Vilas Magazine | Ed 198 | Julho de 2015 | 32 mil exemplares

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Uso de smartphones em salas de aula divide opini達o de educadores



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editorial

Entulho e responsabilidade A prefeitura de Lauro de Freitas está na obrigação de explicar por que algumas (assim mesmo, em negrito, para destacar que nem todas foram penalizadas) empresas que prestam serviços de remoção de entulho em Lauro de Freitas foram impedidas de descartar na Central de Podas e Entulhos, no Quingoma. Não bastava a longa batalha contra os carroceiros que descarregam entulho em qualquer terreno baldio pela cidade, a exemplo do que ocorre na rua Santo Antônio de Ipitanga, trazendo inclusive riscos à segurança de voo (leia VAI MAL, à página 8). Inviabilizar a atividade de algumas das empresas que faziam o descarte no local adequado serve apenas para estimular o recurso aos carroceiros numa cidade em que a prefeitura não é capaz de fiscalizar nem os absurdos mais evidentes, como o que se verifica na cabeceira da pista do aeroporto internacional. Afinal, “pau que dá em Chico, dá em Francisco”. Todos somos iguais perante a lei.

Asfalto e gratidão Lauro de Freitas já superou, faz tempo, a fase de curral eleitoral em que o governante de plantão posava de benfeitor ao cumprir suas obrigações básicas. Pelo menos já não se vê com tanta frequência as faixas de antigamente, mandadas fazer pelo próprio governante em que “a comunidade” agradecia o “favor” alcançado. Mas ainda hoje se esbarra em termos como “contemplar” determinado bairro com isto ou aquilo na comunicação oficial. Verbo transitivo direto, contemplar é “conferir a alguém alguma coisa, como prêmio ou prova de consideração”, ensina o dicionário. Não é o que ocorre quando os governos mantêm a infraestrutura urbana em condições mínimas de conservação: não é favor, é obrigação inerente ao cargo.

Transparência seletiva

Carlos Accioli Ramos Diretor-editor

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Causa espécie a proposta de “tamponamento do Rio Sapato para a criação de um bolsão de estacionamento”, apresentada por alguém durante uma das reuniões setoriais de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM). A pérola consta em ata, mas não foi incluída pela prefeitura no caderno de propostas recolhidas – o que também causa espécie.


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Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES 6 | Vilas Magazine | Julho de 2015

Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gra­ tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Auto-regulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­to­ri­al fornecido pela Agência Fo­lhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­­gazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.


Registros & Notas Premiação celebrada

A Pousada Ipitanga 4, localizada na praia homônima, em Lauro de Freitas, foi distinguida pelo serviço de reservas Booking.com o Awards of Excellence referente ao ano de 2014, alcançando a melhor nota, 9,2 entre todos os estabelecimentos hoteleiros da região. O feito ainda é comemorado entusiasticamente pelo empresário Gilberto Carvalho (esq. na foto) e sua equipe.

Coleta de lixo eletrônico A paróquia São João Evangelista de Vilas do Atlântico promoveu em junho, mês em que se comemora, no dia 5, o Dia Internacional do Meio Ambiente, um movimento de coleta seletiva do lixo eletrônico, mobilizado pelo pároco João Abel . Os equipamentos coletados serão doados para o Ilhas, projeto socioambiental que leva aulas de tecnologia à comunidade carente de Lauro de Freitas. O professor Henrique Moitinho, idealizador e coordenador do projeto Ilhas, esclarece que os alunos nas aulas, além dos cursos profissionalizantes, também abordam temas variados, como sustentabilidade. Equipamentos recuperados são utilizados nas aulas de informática e os não utilizados são encaminhados para a manufatura reversa de resíduos sólidos. Com os 120 alunos capacitados em 2015, o projeto Ilhas chega a 1320 alunos, entre jovens, adultos, idosos, mulheres vítimas de violência, surdos e deficientes intelectuais. O projeto, além da parceria com igrejas, associações, escolas e cooperativas, conta com o apoio da Prefeitura de Lauro de Freitas, através do Gabinete de Gestão Integrada Municipal.

Lauro de Freitas ganha mais um clube de Rotary t O governador do Distrito 4550 do Rotary, Danilo Santos, entregou a carta de admissão do novo clube de Rotary em Lauro de Freitas, empossando sua primeira presidente, Maria Maraglai Salgueiro Oliveira (centro), na foto com Marísia Lima (de vermelho) e Júlia Santos, presidente e sócia do RC Salvador Itapoã

O Rotary Internacional reconheceu e homologou em 25 de maio deste ano, o segundo clube rotário do município: o Rotary Club Lauro de Freitas Centro. A carta de admissão foi entregue pelo governador Danilo Santos, do Distrito 4550 do Rotary, em solenidade no espaço de eventos do restaurante D´Meg, empossando em seguida, os novos integrantes do clube e seu primeiro Conselho Diretor, formado por Maria Maraglai Salgueiro de Oliveira, presidente; Margarida Maria Oliveira, vice-presidente; Ruy José Amaral Adães, 1º secretário; Tatiana Maria Varjão Freire Corazza, 1º protocolo; Marina José de Almeida Adães, tesoureira; Bartolomeu Borba Fernandes, Guilherme Salgueiro de Oliveira, Márcia de Matos, Rosangela Ferreira de Oliveira Azevedo, Grazielle de Almeida Adães e Jean Darly Oliveira de Miranda, coordenadores. O novo clube se reúne às quintas-feiras, às 19 horas, no Restaurante D´Meg (Av. Gerino Souza Filho, 222).

Boa ação A Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas, por meio do Departamento de Acessibilidade, promoveu em junho, a formatura de mais uma turma do projeto Clicando e Aprendendo. Desta vez foram contemplados com o certificado, os alunos do curso de “Rotinas Administrativas”. A iniciativa que conta com a parceria do Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai) e da Associação de Pais e Amigos de Deficientes Auditivos de Lauro de Freitas (Apadalf), foi realizada na sede do Senai, na Luiz Tarquínio Pontes, Aracuí. Canja O Conservatório Mozart, comemorando 10 anos de funcionamento, abre inscrições para estudantes de música de fora da instituição, participarem da Orquestra Mozart, preferencialmente aqueles que tem como seu instrumento vi­

o­lino, viola, contrabaixo acústico, violoncelo, clarineta, flauta, oboe, fagote e percussão de orquestra. Interessados podem entrar em contato com a instituição pelo telefone (71) 3289-5986 para obter informações mais detalhadas. Julho de 2015 | Vilas Magazine | 7


MEMÓRIA da cidade / Vilas do Atlântico

Este time de arquitetos projetou Vilas do Atlântico. São eles (a partir da esq.): Alberto Fiúza, Assis Reis, Fernando Coelho, Maurício Roberto, Daniel Collina, Ubiratan Cardoso, Antonio Caramelo, Ivan Smarcevsky, Cezar Mendonça, Firmo Azevedo, Jader Tavares, André Sá, Ricardo Albuquerque, Othon Gomes e Fernando Peixoto. O cenário é um dos embrionários recantos do que seria o loteamento Vilas do Atlântico, no final dos anos 70. Se você tem fotos antigas que retratam a cidade e seus lugares, envie para nós. Esse espaço está aberto para resgatar a memória de Lauro de Freitas.

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Descarte de entulho em Ipitanga ameaça segurança aeronáutica

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rua Santo Antônio de Ipitanga, atrás do Centro Panamericano de Judô, virou depósito de entulho e lixo. São nada menos que 450 metros de via pública totalmente tomados por restos de obras e demolições, além de lixo doméstico. O acúmulo de detritos ao longo da rua já dificulta a passagem de veículos em alguns pontos e estimula a proliferação de ratos, mosquitos e outras pragas. A responsabilidade pela fiscalização na área é da prefeitura de Lauro de Freitas. Trata-se além disso, de uma tragédia anunciada para a aviação. O trecho em questão está exatamente na cabeceira da pista do aeroporto internacional, onde os urubus e outras aves atraídas pelo lixo representam uma ameaça à segurança das aeronaves que decolam naquele ponto. Vários aeroportos mantêm programas de controle de aves nas cabeceiras de pista, sendo proibido o acúmulo de detritos nessas áreas. Mais de 1,3 mil colisões de aeronaves com aves foram reportadas no país todo no ano passado. A possibilidade de uma tragédia é real porque o impacto

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de um urubu numa aeronave a 300 Km/h equivale a uma tonelada. De acordo com especialistas, se o choque acontecer na aproximação para pouso ou logo após a decolagem, como seria o caso em Ipitanga, as consequências são ainda mais graves. Uma resolução do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), de 1995, estabelece um raio no entorno de aeroportos como “área de segurança aeroportuária”. Nessa área não são permitidas atividades que resultem em “foco de atração de pássaros”, como matadouros, curtumes, culturas agrícolas que atraiam pássaros – e vazadouros de lixo, bem como qualquer atividade que possa acarretar risco à navegação aérea. Trecho da rua Santo Antônio de Ipitanga, que tem 450 metros tomados por entulho na cabeceira da pista do aeroporto


Cidade

Prefeitura recupera 1,3 Km de asfalto em Vilas do Atlântico Cerca de 1.300 metros de asfalto da avenida Praia de Itapoan foram recapeados pela prefeitura de Lauro de Freitas no mês passado. O trecho corresponde à distância entre a entrada principal do bairro e a esquina com a avenida Praia de Pajussara. A avenida tem 2,3 Km até a Praia de Copacabana. De acordo com a prefeitura, “o recurso viabilizado contempla toda a extensão da avenida Praia de Itapoan”, além da avenida Luiz Tarquínio (do marco de Vilas do Atlântico à entrada principal), ruas Priscila Dutra e Brigadeiro Alberto Costa Matos. Não há recursos financeiros previstos para a recuperação de outras vias dentro de Vilas do Atlântico. A recuperação do asfalto na avenida Praia de Itapoan exigiu a remoção dos quebra-molas ao longo de todo o trecho, levando os motoristas a aumentar a velocidade média de tráfego na via.

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Cidade

Revisão do Plano Diretor

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Propostas ao PDDM desafiam TAC de Vilas do Atlântico e orla da cidade

s “vias principais de Vilas do Atlântico” poderão, afinal, ter o uso do solo alterado para permitir a implantação de comércio em áreas que são hoje estritamente residenciais. A derrubada do muro da Rua Praia de Guadalupe pode ganhar respaldo legal e o Projeto Orla, com um novo calçadão, na área da União atualmente ocupada pelos jardins das residências, também ganhou fôlego novo. A própria orla pode ser transformada em área comercial e de serviços, com as “restrições urbanísticas da área de borda” revisadas.

Semanticamente ampla, a ideia poderia resultar na autorização para se construir prédios na beira da praia. Essas e outras propostas da prefeitura anteriormente recusadas por assembleias de moradores estão na pauta da revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) de Lauro de Freitas – agora

Reunião das comunidades de Vilas do Atlântico e outros nove bairros, no Centro: protesto contra o curto prazo do processo

formalmente subscritas pelos participantes das reuniões setoriais e com as comunidades – podendo ser aprovadas e virar lei ainda este mês. A ideia excêntrica do “tamponamento do Rio Sapato para a criação de um bolsão de estacionamento” também foi apresentada um uma das reuniões, constando em ata, mas não foi incluída pela prefeitura na relação final a ser apresentada em audiência pública. Todo o processo terá sido concluído em apenas 32 dias, contados a partir da publicação do edital de convocação no Diário Oficial do Município, em 9 de junho. Todas as reuEdmar de Paulo

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niões setoriais em que as propostas foram recolhidas foram realizadas no mês passado – inclusive sob protesto da Associação de Moradores de Vilas do Atlântico (Amova), que exigiu tempo para dar conhecimento do processo aos moradores e discutir propostas. “A sociedade precisa de tempo para se preparar” para a discussão, defendeu Janaína Ribeiro, presidente da entidade, ao pedir o adiamento de uma das reuniões. O calendário adotado pela prefeitura impediu que o tema fosse abordado pela Vilas Magazine. Quando o processo de revisão foi anunciado, a edição de junho já estava fechada e não foi possível informar aos mais de 100 mil leitores em Lauro de Freitas (tomando-se em média três leitores por exemplar ao longo do mês que a edição circula, além da edição virtual) que o PDDM passaria por uma revisão. Quando esta edição chegar às ruas restará apenas a audiência pública final. A Salva (Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico) também se posicionou, por escrito, pelo adiamento

da reunião que devia recolher propostas de Vilas do Atlântico e outros nove bairros ao mesmo tempo, na Casa do Trabalhador, Centro. Informalmente votada e aprovada por ampla maioria naquele momento, a reivindicação não foi atendida. Com a intervenção do vereador Lula Maciel, ficou combinada a realização de novas reuniões no Aracuí (7 de julho na sede da associação de moradores), em Vilas do Atlântico (8 de julho no Vilas Tenis Clube) e no Parque São Paulo, em Itinga (9 de julho na associação de moradores), sempre às 19h. Entretanto, a primeira audiência pública já aconteceu, em 27 de junho, com a pauta de propostas anteriormente fechada. A segunda audiência pública está programada para as 9h do dia 11 de julho, no Ginásio Municipal de Esportes, no Centro. Há mais de dois anos o prefeito Márcio Paiva (PP) havia revelado a intenção de rever o PDDM. O processo foi disparado agora, cerca de um mês depois de o Executivo ter tentado, mais uma vez, alterar o

zoneamento de Vilas do Atlântico por meio de lei ordinária. O vereador Antônio Rosalvo (PSDB), presidente da Câmara Municipal, devolveu o projeto ao prefeito argumentando ilegalidade. “É evidente que esse projeto de lei indiretamente altera o PDDM, portanto não pode tramitar da forma que foi enviado à Câmara e por isso o devolvi ao prefeito”, disse Antônio Rosalvo em comunicado. O presidente da Câmara já havia devolvido ao Executivo outro projeto de lei, também este ano, pelos mesmos motivos. Qualquer alteração ao PDDM exige a prévia realização de audiências públicas com ampla participação da sociedade, além de estudos técnicos. Formalmente uma coleção de boas intenções, com diretrizes como a implantação do sistema de esgotamento sanitário, que depende de recursos inexistentes (leia à página 18) e a construção de uma marina em Buraquinho, o PDDM tem efeitos práticos e imediatos é mesmo no uso e ocupação do solo urbano, um aspecto que afeta diretamente a sustentabilidade e a qualidade de vida. u

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Cidade

Em entrevista à Vilas Magazine publicada em abril de 2013, o prefeito admitiu a possibilidade de propor a elevação do gabarito máximo dos prédios de nove para 15 pavimentos. Depois o prefeito negaria que a revisão do Plano Diretor fosse incluir modificações relativas à verticalização. A alteração seria principalmente para tratar de “áreas turísticas, para construção de hotéis”, afirmou então. O PDDM em vigor classifica como área turística toda a orla de Lauro de Freitas e a maior parte do bairro de Buraquinho. Vilas do Atlântico, entretanto, incluindo a sua orla, está protegido pelo Termo de Acordo e Compromisso (TAC) do loteamento, com uso do solo previsto em lei própria e no artigo 59º do PDDM em vigor: “Fica mantida a Lei Municipal nº 928, de 11 de agosto de 1999, que institui o Zoneamento de Uso do Solo no Loteamento Vilas do Atlântico e do Condomínio EcoVilas”. Uma das propostas para a revisão do Plano Diretor, apresentada pela Amova e incluída na pauta, é precisamente a “manutenção do Art. 59º do PDDM, sem alterações”. Outra prevê a “prevalência dos

Reunião com moradores de Itinga e Parque São Paulo, na Escola Municipal Dois de Julho (acima). Reunião com moradores de Areia Branca: destacada do Quingoma a pedido dos participantes (dir.)

Viviane Sales

TAC dos loteamentos”. Consta da pauta também a “retirada das divergências existentes no corpo do PDDM que vão de encontro aos TAC dos loteamentos de Lauro de Freitas e à Lei de Uso do Solo de Vilas do Atlântico” – uma referência à atual “zona de interesse turístico” da orla do bairro, que é área estritamente residencial. As propostas que vão em sentido oposto às da Amova – para alterar o zoneamento

de Vilas do Atlântico até mesmo na orla – partiram de uma reunião com empresários, realizada no dia 2 de junho, uma semana antes da publicação do próprio edital de convocação para as audiências públicas. A “abertura de novas vias permitindo o acesso entre Vilas do Atlântico, Ipitanga e Buraquinho” é outra das ideias apresentadas pelos empresários. Foi também entre eles que surgiu a ideia do “tamponamento do Rio Sapato para a criação de um bolsão de estacionamento”. A lista de presença da reunião, disponibilizada pela secretaria de Planejamento, aponta a participação de 41 pessoas, cinco delas identificadas como funcionários da prefeitura. Ao todo a prefeitura recolheu 554 propostas cuja discussão deve acontecer nas duas audiências públicas planejadas. Para se tornar lei, a revisão do PDDM ainda precisa

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Nossa Opinião

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ser aprovada na Câmara Municipal a partir de projeto a ser apresentado pelo Executivo. O Legislativo também pode convocar audiências públicas suplementares e modificar o projeto de lei a partir delas.

or muito que o processo de revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM) tenha sido conduzido dentro das exigências legais – o que caberá a outras instâncias eventualmente verificar – é no mínimo lamentável que o anúncio das audiências públicas tenha sido feito por meio de editais formais publicados no Diário Oficial do Município e em um diário de cidade vizinha à nossa, em meio a vários outros de natureza diversa – já depois de iniciadas as reuniões setoriais e a meros 30 dias da audiência pública final. A prefeitura garante que outdoors, faixas e carros de som foram utilizados para divulgar as reuniões antes que elas acontecessem, além da “divulgação constante nas redes sociais oficiais da prefeitura e socialização espontânea nas redes pessoais dos servidores”. Só não teria sido má ideia guardar distância de alguns meses, algumas semanas, no mínimo, entre o anúncio do processo e as reuniões e audiências de revisão do PDDM, permitindo (ainda) mais ampla participação popular. Afinal, qual é a pressa? Ao planejar a divulgação de tão relevante processo, nada – de forma

alguma – obriga a prefeitura a levar em conta o cronograma de edição da Vilas Magazine, único veículo impresso regular da cidade, há 16 anos em circulação, com tiragem auditada de 32 mil exemplares e alcance esti-

Reprodução da página de editais de diário da capital onde consta o anúncio da prefeitura de Lauro de Freitas

mado em mais de 100 mil leitores – uma circulação muito superior à de qualquer diário da capital na praça de Lauro de Freitas. Para alcançar a mais ampla participação popular no processo de revisão do PDDM o prefeito Márcio Paiva poderia também lançar mão dos meios de propaganda que usou, por exemplo, durante a campanha eleitoral. Resultou positivo. Afinal, elegeu-se.

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fotos: Viviane Sales

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Saulo Fernandes é destaque no São João de Lauro de Freitas

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Praça da Matriz, no Centro, ficou lotada nas noites de festa de São João, com atrações cujo ponto alto foi a apresentação do cantor Saulo Fernandes, com seu espetáculo “Saulo canta Gonzaguinha”. O prefeito Márcio Paiva destacou “o resgate da cultura nordestina que tanto precisa ser fortalecida”. A festa foi bancada pela prefeitura de Lauro de Freitas. A programação teve início na segunda-feira, dia 22 e se estendeu até o dia 24. Mais de 15 atrações passaram pelo palco, nos três dias de festa na Praça da Matriz. FOTOS: j Quadrilhas tradicionais também tiveram espaço na praça k Apresentação de Saulo Fernandes lota a Praça da Matriz, no Centro l Prefeito Márcio Paiva e a esposa, Adriana Paiva: “resgate da cultura nordestina”

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Cidade / Meio Ambiente

Rio Sapato deverá receber esgoto da Lagoa da Base

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mais certo é que Vilas do Atlântico passe a receber no rio Sapato a maior parte, senão todo, o esgoto doméstico não tratado da comunidade da Lagoa da Base – mesmo que a Conder (Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia) cumpra os pressupostos do alvará da prefeitura de Lauro de Freitas para a obra de drenagem daquela área. O lançamento de esgoto na rede de água pluvial é uma das consequências mais temidas da obra que a Conder vem conduzindo. Para resolver os crônicos problemas de alagamento na Lagoa da Base, a autarquia estadual decidiu direcionar a drenagem para o rio Sapato, em bacia hidrográfica diferente do rio Ipitanga, que seria o destino natural naquela região. O projeto de drenagem da Lagoa da Base não inclui o tratamento de esgoto doméstico – e nem há verba prevista para isso – apesar do alvará concedido pela prefeitura de Lauro de Freitas para a obra estabelecer essa obrigatoriedade. O problema é que, mesma na hipótese de vir a ser construída uma estação de tratamento de esgoto na Lagoa da Base, ainda seria necessário que os moradores daquela comunidade interligassem as suas moradias à rede pública de coleta de esgoto. De acordo com uma projeção do Instituto Trata Brasil para as maiores cidades do país, mais de 3,5 milhões de brasileiros despejam de maneira irregular o seu esgoto, mesmo que em frente às suas casas passe uma rede coletora apropriada para esse serviço. Em parceria com a OAB, o Instituto consultou as concessionárias de saneamento de 47 grandes cidades. Juntas, elas têm 43 milhões de habitantes ou mais de 21% da população do país. A partir dos dados levantados, foi feita a projeção para cem municípios. O esgoto irregular dessas 47 cidades, de 14 Estados diferentes, seria capaz de encher uma piscina olímpica a cada dois minutos e meio.

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A responsabilidade de ligar o imóvel à rede pública de esgoto é do dono. Mas o brasileiro não se regulariza porque não quer pagar a tarifa desse serviço, aponta o estudo, a partir das respostas dadas pelas concessionárias. Na Bahia, o serviço de esgoto acrescenta 80% à conta de água de cada domicílio. O segundo principal motivo para que a população não se conecte à rede é a falta de informação: muita gente simplesmente não sabe que o seu imóvel está lançando esgoto irregularmente. Logo depois estão a falta de multa e o fato de o dono do imóvel não querer danificar o piso com a obra. Outro fator muito relevante na Bahia em geral e em comunidades menos favorecidas em particular – como na Lagoa da Base – é o custo da obra de interligação à rede pública de esgoto, que corre por conta de cada um. A maioria das famílias não tem como pagar por isso ou tem outras prioridades, bem mais urgentes. O coordenador técnico da pesquisa, Alceu Galvão, critica os que fogem da despesa: “as pessoas pagam por um celular caro, mas não querem pagar para que seu esgoto seja coletado e tratado”, disse. A fiscalização cabe às prefeituras, mas muitos municípios não têm sequer legislação específica sobre o tema ou apenas não fiscalizam o despejo de esgoto. Além disso, 42% das concessionárias disseram que nas

cidades em que atuam não existem sanções ou multas para essa prática. Em Lauro de Freitas muitas vezes, ao longo dos anos, se falou em tamponar as saídas diretas de esgoto para os cursos d’água, mas as diversas administrações públicas nunca chegaram a atuar nesse sentido. O tamponamento causaria o refluxo dos dejetos para dentro das residências. Mesmo que isso fosse feito, restariam as descargas clandestinas de esgoto na rede de água pluvial, que também acabam nos rios da cidade. Muita gente acredita que é correto e legal lançar esgoto na rede de água pluvial. Enquanto a população não se conecta às redes públicas de esgoto, os dejetos são jogados sem tratamento nos rios. O esgoto acaba diretamente no rio ou vai para fossas rudimentares, que contaminam o lençol freático. Em Lauro de Freitas, que só tem rede de esgoto numa pequena área de Itinga, não é conhecido o estado geral das fossas sépticas. “O impacto na qualidade da água é direto”, afirma Galvão. O problema desdobra-se também em perdas econômicas. As concessionárias dos 47 municípios da pesquisa deixam de arrecadar entre R$ 543 milhões e R$ 925 milhões por ano – um valor que poderia ser investido no próprio saneamento básico e na recuperação de mananciais. A conclusão das obras do Sistema de Esgotamento Sanitário (SES) de Lauro de Freitas, que continua sem prazo à vista, também não eliminaria automaticamente o problema. Mesmo que o SES venha a ser construído um


Lagoa da Base: solução para alagamentos deve agravar poluição do Sapato. Na outra pág.: Lançamento de esgoto via rede pluvial no rio Sapato: o que é ruim vai piorar

dia, os moradores terão que fazer as interligações à rede para sanear os rios. A Embasa já aconselhou a administração municipal a notificar todos os moradores suspeitos de lançar esgoto no rio, além de exigir o recuo legal das construções em relação ao leito. Em Vilas do Atlântico, o leito original do rio Sapato deveria ser reposto, com a substituição das manilhas por pontes que permitam o fluxo normal do curso d’água. SES de Lauro de Freitas A obra do Sistema de Esgotamento Sanitário de Lauro de Freitas, com retomada prevista para o ano passado, continua parada sem que a Embasa tenha franqueado maiores informações ao público. A ideia era priorizar a construção do interceptor – o

duto que vai percorrer a avenida Luiz Viana Filho, a Paralela, até ao emissário submarino de Jaguaribe, em Salvador. Depois de anos de paralisação por conta de questões judiciais, a empreitada foi novamente licitada no ano passado. A Embasa já havia tentado licitar a obra anteriormente, mas nenhuma empresa se interessou pela empreitada – que agora vai sair por quase 65% a mais. De acordo com Júlio Mota, superintendente de Assuntos Regulatórios da Embasa, o custo total subiu de R$ 170 milhões para R$ 280 milhões. A rede local propriamente dita estava anteriormente orçada em R$ 68 milhões, projetada para atender mais de 300 mil habitantes – um cenário previsto para 2030. Os recursos são da própria Embasa e do Fundo

de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), gerenciados pela Caixa Econômica Federal. Como o custo aumentou, mas a verba disponível continua do mesmo tamanho, o projeto foi dividido em três etapas. Só uma delas poderia ser tocada de imediato. Das cinco bacias, apenas a do Picuaia seria completada na primeira etapa. Foi também nessa bacia, que abrange a região de Itinga e parte do Caji, que as obras começaram em 2011. O prazo de conclusão, já invalidado, seria de mais dois anos. Como o interceptor para Jaguaribe e a finalização da bacia do Picuaia vão custar mais de R$ 100 milhões, do total disponível restariam ainda R$ 45 milhões que a Embasa estava estudando em que bacia aplicar. Essa seria a segunda etapa, a contratar a partir de janeiro de 2015. Os R$ 110 milhões que faltam terão que ser captados para executar uma terceira etapa. No ano passado, quando ainda não haviam sido revelados os problemas fiscais do governo federal, a Embasa acreditava que não haveria dificuldades para obter a verba que falta. “Não tem faltado dinheiro para saneamento”, verificava Julio Mota. As obras do Sistema de Esgotamento Sanitário de Lauro de Freitas foram anunciadas há sete anos e iniciadas em 2010. Interrompidas logo depois, com o rompimento do contrato com o consórcio responsável pela empreitada – que não progredia, de acordo com avaliação da Embasa. O consórcio recorreu do rompimento de contrato, conseguindo liminar favorável e dando início a uma questão judicial resolvida apenas em 2014. Beneficiada com R$ 170 milhões de um programa de saneamento do governo federal em 2009, Lauro de Freitas deveria ter 95% dos domicílios interligados à rede de esgotamento da Embasa em 2011, quando as obras estivessem concluídas. O projeto, coordenado pela Secretaria de Desenvolvimento Urbano do governo estadual, prevê a construção da rede coletora de esgotamento sanitário do município e sua ligação ao emissário submarino de Jaguaribe, em Salvador, através de um duto a implantar na avenida Paralela. Está prevista a implantação de 287 quilômetros de rede coletora de esgoto, 25 estações elevatórias (bombas), 33 quilômetros de linha de recalque (ligação da rede ao interceptor da Paralela) e 40 mil ligações domiciliares. u Julho de 2015 | Vilas Magazine | 17


Cidade

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Poluição identificada

s pontos de descarte ilegal de esgoto doméstico no rio Sapato, alguns deles identificados pela própria Embasa durante visita de inspeção à cidade, continuam operantes. Ao contrário do que é mais comum pensar, a ausência de uma rede de esgotamento sanitário não autoriza o lançamento de esgoto in natura diretamente nos rios ou através da rede pluvial. A solução passa pela manutenção de fossas sanitárias ou a instalação de pequenas estações de tratamento de efluentes (ETE), que o município deve exigir e fiscalizar. De acordo com a lei federal número 9.605, lançar esgoto não tratado em cursos d’água constitui crime ambiental punido com até cinco anos de prisão. Quando ocorreu mais uma das usuais mortandades de peixes no rio Sapato, a Vilas Magazine publicou nova reportagem mostrando que a secretaria municipal de Meio Ambiente começaria a notificar os poluidores (edição 169, fevereiro de 2013). Uma análise laboratorial encomendada pela revista ao Senai-Cetind apontou a existência de 15 mil UFC (Unidades Formadoras de Colônias) de coliformes termotolerantes (ou coliformes fecais) por 100 ml de água – 15 vezes acima do aceitável para rios como o Joanes e o Ipitanga, pelos parâmetros do Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos (Inema) para o Programa Monitora, que avalia a qualidade da água nos rios. No rio Sapato, o limite de tolerância é mais elevado por se tratar de outra categoria de curso hídrico, cuja água não é destinada ao abastecimento humano – mas ainda assim já está muito acima do limite.

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Mirela Macedo propõe alterações ao Código Tributário do município HELTON OLIVEIRA

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ervidor municipal de baixa renda, creches e escolas conveniadas com a prefeitura e imóveis com valor venal de até R$ 80 mil reais podem ficar isentos do Imposto Predial de Propriedade Urbana – IPTU caso seja sancionado sem vetos o projeto de lei nª019/2014, que reformula o código tributário de Lauro de Freitas. As emendas apresentadas pela vereadora Mirela Macedo (acima) garantem isenção do imposto dentro de uma concepção social da tributação, chamada pela vereadora de justiça tributária. De acordo com vereadora, a iniciativa permite que cada cidadão contribua de acordo com a sua condição econômica, podendo livrá-los de uma possível inscrição nos órgãos de proteção ao crédito, como SPC e SERASA, já que a nova legislação pode incluir os inadimplentes na lista dessas empresas. As emendas da vereadora ao projeto de lei também devem garantir isenção de IPTU ao imóvel de empresa pública municipal; de entidades religiosas com destinação à assistência social, além de imóveis de militares e membros da marinha que tenham participado da Segunda Guerra Mundial. Para a vereadora, suas emendas “contribuem para o ideal de justiça distributiva, medida necessária para a construção de um estado ideal, buscando a formação de uma sociedade livre, justa e solidária”.

Nossa Opinião

A irrelevante administração pública

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baixa qualidade dos serviços públicos não é fenômeno sobrenatural, mas muito humano: deriva diretamente da inadequação da mão de obra empregada. Em vez de profissionais especialistas nos diversos setores, o que vemos nas chefias da função pública, via de regra, é gente despreparada cuja prioridade é “fazer política”, como se política fosse isso. Em Lauro de Freitas como no resto do país, a exemplo do próprio governo federal, sapateiro cuida de fazer pão, padeiro faz cimento e pedreiro monta sapato. Isso quando o sujeito tem alguma profissão definida – e pastor evangélico não é profissão. O resultado só não é ainda pior porque abaixo dos senhores “políticos” trabalham profissionais concursados e preparados para não deixar a situação resvalar de vez. O toma-lá-dá-cá de votos por cargos e emendas que vigora no Congresso Nacional é uma instituição brasileira, todos sabemos. A situação

é tal que ninguém mais se preocupa em acompanhar os nomes que estão à frente deste ou daquele ministério, desta ou daquela secretaria municipal. Tornou-se irrelevante identificar o sujeito porque o sujeito pode ser qualquer um. Basta atender aos interesses “políticos” do Executivo de plantão. Por isso e em homenagem à inteligência do leitor, não vamos aqui declinar os novos nomes da prefeitura municipal em várias secretarias. Mas vamos lamentar profundamente a perda de profissionais, como o Major PM Moyses Mustar, especialista em trânsito, exonerado da secretaria de Trânsito, Transporte e Ordem Pública depois de a ter transformado num órgão competente da prefeitura – de longe o mais eficiente, apesar de todos os crônicos problemas do setor. Ao cidadão resta conformar-se com o triste rumo que a situação vai tomando. Ou aproveitar a ocasião para ganhar consciência e exigir respeito nas próximas eleições.

Emenda de Naide Brito impede que nome do contribuinte seja negativado

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menda supressiva da vereadora Naide Brito (PT) impediu que fosse aprovado no novo Código Tributário de Lauro de Freitas, a cobrança de débito por meio de negativa de crédito. O projeto de lei do executivo autorizava o município a celebrar convênios com entidades de direito público e privado, a exemplo do SPC e Serasa, visando a utilização recíproca de dados disponíveis em cadastros. Com a emenda, a vereadora Naide Brito (dir.) descarta a possibilidade de que o nome do contribuinte inadimplente seja incluso em cadastros de restrição ao crédito.

A vereadora argumenta que o poder público conta com mecanismos legais, entre eles a Lei de Execução Fiscal, para recuperação de créditos tributários sem necessidade de medida tão onerosa e desproporcional. “Incluir o nome do contribuinte em cadastros restritivos de crédito é ato abusivo e ilegal”, conclui. Julho de 2015 | Vilas Magazine | 19


Cidade

Novo edifício na Estrada do Coco vai atrair milhares de pedestres ao local

Movimentação de pedestres na Estrada do Coco exige passarelas

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uma cidade em que se concede alvarás de funcionamento sem exigir a oferta de vagas de estacionamento em quantidade suficiente, preocupa a iminente inauguração de um “call center” de uma instituição federal em um novo prédio comercial na Estrada do Coco. O problema desta vez não será estacionar carros, mas garantir segurança à movimentação de pedestres: cerca de 1.500 pessoas devem ser contratadas pelo “call center”.

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Uma das medidas mais óbvias diante dessa expectativa de movimento é a construção de uma passarela elevada para pedestres no trecho da Estrada do Coco em frente ao novo edifício, local onde existe grande fluxo de travessia de pedestres. Entretanto, nem mesmo a passarela prevista para o Km 0, que é prioritária, foi ainda construída. A prefeitura instalou no local uma estrutura tubular que deveria ser provisória.

A responsabilidade pelo equipamento da Estrada do Coco no trecho de Lauro de Freitas, que era do DER-BA, passou a ser da prefeitura desde abril do ano passado. O uso do trecho foi cedido pelo Governo da Bahia até 2019, sem qualquer contrapartida. A prefeitura de Lauro de Freitas aceitou os encargos de manter o trecho de rodovia com recursos próprios, ficando responsável também pela fiscalização, operação e sinalização de trânsito. Com um volume de tráfego estimado pela prefeitura em cerca de 100 mil veículos por dia, é nesses 7,5 Km que acontecem 40% de todos os acidentes registrados na malha rodoviária estadual, muitos deles com atropelo de pedestres.


OPORTUNIDADE

Samsung abre inscrições para 2ª edição do concurso educacional Respostas Para o Amanhã

É querer demais? Não quero um homem que não me ligue, não seja amigo, não ria, que me compare com as mais novas, que não me ame

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lunos do Ensino Médio de todo o Brasil podem inscrever seus projetos inovadores no concurso “Respostas Para o Amanhã”, promovido pela Samsung. A competição nacional tem como objetivo desafiar os jovens a propor ideias e a implementar planos criativos, que solucionem problemas da sociedade, por meio da aplicação dos conhecimentos adquiridos nas aulas de matemática, ciências e lógica. As inscrições devem ser feitas até o dia 20 de setembro, pelo site www.respostasparaoamanha.com.br No endereço virtual, os interessados podem acessar o regulamento completo do concurso e conhecer todos os detalhes para participação. Em sua segunda edição no Brasil, o ‘Respostas para o Amanhã’ tem a coordenação geral do Cenpec – Centro de Estudos e Pesquisas em Educação, Cultura e Ação Comunitária. A Samsung conta ainda com o apoio da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO) e da Rede Latino-americana de Organizações Sociais para a Educação (REDUCA), entre outros parceiros regionais e locais.

u DISCIPLINA Esta imagem está bombando desde junho nas redes sociais, mexendo com fãs de cachorros no mundo. A foto mostra uma fila de seis cães esperando pelo almoço e segurando os pratos entre os dentes. O registro foi feito em uma academia de policiais da China e depois de ser compartilhada no fórum Reddit, acabou ganhando destaque em diversos sites de notícia. A concentração dos animais é visível pelas orelhas em pé dos últimos cinco animais. “Um bom cão policial precisa de quatro coisas para ser realmente bom: olhar muito atento, grande apetite, coragem e muito ‘ciúme’ de suas coisas, uma possessão por seus objetos. Podemos ver muito isso na foto”, afirma um treinador de cães policiais do local onde foi tirada a foto. (DOL com informações do Yahoo).

Mirian Goldenberg

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ão quero um homem que não reconheça que sou diferente, especial, única. Não quero um homem que não me valorize, admire, respeite, elogie, sinta orgulho de mim. Não quero um homem que não seja carinhoso, romântico, atencioso, delicado, gentil, como se fosse sempre a primeira vez. Não quero um homem que não seja louco por mim, não tenha tesão só por mim, não seja fiel. Não quero um homem que desapareça sem dar explicação. Não quero um homem que não ligue depois de transar comigo. Não quero um homem que me ignore. Não quero um homem que não saiba abraçar, beijar, fazer massagem. Não quero um homem que não converse, não escute, não tenha interesse por minhas coisas. Não quero um homem que não seja o meu melhor amigo. Não quero um homem que não me ache linda, gostosa, sensual, inteligente, interessante. Não quero um homem que não me faça rir. Não quero um homem que não ria das minhas brincadeiras. Não quero um homem que não chore. Não quero um homem que não me aceite do jeito que eu sou. Não quero um homem que me critique o tempo todo. Não quero um homem que diga que se sacrifica por mim. Não quero um homem que não me chame de meu amor, minha princesa, minha mulher. Não quero um homem que não sinta saudade. Não quero um homem que me deixe insegura. Não quero um homem que me compare com mulheres mais jovens, mais bonitas, mais gostosas. Não quero um homem que me faça sentir invisível, transparente, rejeitada, desprezada, humilhada, vulnerável, desprezível, deletável, descartável. Não quero um homem cafajeste, covarde, medroso, fraco, babaca, mulherengo, galinha, machista, desrespeitoso, desagradável, violento, chato, grosseiro, superficial, mentiroso, egoísta, canalha, burro, preconceituoso. Não quero um homem que me faça acreditar que estraguei tudo por causa de uma bobagem. Não quero um homem que me deixe culpada sem saber onde foi que errei. Não quero um homem que me trate como uma mulher qualquer. Não quero um homem que preste atenção em rugas, celulites e quilos a mais. Não quero um homem que não me deseje como quero ser desejada. Não quero um homem que não me ame do jeito que preciso ser amada. Não quero um homem que não seja só meu. É querer demais? MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). www.miriangoldenberg@uol.com.br

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fotos: divulgação

Região / Geral

Exposição interativa no Memorial Irmã Dulce une sustentabilidade e fé

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aixa de panetone, garrafa pet, papelão, embalagem de café. Objetos que poderiam parar no lixo tornaram-se matéria-prima da exposição “O Meio Ambiente Agradece e o Sagrado Abençoa”, em cartaz no Memorial Irmã Dulce (Avenida Bonfim, 161, Largo de Roma). A mostra homenageia 24 santos populares, como São Cosme e São Damião, Nossa Senhora Aparecida, Nossa Senhora da Conceição, Senhor do Bonfim, São Francisco de Assis, São João e Santa Rita de Cássia, com altares confeccionados com uma diversidade de materiais recicláveis que remetem à história de cada santo. A mostra fica aberta em visitação, com entrada franca, de terça a domingo, das 10h às 17h, até 23 de agosto. Conhecido por mandar chuva para os agricultores, São José, por exemplo, ganhou um altar feito com casca de ovo, milho e feijão. Já CDs e DVDs antigos foram utilizados para venerar Santa Cecília, padroeira dos músicos, enquanto os gêmeos Cosme e Damião, que eram médicos, ficaram cercados de instrumentos como estetoscópio, termômetro e seringa. As imagens são de gesso, resina e madeira. Algumas foram doadas ou emprestadas por amigos e profissionais das Obras Sociais

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Irmã Dulce (OSID), que se encantaram com o projeto. “A exposição resume duas dimensões bastante atuais do homem moderno: a preocupação constante com o mundo em que vivemos e a necessidade permanente em valorizar suas tradições espirituais”, observa o assessor de Memória e Cultura da OSID, Osvaldo Gouveia. Concurso Entre as peças da exposição está uma escultura em papel machê, representando uma conversa entre Irmã Dulce e Santo

Antônio, cada um com um menino no colo, que é o mote do concurso “Conversa entre Amigos”. A ideia é escolher o diálogo mais

criativo entre o santo e a beata: “O que será que eles estão conversando? Partimos dessa indagação para abrir mais um espaço de interatividade”, explica Osvaldo Gouveia. A proposta é bem aberta: com base na escultura, os visitantes podem criar uma boa conversa entre Santo Antônio e Irmã Dulce, ou entre os meninos que levam no colo ou, ainda, entre todos os personagens. Os diálogos escritos podem ser depositados numa caixa, montada ao lado da exposição, ou podem ser enviados para o e-mail memoria.cultura@irmadulce.org.br, até o dia 23 de agosto. Uma comissão vai selecionar os melhores diálogos. Além de ganhar prêmios, as mais criativas conversas dos amigos, Dulce e Antônio, e de seus meninos, vão passar a compor a mostra.


Grupo de capoeira de Lauro de Freitas faz exibição na praia de Vilas do Atlântico

Capoeira desenvolve a cadeia de turismo na Bahia

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la é uma expressão cultural genuína do Brasil que surgiu como resistência à escravidão – mas de tão valiosa, conquistou o título de patrimônio imaterial da humanidade. Ao misturar arte marcial, esporte e música popular, a capoeira conquistou – e ainda conquista - brasileiros e estrangeiros, sendo reconhecida no país e no exterior. Apenas o Forte da Capoeira, no centro histórico de Salvador, registrou um aumento de 282% na visitação nos últimos três anos. O local, que atraía quase 800 pessoas em 2011, chegou a 2.255 no ano passado. A demanda extra pela capoeira pode ser explicada por alguns fatores, entre eles, um esforço para divulgá-la em eventos nacionais e internacionais. Foram 26 eventos internacionais de capoeira realizados na Bahia no ano passado, de acordo com o Escritório Internacional da Capoeira, instituição que tem por objetivo fomentar e difundir a capoeira da Bahia. O Escritório é ligado à Secretaria de Turismo da Bahia. Soma-se a isso o investimento em qualificação profissional. Ao todo, 385 capoeiristas, como mestre Timbó, fizeram cursos de inglês e espanhol pelo Pronatec. “Hoje consigo me comunicar com pessoas de outros países”, disse. Timbó recebe alu-

Qualificação profissional e fomento da modalidade atraem o visitante e divulgam a cultura brasileira

sam entre 15 dias e três meses no país, eles acabam aprendendo o idioma, um pouco da história e da culinária brasileira. Somente a Bahia reúne 367 grupos de capoeira.

nos europeus em Salvador e já ministrou aulas em Luxemburgo, Holanda e Portugal. Também pelo Pronatec 150 capoeiristas foram capacitados em oficinas de qualificação do produto artesanal, para confecção de berimbaus e instrumentos de percussão. A coordenadora do Escritório Internacional, Tâmara Azevedo, afirma que a cultura é um grande atrativo para os estrangeiros. Essa troca entre brasileiros e estrangeiros, também tem levado profissionais para experiências no exterior. Lá fora, são criados grupos que servem como polo de divulgação da capoeira e que também atraem estrangeiros para o Brasil. É o caso da professora de Educação Física, Adélia Segal, de Brasília, que passou cinco meses dando aulas na Suécia. “Os estrangeiros dão muito valor a nossa cultura, eles querem entender a capoeira, aprender a língua”, disse. O grupo de capoeira da Suécia vai completar 10 anos promovendo a capoeira, unindo dança, canto e instrumentos. No Brasil, a capoeira atrai estrangeiros especialmente dos EUA e Europa que pas-

HISTÓRIA Na década de 60, os capoeiristas Manoel Machado dos Reis, o mestre Bimba e Vicente Ferreira Pastinha foram os responsáveis pela disseminação da capoeira no Brasil e o mestre Jelon Vieira foi o primeiro a sair do país para desenvolver um trabalho em Nova York. No final de 2014, Organização das Nações Unidas para Educação, Ciência e Cultura declarou a roda de capoeira patrimônio imaterial da humanidade. CURIOSIDADE O aumento significativo de turistas estrangeiros para o Brasil em razão da capoeira levou a criação do Escritório Internacional da Capoeira. A instituição foi criada em 2009, com o objetivo de atender ao acréscimo de turistas, dar apoio aos grupos de capoeira da Bahia e de fora do Brasil visando à internacionalização, bem como a profissionalização por meio de cursos para a produção artesanal e de línguas. Carolina Valadares.

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Região / Geral

As Ganhadeiras de Itapuã vence 26º Prêmio da Música Brasileira como Melhor Álbum Regional divulgação

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Bombeiros formam primeira turma de soldados após emancipação

inte e três homens e mulheres que participaram, nos últimos dez meses do treinamento para oficiais do Corpo de Bombeiros se formaram soldados bombeiros militares, em junho, no 10º Grupamento dos Bombeiros Militares (10º GBM), em Simões Filho, quando receberam o certificado que atesta a preparação teórica e prática. Esta foi a primeira formatura desde que a corporação foi emancipada da Polícia Militar, em novembro de 2014, por meio de lei sancionada pelo Governo do Estado. A solenidade é um marco importante para a instituição que está se reorganizando, gradativamente, como força auxiliar e reserva do Exército.

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grupo As Ganhadeiras de Itapuã venceu o 26° Prêmio da Música Brasileira, na categoria Melhor Álbum Regional. O disco de estreia – que leva o mesmo nome do grupo – foi lançado em 2014 e teve o apoio financeiro do Fundo de Cultura da Bahia, mecanismo da Secretaria de Cultura do Estado (SecultBA) e da Secretaria da Fazenda (Sefaz). A premiação aconteceu dia 10 de junho, no Teatro Municipal do Rio de Janeiro e ainda prestou homenagem à cantora baiana Maria Bethânia. O grupo As Ganhadeiras de Itapuã foi formado em 2004 e conta com a participação de senhoras, crianças e músicos, que juntos desenvolvem um repertório de cantos, cantigas e sambas, que embalaram os sonhos e amenizavam as dificuldades na peleja do dia a dia, dos negros escravos e libertos, que entre os séculos 17 e 19, dominaram o comércio varejista de muitas cidades brasileiras.

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Criado em 2005 para incentivar e estimular as produções artísticoculturais baianas, o Fundo de Cultura é gerido pelas Secretarias da Cultura do Estado da Bahia (SecultBA) e da Fazenda (Sefaz). O mecanismo custeia, total ou parcialmente, projetos estritamente culturais de iniciativa de pessoas físicas ou jurídicas de direito público ou privado. Os projetos financiados pelo Fundo de Cultura são, preferencialmente, aqueles que apesar da importância do seu significado, sejam de baixo apelo mercadológico, o que dificulta a obtenção de patrocínio junto à iniciativa privada. O FCBA está estruturado em quatro (quatro) linhas de apoio, modelo de referência para outros estados da federação: Ações Continuadas de Instituições Culturais sem fins lucrativos; Eventos Culturais Calendarizados; Mobilidade Artística e Cultural e Editais Setoriais. Para mais informações, acesse www.cultura.ba.gov.br

Treinamento Parte importante da preparação aconteceu no Centro de Treinamento e Instrução de Bombeiros, que funciona também no 10º Grupamento, confirma o comandante do GBM, tenente-coronel Adson Marchesini. Para o comandante de Operações do Corpo de Bombeiros, coronel José Nilton Nunes Filho, a tropa ainda possui o diferencial de ter passado por treinamento de campo, além de simulações que ocorreram na Chapada Diamantina, onde o grupo foi submetido a situações reais de perigo. Durante a formatura, o secretário da Segurança Pública, Maurício Barbosa recebeu o título de padrinho do grupo, o secretário de Comunicação Social, André Curvello, foi homenageado como paraninfo, e o comandante do 10º GBM, tenente-coronel Adson Marchesini, como amigo da turma. Mateus Pereira / GOVBA


Carol Garcia / GOVBA

Programa Mais Futuro dá oportunidade para mais 165 jovens

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primeiro emprego é o foco principal para mais 165 jovens que participaram da aula inaugural do Programa Mais Futuro, em junho, no auditório da Secretaria da Infraestrutura, no Centro Administrativo da Bahia, em Salvador. Em sete anos, o programa realizado pelas Voluntárias Sociais da Bahia, em parceria com a Secretaria da Administração do Estado, já capacitou cerca de 2,5 mil jovens. Presente no evento, o governador Rui Costa afirmou que o programa é só um passo na vida desses jovens, que vão trabalhar nas unidades do Serviço de Atendimento ao Cidadão (SAC). A diretora de Formação para o Trabalho das Voluntárias Sociais, Leila Colangeli, informou que os jovens passaram por um processo de seleção. “Eles são convocados por ordem de classificação, passam pela capacitação teórica e são encaminhados para um órgão do Estado. Estes vão receber mais de 800 horas de capacitação teórica nas Voluntárias e mais de mil horas de prática no SAC. Eles terão ainda carteira assinada, salário mínimo com vales transporte e alimentação e saem com certificado”.

Martagão Gesteira celebra 4 anos da unidade de neurocirurgia pediátrica e inaugura UTI neonatal cirúrgica

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Hospital Martagão Gesteira comemorou em maio a realização de 500 cirurgias neurológicas em crianças da Bahia, no mês em que a unidade de neurocirurgia pediátrica completou quatro anos de existência. Na época em que foi inaugurada, a unidade foi a primeira do Estado voltada para o cuidado neurocirúrgico da criança, 100% SUS. Cerca de 100 atendimentos são realizados mensalmente no ambulatório, para triagem dos casos que necessitem de cirurgia. Com a unidade, o Hospital Martagão Gesteira reduziu de forma significativa a fila de pacientes à espera de tratamentos para qualquer tipo de patologia neurocirúrgica e oncológica. Mais de 50 profissionais, entre médicos, oncologistas, enfermeiras, psicólogos, assistentes sociais e técnicos, atuam diretamente no serviço, que é liderado pelo neurocirurgião pediátrico José Roberto Tude Melo. Com as casuísticas atendidas no Martagão Gesteira, quatro trabalhos científicos foram publicados ao longo desses quatro anos, dois em revistas nacionais e dois em revistas internacionais. O resultado do trabalho de José Roberto Tude, um dos mais respeitados neurocirurgiões pediátricos do país, lhe rendeu a realização do seu primeiro livro, que ele acaba de lançar, intitulado “A Neurocirurgia Pediátrica no Século 21”. UTI Neonatal Cirúrgica Em junho, o hospital ganhou a primeira UTI Neonatal Cirúrgica da Bahia, inaugurada pelo governador Rui Costa. Com dez leitos, o espaço vai beneficiar mensalmente cerca de 60 recém-nascidos com necessidades cirúrgicas, especialmente nas áreas de neurocirurgia e cirurgia cardíaca. As obras para a implantação da UTI duraram cerca de sete meses e o investimento, incluindo mobiliário e equipamentos, foi de cerca de R$ 2,56 milhões. A iniciativa é fruto da parceria entre a Liga Álvaro Bahia Contra a Mortalidade Infantil, entidade mantenedora do Hospital Martagão Gesteira, o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab). Referência O Martagão Gesteira é referência em pediatria e realiza, mensalmente, cerca de cinco mil atendimentos ambulatoriais e 700 internações. Para garantir o funcionamento destes dez leitos, a Secretaria da Saúde da Bahia vai custear integralmente a sua manutenção, com R$ 6,6 milhões por ano. Cerca de 62 colaboradores entre médicos, enfermeiros, psicólogos, assistentes sociais e outros profissionais devem trabalhar diretamente na unidade. manu dias / GOVBA

Novos programas “Este programa é tão vitorioso que estamos usandoo para formatar um novo, que deve ser lançado em julho”, informou o governado Rui Costa. Segundo ele, serão enviados para a Assembleia Legislativa os projetos dos programas Primeiro Emprego e Primeiro Estágio. “São iniciativas para estimular os setores público e privado a contratar os jovens, tanto para um estágio de seis meses, como para a primeira oportunidade de emprego. No caso do Estado, nós vamos ofertar cerca de nove mil vagas em todas as áreas do Estado – Saúde, Educação, Infraestrutura”.

Implantação da primeira UTI neonatal cirúrgica da Bahia custou R$ 2,56 milhões Julho de 2015 | Vilas Magazine | 25


Comportamento

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m estudo divulgado em maio pela London School of Economics mostrou que alunos de escolas da Inglaterra que baniram os smartphones melhoraram em até 14% suas notas em exames de avaliação nacional. O aumento acontece principalmente entre estudantes com conceitos mais bai­ xos. Na faixa etária entre sete e 11 anos, o banimento ajudou alunos com aproveitamento abaixo de 60% nas provas. Para o resto, não mudou nada. “Distrações atingem todo mundo, mas são piores em alunos com celulares. E ainda piores naqueles com notas mais baixas”, disse Louis-Philippe Beland, um dos autores do estudo. O impacto da proibição, diz ele, é o equivalente a uma hora a mais de aula por semana. O estudo “Tecnologia, distração e desempenho de estudantes” foi feito com 130 mil alunos desde 2001, em 91 escolas de quatro cidades. Na Inglaterra, não há uma legislação sobre o uso de smartphones nas escolas. Cada colégio define sua própria política. No Brasil, tramita na Câmara dos Deputados um projeto de lei, deste ano, que visa proibir a utilização de celulares em salas de aulas. O uso somente seria autorizado pelo professor, desde que com viés pedagógico. “Alunos não podem ter contato com celular durante a explicação. É como deixá-los conversar livremente”, diz o deputado Alceu Moreira (PMDB-RS), autor do projeto. Em São Paulo, desde 2007 colégios públicos estaduais já têm essa proibição. A coordenadora de educação da Unesco

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(braço da ONU para educação e cultura) no Brasil, Rebeca Otero, questiona a necessidade de a legislação intervir no assunto. “Precisa criar uma lei proibindo o aluno de bater no professor? Não. O raciocínio é o mesmo para os celulares.” Segundo ela, uma legislação assim pode ser mal interpretada pelos docentes, desestimulando-os a trabalhar com ferramentas pedagógicas. Para Luciana Allan, doutora pela Universidade São Paulo, especializada em tecnologias aplicadas à educação, é preciso ter em mente o modo como estudos assim são conduzidos. “O celular pode atrapalhar provas que medem memorização. Mas é moacyr lopes junior / folhapress

difícil preparar o aluno para o mundo tecnológico sem um celular na mão.” Em sala A Unesco lançou, em 2013, o guia “Diretrizes de Políticas para a Aprendizagem Móvel”, que afirma que aparelhos móveis podem ajudar em sala de aula. Assim pensa o professor de física, Marcelo Barão, do colégio Vital Brazil, em São Paulo, que usa aplicativos com os alunos. O Sensor Kinetics, por exemplo, permite demonstrar fenômenos como gravidade, aceleração, rotação e magnetismo. “A aula é a mesma de 20 anos atrás, mas agora o aluno se sente mais atraído.” Na aula de artes de Maristela Turíbio, como os jovens mexem nos celulares o tempo todo, ela propôs atividades com o aparelho. “A ideia era tirar uma selfie conceitual. O engajamento foi grande”. Na escola estadual Imperatriz Leopoldina, em São Paulo, o celular não pode ser usado, para evitar que alunos procurem as respostas da prova na internet. “Mas tem gente que traz a cola de casa do mesmo jeito”, diz Lucas Alves, 15. O colégio Elvira Brandão, também na capital paulista, utiliza, fora de sala, o Google Classroom, aplicativo que conecta alunos e professores em tempo real, com correções de atividades, solução de dúvidas etc. Durante a aula, é proibido usar o celular, que deve ficar na mochila. Na Escola da Vila, os alunos até o 5º ano não podem levar celulares. Do 6º ano em diante, só com permissão do professor. As atividades utilizam notebooks e tablets. O smartphone é usado só para fotografar projeções de slides ou de lousas, diz a coordenadora de tecnologias educacionais, Helena Mendonça. O professor de história Reginaldo Polesi é contra o uso de aparelhos porque acredita que os alunos se distraem mais do que com as distrações de antigamente, como fazer aviãozinho de papel e desenhar na carteira. Gabriela Molina, 15, utiliza o smartphone como calculadora nas aulas, além de aplicativos educacionais. Como se desconcentra com facilidade, comemora o fato de os smartphones não serem liberados o tempo todo. “Não ia conseguir prestar atenção na aula.” u

Mateus Luiz de Souza / Folhapress.

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Comportamento

Uso de smartphones nas salas de aula também divide a opinião de educadores em Lauro de Freitas

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licks, posts, likes e whats também fazem parte do dia-a-dia das crianças e adolescentes das escolas de Lauro de Freitas. A temática é contemporânea, pouco mais de sete anos, e ganha novos decalques a cada dia, dividindo opiniões entre os educadores. Para o educador José Nilton, diretor do Colégio Apoio, e que leciona há 46 anos, o uso de smartphones tira o jovem do objetivo da aula. “Apesar de ser interdisciplinar a aula possui um núcleo temático do qual o smartphone não pertence. Evidente que sabemos que as pessoas hoje o usam muito, mas na sala de aula não permitimos, pois sabemos que causa distração, e a aula acaba não alcançando o objetivo. Uso o seguinte exemplo: o aprendizado possui um direcionamento. Você até pode gostar de futebol e voleibol, mas não consegue assistir ao mesmo tempo os dois jogos”, afirma. Na Escola Municipal Ana Lucia Magalhães, os smartphone são aproveitados de forma pedagógica, porém nas atividades extras e fora da sala de aula. “Na hora que o professor está ministrando a aula não é permitido o uso smartphones, mas procu-

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ramos sempre encontrar atividades onde seja possível conciliar. Indicamos que usem o WhatsApp como forma de comunicação entre eles ou até, quando a temática permite, pedimos a produção de vídeos”, destaca Rosa Sueli, vice-diretora do noturno. A metodologia adotada pelo Colégio Perfil é o equilíbrio, aproximando o professor das vivências dessa nova geração, passando este assumir o papel de mediador. “A Internet tem muita informação errada, e na nossa função de educadores temos que ser inclusive mediadores do conteúdo consumido através deste veículo. Para a aula ser boa não pode ser só isso, o tecnológico, os aparelhos móveis; as salas de aula precisam do professor, do papel do mediador e orientador”, frisa Bruno Abdon, vice-diretor pedagógico. Cursando o ensino médio, Letícia Guerreiro, 16, utiliza o smartphone fora dos horários de aula para fazer pesquisas, estudar os resumos, e acompanhar o aplicativo da própria instituição onde tem acesso ao calendário de provas e mais informações sobre as aulas, mas confessa, tem horas que é necessário desligar o telefone. “Quando

vou estudar para uma prova tenho que desligar e deixar bem longe, pois as mensagens tiram a minha atenção”. Já Emmanuelle de Miranda, 12 anos, conta com a ajuda da mãe para não perder a concentração na hora dos estudos. “Às vezes até uso o telefone para fazer pesquisas relacionadas ao estudo, mas tenho que deixar o aparelho com minha mãe, porque a cada WhatsApp vou correndo olhar e acabo perdendo muito tempo com o celular e não estudo quase nada”, confessa. Apesar da forte presença dos smartphones na vida de crianças e adolescentes, José Nilton defende que a geração está mudando e como consequência de uma sociedade tão violenta, os jovens agora buscam disciplina. “Fazemos pesquisas regulares e nenhuma delas aponta que os alunos não gostem da instituição porque proibimos o uso dos celulares em sala de aula. Na verdade, a geração que não gostava de disciplina está sendo superada. Ao mesmo tempo em que os jovens são dispersos, por conta das tecnologias, eles também querem valores, disciplina e uma vida mais organizada”. É claro que os cuidados com o uso de smartphones passam também por aspectos


A magia da leitura A literatura fantástica traz surpresa e prazer ao nosso cérebro, que fica atento, querendo mais Suzana Herculano-Houzel

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da formação ética e moral. Zêila Fonseca, coordenadora pedagógica do Colégio Perfil, destaca que a falta de maturidade associada ao uso indiscriminado de aparelhos tecnológicos e a Internet pode levar a sérias consequências. “As crianças não têm discernimento para o uso adequado do aparelho, como no caso do ambiente do colégio, o uso para aprender mais, para pesquisar. Na verdade, por falta de maturidade, corremos o risco de desencadear um cyberbullying, o que é um problema muito maior que o celular tocar na sala e atrapalhar o desenvolvimento da aula”, destaca. Hoje a instituição controla o uso dos smartphones através de muita conversa com os alunos e a criação de regras de convivência, com definição de consequências para o caso de descumprimento. “As regras e as formas de tratar o assunto foram se desenhando ao longo do processo. Nos últimos sete anos a postura do colégio foi se adaptando com a própria evolução do tema, e hoje desenvolvemos atividades com o orientador pedagógico com objetivo de formar pessoas, desenvolver o humano, e evitar casos de cyberbullying”, complementa Zêila. O Colégio Apoio adota uma política rígida quando o assunto é cyberbullying. “Geralmente o aluno que pratica bullying e cyberbullying pega 10 dias de suspensão e recebe imediatamente a transferência para outra instituição. Preferimos comprar briga com um pai de aluno, que com todos os pais”, afirma José Nilton. Thiara Reges - texto e fotos.

u adoro histórias de realismo fantástico e de fantasia, onde as limitações do mundo real não valem, e de preferência as regras da física e da biologia são quebradas de maneiras menos óbvias do que com meros vampiros ou zumbis. Os livros e contos da norte-americana Laini Taylor, autora da série “Feita de Fumaça e Osso”, estão entre meus favoritos do momento. Depois de passar o dia tentando entender como cérebros são construídos e funcionam, deixar-me levar por ficção que se propõe apenas a contar histórias que desafiam a imaginação é deliciosamente refrescante. É sabido que apreciar ficção, sobretudo a literatura fantástica, requer “suspensão da descrença”, ou seja, calar momentaneamente aquelas partes do cérebro que ficam dizendo “isto não é possível”. A leitura sobre mundos mágicos é diferente da participação como plateia de shows de mágica, onde ficamos mesmerizados tentando entender como as regras da física parecem ter sido momentaneamente revocadas, mas não foram. Ver “mágica” só acirra nossas descrenças. Mas ao ler fantasia, aceitamos que é assim e pronto. Como a leitura de fantasia faz sua própria mágica no cérebro? Um grupo de pesquisadores na Universidade Livre de Berlim resolveu responder essa pergunta pedindo que voluntários lessem, dentro de uma máquina de ressonância magnética funcional, trechos supernaturais, com violações das leis da física, e trechos perfeitamente mundanos dos mesmos livros. Quais livros? Os de Harry Potter, claro, que comprovadamente funcionam no cérebro dos leitores, já que ele se tornou o provavelmente mais conhecido e querido dos personagens modernos de ficção fantasiosa. Os pesquisadores descobriram que, além de ativar as partes do cérebro que monitoram violações das regras do mundo, a leitura dos trechos em que objetos voam e pessoas aparatam e desaparatam causa maior ativação da amígdala cerebral esquerda, e com isso mais sentimentos de surpresa e de prazer, do que a leitura dos trechos mundanos. Os trechos mágicos também aumentam a ativação de partes do córtex cerebral associadas à atenção, talvez recrutadas pela própria ativação da amígdala. Ler textos fantásticos traz surpresa e prazer ao cérebro, que fica atento, querendo mais. Mas desta parte eu já sabia... SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com

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Comportamento

SEXO

de mentirinha Em pesquisas, homens tendem a aumentar a lista de parceiras, mulheres, a reduzi-la, e ambos blefam sobre satisfação, mostrando que tema ainda é tabu

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omens aumentam a lista de parceiras, mulheres diminuem, e todos tentam esconder problemas quando são questionados sobre sexo. Isso é o que muitos estudos sobre sexo não mostram. Ou o que números contraditórios de pesquisas revelam. A psicóloga Terri Fisher, da Universidade do Estado de Ohio (EUA), fez, em 2013, 140 estudantes pensarem que estavam sendo monitorados por detectores de mentira enquanto respondiam a um questionário sobre sexo. Outros 140 participantes responderam às mesmas perguntas sem achar que estavam ligados ao polígrafo. “Quando as pessoas pensam que precisam ser verdadeiras, suas respostas sobre o comportamento sexual mudam. As diferenças de gênero diminuem”, diz Fisher. Os homens reduziram a lista de pessoas com quem já tinham transado. E as mulheres aumentaram esse número quando estavam ligadas ao detector de mentira (que na verdade não funcionava). “O contexto impacta muito no que as pessoas contam ou deixam de contar”, diz ela. O contexto e a forma como é feita a pergunta. Dois levantamentos feitos no Brasil questionaram qual a frequência com que homens e mulheres chegam ao orgasmo. Segundo uma pesquisa Datafolha de 2010, 76% dos homens e 39% das mulheres dizem que “sempre” têm orgasmo. Já de acordo com um levantamento feito pelo fabricante da camisinha Durex, em 2012, 52% dos homens e 22% das mulheres afirmam chegar “sempre” ao clímax. A primeira pesquisa foi feita pessoalmente, misturan-

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Ilustração: William Mur


do entrevistas e questionários anônimos. A segunda pela internet, de forma anônima. Segundo Mauro Paulino, diretor-geral do Datafolha, os resultados diferentes são culpa da metodologia. Uma pesquisa na internet depende da iniciativa do entrevistado, e quem tem mais iniciativa pode ser mais desinibido, diz. “As pesquisas sobre sexo são difíceis, exigem cuidados específicos. O Datafolha, por exemplo, desenvolveu métodos para obter mais verdade dos entrevistados. Nessas pesquisas, é preciso que homens sejam entrevistados por homens e vice-versa.” Outra coisa importante, afirma ele, é fazer perguntas mais íntimas de forma secreta, com autopreenchimento. “Esse é um assunto íntimo. Cara a cara as pessoas podem ficar constrangidas e, no fim, serem menos verdadeiras”, diz Carmita Abdo, coordenadora do Programa de Estudos em Sexualidade da USP. No último estudo que coordenou, chamado de Mosaico Brasil, coletou dados de 8.200 pessoas em questionários respondidos pelos próprios participantes, anonimamente. “Se não for anônimo, não descobrimos como as pessoas fazem sexo, mas sim como respondem sobre o sexo.” fora do padrão? Para Iracema Teixeira, presidente da Sociedade Brasileira de Estudos em Sexualidade Humana, as dificuldades de se pesquisar o tema só demonstram o quanto sexo ainda é tabu. “As pessoas respondem de forma a seguir padrões e acabam reforçando esses estereótipos. Ainda espera-se que a mulher tenha um comportamento mais recatado e o homem seja mais agressivo.” É um círculo vicioso. Ao reforçar estereótipos, os números deixam insatisfeitos os que se sentem “anormais”. “Os casais felizes que fazem sexo uma vez por semana se sentem desajustados ao ver pesquisas em que o ‘normal’ é três vezes”, diz a antropóloga Mirian Goldenberg (seus artigos são publicados mensalmente na Vilas Magazine). “Nem os homens transam tanto assim nem as mulheres têm orgasmo tão facilmente.” A psicanalista Regina Navarro Lins não acredita em pesquisas que dizem que pessoas casadas há 30 anos fazem sexo três vezes na semana. “Há exceções, mas a maioria tem problemas com isso.” Para a ginecologista Carolina Ambrogini, da Unifesp, é preciso parar de seguir padrões. “Não há ‘normalidade’ em sexo. Se eu transo uma vez por ano e estou feliz assim, ótimo.” Juliana Vines / Folhapress.

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Decoração

Tapete com cor forte e móveis escuros contrastam com paredes e chão claros

Antes de repaginar a casa, mude seu olhar

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K, você cansou da casa como ela está. Das cores, da maneira como os móveis estão dispostos, daquilo que está nas paredes. Mas não tem tempo nem forças para enfrentar uma reforma – daquelas em que uma semana vira um mês de poeira, transtornos e desconforto. Ou está com pouco capital para bancar mudanças. Então saiba, é possível mudar, sim, gastando pouco ou quase nada de dinheiro. Mas precisa investir em tempo, tá? E principalmente na maneira de enxergar os cômodos e a relação que você tem com eles. “Tudo começa com uma mudança no olhar. É preciso olhar para a casa de um outro ponto de vista, para ver o que pode ser modificado”, explica a arquiteta Susane Cabús. Este exercício pode ajudar a identificar aquilo que não está lhe agradando ou o que você deseja mudar. Neste caso, as opções são muitas. Suzane dá o exemplo de um sofá que não lhe agrade mais e explica que grandes

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TENDÊNCIA Exercitar um novo ponto de vista ajuda a identificar o que pode ser mudado na decoração dos ambientes com criatividade e sem gastar muito dinheiro FOTOS: XICO DINIZ / DIVULGAÇÃO


IMOBILIÁRIO

SALVADOR SÁBADO 6/6/2015

MUDANDO A CARA DA CASA Mudar é sempre bom e não precisa custar caro. Renovar um ou mais ambientes da casa, sem sofrer com grandes reformas ou investimento de tempo e dinheiro.

QUADROS

ILUMINAÇÃO

PAREDES

É possível fazer uma composição com tamanhos e formatos diferentes. Incluisve usando fotos de pessoas ou registros de viagens, por exempo

Crie várias atmosferas usando pontos de luz amarela, como os de luminárias e abajures. E, claro, sempre que possível valorize a luz natural que entra pelas janelas. Você pode usar cortinas mais translúcidas neste caso

Escolha uma parede e coloque nela uma cor forte, marcando bem esta área em relação às outras. Para uma sala de jantar, por exemplo, uma parede em vermelho-escuro fica elegante e aguça os sentidos

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MUDE OS MÓVEIS DE LUGAR

ALMOFADAS

Avalie o espaço e tente um arranjo mais funcional. Este pode ser inclusive o momento para trocar móveis e objetos de um ambiente para outro, como aquele criado mudo do quarto, que pode ficar muito bem na sala

Almofadas, coloridas ou em cores sóbrias dão vida a sofás e poltronas. Trocar as capas daquelas que você já tem é uma opção. Se houver espaço, crie um cantinho mais descontraído e aconchegante com almofadões de chão sobre um tapete

3 PEQUENOS OBJETOS COLORIDOS Vidros coloridos, caixas recobertas e porta-retratos nunca saem de moda e pontuam com cor os espaços. Essa dica serve para sala de estar, sala de jantar e mesmo cozinhas

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RESTAURE MÓVEIS

ESPELHOS

ADESIVOS PARA AZULEJOS

Faça pátina, lixamento ou pinte de uma cor diferente do resto do ambiente. A depender do grau de complexidade do restauro, melhor chamar um bom marceneiro

Você pode usar um grande espelho que vai ampliar o espaço, ou fazer uma combinção de alguns menores, usando diferentes molduras, o que dá um efeito divertido

Há uma grande oferta de adesivos sintéticos, com cores e formas variadas, para você adesivar áreas azulejadas na cozinha e também no banheiro. Não é caro e funciona muito bem.

Fonte: Kathia Christina Fonseca, professora de Arquitetura da Universidade Cruzeiro do Sul; Manarelli Guimarães Arquitetura; Adriana Araújo e Susane Cabús Arquitetura

almofadas com uma cor forte podem ocultarum a forma, deixando os ajuda pessoal História TENDÊNCIA Exercitar novo ponto de vista a identificar o que pode ser pontos de cor, que são as almofadas, em destaque. Móveis e objetos antigos ganhare uma nova Móveis objetos mudado na decoração dos ambientes com criatividade e sem gastar muitotambém dinheiro podem OK, você cansou da casa como ela está. Dasvocê cores, da maneira o sofá contra uma parede colorida, você terá E se colocar utilidade. Neste caso, olhar o passado e repensar a função das antigos, que façam como os móveis estão disposparte da sua tos, daquilo que está nas uma supressão da paforma. “Tire o foco do que não está muito bom coisas que você já possui pode ser bastante compensador. Inclusive redes. Mas não tem tempo história de vidaque e ou forças que não lhe agrada porque não vai gastar dinheiro com novos móveis e objetos nem para enfrentar uma mais e ponha o foco nas mudanças que você reforma – daquelas em que da sua família, estásemana realizando agora”, aconselha. você talvez nem precise. uma vira um mês de podem poeira, transtornos e desconSegundo o arquiteto Thiago Manarelli, “étambém sempre importante forto. Ou está com pouco caganhar uma pital para bancar mudanças. olhar sua própria história e a história de seu mobiliário”. nova Então saiba, é possível mudar, utilidade Composição com Thiago dá como exemplo as antigas cristaleiras, que podem ser sim, gastando pouco ou quase nada de dinheiro. Mas precisa quadros em equilíbrio adaptadas para outros usos, como o de uma coleção de souvenirs investir em tempo, tá? E prinFotos Xico Diniz / Divulgação cipalmente na maneira de enneira a criar áreas de circulação ou uma estante para livros. “Dá para repaginar um móvel antigo 1 xergar os cômodos e a relação e zonas de espaço o mais amque você tem com eles. “Tudo plas um possível. Isso e vaipedir deixar apenas deixando a madeira aparente, ou gastar pouco começa com uma mudança no tudo mais confortável. olhar. É preciso olhar para a a um marceneiro para polir e passar verniz”. Por falar em conforto, saiba Parede com textura casa de um outro ponto de que a maneira de iluminar o Ele cita ainda as clássicas cômodas de quarto dejá pode dormir, que vista, para ver o que pode ser ambiente mudá-lo por em tom que dialoga modificado”, explica a arquiNovamente temos podem se transformar em uma interessante completo. base para abajur ou u teta Susane Cabús, do escriaqui a questão dos focos e do com o sofá GIL MACIEL

Antes de repaginar a casa, mude seu olhar

tório Adriana Araújo e Susane Cabús Arquitetura. Este exercício pode ajudar a identificar aquilo que não está lhe agradando ou o que você deseja mudar. Neste caso, as opções são muitas. Suzane dá o exemplo de um sofá que não lhe agrade mais e explica que grandes almofadas com uma cor forte podem ocultar a forma, deixando os pontos de cor, que são as almofadas, em destaque. E se você colocar o sofá contra uma parede colorida, você terá uma supressão da forma. “Tire o foco do que não está muito bom ou que não lhe agrada mais e ponha o foco nas mudanças que você está realizando agora”, aconselha.

que iluminar, mudando completamente o clima de um ambiente. “Numa sala, a luz de aconchego é a luz amarelada. Normalmente o abajur, a luminária de chão e outras luzes mais amareladas, são as chamadas luzes complementares, em relação às outras luzes do ambiente”, explica Thiago, acrescentando que esse tipo de iluminação deixa o ambiente mais aconchegante e confortável.

Cor das paredes

História pessoal Móveis e objetos antigos também podem ganhar uma nova utilidade. Neste caso, olhar o passado e repensar a função das coisas que você já possui pode ser bastante compensador. Inclusive porque não vai gastar dinheiro com novos móveis e objetos que você talvez nem precise. Segundo o arquiteto Thiago Manarelli, do escritório Manarelli Guimarães Arquitetura, “é sempre impor-

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A cor das paredes também pode ser modificada. Neste caso, dá inclusive para fazer sozinho e rapidamente, caso você escolha apenas uma delas para jogar uma cor forte, mas que se harmonize com o tom das outras paredes. Ou você pode simplesmente pôr um tecido numa delas e criar um ponto de atração do olhar no local. “Hoje em dia há a tendência de | Vilas Magazine | 33 misturar padrões e geometrias, como a gente faz com as roupas. Então você pode ter um tecido geométrico na parede, articulado com outro padrão num tapete no chão”, explica Susane. Portanto, é isso, se quer co-


Decoração u outros objetos na sala de estar. Uma mudança rápida qualquer pessoa consegue fazer apenas reordenando a posição dos móveis. Mas fique atento às questões de fluxo, para não travar o fluxo dentro do cômodo. Sendo assim, procure reorganizar os móveis de maneira a criar áreas de circulação e zonas de espaço o mais amplas possível. Isso vai deixar tudo mais confortável. Por falar em conforto, saiba que a maneira de iluminar o ambiente já pode mudá-lo por completo. Novamente temos aqui a questão dos focos e do que iluminar, mudando completamente o clima de um ambiente. “Numa sala, a luz de aconchego é a luz amarelada. Normalmente o abajur, a luminária de chão e outras luzes mais amareladas, são as chamadas luzes complementares, em relação às outras luzes do ambiente”, explica Thiago, acrescentando que esse tipo de iluminação deixa o ambiente mais aconchegante e confortável.

As almofadas têm relação com a cor da parede

Cor das paredes A cor das paredes também pode ser modificada. Neste caso, dá inclusive para fazer sozinho e rapidamente, caso você escolha apenas uma delas para jogar uma cor forte, mas que se harmonize com o tom das outras paredes. Ou você pode simplesmente pôr um tecido numa delas e criar um ponto de atração do olhar no local. “Hoje em dia há a tendência de misturar padrões e geo-

metrias, como a gente faz com as roupas. Então você pode ter um tecido geométrico na parede, articulado como utro padrão num tapete no chão”, explica Susane. Portanto, é isso, se quer começar a empreitada, mude sua perspectiva, use seu passado, pense em funcionalidade e aconchego, estabeleça focos de atração e minimize a presença do que não gosta. Gil Maciel / Ag. A Tarde.

DIVULGAÇÃO

Lançamento

Kitchens lança cozinha Concret O cimento vem ganhando cada vez mais destaque na decoração e foi um dos destaques apresentados na última edição do Salão do Móvel de Milão. Seguindo esta tendência, a Kitchens desenvolveu a Cozinha Concret, lançamento especial em comemoração aos 50 anos da marca. Para criar um projeto com as características urbana e contemporânea, a marca – com 17 lojas próprias de Norte a Sul do país e uma moderna fábrica em Guarulhos, na grande São Paulo – lança uma cozinha com ilhas no acabamento Concret. Este material que reproduz com fidelidade o desenho e a textura de concreto pode ser aplicado nas frentes dos móveis a traz as vantagens de manutenção e durabilidade do laminado. O acabamento pode ser combinado com os tampos em Corian Concret e cubas em inox, com desenho exclusividade Kitchens, que fo-

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ram sobrepostas e alinhadas ao tampo. Para completar, puxadores Over Slim em Alumínio Anodizado dão um toque sofisticado às ilhas. O tom cinza também aparece como tendência e está presente no corpo das ilhas feitas em BP Summit Gray, que também é usado nos corpos dos armários altos

Marca segue tendências internacionais e aposta em materiais com textura e desenho do concreto

com portas em vidro Carbon Fosco e perfil Alloy e pintura Carbone para completar o ambiente.


Jaime de Moura Ferreira Ad­mi­nistrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

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odos sabemos que a Democracia é o regime político “do povo, pelo povo, para o povo”, ou seja, o poder exercido pelo povo, visando a proteção dos direitos humanos fundamentais. Entenda-se que “povo” é a representação de todas as classes sociais de uma nação. Pois bem, contarei uma história: em um país muito distante, após muitos anos de ditadura, a população exigiu a instalação de uma “Democracia”. Foi para as ruas promover manifestações, os participantes pintaram seus rostos, desfraldaram bandeiras, faixas e cartazes, nas cores desse país e conseguiram eleger os parlamentares, que produziram a nova constituição, definindo os três poderes independentes (Executivo, Legislativo e Judiciário), bem como a igualdade, justiça social, solidariedade e liberdade, para toda a população. No início desse processo, até que os direitos das minorias foram respeitados. Porém, muitas propagandas invadiram os lares dos cidadãos, mostrando, de forma mentirosa, as mudanças que estavam ocorrendo, principalmente a institucionalização da liberdade e a oportunidade de o povo participar, plenamente, da vida política, econômica e cultural da sociedade. Então, a euforia da população durou pouco. Com o pretexto de tirar uma determinada população da zona de miséria e melhorar a distribuição da renda, o governo passou a distribuir benefícios e subsídios, em elevado volume, sem contabilizar os enormes custos para os cofres públicos, isto é, sem o menor retorno, instalando, dessa forma, o “populismo decadente”. Definiu-se como: “pessoas comprando outras e pessoas se vendendo a outras”. Assim, teve início o inchaço do Estado. Pior, pessoas que antes se orgulhavam da força do seu trabalho honesto, passaram a receber esmolas do governo, sem a devida contrapartida de trabalho, enterrando,

A Democracia portanto, sua autoestima e dignidade. Grande parte da população, sem a devida educação, moradia e cuidados com a saúde, obrigação básica do governo, começou a explicitar a pobreza de ideias, relaxar os valores morais, éticos e espirituais e, consequentemente, diminuir sua capacidade para entender o que estava ocorrendo, passando a fazer parte de uma sociedade desprezada, diminuída e, dessa forma, sem qualquer poder para influenciar nas decisões governamentais. O governo aproveitava-se dessa situação para reforçar o assistencialismo aos mais carentes, para demonstrar que “fazia mais para quem mais necessitava”. Enquanto isso, o outro lado da população, considerada pelos governantes como elite social, envidava todos os esforços para manter suas vantagens políticas e econômicas, inclusive se aproximando e apoiando o governo pelas imensas falcatruas praticadas. Então ocorreu a desintegração da sociedade, surgindo dois grupos distintos: os ricos ou poderosos e os indefesos. Este último, constituído de pobres, negros e excluídos sociais. O sistema de mentiras, disseminado pelo governo e poderosos, continuava cada vez mais atuante e, lamentavelmente, aceito pela maioria da sociedade. Então, ampliou-se a corrupção generalizada e institucionalizada, extensiva a todas as classes sociais, com raras exceções, o sistema de eleição dos representantes do povo foi questionado, produzindo políticos eleitos, na sua maioria, sem a obrigação da proteção aos direitos humanos fundamentais, e a presença deslavada do governo na economia do país, asfixiando o setor privado e reduzindo o dinamismo produtivo, para aqueles que não participavam das corrupções instaladas. A interferência estatal na área financeira dominava e os banqueiros

multiplicavam suas riquezas. E, somando tudo isso, a gestão pública ampliava sua ineficiência e ineficácia. Até a liberdade de expressão foi violentada. Sem dúvidas, continuaram a atuar as organizações das classes trabalhadoras, só que, dessa vez, para manter os poderosos, que lhes agraciavam, no poder. Ficou muito claro o “cinismo orgânico”. As leis deixaram de ser cumpridas ou eram desvirtuadas, em benefício dos poderosos. Algumas pessoas até relembraram da “A Revolução dos Bichos”, livro escrito por George Orwell. Os jovens, que deveriam ser os responsáveis pelo futuro daquele país, na maioria, estavam sem referências cívicas e patrióticas, sem o devido respeito aos professores e idosos, desconhecedores das leis vigentes e presos aos vícios sociais e tecnológicos. Os idosos eram desrespeitados pelos poderes públicos, não reconhecidos pelos múltiplos serviços prestados, amargurando míseros salários de aposentados e, o pior, desconsiderados pelos próprios familiares. Os três poderes públicos constituídos, que deveriam ser independentes, passaram a ser comandados pelo Executivo. Para aprovação de qualquer projeto, o Executivo pagava propinas ou liberava verbas extras para os parlamentares. Instalava-se a falência do sistema representativo. Os órgãos controladores e fiscalizadores da gestão pública eram subordinados do poder Executivo. E, assim, o que se via era uma infraestrutura pública mal planejada e executada visando interesses dos poderosos, a expansão dos gastos públicos, subsidiados pelas elevadas taxas de impostos, imposta à população, a estagnação econômica, não obstante a abundância de recursos naturais daquele país, e a perda do poder aquisitivo dos cidadãos, os que viviam presos às leis e normas governamentais. Então, instalou-se no Governo a “cleptocracia”. A última vez que tive notícia desse distante país, informaram-me que havia um grande movimento de parte da população, objetivando mostrar que aquele país não estava preparado para exercitar a democracia. Desconheço o final.

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Cultura

Dia da Memória do Ipitanga busca resgate da identidade histórica

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Câmara Municipal de Lauro de Freitas deve aprovar este mês uma nova data comemorativa municipal – o Dia Municipal da Memória do Ipitanga, a 21 de julho. A data remete ao falecimento, em 1989, do poeta Tude Celestino. “Precursor da resistência ideológica ipitanguense como dispositivo de salvaguarda da memória local”, na definição da atriz Tina Tude, sua filha, o poeta tornou-se baluarte da identidade de Santo Amaro de Ipitanga depois da alteração do nome da cidade, em 1962. Nascido em 1921 em Campo Formoso, no Centro Norte Baiano, a 400 Km de Santo Amaro de Ipitanga, o poeta acabaria por adotar a cidade como sua a partir dos anos 40 – passando, de acordo com Tina Tude, a defender o topônimo Ipitanga depois da alteração para Lauro de Freitas em 1962, quando da emancipação. Tude Celestino chegou a recusar o título de “cidadão laurofreitense”, concedido em homenagem à representatividade de sua obra poética. Disse na época que só aceitaria receber um título de “cidadão ipitanguense”. O Dia Municipal da Memória do Ipitanga representa assim um passo para a recuperação da herança cultural de Santo Amaro de Ipitanga, nascida em 1608 e abandonada 53 anos atrás, num 31 de julho, por casuísmo político. Teria sido o engenheiro e vereador Paulo Moreira de Souza, de Salvador, falecido em março de 2003, aos 91 anos, quem primeiro articulou a emancipação de Santo Amaro de Ipitanga, apoiado pelas lideranças políticas locais. A proposta foi aprovada pela Câmara Municipal de Salvador porque

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ARQUIVO DE FAMÍLIA

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acervo da Biblioteca Pública do Estado da Bahia, em Salvador, reserva espaço especial para a história e memória do Brasil, do Estado e da própria instituição fundada em 1811. O setor de obras raras dispõe de 60 mil volumes, incluindo exemplares e coleções preservadas há mais de dois séculos. O acervo tem acesso restrito e está disponível para pesquisas e consultas locais por meio de agendamento prévio. Entre as raridades estão obras trazidas ao País pela Família Real portuguesa e acervos pessoais, como o do jornalista e colecionador de arte baiano Odorico Tavares. O original de uma edição limitada de luxo do livro ‘A Dama de Espadas’, de Alexander Sergueievich Puschkin, totalmente impresso em seda e personalizado, é o destaque do acervo doado pelo jornalista. Clássicos da literatura Também podem ser consultados na biblioteca exemplares de ‘Chronica do Emperador Clarimundo’, do português

Poeta Tude Celestino inspira o 21 de Julho para a nova data comemorativa

a bancada do PSD, majoritária à época, achou de seu interesse homenagear um político nascido em Alagoinhas e falecido em um acidente aéreo em Bom Jesus da Lapa, doze anos antes, durante uma campanha eleitoral para o governo do Estado. Tratavase do engenheiro Lauro Farani Pedreira de Freitas, cujo grande legado está no desenvolvimento de ferrovias – das quais nunca se encontrou um metro de trilhos por aqui. Não por acaso, a Lei Orgânica do Município de Lauro de Freitas prevê a convocação de um plebiscito com o objetivo de repor o nome de Santo Amaro de Ipitanga, que seria de iniciativa da Câmara Municipal. As lideranças religiosas que se opõem ao topônimo original, por remeter ao catolicismo, são a principal razão pela qual o plebiscito nunca foi realizado.


Fotos: Amanda Oliveira / GOVBA

Obras raras da Biblioteca Pública do Estado podem ser consultadas João de Barros, publicado pela primeira vez em 1520, além de clássicos da literatura

nacional, como ‘Menino de Engenho’, de José Lins do Rego, disponível em edição que teve tiragem de apenas 120 exemplares, com ilustrações de Cândido Portinari. Há ainda curiosidades como o Hino Nacional ilustrado e miniaturas de livros e dicionários. A diretora da biblioteca, Ivana Lins, recorda o esforço ao longo dos anos para preservar todo esse acervo, que resiste ao tempo e a episódios como o bombardeio sofrido por Salvador, em 1912, e um incêndio na década de 50. “A biblioteca passou por várias sedes, desde o Terreiro de Jesus até a atual, nos Barris, além das reformas. Isso tudo requer muito cuidado no manuseio e, por isso, a limitação de quem vai tocar

esses livros e de que modo”. Fonte de conhecimento Na área de periódicos, os pesquisadores encontram arquivos dos principais jornais e revistas brasileiros, incluindo os números iniciais do Correio Braziliense, primeiro jornal do País, e do Idade d’Ouro, pioneiro da imprensa baiana. A pesquisadora Tatiane Ferreira tem nos registros uma fonte essencial ao trabalho que desenvolve para o doutorado em Letras. “Esse espaço é de suma importância para o pesquisador e para os estudantes. São registros históricos e culturais de um povo, de uma cidade, uma fonte de conhecimento que precisa ser preservada”. Comemorando os 204 anos de fundação em maio, com uma exposição no terceiro andar, a Biblioteca Pública oferece ao público um catálogo com obras infantojuvenis, empréstimo e consulta para pesquisas e referências, além do setor de livros em braille e espaços destinados às atividades de artes, audiovisual e salas de estudos. Visitas guiadas Se preparando para o vestibular, a estudante Vitória do Carmo utiliza a biblioteca para estudar em grupo com colegas do curso preparatório. “É um local em que a gente pode se concentrar mais, tem livros que em casa não temos e obras literárias que caem no vestibular”. Também é possível conhecer os espaços por meio do programa Visita Guiada ou Visita Técnica, realizado pelo Núcleo Biblioteca Viva – destinado a instituições escolares/sociais, universidades e frequentadores. Localizada na Rua General Labatut, 27, nos Barris, a Biblioteca Pública do Estado da Bahia funciona de segunda a sexta-feira, das 8h30 às 21h, e, aos sábados, das 8h30 às 12h. Julho de 2015 | Vilas Magazine | 37


Cultura / Livros

‘Brasil: Uma Biografia’ provoca visão alternativa sobre país

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t Capa do livro “Brasil: uma biografia”. u “Batalha dos Guararapes”, óleo sobre tela, de autor desconhecido, de 1758, uma das 138 imagens que fazem parte do livro

de arte, ambas procuram contar não apenas como foram tomadas grandes decisões políticas mas também relatar que efeitos estas tiveram no dia a dia da população. OUTRA HISTÓRIA A abertura dos portos, anunciada por dom João 6º, em 1808, é um exemplo. Se tradicionalmente o fato é apresentado apenas como o momento em que se rompe o pacto colonial (que estabelecia o controle das atividades comerciais da colônia por parte da metrópole), em “Brasil: Uma Biografia” conta-se também que a medida causou espanto no mercado tropical brasileiro, ao inundá-lo de grossos cobertores de lã, patins de gelo e outros produtos ingleses de pouca finalidade prática por aqui. As estudiosas também descrevem reações populares, como o medo dos portugueses após a execução do rei francês Luís 16, em 1793, ou a reação enfurecida de brasileiros, armados com paus e pedras, que saíram às ruas após o suicídio de Getúlio Vargas, em 1954. “Antes se faziam biografias para elevar um indivíduo ou provar o quanto um país era glorioso. Nós nos propusemos a fazer uma biografia para resgatar vozes dos que

FOTOS: DIVULGAÇÃO

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ido como o primeiro historiador do Brasil, o frei baiano Vicente do Salvador (1564-1636) certa vez escreveu: “Nenhum homem nesta terra é repúblico, nem zela, ou trata do bem comum, senão cada um do bem particular”. Por que essa frase soa tão atual e parece descrever ao menos parte importante dos problemas do país, quase 400 anos depois? Brasil: Uma Biografia, da antropóloga Lilia Moritz Schwarcz (professora da USP) e da historiadora Heloisa Murgel Starling (professora da UFMG), propõe uma narrativa da história do Brasil que busca observar as permanências e rupturas desses pouco mais de cinco séculos de trajetória do país. “A ideia era levar ao passado perguntas do nosso presente, para entender por que somos uma sociedade tão injusta, em que os cidadãos não se veem como também responsáveis pela corrupção dos políticos e por que temos o costume de transformar questões públicas em privadas”, diz Schwarcz. Na visão de Starling, o Brasil conseguiu consolidar sua democracia, mas a ideia de república ainda “segue no rascunho”. Diz: “O cidadão que protesta nas ruas contra a corrupção do governo comete em sua vida privada pequenos atos de corrupção, como pagar o médico sem recibo, coisas assim. Não percebemos, mas nos falta a cultura do republicanismo. É preciso entender o porquê.” O volume cobre desde a viagem de Pedro Álvares Cabral, em 1500, até o que as autoras consideram ser “o final da fase da redemocratização”, consolidada com a posse de Fernando Henrique Cardoso (1995). As autoras justificam a opção por escrever uma biografia, e não um livro de história tradicional, para poder incluir pontos de vista alternativos aos usados em outras narrativas sobre o país. Com documentação composta de correspondências, relatos de viajantes e obras

não foram protagonistas. É um modo mais plural de contar uma história”, diz Schwarcz. Starling complementa: “a biografia permite resgatar as vidas anônimas e colocá-las lado a lado com os grandes personagens”. PASSADO VIOLENTO Schwarcz conta que o capítulo sobre a escravidão reflete uma “indignação” surgida após uma sessão do filme “12 Anos de Escravidão”, vencedor do Oscar em 2014. “Eu ouvia as pessoas dizendo: ‘que bom que no Brasil não foi assim’. Como não foi assim? Por que é tão forte a ideia de que somos mais pacíficos do que outros?”, questiona a professora. “O nosso presente está coalhado de um passado violento. É só ver que ainda temos nos edifícios um ‘quarto de empregada’,


em cujo banheiro, geralmente, a ducha está em cima da privada. Ou seja, ainda cometemos políticas de humilhação que fazem com que o desrespeito a essa população fundamental do Brasil seja naturalizado”, completa. Starling chama a atenção para a necessidade de contar a história como obra aberta, sujeita a acasos e a intervenções dos cidadãos. “A história só é previsível depois que acaba. É bom que as pessoas saibam que as decisões que elas vão tomar agora importam e podem definir o rumo dessa saga.” “Brasil: Uma Biografia” foi lançado em maio em São Paulo e Belo Horizonte. Sylvia Colombo / Folhapress.

Talento vem de dentro e todo mundo tem

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screver histórias, desenhar, ensinar, tocar um instrumento, cantar...qual é o seu dom? Auxiliando os pequenos a descobrir talentos e habilidades em si e no próximo, a psicóloga paulista Karina Picon conta uma história de desafios e autoconhecimento em “A Descoberta dos Dons”, lançamento da Boa Nova Editora. Guilherme e Francisco são colegas de escola, curiosos e adoram aprender coisas novas, no entanto, levavam a vida de formas bem diferentes. Enquanto Guilherme era uma criança emotiva, alegre e de imaginação fértil, Francisco desperdiçava seu tempo em frente ao computador e estava sempre entediado, triste e sozinho. Em uma aula de música, Guilherme cria melodias em seu violão e desperta a inveja de Francisco, que adorava notas musicais, mas não tocava instrumento algum. Percebendo o sentimento na criança, a professora Cecília ajuda Francisco a descobrir as próprias habilidades e a admirar o dom de Guilherme: “Deus deu um dom a cada pessoa, Ele não faz diferença entre Seus filhos. O dom de Guilherme é tocar violão, que, somado ao seu treino e esforço, faz dele um artista. Precisamos ajudar você a descobrir qual é o seu.” A “Descoberta dos Dons” reúne ensinamentos sobre a boa convivência e incentiva a criança a descobrir, compreender e valorizar esse “presente” que já faz parte da essência dela e que pode ser cultivado. De forma didática e saudável, a partir da transformação de Francisco, o livro mostra à criançada os dons como instrumentos de mudanças positivas no mundo.

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Cultura / Música

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Caetano conta que prepara novas parcerias com Gil, com quem faz turnê, desde junho, festejando o cinquentenário de carreira de ambos. Shows da dupla no Brasil podem ter novas datas

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FOLHAPRESS

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turnê que reúne Caetano Veloso, 72, e Gilberto Gil, 73, para comemorar o cinquentenário de carreira dos dois começou dia 25 de junho, em Amsterdã, com 18 datas confirmadas na Europa e no Oriente Médio (Israel) e, por ora, apenas nove no Brasil – onde São Paulo será a escala inicial, em 21 e 22 de agosto. A provável sequência de abertura do show, porém, lembra sem rodeios onde estão fincadas as raízes da dupla. O blues cordelista “Back in Bahia” (Gil, 1972), composto logo após a volta do exílio em Londres (“Como se ter ido fosse necessário para voltar/ Tanto mais vivo”), deságua em “Marginália 2” (Gil/Torquato Neto, 1968), dos versos “Minha terra tem palmeiras/ Onde sopra o vento forte/ Da fome, do medo e muito/ Principalmente da morte”, incomodamente não anacrônicos, 47 anos depois. Em seguida, o samba “É de Manhã” (Caetano, gravada por Bethânia em 1965, como lado B do compacto que lança “Carcará”) deve abrir alas para “Filhos de Gandhi” (Gil, 1975), outra criação da fase de reencontro com o Brasil. Em algum momento do périplo europeu, uma parceria inédita dos dois pode ser incorporada ao repertório, segundo Caetano – personificando aqui o mote “mistério sempre há de pintar por aí”.

“Ainda não fizemos. Gil criou duas melodias diferentes e bonitas. Mas eu não escrevi nenhuma letra”, conta, em entrevista por e-mail. Para o músico, não há desequilíbrio na proporção de shows no Brasil e no exterior (a França e a Itália recebem, cada uma, quatro apresentações da turnê): “Você sabe como é, chega no Brasil os convites para fazer outras praças crescem, e a gente termina fazendo muito mais do que o que estava na primeira lista”. Nas cinco primeiras datas do tour pela Europa, o preço do ingresso varia entre 54 euros (ou R$ 186, média das entradas mais baratas) e 95 euros (ou R$ 327, média das mais caras). Em São Paulo, será preciso desembolsar entre R$ 120 e R$ 450. REENCONTRO A ideia de juntar Caetano e Gil em cena

partiu do empresário e produtor italiano Ettore Caretta, velho entusiasta da MPB. O último trabalho conjunto da dupla havia sido “Tropicália 2”, disco de 1993 mais conhecido pela canção “Haiti”. Quase dez anos depois, eles dividiram o palco com Bethânia e Gal na reedição-relâmpago (só dois shows) d’Os Doces Bárbaros, que gerou não um álbum, mas um documentário assinado por Andrucha Waddington. Gil e Caetano se conheceram em 1963, por intermédio do produtor Roberto Santana. O segundo já seguia pela televisão a carreira do primeiro havia ao menos dois anos. É dessa época a frase de dona Canô, que o filho reproduziu no livro “Verdade Tropical”: “Caetano, venha ver o preto [de] que você gosta”. Uma das primeiras aparições conjuntas deles ocorreria no ano seguinte, já ao lado de Bethânia e Gal (além de Tom Zé), à frente do show “Nós, Por Exemplo”, que abriu o hoje incontornável teatro Vila Velha, em Salvador. Em 1965, com intervalo de meses entre um e outro, sairiam os compactos de estreia do par: o cartão de visitas de Caetano tinha “Cavaleiro” e “Samba em Paz”, enquanto Gil exibia “Procissão” e “Roda”. O resto é história. “Para mim é bom estar perto de Gil outra vez”, comenta Caetano, que encerrou a extensa turnê de “Abraçaço” (disco lançado no fim de 2012) na Virada Cultural paulistana, em junho. “Quase nada tenho composto”, conta. “’Abraçaço’ durou muito mais do que eu jamais preveria, e agora já emendo na turnê


pressão para derrubar a brecha à censura prévia. Sobre o cenário político brasileiro atual, Caetano vê se aproximar “o fim de um ciclo”, o do PT no poder. “Sinto há bastante tempo. Votei em Marina pensando nisso. A Presidência perdeu força, o Congresso brilha com pautas conservadoras, Eduardo Cunha é uma nova estrela da mídia, mas eu votei em Dilma [no segundo turno].”

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ISRAEL A turnê com Gil causou celeuma antes mesmo de começar por causa de uma mobilização na internet para que a dupla desistisse de se apresentar em Tel Aviv, diante da política do Estado israelense para a Palestina. O músico inglês Roger Waters, ex-líder do Pink Floyd e adepto da causa palestina, endereçou duas cartas aos brasileiros pedindo que cancelassem a ida, mas não foi atendido. Caetano respondeu argumentando que era preciso separar as ações do governo de Netanyahu do pensamento e das atitudes da população israelense. O show de 28 de julho está, portanto, mantido. O artista diz que “simplificar a

Shows no Brasil SÃO PAULO QUANDO 21/8, às 22h30 e 22/8, às 22h. ONDE Citibank Hall. Av. das Nações Unidas, 17.955. Tel.: (11) 4003-5588.

CURITIBA QUANDO 28/8, às 21h ONDE Ópera de Arame. Rua João Gava, s/ nº. Tel.: (41) 3355-6072.

PORTO ALEGRE QUANDO 29/8, às 21h ONDE Auditório Araújo Viana. Av. Osvaldo Aranha, 685. Tel.: (51) 3268-6664. UH / FOLHAPRESS

com Gil. Tomara que os nossos shows no Brasil não sejam muito mais numerosos [...], pois quero parar para saber o que vou fazer de novo [...] Quando o show da Virada terminou, senti que queria fazer mais coisas com a Banda Cê.” Já são três álbuns na companhia do trio formado por Pedro Sá (guitarra), Marcelo Callado (bateria) e Ricardo Dias Gomes (baixo): “Cê” (2006), “Zii e Zie” (2009) e o do recém-concluído tour. Os “transambas” e “transrocks” registrados na trinca de CDs renovaram nitidamente o público do cantor e compositor. Antes de voltar ao estúdio, entretanto, Caetano ainda tem à frente a perna brasileira do projeto “Dois Amigos, Um Século de Música” e um possível desdobramento norteamericano, no começo de 2016.

Lucas Neves / Folhapress.

estrutura da questão Israel-Palestina não ajuda”. “Não posso confundir o povo com o governo e suas políticas. Muito menos com fanáticos judeus que agridem palestinos em áreas de assentamentos. Assim como não confundo os palestinos com homens-bomba ou intolerantes antijudeus. Imagino que quem vai ver um show nosso em Tel Aviv não seja a direita reacionária”, completa. ‘ÍNTIMA ALEGRIA’ Numa pauta política mais próxima, ele diz ter recebido “com íntima alegria” a decisão recente do Supremo Tribunal Federal que torna inconstitucional a exigência de autorização prévia para publicação de biografias. Em 2013, o Procure Saber, composto por ele, Gil, Chico Buarque, Roberto Carlos e outros artistas, articulou resistência à

BELO HORIZONTE QUANDO 26/9, às 22h ONDE Chevrolet Hall. Av. Nossa Senhora do Carmo, 230. Tel.: (31) 4003-5588.

BRASÍLIA QUANDO 3/10 (horário não definido) ONDE Centro de Convenções Ulysses Guimarães, Ala Sul, 1º andar. Tel.: (61) 3214-2744.

RIO DE JANEIRO QUANDO 16 e 17/10, às 22h30 ONDE Citibank Hall. Av. Ayrton Senna, 3.000. Tel.: (21) 2156-7300.

SALVADOR QUANDO 28/11 (local e horário não definidos até o fechamento desta edição - 29/6). Em São Paulo, os ingressos custarão entre R$ 120 e R$ 450. Para as demais localidades, os valores não haviam sido divulgados até a conclusão desta edição. Julho de 2015 | Vilas Magazine | 41


Viver Bem

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e acordo com a nutricionista Camila Leonel Mendes de Abreu, mestre em ciências pela Universidade Federal de São Paulo, sentir fome em um horário em que se deve estar dormindo pode ter várias causas, como não fazer todas as refeições de maneira adequada ao longo do dia ou até mesmo pular alguma delas por causa do dia a dia atribulado. “O fato de não ter tomado o café da manhã, que é uma refeição importante, pode fazer com que a pessoa, mesmo inconscientemente, recompense durante

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Pular o café da manhã pode ser a causa da fome noturna Assaltar a geladeira após as 22h é um hábito geralmente associado à insônia que pode ser desencadeado pelo estresse, segundo especialistas a noite”, explica Camila. “Outro provável motivo se deve ao fato de que à noite, em casa, relaxando, o pensamento pode ser mais direcionado à comida”, afirma.

De acordo com a nutricionista Patrícia Ramos, esse hábito pode estar associado à produção irregular de dois hormônios: a melatonina, que induz ao sono, e a lepitina,


responsável por regular a sensação de saciedade após nos alimentarmos. Para essa especialista, quem tem fome excessiva durante a noite deve adotar algumas estratégias que podem ajudar a combater as consequências ruins associadas a esse problema. “A pessoa deve comer de três em três horas e livrar a geladeira dos alimentos muito calóricos, como doces.” Essa segunda recomendação é importante porque 12% das pessoas que assaltam a geladeira à noite são obesas, segundo Patrícia. Além de comer de forma fracionada, o que faz com que nosso metabolismo funcione em um ritmo adequado e leva ao controle do peso, outra estratégia que ajuda a pessoa a combater o hábito de comer muito à noite é realizar exercícios físicos regularmente. Léo Arcoverde / Folhapress

Distração é dica contra o mau costume

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ubstituir a refeição em horário inadequado por um outro hábito é uma boa estratégia para que a pessoa consiga, aos poucos, livrarse desse mau costume. “A pessoa deve tentar se distrair quando surge aquela vontade de comer um docinho. Ela pode ler um livro, ouvir música, brincar com as crianças, passear com o cachorro. Vale tudo quando queremos evitar comer demais”, diz a nutricionista Camila Leonel.

Nunca se automedique. Para tirar todas as suas dúvidas, procure orientação profissional com um nutricionista e/ou endocrinologista de sua confiança

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Saúde & Bem-Estar

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ão adianta cometer excessos na dieta pensando que vai ser possível compensá-los na academia. Esse é o apelo publicado por médicos e especialistas no periódico “British Journal os Sports Medicine”, na última quintafeira. Para eles, quem quer emagrecer deve se preocupar muito mais com a quantidade de calorias ingeridas do que com a qualidade de calorias gastas. Isso fica evidente, por exemplo, quando pensamos nas mais de mil kcal calorias ingeridas em uma modesta ida ao cinema, com o consumo de um balde de pipoca e um copo de refrigerante. Para gastar tal energia, seriam necessárias mais de duas horas de caminhada em velocidade moderada, a uma velocidade entre 5 km/h e 6 km/h, para uma pessoa que pesa 80 kg. Se a pessoa estiver correndo, precisará de cerca de uma hora e meia de atividade. “Minha maior preocupação é que a mensagem que está sendo transmitida ao público sugere que você pode comer o quanto quiser, desde que se exercite”, afirmou à BBC o cardiologista britânico Aseem Malhotra, um dos autores do artigo. Segundo ele, muitos pacientes são injustamente levados a acreditar que não conseguem perder peso porque não se mexem o suficiente. Seria muito melhor, afirma, que elas simplesmente parassem de ingerir alimentos calóricos e especialmente bebidas açucaradas, como refrigerantes ou sucos de caixinha.

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Quer perder peso? A solução não são os exercícios físicos, diz um grupo de médicos; eles têm benefícios, mas para emagrecer o negócio é comer direito Nabil Ghorayeb, diretor da Sociedade Brasileira de Cardiologia, concorda com o artigo, em partes. “Se você tem uma alimentação desregrada, aí não tem muito o que fazer, mas mesmo quem tem uma dieta controlada e não pratica exercícios perde os benefícios que eles trazem.” Os pesquisadores que escreveram o artigo não questionam que, embora os exercícios físicos

“não promovam perda de peso”, eles têm outros benefícios muito importantes para a saúde. “O sedentarismo é um fator de risco para doenças cardiovasculares”, lembra Nabil Ghorayeb. A prática de atividade física aumenta a produção de moléculas que evitam a deposição de gordura nas artérias. Além disso, a atividade física ajuda no controle da pressão arterial e aumenta os

níveis de colesterol “bom”, o HDL – embora os exercícios tenham pouca influência sobre os níveis de colesterol “ruim”, o LDL, ligado ao consumo de gordura saturada. Vários especialistas, no Brasil e no exterior, relativizam as conclusões do artigo de Malhotra, porém. Susan Jebb, professora da Universidade Oxford, apontou vários estudos que comparam


“Com alimentação desregrada, não tem muito o que fazer mesmo, mas quem tem uma dieta controlada e não pratica exercícios perde benefícios” NABIL GHORAYEB, cardiologista brasileiro.

grupos de pacientes que só mudaram de hábitos alimentares com aqueles que fizeram isso e também passaram a fazer exercícios. Segundo ela, quem combina as duas iniciativas perde mais peso tanto no curto prazo, nos primeiros seis meses, quanto no longo prazo. É a opinião também de Ri-

cardo Nahas, coordenador do Centro de Medicina do Exercício e do Esporte do Hospital 9 de Julho de São Paulo. “Até dá para controlar a obesidade só mudando a dieta, mas o exercício facilita muito.” Gabriela Malta Folhapress.

“Minha maior preocupação é que a mensagem que está sendo transmitida ao público sugere que você pode comer o quanto quiser, desde que se exercite” ASSEM MALHOTRA, cardiologista britânico. Julho de 2015 | Vilas Magazine | 45

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Saúde & Bem-Estar

Musculação e corrida também ajudam a fortalecer os ossos

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anter uma rotina de atividade física é a melhor forma de manter a saúde dos ossos, mesmo no caso de pessoas idosas.Segundo especialistas, a melhor forma de fortalecê-los são os exercícios de impacto, como a corrida e a musculação. Vale também apostar em esportes como futebol, vôlei ou basquete, que agem com a

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gravidade. Isso ocorre porque os ossos tendem a se adaptar à situação. Se os tendões e músculos estão mais fortes, os ossos vão ‘acompanhá-los‘ nesse processo. Esses exercícios também provocam uma série de processos químicos que fazem aumentar a resistência dos ossos e outros componentes do corpo. “Nosso corpo é

mecanismo de adaptação constante. Se eu ficar sentado o dia todo, sentar para jantar, deitar para ler um livro, crio adaptações no corpo que fazem diminuir massa muscular, qualidade do tecido ósseo, aumentar a gordura”, afirma o médico funcional Fábio Cardoso, especialista em medicina preventiva. Segundo ele, o ideal é que o exercício físico seja feita feito cinco ou seis dias por semana, durante 50 minutos ou uma hora. “Isso gera adaptação para o lado bom, de preservar a massa muscular e tornar tendão e ossos mais fortes. Não adianta só comer bem,


Alimentação e tomar sol são indispensáveis

preparar a musculatura antes”. Segundo ele, isso evita fraturas por excessos e dores musculares. Bárbara Souza Folhapress.

IMAGE SOURCE / LAURA DOSS

tem que fazer atividade física para fazer essa adaptação”, afirma. Ter uma rotina de atividade física, garantem os médicos, pode ajudar até mesmo em casos de osteoporose (quando os ossos perdem os minerais, como o cálcio, e quebram com facilidade). Mas o fisioterapeuta Caio de Souza, da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia, faz um alerta: “Claro que com um educador físico, fisioterapeuta. Se começa a fazer atividade física do zero, tem que

A saúde dos ossos depende de uma soma de bons hábitos. É importante não descuidar da alimentação e tomar sol diariamente. Segundo o ortopedista Caio de Souza, leite e seus derivados, verduras verde-escuras e peixes são importantes fontes de cálcio e devem ser consumidos diariamente. E deve-se tomar sol nos ossos longos para produzir a vitamina D, que faz o cálcio se fixar nos ossos.

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Moda & Beleza

Efeito molhado Penteado é sofisticado e fácil de fazer; é preciso estruturar os fios antes de passar fixador e tomar cuidado para não exagerar na dose

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ofisticação é a palavra que define o penteado conhecido como efeito molhado, que está muito em alta. “Também conhecido como ‘slyck hair’, ele não sai de moda pela elegância que transmite”, afirma a “hairstylist” Ruth Damaris. Mais arrumadinho, o penteado é ideal para eventos sociais e glamorosos, como festas e casamentos. “Isso depende do estilo da mulher e da composição com a roupa”, observa o cabeleireiro Marcelo Brito. Mas não vale sair do banho com as madeixas úmidas e achar que está arrasando. Por mais simples que seja o penteado, é preciso passar produtos específicos, a fim de garantir o sucesso do “look”. “É possível usar gel, pasta com efeito molhado e também spray para alcançar o resultado”, lista

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A modelo Beatriz Libonatti (esq.) exibe o penteado com efeito molhado. Fotos menores (na sequência númérica) o passo a passo para o penteado com efeito molhado

Divulgação

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Caio Castro usa o corte “untercut”, na novela “I Love Paraisópolis” (Rede Globo)

O corte da moda n

o “hair stylist” Wesley Nóbrega. Ruth, porém, prefere o spray de alta fixação. “O gel é incrível para fazer cabelos colados na cabeça, mas o spray não pesa no cabelo”, avalia ela, que ensina a passar o produto aos poucos, para não exagerar na dose. Ela diz, ainda, que quem tem pouco volume deve evitar o penteado, pois ficará com a impressão de que o cabelo é ainda mais ralinho. “Ele alonga, por isso é ideal para quem tem rosto oval.” Se o penteado for bem-feito, é possível se movimentar à vontade, pois ele tem longa duração. “Desde que a pessoa cuide, não passe a mão e evite vento forte”, diz Nóbrega. Em todo caso, ele aconselha ter gel ou spray à mão, para reaplicar no caso de necessidade. E na hora de desmanchar o “look”, sem pânico. “O segredo é tirar com água morna e aplicar condicionador antes do xampu para amolecer o gel e assim conseguir eliminar todo o resquício do produto”, indica Brito. Laís Oliveira / Folhapress.

O “undercut” conquista os galãs e cai no gosto popular; com lados raspados e volume no topo, é o cabelo masculino do momento

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visual do ator Caio Castro em “I Love Paraisópolis” (Globo / TV Bahia) tem chamado a atenção. O cabelo com risca em destaque, raspado dos lados e com volume no topo da cabeça já foi usado também por astros como Brad Pitt, David Beck-ham e Jake Gyllenhaal. “O estilo ‘undercut’ não é uma novidade. Ele é anterior à Primeira Guerra Mundial e ficou popular a partir de 1930, entre os militares dos Estados Unidos e da Alemanha”, conta o “hairstylist” Rodrigo Lima. “Naquele momento, optava-se por

retirar todo o cabelo onde o capacete não cobria e, com isso, ganhava segurança contra as faíscas das armas”, conta ele, dizendo que o número de pessoas que tiveram queimaduras por faíscas no cabelo era alto. “E, com pouco cabelo para ser penteado, o oficial não corria o risco de ser confundido com os prisioneiros, que normalmente tinham a cabeça toda raspada”, detalha Lima. Diferentemente do corte militar, o atual tem o topete mais alto e pode ser usado mais solto e desalinhado. “Na época, eles aplicavam goma ou brilhantina, uma espécie de gel, para segurar o topete franjão. Hoje, o homem pode usar pomada, gel ou musse capilar para estilizar e fixar as madeixas”, indica Rober Borsato, gestor de uma rede de salões masculino. Especialistas dizem que todos os tipos de cabelo ficam bons com o penteado, mas os muito crespos podem não mostrar bem o corte. A manutenção, com máquina nas laterais e tesoura no topo, varia de 20 a 30 dias. Laís Oliveira / Folhapress.

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PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOLOGIA

PSICOPEDAGOGIA

PSICOTERAPIA

PSICOTERAPIA

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PSICOTERAPIA

PSIQUIATRIA

Instituto Aline Pastori abre inscrições para curso livre de formação de terapeutas holísticos Referência na área de formação de terapeutas holísticos, o Instituto agora expande sua atuação e oferece curso em Salvador

PSIQUIATRIA

PSIQUIATRIA

TERAPIA

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om seis anos de atuação no mercado e indo para a 9ª turma, o Instituto Aline Pastori abre as inscrições para o Curso Livre de Formação de Terapeuta Holístico, que visa não só sistematizar e transmitir conhecimentos técnicos e práticos da profissão, mas também propiciar o autoconhecimento e a autotransformação, tendo como base o Modelo Integrativo IAP, que tem como base a psicoterapia transpessoal e a escola dos antigos terapeutas de Alexandria, modelo exclusivo desenvolvido pela terapeuta e fundadora do Instituto, Aline Pastori. Trata-se de uma formação com perfil único no mercado, que pode abrir novos caminhos profissionais e trazer benefícios legítimos à sociedade. “Nossa proposta é desfazer a visão segmentada da saúde e formar terapeutas com uma visão integrativa, resgatando, assim, a tradição dos antigos terapeutas, que com o olhar integral, autoconsciente e atitude acolhedora e generosa, colocavam-se a serviço para benefício de todos os seres”, comenta Aline. Entre os assuntos que integram o conteúdo programático do curso estão: a introdução ao Modelo Integrativo IAP, respiração e meditação, anatomia energética, consciência corporal, avaliação terapêutica e a arte do acolhimento, massagem terapêutica bioenergética, auriculoterapia, cromoterapia, aromaterapia, fitoterapia e energética aplicada, terapia floral (florais de Bach). O curso tem duração de 13 meses, com aulas realizadas em um final de semana por mês, sábados e domingos, das 8h30 às 17h30. Todo o conteúdo é apostilado, com aulas práticas e recursos audiovisuais, professores amplamente capacitados, e uma plataforma online de estudo e comunicação. “É necessária a realização de estágio, totalmente supervisionado, para concluir a formação e, ao final do curso, os participantes considerados aptos receberão o certificado de conclusão”, ressalta Aline. Há uma turma prevista para agosto, em Salvador – escolhida para abarcar a grande demanda das regiões Norte e Nordeste –, com início previsto para os dias 22 e 23. “Vale destacar também que o curso se destina a todas as pessoas interessadas no olhar e na prática holística, no cuidado integral da saúde e em terapias naturais”, finaliza a especialista. O Instituto Aline Pastori foi criado em 2009 pela psicoterapeuta holística e coach (Life & Professional), Aline Pastori, que atua há 19 anos na área das ciências naturais. Sua motivação primordial é beneficiar todos os seres, oferecendo serviços capazes de transformar as relações de maneira positiva. A filosofia do trabalho do Instituto está baseada na visão transpessoal, holística e integrativa, pautado pelas grandes escolas de sabedoria, ancestrais e atuais, com foco na evolução contínua. SERVIÇO Curso: Formação de Terapeuta Holística Início em Salvador: 22 e 23 de agosto de 2015 Taxa de matrícula: R$ 110,00 Mensalidade: R$ 397,00 Duração: 13 meses Inscrições: curso@institutoalinepastori.com.br Mais informações: www.institutoalinepastori.com.br

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A

Frescor no prato

o ver essas pequenas foMuito utilizada pela indúslhas embelezando sucos, tria farmacêutica e de cosmépratos e sobremesas, ticos, a erva conta com uma Usada para deixar os pratos mais bonitos muitas pessoas podem até penalta concentração de óleos e saborosos, a hortelã é apontada por sar que a hortelã é um alimento essenciais, como o mentol meramente decorativo. Porém, e a mentona, que têm ação nutricionistas como excelente aliada da saúde o que poucos sabem é que a medicamentosa e aromatizanplanta possui diversas propriete. “O mentol, por exemplo, dades medicinais e pode ser considerada um alimento funcional, é famoso por suas propriedades anestésicas, antibacterianas e ou seja, além de ter funções nutricionais básicas, a hortelã ainda anti-inflamatórias, sendo largamente utilizado nas afecções de traz benefícios à saúde. garganta. Por sua constituição química, promove a sensação de “Ao introduzi-la na dieta, a pessoa se beneficia de sua ação refrescância e analgesia e é muito aproveitado em praticamente antioxidante, anti-inflamatória, antiespasmódica, antiemética (que todos os produtos de higiene bucal, assim como para uso tópico proporciona alívio dos sintomas relacionados a náuseas) e anal- em dores musculares”, diz Brigitte Olichon. gésica, além da atividade antimicrobiana”, enumera Ana Carolina Quem não puder cultivar a planta em casa, tem de prestar Angelini, nutricionista da Universidade de Campinas (Unicamp-SP). atenção ao comprar a hortelã no mercado para poder aproveitáPara Brigitte Olichon, coordenadora da Residência Multipro- la completamente em receitas. De acordo com as nutricionistas, fissional da Faculdade de Medicina de Petrópolis (RJ), outros suas folhas deverão estar com uma coloração verde brilhante, sem benefícios do hortelã são a presença de vitaminas do completo manchas escuras ou amareladas. B, cálcio e potássio. “Além disso, a planta é reconhecida por seu Deve-se lavá-las bem e, em seguida, envolvê-las em papel-toaefeito digestivo, melhorando a formação de gases, diarreia, cólicas, lha. “Depois, coloque a hortelã em um saco plástico, feche e guarde problemas no estômago e também o hálito, além de ajudar no na geladeira. Assim, elas duram alguns dias. Se não encontrar folhas tratamento de doenças diuréticas”, diz Brigitte. frescas, opte pelas secas, de preferência orgânicas, e, em casa, A hortelã ainda traz em suas folhas um sabor fresco e picante coloque tudo em um vidro limpo, bem fechado, e guarde em local que pode complementar receitas. “Ela acrescenta vitamina C (como escuro, fresco e seco para que durem vários meses”, sugere Brigitte. toda folha verde-escura) e realça o sabor de outras ervas aromáticas Confira a receita! Mariana Sewaybricker / Folhapress. na preparação dos alimentos”, explica Brigitte Olichon.

Ingredientes Para o sorvete: 2 e 1/2 xícaras (chá) de leite; 1 xícara (chá) de açúcar refinado; 1 e 1/2 xícaras (chá) de hortelã fresca picada; 1 xícara (chá) de creme de leite fresco; 6 gemas; 300 g de chocolate meio amargo ralado.

Sorvete de hortelã com flocos de chocolate

Para a calda de chocolate: 1 xícara (chá) de chocolate em pó; 1/4 de xícara (chá) de água; 1 colher (sopa) de açúcar de confeiteiro. Modo de preparo: Ferva o leite com as folhas de hortelã, tampe e deixe esfriar. Em seguida, passe o líquido pela peneira e despreze as folhas de hortelã. Bata as gemas com o açúcar até obter uma gemada fofa. Depois, adicione

o leite e leve ao fogo brando até espessar, sem ferver. Reserve até esfriar. Na batedeira, bata o creme de leite até obter um creme espesso e junte ao creme de hortelã delicadamente. Leve ao freezer até endurecer ligeiramente. Depois, na

batedeira, bata com o batedor raquete, volte ao freezer e repita a operação por mais duas vezes. Após o último batimento, misture o chocolate ralado e mantenha no freezer por, no mínimo, seis horas. Prepare a calda somente na hora de serve. Para fazê-la, leve todos os ingredientes ao fogo, mexendo sempre, até obter uma calda brilhante. Sirva em taças Dicas: Caso queira, substitua o creme de leite fresco por uma caixa de creme de leite e uma colher (chá) de emulsificante para sorvete. Para o congelamento e descongelamento, embale o sorvete em um recipiente com tampa, etiquete e congele por até três meses. Crédio da receita: União Docelar.

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Honda apresenta RC213V-S na Espanha

A

Honda anunciou junho a chegada do modelo mais exclusivo em seu lineup mundial de motocicletas. Para os amantes das competições em duas rodas, um verdadeiro marco: trata-se da RC213VS, uma versão de rua da RC213V utilizada pelos pilotos oficiais da HRC (Honda Racing Corporation), Marc Marquez e Dani Pedrosa, na MotoGP. A primeira exibição pública da RC213V-S aconteceu em 2014, durante o Salão de Milão (EICMA). Apesar de protótipo, o projeto despertou a atenção do público por seu design e atributos exclusivos de competição. Das pistas para a rua Com 56 anos de tradição em competições, iniciada em 1959 na Ilha de Man (Inglaterra) onde a Honda marcou sua estreia em uma corrida oficial, o projeto da RC213V-S traz toda experiência da marca adquirida nas pistas. Seu conceito foi idea-

lizado para oferecer um produto exclusivo, versátil e com facilidade de adequação às ruas e estradas. Nesse sentido, uma das preocupações da empresa no desenvolvimento do projeto foi trazer ao público uma opção com espirito e DNA das competições, mas que fosse fácil de pilotar por motociclistas comuns, sem qualquer experiência em corridas. As linhas e visual esportivo da RC213V-S foram inspirados na versão de pista utilizada na MotoGP. Alguns componentes são exatamente os mesmos em ambas as versões. É o caso do quadro tipo diamante, idêntico ao utilizado pela RC213V de Marc Marquez. O motor DOHC V4 de 999 cm³, com arrefecimento a líquido, segue o mesmo conceito nos dois modelos, porém com menor potência, adequada para a utilização em ruas. Na RC213V-S são 159 hp a 11.000 rpm, com torque de 10,4kgf.m a 10.500rpm. O câmbio tem seis velocidades, com transmissão final

feita por correntes. Com foco na facilidade de pilotagem, segurança, centralização de massas e baixo centro de gravidade, a RC213V-S traz em boa parte de sua estrutura materiais leves e extremamente resistentes, como alumínio e fibra de carbono. O resultado contribui não apenas para um visual exclusivo, como também para uma redução do peso total (170 kg), garantindo excelente desempenho. Os sistemas de amortecimento e freios também são provenientes das competições. Na dianteira, garfo telescópico com freios de disco duplo. Na traseira, suspensão do tipo Pro-Link, com disco simples. As demais alterações foram realizadas com o objetivo de adequar o uso do modelo às ruas. Design imponente Com visual imponente e esportivo, a nova RC213V-S teve grande inspiração em sua versão exclusiva para as pistas. As diferenças são mínimas e praticamente imperceptíveis. A carenagem frontal manteve o farol praticamente camuflado em uma pequena abertura que, na MotoGP, é Continua na página 124 u

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Versão de rua do modelo utilizado por Marc Marquez na MotoGP teve lançamento mundial no circuito da Catalunha

Julho de 2015 | Vilas Magazine | 123


utilizada como entrada de ar. As laterais ganharam carenagens imponentes, com saídas de ar para refrigeração do motor, bem visíveis. Assim como no modelo do espanhol Marc Marquez, parte do quadro está totalmente à mostra na versão de rua, ressaltando a beleza e imponência, com forte apelo racing. O assento acomoda apenas o piloto, tem altura de 830 mm e está perfeitamente integrado à rabeta. A RC213V-S será disponível em opção única tricolor, composta por três tonalidades: vermelha, branca e azul. Uma das novidades é a possibilidade da motocicleta poder ser adquirida também sem pintura para posterior customização do cliente. Haverá ainda um kit esportivo especial que aproxima o modelo ainda mais da versão das pistas e viabiliza o seu uso em circuitos fechados e competições. Com ele o desempenho do modelo atinge 215 hp a 13.000 rpm, com torque de 12,1kgf.m a 10.500rpm. Exclusividade com estilo Por se tratar de modelo histórico, a RC213V-S seguirá diretrizes bem especiais: sua produção será praticamente artesanal e realizada apenas na unidade Honda em Kumamoto, Japão. A fabricação será restrita a uma unidade diária, sob a responsabilidade de equipe exclusiva. O início de vendas está previsto para outubro deste ano, com comercialização direcionada apenas para o mercado Europeu, Estados Unidos, Japão e Austrália. A partir de 13 de julho, os interessados poderão manifestar interesse em adquirir o modelo. Para isso, basta acessar www.rc213v-s.com e conferir todos os detalhes. O preço público sugerido da RC213V-S, nos Estados Unidos, será de US$184.000.

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Viajar de moto nos meses de frio requer equipamento adequado

O

frio do inverno torna-se mais forte sobre duas rodas e em alta velocidade. É preciso vestir jaqueta impermeável, luvas, botas e um bom capacete. Em algumas situações, uma camisa térmica, tipo segunda pele, é aconselhável. Segundo Flávio Adura, diretor científico da Abramet (Associação Brasileira de Medicina de Tráfego, baixas temperaturas podem causar doenças respiratórias e outros transtornos. O maior risco é a hipotermia – quando a temperatura corporal fica inferior a 35°C. Esse quadro afeta todo o funcionamento do organismo. Devido ao aumento da atividade cardíaca, associado à contração de vasos sanguíneos dos membros, problemas cardiovasculares preexistentes podem se agravar. Artrites e artroses podem ser potencializadas pelo enrijecimento de articulações devido às baixas temperaturas. A exposição ao frio também pode levar ao surgimento de ulcerações causadas pelo congelamento de vasos sanguíneos. De moto, a 100 km/h,com 16ºC de temperatura, a sensação térmica é de 5ºC. O cálculo tem por base equações do físico americano Paul Siple (1908-1968). O frio é uma ciência exata, não se deve brincar com ele. COURO PERDE ESPAÇO Popularmente chamadas de “cordura”,


as vestimentas específicas para motociclismo só viraram sucesso de público na última década. As roupas são feitas de poliéster – “cordura” é marca registrada pela DuPont no final dos anos 1920, para aplicações militares. Segundo Alexandre Wunderlich, gerente de projetos do grupo Laquila/Texx, o material sintético usado atualmente em calças e jaquetas para motociclismo acabou tomando o lugar do couro. “Esse tipo de poliéster ganhou espaço pela leveza e por ter alta resistência a perfuração, abrasão, rasgos e vento, além de secar com facilidade”, diz. Segundo Wunderlich, os equipamentos podem trazer outros tecidos tecnológicos na composição, a exemplo do náilon, da poliamida e até da aramida, muito usada em blindagens. Uma boa jaqueta deve ter aberturas por zíperes para circulação do ar, assim como um forro térmico interno – de preferência retirável – para

ajudar a suportar o vento frio. O agasalho para uso em viagens não deve ser tão leve, e o ideal é que traga uma membrana interna que iniba a entrada de água, orientam vendedores de casas espacializadas. É por isso que, para garantir isolamento completo do corpo em regiões frias de fato (perto ou abaixo de 10ºC), é essencial investir em alguns itens adicio-

fotos: Moacyr Lopes Junior / Folhapress

Mais leve, modelo Kraken, da Texx tem forro destacável (acima). Se o frio for intenso a ponto de um capacete fechado não ser o su­ fi­ciente, o motociclista pode usar uma baclava semelhante às dos pilotos de competição (esq.). Se o problema for a chuva, capa leve sobre um casaco convencional pode ser o suficiente (abaixo).

nais. Os mais elementares são as blusas e as calças do tipo segunda pele – ou térmicas –, também feitas de poliéster e muito usadas por alpinistas. O material permite que o corpo respire no calor e que, no frio, conserve sua temperatura. O ideal é que a segunda pele seja usada justa e sem mais nada por baixo. Esse tipo de malha pode ser encontrado nas lojas de esportes em diversos “níveis” de aquecimento, modelos e preços. Algumas peças podem ser usadas como roupa comum.

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Consórcio ganha força na compra da casa após mudanças na Caixa

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s vendas de imóveis mais fracas são uma oportunidade para o consumidor que compra à vista garantir bons descontos, mas quem precisa de crédito tem encontrado vantagens no consórcio. A modalidade, segundo especialistas, é indicada para compradores que não conseguem poupar e não têm pressa. Ao contrário do financiamento bancário, no qual o mutuário paga as parcelas ao banco já morando no imóvel, o consórcio só libera o recurso para a compra mediante sorteio da carta de crédito ou ao término do plano. Para não precisar contar apenas com a sorte e acelerar o processo, o participante pode dar lances (como se antecipasse as parcelas). Ao receber a carta, então, ele ganha o poder de negociação de quem compra à vista. Mais recentemente, o consórcio ganhou apelo com a mudança das regras de concessão de crédito pela Caixa. Desde abril, o banco público, que detém 70% desse mercado, privilegia o financiamento de imóveis novos em detrimento ao de usados. Nesse caso, o banco passou a exigir entrada de 50% do valor do bem para financiar o restante. Com a necessidade de uma poupança maior, o consórcio passa a ser uma boa opção principalmente para quem quer um imóvel antigo. Entre janeiro e abril, o consórcio imobiliário cresceu 19,7%

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ante o mesmo período do ano anterior, segundo a Abac (associação de administradoras de consórcio), com 65,5 mil novos contratos. Nesse mesmo período, o número de novos financiamentos de imóveis caiu 8% (para 154 mil imóveis), de acordo com a Abecip (Associação das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança). Até o fim deste ano, o setor prevê que o consórcio ganhe mais espaço: alta de 8% a 12% no número de novos consorciados em relação a 2014.

Preço estável de imóvel dá segurança à negociação em consórcio

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falta de previsibilidade da compra do imóvel (que pode ocorrer com o sorteio na primeira prestação ou só ao término do plano) e a perda de valor da carta de crédito sempre pesaram contra a adesão ao consórcio. A questão do prazo pode ser contornada por meio de lances. Ainda assim, não há garantias de que o comprador receba o dinheiro quando precise, já que os outros consorciados podem fazer apostas maiores e levar a carta de crédito primeiro. Há pouco tempo, quem fazia um consórcio corria mais riscos de que a carta de crédito não fosse suficiente para a compra. Agora, como os preços dos imóveis pararam de subir tanto, o poder de compra do consórcio ficou melhor. Segundo Rodolfo Montosa, presidente da Abac (Associação Brasileira de Administradoras de Consórcio), o tempo de espera para colocar a mão no benefício, em média, é a metade do prazo do consórcio: se o cliente está em um grupo de 120 meses, por exemplo, a carta de crédito costuma vir em 60 meses. Mas não é uma regra. Continua na página 128 u


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SEGURANÇA Em um consórcio, são os próprios participantes que se financiam. A administradora reúne grupos de interessados e eles pagam taxas de administração, seguro e fundo de proteção contra calotes. A cada mês, uma ou mais pessoas são sorteadas para receber uma carta de crédito e continuam pagando as parcelas para financiar as compras dos demais. O consórcio pode durar mais de 16 anos. O valor recebido pode ser usado para comprar e reformar a casa ou negociar um terreno. Também é permitido usar até 10% do benefício para pagar impostos ou na emissão de certidões do imóvel. Outra opção é o resgate em dinheiro da carta após o encerramento do grupo. Antes de fazer um consórcio, é importante certificar-se se a empresa está autorizada a funcionar. O site do Banco Central (www.bc.gov.br) tem dados que auxiliam na escolha – como a lista das administradoras com maior número de queixas. Douglas Gavras / Folhapress.

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O CONSÓRCIO É A MELHOR OPÇÃO? Perfil do consorciado Há desde o casal que já pensa em guardar para comprar uma casa no futuro, ao solteiro que quer morar sozinho e não tem pressa para sair da casa dos pais. O importante é que o consumidor não tenha urgência para se mudar Planos futuros Decisões que exigem alto investimento, como a compra da casa, devem ser pensadas a longo prazo. Uma família que cresce de forma planejada e precisará de um imóvel maior em alguns anos pode pensar no consórcio como investimento Poupança forçada Quem tem mais dificuldade de poupar pode usar o consórcio para se


forçar a guardar dinheiro e usar a carta de crédito no futuro para comprar o imóvel ou resgatar o dinheiro investido quando o consórcio chegar ao fim Despesas acumuladas Diferentemente do financiamento, em que o comprador paga pelo imóvel já morando nele, o consórcio exige planejamento. Quem hoje paga aluguel, por exemplo, deve considerar que terá de arcar também com as mensalidades do consórcio até receber o benefício. Fontes: empresas e analistas de crédito.

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Tribuna do Leitor

Obra abandonada da prefeitura prejudica moradores em Ipitanga

A situação deflagra descuido por parte das autoridades públicas: uma obra inacabada em Ipitanga se tornou um prato cheio para desova dos mosquitos transmissores da dengue e do chikungunya, além da proliferação de ratos e baratas. Com o objetivo de ser uma solução para o saneamento básico de Ipitanga, hoje é um martírio para os moradores da região, principalmente os moradores do condomínio Villa de Ipitanga. Por conta da obra, outras grandes agressões são o esgoto a céu aberto, o mau cheiro, que vem trazendo grande riscos para a comunidade, atingindo em cheio crianças, e três tanques abertos (na foto, um deles), sem nenhuma proteção. O mato toma conta do terreno, sem uma intervenção emergencial do poder público. O odor é insuportável. Mosquitos de várias espécies invadem as casas dia e noite, atormentando os moradores, inviabilizando qualquer atividade em família, desde conversar, assistir televisão, até dormir. Minha filha está com o corpo todo picado, cheio de marcas. Amigos nossos, que não moram no condomínio, fazem até piada da situação: “Não tem poder público na cidade? Lauro de Freitas não tem saúde pública?”, nos indagam. Envergonhados, nos calamos, mas não temos como suportar mais. Chegou no limite. Senhor prefeito, venha ver pessoalmente a nossa situação. Saia do seu gabinete e venha ouvir a comunidade. Até hoje só temos promessas de seus assessores. Só nos resta agora uma intervenção perante o Ministério Público, pois a incompetência esta à tona. Jean Cerqueira.

O prefeito ausente Prezado Accioli Gostaria de parabenizar seu excelente editorial “O Prefeito Ausente”, publicado na edição de junho da revista Vilas Magazine. Realmente a cidade de Lauro de Freitas está precisando de um bom gestor. Que saudade faz a ex-prefeita Moema Gramacho. Aproveito a oportunida-

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de para propor a essa redação, desenvolver uma matéria sobre a necessidade de um semáforo/passarela nas imediações dos Hospitais Unimed e Aeroporto, considerando tratar-se de unidades hospitalares e os altos riscos que as pessoas enfrentam ao atravessarem as duas pistas para pegarem transportes. Na minha concepção, vejo que a passarela que está para ser instalada em frente ao Mac Donald, deveria ser nas imediações dos referidos hospitais. Alderico Sena.

Sou morador de Lauro de Freitas, leitor e admirador da revista Vilas Magazine pela sua transparência e seriedade com a as matérias que vem sendo divulgadas ao longo dos seus 16 anos de circulação. Ao tempo, e preocupado com a quantidade de crianças e adolescentes no meio das ruas sem atividades escolares, solicito os bons préstimos de verificar a possibilidade de realizar uma matéria a respeito da situação que se encontra a obra do IFBA no município. Como está a obra, se sua inauguração acontece ainda este ano, os benefícios que trará para a cidade, dentre outros pontos a serem abordados. Rubem Bacelar. O Editorial do diretor-editor da revista Vilas Magazine, jornalista Accioli Ramos, produziu resultado quase que imediato, já que a pre-

feitura está executando o asfaltamento das principais vias de Vilas do Atlântico, embora falte ainda muita coisa para ser feita. Vale lembrar que somos os maiores contribuintes do IPTU do município. Assim, gostaria de sugerir a publicação de uma outra matéria abordando o abandono e o caos que presenciamos dia após dia na Av. Luiz Tarquínio. Talvez assim o prefeito se mexa. Yvan Gouvea.

Pedágio Se o governo está disposto a liberar a construção de mais um pedágio, é importante que responda por que já não executou obras para que se evite a mesma cobrança absurda que é feita hoje, tanto para quem vai a Aracaju ou a Arembepe. Claudio Casaes.

Descarte irregular se alastra em Ipitanga

Sou leitor assíduo da revista Vilas Magazine e peço ajuda para divulgar a degradação da área de preservação ambiental situada entre as ruas dos Veranistas e Vereador José Barbosa dos Reis, em Ipitanga, nas proximidades do Centro Panamericano de Judô. Como se pode perceber, na foto acima, a área de preservação vem sendo fortemente impactada pela ação de comerciantes e construtores que descartam os resíduos de suas atividades comerciais nesse local. A vegetação natural está sendo reduzida e a fauna existente no local está sendo impactada por consequência. Os animais estão invadindo as nossas casas e presenciamos ratos no local. Já entramos em contato diversas vezes com a prefeitura, mas não percebemos interesse em resolver o problema. Esse fato se repete a muito tempo e a prefeitura nunca se interessou em tomar uma ação definitiva, ao que parece existe um interesse em permitir a degradação. Essa foto foi tirada a alguns dias atrás, mas hoje (29/6) não está nem sendo possível passar de carro na rua, por conta dos entulhos. Vocês podem nos ajudar a solucionar esse problema? Marcos Carvalho. Praia de Ipitanga.


TÁBUA DE MARÉS


AT12517 - AN VILA MAGAZINE - 182X241.pdf

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