Vilas Magazine | Ed 197 | Junho de 2015 | 32 mil exemplares

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CHUVAS EXPÕEM ABANDONO DE VILAS DO ATLÂNTICO

71 64 64 66

ABRANTES

MORADORES REJEITAM

DESMEMBRAMENTO DO PEDÁGIO


Vilas do Atlântico ganha empreendimento sustentável

Q

uando o assunto é sustentabilidade, Rafael Abreu (dir.), gestor de um novo empreendimento em Vilas do Atlântico, acredita ser um tema que deva constar da agenda de todos os profissionais que zelam pela responsabilidade social, quer sejam arquitetos, engenheiros, administradores, advogados, etc. No que diz respeito à concepção de um empreendimento sustentável, Rafael defende que, mesmo antes da realização do projeto arquitetônico, devem ser avaliados criteriosamente todos os aspectos que possam provocar impactos no meio ambiente, desde a sua localização e entorno, os materiais empregados e os cuidados com os métodos de construção. Tudo deve visar o conforto para o ser humano e um mundo menos poluído para as gerações futuras. O empreendimento em Vilas do Atlântico do qual Rafael é o gestor, consiste num conjunto de edificações construído na av. Praia de Itapoã, em uma área de 5.800 m², composto por um shopping, um restaurante e uma academia. Com estacionamento para cerca de 100 veículos e um espaço ao ar livre para relacionamentos, tudo concebido, buscando-se adotar práticas ambientalmente sustentáveis. Denominado Villaverde Street Mall, o espaço tem previsão de inaugurar ainda esse mês. Suas 30 lojas, de tamanhos variados, serão exploradas por empresas escolhidas estrategicamente, de modo que elas possam oferecer diversidade de produtos e serviços de qualidade e também atuar como parceiras do empreendimento, na busca constante do bom desempenho socioambiental. O pavimento térreo tem como um dos principais focos a gastronomia, com clientes já definidos, como o Buger King, Malai Thai Fusion e a franquia Mr. Black Café Gourmet, além de lojas dedicadas ao comércio, a exemplo da Ótica Evolution. Nesse pavimento serão instaladas também lojas de produtos e serviços em geral,

tais como roupas, cosméticos, salão de beleza, farmácia, agência de turismo, casa de vinhos, empório, dentre outras. O primeiro pavimento será destinado, principalmente, a serviços e clínicas de profissionais ligados à saúde, bem-estar e estética, a exemplo da Miss Malte Esmalteria. O último pavimento já está fechado com o curso de idiomas ACBEU. O restaurante, com 500m² de área construída – ainda sem um operador definido – oferece uma bela varanda e área interna climatizada. A academia, conceituada como referência em modernidade e conforto, terá um apelo ecológico bastante significativo. Na sua concepção e execução foram observados aspectos relacionados à susten-

tabilidade e ao meio ambiente, como eficiência energética, através do uso de placas de energia solar e lâmpadas LED de menor consumo, reservatório para captação de água da chuva e uso racional da água, sistema de esgotamento sanitário ecológico, utilização de pisos permeáveis, no estacionamento e no passeio, áreas abertas, permitindo ventilação mais natural nos ambientes, paisagismo privilegiando as árvores nativas, além de preferência por materiais ecologicamente corretos. Pretende-se que esta academia adote um modelo de gestão que, gradativamente, também possa ser aplicado pelos demais empreendimentos instalados no Shopping. Para isso, planeja-se um trabalho de sensibilização e educação ambiental contínuo, junto a todos, de forma que se crie um alinhamento, e se consolidem na prática, os princípios de sustentabilidade ambiental que nortearam a criação do Villaverde Street Mall. Rafael Abreu enfatiza ainda que o empreendimento contribuirá para o desenvolvimento de Vilas do Atlântico e do município de Lauro de Freitas, incrementando a arrecadação tributária para os cofres públicos, bem como geração de empregos, renda e, sobretudo, incentivando maior consciência dos cidadãos sobre sustentabilidade .


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editorial O prefeito ausente Muita gente boa em Vilas do Atlântico mordeu a língua depois de ter acreditado que seria bonito apostar no vereador Márcio Paiva como prefeito. Gente que não morria de amores por Moema Gramacho hoje tem saudades da atenção que a ex-prefeita dava ao bairro, à região, ao município. Saudades da responsabilidade com que se encaravam questões graves como a infraestrutura da cidade, as ameaças de alagamento. Debaixo de chuva ou de sol, fosse qual fosse a crise, a ex-prefeita nunca se furtou a, no mínimo, dar explicações – e de corpo presente. Mas nem isso se pode dizer do atual ocupante da prefeitura. Se anteriormente a associação de moradores era consultada antes que a administração pública desse um passo, hoje ela é ignorada solenemente. Mais que isso, os próprios moradores são ignorados. Centenas de pessoas se reúnem em assembleias, preocupadas com o abandono a que o bairro foi votado e nem sinal do prefeito. “Cadê o prefeito”, é a pergunta que mais se ouve. “Há prefeito na cidade?”. O bairro de Vilas do Atlântico foi beneficiado por um investimento público milionário há seis anos que logrou conter os recorrentes alagamentos na margem do Sapato. Lauro de Freitas tem dezenas de encostas a consolidar, centenas de moradias a remover das margens de córregos, mas Vilas do Atlântico não foi esquecida e recebeu a sua quota-parte de atenção. Onde está o prefeito agora, no momento em que uma obra qualquer ameaça carrear mais esgotamento doméstico para o rio Sapato ou até mesmo devolver os alagamentos às ruas do bairro? Onde está o prefeito enquanto a infraestrutura de Vilas do Atlântico se desfaz por falta de atenção básica? Onde está o prefeito quando as pessoas exigem respostas? A comunidade quer ouvir o prefeito. Mas os marqueteiros do prefeito “permitem” que ele apenas se comunique com moradores de fora do município. Em outras praças, que mal sabem dos dilemas por que passa a comunidade local. Márcio Paiva é um homem de bem. Profissional respeitado. Vereador atuante. Lamentavelmente está perdendo pontos preciosos junto a comunidade, “encantado” com os conselhos de pessoas pequenas que lhe cercam, batedores de palmas suspeitas, bajuladores profissionais, que pulam de galho em galho para manter a “boquinha”. Não é de um prefeito qualquer que se fala. É de um prefeito que prometeu mundos e fundos a Vilas do Atlântico quando estava em campanha. É do prefeito que se comprometeu a recuperar o asfalto de todo o bairro e vai deixar como legado apenas buracos cada vez maiores e mais numerosos. É do prefeito ausente que se fala. Nenhuma administração municipal alguma vez elegeu Vilas do Atlântico como prioridade, até porque há necessidades bem mais urgentes em outras partes do município. Mas também nenhuma administração municipal algum dia tratou tão mal o bairro.

Abrantes

Carlos Accioli Ramos Diretor-editor

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O livre acesso de Abrantes a Lauro de Freitas é um direito constitucional absoluto da população. A iniciativa privada é essencial na construção e manutenção de estradas, já que os governos, ineficientes na condução das finanças públicas, não conseguem garantir infraestrutura. Evidentemente que alguém tem que pagar por essa infraestrutura e a fórmula mais comum é que paguem os usuários da rodovia. Daí os pedágios. Mas não se trata de solução que possa ser aplicada indiscriminadamente, nem por cima dos direitos da população como se a única prioridade fosse a conservação de estradas. O Estado, bem ou mal, tem que responder financeiramente pelo impasse. Ou confessar que não dá conta do recado. Quem não tem competência não se estabelece.


Registros & Notas Mais Hotel conquista premiação internacional

Filipe Tambon, gerente geral do Mais Hotel, exibe, orgulhoso, o Prêmio Awards of Excellence da Booking.com recebido em maio. Esse prêmio internacional é oferecido a hotéis ao redor do mundo que alcançam altos índices de satisfação dos clientes. O empreendimento, uma referência qualificada na região, é um dos braços do grupo Malibu, comandado pelo empresário Rogério Fracassi.

Turismo da Bahia cobra mais investimentos

Em reunião com 27 representantes do trade turístico da Bahia, o deputado estadual Alex Lima (PTN), membro titular da Comissão de Infraestrutura, Desenvolvimento Econômico e Turismo, ouviu as demandas do setor. O mês de abril foi avaliado como o pior dos últimos 15 anos, o que

Esporte Clube Bahia doa 100 TIM inaugura loja no Outlet cestas básicas para desabrigados pela chuva em Lauro de Freitas Premium A TIM inaugurou em maio, uma loja com conceito e formato diferenciados, no Shopping Outlet Premium, localizado na Estrada do Coco. A loja está direcionada a produtos que percorrem várias fases de venda em loja full-price e que encontram nesse espaço a última etapa de saída para o mercado. Aparelhos podem ser adquiridos a preço muito mais reduzidos do que seriam numa loja convencional, com descontos de até 30%. “Criamos um conceito de loja com um visual mais ‘industrial’ e ao mesmo tempo tecnológico, dando destaque total à degustação dos produtos em oferta. O nosso objetivo é satisfazer nossos clientes e permitir a eles um leque de opções, com aparelhos mais baratos”, declara Victor Midlej, diretor de Vendas Consumer da TIM TBA.

Jogadores do Esporte Clube Bahia doaram 100 cestas básicas para as vítimas das chuvas, cadastradas pela Defesa Civil em Lauro de Freitas. A entrega foi feita pelos atletas Titi, Sousa, Zé Roberto, Yuri e Gamalho, no Ginásio de Esportes, no Centro, para a primeira dama do município, Adriana Paiva.

Mães confraternizam em “baba”

A escola de futebol do professor André Galvão Sande promoveu, em maio, mais uma edição do “baba das mães”, no Villas Tênis Club. Além do congraçamento entre integrantes da escola e familiares dos alunos, a ação deu início a duas novas turmas: dos “Pais” e a das “Mães”.

pode refletir em fechamento de bares e hotéis até o final do ano. Falta de articulação do setor, pouco investimento e representatividade política são apontados como os principais agentes motivadores da crise. Um dos destinos mais procurados do país, Salvador tem perdido espaço para outras cidades quando o assunto é realização de grandes eventos. “Salvador já começa perdendo se avaliarmos duas ferramentas importantes: o aeroporto, que é um dos piores do país, e o Centro de Convenções, que está sucateado. Não temos condições de realizar congressos e grandes eventos”, disse Luiz Augusto Costa, presidente do Conselho Baiano de Turismo. A Bahia tem 3.800 hotéis, 38 mil bares e restaurantes. O turismo é responsável por 7,5% do PIB do estado e 20% em Salvador. No total são 200 mil empregados em bares e restaurantes e 750 mil na hotelaria. Junho de 2015 | Vilas Magazine | 5


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Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES 6 | Vilas Magazine | Junho de 2015

Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gra­tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­tes, Ja­uá, Ja­cuí­ pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os

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CENA DA CIDADE

A construção do canal de drenagem no loteamento Jardim Aeroporto, junto à 4ª Retran, segue a passos lentos, sem qualquer previsão de término anunciada

p vai bem

q vai mal

Os interessados em participar do processo seletivo para a escolha de membros do Conselho Tutelar de Lauro de Freitas (2016-2019), agora podem obter o formulário de inscrição online, no site da secretaria de Planejamento de Lauro de Freitas (http://seplan.laurodefreitas.ba.gov.br). Na página principal há um banner que remete à ficha de inscrição. O formulário deve ser impresso, preenchido e entregue juntamente com os documentos necessários, descritos em edital específico – que poderia estar disponibilizado no mesmo endereço eletrônico. As atividades do Conselho Tutelar estão entre as mais relevantes numa cidade que exibe índices de guerra civil no assassinato de adolescentes. Quanto maior o acesso de cidadãos interessados, melhor.

Apesar de todas as leis, regulamentos, códigos e afins, alguns deles bem recentes, Vilas do Atlântico há anos convive com um terreno baldio na rua Praia de Tambaú onde o mato alcança a rede elétrica das vizinhanças, ameaçando a segurança – sem falar nos problemas associados à saúde pública. Eventuais depósitos de água, criatórios do mosquito transmissor da dengue, são apenas um exemplo. Cobras, ratos e todo tipo de animal peçonhento encontra ali o abrigo perfeito. A fiscalização da prefeitura, ausente, só se move quando provocada e não volta para conferir a correção do problema, sempre deixada pela metade.

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Cidade

Prefeitura emite credenciais de estacionamento para idosos e deficientes

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Secretaria de Trânsito, Transporte e Ordem Pública de Lauro de Freitas está emitindo uma credencial de estacionamento para identificar os veículos com direito a estacionar em vagas reservadas a idosos e portadores de necessidades especiais. O abuso de utilização dessas vagas foi tema do editorial e destaque de capa da Vilas Magazine em março último. Entre outras providências, o artigo cobrava a emissão de credenciais para permitir a devida fiscalização. Uma unidade móvel com duas atendentes começou a funcionar no mês passado entre as 12h e 17h. Ainda não foi informado o itinerário que a unidade vai cumprir. Os interessados devem levar original e cópia da Carteira Nacional de Habilitação (CNH) ou carteira de identidade, além de comprovante de residência no município de Lauro de Freitas. Os portadores de deEquipe da prefeitura ficiência física está emitindo cre­ devem apresenden­­ciais para uso de tar também um vagas especiais em laudo médico pontos comerciais que comprove da cidade, mas não informou o rotei­ro. a necessidade especial.

A campanha visa ainda alertar a população sobre a importância de respeitar as vagas exclusivas de estacionamento para esse segmento. Motoristas que estacionarem nas vagas exclusivas estão sujeitos a penalidades previstas por lei. A Resolução 303/08 tem sua justificativa pautada no Estatuto do Idoso, válido desde 2003 e que determina que 5% das vagas de estacionamento público regulamentado devem ser destinados exclusivamente para idosos. Já a Resolução 304/08 respalda-se na já conhecida Lei da Acessibilidade do ano de 2000, que determina a obrigatoriedade de reservar 2% das vagas de estacionamento público para veículos destinados ao transporte de portadores de deficiência motora ou dificuldade de locomoção. A superintendente de Trânsito da prefeitura, Alana Freire, conta que vem recebendo muitas reclamações sobre motoristas que desrespeitam a lei. “Precisávamos fazer uma campanha educativa para conscientizar as pessoas”, disse. Atualmente, segundo o Código de Trânsito Brasileiro, a multa para quem desrespeita as vagas exclusivas é de R$ 53,20. A infração é considerada leve, mas rende três pontos no prontuário da CNH e a possibilidade de ter o carro removido. Edmar de Paulo

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ma assembleia extraordinária da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), a ser convocada este mês, decidirá se o bairro deve ou não recorrer ao Ministério Público para paralisar as obras de drenagem da Lagoa da Base que ameaçam lançar esgotamento sanitário no rio Sapato. O canteiro de obras da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder) permanece inativo. O alvará de construção concedido pela prefeitura de Lauro de Freitas à Conder exige uma “solução do esgotamento sanitário” na Lagoa da Base para que seja emitido o “termo de conclusão da obra” – documento equivalente ao habite-se concedido às residências. Mas o projeto apresentado não inclui o tratamento de esgoto e não há verba prevista para esse fim. Persistem ainda dúvidas quanto à capacidade do rio Sapato receber as águas pluviais da Lagoa da Base sem transbordar num momento de chuva mais intensa, principalmente durante a preamar. As chuvas do mês passado mostraram que, mesmo sem o volume de água extra, o Sapato chegou ao seu limite máximo no trecho entre Ipitanga e Vilas do Atlântico. A obra, realizada pela Conder, representa uma solução alternativa para a drenagem da Lagoa da Base. No âmbito do “PAC” do Governo Federal, havia R$ 18 milhões destinados à regularização daquela área, com a transferência dos moradores para outra região do município.


Canteiro de obras da Conder em Ipitanga, à margem do Sapato, permanece inativo

SALVA discute ida ao Ministério Público contra obra da Conder na Lagoa da Base

A drenagem vai beneficiar diretamente os residentes da Lagoa da Base e da Rua da Irmandade, no Centro, áreas historicamente vitimadas por inundações. São 700 metros de manilha de concreto armado, 916 metros de tubo de concreto armado, com um canal retangular em concreto armado de 165 metros e um bueiro, também em concreto armado, com 66 metros. Em vez de projetar o escoamento das águas da Lagoa da Base para o rio Ipitanga, destino natural naquela bacia hidrográfica, a Conder decidiu fazer uma “reversão da drenagem”, via tubulação, em direção ao Rio Sapato, em bacia hidrográfica diferente. Mesmo que o Sapato comporte todo o volume de água que chegue da Lagoa da Base durante uma chuva intensa, há a preocupação de que esse fluxo traga para Vilas do Atlântico todo o esgotamento sanitário daquela área, além da poluição de detritos de vias públicas e os produzidos nas enxurradas. u

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Cidade

Praça do Parque Ecológico, em Vilas do Atlântico, acabou abandonada pela prefeitura Vista da praça, tomada pelo mato que começa a crescer até no calçamento de pedras

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ecuperada para a comunidade há alguns meses, a praça do Parque Ecológico de Vilas do Atlântico, na avenida Praia de Itapoã, foi abandonada pela prefeitura. O mato cresce nos canteiros e entre as pedras do calçamento, onde antes havia bancas de verduras e um bar. Agora o lixo se acumula, apesar de lixeiras feitas de pneus velhos terem sido instaladas. A praça também virou refúgio de pessoas que não têm onde dormir e se abrigam ali. Depois de muita reclamação de moradores, amplamente divulgada pela Vilas Magazine, as bancas de verduras e o bar foram finalmente removidos da praça pela prefeitura no ano passado. Mas o espaço público, em vez de ser recuperado e mantido, acabou abandonado. Aliás, Vilas do Atlântico está literalmente abandonado pelo poder público municipal. Nunca se viu o loteamento assim.

Carol Garcia / GovBA

Lauro de Freitas continua a figurar entre os campeões da violência no país

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iscutir e aperfeiçoar os mecanismos para segurança de Lauro de Freitas” teria sido o objetivo de uma reunião em maio entre o prefeito de Lauro de Freitas, Márcio Paiva (PP), o governador do estado Rui Costa (PT) e o secretário estadual de Segurança Pública Maurício Barbosa.

Meio Ambiente resgata cobras em área residencial

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ma sucuri e uma jiboia foram resgatadas no mês passado em áreas residenciais de Lauro de Freitas pela equipe de Divisão de Proteção Animal da Secretaria de Meio Ambiente e devolvidas ao meio natural. A sucuri, com quase quatro metros e 18 kg foi capturada por moradores e um policial militar. Levada à Unime, a cobra passou por exames e

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Passarela em frente ao Hospital Aeroporto ficou esquecida

Reunião do Pacto pela Vida em abril último: Lauro de Freitas confirma ser prioridade

O prefeito teria destacado na oportunidade as ações realizadas em Lauro de Freitas, sublinhando “a importância da transversalidade entre as pastas”. O encontro deu-se durante uma das reuniões do “Pacto pela Vida”, na sede do Ministério Público. O programa pretende conter a violência na Bahia, revertendo os números negativos acumulados pelas estatísticas até 2012. Uma semana depois a Unesco [Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura] apresentava o mais recente Mapa da Violência no país. Lauro de Freitas aparece na lista com a terceira maior taxa de homicídios por arma de fogo entre todos os municípios brasileiros com mais de 20 mil habitantes. A campeã nacional também é baiana: trata-se do município vizinho de Simões Filho.

teve peso e altura medidos e foi depois deixada em um local de mata fechada na Estrada do Coco. Já a jiboia foi vista em uma árvore de jambo. A cobra, que media 1,80m e pesava três quilos foi deixada no Parque das Dunas. A Divisão de Proteção Animal atende ocorrências pelo telefone (71) 3369-9168 das 8h às 14hs. O atendimento dos casos é realizado em parceria com o Centro de Controle de Zoonoses, da Secretaria MuViviane Sales nicipal de Saúde (Sesa) e o Ministério Público, que atua nos casos de maus tratos aos animais.

Tráfego intenso em frente ao Hospital Aeroporto coloca em risco a vida de pedestres

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rometida desde 2010 pela prefeitura de Lauro de Freitas, a passarela da Estrada do Coco na altura do Hospital Aeroporto continua engavetada. Duas passarelas estavam previstas para o trecho inicial da rodovia – uma no Km 0,5 e outra defronte ao hospital. Faz agora sete anos que os moradores do Jardim Jaraguá encaminharam um abaixo-assinado à prefeitura e ao Departamento de Estradas de Rodagem da Bahia (Derba) explicando a necessidade das duas passarelas. A Estrada do Coco deixou de ser responsabilidade do Estado, transferida à prefeitura no ano passado, mas nenhuma das passarelas foi construída. No Km 0,5 a prefeitura instalou recentemente uma estrutura me-

tálica provisória (foto abaixo) para permitir a travessia de pedestres, mas na altura do hospital a promessa continua por cumprir. Centenas de moradores do Jardim Jaraguá chegaram a atear fogo a pneus e lonas na rodovia, em várias oportunidades, para exigir a construção da passarela. Um dos maiores protestos aconteceu logo depois do sepultamento de uma vítima de atropelamento naquele trecho. Além daquelas duas, foram prometidas há cinco anos passarelas para a região do Clube dos Funcionários Públicos, para o final da via alternativa e para o trecho do Hospital Menandro de Faria – a única de fato construída. Uma quinta passarela havia sido pensada para a região do Shopping Estrada do Coco, no Km 5,5.

Sucuri foi examinada no hos­ pital veterinário da Unime

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Cidade

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Você conhece quem são os personagens que dão nome às ruas do município?

iversas ruas de Lauro de Freitas ganharam nome no ano passado, num esforço da prefeitura para completar o cadastro imobiliário do município e acabar com o CEP único. Até agora nada mudou em relação ao zoneamento postal, mas gengibre, araticum, copioba e cidreira passaram a ser nomes de ruas na cidade. Dezenas de outros topônimos foram criados para o mesmo fim, seguindo a fórmula menos polêmica de se dar nomes a logradouros públicos: pedras, animais e árvores não desagradam a ninguém. Nem sempre foi assim. Houve um tempo em que uma série

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de ruas foi nomeada a toque de caixa, de acordo com o professor Emanuel Paranhos (dir.), para atender necessidades – já naquela época – dos Correios. Dispensando maiores debates sobre as personalidades homenageadas em placas de rua, uma comissão formada nos anos 80 foi distribuindo nomes quase a esmo. “Chegaram a dar o nome de um bebê, filho de um político da época, a uma rua”, conta o professor, especialista na história local. Em muitos casos a homenagem era devida, na opinião do professor. A rua Manoel Silvestre Leite, que liga a praça Martiniano Maia à Brigadeiro Mario Epinghaus, por exemplo, presta os respeitos da cidade a 1 - Rua Manoel Silvestre Leite, ho­ me­nagem ao tabelião querido pela comunidade. 2 - Rua Elza Paranhos: homenagem à origem, a fazenda São João. 3 - Rua Alfredo Torrisi: estrangeiro e muito vivo. 5 - Rua Brigadeiro Mário Epinghaus: homenagem de um prefeito nome­a­do em período de exceção. 4 - Rua Priscila Dutra: “Não sei quem é, quem foi, não há registro disso”, diz o professor Emanuel Paranhos, especialista na história do município.

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um benquisto tabelião local. Em outros casos, a homenagem poderia até ser apropriada, mas nunca foi discutida. As vias que ostentam nomes de Brigadeiros do Ar teriam sido batizadas por influência do então prefeito Ismael Ornelas. Além da Brigadeiro Mário Epinghaus, temos a Brigadeiro Alberto Costa Matos, dois militares que a história da cidade não registra. Ismael Ornelas foi nomeado prefeito no tempo em que Lauro de Freitas era “área de segurança nacional” e não tinha direito a eleições, durante a ditadura militar. Foi mais ou menos por aquela época que passou a ser proibido por lei federal atribuir nome de


Rotary Club incentiva doação de cupons fiscais para ajudar entidade de Lauro de Freitas

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n pessoa viva a bens públicos – caso das ruas de uma cidade. Mas mesmo depois disso muito se batizou via pública com nome de gente pouco morta e até estrangeira. Alfredo Torrisi, por exemplo, é um cidadão italiano que, até onde se sabe, continua vivo. O próprio Emanuel Paranhos, vivo e de boa saúde, dá nome a uma rua na Lagoa dos Patos. Ele mesmo desaprova a homenagem: “é um absurdo”, diz. A família Paranhos dá nome a outras duas ruas em Lauro de Freitas, mas desta vez por boas razões. Em Ipitanga, a rua Elza Paranhos lembra a origem do bairro, que nasceu do loteamento da Fazenda São João, propriedade dela – que era mãe de Emanuel. Já em Pitangueiras, bairro também erguido nas terras de fazendas da família, há uma rua Noêmia Paranhos. São comuns os casos de ruas batizadas com nomes das famílias proprietárias de terras depois loteadas e urbanizadas. Emanuel Paranhos nunca ouviu falar foi de Priscila Dutra, principal acesso ao Miragem durante muitos anos. “Não sei quem é, quem foi, não há registro disso”, diz. Outra origem muito comum para os nomes das ruas mais antigas em Lauro de Freitas era a homenagem a políticos. Gerino de Souza Filho, Miguel Santos Silva, Amarílio Tiago dos Santos, por exemplo, foram prefeitos da cidade.

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Rotary Club Lauro de Freitas está desenvolvendo campanha de arrecadação de cupons fiscais, para ajudar na manutenção da Associação Beneficente Prol-Lar do Idoso, de Lauro de Freitas. Fundada em 1996, a entidade é dirigida por seu Airton e nesses dezoito anos registrou 1.537 associados, dos quais 197 já faleceram. A idade mínima para o associado é de 50 anos. Cerca de 80% são do sexo feminino. Característica marcante da associação é que a assistência à maioria dos associados acontece nas suas residências, atualmente em número de 183. Os acamados, sem condições de locomoção, chegam a 49. A ABPLILF possui sede própria, na Rua Garrastazu Médici, Quadra 24, Lote 10, em Itinga, Lauro de Freitas. Atende pelos telefones 3365-3877 e o celular do seu Airton é 9123-7092. A ABPLILF é registrado na Junta Comercial do Estado da Bahia e na Receita Federal, sendo uma entidade de utilidade pública, conferida pelas leis municipal 909/98, de 21/5/1998 e estadual 8.462/2002, de 10/10/2002. Alguns profissionais atuam voluntariamente junto à associação: Tânia Regina de Oliveira Marques (advogada), Cibele Marques Santos (assistente social e psicóloga), Fabiana Silva Brito (assistente social) e três estagiárias de asUrna para coleta de sistente social, mas a entidade cupons fiscais está necessidade de outros profissiodisponível na entrada nais, que atuem voluntariamenda Delicatessen te, como enfermeiros, médicos, Bella Massa, em oftalmologistas, fisioterapeuta, Vilas do Atlântico. odontólogos, dentre outros. VAMOS AJUDAR! As principais necessidades da associação, para o atendimento permanente aos assistidos são: fraldas geriátricas, gêneros alimentícios (principalmente dietéticos), remédios, pomadas, material de limpeza, produtos de higiene pessoal, lençóis, colchões, cobertores, camas, cadeiras de rodas e de higiene, muletas, bengalas, andadeiras, etc. Junho de 2015 | Vilas Magazine | 13


Cidade

Descaso do poder público castiga e relega Vilas do Atlântico ao pior período de sua história

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raticamente todas as ruas de Vilas do Atlântico estão esburacadas, algumas mais, outras menos, com buracos maiores ou menores, mas sempre tornando ainda mais complicado o trânsito no bairro. Resultado das chuvas das últimas semanas, o asfalto eternamente remendado cedeu de vez. A insatisfação dos moradores da região, não só os residentes em Vilas do Atlântico, mas de todos os bairros no entorno é certa a cada nova armadilha no asfalto, desencadeando protestos contra a inoperância da prefeitura. Mas a revolta maior vem daqueles que ouviram do prefeito Márcio Paiva, quando ainda era candidato, a promessa de que

Na rua Priscila Dutra outro buraco de grandes dimensões obriga os motoristas a circular na contramão

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Vilas do Atlântico seria “a menina dos olhos” do governo municipal e “o bairro mais bonito de Lauro de Freitas”. As frases estão vivas na memória de pessoas como Roberto Abbehusen, ex-dirigente da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva). “Sinto hoje uma tremenda decepção com Vilas do Atlântico”, desabafa. “Estou tremendamente decepcionado com o Poder Publico pelo abandono do que poderia ser o bairro mais bonito de Lauro de Freitas. Vou colocar minha casa à venda e vou embora”. Muitas outras pessoas que acreditam na região, implantando empreendimentos novos e que estão sendo prejudicadas pela

inoperância da administração municipal afirmam que Vilas do Atlântico paga o mais alto IPTU do município e não é contemplado com ações do poder público. Nem mesmo o compromisso de campanha de recuperar todo o asfalto de Vilas do Atlântico será cumprido. Nos planos da prefeitura está apenas o recapeamento da avenida Praia de Itapoan – que nem é a via mais prejudicada pelos buracos embora seja a de tráfego mais intenso. No restante das ruas do bairro, a melhor expectativa possível é ver os mesmos buracos de sempre sendo mais uma vez remendados à espera da próxima chuva, num eterno desperdício de dinheiro público, um trabalho de péssima qualidade, sem qualquer avaliação do poder público. Boa parte dos grandes buracos abertos no asfalto no mês passado só chegou ao tamanho atual porque não foi feita qualquer correção de emergência. José Alberto Guedes, motorista que transita por Vilas do Atlântico quase diariamente, mas mora em Vida Nova, diz que o bairro terá sorte se a prefeitura não vier cobrir os buracos com entulho e terra como fez no bairro dele no ano passado. Já há moradores planejando consertar o asfalto por conta própria usando uma mistura fria vendida em latas. O descaso em Vilas do Atlântico tornase maior porque há décadas o bairro não sabe o que é asfalto novo, apesar de


Buraco aberto junto ao córrego da rua Praia de Igarassu já tomou quase a rua toda

receber um tráfego sempre crescente. O piso velho não comporta mais remendos, que continuam a ser feitos na certeza de que vão durar pouco. Há trechos em que um mero remendo não será suficiente para o reparo que precisa ser feito. É o caso das travessias do rio Sapato e do córrego da rua Praia de Igarassu. A pressão da água acumulada prejudicou a base do asfalto, oferecendo perigo imediato à circulação de veículos e pessoas, mas não há notícia de qualquer providência a caminho.

Além de pneus rasgados e suspensões danificadas, há o próprio risco de acidentes em vias estreitas e movimentadas, sem área de escape e frequentemente com pedestres circulando na pista por falta de condições nas calçadas.

COMUNICADO Devido ao feriado de São João, que esse ano acontece numa terça-feira, informamos aos clientes e agências de publicidade que queiram programar anúncios para a edição de julho, que definam seus materiais até o dia 19, sexta-feira, impreterivelmente. Boletos com vencimento para o dia 20 de junho, podem ser pagos até o dia 22 de junho, segunda-feira, na rede bancária. Nesse período, o departamento comercial funcionará: sexta-feira, dia 19, das 8h às 18h; sábado, dia 20, das 8h às 11h. Dias 22, segunda, 23, terça e 24, quarta, não haverá expediente. Retornamos na quinta-feira, dia 25, em expediente normal. Outras informações pelos telefones 3379-2439 / 3379-2206 / 3379-4377 ou e-mail comercial@vilasmagazine.com.br

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Cidade

Na esquina da Copacabana com Itapoan os moradores sinalizaram o buraco que se abre por baixo do asfalto na travessia do rio Sapato

Na avenida Praia de Itamaracá moradores sinalizaram com um pneu o buraco aberto no asfalto

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m projeto de lei aprovado pela Câmara Municipal em maio, obriga a prefeitura de Lauro de Freitas a executar obras de pavimentação de acordo com normas técnicas da ABNT [Associação Brasileira de Normas Técnicas] e da secretaria estadual de Infraestrutura. A intenção é impedir o asfaltamento precário das ruas, com asfalto de baixa qualidade ou que não suporte o volume de tráfego previsto – o que resulta em buracos depois de apenas alguns meses. A prefeitura fica obrigada também a instalar rede de drenagem e de abastecimento de água antes de asfaltar os trechos que ainda não contam com essa infraestrutura. Para fins de fiscalização, as diversas camadas de asfalto só poderão ser aplicadas “após verificação do controle geotécnico e


As chuvas das últimas semanas expõem os reparos de péssima qualidade feitos por fornecedores da prefeitura. É buraco prá todos os lados da cidade.

Câmara quer obrigar prefeitura a executar obras de pavimentação seguindo normas técnicas geométrico” da camada anterior. Para entrar em vigor, a lei ainda precisa ser promulgada pelo prefeito Márcio Paiva (PP), que acaba de assinar um empréstimo de R$ 17 milhões para asfaltar ou recuperar o asfalto de diversas ruas na cidade. Se for vetado pelo prefeito, o projeto de lei retorna à Câmara, que poderá derrubar o veto. Anunciado na página do Facebook do vereador Antônio Rosalvo (PSDB), autor da proposta, o projeto de lei já havia sido “curtido” por mais de 3.500 pessoas até o fechamento desta edição. Mais de 1.000 comentários haviam sido deixados na

postagem, muitos deles indignados com a necessidade de se obrigar o Poder Público a cumprir normas técnicas. Outros reclamam o conserto do asfalto ou o asfaltamento de ruas da cidade, algumas delas tidas como pavimentadas nos registros da prefeitura. As chuvas das últimas semanas pioraram consideravelmente o

estado já anteriormente precário do asfalto em toda a cidade. Trechos recentemente asfaltados pela prefeitura apresentam ondulações – uma ameaça imediata ao tráfego de motocicletas – ou mesmo buracos enormes que ficam escondidos sob a lâmina d’água durante as chuvas. Motoristas reclamam de prejuízos causados aos veículos.

Moradores fazem o que podem para sinalizar os buracos

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Cidade

Comunidade quilombola do Quingoma rejeita traçado da Via Metropolitana

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oradores do Quingoma, em Lauro de Freitas, reivindicam a interrupção das obras da Via Metropolitana, que vai ligar a BA-526 (CIA-Aeroporto) à BA-099 (Estrada do Coco), na altura de Busca Vida, em Camaçari. A comunidade, reconhecida em 2013 como território quilombola pela Fundação Cultural Palmares, esteve no foco da audiência promovida pela Defensoria Pública de Lauro de Freitas na Câmara Municipal em maio. A nova via atravessa o território que a comunidade quer ver certificado como remanescente de Quilombo. A área ainda precisa passar por estudo antropológico antes de ser demarcada e oficializada pelo Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra). Para as lideranças do Quingoma, a co-

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munidade deve ser tratada como território remanescente de Quilombo desde já. Legalmente, mesmo assim a estrada poderia ser construída, mas a Concessionária Bahia Norte (CBN), que executa a obra, propôs o estabelecimento de diálogo. O objetivo é convencer a comunidade a aceitar a visita dos técnicos contratados pela empresa, que vão cadastrar os imóveis passíveis de desapropriação para a construção da via. A comunidade se opõe à obra por considerar essencial a unidade do território. O primeiro problema identificado na audiência é que o território que a comunidade quer preservar não está demarcado. “Só se pode respeitar determinada área sabendo que área é essa, quais são os seus limites, que território é esse”, lembrou Francisco Ribeiro, da CBN. Conhecendo os

limites, a CBN estaria disposta a “estudar alternativas de engenharia no sentido de contornar aquela área para evitar, se for possível, que a via passe naquele trecho e impacte diretamente a comunidade”, completou. Rejane Rodrigues, uma das lideranças da comunidade, rejeita liminarmente qualquer hipótese de entendimento. “Não queremos sair de nossas terras, nossas casas, para ir para caixas de fósforos que estão para nos oferecer”, disse. “A gente não quer dinheiro não”, completou. Para o defensor público Gilmar Bittencourt, promotor da audiência, o essencial é que a comunidade seja inserida no diálogo e sugeriu a formação de uma comissão com a participação do Legislativo municipal. Na exposição de motivos que levou à convocação da audiência, Bittencourt lembra que a


obra vai atravessar o território em questão “sem que a comunidade tenha conhecimento ou tenha participado da elaboração do seu projeto”. Uma única audiência pública prévia à obra teria sido realizada na Unime, fora da comunidade afetada e sem participação representativa dos moradores do Quingoma. De acordo Leana Mattei, assessora de desenvolvimento socioambiental da CBN, depois de uma primeira tentativa de visita, mal sucedida, “o governo da Bahia ficou responsável por fazer essa ponte com a comunidade”, mas ele “não nos deu retorno”. Leana contou ainda que o governo do estado informou equivocadamente a existência de um acampamento do Movimento Sem Terra (MST) na região – e não de um território remanescente de Quilombo. Projeto Os primeiros estudos para implantação da Via Metropolitana foram apresentados pela CBN a autoridades em janeiro de 2014. O traçado, obtido com exclusividade pela Vilas Magazine na época, contorna a área urbana de Lauro de Freitas através do Quingoma, Parque São Paulo e Capelão. Está previsto para o futuro um segundo trecho de via rápida ligando a BA-526 à avenida Paralela, por fora do bairro de São Cristóvão. São 11,2 Km de pista dupla, com duas faixas por sentido e canteiro central. Estão

Rejane Rodrigues (dir.): “Não queremos sair de nossas terras, nossas casas”. Francisco Ribeiro (abaixo): “Só se pode respeitar determinada área sabendo que área é essa”

projetadas duas pontes, uma sobre o rio Paranamirim, ainda em Camaçari, com 20m de extensão e outra sobre o Joanes, no limite com Lauro de Freitas, com 80m. Haverá ainda viadutos sobre a Rua Direta do Capelão, na altura da Estrada do Quingoma e sobre a Rua do Casarão. Outro viaduto, com 40 metros de extensão, cria novo acesso ao Jambeiro e ao Caji Caixa d’Água pela via Caji-Jambeiro, no prolongamento da avenida Gerino de Souza Filho. A área, que passa por acelerada ocupação, com a implantação de conjuntos ha-

bitacionais, deve multiplicar a velocidade de urbanização depois da abertura da nova via. Na interligação da Estrada do Coco à nova via, logo após a entrada para Busca Vida, haverá mais dois viadutos de 90 metros cada e um novo retorno – que vai poupar alguns quilômetros diários no percurso de quem reside depois da entrada para Buraquinho. Os moradores desse trecho da Estrada do Coco hoje são obrigados a seguir até Vila de Abrantes para então retornar, se quiserem transitar para o Centro de Lauro de Freitas ou Salvador. O problema é que o governo agora propõe a implantação de um pedágio no sentido Camaçari-Salvador que afetará os moradores de Abrantes (leia à página 20). O projeto inicial já previa o pedágio apenas no sentido Camaçari – Salvador, para quem vem da BA-099, mas a praça de cobrança seria localizada na Via Metropolitana, não na Estrada do Coco. A Via Metropolitana havia sido prometida pelo governador Jaques Wagner (PT) como parte de um pacote destinado à mobilidade urbana na RMS, conforme publicou em primeira mão a Vilas Magazine em setembro de 2012. O projeto foi retomado pelo governador Rui Costa (PT) no princípio deste ano. Junho de 2015 | Vilas Magazine | 19


Cidade

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BA-099: Abrantes vai ao Ministério Público pelo livre acesso a Lauro de Freitas

oradores de Abrantes, distrito de Camaçari vizinho a Lauro de Freitas, estão questionando junto ao Ministério Público o desmembramento e transferência da praça de pedágio da BA-099 no sentido Salvador para as proximidades do rio Joanes. Entre outros pontos, eles querem saber por que a CLN [Concessionária Litoral Norte] vai cobrar pedágio pela implantação da Via Metropolitana, que será administrada por outra empresa, a Concessionária Bahia Norte. A questão foi levantada pelo advogado Anderson Rosário, morador da região e apresentada a uma plateia de mais de cem pessoas no mês passado. A reunião, realizada no Clube da Caixa, na Estrada do Coco, a escassos metros da futura praça de pedágio, serviu para discutir o projeto do governo, franqueado ao público no website da secretaria estadual de Infraestrutura no início do mês passado. Intitulado “alternativas para implantação de praça de pedágio na BA-099”, a apresentação animada na verdade não oferece alternativas. A ideia é passar a cobrar o pedágio em

Abrantes, para quem segue do litoral norte para Lauro de Freitas e Salvador – e não mais em Jauá. Naquela localidade passaria a ser cobrado apenas o pedágio no sentido oposto. Um dos moradores presente à reunião destacou que o recuo do pedágio eliminaria todas as rotas de fuga – velho problema da CLN em Camaçari. Durante anos a rota do loteamento Las Palmas foi questionada pela concessionária na Justiça e acabou interditada. Hoje é possível seguir do polo industrial de Camaçari para Lauro de Freitas e Salvador via Cajazeira de Abrantes, sem passar pelo pedágio. Já o recuo da praça para Abrantes, como propõe o governo, obrigaria todo esse importante tráfego a pagar a tarifa. Contrapartidas Inicialmente apresentado como alternativa para viabilizar a construção da Via Metropolitana, o desmembramento e recuo da praça na BA-099 agora é proposto pelo governo da Bahia como uma solução em si mesma, sem conexão com a nova via. Em contrapartida, a Concessionária Litoral

Norte (CLN), que administra a Estrada do Coco a partir do Km 7, no limite com Lauro de Freitas, faria novos investimentos na rede viária de Camaçari. O principal benefício seria destinado aos 17 Km da Via Cascalheira, que liga a Estrada do Coco à sede daquele município. A rodovia seria requalificada, duplicada e iluminada. Oito quilômetros da Estrada do Coco também seriam iluminados, da ponte do rio Joanes à localidade de Areias. O governo apresenta como contrapartida também o “livre acesso entre os distritos do município de Camaçari”, o que provocou indignação entre os moradores que participaram da reunião. A intenção do grupo é evoluir das manifestações anteriores para uma ação de rua mais efetiva. Alheios aos benefícios prometidos para a Cascalheira, os moradores de Abrantes reivindicam livre acesso a Lauro de Freitas, município conurbado àquela localidade e do qual dependem diariamente para abastecimento e serviços – e não à sede de Camaçari, cerca de 20 Km distante. “É como ter que pagar pedágio para atraves-

Ponto da Estrada do Coco em que a nova praça de pedágio será implantada, no sentido Lauro de Freitas

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sar o Ipitanga, sair de Lauro de Freitas e entrar em Salvador”, compara o engenheiro Mário César Bulgari, que mora na região. “Abrantes, Lauro de Freitas e Salvador são conurbadas”, sublinha ele – “estão querendo nos vender a fantasia de que a nossa vida é em Camaçari”. O combate à ideia de recuar o pedágio nasceu em 2009 e ganhou força nos anos seguintes, quando pela primeira vez se falou na construção da Via Metropolitana, que vai ligar a BA-526 (CIA-Aeroporto) à BA-099 (Estrada do Coco) na altura de Busca

Os moradores de Abrantes em reunião: planos para aumentar a pressão

O advogado Vida. Já naquela Anderson Rosário época a justificafala aos moradores tiva era viabilizar de Abrantes: a construção de Ministério Público uma rota alterprovocado nativa para desafogar o trânsito nos 7,5 Km iniciais da Estrada do Coco, em Lauro de Freitas. Quando o projeto da Via Metropolitana veio a público nas páginas da Vilas Magazine surgiu uma facilidade extra para os moradores de Busca Vida – muito ativos nos protestos anteriores contra o recuo do pedágio: um novo retorno seria construído. Mas para a maioria dos que residem do outro lado do Joanes não há retorno certo: “há pessoas que vão pagar para entrar em casa, outras vão pagar para sair”, destaca Ari Barbosa, um dos líderes do “movimento pedágio não”. Além do custo com o pagamento diário de pedágio para circular entre Abrantes, Lauro de Freitas e Salvador, os moradores estão preocupados com a desvalorização imobiliária que a tarifação de uso da rodovia vai provocar. “Quem vai nos indenizar pelo prejuízo”, perguntavam moradores da região na reunião de maio.

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Cidade

Alerta para epidemia de dengue inclui Lauro de Freitas

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mais recente Levantamento Rápido de Índices para Aedes aegypti (LIRAa), divulgado pelo Ministério da Saúde inclui Lauro de Freitas entre os 877 municípios de todo o país em estado de alerta. Outras 340 cidades estão em situação de risco para a ocorrência de epidemias. Entre elas está Camaçari, vizinha a Lauro de Freitas, que lida com um índice de risco que chega a 4,5%. Esse cenário levou o ministro da Saúde Arthur Chioro a afirmar, no mês passado, que, “tecnicamente” o Brasil enfrenta uma epidemia de dengue. O número de casos identificados no país se enquadra no critério de epidemia definido pela Organização Mundial da Saúde (OMS) – mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes. Segundo ele, o cenário é mais grave nos estados de São Paulo, Goiás e do Acre. O LIRAa orienta as ações de controle da dengue e chikungunya, identificando os bairros onde estão concentrados os focos de reprodução do mosquito transmissor das doenças e os tipos de recipientes com água parada, que servem de criadouros mais comuns. Não há dados divulgados sobre os índices de infestação por bairro em Lauro de Freitas. No total do município, o índice mais recente é de 2% de casas visitadas em que foram encontradas larvas do mosquito Aedes aegypti. Os municípios classificados como de risco apresentam larvas do mosquito em mais de 3,9% dos imóveis pesquisados. É considerado estado de alerta quando menos de 3,9% dos imóveis pesquisados têm larvas do mosquito e satisfatório quando o índice está abaixo de 1% de residências com larvas do mosquito. O Ministério da Saúde destaca que 15 minutos são suficientes para que as famílias façam uma vistoria em casa e eliminem qualquer situação que possa acumular água

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parada, servindo de criadouro do mosquito. “São medidas simples, como tampar caixas-d’água, retirar pratos de vasos de plantas, limpar calhas, lavar vasilha de água de animais, entre outros recipientes de estocagem de água. Pelo levantamento, Cuiabá (MT) é a única capital em situação de risco. Além de Salvador, 17 capitais apresentaram índice de alerta. A região Nordeste concentra a maioria dos municípios com índices de risco de epidemia de dengue (171), seguido do Sudeste (54), Sul (52), Norte (46) e CentroOeste (17). Além de ajudar os gestores a identificar os bairros em que há mais focos de reprodução do mosquito, o LIRAa também aponta o perfil destes criadouros. Os focos podem estar em formas de armazenamento de água, em caixa d’água, no lixo que não está sendo manejado adequadamente e em depósitos domiciliares, como vasos de plantas. O panorama varia entre as regiões. Enquanto nas regiões Sul, Norte e CentroOeste, a maioria dos focos está no lixo, no Nordeste o armazenamento de água é a principal fonte de preocupação. Já no Sudeste, a maioria dos focos foi encontrada nos depósitos domiciliares. O Ministério da Saúde registrou, até março, mais de 224 mil casos de dengue no país. O aumento é de 162%, comparado ao mesmo período do ano passado, quando foram registrados 85,4 mil casos. Em Lauro de Freitas teriam sido registrados 13 casos. Na comparação com 2013, houve redução de 47%, ano em que foi registrado 425,1 mil casos da doença. Embora tenha ocorrido aumento de casos na comparação do período, o número de óbitos caiu 32%, passando de 76 mortes, em 2014, para 52, neste ano. Também houve redução de 9,7% nos registros de casos graves. Em 2015, foram confirmados 102 casos de dengue

grave, contra 113 em 2014. O Ministério registrou 913 casos confirmados de dengue com sinais de alarme. Chikungunya O Ministério da Saúde registrou 1.049 casos autóctones confirmados de febre chikungunya até março, sendo 590 no Amapá e 459 na Bahia. Em 2014, foram confirmados 2.773 casos da doença em pessoas sem registro de viagem para países com transmissão da doença, como República Dominicana, Haiti, Venezuela e Ilhas do Caribe. São os chamados casos autóctones e foram registrados na Bahia, Amapá, Distrito Federal, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul e Roraima. Entre 2014 e 2015, foram confirmados 100 casos importados da doença, de pessoas que viajaram para estes países. Para qualificar as ações de combate aos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, o que inclui a contratação de agentes de vigilância, o Ministério da Saúde repassou um recurso adicional de R$ 150 milhões a todos os estados e municípios brasileiros. Do total, R$ 121,8 milhões foram para as secretarias municipais de saúde e R$ 28,2 milhões para as secretarias estaduais. O valor representa um subsídio de 12% do valor anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde de R$ 1,25 bilhão. A ação contra a dengue foi reforçada com a distribuição de insumos estratégicos, como larvicidas, inseticidas e kits para diagnóstico. O Ministério da Saúde também está fortalecendo a preparação com a divulgação dos planos de contingência nacional para febre chikungunya e dengue e assessoria a estados na criação dos planos locais, além da divulgação dos guias de vigilância. O portal da Universidade Aberta do SUS (UNA-SUS) disponibiliza o curso de capacitação à distância sobre assistência a pacientes com dengue. Um módulo sobre chikungunya está sendo preparado. Os profissionais de saúde da atenção básica também têm a disposição o serviço de telessaúde para esclarecer dúvidas sobre a doença.


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Solidariedade

Muito além da profissão:

Mães sociais garantem família para crianças e jovens de Lauro de Freitas Thiara Reges / Freelancer para a Vilas Magazine

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ais uma manhã de maio chuvosa em Lauro de Freitas. Nas casas-lares, as crianças em idade escolar já estão de uniforme e lancheira prontas para mais um dia de aula. Aquelas que ficarão em casa vão alegrar a manhã de suas mães sociais, que pacientemente conduzem seus afazeres domésticos. Essa é a rotina de Jacira Santana (49) e Fabiane dos Santos (35), mães sociais da Aldeias Infantis em Lauro de Freitas, Bahia. O projeto, fundado em 1949 na Áustria, está no município há 25 anos, atendendo crianças e jovens em situação de vulnerabilidade familiar (negligência, discriminação, abuso e exploração). O trabalho de uma mãe social, profissão regulamentada no Brasil pela Lei 7.644, de 18 de dezembro de 1987, consiste em orientar os menores, proporcionando um ambiente familiar saudável, fazer o acompanhamento educacional, e administrar o lar com dedicação exclusiva à casa-lar de sua responsabilidade. “A ideia das casas-lares é proporcionar um desenvolvimento para crianças que passaram por algum processo de vulnerabilidade no seio da família, e para isso, elas precisam ser inseridas em um modelo de família onde exista respeito, carinho e muito amor. Por isso nossa seleção é tão criteriosa. A mãe social tem que principalmente gostar de trabalhar com crianças e se permitir criar um vínculo familiar com aquelas que

Fabiane dos Santos (esq.) e Jacira Santana (blusa verde, à dir.) dividem o trabalho como mães sociais na Aldeias Infantis de Lauro de Freitas

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estão sob seus cuidados”, destaca Caroline Carvalho, assistente de Desenvolvimento Familiar da Aldeias Infantis. Ainda desconhecida por muitos, a profissão de mães sociais é frequentemente confundida com a função de cuidadora, mas o tempo de convivência se destaca como a principal diferença entre as mesmas. Como as mães sociais são responsáveis pelo desenvolvimento de crianças e jovens até que estejam prontos para retornar às suas famílias, ou ser adotados por novas famílias, o tempo de permanência nas Aldeias Infantis pode ser de anos. “Quando a criança volta para o seio da família, é uma alegria, pois estão voltando para casa e é esse o grande objetivo do projeto. Mas eu choro, choro muito! É uma saudade grande, pois a nossa relação vai além do trabalho, aprendemos a amar cada criança”, confessa Jacira Santana, mãe social há 15 anos. Escolhidas através do processo seletivo, a efetivação das mães sociais demora cerca de dois anos, período de capacitação determinado pela metodologia da instituição. “As Aldeias Infantis prezam pela qualidade do serviço prestado. As mães sociais possuem carteira assinada, com todos os direitos e ajustes salariais pertinentes de acordo com a evolução nas capacitações, até que estejam preparadas para assumir integralmente a casa-lar”, com-


mais conhecimentos para as crianças que passarem pelo projeto. “Nós ficamos muito orgulhosas quando vamos na reunião da escola e nossas crianças são elogiadas. Muitos chegam aqui com deficiência educacional, por vezes sem saber ler e escrever, e de repente você perceber que cumpriu seu papel, que ele escreveu o próprio nome. Nossa, é um orgulho muito grande. O futuro a Deus pertence. Não sei se estarei na Aldeias Infantis, mas não tenho dúvidas de que estarei trabalhando com crianças, é isso que amo fazer”, conclui Fabiane.

plementa Caroline Carvalho. Funcionando com apenas 15% de sua capacidade total, para ampliar a oferta dos serviços no município de Lauro de Freitas a Aldeias Infantis precisa aumentar seu quadro de mães sociais, que atualmente é de apenas três. Além de ser uma profissão pouco conhecida, nem todos os currículos recebidos pela unidade de Lauro de Freitas se enquadram ao perfil, que requer, sobretudo, dedicação. “Eu escolhi essa profissão, eu escolhi estar com as crianças, e tem sido uma vivência rica. Claro que existem as dificuldades do dia a dia que toda mãe passa, afinal são nove crianças. Tem escola, tem médico, tem os cuidados com a casa, e você tem que que se manter de coração aberto. É um jogo de cintura, mas que no final do dia tudo dá certo”, afirma sorridente Fabiane, que há quatro anos se dedica à instituição. Nos planos futuros, Jacira e Fabiane, uma técnica administrativa e a outra técnica em meio ambiente, pensam em dar continuidade aos estudos, para cada vez poder oferecer

Aldeias Infantis A Aldeias Infantis é uma organização sem fins lucrativos, fundada pelo educador Hermann Gmeiner, em Imst, Áustria, em 1949, que tem por objetivo garantir e promover a defesa de direitos de crianças, adolescentes e jovens. Presente em 133 países, no Brasil os serviços são desenvolvidos em 12 estados e no Distrito Federal. A unidade de Lauro de Freitas, fundada em 1990, é a única na Bahia. Atendendo atualmente 27 crianças, sendo 18 nas casas-lares e mais nove através do acompanhamento junto às famílias, a meta da unidade para 2015 é se tornar autossustentável e ampliar a oferta de duas para três casas-lares até o final do ano. Em sua capacidade plena, a unidade pode atender a 117 crianças, jovens e adolescentes, nas 13 casas-lares já construídas. O núcleo possui ainda prédios administrativos e áreas de recreação e lazer, como quadras.

A unidade se mantém graças a um convênio com a Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, passível de renovação, e verba da Associação Kinderdorf, que capitaliza recursos para as Aldeias Infantis de todo o mundo (por política interna das Aldeias Infantis, esse recurso é decrescente a cada ano). Essas duas fontes, porém, não garantem 100% da manutenção da casa. Sociedade civil, empresários e pessoas físicas podem conhecer e colaborar com a Aldeias Infantis, através de doações e serviço voluntário.

Os gestos de amor e carinho são constantes nas casas-lares da Aldeias Infantis em Lauro de Freitas, onde os ambientes re­ce­ bem decoração apropriada para as crianças

Seja uma Mãe Social Critérios: ensino médio completo; disponibilidade para o trabalho e que possa morar na Aldeias Infantis; gostar de trabalhar com crianças; não possuir filhos menores de idade. Interessadas podem enviar currículo para caroline.santos@aldeiasinfantis.org.br Junho de 2015 | Vilas Magazine | 25


Solidariedade

Este mês tem coleta de sangue em Lauro de Freitas. Participe!

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Secretaria Municipal de Saúde e o Hemoba promovem dias 11, 12 e 13 deste mês, campanha de doação de sangue e cadastramento para o banco de medula óssea, na Praça da Matriz, das 8h às 18h. O evento também conta com a participação e o apoio da Maçonaria, do Rotary Club Lauro de Freitas e da OAB Sub-seção Lauro de Freitas. A doação é um ato simples, mas o voluntário deve estar dentro de alguns critérios determinados por normas técnicas do Ministério da Saúde que visam à proteção ao doador e a segurança de quem vai receber o sangue. REQUISITOS BÁSICOS Estar em boas condições de saúde; ter entre 16 e 69 anos, desde que a primeira doação tenha sido feita até 60 anos; pesar no mínimo 50kg.; estar descansado (ter dormido pelo menos 6 horas nas últimas 24 horas); estar alimentado (evitar alimentação gordurosa nas 4 horas que antecedem a doação); apresentar documento original com foto emitido por órgão oficial (Carteira de Identidade, Cartão

Verdades O sangue que eu doar pode servir para várias pessoas diferentes. Verdade. O sangue coletado é separado em vários componentes (concentrado de hemácias, de plaquetas e de plasma) e cada paciente recebe aquela parte que seu organismo necessita. Durante a gravidez a mulher não pode doar. Verdade. Não aconselha-se doar durante a gravidez por se tratar de um período em que o organismo necessita das reservas de vitaminas e minerais para o bom desenvolvimento do feto. Já depois da gravidez, se o parto for normal, a mulher poderá doar sangue após três meses. Em caso de cesariana, somente após seis meses. E se, ainda, estiver amamentando, deverá aguardar 12 meses após o parto. Depois de uma doação, os homens devem dar intervalos de 60 dias para nova coleta e as mulheres, 90 dias. Verdade. Isso deve ser feito para possibilitar a recuperação do sangue doado e, em especial, do estoque de ferro do organismo utilizado na produção de glóbulos vermelhos. Nas mulheres, esse intervalo é maior em virtude da perda de ferro no período menstrual. Doar é rápido e seguro. Verdade. A doação de sangue segue as recomendações da Organização Mundial de Saúde com relação à segurança e ao tempo. Ela não pode durar mais que dez mintuos. Já o tempo para as etapas de cadastro e triagem dependerá do número de doadores atendidos no momento. Não há nenhum componente que substitua o sangue. Verdade. Ainda não há nenhum substituto natural ou artificial capaz de substituir o sangue. Por isso a importância da doação.

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Meu sangue pode ser descartado após a doação. Verdade. Após a coleta, o sangue é fracionado (dividido) em três componentes sanguíneos principais: concentrado de hemácias, de plaquetas e de plasma. Esses componentes são liberados para uso somente após o resultado dos exames e análises. Caso alguns dos exames tenham resultado “positivo” ou não satisfatório, o sangue será descartado. O sangue doado tem data de validade. Verdade. Cada componente sanguíneo possui uma data de validade diferente, a saber: concentrado de hemácias (de 21 a 42 dias), concentrado de plaquetas (de 3 a 5 dias) e plasma (de 12 a 24 meses). Por isso, a importância de se ter doadores frequentes, em vários períodos do ano, e não apenas em campanhas, pois pode acontecer de se ter um volume muito grande de sangue nos bancos e a demanda estar baixa. Não posso doar sangue após ter sido vacinado. Verdade. Alguns tipos de vacina, como hepatite B, limitam a doação de sangue por um período de até 48 horas. Já a vacina da influenza (gripe) impede a doação por quatro semanas. Recomenda-se, portanto, que o doador leve a carteira de vacinação no dia da doação. Posso transmitir doenças doando sangue. Verdade. Em algumas situações o risco de transmissão de doenças é maior, é o caso de pessoas que mantêm parceiros sexuais ocasionais sem o uso de preservativo, que usam drogas, etc. Estou gripado e não posso doar. Verdade. Aconselha-se que o doador aguarde sete dias após a cura para poder doar.


de Identidade de Profissional Liberal, Carteira de Trabalho e Previdência Social). IMPEDIMENTOS TEMPORÁRIOS Resfriado (aguardar 7 dias após desaparecimento dos sintomas); gravidez; 90 dias após parto normal e 180 dias após cesariana; amamentação (se o parto ocorreu há menos de 12 meses); ingestão de bebida alcoólica nas 12 horas que antecedem a doação; tatuagem nos últimos 12 meses; situações nas quais há maior risco de adquirir doenças sexualmente transmissíveis: aguardar 12 meses; quem esteve recentemente nos estados do Acre, Amapá, Amazonas, Rondônia, Roraima, Maranhão, Mato Grosso, Pará e Tocantins (estados onde há alta prevalência de malária), deve aguardar 12 meses. IMPEDIMENTOS DEFINITIVOS Ter contraído hepatite após os 11 anos de idade; manifestar evidência clínica ou laboratorial das seguintes doenças infecciosas transmissíveis pelo sangue: Hepatites B e C, AIDS (vírus HIV), doenças associadas aos vírus HTLV 1 e 2 e Doença de Chagas; fazer uso de drogas ilícitas injetáveis; ter contraído malária.

Quem doa sangue colabora para o sucesso de diversos procedimentos, como transplantes, cirurgias e atendimentos de urgências, entre outros que dependem de sangue para salvar vidas. Mobilize amigos e familiares para a doação

CUIDADOS Doadores também devem respeitar os intervalos para doação: homens, 60 dias (máximo de 4 doações nos últimos 12 meses) e mulheres, 90 dias (máximo de 3 doações nos últimos 12 meses). Muito importante é o candidato a doador ser sincero na entrevista para seleção. Omissão deliberada ou proposital de informações, pode comprometer o beneficiário da doação. Para ser doador de medula óssea basta preencher a ficha de cadastro e fazer uma coleta da amostra do sangue.

mentiras Quem doa sangue uma vez terá de doar para sempre. Mito. Se você doar uma vez, não será obrigado a doar sempre, essa é uma decisão voluntária. A doação “engrossa” o sangue, entupindo as veias, ou “afina” provocando anemia. Mito. O sangue continua com a mesma consistência. Posso contrair doenças ao doar sangue. Mito. O material é totalmente descartável e é aberto na frente do doador, não há risco de contaminação. Doar sangue emagrece. Mito. Ao doar sangue você não engorda nem emagrece. Inclusive dietas para emagrecimento não impedem a doação de sangue, desde que a perda não tenha comprometido a saúde. É necessário estar em jejum para doar sangue. Mito. O doador tem que estar alimentado e descansado. O recomendado, antes da doação, é não ingerir bebidas alcoólicas 12 horas antes, evitar alimentos gordurosos, e aguardar pelo menos duas horas após o almoço para o procedimento. Doar sangue vicia. Mito. A doação de sangue não está relacionada a nenhuma dependência. Faço uso de remédios contínuos e por isso não posso doar. Mito. O uso de medicamentos será analisado caso a caso. O importante é

informar o tipo de remédio que faz uso contínuo ou se usou algum medicamento, como analgésicos ou anti-inflamatórios, nos últimos dias. Quem toma anticoncepcional, anti-hipertensivo ou diurético, por exemplo, pode doar normalmente Sou diabético e não posso doar. Mito. Se a pessoa tem diabetes e controla a doença com alimentação ou hipoglicemiantes orais, sem apresentar alterações vasculares, poderá doar. Caso ela tenha utilizado insulina, mesmo que apenas uma única vez, não poderá doar. Não posso doar sangue no período menstrual. Mito. O fluxo menstrual não influencia de forma alguma a coleta do sangue. Neste caso, o que vai definir se você pode ou não doar sangue é o teste de hematócrito, realizado minutos antes da doação, onde será avaliado se você está apto ou não. Fiz tatuagem há cerca de um ano e não posso doar. Mito. Quem fez tatuagem há mais de um ano pode doar sangue sem problema, não importando a quantidade de tatuagens. O mesmo prazo, de um ano, é dado para quem colocou piercing. Doar sangue enfraquece o organismo. Mito. Após uma doação, o sangue tende a voltar ao normal rapidamente e, portanto, não há fraqueza. O volume de sangue coletado é baseado no peso e na altura do doador. Além disso, o organismo repõe todo o volume de sangue doado nas primeiras 24 horas após a doação.

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Decoração

Plotagens deixam casas e escritórios cheios de estilo e personalidade

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eixar a decoração de Com pouco sua sala ou quarto com dinheiro, paredes, sua cara não é tão difícil, eletrodomésticos nem exige muita coisa, e móveis ganham como pode parecer. Buscando riar espaços cada vez mais com a cara cara nova do morador, decoradores recomendam o uso de plotagens, adesivos colados em paredes no interior das casas que também costumam sair mais em conta que o uso de papel de parede. Usadas em qualquer ambiente da casa, desde a cozinha até o escritório e quartos, o potencial de personalização das plotagens, de acordo com a arquiteta Luciana Villas-Boas, é maior até que o de papéis de parede. “Tudo depende do que a pessoa quer. As possibilidades são imensas, e o importante é fazer um trabalho que imprima a personalidade da pessoa ali”, acrescenta a arquiteta. Considerada uma opção versátil para mudar a aparência de um ambiente sem esforço, a principal vantagem da plotagem está em seu fácil manuseio, tanto para colocar quanto para tirar. “Não é uma coisa fixa como pintar a parede. Se você enjoar, pode tirar e colocar outro no lugar, sem precisar de uma reforma para isso”, explica a arquiteta Carolina Lage.

Adesivo com frase marcante ressalta sobriedade

importante pensar, primeiro, na mensagem que você quer passar ao colocar essa plotagem na decoração”, completa Luciana. A depender da imagem que você escolher, pode tornar a aparência do local mais despojada ou reforçar a sobriedade. “Colocar uma plotagem com uma frase bonita na sala ou quarto de casal, por exemplo, pode reforçar uma imagem sóbria”, explica Carolina. Enquanto isso, plotagens com desenhos imitando o grafite podem ser usadas para transformar um ambiente com decoração neutra em um que passe a ideia de atitude. “É legal criar esse contraste. Em quartos para adolescentes a ideia é ainda mais legal”, explica Luciana, que conta que já trabalhou com projetos em que os tons neutros usados na decoração do quarto contribuíram para criar um contraste nteressante com o adesivo com desenho imitando o grafite na parede. Para não ter erro, existem alguns pontos estratégicos da casa em que as plotagens podem ser colocadas. Cabeceiras de cama e paredes de destaque da sala e cozinha são os locais preferidos dos arquitetos. ”A parede da cabeceira da cama do casal é um local bem legal para colocar frases marcantes, por exemplo”, explica Carolina. Já na sala, colocar plotagens de janelas falsas atrás do sofá é uma ideia divertida que pode gerar a sensação de amplitude no local. “Nesses casos, só é necessário cuidado para que a imagem não aparente ser muito falsa. Quanto mais o desenho da janela do

Qual a mensagem? Saber onde colocar a plotagem, no entanto, é importante. Não basta colocá-las em qualquer lugar, de acordo com Caroline. “É

FOTOS: LAGE FALQUETO INTERIORES / DIVULGAÇÃO

Plotagens podem ser usadas em escritórios e residências e são mais baratas que papel de parede. Abaixo e à dir.: ambientes de Carolina Lage e Bárbara Falqueto.

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adesivo parecer real, melhor é o efeito que amplia o ambiente”, conclui a arquiteta. Móveis e eletros E não só as paredes podem receber esse toque de personalidade. Móveis e eletrodomésticos também podem ser palco para cores e desenhos criativos. Na cozinha, a geladeira quase sempre é a escolhida. Outras ideias legais é colocar uma imagem sugerindo um cardápio na parede ou na própria geladeira ou fogão, de acordo com Carolina.

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O arquiteto Marcos Rolim sugere ainda plotagens em cortinas. “É diferente e o efeito também é legal”, afirma. Para Carolina, é importante observar que a plotagem pode substituir um vaso na decoração, ou até mesmo um quadro na parede. “Por isso você pode usar bastante a criatividade”, afirma a arquiteta. O verdadeiro cuidado deve estar apenas na composição da decoração como um todo. É preciso atenção para que todos os elementos do ambiente estejam conversando. Naiane Aline / Ag. A Tarde.

Cartazes de propaganda de filmes e de produtos imprimem “atitude”

artazes com figuras pop-art, atualmente, também são opções de personalização de paredes. Os chamados lambe-lambes, cartazes que antigamente preenchiam os muros da cidade com propagandas de filmes e produtos, agora colorem paredes de quartos e salas. Preencher as paredes da casa com ícones pop em muitas cores também pode ser uma opção mais barata para substituir papéis de parede. Lojas como a UrbanArts, presente em Salvador, e a AllPosters, presente apenas em ambiente virtual, são exemplos de onde esses cartazes podem ser achados (inclusive vendidos já em pacotes com vários modelos, prontos para colá-los na ordem que desejar). O resultado é como um papel de parede com visual street art bem colorido e diferente. Sem regras E não há regras sobre o uso. De acordocom a arquiteta Luciana Villas-Boas, tudo vai depender muito da própria personalidade do morador da casa. “Se um casal é de um estilo mais alternativo, esse estilo mais despojado pode ser usado inclusive no quarto de casal”, explica. Tal como as plotagens, os lambe-lambes são de fácil aplicação e podem ser trocados assim que a pessoa quiser. Isso é algo importante principalmente em quartos de adolescentes ou jovens. “Trocar a imagem

DIVULGAÇÃO

Lambe-lambes colorem parede e substituem papel de parede (Acima, produto da UrbanArt)

quando quiser em quartos de jovens é interessante, já que os gostos deles mudam rápido. Os adesivos e cartazes no quarto podem acompanhar amudança”, conta a arquiteta Carolina Lage.

SAIBA COMO E ONDE USAR OS ADESIVOS CONTRASTE Imagens bem coloridas podem ser usadas nas plotagens para contrastar com a decoração em tons neutros de um ambiente. Já uma plotagem mais sóbria fica bem com uma decoração já carregada ESPAÇOS IDEAIS Paredes da cabeceira da cama, ou logo atrás do sofá, são ótimos espaços para os adesivos. Eles substituem quadros ou outros itens decorativos ELETRODOMÉSTICOS As plotagens também podem ser usadas em eletrodomésticos, como a geladeira. É ideal para ambientes apertados com pouca parede livre AMPLITUDE Plotagens de paisagens, ou imitando janelas, ajudam a ampliar visualmente o ambiente

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Decoração

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Decoração ajuda a otimizar os ambientes nas empresas

ão existe falta de espaço quando o mesmo é utilizado da melhor forma possível, mesmo em empresas. E nem sempre é preciso ir para espaços maiores, buscando acomodar de modo eficiente o seu empreendimento, seja ele de médio ou pequeno porte. A proposta é apostar na decoração para aproveitar o máximo possível do espaço que você possui. Para isso, é necessário alguns cuidados e planejamento para atender às expectativas do empresário, de acordo com o arquiteto Alex Galletti, que faz seus projetos junto com o arquiteto André Figueredo. “O legal é que você consiga concentrar todo o necessário em um único espaço no ambiente”, conta o arquiteto. Usar uma bancada de trabalho e outra para café e demais utilidades é uma forma de conseguir isso. “Esse é um artifício que usamos bastante, quando o assunto é escritórios. Concentre numa região uma série de bancadas com o essencial”, completa. Ainda é possível usar a cor para criar

ambientes visualmente mais confortáveis e amplos. De acordo com a arquiteta Heloísa Dabus, o uso do branco e cores claras é um meio decorativo de ampliar o espaço e dar “característica única ao escritório”. “Você consegue esse efeito de amplitude usando o branco no teto e uma cor suave, como a off-white, nas paredes para dar destaque ao forro”, conclui a profissional, que atua com atividade voltada principalmente para projetos arquitetônicos de ambientes corporativos. Para auxiliar na otimização de espaço, principalmente em escritórios, o mais comum atualmente é o uso das chamadas plataformas de trabalho, mesas compartilhadas por computadores de ambos os lados do móvel, de acordo com Heloísa. Grandes espaços E não só espaços pequenos necessitam de otimização. A publicitária Aline Lazar, sócia da empresa Marcativa, conta que Continua na pág. 32

Espelhos e bancadas otimizam espaços

u MARCELO NEGROMENTE / DIVULGAÇÃO

DABUS ARQUITETURA / DIVULGAÇÃO

Iluminação natural eleva sensação de amplitude

SAIBA COMO OTIMIZAR ESPAÇOS CORPORATIVOS ILUMINAÇÃO O ideal é valorizar a luz natural, com o uso de janelas amplas, por exemplo. Usar diferentes focos de luz, mesmo artificial, amplia visualmente o ambiente. FUNCIONALIDADE Ao decorar, é preciso ter em mente a funcionalidade de cada item usado. Se o espaço é pequeno, não adianta usar objetos que ocupam espaço sem utilidade. CORES É preciso ter cuidado com os

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DABUS ARQUITETURA / DIVULGAÇÃO

tons usados, dando preferência para cores claras, que são fáceis de combinar com qualquer tipo de decoração que for empregada. ESPELHOS E VIDRO O uso de espelhos dá a impressão de que o ambiente é mais amplo. Usar vidro para dividir os espaços gera o mesmo efeito. VERTICALIZE A utilização de prateleiras ou armários garante a economia de espaço. Quanto mais chão livre, melhor. TETO Ter o teto em tom mais claro do que a cor das paredes dá a impressão de um ambiente mais amplo e gera conforto visual.

Móveis menores e redondos são os ideais

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Decoração

É possível aproveitar o máximo e da melhor forma os espaços corporativos

u quando a empresa passou para um novo espaço, maior que o anterior, tiveram que pensar na melhor forma de utilizar toda a área. Mesmo nesses casos, é necessário ter soluções em mente. “Não é mais tão comum o uso de mesas em forma de L, e não é recomendado”, afirma Heloísa. Quanto às cores da bancada, vai depender do tipo de identidade que a empresa deseja criar, porém, de acordo com Galletti, ainda é mais fácil apostar em cores claras, que combinam com outros tons com mais facilidade. “O ideal é que você use cores e materiais que casem com qualquer tipo de decoração”, completa o arquiteto. Entre os principais cuidados na escolha dessa plataforma de trabalho está o material a ser usado. “É preciso lembrar que ambientes de trabalho mantêm um fluxo constante. Você precisa ter certeza de que o material das bancadas é de qualidade”, afirma Galletti. O uso de espelhos e vidro também auxilia na criação de um ambiente mais harmônico, mesmo que pequeno. “O espelho tem o poder de fazer parecer que o ambiente é maior do que realmente é”, explica Galletti. Ganhar amplitude Heloísa completa que o vidro tem esse mesmo potencial decorativo de ampliação, quando usado em divisórias de espaços ou até mesmo separando uma mesa da outra. No entanto, é necessário cuidado na hora de decorar o ambiente. “Os objetos decorativos e a maneira que você vai decorar o ambiente precisam ter a ver com a identidade visual da empresa”, explica Heloísa. Naiane Aline / Ag. A Tarde.

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Pormade oferece solução ecológica para rodapé Inovação traz mais segurança e durabilidade para obra

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Pormade, fabricante de portas sediada em União da Vitória, no Paraná, apresenta novas opções de rodapés com alturas de 10 a 15 centímetros, produzidos em PVC Wood (mais resistente, prático e durável) com uma redução de custo de até 50% – se comparado com produtos com a mesma tecnologia existentes no mercado –, complementando a linha com medidas de 5 e 7 cm já existentes. Trata-se de um produto ecologicamente correto, de fácil aplicação. É resistente a água – podendo ser aplicado em áreas molhadas, como banheiros e cozinhas. Não propaga fogo, oferecendo acabamento perfeito, com maior durabilidade e proteção. O produto está disponível em duas cores: pintura branca e hot stamp na tonalidade da madeira. Com grandes áreas de florestas plantadas e um parque industrial completo, com mais de 86 mil m² construídos, a empresa comemora a marca de 360 mil unidades produzidas por ano. É responsável pela produção de 15% do mercado de portas prontas, sendo a maior fabricante desta linha no Brasil. Toda a madeira utilizada na sua produção é de chapas mecanicamente processadas de madeira proveniente de reflorestamento, certificada pelo FSC) e possui padrões mundiais de qualidade, certificados pela ISO 9001: 2008. Saiba mais: www.pormade.com.br


Jaime de Moura Ferreira Ad­mi­nistrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

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Amizade, lealdade, sinceridade e verdade

uatro sentimentos e atitudes mentais e espirituais, interconectados, que dignificam os seres humanos integrais. Amizade é a afeição recíproca entre duas pessoas. Não existe amizade unilateral. Pode até, nos primeiros momentos, ser mais destacada em um ser, porém, para sobreviver e perenizar se torna necessário a comunhão de dois. A amizade não é privilégio de seres humanos, mas de todos que tenham vida. Tem-se amizade a um animal de estimação, às plantas, aos pássaros e, até, às águas, às montanhas, céu e mar. Amizade exige a compreensão, o desprendimento, estima, simpatia e dedicação. Também, a sinceridade e a lealdade e, dessa forma, a verdade entre as pessoas, que nos permite reconhecer erros cometidos e mágoas causadas, inadvertidamente, bem como o caminho para a conciliação. A amizade não permite falsidade, mentiras, inveja, frustração e desonestidade, pois simboliza a comunhão de dois espíritos de elevados valores éticos e morais. Algumas pessoas confundem amizade com situação de interesse. A amizade é uma flor rara, delicada e especial, tornando-se necessários carinhos e cuidados para a sua sobrevivência. Procuremos cultivar amigos sinceros, até porque os verdadeiros surgem nos tempos difíceis. “Os verdadeiros amigos fazem críticas na presença e defendem na ausência”. A lealdade é a chama espiritual que provoca e ilumina a dignidade dos seres. A lealdade representa o reconhecimento de uma pessoa, para com outro

ser que lhe proporcionou alguma situação agradável, temporária ou permanente. Numa sociedade de seres humanos, cada pessoa será sempre dependente de outra, quer seja de bens materiais, espirituais e, também os naturais. Portanto, o ser humano tem a obrigação de ser agradecido e reconhecido a essas outras pessoas que lhe proporcionam suas condições de vida. E, desse reconhecimento, surge a lealdade. Esse é o princípio: “ser leal consigo mesmo”. Os atributos para a prática da lealdade são franqueza, sinceridade, honestidade e fidelidade. Quando se pratica a lealdade, energias superiores vão-se acumulando e lhe transformam em uma pessoa confiável. E, ser confiável é obter respeito de outras pessoas, quer pessoal ou profissional. Assim, a lealdade é o pilar de sustentação da identidade dos seres integrais. A sinceridade é outro bem moral muito especial. É a abertura da alma humana para com seus semelhantes. Permite-lhe assumir compromissos factíveis e lhe cria as energias indispensáveis para cumpri-los, indiscutivelmente. Daí surge a franqueza, a lisura do caráter e, o mais importante, a sinceridade do seu próprio espírito. A sinceridade permite, também, destruir preconceitos e identificar as situações que promovem a vida construtiva. A pessoa sincera se liberta da hipocrisia e do fingimento e assume a verdade. Possui paz espiritual infinita que lhe dá condições para compreender as qualidades e defeitos de seus semelhantes. O ser humano deve mostrar sinceridade através de ações e não de suas palavras. A sinceridade não está na aparência. Praticando-a coloca-se a um passo para a

liderança. A verdade significa a fidelidade às origens ou a um padrão de constância em atos, atitudes e caráter, em um determinado sistema de valores. A verdade, vista em um padrão de elevação espiritual, é o principal caminho para os seres humanos integrais. Através dela o ser humano promove o aperfeiçoamento espiritual, a harmonia com as leis cósmicas. e o comprometimento com princípios, comportamentos e atitudes. A verdade desenvolve a consciência de si mesmo com a concretude de seus pensamentos, em evolução da identidade cósmica. Ela é a exposição de conceitos profundos que contribui para a evolução humana. O ser humano busca, permanentemente, alcançar as verdades da ciência, filosofia e religião. Também, diminuir as contradições entre seus valores e seu modo de agir. “Para conseguir a amizade, lealdade, sinceridade e verdade dos seres humanos que admiramos é necessário evoluirmos nesses sentimentos”. Dessa forma, a verdade é o principal elemento para a construção desta teia. No momento atual, esses quatro sentimentos estão se tornando escassos e, por essa razão, existe desmedida desconfiança entre os seres humanos, que se esforçam, decididamente, para a conquista de bens materiais e do poder. Aliás, diante da deterioração dos valores morais, que existe na humanidade, a amizade, lealdade, sinceridade e verdade passaram a ser sentimentos pouco praticados, por isso tornaram-se prerrogativas de pessoas especiais. Junho de 2015 | Vilas Magazine | 33


Comportamento

Por dentro do

FORA

Toco, dispensa, chute, cartão vermelho... Veja desculpas esfarrapadas e outros jeitos deselegantes de terminar um relacionamento

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COVARDIA EMOCIONAL Por que tanta gente prefere repetir clichês tipo “não quero me envolver” ou inventar coisas originais como “estou com fungos” em vez de explicar que não quer mais aquele relacionamento? Não dizer a verdade é uma forma de sair pelos fundos e salvar a própria pele. “Temos medo da reação, do ataque do outro. É uma estratégia de sobrevivência”, diz o psiquiatra Carlos Briganti, diretor da Associação Brasileira de Psicoterapia. Segundo a terapeuta familiar Flávia Stockler, não é o altruísmo que leva alguém a dizer, na hora do chute: “o problema sou eu,

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PRODUÇÃO: DANAE STEPHAN. FOTO: LETÍCIA MOREIRA / FOLHAPRESS

oucas coisas são tão universais – e, ao mesmo tempo, tão incompreensíveis – quanto levar um fora. Principalmente quando é acompanhado de desculpas esfarrapadas, dignas de serem gravadas e reproduzidas. “Não quero me envolver. Como assim, não quer se envolver? Então compre uma planta e se relacione com ela. Pessoas se envolvem”, diz Fabi Cimieri, coautora livro “O Guia do Toco – Como Dar e Levar sem Perder o Bom Humor”. O livro lista dezenas de foras, divididos entre clássicos, esfarrapados e sinistros. “Sinistros são aqueles que você não acredita que levou. Clássicos são os que todos dão e levam”, explica Leticia Rio Branco, também autora. Entre tantos tipos de tocos absurdos, o livro deixa uma pergunta no ar: não seria mais simples dizer não? A estilista Deborah Monteiro, 32, namorava havia sete anos com um cara declaradamente mulherengo. Um dia, ele saiu com esta: “Ando muito enrolado. Acho que gosto de homem”. “Comecei a rir. Eu sabia que ele estava com outra. É mais fácil dizer que virou gay do que falar a verdade?” A advogada Flavia, 34, que não quer se identificar, ouviu uma lorota mais absurda ainda, célebre entre suas amigas como o “toco fungos”. “Estava saindo com um cara há semanas. Um dia, ele mandou um e-mail dizendo que estava com fungos e por isso não poderia sair mais comigo.” Ela nem questionou. “Não quis mais. Vai saber onde ele tinha fungos.”


LEVAR UM FORA É O MESMO QUE: l Pé na bunda l Toco l Chega pra lá l Tomar um perdido l Levar um vaza l Cartão vermelho l Ser colocado pra escanteio l Levar um chute l Ser largado

não você”. “A pessoa se justifica dizendo que não quis ofender. Na verdade, ela não quer se decidir, prefere ficar com o pé em duas canoas.” Apesar da conspiração feminina segundo a qual é o homem quem dá os piores e mais desajeitados tocos, dizer não é difícil para todos. “Implica em escolha, perda. Escolher não é simples. Preferimos adiar até que a coisa se resolva sozinha.” O problema é que as indefinições criam uma coleção de relações mal resolvidas. “É uma distorção de comportamento, uma forma de covardia emocional. A consequência são relações insatisfatórias”, diz o terapeuta Sergio Savian, especialista em relacionamentos. Para a antropóloga Telma Amaral, da Universidade Federal do Pará e pesquisadora na área de conjugalidades, existe uma tendência de encarar o fora como natural. “É como se fugir fizesse parte da natureza humana, mas não faz. É um comportamento Eufemismos, alimentado.” mentiras Também não é preciso ser rae grosserias dical e condenar todo e qualquer toco, diz o psicólogo Ailton Améfazem parte lio, professor da USP. “Às vezes é do script a saída menos danosa, quando a clássico de pessoa não tem vínculo nenhum rompimento. com a outra.”

Por que é tão difícil ser sincero na hora de dizer “tchau”?

CUIDE BEM DE VOCÊ A artista plástica francesa Sophie Calle levou um fora eternizado na exposição “Prenez Soin de Vous”, que quer dizer “cuide bem de você”, última frase do e-mail de rompimento que recebeu do namorado. Sem saber o que responder, ela entregou a carta a 107 mulheres, que a interpretaram como bem entenderam. “Era uma maneira de ganhar tempo antes de romper. Uma maneira de cuidar de mim”, escreveu ela, no texto de apresentação da mostra, que esteve no Brasil em 2009. Terminar por e-mail ou por mensagem de celular pode ajudar a dizer a verdade, mas não é a melhor saída, e muito menos a mais elegante. “Quanto mais envolvimento você teve ou tem com uma pessoa, mais cuidado deve ter na hora de terminar uma relação”, diz Savian. De acordo com Amélio, o fim de uma união longa pode demorar dez anos para ser digerido. “É traumático. Objetivos, identidade social e psicológica foram misturados.” É mais difícil ser sincero, porque é deixar muito claro o desinteresse pelo outro. Para Maria Luiza Munhoz, terapeuta da Associação Brasileira de Terapia Familiar, é possível aprender alguma coisa com tocos – nem que seja uma nova desculpa. “Não existe um bom jeito de acabar, mas é preciso esvaziar as emoções do rompimento. A conversa é u importante, ajuda os dois a saírem melhor.” Sei. Falar é fácil. Juliana Vines. Colaborou Márcio Sampaio / Folhapress.

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Comportamento

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Vai indo que eu já FUI ‘Ela fingiu que tinha morrido’

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onheci uma pessoa pela internet, fui me envolvendo, vi fotos, conversamos pelo telefone várias vezes. Eu me sentia comprometido, afinal, gostava muito dela, não saía com mais ninguém. A gente fazia plano de se conhecer, mas até então não tinha dado certo. Ela dizia que tinha um problema no cérebro, um aneurisma que poderia estourar a qualquer momento.Eu era compreensivo, não me importava. Um dia, recebi uma ligação dizendo que ela tinha morrido. Fiquei desesperado, queria ir no enterro de todo jeito, mas não deu certo.Fiquei muito triste. Passou alguns dias e descobri que ela não tinha morrido coisa nenhuma. A foto que ela tinha mostrado da primeira vez era de outra pessoa. Ela resolveu ‘se matar’ para depois vir falar comigo com a identidade verdadeira. Depois de tanta loucura, não quis mais saber. Eu, hein? Fernando Oliveira, 29, agente de turismo

‘Ele ‘colocou’ a filha na UTI’

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onheci um cara e me apaixonei perdidamente. Ele era lindo, loiro, alto, bem-sucedido. Óbvio, me envolvi. Ele sempre dizia que era complicado, tinha acabado de se separar e estava confuso. Eu tive muita paciência. Mas um dia enjoei. O tempo passou, fiquei com outro e, depois de dois anos, quando estava na fossa, resolvi ligar para o loiro de novo. Acredita que veio com a mesma história? Ainda estava confuso. Ok, resolvi voltar a sair com ele. Um dia, combinamos e ele não apareceu. Ligou dizendo que a filha estava no hospital, tinha sofrido um acidente e ido para a UTI. Engoli. Depois de uns dias, descobri que era mentira. Ele tinha ido para Miami e tinha uma namorada. ‘Colocar’ a filha na UTI? Muito estranho. Me afastei de vez. Meses atrás, veio com uns papos para cima de mim.Então eu disse: ‘eu me casei, separei, a vida andou e você fica com essa enrolação?’ Dany Padilla, 42, consultora de moda LUCIANA WHITAKER / FOLHAPRESS

LETÍCIA MOREIRA / FOLHAPRESS

FERNANDO OLIVEIRA, 29, agente de Turismo. Já deu chute por SMS, mas também já levou fora no estilo “problema de saúde”.

DANY PADILHA, 42, consultora de Moda. Levou um fora na linha “minha filha está na UTI”

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‘Mandei e-mail cortando relação’

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s homens enrolam as situações por não ter coragem para resolver. Não querem ouvir o que a outra pessoa vai dizer. Tinha um rapaz com quem eu saía havia quatro meses. Ele tinha vindo de uma outra cidade. Lá, namorava uma menina. Dizia que tinha terminado, mas eu sempre fiquei meio desconfiada. Passou um tempo, a gente já não estava muito bem e ele voltou para a cidade dele. Jurou que não tinha risco de voltar com a menina. A gente ficou sem se falar, eu já tinha deixado pra lá. Quatro meses depois, ele reapareceu, soube que eu tinha saído com um cara. Fez cena de ciúme, cobrou atenção, ficou bravo. Passou uns dois dias, entrei no Orkut dele e vi os recados que a menina mandava desde sempre. Era nítido que eles estavam juntos. Acho que nunca se separaram. Mandei um e-mail cortando relações. É o tipo de homem que não diz a verdade porque quer enrolar. Quer duas mulheres esperando por ele. Marta Dias, 29, atriz LETÍCIA MOREIRA / FOLHAPRESS

‘Homem não sabe dizer não’

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omei um toco histórico. Estava fazia já uns oito meses com uma mulher e ela sempre dizia que o meu melhor amigo era um monstro, que era um galinha, que eu não deveria andar com ele. Um dia, do nada, ela chegou para mim e disse que queria separar, que o momento não era propício para se envolver e todas essas desculpas. Tudo bem. Passou três dias, sem exagero nenhum, ela passou a namorar com esse meu amigo. Eu vi! Mas eu também já dei vários tocos. Uma vez, estava fazia dois anos com uma mulher. Fui deixando passar, mesmo sem gostar muito dela. Ela estava totalmente envolvida, eu não. Então ela me apertou, eu disse que preferia ser amigo. É engraçado que, por muito tempo, não soube dizer não. Muitos homens não sabem. Homem não sabe dispensar mulher, só dispensa quando é muito feia ou fora do perfil que ele procura. Se não, ele vai deixando como está. Creo Kellab, 38, ator

10 DESCULPAS PARA TERMINAR UM RELACIONAMENTO 1. TÔ CONFUSO Usado quando a pessoa só quer ficar (sem maiores dramas nem telefonemas). Pode ser acompanhado das frases: “acabei de terminar um relacionamento” ou “não estou pronto” 2. O PROBLEMA SOU EU Conhecido também nas versões “não sou bom o suficiente para você” e “você merece alguém melhor”. É o toco dos altruístas 3. VOCÊ NÃO É MAIS AQUELA Comum em relacionamentos mais longos. Vem com a frase “Você não é a mesma pessoa por quem eu me apaixonei”. Quer dizer: “Já me apaixonei por outra pessoa” 4. NÃO QUERO ME ENVOLVER A pessoa quer pegar geral, mas prefere dizer que tem mil problemas e não quer se envolver. Também chamado de toco tribalista (“eu sou de ninguém...”) 5. QUERO ME CONCENTRAR NO TRABALHO Parece desculpa de celebridade: “nossas agendas não combinam”, “não tenho tempo” 6. TOCO BINA A pessoa liga várias vezes, o outro não atende. Então manda mensagem, chama no MSN, nada. Liga na casa de parentes, amigos, deixa recados. Até que percebe que tomou um perdido 7. MISTER M. A pessoa toma chá de sumiço, desaparece. Pode acontecer na balada (“vou no banheiro e já volto”) ou em relacionamentos longos, em viagens que nunca mais terminam

MARTA DIAS, 29, atriz. Depois de tanto levar fora, criou uma personagem e um blog sobre o tema.

8. PRECISO DE UM TEMPO Comum em época de Carnaval, formaturas etc. Na verdade, o tempo serve como um intervalo para recreação 9. TOCO TROCADO Do nada, a pessoa começa a fazer tudo aquilo que o parceiro detesta (deixa meia pela casa, comida destampada na geladeira), até que o outro se irrita e resolve acabar 10. KAMIKAZE É o xeque-mate, usado só quando todos os outros foras não deram certo. As frases “não quero mais nada com você” e “vejo você apenas como amiga” podem ser traumáticas. Junho de 2015 | Vilas Magazine | 37


Viver Bem

Veja o lado bom da vida Perceber os momentos de beleza e magia no dia a dia é essencial para ser feliz com você mesmo e com o mundo. É reconhecer o que é verdadeiramente perfeito em sua vida

Liane Alves

A

na Paula chegou cansada em casa e só queria descansar. Mas como ter coragem de dizer isso para as duas crianças pequenas que já estavam de roupa de banho e óculos de mergulho na sua frente, prontos para cair na piscina? Meio a contragosto, ela se trocou e os acompanhou. Essa foi, de longe, a melhor decisão daquele dia. “Dentre os muitos momentos de felicidade que vivemos naquele fim de tarde, lembro-me de um que considero perfeito: eu, meu marido e as crianças, abraçados juntinhos e fazendo breves mergulhos ao mesmo tempo, por alguns segundos, para depois sair d’água e respirar. Eu não ria tanto há muito tempo. Saí dali revigorada, e com a sensação de que a vida é sempre maravilhosa se a gente deixar espaço para que o maravilhoso se manifeste”. Pois é isso mesmo. Para ser feliz e ir ao encontro dos momentos mágicos e perfeitos, o melhor que temos a fazer é nos tirar, junto com nossos pesos e reclamações, da nossa própria frente. Dar licença para o inesperado chegar, dar boas-vindas ao não programado. E ter coragem de dizer “xô, satanás!” toda vez em que cair naquele ‘mimimi’ repetitivo que diz que a vida é cansativa, sem novidades e que você não

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Nosso caminho, afinal, é feito de uma porção de imperfeições e a beleza está em perceber que isso faz parte da existência de todos. A partir desse instante, você finalmente passa a reconhecer o que é verdadeiramente mágico e bom ao seu redor aguenta mais. É assim, ao dar uma chance para que a existência se mostre de outro jeito, que abrimos a porta para ela entrar. Às vezes, mansamente. Às vezes, com enorme intensidade. No caso de Ana, uma amiga de longa data e protagonista da história que dá início a esse texto, ela pode contar com os filhos pequenos para reconhecer a perfeição no seu cotidiano. Eles a estimularam a vencer os limites do desânimo, palavrinha que significa, literalmente, “sem alma”. Quantas vezes não estamos assim, sem alma, deprimidos ou exaustos? Estar nesse estado é um dos grandes motivos para não enxergar as estrelinhas cintilantes que brilham sem parar na frente dos nossos olhos e que apontam em uma outra direção. Porque é somente a alma que tem a capacidade de ver a sua luz. Crianças são grandes mestres em identificar estrelas e nos devolver o contato com o espírito. Elas sabem, como ninguém, rasgar véus escuros para que possamos vislumbrar um mundo encantado e cheio de possibilida-

des, isto é, do jeito como elas mesmas o veem. Quem assistiu ao filme “A Invenção de Hugo Cabret” sabe do que estou falando. Um menino órfão que vive entre as estruturas de ferro de uma estação de trens na França é capaz, por exemplo, de devolver a alegria a um desiludido diretor de cinema ao mostrar para o cineasta o quanto a magia presente em suas películas encantaram o mundo, e a ele próprio. Isso porque os pequenos enxergam qualidades em nós onde não imaginamos e despertam capacidades que desconhecíamos. Eles são capazes de nos devolver a alegria e nos ajudar a reencontrar o encantamento pela vida. A terapeuta Lucila Camargo estava, em um dia qualquer, na cozinha dando laranja para o neto de dois anos: tirava a casca, cortava em pedaços pequenos e os colocava na boca do menino. Em determinado momento, ele disse, encantado: “que de-lí-cia, vovó!”. O garoto estava em estado de graça. E Lucila, ao desvelar seu amor num ato tão simples,


Para reconhecer a magia que a vida nos proporciona é preciso estar atento ao singelo, às pequenas coisas, ao momento presente, ao agora, e, invariavelmente, não levar o nosso dia a dia tão a sério ou se cobrar em demasia

também. E, com base nesse instante de maravilhamento, a terapeuta nos revela algo precioso. “Durante todo o tempo o externo nos oferece gatilhos que permitem entrar nesse estado de puro amor e contemplação: uma árvore cheia de flores, uma sensação de bem-estar no corpo, uma iguaria deliciosa, um momento único de amor. Mas, para isso, temos de estar totalmente presentes”, diz ela. O momento perfeito não existe no passado nem no futuro, mas no agora. Não deve ser esperado, idealizado ou préfabricado. Ele pode ser vivenciado apenas quando estamos atentos ao que acontece naquele instante, e não quando estamos distraídos com nossos pensamentos e emoções (quase sempre negativas). De uma certa forma, temos de estar livres do peso do nosso angustiado mundo interno para que nossa criança, ou estado de puro ser, possa surgir. Mas por que será que somos tão apaixonados pela perfeição? Por que ela é uma meta?

particular: eram reproduções que procuravam transmitir um ideal de beleza e harmonia. Não tinham relação com as paixões humanas e muito menos com as imperfeições dos homens. Eram apenas modelos ideais que não traduziam a realidade. As esculturas eram tão belas que o sábio grego Aristófanes nos conta que algumas pessoas se apaixonavam por elas, como nós, hoje, pelos atores ou atrizes. “Saber disso é muito libertador. Da mesma maneira que as estátuas gregas não retratam ninguém de carne e osso, as fotos de revistas, com seus truques de maquiagem

e iluminação, também não reproduzem a imagem de alguém real. São apenas modelos de referência. É insano querer ser igual a eles”, diz Ângela Toledo, terapeuta paulista. Por isso, muita calma nessa hora. Nos impuseram modelos irretocáveis há milênios, mas se esqueceram de enfatizar que não são reais. A perfeição é apenas um ideal não atingível. E se ficarmos obcecados por ela, retiramos as possibilidades de felicidade que existem no mundo real para pessoas, relações e situações imperfeitas. Agora resta saber como encontrar alegria e satisfação na u imperfeição. É o que vamos ver.

De onde vem esse impulso Pode colocar na conta dos gregos antigos: em grande parte são eles os responsáveis pela busca insana pela perfeição. E é interessante notar como isso aconteceu, lá por volta do ano 450 a.C. A precisão era uma virtude cultuada na Grécia Clássica. Era a época do florescimento da razão. Mas foi o matemático e místico Pitágoras que observou algo curioso: ele, que inventou as escalas musicais, notou que os tons, se fossem harmônicos, despertavam em nós estados de bem-estar e alegria. E se fossem dissonantes, nos deixavam irritados e tensos. Ora, os gregos eram apaixonados pelo mundo bom, belo e virtuoso. Se a música funcionava dessa maneira, as outras artes também deveriam seguir o mesmo princípio. Portanto, elas precisavam se transformar em modelos de inspiração e harmonia para nós. As estátuas gregas do período clássico, portanto, não representavam ninguém em Junho de 2015 | Vilas Magazine | 39


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O caminho da felicidade Na faculdade, o americano Rick Hanson foi um rapaz magricela de óculos que adorava estudar. Era um típico nerd, com todo tipo de angústia: insegurança social, timidez, excesso de introversão. Ridicularizado, com pouquíssimos amigos e nenhum sucesso com as garotas, tinha a sensação de que havia uma piscina olímpica vazia no lugar do coração. Era de uma carência absoluta. Foi quando descobriu que era possível jogar baldes de água diários na sua piscina metafórica, especialmente ao valorizar pequenos acontecimentos do cotidiano que lhe traziam alguma felicidade. Isto é, Rick resolveu prestar atenção mesmo neles, degustá-los com toda intensidade por alguns segundos. Preste bem atenção nesse detalhe, porque a diferença é sutil: em vez de só sentir aquela alegriazinha básica e já passar para outra coisa, ele realmente parava por algum tempo naquela sensação de bem-estar para aprofundá-la e registrá-la com mais intensidade em sua memória emocional. Somente anos mais tarde, ao estudar com afinco a neurociência e a psicologia, é que entendeu o porquê da mudança benéfica e definitiva que sua decisão interna trazia. Sem falar que, gota a gota, conseguiu encher sua piscina de momentos felizes e, dessa maneira, modificar seu relacionamento com o mundo à sua volta. Rick relata essa experiência em seu livro O Cérebro e a Felicidade, com previsão de lançamento para este mês pela editora Martins Fontes. Ele nos conta, por exemplo, que ao prestar atenção por 12, 20, 30 segundos (mas não menos do que dez) em momentos de alegria e bem-estar, uma pessoa é capaz de abrir caminhos neurais em direção a uma sensação mais perene de satisfação e completude. É como se estivesse criando sulcos cerebrais que anteriormente não existiam. “Se você não aproveita esses segundos extras para usufruir e aproveitar a experiência (sem querer esticar o seu tempo, mas para aprofundar e saborear a sensação), ela passa por você como o vento passa pelas folhas”, escreveu.

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CRAIG JEWELL

Viver Bem

“Mas, ao prestar atenção nela por um tempo suficiente, é possível, aos poucos, transformar estados fugazes numa estrutura neural permanente”, continua. Ao repetir esse estímulo, a plasticidade neural, que é a capacidade do cérebro em responder e se modificar de acordo com as experiências vividas, permite que novas trilhas sejam abertas em direção à paz interior, autoconfiança, alegria, serenidade, autoestima e resiliência. “A mente pode modificar o cérebro, e ele pode modificar a mente”, diz Rick, hoje um consagrado neuropsicólogo. É como construir uma nova rede de interligações mais positivas à realidade. Porque a maioria, pode acreditar, é inexoravelmente negativa. Toda essa negatividade tem uma razão muito clara na história da evolução, conta Rick Hanson. O medo, o estresse, a agressividade ou a competividade garantiram a nossa sobrevivência. Por isso, há mais substâncias neuroquímicas relacionadas a essas emoções negativas do que trilhas que conduzam para as reações de bem-estar ou alegria. Além disso, os caminhos ligados a negatividade, por serem sempre reforçados, são bem mais profundos e marcantes no cérebro. Rick explica que o homem das cavernas só tinha duas alternativas: ou estar em estado de alerta esperando um tigre na mata, mesmo que não tivesse um animal por ali, e assim garantir a sobrevivência, ou estar

relaxado e distraído, e dessa forma correr riscos. Em outras palavras, antes estressado a estar morto. Esse é o motivo, portanto, para que a gente tenha caminhos internos ligados ao medo, desconfiança, competividade ou agressividade, emoções associadas ao cérebro reptiliano e límbico, mais primitivo e que está na base do córtex, do que com a consciência mais evoluída do cérebro cortical. Para sair desse ciclo, uma boa solução é reforçar conscientemente os caminhos positivos relacionados ao amor e a felicidade. É o que ele propõe em seu livro com alguns exercícios. O psiquiatra paulista José Ângelo Gaiarsa também descobriu, em suas últimas pesquisas, que respirar melhor e mais profundamente em vários momentos do dia pode ajudar a retirar nossa consciência dos dois cérebros inferiores (reptiliano e límbico) para nos colocar em contato com o córtex e seus lobos frontais e laterais. “O cérebro é o órgão que mais consome oxigênio do corpo: cerca de 10% do que respiramos. E o córtex é o sistema neural que, de longe, precisa mais de oxigênio”, disse ele em uma entrevista concedida pouco antes de morrer, em 2010. Segundo Gaiarsa, ao inalar profundamente fornecemos gasolina azul para a área mais evoluída da nossa cabeça, relacionada com nossas qualidades mais positivas. Já


ao não respirar direito, de maneira curta e superficial, ficamos cativos da parte inferior, que consome pouco ar. Que maravilha: a respiração pode ajudar a nos reconectar com o que de melhor existe em nós, como também pode nos retirar do oceano revolto das emoções destrutivas quando estamos imersos nele. Então, respire sempre e profundamente. Essas são algumas boas ferramentas que nos auxiliam na busca da magia trazida pelos momentos perfeitos, instantes que podem ser simples, cândidos e até imperfeitos, mas profundamente felizes e motivos de grande satisfação. Agora vamos ver o que mais pode nos ajudar, ou atrapalhar, nesse caminho. O inimigo do bom Nada melhor do que o amor para exemplificar o perigo das idealizações, comparações e expectativas. Elas minam o que poderíamos considerar perfeito e adequado para nós. “Esperamos certo tipo de homem ou de mulher, e essa imagem nos impede de encontrar a pessoa que está na nossa frente. É justamente essa figura de casal ideal que pode nos impedir de viver, humilde e profundamente, nossas relações a dois”, diz o terapeuta e monge francês Jean-Yves Leloup no livro Uma Arte de Amar Para Nossos Tempos (Editora Vozes), em que analisa trechos do Cântico dos Cânticos, o poema de amor bíblico escrito pelo rei David. Diz Leloup que só vivendo a morte e o luto por essa relação idealizada é que se abre a possibilidade de se encontrar o amor verdadeiro, aquele que acolhe os defeitos, e que é capaz de enxergar o perfeito no imperfeito. Essas metas inatingíveis não acontecem apenas com relação ao amor. Vivemos um tempo de altas expectativas, de idealizações, de propósitos inalcançáveis. A perfeição como medida está presente em várias áreas da vida: em casa, no trabalho, na exigência com os filhos, na relação com o corpo. Acontece que o ótimo sempre foi inimigo do bom. Porém, realisticamente, ele é raro, enquanto aquilo que é bom pode nos satisfazer plenamente.

Nosso caminho, afinal, é feito de uma porção de imperfeições e a beleza está em perceber que isso faz parte da existência de todos. A partir desse instante, você finalmente passa a reconhecer o que é verdadeiramente mágico e bom ao seu redor

E, vamos falar a verdade, se formos com a lente do ótimo por aí, nem Michelangelo escapa: as mãos do seu David, escultura exposta em Florença, são desproporcionais ao corpo. Nesse sentido, a perfeição como medida apenas nos torna infelizes. No livro A Cabana (Editora Arqueiro), de William P. Young, o protagonista da história marca um encontro com Deus e a Santíssima Trindade, na casa abandonada onde a filha de seis anos foi assassinada. Deus Pai, que na obra é chamado de Papai, é uma senhora negra de amplo sorriso que cozinha muito bem; Deus Filho é Jesus, um jovem de 30 anos com cabelos soltos que usa macacão de mecânico, e o Espírito Santo, uma linda mulher oriental. Lá, os quatro conversam sobre muitos assuntos, porém, mais do que tudo, sobre a importância do amor e do perdão nos relacionamentos. Nada ali sugere perfeição ou julgamentos, mas, pelo contrário, a aceitação daquilo

que consideramos imperfeito. “Tudo o que posso lhe oferecer é meu amor, minha bondade e o relacionamento que tenho com você”, diz Papai, sem cobrar nenhum tipo de perfeição. Agora, relaxe “Seja bom, o máximo que puderes”, repetia o padre florentino Filipe Néri a quem vinha confessar-se com ele. Não precisa ser perfeito. Apenas tente ser bom, já está ótimo. Filipe nunca desistiu de ninguém, nem mesmo do mais perverso malfeitor da Roma do seu tempo, o século 16. Seu imenso amor os transformava. E se alguém estivesse em dúvida entre o bem e o mal, ele aconselhava a dizer a nós mesmos: “Eu prefiro o Paraíso.” Isto é, prefiro o amor, a paz, a consciência limpa, mesmo que essa decisão aparentemente não favoreça ter o que tanto desejo. Antes a imperfeição feliz à perfeição que se torna fonte de angústia. Deguste o sabor dos momentos mágicos que a vida oferece na sua maravilhosa imperfeição. Você vai concluir rapidinho que isso não tem nada a ver com desejar obsessivamente o perfeito. Mas, sim, em relaxar, respirar fundo, estar presente e ser feliz. Liane Alves / Vida Simples Editora Caras / Abril Conteúdo

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Viver Bem

Falta de válvula de escape para emoções pode causar doenças

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essoas muito tensas, ansiosas, centralizadoras e que não conseguem extravasar seus sentimentos e sensações durante períodos de estresse. Esse é o perfil típico de pessoas que somatizam ou de que desenvolvem a doença psicossomática. Em ambos os casos, a pessoa reflete os seus conflitos psíquicos em problemas no corpo. É como se transformasse uma dor psico-


lógica em uma dor física. Na somatização, a pessoa sente sintomas variados, como tremores, dores e até manchas na pele, sem que o especialista constate causa específica. “A essência desse transtorno são os sintomas físicos, sem uma base médica constatável, e a persistência nas queixas, apesar de nada ser achado e de reasseguramentos pelos médicos de que elas não têm fundamento clínico”, explica o psiquiatra Leonard F. Verea. Já a doença psicossomática se traduz em enfermidades constatadas pelo médico e por meio de exames, como gastrite, infecções na garganta, alergias na pele. “Trata-se de uma forma de descarga para a tensão ou conflito interno”, explica a psicanalista Elizandra Souza. Segundo os especialistas,

essas disfunções ocorrem por dificuldade para lidar com certas situações do dia a dia. “Todas as pessoas acabam provocando mudanças no corpo ao enfrentar determinadas situações emocionais, principalmente as que produzem estresse e ansiedade”, afirma Verea. Segundo ele, o que muda é a intensidade e a frequência com que isso acontece — de eventos ocasionais a transtornos repetitivos, que acabam se tornando crônicos. “Dada vez que uma pessoa não consegue suportar no plano psíquico uma situação, acaba produzindo ou agravando sintomas e doenças que se manifestam no corpo”, diz. O organismo pode até chegar a perder suas defesas para doenças sérias, como câncer. Bárbara Souza Folhapress

Sintomas não devem ser ignorados

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enhuma dor ou sintoma persistente pode ser ignorado. O primeiro passo é procurar um médico para se certificar se realmente não há nenhum problema orgânico. “O próximo passo é pedir para fazer uma avaliação psiquiátrica”, afirma a psicóloga Eleonora Jabur Nowak. “Se tem motivo emocional, recomenda-se psicoterapia. O objetivo é que a pessoa aprenda a lidar melhor com certas questões”, afirma.

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Saúde & Bem-Estar

Idoso agressivo e com memória fraca pode estar com demência

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demência é uma doença caracterizada por uma série de alterações no comportamento do paciente, como perda da


memória, dificuldade para dirigir ou até a dizer coisas que ele não diria normalmente. Ela reúne um conjunto de sinais que pode estar associado a várias doenças, como o mal Alzheimer, e até mesmo ao baixo índice de algumas vitaminas no organismo, como a B12 e a D. O mais comum é que ela se desenvolva em pacientes com mais de 65 anos. De acordo com Ana Paula Peña Dias, neurologista do Complexo Hospitalar Edmundo Vasconcelos, em São Paulo, nem todo esquecimento significa que o paciente desenvolveu algum tipo de demência. “Qualquer pessoa, até mesmo os jovens, pode se esquecer de algo por causa do estresse, isso é normal”, explica. Segundo a geriatra Amábile Pandori, do Hospital Leforte, em São Paulo,também não quer dizer que essa síndrome só atinja idosos. “Uma pessoa jovem pode desen-

volver a demência, porque ela pode estar associada a vários tipos de doença, como o hipotiroidismo e a depressão”, diz.

aprender uma coisa nova, como estudar um idioma ou tocar um instrumento musical”, explica a geriatra. Léo Arcoverde /Folhapress.

Prevenção Alguns tipos de demência, como o alzheimer, desenvolvem- se em pacientes com predisposição genética (nasce com eles). Os medicamentos usados em seu tratamento servem para tentar impedir a evolução da doença. Mesmo nesses casos, segundo as especialistas, a melhor forma de retardar o surgimento desse problema é viver de forma saudável, combinando fatores como alimentar-se de forma balanceada e realizar atividades físicas regularmente. Segundo Amábile, o importante é manter-se física e mentalmente ativo. “A pessoa deve estar sempre em busca de

Doença pode ser descoberta por clínico

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descoberta da demência não é feita necessariamente por especialistas nas doenças mais comumente associadas a essa síndrome, como o psiquiatra e o neurologista. De acordo com os médicos, por estar associado a outros fatores, incluindo o baixo índice de algumas vitaminas no corpo, não é incomum que as alterações no comportamento sejam percebidas por um clínico-geral, durante uma consulta.

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Moda & Beleza

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Acerte o tom

s pessoas usam mulheres normalmente Especialistas maquiagem para fazem. Base, pó e correensinam como ficar mais bonitivo devem ser testados escolher a cor certa tas, mas há casos sempre no rosto”, ensina da maquiagem em que o tiro sai pela culaCinthia Cesário, treinadora tra e os errinhos acabam da Sephora. para não acentuar chamando mais a atenção A regra é simples: base as imperfeições para as imperfeições. A e pó devem ser da mesma da pele em vez de pele bonita, uniforme e cor da pele e tem de desaaveludada é básica, mas parecer após a aplicação. disfarçá-las requer cuidado na escolha Já o corretivo pode ser dos produtos. “A primeira um tom mais claro, para regra de ouro para achar o tom exato é nunca conseguir cobrir as imperfeições. “Assim testar as cores no dorso da mão, como as você garante a naturalidade da maquiagem. Divulgação

A atriz Eva Longoria erra ao usar corretivo muito claro

Afinal de contas, ninguém quer parecer que está realmente maquiada”, enfatiza Cinthia. Existem vários tipos de base – que é a responsável por uniformizar a pele. “Há a líquida de leve, média e intensa cobertura; a compacta; a em bastão e a mousse. Cada uma para um tipo de pele”, pontua Bernardo Lins, professor da área de beleza do Senac Santana, em São Paulo. O corretivo, usado apenas em áreas que precisam ser camufladas, como olheiras, manchas e marcas de espinhas, pode ser um pouco mais claro, mas não muito. “Se for muito claro o efeito será inverso e ele chamará mais atenção ainda para a olheira, por exemplo. A pessoa ficará com a chamada ‘olheira de panda’”, cita Cinthia. Depois vem a aplicação do pó, que diminui o brilho excessivo e dá aspecto aveludado à pele. “Ele sela a camada passada e precisa de uma superfície úmida para se fixar, que é a base”, diz o “make up artist” Thiago Alencar. “Quanto mais fino o pó, mais leve é o efeito e o acabamento na pele”, indica o maquiador Mauro Marcos, vencedor do prêmio Avon de Maquiagem 2014. Laís Oliveira / Folhapress.

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“Tá melhor que a gente!” O amor de dois velhos pode parecer estranho, mas o que há de errado em estar apaixonado aos 70, 80, 90? Mirian Goldenberg

Divulgação

Blogueira Carla Lemos é fã de tênis branco, por sua versatilidade e conforto

Deu branco! Por trazer versatilidade e conforto, o tênis branco é aposta certa no guarda-roupa; ‘looks’ podem ser mais despojados ou mesmo sociais

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onfortável e básico. Esses são os adjetivos que melhor se encaixam para descrever um tênis branco. A peça dá ao “look” um tom mais despojado e informal, e, por isso, virou queridinho no universo da moda. “O tênis branco é uma tendência há algumas temporadas, mas ganhou mais evidência com a recente febre esporte chique que se espalhou por desfiles e lojas. Eles podem ser de cano alto ou baixo e aparecer novinhos ou mais surrados”, explica a designer de moda Lari Maza. Para a estilista Paula Mosca, a tendência serve para homens e mulheres. “No caso deles, as combinações são mais básicas, com calças jeans e bermudas coloridas, mas a busca por conforto e estilo serve para ambos os sexos.” A blogueira e consultora de moda Carla Lemos, 29 anos, criou o site Modices (www.modices.com.br) há sete anos e tem no tênis branco a peça curinga ideal. “Ele é ótimo para viagens, pois com um tênis é possível fazer uma série de combinações.” A também fã de moda Claudia Citroni, 37 anos, criadora do site Dona de Mim (www.donademim.com.br), diz que adora usar tênis branco mesmo no ambiente de trabalho. “É possível aliar conforto e um estilo mais social. Gosto da combinação com calça pantalona.” Julia Couto / Folhapress.

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arnaval de 2015, zona sul do Rio de Janeiro, sábado, às 17h. Na calçada do shopping RioDesign, no bairro de Leblon, em uma das ruas mais movimentadas da cidade, um casal se beija apaixonadamente. Imediatamente se forma, ao redor do casal, um círculo com quinze adolescentes. Eles dão risadas, gritam, aplaudem alegremente. Uma jovem fantasiada de princesa grita: “Tá melhor que a gente!” Outro adolescente pergunta: “Será que eles são casados?” Uma garota responde: “Lógico que não, eles não usam aliança”. Durante alguns segundos o casal fica desconcertado com a situação inusitada. Não imaginavam que poderiam se tornar o foco de interesse de tantos jovens no meio do Carnaval carioca, onde milhares de outros casais também se beijavam, se abraçavam e protagonizavam cenas muito mais ousadas. Por que eles, que nem estavam fantasiados, chamaram atenção daqueles jovens? A mulher logo percebe o motivo e fica muito envergonhada. Ela se sente ridícula e quer fugir da situação constrangedora. Como dois velhos de mais de 60 anos têm a coragem de se beijar apaixonadamente em público? O homem de cabelos brancos ri muito e beija novamente a mulher. Ele a abraça carinhosamente e diz baixinho: “Você é linda, eu te amo muito e não tenho a menor vergonha de demonstrar o meu tesão por você. Você é o grande amor da minha vida”. Ele responde aos jovens: “Somos casados há 43 anos. Não precisamos de aliança para provar que nos amamos e que temos um compromisso de fidelidade e de cuidado um com o outro”. O primeiro beijo deles foi em 1968, no meio de uma passeata. Apesar de tantos anos de casados, eles ainda se sentem jovens e revolucionários. Eles ainda se desejam e fazem amor frequentemente. Eles ainda se beijam apaixonadamente, em público, como na primeira vez. Ele sente orgulho e admiração pela esposa e quer que os outros saibam disso. Ela se sente feliz por ser tão amada e desejada, mesmo depois de tantos anos de casamento. A garota vestida de princesa repete então a frase que fez sucesso e é ainda mais aplaudida pelos outros jovens que se juntaram ao círculo: “Tá melhor que a gente!” Afinal, quem não quer ser feliz e apaixonado aos 60, 70, 80, 90 e (por que não?) aos 100 anos? MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). www.miriangoldenberg@uol.com.br

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Janelas Abertas Gilka Bandeira

“C

Aventurosa manhã

hove chuva choverando / que a cidade de meu bem /está-se toda se lavando”. Diante de novo toró, repito os versos de Oswald de Andrade. As chuvas mil de abril vão se prolongando por maio a já mais de dois terços do mês e a previsão é de que a terra do meu bem continuará ainda se lavando. Itaparica já não é uma porção de terra cercada de água por todos os lados. É uma porção de terra cercada de água também por cima e por baixo, por toda parte, já se vê. Na orla, o mar inusitadamente bravio, transborda por sobre o cais juntando-se às poças da rua. No interior, sob o peso da vegetação encharcada, a ilha vai afundando, fazendo pipocar paralelepípedos das ladeiras, abrindo crateras no calçamento, gerando lagos e rios que tomam as margens das estradas e as ruas e entram porta afora das casas. Diria-se que os céus choram todas as tristezas do mundo, por isso não para de chover, já que são tantas as tristezas do mundo. Diria-se que os céus também, nos quer fazer chorar estas dores para nos comover, nos tornar mais sensíveis e mais fraternos. Que pena existir corações solitários precisados de afagos quando há tanta ternura em outros corações sem ter onde se espraiar! Que pena isto, que pena aquilo. E de pena em pena chega-se à lassidão e diante da janela fica-se, ora com o olhar perdido na paisagem velada atrás da cortina d’água, ora acompanhando os pequenos círculos concêntricos que se formam a cada pingo de chuva ao bater no chão, a se emendarem para compor a enxurrada que cascateia nos degraus da entrada da casa. Mas como não convém que a nostalgia seja encadeada sem intervalos para construção de nova ilusão com o que levar a vida, nem o choro ininterrupto sem espaço para o suspiro, hoje pela manhã, a chuva deu uma trégua para a nossa alegria uma vez que iríamos a Maragogipinho,

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onde Janaína faz sua pesquisa de mestrado. Saímos no contentamento do “ainda bem que o tempo melhorou”. Era uma manhã comum, dessas em que não há sinal do extraordinário e a gente segue seguro de que tudo correrá conforme queremos ou esperamos, sem saber o que nos aguarda no virar da esquina, ou no meio da estrada. E lá fomos nós inteiramente desavisados. Há poucos metros de casa, ao passar por um quebra-mola, ouvimos um miado que parecia vir do mato ao lado, mas o miado continuou perto e forte quando nos afastamos. De súbito o estalo: o gatinho estaria no carro. Onde? Ai, ai, ai, poderia estar em péssima situação, não queria ver. Aberto o capô, minha apreensão aumentou num susto quando Janaína levou as mãos ao rosto e disse “Ai meu Deus, é um gatinho”, aí é que não quis mesmo saltar do carro. Mas logo Mario disse que o bichano estava bem. Devia ter se abrigado da chuva sobre a tampa do motor. Assustado, se meteu num canto difícil de sair e ser retirado. O que fazer? A gente só via seus olhinhos e parte do focinho. Chamava-o, adulava-o e ele miando sem sair do lugar. Embora atrasados para o compromisso esperaríamos até que se acalmasse e pudesse sair. Nisto apareceram dois meninos de bicicleta oferecendo ajuda, pensando que o problema era com o carro. Resolveram tirar o gatinho de qualquer jeito. Eles esticando o bichinho e a gente gritando com medo que o machucassem. Por fim, tiraram-no pelas pernas e, para nosso espanto e indignação, o atiçaram longe. Felizmente caiu no mato e não no meio-fio. Ao constatarmos que ele ficara bem, seguimos viagem. Já na BA-001, nos impressionou a quantidade de ruas e casas completamente alagadas. Adiante vimos grossas colunas de fumaça. Logo não havia dúvida, era um protesto. Se estávamos impressionados com o efeito da chuva, a população estava revoltada. Paramos com a esperança de que o caso se resolvesse logo. Cadê a polícia que não chegava? Lá pelas tantas chegaram duas viaturas,

mas a fumaça continuou e a pista fechada. De um beco saíram homens carregando um grosso colchão para incrementar o fogaréu. Numa esquina, a zelosa mãe, encurvada, tirou as botas de borracha do filho, um marmanjo de uns 12 anos, enxugou-lhes os pés, um a um, vestiu as meias, calçou-lhe o sapato. E lá foi o rapazinho limpo e enxuto para escola sem nem um agradecimento. O tempo passava, surgiram vendedores de água e cerveja, que brasileiro não perde chance. Uma viatura voltou, o fogo continuou. Dei pra cantar para os males espantar. Nisto ficamos, até que vimos uma leva de manifestantes arrastando grossos galhos de mangueira para incrementar a barreira. Aquilo não teria hora para acabar e resolvemos retornar. Mas, rodado alguns quilômetros, demos de cara com outro protesto. Pronto, ficamos encurralados na estrada... Entramos numa ruazinha vicinal esperando encontrar saída. Um taxi teve a mesma ideia, tomando a dianteira. A rua era um estreito riacho de lama, sem pista das profundidades, entre corredor de casas. Fomos em frente, com o coração em suspense e os dedos cruzados. Em alguns trechos o fundo do carro raspava no chão ou no que havia sobre ele. Ao virarmos uma esquina, vimos o taxi parado. Atolou, pensamos. Porém o motorista saltou, foi à frente do veículo, tirou uma grande pedra do caminho, retomou a direção, seguindo sobre o buraco que ficou. E lá fomos nós atrás. Ao dobramos outra esquina com muito sacrifício, vez que era ainda mais apertada e um poste diminuía o ângulo de manobra, nos deparamos com dois carros vindos em sentido contrário, forçando a passagem. Tentamos dar ré, mas havia outro carro na retaguarda e que não podia retroceder devido ao buraco. Com muito malabarismo, os automóveis tirando finos de fio de cabelo, conseguimos passar, deixando a confusão maior atrás de nós. E a chuva choverando novamente... Enfim, ufa! saímos na rodovia além do segundo bloqueio. A tarde já começara quando chegamos em casa depois da intempestiva manhã, só não tão vã porque, ao menos, rendeu esta crônica.


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Como preparar o bife perfeito Ingredientes 1 bife de contrafilé com 1,5cm a 2 cm de altura; Flor de sal; Pimenta-do-reino moída na hora; 1/2 xícara (chá) de manteiga clarificada; 5 folhas de hortelã; 5 folhas de manjericão; 2 ramos curtos de alecrim. Modo de preparo PASSO 1 Corte o bife de contrafilé com até 2 cm de espessura. Deixe em temperatura ambiente por cerca de dez minutos antes de preparar, enquanto aquece uma frigideira com um fio de óleo até começar a esfumaçar PASSO 2 Misture a flor de sal com a pimenta moída em uma proporção de 2 para 1, respectivamente, e tempere o bife com essa mistura PASSO 3 Imediatamente após temperar, coloque o bife na frigideira bem quente. Sele cada lado da carne por cerca de dois minutos, até que ele fique com a marca da frigideira e forme uma pequena crosta por fora PASSO 4 Vire o bife, repetindo o processo duas vezes de cada lado; o tempo total de cocção é de aproximadamente oito minutos. Ao final, retire o bife da frigideira e deixe-o descansar

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PASSO 5 Coloque a manteiga clarificada na panela, adicione as ervas, um pouco da mistura de sal e pimenta e deixe fritar por cerca de 30 segundos: o suficiente para que a manteiga escureça, mas antes que as ervas percam muita cor. Fatie o bife e coloque em um prato, regando com a manteiga e as ervas (esq.). Dica: A manteiga clarificada é um alimento sem A lactose e as toxinas da versão tradicional e é muito usada pela culinária indiana. A vantagem é que ela não queima. Para fazer em casa, aqueça a manteiga sem sal em fogo muito baixo por alguns minutos. Quando começar a se formar uma espuma branca, desligue o fogo. A espuma deve ser retirada e descartada. Espere esfriar e está pronta para usar.

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n Crédito da receita: chef Ricardo Bertoni

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u não engrosso o coro dos que demonizam a tecnologia. Como por definição tecnologia é qualquer processo, objeto ou sistema que facilita a resolução de problemas, o simples mau uso é a causa mais provável de problemas atribuídos à tecnologia. Mas efeitos colaterais indesejáveis mesmo com bom uso são possíveis, claro. Uma dessas novas tecnologias cujos benefícios e malefícios já foram um bocado debatidos são os leitores eletrônicos. Irão eles acabar com a leitura? (Não; pelo menos lá em casa, nunca se leu tanto). Irão eles acabar com as editoras? (Nah,

os problemas delas antecedem os livros eletrônicos). Irão eles... acabar com nosso sono? Esta foi a pergunta que uma equipe de quatro pesquisadores da Universidade Harvard resolveu responder, trazendo voluntários para dormir no laboratório por duas semanas durante as quais eles passaram cinco noites lendo livros impressos, em luz ambiente, antes de dormir, ou cinco noites lendo em um iPad no escuro quase completo. A equipe mostrou que ler no iPad atrasa em mais de duas horas o pico de produção de melatonina, hormônio secretado pelo cérebro e que participa da regulação do ciclo circadiano, inclusive do horário de dormir, e ainda reduz em 50% a produção desse hormônio; atrasa o sono em dez minutos; tira outros 10 minutos do tempo de sono com sonhos por noite, embora não altere o tempo total de sono; e aumenta a sensação de sonolência na manhã seguinte. Soa péssimo, considerando que a redução de melatonina devido a exposição noturna a luminosidade intensa é associada a um maior risco de insônia e de ao menos três tipos de câncer.

Dito isso, vamos às ressalvas, antes que o leitor que curte ler seu Kindle por meia hora na cama antes cair no sono se sinta na obrigação de abandonar o aparelho. No estudo, os voluntários leram durante quatro horas -- repito, quatro horas -- antes de dormir, e por cinco dias seguidos. Para piorar, os que leram no iPad tiveram que usar a luminosidade máxima do aparelho. Soa como um experimento desenhado para criar a pior situação possível. Ok, anotado: não é uma boa ideia enfiar a cara numa tela ultrabrilhante por quatro horas seguidas todas as noites antes de dormir. Mas o que eu queria saber, o estudo não testou: se ler no escuro em um gadget que desliga sozinho quando você apaga é pior do que adormecer com o abajur ligado... SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com

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Cinco perguntas e respostas sobre reforma de pneus Saiba quais os benefícios, cuidados e o momento certo da recapagem

A

troca de pneus é uma atividade comum para qualquer tipo de veículo, mas é também um processo que gera altos custos, principalmente aos fro­tistas, que têm essa necessidade ampliada, se comparado a automóveis ou outros veículos. É por esse motivo que a reforma de pneus tem se tornado uma prática cada vez mais reconhecida no Brasil, o que faz o país estar entre segundo maior mercado de reforma de pneus do mundo, representando uma economia para o setor de transporte

Quando sei que já é hora de reformar os pneus? O desgaste máximo de um

pneu, considerado como limite de segurança, é de 1,6mm de profundidade dos sulcos. Abaixo dessa medida, o pneu já é considerado “careca”. Além disso, existe um indicador chamado TWI (um filete de borracha ressaltado entre os sulcos) para identificar este limite de desgaste. Quando a altura dos gomos atingir o TWI está na hora de reformar o pneu. A retirada realizada no tempo certo (com 3 mm ou mais), a carcaça do pneu fica preservada para ser reformada. É preciso considerar ainda, que a medição deve ser feita na raia com menor milímetro de sulco. É ela que vai determinar a hora da retirada do pneu, mesmo que as outras raias apresentem sulcos superiores. Inclusive, esse é o cri-

tério para aplicação de infrações de trânsito para os pneus “carecas”. Qual o benefício econômico quando opto pela reforma de pneus? O principal benefício é a geração de menor custo para o usuário final. O rendimento quilométrico de um pneu reformado é igual ou superior ao pneu novo, com o custo até 70% menor, sendo que, um pneu é reformado, em média, duas vezes, gerando três vidas para a carcaça. Essa economia ocorre, pois o material e a tecnologia empregados são feitas sob medida para atender a necessidade da operação de cada seguimento. Com isso, há redução dos custos das empresas, o que traz e benefícios para a comunidade em

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126 | Vilas Magazine | Junho de 2015


geral. Como, por exemplo, o menor preço nas passagens do transporte coletivo ou rodoviário. Como posso prolongar a vida útil dos pneus? É muito importante manter os pneus calibrados de acordo com a recomendação do fabricante e sempre calibrá-los em seu estado frio (em temperatura ambiente) ou depois de terem rodado no máximo três quilômetros. Se for calibrado depois que o carro rodou muito, o pneu estará com uma temperatura elevada e o ar de dentro estará expandido. Além disso, é importante verificar a geometria do veículo, como o alinhamento e balanceamento, realizar rodízio dos pneus a cada 10.000 km ou se for observado o desgaste irregular e, também, observar folgas de cubo, rolamento,

buchas e atravessamento dos eixos. A reforma de pneus é sustentável? Sim, pois tem uma demanda menor de utilização de recursos naturais não renováveis. Por exemplo, cada pneu reformado economiza aproximadamente 57 litros de petróleo na linha caminhão/ônibus e 17 litros na linha automóvel, o que gera uma economia total de 500 milhões de litros/ano de petróleo. Além disso, a reforma de pneus contribui para minimizar a geração de resíduos sólidos de difícil destinação e, consequentemente, ameniza o efeito do aquecimento global.

que possua o registro INMETRO. Esta é a garantia de que a empresa pode exercer a atividade. Sem a regulamentação, as reformadoras de pneus não poderão prestar este serviço e causam riscos ao consumidor ao oferecer um produto sem nenhum critério de segurança. Além disso, verifique a certificação da ISO 9001, e as garantias que a reformadora estabelece.

Quais os cuidados devo ter ao decidir reformar os pneus? O principal cuidado é que procure por uma reformadora de pneus

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Compra sem imobiliária exige cuidado com papelada Comprador deve checar documentos para evitar problemas com a justiça

A

pesar da possibilidade de economia, comprar um imóvel direto com o proprietário, sem os devidos cuidados, pode sair caro. “A papelada é enorme. E os documentos podem ser falsificados. É uma temeridade fazer isso sozinho”, afirma José Viana Neto, presidente do CRECI-SP (Conselho de Corretores de Imóveis de São Paulo). Caso o vendedor tenha dívidas, por exemplo, o futuro dono pode ser despejado e perder o investimento, diz Luciano Godoy, especialista em direito imobiliário da Fundação Getúlio Vargas/SP. Ele aponta que o comprador precisa checar certidões para saber se o dono do imóvel não está sendo processado na Justiça, ou corre o risco de ser considerado negligente e perder o apartamento. O imóvel ainda pode ter dívidas de impostos ou de condomínio. Litígios de família e disputas de herança também são comuns,

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bem como processos contra construtoras. Além de pagar a conta, o novo proprietário pode ficar com o imóvel encalhado, caso tente vendê-lo no futuro. “Depois da compra, o novo dono descobre que o prédio foi mal construído e tem defeitos na obra”, diz Godoy. Por isso, ao comprar direto com o dono é importante contratar um advogado de confiança – o serviço fica entre 1% e 5% do valor do imóvel. Já com imobiliária, a compra é considerada mais segura, pois elas costumam ter advogados. Na etapa final, auxiliam comprador e vendedor com a checagem das certidões. CAUTELA O comerciante Adherbal Fonseca, de 56 anos, já vendeu dois imóveis sem corretor. Em ambas, nem ele e nem o comprador tinham advogados. “Copiamos um padrão de contrato e deu tudo certo.” Apesar disso, ele prefere usar os serviços de uma imobiliária. “É mais cômodo e tenho acesso a mais clientes.” As empresas ficam responsáveis por mostrar e anunciar o imóvel, além da papelada.

Assim como na contratação de advogados, também é preciso ser cauteloso na escolha do corretor. Uma dica é verificar no site do Creci - Conselho Regional dos Corretores de Imóveis, se o profissional está regular. Mesmo assim, Godoy, da FGV, recomenda um advogado particular. “É uma compra complexa, decisão de uma vida inteira, e a imobiliária sempre está do lado do vendedor, que paga a comissão”. Para Viana Neto, do CRECI, a contratação extra é dispensável, pois o profissional já está submetido às regras legais, como o Código de Defesa do Consumidor. Marco Aurélio Luz, presidente de uma associação de mutuários em São Paulo, considera mais seguro fechar o negócio com uma imobiliária. “Os corretores podem ser responsabilizados pela venda”, explica. A possibilidade de responsabilizar judicialmente a imobiliária no caso de problemas, entretanto, não é consenso e varia de caso a caso. “Geralmente, o comprador processa o vendedor, e não a imobiliária. Vendeu e entregou, a parte dela está encerrada”, diz Godoy.


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Tribuna do Leitor Moradores pedem obras para Ipitanga Senhores, por favor, nos ajudem a sensibilizar a Prefeitura de Lauro de Freitas para intervir na rua Joaquim Cruz Rios Filho, Ipitanga e outras nas proximidades da Igreja do Divino Espírito Santo (fotos). A rua não é asfaltada e com as chuvas, estão se formando “cânions” e com isso deixando visíveis as tubulações de abastecimento de água da Embasa. Contamos com o apoio desse importante veículo de comunicação da nossa região. Ronady Reis.

Polícia Rodoviária Estadual completa 15 anos de atividades

para que as pessoas não cometam infrações que venham a comprometer a vida”, explica o comandante da PRE, tenente-coronel Alfredo Nascimento.

A Polícia Rodoviária Estadual (PRE) completou, este ano, 15 anos de existência, com atividades para garantir a segurança de condutores e passageiros nas rodovias que cortam o estado. Diariamente, 624 policiais atuam nos nove mil quilômetros de estradas que são de responsabilidade do órgão, realizando abordagens aos veículos. Durante as blitzes, além as vistorias nos automóveis, documentos do veículo e do condutor são verificados como forma de reduzir o risco de acidentes e combater o tráfico de drogas e de pessoas. “Temos como diretriz para o trabalho a educação, o trânsito e o enfrentamento. Orientamos e fiscalizamos para que a estrada seja um lugar mais seguro. Realizamos diversas campanhas educacionais

Conscientização As principais ocorrências registradas pela PRE são colisões de veículos, das quais mais de 70% dos casos são provocados pela falta de atenção do condutor. Segundo a capitã Maria Aparecida Vieira, além das ações desenvolvidas pelo órgão, a solução para a redução dos acidentes é a conscientização do próprio motorista. “É necessário que o condutor reavalie suas próprias atitudes. Não são suficientes os equipamentos e as fiscalizações se não houver mudança de concepção. Em maio fizemos o Maio Amarelo, por exemplo, objetivando mostrar ao condutor a gravidade de cometer infrações”, afirma a capitã. Camila Souza / GOVBA

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TÁBUA DE MARÉS


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