Vilas Magazine | Ed 195 | Abril de 2015 | 32 mil exemplares

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PREFEITURA ANUNCIA RECAPEAMENTO EM VILAS E REGIテグ



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editorial

Ainda as calçadas A acessibilidade de calçadas – leia-se rampas e pavimentos dentro de regras arquitetônicas que favoreçam o deslocamento de pessoas com mobilidade reduzida, idosos e não só, é talvez um dos mais básicos direitos de cidadania. O espaço público, tantas vezes confundido com “terra de ninguém”, na verdade tem dono: todos nós, enquanto sociedade organizada e gente civilizada. Por isso, merece destaque o esforço que o Poder Público municipal vem empreendendo no sentido de reformar meios-fios, construindo rampas para pedestres e instalando piso tátil. Merece destaque também a regulamentação da Lei das Calçadas, que foi notícia nesta Vilas Magazine na edição passada. Pela lei, todo proprietário está obrigado a manter a calçada em frente ao seu imóvel em condições mínimas de acessibilidade. Calçada é espaço público, não é “terra de ninguém”, menos ainda propriedade privada em que se possa construir jardins ou estacionar carros. A multa a ser imposta é muito significativa e deverá convencer os mais resistentes a cumprir o disposto. A prefeitura tem dado o exemplo nos trechos que são responsabilidade do município, embora haja ainda muito o que fazer. De qualquer forma, é um começo. Um bom começo.

Vagas para idosos A grande repercussão sentida em relação ao Editorial da edição de março da revista Vilas Magazine prova que o público da terceira idade está atento aos seus direitos. Respeito é bom e eles gostam. Mais significativo seria poder noticiar que as pessoas passaram a respeitar deliberadamente as mais elementares normas de convivência em sociedade, mas talvez isso ainda leve algum tempo. Torcemos que não demore.

Comunistas dentro O ex-secretário para Assuntos da Copa da Fifa 2014 no governo da Bahia, Ney Campello, é o novo “secretário de assuntos estratégicos” da prefeitura de Lauro de Freitas. Seja lá o que isso for. A ideia da nova contratação do prefeito Márcio Paiva (PP) é levar o PCdoB, partido de Campello, para a sua base de apoio, neutralizando a força eleitoral do velho aliado do PT nas eleições do ano que vem. O problema é que a “força eleitoral comunista” em Lauro de Freitas pode estar de malas prontas para outra legenda. O tiro tem tudo para sair pela culatra. A não ser que o propósito seja outro.

Tucanos fora O Diretório do PSDB de Lauro de Freitas emitiu nota oficial no mês passado para “reafirmar que o partido não faz parte da base de apoio do prefeito Márcio Paiva (PP), que não indicou qualquer de seus membros para ocupar cargos na atual gestão e que sequer recebeu convite para compor aliança política”. Carlos Accioli Ramos Diretor-editor

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Num cenário em que o mais habitual é o adesismo descontrolado a tudo que possa significar cargos públicos, tal declaração oferece alguma esperança.


Registros & Notas Graute inaugura novo empreendimento em Lauro de Freitas

Os empresários Sócrates (esq.) e Sérgio Abreu, irmãos e gestores da Graute Empreendimentos, inauguram dia 23, o Aero Espaço Empresarial & Hotel, localizado na Estrada do Coco, num espaço de mais de 10 mil metros quadrados reunindo 21 lojas, 360 salas comerciais – das quais 80% vendidas –, uma torre hoteleira com 187 apartamentos e mais 695 vagas de estacionamento. O empreendimento, destacado com o Prêmio Ademi de Melhor Lançamento Imobiliário em 2012, apresenta um projeto paisagístico que prioriza a humanização das áreas de circulação e convivência. Sem perder o fôlego, Sócrates e Sérgio Abreu anunciam para breve, a inauguração de outro empredimento da Graute em Lauro de Freitas: o Villas Business.

Projeto Crescer convoca voluntários na comunidade O Projeto Crescer está intensificando o trabalho da oficina de leitura e escrita aos seus alunos e promoverá uma ação voltada para lhes ensinar a fazerem redação, obetivando capacitá-los para participarem das provas do ENEM, visando um futuro melhor. Para isso, a instituição precisa de voluntários que ajudem a corrigir as redações. Se você tem esta habilidade, participe. A ação não exige a presença na instituição, podendo ser feito na casa do voluntário. Interessados em ajudar essa ação solidária, devem entrar em contato com Andréa Luz, pelos telefones (71) 3288-3503 ou 8823-7740.

Exposição Fotográfica Águas

Trabalhos realizados pelo fotógrafo profissional Anselmo Hoffmann, como esse acima, mostrando uma visão profunda e inquietante da beleza e a importância da água, foram destaques da Exposição Fotográfica Águas, realizada no Salvador Norte Shopping, em março. Na mostra gratuita foram apresentadas 18 imagens com a técnica Fine Art Photography, que expressam a visão criativa do artista através de registros realizados em estados brasileiros como Bahia, Santa Cantarina e Rio Grande do Sul, além de parques em países como os Estados Unidos e a Argentina.

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restaurateur Ezio Vannini faz da sua tratoria Il Maneggio, em Vilas do Atlântico, a embaixada da colônia italiana na Bahia, que lá alivia as saudades dos sabores da cozinha clássica italiana.

nEmpresário Ribamar Kleber Silva, presidente do CDL de Lauro de Freitas. Abril de 2015 | Vilas Magazine | 5


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Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES, auditada pela PwC - PricewaterhouseCoopers 6 | Vilas Magazine | Abril de 2015

FILIADO

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Associação Nacional de Editores de Revistas


Registros & Notas Baiano conquista o ‘Biggest Air’ no Mundial de Freeride Darcy Lucchini

O piloto baiano Bruno Jacob começou o Mundial de Freeride 2015 com dois excelentes resultados: conquistou o prêmio pelo melhor e maior salto com o jet e ainda terminou a competição, realizada na Austrália, entre os 10 melhores atletas. Apesar de não ter conseguido competir com seu equipamento, devido a questões de logística, o atleta de 27 anos mostrou experiência e radicalidade e garantiu o 9º lugar nessa primeira etapa do Circuito.

Orquestra Pró-Sinfônica de Camaçari brilha em noite comemorativa Uma obra imaterial e imortal. Assim foi definida a Orquestra Pró-Sinfônica de Camaçari pelo prefeito do município, Ademar Delgado, durante o concerto realizado na noite de 24 de março, no teatro da Casa do Saber. Entre os elementos que contribuíram para o brilhantismo do evento, destaque para o repertório. A execução da “Suíte para Camaçari”, composta pelo maestro Bira Marques especialmente para essa orquestra, foi aplaudida com entusiasmo. A participação de artistas da terra também foi muito apreciada pelo público, que ouviu canções como “Eu Sei Que Vou Te Amar”, de Antonio Carlos Jobim e Vinícius de Moraes e “I Will Always Love You”, de Dolly Parton, serem interpretadas com brilhantismo pelas cantoras Jamily Diwlay e Thainá Sousa. Também morador de Camaçari, o cantor Lucas Bernardes interpretou temas conhecidos dos filmes Tarzan e O Rei Leão. Momento marcante aconteceu com a execução de uma seleção de canções pelo maestro Bira Marques, dedicadas ao mês das mulheres. Enquanto ele tocava, o público era presenteado com rosas vermelhas distribuídas pelos músicos da Pró-Sinfônica. No encerramento do evento, o prefeito Ademar Delgado, a diretora geral da Cidade do Saber, Ana Lúcia Silveira, entre outras autoridades, subiram ao palco e se juntaram a orquestra que tocou “Parabéns pra Você”, celebrando, junto com uma plateia entusiasmada, o oitavo aniversário da Cidade do Saber.

Harmonia Prime no Armazém Villas Confirmada para o dia 10, a apresentação do Harmonia Prime no Armazém Villas. Em sua terceira edição em Lauro de Freitas, o projeto se diferencia por proporcionar ao fãs da banda um show mais intimista. Para a apresentação no Armazém Vilas, a banda garante um show com repertório com hits selecionados: além dos mais atuais, como Nova Paradinha, Harmonia Futebol Clube e Tá no DNA, o público vai conferir sucessos consagrados da carreira, como Comando e Meu Amorzinho.

n A Darana Comunicação, pela quinta vez consecutiva, é a agência responsável pela assessoria de imprensa do concurso Comida di Buteco, que completa 16 anos. Maior festival de botecos do Brasil, Salvador realiza a 8ª edição e contará com 31 estabelecimentos espalhados da Cidade Baixa à Stella Maris. O concurso acontece de 10 de abril a 10 de maio.

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CENA DA CIDADE

Jovens do “Tucanaço” realizaram ação de conscientização de motoristas para o respeito à faixa de pedestres na entrada principal de Vilas do Atlântico

p vai bem ANISTIA Chegou à Câmara Municipal no final de março um Projeto de Lei que anistia e redime débitos do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU) e da Taxa de Utilização de Serviços Públicos (TUSP) inscritos na dívida ativa do município até o exercício de 2014 no valor máximo de R$ 80. O município de Lauro de Freitas lida atualmente com cerca de 16 mil execuções fiscais – o que inviabiliza a cobrança efetiva de todos os débitos. Além disso, o custo de cobrar dívidas de até R$ 80 seria maior que o crédito propriamente dito. A maior parte dos débitos de IPTU nessa faixa de débitos tem origem em imóveis populares e o devedor normalmente não possui recursos para saldar a dívida.

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q vai mal EMPURRA-EMPURRA Prolonga-se o folhetim do Sistema de Esgotamento Sanitário de Lauro de Freitas e – o que é pior – sem novo capítulo à vista. Iniciadas em 2010, as obras foram interrompidas logo depois, com o rompimento do contrato com o consórcio responsável pela empreitada – que não progredia, de acordo com avaliação da Embasa, a Empresa Baiana de Águas e Saneamento. Depois de anos de paralisação por conta de questões judiciais e preços insuficientes para atrair empreiteiras, a obra foi finalmente licitada no ano passado. A expectativa era que os canteiros de obras fossem retomados, em itinga, ainda em 2014. Mas a Embasa continua aguardando que o agente financeiro do Governo Federal aprove o processo. Os recursos são da própria Embasa e do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), gerenciado pela Caixa Econômica Federal. Entretanto, o custo total do Sistema de Esgotamento Sanitário subiu de R$ 170 milhões para R$ 280 milhões, embora a verba disponível continue do mesmo tamanho. Por isso, o projeto foi dividido em três etapas. Só uma delas poderá ser tocada de imediato. Das cinco bacias, apenas a do Picuaia, que abrange parte de Itinga e do Caji, será completada na primeira etapa. Foi também nessa bacia que as obras começaram, há cinco anos.


Cidade

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Prefeitura anuncia novo asfalto para Vilas do Atlântico e região

oi aprovado em março o financiamento destinado ao recapeamento asfáltico da avenida Praia de Itapoan – principal artéria de Vilas do Atlântico – e do entorno do bairro, no acesso ao Miragem, em Pitangueiras e no Aracui. Outras 15 ruas e avenidas foram incluídas no programa, incluindo trechos da rua Chile, a Jaime Vieira Lima e a Theocrito Batista, no Caji. Centro, Ipitanga e Itinga também estão na lista. São quase R$ 17 milhões em crédito oficial. Só o recapeamento da avenida Praia de Itapoan vai custar R$ 2,6 milhões. Mais caro que isso, só o novo asfalto da avenida Luiz Tarquínio, orçado em R$ 3,8 milhões. Na Priscila Dutra será aplicado R$ 1,3 milhão.

O recapeamento asfáltico de toda Vilas do Atlântico foi uma das promessas de campanha do prefeito Márcio Paiva (PP), mas ainda não há planos para recuperar o restante do bairro. Diversas regiões da cidade têm recebido recapeamento asfáltico ou primeiro asfaltamento ao longo dos últimos anos. Desta vez foram incluídas as três principais vias de acesso a Vilas do Atlântico, nas três entradas do bairro. Os primeiros a receber a atenção da atual gestão da prefeitura, já em 2013, foram Portão, Itinga e o Centro. Mais recentemente, foi recapeado o acesso a Buraquinho e parte da Luiz Tarquínio. A requalificação do asfalto tem vindo acompanhada por

melhorias na infraestrutura urbana do local, com a construção de rampas de acesso para pessoas com mobilidade reduzida, colocação de meios-fios e algumas intervenções em microdrenagem. As “operações tapa-buracos” que têm sido realizadas mostram-se sempre insuficientes diante da primeira chuva mais forte, em especial nas vias que estão há mais tempo abandonadas, como a Priscila Dutra. De acordo com Patrício Frota, diretor de Infraestrutura da prefeitura, o objetivo maior é realizar a requalificação da malha viária da cidade e otimizar a acessibilidade nas principais vias de Lauro de Freitas. O trabalho iniciado no Centro em 2014 já estava programado para se estender a outras localidades.

A rua Priscila Dutra, acesso ao Miragem e a uma das entradas de Vilas do Atlântico: tráfego pesado pede asfalto novo há anos

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Cidade

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Chácara Tahiti, em Itinga, participou em março da primeira edição do Bahia de Todas as Cores Graffiti Festival, um evento de caráter social que tem o objetivo de fomentar e fortalecer a arte do graffiti da Bahia. Mais de 90 artistas, sendo 50 da Bahia e 40 de outros 12 estados coloriram vários pontos de Salvador. Uma mesa redonda com o tema “Direito à cidade na visão de um jovem artista urbano” aconteceu no Cine Teatro Solar Boa Vista no primeiro dia do festival. O projeto tem o objetivo de resgatar a cena do graffiti local e reunir artistas de todo o país e estrangeiros, para um encontro envolvendo arte, cultura, música e turismo. O trabalho em Itinga foi fruto de um “mutirão de pintura social” com a participação de todos os artistas convidados e de quem quisesse aparecer para pintar. A pintura oficial do festival aconteceu no Comércio, em Salvador, aberta somente aos artistas credenciados. Na Chácara Tahiti as fachadas e muros de casas foram pintadas com prévia autorização dos proprietários. Inaugurado em 2008, o conjunto habitacional popular ganhou cores novas. Faz tempo que o graffiti ganhou reconhecimento e espaço na sociedade,

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Festival de graffiti atrai mutirão de artistas a Itinga


conquistado conceituadas galerias de arte em todo o mundo. No Brasil, o graffiti é visto como “arte para o povo”, uma galeria a céu aberto. Agora empresas estão adotando este tipo de arte como um elemento de marketing facilmente percebido nas fachadas de estabelecimentos comerciais. Além de fonte de renda para os artistas, o grafitti traduz uma cultura jovem que forma arte-educadores, multiplicando potenciais artistas e potencializando a inserção social. Com forte contexto social urbano, o graffiti é uma arte muito influenciada por tendências contemporâneas e com influência no teatro, cinema, dança e toda arte visual, além da literatura. O artista busca diversas referências produzidas pela sociedade, das bibliotecas às peças de teatro, teatro de rua, cinema e tudo que diz respeito à interpretação da literatura. Artistas trabalham em graffiti para as fachadas da Chácara Tahiti

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Cidade

Rede de gás natural para uso doméstico chega à cidade

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roberto viana / GOVBA

rede de gás natural para uso doméstico e comercial chegou a Lauro de Freitas no final de fevereiro, quando a Companhia de Gás da Bahia (Bahiagás) passou a fornecer o combustível para o primeiro cliente do segmento residencial na cidade. Trata-se do condomínio Supremo Family Club, localizado na Estrada do Coco. Cinco edifícios com um total de 380 unidades habitacionais passaram a utilizar o gás natural na cozinha. Em março, o novo Aero Empresarial, empreendimento composto por um hotel da rede Intercity, uma torre empresarial e um centro comercial com lojas e restaurantes, que está em fase final de construção,

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também na Estrada do Coco, passou a fazer parte da clientela da Bahiagás – a estatal baiana do setor. Para Luciana Valente, coordenadora de varejo da Companhia, os novos clientes simbolizam o crescimento da empresa. “Este início de fornecimento de gás natural para Lauro de Freitas é o resultado da nossa expansão para um novo mercado”, diz. A intenção da Companhia, segundo ela, “é crescer ainda mais também em outras cidades do estado”. A adesão ao gás natural está em constante crescimento. Em 2014 a Associação Brasileira das Empresas Distribuidoras de Gás Canalizado (Abegás) registrou um

aumento de 15,3% do consumo no país. Na Bahia, só no segmento residencial, o número de clientes ultrapassou a marca dos 30 mil. Em 2015, a previsão é ligar mais oito mil unidades habitacionais no estado. A expectativa da Bahiagás é que o consumo no segmento automotivo também seja expandido. Para isso, a Companhia traça um planejamento que prevê a presença do produto nos grandes centros urbanos, a disponibilidade do Gás Natural Veicular (GNV) ao longo das rodovias, sobretudo a BR-101, desde o Extremo Sul até a Região Metropolitana de Salvador e a comercialização do combustível para empresas com médias e grandes frotas de veículos.

Central de distribuição de gás natural: agora também em Lauro de Freitas


Paixão de Cristo chega ao 17º ano com mais de 400 participantes

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m dos mais tradicionais e belos espetáculos de teatro ao ar livre da Bahia será apresentado pelo 17° ano consecutivo em Lauro de Freitas, de 9 a 12 de abril, às 19h30, na Praça da Matriz – tradicionalmente uma semana após a Semana Santa. O espetáculo que está inserido no calendário oficial dos festejos populares de Lauro de Freitas, sendo uma das principais manifestações da cidade. Este ano a encenação agrega mais de 400 pessoas entre artistas de toda a cidade, mobilizando a comunidade na sua mais plena participação e numa demonstração de respeito à diversidade social e religiosa. A “Paixão de Cristo” 2015 vem repleta de novidades, utilizando as costumeiras interferências contemporâneas para traduzir e revalorizar a vida de Jesus Cristo, com ênfase no contexto bíblico e cenas marcantes que prometem tocar o coração do público. Haverá três arquibancadas com capacidade total para três mil pessoas, quatro palcos, equipamentos de sonorização e iluminação de última geração, efeitos especiais, espetáculo pirotécnico e música ao vivo. Artistas locais e convidados vão encarnar os personagens bíblicos com riqueza de detalhes. O ator Victor Kizza fica responsável por

Viviane Sales

representar Jesus ao lado de Cissa Brito, que faz Maria de Nazaré. Lázaro Machado (Herodes), Roberto Sheyps (Pilatos), Fernando Neves (Caifás), Zezinho Peixoto (João Batista) e Gustavo Busson (Judas) complementam o elenco principal com Cristiane Lacerda (Herodíades), Reyce Veridian (Madalena) e Márcia Gil-Braz (Salomé). Alan Nery encarna o Demônio, Júlio Ce-

sár Mello, Luide Prins, Sheila Dias e Zezinho Peixoto são os Fariseus, Eliz Moreno, Joelma Luz, Lila Luz e Ruth Marinho as sacerdotisas. A direção do espetáculo é o diretor Duzinho Nery, um dos idealizadores do evento. O ingresso pode ser trocado por 1k de alimento não perecível, na bilheteria do Cine Teatro de Lauro de Freitas, no Centro, a partir das 14h do dia 8.

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Cidade

Projeto cultural chama atenção para a crise do rio Joanes

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projeto Ao Som do Joanes chegou à sétima edição na noite do dia 21 de março, véspera do Dia Mundial da Água, alertando a população e as autoridades para a situação do rio Joanes. Antes das apresentações do Grupo Pirombeira, da Cia de Danças Ciganas Kambalim Romi, da Cia de Dança e Teatro “Brazil Colorido” e do Grupo Bambolê, a coordenadora do projeto Fernanda Anjos defendeu a recuperação do manancial que deságua na praia de Buraquinho. “A situação hídrica, com a escassez de água, exige uma reflexão sobre nossas ações e interferências no meio ambiente”, disse Anjos. “O rio Joanes agoniza, sofre com a

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poluição oriunda das casas dos ricos, dos pobres e das indústrias, além de registrar perda da mata ciliar”, acrescenta. Para ela, “o reflexo já é sentido, por exemplo, por pescadores e marisqueiras, que reclamam a redução de peixes e mariscos”. A sociedade “precisa se conscientizar, e as autoridades agir com rapidez e eficiência para recuperar nossos mananciais e ecossistemas marinhos ou enfrentaremos tempos difíceis com a escassez e baixa qualidade da água que consumimos em casa”, completou Bruno Santos, antes das apresentações do projeto cultural “Ao Som do Joanes”.

Fernanda Anjos defende a recuperação do rio Joanes na véspera do Dia Mundial da Água (esq.)

Espetáculo Com trabalho autoral marcado por temas instrumentais e canções de rítmica nordestina, o Grupo Pirombeira animou o público presente no Terminal Turístico de Portão com uma abordagem moderna do baião, frevo, chula e ijexá. As apresentações de danças, com a Cia de Danças Ciganas Kambalim Romi e com a Cia de Dança e Teatro Brazil Colorido, também marcaram a sétima edição do projeto Ao do Joanes, que contou ainda com a intervenção circense do Grupo Bambolê. O “Ao Som dos Joanes” foi uma das 13 propostas contempladas em 11 territórios de identidade do Estado no edital de Dinamização de Espaços Culturais, por meio do Fundo de Cultura da Bahia. O projeto acontece quinzenalmente aos sábados, às 17h, até o dia 30 de maio, no Terminal Turístico Mãe Mirinha, no quilômetro 7,5 da Estrada do Coco.

Abaixo: Grupo Bambolê recebeu os convidados da sétima edição do projeto

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Cidade

Microcrédito alavanca emprego e renda em Lauro de Freitas

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ais de R$ 90,4 milhões foram injetados na economia produtiva baiana em 2014, por meio de créditos oficiais para um público formado, em sua maioria, pelo segmento feminino – 61% dos beneficiados são mulheres. A empresária Maria Goretti Cajuhy, proprietária do restaurante Tamarineiro, em Lauro de Freitas, é exemplo disso. Desde 2008 ela contraiu sete empréstimos, que começaram em R$ 500 e chegaram a R$ 10 mil em março do ano passado. “No começo, eu tinha uma pequena lanchonete, onde trabalhava sozinha, até que fui conseguindo os créditos”, conta Cajuhy. Com o investimento “o negócio foi crescendo e hoje me orgulho do restaurante e do que construímos todos esses anos”, diz. O crédito foi utilizado para instalar uma cozinha industrial e mesas de madeira, ampliar e melhorar o espaço e contratar três funcionárias. “É dessa renda que ainda conseguimos ajudar a família, empregando meus filhos e outros parentes quando precisam”, explica a empresária. O crédito subsidiado que permitiu o investimento da microempresária veio do CrediBahia, ligado ao governo do Estado e somente ano passado realizou mais de 20 mil contratos Os pequenos empreendedores têm à disposição linhas de crédito que vão de R$ 200 a R$ 10 mil para ampliar seus negócios por meio do Programa de Microcrédito do Estado da Bahia. O benefício, que somente ano passado realizou mais de 20 mil contratos, é concedido a trabalhadores do mercado formal ou informal que tenham algum estabelecimento há pelo menos seis meses.

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O crédito é administrado pela Secretaria do Trabalho, Emprego e Renda (Setre), com recursos viabilizados pela Agência de Fomento do Estado da Bahia (Desenbahia), vinculada à Secretaria da Fazenda. Também participam da parceria o Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae-BA), prefeituras, cooperativas e organizações não governamentais. Para conseguir os recursos, os empreendedores precisam ter um estabelecimento, formal ou informal, há pelo menos seis meses, com faturamento de até R$ 120 mil por ano. Eles podem procurar um dos balcões do Credibahia, que hoje estão disponíveis

Maria Goretti Cajuhy ampliou seu pequeno restaurante com créditos que começaram em R$ 500

em 184 municípios baianos, ou cooperativas e organizações não governamentais. A lista completa das cidades que oferecem o serviço está no link disponível no site da Desenbahia (www.desenbahia.ba.gov.br). Os interessados devem apresentar documentação oficial com foto, RG, CPF, comprovante de residência, orçamento do investimento e um avalista, que pode ser individual ou solidário, por meio da união de três a cinco empresários que desejam conseguir o benefício. Um agente de crédito faz a avaliação para conceção do crédito, via ordem de pagamento. Não é necessário possuir conta ou vínculo com instituição bancária. De acordo com a gerente de Microfinanças da Desenbahia Márcia Fonseca, os agentes de crédito são qualificados, por meio de parceria com o Sebrae, para analisar as condições do empreendimento e orientar sobre o uso do recurso que é concedido. “Com os documentos em mãos, os agentes visitam os negócios, fazem levantamento socioeconômico da família e orientam sobre a utilização do dinheiro a ser cedido”. Camila Souza / GovBA


Região

Governo apresenta este mês projeto para recuar pedágio da Estrada do Coco

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governo do Estado deve apresentar até o dia 8 deste mês um projeto revisado para o recuo da praça de pedágio da BA-099 de Jauá para o limite de Camaçari com Lauro de Freitas. Mais do que uma possibilidade, conforme disse o governador Rui Costa (PT) em fevereiro, o recuo do pedágio é uma proposta real e já tinha até projeto quando o Movimento Pedágio Não se reuniu com o secretário estadual de Infraestrutura Marcus Cavalcanti em 11 de março. De acordo com Samuel Rodrigues, um dos organizadores do movimento, o secretário de Infraestrutura ficou de apresentar uma versão revisada do projeto até a audiência pública que acontece em Abrantes no dia 8. Promovida pela Câmara Municipal de Camaçari, a audiência não será conclusiva porque o município não tem jurisdição sobre a BA-099, mas servirá para que a comunidade se informe sobre o projeto. Outras duas audiências públicas – estas válidas para o processo decisório – deverão ser realizadas depois pela Agerba, a agência estadual que regula o tema. A Vilas Magazine “foi a principal fonte” de informação sobre a possibilidade de

recuar a praça de pedágio, lembra Samuel Rodrigues, publicando sempre em primeira mão que o governo tinha essa intenção. As contrapartidas pelo recuo do pedágio são as mesmas adiantadas pela reportagem da Vilas Magazine em fevereiro: a duplicação e requalificação da Estrada da Cascalheira e do viaduto de acesso a Camaçari, além da iluminação de todo o trecho urbano daquela via. Há cinco anos a transferência da praça de pedágio era tida como necessária para viabilizar a exploração – e portanto a construção da “via metropolitana”. Moradores de Busca Vida, que passariam a pagar pedágio para entrar em casa, promoveram manifestações no final de 2010, inclusive bloqueando o trânsito na Estrada do Coco, para protestar contra a ideia. No início de 2011, a prefeitura de Lauro de Freitas distribuiu comunicado garantindo que o governo do Estado não mais via “necessidade da transferência do pedágio

para a construção da via expressa”, citando a então prefeita Moema Gramacho (PT). Hoje existem no trecho diversos conjuntos habitacionais que seriam afetados pelo deslocamento da praça de cobrança. Um deles é o novo AlphaVille, que já se movimenta para protestar também. O Movimento Pedágio Não já realizou manifestações em Camaçari e na própria Estrada do Coco, bloqueando o tráfego por quatro horas para distribuir panfletos e alertar os usuários da via para a intenção do governo. A última delas aconteceu em 28 de fevereiro, reunindo centenas de pessoas que seriam diretamente afetadas pelo pedágio. Toda a região de Abrantes, apesar de fazer parte de Camaçari, vive muito em função do comércio e serviços de Lauro de Freitas. Com o recuo do pedágio, não só acabaria essa comodidade para os moradores de Abrantes como o movimento comercial ficaria prejudicado.

Manifestação contra o recuo da praça de pedágio: o projeto existe

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Região

Detran coíbe trânsito ilegal de quadriciclos no litoral norte

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ma nova blitz do Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran) no litoral norte baiano voltou a chamar atenção para o problema do trânsito inapropriado de quadriciclos. A operação, realizada em março, foi antecedida por uma campanha educativa sobre a condução de quadriciclos no litoral norte. Em parceria com o pelotão do Esquadrão Águia da Polícia Militar, Polícia Rodoviária Estadual e Conselho Tutelar, a operação apreendeu quatro quadriciclos em Guarajuba e Praia do Forte. Dirigir sem capacete, pneus em mau estado de conservação e ausência de retrovisores foram alguns dos motivos das apreensões. De acordo com o coordenador da ope-

ração do Detran, Major PM Luide Souza, desta vez nenhuma criança foi flagrada dirigindo o veículo. “Felizmente não havia menores conduzindo, porém um deles estava na carona e sem capacete, o que provoca um imenso risco à sua segurança”, disse. O proprietário de um dos quadriciclos apreendidos foi autuado por não utilizar equipamentos de segurança. O veículo foi encaminhado ao pátio do Detran, onde só pode ser retirado por pessoa devidamente habilitada. Mesmo tendo o veículo apreendido, o proprietário do quadriciclo admitiu que a operação é importante. “Acredito que a ação reforce uma atitude positiva em relação ao uso de equipamentos de segurança que, em casos de acidentes, podem salvar vidas”, disse.

Enquanto a blitz acontecia no litoral norte, equipes da Coordenação de Segurança e Educação para o Trânsito (CS) do Detran percorriam a Ilha de Itaparica para reforçar a campanha “Quadriciclo não é brinquedo”. As atividades aconteceram também no Parque de Exposições de Salvador. Ao contrário do que muita gente pensa, pilotar quadriciclo exige carteira de habilitação e equipamento de segurança completo, não se tratando de um brinquedo caro, mas de um veículo propriamente dito. O quadriciclo deve estar equipado com placa de identificação, espelhos retrovisores de ambos os lados, farol dianteiro, lanterna, indicadores luminosos de mudança de direção, velocímetro, buzina, pneus em bom estado e protetor das rodas traseiras. O Major PM Luide Souza alerta que se um menor de idade for flagrado conduzindo o veículo, este será apreendido e os pais responsabilizados e encaminhados ao Conselho Tutelar, conforme prevê o art. 103 do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), que considera essa conduta como crime ou contravenção penal. “O quadriciclo só será liberado mediante apresentação de condutor habilitado e pagamento das diárias de estacionamento”, ressalta. Praias Um dos problemas associados ao trânsito de quadriciclos é a circulação

Quadriciclos conduzidos por pessoas sem equipamento de segurança foram alvo de ação

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quadriciclos. Não há trânsito congestionado e o clima da região intensifica a atmosfera de férias. A equipe de reportagem de A TARDE esteve, ontem, na praça de Guarajuba e flagrou, em 30 minutos, mais de dez quadriciclos pilotados por adolescentes, que levavam quatro ou cinco pessoas como carona. O fato nas praias, proibida por lei. preocupa moradores e visitantes que que o É ilegal circular emdefendem qualquer veículo é uma arma nas veículo motorizado na faixa de mãos dos jovens. Na referida praça, há espraia – e os quadriciclos estão tabelecimentos que alugam veículosdisso, automotores, incluídos.osApesar é co- e é possível escolher pagar por mum ver banhistas uma diária ameaçados (R$ 280) ou pela hora (R$mini-tratores 70). por um desses Um mototaxista, que preferiu não separa identificar, rurais, projetados vencerconque quase foi atropelado terrenos tou acidentados dentro por uma garota de 14 anos, no últimoprivadas. final de semana. de propriedades “Eles não têm noção do peTransformados em são brinrigo porque ainda muito Além disso, não são quedo denovos. luxo, os quadriciclos habilitados e não têm restambém ponsabilidade”. tomam espaço nas Um homem que trabalha praias ameaçando a seguranna região afirmou que, geralmente, os jovens ça dos banhistas. Por isso,têm osautorização dos pais para tranquadriciclos na mira sitarentraram nas ruas fora dos conde Guarajuba. “Eu da políciadomínios baiana. trabalhava como segurança de um conjunto e, certa Diversas comunidades dovez, tentei impedir uma jovem litoral norte mobilizam-se de quadriciclo de sair piloLiguei para o pai dela contra o tando. uso de quadriciclos, e ele a liberou. Disse que se motos e veículos nas praias. Aoque responsabilizava. É aí mora o problema”. lado do perigo para pedestres A equipe de reportagem de A TARDEnas tentou convernas ruas, banhistas praias e sar com alguns jovens que condutores em qualquer lugar,mas pilotavam quadriciclos, deleséquis o prejuízonenhum ambiental um falar. dos

aspectos Fiscalização mais relevantes da Superintendência de Trânquestão. Asito e Transporte (STT) de Camaçari informou que GuaA circulação de veículos rajuba é a praia do Litoral nas praias é apontada pelo Norte onde mais aparecem adolescentes pilotando Projeto Tamar como grandequadriciclos. responsável pela redução Diretor de trânsito da STT, Nilson Almeida coordenou de natalidade de tartarugas uma campanha educativa por provocar a destruição de ninhos. Na base de Praia do Forte, os biólogos do Tamar ensinam aos visitantes que os quadriciclos também são responsáveis por compactar a

Fiscalização de quadriciclos é precária no litoral norte SEGURANÇA Saiba como pilotar de maneira segura e de acordo com a legislação

Itens obrigatórios

! Espelhos retrovisores

Apenas um condutor Pisca alerta

Luz de freio

ALERTAS É obrigatório que o condutor seja habilitado na categoria B Veículo não licenciado tem circulação proibida, por lei, em vias públicas e nas praias Circulação em condomínios fechados fica sob a responsabilidade dos síndicos

Faróis

A velocidade máxima permitida em quadriciclos é de 60 km Sem licenciamento, esses veículos só podem ser utilizados em locais restritos, a exemplo de sítios, fazendas ou propriedades particulares

Equipamentos

Viseira

Capacete

Botas

As viseiras, geralmente, fazem parte do capacete. Elas protegem os olhos e parte da face contra impactos de chuva, poeira, insetos, sujeira e detritos jogados ou lançados por outros veículos. Os óculos comuns não proporcionam uma proteção adequada

É um dos itens básicos de segurança e deve ser utilizado por quem pilota. Protege contra traumatismos causados por quedas ou outros impactos

É fundamental para proteger os pés

Calças, jaquetas, luvas Auxiliam a proteger o corpo do condutor. Mas, a legislação brasileira só prevê o uso obrigatório de capacetes EDITORIA DE ARTE A TARDE

areia, impedindo a saída dos filhotes quando os ovos eclodem. Joá Souza / Ag. A TARDE O problema dos quadriciclos está longe de ser um problema local. Na Paraíba e no Rio Grande do Norte, por exemplo, o Detran chegou a proibir completamente a circulação desse tipo de veículo

Enquanto motociclista trafega de capacete, jovem pilota quadriciclo sem proteção

Resoluções 230 e 257 do Contran exigem que piloto utilize capacete

Suporte de placa com iluminação

Editoria de Arte A TARDE

em vias públicas urbanas e rurais até que obtivessem um Certificado de Adequação à Legislação de Trânsito (CAT). Por lá, a maior parte dos quadriciclos circulava na orla marítima de Cabedelo, região metropolitana de João Pessoa.

obrigatoriedades. Mas, só poderão ser usados em locais restritos, como sítios, fazendas ou propriedades particulares, nas quais o policiamento só tem acesso sob

Legislação

O assessor técnic toria do Departa tadual de Trân tran-BA), major G gi, afirma que, quem define a f dade de um veícu tor é o próprio fa “O fabricante tador poderá co veículo tanto co quanto como qua for quadriciclo o obrigatório pelo do Código de Trâ sileiro (CTB). Se f registro é exigível gatório, segundo do mesmo códig Genésio. No entanto, o que, para transit pública, todo veí motor seja regis cenciado pelo órg sito local. O quadr portar placas de ção (dianteira e a cradas à estrutura lo). Dentro de con residenciais, a aut trânsito é o síndi

Veículo automotor é utilizado como diversão em condomínio, em Guaraj

Código de trânsito regula normas As normas de circulação para quadriciclos são ditadas pelas leis do Código de Trânsito Brasileiro (CTB), e, segundo o major Genésio Luigi, assessor técnico da dire-

los, mas a ação tem data prevista A Prefeitura de cisco do Conde por meio de not ciou uma fiscaliz timo dia 17. A açã vista para todos finais de semana objetivo é aborda munícipes e turis lizam quadricicl carros e caminh forma ilegal. Conforme a Municipal de Mei te local, que prom os técnicos fazem gem, apreendem e aplicam multa a tário, no valor d Caso a infração se momento da autu culo é liberado mente, sob a ressa não poderá trans mente. Em caso dência, a multa p de R$ 2 mil.

A velocida Abril de 2015 | Vilas Magazine | 19 máxima Detran, ele terá de atender a anos não podem conduzir permitida artigos como lanternas, fa- este veículo. De acordo com o major este veícu róis, luz de freio, espelhos retrovisores, suporte de pla- Genésio Luigi, a velocidade automoto ca com iluminação, buzina, máxima permitida em quapneus que ofereçam condi- driciclos é de 60 km e os é de 60 km



consciência... Economize água”. Destacando a importância da preservação dos mananciais dos rios Ipitanga e Joanes, prestando esclarecimentos sobre a utilização da água de forma consciente, retratando a importância da água e sua relação com o nosso município Segundo a diretora da escola, Vilma de Deus, “a mudança de hábitos e o desenvolvimento de novas tecnologias mais voltadas à racionalidade no uso deste recurso tão importante, são necessários, já que 97% da água do planeta é água do mar, imprópria para consumo; 1,75% é gelo; 1,24% estão em rios subterrâneos, escondidos no interior do planeta”. Para a aluna Mariana Oliveira, “foi prazeroso participar dessa limpeza, porque nós alunos vimos os estragos causados pela

grande quantidade de lixo jogado nos rios”. A ação contou também com a realização da 7ª Corrida Ecológica da Água, com alunos do 6º e 7º ano do turno matutino. Segundo o professor Antonio Claudio,

idealizador das ações, “são os alunos a razão principal deste evento, de toda a nossa luta, a satisfação é garantida quando o alunado valoriza o lugar que vive e percebe que é parte integrante deste ambiente”.

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Ação Comunitária

“É possível fazer diferente?” Grupo de jovens promove ação comunitária em Vilas do Atlântico por melhor qualidade de vida

U

m “Mural dos Sonhos” foi atração na praia de Vilas do Atlântico em março, quando as pessoas que passavam pelo calçadão eram convidadas a expressar “o que queriam de diferente”. A iniciativa foi do Rotaract Club Lauro de Freitas, no âmbito de um projeto multidistrital – envolvendo outras unidades da instituição – sob o tema “é possível fazer diferente”. Muitas pessoas sugeriram mudanças em Lauro de Freitas. Ao escrever seu sonho no mural as pessoas ganhavam um marcapágina, uma fitinha e um balão com o lema da ação.

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No Rotaract jovens desenvolvem a cidadania

O

Rotaract Club de Lauro de Freitas é um clube de serviços formado por jovens na faixa etária de 18 a 30 anos, vinculado ao Rotary Club Lauro de Freitas. A proposta do clube é oferecer a jovens, de ambos os sexos, a oportunidade de expandir conhecimentos e experiências, que lhes serão fundamentais para o seu próprio desenvolvimento pessoal e profissional, para atender as necessidades econômicas e sociais de suas respectivas comunidades e para promover melhores relações entre os povos de todo o mundo, através da amizade e prestação de serviços. Atualmente existem 7.170 clubes com 164.910 rotaractianos, no mundo. No Brasil são 529 clubes e 7.935 jovens nessas entidades. O Rotaract Club de Lauro de Freitas recebeu seu certificado de reconhecimento, do Rotary International, em 14 de setembro de 2002. Seu presidente atual é Renan de Paula, que coordena 13 jovens.

“Já teve algo em sua vida que você quis mudar? Já pensou em mudar o mundo e achou impossível? Já fez tentativas para resolver um problema e não conseguiu? Já pensou que é possível fazer diferente?”, perguntava a campanha da Semana Mundial do Rotaract. Todos os clubes do Brasil foram convocados para realizar o mesmo projeto, potencializando o impacto. A campanha teve uma etapa na Internet, com a postagem de conteúdos, fotos, vídeos e cards relacionados ao tema. Frases como “compartilhamos ideias porque é possível fazer diferente” e “respeitamos o próximo, é possível fazer diferente” marcaram as mensagens. Depois, no dia 14 de março, mais de 500 clubes e seis mil rotaractianos fizeram exatamente a mesma ação. Em Lauro de Freitas, foi escolhida a praia de Vilas do Atlântico para a montagem do mural. A ideia era que as pessoas deixassem três mensagens: de um mundo melhor, de gentileza, outra com seus sonhos e mais uma com o que ela acredita ser possível fazer diferente. Confira algumas mensagem.

1 Mais oportunidade. Menos diferença social 2 Economizar água por um planeta melhor 3 Limpeza 4 Mais escola. Mais hospitais. 5 Melhorar a educação 6 Faça que tudo valha a pena 7 Fazer mais áreas para esporte 8 Paz, amor, felicidade, educação e respeito com o próximo 9 Que haja paz no mundo 10 Por um país mais ético 11 Educação 12 Mais cestos de lixo na praia 13 Melhoria na saúde. Limpeza das calçadas e cidade 14 Menos violência. Mais educação 15 Mais quadras de esporte. Educação 16 Mudança do governo (política). Uma pista de skate para a comunidade de Portão 17 Menos individualismo. Mais paz 18 Valorização da arte 19 Menos corrupção. Corrupção Zero 20 Plante uma árvore 21 Respeito no trânsito 22 Amar a Deus sobre todas as coisas 23 Amar ao próximo como a si mesmo 24 Inversão de valores 25 Mais Igualdade. Somos todos iguais 26 Seja gentil 27 Paz, amor. Menos conflitos 28 Incômodo: obstáculos no calçadão

29 Mais segurança 30 Mais respeito. Tratar ao próximo como quer ser tratado 31 Mais saúde. Mais Jesus na vida das pessoas 32 Mais segurança e saúde 33 Um país sem corrupção 34 Mais respeito entre as pessoas 35 Segurança, saúde e educação 36 Respeito às diferenças 37 Mudança total 38 O que imagino poder fazer diferente é levar respeito e educação para o próximo e tentar passar isso adiante 39 Mais caráter e personalidade 40 Não suje nossas praias 41 Mais segurança. Mais saúde. Mais educação. Menos corrupção. Um Brasil melhor. 42 Conseguir espalhar sensibilidade pelo mundo através da poesia 43 Recuperação dos rios 44 Ser natural e amar as pessoas 45 Não podemos perder a capacidade de nos tornar indignados 46 Mais respeito. Mais tolerância. Melhoras no transporte público 47 Mais respeito com os animais 48 Uma ciclovia pela cidade 49 Mais segurança. Mais mobilidade 50 Que houvesse mais dignidade entre as pessoas e que em relação a nossa comunidade a educação fosse o tema maior

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Dia Internacional da Mulher

Ação de conscientização marca o Dia Internacional da Mulher

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Núcleo de Senhoras do Rotary Club Lauro de Freitas (NSR) comemorou o 8 de Março, Dia Internacional da Mulher, com uma ação de conscientização contra a violência, em parceria com a secretaria de Políticas para as Mulheres da prefeitura de Lauro de Freitas. Liderada pela coordenadora Luciana Lima, a ação foi conduzida por Mariana Mateus, vice-coordenadora do NSR, que não escondia a satisfação da iniciativa: “trata-se, antes de mais nada, de uma grande homenagem às mulheres” no Dia Internacional da Mulher. Empolgada com a receptividade da ação, realizada no pátio do shopping Estrada do Coco, Mariana coordenava a distribuição de um folheto para divulgar o número nacional para denúncia de situações de violência contra as mulheres, o 180, que leva a medidas judiciais baseadas na Lei Maria da Penha.

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Segundo o estudo “Avaliando a Efetividade da Lei Maria da Penha”, divulgado em fevereiro pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a melhoria verificada nessa área no Brasil é resultado do aumento da pena para os agressores, ao maior empoderamento da mulher e às condições de segurança para que a vítima denuncie – justamente o tema da ação. O aperfeiçoamento do sistema de Justiça Criminal para atender de forma mais efetiva os casos de violência doméstica também é apontado como justificativa para a melhoria do cenário.

Liderado pela coordenadora Luciana Lima (esq.), o Núcleo de Senhoras do Rotary Club Lauro de Freitas promoveu ação de conscientização pelo transcurso do Dia Internacional da Mulher

De acordo com o IPEA, a Lei Maria da Penha teve impacto positivo na redução de assassinatos de mulheres em decorrência de violência doméstica, fazendo diminuir em cerca de 10% a projeção anterior de aumento da taxa de homicídios domésticos, desde 2006, quando entrou em vigor. “Isto implica dizer que a Lei Maria da Penha foi responsável por evitar milhares de casos de violência doméstica no país”, diz o estudo. Enquanto a taxa de homicídios de homens, ocorridos em casa, continuou aumentando, a de mulheres permaneceu praticamente no mesmo patamar. “Aparentemente, a Lei Maria da Penha teve papel importante para coibir a violência de gênero, uma vez que a violência generalizada na sociedade estava aumentando. Ou seja, num cenário em que não existisse a Lei Maria da Penha, possivelmente as taxas de homicídios de mulheres nas residências aumentariam”, informa a publicação. Os dados do Ipea mostram que, no Brasil, a taxa de homicídios de mulheres dentro de casa era de 1,1 para cada 100 mil habitantes, em 2006, e de 1,2 para cada 100 mil habitantes, em 2011. Já as mortes violentas


Luto em vida É sofrido para os familiares ouvir declarações como “você não é a minha filha”, de quem sofre de alzheimer Suzana Herculano-Houzel

Parceria eficiente O Núcleo de Senhoras do Rotary é constituído pelas esposas dos sócios do Rotaray Club Lauro de Freitas, tendo sua coordenação assumida pela esposa do presidente, que se renova anualmente. Com atuação expressiva nos trabalhos sociais desenvolvidos pelo clube, o núcleo presta inestimáveis serviços na comunidade, apoiando as ações dos rotarianos. O trabalho desenvolvido pelo grupo junto às crianças da Escola Rotary de Quingoma é exemplar, como também na arrecadação e distribuição de gêneros diversos em creches e asilos de idosos, na realização da Feira da Pechincha (foto acima), que possibilita a aquisição de roupas, calçados e acessórios com pouco uso, a preços simbólicos, por significativa parcela da comunidade carente do município – o dinheiro arrecadado é usado para, entre outros fins sociais, aquisição de material e uniforme escolar para aas crianças da Escola Rotary de Quingoma. Esse projeto é coordenado por Antonia Aguilhari. de homens dentro de casa passaram de 4,5 por 100 mil habitantes, em 2006, para 4,8, em 2011. Nesse caso, estão incluídos vários fatores, além de violência doméstica. “Se não tivesse havido a Lei Maria da Penha, a trajetória de homicídios de mulheres no Brasil teria crescido muito mais. Homicídios como um todo aumentaram [no país], mas, na contramão dessa direção, a Lei Maria da Penha conseguiu conter os homicídios de mulheres dentro de casa”, disse o diretor de Estudos e Políticas do Estado, das Instituições e da Democracia do Ipea, Daniel Cerqueira. A secretária de Enfrentamento à Violência contra as Mulheres, Aparecida Gonçalves, destaca que, com o advento da Lei Maria da Penha, as mulheres começaram a perder o medo de denunciar e de buscar ajuda e proteção. “O Estado brasileiro e todas as suas instituições estão mais engajados para que efetivamente diminua a violência contra a mulher, mas ainda é um grande desafio para o Brasil a questão das políticas públicas para as mulheres”, ressaltou Aparecida.

C

omo já escrevi aqui antes, o luto é o processo de convencimento do cérebro de que todas as expectativas que envolvem uma pessoa querida não se realizarão mais. Em geral, o luto é póstumo. Mas às vezes, tristemente, é um processo que acontece ainda em vida. Luto em vida é o que faz a família de quem sofre de alzheimer e outras demências semelhantes. Como as primeiras regiões do cérebro a serem mais afetadas, perdendo sinapses e neurônios, incluem o hipocampo, região necessária para a formação de novas associações, primeiro se vai a memória recente: o registro do que se comeu no café da manhã, do que se fez ontem, do jogo que acabou de passar na televisão. Depois, conforme a degeneração se agrava e se espalha para outras regiões do córtex cerebral, vão-se memórias cada vez mais distantes: do endereço de casa, dos amigos recentes e, por fim, dos próprios filhos. Aqui começa o luto em vida: quando a família precisa se convencer de que aquela pessoa não mais habita seu corpo ainda vivo. O aspecto misericordioso da doença é que, passados os estágios iniciais, o próprio doente não tem mais ciência do seu estado: ele vive num fluxo constante de confabulação, conforme seu cérebro conjura histórias com os elementos mais acessíveis. Contestar declarações absurdas como “eu tive um cachorro como o que aparece na televisão” ou “você não é minha filha, onde está minha filha?” torna o convívio ainda mais sofrido – e para os dois lados. Inesperadamente, um casal de atores nos EUA descobriu um jeito de amenizar esse sofrimento dos dois lados, ao lidar com sua própria idosa doente, usando uma técnica de... teatro de improviso. A base do improviso é jamais dizer “não”. Um lado nunca contesta o outro. A regra é entrar no jogo, mesmo que a proposta seja impossível. “Então a cadela Lassie era da senhora? Que máximo, como ela era?” é um exemplo fácil. É mais difícil entrar no jogo quando é preciso negar que a filha é você e dizer que a filha real saiu e mandou você em seu lugar. Mas talvez ainda ganhe da alternativa. No mínimo, tem uma vantagem. Além de não irritar e confundir ainda mais a pessoa demenciada, ajuda quem fica a criar uma nova relação com a pessoa desmemoriada que agora habita aquele corpo e fazer o luto em vida da mente que se foi. SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com

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Turismo

JESUS PASSOU POR AQUI Em três dias, repórter refaz o trajeto de 60 km que Cristo percorreu entre Nazaré e Cafarnaum, em Israel, segundo a Bíblia diogo bercitto / folhapress

Trecho quase suicida no desfiladeiro de Arbel, a caminho de Carfanaum

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J

esus Cristo era mochileiro e, ademais, estava em boa forma. A ideia, quiçá profana, me acompanhou durante três dias – enquanto caminhava 60 quilômetros, escalando montanhas e cruzando rios secos na região da Galileia. Eu seguia o trajeto de Cristo entre Nazaré e Cafarnaum. A trilha de Jesus, idealizada em meados de 2007 por dois viajantes (leia mais na outra página), atrai hoje aventureiros e peregrinos ao norte de Israel. É um trajeto por entre locais mencionados no Evangelho, com episódios relacionados a Jesus. Por exemplo, Tabgha, a praia onde ele teria multiplicado os peixes. Caminhei sozinho, com a mochila nas costas e carregando em meu Kindle uma versão comentada da Bíblia. Já em cima da primeira montanha, poucas horas depois de deixar Nazaré, pensei no preparo físico de Cristo. Porque o caminho não seria fácil.


Nos passos de CRISTO No local em que água foi transformada em vinho, de acordo com a Bíblia, repórter vive calvário de sol e fome, mas mergulha no mar da Galileia. 1° DIA Cenário urbano fica para trás e entro no mato

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trilha começou às 7h em um hotel na cidade antiga de Nazaré. Os vendedores ainda dormiam, e as ruas estreitas eram flanqueadas pelas grades de ferro que cobriam as entradas das lojas. A caminhada seguiu por 460 longos degraus até o topo da montanha, de onde se via a paisagem. Destinos distantes. Mas o ponto final, Cafarnaum, não estava à vista. O cenário urbano logo ficou para trás. A estrada desceu a ribanceira, cruzou uma rodovia e me jogou no mato. Às 9h, cheguei às ruínas de Séforis, possível berço de Ana, avó de Jesus Cristo. Dali, o caminho era logo coberto pelas árvores de uma floresta de coníferas. Por ali passava, na Antiguidade, um importante aqueduto romano. Passei também. Às 11h30, estava em Mash’had, terra do profeta Jonas – aquele que, diz o texto bíblico, foi engolido por um grande peixe. Começava, ali, um longo trecho de casebres árabes. Um vale adiante, visitei Caná, onde a Bíblia relata a transformação da água em vinho – para mim, em vez de um milagre, ali foi lugar do calvário do Sol e da fome. Na saída de Caná, já diante de uma trilha de terra, encontrei minha própria revelação: um pequeno camaleão de olhos esbugalhados que consegui segurar nas mãos. Pensei em levá-lo comigo. Ocorreu-me que seria ilegal. Nós nos despedimos ali. O primeiro dia acabou cedo. Às 15h, visitando a comunidade israelense de Ilaniya, já não tinha forças. Hospedei-me em uma fazenda de cabras e dormi à tarde, em uma cabana coberta por ramos de um pé de maracujá.

2° DIA Em trecho sem sombra, oliveiras me protegem do sol

O

segundo dia foi a demonstração de uma natureza cruel. Depois de subir as montanhas do kibutz Lavi, vi finalmente o mar da Galileia, ao longe. Descansei nos Chifres de Hattin, onde os exércitos de Saladino derrotaram os cruzados europeus, em uma das batalhas mais épicas da região. Então veio o sol de 35°C. Sem sombra. Deitei em um banco no santuário de Nabi Shuaib, túmulo do sogro de Moisés. Os drusos, povo de uma antiga e inacessível religião monoteísta, peregrinam até ali. Eu só pensava nos sintomas de uma insolação e em quando seria a hora de pedir ajuda. Com esforço, e me escondendo embaixo de oliveiras, cheguei à comunidade de Arbel às 16h. Amir, de quem aluguei um quarto – fiz a reserva por telefone, no mesmo dia –, me recebeu com água gelada. Um banho frio finalmente me acalmou. Jantei às 18h. Dormi.

3° DIA Após trilha quase suicida, larguei a mochila e mergulhei no lago

A

pavorado pelo sol, acordei no terceiro dia às 5h. O primeiro raio de luz me colocou na estrada, me levando ao topo da montanha de Arbel – quebrada ao meio por um terremoto. A trilha, quase suicida, levava precipício abaixo entre pedras e a vertigem. Às 8h, estava no sopé. Reabasteci as garrafas com três litros da água do vale da Pomba, que corre entre as duas faces da montanha rachada. Um pouco adiante, andando nas margens do mar da Galileia, já não temia o calor. Larguei a mochila e mergulhei no lago. Então, um sorriso. Vi, atrás de um monte, a igreja da multiplicação dos peixes. Depois dela, uma placa para Cafarnaum. Mesmo sob a luz das 12h, os últimos quilômetros foram rápidos para mim. Apenas um arranhão na perna, causado por plantas espinhentas, e uma dor muscular generalizada me lembravam aquela primeira ideia: Jesus estava em forma.

Trilha não reconstitui os passos exatos de Jesus, mas reúne vários locais citados na Bíblia

N

Rota, reconhecida pelo governo de Israel, passa por comunidades judaicas, cristãs e muçulmanas

os trechos mais inóspitos da Trilha de Jesus, sem fios de eletricidade no céu ou sacos de plástico no chão, é possível arremessar a imaginação ao passado e enxergar um jovem galileu tomando a estrada nos tempos

bíblicos. Mas os 2.000 anos que separam a história de Jesus do aventureiro contemporâneo alteraram o trajeto, a paisagem, a fauna e a flora, de modo que a caminhada entre Nazaré e Cafernaum não foi criada para

ser um exercício histórico, e sim como uma aventura pela natureza. “Criamos essa trilha a partir da nossa intuição de viajantes”, afirma Maoz Inon, um dos dois fundadores do trajeto, hoje reconhecido oficialmente pela autoridade israelense responsável. Inon estabeleceu por quais pontos o caminho poderia passar, tendo em vista u Abril de 2015 | Vilas Magazine | 27


u reunir o maior número possível de locais mencionados pela Bíblia. Em seguida, desenhou o trajeto que passasse por eles e oferecesse também outras visões, como os Chifres de Hattin e o monte Arbel. Também era preocupação de Inon e de seu colega, David Landis, envolver atores locais. Eles recomendam aos viajantes que se hospedem com moradores da região. “Acreditamos no turismo como uma maneira de criar um lugar melhor para a comunidade local”, diz Inon, que também se esforçou para que o caminho passasse por comunidades judaicas, muçulmanas e cristã, “estabelecendo assim um lugar em comum entre as três”. A PÉ Apesar de a Trilha de Jesus não ser a reconstrução de todos os passos de Jesus, um a um, o caminho deve manter ocupados os viajantes interessados em história. A Galileia foi uma encruzilhada de culturas distintas por milênios, e passava por ali a importante Via Maris romana, estrada que ligava Europa, África e Ásia. A caminhada era parte da vida. “Jesus era um dos muitos professores itinerantes”, diz o pesquisador Linford Stutzman, especializado no período. “Havia poucas oportunidades para pregadores em Jerusalém, então a viagem a áreas remotas era uma maneira efetiva de espalhar uma

finbarr o´reilly / reuters / folhapress

Turismo

mensagem ao povo”. Stutzman cita o trecho do Evangelho em que Jesus instrui seus discípulos a não carregar bens, na estrada. Ele nota que “uma pessoa bem conectada não precisaria levar muitas coisas, e viajaria sem peso”. “Viajantes como Jesus eram fortes fisicamente, e conseguiam fazer o trajeto com velocidade”. PÓS-CONFLITO O escritório do Ministério do Turismo de Israel no Brasil afirma que não há restrições para turistas visitarem o país, que viveu 50 dias de conflito com palestinos até o fim de agosto. Segundo o órgão, o confronto, que deixou mais de 2.000 mortos, não afetou as regiões mais turísticas de Israel. Diogo Bercito / Folhapress. diogo bercitto / folhapress

Pescadores em praia no mar da Galileia

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Mulher passa pela via Dolorosa, em Jeru­ salém, onde na Páscoa, há procissão especial

Festa Cristã Na Páscoa, um dos principais feriados católicos, locais percorridos por Jesus são visitados por milhares de cristãos

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martírio de Jesus começou em uma quinta-feira. Logo após a Última Ceia, ele foi preso no Jardim do Getsêmani, nos arredores de Jerusalém, de acordo com o Novo Testamento. No dia seguinte, depois de ser flagelado, foi condenado à morte por um governante romano. Do Pretório, onde foi julgado, levou a cruz em que seria pregado até o calvário, local da crucificação. Anualmente, três milhões de turistas refazem esses passos. Mas é na Páscoa, uma das principais celebrações do ano para os cristãos – que marca a morte e a ressurreição de Jesus –, que a busca pelo destino fica mais intensa. Na ocasião, há uma série de celebrações religiosas em Jerusalém. Entre elas, uma procissão pela via Dolorosa, vigília pela manhã e liturgia à tarde no Jardim da Tumba, local onde a Igreja Católica acredita que Jesus tenha sido sepultado, e procissões com destino ao Santo Sepulcro, onde ele foi crucificado. Livia Scatena / Folhapress.


Jaime de Moura Ferreira Ad­mi­nistrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

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O Tempo

esde o início de sua existência, os seres humanos consagram natural interesse pelo tempo. Grandes mestres filósofos, religiosos, físicos e cientistas de modo geral (Aristóteles, Platão, Santo Agostinho, Kant, Bérgson, Hans Reichenbach e tantos outros) dedicaram muito de suas existências estudando a origem e definição do tempo. Suas conclusões atingiram complexidades infinitas, como se observa no pensamento de Platão: “o tempo é a imagem móvel da eternidade imóvel”. Albert Einstein, com sua Teoria da Relatividade, concluiu: “para nós, físicos presunçosos, passado, presente e futuro são apenas ilusões”. Isaac Newton, no século 17, escreveu: “o tempo é absoluto, verdadeiro e matemático, que transcorre uniformemente”. Será que existe uma definição para o tempo? Pode-se considerar accessíveis e objetivas as considerações, as mais diversas e complicadas, sobre o tema? Geralmente, os dicionários conceituam o tempo como “duração limitada”, “período”. Pela interpretação desse conceito, o tempo é finito, portanto deverá ter princípio e fim. Será verdadeira essa expressão do dicionário? No meu entendimento o tempo é eterno, ininterrupto. Não se modifica. Não tem passado, presente nem futuro. É uma grande e complexa abstração. Aliás, a própria Bíblia Sagrada, no livro Gênesis, descreve que Deus criou os céus e a terra, porém não menciona o tempo. Sendo assim, nem Deus criou o tempo. Dessa forma pensando, tudo que se refere ao tempo tem a ver com vida,

quer seja humana, animal, vegetal e até dos elementos que constituem o cosmo, não considerados como viventes. Assim, o tempo nada mais é que uma construção da mente humana, cujos conceitos foram convencionados por nós, com ilusão de instabilidade, correndo desesperadamente, em movimento perene. Observe-se o pensamento de Victor Hugo: “a vida já é curta e nós a encurtamos ainda mais desperdiçando o tempo”. Dessa forma, continua-se sentindo que a vida passa no tempo. Nas múltiplas discussões e teses, muitas pessoas confundem o tempo com a natureza. Esta sim é mutável, possui origem, evolução e desaparecimento. Ao meu ver existe grande confusão quando se diz que o “tempo está envelhecendo”; que o tempo é existencial; e que tem validade genética. Minha realidade é que o tempo é e sempre será o mesmo, subjetivo, intangível e imaginário. Marcel Proust se expressou: “os dias talvez sejam iguais para um relógio, mas não para um homem”. Quanto às crenças religiosas, cada uma tem sua percepção, conceito e divulgação, para a noção de tempo. Daí surgem as contradições e discussões de tempo dogmático, científico, genético, esquemático e cíclico, todos envolvidos em abstração. Também se apresentam as noções filosóficas, as quais definem momento, espaço, princípio e fim, dirigidas para o tempo, como se observa na expressão “nada é o que foi há um segundo”, “nada é daqui a um segundo”, “nada será o que é agora”, e “tudo que se vê não é igual ao que a gente viu há um segundo. Tudo muda o tempo todo, no mundo” (Lulu Santos). Devidamente aprofundadas, essas expressões têm a ver com a vida, com o

caminhar dos seres humanos e com o passar da natureza. De acordo com Horácio Riminaldo (escritor italiano do sec. 16) “nem todos os anos que se passam, se vive. O importante não é viver muito; é viver bem”. Nessa frase identifica-se o viver dos seres humanos, nos anos de vida, não se harmonizando com o passar do tempo. Às vezes se confunde tempo com épocas e idade: “O tempo dos dinossauros faz milhões de anos”, “no tempo em que os continentes eram juntos”, “no tempo dos Faraós”, “na idade da pedra lascada”. É comum identificar eras (EON do grego aion) como se fossem mudanças do tempo. Na realidade, eon significa a maior subdivisão da escala de tempo geológico. Portanto, mais uma vez se confunde tempo com os períodos de vida do planeta terra, intrínsecos ao universo. Assim, toda a abordagem ao tempo está inerente à existência humana, às experiências vividas, à evolução da memória e o caminho a ser percorrido na Terra, pelos seres que a ocupam, no que se refere ao nascimento, vivência e morte. Esses acontecimentos podem ser lentos, rápidos, curtos ou longos, sempre relacionados com a existência desses seres. Costuma-se questionar: o que somos? Em que patamar estamos? Para onde vamos? como se a nossa existência estivesse atrelada ao tempo. O que ocorre é o seguimento natural da vida humana, representada nas quatro estações do tempo biológico, ou seja, criança, adolescente, adulto e idoso. Se muito, à situação moral e espiritual inerente ao ser humano, que se constrói durante sua existência. Com essas lucubrações apresentadas, continua-se a perguntar: o que é o tempo? Abril de 2015 | Vilas Magazine | 29


Decoração

Pedras naturais têm espaço fora e dentro de casa

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Resistentes, elas são usadas em áreas externas e internas – em fachadas, revestimentos de paredes e pisos


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ranito, mármore ou ardósia.Seja qual for a característica, as pedras naturais podem ser usadas em fachadas, áreas internas, revestimento de paredes e pisos. Além de resistentes e elegantes, a variedade das pedras permite que elas estejam nas diversas fases da construção civil. Diferenciadas pelo tipo de solo em que são constituídas e pelo processo geológico a que são submetidas, as pedras oferecem uma gama de cores e possibilidades. Os granitos têm mais variação nas cores, com tons mesclados, enquanto a coloração do mármore é mais uniforme. No entanto, ambos têm boa aplicação e uso em uma casa, mas devem ser utilizados em ambientes estratégicos. u

Pedras naturais revestem uma das paredes da casa

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u “Normalmente utilizamos as pedras em apenas uma parede para não carregar o ambiente com muita informação. Uma sugestão pode ser investir no formato “L” que preenche duas paredes”, explica a arquiteta Carla Ribeiro. Para a arquiteta Nágila Andrade, pedras em tons neutros facilitam a harmonia com outros elementos. Ao escolher pedras em cores maisclaras, é possível equilibrar com móveis e estofados de cores fortes, além de deixar os ambientes mais iluminados. Entre as pedras para espaços claros estão a crema marfil, a pérola-da-bahia e a travertino. O baixo custo e a cor fazem do mármore-bege-bahia uma pedra muito aplicada na decoração. “É um material barato que pode revestir paredes e superfícies”, revela Carla. Por ter uma estrutura porosa e com imperfeições, o mármore-bege-bahia pode não ser o ideal para ambientes com muito atrito ou contato com água. “Como o material é muito poroso, são feitas correções como “estuque” (massa de cal, areia e gesso) para preencher as imperfeições da rocha. Utilizar em ambiente com contato da água pode diluir a resina, por isso só utilizo em áreas secas”, explica Nágila.

Desejado pela cor uniforme, o marmoglass também é um material presente em muitos projetos. Mas, apesar de o nome indicar o elemento que forma o material, não se trata de um mármore e sim de uma estrutura cristalizada à base de vidro e pedras. Com textura fina, essa pedra é resistente a ácidos e alcalinos. “O marmoglass é conhecido entre os arquitetos como o mármore-da-china, na verdade ele é constituído do pó do mármore com resinas sintéticas, isso concede boa durabilidade”, diz a arquiteta Adriana Varandas. Os porcelanatos são a opção de quem prefere o baixo custo e a praticidade, mas ainda deseja a aparência das pedras naturais. A impressão digital permite que os porcelanatos reproduzam a forma das rochas, além de outros materiais como a madeira. Com o porcelanato extrafino é possível até mesmo sobrepor um piso cerâmico, evitando os resíduos comuns nas obras residenciais. “O porcelanato extrafino é muito utilizado. Ele tem uma espessura em torno de quatro milímetros que permite colá-lo sobre os pisos já instalados”, diz Adriana. Carla Jesus / Ag. A Tarde. MILA CORDEIRO / AG. A TARDE

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Decoração

ALGUNS TIPOS DE PEDRA USADOS EM DECORAÇÃO CREMA MARFIL Reconhecido como o melhor mármore crema (pedra de origem espanhola), essa pedra tem uma boa escala de tons, é resistente ao impacto, além do baixo coeficiente de absorção de água. PÉROLA-BAHIA Proveniente do município de Uauá, no estado da Bahia. Essa pedra é um mármore branco, possui coloração e brilho semelhantes aos da pérola. LIMESTONE É uma pedra natural calcária importada. Tem toque aveludado e pouco brilho. PEDRA-SÃO-TOMÉ É um quartzito encontrado nas cores branca, amarela, rósea e verde. É utilizada em borda de piscina, como também para revestir paredes e piso. PEDRA-FERRO Também conhecida como topázio. Sua aparência com o ferro vem do seu processo de oxidação. É muito usada em fachadas e muros.

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Degradê é opção barata para renovar o ambiente

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Técnica de pintura é usada em espaços sofisticados ou despojados

ting da Tintas Coral, EuláliaRamos. Tudo isso pode ser alcançado, com a escolha certa das cores. Inicialmente, de acordo com a arquiteta Mila Caramelo, é preciso refletir que tipo de clima no ambiente você quer criar. “As cores influenciam diretamente na percepção visual sobre o espaço, interferindo na sensação de bem estar dos usuários”, explica. Dentre os modelos mais comuns, está o uso de listras horizontais com cores em degradê. Com elas, o resultado é um ambiente harmônico, e a parede se torna o ponto focal da decoração.

Em móveis De acordo com a arquiteta Mila Saraiva, a técnica de degradê também pode ser usada em móveis, como cômodas com muitas gavetas. “O ideal é que, caso opte por uma composição de cores, busque tons complementares, isso lhe proporcionará um ambiente mais harmônico”, acrescenta. Quanto mais cores usadas no degradê, mais sutil a passagem de uma cor pra outra fica. “O mais comum é que sejam usadas u

MILA CORDEIRO / AG. A TARDE

ara quem quer dar uma renovada no visual da sala, ou qualquer outro cômodo da casa, a parede em degradê pode ser o mais viável e a opção mais barata. Sem restrições de uso, e várias técnicas que podem ser aplicadas, a técnica do degradê pode tornar o ambiente mais agradável, despojado ou sofisticado. “Não existe contra-indicação. A parede em degradê torna o quarto infantil mais divertido, a sala-de-estar mais sofisticada, e pode tornar o cômodo com a cara do dono”, afirma a gerente de Colour Marketing e Tin-

Porém, além delas, listras verticais e degradê esfumaçado também são bastante usados. As diferentes técnicas podem ser usadas para valorizar outros elementos da decoração. “As listras verticais, por exemplo, direcionam o olhar da pessoa para um determinado item da decoração, como o móvel”, afirma a consultora de Marca e Inovação da Suvinil, Natalia Stanichi. Já Eulália afirma que o uso de linhas verticais pode deixar o ambiente mais despojado e ousado.

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Decoração

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u três cores, com a cor mais forte em cima, no caso da técnica horizontal”, afirma Eulália Ramos. A escolha das cores pode ajudar a tornar o ambiente mais amplo, com o uso de cores quentes, de acordo com Mila Caramelo. Além disso, para quem não é tão ousado e teme na escolha das cores, a arquiteta recomenda que as cores neutras sejam usadas. “Cores como branco, creme e cinza, são versáteis e combinam com todos as outras cores”, reforça a especialista. Naiane Aline / Ag. A Tarde. DIVULGAÇÃO

Aplicativos e programas na internet ajudam a escolher as cores

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escolha das cores usadas no degradê pode ser mais difícil do que parece, e causar resultados indesejados, se não usadas adequadamente. Com o intuito de auxiliar quem deseja fazer isso sem profissionais da área, aplicativos e programas na internet surgiram com o objetivo de ajudar na escolha das cores que podem ser usadas. “Nesse momento, a tecnologia pode ajudar a pessoa a conseguir inspiração ou conhecer que tipo de cores ela pode usar”, afirma a consultora de Marca e Inovação da Suvinil, Natalia Stanichi. A própria empresa possui um aplicativo voltado para a área, o Suvinil Cores, disponível gratuitamente nas lojas de aplicativos App Store e Google Play. Sem exageros “O principal segredo é não exagerar”, afirma a arquiteta Mila Saraiva. Além desse aplicativo, muitos outros podem ajudar nesse resultado. O Color Smart, também disponível gratuitamente na loja Google Play, auxilia na combinação das cores novas com as já presente na mobília e paredes do espaço. Através de uma foto do local, o aplicativo aponta cores que casarão bem com a decoração atual, evitando erros na escolha. A Tinta Coral possui um programa, disponível em seu site, com função semelhante, o Consultor de Cores. Nele, são apresentadas as principais tendências em cores de 2015 e combinações para cores escolhidas pelo usuário, apresentando espaços decorados que podem servir de inspiração.

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De onde vem o mau cheiro? Ricardo Granja

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m cheiro ruim começa a infestar os cômodos da casa, os moradores tentam melhorar a situação com produtos de limpeza, mas acabam desistindo e muitas vezes se acostumando a conviver com o problema. A história é comum em residências e até empresas... Por descuido, erros na construção e desconhecimento, deixamos o odor desagradável tomar conta do local. A questão é: o que fazer para detectar e erradicar o mau cheiro? A primeira medida, bastante simples, é verificar o sifão, acessório localizado embaixo de pias e tanques, que sempre deve estar conectado à parede. Essa peça se destina a levar a água das atividades cotidianas para o esgoto, evitando a volta de gases pelo cano. O problema é que a maioria desses produtos são vendidos no modelo “extensivo”, um tubo branco que

parece uma sanfona e não possui copo fixo. Nesses casos, é necessário que esse copo seja moldado no momento da instalação, podendo utilizar uma abraçadeira de fecho hídrico, capaz de evitar o retorno de gases com odores desconfortáveis. É importante escolher e instalar sifões com atenção, pois, se ele estiver reto, o cheiro pode vir dali. Outro item a ser checado é o ralo. Muitas vezes utilizado como depósito de resíduos, ele não deve obstruir a passagem da água, por isso é recomendada uma limpeza constante. São pequenos cuidados ao longo tempo para impedir que se chegue a uma situação na qual seja necessário “quebrar” o banheiro, a cozinha ou algum outro ambiente da casa. Se o problema não for esse, vale ir mais a fundo e vistoriar a caixa sifonada, ligada ao ralo, que é instalada no piso e faz o processo de isolamento dos gases. Com várias entradas e apenas uma saída para a

água, ela detém um fecho hídrico que dificulta a passagem do odor do esgoto. Caso ela esteja em mau estado de conservação ou apresente medidas incorretas, tende a tornar o ambiente inutilizável. Por fim, vale mencionar um item pequeno e pouco conhecido, porém, essencial: o anel de vedação para vasos sanitários. Quando instalada, essa peça de material maleável elimina o odor, dispensando o uso de bolsas plásticas para ligações. Da mesma forma, os furos e rachaduras dos canos também precisam ser constantemente inspecionados, já que a tubulação leva água do esgoto. Como se vê, o mau cheiro tem solução, na maioria das vezes mais prática e simples do que pensamos. Não é necessário ser nenhum especialista no assunto, basta estar atento e verificar os possíveis causadores do problema. Afinal, de forma alguma esse incômodo deve se tornar um “frequentador” da sua casa.

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Comportamento

Felizes para sempre Menos solitários, casados reportam maior satisfação com a vida. Na estressante meia-idade, apoio do cônjuge faz especial diferença

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ara quem busca a felicidade, um novo estudo de economia oferece um conselho à moda antiga: casese. Cientistas sociais já sabiam havia muito tempo que os casados tendem a ser mais felizes que os solteiros, mas não sabiam se isso ocorre porque o casamento propicia a felicidade ou porque as pessoas mais felizes têm tendência maior a se casar. Publicado pelo Escritório Nacional de Pesquisas Econômicas dos EUA, o novo estudo incluiu em seus cálculos os níveis de felicidade das pessoas antes do casamento para atestar o poder do matrimônio de trazer bem-estar, ainda que hoje menos pessoas estejam se casando. Em uma escala de zero a dez, a pesquisa mostrou que as pessoas casadas reportaram um nível de felicidade maior em todas as faixas etárias (veja o gráfico à direita). Os pesquisadores já tinham entrevistado as mesmas pessoas anos antes – trata-se de um estudo de acompanhamento contínuo. Com isso, perceberam que era o casamento mesmo que aumentava a felicidade. Os resultados nada têm a ver com uma propensão anterior à felicidade. Ao todo, os pesquisadores utilizaram dados de mais de 300 mil entrevistas, feitas em diversos países. Uma razão disso pode ser o papel exer-

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cido pela amizade no casamento. A solidão é um conhecido fator que leva à infelicidade – mais até do que doenças crônicas. O novo estudo mostrou que as pessoas que enxergam seu cônjuge ou parceiro como seu melhor amigo obtêm o dobro de satisfação

de vida com o casamento que as outras. O efeito independe do status legal de casado: ele é igualmente forte no caso de pessoas que vivem juntas sem serem oficialmente casadas. “Talvez o que seja realmente importante seja a amizade, que


quem passa por um divórcio muitas vezes volta a se casar. Ele afirma que, especificamente para os homens, o casamento tem impacto inclusive profissional. “De alguma forma, o casamento os qualifica. Há estudos que mostram que homens casados ganham mais do que os solteiros.”

ela não seja esquecida no meio da correria e das tensões do cotidiano”, diz Helliwell. O psiquiatra Luiz Cushnir, idealizador do grupo de psicoterapia sobre gêneros no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, lembra que mesmo

meia-idade Os estudos mostram que os benefícios da amizade entre cônjuges são sentidos especialmente na meia-idade, quando as pessoas tendem a sentir menos satisfação com a vida, principalmente porque essa é uma fase em que as exigências profissionais e familiares impõem mais estresse. “Os maiores benefícios são sentidos em ambientes com alto nível de estresse. As pessoas casadas lidam melhor com o estresse da meia-idade que as pessoas solteiras, porque elas compartilham os problemas e a amizade com o cônjuge”, disse Helliwell. No entanto, a terapeuta de família e

casal Flávia Stockler lembra que nem tudo são flores. “A vida em casal não é fácil, há uma porção de frustrações e é preciso renunciar muitas vezes. Nunca vai existir satisfação 100% plena.” (Folhapress / Do “New York Times”).

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Comportamento

AMAMENTADO Isoladas as outras variáveis, crianças que mamam por mais tempo têm renda maior quando adultos, diz estudo brasileiro que durou 30 anos

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ue o aleitamento materno traz inúmeros benefícios à saúde da criança não resta dúvida. Agora, pesquisadores brasileiros conseguiram demonstrar, pela primeira vez, que ele também garante mais renda na vida adulta. O estudo, publicado em março, na revista médica britânica “The Lancet”, acompanhou por 30 anos um grupo de quase 3.500 bebês nascidos em 1982 no município de Pelotas (RS). A conclusão é de que se o bebê mama no peito por mais tempo, maiores serão os níveis de inteligência, escolaridade e renda financeira quando adulto. Por exemplo: uma criança amamentada por 12 meses obteve, aos 30 anos, quatro pontos a mais no escore de QI, quase um ano a mais de escolaridade e a renda aumentada em R$ 349, quando comparada a um bebê que mamou menos de um mês. Outro aspecto inédito do estudo foi ter conseguido separar o efeito da amamentação das eventuais vantagens econômicas--ou

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moacyr lopes junior / folhapress

RICO & BEM

seja, o bebê já ter nascido em família de maior renda e escolaridade. “Foi muito importante isolar as variáveis. Havia dúvidas se o leite, sozinho, era o responsável pelo benefício e se isso alcançaria a vida adulta”, explica o médico epidemiologista Cesar Victora, professor emérito da Universidade Federal de Pelotas e um dos líderes da pesquisa. O provável mecanismo relacionado aos efeitos benéficos da amamentação sobre o desenvolvimento da inteligência é a presença de ácidos graxos saturados de cadeia longa no leite materno, essenciais para o desenvolvimento do cérebro. “O leite humano é uma substância viva, com células-tronco e anticorpos. A biologia está só começando a desvendá-lo. A indústria alimentícia tenta copiá-lo, mas nunca vai copiar essa parte viva, que é insubstituível”, diz Victora, que também é professor visitante nas universidades de Harvard e de Oxford. A executiva Perla Zandona, 38, ainda amamenta Izabela, de um ano, e atribui ao leite materno o fato de a filha nunca ter tido sequer resfriado. “Ela vive no chão. É uma criança sem frescura e sem doença”, afirma ela. Segundo o médico e pesquisador Bernardo Horta, professor


Homens ou escorpiões? Homens justificam suas traições com o argumento de que não conseguem controlar sua natureza Mirian Goldenberg

M da Universidade Federal de Pelotas e também autor do estudo, o grupo estuda agora o papel dos genes na metabolização dos ácidos graxos saturados. O grupo acompanhado desde 1982 em Pelotas teve todos os seus genes sequenciados. “O próximo passo será verificar quais desses genes metabolizam melhor ou não os ácidos graxos.” METODOLOGIA O estudo em Pelotas foi iniciado com cerca 6.000 bebês. Dados sobre o tempo de amamentação foram coletados nos primeiros anos de vida das crianças. Quando estavam com 30 anos, em média, 3.493 participantes realizaram testes de QI (Escala de Inteligência Wechsler para Adultos). Informações sobre grau de escolaridade e nível de renda também foram coletadas. Os pesquisadores dividiram esse universo em cinco grupos com base na duração do aleitamento quando bebês, fazendo o controle para dez variáveis sociais e biológicas que podem contribuir para o aumento de QI. Entre elas, estão renda familiar ao nascimento, grau de escolaridade dos pais, ancestralidade genômica, tabagismo materno durante a gravidez, idade materna, peso ao nascer e tipo de parto. Para Victoria, os resultados do estudo extrapolam o campo da saúde e deveriam ser abraçados pelos Ministérios do Planejamento e da Fazenda. “Investir na amamentação é investir no capital humano da próxima geração.” Cláudia Collucci / Folhapress.

uitos homens usam como desculpa para a infidelidade a “natureza sexual masculina”. Eles justificam as traições por meio de uma suposta essência poligâmica. Já as mulheres não usam essa desculpa quando são infiéis. Preferem culpar seus maridos, que não lhes dão o amor, o romance, o reconhecimento (e muito mais) que elas tanto desejam. Um produtor musical de 41 anos disse: “Sou completamente apaixonado pela minha namorada, temos uma vida sexual deliciosa, ela é minha melhor amiga, companheira e amante. Nunca me senti tão feliz com uma mulher. Apesar de não ter a menor vontade de me envolver com outra, tive um caso em uma viagem de trabalho. Não teve nenhum significado, mas não resisti. Acho que é da minha natureza”. Ele disse que se arrepende por não ter controlado sua “natureza”. “Eu errei e me arrependi. Coloquei em risco a relação com o grande amor da minha vida. Podia ter resistido à tentação, controlado o meu instinto animal.” Um professor de 35 anos contou: “Fui cantado por uma aluna e acabamos transando. Minha mulher descobriu e estamos na maior crise. Ela quer se separar. Nem sei por que fiz isso, foi uma grande burrada. Foi vaidade, ego, sei lá. Mas tenho absoluta certeza de que todos os homens que conheço fariam o mesmo, é da natureza masculina”. Usar a “natureza” como desculpa me fez lembrar uma conhecida fábula. Um escorpião pede a um sapo que o carregue para atravessar um rio. O sapo diz que tem medo de ser picado, mas o escorpião diz que não fará isso porque, se picar o sapo, vai se afogar. O sapo concorda com o argumento. Mas, no meio da travessia, o escorpião dá uma picada no sapo. O sapo então pergunta por que o escorpião fez isso, já que ele também iria morrer. E o escorpião diz: “Porque é da minha natureza”. Obviamente não existe uma “natureza” que faz com que os homens sejam infiéis. A cultura é mais determinante para os seus comportamentos, sentimentos e suas escolhas amorosas (e sexuais). No entanto, muitos homens continuam usando a ideia de “natureza” para justificar suas traições. Será que eles pensam que são escorpiões incapazes de controlar a própria “natureza”, mesmo sabendo que correm o risco de perder “o grande amor de suas vidas”?

MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). miriangoldenberg@uol.com.br

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Ciência

Cachorro diferencia expressões humanas de alegria e de raiva Habilidade canina de identificar emoções em pessoas foi demonstrada em laboratório pela primeira vez

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xperimentos realizados na Áustria indicam que os cães são capazes de distinguir expressões de alegria das de raiva num rosto humano. O feito talvez não surpreenda quem tem cachorro em casa, mas é, na verdade, um marco – trata-se da primeira vez que se demonstra que um animal é capaz de entender expressões emocionais de membros de outra espécie. O trabalho foi descrito em estudo na revista “Current Biology”, coordenado por Corsin Müller, da Universidade de Medicina Veterinária de Viena. “Ainda não sabemos qual é a base dessa capacidade. Parece provável que a experiência individual de cada cão no contato com humanos tenha um papel importante, mas também pode haver um componente inato como consequência, por exemplo, da seleção durante o processo de domesticação”, disse Müller. Trocando em miúdos: conforme ancestrais dos cachorros atuais foram sendo domesticados, é possível que humanos do passado favorecessem a criação dos bichos com mais traquejo na hora de “ler” emoções dos donos.

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Experimento feito por cientistas austríacos usou tela sensível ao toque acionada pelo focinho dos animais


Saúde & Bem-Estar Para testar a hipótese de que os cães sabem a diferença entre um rosto feliz e uma cara irritada, os cientistas vienenses bolaram um sério candidato a experimento mais fofo da história da ciência do comportamento animal. focinho na tela Os 18 cachorros “participantes”, divididos em dois grupos, eram colocados diante de uma tela sensível ao toque exibia uma série de fotografias de faces humanas. O pulo-do-gato (ou do cão), porém, foi colocar apenas metade dos rostos na imagem – as partes de cima ou de baixo, da esquerda e da direita. Isso porque os cientistas queriam ter certeza de que os voluntários caninos estavam de fato observando a expressão facial como um todo, e não detalhes simples que talvez fossem irrelevantes para detectar a emoção expressa na foto – do tipo “se ele está mostrando os dentes, é porque está sorrindo”. Metade dos cães foi treinada para identificar caras de alegria, enquanto os demais tinham de detectar as de raiva. Os cães, então, deviam tocar a tela (com o focinho, por exemplo). Se acertassem a emoção que devia ser detectada por seu grupo, ganhavam automaticamente um biscoito canino. A tarefa foi ficando mais difícil – depois de sessões de treino, eles tinham de apontar a mesma emoção em fotografias de pessoas diferentes, ou em partes diferentes do rosto. Curiosamente, os cachorros demoraram mais para aprender a detectar a expressão de raiva, o que talvez indique que eles já tinham uma aversão natural a ela, portanto, já sabiam do que se tratava aquilo de alguma forma. No final, ao longo de 200 tentativas por cão, o índice de acerto ficou em torno de 80%. “É provável que pelo menos alguns cães também sejam capazes de discriminar entre posturas corporais ou tons de voz, embora haja escassas evidências sólidas a esse respeito”, afirma Müller. Reinaldo José Lopes / Folhapress.

Um terço dos implantes dentários do país é pirata Produtos não têm garantia de qualidade e podem causar graves infecções Peças são anunciadas pela internet, onde pinos que custariam até R$ 500 são vendidos a partir de R$ 10

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m terço dos 2,2 milhões de implantes dentários feitos anualmente no país é produto de pirataria. A estimativa é da Abimo (associação da indústria de equipamentos médicos e odontológicos), baseada na comparação entre o número de procedimentos e o de produtos vendidos legalmente. As peças piratas podem causar problemas que vão da queda do dente artificial até graves infecções na boca. Muitas das vendas ilegais são feitas pela internet. Há páginas no Facebook anunciando pinos a partir de R$ 10 – no mercado legal, o preço varia de R$ 300 a R$ 500.

O assunto foi debatido em congresso internacional de odontologia e está levando dentistas, empresários e a Anvisa (Agência Nacional de Vigilância Sanitária) a discutir o rastreamento dos implantes até o usuário final. A implantodontia é uma das áreas que mais crescem na odontologia. A especialidade também liderou o número de denúncias contra dentistas em 2014, a maioria por problemas técnicos e serviços malfeitos. “Tem gente comprando um torno e fabricando implantes na garagem. E o que é mais preocupante: tem dentista comprando”, diz o superintendente da Abimo, Paulo Henrique Fraccaro. Para ele, além de desleal do ponto de vista mercadológico, a prática é criminosa. “Não sabemos se as peças têm condições mínimas de qualidade. Podem causar danos físicos e financeiros.” u Abril de 2015 | Vilas Magazine | 41


Saúde & Bem-Estar

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O implante é composto pelo pino de titânio inserido no osso da boca e uma outra peça em que a prótese será cimentada ou parafusada. Os implantes com registro na Anvisa passam por uma série de testes, como o de resistência e de esterilidade. O material também é desenvolvido para não causar rejeição. Segundo a Abimo, as peças mais pirateadas são as que se fixam nos pinos. Normalmente, elas são feitas com dimensões de encaixe mais folgadas, o que faz com que se afrouxem. Nesse espaço, pode haver proliferação de bactérias. O grande atrativo para os dentistas usarem implantes piratas é o preço. A peça completa chega a custar 60% a menos do valor cobrado pelos fabricantes oficiais – R$ 700 a R$ 3.500. Hoje, as empresas não têm obrigação legal de identificar suas peças para que possam ser rastreadas diante de um problema. Assim, segundo Claudio Miyake, presidente do Conselho Regional de Ondontologia/ São Paulo, fica difícil comprovar que uma infecção foi causada por um implante pirata. Segundo ele, a categoria espera a aprovação de um projeto de lei estadual que obrigará a venda de produtos odontológicos com a devida identificação. “O que a gente sabe é que o fracasso de um implante tem relação direta com a qualidade do material”, diz o cirurgião-dentista Reinaldo Papa, que já atendeu vários casos de vítimas de implantes piratas ou de má qualidade. A comerciante Maria Elvira Inácio de Melo, 57, é uma delas. Há oito anos, ela perdeu nove implantes dentários por má qualidade do material, o que foi descoberto após a peça ser retirada da boca. “Uns oito meses depois de fixados, ele começaram a ficar moles e caíram”, conta. Segundo o cirurgião-dentista Rodolfo Candia Alba Júnior, uma estratégia das empresas para fazer frente aos concorrentes piratas tem sido dar aos dentistas garantia vitalícia dos implantes. Cláudia Collucci / Folhapress.

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artigo

Dia Mundial de Combate ao Câncer No dia 8, é comemorado o Dia Mundial de Luta Contra o Câncer, que é uma campanha de conscientização realizada internacionalmente e com suporte da Organização Mundial de Saúde (OMS) sobre a importância da doença, cujo diagnóstico promove um grande impacto nas pessoas e que é a segunda principal causa de mortes no Brasil, atrás apenas das doenças cardiovasculares. De acordo com a OMS, mais de oito milhões de pessoas no mundo morreram em 2012, em decorrência de câncer e desses, mais de 30% dos casos poderia ter sido prevenido com medidas simples, como prevenção e detecção precoce. O câncer, de uma maneira geral, traz um estigma junto ao seu diagnóstico, quando o doente se vê perguntando se sofrerá alguma mutilação ou morrerá em decorrência da doença, quando, na verdade, se diagnosticado precocemente o câncer pode ser curado na grande maioria dos casos. Tome-se como exemplo o tipo de câncer mais frequente entre as mulheres, o tumor de mama, que quando diagnosticado nos seus estágios iniciais e prontamente tratado, traz uma chance de cura acima dos 90%. Então, como podemos agir para combater o câncer de forma eficaz? A base do combate ao câncer encontra-se na prevenção e na detecção precoce, que muitas vezes é postergado pelo medo do diagnóstico. As medidas de prevenção são, em sua maioria, simples, baratas e acessíveis a todos, como, por exemplo, mudança nos hábitos alimentares, com dietas ricas em frutas, vegetais e cereais e pobre em gordura animal, carnes vermelhas, embutidos e defu-

Rafael Batista

mados; realizar atividade física regular (no mínimo três vezes por semana e por, no mínimo, 30 minutos); evitar a obesidade (manter o índice de massa corpórea entre 20 e 25); limitar a ingestão de álcool, o que não significa tornar-se abstêmio, mas evitar beber mais que duas latinhas de cerveja, ou uma taça de vinho; proteger-se de doenças sexualmente transmissíveis (algumas delas estão relacionadas ao desenvolvimento de tumores e um simples preservativo é capaz de detê-las); proteger-se do sol; e por fim o mais importante, não fumar, nunca. Se você fuma, pare imediatamente. O cigarro traz um risco cumulativo de desenvolver diversos tipos de cânceres, entre eles, pulmão, bexiga, pâncreas, língua e garganta. Parando de fumar, esse risco diminui bastante, mas ainda é maior do que aqueles que nunca fumaram. Ainda como forma de prevenção, temos avançado em tecnologia médica e somos cada vez mais capazes de detectar mutações genéticas relacionadas com o aumento do risco de câncer em determinadas pessoas ou famílias e, para aqueles com história familiar rica em casos da doença, uma avaliação com oncogeneticista pode ajudar, não só a definir estratégias de prevenção, como também de rastreamento adequado individualizado, no exemplo de Angelina Jolie que submeteu-se à mastectomia profilática por mutação no gene BRCA. Como medidas de detecção precoce, temos os exames médicos e o acompanhamento clínico regular. Para tumores de pele, o uso das medidas de prevenção e o exame clínico regular, realizado por dermatologista, é suficiente para detectar lesões iniciais ou até mesmo pré-malignas (aquelas que se não forem removidas podem se desen-

volver num câncer). O acompanhamento ginecológico regular é fundamental para as mulheres, já que através do exame físico e da realização de exames complementares podemos detectar precocemente dois tipos de neoplasia: os tumores do colo uterino, rastreados através do exame de Papanicolau (simples, barato e indolor) e que tem a capacidade de detectar não só tumores iniciais e curáveis de forma menos agressiva, como também lesões pré-malignas; os tumores da mama, rastreados através do exame de mamografia, indicado para mulheres a partir dos 40 anos de idade. Para os homens, o acompanhamento regular para rastreamento do câncer de próstata deve ser feito por urologista. No geral, o rastreamento deve ser iniciado aos 50 anos de idade, com a realização do exame de toque retal e dosagem do PSA repetidos anualmente. Para ambos os sexos também temos métodos para rastreamento de tumores do intestino, que conforme as recomendações das sociedades internacionais de oncologia, deverá ser feita com a realização de colonoscopia a partir dos 50 anos de idade. Ainda para ambos os sexos, mas somente para tabagistas e ex-tabagista, devemos realizar rastreamento de câncer de pulmão através de tomografia de tórax anual. Em suma, o combate ao câncer deve ser lutado em diversas fronteiras, através não somente da realização dos exames e da mudança dos hábitos de vida, mas também através da educação, para que todos possam entender a importância de se fazê-los. Rafael Batista é médico oncologista (CREMEB 19769)

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Família

Valores são essenciais na família Os pais podem ajudar suas crianças a desenvolver habilidades emocionais fundamentais para quando for adulto

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uitos acreditam que quando nascemos, nosso cérebro é semelhante à uma folha em branco, que será preenchida no decorrer dos anos. Sendo verdadeira, é durante a infância que devemos deixar mais consolidados determinados valores que vão nortear a vida toda dos nossos filhos. De acordo com especialistas, a vida da criança está em desenvolvimento e absorve tudo mais rapidamente, em comparação ao adulto. E qual seria a maneira mais adequada para transmitir algo tão abstrato e tão concreto ao mesmo tempo para as crianças? Palavras e gestos necessitam sempre caminhar juntos nesse trabalho, já que como os filhos aprendem através dos modelos e observando os pais especialmente, não adianta passar e ficar cobrando valores e se comportar de forma diferente perante eles. Da mesma forma como a fala sem exemplo é confusa, a atitude pura e sem uma explicação pode levar mais tempo para ser absorvida. Cada valor possui uma forma diferente de ser trabalhado, que pode até nos surpreender. Assim, é importante conhecermos alguns desses valores e saber de que forma podemos estimulá-los em nossos filhos. Autoconfiança e autoestima são exemplos de valores muito importantes. O que difere entre eles é o referencial, onde a autoestima é algo mais interno e está associada a gostar de si mesmo, enquanto a autoconfiança é como a criança se mostra para o mundo, como consegue se impor e se sente a vontade. Os dois valores são primordiais, pois podem mostrar como a criança vai se relacionar consigo mesmo e com os outros. Nessas duas situações, é necessário que os pais ofereçam à criança uma visão realista de si mesma, transmitindo suas qualidades, mas não passando uma perfeição, ou ela se tornará mais frágil para o mundo, ao perceber depois que não é bem assim. É preciso dialogar com o filho, alertando o que ele possui de positivo e o que deve desenvolver, mas sem passar essas características como falhas. A criança possui todas as habilidades dentro dela, necessitando apenas desenvolvê-las.

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Outra habilidade fundamental para o filho é saber se ‘virar’ sozinho, já não poderá contar sempre com auxilio dos outros. A melhor maneira de despertar isso nele é proporcionando autonomia, mesmo que aos pouquinhos. Um bom começo é desenvolver atividades que possam ser feitas por eles, como escolher a roupa que vão vestir, arrumar a cama ou preparar o próprio material da escola, mas sem intervir, refazendo o que ele já fez, por exemplo. Em vez de fazer novamente a atividade, os pais devem elogiar o esforço que o filho fez e aos poucos dar sugestões de melhorias nessas tarefas, já que o intuito é desenvolver a autonomia da criança e não a perfeição na atividade. A criança precisa saber lidar com as outras pessoas, crianças e adultos, e para isso precisa aceitar as diferenças, isto é, ter tolerância.


Mas como ela pode ser tolerante se os pais não o são? Exemplos passados pelos pais podem não ser tão significativos, mas devem ser eficazes. Se o pai diz que é preciso ter respeito pelas diferenças, ele deve dar o exemplo e tolerar torcedores de outro time de futebol, sem ser ofensivo nesses momentos. Isso vale para assuntos mais sérios, como religiões ou orientação sexual. Cabe aos pais a ausência de preconceitos e explicarem aos filhos que há uma variedade de opiniões, frisando sempre qual é a da família. Sabendo ser tolerante, o passo seguinte é ter humildade para entender que não é melhor do que os outros, e ter alteridade, que é saber se colocar no lugar deles. O exemplo aqui é a atitude. Os pais podem passar esses valores por meio de comportamentos básicos do cotidiano, como por exemplo cumprimentar os outros, auxiliar o próximo com doações ou trabalhos voluntários, entre outras atitudes. Passar ao filho a importância da reciprocidade, mostrando que é necessário tratar os outros como deseja ser tratado, e por isso em prática. Segundo os especialistas, é melhor elogiar um filho como esforçado do que dizer que ele é inteligente. Filhos que recebem o primeiro elogio possuem mais disposição para fazer atividades mais desafiadoras, enquanto os outros desistem no meio do caminho. Isso ocorre porque a inteligência é considerada como um dom, e para isso não é necessário se esforçar tanto. Falar para a criança que ela é esforçada e reforçar isso como algo positivo trabalha a persistência dela.

Outras atitudes que os pais podem fazer para ressaltar a persistência, é não dar tudo que o filho deseja, na hora em que ele quer, incentivando que ele conquiste esses objetivos de alguma maneira, seja com a argumentação ou na execução de alguma atividade. Embora muitas vezes a falta de paciência possa parecer mais um traço da personalidade, ela pode ser trabalhada. Por essa razão, os exercícios para deixar o filho persistente também o auxilia a ser mais paciente. É essencial passar para as crianças que determinadas coisas dependem das ações delas e que outras precisam de um tempo próprio, mostrando que as pessoas necessitam ter respeito pelos seus ritmos como os dos outros. Determinadas atividades podem auxiliar a trabalhar esse valor, como por exemplo, ter uma pequena horta em casa. Dessa maneira, a criança verá que não adianta somente colocar a semente na terra, é necessário aguardar o tempo natural do crescimento da planta. Além disso, é importante lembrar que nem toda criança tem noção exata de tempo, o que se desenvolve a partir dos sete anos de idade. Daí em diante, deve ser verdadeiro com o filho sobre quanto tempo as situações podem demorar e não simplesmente falar ‘daqui a pouco’. Contudo, saber que nada é perfeito, é fundamental na educação da criança, e isso inclui saber administrar com os ‘nãos’, com as frustrações que a vida pode oferecer. Para o desenvolvimento da personalidade, é fundamental que a criança saiba lidar com frustrações, já que com o seu desenvolvimento é inevitável que ela se depare com situações em que será fundamental o aprendizado desenvolvido desde a infância. Os pais devem entender que não devem resolver todos os problemas dos filhos, mas se mostrarem presentes e compreensivos com eles. Concluindo, outro valor importante é saber se comunicar, sendo também essencial o exemplo dos pais. Não são apenas as palavras que a criança aprende com os pais, mas a maneira como se fala. Se na família ela não vivenciar conversas com os pais ou se essas conversas sempre ocorrem de maneira agressiva, a criança aprenderá que aquele é o modelo de comunicação que deve seguir. É fundamental que os pais tenham diálogos com os filhos, e se interessem por eles. Procedendo assim, poderão transmitir outros valores primordiais para as crianças, como honestidade, ética e respeito, além de disseminar o amor e companheirismo que são indispensáveis no relacionamento entre as pessoas. Abril de 2015 | Vilas Magazine | 45


Viver Bem

Sintoma do infarto pode ser diferente em homem e mulher

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em sempre os sintomas do infarto em homens e mulheres são iguais. Muitas não apresentam os sinais clássicos do infarto, que são a sensação de peso, dor, pressão ou aperto no peito, que pode se irradiar para o braço esquerdo, ou ambos os braços e para os ombros. As mulheres podem apresentar falta de ar, enjoos ou vômitos, sem acompanhamento de dor. Com sinais nem sempre identificados, muitas demoram para procurar o médico. Segundo a cirurgiã cardíaca Magaly Arrais, do Hospital do Coração de São Paulo, as mulheres se queixam mais de dores nas costas, cansaço, queimação no estômago e náusea. “Esses sinais,

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nem sempre reconhecidos e relacionados ao coração, fazem com que as mulheres associem o mal-estar a problemas gastrointestinais ou ortopédicos”, afirma Magaly. Ainda não se sabe exatamente por que os sintomas nelas são diferentes, mas médicos dizem que isso pode ter relação com o fato de a mulher suportar mais a dor do que os homens ou por causa da localização das artérias, a origem dos nervos e a forma como vão se manifestar os estímulos nervosos durante o infarto feminino. Outra questão que preocupa é que alguns estudos mostram que as mulheres apresentam um risco maior de morte após sofrerem um infarto em comparação aos homens por causa da idade. “Entre outros fatores, as mulheres sofrem infarto em uma idade mais avançada que os homens. Dessa forma, tendem a ter mais problemas de saúde associados à idade, o que aumenta o


risco de morte”, afirma o cardiologista Fábio Lario, do Hospital Alemão Oswaldo Cruz (SP). O infarto geralmente está relacionado ao fechamento total ou parcial de uma artéria ou da dificuldade de chegada do sangue à região do coração causados pela formação de placas (veja quadro).

PREVENÇÃO JÁ COMEÇA NA INFÂNCIA A prevenção do infarto e de outras doenças do coração tem de começar na infância. “As placas que obstruem as artérias não se formam de um dia para o outro”, diz a cardiologista Magaly Arrais.

Portanto, alimentação balanceada, atividade física regular, controle do peso e evitar o tabagismo são essenciais para a saúde. “Isso deve começar preferencialmente desde a infância”, diz o cardiologista Fábio Lario. Bárbara Souza / Folhapress.

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Viver Bem

Dietas radicais prejudicam o corpo e podem levar à anemia

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ietas radicais que cortam grupos de alimentos têm preocupado os médicos por causa de um problema colateral – a anemia. Segundo especialistas, quando são feitas sem acompanhamento essas dietas podem causar deficiências de vitaminas, minerais e proteínas. “Dietas radicais para perda de peso que foi mal orientada, pode levar a carências de vitamina B12 e ferro”, afirma o hematologista Roberto Buessio, da Beneficência Portuguesa de São Paulo. A nutricionista Camila Leonel Mendes de Abreu diz que o erro está em excluir grupos de alimentos. “Não existem alimentos proibidos, mas quantidades que devem ser controladas. Tudo é uma questão de

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combinar, trocar ou substituir e não deixar de fora nenhum tipo de alimento”, ensina. A anemia pode não apresentar nenhum sintoma ou ser confundida com outros males, por causa das características dos sinais. Os mais comuns são fraqueza, fadiga, palidez cutânea, palpitações, falta de ar para esforços moderados. “E em casos mais avançados há piora desses sintomas, sonolência e até desmaios”, diz a hematologista Audrei Zeinad. Segundo ela, na população brasileira a deficiência de ferro é a principal causa de anemia de pacientes não internados, e mulheres em idade fértil, que sofrem perda sanguínea pela menstruação e crianças em fase de crescimento estão mais sujeitos à anemia. O diagnóstico da anemia é relativamen-

te simples, feito por exames clínico (conversa com o médico) e de sangue. Há testes complementares, que medem a quantidade de ferro e vitamina B12, além dos que verificam se há alguma doença mais grave (leia abaixo). Descartadas doenças graves, o tratamento no caso de falta de vitaminas é feito com mudança de hábito alimentar e, em alguns casos, uso de medicação. Anemia pode ser sinal de doença grave A anemia não é considerada uma doença, mas sim um sintoma de alguma deficiência de vitaminas ou de um mal mais grave, como tumores e hemorragias. “O tratamento vai depender das causas, que pode seruma coisa simples, que é a adequação da rotina alimentar, até uma medida de alta complexidade, como um transplante de medula óssea”, explica o hematologista Roberto Buessio. Bárbara Souza / Folhapress.


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Beleza / Moda

Nuca fresca

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ada como, num dia quente, levantar o cabelo e sentir um ventinho soprar na nuca. Uma boa tática para aliviar o forte calor é prender o cabelo em um coque, penteado que reúne beleza e funcionalidade. “O calor certamente colabora para que as mulheres prendam mais o cabelo, mas o coque sempre será um recurso de beleza e delicadeza feminina”, acrescenta o “hair stylist” Robson Trindade. Clássico, o penteado nasceu na Antiguidade e nunca mais saiu de moda. “Na Grécia antiga, em que o cuidado com a aparência era evidente, as mulheres usavam o coque para indicar status. Eles eram desconstruídos e feitos com os cabelos encaracolados. Já na Europa medieval, as rainhas usavam coques altos, bem presos e volumosos, simbolizando hierarquia, seriedade e poder”, lembra o “hair stylist” Juliano Culkin. Nos anos 60, as atrizes Brigitte Bardot e Audrey Hepburn transformaram o coque em sucesso novamente, deram a ele estilo e afastaram o conceito de “penteado de vovó”. “Hoje, esse penteado pode ser usado em qualquer ocasião”, indica Culkin. Altos, baixos, milimetricamente presos ou com fios soltos. Vários tipos estão em alta, segundo os especialistas. “Vale o improviso. E todos os cabelos podem fazer um coque, seja crespo, muito liso ou ondulado”, diz a “hair stylist” Barbara Fogaça, que fez coques na gerente de relacionamento internacional Juliana Simões, para servirem de modelo e inspiração. Escolha o seu favorito e arrase!

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zé carlos barretta / folhapress

Os coques são penteados fáceis de fazer e ótimas pedidas para manter os cabelos presos; aprenda dois modelos de penteados

O coque “donut” é prático e fica lindo para trabalhar ou ir a um evento


Acessório ajuda a fazer penteado perfeito em apenas alguns minutos

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ma esponjinha em formato de “donut” é a responsável por coques perfeitinhos, ideais para ir trabalhar ou para eventos ou festas. “É um acessório que toda mulher deveria ter em casa. O coque “donut” é lindo e cabe em qualquer ocasião. Ótimo para dias em que aparece um compromisso de última hora e que não dá tempo para fazer outro penteado”, indica o “hair stylist” Juliano Culkin. No ambiente de trabalho, o penteado também é visto com bons olhos. “Muito prático, ele fica superbonito para ir a uma reunião, visitar clientes ou mesmo trabalhar no escritório”, lista o cabeleireiro. O truque é simples e dá para fazer em poucos minutos. “Basicamente, é só encaixar o acessório no rabo de cavalo e esconder a esponja com os fios”, diz Barbara Fogaça. “O volume fica incrível, e o resultado final, maravilhoso”, avalia o cabeleireiro Robson Trindade.

Coque despenteado e com fios soltos cria visual descontraído e sofisticado

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coque arrumado bagunçadinho é o queridinho do momento. “Moderno, o coque ’podrinho’, que parece que não está arrumado é super tendência”, afirma Juliano Culkin. Ele pode ser usado por mulheres de todas as idades. “As mais jovens e as chamadas it girls o usam bem alto, no topo da cabeça, pela beleza e praticidade para enfrentar os dias de calor. Ótimo para ir ao banco, fazer compras, ir ao supermercado. As mulheres de meia-idade também o usam, pois deixa a aparência jovial”, diz o “hair stylist”. Prático, ele é ideal para qualquer ocasião, desde o dia a dia até mesmo em festas, quando o ar despojado passa por sofisticado. “No trabalho, o viés despojado do cabelo passa um imagem de comprometimento com o trabalho”, afirma Robson Trindade.

Para fazer não há segredos. “No dia a dia a pessoa pode simplesmente enrolar e prender o cabelo”, ensina Barbara Fogaça. Quem quiser incrementar mais pode, ainda apostar em enfeites. Com algumas ressalvas vale quase tudo! Lenços, apliques, flores pequenas e discretas, amarração, tiras de couro, hashi e grampos. O que não pode é usar lápis e piranha; por mais bonita e delicada que possa ser.. estão completamente ultrapassadas”, ressalva Robson Trindade. Laís Oliveira / Folhapress.

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Janelas Abertas Gilka Bandeira

Numa noite de vento manso

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bençoado ventinho da noite de pré-estreia da lua nova que tão ternamente vem acariciar os cabelos e refrescar os corpos tostados pelo excessivo sol de verão, cada vez mais quente. Abençoado ventinho que também refrigera a alma e põe alguém a cantar antigas cantigas praieiras e de roda, horas a fio, numa varanda às escuras. Vento que embalança as palhas dos dois coqueiros da casa, a folhagem das centenárias mangueiras do vizinho e de todas as plantas em derredor, mas não traz notícias de lá, nem diz aonde se escondeu o amor. Não diz, mas traz lembranças, saudades, desejos e devaneios. Traz um pedacinho de Ilha, do tempo em que os sessentões de hoje eram jovens, um tanto hippies, e os seus respectivos filhos estavam longe de existirem. Traz, mais precisamente, uma esteira de taboa estendida no terreiro em frente à casinha de taipa, de telhado de palha e chão batido provavelmente pelos pés em samba-de-roda, cercada pelo dendezal, onde os amigos deitados jiboiavam sob o intenso estrelejar, na total ausência de iluminação humana. Há pouco haviam se fartado de fabulosas e fumegantes moquecas de lagosta, polvo, peixe, saídos do mar para serem cozidos nas defumadas frigideiras de barro, em fogareiro de lenha. Isto, após um dia inteiro de exploração dos matos e praias entre banhos de fontes e de mar, catação de ingá e araçá mirim. Traz a varanda de antiga chácara perfumada por um misto de eucalipto, almecega, coirana e bonina, onde feliz o casal abraçado se embalava na rede a escutar os ritmados pios dos curiangos ao longe, os cricris, cios-cios, triz-triz dos demais invisíveis bichinhos da noite. Traz, soprado pela brisa, o remoto cheiro de manacá que envolvia a romanesca espera da solitária menina no portão suburbano, diante da fina curva rosada da lua nova se extinguindo. Traz outras noites em praia escondida por coqueiral, em dunas de serestas, em enevoadas ruas da cidade histórica. Traz muitas outras noites em que havia recolhimento, indolência, certa solenidade e um abençoado ventinho a fazer o que o de agora faz. O de agora, continua refrescando os corpos e balançando palhas dos coqueiros. A cantoria prossegue na varanda atrás da

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pitangueira e de repente há peremptória necessidade de que haja um amor; um amor antigo, recente ou que ainda esteja por vir, mas que haja um amor a quem se ofertar as intensas ternuras acumuladas, com quem se preguiçar no embalo da aragem e se dengar a mais não poder. É preciso que haja um amor sem tumultos, que seja qualquer coisa assim como uma calma enseada onde se possa fundear o barco da existência para tranquilo e seguro descanso, após tantos embates, tantas lidas e despropositadas aventuras. E já que se está no reino dos sonhos, não se há de regatear: portanto, que este amor seja o amor dos amores, o amor maisque-perfeito aquele em que o entendimento é tácito e que em lugar de ciúmes, lágrimas, desassossegos, prevalecem a mútua confiança, a paz e a alegria. E que, em sendo assim, extrapole os corações dos amantes individualizados e como ondas, se estenda indistintamente pelo universo, a envolver tudo e todos, neutralizando irritações, furor e medo, frutos das percepções equivocadas e sementes da discórdia. Que estas ondas, como das marés de março, batam e rebatam, tal qual a proverbial ‘água molhe em pedra dura’, nos corações cais, abrindo fendas onde flua a benta água da sensibilidade. Da sensibilidade que se enternece diante das belezas mais simples do mundo; que faz pensar duas, três, dez, mil vezes antes de se abater uma jaqueira para se fazer uma mera garagem; que impede que se largue copos plásticos na areia da praia; que torne premente a prática da regra de ouro, não fazendo aos outros, aquilo que não se deseja pra si, mesmo porque, com a inegável interligação interdependente de tudo, toda ação, ou até a não ação, de alguma forma, catastrófica ou sub-repticiamente, a curto ou longo prazo, afeta a todos e retorna ao agente da ação ou da omissão. Sensibilidade que verdadeiramente faz cuidar do que se ama, incluso o lugar onde se vive, da aldeia ao planeta; que faz das mãos dadas o único mote de todas as militâncias; que faz a coerência prevalecer sobre o contraditório e a paz sobre todas as coisas. E como os devaneios nada custam, não se há de restringilos. Então, imagina-se as ondas amorosas de que se está a falar, como fortes tsunamis, a arrastar os cifrões grudados nos olhos dos avarentos, ou tendo a essência do rio Pactolo para retirar dos reis Mídias modernos, o fatídico dom de transformar tudo que tocam em ouro, ouro que não se come, não se bebe, nem se beija. Que sejam também bem ardentes línguas-de-fogo capazes de derreter os corações de ouro, os brilhantes, caros, duros, frios corações de ouro, que pulsam no peito dos poderosos, eloquentes herdeiros de Mídias, os ganhadores de dinheiro que fazem e desfazem o mundo ao feitio da avassaladora insaciabilidade. Mas que estas mesmas ondas do mais-que-perfeito amor, também tenham a leveza da pluma no ar, a ternura maior, a suavidade do beijo sem ânsias e assim tocar o âmago das almas, criando nelas o imperioso anseio de mais e mais amar dedicada e irrestritamente.


AVISOS & EDITAIS POLÍTICA AMBIENTAL A SOST INDÚSTRIA E COMÉRCIO DE ALIMENTOS LTDA tem como objetivo manter total comprometimento com a melhoria contínua das ações voltadas para a saúde, segurança e meio ambiente. Seus princípios são: lPromover a conscientização e o envolvimento de seus colaboradores, para que atuem de forma responsável e ambientalmente correta; lGerenciar todos os riscos através de programas de prevenção e controle e fazer o acompanhamento de seu desempenho quantitativa e qualitativamente; lDespertar em seus membros a responsabilidade individual sobre as questões de saúde, segurança e meio ambiente levando-as sempre em consideração na tomada de qualquer decisão e no relacionamento com clientes, fornecedores, órgãos governamentais, comunidade e sociedade em geral; lGarantir transparência nas atividades e ações da empresa, disponibilizando às partes interessadas informações sobre seu desempenho em meio ambiente; lSeguir com estrito respeito a Legislação ambiental vigente, aos regulamentos, padrões, normas e procedimentos voltados para a saúde, segurança e meio ambiente, assegurando otimização operacional que permitam a reeducação dos efeitos ambientais adversos. lPromover o desenvolvimento sustentável, protegendo o meio ambiente através da prevenção da poluição, administrando os impactos ambientais de forma a torná-los compatíveis com a preservação das condições necessárias à vida. A DIREÇÃO

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ESCOLA

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ESCOLA

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ESPORTES

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IDIOMAS

IDIOMAS

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MÚSICA

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PRÉ VESTIBULAR

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Abril de 2015 | Vilas Magazine | 123


divulgação

Honda HR-Vs 2015

E

Honda HR-V encara 1.032 quilômetros de estrada em seu primeiro teste

m Brasília, 10h40. É a hora de colocar o Honda HR-V na estrada, rumo à São Paulo. Nuvens carregadas e tempo abafado antecipam o que virá pela frente. A versão escolhida é a EXL, topo da linha. Chama a atenção pelo que oferece, e também pelo que faz falta. Os bancos de couro estão lá, acompanhados de um eficiente GPS com tela sensível ao toque. Há também ar-condicionado digital, freio de mão elétrico e controles de estabilidade. Mas faltam itens simples como retrovisor interno fotocrômico (que reduz o ofuscamento) e sensor de luminosidade. Um carro que custa R$ 88,7 mil poderia se dar ao luxo de oferecer mais. Após ajustar banco e volante, é hora de ligar o motor 1.8 (140 cv), acionar o câmbio CVT e pegar a estrada. A ideia é seguir sem parar até Catalão (GO), mas o trânsito bom – apesar da chuva – motiva a andar mais.

124 | Vilas Magazine | Abril de 2015

Silencioso e estável como um hatch médio, o utilitário compacto começa a mostrar que está mais perto do Civic que do Fit. Bancos e painel lembram que seu irmão de plataforma é o modelo menor, mas o comportamento remete ao sedã. BARRAS DE ENERGIA Após 430 km, é preciso reabastecer. As duas últimas barras digitais do marcador de combustível ainda estão acesas, mas o

computador de bordo indica autonomia de 60 quilômetros. O número começa a cair rapidamente, embora o ritmo de viagem seja mantido. Fica a lição: não se pode confiar demais no que diz o mostrador. O pequeno posto em Uberlândia (MG) surge como um oásis na BR-050. A viagem continua com mais 20 litros de gasolina, que se mistura com o restolho de etanol que havia no tanque. divulgação

Console alto cobre entradas USB e HDMI


divulgação

Honda quer vender 50 mil HR-Vs este ano

“É

o novo Honda? Show de bola!”, diz o frentista em um outro posto, próximo à divisa de Minas Gerais com São Paulo. A sujeira não é suficiente para esconder as linhas do HR-V. As rodas aro 17 e os relevos da carroceria rendem elogios. Um senhor passa e comenta: “Honda é Honda”. São comentários como esse que fazem a montadora apostar no sucesso imediato do carro, que chegou às lojas no dia 20 de março. A marca espera vender 50 mil até o fim deste ano, o que corresponde a toda produção em Sumaré (a 118 km de São Paulo) somada a 7.000 unidades que serão trazidas da Argentina. Após trechos de chuva e outros de muita poeira, os 300 km finais são de calmaria. O bom asfalto das rodovias Anhanguera e Bandeirantes permite usar o controlador de velocidade. CONSOLE ELEVADO O carro é novamente examinado na última parada. As partes plásticas aparentam boa qualidade tanto aos olhos quanto ao toque. A empresa japonesa também acertou ao fazer o console central elevado, mas há um porém: as entradas HDMI e USB, além da tomada que permite recarregar celulares, foram colocadas no “andar de baixo”, o que dificulta o acesso. O banco traseiro tem cintos de segurança de três pontos e encostos de cabeça para todos. Há muito espaço e as mesmas soluções do Fit. Dá para levar uma muda de árvore ou uma bike na cabine, tudo depende de como os assentos são organizados. Os consumos na estrada ficaram em 11,3 km/l com etanol e 15,1 km/l com

Porta-malas carrega 431 litros de bagagem

gasolina (a 110 km/h). CONCORRENTES A viagem mostrou que, embora custe mais (a partir de R$ 69,9 mil), o HR-V está acima de rivais de mesmo porte, como o Ford EcoSport. O que mais se aproxima do Honda é o Chevrolet Tracker, mas seu preço

parte de R$ 85,9 mil. O segmento dos utilitários compactos tem três novidades: o Jeep Renegade, o Peugeot 2008 e o Renault Duster renovado. A Honda chegou primeiro e com um produto forte. A briga será boa nos próximos anos. Eduardo Sodré / Folhapress divulgação

Painel do Honda HR-Vs 2015

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divulgação

Com preços entre R$ 1,3 mil e R$ 45 mil, a linha Audax chega para competir bi segmento de bicicletas premium

Empresa brasileira lança nova linha de bicicletas premium

E

m meio a incertezas econômicas, o Grupo Claudino lança nova marca de bicicletas nacional, a Audax. Além de sugestivo, o nome faz jus à gama inicial igualmente audaciosa: 25 modelos de bikes com preços que variam entre R$ 1.299 e R$ 45 mil. As opções compreendem modelos de uso urbano, corrida e off-road, vendidos a partir de maio em lojas especializadas. As bicicletas são montadas com quadros de alumínio ou fibra de carbono. Boa parte delas utiliza componentes importados, visando o segmento premium. Com 11 mil m² construídos, a nova fábrica em Manaus (AM) tem capacidade para produzir 300 mil unidades/ano. A empresa afirma gerar cerca de 150 empregos diretos e 450 indiretos. O investimento para o lançamento da Audax é de R$ 80 milhões, aí inclusos R$ 10 milhões para ações de marketing por dois anos, e também a manutenção de time com sete atletas que competem em categorias internacionais de mountain bike. Além da Audax, o conglomerado Claudino, do Piauí, já detinha a marca de bicicletas Houston, que produz modelos mais acessíveis. A empresa redesenhou algumas de suas bikes mais vendidas, como a aventureira Mercury HT, que ganhou quadro em alumínio e rodas de 26 polegadas. Custa a partir de R$ 600.

126 | Vilas Magazine | Abril de 2015

HISTÓRIA Surgidas em 1860, as bicicletas não tardaram a virar objetos de desejo entre as classes sociais mais altas. Na época, a incrível invenção oferecia uso pouco amigável e não era ágil, graças aos pedais junto da enorme roda dianteira. Mais de 150 anos depois, a realidade das bikes é outra. Além de cumprirem outros papéis sociais, as bicicletas são ícones de tecnologia e podem muitas vezes custar mais do que um carro novo. Os materiais usados também avançaram: hoje, os quadros podem ser de fibra de carbono. Há modelos com sofisticadas suspensões dianteira e traseira, além de freios a disco. Tão importante quanto escolher o tipo de bicicleta para cada uso, é checar se os periféricos também atendem às necessidades dos ciclistas – sobretudo os novatos. Geralmente o item mais caro, a transmissão deve ser escolhida tendo como principais parâmetros a precisão e a durabilidade. Normalmente, os modelos com 21 marchas atendem a contento o pedalar no uso diário e para lazer. O acionamento (trocador) junto do guidão pode ser do tipo “gatilho” ou “grip shift”, que funciona ao girar o seletor perto da manopla. Quanto ao quadro, opte por materiais leves. Os de alumínio praticamente substituíram os de aço por não enferrujarem. Os quadros em carbono pesam entre 9 kg e 11 kg e são mais resistentes, porém seus preços são bem mais elevados. Outro periférico que pede atenção são as suspensões. Modelos mais acessíveis costumam ter as dianteiras com curso de 5 cm e sem opção de travar sua ação – o que rouba energia ao pedalar em subidas, por exemplo.



N

Vou chamar o sindico

o primeiro trimestre de cada ano, os condomínios costumam realizar suas assemClareza na aprovação das contas bleias gerais ordinárias e um dos temas obrigatórios é a aprovação das contas do último exercício. Transparência é a palavra de ordem. dos moradores com o síndico Hoje em dia, os moradores querem ter acesso a todas as in- eram analisadas previamente.

APARTAMENTOS

CASAS

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formações financeiras antes de votar. Até alguns anos atrás, a prestação de contas era superficial e a aprovação se dava muito mais pela confiança e amizade e conselheiros. As contas sequer


As 12 pastas do ano encerrado eram empilhadas na mesa, formando uma torre de papel, sem condição de o morador fazer qualquer análise. O resultado era a aprovação de contas ser feita no “no escuro”. Felizmente, nos últimos anos, o mercado de administração de condomínios evoluiu bastante, e os moradores passaram a ter ampla condição de acompanhar e fiscalizar as contas, mês a mês, em tempo real, tornando mais simples e segura a decisão sobre as contas. E os moradores devem estar atentos aos números, pois não são raras as tristes histórias de síndicos picaretas, que tiram proveito em benefício pessoal. Existe, inclusive, uma saudável disputa entre as administradoras de condomínios para ver quem possui o melhor sistema e plataforma de prestação de contas, sem falar no crescimento das chamadas auditorias preventivas.

Para que a aprovação das contas na assembleia ocorra de forma consciente e segura, são recomendáveis os seguintes requisitos: 1. Envio de balancetes mensais, junto ao boleto de condomínio 2. Contabilização apartada das despesas ordinárias e extraordinárias e do fundo de reserva 3. Disponibilização das contas em ambiente eletrônico, preferencialmente no site da administradora 4. Disponibilização de todos os contratos assinados, aditivos e atas 5. Consolidação dos números de inadimplência 6. Elaboração de pasta mensal de prestação de contas, com cópia em ambiente eletrônico 7. Prévia análise e aprovação pelos membros do conselho fiscal 8. Parecer de auditoria independente, quando contratada.

CASAS

IMOBILIÁRIA

Abril de 2015 | Vilas Magazine | 129


TRIBUNA DO LEITOR

Excesso de quebra-molas Deixo claro que não sou engenheiro de tráfego nem especialista em mobilidade urbana. Por essa razão, gostaria de explicação, principalmente dos poderes públicos, o porquê dos excessivos quebra-molas nas avenidas Itapuã e Pajussara, em Vilas do Atlântico. Como do conhecimento dos moradores do bairro, esses equipamentos urbanos foram instalados para preservar a segurança dos moradores de ruas e avenidas, tendo em vista a alta velocidade empreendida pelos motoristas de veículos, nesses logradouros residenciais. Porém, as citadas avenidas foram transformadas em centros comerciais, com raríssimas residências remanescentes. Dessa forma, penso eu, os quebra-molas nelas instalados, em intervalos de cerca de 50 metros, muito contribuem para engarrafamentos, principalmente nos horários de muito movimento, ampliando os transtornos na mobilidade urbana. Meu objetivo é de colaborar com a gestão pública e contribuir para a melhoria de vida dos moradores deste loteamento. Jaime de Moura Ferreira. Vilas do Atlântico.

Energia do Bom-Dia O querido Jaime de Moura Ferreira foi super ultra feliz em sua coluna, na edição 194, de março, da revista Vilas Magazine. Concordo em todas as formas que ele coloca o benefício do ‘bom dia’ autêntico, doado e voluntário. Todas as vezes que ando no calçadão – a muitos anos – pratico este ‘mantra’: dou bom-dia sem cansar. E ao longo dos anos praticando, começo a perceber três categorias distintas: os que

130 | Vilas Magazine | Abril de 2015

já te dão bom dia ao mesmo tempo; os que se sentem provocados e devolvem o cumprimento, e os que ainda nem te olham. Devo ser conhecido como “o cara do bomdia”. Que seja! Em tempo: me chamou a atenção a diminuição gradativa do espaço Tribuna do Leitor, nas últimas edições da revista Vilas Magazine. Recomendo que não desprezem as opiniões e reclamações (e eventualmente elogios) dos leitores, que afinal os consideramos como um canal abrangente, profissional e muito respeitado. Pedro Alceu Amoroso Lima. Vilas do Atlântico. Nota do Editor: Caro leitor Pedro Alceu. De forma alguma restringimos a publicação dos questionamentos dos leitores, neste espaço. Saiba que é uma das mais prestigiadas seções da revista.

Comunidades apelam ao poder público n Ilustríssimo Sr. Prefeito Municipal, Dr. Márcio Paiva. Venho respeitosamente à presença de Vossa Senhoria informar que a Rua Vereador João Custódio, localizada no Centro, se encontra em péssimo estado, sem asfalto, quando chove fica cheia de lama e quando está seco, muita poeira, causando doenças em pessoas que tem processo alérgico, estado este que apenas piora a cada dia com o surgimento de novos buracos e crescimentos dos já existentes. A situação da via é crítica, dificultando imensamente o tráfego de veículos no local e potencializando o risco de acidentes. Dessa forma, solicito que seja determinada a realização de serviços de asfalto, máxima urgência possível. Inclusive foi publicado na edição de janeiro de 2014 da revista Vilas Magazine, que a rua seria asfaltado e até o momento nada foi feito. Certo de que o pedido será atendido na maior brevidade, renovo votos de mais elevada estima e consideração. Vera Lúcia Machado Lima.

n Estamos cansados de apenas assistirmos cascalhos serem espalhados nas ruas Chile e Teócrito Batista. Quando se dará a conclusão asfáltica dessas ruas? Sofremos com poeiras, lama, inúmeros buracos e nada de asfalto. Descaso total com os moradores, que sonham há anos vivendo de promessas dos gestores desta cidade. É uma insatisfação diária, o convívio com promessas. Resido aqui desde 2001 e me sinto lesado. Pago IPTU, convivo com uma iluminação pública ruim, sem policiamento – apesar de estar próximo ao Batalhão de Choque da PM. Coitado de quem sonhou em ter “Minha Casa, Minha Vida” nestas condições. Sem respeito, sem escolas, praças e com muitos e muitos buracos, poeiras, lamas, sendo lembrados apenas de quatro em quatro anos, nas eleições. Sem esperança e sem assistência alguma. É uma vergonha. Marco Oliveira. Condomínio Recanto das Mangueiras.

n Apelamos à revista Vilas Magazine que nos ajudem ,junto a Prefeitura de Camaçari, para impedir o descarte irresponsável de lixo hospitalar em área residencial. Fátima Almeida. Loteamento Parque São Jorge. Rua da Grama. Abrantes.

obituário Faleceu em 7 de fevereiro, o pediatra Francisco Octaviano Short Paim. Chamado pelos colegas de “Diplomata dos Pediatras”, deixa um legado de ética e profissionalismo, além de ter sido um cidadão comprometido com as causas sociais, homem de fé, solidário, esposo, pai e avô amoroso. Dr. Paim, como o chamavam carinhosamente, nasceu em Salvador, no bairro de Itapagipe. Formou-se em Medicina pela Escola Baiana de Medicina e Saúde Pública em 1969 e serviu como oficial médico da Marinha. Especialista em Administração Hospitalar, credenciado por um dos primeiros cursos realizados na Bahia, optou em exercer a pediatria para dedicar-se às “suas crianças”, como dizia. Nos anos 90, encantado com Vilas do Atlântico (no qual veraneava desde os anos 80), transferiu sua residência e consultório para cá, cuidando de várias gerações de crianças, sendo um dos primeiros pediatras a atuar na região. Sempre envolvido pelos sentimentos altruístas e humanitários, exerceu a medicina de forma integrada entre a cura das dores do corpo e da alma, atendendo as crianças sempre com amorosidade, destacando-se principalmente pela forma respeitosa, carinhosa e compreensiva como atendia os pais, a qualquer hora e dia que dele precisassem.


TÁBUA DE MARÉS



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