observatório de Favelas, em parceria com o Laboratório de Análise da Violência (LAV), da Universidade Estadual do Rio de Janeiro. O objetivo é estimar a mortalidade por homicídio na adolescência, especificamente na faixa dos 12 aos 18 anos, contribuindo
para o monitoramento do fenômeno da violência letal na adolescência e políticas públicas de prevenção. O IHA expressa, para cada grupo de mil adolescentes que completaram 12 anos, o número deles que não completará 19 anos porque será vítima de homicídio ao longo do período. RESPOSTA O pesquisador Ignacio Cano, do LAV, reconheceu aumentos expressivos do IHA em áreas com crescimento econômico rápido, associado ao aumento demográfico de jovens. Na mesma linha, o secretário nacional da juventude, Gabriel Medina, afirmou que países da América Latina que vivenciaram quedas de desigualdade não apresentaram redução da violência como consequência. Já o Unicef associou o massacre de adolescentes à desigualdade socio-econômica. O Brasil só fica atrás da Nigéria em números absolutos de adolescentes mortos. O índice, “de alguma forma é uma expressão das desigualdades no Brasil e o Unicef reconhece que a situação das desigualdades está melhorando, mas essa é uma crise absoluta e inaceitável”, disse Gary Stahl, representante do fundo no país.
Para ele, “é inaceitável que um país com tantos avanços na área de Direitos Humanos não esteja conseguindo evitar as mortes desses meninos”. Segundo Stahl, o Brasil está diante de um problema complexo e urgente que “exige uma mobilização nacional”. O representante do Unicef ressaltou que o grande número de homicídios não solucionados agrava o problema. Para ele, isso dificulta a avaliação das políticas públicas adotadas pelo país. “Fica muito difícil saber se as políticas públicas estão no rumo certo”, disse. O Unicef, que subscreve o relatório do IHA apontando Lauro de Freitas como líder nacional entre as cidades com mais de 100 mil habitantes, também fez parte do grupo de agências da ONU que desenvolveram o programa de prevenção em Itinga. Além dela e do PNUD, participaram a UNODC, a UNESCO, a OIT e ONU-Habitat. De acordo com o relatório do IHA, a análise do fenômeno de acordo com o tamanho da população do município confirma que o homicídio contra adolescentes tende a ser mais elevado quanto maior for a população local. Seria, sobretudo, um problema associado à violência urbana, mas que atinge principalmente jovens negros e u do sexo masculino. Março de 2015 | Vilas Magazine | 21
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Contin
Direitos Humanos
Cultura Popular
PLANO MUNICIPAL Ao participar da solenidade de divulgação da quinta edição do IHA, a atual ministra da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, Ideli Salvatti, anunciou a criação de um “grupo interministerial” para elaborar um “Plano de Enfrentamento à Violência Letal de Crianças e Adolescentes”. Entretanto, o próprio Índice de Homicídios de Adolescentes no Brasil (IHA) já faz parte de um “Programa de Redução da Violência Letal Contra Adolescentes e Jovens”, o PRVL, com a participação da mesma Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República. A ideia do PRVL já era assegurar que as mortes violentas de adolescentes sejam tratadas como prioridade na agenda pública. Criado em 2007, inicialmente apoiado pelo Unicef, o programa ganhou no ano seguinte a participação do governo federal e teria chegado a 16 regiões metropolitanas – incluindo a de Salvador, de que faz parte Lauro de Freitas – embora não haja notícia de qualquer ação local. O PRLV disponibiliza desde 2012 um consistente “Guia Municipal de Prevenção da Violência Letal contra Adolescentes e Jovens” para ser aplicado localmente pelas prefeituras. A ideia é ensinar os gestores públicos a elaborar planos de prevenção. De acordo com o guia, em sete etapas o município poderia chegar a um plano municipal próprio. São 73 páginas extensivamente dedicadas ao tema, fundamentadas em experiências concretas aplicadas no Brasil e no exterior, sem propor uma política pré-estabelecida. O objetivo é fornecer as ferramentas para que os gestores, “pautados na realidade específica de seus municípios, tenham condições de elaborar políticas públicas próprias para reduzir a violência letal contra sua população de adolescentes e jovens”. u
TÂNIA REGO / ABR
Gary Stahl, representante do Unicef no Brasil: índice de assassinatos de adolescentes é “inaceitável”
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Mito do Boi Bumbá ganha releitura dramática em Itinga
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Espetáculo ‘Farra do Boi’, concebido no projeto Grupo de Pesquisa e Formação em Cultura Popular, encerrou em fevereiro uma série de apresentações patrocinadas pelo edital de Cultura de Lauro de Freitas. Depois das apresentações do Auto de Natal, em dezembro, em quatro praças da cidade e do cortejo do Terno de Reis, em Itinga, o projeto chegou à sua quarta e última fase, com o espetáculo ‘Farra do Boi’ – uma releitura da manifestação popular do Boi Bumbá. O bailado popular dramático, organizado em cortejo que canta, dança e conta a vida, morte e ressurreição do boi, saiu do Ponto de Cultura Ereoatá, no Jardim Centenário, em direção à Praça José Ramos. A encenação revive o boi na dramaturgia com o objetivo de revivê-lo também nas manifestações populares. Mesclando elementos contemporâneos, o ‘Farra do Boi’ aposta na reunião de elementos tradicionais da cultura popular, e faz reviver um dos folguedos mais tradicionais do Brasil. Numa releitura envolvente com muitas cores e brincadeiras, o espetáculo trouxe também um ‘boi elétrico’, que interage com o público no momento da ressurreição, tocando músicas tradicionais e mais atuais, incluindo eletrônicas. O Grupo de Pesquisa e Formação em Cultura Popular foi idealizado pelo artista plástico e arte-educador Cláudio Márcio Pessoa, em parceria com a Associação Cultural Tupã (ACTU). Além dos espetáculos mais recentes, realizou nos últimos quatro meses várias oficinas artísticas e de formação nas áreas de cenografia, adereços, música, iluminação e produção cultural para jovens e adultos dos 12 aos 29 anos. São os participantes das oficinas, juntamente com os professores, que realizaram as apresentações, desde a concepção e realização do cenário e objetos de cena, atuando e participando como dançarinos, músicos e técnicos dos espetáculos. O espetáculo “Farra do Boi” na Praça José Ramos: cultura popular
Marรงo de 2015 | Vilas Magazine | 23
ROBERTO DE OLIVEIRA / FOLHAPRESS
Turismo
Naturistas na praia de Barra Seca (ES)
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partir deste ponto, a nudez é obrigatória. Não do texto, mas do corpo em oito recantos do litoral brasileiro. Caminhar e lagartear no sol bronzeando os recônditos do físico é regra nas praias de naturismo do país – que ganharam recentemente mais um reconhecimento legal. Em novembro, a Prefeitura do Rio sancionou lei oficializando o nudismo em Abricó; outras sete praias brasileiras (na Paraíba, na Bahia, no Espírito Santo, no
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Rio e em Santa Catarina) são oficiais ou por força de decreto ou de lei municipal. Em qualquer outro ponto da costa em que o banhista tire a roupa, ele pode ser detido por ato obsceno. “Já percebemos um aumento na frequência da praia com pessoas que, agora, com a lei, devem estar se sentindo mais seguras”, afirma Pedro Ribeiro, presidente da associação naturista de Abricó. Zelar pela ética do naturismo – como não deixar ninguém fotografar ou observar
banhistas ostensivamente – é um desafio não só de Ribeiro. Segundo Renata Freire, que assumiu a presidência da Federação Brasileira de Naturismo em janeiro, a atividade ainda precisa ser reconhecida como algo sério. “Há desconhecimento por parte de gente que acha que pode assumir comportamentos inadequados porque o lugar é naturista, ainda que eles sejam impróprios em qualquer lugar”, diz Renata. Segundo César Xisto, presidente da Associação Baiana de Naturismo, um homem
se excitar é normal. “O que não pode é ficar se insinuando.” O “problema” da nudez para o brasileiro, diz a antropóloga e colunista da Folha de São Paulo/Vilas Magazine, Mirian Goldenberg, é que ele não a vê como uma coisa natural como em outros países. “Na Europa, o corpo não é o principal capital das pessoas”, diz. “Mesmo nua, a europeia não está
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se exibindo. Já a brasileira coloca biquíni, mas faz questão de mostrar a marquinha. Fica de fio dental, mas não tira a calcinha.” Para ajudar a despir preconceitos e entender como funciona o naturismo no Brasil, repórteres tiraram a sunga para contar como são as praias em que o nudismo é oficial no país. Gustavo Simon / Folhapress
Clima família domina as areias de Barra Seca (ES)
omo são danadinhos esses naturistas! Escolheram uma praia longe da muvuca, entre o balanço do mar e a correnteza de um rio margeado por coqueirais, com sol o ano inteiro, acompanhado de uma brisa constante e infraestrutura pé na areia. Requisito óbvio para desfrutar desse pedacinho de paraíso: tem que tirar a roupa. Com esse calor dos infernos, a praia não vive abarrotada de banhistas. Barra Seca é naturista, sim, mas lá impera uma clima
bem família. É como se seus avôs, titios e sobrinhos estivessem bem ali – todos sem roupa, é claro. Com cerca de 5.000 habitantes, Barra Seca é a única praia naturista do Espírito Santo. Da capital, Vitória, são 120 km pela BR-101 até Linhares, no norte do Estado, mais 50 km de asfalto numa planície repleta de fazendas de gado e outros 8 km de terra. Só então o visitante se depara com uma placa indicando a praia naturista. Um nativo conhecido como Quinze, que não se despe
em público, faz num barco a travessia de 200 m do rio até o outro lado, onde se abre uma trilha de 150 m pela areia até a entrada. A partir de lá, nem sunga, nem biquíni. Os naturistas têm aos seus pés cerca de 10 km de praia totalmente deserta, mas a área nudista está bem sinalizada com bandeirinhas coloridas num raio de 200 m. Para tomar banho, o rio atrai mais do que o mar, selvagem. Do lado direito de quem chega, fica o espaço para casais/famílias. À esquerda, o dos desacompanhados, que podem ser convidados a se juntar ao grupo maior após uma visita de “inspeção” do professor de contabilidade Márcio Braga, 65, presidente da entidade naturista. Criada em 1994, a praia conta com uma churrasqueira, quatro banheiros, seis chuveiros e área para camping com energia elétrica. Se precisar de algo para beber ou comer, é só chamar o Quinze. Da areia, os naturistas mantêm contato com o nativo, que fica num bar, do outro lado do rio, por meio de aparelhos de “walk-talk”. Só não têm vez – nem são bem-vindos – os adeptos do chamado naturismo picante. “Aquilo não é naturismo. É putaria mesmo”, diz Braga. Roberto Oliveira / Folhapress ROBERTO DE OLIVEIRA / FOLHAPRESS
O professor Márcio Braga, 65, um dos criadores da praia naturista de Barra Seca, no norte do Espírito Santo
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Turismo
Mata encobre encostas na praia Olho de Boi, em Búzios (RJ)
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ifícil se sentir vestido de menos no Rio de Janeiro. Mas mesmo cariocas acostumados a tomar o elevador de sunga podem se sentir desafiados por Abricó, a mais recente praia oficial de nudismo. Similar às vizinhas Prainha e Reserva, na zona oeste, Abricó tem águas verdes e areia fina com menos gente do que Ipanema ou Leme. Pudera: chegar lá a partir da zona sul é uma viagem de uma hora ou mais, dependendo do trânsito. Um táxi saindo do Copacabana Palace custa R$ 120 nos fins de semana. O gasto para por aí. Chegando a Abricó, pode-se comer os sanduíches naturais de Érica Oliveira (R$ 7) e pagar R$ 5 por uma cerveja. Com o calor no Rio chegando fácil a 40°C, estar preparado é tudo. E a economia com roupa de banho vai embora em um dia de protetor solar fator 100 --para as partes que nunca viram o sol. Mas se veem poucas marcas de biquíni ou de sunga: bronzeado homogêneo é a regra --as visitas são frequentes. “Venho todo fim de semana. Não me acostumo mais às praias da zona sul, lotadas e com roupa demais”, diz a vendedora Carmen Mota, 37, que levou o filho, Gabriel, 11, para um sábado no Abricó. “Aqui parece uma comunidade.” Opções de lazer não faltam. Casais jogam frescobol sem ter movimentos limitados. Pode-se também alugar uma prancha de stand-up paddle, cujo nome foi adaptado e é chamado de “stand up pelado”. Nos finais de semana, quando o nudismo é obrigatório (de segunda a quinta, é opcional), um segurança sósia de Aexandre Frota faz a ronda para se certificar de que ninguém empunhe o celular --até porque ali não há sinal. Ao ver o repórter tirando fotos da praia, pediu que a Folha voltasse ao lado das pedras que levam à “praia de vestidos”, onde curiosos tentam espiar a praia dos pelados. Chico Felitti / Folhapress ANA CAROLINA FERNANDES / FOLHAPRESS
Banhistas na praia de Abricó, entre Prainha e Reserva, no Rio
ALEXANDRE CAMPBEL / FOLHAPRESS
Em Abricó, no Rio, há ‘stand up pelado’ entre as opções de lazer Olho de Boi (RJ) surpreende
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udo azul, todo mundo nu. E meio exausto: para chegar à praia Olho de Boi, em Búzios (RJ), é preciso suar a camisa (ou o torso onde haveria uma camiseta, caso não se tratasse de reduto naturista). Mas o esforço se justifica assim que a água transparente aparece. A trilha que leva da praia Brava até lá é insidiosa. Meia hora de cansaço depois, você vai perder o que restou de fôlego com a vista: águas de um azul mediterrâneo banham a praia, que mistura areia com pedra. Ao contrário de Abricó, também no Rio, a nudez é mais um pedido, feito numa placa, do que uma ordem. Uma vez naturalizado, as opções são andar pela faixa de areia, o que leva menos de 15 minutos, ou amainar o calor com a água gelada e calma. O mergulho perto das pedras permite ver a vida submarina, que abunda no local. Peixes, arraias, cavalos-marinhos e outras criaturas dão as caras sem timidez. De companhia humana, só uma barraca. A caipirinha de cachaça é doce, ainda que um tanto salgada – R$ 30 por quase meio litro. Os preços de cadeira e de guarda-sol variam de R$ 20 a R$ 40, a depender do sotaque do freguês. “Não me senti confortável”, diz a sueca Susanna Emelie, 25, que visitava pela primeira vez o Brasil. “Os preços são altos e as pessoas, ou melhor, os homens olham demais.” Numa manhã de domingo, eram poucas as pessoas na praia, oficializada em 1994. Além de um grupo de paulistas e de duas suecas, havia alguns homens encostados no paredão de pedra, que pareciam interagir com sua nudez. Caso o pudor bata, não pense que o mar vai esconder algo: a água é transparente a ponto de ver se a pedicure dos colegas está em dia. Chico Felitti / Folhapress
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RAUL SPINASSÉ / FOLHAPRESS
Casal no acesso a Massarandupió, no liroral norte de Salvador
Massarandupió (BA) ‘não é zoológico’
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epois de cruzar 80 km de rodovias a partir de Salvador, mais 5 km numa estrada de terra até a beira da praia, o visitante de Massarandupió, pequena vila do litoral norte da Bahia, tem dois caminhos. Do lado esquerdo, há 8 km da faixa de areia de praia tradicional – a “área têxtil”, numa referência jocosa ao tecido dos biquínis e sungas. Caminhando para o lado oposto, uma faixa de 2 km é território livre para quem quer tomar sol ou nadar no mar sem nada de roupa. Criada em 1999, a praia de nudismo de Massarandupió é uma das mais tradicionais do país. O mar calmo, com recifes que formam piscinas, é o destaque, que ainda inclui dunas. Com sorte, é possível ver a retirada de filhotes de tartarugas-marinhas da areia por agentes do Projeto Tamar. Duas barracas atendem aos banhistas, com um cardápio que inclui de moqueca de peixe a carne de sol – os preços variam de R$ 30 a R$ 80. Entre comer e nadar, Fausto Rocha, 59, frequentador do local, diverte-se. “É uma delícia cair no mar e depois ir para o rio. Ainda tem uns peixinhos dando uma beliscada.” Beliscam qualquer parte porque maiôs não são bem-vindos: “Aqui não é zoológico para virem só olhar”, diz César Xisto, presidente da Associação Baiana de Naturismo. Dois seguranças e um “diretor de praia” ajudam no controle nos fins de semana, quando chegam a receber 400 pessoas. A preferência é que a área seja visitada por casais – por precaução, foram espalhadas placas com a mensagem “Sexo aqui, não”. Além da praia, a vila tem três pousadas naturistas e a Ecovila – área voltada para a prática. João Pedro Pitombo / Folhapress O jornalista se identificou à Associação Baiana de Naturismo e não tirou a roupa para fazer a reportagem.
Em Tambaba (PB), homem só com mulher
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orriso amarelo estampado no rosto, prontos para disparar máquinas, celulares e “pau de selfie”, turistas deixam ansiosos o estacionamento e aceleram rumo à praia. Espiam, fazem piadinhas – tem gente até que enrubesce –, mas a maioria se intimida na hora de cruzar a fronteira que separa os pelados dos com trajes de banho. Pena que um gesto corriqueiro, o de se despir, impeça o visitante de conhecer o que a praia de Tambaba tem de mais impressionante: a combinação de mata preservada, falésias multicoloridas e rochas no meio daquele mar de águas mornas e cor esmeralda que originam piscinas naturais por todo o canto. No trecho mais paradisíaco do litoral sul da Paraíba, no município do Conde (a cerca de 30 km de João Pessoa), Tambaba foi a primeira praia oficial de nudismo do Nordeste, criada em 1991. Para chegar até lá, o banhista deve acessar a PB-008, rodovia estadual que presenteia o visitante com uma sucessão de cartõespostais ao margear a costa sul. A vestimenta só é liberada num pequeno trecho do lado esquerdo da praia, que, na maré baixa, também forma piscinas naturais. Bem delimitada é a zona que divide as duas áreas. Uma recepcionista orienta sobre o funcionamento da praia naturista. Basta subir uma passarela, guardar a sua roupa e cair do outro lado como veio ao mundo. A praia de nudismo mantém uma faixa de areia com cerca de 600 m cercada por vegetação de restinga, coqueiros e por uma u respeitável área de mata atlântica. Nela, trilhas levam a Março de 2015 | Vilas Magazine | 27
Turismo u apreciar a vista do alto de falésias. Tambaba atrai naturistas crianças, jovens e da velha guarda de todo o país e também gente do exterior. Nas areias que baniram os trajes funcionam um bar/restaurante e uma pousada. Por imposições sanitárias, funcionários são obrigados a permanecer vestidos. Em setembro, sedia o Open de Surf Naturista, do qual só participam, é claro, peladões. Já em outubro, realiza o Tambaba Fest, com música ao vivo e o maior banho coletivo naturista de todo o Brasil. Em Tambaba, não é permitida a entrada de homens desacompanhados de mulheres, assim como não se pode filmar ou fotografar sem autorização prévia. Cada casal, porém, pode levar um convidado. Roberto Oliveira / Folhapress.
Para conhecer Galheta (SC), nudez não é problema
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a primeira caminhada na praia da Galheta, em Florianópolis, por volta das 11h de um sábado, a reportagem contou mais siris se embrenhando na areia do que gente pelada sob guarda-sóis. É que a nudez, apesar de ser permitida por lei desde 1997, não é obrigatória por ali – em agosto do ano passado, um vereador tentou, em vão, vetar a prática. Por não ter ‘fiscais da nudez’, a Galheta acaba se tornando alternativa de famílias e casais à vizinha praia Mole, mais cheia e barulhenta. É dela que parte a trilha, leve, percorrida em cerca de dez minutos, que leva à praia nudista da capital catarinense (um outro caminho, a partir da Barra da Lagoa, é restrito aos mais aventureiros). Rodeada por um morro com mata nativa preservada, a Galheta tem cerca de 1 quilômetro – e faixa de areia bem larga, o que permite até certa privacidade ao naturista de primeira viagem. Mas as pessoas acabam se concentrando nas áreas próximas às três barracas do local. Simples, elas têm cardápio limitado a lanches como açaí e sanduíche natural e bebidas. Para aplacar o calor, há também uma bica (que traz água fresca do morro) e pedras (grandes o bastante para dar sombra). Mas, em se tratando de praia, bom mesmo é aproveitar o mar. Apesar de ter ondas fortes – os surfistas são habitués –, a água preserva um quê de cristalina, principalmente no canto esquerdo. Por ali, as ondas quebram com menos força e pode-se tomar banhos mais tranquilos. Como também abriga duas das três barracas, essa região concentra o maior movimento na Galheta: quando a reportagem esteve lá, havia casais, duas famílias e um número maior de solteiros. Ao longo do dia, com mais frequentadores chegando e se livrando de biquínis e sungas, a nudez se tornou, enfim, algo corrente. Mas no mesmo canto esquerdo, nas pedras, o clima não é de tanta naturalidade: homens circulam sozinhos com atitude suspeita, apesar de não importunar quem está de passagem; ao escalar uma rocha para fotografar a orla, a reportagem foi surpreendida por dois casais em atos íntimos. Gustavo Simon / Folhapress
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Pioneira, praia do Pinho (SC) tem estrutura profissional A história do naturismo no país passa pela praia do Pinho, em Balneário Camboriú, a 85 km de Florianópolis: foi ali que a primeira associação do tipo foi fundada, em 1986. Talvez por isso a praia tenha uma estrutura profissional: estacionamento, restaurante, banheiros, salva-vidas e até uma pousada, O melhor jeito de chegar é de carro, a partir da rodovia Interpraias – cobra-se uma taxa de R$ 20 pelo acesso. Mas, nessas áreas comuns, ainda que muitos circulem ao natural, ficar nu é opcional; tirar a roupa para valer só é obrigatório mesmo na areia. Daí é possível se ver submetido aos olhares curiosos de gente que vem ao lugar não exatamente para tomar banhos de sol ou mergulhar no mar de águas agitadas. Segundo um integrante da administração da praia, funcionários do restaurante e um grupo de apoio zelam para que nenhum ato que escape à ética naturista aconteça. A reportagem de fato viu um grupo de três rapazes ser convidado a sair da faixa de areia depois de não se despir. Mas também flagrou, no final da tarde, em diferentes grupos nas pedras, homens empunhando celulares para fotografar a orla – e, provavelmente, seus frequentadores. A praia é uma das poucas que ainda separa uma faixa da areia para casais – medida vista com restrições por parte da comunidade. Solteiros só podem circular no lado esquerdo ou em uma prainha contígua à principal. Acessado por uma trilha (gratuita) que também parte da Interpraias, esse trecho tem nudez opcional – e certo clima incômodo de algazarra. Mas o clima na praia principal é amistoso. Banhistas parecem ir com frequência – foi corriqueiro ver grupos se cumprimentando.
Pedras Altas (SC) tem camping e mar com cara de piscina
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elhor ir de carro para conhecer a pequena Pedras Altas, em Palhoça (SC). Da capital, Florianópolis, são cerca de 30 km até a Enseada do Brito, na saída 228 da BR-101. Desse centrinho, são mais 6 km de estrada (metade deles de terra, com buracos) até a placa que avisa: pessoas nuas podem circular por ali. É possível parar o carro na estrada, antes do portão que leva a um camping e a um barzinho simples, mas a maioria paga os R$ 20 do acesso ao estacionamento. Descendo, encontra-se o bar, com mesas e cadeiras de plástico à disposição, e uma pequena enseada, com menos de 100 m de extensão. Mal dá tempo de querer caminhar pela estreita faixa de areia, cheia de conchas. O mar é tão convidativo quanto azulzinho e límpido. E faz jus ao rótulo de piscina natural: as ondas são praticamente inexistentes, já que Pedras Altas está numa baía protegida. Pedras separam essa orla diminuta de outra um pouco maior. E uma placa indica que o segundo trecho é só para casais ou naturistas de carteirinha. Com faixa de areia mais generosa, diversas árvores a fazer as vezes de guardasol e mar igualmente calmo, com fundo de rochas, essa porção de Pedras Altas abriga o camping, frequentado sobretudo por casais acima dos 40 anos. Ainda que reservado, o público dá ao lugar um clima ameno, que nem faz lembrar que se está pelado. Na hora de ir embora, ter vindo de carro não é problema: a sunga, sequinha, não molha o banco. Gustavo Simon / Folhapress ROBERTO DE OLIVEIRA / FOLHAPRESS
Em outubro acontece na Paraíba, o Tambaba Fest, com música ao vivo e o maior banho coletivo naturista de todo o Brasil.
Gustavo Simon / Folhapress
NATURALISMO SE TORNOU MAIS QUE NATURAL “Uma coisa é tirar a sunga numa praia deserta, outra é ficar nu em público. Há mais de 20 anos, estávamos num grupo. No meio da trilha de acesso à praia, cada um começou a tirar a roupa. Ao chegar à área nudista, todo mundo estava pelado. A partir daí, o naturismo tornou-se mais que natural.” Roberto de Oliveira.
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Decoração
Plantas deixam ambientes mais agradáveis, bonitos e alegres JARDINAGEM Plantas são recomendadas até para apartamentos e cômodos pequenos que produzem. Dentre as plantas mais recomendadas pelos arquitetos, estão as palmeiras, zamioculcas, antúrio e orquídeas. A arquiteta Nágila Andrade, também apaixonada pela utilização de flores e plantas no visual de ambientes, afirma que, apesar de parecerem muito frágeis, as plantas de meiasombra e sombra total desenvolvem-se bem dentro de cômodos mais escuros. Só é necessário atenção para regar a planta ao menos uma vez na semana. Em alguns casos, como em lugares em que a luminosidade é um pouco maior, o ideal é regar três vezes semanalmente. CANTOS DAS PAREDES Em ambientes com pouco espaço, um bom lugar para colocar os vasos é nos cantos das paredes. Além de serem lugares ideais para as plantas, que não receberão sol de forma direta, não ocupam muito espaço. “Plantas na entrada da casa, no espaço de recepção, também são uma boa opção”, afirma a paisagista Kátia Soria. Para ela, há poucas restrições para o cultivo de plantas ASCOM DA UPB / DIVULGAÇÃO
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JOÁ SOUZA / AG. ATARDE
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lantas são recomendadas mesmo em ambientes que parecem pouco favoráveis para a manutenção delas, como apartamentos ou cômodos mais apertados. Nem dão tanto trabalho quanto algumas pessoas imaginam. O uso de plantas na decoração torna o ambiente mais agradável e, em cômodos mais sóbrios, como escritórios, deixa o lugar com uma aparência mais dinâmica, segundo o arquiteto Alex Galletti. Antes de escolher a planta que fará parte da decoração do lugar, é preciso ter em mente as condições do ambiente, como a quantidade de luz do sol que ele recebe, e as necessidades da planta, como quantas vezes na semana ela deve receber água. Em apartamentos, é recomendável plantas de meia-sombra ou sombra total, que não precisam receber luz do sol diretamente. “Elas precisam de luminosidade, mas não diretamente do sol, e geralmente não precisam de água tão regularmente quanto as outras plantas”, explica o arquiteto, que afirma utilizar com frequência plantas nos seus projetos, pelo efeito visual
no interior de casas ou apartamentos. Devem-se evitar os jardins suspensos, que põem as plantas em vasos presos ao teto, e investir neles dispostos em mesas de centro ou móveis no cômodo. “Planta é uma boa forma de decorar
DICAS PARA CULTIVAR PLANTAS EM CASA PLANTAS PARA INTERIORES As plantas mais indicadas pelos arquitetos são as palmeiras ráfis, zamioculcas, antúrios, ilka, orquídeas, minicactos, pleomele, begônia, violeta, lança-de-sãojorge e jade. Desenvolvem-se bem em interiores e precisam de poucos cuidados LUGARES IDEAIS Os melhores lugares para as plantas dentro de casa são em cantos de paredes, entradas de recepção ou mesas de centro JARDIM SUSPENSO A varanda é um bom lugar para ter um jardim suspenso, com plantas como a samambaia e flor-canhota. O jardim suspenso não é indicado para interiores BANHEIRO Pequenas plantas, como cactos, são ideais para interiores de banheiro. Precisam de pouca luz do sol e pouca água, além de criarem um visual legal no ambiente
Plantas ganham lugar de destaque na decoração da arquiteta Nágila Andrade (acima). Abaixo (a partir da esq.), elas também harmonizam com móveis da recepção do escritório; em ambientes comerciais, os vasos ajudam a compor a decoração; a varanda é o espaço ideal para cultivar plantas em apartamentos. MARCELO NEGROMONTE / DIVULGAÇÃO
qualquer cômodo da casa, exceto nos quartos, que é um local onde você vai dormir”, explica a arquiteta. Para quem gosta de plantas e tem mais tempo disponível, ter uma pequena horta na cozinha não é difícil, de acordo com Kátia. Adubar bem os vasos e colocá-los na janela, regando regularmente, é suficiente. Naiane Aline / Ag. A Tarde. MARCELO NEGROMONTE / DIVULGAÇÃO
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Decoração
Com design mais clean, luminárias pendentes dão toque de sofisticação à casa. (sala de jantar pela dupla Ana Paula e Thiago Manarelli). 1. e 3: Usados como iluminação principal, lustres combinam com qualquer ambiente. Cômodos decorados pela dupla Ana Paula e Thiago Manarelli 2: Com uma sucessão variada de modelos, os abajures são ideais para qualquer aposento. (sala projetada por Adelia Estevez)
Iluminação ideal transforma um ambiente
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ais do que apenas trazer luz ao cômodo, lustres e luminárias têm o poder de transformar a cara do ambiente, seja ele uma sala, quarto ou banheiro. Porém, é preciso ter cuidado e procurar a iluminação que seja ideal a proposta do ambiente. “A luminária é o ponto de apoio de toda decoração, e o melhor é que a disposição delas na decoração seja planejada já no projeto”, explica a arquiteta Ana Paula Guimarães, que desenvolve seus projetos junto ao também arquiteto Thiago Manarelli. De acordo com Ana Paula, é fundamental que a pessoa identifique se o seu ambiente será mais sofisticado ou acolhedor, porque o resultado final poderá ser modificado a depender do tipo de luminária e temperatura da iluminação que for usada. “Para definir um projeto de iluminação, o primeiro passo é escolher qual será a proposta”, acrescenta a arquiteta Adélia Estevez. De acordo com ela, um local mal iluminado ou iluminado de forma errada
pode causar uma sensação de frieza e impessoalidade. “A depender de como você vai iluminar, o ambiente terá seu charme aproveitado ou não”. Os diferentes modelos e modos de iluminar podem auxiliar no destaque de alguns móveis ou itens da decoração. Um exemplo disso é o uso das luminárias pendentes. De acordo com a arquiteta Aline Cangussú, os tipos de luminária como essas podem dar destaque à mesa de jantar, ou móveis menores, como as mesas laterais. “As luminárias pendentes costumam ser mais clean que os lustres, garantindo uma iluminação aconchegante e ao mesmo tempo sofisticada”, explica a profissional. Já luminárias de pé e abajures são excelente para mesas de canto e dão conforto e comodidade, acrescenta Ana Paula.São ideais para ambientes de leitura, mas é preciso ter cuidado com o tipo de luz usada. “Nesse caso, evitamos o uso de luzes fluorescentes e brancas, as chamadas luzes frias. O ideal são as amareladas”, explica. Isso influi na sensação de bem-estar e
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TENDÊNCIA Escolha adequada das luminárias, abajures, lustres e também das lâmpadas dá charme à decoração do espaço
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conforto visual da pessoa. “As luzes frias fazem o ambiente parecer inóspito, o que não é adequado, por exemplo, em um abajur usado no quarto”, completa a arquiteta. EM PEQUENOS ESPAÇOS No caso das luminarias de pé, são ainda mais úteis em espaços pequenos e, quando usadas com objetivo de iluminar um criadomudo, dá ênfase no objeto decorativo que estiver no móvel. De acordo com Aline, isso garante uma iluminação melhor distribuída, além de tudo. “Toda iluminação que não tem como base uma mesa ou outro móvel, economiza espaço e cria a sensação de que a luz é aérea, valorizando muito mais o que estiver embaixo da luz”, explica. Essa ideia também pode ser usada em objetos decorativos nas paredes, como quadros ou retratos. Arandelas ou spots, lâmpadas comumente usadas em paredes de varandas, podem ser usadas em salas, para destacar esse tipo de decoração. “As luzes fazem o cômodo ser de um jeito de dia e outro completamente diferente a noite. Por isso vale o cuidado e planejamento”, explica Ana Paula.
O QUE FICA MELHOR EM CADA AMBIENTE LUSTRE Pode servir para a iluminação de destaque, principalmente em halls de entrada e salas de jantar ou de estar LUMINÁRIA PENDENTE Ideal para iluminação de bancadas, mesas e mezaninos. É charmosa e traz sofisticação à decoração ABAJUR Com uma opção variada de modelos e tamanhos, é perfeito para quartos e ambientes de leitura EMBUTIDA Essa luminária tem como vantagem deixar o ambiente menos carregado e cria uma iluminação mais suave LUMINÁRIA DE PÉ Além de iluminar, a luminária de pé serve como objeto decorativo. Ideal para ficar ao lado de uma poltrona e sofá ARANDELA Usada na parede, produz uma iluminação suave, que pode ser usada para destacar as próprias paredes ou objetos decorativos
Naiane Aline / Ag. A Tarde.
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Música
14 MÚSICAS
que mudaram a música “Please Please Me”, o primeiro álbum dos Beatles, foi lançado há 52 anos e consolidou o rock para outras gerações
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uem acredita que o rock and roll ajudou a formar sua personalidade ou influiu em seu comportamento, não importa a idade, precisa comemorar este mês. No dia 22 de março de 1963, chegava às lojas de discos da Inglaterra “Please Please Me”, o primeiro álbum dos Beatles. Para muitos, o mais importante da história. É notório que o auge da banda foi com “Sgt. Pepper’s Lonely Hearts Club Band” (1967), álbum que encabeça quase todas as listas de melhores discos do rock. “Please Please Me” soa hoje ingênuo, coleção de canções sobre encontros e desencontros de namorados, longe da sofisticação musical de “Sgt. Pepper’s”. Mas a estreia dos Beatles em LP garantiu a sobrevivência do rock.
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Depois que o gênero foi criado na década anterior por Elvis Presley, Bill Haley, Carl Perkins, Little Richard e outros pioneiros, uma enxurrada de novos “ritmos jovens” inundou o mercado fonográfico angloamericano. O rock correu o risco de definhar entre modas musicais como o twist e o calipso. O sucesso de massa dos Beatles cruzou o Atlântico para disseminar entre os garotos a vontade de formar uma banda, numa dimensão que consolidou o rock até hoje. Para um álbum que gerou tanto barulho e ainda está à venda 50 anos depois, até que “Please Please Me” foi gravado sem grande investimento. BEATLEMANIA Depois do lançamento do primeiro sin-
gle da banda, “Love Me Do”, em outubro do ano anterior, os Beatles começaram a excursionar sem parar pelo Reino Unido. Era o início do fenômeno que o mundo chamaria nos anos seguintes de “Beatlemania” – no Brasil virou “iê-iê-iê”, pelo som do refrão “yeah, yeah, yeah” em “She Loves You”, que os Beatles lançariam em agosto de 1963. Tanto sucesso nos shows fez o produtor George Martin idealizar a gravação do álbum como uma simples repetição das canções para prensar em vinil. Assim, alugou por duas sessões de três horas o estúdio da gravadora EMI, que depois ficaria famoso pelo nome de seu endereço, Abbey Road. A ideia era gravar mais algumas faixas para juntar com as quatro lançadas em dois singles: “Love Me Do”/”P.S. I Love You” (ou-
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tubro de 1962) e “Please Please Me”/”Ask Me Why” (janeiro de 1963). Às 10h, Martin e os quatro Beatles começaram a gravar. As duas sessões agendadas não foram suficientes. O produtor conseguiu mais uma, no mesmo dia. O tempo total no estúdio foi de 9 horas e 45 minutos, para dez faixas. Um dos maiores hits do disco – e do grupo – também é o que tem a história mais curiosa. “Twist and Shout” exigia muito de John Lennon, com vocal forte, aos berros. E ele estava muito gripado no dia das gravações. Martin resolveu deixá-la para ser gravada por último. E a voz de John resistiu a apenas uma tentativa, que é o vocal eternizado no vinil.
POR CONTA PRÓPRIA Com oito canções escritas por Lennon e McCartney, “Please Please Me” esboçou um padrão que os Beatles buscariam sempre: compor e tocar todo o repertório.
A parada britânica na época era dominada por música romântica, e o álbum levou dois meses para chegar ao topo dos discos mais vendidos. Permaneceu lá por
30 semanas consecutivas e só perdeu a primeira posição para... “With the Beatles”, o segundo álbum do grupo. O resto é história. A história da música pop. Thales de Menezes / Folhapress
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Música
Ao Som do Joanes traz o grupo Pirombeira em março
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6ª edição do Projeto Ao Som do Joanes, programada para este dia 7 de março, no Terminal Turístico Mãe Mirinha, em Portão, apresenta a banda local Fuscão & Samba, com intervenções do grupo cultural Zambiã e do Grupo Ereoatá nas artes circenses, mais a poesia de Poeta Melksedesck e o Teatro Companhia Brasil Colorido. Ainda em março, no dia 21, a 7ª edição traz o Grupo Pirombeira (foto abaixo) com intervenções de dança da Cia de Dança Kambalim, e a arte circense do Bambolê. O Ao Som do Joanes foi uma das 13 propostas contempladas em 11 territórios de identidade do Estado no edital de Dinamização de Espaços Culturais por meio do Fundo de Cultura da Bahia. O projeto acontece quinzenalmente, aos sábados, às 17 horas, até o dia 30 de maio, sempre no Terminal Turístico, no Km 7,5 da Estrada do Coco. O projeto tem ainda a proposta de reivindicar a recuperação daquele espaço. O grupo Fuscão & Samba surgiu em Lauro de Freitas e no cenário musical baiano em 2003 com o objetivo de resgatar e valorizar o samba através de suas letras, da dança e até mesmo da capoeira, liderado pelo cantor e compositor Reinaldo Fuscão. Com um repertorio eclético, reproduzindo músicas de grandes nomes do Pop, MPB, e outros estilos traduzidos para o universo do samba, a Fuscão & Samba desenvolve todas as variantes do samba, tendo sempre como foco a preservação da música de raiz nos seus shows.
Já o Pirombeira é formado por sete músicos, dentre eles violeiros, cantores e compositores. Seu trabalho autoral transita entre temas instrumentais e canções e tem a rítmica nordestina como grande influência, numa abordagem moderna do baião, frevo, chula e ijexá. O Grupo Pirombeira foi criado em Salvador em 2010, durante as edições quinzenais do Som de Zilda, evento que em 2013 completou o quarto ano consecutivo em atividade. O quintal do estabelecimento de d. Maria Zilda, em São Lázaro, logo se estabeleceu como um espaço de encontros e experimentações musicais. As edições do evento foram se sucedendo na medida em que as relações entre os integrantes se estreitavam e que o grupo experimentava e apresentava o seu trabalho em outros espaços como teatros e casas de shows de Salvador. A 5ª edição, realizada em fevereiro, trouxe a Banda Groova Tambor. Idealizada por Alan Toreba, percursionista do cantor Saulo Fernandes, o Groova Tambor é um grupo percussivo que tem em seu repertório, além de músicas autorais, grandes sucessos nacionais que ganham destaque pela intervenção original e de qualidade da percussão baiana. Além da banda, a edição do Ao Som do Joanes teve apresentações de “stand up comedy”, com Wilson Ribeiro, intervenções poéticas de Joane Macieira, coreografias da Cia de Dança E-Arte, apresentações do Grupo Cultural Afro Azânia e a arte circense do Palhaço Sonho. LORENA VINTURINI
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Tributo aos “garotos de Liverpool”
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banda Rock Forever faz temporada mensal do show Tributo aos Beatles, no Red River Café, no Rio Vermelho, em Salvador, homenageando os geniais garotos de Liverpool. O show de abertura acontece neste dia 7 de março, a partir das 22h, com ingressos custando R$ 25,00 (mulheres) e R$ 30,00 (homens). Formada por João Vitor (vocais), Jô Estrada (guitarra e vocais), Fernando Barros (guitarra e teclado), Du Txai (guitarra), João Torres (baixo), Waldir Alberto (percussão) e Pedro Deliege (bateria), a Rock Forever integra músicos de idades diferentes para um tributo aos Beatles. Criada em 2009, a banda foi formada por apaixonados pelos roqueiros ingleses. “Os Beatles são a maior influência musical de cada um nesse projeto. Nos reunimos para nos divertir e homenagear a banda que nos iniciou no rock”, conta o guitarrista e diretor musical do grupo, Jô Estrada. O repertório da Rock Forever vem sempre se renovando com a infinidade de músicas executadas pelo quarteto britânico. “Nossa intenção é mostrar o rock exatamente como era feito na época. Por isso, apresentamos ao público arranjos fiéis aos originais”, completa.
Jaime de Moura Ferreira Administrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br
A energia do “bom dia”
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o acordar, o ser humano busca o despertar de sua consciência. Porém, esse despertar, por ser complexo, exige a compreensão e o fascínio para viver, a identificação solidária aos seus semelhantes e a busca do prazer de ser. O despertar da consciência é o estimulante para revigorar a existência. E, devidamente revigorado, o ser humano identifica as múltiplas obrigações familiares, econômicas, sociais, políticas e cidadãs, de modo geral, que terá durante o dia, até, novamente, enveredar-se no sono. Como primeira obrigação, deve tudo fazer para contagiar aqueles que estão em sua volta. Assim, o ser humano exercitará o hábito da boa convivência. E, para iniciar esse exercício, deve começar saudando os seus semelhantes com um expressivo “bom dia”. Dar “bom dia” para outras pessoas nos traz energias inefáveis e, além de nos encher de prazer e felicidades, contribui para a imunização do nosso espírito, de qualquer tipo de desgaste. Porém, o “bom dia” possui um significado mais amplo para os seres humanos: “enriquece aos que recebem, sem empobrecer os doadores”. O que doa, sente a alegria de estar transmitindo um fluido de evolução espiritual e a recompensa de desejar a alguém um bom início de dia. Para o que recebe, causa-lhe uma sensação de alegria inesperada e, para alguns, a observação e o despertar para se sentir um ser humano existencial e receber a consideração do próximo.
Sem dúvidas, o “bom dia” é uma ação contagiante. Aqueles que receberam a dádiva passam a transmiti-la, mesmo que, no início, sintam acanhados em fazê-la. Em pouco tempo, torna-se um hábito para os interessados. Aqueles que doam promovem a força do encorajamento e o despertar para uma nova maneira de comportamento. Assim, essa positividade precisa circular. Porém, o “bom dia” tem que ser sincero. Deve sair do coração e, acima de tudo, ser uma doação espontânea, de acordo com a obediência aos seus hábitos, valores morais e espirituais. Preferencialmente, fazer essa ação acompanhada de um sorriso, pois este é outro grande provedor de energias saudáveis. Para a sociedade, de modo geral, essa ação do ser humano representa os valores históricos e culturais absorvidos, bem como o caráter, ética e responsabilidade comunitária. Parece insignificante, mas, nenhum recurso material poderá pagar o valor intrínseco de um “bom dia”. Será que tem coisa melhor que começar o dia recebendo um “bom dia”? Para você praticar essa ação, independe de sexo, idade, raça, religião e situação econômica e social. Não existe a escolha de pessoas, senão aquelas que lhe confrontam. Um “bom dia” pode abrir-lhe muitas portas, principalmente no que se refere ao relacionamento entre pessoas. Se bem avaliado, essa ação dura segundos, mas seu efeito pode ser eterno. Observemos na natureza: os pássaros, representantes alados da existência do
Grande Deus Criador, acordam desejando um “bom dia”, através da maviosidade dos seus cantos. O sol mostra tudo que tem de belo e expressivo, ao raiar do dia. As plantas parecem brilhar mais, ao nascer de um novo dia. Sem dúvidas, a ação do “bom dia” vem caindo no desuso, principalmente nas grandes cidades, quando o relacionamento pessoal sadio estreita-se. Essa escassez vai transformando o ser humano em invisível para os seus semelhantes, notadamente aqueles que começam o dia com headphone colado aos ouvidos, deliciando-se individualmente com a música, ou os que acordam com os whatsapp em suas mãos. Porém, o “bom dia” será construído com a participação de, no mínimo, duas pessoas. Dessa forma, devemos reavivar esse hábito, principalmente nos encontros familiares, vizinhos, companheiros de trabalho e em outras situações onde existam pessoas. Costumo fazer caminhada pela manhã, quando me confronto com diversos tipos de seres humanos. Não perco tempo: vou desejando “bom dia” para todos. Alguns já me conhecem e respondem com a mesma euforia que lhes dedico; outros já se antecipam, desejando-me “bom dia”. Evidente que ainda existem aqueles que baixam a cabeça, fecham a expressão de seus rostos ou os viram para o outro lado, não oferecendo nem recebendo o “bom dia”. Tenho certeza que esses, com a continuidade, mudarão de procedimento, principalmente quando descobrirem a energia que circula no nosso organismo, quando praticamos essa ação. Março de 2015 | Vilas Magazine | 37
Comportamento
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Por que
beijamos? Humanos são os únicos com o hábito; para cientistas, o beijo serve para testar e reforçar o sistema imunológico do parceiro
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e todos os comportamentos humanos, um dos mais curiosos é o beijo. Colocar a boca junto à de outra pessoa pareceu ser uma boa ideia em 90% de todas as culturas conhecidas, mas o comportamento é raramente visto em animais – até há algum contato labial aqui e ali, mas nada que pudesse fazer um observador indiscreto falar “uau, que baita amasso”. Alguns cientistas decidiram estudar o papel do beijo, como um grupo da Universidade de Oxford. Uma das principais descobertas é que a seleção de parceiros é mediada pelo beijo – os humanos parecem ter desenvolvido a capacidade inconsciente de analisar o sistema imunológico de um potencial parceiro sexual dessa maneira. Diferentes estudos com voluntários têm mostrado que o nível do hormônio oxitocina, relacionado com o afeto e com o desejo, sobe quando encontramos um parceiro com um sistema imune significativamente diferente do nosso. Faz sentido: provavelmente, um eventual filho teria um sistema imunológico mais variado e, assim, provido de maiores recursos para se proteger de doenças. Pesquisas similares mostram também que homens, especificamente, conseguem ainda avaliar instintivamente os níveis de estrógeno – e, portanto, de fertilidade –da mulher beijada, apontou Helen Fisher,
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Os casais tem que incluir o beijo no dia a dia, não só antes do sexo. No começo é mecânico, mas isso acaba criando uma nova e melhor rotina. Se as mulheres pensassem mais em sexo o mundo seria melhor... E os homens mais felizes Débora Pádua, sexóloga.
professora Universidade Rutgers, nos EUA. Tal fenômeno ocorre também pelos feromônios, moléculas que o corpo utiliza para enviar informações via olfato (o cheiro é criado pelo próprio corpo, ignore quem queira vender perfumes com feromônios que tornam qualquer um irresistível: eles
antes de passá-los pela boca aos filhotes. Até mesmo a “estratégia” de aumentar a intensidade do beijo aos poucos ajuda o corpo a “engrenar os motores imunológicos”, e se proteger, por exemplo, contra o citomegalovirus humano, que pode causar febres e dores.
simplesmente não funcionam). Outra explicação foi apontada por um grupo de pesquisadores holandeses. As bactérias da boca têm um papel importante no sistema imunológico humano, e eles descobriram que, quando um casal se beija, troca 80 milhões delas em apenas dez segundos – assim, o repertório de micróbios “do bem” de cada uma das partes fica cada vez mais variado e robusto. Essa noção do beijo como reforço do sistema imunológico, de um ponto de vista evolutivo, pode ter se desenvolvido a partir de um comportamento comum no reino animal: a mãe que mastiga os alimentos
PERIGO Nem tudo é cor-de-rosa, porém. Por trás de um beijo podem se esconder alguns perigos como a mononucleose e doenças respiratórias. Conhecida como doença do beijo, a mononucleose é uma doença viral que afeta especialmente os jovens, recémingressantes na prática. “O organismo ainda não está preparado para a exposição”, diz a infectologista Graziella Hanna, do Hospital Santa Cruz, de São Paulo. A médica ainda diz que outras doenças como herpes também são transmitidas pelo beijo e, de certo modo, é difícil escapar. “Quase toda população adulta já teve contato com o vírus”. Pela proximidade entre os rostos, também há chance de transmissão de doenças respiratórias como gripe e tuberculose. Apesar de tudo, a médica diz a precaução que deve ser tomada é evitar o contato na presença de sintomas respiratórios como espirros, secreção nasal e tosse. Outra descoberta científica, esta ainda um pouco mais misteriosa, se refere ao
maior desejo feminino por beijos. Um pesquisador da Universidade do Estado de Nova York acompanhou mais de 500 casais e descobriu um repetitivo padrão: as mulheres valorizavam mais o beijo do que os homens, tanto antes do sexo quanto no
longo prazo, em relacionamentos antigos. Para a sexóloga Débora Pádua, sem o beijo é mais difícil progredir para a excitação, onde já há alterações fisiológicas como a lubrificação na mulher, por exemplo. “Os casais tem que incluir o beijo no dia a dia,
não só antes do sexo. No começo é mecânico, mas isso acaba criando uma nova e melhor rotina. Se as mulheres pensassem mais em sexo, o mundo seria melhor... E os homens mais felizes”, diz. Gabriel Alves / Folhapress
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Comportamento
Crianças que param quietas Pais e especialistas ficam preocupados: mais interessadas em celulares e em videogames do que em correr ou subir em árvores, as crianças de hoje têm habilidades motoras menores que as de antigamente
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enos pega-pega na rua e mais videogames. Resultado: as crianças que cresceram com uma tela na mão têm habilidades motoras menores, e a sua dificuldade para correr ou subir em árvores preocupa pais e especialistas. “Você joga a bola e as crianças não conseguem pegar. Elas não sabem mais brincar: ficam tão ligados na TV, nos joguinhos...”, diz a educadora física e presidente da ONG Instituto Movere, Vera Perino Barbosa. “São atividades que deveriam ter sido trabalhadas na primeira infância, mas elas cresceram sem isso” As explicações dos pais para a decadência das brincadeiras físicas misturam a violência urbana – os pais ficam mais tranquilos mantendo os filhos dentro de casa – com o próprio gosto das crianças por aparelhos tecnológicos. “Ela nunca gostou muito de sair”, afirma a operadora de telemarketing Kelly de Medeiros, 27, sobre a rotina da filha Heloísa, 11.
A garota é fã mesmo de joguinhos no smartphone como o Flappy Bird, em que o objetivo é fazer um pássaro desviar de obstáculos diversos. “Gosto também de ver vídeos do One Directon no YouTube”, conta a garota. Além disso, a maior parte das amizades da menina eram virtuais. O celular acabou virando o grande companheiro de Heloísa. “Parece que o celular faz parte da roupa “, diz a avó, Neide Souza. A inatividade trouxe consequências: com 1,60 m de altura, Heloísa já tinha superado os 80 kg. Há três meses, após a recomendação de uma médica, Heloísa começou a praticar tae kwon do. O problema também afeta Alef, de 11 anos. “Se puder, fica no tablet, computador ou Xbox o dia todo”, diz a mãe, Juliana Freitas. A família mora na cidade de Divinópolis, em Minas Gerais. Ela até tentou colocar o filho no basquete, já que o irmão mais velho fazia, “mas sempre reclamando”. Não deu
muito certo. Até em acampamentos a perda de habilidade motora das crianças é sentida. No Sítio do Carroção, em Tatuí, no interior de São Paulo, uma brincadeira com cipós teve de deixar de ser realizada, porque as crianças já não conseguiam mais agarrá-los como antes. O psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, diz que a mudança do estilo de vida é cada vez mais evidente. “As preferências de relacio-
INATIVIDADE INFANTIL Dicas para estimular crianças e adolescentes a fazer exercícios físicos
TEMPO No período de lazer, menos tempo deve ser gasto em smartphones, tablet e videogames. Para isso, pais podem estabelecer um limite de tempo
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NA RUA Dar à criança bicicleta ou patins pode estimular a prática de atividades físicas
AMIGOS Uma possibilidade para tirar a criança do quarto é matriculá-la em atividades que colegas e amigos praticam
VIRTUAL MAS REAL Alguns videogames exigem que as crianças se movimentem, o que já é um começo
PARCERIA Os filhos podem se sentir estimulados se os pais os acompanhem durante a atividade
CLUBES As crianças podem experimentar atividades até que encontre alguma que mais lhes agrade
COMPUTADOR Deve-se evitar deixar computador ou TV no quarto das crianças
Idiossincrasias adolescentes Um estudo mostrou que nem todos os adolescentes são insensíveis ao risco; não é possível generalizar Suzana Herculano-Houzel
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namento da nova geração passam pela mídia digital. “De alguma maneira, esses recursos roubam a criança daquilo que a gente imagina ser o certo a fazer”, diz. Em termos médicos, o ideal é que as crianças façam 60 minutos diários de atividades físicas, diz a endocrinopediatra Denise Ludovico, da Associação do Diabetes Juvenil. No entanto, segundo ela, já é possível atingir bons resultados com crianças obesas com 40 minutos de atividades, três vezes na semana. Se a atração causada pelos aparelhos eletrônicos for inevitável, há ao menos videogames que respondem ao movimento, como o Wii, da Nintendo. Segundo Nabuco, seria uma maneira de tentar compensar o incompensável. Gabriel Alves / Folhapress. KARIME XAVIER / FOLHAPRESS
comportamento adolescente é produto de um cérebro adolescente, em transformação, que não é mais criança mas ainda está apenas em vias de se tornar adulto. Se adolescentes são, quase que por definição, seres impulsivos e atraídos por riscos, é porque eles devem ter um cérebro também assim. Eles, de fato, têm – mas só alguns deles, de acordo com um estudo recente feito por pesquisadores na Holanda e nos EUA. A equipe testou o comportamento de crianças, adolescentes e adultos em um jogo no qual os voluntários deviam, de dentro de um aparelho de ressonância magnética, escolher entre continuar ou parar de virar cartas de um baralho cujas cartas dão dinheiro (de verdade!) ou... fazem o jogador perder tudo. Como o número de cartas “ganhe” (e seus valores) ou “perca tudo” era variável a cada rodada e anunciado previamente, os pesquisadores puderam relacionar o padrão de decisões de cada participante com o índice de risco e de recompensa de cada baralho – e também com o padrão de ativação de estruturas no cérebro que representam expectativas e valores positivos (a recompensa) ou negativos (o risco). Quanto maior o número de cartas “perca tudo” em um baralho, maior seu risco – e menor deveria ser a probabilidade de o jogador de qualquer idade virar uma carta. Como era de se esperar, os adultos se mostraram altamente sensíveis ao risco. Mas, ao contrário, o grupo insensível ao risco não foram os adolescentes, e sim as crianças, cujas escolhas dependiam simplesmente do valor do prêmio das cartas. Crianças ignoram riscos na hora de tomar decisões – provavelmente, como o estudo mostrou, porque sua ínsula, região do córtex que representa tudo de negativo que riscos envolvem, ainda não dá a mínima para eles. A ínsula dos adolescentes, contudo, se mostrou em média bem mais sensível a riscos, e até mais sensível do que a dos adultos. Com um cérebro que representa riscos mais intensamente, adolescentes deveriam ser até mais avessos a riscos do que adultos. Por que, em média, não são? A resposta é que essa média inclui uma enorme diversidade, desde adolescentes com ínsulas altamente sensíveis a riscos, e assim, como se esperava, avessos a riscos, até adolescentes com ínsulas que quase ignoram riscos, como as das crianças. Hora, então, de revisar a generalização: no que concerne riscos, há adolescentes e adolescentes. SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com
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Saúde & Bem-Estar
Pais devem observar dia a dia o desenvolvimento do bebê
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ada criança tem seu tempo para desenvolver determinadas habilidades, como falar e andar. Mas cada fase do desenvolvimento tem marcos, acontecimentos que ajudam os pais a se basearem para acompanhar melhor o crescimento do filho. “O que mais preocupa os pais é se a criança anda ou não anda. Ela pode começar a andar com dez meses, mas pode andar com um ano e meio”, afirma o pediatra e neonatologista Jorge Huberman. “O que acontece é que as mães comparam”, afirma, para justificar por que tanta gente se incomoda com o fato de o filho
não falar nada, enquanto o do vizinho já até consegue contar. Algumas condições básicas devem ser observadas desde os primeiros meses, como o fato de a criança não virar a cabeça ou olhos em direção à voz ou emitir sons. Outra observação é o desenvolvimento motor, que vai da cabeça para os pés: firma a cabeça aos três meses, senta aos seis meses, engatinha aos nove meses e anda com um ano. Entretanto, os médicos ressaltam que variações na aquisição e desenvolvimento entre crianças da mesma idade são frequentes e podem apenas ser características individuais.
Outra dica dada pelos especialistas é que pais que levam os seus filhos periodicamente ao pediatra têm muito mais chance de descobrir logo cedo se a criança tem alguma problema em seu desenvolvimento. ESTÍMULOS Crianças aprendem com facilidade e, se estimuladas, têm muito mais chances de desenvolver suas habilidades. “Tente estimular seu filho o máximo que puder. Se ficar o dia inteiro vendo televisão, ele vai ficar parado, mesmo”, afirma Huberman. “Cuidados e estimulação precoce têm forte impacto e são fatores decisivos e duradouros na transição de uma criança para a idade adulta, tanto no desenvolvimento de suas habilidades de aprendizagem quanto na capacidade de controlar suas emoções”, acrescenta Gabel. Bárbara Souza / Folhapress.
Como se desenvolve a audição do bebê? Problemas de audição na infância são mais comuns do que os pais imaginam. Seis em cada dez crianças em idade pré-escolar apresentam alguma perda auditiva, cuja origem não é congênita
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á pelo terceiro mês de gestação, os bebês já percebem sons. “Por se desenvolver tão precocemente, a audição é um poderoso canal de comunicação após o nascimento. Por isto, as falhas auditivas devem ser notadas o quanto antes”, diz o pediatra e homeopata paulista Moises Chencinski. Segundo o médico, na 13ª semana de gestação, um bebê normal percebe os sons pela vibração na pele. Por volta da 17ª se-
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mana, consegue ouvir um pouco do que se passa dentro e fora do corpo da mãe. Na 20ª semana, distingue a voz materna. Ao nascer, a audição está pronta, mas levará algum tempo para o sistema neurológico amadurecer, permitindo que o bebê demonstre reações ao som, como, por exemplo, virar o rosto para olhar quem fala. QUANDO ALGO NÃO VAI BEM... Sinais de que algo pode estar errado manifestam-se no comportamento dos bebês ou das crianças que não se interessam por brinquedos que fazem barulho ou os manipulam de forma muito barulhenta. “Isso também vale para aquelas que, entre os 12 e os 18 meses, não aumentam seu vocabulário ou não atendem quando chamadas pelo nome”, explica o médico. Veja o que é esperado de uma criança, em cada fase de seu desenvolvimento: n Até três meses: acordar ao ouvir um
barulho forte; n Dos três aos seis meses: movimentar os olhos e se virar na direção de vozes; n Entre seis meses e um ano: balbuciar sílabas simples, como “mamã”, tentando reproduzir o que escuta; n De um a dois anos: falar palavras comuns, interagindo com os adultos. Elas aprendem a falar naturalmente, na medida em que ouvem os pais e os amigos. “As crianças com deficiência auditiva não têm esse benefício. O período mais crítico é antes dos três anos. Por isso a importância de os pais levarem os filhos para fazerem testes auditivos. Os que não começam um tratamento cedo podem ter mais dificuldade para aprender a falar e ler, o que prejudica a aprendizagem na escola”, diz o pediatra. Chencinski destaca que é natural que cada criança se desenvolva dentro do seu tempo. “Mas, se você notar uma constante Continua na página 44 u
Cada criança tem seu tempo, mas algumas características em comum podem ajudar a identificar doenças Março de 2015 | Vilas Magazine | 43
Saúde & Bem-Estar
u falta de reação no seu filho, deve consultar um especialista. Na maternidade, ele deve fazer o teste da orelhinha, que confere o bom funcionamento do sistema auditivo”, orienta. Em cada grupo de 10 mil recém-nascidos, 30 apresentam problemas de surdez. “Uma das causas mais frequentes de surdez são as infecções virais na gravidez, como a rubéola, perfeitamente evitável com orientação adequada no pré-natal. Uma boa assistência no nascimento permite que a deficiência seja detectada precocemente e não comprometa o desenvolvimento da criança”, afirma o pediatra. “O bebê deve fazer, ainda no hospital, o teste da orelhinha: o exame de Emissões Otoacústicas Evocadas. É gratuito e obrigatório, como o teste do pezinho, em alguns hospitais públicos. Nas maternidades privadas, o exame pode ser cobrado. Todo recém-nascido deve fazer o teste da orelhinha no primeiro mês de vida. É um exame rápido, que verifica se a criança responde a um estímulo sonoro”, conta Chencinski. O procedimento é indolor, “uma peque-
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na sonda é colocada na orelha do bebê e ligada a um aparelho. Ele emite um som, que chega ao ouvido interno e volta ao aparelho. A ausência desse retorno indica um problema. Se o teste da orelhinha acusa deficiência auditiva, o primeiro passo é consultar um otorrinolaringologista para complementar a avaliação. Assim, a criança inicia logo o tratamento, evitando problemas com o desenvolvimento da linguagem. Em muitos casos, é preciso garantir também o acompanhamento de um fonoaudiólogo para garantir que a fala e a audição tenham um progresso normal”, explica o pediatra. A identificação precoce do problema auditivo é a chave do sucesso do tratamento bem sucedido nesse campo. “Depois de descobrir e confirmar que a criança tem mesmo um déficit de audição, trabalhamos muito próximo dos pais. Às vezes, a criança precisa usar um aparelho auditivo, e quem vai ajudá-la nesta adaptação são os pais”, diz o médico. Dependendo de cada caso, o tratamento indicado pode abranger estímulos sonoros, terapias de reabilitação, próteses
que amplificam o som e até mesmo uma cirurgia, como o implante coclear — um aparelho colocado dentro do ouvido, que leva o som ao nervo auditivo. Tudo depende do grau da deficiência, que pode ser leve, moderada, severa ou profunda, envolvendo perdas de 40 a 90 decibéis. OUTRAS CAUSAS DE DEFICIÊNCIA AUDITIVA Problemas de audição na infância são mais comuns do que os pais imaginam. Seis em cada dez crianças em idade pré-escolar apresentam alguma perda auditiva, cuja origem não é congênita. “A surdez parcial é provocada, na maioria das vezes, pelo acúmulo de secreções produzidas por gripe, resfriado e infecções nas vias respiratórias. A criança não escuta bem porque essas secreções tapam o canal de comunicação que liga o nariz e a garganta ao ouvido”, explica o médico. SINAIS DE ALERTA Os pais devem considerar a hipótese de a criança ter um problema auditivo nas seguintes situações: n Se ela assiste TV em volume alto; n Se pergunta muito “hein?” e parece desinteressada ou distraída; n Se ronca à noite, um indício de problema na adenoide; n Se tem dificuldade para ler; n Se troca as letras com frequência; n Se tem gripe e alergia respiratória constantes; n Se vive com as vias respiratórias congestionadas; n Se apresenta queixa de dor de ouvido constantemente.
Moda & Beleza
Combinando a maquiagem com a roupa
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Especialistas dão dicas sobre sobre a tendência, nem sempre bem-vista
ão é raro ver a atriz Lupita Nyong’o desfilar no tapete vermelho com a maquiagem na mesma cor que os lindos vestidos que ela usa. Elegante, a premiada atriz recebe palmas pela atuação e pela produção, mas será que as mulheres que não estão no mundo das celebridades também podem copiar a tendência? “Artistas ousam mais por estarem na mídia, mas quem gosta pode usar também”, aponta Hanna Carolina Kramolisck, professora da área de moda do Senac São Paulo. O “beauty artist” Thyago Mandu concorda. “Particularmente, não gosto dessa tendência, que é antiga. Quase não se vê mais. Mas vale o gosto e o perfil de cada pessoa”, diz. O ideal é que a mulher faça o teste em casa, analise o resultado e, se achar que fica legal, use sem medo de ser feliz. “Para tudo tem que ter estilo. É o tipo de coisa que, se for usada apenas para ser fashion, pode ficar feio ou caricato”, opina Marcio Banfi, coordenador do curso de pós-graduação em “styling” da Faculdade Santa Marcelina (SP). Um jeito de usar o estilo de Lupita de maneira mais certeira é variar na tonalidade. “Para ficar mais moderno, pode apostar em tons diferentes de uma mesma cor usada no ‘look’”, diz Hanna. Os especialistas ainda dizem que, na hora da maquiagem, o ideal é escolher uma área do rosto para caprichar na cor. Se forem os olhos, por exemplo, os lábios devem ficar neutros. “Para uma sombra mais vibrante, o blush não deve ser forte e é legal colocar um tom nude na boca”, indica Mandu. Laís Oliveira / Folhapress.
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Moda & Beleza
As olheiras não são prejudiciais à saúde, mas detonam a estética; descubra como prevenilas e camuflá-las com maquiagem
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ão é somente o corpo escultural da empresária Amanda Djehdian, 28 anos, que chama a atenção do público que assiste ao “Big Brother Brasil 15” (Globo). As olheiras, profundas, também ganham destaque – e são alvo de constante preocupação da paulistana. “Elas não causam nenhuma repercussão na saúde, então, a pessoa só deve procurar um médico quando ela se sentir incomodada”, diz o dermatologista Marcos Heiji Hayashida. Ele enfatiza que a incidência em homens e mulheres é igual, mas, como afeta a estética, as mulheres se incomodam mais com a alteração. Apesar de não ter idade específica para ficar mais evidente, é por volta dos 30 anos, geralmente, que as olheiras começam a ser notadas, por causa da perda de elasticidade da pele, segundo a dermatologista Silvia Zimbres. “Elas são resultado de dois fatores: a ação da melanina, pigmento que dá cor à pele, somada à micro circulação local. A pele abaixo dos olhos é muito fina, quase translúcida, o que evidencia os vasos sanguíneos da região”, explica a médica. Retenção de líquidos e gordurinha localizada também resultam em bolsas na região logo abaixo dos olhos, assim como
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falta de nutrientes e fadiga. Segundo os especialistas, pessoas com histórico familiar têm maior predisposição, especialmente os descendentes de indianos, árabes e latinos. “A idade e a exposição ao sol sem a devida proteção também aumentam a quantidade de melanina de toda a pele, inclusive dessa região, o que acentua as marcas”, destaca Silvia. Os tratamentos variam de acordo com o tipo e o grau das marcas e podem ser feitos com cremes, laser, peeling, cirurgia e preenchimento com ácido hialurônico. “Quando as olheiras são
momentâneas, como as decorrentes de horas insuficientes de sono, um bom descanso pode resolver o problema. Porém, quando o fator genético é preponderante, o tratamento é mais difícil”, afirma a dermatologista Carolina Marçon, membro da Sociedade Brasileira de Dermatologia. E se, mesmo assim, não houver a melhora desejada, contar com a maquiagem pode ser a salvação. Aprenda os truques dos especialistas consultados. Laís Oliveira / Folhapress.
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Nutrição
Mesmo quem come muito pode sofrer de desnutrição Fome oculta, causada pela falta de minerais e vitaminas, leva a uma série de danos, como cansaço e dores
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ueda de cabelo, cansaço, unhas fracas, dificuldade de concentração e dores musculares podem ser sinais de um mal silencioso que atinge pessoas de todas as idades e ambos os sexos: a fome oculta, que é a carência de vitaminas e minerais essenciais para o organismo, como ferro e vitamina A. “A deficiência de micronutrientes é assintomática e esse é o principal motivo pelo qual essa doença também é conhecida como fome oculta”, explica a professora do Departamento de Nutrição da Universidade Federal de Viçosa (MG), Ceres Della Lucia.
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A má alimentação é a principal causa do problema. “A alimentação vem sofrendo alterações quanto à substituição de refeições por pratos prontos e demais preparações ricas em gorduras, açúcar e sal, além da recusa ou dificuldade em consumir frutas e hortaliças”, afirma a nutricionista Camila Leonel. E são esses os alimentos fundamentais para manter a boa saúde. “As maiores deficiências observadas são as de ferro, zinco, vitamina A e algumas vitaminas do complexo B. Cada um desses nutrientes está presente em diferentes fontes alimentares, como carnes, frutas, hortaliças e cereais
integrais”, diz Ceres. Nutrólogo do Hospital Villa-Lobos, de São Paulo, André Veinert alerta que se privar de muitos alimentos pode abrir portas para a fome oculta. “Pessoas que fazem dietas muito restritivas, por tempo prolongado, como atletas, e mesmo pessoas obesas, podem apresentar a síndrome”, afirma. SUPLEMENTOS Como não apresenta sintomas, a fome oculta é diagnosticada por exames e avaliação médica. O tratamento é feito com reeducação alimentar e uso de suplementos vitamínicos. Fazer o tratamento é fundamental. “O corpo sente essa necessidade oculta de certos nutrientes e o risco de desenvolvimento de doenças como câncer, osteoporose, diabetes e problemas cardiovasculares aumenta”, afirma Veinert. Paula Felix / Folhapress.
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Viver Bem
É essencial lavar o rosto e usar protetor
Alimentação balanceada ajuda a proteger e manter a pele bonita
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er uma alimentação balanceada é fundamental para que a nossa pele se mantenha bonita e saudável. Segundo especialistas, isso ocorre porque o processo de renovação das células, que acontece diariamente na pele, é feito com os nutrientes dos alimentos que ingerimos. Com a ajuda de dermatologistas e nutricionistas, montamos um guia que mostra quais nutrientes influem de forma benéfica nesse processo. Ele inclui a água, responsável por levar as vitaminas até as células, e alimentos que contribuem para a firmeza, elasticidade e até mesmo o bronzeamento. De acordo com Márcia Grieco, dermatologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, de São Paulo, a dieta ideal para a pele é formada por porções que incluem gordura, proteína e carboidrato em quantidades adequadas. “Tem de ter um pouco de cada nutriente. Para a saúde da nossa pele, vale aquela regrinha de quanto mais colorido o nosso prato, melhor.
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Segundo a nutricionista Marisa Diniz Graça, dos hospitais Leforte e Bandeirantes, de São Paulo, o ômega-3, presente em peixes como sardinha e salmão, ajuda a impedir que a nossa pele fique ressecada. “Esse nutriente é um lubrificante natural e
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beleza da nossa pele depende da combinação da alimentação balanceada com uma série de outros cuidados. Segundo a dermatologista Márcia Grieco, lavar o rosto duas vezes ao dia, durante a manhã e à noite, evitar banhos demorados e utilizar hidratantes e protetor solar, inclusive em dias nublados ou chuvosos, também são fundamentais para a manutenção da saúde da nossa pele.
melhora a permeabilidade da membrana celular”. Há também casos em que a combinação de mais de um nutriente atua de forma benéfica. É o que ocorre, por exemplo, com o colágeno, presente na carne vermelha, e a vitamina C, encontrada em frutas como laranja e acerola. Combinados, esse dois nutrientes são essenciais ao processo de renovação da pele. “A vitamina C é importante para a atuação do colágeno dentro do corpo”, explica Suzy Rabello, dermatologista do Hospital Bandeirantes (SP). Segundo ela, o betacaroteno, presente em frutas como mamão, ajudam a deixar a pele bronzeada. Ele também equilibra a produção de glândulas sebáceas, combatendo, assim, a formação de acnes. Léo Arcoverde / Folhapress.
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Viver Bem
Como perder um grande amor Quando acaba o romance, a magia e os beijos, as mulheres sofrem ao ver que o casamento virou um fardo para o marido Mirian Goldenberg
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uitas mulheres que pesquisei reclamam que sentem falta do romance, da magia e do encantamento presentes no início dos seus casamentos. Uma atriz de 50 anos disse: “Meu marido vive dizendo que se sacrifica muito por mim. Quando viajamos, diz que escolhe um lugar para me agradar, que preferia ir para outro lugar. Repete que sempre abre mão do que quer só para me deixar feliz. Diz que não sai mais com os amigos para ficar comigo. É horrível saber que o homem que você ama se sacrifica tanto e se sente tão miserável”. Ela disse que o marido costumava ser muito carinhoso e romântico no início do casamento. “Nos primeiros anos, ele me tratava como uma princesa, me dava presentes lindos, íamos a restaurantes, cinema, shows todas as noites. Ele tinha prazer em me deixar feliz, adorava me fazer rir. Hoje, tudo é um esforço enorme, um verdadeiro sacrifício. Ele se tornou um martirido (uma mistura de mártir e marido). Ele me faz sentir que sou uma merda de mulher.” Encontrei o mesmo tipo de sentimento em muitas mulheres. Elas dizem que são consideradas complicadas, difíceis, insatisfeitas, exigentes, e que seus maridos afirmam que precisam fazer um trabalho exaustivo para tentar agradá-las, sem nunca conseguir. Uma pesquisadora de 47 anos, certa vez, disse: “Escutei tantas vezes do meu marido que eu dou muito trabalho, que sou muito difícil, que decidi me separar. Não quero dar trabalho para o homem que eu amo. Quero amar e ser amada, quero que ele se sinta feliz de estar comigo, que sinta prazer, que se divirta com a minha companhia. Não aguento mais ficar com um homem que me critica o tempo todo, que reclama do meu jeito de ser, que não me valoriza e não me elogia, que me compara com outras mulheres mais leves e fáceis de conviver”. O mais difícil é compreender em que momento o casamento perde o encanto e se torna um fardo tão pesado para os dois, como contou uma professora de 43 anos: “Quando ele parou de me dar beijo na boca, deixou de me admirar e passou a enxergar só o pior de mim, senti que o meu casamento tinha terminado. Eu não quero ter de mendigar o amor, o respeito e a admiração do homem que eu amo. Eu mereço ter um homem que se sinta um felizardo por me amar e ser amado por mim, não mereço?” MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br
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Quanto açúcar tem no suco? Suco de caixinha tem tantas calorias quanto refrigerantes; crianças não devem consumi-los indiscriminadamente
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que o suco de caixinha, a batata frita e o refrigerante têm em comum? Três copos de suco industrializado têm cerca de 300 calorias, o mesmo que uma porção média de batata. O suco tem ainda mais ou menos a mesma quantidade de calorias do refri. Quando descobriu isso, a administradora Camila Signorini, decidiu tirar de vez o suco de caixinha do cardápio das filhas Gabriela, 8, e Rafaela, 5. Na época, a bebida era liberada em casa e ainda servia de lanche na escola. “Eu pensava que era saudável, mas fui ler a lista de ingredientes. Fiquei assustada.”
AS DIFERENÇAS ENTRE AS BEBIDAS
Muitos dos sucos de caixinha vendidos em supermercado na verdade são néctares – são os mais baratos e populares. Neles, a maior parte da bebida é mistura de água, açúcar e aditivos químicos. Não há nada ilegal aí: o Ministério da Agricultura prevê que esse tipo de bebida tenha pelo menos de 30% a 50% de suco, conforme a fruta. “Os fabricantes não são obrigados a divulgar quanto de fruta há no produto”, diz Ana Paula Bortoletto, do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor). Em 2014, a instituição fez um teste e descobriu que, além de pouca fruta, muitos néctares têm açúcar demais. Um produto de uva chegou a ter 29 g em 200 ml. A mesma porção de refrigerante de cola tem 21 g. A diferença é que no suco parte dos carboidratos vem da fruta (frutose), mas na embalagem isso não é discriminado. Segundo a endocrinologista Maria Edna de Melo, do Hospital das Clínicas da USP, assim como o açúcar adicionado pela indústria, a frutose também pode ser prejudicial. “Também é um carboidrato de alto índice
glicêmico, faz o nível de glicemia do sangue subir rapidamente –, favorecendo o desenvolvimento de obesidade e diabetes.” Por isso, ela e todos os especialistas consultados não recomendam o consumo liberado de suco. Isso vale também para os sucos integrais, sem adição de açúcar, industrializados ou feitos em casa. “Quando a fruta vira suco, ela se desvirtua, perde fibra e a quantidade de açúcar é concentrada”, diz a nutricionista Cláudia Lobo. Para as crianças, isso é ainda pior, porque o doce pode dar uma falsa sensação de saciedade. “Se ela trocar água por suco, vai perder a fome. Pode ficar obesa e desnutrida, por consumir um alimento de alto teor calórico sem fibras e outros nutrientes”, diz a nutricionista Gabriela Kapim. Apesar de também serem ricos em carboidratos, os sucos integrais, sem adição de açúcar, são melhores que os néctares, pois não têm aditivos e conservam parte dos nutrientes da fruta. O de uva, por exemplo, tem antioxidantes. “Boa parte das vitaminas são preservadas. É uma ótima opção”, diz
a nutricionista Carolina Godoy. Ela presta serviços para a marca Do Bem, de sucos integrais. Para o pediatra e nutrólogo Fábio Ancona Lopez, a principal vantagem do suco integral é ser menos doce. “Apesar de ter a mesma quantidade de carboidratos, o néctar tem o sabor mais adocicado, o que pode deixar o paladar da criança mal acostumado.” A indústria às vezes também usa adoçantes, o que é um problema, diz a nutricionista Neiva Souza. “Crianças não devem consumi-los indiscriminadamente. Não sabemos as consequências disso a médio e longo prazo.” O alerta vale mais ainda para os sucos de soja, que além de adoçantes têm isoflavona, fitoesterol semelhante ao hormônio feminino. “O consumo teria relação com maturação sexual precoce”, diz Souza. Para fugir desses e outros riscos é simples: basta trocar o suco por água, e comer a fruta in natura. Juliana Vines / Folhapress.
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Gastronomia
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milho, que tem mais de 200 variações, faz muito bem para a saúde. Alimento bastante consumido, tem como uma das suas principais qualidades a versatilidade, sendo ingrediente de pratos como pamonha, bolo, cuscuz, canjica e pipoca. A nutricionista funcional Helouse Odebrecht destaca a riqueza em carboidratos e fibras. “O carboidrato faz dele uma importante fonte de energia para o corpo. Já as fibras auxiliam na saciedade e no bom funcionamento do intestino, possibilitando, assim, a eliminação de toxinas e a redução da absorção de gorduras e açúcares”, explica. Os benefícios não param por aí. A nutricionista Sandra da Silva Maria dá algumas dicas: “Se for para melhorar o funcionamento do intestino, reduzir glicemia e melhorar a hipertensão, o ideal é ingerir a forma que possui maior teor em fibras. Uma boa opção é o milho de pipoca. O grão branco do milho de canjica, por passar por um processamento, perde a sua casca, o que aumenta a oferta do ferro. Já o milho verde é rico em sintetizadores de vitamina.” Confira ao lado uma receita saborosa. Mariana Sewaybricker / Folhapress.
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DIVULGAÇÃO
Milho é importante fonte de energia
Broa de milho salgada com mortadela INGREDIENTES 350 g de mortadela, 1 xícara (chá) de manteiga, 1 lata (200 g) de milho verde escorrida, 1 xícara (chá) de leite integral, 3 ovos batidos, 3 xícaras (chá) de fubá, 1 colher (café) de sal, 1 colher (sopa) de açúcar, 1 colher (sopa) de fermento em pó, 1 colher (chá) de sementes de erva-doce, 2 xícaras (chá) de farinha de trigo, 1/2 xícara (chá) de parmesão ralado grosso. MODO DE PREPARO Passe a mortadela em um ralador grosso e reserve. No liquidificador, coloque o milho, a manteiga, o leite e os ovos. Bata até obter uma mistura homogênea. Transfira essa mistura para uma tigela e junte o fubá, o sal, o açúcar, o fermento, a erva-doce, a farinha, a mortadela e o parmesão. Misture bem, modele a massa em formato de bolinhas e pressione-as levemente com um garfo. Acomode-as em uma assadeira untada e polvilhada. Asse em temperatura alta, por aproximadamente 25 minutos ou até que estejam levemente douradas Crédito da receita: Receitas Perdigão.
Da laranja tudo se aproveita
laranja é uma das frutas mais populares do Brasil e os seus benefícios são associados principalmente à presença de grande quantidade de vitamina C, que tem poder antioxidante. “Para adultos saudáveis, a recomendação de vitamina C é de 90 mg ao dia para homens e 75 mg para mulheres. Uma laranja possui em média 70 mg dessa vitamina. Quase preenche a dose diária”, explica a nutricionista funcional Helouse Odebrecht. Porém, as propriedades nutricionais da fruta não se restringem à vitamina C. “Poucos sabem, mas a laranja possui boas quantidades de potássio, vitamina B6, ácido fólico e betacaroteno. Além disso, o consumo do bagaço da laranja auxilia no
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funcionamento do intestino, na redução do colesterol e no controle da glicemia”, diz a nutricionista Rita de Cássia Leite Novais. Isso acontece porque essa parte da fruta, muitas vezes desprezada pelos consumidores, contém pectina, uma fibra solúvel que favorece esses benefícios. Para Helouse, a casca da fruta também merece ser aproveitada. “As cascas de frutas cítricas, em geral, possuem compostos bioativos capazes de melhorar o colesterol sanguíneo e reduzir sintomas da artrite, inflamação intestinal, diabetes e doenças cardiovasculares”, diz. Ela sugere usar a casca de uma laranja na forma de chá. É simples: ferva por 15 minutos em 400 ml de água. Para completar a lista de qualidades
da laranja, Rita de Cássia diz ainda que a fruta tem apenas 60 calorias e, pode ser consumida sem medo, inclusive por quem está de dieta. Confira na outra página, uma deliciosa receita de pudim de laranja e coco. Mariana Sewaybricker / Folhapress. DIVULGAÇÃO
INGREDIENTES 50 g de margarina, 2 cebolas médias raladas, 1 kg de carne moída, 1 colher (sopa) de caldo de carne em pó, 1 colher (sopa) de molho inglês, 1 colher (sopa) de molho de pimenta, 1 colher (chá) de sal, 100 g de cogumelos fatiados, 1 xícara (chá) de vinho branco seco, 1 xícara (chá) de água, 350 g de molho de tomate, 200 g de creme de leite com soro, 3 xícaras (chá) de farinha de trigo, leite e farinha de rosca, o suficiente para empanar, batata palha a gosto. MODO DE PREPARO PASSO 1 Em uma panela bem quente, com fogo de médio para alto, derreta a margarina. Junte a cebola e refogue até ficar transparente. Junte a carne moída. Depois, o caldo de carne em pó e misture. Adicione o molho inglês, o molho de pimenta, o sal e misture tudo. PASSO 2 Acrescente os cogumelos e, em seguida, o vinho. Logo após, a água e mexa. Junte o molho de tomate. Se quiser pode usar um pouco de catchup ou mostarda. Mas o molho de tomate aqui é essencial para criar o caldo para fazer a massa. Em seguida, incorpore o creme de leite com soro. PASSO 3 Misture tudo e ponha a farinha, aos poucos. Mexa até formar uma massa que desgrude do fundo da panela (o tempo mínimo para isso é de cinco minutos. Ainda que a massa desgrude logo da panela, é necessário cozinhar a farinha). Desligue o forno e deixe esfriar. PASSO 4 Na hora de enrolar os bolinhos, use luvas plásticas ou passe farinha
ANDRÉ LOBO / UOL / FOLHAPRESS
Bolinhos de estrogonofe
de trigo nas mãos. Enrole os bolinhos em formato de croquete. Passe-os na farinha de rosca, mergulhe-os no leite e passe-os na farinha de rosca novamente PASSO 5 Frite por imersão em óleo quente. Tire da panela e escorra em papel absorvente. Sirva com batata palha. Crédito da receita: chef Valeria Rezende.
Pudim de laranja e coco
1 pacote de coco ralado pequeno, 4 ovos.
calda uma forma com furo central e reserve
INGREDIENTES PARA A CALDA 1 xícara (chá) de açúcar, 1/2 xícara (chá) de água quente. PARA O PUDIM 1 lata de leite condensado, 1/2 lata de suco de laranja (use a lata do leite condensado), 1/2 vidro de leite de coco,
MODO DE PREPARO CALDA Em uma panela de fundo largo, derreta o açúcar até ficar dourado. Junte a água quente e mexa com uma colher de cabo longo. Deixe ferver até dissolver os torrões de açúcar e a calda engrossar. Forre com a
PUDIM Em um liquidificador, bata os ingredientes e despeje na forma. Asse em banho-maria, em forno médio (180ºC), préaquecido, por cerca de uma hora e meia. Depois de frio, leve à geladeira por cerca de seis horas. Desenforme e sirva. Março de 2015 | Vilas Magazine | 55
Janelas Abertas Gilka Bandeira
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O louco da flor
aquela azul e calorenta manhã de alto verão, o ônibus partiu do Terminal da França para cumprir mais uma rotineira viagem até Arembepe. Os passageiros igualmente seguiam para suas lidas cotidianas. O coletivo não estava cheio, ainda assim havia gente de todo feitio, como sempre acontece entre brasileiros, onde até irmãos de mesmo pai e da mesma mãe apresentam biótipos bem diferentes. Também variavam os estados d’almas, no que se via pelos semblantes. Havia gente com cara de sono, de alegria, de tristeza, de enfado e até de preocupação tamanha, que dava pra ver uma fumacinha escura pairando sobre a cabeça. Alguns conversavam, outros cochilavam ou, com os olhos fixos através da janela, observavam a paisagem passante, enquanto um se mantinha trancado em si, havendo ainda quem especulasse sobre os demais, mesmo ciente da impossibilidade de adivinhar de onde cada um vinha, para onde ia e o que realmente trazia na mente e no coração. Estavam todos juntos no corriqueiro desenxabido da vida, num destes momentos em que apenas se existe no trivial, bem distante do extraordinário; momentos em que, mesmo com enfado, os homos sapiens, os espertos, sabidos e auto classificados seres superiores da Terra se mantêm enfiados na base do pelo do coelho, acomodados no quentinho, seguro, mas insípido refúgio, conforme analogia de Joistein Gaarder, no seu livro “O Mundo de Sofia”. Sem se aventurar a chegar à ponta dos finos pelos, permanecem indiferentes, ou insensíveis, ao fantástico que os arrodeiam. Claro que era possível que alguém ali estivesse bem na ponta do flexível pelo do coelho a admirar-se por estar dentro de um ônibus rodando na superfície de uma grande bola (ou minúscula, a depender do ponto de vista) azul, também a girar no espaço sideral sem cair nem bater noutros astros em movimento,
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ou a deslumbrar-se diante das coisas mais simples, com suas belezas e seus mistérios. Se nem todos, com certeza a maioria, inda mais num início de dia tão calorento, seguia bem dentro do ordinário, alheios às perplexidades que o universo provoca ou a qualquer reflexão filosófica. Mas, como diria Guimarães Rosa, “no mais, mesmo, da mesmice, sempre vem a novidade.” ou “quando nada acontece há um milagre que não estamos vendo”. E a novidade ou milagre chegaria àquele ônibus antes da viagem acabar. Lá ia o ônibus comendo asfalto nos entremeios das sucessivas paradas nos pontos. Num destes, apinhado de pessoas tais quais as que iam dentro do veículo, entrou, como de praxe, um vendedor oferecendo o passatempo da viagem em forma de bombons. Em seguida, outro, que após contar sua longa triste história, rogava aos passageiros para que ajudassem a instituição de recuperação de drogados comprando CD de músicas gospel. E o ônibus ia. Passavam casas, prédios e prédios, alguns canteiros ralamente floridos ou arborizados, encostas faveladas com suas sangrentas casas de blocos expostos, fedorentos rio assoreadamente (também por lixo) transformados em esgotos, cinzentos viadutos, passarelas com os formigantes pedestres apressados, motos imprudentemente ziguezaguiantes, carros, muitos carros se arastando nos congestionamentos ou perigosamente céleres entre um engarrafamento e outro. Os dois vendedores ainda estavam no ônibus, quando na próxima parada, de novo pela porta da frente, entrou um homem alto, magro sorridente com um grande galho florido de espirradeira na mão. Fez uma rápida saudação indistintamente e sentou-se no banco individual destinado a idosos, deficientes físicos, grávidas ou pessoas com crianças de colo. Pouco depois se voltou para dentro do ônibus acenou, como a dar adeus, a vários passageiros. Alguns corresponderam e ele sorriu feliz. Adiante, vendo num passante canteiro uma árvore coberta de alvas
flores, ergueu os braços em direção à planta num gesto de louvação e novamente sorriu feito criança deslumbrada. Voltou a sentarse para em seguida levantar-se e, com o ramo da flor, benzer todo mundo,fazendo reverências. A esta altura, algumas pessoas riam. Como a cena se repetiu algumas vezes, a atmosfera dentro do ônibus começava a mudar. Até então, o louco da flor permanecera mudo, apenas falava com sorrisos e gestos. De repente, dirigindo-se, primeiro ao vendedor de bombom e depois ao de CD, estendeu a mão de pedinte, simplesmente dizendo: “me dê”. Um e outro mercador, entre gracejos e desculpas, tentaram, e afinal conseguiram, driblar a insistência do pedido, mesmo porque o doido logo se desinteressou dos objetos, voltando à benzedura com o galho da espirradeira já um pouco mucho. Desta feita, especialmente abençou o motorista, que permanceu sério, numa demonstração de concentração no trabalho ou de mero desagrado. Percebendo isto, o bezendeiro aproximou-se dele e gritou: “Deus lhe abençoe”. Pelo inesperado da coisa e entonação da voz, a risada foi geral. Pronto, ninguém mais ali era o mesmo do início da viagem. Todos se renderam à gentil e singela loucura do homem da flor. Talvez por ver o efeito causado, dirigiuse à plateia, dizendo: “Deus abençoe à todos, à tudo, à vida”. Mais uma vez, usando o galho da flor, benzeu os passageiros, inclinou-se numa mesura e, aproveitando nova parada do ônibus, ligeiro saltou, deixando atrás de si um rastro de luz dourada a felicitar os passageiros, ainda a observá-lo já fora, no ponto. Após benzedura genérica aos que ali se encontravam esperando condução, deteve-se diante de um menino fazendo menção de lhe ofertar a flor. A mãe, que segurava a criança pela mão, surpreendida e desconfiada, puxou o filho para si com a cara fechada, mas o garoto divertido, simplesmente sorriu. Aquele sorriso tornou a manhã ainda mais azul. O ônibus seguiu. Dentro dele não mais havia pessoas entediadas, displiscentes, ensismesmadas, tão só seres simplesmente contaminados pela alegre magia deixada pelo louco da flor.
Classificados Saúde & Bem-Estar .... págs 58 à 81
Auto & Cia .......................... págs 124 à 127
Gastronomia ............... págs 82 à 88
Imóveis ................................. págs 128 e 129
Festas ............................ págs 89 à 93
Tribuna do Leitor ......................... págs 130
Educação .................... págs 94 à 99 Serviços .................... págs 100 à 123
‹ Luas & Marés ü
.................................. pág 131
Mapa de Vilas do Atlântico ........ pág 131
ARTIGO
A
E o juramento de Hipócrates?
pesar de ter se tornado destaque na mídia recentemente, os casos envolvendo próteses e a conduta inadequada de profissionais da saúde não são novidade e já têm sido colocados em discussão há algum tempo pela sociedade. O que se observa é que há certa omissão por parte das associações e conselhos da classe médica, e a ausência de punição adequada tem permitido que essas práticas continuem acontecendo. São médicos que indicam não apenas órteses e próteses, mas também solicitam exames especificando em qual laboratório ou clínica eles devem ser realizados e também receitam medicamentos de altíssimo custo de determinadas indústrias. Em troca, recebem comissões, que podem ser em dinheiro ou em benefícios, como presentes, viagens ou congressos. Isso mostra que está havendo uma inversão de valores no setor. Os preceitos de Hipócrates estão sendo deixados de lado neste cenário em que o poder econômico se sobrepõe à ética e ao compromisso do profissional com a saúde do seu paciente. Esta situação vem sendo denunciada no caso das próteses ortopédicas, mas se estende às cirurgias vasculares, cardíacas, neurológicas, na oftalmologia e muitas outras áreas. São casos em que profissionais recebem das fabricantes até 30% sobre o valor do material utilizado. Do lado das empresas operadoras de plano de saúde, este custo chega a representar até 25% do sinistro – que é o que se gasta para prestar o serviço. E não são raras as situações em que o uso da prótese não é indicado para o paciente, podendo até piorar o caso. Neste momento, associações de classe e poder público precisam aproveitar a repercussão do assunto para de fato
promover uma mudança. A punição precisa ser severa e efetiva para que essas denúncias não se tornem apenas uma gota no oceano e desapareçam. Há 20 anos, os Estados Unidos sofriam de um cenário similar e o Governo norte-americano agiu de maneira inflexível, cassando profissionais, fechando empresas e prendendo os envolvidos. Nessa cadeia perversa, além de fabricantes, distribuidores, médicos e hospitais, ainda há mais um elo que precisa de fiscalização: os escritórios de advocacias que criaram uma verdadeira indústria de liminares. Eles são sustentados pelas grandes empresas agindo para garantir que juízes dêem parecer favorável em relação ao uso de materiais, medicamentos ou realização de exames, muitas vezes bem intencionados, mas sem o conhecimento especializado para dar suporte a suas decisões. Ou seja, é um cenário que precisa de mudanças: fiscalização do poder público – Polícia Federal e Receita Federal – sobre as empresas fabricantes e distribuidoras, fiscalização das associações e conselhos de classe sobre os profissionais da saúde, criação de câmaras técnicas setoriais nos estados que não a possuem para servirem de consultoria a juízes em casos de liminares na área da saúde ou nos casos dos quais estão presentes, uma atuação mais incisiva de conciliação entre as partes envolvidas. E, acima de tudo, ações punitivas efetivas para mostrar que a saúde e o bem-estar da população devem estar à frente dos interesses econômicos de pequenos grupos. Cadri Massuda, presidente da Abramge PR/SC – Associação Brasileira de Medicina de Grupo Regional Paraná e Santa Catarina Março de 2015 | Vilas Magazine | 57
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Rochedo lança conjunto de panelas ideal para o dia a dia: mais prático para lavar e mais resistente Rochedo One possui revestimento interno Power Resist, que proporciona maior durabilidade do antiaderente, resistência e facilidade de limpeza Preparar um jantar para a família ou amigos é uma ação prazerosa para muitas pessoas, mas, na hora de lavar a louça, as panelas são as mais temidas. Pensando nisso, a Rochedo traz um novo conjunto de panelas que promete facilitar o dia a dia do consumidor: o Rochedo One. A novidade possui revestimento interno Power Resist, tecnologia que proporciona maior durabilidade, resistência do antiaderente e facilidade de limpeza. Mesmo com o uso prolongado, o revestimento é mais duradouro graças às seis camadas de materiais que garantem performance sem igual. Além disso, o indicador de tempera-
88 | Vilas Magazine | Março de 2015
tura ThermoSpot indica a temperatura ideal para cozimento, permitindo selar carnes e garantir o ponto ideal do alimento. O conjunto Rochedo One pode ser adquirido em duas opções: cinco ou sete peças. Na versão de cinco peças, o consumidor pode optar por um conjunto com duas frigideiras
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O ensino infantil agora é também obrigatório, a partir dos 4 anos Será que a brincadeira começará a ser levada a sério? Francisca Paris
E
m abril de 2013, a presidente Dilma Rousseff sancionou a Lei nº 12.796, que alterou a Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, de 1996. Entre as principais mudanças propostas no documento, estão que pais ou responsáveis passam a ser obrigados, desde 2014, a matricular as crianças na escola mais cedo, com quatro anos de idade, e nela garantir sua permanência até os 17. A determinação antecipa a obrigação em dois anos, já que, até então, os pais deviam matricular os pequenos a partir dos seis anos, sendo que o ensino fundamental era a única fase escolar obrigatória. E os Estados e municípios terão até o ano de 2016 para garantir a inclusão dessas crianças
na escola pública. Ainda como parte das novidades da lei está a regra de que haverá controle de frequência pela instituição de educação pré-escolar, antes restrito aos ensinos fundamental e médio. Agora, passa a ser exigida a presença de pelo menos 60% do total de horas na pré-escola, enquanto que para os maiores a frequência mínima obrigatória é de 75%. A lei define, também, que “haverá avaliação mediante acompanhamento e registro do desenvolvimento das crianças, sem o objetivo de promoção, mesmo para o acesso ao ensino fundamental”, mas sem reprovação nessa primeira etapa de ensino. É claro que a iniciativa é válida, porque reforça o compromisso da família com a educação já na pré-escola e a importância de valores como pontualidade e assiduidade, que devem ser ensinados desde cedo. Porém, só controlar, sem nenhuma proposta educativa a respeito do valor de se frequentar
regularmente a escola ou até mesmo uma medida punitiva, em casos mais sérios, não faz sentido. E por que definir a frequência mínima em 60%? Se 75% já é pouco para os alunos maiores, visto que implicitamente passamos o recado de que de cada 100 aulas que damos, 25 são dispensáveis, o que dizer quando o índice é ainda menor? A educação infantil, assim como as outras etapas da educação básica, tem currículo e objetivos, sendo o principal deles o desenvolvimento integral da criança até os cinco anos de idade, em conjunto com a família e a sociedade. Portanto é essencial a presença constante do aluno para que sejam realizadas as atividades propostas e para que ele construa desde cedo suas relações sociais “além casa”, incluindo aí os professores e as outras crianças. É essencial garantir o acesso cada vez mais cedo da criança ao ambiente escolar, u Continua na página 99
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ASSESSORIA
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u O ensino infantil agora é também obrigatório, a partir dos 4 anos porque são nos primeiros anos de vida que ela mais aprende e se desenvolve. Porém, ao ser tão permissivo em relação às faltas, é como se disséssemos às famílias que praticamente metade das aulas que damos são inúteis, quando, na verdade, cada minuto na escola, seja dentro ou fora da sala de aula, é essencial para o desenvolvimento da criança. Isso porque, contando em dias, a lei permite que o aluno falte até 80 vezes em seus 200 dias letivos, o equivalente a se ausentar duas vezes por semana durante 10 meses de aula. A parte positiva da lei é que ela também fixa um prazo de seis anos para que os novos professores da educação básica com formação
/ Continuação da página 93
em nível médio na modalidade normal, sem curso técnico, concluam seu curso de licenciatura de graduação plena, em nível superior. Esse é um bom incentivo à capacitação dos professores, visto que a principal forma de qualificar a educação é valorizar o docente. Claro que caberá ao governo adotar mecanismos para facilitar o acesso e a permanência dos docentes nos cursos superiores - por meio da concessão de bolsas de iniciação à docência, por exemplo -, além de também garantir a formação continuada dos profissionais já formados via cursos de educação profissional ou de pós-graduação. Infelizmente, a educação em nosso país
tem sido fortalecida de trás para frente, do ensino superior à educação infantil. Temos universidades de excelência, enquanto nossas crianças e jovens ainda estudam em escolas com péssima infraestrutura, professores mal pagos e sem laboratórios e bibliotecas. Já passou da hora de voltar os olhos para a infância, atacando, de uma vez por todas, a origem de todas as doenças: a falta de prioridade com que nós, como nação, sempre tratamos a educação de nossas crianças e jovens. FRANCISCA PARIS é pedagoga, mestra em Educação e diretora de serviços educacionais da Editora Saraiva
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Março de 2015 | Vilas Magazine | 123
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aperto Famílias grandes encontram várias opções de carros com sete lugares, mas nem sempre cabem bagagens
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m casal, três filhos e um sedã compacto. O DJ Robson Garcia, 33, logo descobriu que essa combinação não daria certo. Seu Ford Fiesta ficou pequeno com a chegada da caçula Hélio, de 1 ano. “Precisei de um carro maior, com sete lugares, pois as cadeirinhas ocupam muito espaço”, conta Garcia, que optou por uma minivan Chevrolet Spin LTZ com câmbio automático. Isso resolveu os problemas nos deslocamentos urbanos, quando um dos assentos infantis é colocado no assento embutido no porta-malas. Porém, em viagens, há outra questão complicada. “Dá para levar a família com conforto, mas o espaço que sobra para as bagagens é pequeno”, diz o DJ. Com o uso da terceira fileira de assentos, o porta-malas na Spin cai de 563 para 162 litros até a borda superior do encosto. Para comparar, a capacidade de um Volkswagen Gol é de 285 litros. TARTARUGA Quem tem uma Nissan Grand Livina passa pelo mesmo problema, que pode ser contornado com o uso de bagageiros de teto em caso de viagem. O acessório, que
124 | Vilas Magazine | Março de 2015
lembra o casco de uma tartaruga, é fixado em barras transversais e custa de R$ 600 a R$ 3.000, de acordo com o material e a capacidade. Outra alternativa para as famílias numerosas é buscar um modelo maior, que exigirá um investimento proporcionalmente grande. Quem não liga para status, precisa do porta-malas e gosta de câmbio manual terá no furgão Fiat Doblò a opção mais em conta.
Versões com motor 1.8 flex (132 cv) são as mais indicadas, pois oferecem desempenho razoável. A versão com sete lugares custa a partir de R$ 69.390. Todos os modelos citados têm ar-condicionado e direção hidráulica como itens de série. Mas é possível ter muito mais luxo, desde que haja disposição para gastar mais de R$ 100 mil. Eduardo Sodré / Folhapress.
Luxuosos oferecem conforto para 7 Discovery 4 tem saídas de ar até na 3ª fila, mas parte de R$ 269,7 mil Santa Fé e Freemont são opções mais ‘baratas’ mas deve-se escolher entre passageiros extras e bagagens
Os carros de sete lugares são os mais bem-sucedidos em evidenciar as necessidades de seus proprietários. A família a bordo de um Fiat Freemont geralmente inclui dois filhos pequenos. De vez em quando, o carro transporta amiguinhos de escola ou leva os avós nos passeios
-daí a necessidade apenas eventual da terceira fileira, raramente usada nas viagens. Situação similar vive o dono do Hyundai Grand Santa Fe. Porém, nesse caso, há um pouco mais de folga para as bagagens. Mesmo com todos os assentos em uso, sobram cerca de 380 litros livres no porta-malas, suficientes para quatro ou cinco mochilas grandes. Ou seja: não dá para cruzar o país com seis ou sete ocupantes no carro, mas uma viagem até o sítio no interior não apertará ninguém. ALTO LUXO Quem parte para um Land Rover Discovery 4 mostra que, além de ter um conta bancária bem mais polpuda, realmente precisa de sete lugares – e que eles precisam ser confortáveis,
com direito a saídas de ar-condicionado. Porém, quem precisa levar seis ocupantes e muita bagagem encontrará na minivan Chrysler Town & Country (R$ 219,9 mil) uma solução única: além de esbanjar conforto para todos, tem porta-malas de 934 litros. Rodrigo Mora / Folhapress.
Março de 2015 | Vilas Magazine | 125
Renault Sandero automatizado repete “soluços” dos rivais
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erá que não teria Versão Easy’R não sido melhor manconserta principais ter o câmbio automático de quatro incômodos, como trocas marchas da versão antebruscas ou lentas rior? A pergunta vem quase instantaneamente após o Renault Sandero Easy’R repetir o comportamento “soluçante” dos rivais com câmbio automatizado de embreagem simples (leia-se Palio, Uno, Gol e Fox). A expectativa de uma caixa desenvolvida pela alemã ZF – que, entre outros projetos, é responsável pelas transmissões de oito e nove marchas de BMW e Land Rover – não se converteu em realidade nesse caso. Isso mostra não um demérito do carro, mas um esgotamento de uma solução pensada para ser barata. Por mais que as constantes atualizações dos softwares que gerenciam o funcionamento do câmbio (que determina em quais situações se reduzirá ou aumentará uma marcha) prometam mais conforto e rapidez, trata-se de uma tecnologia que parece ter
Pneus, Freios, Injeção, Suspensão,
Alinhamento computadorizado em 3D, Troca de óleo, Escapamento
Baterias entrega e instalação
Desde
1970
Estrada do Coco, Km 4,5 - Lauro de Freitas - Ba
w w w.princesadasbaterias.com.br
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EDILSON DANTAS / FOLHAPRESS
chegado ao limite. As mudanças ainda são incômodas, acompanhadas de uma espécie de vácuo, como se o carro perdesse o fôlego até a próxima marcha ser engatada. Em qualquer outro sistema – automático convencional, automatizado de dupla embreagem, CVT
Posição das marchas do Sandero Easy’R, na mesma reta facilita uso diário
com modo sequencial ou mesmo no bom e velho câmbio manual –, a passagem de marcha é sempre mais suave e rápida. MACETE Há, contudo, um macete para tornar a convivência com um câmbio automatizado menos estressante, e que não é diferente neste Easy’R. Assumindo o modo manual, basta ao motorista aliviar o pé do
acelerador no momento da troca. Em resumo, continua-se descansando o pé, mas não a mão direita – e só aí metade da vantagem de um câmbio automatizado se esvai. Fora isso, o Renault mantém suas qualidades: o espaço interno é bom e a central multimídia com GPS e tela sensível ao toque está entre as mais fáceis de operar. Não fosse pelo preço de R$ 2,4 mil (inferior aos R$ 3,5 mil do antigo automático) e uma economia de combustível de até 20%, a pergunta inicial teria um “sim” com resposta. Rodrigo Mora / Folhapress.
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Condomínio tem de se adequar à lei antifumo NOVAS REGRAS Medida entrou em vigor na semana passada, proibindo o consumo de qualquer tipo de tabaco em ambiente fechado de uso coletivo, público e privado
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ntrou em vigor em dezembro, em todo o país a chamada lei antifumo, medida que proíbe o consumo de qualquer tipo de tabaco em ambiente de uso coletivo, público e privado – mesmo que parcialmente aberto. De acordo com o texto, só será permitido fumar em casa – ou em áreas ao ar livre, como parques e praças, entre outros. Para os especialistas, porém, apesar de não valer para o ambiente doméstico, é quase certo que os condomínios terão de se adequar à lei. “Cada vez mais a legislação é rigorosa com quem fuma. Quer restringir ação do fumante por entender que quem não fuma não deve assumir esse ônus. Os condomínios, por sua vez, vão ter de se posicionar diante do tema e fazer valer e cumprir a lei, em termo de regimento interno”, afirma o presidente do Sindicato da Habitação (Secovi/BA), Kelsor Fernandes. “A Constituição determina que o ambiente residencial é inviolável, não podendo haver
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fiscalização. Fazemos (a fiscalização) de forma rotineira, e o nosso foco são estabelecimentos onde o consumo é estimulado, como bares, boates e restaurantes, rede hoteleira. Em Salvador não se pode mais fumar em quarto de hotel, por exemplo”, ressalta a fiscal da Vigilância Sanitária do município, Kátia Resak. Presidente da Associação Baiana das Administradoras de Imóveis e Condomínios (Abai), Manoel Teixeira acredita que essa é uma questão “complicada, por tirar um pouco a liberdade do indivíduo, mas, no entanto, corretíssima”. Nada melhor, portanto, ele diz, do que se “antecipar, saber como é a lei, colocar os pingos nos is e, com antecedência, dizer o que pode e o que não pode”. “TABACO É COISA SÉRIA” “Nada imperativo presta, e a lei vai endurecer, no início. É provável que haja alguns atritos. O fumo não é só reclamação de morador, mas no geral é de saúde.
Antes o síndico era o chato, pois era quem reclamava. Hoje é lei e multa. Tabaco é coisa séria”, afirma Manoel Teixeira. Administrador em uma empresa especializada em gestão de condomínios, o Grupo Gold, Wagner Ortis lembra que se inicia agora um “período de ajustes”, no qual síndicos devem tratar do tema com discussão em assembleia, informes, campanhas educativas, para, posteriormente, talvez, promover uma revisão no regimento interno. Ainda de acordo com ele, se a lei proíbe fumar em áreas fechadas ou parcialmente fechadas, do mesmo modo não é permitido fumar nas áreas comuns dos residenciais, como hall de entrada, salão de festas, jogos, garagem, até mesmo na área da piscina. Em outras palavras, é provável que aqueles cinzeiros (misto de lixeira) comumente instalados na entrada dos elevadores – residenciais ou empresariais – estejam com os dias contados. “A regra máxima nos condomínios é o código civil, que determina como eles
devem funcionar. A convenção (condominial) é a lei interna dos mesmos, e o regimento detalha como os preceitos devem ser seguidos”, explica Ortis. Para o coordenador da Rane Administração de Condomínios, Robson Carvalho, mesmo com toda a sinalização, ainda é comum moradores e visitantes desrespeitarem o alerta quanto à proibição ao fumo em determinadas áreas. Na sua avaliação, essa si-
tuação tenderia a mudar se a multa for aplicada ao infrator. “Vai ter de doer no bolso”, ele diz. Mas, para que a medida (cobrança) passe a valer, ela precisa ser antes aprovada em assembleia. “Sem dúvida alguma o assunto deve entrar na pauta dos condomínios, já que é do interesse de todos uma convivência saudável”. Fábio Bittencourt / Ag. A Tarde.
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TRIBUNA DO LEITOR
Bicicletas no Calçadão de Vilas Quero deixar bem claro que não sou contra o ciclismo. Muito pelo contrário, sendo uma prática esportiva, fico invejando quando alguém o pratica pois, também, sou esportista mas já não tenho condições de praticá-lo. O que gostaria é da compreensão daqueles que estão praticando esse esporte no Calçadão de Vilas do Atlântico, pois lá se aglomeram muitos transeuntes (jovens, adultos, senhoras e idosos), fazendo a caminhada matinal. Sem dúvidas, essa invasão de bicicletas e bikes vem promovendo o desassossego para os caminhantes. Geralmente esses ciclistas estão protegidos com capacetes, óculos especiais, luvas, joelheira e sapatos e dirigem em alta velocidade, dando grandes sustos nos transeuntes, principalmente àqueles que estão de costas para esses veículos. Continuo afirmando que não sou contra essa prática, porém, de imediato, os ciclistas deverão encontrar uma maneira de evitar acidentes, pois o número de bikes vem aumentando, diariamente, ficando, em breve, impraticável às caminhadas. Como sugestões, sem maiores estudos, os ciclistas deveriam usar buzinas, campainhas, apitos, etc., pois, dessa forma, avisariam aos caminhantes sua aproximação. Ou, então, constituírem um grupo de ciclistas para, por conta própria, já que a Prefeitura local não está atenta para esse problema, pintarem faixas de ciclismo, no calçadão de Vilas do Atlântico Jaime de Moura Ferreira. Vilas do Atlântico. NR – Veja nesta edição matéria sobre o assunto.
Multas de trânsito Sr. Accioli Quem sabe o senhor pode nos informar da licitude desse comportamento por parte de prefeitura de Lauro de Freitas. Os prepostos continuam multando os carros ao longo das ruas de Vilas do Atlântico, de forma atrabiliária e arrogante, em horários completamente inadmissíveis. Por exemplo: no dia 13 de dezembro, voltava eu de uma festa de casamento e, ao passar em frente da casa de eventos “Armazém”, precisamente a 1 hora da manhã (madrugada de 14/12, claro), lá estavam os pressurosos prepostos da Prefeitura multando e guinchando os carros estacionados na calçada do estabelecimento. Ressalte-se o horário: 1 hora da madrugada! A semana passada, a cena se repete às 11h da noite, mais ou menos, em frente ao Boteko do Caranguejo, na av. Praia de Itapoan e, por fim, nesta última quinta-feira (dia 19/2), às 10h da noite, na rua Praia de Sauípe, ao lado do Gelaguela, idem nesta sexta feira, quando não havia nenhum movimento, nem de carros, nem de pessoas. Interessante é que, durante o dia, nunca se vê ninguém para disciplinar o trânsito ou dar alguma informação. Tão pouco existem placas sinaliza-
CONTRATE COM SEGURANÇA
doras, o que nos leva a pensar e concluir que as multas são, apenas, para “assaltar o bolso dos cidadãos”, prejudicar os comerciantes do bairro e, causar mal estar e irritação a quantos os que saem mais tarde da noite, para curtir um pouco o seu fim de semana. Qual a intenção dessas multas, em horas sem trânsito, sem movimento? Surpreende-nos mais ainda, a presteza dos funcionários em cumprirem sua tarefa em horários tão fora do funcionamento normal de expediente da Prefeitura. Realmente, esses funcionários tão dedicados merecem promoção. Esperamos que o quadro geral dos funcionários da Prefeitura de Lauro de Freitas tenha igual dedicação no cumprimento das funções que lhe são pertinentes. Gostaríamos de receber uma explicação convincente, pois já estamos fartos de cobranças desarrazoadas. Sílvia Leite. Vilas do Atlântico. NR – Dona Sílvia, obrigado por consultar a revista Vilas Magazine. O estacionamento em cima de calçadas é proibido a qualquer hora do dia ou da noite. Nunca houve placas proibindo estacionamento em cima de calçadas porque o Código de Trânsito estabelece claramente a proibição geral. Não é verdade que as multas só ocorram durante a noite. A prefeitura continua guinchando carros estacionados em local proibido em Vilas do Atlântico durante todo o dia.
Asfalto na Rua Priscila Dultra Não sei a possibilidade deste conceituada revista, elaborar uma reportagem sobre os asfaltos de Vilas do Atlântico, e principalmente em questão a Av. Priscila Dultra. É uma insatisfação diária e como cidadã, me sinto lesada, de ter pago um IPTU, com data de cobrança de 30/01/2015, e ter que passar, por exemplo, pela Priscila Dultra, que é via de acesso à Buraquinho, Miragem, Vilas do Atlântico, e não ter um recapeamento decente. Os tapa buracos, são feitos quase que mensalmente. Uma vergonha. Se todos os contribuintes da Priscila Dultra não pagassem o IPTU, daria um rombo nos cofres públicos, pois são várias residencias, diante de abranger a maior parte de condomínios da região. Temos escolas, comércio, shopings, residências, academias, tudo que faz uso desta rua, e conviver com uma buraqueira desta é o fim... Por gentileza, solicito vir a insatisfação à tona e ao conhecimento ou mesmo para os responsáveis pelo setor, passem por aqui, vejam e sintam nosso drama pessoalmente... Paula Junqueira da Cunha Giovanini. Moradora da Rua Priscila Dutra. Lauro de Freitas.
Confira sempre a qualidade do serviço antes de contratá-lo. Certifique-se de que o anunciante possua referências confiáveis. Requeira sempre nota fiscal do serviço contratado, é um direito seu. Os textos e responsabilidades de fornecimento desses serviços são única e exclusivamente do anunciante. l Evite realizar depósitos ou pagamentos antecipados, sem ter verificado a idoneidade do prestador do serviço. l Em caso de ter sido vítima de fraude, procure imediatamente a delegacia mais próxima para fazer um Boletim de Ocorrência. Comunique também à revista Vilas Magazine, pois sempre que o anunciante se revela inidôneo ou que haja recorrentes reclamações dos clientes, o setor jurídico determina a suspensão da veiculação dos anúncios, até que se resolva os questionamentos.
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TÁBUA DE MARÉS
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