Vilas Magazine | Ed 196 | Maio de 2015 | 32 mil exemplares

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PREFEITURA INSISTE EM ALVARÁS PARA ÁREA RESIDENCIAL




editorial

Comércio em alta A Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) de Lauro de Freitas dá início este ano a um sério esforço de valorização do comércio local, lançando mão de ferramentas consolidadas em outras praças, incluindo as liquidações conjuntas. É um passo muito importante para as empresas que têm portas abertas em Lauro de Freitas, mas não menos importante para os trabalhadores e os consumidores locais. Um setor de comércio forte representa oportunidades de emprego e possibilidades mais amplas de escolha na hora de comprar. Por outro lado, o grande número de pequenas e micro empresas no comércio de Lauro de Freitas demonstra a necessidade de haver uma Câmara de Dirigentes Lojistas solidamente implantada e atuante no município. O desenvolvimento do comércio local é bom também para os cofres públicos, já que uma parte dos (muitos) impostos agregados aos preços fica para o município.

Endereço desconhecido Mas se a verba dos impostos entra por aqui, há vezes em que sai por Salvador. Como agora, quando a prefeitura de Lauro de Freitas vem anunciando pesadamente em veículos de comunicação da capital, com repercussão estadual (onerosa pela sua própria abrangência) e não local, como recomenda um plano de mídia bem calçado. Afinal, entende-se que gestões municipais devem prestar contas de suas ações às comunidades que lhes dizem respeito. É como se uma nova passarela na Estrada do Coco ou o asfaltamento de ruas no Caji fosse do interesse dos moradores de Brotas, em Salvador, ou das comunidades das centenas de lugares pelo interior, onde chegam os sinais da TV, por exemplo. Alguém está um tanto perdido nessa matéria. Ou mais “achado” do que convém.

Devolvido ao remetente Espantosa a insistência da prefeitura de Lauro de Freitas em legitimar a concessão de alvarás comerciais em área residencial de Vilas do Atlântico por meio de projeto de lei. Quando a comunidade pensava que o recado já tinha sido claramente dado, o prefeito Márcio Paiva (PP) tenta ressuscitar a ideia com o argumento de que pretende proibir a concessão de novos alvarás em área residencial. Para isso não é necessário autorizar os que foram anteriormente liberados, em desrespeito ao Plano Diretor e ao TAC de Vilas do Atlântico. Basta cumprir o que está escrito.

Perdidos em Lauro de Freitas Impressionante também o modus operandi da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), que resolve enfiar uma escavadeira na margem do rio Sapato sem aviso prévio à comunidade, como se o espaço público fosse de ninguém em vez de ser de todos. Uma afronta descabida à comunidade. Já ficou claro que o projeto de drenagem da Lagoa da Base está sendo executado a toque de caixa para não perder o prazo regulamentar de utilização das verbas. Mas a pressa podia ter incluído uma reunião com a comunidade, um comunicado à imprensa, qualquer sinal de fumaça. O resultado é uma comunidade desconfiada do que se pretende fazer e amedrontada pela memória – nem tão remota assim – dos alagamentos de casas em Ipitanga e na avenida Praia de Copacabana. Aumentar o volume de água no rio Sapato é assunto delicado, por mais acertado que seja o projeto técnico da Conder. Até para se isentar de qualquer futuro problema, a autarquia deveria ter chamado os moradores para alcançar consenso prévio. Agora Inês é morta. Se uma chuva mais intensa vier a inundar as margens do rio, como há seis anos, os Carlos Accioli Ramos moradores já sabem a quem pedir reparação de danos. Diretor-editor

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Registros & Notas Região ganha uma casa portuguesa, com certeza

Rotary Club empossa novo associado

Os empresários portugueses José João An­­tunes e Rui Simões inauguraram, em abril, o Espaço Portugal, na praça João Thiago dos Santos, Centro de Lauro de Freitas, voltada para o segmento de vinhos e produtos portugueses, no atacado e varejo. fotos: marivaldo paixão / arquivo rclf

Brechó do Rotary O Núcleo de Senhoras do Rotary promove, nas manhãs dos dias 22 e 23, sexta-feira e sábado, na secretaria do clube (anexo ao Colégio Mendel de Vilas do Atlântico, acesso pela rua Praia do Forte, próximo ao restaurante Donana), mais uma edição do Brechó Beneficente do Rotary. Roupas novas e seminovas, calçados, bolsas, bijuterias e acessórios em geral, compõem o leque de produtos em ofertas, à venda por preços bastante acessíveis. O valor arrecadado na ação, será revertido para implementar ações sociais promovidas pelo Núcleo de Senhoras, em apoio ao trabalho comunitário desenvolvido pelo Rotary Club Lauro de Freitas no município.

O administrador de empresas Frederico Nacor Frazão Carvalho (dir. acima) tomou posse como o mais novo integrante do Rotary Club Lauro de Freitas, na reunião plenária do dia 14 de abril, perante toda a família rotária. Natural de São Luís do Maranhão, é casado com Theila Carvalho, com quem tem dois filhos: Gabriela, de 9 anos, e Gustavo, de 7 anos. Com passagem pela Ford Motor Company, em São Bernardo do Campo (SP), na área financeira, é atualmente controller da Cameron Internacional para o Brasil e diretor financeiro da Vescon Equipamentos Industriais. Frederico foi indicado ao clube pelo rotariano Paulo Costa, que lhe coloca o pin de rotariano (acima). Na outra foto, ao lado da esposa e filha, é saudado pelo presidente do Rotary Club Lauro de Freitas, Haroldo Lima Neto.

Marcelo Cortes / Fotoarena / Folhapress

Galvão Bueno lança livro em Salvador O narrador Galvão Bueno (esq.) promoveu, em Salvador, o lançamento do livro Fala Galvão, escrito em parceria com o jornalista Ingo Ostrovsky. A noite de autógrafos aconteceu na Livraria Cultura, do Salvador Shopping, em 8 de abril. Após o evento, Galvão foi com a família e amigos especiais ce-

lebrar no restaurante Gatai, que funciona no mesmo espaço. Na foto acima (a partir da direita): Ingo Ostrovsky, Galvão Bueno, a esposa

Desirée, a filha Letícia, o amigo Roberto Koch, Kiara e Durval Lélis, Daniela Mercury e a esposa Malu Verçosa.

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CENA DA CIDADE

O rio Sapato na travessia da rua Luiz Carlos Duarte, limite entre Ipitanga e Vilas do Atlântico chega ao ponto de transbordamento durante a chuva intensa de 26 de abril – ainda sem o volume de água extra da reversão de drenagem da Lagoa da Base. Projeto da Conder nãoprevê alargamento das manilhas nesse trecho.

p vai bem

O

Detran baiano vai aderir este ano ao “Maio Amarelo”, um movimento internacional de conscientização para a redução de acidentes e para a segurança do trânsito. Na esteira de movimentos como o Outubro Rosa, pela prevenção do câncer de mama e o Novembro Azul, pela prevenção do câncer de próstata, o Maio Amarelo pretende pregar a prevenção de acidentes de trânsito por meio de campanhas extensivas que exibem um laço amarelo. Só no Brasil, quase 500 entidades do Poder Público e da sociedade civil participam da mobilização este mês, incluindo prefeituras municipais, entidades de representação profissional como seções da Ordem dos Advogados do Brasil, associações de todos os tipos e diversas empresas. Na Bahia, além do Detran, participam a Associação Baiana de Proteção aos Condutores de Veículos Automotores (ABCV), a concessionária de estradas Bahia Norte, Sindicato das Seguradoras de Bahia, Sergipe e Tocantins e o Sindicato dos Agentes de Trânsito do Estado da Bahia. Em outros estados a participação da sociedade civil é muito mais intensa. A intenção é colocar em pauta o tema segurança viária para discutir o tema, engajar-se em ações e propagar o conhecimento, abordando toda a amplitude que a questão do trânsito exige, nas mais diferentes esferas.

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q vai mal

Perigo à vista

N

a rua Dr. Barreto, na confluência com a pracinha em frente à Seplan, este poste se mantém em pé sustentado exclusivamente pelos vergalhões de ferro do seu interior. Moradores e transeuntes não entendem como Coelba e Prefeitura se omitem, tão irresponsavelmente, das providências que o perigo exige.


Cidade

Presidente da Câmara devolve projeto de lei sobre alvarás em áreas residenciais de Vilas do Atlântico

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tentativa de liberar empreendimentos comerciais em área residencial de Vilas do Atlântico ganhou novo capítulo no mês passado, quando o prefeito Márcio Paiva (PP) solicitou o desarquivamento do projeto de lei 32/2014. Apresentada no ano passado pela prefeitura como “suspensão da concessão de alvarás”, na prática a proposta autorizava o que já está “consolidado como não residencial” e os que “já possuem alvará de construção para uso não residencial” – mesmo em áreas residenciais de Vilas do Atlântico. Pelo menos 23 novos empreendimentos irregularmente liberados estariam enquadrados nessa condição. Sem ter ido a votação em 2014 no plenário da Câmara, o projeto de lei foi automaticamente arquivado. “O desarquivamento a pedido do autor do projeto, no caso o Executivo, é compulsório, não depende da vontade do presidente da Câ-

mara”, explica o vereador Antônio Rosalvo (PSDB), no cargo desde janeiro. “Entretanto, é evidente que esse projeto de lei indiretamente altera o PDDM [Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal], portanto não pode tramitar da forma que foi enviado à Câmara e por isso o devolvi ao prefeito”, pontua Antônio Rosalvo em comunicado. O presidente da Câmara já devolveu ao Executivo um outro projeto, este ano, pelos mesmos motivos. Qualquer alteração ao PDDM exige a prévia realização de audiências públicas com ampla participação da sociedade, além de estudos técnicos. Ministério Público Reagindo à devolução do projeto de lei, a prefeitura emitiu comunicado em que critica

a gestão anterior pela emissão de alvarás irregulares – os mesmos que a atual gestão agora pretende legitimar. No comunicado, a prefeitura insiste em que a proposta é suspender a concessão de alvarás para empreendimentos não residenciais, mas reconhece que “excetuando os localizados nas avenidas Praia de Itapoan e Praia de Pajussara” – esta última uma via residencial. Diz ainda que “acredita na habitual competência do Legislativo Municipal [e] na correta avaliação dos edis durante a apreciação dos Projetos de Lei encaminhados”. Em resposta, Antônio Rosalvo reafirma que tomou a decisão correta ao devolver o projeto de lei ao Executivo e menciona recomendação recente do Ministério Público estadual encaminhada ao prefeito Márcio u

“O desarquivamento a pedido do autor do projeto, no caso o Executivo, é compulsório, não depende da vontade do presidente da Câmara. Entretanto, é evidente que esse projeto de lei indiretamente altera o PDDM [Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal], portanto não pode tramitar da forma que foi enviado à Câmara e por isso o devolvi ao prefeito”. Antônio Rosalvo (PSDB), presidente da Câmara Municipal de Lauro de Freitas

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LEG A cre Prai segu


Cidade

u Paiva. No documento, a promotoria recomenda a retirada da proposta e que o prefeito se abstenha de encaminhar qualquer projeto de Lei que implique em alteração do PDDM sem os devidos estudos técnicos e a participação da sociedade civil. A primeira tentativa de liberar alvarás comerciais em áreas residenciais de Vilas do Atlântico data de julho do ano passado, quando o Decreto 3.758/14 autorizou empreendimentos em cinco avenidas do loteamento e sete ruas do Miragem. A prefeitura recuaria mais tarde, em parte, no que se refere a Vilas do Atlântico. Novo decreto, publicado em setembro, revogava o anterior, mas mantinha a concessão de alvarás de construção para empreendimentos não residenciais e a alteração de uso residencial para comercial nas avenidas Praia de Itapoan e Praia de Pajussara – o que contraria o Termo de Acordo e Compromisso (TAC) de Vilas do Atlântico. O zoneamento do bairro é protegido por lei específica, a 928/99. O prefeito Márcio Paiva, em declarações à reportagem da Vilas Magazine, argumentou que seria “injusto” impedir a abertura de novos empreendimentos comerciais na avenida Praia de Pajussara porque a via já conta com alguma ocupação desse tipo. A mesma explicação havia sido dada anteriormente para a liberação de comércio nas avenidas Praia de Tramandaí, Praia de Guarujá e Praia de Guarapari. Simultaneamente, o prefeito encaminhou Projeto de Lei à Câmara Municipal nos mesmos termos do decreto – o mesmo projeto de lei desarquivado e devolvido agora pelo presidente da Câmara. Se fosse aprovada, a nova lei, na prática, legalizaria os empreendimentos já liberados em desacordo com o TAC e abriria a possibilidade de ocupação comercial extensiva na avenida Praia de Pajussara. Mapa A prefeitura já chegou a alegar “insegurança jurídica” em relação ao zoneamento de Vilas do Atlântico. A lei que protege o TAC do loteamento seria inaplicável porque o mapa a que ela se refere não teria sido publicado. Mas em vez de apenas reafirmar o mapa, em consonância com a própria lei que a ele se refere, a proposta legislativa adotada na prática altera os parâmetros de zoneamento originais. É consenso entre as entidades representativas dos moradores, que a crescente ocupação comercial de Vilas do Atlântico e do seu entorno concorre para o caos urbano, trazendo insegurança e roubando qualidade de vida. Uma assembleia geral de moradores, organizada pela Salva, já havia decidido pela preservação do atual TAC, rejeitando por unanimidade qualquer proposta de alteração. Um comunicado conjunto, assinado pelas associações de moradores e dirigido ao prefeito Márcio Paiva foi protocolado na prefeitura em agosto do ano passado.

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Obra da Conder não tem estudo de inundações em Vilas do Atlântico

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chuva que ainda hoje provoca alagamentos na Lagoa da Base passará a escoar por meio de tubulação para o rio Sapato, atravessando Ipitanga e Vilas do Atlântico até a foz do rio Joanes. A obra, iniciada no mês passado sem aviso prévio aos moradores, trouxe novas preocupações aos dois bairros. Uma delas diz respeito à maior contaminação do rio Sapato com o esgotamento sanitário da Lagoa da Base, que passaria a correr através de Ipitanga e Vilas do Atlântico. A segunda está relacionada à capacidade do rio Sapato absorver o volume extra de água pluvial sem causar alagamentos.


Escavadeira a serviço da Conder na margem do Sapato: projeto social “rebocado” pela obra

O próprio projeto afirma que não foi feito “um estudo da probabilidade de inundações” em Ipitanga e Vilas do Atlântico porque “não dispomos de levantamento detalhado, principalmente das cotas de implantação das unidades residenciais lindeiras ao rio” (confira ao lado). Para a Conder, os dados das curvas de nível são suficientes para garantir que não haverá alagamentos. A obra, realizada pela Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder), representa uma solução alternativa ao que havia sido planejado para a Lagoa da Base oito anos atrás. No âmbito do PAC do Governo Federal, havia R$ 18 milhões destinados à regularização daquela área, com a transferência dos moradores para outra região do município. u Maio de 2015 | Vilas Magazine | 11


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De lá para cá, nem a obra andou nem as famílias da Lagoa da Base aceitaram sair da área de risco. Para não perder os recursos – que devem ser devolvidos ao Governo Federal quando a obra não é realizada – a Conder resolveu projetar uma alternativa e dar início às obras antes mesmo de falar com as comunidades afetadas. A drenagem vai beneficiar diretamente os residentes da Lagoa da Base e da Rua da Irmandade, no Centro, áreas historicamente vitimadas por inundações a cada chuva mais forte. São 700 metros de manilha de concreto armado, 916 metros de tubo de concreto armado, com um canal retangular em concreto armado de 165 metros e um bueiro, também em concreto armado, com 66 metros. De acordo com Cássio Cerqueira, Superintendente de Obras da Conder, o projeto atual tem a participação do Governo da Bahia, que entrou com R$ 5 milhões dos R$ 12,6 milhões que a obra vai custar. Complexidade Em vez de projetar o escoamento das águas da Lagoa da Base para o rio Ipitanga, destino natural naquela bacia hidrográfica, a Conder decidiu-se por uma “reversão da drenagem”, com uma elevação média de 13 metros, via tubulação, em direção ao rio Sapato, em bacia hidrográfica diferente. A solução resultou tão complexa que, de acordo com o próprio Cerqueira, a primeira licitação, lançada em abril de 2014, fracassou por falta de capacidade técnica das empresas participantes. Em dezembro passado, seis empresas de São Paulo participaram de nova licitação. As obras foram iniciadas logo em seguida.

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Rogério Machado (dir.) : faltou levar em conta a inundação das residências ao longo do rio Sapato

“Estamos no prazo limite” para aplicar os recursos do governo federal, explicou o superintendente de obras durante reunião da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), em abril. Daí

Dilma Assunção: “Eu não ia lançar irrespon­ savelmente um volume de água na calha do Sapato que ele não pudesse comportar”

a pressa em iniciar a obra. De acordo com ele, a prefeitura de Lauro de Freitas foi comunicada do início da obra, que tem prazo de 18 meses para conclusão. Antônio Carlos Costa Andrade, empresário da construção civil e morador de Vilas do Atlântico aponta que a obra está sendo feita com “o objetivo principal de não perder o recurso”, deixando dúvidas quanto ao acerto das decisões tomadas. Dilma Assunção, especialista em drenagem da Unidade de Projetos de Saneamento da Conder, defendeu o projeto de engenharia e as escolhas técnicas. “Eu não ia lançar irresponsavelmente um volume de água na calha do Sapato que ele não pudesse comportar”, garantiu. De acordo com Assunção, a drenagem também poderia ser feita em direção à lagoa que já existe dentro da Base Aérea da Aeronáutica, mas “a ANAC [Agência Nacional de Aviação Civil] não abre mão de que nada transtorne a pista de pouso e decolagem”, diz. Havendo a simples possibilidade de inundações na pista do aeroporto, u


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Cidade a solução foi liminarmente recusada. O aspecto financeiro da equação também teria contribuído para a decisão. Outra solução seria drenar a Lagoa da Base através da av. Mário Epinghaus em direção ao rio Ipitanga, mas a obra “custaria o dobro da reversão” para o Sapato. Além disso, poderia custar outros R$ 200 milhões se conta a incluir o desassoreamento do Ipitanga desde a represa Ipitanga 1 até o rio Joanes – uma intervenção de grande porte que a Conder acredita ser necessária para lançar ali o volume extra da Lagoa da Base. Inundações em Vilas do Atlântico O rio Sapato, de calha muito inferior à do rio Ipitanga, já começou a ser desassoreado em todo o trecho de Ipitanga e Vilas do Atlântico, mas há quem desconfie da viabilidade do projeto. O engenheiro Rogério Machado, também morador de Vilas do Atlântico, aponta o que considera ser uma falha essencial: a Conder não fez um estudo da probabilidade de inundações nas residências ao longo do rio. O próprio projeto afirma que não há um “levantamento detalhado, principalmente

Lagoa da Base: inundações são certas a cada chuva intensa

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das cotas de implantação das unidades residenciais lindeiras ao rio”. Machado lembra que antes das obras de ampliação das manilhas do rio Sapato as chuvas mais intensas colocavam um metro d’água dentro das casas na av. Praia de Copacabana. Ele próprio esteve à frente das conversas com a prefeitura em 2009, depois que, de 23 para 24 de maio, as residências passaram mais de doze horas alagadas. Já naquela época Machado destacava que os alagamentos em Vilas do Atlântico eram potencializados pelo represamento artificial do rio Sapato na altura da rua Praia de Tambaú. Ao contrário das outras barreiras, naquele ponto a entrada e saída das manilhas de escoamento está em desnível. De acordo com os pioneiros do bairro, a intenção da construtora Odebrecht, ao represar o rio, era criar um espelho d’água onde até já existiram pedalinhos. A primeira consequência da instalação das novas manilhas – que aconteceu logo depois – foi o rebaixamento do nível do rio e a redução do espelho d’água em toda a extensão. Não houve novas inundações nos últimos seis anos, mas também não há estudos sobre o que poderá acontecer depois da

reversão da drenagem da Lagoa da Base. Esse aspecto do projeto preocupa também o secretário de Infraestrutura de Lauro de Freitas André Carvalho. “O importante é o dimensionamento dessas galerias para não haver estrangulamento nas travessias” das ruas, diz, já que o rio Sapato “praticamente não tem declividade, é um afloramento do lençol freático”. Dilma Assunção afirma que a ausência de um estudo da probabilidade de inundações nas residências ao longo do rio não compromete o projeto e que a intenção é elevar as galerias “para a capacidade máxima equivalente ao rio Sapato”. Ela garante que o rio tem capacidade para receber um volume 50% superior ao que já vem da região da Lagoa da Base – exatamente como planejado. Esgotamento sanitário Mesmo que o Sapato comporte todo o volume de água que chegue da Lagoa da Base durante uma chuva intensa, há a preocupação de que esse fluxo traga para Vilas do Atlântico todo o esgotamento sanitário daquela área, além da poluição de detritos de vias públicas e os produzidos nas enxurradas.


A Conder afirma, primeiro, que já encontrou o rio “com um certo nível de poluição” e alega que quando o projeto da reversão de drenagem foi decidido estava em perspectiva o Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Lauro de Freitas – uma obra que continua parada. Diante das exigências de licenciamento da prefeitura de Lauro de Freitas para a obra de reversão de drenagem, entrou na equação o esgotamento sanitário adequado da Lagoa da Base. De acordo com Eliana Marback, secretária municipal de Planejamento, a prefeitura tomou conhecimento do projeto “apenas este ano”, mas o esgotamento sanitário na Lagoa da Base “é condicionante para a funcionalidade do projeto, está no alvará da prefeitura”. A prefeitura “está acompanhando e a gente não vai deixar nada acontecer se não tiver esgotamento sanitário”, garante Marback. O fato, porém, é que nem o projeto do esgotamento sanitário existe ainda, quanto mais os recursos para a sua construção. A Conder confia em “esforços” conjuntos com a prefeitura para viabilizá-lo. André Carvalho, da Infraestrutura de Lauro de Freitas, propôs a formação de uma comissão técnica para acompanhar a obra e garantir a execução do sistema de esgotamento. Priorizar a Lagoa da Base e seus arredores na retomada das obras da Embasa “pode ser uma solução”, disse. Carvalho criticou a Conder ainda por ter iniciado a obra sem o habitual esforço de relações com a comunidade, discutindo as soluções propostas e explicando antecipadamente o que seria feito e de que forma. O projeto social “está rebocado pela obra”, disse ele, quando “devia ter vindo na frente”. Os moradores de Vilas do Atlântico tomaram conhecimento da empreitada apenas no mês passado, quando uma escavadeira já destruía as árvores plantadas à margem do Sapato para limpar o leito do rio. A Conder promete repor todas ao final da obra.

Lamentável a agressão ao meio ambiente em Vilas do Atlântico

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té 2005, o rio Sapato, que nasce na Praia do Flamengo e corta todo o loteamento Vilas do Atlântico, possuía poucas plantas ciliares, para proteção de suas margens e, também, para reduzir a evaporação de suas águas. Em 21 de setembro de 2005, em comemoração ao “Dia da Árvore”, o Rotary Club Lauro de Freitas iniciou um movimento de preservação ambiental, plantando 84 mudas de flamboyant, em suas margens, nas imediações do então terminal de ônibus da av. Copacabana. Lamentavelmente, pela ação de vândalos, falta de cuidados e apoio da prefeitura local, essas mudas não vingaram. Após outras tentativas, o Rotary Club Lauro de Freitas plantou mudas de tamarineiros, quando a maioria chegou à idade adulta, por serem mais resistentes. Então, com base nessa experiência, foram plantadas 400 mudas de árvores frutíferas (coqueiros, cajueiros, mangueiras, pitangueiras), que se juntaram aos tamarineiros já plantados em toda a sua margem, da av. Copacabana. O Rotary Club Lauro de Freitas plantou 130 mudas e o empresário Antônio Costa Andrade, morador de Vilas do Atlântico, outras 270. Além dessa significativa plantação, o empresário reconstruiu toda a calçada dessa avenida, além de contribuir com as telas de proteção para as mudas plantadas, bem como sua manutenção permanente. Dia 27 de março passado a comunidade de Vilas do Atlântico foi surpreendida com a ação destruidora de uma máquina escavadeira, dando início à dragagem do rio Sapato, na avenida Copacabana, destruindo as árvores ali plantadas. Representantes do Rotary Club Lauro de Freitas junto com moradores do loteamento, foram buscar esclarecimentos com o funcionário que operava a máquina, sendo informados que aquela ação era um projeto da Conder para limpeza do rio, e que todas as árvores seriam destruídas, para serem replantadas posteriormente. Na mesma manhã, o engenheiro da Conder, responsável pelo projeto, esclareceu que aquela ação estava totalmente legalizada, sendo do conhecimento da Prefeitura,

IBAMA, Ministério Público e entidades ambientais. Convenhamos, a dragagem do rio Sapato é uma ação necessária, pois o rio está com o seu leito muito raso, com muita lama acumulada no fundo, isso provocado pelos inúmeros despejos criminosos de esgotos residenciais sem tratamento, crime esse do conhecimento da Prefeitura de Lauro de Freitas. Porém, fazer a dragagem destruindo as 400 plantas ali existentes, após dez anos de sacrifícios, cuidados e acompanhamento de moradores de Vilas do Atlântico, é inconcebível e profundamente lamentável. Até porque, em pleno avanço tecnológico, sem medidas de expressão, não é crível que, para uma ação ambiental necessária, seja aceito destruir o meio ambiente que se procura preservar. Os moradores de Vilas do Atlântico não querem acreditar que essa destruição ambiental tenha a aprovação dos poderes públicos, quando uma de suas missões básicas, é preservar o meio ambiente. Onde fica a tão falada sustentabilidade? Qual o exemplo que se passa para os jovens de hoje, futuros construtores de um Brasil mais justo? Como está sendo trabalhada a cidadania responsável? Aguardamos ansiosos que, a partir da denúncia dos moradores, das múltiplas reuniões acontecidas após a denúncia, após a ação da associação que representa a comunidade de Vilas do Atlântico, os responsáveis pela condução desse projeto, busquem soluções técnicas mais viáveis para fazer a dragagem tão necessária do rio Sapato, sem destruir as árvores que lhe margeiam, há dez anos. Jaime de Moura Ferreira é administrador de empresas, professor universitário, consultor, ambientalista, membro do Rotary Club Lauro de Freitas e morador pioneiro de Vilas do Atlântico. Maio de 2015 | Vilas Magazine | 15


Cidade

Q

uase 92% dos empreendimentos de Lauro de Freitas enquadramse como pequenas ou micro empresas (PME). Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo organizados pela Câmara de Diretores Lojistas (CDL) de Lauro de Freitas, das 28 mil empresas em atividade no município, mais de 25 mil são PME. A média na Bahia é de 94%. Por setor de atividade, Lauro de Freitas é principalmente uma cidade de serviços (65%). O comércio vem em segundo lugar com 32% e a indústria num distante terceiro posto com 3%. A informação faz parte de um perfil econômico do município apresentado pela CDL no lançamento da primeira “Liquida Lauro de Freitas”, no final do mês passado. A operação de vendas segue os parâmetros da tradicional “Liquida Salvador”, sorteando um carro e uma moto. Para o presidente da CDL Lauro de Freitas Ribamar Kleber, o objetivo é contribuir para transformação dos bons números da economia local em maior atividade econômica dentro do município. A CDL Lauro de Freitas acredita que as empresas de um mesmo setor, ao se organizar, “ajudam-se mutuamente para enfrentar os desafios da

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CDL prepara a primeira ‘Liquida Lauro de Freitas’ competitividade no mercado”. Além disso, o consumidor, ao utilizar os produtos e serviços ofertados em Lauro de Freitas, contribui decisivamente para o aumento da arrecadação de tributos, fortalecendo a capacidade financeira do município. Os “bons números” a que se refere a

Ribamar Kleber, presidente da CDL Lauro de Freitas: transformar o potencial em resultados concretos


Agência do Ministério do Trabalho e emprego em Lauro de Freitas homologa rescisões contratuais

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Novos investimentos comerciais em Vilas do Atlântico e em toda Lauro de Freitas tra­ duzem uma expectativa positiva para o futuro

CDL incluem uma contagem atualizada da frota de veículos, que em 2014 ultrapassou a marca dos 67 mil, dos quais quase 39 mil são automóveis e mais de 10 mil motocicletas. Com uma população estimada pelo IBGE em 188 mil habitantes para 2014, Lauro de Freitas teria já um veículo para cada três habitantes. O CDL compilou ainda o movimento financeiro no município, com mais de R$ 130 milhões em depósitos à vista e mais de R$ 321 milhões a prazo, segundo o Banco Central do Brasil. São 19 agências bancárias responsáveis por operações de crédito de mais de R$ 774 milhões. Na poupança, os laurofreitenses mantêm R$ 358 milhões.

esde o princípio de 2013 uma agência do Ministério do Trabalho e Emprego em Lauro de Freitas emite Carteira de Trabalho e Previdência Social, trata de seguro-desemprego e dá orientações relacionadas à Relação Anual de Informações Sociais (Rais) e ao Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), mas não homologa rescisões contratuais. Para isso, os empregadores continuam a ser obrigados a ir a Salvador. Ao inaugurar a agência, há dois anos, a superintendência regional do ministério considerava fator decisivo para a inauguração da nova unidade o crescimento econômico do município nos últimos anos. A superintendência, “identificando a oportunidade de crescimento do polo industrial e empresarial da região” instalou uma unidade de atendimento “para facilitar a vida dos trabalhado-

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L C Traba

Casa do Trabalhador, no Centro, abriga agên­cia do Ministério do Trabalho

res e demais usuários dos nossos serviços”. A iniciativa é fruto de parceria entre a superintendência e a prefeitura do município, que já em 2011 havia cedido espaço na Casa do Trabalhador, na Rua Euvaldo Santos Leite, Centro, para abrigar a nova unidade do Ministério do Trabalho e Emprego no estado. A agência, que funciona numa sala do térreo, atende o público externo de segunda a sexta-feira.

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Cultura

Cinco anos depois, Rick Vieira volta com projeto musical Rick Vieira, artista local radicado em São Paulo

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artista R­ick Vieira voltou a Lau­ro de Freitas para um espetáculo no Cine Teatro no último dia 26 de abril. O novo “Só de­pende de você” trouxe o trabalho autoral do artista e algumas canções de grandes artistas da música popular brasileira.

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Com os músicos James José e Décio Junior, moradores de Itinga como Rick Vieira, cinco anos depois está sendo retomado o projeto “Rick Solar e os Triunfantes”. Residindo em São Paulo desde 2010, Rick foi personagem ativo da cena cultural em Lauro de Freitas entre 1998 e 2009 como músico, educador e produtor cultural. Foi também representante da cadeira de Música no Conselho Municipal de Cultura É dele o tema composto para a trilogia poética “Ás de Ouro”, de Tude Celestino, recital apresentado em 2009 na voz e presença de Tina Tude.

Lauro de Freitas prepara lançamento do Plano Municipal de Cultura

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prefeitura de Lauro de Freitas quer estimular a participação na construção do Plano Municipal de Cultura (PMC). Para isso, está elaborando um calendário de visitas às comunidades e definindo a data da Audiência Pública que vai tratar do tema. O Plano Municipal de Cultura é um dos componentes do Sistema Municipal de Cultura, do qual faz parte também o Conselho Municipal de Cultura e o Fundo Municipal de Cultura, já existentes. O sistema deve ser composto ainda pela secretaria municipal de Cultura e por uma Conferência Municipal de Cultura. O objetivo é estabelecer uma gestão cultural pautada em políticas públicas participativas e legítimas, retirando do gestor público de plantão o poder de decidir sozinho onde aplicar verba pública para apoio a iniciativas culturais. A ideia é consolidar a prática de atribuir verba por meio de editais públicos, com isonomia de oportunidade, transparência e ampla publicidade. Os sistemas municipais de cultura fazem parte de uma rede maior, integrada pelos sistemas estaduais e pelo Sistema Nacional de Cultura (SNC), sempre com o mesmo propósito. Apenas 31 municípios e 16 estados fazem parte do SNC, incluindo o Estado da Bahia. Só um município baiano – Conceição da Feira


Região

– consta do sistema até agora. Os Planos de Cultura constituem o que o governo federal chama de Planos Territoriais, um diagnóstico da cultura naquele território e um conjunto de objetivos, estratégias, meta e ações que direcionam as políticas culturais de acordo com as especificidades de cada região. O ideal é que os planos territoriais busquem um alinhamento com as metas do nacional. Esse alinhamento se dá por meio da adesão ao Sistema Nacional de Cultura e da inclusão das metas do PNC nos planos municipais. O Ministério da Cultura firmou parceria, em 2012, com a Universidade Federal da Bahia (UFBA) para oferecer assistência técnica aos municípios na elaboração de seus Planos de Cultura. Doze capitais e oito cidades de regiões metropolitanas já receberam o auxílio da UFBA nessa tarefa. Atividade cultural em Lauro de Freitas: Plano Municipal de Cultura vai estabelecer rumos

Ciclistas relembram acidente fatal em Guarajuba

HOMENAGEM

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entenas de ciclistas relembraram no último domingo de abril, em Guarajuba, no litoral norte, a morte do engenheiro José Jorge Júnior, que sofreu um acidente na rodovia, em fevereiro deste ano. O ato pediu mais segurança e respeito dos motoristas aos ciclistas. Uma “ghost bike” foi instalada à margem da BA-099, a Estrada do Coco, para marcar a homenagem. A bicicleta toda pintada de branco representa um memorial que destaca os pontos das vias de circulação em que ciclistas sofreram acidentes fatais. A ideia é criar conscientização, mas numa prova de que há ainda um longo caminho a percorrer, horas depois da cerimônia a “ghost bike”, apesar de presa a uma base de concreto, já tinha sido retirada do local.

Etevaldo Almeida / arquivo pessoal

Grupo de ciclistas par­t icipa da cerimônia em que uma “ghost bike” marcou o local do acidente.

tammi costa

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Região

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Brasil Kirin promove tour por fábrica em Alagoinhas

or quais etapas uma cerveja passa para chegar até as mãos do consumidor? Como milhares de refrigerantes e sucos são embalados todos os dias antes de ganharem as prateleiras de supermercados de todo país? Ou como funciona a logística de uma fábrica de bebidas? Essas e outras curiosidades qualquer pessoa pode descobrir visitando as instalações da maior fábrica de bebidas da Kirin Holding no mundo. E onde fica essa fábrica? Aqui mesmo, na Bahia, em Alagoinhas, a 114 km de Salvador. A Brasil Kirin, um dos maiores grupos produtores de bebidas do país, mantém

13 fábricas, em produção, em todo o Brasil. A maior dessas unidades, com área total equivalente a 100,8 hectares, está em Alagoinhas. Durante todo o ano, interessados em descobrir como é a produção de cervejas, refrigerantes, sucos podem fazer um tour pelo espaço, uma opção de turismo diferente, que possibilita unir diversão e conhecimento sobre um setor que é destaque na economia nacional. “O Tour Brasil Kirin possibilita uma viagem ao mundo das bebidas desde a fabricação, envase e curiosidades dos produtos, além de uma apresentação dos principais programas em gestão e iniciativas de sustentabilidade”, declara Gileno Correia, gerente industrial da planta de Alagoinhas.

Durante a visitação, é possível conhecer as instalações da unidade, o processo de produção de diferentes bebidas e conferir de perto os critérios e rigor que caracterizam as etapas de fabricação dos produtos, além da oportunidade para desvendar a região, beneficiando também a economia local. A procura pelas visitas aumenta, normalmente, a partir de fevereiro. Em 2014, a fábrica recebeu aproximadamente sete mil visitantes, o que equivale a quase 600 pessoas por mês. Ainda de acordo com Gileno, os visitantes chegam, principalmente, da Bahia e de estados como Sergipe, Alagoas e Pernambuco. O Tour Brasil Kirin é realizado de segunda a sexta-feira, pela manhã, a partir das 9 horas e à tarde, a partir das 14h, reunindo grupos entre 15 e 50 pessoas. Todos os visitantes precisam ter no mínimo 18 anos e podem ter acesso a setores como Estação de Tratamento de Água, Cervejaria,

Visitantes podem conhecer maior planta fabril da Kirin Holding no mundo

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Moradores fazem protesto no pedágio da BA-099

Armazenamento de matéria-prima, Envase de Vidro e Pet e Estação de Tratamento de Detritos Industriais. A entrada é gratuita. O agendamento prévio deve ser realizado pelo endereço brasilkirintour_ba@brasilkirin.com.br. Sobre a Brasil Kirin A Brasil Kirin, subsidiária do grupo global Kirin Holdings Company, é uma das principais empresas de bebidas do país, com mais de 11 mil funcionários. Suas marcas são distribuídas por 20 centros próprios e mais de 190 revendas para cerca de 600 mil pontos de venda em todo o Brasil. O vasto portfólio de bebidas inclui cervejas, refrigerantes, sucos, energéticos e águas das marcas Schin, Nova Schin, Schin no Grau, Devassa, Baden Baden, Eisenbahn, Cintra, Glacial, Água Schin, Fibz, ECCO, Schin Refrigerantes, Schin Tônica, Itubaína, Mini Schin, Fruthos e Skinka.

Clínica irregular é flagrada pelo Detran em Camaçari

C

línicas e empresas de vistoria veicular de Camaçari, credenciadas ao Departamento Estadual de Trânsito da Bahia (Detran-Ba), receberam em abril a visita da equipe técnica do órgão, que está atuando na “Caravana do Detran”. O objetivo foi conferir as condições de infraestrutura nos locais, a qualidade no atendimento, a identificação dos funcionários e comprovação da última renovação de credenciamento. Quatro empresas de vistoria foram visitadas e nenhuma irregularidade encontrada, para a tranquilidade de quem procura o serviço. Situação diferente da encontrada na Clínica do Trânsito São Francisco, que apresentou condições insalubres de funcionamento, falta de oftalmologista no horário de atendimento e funcionários sem identificação. “A clínica foi notificada

Veículos com adesivo do movimento atravessam praça de pedágio durante o protesto

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“Movimento Pedágio Não” realizou carreata no último final de semana de abril para demonstrar mais uma vez a insatisfação dos moradores com a proposta de recuar a praça de pedágio da BA-099, a Estrada do Coco. Como forma de protesto, os motoristas pagaram a tarifa de R$ 7,50 com moedas de pequeno valor. O Movimento Pedágio Não já realizou manifestações em Camaçari e na própria Estrada do Coco, bloqueando o tráfego por horas para distribuir panfletos e alertar os usuários da via para a intenção do governo. A última delas aconteceu em fevereiro,

reunindo centenas de pessoas que seriam diretamente afetadas pelo pedágio. O governo do Estado ainda não apresentou o projeto revisado para o recuo da praça de pedágio que hoje existe na confluência da Estrada do Coco com a Via Cascalheira. Mais do que uma possibilidade, conforme disse o governador Rui Costa (PT) em fevereiro, o recuo do pedágio é uma proposta real e já tinha até projeto quando o “Movimento Pedágio Não” se reuniu com o secretário estadual de Infraestrutura Marcus Cavalcanti em março.

e o caso encaminhado à Coordenação de Saúde do Detran, que adotará as medidas cabíveis para cobrar a regularização da empresa, que poderá ter o seu credenciamento suspenso”, disse Roque Fraga, representante da Coordenação de Unidades Descentralizadas do Detran (CAAD). Maio de 2015 | Vilas Magazine | 21


Seus Direitos

Associação de moradores não pode exigir taxas de quem não é associado

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Superior Tribunal de Justiça (STJ) firmou no mês passado a tese de que as taxas de manutenção criadas por associações de moradores não são obrigatórias para os que não se associaram ou para os que não concordam com a taxa. A decisão aplica-se inclusive às associações criadas no âmbito de loteamentos ou ruas que são fechadas para funcionar como se condomínios fossem – uma situação muito comum em Lauro de Freitas. Tomada pela Segunda Seção do STJ no julgamento de dois recursos especiais, a tese deve orientar a partir de agora a solução dos casos idênticos. Caberá recurso ao STJ apenas quando a decisão de segunda instância for contrária ao entendimento firmado agora. Os recursos foram interpostos por proprietários que, embora não integrassem as associações de moradores, sofreram cobrança das taxas de manutenção relativas às suas unidades e aos serviços postos à disposição de todos. Em primeira instância

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foto: STJ

Marco Buzzi: Judiciário não pode impor obri­­ga­­ ção que não foi gerada por lei ou por vontade

foram condenados a pagar as quantias reclamadas pelas associações. O Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP), onde correram ambos os casos, afirmou que a contribuição mensal era obrigatória, independentemente de inscrição prévia do morador na associação, pois ela presta serviços comuns que beneficiam a todos. A falta de pagamento, segundo o TJSP, configuraria enriquecimento ilícito do proprietário. No STJ, os proprietários alegaram violação ao direito de livre associação. Os ministros deram provimento aos recursos para

julgar improcedentes as ações de cobrança. De acordo com o ministro Marco Buzzi, do STJ, o problema tratado nos recursos – que já foi enfrentado pelo STJ – exige reflexão sobre três questões: liberdade associativa, inexistência de fato gerador de obrigação civil e vedação ao enriquecimento sem causa. Para Buzzi, as obrigações de ordem civil, de natureza real ou contratual pressupõem a existência de uma lei que as exija ou de um acordo firmado com a manifestação expressa de vontade das partes pactuantes. No ordenamento jurídico brasileiro, há somente duas fontes de obrigações: a lei ou o contrato. No caso, não atua nenhuma dessas fontes, afirmou. De acordo com o ministro, a análise de possível violação ao princípio do enriquecimento sem causa, nos casos julgados, deve ser feita à luz da garantia fundamental da liberdade associativa. Segundo Buzzi, o Poder Judiciário não pode impor o cumprimento de uma obrigação não gerada por lei ou por vontade, pois a Constituição garante que ninguém pode ser compelido a fazer algo senão em virtude de lei, além de garantir a liberdade de associação. Sendo uma associação de moradores nada mais do que uma associação civil, ela “deve respeitar os direitos e garantias individuais, aplicando-se, na espécie, a teoria da eficácia horizontal dos direitos fundamentais”, afirmou.

Aposentados e pensionistas continuam sendo vítimas de golpes através do crédito consignado

evidos aos baixos valores recebidos durante a aposentadoria, o consumidor idoso muitas vezes encontra-se endividado e impossibilitado de suprir suas carências imediatas. Com isso, acabam enxergando no crédito consignado à solução dos seus problemas. A proposta da modalidade é a liberação

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Cada vez mais especializadas, quadrilhas agem em todo país do dinheiro com bastante agilidade, juros baixos e prazos curtos. O desconto da prestação será feito automaticamente através da aposentadoria ou da pensão, no entanto, o

que muitas vezes aparenta ser a solução dos problemas é apenas o início de um pesadelo. Com o passar dos meses as dívidas vão se tornando crescentes e oriundas de parcelas cada vez mais altas. O idoso por sua vez, muitas vezes não tem como se recuperar dos danos causados por este processo, e acaba cada vez mais falido.


De acordo com informações da dra. Tabatha Barbosa, advogada da Associação Nacional da Seguridade e Previdência – ANSP, existem informações sobre o crédito consignado que devem ser extremamente esclarecidas. Entre elas, o valor da mensalidade que não poderá ultrapassar 30% do valor do benefício e deve respeitar o prazo máximo de 60 meses. Além disso, os aposentados ou pensionistas não são obrigados e nem devem ser coagidos a adquirir outro serviço da instituição que cede o empréstimo. “Antes de contratar um empréstimo é necessário pesquisar as taxas, fazer comparações e até mesmo pedir ajuda a um especialista. Não podemos nos esquecer

de ressaltar que não devemos repassar senhas, número de cartão, dados pessoais, ou qualquer informação de caráter comprometedor através do telefone” alertou. Fique por dentro O Código de Defesa do Consumidor, ou CDC, foi instituído pela Lei 8.078, de 1990, que estabelece direitos dos cidadãos, bem como os deveres, além de dar elementos para que reclamem quando se sentirem prejudicados. As informações sobre o valor total que foi financiado, a taxa mensal e anual de juros, acréscimos remuneratórios, moratórios e tributários, o valor, número e

periodicidade das prestações e a soma total a pagar por empréstimo, é um direito que todo aposentado ou pensionista deve saber. “Outra questão a qual devemos informar é que tudo o que for assinado deve ser exigido uma via para o usuário. É sempre bom ter em mãos documentos que possam servir de provas contra possíveis golpes e falcatruas” finaliza a jurista. Por isso, é preciso estar atento e sempre que possível buscar ajuda especializada com o objetivo de impedir prejuízos causados por abusos, descasos, negligência e desserviços. Entre em contato com a ANSP: www.ansp.org.br

ARTIGO

Como fugir das armadilhas dos supermercados? Lélio Braga Calhau

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m dos setores que mais evoluiu no Brasil nos últimos vinte anos foi o de supermercados. É fácil ver que, em muitos casos, o setor ganhou escala e isso foi bom, por um lado, para a sociedade. Ganhando escala, os supermercados ganharam força na negociação com os produtores e conseguiram, em tese, preços melhores para os consumidores. Os supermercados atuam, em grande parte, com pesquisas detalhadas sobre o comportamento do consumidor. Todos os estímulos ambientais são cuidadosamente organizados para incentivar o consumidor a comprar. Possivelmente são as empresas do nosso dia a dia que mais sabem provocar estímulos ao nosso redor e nos fazer consumir com vontade. Os doces ao alcance fácil das crianças, os produtos essenciais no final do supermercado e a música ambiente muito agradável não estão ali por coincidência, mas para te incentivar a consumir mais do que você queria. Não sendo possível ir a fundo sobre

isso neste curto espaço, vamos falar, então, sobre alguns tipos de consumidores que os supermercados conhecem muito bem: o que vai ao estabelecimento com fome, o que vai comprar alguma coisa e aproveita para passear e o que vai com uma lista feita previamente em casa ou no trabalho. Bem, não precisamos ir muito longe para dizer que o cliente que vai ao supermercado com fome é “presa fácil” para aquele monte de estímulos sensoriais de alimentos gostosos e bonitos, expostos cuidadosamente nas gôndolas. Para “facilitar”, o consumidor, em muitos casos, é servido por “promotores de vendas”, que divulgam seus produtos oferecendo degustações, as quais aumentam, de forma concreta a conversão em vendas dos produtos expostos nas gôndolas. O cliente que vai “passear no supermercado” é outro guerreiro, que se submete àquele mar de estímulos para gastar, e acha ser capaz de ser mais forte que o “canto das sereias”. Geralmente, entra no supermercado para fazer uma “comprinha básica” e acaba gastando duas ou três vezes mais. É um “cliente VIP” da empresa, o sonho de todas as redes, pois não se planeja e gosta

de desafiar estímulos quase irresistíveis. Já o cliente que vai ao supermercado com a lista previamente preparada é o cliente mais difícil. Usando a razão e tendo a lista como guia, ele procura fazer suas compras dentro do previamente refletido e deixar o estabelecimento tão logo possa, a fim de retornar a seus afazeres costumeiros. Não se comove com música alta ou alegre, nem como degustações, promoções, etc. Não há nada de errado em se enquadrar em quaisquer dessas classificações, e, para o bem da verdade, devem existir muitas outras mais. A grande pergunta que você deve se fazer é se você vai ao supermercado previamente preparado para o ato de consumir ou prefere achar que esse esforço não compensa ou não faz sentido? Pense bem nisso. Use a razão e fique atento. O seu bolso vai agradecer! Lélio Braga Calhau é Promotor de Justiça de defesa do consumidor do Ministério Público de Minas Gerais. Graduado em Psicologia pela UNIVALE, é Mestre em Direito do Estado e Cidadania pela UFG-RJ e Coordenador do site e do Podcast “Educação Financeira para Todos”.

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Solidariedade

Associação Amigos da Vida Eterna

Assistência social que gera desenvolvimento Thiara Reges Freelancer para a Vilas Magazine

“T

udo aqui me faz bem. Hoje eu não estava me sentindo muito legal, ainda pensei em ir ao posto de saúde, mas vim aqui. Agora já estou assim, de bem com a vida; sorridente. O nosso encontro é apenas uma vez no mês, e eu não perco um. Eu queria mesmo é que fosse toda semana”. As marcas no rosto não escondem as durezas da vida, mas também não apagam a doçuras das palavras. Dona Edeuzita Ramos, 73 anos, há mais de 10 participa do grupo Amigos da Terceira Idade, de assistência social, na comunidade Lagoa dos Patos, em Lauro de Freitas. Os encontros, que acontecem uma vez por mês, são coordenados pela Associação Amigos da Vida Eterna, uma instituição sem fins lucrativos, que promove curas terapêuticas, atividades sociais coletivas e a promoção do desenvolvimento individual. Fundada há 15 anos pelo médium Carlos Lobato, hoje a associação possui sede própria, mas ainda em fase de construção, e 60 associados que, junto aos voluntários, ajudam na manutenção da casa. Mas nem sempre foi assim. Os primeiros atendimentos aconteceram nos fundos de uma

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loja na av. Luiz Tarquínio (Trem Tudo), de propriedade da família de Carlos; uma sala de apenas 7m², que deu início à relação sinérgica entre a missão do médium e a comunidade de Lauro de Freitas e região. “Cheguei num determinando momento de minha vida que senti um imenso vazio. Faltava algo que me tornasse inteiro. E nesse despertar, comecei em uma sala que basicamente cabíamos um assistente, a maca, o paciente, e eu. Hoje, as pessoas comentam: ‘Nossa, olha aonde você já chegou, como cresceu’. Mas não fui eu, fomos nós, todos nós”, destaca Carlos. Desde 2008 na sede própria, conquistada através da doação de um terreno por empresários da região, próximo à comunidade Lagoa dos Patos, apenas a ala terapêutica foi concluída e funciona em sua totalidade, com atendimentos durante a semana, inclusive aos sábados. São mais de 10 opções de terapias, todas reconhecidas pela Organização das Nações Unidas (ONU). Qualquer cidadão pode usufruir dos atendimentos oferecidos pelo centro terapêutico, mediante a contribuição de uma taxa simbólica, para ajudar na manutenção da casa. Para Isabella Sampaio, presidente da associação, o grande potencial e que mantém a instituição aberta ao longo de todos esses anos, está em prestar assistência, e não assistencialismo. “Quando, por exem-

plo, uma adolescente chega aqui grávida, não julgamos ou apontamos seus erros. Nosso papel é mostrar que cada um de nós é responsável por nossas escolhas, e que podemos sempre fazer novas escolhas e mudar os rumos de nossas vidas”. Apesar dos espaços ainda improvisados, cinco projetos sociais estão ativos, e assistem a comunidade com atividades direcionadas às crianças, jovens, gestantes, além da turma da terceira idade. Como parte da filosofia da associação, cada nova etapa é uma conquista para a casa e para todos que a frequentam. As contribuições mensais dos associados e as doações são fundamentais para manutenção do espaço e continuidade das obras. Já para a comunidade, cada dia a mais de participação nas atividades da associação proporciona novas conquistas e a recuperação da autoestima. “No bazar, por exemplo, disponibilizamos à comunidade, produtos de qualidade, por preços acessíveis. Assim, você vem e compra o que mais lhe agradar, com o seu dinheiro. Essa é uma forma de valorizarmos o trabalho das pessoas, além de fortalecermos sua autoestima e potencial produtivo”, ressalta Isabella.


Isabella Sampaio e Carlos Lobato (acima), gestores da associação. Na outra página, d. Edulzita Ramos (quarta, a partir da esq.) e o grupo Amigos da Terceira Idade. O projeto Amigos do Saber proporciona alfabetização para jovens e adultos (dir.). Carlos Lobato mostra orgulhoso os avanços da obra (abaixo)

Novos passos, a creche Antes da sede própria, as atividades aconteciam de forma direcional, com visitas às residências, objetivando conhecer melhor a comunidade, além de reuniões em escolas. Hoje, as atividades se concentram na sede, mas as visitas residenciais continuam e possibilitam entender as maiores necessidades da comunidade. “É nessas visitas, quando somos sempre muito bem recebidos, que entendemos quão esperada está sendo a creche”, frisa Isabella. Composta de berçário, consultório médico e odontológico, quando concluída, a creche atenderá inicialmente 80 crianças da comunidade. Em virtude da grande procura, o critério de seleção passa necessariamente pelo envolvimento já existente com os projetos da casa. Atualmente, 60 associados contribuem mensalmente, garantindo a manutenção e continuação da obra, mas a passos lentos. “Chegamos à etapa mais onerosa de uma obra, os acabamentos. Cada pedacinho do prédio é feito com muito carinho, com materiais de qualidade, deixando o ambiente

agradável e convidativo. Queremos oferecer o melhor para a comunidade e estando aqui entendemos o anseio e a urgência da população”, destaca Carlos, ao mostrar em cada pedaço de concreto já levantando, como ficará o espaço quando concluído: no térreo já está em atividade centro terapêutico, onde acontecem sessões de aconselhamento, aromaterapia, reiki, meditação, cromoterapia, florais, argiloterapia, Hai-Huia, hidroterapia, massoterapia, entre outras. No primeiro andar, onde as obras estão em fase de acabamento, funcionará uma creche com berçário, quatro salas de aula, consultório para tratamento médico e odontológico. No segundo andar, ainda em

estágio inicial, ficarão as áreas para pro­jetos sociais e profissionalizantes. VAMOS AJUDAR Para concluir esse trabalho a instituição precisa de doações da comunidade. Material de construção, como cimento, areia, arenoso, piso, revestimento, e também mão de obra ofertada por algum construtor da região ou profissionais voluntários. Tudo é bem-vindo. Conheça os projetos da instituição. Acesse www.amigosdavidaeterna.org.br Contato com a Associação Amigos da Vida Eterna: Rua Rodolfo de Barros, 45, Loteamento Jockey Clube, Lauro de Freitas. Tel.: (71) 3369-1715.

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Gastronomia

Iara Venanzi / Divulgação

Bom pra chuchu Símbolo da culinária brasileira e cheio de nutrientes, o vegetal rejeita a fama de sem graça ao servir de matéria-prima para pratos deliciosos

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m dos vegetais mais consumidos pelo brasileiro. seja pelo preço acessível ou por sua versatilidade ao combinar com diversos tipos de prato, o chuchu é uma boa opção para quem quer incluir nutrientes em sua alimentação, mas tem dificuldade em apreciar o gosto dos vegetais. Rico em fibras, potássio, magnésio, fósforo e ferro, o legume tem baixo teor calórico, absorve com facilidade o gosto de temperos e ainda é um importante aliado das dietas de emagrecimento, como destaca a nutricionista Bárbara Rodriguez. “Uma colher grande de chuchu cozido contém aproximadamente 18 calorias. Sendo assim, com uma alimentação saudável e rotina regrada de atividades físicas, o chuchu pode, sim, ser um importante aliado da boa saúde, trabalhando na prevenção de diversas doenças”, diz. Para preservar as suas boas propriedades nutricionais, Guilherme Giorelli, médico nutrólogo da Associação Brasileira de Nutrologia, sugere que ele seja preparado cozido e jamais frito. “A melhor maneira de aproveitar os nutrientes do chuchu é utilizá-lo fresco, em saladas ou em um suco verde. Entretanto, quando está cru, ele fica difícil para mastigar, portanto, a maneira mais usual é cozido, refogado ou feito no vapor”, explica. É importante lembrar que os brotos, as folhas e as raízes do vegetal também podem ser consumidos. “Apesar de serem pouco populares, essas partes são ricas em vitaminas B e C, cálcio, fósforo e ferro”, diz Bárbara. Na hora de comprar, o ideal é sempre procurar o chuchu que tenha a coloração verde-claro, além de verificar se está firme e sem marcas escuras. Se escolhido corretamente, pode ser conservado por até três semanas na geladeira. A seguir duas receitas deliciosas com chuchu. Mariana Sewaybricker / Folhapress.

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Ensopadinho de camarão com chuchu Ingredientes 1 chuchu verde grande; 10 camarões médios; 2 tomates sem pele e sem sementes; 1 colher (sopa) de coentro; 1 colher (café) de colorau; 1 colher (café) de alho socado; 1 limão; 1 pimenta-cumari; Sal e pimenta-do-reino a gosto; Azeite para refogar. Modo de preparo l Comece descascando o chuchu e cortando-o em pedaços médios. l Em seguida, cozinhe o vegetal em uma panela com água fervente por cerca de dez minutos ou até que ele fique al dente. l Escorra o chuchu e coloque imediatamente em uma vasilha de água com gelo, para interromper o cozimento e manter a cor. l Depois de um minuto, escorra novamente e reserve. l Em uma vasilha, tempere os camarões com sal, pimenta-do-reino e o suco do limão. l Aqueça um fio de azeite em uma frigideira e refogue os camarões, em fogo alto, por apenas dois minutos. l Retire-os do fogo e reserve. l Em uma panela, coloque um fio de azeite e refogue os tomates picados e o alho. l Junte o chuchu cozido, ajuste o sal e adicione o colorau e a pimenta-cumari. l Por último, acrescente os camarões refogados e cozinhe rapidamente para que os ingredientes fiquem todos na mesma temperatura. l Finalize com o coentro.

Crédito da receita: Chef Mara Salles.


Divulgação

Suflê de chuchu com queijo parmesão e presunto Ingredientes 2 chuchus; 2 gemas de ovo; 2 claras de ovo em neve; 100 g de queijo parmesão ralado; 1 colher (sopa) de manteiga; 1 xícara (chá) de leite; 1 colher (sopa) de amido de milho; 1 colher (café) de sal; 100 g de presunto. Modo de preparo l Para começar, descasque e pique o chuchu em cubinhos e cozinhe em água fervente l Depois, no liquidificador, bata os chuchus, as gemas, a manteiga, o leite, o amido de milho e o sal l Enquanto isso, pique o presunto em tirinhas e rale metade do parmesão l Acrescente esses ingredientes ao creme já batido no liquidificador

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l Em outra vasilha, bata as claras em neve, até ficarem firmes l Depois, incorpore-as delicadamente à mistura do liquidificador l Unte a forma para suflê (individual ou grande) com manteiga e coloque a massa

Carne de sol: o sabor da culinária brasileira

culinária brasileira é generosa nos temperos, uma herança tipicamente portuguesa. No nordeste, costuma-se dizer que cada prato tem um sabor “arretado”, raramente encontrado em outro lugar do país. Também denominada carne-do-sertão ou carne do vento, a carne do sol é um dos pratos que compõem a gastronomia nacional. Hoje é o ingrediente principal de várias receitas, como escondidinho, pastéis e bolinhos. Originária do sertão, a carne de sol pode ter surgido no século 17. Rio Grande

l Rale o restante do parmesão por cima e leve ao forno pré-aquecido até assar l Para saber se o prato está no ponto, espete um garfo no suflê l Se ele sair limpo, é porque já está assado

Crédito da receita: Chefs Camila Damas e Mariana Campos.

Pedro Carrilho / Folhapress

do Norte e Paraíba disputam a iniciativa de industrialização da carne, mas o processo artesanal de fabricação, segundo estudiosos, é originário da culinária indígena. Macia e de sabor diferenciado, a carne de sol é ligeiramente salgada e colocada para secar em local coberto e ventilado. O processo de secagem é rápido e o interior da carne fica úmido e macio. Presente em quase todo o Brasil acompanha várias receitas e ainda é servida com feijão de corda, mandioca, arroz branco, farofa nordestina, sem faltar a manteiga de garrafa. Maio de 2015 | Vilas Magazine | 27


Turismo

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Com que documentos eu vou?

s brasileiros estão entre os turistas que mais gastam nos Estados Unidos. Os 2,1 milhões de visitantes que estiveram no país em 2013 deixaram US$ 12,4 bilhões por lá. A diferença é que quem é do Canadá, do Reino Unido ou do Japão – maiores visitantes – não precisa de visto para visitar o território americano. Por aqui, há uma discussão sobre a exigência do documento para brasileiros visitarem os Estados Unidos – e vice-versa – há anos. Para Constantino Karacostas, presidente da ABAV-SP (Associação Brasileira de Agências de Viagens), o Brasil coloca dificuldades para que os americanos venham ao país. “Eles acabam indo à Argentina, onde não há exigência de visto”, afirma ele. O governo brasileiro trabalha com a política de reciprocidade – só derruba a exigência se os Estados Unidos fizerem o mesmo. Como o visto é exigido pelo país mais visitado pelo brasileiro – além de outros, como Arábia Saudita e Índia – e o passaporte só é dispensado em países do Mercosul, preparamos uma espécie de almanaque dos dois documentos: como tirar os registros, esclarecendo dúvidas e o que fazer se esses documentos forem perdidos durante uma viagem. 28 | Vilas Magazine | Maio de 2015


BÊ-A-BÁ DO PASSAPORTE Como faz para emitir o registro? Quanto custa? Quais documentos são necessários? Tire suas dúvidas

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m dezembro, a Polícia Federal anunciou a ampliação do prazo de validade do passaporte para adultos, de cinco para dez anos. Para menores de 18, a novidade é que a caderneta passou a trazer permissão para para viajar com um dos pais ou desacompanhado.

PERGUNTAS E RESPOSTAS Que países exigem passaporte? Todos, menos os dos Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela). Para esses, basta apresentar documento de identidade em bom estado, com menos de dez anos da data de emissão. Entre os países que exigem o documento, muitos deles não aceitam o que tiver menos de seis meses até o vencimento a partir da data de entrada ou da data de saída do país Quais são os tipos? Comum: azul-escuro, pode ser concedido a todos os brasileiros. De emergência: azul-claro, é para quem tem urgência; funciona em casos como catástrofes naturais e por necessidade de trabalho; é preciso pagar R$ 202,89 por meio da GRU (Guia de Recolhimento da União) e ter uma foto 5x7; na cidade de SP, fica pronto em 24 h. Para estrangeiro: amarelo, pode ser concedido a alguém de país que não tenha representação diplomática ou consular no Brasil, nem representante de outro país encarregado de protegê-lo; a asilado ou a refugiado e àquele que não tem como comprovar a nacionalidade No exterior, pode também ser concedido ao estrangeiro registrado no Brasil, ao cônjuge ou à viúva de brasileiro que haja perdido a nacionalidade original, ao apátrida e ao de nacionalidade indefinida. Laissez-passer: marrom, é concedido ao

estrangeiro portador de passaporte emitido por Estados não reconhecidos pelo Brasil, com os quais o país não mantém relação diplomática. Passaporte diplomático: vermelho, é concedido pelo Ministério das Relações Exteriores aos membros do corpo diplomático do Itamaraty, adidos do MRE, chefes de missões diplomáticas, militares a serviço de organismos internacionais como a ONU e a altas autoridades. Em caráter excepcional, pode se estender aos cônjuges. O documento dá acesso a filas especiais em aeroportos e agiliza ou até dispensa o visto em alguns casos Passaporte oficial: verde, também é emitido pelo Ministério das Relações Exteriores; é concedido para os servidores da administração direta que viajem em missão oficial ao exterior dos governos federal, estadual e do Distrito Federal; ou a servidores das autarquias dos governos federal, estadual e do Distrito Federal, das empresas

públicas federais, das fundações federais e das sociedades de economia mista em que a União seja acionista majoritária Quanto custa o comum? R$ 156,07. Se não levar o anterior, o valor dobra (exceto se foi roubado) Que documentos devo levar para emitir o passaporte? RG, passaporte anterior, carteira funcional de órgão público, carteira de identidade militar, CNH, CPF, carteira de trabalho ou identidade expedida por órgão fiscalizador de profissão regulamentada por lei; Título de eleitor e comprovantes de votação da última eleição ou declaração de quitação com as obrigações eleitorais ou justificativa eleitoral; Comprovante de pagamento da taxa por meio da GRU; Em caso de alteração de nome por casamento, apresentar certidão de casamento original. Homem de 19 a 45 anos (a completar no ano de requerimento) deve levar documento que comprove a quitação com o serviço militar; Certificado de naturalização para os naturalizados. Como é o processo? Reúna os documentos e entre no ende- u

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Turismo

reço dpf.gov.br/servicos/passaporte. Clique em “Requerer Passaporte (para brasileiros)” e em “Emissão do passaporte”; preencha os dados dos três formulários. Na última página, selecione a cidade de agendamento, digite o código de segurança e confirme. Na nova página, clique em “Gerar protocolo” e imprima. Depois clique em “Gerar GRU” para criar a Guia de Recolhimento da União, que permitirá fazer o pagamento da taxa. Por fim, pressione “Fechar”. Pague a GRU e volte à página dpf.gov. br/servicos/passaporte. Escolha a opção “Verifique aqui se você deve agendar o atendimento no posto escolhido”, preencha os dados e escolha a data do atendimento. Se não houver data conveniente, lem­bre-se de que novas datas são adicionadas diariamente e é possível reagendar até três vezes. Foto, digitais e assinatura serão recolhidos no posto da PF. É possível consultar o andamento do pedido no site Como tirar o passaporte de menor de 12 anos? O responsável legal deve preencher documento disponível no site da PF e comparecer no momento de requerimento com a criança; na ausência de um dos pais, é necessária a autorização por escrito, com firma reconhecida. Se a criança não tiver RG, a certidão de nascimento original pode ser usada; é necessário levar RG e CPF do responsável; se for bebê de até três anos, levar uma foto 5x7, recente, colorida, sem data e em fundo branco (a partir desta idade, a foto pode ser feita pela PF); menor alfabetizado deve comparecer para assinar o documento; se verificada a impossibilidade de assinatura, o passaporte receberá um carimbo. O bebê não pode estar rindo, chorando ou dormindo na foto. Deve ser identificado facilmente. Caso a autorização não esteja no passaporte, continua a necessidade de apresentar permissão com firma reconhe-cida por autenticidade a cada viagem que o menor fizer com só um dois pais ou sem eles.

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Posso renovar o documento? Não. Um novo deve ser pedido. Perdi meu passaporte no Brasil. O que devo fazer? Informe a PF o quanto antes. Nos casos de furto ou roubo, deve comunicar a Polícia Civil, que avisará a PF.

Desde novembro, o passaporte de menores de 18 anos pode ter dois tipos de permissão de viagens: uma para o menor viajar apenas com um dos pais e outra para ele viajar desacompanhado. A permissãp vale durante a vigência do passaporte. Qual é o prazo de entrega? Após comparecimento no posto, o prazo para receber o documento é de seis dias úteis. Passaportes não retirados em até 90 dias são cancelados. Posso receber o passaporte em casa? Não. Ao retirar o documento, há checagem dos dados biométricos. Qual é a validade? Dez anos, à exceção do documento de menores de quatro anos, cuja validade muda de acordo com a idade: Idade........Validade 1 ano......... até 1 ano 2 anos....... 1 a 2 anos 3 anos....... 2 a 3 anos 4 anos....... 3 a 4 anos 5 anos....... +de 4 anos O passaporte para estrangeiro e o laisser-passer têm prazo fixado pela autoridade que o concede, mas não ultrapassa os dois anos.

Perdi no exterior, e agora? Avise assim que possível o consulado ou a embaixada do país em que estiver. É importante saber, antes da viagem, os endereços (portalconsular.mre.gov.br) Para a emissão de novo passaporte no exterior, é necessário apresentar documentos originais que comprovem a identidade e a naturalidade do viajante (como o RG), assim como sua nacionalidade (como a certidão de nascimento). Caso o passaporte anterior não seja apresentado, o documento terá validade máxima de quatro anos


As taxas para emissão são de: US$ 80 ou € 80 (R$ 258 ou R$ 273). Documentos escaneados podem ajudar na identificação e, por isso, o Itamaraty recomenda que se tenha cópias do passaporte, RG e certidão de nascimento

e/ou casamento no e-mail; cidadãos brasileiros que não consigam apresentar a documentação exigida podem receber, gratuitamente, a ARB (Autorização para Retorno ao Brasil), válida apenas para viagem de regresso ao país.

TUDO SOBRE VISTO Em caso de roubo do documento americano, turista deve fazer B.O. e solicitar o documento novamente PERGUNTAS E RESPOSTAS Como é a questão do visto nos dez destinos mais visitados por brasileiros? 1º Estados Unidos É o único deles que exige o documento do viajante; o processo deve ser iniciado com boa antecedência à viagem, já que os agendamentos podem demorar. Vou a turismo, qual tipo devo tirar? Visto Turismo B-2 Quanto custa? US$ 160 (R$ 516) Como é o processo? Verifique se seu passaporte não tem danos e possui, ao menos, seis meses de validade e uma página em branco; caso contrário, providencie novo documento antes; 1- Na página portuguese.brazil. usembassy.gov/pt/nonimmi grant-visas.html, selecione a opção “tipos de visto e taxas de visto temporário”; clique em “Visto B-2 - Férias, Turismo ou Tratamento Médico”; 2- Preencha o formulário on-line DS-160 (ceac.state.gov/genniv/); 3- Acesse o site de agendamento ais. usvisa-info.com/pt-br/niv usando o código de confirmação do seu formulário DS-160; 4- Descubra se a entrevista no consulado/embaixada é necessária na página portuguese.brazil.usembassy.gov/pt/ waiver4.html Hoje, maiores de 66 anos e menores de 15 que nunca tiveram um visto recusado estão dispensados da entrevista; o procedimento também é descartado em caso de renovação do visto.

5- No próprio site do agendamento, efetue o pagamento da taxa (US$ 160; R$ 516) em cartão de crédito internacional ou boleto bancário; 6- Agende as datas de atendimento e a entrevista no consulado. No dia agendado, o requerente deve comparecer pessoalmente ao local determinado, com: passaporte atual válido por pelo menos seis meses a partir da data da viagem, passaportes anteriores (especialmente os que contenham vistos para os EUA, mesmo que vencidos), página de confirmação do formulário on-line DS-160, preenchido com antecedência mínima de 72 horas da data marcada para a entrevista, recibo original de pagamento da taxa de solicitação de visto, uma foto recente (seis meses), 5 x 5 cm ou 5 x 7 cm, colorida e com fundo branco, documentos que demonstrem condições

financeiras para custear a viagem e retornar ao Brasil e que evidenciem os fortes vínculos da pessoa com o país, como carteira de trabalho, declaração de imposto de renda de pessoa física e jurídica, contra-cheques, certidão de casamento/nascimento, comprovantes de bens como carro, casa ou outra propriedade, ou qualquer outra renda, como aluguel e poupança. Reúna o máximo de provas, pois a aprovação ou negação do visto é concedida com base nessas informações e na entrevista. A obtenção do visto não garante a entrada no país. Cabe ao oficial de imigração da fronteira decidir se o viajante pode ou não entrar nos Estados Unidos e quanto tempo poderá permanecer lá. Posso renovar? É possível pedir renovação do visto, caso ele esteja válido ou tenha vencido há menos de 48 meses. O processo é o mesmo do visto comum, mas normalmente evita a entrevista no consulado. Para renovar, o brasileiro deve programar uma data de atendimento no Centro de Atendimento ao Solicitante de Visto (CASV) – ais.usvisainfo.com/pt-br/niv – e comparecer ao local e dia marcado com todos os documentos necessários à renovação do visto, bem como o passaporte anterior com o visto. Caso a Polícia Federal tenha recolhido o seu passaporte antigo quando emitiu um novo, vale levar uma cópia do passaporte u e visto anteriores.

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Turismo Posso receber o documento em casa? Chamado de Entrega Expressa, o envio dos passaportes com o visto pelos Correios é possível. Normalmente, o serviço leva de dois a sete dias a partir da data da entrevista. O valor cobrado varia de acordo com a o local de residência do solicitante. Qual é o prazo de validade? A validade do visto é estabelecida pelo oficial que conduz a entrevista, mas normalmente o visto de turista é concedido por dez anos, período máximo permitido pela lei americana. Casei e mudei de nome. O que devo fazer? Se o portador do visto casou-se e mudou de nome, não é preciso tirar novo visto. Leve a certidão de casamento para esclarecer qualquer dúvida. Meu passaporte venceu, e agora? Se o seu passaporte venceu, mas o visto ainda é válido, não é preciso passar novamente pelo processo. Basta levar o seu passaporte antigo com o novo. Certifique-se de tirar uma cópia do seu passaporte e do visto antes de requerer novo passaporte, caso a Polícia Federal recolha o documento antigo. Neste caso, será necessário pedir uma renovação. Perdi meu passaporte, como faço com o visto? Em caso de roubo, perda ou dano do passaporte, o cidadão deve requerer novo visto; no caso de roubo ou perda, além da documentação comum, é necessário levar na entrevista uma cópia do boletim de ocorrência policial e do formulário de passaporte perdido ou roubado (portuguese. brazil.usembassy.gov/pt/stolen.html) 2º Argentina Até 90 dias, não é necessário; como documento de entrada, basta apresentar o passaporte ou o RG em bom estado e emitido há menos de dez anos. Países do Mercosul (Argentina, Paraguai, Uruguai, Bolívia, Chile, Colômbia, Equador, Peru e Venezuela) não exigem visto. 3º FRANÇA Por fazer parte do espaço Schengen, o turista brasileiro não precisa de visto, mas o passaporte deve ter validade

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superior a três meses a partir da data de saída do território europeu. Ou seja, o turista que pretende permanecer na França por um mês deve ter passaporte com validade de, ao menos, quatro meses. O mais recomendável é viajar com um passaporte válido por pelo menos seis meses, visto que a permanência máxima é de 90 dias a cada seis meses. Que documentos podem ser solicitados quando eu for entrar em algum país do espaço Schengen? Documentos que comprovem o objetivo de turismo da viagem, como reservas de hotéis e de passagens --inclusive a de retorno ao Brasil, com data marcada; comprovantes de fundos para se manter, certificado de acolhida validado pela prefeitura da comuna de residência do anfitrião, caso a hospedagem seja feita na casa de familiares ou amigos. Contrato de seguro válido em toda o espaço Schengen, que cubra, no valor de no mínimo € 30 mil (R$ 102 mil), despesas médicas e hospitalares durante a estadia, bem como repatriamento.

brasileiro (espaço Schengen), mas o passaporte deve ter validade mínima de seis meses na data da entrada.

4º ESPANHA Não exige visto do turista

9º REINO UNIDO O país não requer vis-

5º URUGUAI Até 90 dias, não é necessário; vale passaporte com validade superior a seis meses ou RG. Este último pode ter mais de dez anos, contanto que esteja em bom estado de conservação 6º PORTUGAL O brasileiro não precisa de visto (espaço Schengen) para a estadia de até 90 dias. 7º CHILE Até 90 dias, não é necessário; as autoridades exigem apenas a apresentação do passaporte ou do RG em bom estado de conservação e com menos de dez anos da data de emissão, além da passagem de retorno. 8º ITÁLIA Brasileiros estão isentos de visto (espaço Schengen) para entrar como turistas na Itália por período de até 90 dias (a cada seis meses)


to de turistas brasileiros que ficam até seis meses, mas pode exigir comprovantes; não é preciso reunir todos os itens a seguir (passaporte e foto são obrigatórios), mas reúna o máximo de documentos que comprovem seu status de turista; caso estejam em português, a tradução para o inglês deve ser providenciada e ter confirmação de autenticidade pelo tradutor, data, assinatura, nome completo e dados de contato do tradutor Quais documentos podem ser pedidos ao turista que chega ao Reino Unido? Passaporte, uma foto colorida de 4,5 x 3,5 cm sobre fundo branco, passaportes anteriores, evidência do status matrimonial (como certidão de casamento), carta da sua instituição de ensino confirmando sua matrícula ou do seu empregador, detalhando salário, comprovantes de renda (como extrato da conta bancária), reserva de hotéis, de passagens, ingressos, itinerários de passeios, carta-convite, acompanhada de cópia do passaporte, do visto ou do carimbo de imigração do anfitrião, formulário de visto completo em gov.uk/government/uploads/ system/uploads/attachment_data/file/255355/vaf1a.pdf 10º MÉXICO Desde 2013, o turista brasileiro não necessita mais de visto para ir ao país por estadia de até 180 dias; o passaporte deve ter, no mínimo, seis meses de validade e o viajante deve ser capaz de apresentar na fronteira: passagem de volta ao Brasil e documentos que comprovem a intenção de turismo. O visto funciona como uma pré-aprovação, mas não é garantia de entrada no país. Cada soberania se reserva o direito de recusar viajantes a qualquer momento. Bel Freire / Folhapress.

O Espaço Schengen O Tratado de Schengen, também conhecido como Acordo de Schengen, foi assinado em 1985 e estabelece regras específicas aos turistas que pretendem visitar alguns países do continente Europeu. O objetivo do acordo é garantir o controle da circulação de visitantes entre os países integrantes. Atualmente, são 25 países participantes: Alemanha, Áustria, Bélgica, Dinamarca, Eslováquia, Eslovênia, Espanha, Estônia, Finlândia, França, Grécia, Holanda, Hungria, Islândia, Itália, Letônia, Lituânia, Luxemburgo, Malta, Noruega, Polônia, Portugal, República Tcheca, Suécia e Suíça. Quatro novos integrantes permanecem em fase de implementação: Liechtenstein, Bulgária, Romênia e Chipre.

Você tem um projeto de vida? Para ter uma velhice com significado, é preciso construir, passo a passo, um projeto singular Mirian Goldenberg

T

enho conversado com muitos homens de mais de 60 anos. Eles dizem que para experimentar uma velhice feliz só precisam de saúde, amor e dinheiro suficiente para construir uma vida simples e tranquila. Muitos querem continuar fazendo as coisas que sempre fizeram. Outros optam por fazer uma mudança radical de vida. A oposição entre as ideias de ‘obrigação‘ e de ‘desejo‘ é uma chave importante para compreender as suas escolhas nessa fase da vida, como mostrou um engenheiro de 69 anos: “Não trabalho mais para provar o meu valor, trabalho porque tenho tesão no que faço. Estou fazendo um curso de filosofia, viajo, namoro, cuido da casa e aprendo muito sobre a vida com os meus netos. Com tantos projetos para realizar, com tanta coisa para aprender, não tenho tempo para ficar me lamentando da vida. Nunca fui tão feliz. Não consigo me ver como um velho”. Um professor de 65 anos disse: “Sempre quis ser professor. Amo dar aula e, mesmo podendo me aposentar, continuo ensinando. Recebi convites para fazer outras coisas, mas escolhi fazer o que realmente dá significado à minha vida, mesmo que não ganhe muito dinheiro e que não tenha o reconhecimento que um educador merece ter”. Para eles, o mais importante é que os seus projetos de vida sejam motivados pela própria vontade, e não pela necessidade de responder às inúmeras demandas sociais e familiares. Um engenheiro de 73 anos afirmou: “Prefiro mil vezes trabalhar a ficar em casa, enchendo a cara, engordando e vendo televisão. Todo mundo acha que devo parar de trabalhar, que trabalho muito para a minha idade. Mas se eu parar sei que vou ficar deprimido, me sentir inútil, um merda. Tenho um trabalho interessante e uma família ao meu lado, especialmente minha esposa, meus filhos e netos. Quem disse que eu sou um velho?” Como mostrei no livro “A Bela Velhice”, ter uma velhice com significado não é um caminho apenas para as celebridades. Aprendi com meus pesquisados que para cada indivíduo singular existe um projeto também singular, que só pode ser construído por ele. Portanto, não é possível imitar os projetos de vida dos outros. Cada um de nós é o único autor e o único responsável por construir, passo a passo, o próprio projeto de vida. Você já descobriu o seu?

MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). www.miriangoldenberg@uol.com.br

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Decoração

Cobogó volta a ganhar destaque na decoração

O

Peça vazada, além de decorar, também garante a circulação de ar e a entrada de luz natural no ambiente e dimensão do espaço em que ele será coloexemplo, é um modo de utilizar do cobogó. “Você separará os dois cômodos, mas não cado”, explica Beatriz. Em espaços maiores, perderá luz nem ventilação”. Patrícia Maia de acordo com a arquiteta, o melhor é a acrescenta que, nesses casos, o cobogó utilização de cobogó com desenho mais limpo e em cores neutras. também dá uma sensação de privacidade. No entanto, de acordo com Adriana, a reE não há restrição quanto ao uso. “Essa é uma peça que você pode abusar na de- criação da peça com novo design transformou coração, principalmente em interiores de o cobogó em um elemento decorativo versátil residências”, conta Adriana Varandas. Um e acaba recriando a cara de ambientes sem dos únicos cuidados é no uso do cobogó em esforço. Atualmente, é possível encontrar as fachadas ou substituindo paredes externas. peças com design mais retrô ou contemporâ“Por serem peças vazadas, você pre- neo, e em diversos modelos. Naiane Aline / Ag. A Tarde. cisa saber exatamente em que parede a incidência de sol e chuva é maior”, conta Adriana.Isso porque, em casos de cobogós SAIBA MAIS SOBRE substituindo paredes externas de salas, por O USO DO COBOGÓ exemplo, pode causar problema quanto à água provenientes de chuvas. LUGARES PEQUENOS O uso de cobogó como Para escolher a peça ideal para o am- divisória é ideal para apartamentos ou casas biente também é necessário cuidado. “É im- pequenas portante analisar o local que será colocado, AMBIENTES QUENTES Por ser vazado e permitir o estilo de projeto que tem o ambiente e a passagem de ar, o cobogó pode ser um aliado em cômodos quentes. Mas é preciso cuidado qual a paleta de cores desse espaço”, conta quanto ao lugar onde a peça será colocada, para a arquiteta Beatriz Quinelato. não permitir que água “O ideal é que da chuva entre no amseja verificado três biente pontos básicos na Cozinha projetada pela arquiteta BANCADAS Ele tamLilia Duarte (esq.). Sala de estar da hora da escolha do bém pode ser usado arquiteta Emmilia Cardoso (dir.) cobogó: modelo, cor em bancadas na cozi-

XICO DINIZ / DIVULGAÇÃO

ANDRÉ NAZARETH / DIVULGAÇÃO

retorno de peças clássicas na decoração garante casas modernas com um toque retrô agradável. Um exemplo disso é o uso de cobogó, peça que remonta aos anos 20 do século anterior e que agora cada vez mais faz parte dos ambientes residenciais. Peça totalmente brasileira, também chamada de comongol e combogó, nada mais é do que uma espécie de tijolo vazado. E, além de beleza e simplicidade, as peças também garantem passagem de ar e de luz natural para o ambiente, explica a empresária Patrícia Maia, sócia-diretora de uma empresa especializada na produção e venda de cobogós. “São elementos decorativos feitos para isso, para facilitar esse conforto, dando mais luz e ar fresco ao cômodo”, reforça a arquiteta Adriana Varandas. Antes, peças mais comuns feitas de cimento e colocadas em fachadas de casa, a arquiteta conta que mais recentemente percebeu-se a beleza que as peças trazem para a decoração das residências, garantindo, inclusive, uma sensação de amplitude em casas pequenas. “É uma forma de dividir o ambiente sem fechá-lo totalmente”, explica. Usá-lo como divisória de cozinha e sala de jantar, por

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EDUARDO LIOTTI / DIVULGAÇÃO

nha ou sala, como elemento decorativo

Escritório criado pelo arquiteto Francisco Frank. Abaixo, loja decorada por Renata Santa Rosa

ELEMENTO DECORATIVO Os diversos modelos de cobogós existentes garantem beleza no uso de algumas peças dispostas nas paredes, por exemplo VARANDAS As peças são as ideias para fechar varandas ou outros espaços abertos da casa. Garante privacidade sem vetar o ambiente

ALBERTO MEDEIROS / DIVULGAÇÃO

FACHADAS Uso de cobogó personaliza a fachada. Neste caso, é indicado o de design mais inclinado

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Decoração

Quadros atribuem “personalidade” aos ambientes

Quadros formam uma paisagem na sala de estar

Imagens temáticas Outra boa possibilidade é construir um painel de quadros com fotos temáticas ou do acervo pessoal. “O painel de quadros é uma ideia muito usada para expor fotografias. É interessante direcionar as imagens, como, por exemplo, usar fotos de vários pontos turísti-

MENOTE CORDEIRO / DIVULGAÇÃO

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a decoração de uma casa é quase impossível não encontrar pelo menos um quadro em uma parede. Seja para atribuir personalidade ou destaque aos móveis, os quadros podem ser utilizados sem qualquer restrição. “Não existe uma regra em que ambiente ou parede colocar quadros, basta ter bom senso. Ambientes com maior circulação, como corredor e hall, são bons espaços para colocar os quadros“, afirma a designer de interiores Malu Moura. Para quem pretende investir em quadros na decoração, uma boa aposta são as fotos artísticas. “A tendência para este ano é a utilização de quadros com fotos artísticas. É uma boa opção de baixo custo para os clientes que não desejam fazer investimentos em grandes obras de arte”, afirma a arquiteta Aline Cangussú. Altura, alinhamento e proporção ainda são dicas na hora de colocar um quadro em uma parede, mas não são elementos únicos nos recentes projetos de decoração.“O que tenho feito bastante é expor os quadros como em um galeria, em paredes próximas a salas de convivência, por exemplo. Isso confere um ambiente mais artístico e destaca as obras”, explica Malu.

WAGNER PAIVA / DIVULGAÇÃO

Reflexos no espelho duplicam móveis e destacam os quadros

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cos ou utilizar fotos da família”, esclarece a designer de interiores Bruna Oliveira. No entanto, para algo tão íntimo como as fotografias do acervo familiar são indicados os ambientes mais reservados. Fotografias, ilustrações ou pinturas, não importa o meio da arte, é possível usar quadros de estilos diferentes, sem esquecer de harmonizar com outros elementos da decoração do ambiente. Uma dica fácil é destacar na parede de entrada da sala uma obra de arte, basta utilizaruma tela que tenha cores que sejam compatíveis com os móveis da casa ou escolher um material diferenciado para


Não importa se são fotografias, ilustrações ou pinturas, o que conta é a harmonia das imagens na decoração aplicar nas paredes. “Revestir a parede é uma ideia para des­tacar algum quadro. Há um leque de opções de materiais diferenciados, como os revestimentos em madeira, tecido, vidros e textura”, revela Reflexos no espelho duplicam móveis e destacam os quadros tecido, vidroetexturas”, revela Aline Cangussú. O equilíbrio entre cores é o essencial em qualquer decoração, portanto até mesmo as molduras dos quadros devem ter tonalidades próximas às das cores da parede e rodapé. Reproduzir texturas nas paredes não requer grandes investimentos, até mesmo com papel machê ou placas cimentícias é possível produzir texturas de fácil aplicação. Amadeira deve ser a escolha de quem procura durabilidade e praticidade, além de aquecer os ambientes. Até mesmo os adesivos decorativos podem fazer composição com os quadros, basta priorizar os mesmos tons. Carla Jesus / Ag. A Tarde.

DECORE COM QUADROS DE FORMA EQUILIBRADA PROPORÇÃO Os quadros devem ser proporcionais à parede em que estão localizados. Paredes grandes pedem grandes quadros. Para as paredes menores, pequenos quadros MOLDURAS Para ambiente clássico, uma opção são as molduras vitorianas ALTURA Deixar o quadro a 1,60 m do piso garante a boa visualização da obra tanto para pessoas baixas quanto as altas ILUMINAÇÃO A iluminação pode valorizar os quadros, mas cuidado com o material da obra para evitar danos MOLDES Faça moldes dos quadros e fixe na parede para ver a composição antes de furar a parede

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Comportamento

Casos virtuais de família Os jovens se irritam com o grupo da família no WhatsApp, os mais velhos acham que os filhos não sabem mais conviver ao vivo. Na internet, conflito familiar é o que não falta

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s papos (e as brigas) daqueles almoços de domingo em família agora continuam nas redes sociais ou no aplicativo WhatsApp, em grupos que reúnem desde o tio piadista à prima viciada em selfies. Se cara a cara a convivência já não era fácil, no meio virtual tudo pode piorar. Que o diga o químico João Henrique Nunes, 25, que pediu pra sair de um grupo do WhatsApp com mais de 30 familiares. “Recebia mensagens incessantes de bom dia, fotos de bebês, correntes e vídeos motivacionais com mais de cinco minutos que acabavam com a minha internet 3G.” Apesar de dar um basta no grupo fa-

miliar, João coleciona diálogos engraçados com a mãe, Maria, e os publica no Facebook. Ele é um dos criadores da página “Minha mãe no WhatsApp”, que já tem mais de 4.000 seguidores. Em uma das conversas expostas na rede, ele pergunta: “Mãe, de que cor é esse vestido?”, e envia uma foto do vestido azul e preto que no fim de fevereiro virou “meme” na internet. A mãe não entende nada e diz: “Que vestido é esse?? João Henrique, vira homem!”. Os mal-entendidos que fazem sucesso na internet são causados por um choque de gerações, segundo Regina de Assis, consultora em educação e professora aposentada

da Universidade do Estado do Rio de Janeiro. “Há diferenças no jeito de se relacionar. Os mais velhos ainda entendem que a relação olho a olho é insubstituível”, afirma ela. Isso leva a inevitáveis conflitos, afirma a terapeuta de casais e família Juliana Potter. “Cada um pensa que seu jeito de usar a internet é o certo. Os adolescentes acham ridícula a forma que a mãe usa as redes sociais, e os adultos não entendem como estar conectado é realmente importante para os jovens.” Um exemplo é o caso de Diogo, 10, filho da economista Mariana Villar, 42. “Ele inferniza a minha vida pedindo um aparelho com acesso ao WhastApp 50 vezes por dia”, diz ela. “Digo que ele não precisa, que não tem maturidade para isso, mas não adianta. Ele acha um absurdo ser o único da turma que não tem o aplicativo.” Recentemente, ela deixou o menino acessar o aplicativo do celular dela. “Ele me colocou no grupo dos amigos e eles não Daniel Marenco / Folhapress

A economista Mariana Villar, 42, com o filho Diogo, 10, que adora o aplicativo WhastApp

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gostaram, reclamaram, porque eu ficava vendo as conversas. O papo é assim: um diz ‘oi’ e todos respondem. Por que precisa de um telefone para conversar isso?” No outro lado, os jovens riem com as dificuldades tecnológicas dos mais velhos. “Quando minha mãe tem um dúvida no WhatsApp – como usar maiúscula, como mandar áudio –, eu tento ajudar. Às vezes até discutimos, porque o que parece muito simples para mim é, para ela, muito difícil de aprender, então acabo não tendo muita paciência”, afirma a estudante Tais Bronca, 23. Ela é um dos criadores do blog ‘Minha mãe no WhatsApp’. “Ela se atrapalha com os comandos mais simples. Coloca o celular sem querer no modo avião e depois pergunta por que a rede sumiu.” Tais, porém, enxerga um ponto positivo no uso da internet por outras gerações. “A minha geração tem o costume de achar que tudo que mãe e pai fazem é brega. Às vezes é implicância, às vezes eles dão motivo – como quando chamam o WhatsApp de ‘ZapZap’. Mas é vantajoso que a gente se comunique e que eles treinem a mente pra aprender algo novo.” Não é fácil nem para os especialistas propor uma solução equilibrada para essa divergência entre gerações. “Os jovens não podem viver em um mundo em que não há a contribuição dos mais velhos. Por outro lado lado, não tem como impedir os mais novos de usar as redes sociais. O que precisa ser feito é não deixar os jovens se fecharem na próxima realidade”, afirma o psicólogo Cristiano Nabuco, coordenador do Grupo de Dependências Tecnológicas do Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo. Para a psicóloga Maria Apparecida Mamede, professora emérita da PUC-Rio (Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro), não tem como culpar a ferramenta por possíveis conflitos. Segundo ela, os conflitos são os mesmos de sempre. “Envolvem moral, civilidade, não expor o outro sem permissão.” Para resolvê-los, afirma, o mecanismo é o tradicional: diálogo. Juliana Vines / Folhapress.

Maus modos na academia Excesso de selfies no vestiário e abuso do celular na sala de musculação geram conflito entre malhadores

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mau uso do celular e de sua indefectível câmera para tirar selfies são os mais novos vilões que minam o bom relacionamento entre alunos nas academias de ginástica. Muitos dos frequentadores e frequentadoras se concentram em admirar o próprio corpo, transformando as salas de musculação em cenário de autorretratos – famosos, pseudocelebridades e anônimos inundam a internet com fotos de seus abdomes tanquinhos, coxas musculosas e bíceps portentosos. O problema é quando a foto é feita no vestiário: há sempre o risco de incluir alguém que não deseja aparecer e está pelado ou seminu. Na sala de musculação, há ainda os que atendem o celular ou ficam digitando mensagens durante o exercício, “alugando” a máquina. As selfies talvez sejam apenas uma

versão de comportamento em que a pessoa se considera o centro de tudo e deixa de levar em consideração o bemestar do vizinho. Nas academias, os exemplos de egoísmo pululam: há pessoas que se acham donas de uma bicicleta na sala de spinning, não revezam os aparelhos, não levam toalhas e deixam os bancos suados. A lista dos maus comportamentos de malhadores em geral vai mais longe e inclui até olho grande em cima das formas do vizinho ou vizinha. Talvez por isso, uma das recomendações, buscando manter o ambiente familiar no recinto, é que os marmanjos evitem encarar indiscretamente as meninas em exercícios, como treino de glúteos ou posterior da coxa. Felizmente, na maior parte dos casos, a falta de educação dos malhadores gera apenas olhares tortos e reclamações veladas. Rodolfo Lucena / Folhapress

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Comportamento

Grávidas e Saradas

Fotos de gestantes com barrigas bem definidas viram moda na internet; o abdômen malhado não prejudica o bebê, mas exercícios devem ser feitos só por mulheres já habituadas ao esforço

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modelo americana Sarah Stage deu o pontapé inicial para a discussão, ao postar uma foto na rede social Instagram. Grávida de 36 semanas, sua barriga quase não aparece. É possível e saudável manter uma barriga sarada mesmo estando grávida? Segundo a modelo, o bebê estava pesando aproximadamente 2,7 kg. Restavam quatro semanas de gravidez. Para Maita Poli de Araújo, chefe do setor de ginecologia do esporte da Escola Paulista de Medicina (Unifesp), um abdômen definido não prejudica o crescimento do bebê durante a gravidez, porque o músculo reto abdominal se adapta ao crescimento uterino. Tal barriga, porém, não é para todas. São mulheres que já praticavam atividade física intensa antes, como a brasileira Bella Falconi (pág. direita). Conhecida pelo seu abdomêm definidíssimo, ela impressionou

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seus 1,3 milhão de seguidores do Instagram ao postar uma foto de sua barriga de 17 semanas de gravidez – ainda é possível ver os “gominhos” do músculo. “Mas isso só ocorre pela manhã, quando minha barriga está relativamente menor. Com o passar das horas ela vai inchando conforme bebo água e como. De noite ela fica enorme, ninguém acredita na diferença”, explica. Com 19 semanas, ela continuou a malhar, mas diminuiu a intensidade dos exercícios e aumentou o descanso entre as séries. “Minha obstetra também pediu para que eu observasse a temperatura do corpo para que não subisse demais, e que os batimentos não passassem de 140 bpm”, diz. Os obstetras recomendam que as grávidas monitorem os batimentos durante o exercício como forma de avaliar a intensidade da atividade física. Outra possibilidade é utilizar a escala de Borg (veja acima). Ela

divide a atividade física entre os níveis 6 (repouso) e 20 (máximo esforço). Grávidas sedentárias que estejam praticando atividades físicas durante a gravidez não devem ultrapassar o nível 13 (esforço um pouco intenso). Grávidas que são praticantes de atividades físicas podem ficar no nível 15 da escala (intenso). O coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital Nove de Julho, em São Paulo, o médico Ricardo Nahas, chama a atenção ainda para a necessidade de acompanhamento nutricional. Se a grávida estiver se exercitando muito e não ganhar peso, está dado o alerta. O bebê demanda energia da mulher para crescer, então é preciso ficar atento ao gasto energético dos exercícios. “Os efeitos serão sentidos no bebê, e não na mãe”, diz. Ele aponta, porém, que é perfeitamente possível ser uma grávida sarada. “Essas


meninas são ponto fora da curva. Se elas já praticavam atividade física antes da gravidez, não há problema nenhum em continuar, tomando os devidos cuidados.” Sobre esses cuidados, os médicos alertam que o corpo da mulher grávida passa por transformações como a mudança do centro de gravidade e alterações na flexibilidade. Por isso, exercícios em barras fixas, com salto e esportes de contato e com bola não devem ser praticados, por risco de trauma abdominal. Já a prática de exercícios abdominais em si não é consenso entre os especialistas. Alguns recomendam o exercício apenas nos primeiros meses de gravidez. Outros defendem que os exercícios podem ser feitos durante toda a gestação, desde que as mulheres façam os exercícios deitadas de lado, ou com as pernas abertas. Na hora do nascimento do bebê, há vantagens e desvantagens, especialmente se a opção for pelo parto normal. Para o mal, manter os músculos reto abdominal e pélvico muito fortes pode dificultar a passagem do bebê. Para o bem, essa mesma força muscular faz com as grávidas saradas aguentem ficar mais tempo na posição de cócoras, o que ajuda bastante em uma situação de parto natural. divulgação

Lágrimas de resolução Chorar faz um bem danado: se as lágrimas rolam, é porque o cérebro pode finalmente relaxar Suzana Herculano-Houzel

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que lágrimas de tristeza e de felicidade podem ter em comum, se parecem coisas opostas? Eu diria que elas marcam a resolução de um problema que deixava o cérebro apreensivo, tenso, aguardando o resultado de um jeito ou de outro. Lágrimas são produzidas pelas glândulas lacrimais em resposta a estimulação parassimpática, sob controle do hipotálamo. O sistema nervoso parassimpático faz o contrário do simpático, responsável por colocar o corpo em um estado de alta disponibilidade energética, pronto para a ação: o parassimpático relaxa o corpo, reduzindo a frequência cardíaca e a pressão arterial. Nervos parassimpáticos aumentam ligeiramente a produção de lágrimas, sob controle do hipotálamo, quando os olhos estão secos ou sob algum tipo de agressão. Mas, recebendo sinais de outras partes do cérebro, o hipotálamo causa uma ativação parassimpática bem mais intensa e generalizada, levando à produção de tantas lágrimas que elas transbordam e rolam rosto abaixo. E então, com a ativação parassimpática, o corpo começa a se acalmar, até parar de chorar – o alívio dos alívios, a resolução final. Não é que chorar necessariamente acalme; mais provavelmente, é aquilo que causa o choro que também acalma o corpo. E o que causa o choro? A pouca evidência implica alguma parte do córtex pré-frontal, o que casa com a minha inferência a partir de dados comportamentais: o choro vem com a resolução, não importa se feliz ou infeliz, de estados de alta tensão (e forte ativação simpática, que prepara o corpo para agir se preciso). Estes são estados de intenso esforço de controle cognitivo, seja para se manter focado sobre uma ação necessária, para suprimir ações e emoções negativas (como a própria vontade de chorar) ou simplesmente manter a concentração sobre o objetivo da vez, apesar dos pesares. Quando a situação se resolve e todo aquele esforço mental deixa de ser necessário, um surto de ativação parassimpática desfaz todo o circo simpático armado no corpo e, de tão intenso, acaba trazendo as lágrimas. Ah, o alívio. O resultado pode até ter sido ruim, mas agora o cérebro não precisa mais se segurar. Por isso chorar pode fazer um bem danado: não pelas lágrimas em si, mas porque se elas rolam, é porque o cérebro parou de fazer força para se segurar e pode, finalmente, relaxar. SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com

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Jaime de Moura Ferreira Ad­mi­nistrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

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O Gari

aça sol ou caia a chuva; faça calor ou frio, nas múltiplas ruas das diversas cidades brasileiras, está o gari (homem e mulher), anônimo, despercebido, mal alimentado, desenvolvendo sua atividade, como um simples, honesto e humilde trabalhador. O gari, no desempenho de sua profissão, responsável pela limpeza urbana, torna-se o mais importante agente de higiene e o primeiro combatente, de forma direta, das múltiplas doenças, provocadas pelo lixo. Entre 1347 e 1351, pela falta de higiene e limpeza pública, a “peste negra” atingiu a Europa, deixando em seu rastro cerca de 25 milhões de mortes. No Brasil, a sociedade consumista produz mais de 250 mil toneladas de lixo diariamente, com aumento em torno de 10% ao ano. Enfrentando essa situação, encontra-se o gari. Sua profissão envolve limpeza de logradouros urbanos, apanha de lixos residenciais e empresariais e colocação em caminhões, desentupimento de bocas de lobos e bueiros pluviais, varrição de vias públicas, entre outras. Seus equipamentos: a vassoura, carrinho de mão, apanhadores de lixo, pá, enxada, etc. Com algumas exceções, o gari desenvolve sua profissão de cabeça baixa, compenetrado, atento ao que faz, laborioso e silencioso. Sua atividade se caracteriza pela disposição, flexibilidade, gosto no servir e responsabilidade. Enfrenta, diariamente, perigos de contaminações diversas, ataque de animais, principalmente cachorros,

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ratos e cobras e, o que mais lhe maltrata, a indiferença dos transeuntes. É lamentável que esses profissionais, tão importantes para a preservação da saúde da população, sejam tratados como

seres invisíveis ou, pior ainda, sombra da sociedade, pessoas excluídas. Só se identifica seu valor e o quanto eles significam para a sociedade, quando ocorre uma greve no seu setor. Devemos lembrar que esses profissionais têm família constituída, obrigações a pagar, filhos a sustentar e lhes dar educação, são religiosos e cheios de fé e, acima de tudo, são seres humanos. O psicólogo social Fernando Braga Costa vestiu-se de gari e trabalhou um mês var-

rendo as ruas próximas à Universidade de São Paulo. Nesse período, foi alvo do isolamento social, que chamou de “invisibilidade pública”. Pouquíssimas pessoas lhe davam “bom dia”, raríssimas lhe olhavam, para ver a execução do seu trabalho, e ninguém parou para conversar e saber um pouco de sua vida. Chegou à conclusão que a sociedade mistura a função com a pessoa que a exerce. A origem do nome gari vem do francês Pedro Aleixo Gary, primeira pessoa a assinar contrato de limpeza pública no Brasil, no Rio de Janeiro, em 11 de outubro de 1876, com o Ministério Imperial. Devemos refletir mais sobre esse profissional e evoluirmos a consciência cidadã, no que se refere aos múltiplos benefícios que esse trabalhador nos transmite. Primeiramente, nada nos custa dar-lhe “bom dia”; conversar um pouco com ele; oferecer-lhe uma alimentação que nos sobra; procurar saber das suas necessidades, etc. Em seguida, devemos contribuir com o seu trabalho, não jogando lixo ou entulho nas vias públicas, respeitar os cones de sinalização, quando estão trabalhando, embalar corretamente o lixo, em sacos resistentes, respeitar dias e horários para colocação do lixo na rua, fazer a separação do lixo (seletiva) dos vidros, latas, plásticos, papéis e orgânicos, e utilizar nossos veículos em cooperação com os motoristas dos caminhões de lixo, quando da apanha, principalmente em ruas estreitas. Este artigo visa homenagear esse indispensável profissional, no “Dia Nacional do Gari”, celebrado em 16 de maio, determinado pelo Projeto de Lei 1347/2011.


Especial

Dia das Mテ」es

VIDA DE Mテウ MODERNA

Atividades fテュsicas fazem bem na gravidez

Administrar o tempo, o grande desafio

Os cuidados com a dieta para gestantes A importテ「ncia do leite materno Maio de 2015 | Vilas Magazine | 43


Dá tempo para tudo?

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ão é nada fácil a rotina de uma mãe. Acordar cedo, arrumar os filhos para a escola, fazê-los tomar o café da manhã, ir para o trabalho, atender clientes, entregar relatórios, ou ficar em casa administrando tudo aquilo que filhos e maridos deixaram para trás... é mesmo uma maratona. A mulher, em geral, possui um número maior de papéis relacionados às áreas importantes da vida, explica Christian Barbosa, especialista no Brasil em administração de tempo e produtividade. “ Essa é uma das razões para elas possuírem tantas tarefas urgentes para administrar e serem mais estressadas e nervosas no dia a dia.” O principal papel desempenhado pela mulher é o de mãe e para elas o dia deveria ter mais do que 24 horas para dar conta de tantas atribuições. Mas será que é isso mesmo? Para Christian, o problema é outro: “o problema não está na falta de tempo, mas na forma como ele é utilizado. Um dia tem e sempre terá as mesmas 24 horas, por isso

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é preciso reduzir as atividades circunstanciais, que trazem nenhum tipo de resultado para sua vida – como reuniões desnecessárias, spams, ligações telefônicas sem sentido, grupos em whatsApp – e focar no que realmente é importante”, orienta. Para o especialista, a mulher precisa assumir o controle do seu tempo. Nas tarefas domésticas, por

exemplo, são poucas as mulheres que conseguem compartilhar essas responsabilidades com seus cônjuges ou familiares. Porém, para conseguir mais tempo, é preciso conscientizar todos sobre a importância da divisão de tarefas. “Essa é uma forma saudável de equilíbrio e de cumplicidade no relacionamento”, afirma. Outra dica de Christian é fazer uma reunião aos domingos com a família para planejar a semana, deixando 30% do tempo livre para imprevistos. “A mãe não deve esquecer das tarefas pessoas, como passar no cabeleireiro, na manicure, atualizar seus e-mails”, alerta. O mais importante, ensina, é enxergar que é possível ser mãe, esposa e profissional bem sucedida. Basta ter planejamento e uma estratégia definida. Isso significa, por exemplo, momentos curtos, constantes e com alta qualidade com os filhos. Se não é possível dedicar horas do dia para as crianças, destine 20 ou 30 minutos pelo menos, mas que sejam instantes comprometidos em ouvir, brincar e viver com o seu filho. Desligue a TV, o celular, as preocupações diárias e foque exclusivamente na criança. Esses intervalos regulares com qualidade ajudam a criança na percepção da presença materna, mesmo com uma agenda de trabalho agitada.


Para dar conta de tantas responsabilidades, é necessário aprender a administrar o tem­po, começando por tirar da rotina aquilo que não é revelante ou importante. Em casa, a mãe precisa organizar as tarefas domésticas. Os maridos precisam ser conscientizados de que devem ajudar, bem como filhos mais velhos ou familiares que morem junto. Se cada um der uma contribuição, vai sobrar tempo para as demais atividades que acabam sendo prejudicadas. E o estresse tende a diminuir.

Faça uma reunião semanal aos domingos para planejar a semana. Distribua tarefas. Deixe 30% do seu tempo livre para imprevistos. Se não for possível ficar horas com o filho pequeno, defina de 20 a 30 minutos para dedicação integral. Desligue a TV, rádio, celular... Dê atenção integral ao seu filho para brincar, conversar... No trabalho também é possível ser mais produtiva focando exclusivamente nas atribuições da atividade profissional, sem perder tempo com assuntos diversos ou espiadinhas no celular e na internet. Dá para executar as tarefas sem estresse.

Duplo papel: mãe e pai

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sociedade mudou e, ao longo dos anos, a participação da mulher também se transformou. Hoje, a presença feminina, nas mais diversas áreas, é cada vez maior e mais forte. A mulher conquistou o direito de escolher o seu caminho e assumir suas decisões livremente. Nesse novo cenário, dentre as principais mudanças, está a possibilidade de escolha do momento de realizar o sonho da maternidade e, sobretudo, do fato de quererem assumir o papel de mãe e pai ao mesmo tempo. Segundo o ginecologista especializado em reprodução humana, Renato de Oliveira, é cada vez mais crescente o número de mulheres interessadas na realização de uma reprodução assistida, para uma produção independente. “São muitas as razões que as levam a esta opção, seja pelo fato de não terem encontrado o parceiro ideal, a opção sexual, a idade, ou mesmo o desejo de se tornar mãe, independentemente das convenções sociais. Indiferente de quaisquer circunstâncias, todas possuem o mesmo interesse: gerar um filho.” “Apesar de ainda existirem algumas barreiras, as pessoas vem aceitando melhor as mulheres que optam por serem mães sozinhas, já entendem melhor que elas desejam ter um

filho e que podem educá-los da melhor forma possível, independente dos padrões de uma família tradicional”, contemporiza o especialista. Desde 2009, a reprodução assistida para produção independente foi autorizada no país pelo CFM. Assim, a mulher pode optar por duas alternativas: a Inseminação Intrauterina (IIU) ou a Fertilização in Vitro (FIV). “Na técnica de inseminação intrauterina, os espermatozoides são injetados diretamente na cavidade do útero e a paciente possui, em geral e dependendo da idade, 18% de chance de engravidar. Já com a Fertilização In Vitro, as possibilidades são maiores, chegando até 40%”. De acordo com o ginecologista, os espermatozoides para a fecundação devem ser de doadores anônimos. “A doação, no Brasil, é obrigatoriamente anônima. Caso algum conhecido queira oferecer os espermatozoides, caracteriza-se paternidade e não doação, independente se for utilizado uma técnica de reprodução assistida para o encontro dos gametas.” O profissional destaca ainda que, antes de realizar todos os exames necessários para a técnica de reprodução assistida, a mulher deve ter plena certeza de sua escolha, uma vez que ela vai assumir um papel duplo: ser mãe e pai.


Dar leite é suficiente?

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nascimento do primeiro filho é um momento de comemoração para a família, mas, também, de muitas dúvidas e apreensão, principalmente para a mulher, que está vivendo uma nova fase na sua vida. Como acomodar o filho na hora de dormir, se é preciso acrescentar um complemento a alimentação do bebê, o que comer enquanto se esta amamentando, são alguns questionamentos que atormentam as mães de primeira viagem. Quando o bebê nasce, por exemplo, é comum aparecer manchas avermelhadas na pele, principalmente no rosto. Nesse momento surge à primeira preocupação da mãe. O pediatra e neonatologista Jorge Huberman, explica porque isso acontece. “As descamações são normais nas primeiras semanas de vida devido o período que a criança permanece envolta no líquido amniótico. Contudo, deve-se tomar cuidado com a vestimenta do bebê e sua higiene, por isso vista com roupas de algodão e higienize o rosto dele com algodão úmido” orienta. Já no momento de colocar a criança para dormir o modo ideal é de barriga para cima. “Caso ele engasgue, o reflexo imediato é a tose que logo chamará a atenção dos pais. Já de bruços, se tiver alguma complicação, não poderá ser ouvido. A única ressalva é se ele tiver refluxo gastroesofágico, aí deve dormir lateralmente e o berço ser inclinado entre 15 e 30°”, explica o pediatra. Quanto a alimentação da mãe e do bebê, Jorge lembra que o cuidado deve vir das duas partes. “Para o bebê o alimento materno é o suficiente até os seis meses de vida da criança não sendo necessário dar água ou chá, depois desse período a introdução de complementos alimentares pode ser feita. Já a mulher deve fazer uma alimentação saudável e bem equilibrada,

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pois o que se está ingerindo pode passar ao leite materno”, esclarece. O leite materno, acrescenta a médica Marisa da Matta Aprile, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo, auxilia no processo de desenvolvimento psíquico e

Mães de primeira viagem acabam tendo muitas dúvidas

intelectual da criança, sobretudo em bebês prematuros. “Há estudos que mostram que o Q.I. de bebês prematuros adequadamente amamentados pode ser superior em até dez pontos ao daqueles prematuros que não receberam o leite materno”. De acordo com a médica, outro benefício está na prevenção da obesidade e de outros fatores de riscos para as doenças cardiovasculares, vasculares periféricas e diabetes. “Temos muitos trabalhos cientí-


ficos mostrando que o aleitamento diminui a incidência da obesidade, diabetes e hipertensão arterial. A amamentação diminui a incidência de obesidade porque a criança aprende a controlar a saciedade desde os primeiros dias de vida, pois o leite materno inicial tem baixo valor calórico e apenas no fim da mamada vem o leite com alto valor calórico, que contém gordura. Isso vai acostumando o organismo da criança a saber exatamente o momento de parar de mamar, e essa consciência ela leva para toda vida, entendendo a hora de parar de comer. Outro fator importante para prevenção de obesidade é o nível mais baixo de proteína no leite humano quando comparado com o leite de vaca”.

Benefícios do aleitamento para o bebê

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omposto de 50% de teor calórico, ácidos graxos poli-insaturados, vitamina A, E, C, e uma série de eletrólitos, como o sódio, o leite materno é responsável pela transferência de anticorpos para o bebê. Segundo a médica Marisa da Matta Aprile, presidente do Departamento de Aleitamento Materno da Sociedade de Pediatria de São Paulo, os benefícios do aleitamento materno para o recém-nascido são reconhecidos mundialmente desde o século passado. “A amamentação promove maior proteção contra infecções do aparelho digestivo e respiratório, prevenindo diarreias e diminuindo a gravidade da bronquiolite e de pneumonias. Além disso, o leite age na prevenção da leucemia, tanto a linfoide quanto a mielóide, e da doença celíaca (intolerância ao glúten), sendo que quanto maior o tempo de aleitamento menor a possibilidade de desenvolvimento dessas doenças.”, alerta.

Benefícios do aleitamento materno para a mulher

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lém de promover um momento especial entre mãe e filho, a amamentação auxilia na recuperação pós-parto. “O aleitamento diminui a possibilidade de ocorrência de hemorragia pós-parto e é uma aliada na perda de peso. Erroneamente, se fala muito atualmente que a amamentação pode tornar a mama caída e flácida, mas, na verdade, se a mulher manter a mama vazia, amamentando com a frequência necessária, a mama permanecerá firme, sem problema algum”. Estudos científicos ainda comprovam que o aleitamento reduz a incidência de cânceres de colo de útero, de ovário e de mama.

O momento certo para parar de amamentar

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criança deve mamar exclusivamente no seio até o sexto mês. “Caso a mulher precise voltar a trabalhar antes desse período, é de extrema importância que se mantenha a lactação, tirando e estocando o leite. A partir do sexto mês, a alimentação pode ser complementada com papinhas de frutas e legumes. Mas vale ressaltar que a Organização Mundial da Saúde (OMS) recomenda que o aleitamento materno prossiga até os dois anos de idade”.

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Atenção para a dieta Futuras mamães devem tomar cuidados para evitar obesidade

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uando uma muher engravida, inicia-se uma série de transformações em seu organismo, para que se torne um ambiente seguro para a geração de uma nova vida. Serão nove meses de mudanças anatômicas, fisiológicas e psicológicas. Por isso, as futuras mamães devem ter cuidado redobrado, principalmente com a alimentação, afinal, a obesidade na gravidez é um problema comum e perigoso. “Sabemos que a fome não é apenas uma necessidade fisiológica. Ela pode estar associada, neste período, a alterações psicológicas e emocionais, como ansiedade e fragilidade, que podem levar à compulsão alimentar”, destaca o ginecologista especializado em reprodução humana, Renato de Oliveira. O médico ainda explica que, a partir do terceiro mês de gravidez, a mulher deve ingerir apenas 300 calorias a mais do que o normal, totalizando assim, 2.800 calorias por dia. “Ganhar peso excessivo no período gestacional ou, até mesmo, iniciar a gesta-

ção com sobrepeso, são fatores de risco que podem gerar complicações como diabetes e doenças hipertensivas específicas da gestação, como a pré-eclâmpsia hipertensão e pré-eclâmpsia”, alerta. Mas, e quanto ao ditado popular: “mulher grávida deve comer por dois?” Para o especialista, é importante ter em mente que isso é um mito. “O fato de estar carregando uma vida dentro de si não quer dizer que a grávida possa abusar da sua dieta diária. Aliás, o peso é algo com que a gestante e o

seu médico precisam sempre estar atentos. A recomendação é que as gestantes ganhem, ao longo de toda gestação, e dependendo da massa corporal inicial e da altura, uma média de 12 kg. Pode-se considerar como ideal, um ganho médio de 300 a 400 gramas por semana”, esclarece. Além dos problemas com a própria saúde, a obesidade na gravidez pode gerar bebês mais pesados, com macrossomia fetal, ou seja, a condição em que o recémnascido apresenta mais de quatro quilos, e com possibilidades de desenvolver hipoglicemia ao nascer. E quando os desejos surgirem? O profissional explica que as sensações de desejo na gravidez são comuns, pois é um sinal do organismo da mãe dizendo que necessita mais de um ou outro nutriente. “A gestante pode comer de tudo, desde que não cometa exageros. A questão sobre a restrição a alimentos crus, principalmente os peixes amplamente utilizados na culinária japonesa, provém do desconhecimento da origem dos alimentos e do risco de contaminação. Isto poderia ser prejudicial para a formação do bebê”, alerta.

Dicas nBeba água constantemente. Cerca de 1,5 a 2 litros por dia; nConsuma muitas frutas, legumes e verduras, sempre bem lavados e de boa procedência; nFracione as refeições em cerca de seis a oi­to vezes ao dia, com pequenas quantidades, e mastigue devagar; nConsuma alimentos com baixo teor de gordura e evite ingerir líquidos durante as refeições, para facilitar a digestão e evitar azia; nA carne é muito importante nesse pe­ ríodo, por ser rica em ferro e proteínas. O ferro, por sua vez, pode ser mais bem absorvido se consumido com frutas ricas em vitamina C, como kiwi, laranja, limão, acerola, tangerina e abacaxi.

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Alimentação saudável Gestantes não precisam comer por dois, diz nutricionista

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alimentação durante a gestação é cercada de crenças que podem interferir na saúde e nutrição da mãe e do feto. Algumas dessas crenças são benéficas e devem ser encorajadas, outras, entretanto, como a de que a mãe deve “comer por dois”, são errôneas, diz a nutricionista Flávia Figueiredo. O acompanhamento nutricional é im­portante, pois a gestante necessita de ajuda para compreender suas novas necessidades orgânicas e auxílio para elaborar e consumir uma dieta adequada, que contenha todos os nutrientes necessários para o seu organismo e para o crescimento e desenvolvimento do feto, devendo incluir em cada refeição, pelo menos um alimento de cada grupo.

Dicas de alimentação nCarboidratos: fonte de energia para a gestante, o embrião e o feto. Quando o consumo de carboidratos é baixo ao longo da gravidez, o recém-nascido corre o risco de nascer com baixo peso. Eles são encontrados nas frutas, verduras, legumes e cereais integrais – como arroz, macarrão, pães e biscoitos integrais e barras de cereais. nProteínas: são essenciais para o desenvolvimento dos novos tecidos, tanto da mãe como do bebê, desempenhando um papel importante na formação do útero, mamas, placenta e líquido amniótico. Boas fontes protéicas são: carnes magras, como frango e peixe; leguminosas como feijões, soja, lentilha, grão de bico, ervilha; frutas oleaginosas como nozes e castanhas; laticínios e ovos; quinua e amaranto. nLipídios: fornecem energia à gestante e ao feto. Contribuem para o crescimento do bebê e para formar os estoques energéticos que a mulher vai utilizar no período de aleitamento. É importante que o consumo de gordura seja através de gorduras “boas”, que são as gorduras insaturadas, tais como: óleos de coco, milho, girassol, gergelim, soja, canola, macadâmia, azeite de oliva extravirgem, peixes como salmão, atum e sardinha e a linhaça. É necessário ainda, que sejam evitados longos períodos de jejum, para uma melhor digestão e aproveitamento dos alimentos. Por isso, eles devem ser ingeridos a cada três horas, melhorando a sensação de fome, azia e mal estar.

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Academia está liberada Atividades físicas, mesmo na gravidez, são recomendadas

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ão é porque a mulher está grávida que ela não pode praticar atividades físicas. Para o nutrólogo Mohamad Barakat, além de manter o peso, exercícios ajudam a manter o bem estar e a saúde da futura mamãe. A prática regular das atividades físicas pode eliminar alguns desconfortos comuns durante a gravidez, como a formação de varizes e dores nas costas, sem contar que beneficia a resistência cardiorrespiratória e muscular, o que ajuda na hora do parto e na tonificação dos músculos mais “afetados” durante a gestação, como os da pelve,

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abdominais e os lombos dorsais. “Há também um aumento de apetite durante o período. Os hábitos alimentares refletem não só no organismo, mas também no crescimento e desenvolvimento do bebê que depende totalmente da gestante para obter os nutrientes básicos”, explica Barakat. Para isso é necessário manter uma alimentação equilibrada que evita problemas, como o diabetes gestacional e anemia. A alimentação não deve ser alterada ou esquecida; comer de três em três horas pequenas porções de frutas, legumes e verduras; beber bastante água e evitar excessos. O médico ainda alerta que é importante ressaltar que, se as refeições e os exercícios físicos forem bem balanceados, a gestante pode evitar engordar muitos quilos extras durante a gravidez. “Lembre-se sempre de

ter um acompanhamento médico nessa fase especial da vida, pois agora, além de sua saúde, você tem que se preocupar com outra, ainda mais frágil”, orienta. Já as gestantes que nunca praticaram nenhum tipo de exercício físico, devem começá-los aos poucos e iniciar com atividades de baixo risco, como caminhadas, natação e hidroginástica leve. Diferentemente das já habituadas que podem continuar com o programa de sempre apenas diminuindo a intensidade e velocidade. Manutenção do Peso Barakat indica que o aconselhável, considerando os níveis de IMC, seria que gestantes abaixo do peso (abaixo de 19,9 e 26) ganhassem de 12,5 a 18 quilos, enquanto gestantes com peso normal (19,9 a 26) pudessem engordar de 11,5 a 16 quilos ao longo da gravidez. Já gestantes que ultrapassam o peso (acima de 29), o máximo seria ganhar seis quilos nos nove meses.


Mundo Animal

Demência geriátrica em animais Doença causa desorientação nos animais e o carinho dos donos é primordial para que eles se sintam confortáveis e acolhidos

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ambém denominada Síndrome de Disfunção Cognitiva, a demência geriátrica é um problema comum do envelhecimento das funções cerebrais dos animais, fazendo com que, normalmente, passem por situações onde apresentam alterações na consciência, problemas de aprendizagem, falta da memória e redução de seus reflexos (dificuldade de respostas a determinados estímulos). Entre as causas da demência estão os fatores genéticos, a falta de atividades físicas, a alimentação desequilibrada, entre outras. Porém, como ocorre entre as pessoas, não é fácil identificar exatamente a causa. As razões exatas ou fatores que podem causar uma predisposição para a demência seguem não sendo conhecidas, não apenas referente aos animais, mas aos humanos também. Acredita-se que fatores genéticos hereditários influenciam na predisposição dessa doença ao animal. Uma alimentação ruim, como também a falta de atividades físicas e mentais também colabora para esse mal. Entre os sinais que estão associados a demência geriátrica estão a falta de orientação, perda da memória ou confusão mental (o bicho se perde dentro de casa e não consegue achar os trajetos

habituais), forte ansiedade (fica caminhando pela casa ansioso sem motivo), fica agressivo (não se relaciona direito e pode ficar irritado com outros animais e pessoas), reduz a vontade de brincar com alguém, faz xixi e defeca em lugares inadequados, reduz seus reflexos (dificuldades de responder a certos estímulos), falta de apetite ou esquecimento no momento de comer (nessa situação, é essencial consultar com brevidade o médico veterinário), mu-

danças no sono (fica a noite acordado e o dia dormindo), late sem razão pois já não reconhece os membros da casa ou porque está ‘perdido’ atrás de uma porta. Quando está bastante confuso também fica latindo normalmente, em especial durante à noite e pode ainda ter convulsões. Ao observar que o animal possa estar com demência, é recomendado verificar o histórico da saúde dele, desde o começo dos sinais até a frequência dos comportamentos estranhos que o levaram a achar que é o problema. Ele deve então passar por exame Continua na pág. 125 u

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Viver Bem

Pais podem detectar problemas no desenvolvimento do bebê Cada criança tem seu tempo, mas algumas características em comum podem ajudar a identificar doenças

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ada criança tem seu tempo para desenvolver determinadas habilidades, como falar e andar. Mas cada fase do desenvolvimento tem marcos, acontecimentos que ajudam os pais a se basearem para acompanhar melhor o crescimento do filho. “O que mais preocupa os pais é se a criança anda ou não anda. Ela pode começar a andar com dez meses, mas pode andar com um ano e meio”, afirma o pediatra e neonatologista Jorge Huberman. “O que acontece é que as mães comparam”, afirma, para justificar por que tanta gente se incomoda com o fato de o filho não falar nada, enquanto o do vizinho já até consegue contar. Algumas condições básicas devem ser

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observadas desde os primeiros meses, como o fato de a criança não virar a cabeça ou olhos em direção à voz ou emitir sons. Outra observação é o desenvolvimento motor, que vai da cabeça para os pés: firma a cabeça aos três meses, senta aos seis meses, engatinha aos nove meses e anda com um ano. Entretanto, os médicos ressaltam que variações na aquisição e desenvolvimento entre crianças da mesma idade são frequentes e podem apenas ser características ndividuais. Outra dica dada pelos especialistas é que pais que levam os seus filhos periodicamente ao pediatra têm muito mais chance de descobrir logo cedo se a criança tem

alguma problema em seu desenvolvimento. Estímulos Crianças aprendem com facilidade e, se estimuladas, têm muito mais chances de desenvolver suas habilidades. “Tente estimular seu filho o máximo que puder. Se ficar o dia inteiro vendo televisão, ele vai ficar parado, mesmo”, afirma Huberman. “Cuidados e estimulação precoce têm forte impacto e são fatores decisivos e duradouros na transição de uma criança para a idade adulta, tanto no desenvolvimento de suas habilidades de aprendizagem quanto na capacidade de controlar suas emoções”, acrescenta Gabel. Bárbara Souza / Folhapress.


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Viver Bem

Saber o que comer é essencial à saúde da mulher na gravidez A mulher que está pensando em engravidar ou já está grávida precisar ter um cuidado extra com a alimentação

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quela velha ideia de que grávida tem de “comer por dois” não existe mais com relação à quantidade de comida, mas ainda conta com relação à qualidade dos alimentos. São eles que vão garantir a saúde da mãe durante a gestação e do bebê. “Na gravidez é importante ter uma alimentação variada e equilibrada, que proporcione todos os nutrientes necessários para si e para o bebê”, diz Haládia Pessotti

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de Campos Simião, endocrinologista e nutróloga. Segundo ela, a alimentação deve ser rica em frutas, verduras e legumes variados. “Isso fornece todas as vitaminas e minerais necessários para a formação do bebê, como acido fólico [vitamina B9], vitamina A, ferro, complexo B, zinco, selênio e magnésio”, enumera. “É importante que a futura mamãe saiba que essa dietadeve ser balanceada, rica em cereais integrais, legumes e frutas das

mais diversas cores, sempre bem lavadas ou sem a casca, e leite”, afirma o ginecologista Gustavo Ventura Oliveira. Segundo ele, a palavra de ordem durante a gravidez é moderação, em todos os sentidos. “Portanto, eventualmente, a gestante


pode comer chocolate ou até alguns alimentos fritos e doces, mas é preciso acompanhar o ganho de peso nas consultas de pré-natal, a medida da pressão arterial e o nível de açúcar no sangue”, afirma o médico. Ventura chama atenção para a higiene dos alimentos: cuidado com carnes cruas, malpassadas ou defumadas. “Elas podem ser foco de toxoplasmose ou salmonela, que causa infecção intestinal”, diz. Haládia chama atenção ainda para vícios que podem causar sérios danos ao bebê. “Elimine por completo o cigarro e bebida alcoólica”, diz.

Contra enjoo, tome

P

água com limão

ara amenizar os enjoos, que acontecem geralmente no primeiro trimestre, a gestante deve comer pequenas porções a cada duas horas e não ingerir grandes quantidades de liquido de uma vez. Tomar água com limão ou com um pouquinho de gengibre também ajuda a aliviar a náusea. Evite alimentos gordurosos, com muito condimento e açucarados. Evite se deitar logo após comer.

Bárbara Souza / Folhapress.

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Janelas Abertas Gilka Bandeira

Notas de viagem

U

m galo carcarejou ainda no turvo da madrugada e logo outro pegou o canto e lançou a um terceiro que por sua vez, lançou ao quarto, até que muitos galos, como no poema de João Cabral de Melo Neto, se puseram a tecer a manhã. Ouvimos também pequenas vozes murmuradas, talvez um pescador se despedindo da mulher ao sair para a pesca. Sentimo-nos intimados e, abrindo à porta do quarto, chegamos à amurada da varanda da pousada. Ainda estava muito escuro. A pequena cidade oleira, na margem distante, continuava acesa sem revelar a intrínseca pobreza, enquanto o rio abaixo de nós era quase só audível no popopó do barquinho que partia e, apurados os ouvidos, no barulhinho de uma das inúmeras nascentes que ainda sustentam o Velho Chico. Estávamos, sim diante do mítico São Francisco, num cantinho especial da histórica cidade de Penedo. E ficamos, os rostos pousados sobre os braços cruzados no parapeito, envolvidos na tão abençoada rara aragem fresquinha, dentro do religioso silêncio acentuado pelas sombras mais e menos negras que se estendiam sobre as ilhas recentes. Recentes, posto que provenientes do assoreamento do rio, que estreitado e menos profundo já não chega à beira do cais nem recebe os navios que vinham trazer e buscar mercadorias e tornara opulenta a cidade entreposto. Perdida a antiga condição, restou esquecida, quiçá um benefício, pois que assim preservou a feição original, possibilitando a reabilitação, agora, como polo turístico. Se bem que justo isto, já lhe maculou a bela face, pois um hotel ergue-se alto e modernoso em meio ao casario colonial. Aquele era momento de enlevo no decorrer da viagem que já durava sete dias. E era muito bom estarmos juntos, ali no côncavo da madrugada, numa varandinha de traços helênicos debruçada sobre rio São Francisco, tendo abaixo uma enladeirada ruazinha com balaustrada branca, um velho lampião de ferro e os telhados do renque das ribeirinhas casas dos antigos aguadeiros dos navios. O cenário era propício a enlaces, embora os desenlaces nunca deixem de haver, seja onde for. Mas agora estávamos ali, ainda em sonolência, quase sem dizer nada, somente sentindo. Sentindo as vibrações, a magia e poesia do lugar e os nossos próprios corações. Vez por outra, repassávamos os relatos do dono da pousada sobre o rio e a cidade. Sorvíamos os eflúvios da noite que se findava e do amanhecer que se anunciava, por ora, tão só pelo cantar dos galos e o ruído do motor do barco que se fora. Voltamos a deitar, apesar dos galos insistirem em nos fazer crer que o novo dia já começara. O dia de fato começou para nós com o lauto café na varandinha diante do rio, agora totalmente às claras, sendo via movimentada para os que iam pescar, ou de um povoado a outro por qualquer

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razão. Devidamente, ou seria melhor dizer, excessivamente alimentados, partimos para mais uma aventura. Éramos quatro jovens espíritos aventureiros, conquanto os corpos, sob a erosão dos anos, já não correspondessem. Não nos intimidamos, sobretudo eu, que tendo vendido o carro, jurando não mais dirigir, topei o desafio ou a responsabilidade de sair de Itaparica e percorrer léguas tiranas durante dez dias por este mundo de meu Deus, sendo a única habilitada do grupo. Difícil saber quem mais louco, eu que encarei a empreitada ou eles que confiaram em mim. A bem da verdade, outrora, tive bastante experiência de estrada, contudo, após sete meses de fastio, só recentemente voltei a dirigir por força das circunstâncias. Não me sentia cem por cento segura, todavia para tamanha vontade de viajar, valia o esforço ou a ousadia. E a ousadia não parou aí, também incluiu superação de limites. Num dos primeiros dias na capital sergipana decidimos ir ao Parque da Cidade. Sem mapas nem GPS funcionando a contento, fomos na base do para e pergunta. Enfim, depois de andar em contramão, de dar voltas, de muito rodar, às vezes perdidos, conseguimos chegar, indo pela avenida João Bebe Água. Subindo sempre, alcançamos o mirante, o grande pedestal da enorme santa, que pouco dava para mirar, pois o mato alto tapava a visão. Desbravando uma veredazinha achamos um platô, donde se via quase toda Aracaju. Ali sim, o genuíno mirante. Andando ao léu,chegamos à estação do teleférico, que em grande altura, longamente a perder de vista, descia por sobre uma floresta e o jardim zoológico. Todos se animaram e eu, que nem chego à janela de edifícios altos, ousei sentar naquela cadeirinha. Não, não receio acidente com o equipamento, o caso é que diante de altura, sinto-me sugada, a gravidade me puxando para baixo, uma espécie de vertigem. Assim que o troço começou a descer, senti frio na espinha dorsal, fiquei completamente imóvel, apertando a barra de ferro da proteção, olhar fixo na frente. Ainda assim, percebia, abaixo, a profundeza do abismo e a dimensão das árvores. Em certo trecho, um belíssimo pica-pau, pousado num dos cabos do teleférico olhou com desdém para a gente. Seria maravilhoso mirar tudo aquilo, mas havia o medo. As cadeiras rangiam ao passar pelas torres. Por duas vezes ficamos parados no ar, enquando passageiros lá na frente saltavam. O pânico ameaçava me tomar. Pior quando o bravo cavalheiro ao meu lado, em que punha confiança para conter o pavor, declarou estar morrendo de medo...Até agora não sei como mantive o autocontrole. Já perto do fim do percurso vimos as jaulas dos animais no zoológico, como a nos dizer que ao cair daquela geringonça seríamos alegremente recebidos pelos leões. Mais tremi quando lembrei que teria de fazer o trajeto de volta. Afinal, eu era a única a dirigir, e o carro ficara a muitos quilômetros de ladeira íngreme, debaixo do sol do meio dia. Felizmente, um funcionário do Parque se dispôs a buscar o veículo. Saiba-se que não fui a única a desistir. De todos que embarcaram conosco, apenas dois fizeram o trajeto de volta.


Como falar sobre dinheiro com crianças? 10 dicas de educação financeira infantil Leonardo Lourenço

F

alar de dinheiro com as crianças nem sempre é fácil e especialista em educação já entraram em consenso e acreditam que aprendizado sobre o valor do dinheiro deve começar cedo. Como questões como trabalho e salário não fazem parte da rotina deles, o valor da moeda se torna algo intangível. Por isso, muitas vezes os pais ouvem comentários do tipo: “mas é só pegar dinheiro no banco” ou “paga no cartão da mãe”, simplesmente por que os pequenos não sabem de onde vem o dinheiro e o funcionamento do sistema econômico. Portanto, o melhor que se pode fazer, para que eles se tornem adultos com uma vida financeira saudável, é começar a falar sobre educação financeira desde cedo. Confira 10 dicas de como abordar este tema.

2 – Sai do computador e vai estudar menino! Dar mesada não é uma forma de cobrar por boas notas A partir dos sete anos, a criança já entende o que é uma mesada e pode começar a gerenciar quantias de dinheiro. Mas não é recomendável associar a mesada ao estudo. Ela não deve ser um prêmio por boas notas, estudar é responsabilidade da criança e ela deve entender isto. 3 – O jogo dos quatro porquinhos. Ensine seu filho a poupar e como gastar melhor o

dinheiro que tem Você deve ensinar seu filho sobre reserva financeira para que ele alcance objetivos de curto, médio e longo prazo. Para isso você pode adesivar quatro porquinhos de cerâmica com as palavras: investimento, doação, poupança e gastos. Gastos são objetivos de curto prazo, o que ele quer no momento, um lanche na escola por exemplo. Poupança são objetivos de médio prazo é algo que ele quer realizar em Continua na pág. 98 u

1 – 1, 2, 3... Se a criança já sabe contar, é hora de começar a falar de educação financeira. O melhor momento para introduzir o tema é a partir de quando elas começam a contar. Mostre algumas moedas e ensine o valor de cada uma. Faça pilhas, agrupando e somando o dinheiro.

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88 | Vilas Magazine | Maio de 2015

Salvador sedia 9º Congresso Regional de Psicologia

UFBA implantará campus em Camaçari

Aspectos do fun­cionamento da mente humana vêm ganhando cada vez mais espaço na sociedade e no meio científico. E com o objetivo de promover maior difusão do conhecimento sobre a área, acontece no Centro de Con­venções da Bahia, em Salvador de 13 a 16 deste mês, a 9ª edição do Congresso Norte e Nordeste de Psicologia, reunindo estudantes, profissionais e professores e pesquisadores do Brasil e exterior. Esta edição vai discutir a “Psicologia e os Desafios do Mundo Contemporâneo”, abordando temas em destaque na sociedade atual. Ao todo serão realizados 28 minicursos e 11 conferências ministrados por estudiosos nacionais e internacionais. Interessados em par­ticipar devem se inscrever pelo site http://www.conpsi2015.com.br/ e efetuar o pagamento da taxa de inscrição. Mais Informações pelo tel.: (71) 3240-6388.

A UFBA vai implantar um Campus em Camaçari, na área onde funcionava o CEPED: é o que o governador Rui Costa definiu, em audiência concedida ao deputado federal Luiz Caetano (PT). Com isso, foi resolvido o maior impasse para o estabelecimento da instituição de ensino no município. O parlamentar também se reuniu com o secretário de Ciência Tecnologia e Inovação, Manoel Mendonça Neto, e o pró-reitor de graduação da UFBA, Penildon Filho, costurando a criação de uma comissão especial, composta por membros da universidade e do Governo do Estado, para dar celeridade ao processo de implantação do campus.


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Empresa Júnior de estudantes da UFBA fomenta empreendedorismo para pequenas e médias empresas Como os empresários baianos estão sendo afetados pela crise? De que forma as pequenas e médias empresas podem sobreviver no cenário atual? Onde essas empresas podem encontrar soluções de qualidade com um baixo custo? Em meio ao ambiente de crise, a Em­presa Júnior de Administração da UFBA surge como uma alternativa para empresários baianos, oferecendo consultoria empresarial com custos diferenciados do mercado, além de propiciar o desenvolvimento econômico e acadêmico, servindo de suporte para diversos clientes. Ao longo dos seus 25 anos de história, já realizou mais de 500 projetos, voltados para as áreas financeira, marketing e organizacional. Primeira empresa júnior nascida na Bahia e a segunda no Brasil, é formada exclusivamente por estudantes do curso de

administração da UFBA. São 64 membros comprometidos pela proposta “Capacitando para transformar”. Na sua carteira de clientes constam projetos desenvolvidos para clientes diversos, como ACBEU, Gerdau, Jornal Correio, Colégio Integral, Shopping Center Lapa, Portobello, Petrobahia, Delloite, Colégio Módulo, Nexcom (revendedor autorizado Vivo), Obras Sociais Irmã Dulce, APAE, Vital Procifar, Revisa, Image Nation (Copiadora Image), Maso–image, Concept, Caballeros de Santiago, 5àSec, Laboratório Leme, ABC (Associação Baiana de Cegos), entre outros. Parcerias com instituições consagradas do mercado brasileiro, como Ernst & Young, PricewaterhouseCoopers (PwC), Incont, Amaral & Santos, Esfera Quatro, Brand Consultores, Tuppi Propaganda e Criatividade, FORD, entre outros, reverendam as ações da empresa.

SERVIÇOS Em­presa Júnior de Administração da UFBA www.empresajr.com.br Diretora Presidente: Julia Magalhães. Tel.: (71) 9924-6813 juliamagalhaes@empresajr.com Diretor de Marketing: Filipe Freire. Tel.: (71) 9687-6551 filipefreire@empresajr.com

Caminhada Ecológica do Miragem Dia 31, às 7h30, acontece a primeira Caminhada Ecológica do Miragem, promovida pela AMOM, associação de moradores do loteamento. Impulsionada pelo mote Viver aqui é bom, vamos deixar melhor, a iniciativa objetiva estreitar o relacionamento entre os moradores do loteamento, numa atividade leve, de apenas 3km. Informações sobre como participar, com a diretoria da AMOM, pelo tel.: 8105-5714.

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Como falar sobre dinheiro com crianças? u Continuação da pág. 57 seis meses, como a compra de um brinquedo. Já a tarja ‘investimentos’ está relacionada ao longo prazo. Uma reserva financeira para a vida dele. Como poupar para um carro ou, até, para a sua aposentadoria. E, o último porquinho é o da doação. É importante que ele reflita sobre dar algo em troca sobre o que recebe. 4 – Você em primeiro lugar! Explique que assim que ganhar o dinheiro a criança deve separá-lo de acordo com os objetivos traçados por ela Uma das melhores dicas de educação financeira tanto para adultos como para crianças é se pague primeiro. Isso quer dizer: separe do seu orçamento a parcela destinada ao que você deseja guardar. A reserva financeira deve ser encarada como uma despesa fixa, não como o que sobra do orçamento. Ensine isto para o seu filho também para que ele possa atingir seus objetivos mais rápido. 5 – O valor da conquista. Lembre seu filho que algumas vezes ele vai ter que esperar e juntar dinheiro para comprar o que deseja Nem sempre o dinheiro que ganhamos no

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mês é suficiente para realizar a compra de algo que desejamos. As crianças devem entender também que juntar dinheiro é uma forma de conseguir o que ela quer, mas para isto é necessário mais tempo. 6 – Tudo que passa na TV ele pede. Explique a diferença entre precisar e querer Existem alguns produtos que são necessidades básicas como os de alimentação, limpeza e vestuário básico. Estas coisas são o que ele precisa. Já a propaganda infantil desperta na criança o desejo de ter e não a necessidade. Explique para ele esta diferença. 7 – Não é dinheiro de plástico infinito. Quando usar o cartão de crédito explique para a criança como ele funciona Explique o conceito de crédito e alerte sobre os perigos do cartão de crédito. Não é só passar e não pagar depois. Existem os juros e que você deve se programar para que o pagamento do cartão ocupe uma fatia do seu orçamento, não ele todo. 8 – Dinheiro não cresce em árvore. Expli-

que como é o seu trabalho e por que você é pago por ele O salário é composto por vários fatores, mas os dois principais são tempo e esforço. É o valor atribuído ao seu trabalho (esforço) e conhecimento vezes o tempo trabalhado. Uma forma de explicar para o seu filho é dizer quais são suas atividades diárias e o valor da sua hora trabalhada. Assim ele vai entender que é uma troca e que o dinheiro vem deste resultado. 9 – A escolha é sua. Inclua a criança em pequenas decisões financeiras no supermercado como qual fruta comprar Educação financeira é baseada em escolhas. Muitas vezes para conseguirmos a quantia que desejamos temos que abrir mão de alguma coisa. Ele pode aprender isso em um supermercado. Separe um valor e diga que ele tem que escolher um produto com o que tem na mão. 10 – Alcance seus sonhos. Ensine que o dinheiro é só uma ferramenta para chegar aonde se quer É sempre bom lembrar que dinheiro não é tudo. É uma ferramenta que pode proporcionar um bem ou uma experiência. Mas existem valores mais importantes como viver momentos em família, educação, ética e cidadania.


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Demência geriátrica em animais u Continuação da pág. 51 físico completo para analisar seu estado geral de saúde e as funções cognitivas. Embora a demência geriátrica não tenha cura, podemos retardar o desenvolvimento da doença e permitir que o animal não sofra tantas perdas em suas funções cognitivas. O veterinário deve analisar o animal periodicamente para o acompanhamento da sua resposta ao tratamento e a progressão dos sinais médicos, informando ao dono sempre que notar um problema diferente. Também pode ser recomendada uma dieta específica e balanceada, objetivando melhorar e trabalhar a função cognitiva do animal, isto, a memória, a capacidade de aprendizagem, entre outras coisas. A demência é uma doença sem cura e muito penosa para todos moradores da casa onde vive o animal. É essencial que os donos fiquem atentos ao comportamento do animal, em especial quando ele estiver

em idade avançada. Segundo os veterinários, os sinais se iniciam depois dos 11 anos, mas certos sinais médicos podem ocorrer aos sete anos de idade, tornando-se vital maior atenção do dono quando o animal chegar a essa faixa etária. Trabalhar as funções cognitivas do animal com atividades físicas e, para a memória, adestramento, brincadeiras, como também manter um local agradável com poucos conflitos são ações essenciais para ajudar o animal, já que, além de mantê-lo equilibrado e estimulado mentalmente, será mais fácil observar o aparecimento dos sinais da disfunção cognitiva e cuidá-la corretamente com antecedência. Quando perceber algum dos sinais médicos, além de fazer os registros do começo e da frequência dos comportamentos incomuns, é necessário levar o animal para o veterinário examinar, para confirmar se esses

sinais clínicos não estão associados a qualquer outra enfermidade, antes de começar um tratamento para demência geriátrica. Os animais mais velhos estão mais propensos a ter disfunções nos rins, fígado e cânceres que atingem o sistema nervoso central. É essencial descartar a possibilidade dessas enfermidades antes de definir que se trata de demência geriátrica. A tomografia é o único exame que pode acusar a disfunção cognitiva. Se o problema for confirmado, é preciso seguir as orientações do veterinário e consultá-lo conforme o ritmo do tratamento e com o desenvolvimento dos sinais médicos. Assim, além de reduzir a velocidade da progressão da demência, também ocorre a melhora a qualidade de vida, não apenas do animal, mas de todos os familiares. Importante: demonstrar afeto e garantir a qualidade de vida é primordial. Maio de 2015 | Vilas Magazine | 125


N

ão é de hoje que o capacete precisa de uma atenção especial. Há muitas incertezas relacionadas a este item, como o prazo de validade, selo do Inmetro, modelos, etc. Uma das principais empresas de e-commerce do setor, a RS1, esclarece algumas dúvidas recorrentes. A primeira questão mal resolvida é a validade do capacete. Muitos condutores acreditam que isso pode desencadear problemas futuros como multas, mas a verdade é que o item não é um produto perecível, e

portanto, não tem prazo de validade. Mas, contrapartida, é necessário ressaltar que os órgãos fiscalizadores de trânsito têm autuado proprietários de capacetes por inúmeros fatores, que muitas vezes o motociclista nem tem conhecimento. Sem prazo de validade o motociclista não pode ser multado ou punido com base nessa questão. Mas, é importante lembrar que os capacetes costumam ter datas colocadas nas etiquetas, sugerindo que o item seja trocado após três anos de uso contínuo. Entre os

motivos para substituição estão diminuição da altura das espumas, que formam a forração interna, quedas, entre outros. Os condutores podem ser autuados por problemas de conservação, se o capacete não estiver encaixado devidamente na cabeça do motociclista, fal­­ta de refletivos, passageiro sem proteção, entre outros. A resolução 203/2006 possui mais algumas diretrizes sobre o assunto, que são de extrema relevância; n O capacete deve possuir adesivos refletivos na parte fron-

Bruno Miranda / Folhapress

Motociclista pode ser autuado em vias públicas por causa do capacete

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126 | Vilas Magazine | Maio de 2015


Motociclista usa capacete sem a etiqueta ou selo de segurança do Inmetro

tal, lateral e traseira. Se o item for usado por um motociclista profissional, por exemplo, motoboy e similares, a resolução 219|2007 estabelece que há a necessidade de uma faixa refletiva especial, nas cores branca e vermelha. n Capacete tipo “coquinho” não são permitidos, pois cobre apenas a cabeça, sendo assim, partes como nuca e queixo ficam amostra. n Capacete sem viseira, esse item deve ser usado com óculos parecidos com os de motocross, para proteger o condutor. Não são permitidos óculos escuros, de grau ou de segurança do trabalho para esta finalidade. “Óculos de proteção não pode possuir película (insulfilm). As viseiras escuras como fumê ou

espelhada podem ser usadas, mas até às 18h, após esse horário apenas viseiras transparentes são permitidas”, destaca o executivo da RS1, Felipe Prado. A autoridade de trânsito e seus agentes, ao abordar um motociclista trafegando em via pública, deve verificar: 1) Se o condutor e o passageiro estejam utilizando capa­cete(s) motociclístico(s), certificados pelo Inmetro; 2) Se o capacete ostenta afixado na parte de traz do casco, o selo holográfico do INMETRO, conforme definição; 3) Na ausência do selo holográfico do Inmetro, examinar existência da logomarca do INMETRO, na etiqueta interna do capacete,

especificada na norma NBR7471; 4) O estado geral do capacete, buscando avarias ou danos que identifiquem a sua inadequação para o uso. 5) A existência de dispositivo retrorrefletivo de segurança como especificado nesta Resolução. Fonte: Denatran | INMETRO

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Homens x mulheres: o que cada um prioriza na hora de comprar um imóvel? Germano Leardi Neto

A

s diferentes preferências de homens e mulheres também chegam ao mercado imobiliário. Diversas pesquisas apontam que, na hora de comprar a casa da família, cada gênero prioriza determinadas características da nova propriedade. De um modo geral, as mulheres são mais detalhistas com acabamento, estado de preservação e localização, enquanto os homens se preocupam mais com o valor do imóvel. Segundo uma pesquisa da imobiliária norte-americana Prudential Real Estate, 39% dos homens casados assumem completamente a missão de avaliar preços e pesquisar as melhores opções de financiamento, enquanto 34% das mulheres

casadas ficam com a responsabilidade de buscar imóveis de acordo com o bairro. Como, décadas atrás, eram os homens que detinham o poder financeiro no núcleo familiar, muitos corretores se acostumaram a focar mais neles. Mas esse cenário mudou radicalmente. Muitas mulheres se tornaram chefes de famílias, ocupando altos cargos em grandes empresas, inclusive em imobiliárias. Atualmente, elas respondem por mais de 46% da população economicamente ativa (PEA) do Brasil, segundo o IBGE. E tudo isso reflete diretamente no consumo. Ou você ainda não acredita que a decisão da mulher interfere na hora de comprar um imóvel? Pois bem, de acordo com os dados da Caixa Econômica Federal, quase 40% dos contratos de financiamento imobiliário foram assinados por mulheres em 2013. Dentro desse novo contexto, o corretor

APARTAMENTOS

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de imóveis precisa passar informações conforme o perfil de cada cliente para fechar negócios mais rápido. Além disso, compreender exatamente as necessidades e as exigências de cada pessoa do casal diferencia um bom corretor dos demais. Em geral, os homens são mais ligados ao dinheiro e isso não fica restrito ao valor do imóvel. Eles avaliam, também, a taxa de condomínio e se preocupam em saber o potencial de investimento do imóvel. A questão da segurança é outro aspecto determinante para a decisão dos homens. Quanto ao tamanho do imóvel, eles priorizam apartamentos com quartos, salas e varandas amplas. Já em casas, preferem quintais espaçosos. Com essas características bem definidas, os homens vão atrás e visitam apenas os imóveis compatíveis com as suas exigências. Diferente dos homens, as mulheres se


atentam mais aos detalhes de acabamento e com o estado de conservação do imóvel do que às características dele (tamanho, número de quartos, valor). Não tendo muito bem claro um tipo de imóvel bem definido, elas não ligam em conversar com muitas pessoas e fazer inú-

meras visitas até encontrar um imóvel que lhe faça sentir bem a vontade. Pensando nas funcionalidades e praticidades da casa, elas não veem salas ou quintais espaçosos como diferenciais positivos. Para o corretor de imóveis, cabe a responsabilidade de conversar tanto com

o homem quanto com a mulher para descobrir as exigências deles. Assim, fica mais fácil oferecer um imóvel que se aproxima das preferências do casal. Germano Leardi Neto é executivo de empresa imobiliária em São Paulo.

CASAS

CASAS

Maio de 2015 | Vilas Magazine | 129


TRIBUNA DO LEITOR

obituário

Agressão ao meio ambiente em Vilas do Atlântico Caro Accioli, Estou usando vosso veículo de comunicação, a revista Vilas Magazine, que é referência em nossa Vilas do Atlântico e região, para fazer uma denúncia grave de uma agressão contra a natureza. No final da última semana de março, notamos que a amendoeira que fica após nossa residência, na verdade, na entrada de nossa garagem, encontra-se com seus galhos superiores secando e perdendo rapidamente sua folhagens. Ficamos muito tristes, pois está claro que a bela amendoeira foi envenenada, ato vil, covarde, de pessoas sem educação cívica e ambiental. Não nos cabe acusações ou especulações para autoria desse crime ambiental, pois cabe à Prefeitura, através do seu órgão competente, verificar e se possível, tentar ver se ainda salva a bela amendoeira. Sou morador de Vilas do Atlântico a 16 anos e desde aqui me estabeleci, ela já existia, bela, frondosa, onde diversos tipos de pássaros fazem seus ninhos, que nos trazem um amanhecer repousante, com os diversos cantos das aves que nela habitam. Estamos tristes, e resolvemos mandar essas linhas como desabafo, e um pouco de esperança, que a nossa Prefeitura tome as providências cabíveis. Atenciosamente Francisco Eugenio Barreto Serra. Engenheiro. Vilas do Atlântico.

Obra assusta moradores do Miragem

Não faz muito tempo esta obra na entrada do loteamento Miragem foi alvo de protestos da comunidade, pois havia ali a intenção de se montar um posto de combustível. A obra foi embargada e depois liberada, a pretexto de se construir um conjunto comercial. Ocorre que o conjunto comercial vai sair só que em conjunto com o fatídico posto. A Prefeitura poderia informar à comunidade, com mais precisão, o quê realmente será implantado na obra? Sendo um posto de combustível, certamente vai contribuir (assim como o conjunto comercial) para o incremento do trânsito, já caótico na região. Alexssandro do Carmo.

Reconhecimento Recém instalado no Condomínio Residencial Gileade, em Buraquinho, já estou acompanhando a revista Vilas Magazine. Com muito prazer a recebo e leio todos os meses, pois se trata de um periódico de alto nível, inclusive

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cultural. Parabéns ao editor, Carlos Accioli Ramos e sua equipe. Ernane Nelson Antunes Gusmao. Médico clínico e nefrologista, membro titular da Academia de Medicina da Bahia e da Associação de Astronomos Amadores da Bahia.

Antônio Custódio da Silva foi o primeiro presidente da Câmara Municipal de Lauro de Freitas Faleceu dia 10 de abril, aos 89 anos, o último vereador pioneiro de Santo Amaro de Ipitanga. Antônio Custódio da Silva foi eleito pelo PTB em 1963. Ex-funcionário da Base Aérea da Aeronáutica, Custódio foi também o primeiro presidente da Câmara, tendo cumprido mandatos por mais de vinte anos, entre 1963 e 1988 – à exceção de 1970 a 1972, quando foi candidato a prefeito. Coube a ele dar posse a Celso Alves Pinheiro, primeiro prefeito do município, logo após a emancipação. Homenageado numa sessão especial da Câmara Municipal há dois anos, em comemoração aos 50 anos de instituição do Legislativo local, discursou de improviso. Aos 87 anos, durante a homenagem, disse ter sido “pego de surpresa”. Muito emocionado, falou por dez minutos, recitando de cor a composição da primeira legislatura e da primeira mesa diretora da Câmara, além de recordar ter sido eleito com cinco dos sete votos. “Imediatamente tomei providências junto a um amigo, dr. Baqueiro, e consegui alguns mobiliários para a Câmara”, contou. A idade avançada não lhe havia alterado a verve política: “na Câmara, todos nós pertencíamos a um único partido que era o partido de bem servir ao município”, disse.


TÁBUA DE MARÉS



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