Vilas Magazine | Ed 199 | Agosto de 2015 | 32 mil exemplares

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Uso de smartphones em salas de aula divide opinião de educadores

O PERIGO AUMENTOU

A Bahia em alerta com a epidemia de três doenças



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editorial

A culpa é das autoridades

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tríplice epidemia que atinge a Bahia – dengue, chykungunya e zica – é culpa do cidadão comum, dizem as autoridades. Afinal, cabe às pessoas eliminar pontos de acumulo de água, por exemplo. Todos conhecemos o discurso. O que pouco se diz é que a responsabilidade, no sentido lato do termo, sempre foi e continua a ser das autoridades. Conviver com o mosquito transmissor da dengue não é destino, mas escolha. Em geral, uma escolha das autoridades. O Brasil conseguiu erradicar o inseto na década de 50, como efeito colateral do combate à febre amarela – uma ação bem sucedida e de responsabilidade das autoridades. E se o vetor voltou ao país no final da década seguinte foi por relaxamento das medidas sanitárias, igualmente de responsabilidade das autoridades. O resultado disso é que, vinte anos depois, tivemos a primeira epidemia de dengue – e de lá para cá a situação só piora. Há cerca de 30 anos convivemos com epidemias do vírus no país. Por escolha, não por destino. Se os cidadãos não fazem a sua parte por bem, há que obrigá-las por meio de ações e sanções legais. Anos atrás a prefeitura de Lauro de Freitas obteve na Justiça o direito de invadir imóveis suspeitos de manter focos de mosquitos da dengue. Agora, a escassos dias do fim de julho, a secretaria municipal de Saúde voltou a obter autorização semelhante. Pode resultar em alguma coisa se realmente houver a ação de fiscalização, que podia começar pelas visitas a quem não impede a inspeção das autoridades. Quando foi a última vez que um agente da dengue bateu à sua porta? A tendência à culpabilização dos cidadãos, por conveniência também ignora uma situação de fato: grande parte da população habita aglomerados habitacionais subnormais em que as atuais medidas sanitárias são absolutamente inócuas. Como eliminar focos do mosquito em meio a compostos urbanos com esgoto correndo a céu aberto? Qual dos senhores responsáveis pelo combate ao mosquito arrisca afirmar que a dengue é prioridade nessas áreas? Há piscinas abandonadas em casas fechadas, sim. Há caixas d’água descobertas, pratos de vasos de plantas com água acumulada, há sim. Mas essa é parte fácil de resolver. A etapa complicada está descrita nos índices de infestação predial – medida adotada pelo governo federal para determinar onde o risco de epidemia é maior – mas por região, não por município. Lauro de Freitas, por exemplo, exibe índice de alerta no conjunto do seu território. Mas já ficou provado, no tempo em que as autoridades divulgavam os índices por região, que o quadro pode variar muito de um bairro para o outro. Adotar critérios de maior transparência nesse quesito ajudaria a aumentar a pressão sobre as autoridades, responsáveis por dar combate ao mosquito, inclusive tratando as condições sanitárias de determinadas regiões. Culpar o cidadão pode ser mais confortável, mas não vai produzir resultados.

Revisão do PDDM

R Carlos Accioli Ramos Diretor-editor

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euniões decididas em uma reunião não programada e que excluiu a Associação de Moradores de Vilas do Atlântico teriam sido divulgadas no mês passado “por e-mail, WhatsApp e Facebook” depois de ter sido o “calendário publicado no Diário Oficial do Município”. Além de tudo, mais uma vez a prefeitura ignora olimpicamente o único veículo impresso da cidade, como se as redes sociais substituíssem a comunicação social. É lamentável verificar o ponto a que chegamos. Por que não programar e dar publicidade adequada, com maior antecedência, a todas as atividades de um processo que deve ter ampla participação popular, inclusive por imposição legal? Vale a pena arriscar a invalidação de todo o processo, como acredita ser o caso a associação de moradores? Mais uma vez: afinal, qual é a pressa?


Registros

Uma história de sucesso em família Renato e Rosa Sam­ paio comemoram os 21 anos de atuação da escola de Inglês Number One Vilas do Atlântico na região. A escola se originou com a necessidade de dar continuidade às atividades de Rosa como professora de inglês, e de realizar o sonho do filho Renato, em administrar um negócio próprio aliando a sua condição de professor do idioma, como sua mãe. A casa da aluna de Rosa, Lucy Braga, em Vilas do Atlântico, foi o berço, em 1994, para o projeto, com 25 alunos, que só se tornaria viável com a ajuda administrativa e financeira do marido e pai, Bernardo Leal Sampaio Neto, que por sete anos “segurou” o negócio.

Atleta do projeto Lutar para Vencer, de Lauro de Freitas, ganha medalha de bronze em competição nacional Com apenas 16 anos, Reidler Soares Freitas, morador de Lauro de Freitas, é um dos atletas de boxe assistidos pelo projeto Lutar Para Vencer, da Prefeitura de Lauro de Freitas, desenvolvida por treinadores e educadores físicos voluntários. Praticante do esporte há quatro anos, o adolescente já começa a colher os frutos da disciplina e determinação: em julho ganhou medalha de bronze no 8º Campeonato Brasileiro de Boxe Masculino Cadete, na cidade de Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Filho único, chamado de ‘Falcão’ pelo pai, Reidler é apoiado pela família, e incentivado pelos companheiros jovens e crianças, que como ele, participam do projeto Lutar Para Vencer.

Artes visuais ganham espaço para exposição no Shopping Paralela A Art Fair Bahia, a primeira feira de artes visuais do estado, continua com sua programação nos finais de semana no mall do Shopping Paralela, disponibilizando uma plataforma para exposição e venda de obras de arte, com a proposta de construir um espaço para envolvimento do público com as artes visuais. Cerca de quarenta artistas apresentam suas pinturas, desenhos, gravuras, fotografias, esculturas com ampla diversidade técnica e de estilos, oferecendo ao público que busca o conforto dos shopping’s center’s, um encontro inusitado com a arte . A proposta ainda pretende apresentar pockets shows de música experimental, performance e grafite. Dentre os artistas expositores, está Dina Garcia, de Cruz das Almas, que tem entre seus temas preferidos, o nu feminino, a vida simples das pessoas que vivem no campo – ambiente no qual ela revela que gostaria de viver – e a cultura afro-brasileira. “Adoro pintar os negros porque todo mundo tem um pouco da cultura afro, correndo nas nossas veias”, explica (veja acima, quadro da artista). A artista está selecionada para edições da Bienal do Recôncavo, acumula dezenas de exposições coletivas e individuais entre Salvador, cidades da região e no exterior. Serviço: Art Fair Bahia. Todos os finais de semana (sábados, de 9h às 22h, e domingos, das 12h às 21h), no Shopping Paralela, L2.

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www.vilasmagazine.com.br Publicação mensal de propriedade da EDITAR - Editora Accioli Ramos Ltda. Rua Praia do Quebra Coco, 33. Vilas do Atlântico. Lauro de Freitas. Bahia. CEP 42700-000. Tels.: 0xx71/3379-2439 / 3379-2206 / 3379-4377. Diretor-Editor: Carlos Accioli Ramos accioliramos@vilasmagazine.com.br Dire­to­ra: Tânia Ga­zi­neo Accioli Ramos Gerente de Negócios: Álvaro Accioli Ramos alvaro@vilasmagazine.com.br Leandra da Cruz Almeida e Vanessa dos Santos e Silva (assistentes comerciais) Gerente de Produção: Thiago Accioli Ramos. Bruno Bizarri Nogueira (assistente). Adm./Financeiro: Miriã Morais Gazineo (gerente) financeiro@vilasmagazine.com. br Leda Beatriz Gazineo (assistente) comercial@vilasmagazine.com.br Distribuição: Álvaro Cézar Gazineo (responsável) Tratamento de imagens e finalização de arquivo para CTP: Diego Machado. Impressão: Log & Print (Vinhedo - São Paulo). Redação: Rogério Borges (coordenador). Colaboradores: Gilka Bandeira, Alessandro Trindade Leite (charge), Jaime Ferreira. Contatos com o Departamento Comercial: comercial@vilasmagazine.com.br FALE COM A REDAÇÃO: redacao@vilasmagazine.com.br

Tiragem desta edição: 32 MIL EXEMPLARES 6 | Vilas Magazine | Agosto de 2015

Informativo mensal de serviços e facilidades, distribuído gra­ tuitamente em todos os domicílios de Vilas do Atlântico e condomínios residenciais da Es­trada do Coco e entornos (Lauro de Freitas, Ipi­tanga, Miragem, Buraquinho, Busca Vida, Abran­tes, Ja­uá, Ja­cuí­pe, Gua­ra­juba), Stella Maris, Pra­ia do Flamengo e parte de Itapuã. Disponível também em pontos de distribuição selecionados na região. As opiniões expressas nos artigos publicados são de responsabilidade de seus autores e não refletem, necessariamente, as da Edi­tora. É proibida a reprodução total ou parcial de matérias, gráficos e fotos publi­cadas nesta edição, por qualquer me­io, sem autorização expressa, por escrito da Editora, de acordo com o que dispõe a Lei Nº 9.610, de 19/2/1998, sobre Di­reitos Autorais. A revista Vilas Magazine não tem qualquer responsabilidade pelos serviços e produtos das empresas anunciados em suas edições, nem assegura que promessas divulgadas como publicidade serão cumpridas. Cabe ao leitor avaliar e buscar informações sobre os produtos e serviços anunciados, que estão sujeitos às normas do mercado, do Código de Defesa do Consumidor e do CO­NAR – Conselho Nacional de Autoregulamentação Publicitária. A revista não se enquadra no conceito de fornecedor, nos termos do art. 3º do Código de Defesa do Consumidor e não pode ser responsabilizada pelos produtos e serviços oferecidos pelos anunciantes, pela impossibilidade de se deduzir qualquer ilegalidade no ato da leitura de um anúncio. No entanto, com o objetivo de zelar pela integridade e cre­di­bilidade das mensagens publicitárias publicadas em suas edições, a Editora se reserva o direito de recusar ou suspender a vei­culação de anúncios enganosos ou abusivos que causem constrangimentos ao consumidor ou a empresas. Vilas Magazine u­ti­liza conteúdo edi­to­ri­al fornecido pela Agência Fo­lhapress (SP). Os títulos Vilas Ma­­gazine e Boa Dica – Facilidades e Serviços, constantes desta edição, são marcas regis­tradas no INPI, de propriedade da EDITAR – Editora Accioli Ramos Ltda.


Registros

mARIVALDO PAIXÃO / ARQUIVO RCLF

Deville Prime Salvador já está pronto para Carnaval de 2016

O carnaval de Salvador é a festa mais movimentada do Brasil, com quase uma semana de folia. A cada ano, a cidade atrai milhares de turistas para o evento. Segundo o Governo da Bahia, em 2015, mais de 700 mil pessoas compareceram à festa. E, em 2016, a expectativa é superar esse número. Focando em foliões que queiram se afastar da efervescência que domina as ruas de Salvador, priorizando conforto e tranquilidade, o Hotel Deville Prime Salvador (acima) finalizou seus preparativos para o período e oferece diárias, no período do Carnaval, a partir de R$560 (mais taxas), em apartamentos single ou double da categoria luxo - sem número mínimo de noites. Próximo à praia de Itapuã, um dos endereços mais famosos da cidade, o hotel dispõe de ampla área verde e completa e qualificada infraestrutura.

Academia de Letras da Bahia empossa nova imortal A crítica literária Gerana Damulakis é a nova imortal da Academia de Letras da Bahia, ocupando a Cadeira nº 29, que pertencia ao escritor Hélio Pólvora, falecido em março deste ano. A acadêmica foi eleita por unanimidade. Gerana Damulakis é uma renomada crítica literária. Leitora desde os sete anos, começou cedo a fazer versos. Tem diversos livros publicados, a exemplo do Guardador de mitos, de poesia; Sosígenes Costa – o poeta grego da Bahia, ensaio crítico; O Rio e a Ponte – À margem de leituras escolhidas, ensaios escritos no jornal A Tarde.

José Bonifácio e Ana Lúcia

Rotary Club empossa novo Conselho Diretor

O economiário José Bonifácio Gomes assume pela segunda vez a presidência do Conselho Diretor do Rotary Club Lauro de Freitas. Sua posse, para o ano rotário 2015-16, aconteceu em solenidade realizada no auditório do Colégio Mendel Vilas, dia 1º de julho e prestigiada por destacadas personalidades do município. A esposa, Ana Lúcia, coordena, no mesmo período, os trabalhos do Núcleo de Senhoras do Rotary, que desenvolve atuante parceria com o clube.

Workshop sobre fotografia de gastronomia O mercado de gastronomia tem um potencial incrível e vem crescendo e se expandindo rapidamente nos últimos anos. Junto a esse crescimento surge a demanda por profissionais especializados nesse tipo de fotografia. Focado nessa demanda o fotógrafo Henrique Ferrera, especializado em fotografias para publicidade, ministra em Salvador, nos dias 21 e 22, o Workshop Fotografia de Gastronomia, com 16 horas de atividades, das 8h às 12 / 14h às 18h, na galeria Oxum Casa de Arte (onde são expostas e comercializadas obras de Carybé), no Pelourinho. Henrique Ferrera consolidou um apurado olhar profissional sobre o segmento, fruto de contínuas buscas por informações, técnicas fotográficas, persistência e aprendizado sobre a luz que transforma o modo como vemos as coisas, criando imagens, diferenciadas com alta qualidade para seus clientes, como a foto acima. O profissional participa de congressos, feiras, fóruns, workshops e palestras e ministra cursos sobre temas específicos, como tratamento de imagens, cores, splash, produção de culinária, iluminação de produtos complexos, entre muitos outros. Mais informações sobre o evento, pelo tel.: 71 9329-6389, com Isa Lorena Agosto de 2015 | Vilas Magazine | 7


MEMÓRIA da cidade / Vilas do Atlântico Início dos anos 80. Nascia o loteamento Vilas do Atlântico, a primeira comunidade planejada do Brasil, lançado pela Odebrecht. No primeiro acesso, pela Estrada do Coco, foi colocado um marco, que está lá até hoje. No lado esquerdo da foto, um caravan branco está de frente para onde hoje é a Av. Luiz Tarquínio, sentido portaria principal de Vilas.

p vai bem

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ASFALTO

PERIGO

Diversos trechos da cidade que nunca viram asfalto vêm sendo pavimentados pela prefeitura de Lauro de Freitas, com destaque para Itinga. Mesmo precariamente assentado, o asfalto faz uma diferença em regiões que há anos convivem com ruas de terra batida, lamaçais de inverno. No atual plano de asfaltamento, orçado em cerca de R$ 17 milhões, a grande maioria das ruas selecionadas para recapeamento ou asfaltamento está nas regiões menos favorecidas da cidade. As áreas a leste da Estrada do Coco, na direção da orla, tradicionalmente menos degradadas, em breve chegarão à situação de penúria absoluta, passando então a merecer o mesmo cuidado.

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Postes de energia meio tombados já se tornaram parte da paisagem, de tão comuns. Mas há sempre a possibilidade de que um deles caia mesmo e só por isso a concessionária de serviços públicos responsável acaba tomando uma atitude. Ao lado, um poste na avenida Praia de Itapoan, esquina com a rua Praia de Sauípe, em Vilas do Atlântico, parece estar seguro apenas pelos cabos.


Registros

Instituição de ensino promove torneio de futebol digital O Colégio Perfil, de Vilas do Atlântico, promoveu em 25 de julho, a 1ª Copa Perfil de Futebol Digital, aberta para alunos e pais, da instituição e externos, com objetivo chamar a atenção dos estudantes, mostrando que é possível aprender também com os vídeos ga-

mes, se utilizados de maneira correta. Na final, se enfrentaram Carlos Alberto do Carmo, campeão da Associação Baiana de Futebol Digital e Luiz Eduardo Lopo Bahia, ex-aluno do Perfil, cursando Engenharia Civil. Carlos Alberto se sagrou campeão, levando um PS4 e Lobo uma Tv de 32” da LG. Ian Tavares, aluno da instituição, ficou com o terceiro lugar, premiado com um fone de ouvido Headset 2.0 da Sony. O projeto foi criado e desenvolvido pelo empresário Rafael Santana, da empresa Supimpa Mídia, juntamente com o diretor Executivo do Colégio Perfil, Wilson Abdon, visando levar o jogo divertido de casa para a escola, aliando a experiência ao convívio das crianças e das famílias, criando um espaço onde todos possam se divertir, interagir e aprender.

Eliano Barroso (dir.) passa o malhete para o novo pre­sidente João Batista Neves. Ao lado, o casal go­ ver­nador do Distrito LA2, Francisco e Sullivan Pessoa

Lions Club Lauro de Freitas empossa novo presidente O advogado Eliano Barroso transmitiu o cargo de presidente do Lions Club Lauro de Freitas Quatro Estações para o empresário João Batista Neves, em solenidade que contou com a presença do governador Distrito LA2, Francisco Maros Pessoa, oficial da Aeronáutica. Na oportunidade foram empossados dois novos associados do clube: Sara Maria Santos Lima, corretora de imóveis e o empresário Josenias Barbosa Lima.

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Cidade

PDDM: Definições sensíveis para a cidade ficam para legislação complementar

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comunidade de Vilas do Atlântico voltou a se pronunciar pela manutenção integral do Termo de Acordo e Compromisso (TAC) do bairro durante a audiência pública do dia 27 de junho e em reunião com equipe da prefeitura de Lauro de Freitas sobre a revisão do Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal, no dia 17 de julho, no Vilas Tenis Clube. Convocada 16 dias antes por meio do Diário Oficial do Município, a reunião serviria apenas para “apresentar o resultado do debate das diretrizes consolidadas nas audiências públicas”, mas a prefeitura acabou realizando mesmo foi uma oficina de discussão. Distribuídos em grupos de trabalho e usando um mapa, os moradores foram convidados a opinar sobre o que desejavam para a região de Vilas do Atlântico, Verônica Tambon aponta detalhe em mapa de Vilas do Atlântico, durante a oficina no Vilas Tenis Clube

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Mapa marcado por moradores defende manutenção do TAC de Vilas do Atlântico

Ipitanga e Buraquinho. À exceção de um grupo composto principalmente por empresários, todos os demais voltaram a indicar que o TAC deve ser respeitado na íntegra, sem a abertura de novos acessos nem expansão da área comercial. Foi rejeitada também a transformação da orla em zona comercial e a revisão das restrições urbanísticas da área de borda. As 554 propostas apresentadas em reuniões no mês passado foram consolidadas pela prefeitura em 124 diretrizes genéricas – que deixam os pontos discutidos pelos moradores a cargo de legislação posterior. A diretriz 117, por exemplo, propõe uma “criação da Lei de Uso e Ocupação do Solo” sem determinar o respeito ao TAC ou a manutenção do atual zoneamento de Vilas do Atlântico. Enquanto lei ordinária e ao contrário do PDDM, esta poderá ser proposta pela prefeitura e aprovada pela Câmara Municipal sem passar pelo crivo dos moradores. O consultor da secretaria de Planejamento de Lauro de Freitas, Cláudio Silva, defende que o PDDM deve mesmo ser uma lei geral e não legislar sobre o uso e ocupação do solo.


Uma outra diretriz não define, mas autoriza o “estabelecimento de parâmetros e critérios gerais” relativos à verticalização, às restrições de área de borda e corredores de atividades diversificadas – comerciais – entre outros temas sensíveis para a qualidade de vida na cidade. Tais parâmetros seriam determinados posteriormente, em legislação que passará apenas pelo crivo dos vereadores. A “revisão do zoneamento do município” também está prevista entre as diretrizes, igualmente sem salvaguardar o respeito ao TAC. A transformação da orla em área comercial e a construção do novo calçadão não constam da lista das diretrizes consolidadas, mas está prevista a “implantação de projeto de reordenamento do comércio ambulante, de calçadas e da orla municipal”, visando inclusive a “atração de turistas” – o que pode resultar no mesmo. A ideia da oficina teria sido oferecer aos vereadores, em anexo à revisão do PDDM, uma visão do desejo dos moradores, mas o projeto de lei em si deve ser tratado pela prefeitura como “lei geral” e não deverá ser apresentado á comunidade antes do encaminhamento ao Legislativo municipal. Contestação Independente do resultado do processo, a presidente da Associação de Moradores de Vilas

do Atlântico (Amova), Janaína Ribeiro, apontou o que a entidade considerou irregular na condução da revisão do PDDM. Entre outros pontos, a realização das oficinas após as audiências públicas e a remarcação de reuniões solicitadas pela associação de moradores – como a do dia 8 de julho em Vilas do Atlântico, anunciada na capa da Vilas Magazine. A secretária de Planejamento Eliana Marback disse que a prefeitura não havia confirmado as datas combinadas por intermédio do vereador Lula Maciel e que decidiu fazer a reunião apenas no dia 17 por falta de tempo hábil e para ter tempo de estender a iniciativa a todos os bairros – o que resultaria nas oficinas – mesmo depois das audiências públicas. A decisão teria sido tomada no dia 1º de julho, em “reunião com os representantes de bairros que foram eleitos na primeira audiência” – com a participação de Verônica Tambon, coordenadora-geral da Sociedade de Amigos do Loteamento de Vilas do Atlântico (Salva), mas sem a participação da Amova. A Salva não contestou a ausência da Amova, embora o grupo de trabalho de Verônica Tambon tenha defendido os mesmos pontos básicos da Associação de Moradores em relação ao PDDM durante a oficina. Presidente da associação de moradores, Janaína Ribeiro contesta a validade da representação escolhida nas audiências, questiona a realização de “reuniões fora do calendário oficial” e a falta de divulgação. Eliana Marback argumenta que a decisão tomada no dia 1º de julho foi “largamente divulgada por e-mail, WhatsApp e Facebook”. A secretária acrescenta que “em que pese tratar-se apenas de revisão de uma lei já existente, seguimos todo o rigor estabelecido pelo Estatuto da Cidade para a elaboração de um novo plano, no que diz respeito à publicidade do processo”. Na reunião de julho em Vilas do Atlântico, Cláudio Silva também defendeu que o processo estava sendo conduzido com máxima transparência e participação popular, indicando inclusive que todas as informações são oferecidas no site da secretaria de Planejamento. “Vamos cumprir todos os requisitos do Estatuto das Cidades”, garantiu. Para Janaína Ribeiro, faltou também apresentar “estudos técnicos em todas as etapas”, constando no site da secretaria “apenas estudos de 2006” usados para o PDDM que está em vigor, aprovado em 2008.

Janaína Ribeiro debate uso do solo em grupo de trabalho: preservação do TAC

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Cidade

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Liquida Lauro de Freitas começa dia 26

primeira edição da Liquida Lauro de Freitas começa dia 26 e prossegue até 5 de setembro com a dupla missão de reverter a queda nas vendas que afeta o país inteiro e instalar uma identidade comercial própria na cidade. A expectativa dos dirigentes da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL) Lauro de Freitas é aumentar em 15% as vendas na cidade em relação ao mesmo período do ano passado. A CDL quer criar um calendário de eventos próprio, capaz de atrair consumidores de cidades vizinhas, em vez de ceder os consumidores locais para os eventos da capital. Para Márcio Oliveira, diretor da CDL, “nós temos potencial para isso, basta organizar”. A primeira Liquida Lauro de Freitas, além disso, “vem justamente entre duas grandes datas” comerciais, o Dia dos Pais (segundo domingo de agosto) e o Dia das Crianças (12 de outubro), quando normalmente se observa uma redução no volume de vendas. O período também antecede o Natal, data magna do comércio, atendendo a necessidade de girar o estoque. Apostando tudo na promoção de agosto, a CDL oferece treinamento especifico, em parceria com o Sebrae, aos lojistas participantes da Liquida Lauro de Freitas, incluindo atendimento ao cliente, layout de vitrines e da loja em si mesma, arrumação de estoque e outros detalhes capazes de alavancar as vendas. Até o fechamento desta edição 120 pessoas já estavam inscritas nas turmas de treinamento do Sebrae. Além dos descontos de até 70% nos

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preços, a Liquida Lauro de Freitas promove o tradicional sorteio de prêmios para os consumidores participantes: um automóvel, uma moto e uma TV de 60 polegadas.

Márcio Oliveira (esq) com Reinaldo Pinto, vice-presidente da CDL Lauro de Freitas: ação de vendas mira múltiplos objetivos

Combate à crise O combate à crise do comércio, que reduziu o volume de vendas em cerca de 30% desde janeiro, deve continuar depois da promoção com medidas anticíclicas. Uma delas é a capacitação das equipes de vendas e do pessoal administrativo, sempre em conjunto com o Sebrae. Na Bahia como um todo – e Lauro de Freitas não foi exceção – o comércio varejista apresentou em maio a maior queda dos últimos 12 anos ao registrar a taxa

negativa de 9,6% em relação a igual mês do ano passado. Para a Superintendência de Estudos Econômicos e Sociais da Bahia (SEI), autarquia vinculada à Secretaria do Planejamento, essa taxa revela que o setor sofre intensamente os efeitos da retração na atividade econômica. Ainda na mesma base de comparação, o varejo nacional apresentou queda de 4,5%. Na análise sazonal, o comércio varejista, na Bahia, variou negativamente em 0,9%. Esses


dados, os últimos disponíveis, foram apurados pela Pesquisa Mensal de Comércio (PMC) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), realizada em âmbito nacional. O varejo baiano vem recuando desde janeiro, com forte queda em fevereiro (7%). A intensificação no ritmo de desaceleração do comércio varejista na Bahia, e em período em que as vendas costumam ser intensificadas em função da comemoração do Dia das Mães – a segunda melhor data comercial – é atribuída à frágil confiança dos empresários e dos consumidores. Esse é um dos aspectos que a CDL Lauro de Freitas procura combater ao instituir, por um lado, uma cultura de comércio local e por outro oferecendo treinamento específico aos lojistas e seus funcionários. A SEI destaca que a alta da inadimplência também contribuiu para a desaceleração, uma vez que o consumidor esgotou a sua capacidade de pagamento. O contínuo aumento da inflação medido pelo IPCA é outro fator identificado. Ambos devem ser minimizados durante a Liquida Lauro de Freitas, já que a proposta é precisamente reduzir os preços. Há ainda o efeito base a levar em conta, já que maio de 2014 foi um mês extraordinário para o comércio, com crescimento de 8,3% nas vendas. Assim, um cenário adverso, marcado por uma combinação de fatores, continua contribuindo para que a confiança recue de forma intensa e disseminada entre os segmentos que compõem o setor. Muito em função disso, para Márcio Oliveira o momento é ideal para a ação planejada.

Evento na concha acústica lança Dia da Memória do Ipitanga viviane sales

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prefeitura de Lauro de Freitas pro­ moveu, em 21 de julho, a ação “Cuidando da Memória”, na concha acústica do Centro, com a participação da cantora Margareth Menezes. O foco da atividade era “salvaguardar a importância ambiental do Rio Ipitanga e a preservação das pertenças ancestrais de matriz indígena no território municipal”. O evento aconteceu na data que está sendo proposta por meio de projeto de lei para criar o “Dia Municipal da Memória do

Participantes do evento fazem abraço simbólico ao rio Ipitanga

Ipitanga”, conforme noticiado na edição de julho da Vilas Magazine. A iniciativa é da atriz Tina Tude, filha do poeta Tude Celestino, à memória do qual a data também está ligada. “Hoje consolida-se o primeiro passo pela recuperação da identidade ‘ipitanguense’ e u

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Disposição de entulho aguarda Plano Municipal obrigatório desde 2010

Cidade fotos: viviane sales

Renan Oliveira

A primeira-dama do município Adriana Pai­va (esq.) e a atriz Tina Tude: memória, meio ambiente e respeito pelo outro. Evento contou com a presença da cantora Margareth Menezes

que por nascimento pertence ao povo de Lauro de Freitas”, explicou Tina Tude. Presente também ao evento, o secretário de Ações Estratégicas de Lauro de Freitas Ney Campello destacou que a luta pela memória e a defesa da ancestralidade tem uma consequência ambiental e preservação desse espaço. “Essa iniciativa pode ajudar potencializar o turismo, pois o rio preser-

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vado atrai a presença de turistas”, pondera. A cantora Margaret A primeira-dama do município, Adriana Menezes participou do Paiva, disse que importante à celebração, evento mas também a memória da cidade. “Temos como referência no rio o resgate da identidade, e a memória da sociedade. Esse é um momento de sensibilização pela consciência ambiental, respeito ao outro e a memória da nossa cidade”, afirmou.

Vereadora Mirela Macedo em audiência pública: cobrando pressa

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vereadora Mirela Macedo (PSD) cobrou no mês passado, em audiência pública na Câmara Municipal, a apresentação de um plano municipal de resíduos sólidos, obrigatório por lei federal desde 2010 e que vai tratar inclusive da disposição de entulho. A elaboração dos Planos Municipais de Gestão Integrada de Resíduos Sólidos (PGIRS) é condição necessária para os municípios terem acesso aos recursos da União destinados à limpeza urbana e ao manejo de resíduos sólidos. Mirela Macedo cobrou pressa no desenvolvimento do plano, a cargo de uma empresa contratada pela prefeitura. Dias depois, também no mês passado, foi realizado um primeiro seminário sobre o tema. O plano deve ficar pronto em oito meses. A vereadora, que faz parte do grupo que acompanha a elaboração do plano pela empresa, destacou que os resíduos inertes, como entulho, tanto público como privado, devem ter a destinação final definida para evitar a formação de lixões de entulho espalhados pela cidade. Mirela Macedo afirmou ter flagrado despejos de entulho um pouco por toda a cidade, numa mata perto do Capelão, na região de Ipitanga, no Miragem, em Vilas do Atlântico e em Itinga.


Manifestação da Aldeias SOS condena redução da maioridade penal

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Aldeias Infantis SOS de Lauro de Freitas foi às ruas no dia 13 de julho, quando o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) completou 25 anos, para protestar contra a redução da maioridade penal no Brasil. A manifestação fez parte de uma programação nacional da entidade, uma organização sem fins lucrativos de promoção ao desenvolvimento social que trabalha desde 1949 na defesa dos direitos de crianças, adolescentes e jovens em 133 países. A caminhada saiu da sede da entidade na av. Amarílio Tiago dos Santos em direção à Praça da Matriz, onde foi lido o manifesto Contra a Redução da Maioridade de 18 anos para 16 anos. A Aldeias Infantis SOS posicionou-se contra as ações efetivadas no Congresso “por bancadas parlamentares reacionárias e desatualizadas quanto ao enfoque de direitos”, frente à PEC [proposta de emenda constitucional] 171, “que propõe de modo equivocado a redução da maioridade penal”. A entidade identifica “interesses financeiros de empresas ligadas a segurança privada e à indústria de armamentos” que colocam o ECA em risco, contrariando a Convenção Internacional dos Direitos da Criança da ONU de 1989, ratificada pelo Brasil em 1990. Para a Aldeias Infantis SOS, “a proposta viola e fragiliza direitos fundamentais de adolescentes entre 16 e 18 anos incompletos, podendo gerar uma reinterpretação do ECA, que configura um duro golpe contra os Direitos Humanos Infanto-Juvenis”. Sobre os resultados das pesquisas de opinião pública que indicam que 80% da população aprovam as propostas de redução da maioridade penal, a entidade entende “que as pessoas, de modo geral, desconhecem as respostas e responsabilizações que existem neste campo” e que “a opinião pública não

Membros da ONG em Lauro de Freitas organizam caminhada para repudiar medida no aniversário de 25 anos do ECA reflete a realidade da demanda e das necessidades dos adolescentes que infringiram a lei”. Para o coordenador do Movimento Nacional de Direitos Humanos em São Paulo, o advogado Ariel de Castro Alves, também assessor jurídico da Aldeias Infantis SOS, reduzir a maioridade penal seria como revogar o ECA em relação à proteção de adolescentes entre 16 e 17 anos. “Pode provocar uma fragilização, porque a interpretação que pode ocorrer é que aqueles entre 16 e 17 anos, por terem a maioridade penal, não seriam mais sujeitos à proteção especial”, diz – “como considerar vulnerável diante da exploração sexual uma adolescente de 16 ou 17 anos que já pode responder até criminalmente por seus atos?”.

Parlamentares que defendem a redução da maioridade penal argumentam que os jovens têm discernimento para ser julgados como adultos pelos crimes cometidos. De acordo com a ex-deputada Rita Camata (PSDB-ES), que foi relatora do ECA na Câmara dos Deputados, reduzir a maioridade penal é “acender um barril de pólvora”. O estatuto prevê sanções para o adolescente infrator a partir dos 12 anos de idade, mas “há uma grande confusão por parte dos que defendem a redução”, verifica. “Eles acham que o estatuto impede [a sanção dos adolescentes], mas o estatuto prevê que o adolescente seja responsabilizado a partir dos 12 anos”. / Continua na pág. 127 u Em Lauro de

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Região

Governo adia decisão sobre pedágio mas afirma que Via Metropolitana está mantida

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desmembramento do pedágio da BA-099, em Jauá, se chegar a ser feito, acontecerá apenas daqui a dois anos. De acordo com a vereadora Patrícia Oliveira (PT), de Camaçari, o secretário de Infraestrutura da Bahia Marcos Cavalcanti explicou, durante reunião no dia 13 de junho, “que o governo estaria acompanhando as demonstrações de insatisfação” da comunidade. Para a vereadora, vale sublinhar que pela primeira vez na Bahia uma manifestação popular resultou no adiamento e possível cancelamento da implantação de uma praça de pedágio. “Vale a pena a população se organizar na defesa dos seus direitos”, disse. Mas Cavalcanti, de acordo com Patrícia Oliveira, teria justificado o adiamento de uma decisão também pela dificuldade de captação de recursos financeiros para a construção da Via Metropolitana, a cargo da Concessionária Bahia Norte, culpando a crise econômica. A Invepar, que participa tanto da Con-

Reunião com o secretário Marcos Cavalcanti (de branco): vereadora Patrícia Oliveira (de azul) ouve razões para o adiamento

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cessionária Bahia Norte como da Concessionária Litoral Norte (BA-099), tem entre seus sócios três fundos de pensão e o Grupo OAS – que se encontra em recuperação judicial desde abril. O grupo é um dos fornecedores da Petrobras sob investigação na operação Lava-Jato. Ao desmembramento do pedágio da BA-099 estavam ligadas também obras de grande porte que seriam realizadas pela concessionária, com destaque para a duplicação da Via Cascalheira – que fica igualmente adiada até que o governo do Estado obtenha outra fonte de recursos. A secretaria de Infraestrutura, por meio de sua assessoria de comunicação, afirma que as obras da Via Metropolitana estão mantidas, inclusive iniciadas em 27 de junho e confirma um “prazo de conclusão estimado em dois anos”. Já o desmembramento do pedágio “para que aconteça, se acontecer, é necessário que ocorram amplas discussões com a comunidade de Camaçari, após 2017”.

Os moradores de Abrantes, distrito de Camaçari vizinho a Lauro de Freitas, chegaram a questionar junto ao Ministério Público o desmembramento e transferência da praça de pedágio da BA-099 no sentido Salvador para as proximidades do rio Joanes. Entre outros pontos, queriam saber por que a Concessionária Litoral Norte iria cobrar pedágio pela implantação da Via Metropolitana, que será administrada por outra empresa, a Concessionária Bahia Norte. As concessionárias têm em comum a participação da Invepar. A ideia é passar a cobrar o pedágio em Abrantes, para quem segue do litoral norte para Lauro de Freitas e Salvador – e não mais em Jauá. Naquela localidade passaria a ser cobrado apenas o pedágio no sentido oposto. O recuo do pedágio eliminaria todas as rotas de fuga – velho problema da CLN em Camaçari. Em contrapartida, a Concessionária Litoral Norte, que administra a Estrada do Coco a partir do Km 7, no limite com Lauro de Freitas, faria novos investimentos na rede viária de Camaçari. O principal benefício seria destinado aos 17 Km da Via Cascalheira, que liga a Estrada do Coco à sede daquele município. A rodovia seria requalificada, duplicada e iluminada. Oito quilômetros da Estrada do Coco também seriam iluminados, da ponte do rio Joanes à localidade de Areias. O combate da comunidade local à ideia de recuar o pedágio nasceu em 2009 e ganhou força nos anos seguintes, quando pela primeira vez se falou na construção da Via Metropolitana, que vai ligar a BA-526 (CIA-Aeroporto) à BA-099 (Estrada do Coco) na altura de Busca Vida. Já naquela época a justificativa era viabilizar a construção de uma rota alternativa para desafogar o trânsito nos 7,5 Km iniciais da Estrada do Coco, em Lauro de Freitas.


Bahia Norte encerra 1º semestre com redução de 23% de acidentes

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urante o primeiro semestre de 2015, o número de acidentes no Sistema de Rodovias BA-093 foi reduzido em 23%, em comparação ao mesmo período de 2014. Os dados são do balanço da Concessionária Bahia Norte, que também registrou um tráfego de 16,7 milhões veículos nas rodovias administradas pela empresa. As equipes de inspeção de tráfego, reboque, resgate e socorro préhospitalar da Bahia Norte atuaram em 11.540 atendimentos prestados aos usuários do Sistema BA-093. A concessionária tem reforçado a comunicação com os motoristas, alertando-os sobre a importância de respeitarem a sinalização e os limites de velocidade, manterem a documentação e a manutenção do automóvel em dia. O objetivo é conscientizá-los para a adoção de um comportamento seguro que contribua com a redução contínua dos índices de acidentes e mortes nas rodovias. Tanto o maior fluxo das vias

quanto a diminuição de acidentes podem ser atribuídos à nova configuração do Sistema BA-093, cujas obras estão em fase de conclusão. No caso das ocorrências envolvendo animais, desde fevereiro a Bahia Norte executa o projeto “Criador Responsável”, em parceria com o Ministério Público da Bahia, Polícia Rodoviária Estadual e Agerba (Agência Estadual de Regulação de Serviços Públicos de Energia, Transportes e Comunicações da Bahia). A iniciativa visa reduzir esse tipo de ocorrência e consiste na identificação, abordagem e conscientização dos criadores de animais que atuam no trecho administrado pela concessionária. Ao final da abordagem, os criadores são cadastrados e recebem uma cartilha contendo orientações complementares. Os usuários do Sistema BA-093 contam com pistas duplicadas, sinalizadas, atendimento 24 horas, um Centro de Controle Operacional, quatro bases do Serviço de Apoio ao Usuário (SAU), carros de inspeção, guinchos, socorro mecânico e médico (pré-hospitalar), além do telefone de emergência 0800-600 0093.

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Maurício Serra

Cultura / Música

Cameratas da OSBA fazem apresentação em Lauro de Freitas

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camerata Quarteto Novo da Orquestra Sinfônica da Bahia (OSBA) apresenta-se em Lauro de Freitas este mês. O espetáculo acontece na sextafeira, dia 21, no Cine Teatro, Centro da cidade, às 15h. O projeto Sextas Instrumentais, da secretaria estadual de Cultura, traz ainda a camerata Sexteto Opus Lumen no dia 16 de outubro, também às 15h. As cameratas são pequenos grupos compostos por instrumentos de orquestra sinfônica. A ideia é “democratizar o acesso à música erudita em Salvador e região metropolitana”, em parceria com a OSBA. A série de apresentações gratuitas e itinerantes percorre cinco espaços culturais: o Solar Boa Vista, o Centro Cultural de Plataforma, o Espaço Cultural Alagados e a Casa da Música, além do Cine Teatro de Lauro de Freitas. Iniciados em julho, os espetáculos acontecem até dezembro, pelo menos uma sexta-feira a cada dois meses. Os concertos têm caráter artístico-pedagógico e caracterizam-se pela execução de um repertório que mescla a música erudita e popular, intercaladas com a explicação sobre as obras, seus compositores e período histórico em que foram criadas, entre outras abordagens, promovendo diálogo do público com o universo da música clássica. Fazem parte do projeto quatro cameratas formadas por músicos da Orquestra Sinfônica da Bahia: Opus Lúmen, Quadro Solar, Quarteto Novo e Bahia Cordas. O projeto é arquitetado de forma que todos os grupos circulem pelos espaços

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A camerata Quarteto Novo da OSBA se apresenta em Lauro de Freitas este mês

culturais participantes. O “Cameratas da Orquestra Sinfônica da Bahia” é um projeto promovido pela Secretaria de Cultura por meio do Teatro Castro Alves (TCA) e da Fundação Cultural do Estado da Bahia. As apresentações dos grupos de câmara da OSBA são realizadas em locais alternativos da cidade como igrejas, associações comunitárias, museus, ONGs, hospitais, escolas das redes pública e privada, dentre outros. As apresentações têm caráter artístico e didático e caracterizam-se pela execução de repertórios que mesclam a música erudita e popular, intercaladas com exposição oral sobre as obras, seus compositores, o período histórico em que foram criadas, além de outras abordagens. Informações divulgadas pelo projeto revelam que o “Quarteto Novo” tem uma formação bastante diferente das cameratas tradicionais, reunindo dois instrumentos da família dos sopros (madeiras) e dois instrumentos da família das cordas friccionadas.

A flauta transversal tocada por André Becker e o fagote por Ilza Cruz representam as vozes aguda e grave, respectivamente. Com Djalma Nascimento no violoncelo e Mario Soares no violino, o diferencial criado por essa formação facilita que os quatro instrumentos sejam facilmente distinguidos mesmo quando estão tocando juntos. Arranjos de “Carinhoso” e “Yesterday” estão lado a lado com o famoso quarteto de Mozart “Eine kleine nachtmusic” (Serenata Noturna), bastante conhecida pelo público em geral, fazendo com que este se aproxime mais da “Música Erudita” ou a “Música de Concerto”. Dvorak, Devienne, Eilenberg e Brahms, entre outros, completam o repertório bastante variado. O grupo tem recebido uma calorosa e alegre reação nos diversos lugares onde tem tocado, divulgando o projeto “Cameratas da OSBA”. O sexteto Opus Lúmen é um grupo que executa peças eruditas contemplando a música clássica, passando pela popular estilizada. Traz o clarinete de Solamy Oliveira, o oboé de Gustavo Seal, o fagote de Ilza Cruz, a trompa de Adelson Silva, a flauta de Antonio Carlos Portela e Humberto Monteiro na percussão.


André Felipe

Gilson Menezes

Márcio Wesley

Tributo ao rock nacional anos 80

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década de 1980 foi marcada pela popularização do rock brasileiro. Bandas deste estilo, como os Titãs, Barão Vermelho, Os Paralamas do Sucesso, Kid Abelha, Ira e Capital Inicial permanecem ativas e fazendo shows até hoje. Outras bandas e artistas, a exemplo dos Engenheiros do Hawai, Legião Urbana, Lobão, Cazuza, Blitz, RPM, Nenhum de Nós e muitos outros, foram imortalizados e continuam tocando nas rádios devido ao grande sucesso que fizeram e ainda fazem. A geração CocaCola cresceu, mas continua amando o repertório que marcou suas vidas para sempre. Os três músicos laurofreitenses Márcio Wesley (baterista), Gilson Menezes (cantor e guitarrista) e André Felipe (contrabaixista)

edição

200

resolveram incrementar a saudade relembrando clássicos da época. “A década de oitenta foi um período mágico para nós, quando começamos a sonhar em tocar um instrumento. Não existia a Internet e as facilidades de hoje. Lembro que tínhamos que pedir músicas nas emissoras de rádio para gravarmos em fita cassete ou comprar discos de vinil para ouvir os nossos artistas preferidos”, recorda com saudosíssimo Gilson Menezes, ao lado da coleção de LPs no seu estúdio de ensaios e gravações, em Vilas do Atlântico. A banda, intitulada de Tree Rock, promete fazer uma viagem no tempo, tocando antigos clássicos com pegada moderna, misturando as influências que fazem parte

da vida musical de cada um dos músicos do power trio. SERVIÇO: n Dia 15/8, 20h, Zero Lounge, Vilas do Atlântico; dia 6/9, 14h, Barraca Maré Blue, Praia de Vilas do Atlântico; dia 26/9, 20h, Boteco de Vilas, Vilas do Atlântico.

Em setembro circula a edição nº 200 da revista Vilas Magazine. Um marco editorial jamais alcançado por qualquer veículo em Lauro de Freitas. 200 meses de circulação ininterrupta, consolidada como a mais consultada e credenciada fonte de informações de facilidades e serviços voltados para o morador da região. Pautada por um trabalho sério, ético, de qualidade e compromissada com os anseios da comunidade e o desenvolvimento de Lauro de Freitas e região, a revista Vilas Magazine é a referência editorial dos moradores. Participe dessa edição histórica. Prestigie, anunciando a sua empresa. Reserve seu espaço como nosso departamento comercial: 3379-2439 / 3379-2206 / 3379-4377 E-mail: comercial@vilasmagazine.com.br

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ESPECIAL

O PERIGO AUMENTOU

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Bahia está em alerta com a epidemia de três doenças: dengue, zika e chikungunya – além de haver 42 casos confirmados da Síndrome Guillain-Barré, dois deles em Lauro de Freitas. Trata-se de doença autoimune provocada por reação de defesa do organismo após doença infecciosa aguda. As três doenças são adquiridas e transmitidas pela picada do mosquito aedes aegypti, mais conhecido como mosquito da dengue, ou seu primo, o aedes albopictus. A única forma de evitar essas três doenças é com o combate do mosquito, por meio da eliminação dos criadouros do mosquito nas casas, no trabalho e nas áreas públicas. Piscinas abandonadas em casas fechadas, sem acesso para os agentes de saúde que fazem as inspeções regulares são uma das fontes mais comuns desses mosquitos, mas qualquer pequeno recipiente exposto à chuva serve como criadouro. Água acumulada em obras, por exemplo, também oferece perigo. Este ano, até o princípio de julho, foram registrados mais de 45 mil casos suspeitos de dengue, quase nove mil de chikungunya e 32,8 mil de zika vírus na Bahia. Os dados, confirmados pela secretaria de Saúde da

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Tríplice epidemia baiana é provocada pelo mosquito da dengue, o aedes aegypti Dengue, zika, chikungunya. E mais Síndrome Guillain-Barré


Bahia, foram apresentados dia 21 de julho pelas médicas infectologistas Adielma Nizarala e Ceuci Nunes, diretora do Hospital Couto Maia, na sede do Ministério Público estadual. “Estamos tendo a maior epidemia de zika vírus do mundo”, afirmou Nunes. Em relação ao mesmo período de 2014, quando foram notificados 17.333 casos, houve um crescimento de mais de 162% nos casos de dengue. Do total de municípios da Bahia, 365 (87,5%) notificaram a ocorrência da doença, com oito óbitos no total. Lauro de Freitas não está na lista dos dez municípios mais afetados, mas também não foram divulgados os números locais. As cidades mais atingidas são Itabuna (5.679 casos), Ilhéus (5.057), Salvador (2.838), Jequié (1.951), Luís Eduardo Magalhães (1.901), Feira de Santana (1.862) e Simões Filho (1.468). O levantamento divulgado pelo Ministério da Saúde em março aponta um índice de Alerta 2 pela infestação pelo mosquito em Lauro de Freitas. O índice de alerta vai de 1 a 3,9. Seriam 13 os casos notificados, com uma incidência de 6,91 para cada 100 mil habitantes – que não está entre os mais elevados do país. Ceuci Nunes contou ainda que, até 17 de julho, haviam sido confirmados na Bahia 49 casos da Síndrome de GuillainBarré, uma doença autoimune que ocorre quando o sistema imunológico ataca partes do próprio corpo. Trata-se de uma doença inflamatória aguda desencadeada por uma infecção viral ou bacteriana prévia, que requer terapia intensiva. Em Lauro de Freitas, de acordo com o governo do Estado, teria havido dois casos. Ceuci Nunes explicou que se trata de uma doença rara com a qual convivemos há muito tempo. O encontro com as médicas contou com a presença do coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa da Saúde do Ministério Público e do promotor de Justiça Rogério Queiroz. Nizarala contou que a febre chikungunya foi trazida ao Brasil por pessoas vindas do Haiti, na América Central, onde u o Brasil mantém tropas a serviço da

Justiça autoriza arrombamento de imóveis

A Justiça baiana voltou a autorizar que os agentes de saúde, de endemias e pessoal auxiliar, funcionários da Secretaria Municipal de Saúde de Lauro de Freitas, adentrem propriedades particulares, mesmo sem autorização do dono, inclusive com o apoio da Polícia Militar. Imóveis construídos ou não, cercados e não habitados, bem como imóveis, residenciais ou não, cujos moradores neguem acesso para controle do vetor da dengue e demais doenças estão agora sujeitos a arrombamento, por decisão deferida pelo Poder Judiciário.

criadouros de mosquitos ameaçam saúde pública Piscina abandonada em casa na rua Jackson Bueno, Jardim Aeroporto, a poucos metros de uma escola, do alagamento de uma obra pública e aos carros apreendidos e sucateados no pátio do Retran. É um entre inúmeros focos espalhados pela cidade, que proliferam devido à irresponsa­b i­l i­d ade de maus cidadãos. Agosto de 2015 | Vilas Magazine | 21


ONU. Uma das principais características da doença são a dor articular intensa, principalmente nas mãos e pés. Já o zika vírus teria sido introduzido na Bahia em fevereiro deste ano, provavelmente trazido por asiáticos durante a Copa do Mundo. Nunes explicou que se trata de uma doença ainda pouco conhecida e que, “por isso, assim que iniciados os sintomas, as pessoas devem procurar atendimento médico no posto de saúde mais próximo”. Sintomas A dengue e a chikungunya têm sintomas e sinais parecidos, enquanto a Dengue se destaca pelas dores nos corpo, a chikungunya se destaca por dores e inchaço nas articulações. Já a zika se destaca por uma febre mais baixa (ou ausência de febre),

muitas manchas na pele e coceira no corpo. O primeiro sintoma da dengue é a febre alta, entre 39°C e 40°C. Tem início repentino e geralmente dura de dois a sete dias, acompanhada de dor de cabeça, dores no corpo e articulações, prostração, fraqueza, dor atrás dos olhos, erupção e coceira no corpo. Pode haver perda de peso, náuseas e vômitos. A chikungunya apresenta sintomas como febre alta, dor muscular e nas articulações, dor de cabeça e erupções na pele (exantema). Os sinais costumam durar de três a dez dias. A zica tem como principal sintoma o exantema, com coceira, febre baixa (ou ausência de febre), olhos vermelhos sem secreção ou coceira, dor nas articulações, dor nos músculos e dor de cabeça. Normalmente os sintomas desaparecem após três a sete dias.

A principal complicação da dengue é a desidratação grave, que ocorre sem a pessoa perceber. Por isso, é importante tomar bastante líquido. Na chikungunya, a principal complicação é a permanência, por longo tempo, das dores e inchaço nas articulações, às vezes impedindo as pessoas de retornar às suas atividades. As complicações mais observadas em relação à zica têm sido as manifestações neurológicas, como paralisia facial e fraqueza nas pernas, a exemplo do desenvolvimento da Síndrome de Guillain-Barré. Os sintomas podem ser parecidos, mas o tratamento é diferente para cada doença. As autoridades de saúde aconselham ir a um posto de saúde, evitando a automedicação. Caso a equipe médica detecte a necessidade, o paciente é encaminhado para o Hospital Couto Maia, centro de referência em infectologia na Bahia. O Couto Maia atende apenas casos encaminhados e regulados para a unidade. Guillian-Barré De acordo com a secretaria da Saúde do Estado, até 13 de julho foram notificados 76 casos da Síndrome de Guillian-Barré na Bahia. Desses, 42 foram confirmados. Vinte e seis deles têm história anterior de dengue, zika ou chikungunya. A cidade com maior número de casos confirmados é Salvador (26), seguida de Lauro de Freitas e Camaçari, com dois casos cada uma. A síndrome de Guillain-Barré é uma doença neurológica caracterizada por fraqueza progressiva nas pernas, acompanhada de paralisia muscular. Em geral, a doença evolui rapidamente, atinge o ponto máximo de gravidade por volta da segunda ou terceira semana e regride devagar. Não se conhece a causa específica da síndrome. Ela acomete indivíduos que apresentaram alguma doença infecciosa aguda, de uma a três semanas antes e está associada a vários vírus, inclusive ao vírus da zika. O sintoma preponderante da síndrome é a fraqueza muscular progressiva, acompanhada ou não de alterações da sensibilidade, como coceira, queimação e dormência. A fraqueza se manifesta u

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inicialmente nas pernas e atinge outras áreas do corpo de forma ascendente. Podem ocorrer perdas motoras e paralisia com flacidez dos músculos. Com a evolução da Síndrome, a fraqueza pode atingir o tronco, braços, pescoço, os músculos da face, e, em casos graves, afetar o sistema respiratório e a deglutição. Os sintomas regridem no sentido inverso ao que começaram, isto é, de cima para baixo. O tratamento da síndrome é feito por meio da administração intravenosa de imunoglobulina humana para estabilizar o paciente e iniciar a regressão do caso. As imunoglobulinas são uma mistura de anticorpos produzidos naturalmente pelo sistema imune do corpo. O doente deve ser atendido por equipe multidisciplinar, que inclui fisioterapeuta, fonoaudiólogo e infectologista, a fim de prevenir seque-

las. Em casos mais graves, quando os músculos da respiração e da face são afetados, os pacientes necessitam de ventilação mecânica para o tratamento da insuficiência respiratória. A síndrome de Guillain-Barré exige internação hospitalar já na fase inicial da evolução.

Governo tem plano emergencial para complicações relacionadas à epidemia

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governo apresentou no mês passado a profissionais de saúde um Plano Operativo Emergencial para atendimento aos pacientes com manifestações neurológicas associadas às epidemias de dengue, chikungunya e zika. O plano foi desenvolvido por técnicos da secretaria da Saúde devido ao aumento de casos da síndrome de Guillain-Barré. No encontro foram feitas ainda apresentações do Protocolo Clínico da Guilain-Barré, da epidemiologia da dengue, chikungunya e zika, e sobre a manifestação clínica e complicações neurológicas mais frequentes nos casos dessas três doenças. Os profissionais foram orientados quanto ao diagnóstico da síndrome e também sobre a notificação dos casos. O subsecretário da Saúde do Estado, Roberto Badaró, disse que a secretaria preparou suas unidades para atendimento aos casos da síndrome de Guillain-Barré. “A Secretaria montou uma estrutura de sala de situação para monitorar os casos e está disponibilizando atenção hospitalar para pacientes que venham a apresentar a síndrome, uma vez que os pacientes necessitam de internação e precisam fazer uso de imunoglobulina”. Ceuci Nunes, diretora do Hospital Couto Maia, unidade de referência para o tratamento de doenças exantemáticas, explicou que a síndrome apresenta os sintomas em um tempo variado, podendo ser, na maioria dos casos, de quatro a 60 dias. “A Guillain-Barré é caracterizada por uma fraqueza ou uma parestesia, que é uma dormência, nos membros inferiores. Grande parte também tem dormência nos membros superiores”, adiantou. Ela destacou que boa parte dos pacientes que passaram pelo hospital ou que ainda estão internados tiveram uma boa evolução com o uso da imunoglobulina.

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Armazenar água ajuda o mosquito

crise hídrica, que atingiu principalmente São Paulo, e a mudança nos hábitos de muitas pessoas que passaram a armazenar água, colaboraram para a proliferação do Aedes aegypti. Se antes pneus, vasos de folhagens, potes de água para animais e outros recipientes eram o alvo no combate ao mosquito, agora qualquer utensílio utilizado para armazenar água, seja potável ou da chuva, é um criadouro em potencial. Hoje, pesquisadores já discutem também a tese de que o mosquito prefere apenas água limpa. Uma pesquisa feita pela Superintendência de Controle de Endemias de São Paulo, no litoral norte do Estado, apontou que as larvas podem se desenvolver em água suja. O Aedes aegypti pode se desenvolver até em uma tampinha de garrafa jogada em um terreno baldio. As autoridades sanitárias reforçam que é fundamental o empenho das pessoas em eliminar todo e qualquer utensílio que possa armazenar água. E o que não pode ser eliminado, deve ser limpo pelo menos uma vez por semana para a retirada de eventuais ovos do mosquito. Eles podem durar até um ano ou mais e basta o contato com a água para que as larvas iniciem seu processo de desenvolvimento. Quem está preocupado em economizar na conta de água e adotou formas de armazenamento de água da chuva e reaproveitamento de água, como da máquina de lavar, também tem um papel importante no trabalho de prevenção. As caixas d`água, tonéis, e baldes, entre outros, precisam receber uma atenção especial. Especialistas apontam que as pessoas, pensando em economizar água, criam condições para a proliferação do mosquito se não adotam algumas medidas indispensáveis para combatê-lo.


Fêmea é que pica e ela prefere o dia

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dengue é transmitida para o homem através da picada do mosquito Aedes aegypti, que se encontra ativo e pica preferencialmente durante o dia, ao contrário do Anopheles, vetor da malária, que tem atividade crepuscular (durante o amanhecer ou anoitecer). O mosquito da dengue tem cerca de 0,5 cm de comprimento, é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas e suas asas são translúcidas. Seus ovos são muito resistentes e sobrevivem vários meses até que a chegada de água propicia a incubação. O mosquito da dengue deposita seus ovos em diversos locais e rapidamente se transformam em larvas, que dão origem às pupas, das quais surge o adulto. Somente as fêmeas se alimentam de sangue para a maturação de seus ovos; os machos se alimentam apenas de substâncias vegetais e açucaradas. Os ovos dos mosquitos são depositados normalmente em áreas urbanas, em locais com pequenas quantidades de água, sem a presença de matéria orgânica em decomposição e sais. Em função disso, a água é ácida. Normalmente, eles escolhem locais que estejam sombreados e em zonas residenciais. Por isso, é importante não deixar objetos com água parada dentro de casa ou no quintal. Sem este ambiente favorável, ele não consegue se reproduzir.

Por que o nome Aedes aegypti? O vetor foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. Culex significa “mosquito” e aegypti, egípcio, portanto: mosquito egípcio. O gênero Aedes só foi descrito em 1818. Logo verificou- se que a espécie aegypti, descrita anos antes, apresenta características morfológicas e biológicas semelhantes às de espécies do gênero Aedes – e não às do já conhecido gênero Culex. Então, foi estabelecido o nome Aedes aegypti. Quantas pessoas um mosquito é capaz de infectar? Os mosquitos fêmea sugam sangue para produzir ovos. Se o mosquito da dengue estiver infectivo, poderá transmitir o vírus da dengue neste processo. Em geral, mosquitos sugam uma só pessoa a cada lote de ovos que produzem. O mosquito da

Mosquito é originário do Egito

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aedes aegyptu, transmissor da dengue é originário do Egito, na África, e vem se espalhando pelas regiões tropicais e subtropicais do planeta desde o século 16, período das Grandes Navegações. Admite-se, segundo pesquisadores do Instituto Oswaldo Cruz, que o vetor foi introduzido no Novo Mundo, no período colonial, por meio de navios que traficavam escravos. Ele foi descrito cientificamente pela primeira vez em 1762, quando foi denominado Culex aegypti. O nome definitivo u

dengue tem uma peculiaridade que se chama “discordância gonotrófica”, que significa que é capaz de picar mais de uma pessoa para um mesmo lote de ovos que produz. Há relato de que um só mosquito da dengue infectivo transmitiu dengue para cinco pessoas de uma mesma família, no mesmo dia. Por que só a fêmea pica? A fêmea precisa de sangue para a produção de ovos. Tanto o macho quanto a fêmea se alimentam de substâncias que contêm açúcar (néctar, seiva, entre outros), mas como o macho não produz ovos, não necessita de sangue. Embora possam ocasionalmente se alimentar com sangue antes da cópula, as fêmeas intensificam a voracidade pela hematofagia após a fecundação, quando precisam ingerir sangue para realizar o desenvolvimento completo dos ovos e maturação nos ovários. Normalmente, três dias após a ingestão de sangue as fêmeas já estão aptas para a postura, passando então a procurar local para desovar.

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– Aedes aegypti – foi estabelecido em 1818, após a descrição do gênero Aedes. Relatos da Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS) mostram que a primeira epidemia de dengue no continente americano ocorreu no Peru, no início do século 19, com surtos no Caribe, Estados Unidos, Colômbia e Venezuela. No Brasil, os primeiros relatos de dengue datam do final do século 19, em Curitiba (PR), e do início do século XX, em Niterói (RJ). No início do século 20, o mosquito já era um problema, mas não por conta da dengue - na época, a principal preocupação era a transmissão da febre amarela. Em 1955, o Brasil erradicou o Aedes aegypti como resultado de medidas para controle da febre amarela. No final da década de 1960, o relaxamento das medidas adotadas levou à reintrodução do vetor em território nacional. Hoje, o mosquito é encontrado em todos os Estados brasileiros. Segundo dados do Ministério da Saúde, a primeira ocorrência do vírus no país, documentada clínica e laboratorialmente, aconteceu em 1981/82, em Boa Vista (RR), causada pelos vírus DENV-1 e DENV-4. Em 1986, houve epidemias no Rio de Janeiro e em algumas capitais do Nordeste. Desde então, a dengue vem ocorrendo no Brasil de forma continuada.

Ciclo do Mosquito O mosquito da dengue pode ser encontrado nas regiões tropicais de África e da América do Sul, chegando à Ilha da Madeira, em Portugal e ao estado da Flórida nos Estados Unidos da América. Nesta área, a presença do mosquito está diminuindo em virtude da competição com outra espécie do mesmo gênero, o Aedes albopictus. Porém o Aedes albopictus também é um vetor da dengue, bem como de vários tipos de encefalite equina. A competição entre as duas espécies ocorre devido ao fato de a fêmea do Aedes aegypti se acasalar tanto com o macho de sua espécie quanto com o macho

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Dengue e gripe são um pouco parecidas

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dificuldade de expressar o que está sentindo é um perigo a mais para crianças infectadas pelos sorotipos da dengue. Febre, dores no corpo e indisposição podem ser confundidos com gripe e outras viroses. O Ministério da Saúde tem orientado os profissionais de saúde, especialmente os pediatras, a ficarem atentos e sempre considerar a dengue como um dos diagnósticos possíveis. A observação vale, especialmente, para os municípios onde há alta transmissão ou epidemia da doença. “É importante que qualquer profissional de saúde, especialmente o pediatra, nessa época do ano e em estados onde há transmissão da dengue, coloque a dengue como um dos diagnósticos a serem investigados caso a criança apresente um quadro febril”, observa o secretário de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Jarbas Barbosa. Para ele, é inadmissível que um pediatra não desconfie de dengue frente a uma criança com febre, dores no corpo, prostração e, em alguns casos, manchas vermelhas pelo corpo, em cidades onde esteja ocorrendo transmissão da doença. “Não é preciso esperar surgirem todos os sintomas. Ao primeiro sinal, especialmente em área de transmissão intensa, esse diagnóstico deve ser considerado ou o profissional de saúde pode perder a oportunidade de detectar precocemente um caso de dengue”, alerta Jarbas Barbosa. “Ainda é importante lembrar a necessidade de in-

do Aedes albopictus que é mais agressivo e, sendo de outra espécie, gera ovos inférteis, reduzindo assim a população de Aedes aegypti. No Brasil, o único mosquito que transmite a dengue é o Aedes aegypti. O ciclo de reprodução do ovo-ovo é de 10 dias. Quando o mosquito nasce, ela passa por quatro estágios de crescimento, que podem durar oito dias no total. Depois ela se transforma em pupa, estágio que dura, aproximadamente, dois dias. Depois de sair da pupa, o mosquito adulto já pode se reproduzir e botar ovos, quando o ciclo se reinicia. O mosquito da dengue (Aedes Aegyp-

ti) é menor que os mosquitos comuns, tem, em média, 0,5 cm de comprimento. Ele é preto com pequenos riscos brancos no dorso, na cabeça e nas pernas. Suas asas são translúcidas e o ruído que produzem é praticamente inaudível ao ser humano. O macho alimenta-se de frutas ou outros vegetais adocicados. Já as fêmeas se alimentam de sangue animal, principalmente humano. É no momento que está retirando o sangue que a fêmea contaminada transmite o vírus da dengue para o ser humano. Na picada, ela aplica uma substância anestésica, fazendo com que não haja dor na picada.


Dengue é doença infeccionsa aguda

troduzir a hidratação nos casos indicados, o que pode evitar a evolução para situações graves e que se transformem em risco para a vida da criança”. A recomendação de Jarbas Barbosa também vale para pais e responsáveis. “Se a família percebe que a criança apresenta um quadro de vômitos continuados e de dor abdominal persistente, tem que ser levada urgentemente ao serviço de saúde, porque ela pode estar fazendo uma forma grave de dengue que pode evoluir, em poucas horas, até para o óbito”, destaca. Ele observa que a dengue pode ser ainda mais perigosa nos bebês, pois a evolução do quadro é súbita. Neste caso, os pais devem ficar alerta aos choros persistentes e à irritabilidade. “Diante dos sintomas iniciais, é preciso desconfiar que a criança está com dengue, procurar uma unidade de saúde e já introduzir a hidratação.”

 O diagnóstico da dengue é realizado com base na história clínica do doente, exames de sangue, que indicam a gravidade da doença, e exames específicos para isolamento do vírus em culturas ou anticorpos específicos. Para comprovar a infecção com o vírus da dengue, é necessário fazer a sorologia, que é um exame que detecta a presença de anticorpos contra o vírus do dengue. A doença é detectada a partir do quarto dia de infecção. Inicialmente, é feito um o diagnóstico clínico para descartar outras doenças. Após esta etapa, são realizados alguns exames, como hematócrito e contagem de plaquetas. Estes testes não comprovam o diagnóstico da dengue, já que ambos podem ser alterados por causa de outras infecções.

Sintomas aparecem em até 15 dias após picada

A

dengue é transmitida pela picada da fêmea do mosquito Aedes aegypti ou Aedes albopictus (ambos da família dos pernilongos) infectados com o vírus transmissor da doença. A transmissão nos mosquitos ocorre quando ele suga o sangue de uma pessoa já infectada com o vírus da dengue. Após um período de incubação, que inicia logo depois do contato do pernilongo com o vírus e dura entre 8 e 12 dias, o mosquito está apto a transmitir a doença. Nos seres humanos, o vírus permanece em incubação durante um período que pode durar de 3 a 15 dias. Só após esta etapa, é que os sintomas da dengue podem ser

percebidos. É importante destacar que não há transmissão através do contato direto de um doente ou de suas secreções com uma pessoa sadia. O vírus também não é transmitido através da água ou alimento. Lembrete: Quem estiver com dengue deve se prevenir de picadas do mosquito Aedes aegypti para evitar a transmissão da doença para o mosquito. Assim, é possível cortar mais uma cadeia de transmissão do vírus. Portanto, quem estiver com dengue deve usar repelentes, mosquiteiros e/ou outras formas de evitar picadas.

Automedicação pode piorar quadro de saúde

O

tratamento da dengue requer bastante repouso e a ingestão de muito líquido, como água, sucos naturais ou chá. No tratamento, também são usados medicamentos anti-térmicos que devem recomendados por um médico. É importante destacar que a pessoa com dengue NÃO pode tomar remédios à base de ácido acetil salicílico, como AAS, Melhoral, Doril, Sonrisal, Alka-Seltzer, Engov, Cibalena, Doloxene e Buferin. Como eles têm um efeito anticoagulante, podem promover sangramentos. O doente começa a sentir a melhorar cerca de quatro dias após o início dos sintomas da dengue, que podem permanecer por 10 dias. É preciso ficar alerta para os quadros mais graves da doença. Se aparecerem sintomas, como dores abdominais fortes e contínuas, vômitos persistentes, tonturas ao levantar, alterações na pressão arterial, fígado e baço dolorosos, vômitos hemorrágicos ou presença de sangue nas fezes, extremidades das mãos e dos pés frias e azuladas, pulso rápido e fino, diminuição súbita da temperatura do corpo, agitação, fraqueza e desconforto respiratório, o doente deve ser levado imediatamente ao médico. Em caso de suspeita de dengue, procure a ajuda de médico. Este profissional irá orientá-lo a tomar as providências necesu sárias do seu caso.

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Dengue é doença infecciosa aguda

ausência de pressão arterial. Entre as principais manifestações neurológicas, destacamse: delírio, sonolência, depressão, coma, irritabilidade extrema, psicose, demência, amnésia, paralisias e sinais de meningite. Se a doença não for tratada com rapidez, pode levar à morte.

Febre Chikungunya é outra preocupação

P

E

m todo o mundo, existem quatro tipos de dengue, já que o vírus causador da doença possui quatro sorotipos: DEN-1, DEN-2, DEN-3 e DEN-4. No Brasil, já foram encontrados da dengue tipo 1, 2, 3 e 4. A dengue tipo 4 apresenta risco a pessoas já contaminadas com os vírus 1, 2 ou 3, que são vulneráveis à manifestação alternativa da doença. Complicações podem levar pessoas infectadas ao desenvolvimento de dengue hemorrágica. A dengue pode se apresentar – clinicamente – de quatro formas diferentes formas: Infecção Inaparente, Dengue Clássica, Febre Hemorrágica da Dengue e Síndrome de Choque da Dengue. Dentre eles, destacam-se a Dengue Clássica e a Febre Hemorrágica da Dengue. Infecção Inaparente A pessoa está infectada pelo vírus, mas não apresenta nenhum sintoma da dengue. A grande maioria das infecções da dengue não apresenta sintomas. Acredita-se que de cada dez pessoas infectadas apenas uma ou duas ficam doentes.

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Dengue Clássica A Dengue Clássica é uma forma mais leve da doença e semelhante à gripe. Geralmente, inicia de uma hora para outra e dura entre 5 a 7 dias. A pessoa infectada tem febre alta (39° a 40°C), dores de cabeça, cansaço, dor muscular e nas articulações, indisposição, enjôos, vômitos, manchas vermelhas na pele, dor abdominal (principalmente em crianças), entre outros sintomas. Eles duram até uma semana. Após este período, a pessoa pode continuar sentindo cansaço e indisposição. Dengue Hemorrágica É uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguínea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a Dengue Clássica, mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pelo e nos órgãos internos. Síndrome de Choque da Dengue Esta é a mais séria apresentação da dengue e se caracteriza por uma grande queda ou

arecida com a dengue e com o mesmo vetor da doença que virou problema de saúde pública no Brasil, a febre chikungunya chegou ao país principalmente por militares e missionários brasileiros que voltaram de missão no Haiti. A especialista do Instituto Nacional de Infectologia Evandro Chagas, Jois Ortega, diz que as pessoas não devem ficar alarmadas com a doença, mas sim atentas. Febre, dores nas articulações, mal-estar, sintomas já conhecidos por muitos brasileiros, também fazem parte da infecção pelo vírus causador da febre. Segundo Jois, as dores nas articulações costumam ser mais intensas na febre chikugunya, mas normalmente a doença é mais branda do que a dengue. Segundo a infectologista, o Brasil tem condições de fazer o diagnóstico laboratorial da doença e está atento à sua entrada. “É importante que as pessoas procurem o médico se sentirem os sintomas depois de uma viagem. É importante também que o médico pergunte se o paciente saiu do país. A circulação da chikungunya no Brasil ainda pode ser barrada, mas é preciso muita atenção”. A doença é causada por um vírus do gênero Alphavirus e transmitida por mosquitos do gênero Aedes, sendo o Aedes aegypti, transmissor da dengue, e o Aedes albopictus os principais vetores. Passados os sintomas, o paciente deixa de transmitir a doença para os vetores. Segundo a Organização Pan-Americana da Saúde, é raro um paciente morrer em decorrência da doença. A mortalidade é menos frequente que nos casos de dengue. O tratamento é feito para combater os


sintomas. Desde 2004, o vírus foi identificado em 19 países. Porém, só no fim de 2013 foi registrada a transmissão dentro de países mais próximos do Brasil, como os do Caribe, e em março de 2014, na República Dominicana. Até então, só a África e a Ásia tinham a circulação do vírus. Em 2010, o Brasil registrou três casos importados da doença, e o Ministério da Saúde passou a acompanhar a situação do vírus causador da febre chikungunya, orientando as secretarias de Saúde sobre o diagnóstico. u

Dengue Clássica Febre alta com início súbito; Forte dor de cabeça; dor atrás dos olhos, que piora com o movimento dos mesmos; perda do paladar e apetite; manchas e erupções na pele semelhantes ao sarampo, principalmente no tórax e membros superiores; náuseas e vômitos; tonturas; extremo cansaço; moleza e dor no corpo; muitas dores nos ossos e articulações.

Dengue hemorrágica Os sintomas da dengue hemorrágica são os mesmos da dengue comum. A diferença ocorre quando acaba a febre e começam a surgir os sinais de alerta: Dores abdominais fortes e contínuas; vômitos persistentes; pele pálida, fria e úmida; sangramento pelo nariz, boca e gengivas; manchas vermelhas na pele; sonolência, agitação e confusão mental; sede excessiva e boca seca; pulso rápido e fraco; dificuldade respiratória; perda de consciência.

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30 dúvidas sobre a dengue 1) A picada do mosquito é a única forma de transmissão da dengue? Sim, a dengue não é transmitida por pessoas, objetos ou outros animais. 2) Qualquer inseticida mata o mosquito da Dengue? Sim, porém a aplicação dos inseticidas atua somente sobre a forma adulta do mosquito, surtindo efeito momentâneo com poder residual de pouca duração. 3) Uma pessoa infectada pode passar a doença para outra? Não há transmissão por contato direto de um doente ou de suas secreções para pessoas sadias. A pessoa também não se contamina por meio de fontes de água, alimento, ou uso de objetos pessoais do doente de dengue. 4) Algum outro mosquito é capaz de transmitir a doença? Sim, o mosquito Aedes albopictus, que também pode ser encontrado em áreas urbanas, também pode transmitir a dengue. 5) Todo mundo que é picado pelo mosquito Aedes aegypti fica doente? É preciso que o mosquito esteja infectado com o vírus de Dengue. Além disso, muitas pessoas picadas pelo mosquito Aedes aegypti infectado não apresentam sintomas. Outras apresentam sintomas brandos que podem passar despercebidos ou confundidos com gripe, existindo ainda, aquelas que são acometidas de forma acentuada, com sintomatologia exacerbada. 6) A partir de que momento deve-se procurar um médico? A partir dos primeiros sintomas. 7) Por que não se deve tomar medicamentos a base de ácido acetilsalicílico como “Aspirina, Melhoral, AAS ? Porque estes medicamentos tem efeitos anticoagulantes e podem causar sangramentos.

a infecção, além do que, por um período de alguns meses, ela fica protegida para qualquer dos sorotipos de dengue. Passado este tempo, se ela se contaminar por outro tipo de vírus diferente daquele que se contaminou antes poderá ter comprometimento do quadro clínico e desencadear a dengue hemorrágica. 11) Qual é a diferença entre a dengue clássica e a hemorrágica? A clássica é mais branda do que a hemorrágica, que pode até causar a morte do doente. 12) As pessoas que já tiveram dengue uma vez podem desenvolver o tipo hemorrágico? Sim. Qualquer um dos 4 sorotipos da dengue pode causar dengue hemorrágica. A probabilidade de manifestações hemorrágicas é menor em pessoas infectada pela primeira vez, portanto pessoas que contraem dengue mais de uma vez apresentam maior chance de complicações do quadro clínico, incluindo manifestações hemorrágicas. 13) O mesmo mosquito que transmite dengue clássica pode transmitir a hemorrágica? Sim. 14) É verdade que o mosquito não pica à noite? A fêmea do Aedes tem hábitos diurnos, não costuma picar à noite. 15) Que outros hábitos o Aedes tem? O mosquito fica onde o homem estiver, e prefere picá-lo a qualquer outra espécie e também gosta de água acumulada para colocar seus ovos. 16) É verdade que o mosquito se reproduz mais rápido no calor? Por quê? Sim. No calor, o período reprodutivo do mosquito fica mais curto e ele se reproduz com maior velocidade. Isto explica o aumento de casos de dengue no verão.

8) Qual é o tempo de cura para dengue? A febre costuma durar de três a oito dias e pode causar pequenas bolhas vermelhas em algumas regiões do corpo, como pés, pernas e axilas. Na maioria das vezes, o doente demora uma semana para ficar bom. Porém, o cansaço e a falta de apetite podem demorar até quinze dias para sumir. A recuperação costuma ser total.

17) Por que só a fêmea do Aedes aegypti pica? As fêmeas picam depois do acasalamento porque necessitam do sangue que contem proteínas necessárias para que os ovos se desenvolvam.

9) Há cuidados especiais com bebês e crianças pequenas? Nas crianças pequenas a doença assemelha-se mais a uma infecção viral inespecífica, sendo que os sintomas mais freqüentes são: febre, vômito e nas que já falam, a dor abdominal. A prostração é menos intensa. Deve-se procurar um médico logo que aparecerem os primeiros sintomas.

19) Quantos ovos um mosquito coloca durante sua vida? Até 450. Descobriu-se que existe a transmissão transovariana, ou seja, que a fêmea, se estiver contaminada, inocula o vírus nos ovos e os mosquitos já nascem com ele. Isso multiplica as chances de propagação.

10) Quem já teve dengue uma vez pode ser contaminado novamente ou fica imune? Estudos indicam que uma pessoa doente de dengue fica imune para sempre, com relação ao sorotipo que determinou

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18) Quanto tempo vive o Aedes? A fêmea do Aedes vive cerca de 30 a 45 dias e, nesse período, pode contaminar até 300 pessoas.

20) Por que a água acumulada é tão perigosa? Porque a fêmea deposita seus ovos em locais com água acumulada. 21) Água de piscinas é uma ameaça? Não se

estiver recebendo o tratamento adequado com aplicação de cloro em quantidade correta. Caso contrário será um criadouro de mosquitos. 22) Adianta só tirar a água dos pratinhos que ficam sob os vasos? Não. Os ovos ficam aderidos às laterais internas dos pratos ou ainda nas laterais externas dos vasos. O ideal é optar por pratos que fiquem bem justos ao vaso e lavá-los com água e sabão, utilizando uma bucha para retirada de possíveis ovos. 23) Ovos ressecados do Aedes também são perigosos? Sim. Mesmo ressecados, os ovos são perigosos. Eles sobrevivem até 1 (um) ano sem água e, se neste período entrar em contato com água, o ciclo evolutivo recomeça. 24) O repelente funciona? Quantas vezes deve ser aplicado por dia? Os repelentes possuem ação limitada e não eliminam o mosquito, apenas o mantém distante. 25) A solução de água sanitária com água limpa nas plantas é eficiente? Não, é necessário substituir bromélias e outras plantas que acumulem água por aquelas que não acumulem água em suas folhas. 26) Aplicar borra de café na água das plantas e sobre a terra ajuda a combater o Aedes? A eficácia da borra de café na dosagem de duas colheres de sopa para meio copo de água não foi comprovada e a sua utilização não simplifica os cuidados atualmente recomendados que são: a eliminação dos pratos ou a utilização de pratos justos aos vasos, a colocação de areia até as bordas dos pratos ou eliminar a água e lavar os pratos com bucha e sabão semanalmente. 27) Qual é a autonomia de vôo do mosquito? O Aedes costuma circular num raio de 50 a 100 metros de distância do local de nascimento. 28) A borrifação de inseticidas mata os ovos ou apenas os mosquitos adultos? Apenas os mosquitos adultos. Por isso, a borrifação de inseticidas só é eficaz no caso de surtos ou epidemias. Para matar os mosquitos é preciso acabar com os ovos. Caso contrário, outros mosquitos nascerão. 29) Quais são as condições ideais para o mosquito procriar e agir? A temperatura que o mosquito gosta é de 26 a 28 graus. Qualquer temperatura inferior a 18 graus o torna inoperante. Com 42 graus, ele morre. 30) Como a pessoa infectada transmite o vírus para o mosquito? Durante seis dias ela pode transmitir o vírus para o mosquito. Um dia antes de começar a sentir os sintomas e nos cinco primeiros dias de sintoma. Depois disso, não infecta mais o mosquito. Fonte: Ministério da Saúde


Jaime de Moura Ferreira Ad­mi­nistrador, consultor organizacional, professor universitário, escritor, sócio fundador do Rotary Club Lauro de Freitas. E-mail: jamoufer@atarde.com.br

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O sistema mata os idosos

m amigo, indignado com o tratamento dispensado aos idosos, me sugeriu escrever um artigo abordando o tema e até me sugeriu o título: “O sistema está matando os velhos”. Entendendo perfeitamente a que se refere o pedido do amigo, procurei escrever algo sobre os idosos e a velhice no Brasil. Sem dúvidas, no passado, os idosos ajudaram a construir este País e, por isso, sentem o impedimento que lhes é imposto de participar ativamente na vida da sociedade moderna. Quando da elaboração e divulgação da Lei federal nº 10.741, de 1º/10/2003, que criou o “Estatuto do Idoso”, aplicável aos brasileiros a partir dos 60 anos, nova esperança brotou nos espíritos daqueles mais identificados com essa participação. Porém, logo se descobriu a desfaçatez do poder público, que a criou, quando se lê o registrado no seu artigo 3º: “É obrigação da família, da comunidade, da sociedade e do poder público assegurar ao idoso, com absoluta prioridade, a efetivação do direito à vida, à saúde, à alimentação, à educação, à cultura, ao esporte, ao lazer, ao trabalho, à cidadania, à liberdade, à dignidade, ao respeito e à convivência familiar e comunitária”. O que se assiste é o preconceito para com os idosos, sua marginalização como improdutivos, desnecessários e descartados, substituídos, em quase tudo, pela falta do vigor da juventude. Onde está o reconhecimento pelos serviços prestados, em prol da humanidade? Onde se lhes oferecem a dignidade, respeito pela sua sabedoria, condições de qualidade de vida, pelo menos no que se refere à saúde, à alimentação, ao lazer, à liberdade e à

prática da cidadania? Em outros países o idoso é reconhecido e respeitado pela sabedoria e experiência acumuladas, tornando-se orientador da família e da sociedade. Quando isso ocorrerá no Brasil? A verdade lamentável é que nossa população de idosos vem crescendo acentuadamente e que os poderes públicos do Brasil, executivo, legislativo e judiciário, continuam desrespeitando-a, sem projetos e programas concretos, principalmente pela falta de informação à sociedade sobre a velhice e despreocupação sobre as necessidades dos idosos e garantia dos seus direitos, levianamente registrados no “Estatuto dos Idosos”. Publica-se, diariamente, a violência contra o idoso, doméstica e pública, idosos abandonados pela família, notadamente pelos filhos, falta de recursos humanos qualificados para acompanhamento e orientação aos idosos (formação em gerontologia), mobilidade precária das cidades, dificultando sua locomoção e a ausência de ofertas sociais, culturais, de saúde, lazer, entre outras. A falta de percepção, quase generalizada, em relação ao envelhecimento, tem promovido uma imagem destorcida da velhice, associada ao negativismo: fonte de doenças, afastamento social, incompetência para novas atividades, falta de motivação para continuar vivendo, ceticismo, desesperança e o analfabetismo funcional. Nesse aspecto, apresentam-se dois cenários: o primeiro, decorrente dos anal­fa­betos idosos, vivendo do passado, não aceitando a evolução tecnológica, perdem, deliberadamente, a autonomia, aumentando sua dependência, buscam o isolamento social e atolam-se na depressão, descuidam-se da saúde e da evolução mental e atingem rapidamente à decrepitude.

Esses envelhecem, mas não amadurecem. No segundo, agrupam-se os idosos que querem viver, cada vez mais, cuidam de sua saúde, pois acham determinante para a boa qualidade de vida, procuram novos conhecimentos, permanentemente, entendendo que a velhice não significa o fim da vida, procuram ocupar parte do seu tempo em atividades comunitárias, pois compreendem que ser solidário com outros, muito melhora a qualidade de vida, e, por fim, têm a consciência cósmica para absorver que o envelhecimento de uma população é uma dádiva divina e, por isso, distinguem o idoso do velho. Sem dúvidas, os idosos enfrentam muitas dificuldades, a começar pelo mísero salário de aposentado (segundo o IBGE, apenas 1% dos aposentados é independente financeiramente), crescente inflação, elevado custo dos remédios, necessários aumento permanente dos gêneros alimentícios, despesas com água, energia, telefone e combustíveis, para alguns, dificuldade para conseguir empréstimos – e, aqueles que são associados de fundação de previdência privada, ainda sofrem com a redução do prazo de pagamento das parcelas de empréstimos, quando chegam aos setenta anos, com a justificativa é que estão perto de morrer e, dessa forma, desequilibrará o plano atuarial, planos de saúde cada vez mais caros e sem atender a todas as suas necessidades. Talvez, devido a situações como essas, aquele amigo, embora pertença ao segundo cenário, me sugeriu o artigo com o tema registrado acima. Mas essas adversidades não justificam a negação da vida. Afinal, nossa passagem nesta terra tem um compromisso com o Deus Criador. Passar férias, tenho certeza que não é. Também, a morte não é privilégio dos idosos: todos morreremos um dia, até porque, só se chega à velhice quando não se morre na juventude. Espero ter atendido à solicitação do meu amigo. Agosto de 2015 | Vilas Magazine | 31


Comportamento

Bom senso é essencial para convivência harmoniosa em condomínios

V

iver é relacionar-se com o outro, sempre. Estamos constantemente pedindo, querendo, procurando, compartilhando. Daí que a convivência entre gente que não pensa igual deve se pautar pelo respeito ao outro, já que é inescapável viver em sociedade. Por isso as regras, as leis e a necessidade de bom senso e cortesia. Tudo isso já foi dito, claro. Mas aí você esbarra naquele cocô de cachorro numa via do condomínio ou no embrulho de sorvete largado próximo ao lixo. E pensa se não será preciso dizer mais uma vez. “A questão é que algumas pessoas costumam achar que são as donas do lugar, quando na verdade o lugar é de todos”, acredita a administradora Mônica Cristina Ribeiro. Ela tem uma perspectiva especial da questão porque, além de morar há oito anos em condomínio, desde o início do ano

passado ela trabalha como administradora do lugar. “O que eu costumo fazer, junto com o síndico e com o conselho de moradores é estabelecer muita comunicação”, conta Mônica. Intermediar conflitos Além de cartazes e da conversa diária com os moradores das unidades, eles também usam muito e-mail para lembrar o que pode e o que não pode. “Aqui o grande motivo de conflitos são os cães que escapam das casas e fazem suas necessidades em jardins e outras áreas comuns”, diz. Mas animais de estimação não são os únicos causadores de discórdia. Há o copo de vidro na piscina, o aparelho ensopado de suor na academia, a porta do elevador aberta até que alguém ache uma chave. E há a vaga na garagem. “Ordenar a convivência é sempre im-

portante. As regras da convenção do condomínio são essenciais. É preciso estabelecêlas e fazer com que se efetivem”, avalia Kelsor Fernandes, presidente do Sindicato da Habitação (Secovi-BA). Educação e leis Para ele, a constante educação para a convivência é importante, tanto que a entidade tem uma cartilha gratuita voltada só para o tema, “mas às vezes é preciso pulso, é preciso usar a lei para aqueles que não aceitam ter que cumprir o que todos cumprem”. E aí já viu, né? É aquele dramão de advertências, multas, tribunais. Melhor abaixar o som. Mas nem só de regras dramáticas vive a ordem. Há também aquelas decisões que são mais íntimas e igualmente importantes, como dar bom dia ao porteiro, por exemplo. Um condomínio unido e cortês é inclusive um lugar mais seguro. “Se 90% da população do local estiver seguindo os procedimentos de segurança que foram determinados, é difícil para o bandido invadir, mesmo com uma informação passada de dentro, comenta Nelson Toledo, especialista em segurança de condomínios. Gil Maciel / Ag. A Tarde. mila cordeiro / ag. a tarde

Síndicos devem usar cartazes, e-mails evaga Animais de estimação, na garagem e copopara na piscina outros meios são motivos de conflito manter moradores informados “Se 90% estiverem seguindo os procedimentos, é difícil o bandido invadir”. NELSON TOLEDO, especialista em segurança condominial

“É preciso estabelecer (regras no condomínio) e fazer com que se efetivem”. KELSOR FERNANDES, do Secovi

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Mônica Ribeiro, moradora e administradora de condominio


diária com os moradores das 99 unidades, eles também usam muito e-mail para lembrar o que pode e o que não pode. “Aqui o grande motivo de conflitos são os cães que escapam das casas e fazem suas necessidades em jardins e outras áreas comuns”, diz.

Bom senso é essencial para uma convivência harmoniosa

1. PISCINA 1.PISCINA Nunca esqueça que objeNunca esqueça que objetos de vidro podem ser perigosos caso quebrem tos de vidro(dentro podem ser perida psicina ou no entorno, geralmente gramado), porque muita gente fica gosos caso inclusive quebrem (dentro descalça na área. da piscina2.CIGARRO ou no entorno, Em dezembro do ano passado geralmenteentrou gramado), incluem vigor a lei federal antifumo, que restringiu ainda sive porquemaismuita gente os locais para consumo fica de cigarro. você pode fumar descalça naBasicamente área. em casa ou em vias públicas e só. Nas áreas comuns do condomínio, inclusive as abertas, é proibido.

2. CIGARRO 3.QUADRA Em dezembro do ano Seja qual for a modalidade do esporte, é preciso estabelecer passado entrou em vigor regras, principalmente sobreaa lei duração da partida, e organizar a mudança da quadrarestrin(de vôlei federal antifumo, que para handebol, por exemplo). Veja nas regras do condomínio giu ainda mais os locais para se pode ou não levar líquidos em garrafas de vidro ou se é consumo de cigarro. Basicapermitido consumir alimentos no local. mente você pode fumar em 4.GARAGEM sempre delicado e foco casa ou emLocal vias públicas e desó. conflitos. A vaga não é depósito. Acumular Nas áreas comuns do condocoisa na área pode atrair roedores e insetos. mínio, inclusive as abertas, é Objetos pontiagudos podem machucar alguém. Sem falar o proibido. óbvio de que o lugar é para automóvel, moto ou bicicleta. Outro drama é o do veículo maior que a vaga. Lembre disso se mudar de carro, porque alguns modelos inviabilizam manobras. E este é um problema seu, de mais ninguém.

3. QUADRA Seja qual for a modali5.ENXERGUE O OUTRO dade do esporte, é preciso Cumprimentar os vizinhos não é favor ou gentileza, é sinal de estabelecercivilidade. regras, principalE é, claro, importante ser cortez também com os funcionários do lugar. Desatenção é feio, fique mente sobre a duração da atento e seja gentil. partida, e organizar a mudan6.PORTARIA O porteiro fazer exatamente ça da quadra (dedevevôlei parao que a função dele determina. Ou seja, ele não é um carregador. Então se você handebol, por exemplo). vai pedir para ele ajudar a levar algo, sabendo que é um favor e que Veja naspeça regras do condodeve acontecer muito raramente, ok? Seja criterioso na liberação de pessoas, não permita que mínio se pode oua subida nãode gente levar você não conhece. que a entrada de entregadores líquidos emMesmo garrafas de vidro esteja liberada, é mais bacana buscar sua encomenda na portaria. ou se é permitido consumir alimentos no local.

ILUSTRAÇÃO: Túlio Carapiá / Editoria de Arte A TARDE

8. ACADEMIA Basicamente vale o mesmo comportamento que se tem numa academia particular. Por exemplo, leve aquela toalha para limpar seu suor e, quem sabe, até um spray higienizador. Devolva pesos ao seu local, respeite as regras de tempo nos aparelhos, chegue 8.ACADEMIA Basicamente vale o mesmo a um acordo comportamento que se tem sobreamúsica, numa academia particular. Por exemplo, leve toalha para limpar seu seaquela houver. Caso você precise suor e, quem sabe, até um spray higienizador. usar a academia fora do horáDevolva pesos ao seu local, respeite as regras de tempo nos aparelhos, rio tradicional, converse com chegue a um acordo sobre a música, se houver. Caso você precisa usar a academia o síndico. 7.BARULHOS

UM LUGAR DE TODOS

Entre as 22h e as 7h, risadas e conversas em tom elevado nas áreas externas ou próximas de janelas, mais que deselegantes, são ilegais, viu? Inclusive porque a lei das contravenções penais fala da paz pública (ela existe, viu?) e em seu Art. 42 diz que perturbar o trabalho ou o sossego alheios com gritarias ou algazarras é crime. Durante festas ou jantares com amigos, que são coisas ótimas, fique atento aos barulhos e ao volume do som, para que ele não atrapalhe quem mora ao lado ou acima/abaixo de você.

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As regras costumam variar de condomínio para condomínio, geralmente fixadas pela convenção do lugar. Independentemente disso, cortesia, respeito e prudência só ajudam a melhorar a convivência nos espaços que são compartilhados

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fora do horário tradicional, converse com o síndico.

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9. CRIANÇAS 9.CRIANÇAS Elas podem usar a área comum do condomínio brincando normalmente entre 9h e 20h. Fora desse horário é importante explicar para elas que devem conversar em voz baixa e não fazer barulhos. Crianças com menos de 10 anos devem sempre estar acompanhadas de um adulto dentro do elevador. E aquelas com menos de 5 anos não devem ficar sozinhas no playground. Nenhuma delas deve jamais brincar nas escadas do edifício. Porteiros e zeladores não são obrigados a cuidar das crianças, nem que seja "rapidinho". Inclusive não são responsabilizados por nada que venha a acontecer com elas.

Elas podem usar a área comum do condomínio brincando normalmente entre 9he20h. Fora desse horário é 5 importante explicar para elas que devem conversar em voz baixa e não fazer barulhos. Crianças com menos de 10 anos devem sempre estar 10.CÃES acompanhadas de um adulto Cães devem estar presos por coleira ou guia, não importa dentro do elevador. E aquelas quão dóceis eles sejam. Eo ideal é que raças consideradas 6 perigosas focinheira.de 5 anos não com usem menos Se vai pegar o elevador, prefira odevem de serviço. E ficar se já houver sozinhas no playalguém dentro, pergunte se ela se importa em dividir o espaço ground. Nenhuma delas deve com um cão, se você notar constrangimento, libere elevador. jamais brincar nas escadas do edifício. Porteiros e zeladores não 5. ENXERGUE O OUTRO liberada, é mais bacana buscar sua são obrigados a cuidar das Cumprimentar os vizinhos não encomenda na portaria. “É preciso “Se 90% estiverem crianças, Síndicosnem devem que seja “rapié favor ou gentileza, é sinal de ciestabelecer (regras seguindo os usar cartazes, dinho”. Inclusive não são resvilidade. E é, claro, importante ser 7. BARULHOS no condomínio) e procedimentos, é e-mails e outros ponsabilizados por nada que cortez também com os funcionários Entre as 22h e as 7h, orisadas e fazer com que se difícil bandido meios para manter venha a acontecer com elas. do lugar. Desatenção é feio, fique conversas em tom elevado nas áreas efetivem” invadir” moradores KELSOR FERNANDES, do Secovi NELSON de TOLEDO,janelas, do Grupo GR informados atento e seja gentil. externas ou próximas 10. CÃES mais que deselegantes, são ilegais, Cães devem estar pre6. PORTARIA viu? Inclusive porque a lei das consos por coleira ou guia, não O porteiro deve fazer exatamentravenções penais fala da paz pública importa quão dóceis eles te o que a função dele determina. Ou (ela existe, viu?) e em seu Art. 42 sejam. E o ideal é que raças seja, ele não é um carregador. Então diz que perturbar o trabalho ou o consideradas perigosas usem se você vai pedir para ele ajudar a sossego alheios com gritarias ou focinheira. Se vai pegar o elelevar algo, peça sabendo que é um algazarras é crime. vador, prefira o de serviço. E favor e que deve acontecer muito Durante festas ou jantares com se já houver alguém dentro, raramente, ok? amigos, que são coisas ótimas, fique pergunte se ela se importa em Seja criterioso na liberação de atento aos barulhos e ao volume dividir o espaço com um cão, pessoas, não permita a subida de do som, para que ele não atrapalhe se você notar constrangimengente que você não conhece. Mesmo quem mora ao lado ou acima/abaixo to, libere elevador. que a entrada de entregadores esteja de você. ILUSTRAÇÃO Túlio Carapiá/ Editoria de Arte A TARDE

Divulgação

Animais de 4. GARAGEM vaga e Local estimação, sempre delicado na garagem e foco de conflitos. A vaga não copo na piscina é depósito. Acumular são motivoscoisa na conflito área podedeatrair roedores e insetos. Objetos pontiagudos podem machucar alguém. Sem falar o óbvio de que o lugar é para automóvel, moto ou bicicleta. Outro drama é o do veículo maior que a vaga. Lembre disso se mudar de carro, porque alguns modelos inviabilizam manobras. E atente para um detalhe importante: este é um problema seu, de mais ninguém.

guindo os procedimentos de segurança que foram determinados, é difícil para o bandido invadir, mesmo com uma informação passada de dentro, comenta Nelson Toledo, especialista do Grupo GR, que trabalha na área de segurança em condomínios.

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Comportamento

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esultados de pesquisas recentes podem ajudar mães que trabalham fora a espantar de uma vez por todas o fantasma da culpa. Segundo esses estudos, investir na carreira é bom para a educação das crianças. Um levantamento da Universidade Harvard publicado no mês passado revelou que as filhas de mães que trabalham, quando adultas, ganham mais e têm melhores cargos do que aquelas cujas mães ficaram em casa. Nos Estados Unidos, a diferença salarial chegou a 23%. Entre os homens, a vantagem não está no bolso, mas nos hábitos. Os filhos de mães que trabalharam ajudam mais nas tarefas domésticas e passam quase o dobro de horas em família em comparação com aqueles que tiveram mães dona de casa. O estudo analisou dados de 50 mil pessoas com idades entre 18 e 60 anos, coletados em 25 países de 2002 a 2012. Segundo as pesquisadoras, o ‘working Marlene Bergamo / Folhapress

Gabriela Gomez, 37, e Thaís Vilarinho, 36, que criaram o blog “Mãe Fora da Caixa”

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Mães sem culpa Mães que trabalham fora podem ficar mais tranquilas: investir na carreira é bom para a educação dos filhos e ajuda a reduzir diferenças de gênero, dizem estudos

mother effect‘ (algo como ‘efeito mãe que trabalha‘) é benéfico para toda a sociedade porque ajuda a reduzir diferenças de gênero. Outra pesquisa dos EUA já tinha analisado 69 estudos sobre o tema e mostrado que crianças cujas mães trabalham fora têm menos problemas de aprendizagem e tendem a ser mais bem sucedidas na escola. Para a psicóloga Cecília Russo Troiano, os resultados fazem sentido e podem ser trazidos para a realidade brasileira. Ela fez uma pesquisa com 400 pessoas (metade tinha mães que trabalhavam; metade, não) para o livro ‘Aprendiz de Equilibrista‘ (Generale, 130 págs.).

“Voltar a trabalhar mudou minha autoestima. Sou melhor mãe com vida profissional do que sem” THAÍS VILARINHO, 36.


Karime Xavier / Folhapress

A professora Luana Rocha, 31, com Samuel, de 2 anos.

“Os pais são os principais modelos dos filhos. Se há um ambiente de igualdade entre homem e mulher, isso vai servir de referência para a vida das crianças. Nesse caso, é de pequenino que se torce o pepino, sim‘“ afirma. Além de criar meninos e meninas menos machistas, outro benefício para as crianças é a autonomia, afirma. “A mãe que trabalha fora precisa de um filho mais independente, que resolve parte dos problemas sozinho. Isso ajuda a superar desafios na escola e no trabalho”. A fonoaudióloga Thaís Vilarinho, 36, acredita que o seu trabalho faz bem não só para os dois filhos –Matheus, 7, e Thomás, 4 –, mas principalmente para ela. “Quando o Matheus nasceu decidi cuidar dele integralmente e parei de trabalhar. Com o tempo, fui me perdendo como mulher, me esquecendo. Comecei a me achar chata, só falava nisso”. Dois anos depois, voltou a trabalhar meio período. “Hoje me sinto completa. Mudou minha autoestima, melhorou meu casamento. Acho que sou melhor mãe trabalhando do que sem trabalhar”. Claro que às vezes a culpa aparece, mas

“Quando a mãe decide trabalhar, precisa estar muito decidida, senão sofre” LUANA GRIGOLETI ROCHA, 31

ela não se arrepende. “Os filhos se adaptam. É algo importante para a independência da mulher”, diz ela, que nesse processo criou com uma amiga o blog ‘Mãe Fora da Caixa‘. REALIDADES DIFERENTES Para a psicóloga Maria Lúcia Rocha-Coutinho, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro, ao trazer a discussão para o cenário brasileiro é preciso diferenciar as mães que trabalham fora. Aquelas que têm uma carreira e se sentem realizadas são um exemplo positivo. Já aquelas que têm que trabalhar pelo salário, nem sempre. “Se elas não gostam do que fazem e não têm ajuda em casa, como acontece em muitos casos, acabam se sentindo sobrecarregada, e isso, claro,

não é bom para os filhos”. A psicanalista Malvine Zalcberg diz que o grande desafio da mulher que trabalha fora é equilibrar carreira e família. “Tem que saber avaliar o quanto ela pode ficar fora, para que o filho seja independente, e o quanto deve ficar em casa e dar atenção à criança para que ela não se sinta abandonada”. Na busca desse equilíbrio, a professora Luana Grigoleti Rocha, 31, deixou o mercado financeiro e começou a dar aulas depois que o filho Samuel, 2, nasceu. “Reavaliei toda minha vida. Quando a mãe decide trabalhar fora tem que estar muito decidida, senão sofre”. Hoje ela se diz realizada em todos os papéis. Um ponto fundamental nessa virada foi a compreensão de que ela precisa de ajuda. “É importante perceber os próprios limites. Será que não dá para o filho ir para a escola de perua ou fazer compras pela internet em vez de ir ao mercado? A mãe tem que evitar se sobrecarregar para estar disponível emocionalmente para os filhos”, diz a psicóloga Eliana Marcello De Felice. Juliana Vines / Folhapress.

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Decoração

Integrar os ambientes é boa alternativa para ampliar espaços

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raças aos projetos com cômodos cada vez mais reduzidos, quem mora em apartamento tem que aproveitar ao máximo os espaços disponíveis. Entre as soluções possíveis para compensar a falta de metros quadrados está a integração dos ambientes. Incorporar a varanda à sala ou ao quarto é uma solicitação recorrente feita aos arquitetos. “Os clientes estão comprando a ideia da integração, há uma forte tendência para a incorporação dos ambientes para aproveitar os espaços. Vale até mesmo ter um gabinete decorado de uma maneira, para que, quando necessário, seja utilizado como um quarto de visitas”, revela a arquiteta Thais Abreu. Vale lembrar que, antes de realizar qualquer alteração ou reforma estrutural em um imóvel, é necessário ter um registro de responsabilidade técnica emitido por um

Uma das possibilidades é incorporar a varanda à sala ou ao quarto

arquiteto ou urbanista. O projeto deverá ser aprovado pelo síndico para garantir a estrutura do edifício. Para ganhar mais espaço são feitas alterações, como a troca de portas de acesso, nivelamento do piso e, em alguns casos, a remoção das paredes de vedação. “Recentemente realizamos um projeto de integração da varanda ao quarto. Eliminamos a porta que dava acesso a varanda e nivelamos o piso. O quarto do nosso cliente passou de 15 m² a 21 m²”, afirma o arquiteto Roberto Leal Neto.

De acordo com os arquitetos, após a integração é necessário realizar o fechamento da varanda seguindo o padrão do condomínio, que determina a cor e o perfil do vidro que deverá ser utilizado. “É preciso acordar previamente com o condomínio que o sistema de fechamento será aplicado na varanda para preservar a identidade arquitetônica do edifício”, diz o arquiteto Matheus Brazileiro. Entre as possibilidades está cobrir todo o espaço com uma cortina de vidro que permite a cobertura da área. Nesse caso, as folhas de vidro ficam articuladas, permitindo que sejam manuseadas facilmente correndo o vidro lateralmente. Esses sistemas de fechamento favorecem a visibilidade, além de ajudar na iluminação. A dica dos arquitetos é deixar os vidros transparentes para elevar a sensação de amplitude. Para os apartamentos com um maior número de quartos, a opção é transformar um dos espaços para ampliar um dos dormitórios e construir um closet anexo. Para quem tem o hábito de cozinhar, uma boa XICO DINIZ/ DIVULGAÇÃO

Projeto de Roberto Leal Neto e Naissa Vieiraalves integra sala com a varanda do apartamento

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MARCELO NEGROMONTE / DIVULGAÇÃO

Sala ganha amplitude com a abertura da varanda, no projeto da arquiteta Thais Abreu

opção é incorporar a cozinha a sala, como as conhecidas cozinhas americanas. No entanto, na hora da reforma, a prioridade são os espaços de convivência da família. “Como a planta dos apartamentos são muito pequenas, nossos clientes acabam priorizando os espaços de convivência

para receber convidados. Há um grande número de integrações da varanda à sala”, diz Brazileiro. A arquiteta Thais Abreu explica que os móveis em tons neutros e com dimensões proporcionais aumentam a sensação de amplitude dos ambientes.

Outras sugestões dos especialistas são a troca das paredes de vedação, por móveis decorativos, a aplicação de porcelanatos maiores e até mesmo a utilização de móveis maiores em menor quantidade, deixando espaço para a circulação. Carla Jesus / Ag. A Tarde. TARSO FIGUEIRAS / DIVULGAÇÃO

A arquiteta Thais Abreu incorporou o quarto ao ambiente da sala Agosto de 2015 | Vilas Magazine | 37


Saúde & Bem-Estar

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motivos para você comer ovo sempre

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le já foi o vilão da alimentação por causa do colesterol e, apesar de a ciência demonstrar que seus teores não se revertem em malefício dentro do corpo, ainda há quem receie botá-lo no prato. Uma nova leva de estudos, porém, vem destruir qualquer temor: o ovo pode até fazer bem ao coração. E seu status de aliado da saúde vai além: ele bate de frente com o ganho de peso, o diabete e a perda de memória.

1. Favorece a perda de peso O ovo acaba de ser apontado como um dos principais alimentos capazes de aumentar a saciedade e prevenir ataques de gulodice especialmente se for incluído no café da manhã. Um dos que assinam embaixo é o professor de nutrição Bruce Griffin, da Universidade de Surrey, na Inglaterra. Acompanhe a experiência que ele fez. Griffin recrutou 30 homens para tomar três tipos de desjejum – cada um deles durante um período diferente, é claro. O primeiro café da manhã era baseado em uma cumbuca de cereal de milho; o segundo, protagonizado por um croissant; e o terceiro, composto de um prato de ovos. O cientista britânico avaliou a sensação de barriga cheia após

KARIME XAVIER / FOLHAPRESS

Diogo Sponchiato e Thaís Manarini

a refeição matinal e o consumo energético ao longo do dia nesses três cenários. “O café da manhã com ovos foi o que mais saciou a turma, diminuindo a quantidade de comida no almoço”, conta Griffin. Para ele, o resultado se justifica facilmente: o produto da galinha é uma excelente fonte de proteínas, nutriente que suprime o apetite por mais tempo. Já o professor de ciências da nutrição Nik Dhurandhar, da Uni-

Tá bom ou... tá ruim? Caso você tenha o hábito de guardar o ovo fora da caixa, há uma forma simples de conferir sua validade depois. Basta colocá-lo em um copo cheio de água. Se ele afundar, pode comer sem medo. Mas se boiar... Ele não está apto para consumo. Há uma explicação por trás desse método curioso. Conforme o tempo passa, trocas gasosas ocorrem através dos poros da casca. E existe uma câmara de ar na parte mais arredondada do alimento. À medida que essa área fica cheia de gás, o ovo vai se estragando e se torna mais leve – daí flutua. Se quer desacelerar o processo, evite deixá-lo na porta da geladeira, já que o abre e fecha constante favorece as alterações gasosas. Outra coisa: não lave o ovo antes de levá-lo ao refrigerador. Isso aumenta a porosidade da casca. Deixe para passá-lo na torneira só mesmo antes de usar. Fonte: Helenice Mazzuco, zootecnista da Empraba Suínos e Aves.

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Gema x Clara É por causa da parte amarela que o ovo carregava a fama de elevar o colesterol. Afinal, é nela que se escondem suas gorduras. Apesar disso, nem pense em desperdiçá-la. Na gema estão a colina, a luteína e a zeaxantina, substâncias que fazem um bem danado à saúde. Além de muita água, a clara abriga doses generosas de albumina, proteína considerada padrão-ouro. Isso porque ela entrega ao nosso corpo todos os aminoácidos necessários para o seu pleno funcionamento - exatamente como as celebradas proteínas do leite e da carne vermelha.


acompanhamentos como bacon e presunto. Foi esse combo que contribuiu para a má fama do ovo no decorrer dos anos.

2. Conserva os músculos Já viu aqueles ratos e ratas de academia que levam um pote de claras pra comer no trabalho? Pois, exageros à parte, eles estão cobertos de razão em escolher essa porção do ovo para alimentar a musculatura. Tudo por causa das já citadas proteínas, que abundam na parte branquinha. A principal delas é a albumina – que serve de matéria-prima inclusive para suplementos. “O ideal é que a clara seja consumida após o treino, porque é bem nesse período que ocorre a degradação e a formação dos músculos”, orienta o educador físico Herbert Lancha Júnior, professor da Universidade de São Paulo (USP). “A recomendação é consumir até duas claras depois do exercício, de preferência com uma fonte de carboidrato, como tapioca ou pão integral”, ensina a nutricionista Paula Crook, da PB Consutoria em Nutrição, na capital paulista.

3. Resguarda as artérias

versidade de Tecnologia do Texas, nos Estados Unidos, até concorda, mas acha que mais importante que a quantidade de proteína do ovo é a sua qualidade. Ela, sim, faz a diferença. “Só temos de lembrar que não adianta ingerir o ovo no desjejum e deixar de adotar outras medidas a fim de manter ou perder peso”, avisa. Para economizar nas calorias do próprio ovo matinal, por exemplo, use pouquíssimo (ou nenhum) óleo no preparo e evite

Se um dia o ovo foi apedrejado, o motivo estava no fato de sua gema ser um reduto de colesterol. A acusação acabou caindo por terra quando se descobriu que, ao mesmo tempo que fornecia o componente, o alimento também continha substâncias que bloqueavam sua chegada à corrente sanguínea. “Hoje se sabe que apenas um terço do colesterol da dieta é realmente absorvido”, esclarece o cardiologista Raul Dias dos Santos, do Instituto do Coração, o InCor, em São Paulo. Parece estranho dizer isso, mas o colesterol dos alimentos não se traduz necessariamente em mais colesterol trafegando pelos vasos. No caso dos ovos, um estudo da Universidade de Connecticut, nos Estados Unidos, até indica que o consumo diário daria uma força para o aumento da fração boa do colesterol, o HDL. “Em nosso experimento com 28 homens acima do peso, não vimos mudanças nas taxas de LDL, a versão ruim”, completa a bioquímica Maria Luz Fernandez. A pesquisadora mexicana chegou a outro achado impressionante recentemente. Ela comparou o efeito de um café da manhã com ovos e outro à base de aveia (um clássico alimento funcional) em um grupo de diabéticos e constatou que eles foram equivalentes u no impacto sobre o colesterol.

Tenho colesterol alto...E aí? Se pegarmos a última Diretriz Brasileira de Dislipidemias – nome científico para distúrbios como o colesterol elevado –, quem já tem esse desequilíbrio deveria priorizar a clara do ovo e comer a gema só ocasionalmente. Mas o novo guia de recomendações alimentares do governo americano diz que não é preciso se preocupar com o teor de colesterol da comida. O importante seria maneirar na gordura saturada – ela, sim, faz subir o colesterol ruim no sangue. E o ovo tem menos dessa gordura do que a carne vermelha, por exemplo. “Cerca de 60% da gordura do ovo é insaturada, isto é, favorável à saúde”, lembra a nutricionista Marcia Gowdak, da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo. Se você já tem colesterol alto, fale com seu médico para ver quantos ovos estariam liberados na semana - a porção é individualizada por levar em conta outros fatores de risco ao coração.

O que um ovo tem? Energia.............................. 73 cal Carboidratos..................... 0,3 g Proteínas.......................... 6,6 g Gorduras........................... 4,7 g Colesterol......................... 198 mg Vitamina A........................ 16 µg Ferro................................. 0,7 mg Potássio............................ 69,5 mg Os valores se referem a uma unidade de 50 g. Fonte: tabela brasileira de composição de alimentos (taco/unicamp)

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Saúde & Bem-Estar

4. Protege a visão Abra bem os olhos antes de descartar a gema do ovo. É lá que você encontra duas substâncias caras aos globos oculares: a luteína e a zeaxantina. Estamos falando de pigmentos com propriedades antioxidantes capazes de se acumular na retina, o tecido no fundo dos olhos que converte as imagens em impulsos lidos pelo cérebro. Em um estudo da Universidade de Massachusetts, nos Estados Unidos, os experts viram que o consumo de duas a quatro gemas por dia durante cinco semanas teve um efeito contra a degeneração da mácula, a porção central da retina e responsável pela captação dos detalhes. No trabalho, os voluntários tomavam remédios para o controle do colesterol e não houve aumento nos índices da partícula gordurosa no sangue deles. O fato é que não precisaria comer tanta gema para alcançar esse benefício. Um ovo concentra mais luteína e zeaxantina que a maior parte dos vegetais - só o milho chega ao empate. E há sinais de que, quando essas moléculas vêm da gema, o aproveitamento pelo corpo seria um bocado superior.

5. Encara o diabete A notícia veio contra tudo o que se falava até então: estudiosos da Universidade da Finlândia Oriental analisaram, por quase 20 anos, 2 332 homens de 42 a 60 anos e observaram que os fãs de ovos estavam

menos propensos ao diabete tipo 2. “Nosso achado contrasta com levantamentos anteriores, que ainda associavam o consumo de ovos a um pior estilo de vida”, relata o professor de epidemiologia da nutrição Jyrki Virtanen. O menor risco de diabete foi encontrado em pessoas que ingeriam cerca de quatro unidades por semana. “O alimento tem um conjunto de componentes vantajosos, incluindo substâncias anti-inflamatórias, que atuariam contra o descompasso da glicose”, afirma Virtanen. Para o endocrinologista Carlos Eduardo Barra Couri, da USP de Ribeirão Preto (SP), é difícil bater o martelo sobre esse papel preventivo. “A pesquisa depende de questionários preenchidos pelos participantes, sujeitos a equívocos, e não consegue excluir fatores que influenciariam o desfecho”, argumenta. Mas e quem já tem diabete e precisa ficar mais atento ao colesterol? Um novo trabalho australiano avaliou a ingestão de ovos em 140 diabéticos e constatou que duas unidades por dia, ao

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longo de um mês e meio, não pioraram o perfil de gordura no sangue. Mesmo diante desse resultado, convém ponderar com seu médico. “Ovo não é remédio, mas pode ser bem-vindo dentro de uma alimentação adequada”, diz Couri.

De vilão a bom moço

Convencional ou orgânico?

1960 Autoridades de saúde dos Estados Unidos recomendam restrição no consumo de fontes de colesterol. Eles acusam o ovo e a manteiga de patrocinarem infartos. 1970 A Associação Americana do Coração limita a ingestão de gemas para três unidades semanais. E assim a imagem do ovo ficará arranhada por anos. 1990 A redenção tem início. Estudos questionam o impacto negativo do ovo na saúde cardiovascular. Surgem pistas de que ele, por si, não aumenta o colesterol. 2010 Uma pesquisa canadense conclui que a gema deve ser evitada por quem tem alto risco cardíaco e a compara, nessas circunstâncias, ao perigo do cigarro. Novo baque. 2015 O novo guia alimentar americano não condena mais o colesterol da comida. E saem diversas pesquisas esmiuçando as benesses do ovo, até mesmo para o coração.

Quem vai às compras percebe uma discrepância em relação a esses dois tipos de ovos: o preço. O orgânico pesa bem mais no bolso. O que não indica superioridade... “As análises provam que não há diferenças nutricionais entre eles”, diz a zootecnista Helenice Mazzuco, da Embrapa Suínos e Aves. O que explica, então, o valor mais elevado? O modo de produção. No sistema orgânico, as galinhas vivem soltas e comem rações sem pesticidas nem fertilizantes - além de não receberem medicação. No convencional, elas ficam em gaiolas e têm uma dieta balanceada com grãos transgênicos. “O fato é que todos os ovos têm de passar por testes. Se forem identificados contaminantes, a granja é auditada”, garante Helenice. No frigir dos ovos...

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6. Preserva a memória A gema (olha ela de novo!) é um dos principais reservatórios de colina, uma vitamina que, lá no cérebro, tem a nobre função de ajudar a cuca a processar e a guardar as lembranças. Ela é ingrediente para a

Do café da manhã ao jantar Cru Cuidado com a gemada. Para afastar o risco de contaminação pela bactéria salmonela, o Ministério da Agricultura sugere consumir só ovo que passou por cozimento. Claro que vale incluí-lo em receitas que depois serão submetidas a altas temperaturas, a exemplo de tortas, bolos e suflês. Cozido É uma ótima forma de preparo, pois assegura o cozimento completo da gema e da clara. Fora que não exige o uso de óleo. Para quem prefere o ovo com a gema mole, o segredo é cozinhar por seis minutos.

formação de um neurotransmissor chamado acetilcolina. “E a maioria das vias neurais responsáveis pela memória depende da acetilcolina”, explica a nutricionista e mestra em neurociências Selma Dovichi, professora da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Segundo as orientações atuais, a necessidade diária de colina é de 425 miligramas para as mulheres e 550 para os homens. “Uma gema de ovo oferece aproximadamente 238 miligramas”, conta Selma. É praticamente metade da quantidade recomendada. Alguns estudos já sugerem que a ingestão de colina está associada a uma melhor performance cognitiva. Para coroar, a luteína e a zeaxantina da gema (de novo, de novo!) também parecem interferir positivamente na massa cinzenta. Por causa desse mix de substâncias, uma equipe da Universidade Tufts recebeu dinheiro do governo americano para testar o impacto do consumo diário de ovos na memória e no raciocínio de pessoas acima dos 50 anos. A expectativa é que o alimento prove sua capacidade de contrapor as perdas cognitivas que viriam com a idade. Copyright © Editora Abril S.A. Todos os direitos reservados. All rights reserved.

Quer uma gema durinha? Nesse caso, são sete minutos na água. Cai muito bem na salada. Frito Evite-o se estiver em restaurantes. Nesses locais, o óleo é reutilizado excessivamente, o que deixa a comida mais gordurosa – e quem paga o pato é o pobre do ovo. Em casa, recorra ao óleo de canola. Só um pinguinho dá conta. O ovo frito deve substituir a carne vermelha e o frango vez ou outra. Mexido / omelete São receitas que demandam pouco óleo, ainda mais se usar panelas antiaderentes.

Tamanho é documento? Codorna O ovinho famoso como petisco e no bufê de self-service esbanja mais proteínas do que o de galinha. Só que tem quase o triplo de colesterol. Galinha É campeã: comparada com as outras aves, oferece o ovo com o menor teor de colesterol. E ele ainda tem mais gorduras boas, do tipo poli-insaturado. Galinha caipira Significa que ela foi criada solta – a cor da casca reflete só a cor da galinha. Há indícios de que sua gema tenha mais luteína e zeaxantina. Pata Ela bota o ovo mais rico em minerais, só que também vence em matéria de gordura saturada. Tem clara mais dura e odor intenso. Gansa Seu ovo ostenta a maior carga de proteínas e é bastante vitaminado. Mais volumoso, apresenta textura e sabor parecidos com os da galinha. Fontes: Lucia Endriukaite, nutricionista e coordenadora de nutrição do Instituto Ovos Brasil; Helenice Mazzuco, zootecnista da Empraba Suínos e Aves

Para tirar proveito do poder de saciedade do ovo, faça um mexido no café da manhã. A omelete, perfeita para refeições principais, pode ser turbinada com legumes, queijos magros e temperos naturais. Pochê Para prepará-lo, é só levar a água ao fogo com vinagre e um pouco de sal. Quando estiver fervente, faça uma espécie de rodamoinho e, no meio, coloque o ovo quebrado. Essa também é uma receita leve e serve tanto para começar o dia com energia como terminá-lo com chave de ouro. Fonte: Marcia Gowdak, nutricionista da Sociedade de Cardiologia do Estado de São Paulo (Socesp).

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Saúde & Bem-Estar

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esintoxicar o organismo é só uma das promessas engarrafadas e vendidas na forma de suco. A bebida também ajudaria a perder até 1 kg por dia, aumentar a ingestão de vitaminas e antioxidantes e até “dar um descanso” para o aparelho digestivo. Os supostos benefícios fizeram do detox líquido uma unanimidade entre celebridades e blogueiras fitness. A oferta da bebida também cresceu, inclusive na indústria de sucos prontos. E empresas especializadas passaram a investir em kits “daytox”: um dia em que só é permitido beber os tais sucos, além de chá e água. A economista Fernanda Camargo, diz-se aficionada pela dieta líquida. “Os que têm pepino eu tampo o nariz para beber, mas compensa.” Recentemente, para entrar num vestido de festa, ela fez seis dias seguidos de dieta líquida. Perdeu seis quilos. “Não sinto fome, mas quem gosta de um pãozinho sofre. O primeiro dia que fiz foi horrível, minha cabeça ficou explodindo. No segundo dia já estava mais leve e no terceiro dia flutuei. Dormi muito melhor, minha energia disparou”, lembra. A economista Cristiane Tomita, toma suco verde todos os dias há um ano e meio e faz o “daytox” uma vez por mês. “Sinto que desincho nesse dia e durmo muito melhor, porque fico sem tomar café.” Os fabricantes admitem que a dieta líquida pode causar efeitos adversos como náuseas e dor de cabeça. “Se uma pessoa que tem uma alimentação desiquilibrada faz um dia de sucos, o corpo pode ter um choque, o organismo não entende”, diz Andrea Godoy, sócia da marca Detox Market. Segundo a nutricionista Lara Natacci, da DietNet, a explicação para o mal-estar é outra. “Em um dia, a pessoa pode ter hipoglicemia, porque o suco tem baixo índice glicêmico, e isso pode causar dor de cabeça e fraqueza.” Para quem pensa em seguir a dieta líquida por vários dias, o nutrólogo Celso Cukier

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Desintoxica

MESMO?

Sucos detox são de fato saudáveis, mas o corpo humano não precisa ser desintoxicado e substituir a comida pelo líquido tem riscos

adverte que só tomar sucos poderia levar à desnutrição, porque vão faltar grupos de alimentos essenciais – além de carboidrato, não tem proteína nem gordura. De acordo com a nutricionista Luciana Setaro, professora da Universidade Anhembi Morumbi (SP), o recomendado é inserir os sucos em uma dieta completa, com refeições sólidas. Uma ideia seria trocar o lanche da manhã por um copo de suco verde. “Faz bem porque aumenta a ingestão de vitaminas e de fibras que ajudam no funcionamento do intestino”, diz. A bebida também tem diferentes antioxidantes que ajudam a combater radicais


“Nosso corpo tem mecanismos naturais de desintoxicação. E nosso sistema digestivo não precisa de descanso”. DURVAL RIBAS FILHO, nutrólogo.

livres, mas não dá para dizer que ela limpa o organismo. “É um argumento marqueteiro. Nosso corpo tem mecanismos naturais de desintoxicação. O fígado e o sistema renal são responsáveis por isso. E nosso sistema digestivo não precisa de descanso”, diz o nutrólogo Durval Ribas Filho, presidente da Associação Brasileira de Nutrologia. Vale prestar atenção ainda ao tipo de bebida. Os prensados a frio conservam mais vitaminas, minerais e antioxidantes, mas há menos fibras. Já os feitos na centrífuga ou no liquidificador têm mais fibras, o que pode ajudar a dar saciedade e melhorar o funcionamento do intestino. Todos devem ser consumidos logo depois de feitos ou abertos. Juliana Vines / Folhapress.

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Levantar da cadeira a cada meia hora é bom para o corpo Pequena caminhada alonga músculos e ajuda a evitar males na coluna, doenças cardíacas, entre outros

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rabalhar sentado, no ar condicionado, sem fazer esforço físico, pode parecer um sonho para muita gente. Mas é preciso levantar da cadeira com frequência para não sofrer danos no corpo. Segundo especialistas, uma pequena caminhada a cada 30 minutos já resolve a situação. “Não é saudável permanecer sentado por muitas horas. A movimentação periódica do tronco facilita a irrigação sanguínea das partes moles lombares, em especial, dos discos intervertebrais”, diz o ortope-

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dista Alberto Gotfryd. Segundo o profissional, a movimentação permite o alongamento da região lombar. “Por este motivo, permanecer sentado por muitas horas pode provocar dor nas costas. Se essa atitude for repetida ao longo dos anos, é possível que ocorra desgaste prematuro dos discos intervertebrais e das articulações entre as vértebras.” Mesmo em longas viagens de avião ou ônibus, é importante levantar. “Em

aviões, existem outros riscos, como o da formação de trombos [entupimentos] nos vasos sanguíneos. O uso de meias elásticas compressivas pode auxiliar a reduzir o problema”, diz Gotfryd. Mais que coluna Não são apenas as costas que sofrem com o fato de permanecer sentado por muito tempo. A falta de atividade muscular pode também aumentar o risco de doenças cardíacas e também da síndrome metabólica. A síndrome metabólica é a dificuldade encontrada pela insulina em retirar a glicose do sangue ou processar gorduras. “O resultado disso pode ser a hipertensão, aumento de glicose e queda do colesterol bom [aquele que evita a formação de placas de gordura nas artérias]”, afirma a fisioterapeuta Silvia Regina Ribeiro de Queiroz.


EDUARDO ANIZELLI / FOLHAPRESS

Motoristas sofrem mais com a coluna Motoristas profissionais sofrem mais do que a população em geral com doenças degenerativas da coluna e precisam ter mais atenção. “A orientação é manter a rotina de se levantar periodicamente. Outro problema relacionado aos motoristas consiste no fato da trepidação do tronco na posição sentada, que, ao longos dos anos, tem efeito nocivo na coluna”, afirma o ortopedista Alberto Gotfryd. William Cardoso / Folhapress.

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Foto: Instagram / Divulgação

Moda & Beleza

Olhar desejado

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cabou a segunda temporada do “SuperStar” (Globo). Ao longo de 13 semanas, a apresentadora Fernanda Lima chamou a atenção por sua beleza, modelitos e também pela maquiagem. Num dos últimos programas, ela foi especialmente comentada, por ter um olho bem marcado com delineador (foto). O responsável por vestir, pentear e maquiar Fernanda para os programas era Alê de Souza. “Fazíamos um trabalho em conjunto, decidindo primeiro o que ela iria usar e, partindo disso, pensávamos na maquiagem e no cabelo”, explica ele. A maquiagem de Fernanda que causou tanto burburinho entre as mulheres, especialmente nas redes sociais, é mais indicada para a noite. “Acho que ela funciona bem para todas as mulheres. Para as que tem um olho pequeno indico passar um lápis bege na linha dos olhos, pois o preto faz com eles pareçam ainda menores.”

BURBURINHO GERAL Maquiagem usada por Fernanda Lima no programa “Sperstar” (Rede Globo), valorizava o olhar com um duplo delineado e rímel Para o maquiador Gabriel do Carmo Silva, o momento do traçado além dos olhos é o mais problemático. “Os dois lados precisam estar iguais. Então, indico ir aos poucos, sempre comparando a simetria para uma linha não ficar maior ou mais alta do que a outra”, ensina. A gerente de loja Jéssica Mayara Barboza, diz que gosta de olhos bem marcados. “Como os meus são claros, acho que valoriza ainda mais a cor deles.” Silva explica que caso alguma parte fique borrada, o melhor jeito de consertar é usando cotonete com demaquilante. “Como muitas mulheres têm dificuldade de passar o delineador, acho melhor preparar a pele só depois de o olho estar pronto. Assim, na hora de limpar o borrado, não é preciso tanto cuidado.” Alê de Souza diz que trabalha com Fernanda há muitos anos e que a beleza da apresentadora ajuda na hora de fazer a maquiagem. “Ela está constantemente em evidência, mas, não penso que deva que inovar a cada exposição. Minha maior preocupação é realçar a beleza que ela já tem.” A maquiagem com o olho bem delineado segue o modelo “olho tudo e boca nada”. Souza diz que essa escolha facilita para as mulheres que não se maquiam com frequência. “É uma regra boa para ser seguida, que diminui a chance de erro, já que quando se carrega nos olhos e nos lábios, as cores precisam estar em perfeita harmonia. O que nem sempre é fácil de fazer”. Julia Couto / Folhapress.

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Brilhe e gaste pouco Não é preciso pagar uma fortuna em um vestido de casamento; caso seja apenas convidada, aposte em acessórios para ficar poderosa

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Estampado justo p

cantora Anitta virou assunto ao usar o vestido de uma marca popular no casamento da atriz Fernanda Souza e do pagodeiro Thiaguinho, em fevereiro. Apesar de receber críticas, o fato é que dá para se vestir bem sem gastar muito. “Anitta fez certo, pois era apenas convidada. No caso dela, até um curto cairia bem. Hoje, o longo é obrigatório apenas entre madrinhas e familiares próximos”, afirma Natália Kalil, designer de moda. Segundo a também designer de moda Fernanda Nadal, o ideal é apostar em acessórios finos. “Escolha joias clássicas, como pérola, e um sapato bordado, por exemplo.” Outra dica de Natália é apostar em um vestido neutro e ousar nos complementos. “Assim fica equilibrado.” Julia Couto / Folhapress.

Laranja com detalhe na cintura q pLonga com estampa animal Preto regata com saia rodada t

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Família

Paternidade tardia

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Ser pai após a faixa dos 50 também precisa de participação ativa no cotidiano dos filhos

xiste uma faixa etária ideal para ser pai? Segundo dados fornecidos pelo IBGE, têm crescido a quantidade de homens que passam a ser pais após os 40 anos, mesmo sendo a primeira vez ou não. Para os homens, ser pai após os 50 anos pode ser uma experiência ainda mais incrível. Nessa etapa, em geral o homem já atingiu alguma estabilidade profissional, o que lhe possibilita poder dispensar mais tempo de atenção à família. E se ele já possui outros filhos mais velhos, administrar essa nova velha realidade passa a ter sabor de redescobrimento. De acordo com especialistas, o que está em questão é o momento da vida desse pai, o relacionamento com sua parceira e o desejo de ter o filho. O homem, bem diferente da mulher, não possui a fertilidade tão afetada com decorrer da idade, quando há redução do volume de esperma fabricado.

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Pai amadurecido Diversos podem ser os motivos para ser pai na maturidade. Os maiores agentes podem ser desde separações contínuas, casamentos com outros companheiros e até pela decisão de constituir ou ver crescer a família após certa faixa etária. De acordo com especialistas, o ciclo familiar, em geral acompanha o ciclo vital pessoal. Normalmente, a vida adulta jovem fica dos 20 aos 35 anos, enquanto a vida adulta madura oscila entre 36 e 55 anos. A idade está socialmente atribuída às atribuições e funções dos ciclos da vida. Mas para alguns profissionais, a paternidade está muito mais associada ao desejo e satisfação de ter um filho do que com a faixa etária do homem. Para esses, ser pai aos 25 e aos 50 anos não é igual. O jovem, na faixa dos 25 anos, está em fase inicial de carreira e com diversos desafios pela frente. Diferente do homem que com 50 anos de

idade já está com a carreira estabelecida e a vida financeira mais tranquila. Mas deve ser avaliado também que determinados homens podem dispor de mais horas livres após os 50 anos, enquanto outros podem estar com mais compromissos de trabalho, devido suas atribuições profissionais e funcionais. Autoridade X parceria Para os homens mais maduros, a paternidade tardia pode fazer renascer diversas emoções. Desde o nascimento até o compartilhamento de tarefas do dia a dia nos cuidados com a criança vão ajudar no processo de assimilação da nova situação. As modificações por causa da modernidade, com os pais participando na criação da vida afetiva dos filhos tanto quanto as mães e o aumento da expectativa de vida, têm oferecido ao homem a revisão de seus valores. A paternidade tardia pode proporcionar benefícios tanto para o pai como para o filho, como por exemplo, estar mais presente em momentos simples, como levar e apanhar o filho na escolas, participar das reuniões escolares ou até mesmo reaprender a brincar. O estereótipo de que o homem está velho para ser pai, ou mesmo que não terá convivência com o filho, está mudando.


Um pai no período mais experiente da sua existência, com certeza já vivenciou mais experiências no decorrer de sua vida, mas isso não significa necessariamente que será um pai mais compreensivo e seguro. O mesmo vale ao avaliar se as ações dos pais podem ser mais passivas referente às ações dos filhos. Isso independe da faixa etária do pai. O essencial é ter habilidade para administrar com disciplina em qualquer etapa da paternidade. Vantagens Chegar na faixa dos 50 anos ou mais pode significar experiência de vida. Para determinados homens, o conhecimento pode dar espaço para a renovação e descobrimento, quando alguns decidem enfrentar a paternidade após os 50 anos. Especialistas defendem que, nos primeiros dez anos de vida, tanto o homem quanto a mulher, estão mais atentos às suas emoções. À medida que se aproximam os 50 anos, chega-se ao período da inteligência espiritual, onde a vida já ofereceu uma ‘boa escola’ e pode-se aproveitar os acontecimentos de uma maneira mais plena, sejam eles um novo amor ou até a paternidade. A paternidade tardia pode também ser o momento em que o homem possa dedicar mais atenção ao filho. Num período mais maduro, o homem pode ter estabilidade emocional e financeira que lhe permita desempenhar bem a função de pai. É como se a pessoa retornasse no tempo. Conforme a criança vai crescendo, o pai ‘cresce’ junto com ela. A paternidade tardia pode também não ser apenas motivo de felicidade. Se a vinda de um filho for motivada pela vontade do homem em mostrar virilidade e sexualidade, não será assim visto como saudável. O pai deve ter o filho como objeto de amor e ver nele uma possibilidade de amadurecer aprendizados vividos desde a juventude. Ter um filho numa faixa etária mais adiantada significa fortes mudanças numa vida que possivelmente já está estabilizada. Esse pai terá de se dedicar e se adaptar à energia dos filhos novos.

Por que ele não ligou? Não quer dizer que você fez algo errado: eles podem não estar prontos para o que vem depois da primeira transa Mirian Goldenberg

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uitas mulheres me contaram suas angústias a respeito de uma mesma dúvida: “Por que ele não ligou?”. Resolvi perguntar aos homens por que eles não ligam. Um economista de 42 anos disse: “Já tive um encontro muito especial e não liguei depois. Por que iria ligar? Não acredito que ela gostaria de um feedback do tipo: ‘Meu bem, foi delicioso, o problema não é com você. Estou vivendo uma crise enorme, acabei de me separar. Só não quero me envolver com ninguém neste momento’”. Um professor de 45 anos disse que não ligou por não ter suportado a intensidade do encontro. “Tive um encontro com uma mulher muito bonita, inteligente e interessante. Passamos a noite inteira acordados, transamos sem parar. E ainda rimos muito, conversamos sobre tudo. Foi tão bom, tão intenso, com tanta química, que fugi de lá correndo, apavorado. Fiquei sem energia, sem forças. Não estava preparado para viver algo tão forte”. A quase totalidade das mulheres que entrevistei disse que não tem coragem de ligar depois de um primeiro encontro. Elas dizem que sentem vergonha de tomar a iniciativa e, pior ainda, medo de receberem um não. Sentem-se fracassadas, rejeitadas e até mesmo culpadas porque ele não liga. Elas se perguntam: “O que eu fiz de errado?”. Um engenheiro de 35 anos analisou este tipo de comportamento. “As mulheres acham que se o cara não liga é porque ele não gostou da transa. Nem sempre é assim. Mesmo que tenha sido uma transa perfeita ele pode estar em um momento da vida que não quer uma relação, um amor, um compromisso. E que homem vai ligar para dizer isso?”. Ele disse que só o cafajeste sabe o que fazer nestas situações. “O cafajeste tem uma técnica padrão para estes casos. Ele tem uma lista de mulheres com quem quer transar. Manda flores e mensagens românticas iguais para todas. Ele sabe exatamente o que elas querem ouvir. Ele diz que ela é maravilhosa, diferente das outras, mas que ele está em crise, inventa um monte de mentiras. Assim, ela se sente especial e ele só liga quando quer transar”. Se as mulheres soubessem que quase todas sofrem o que elas sofreram nessas situações elas sofreriam menos? Por que não param de se sentir fracassadas só porque ele não ligou no dia seguinte? MIRIAN GOLDENBERG é antropóloga, professora da Universidade Federal do Rio de Janeiro e autora de “A Bela Velhice” (Ed. Record). www.miriangoldenberg@uol.com.br

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Uma tarde azul numa tarde cinzenta

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em chovido tanto nos últimos meses, que há gente dizendo que nunca houve tanta chuva por estas bandas. Se jamais antes choveu assim, difícil saber, mas desde o final do verão, durante todo outono sem nem o veranico de maio e a mais de meio do inverno, copiosamente chove e o mundo perde o colorido. Ainda ontem a Baía de Todos-os-Santos, vista da Avenida do Contorno, tão costumeiramente azul, estava em preto e branco, embora sem perder o encanto de sempre, apresentando maravilhosos efeitos de luz e sombras. O mundo cinzento e úmido acinzenta e umedece os corações. Os baús se descerram e as saudades se derramam. A caixa de Pandora se reabre e os males todos que acometem à humanidade ficam evidentes. A carga existencial pesa mais, o ânimo se deprime e, se cuidado não houver, os olhos se põem também a chover. Mas, assim como no fundo da caixa de Pandora restou a esperança, no âmago do ser a alegria de viver, lamparina sempre acesa, teima em resistir. Então, um pouco para estancar a nostalgia, em parte para clarear e aquecer a alma, no meio da tarde cinza, pela mágica dialética da vida, brota uma tarde azul. Não estavam na estrada de Canindé, mas andavam a pé. Não molhavam os pés no riacho, porque riacho não havia, mas iam vendo “coisas a grané,” enquanto flanavam no lugarejo plantado na colina e debruçado sobre a serena baía onde alguns barcos poitados madornavam. Era uma tarde azul. Azul no mar lá embaixo; azul no céu sem nuvens; azul na pintura da igrejinha, da escolinha, do meio fio das ruelas, no casco do barco emborcado no cais; na roupa de um dos andantes, azul no voar apressado do sanhaço indo de um coqueiro a outro. Apenas flanavam. E nisto experimentavam pueril prazer, conforme os anos lhes haviam ensinado. Com o tempo a gente aprende. Disto a sabedoria popular não deixa dúvida: “vivendo e aprendendo”, ou, como outros preferem, “morrendo e aprendendo”, embora, como se sabe, o grau, a rapidez e o quê se aprende varia de um para outro, consoante o interesse e o esforço de cada qual. O problema é quando se pensa que não há o quê aprender, por achar que já se sabe tudo, ou porque pouco se importa. São mesmo poucos os curingas que, cientes de que nada sabem, vão atrás do que não sabem, segundo a analogia de Jostein Gaarder,

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autor dos famosos “O mundo de Sofia” e “O dia do Curinga”. Voltando ao passeio. Estavam numa vila de pescadores na atlântica ilha de Itaparica, mas bem poderia ser na Grécia. Talvez uma Santorini, menos povoada e menos íngreme, diante do Mar Egeu. Pela falésia (ainda que não tão alta) e nos azuis e brancos muito se assemelhavam. No cenário onírico, a vida corria mansa. Nos degraus da singela igrejinha, dois homens em conversa mole prolongavam o estado de sesta sob a sombra fresca. Da escolinha vinha o burburinho das vozes infantis, quase em surdina. Na beira do patamar, sob a amendoeira, o barco aguardava a calafetagem. Lá embaixo, alguns homens iam e vinham levando coisas para os barcos. Uma vela azul enrolada, remos, caixas de isopor, cestas, galões de água e outros objetos não divisados à distância. O vaivém não chegava a quebrar a quietude. Os pescadores integrados à paisagem se moviam mansamente ao ritmo das nuvens e das claras águas calmas. Tudo finalmente pronto, mastro enfincado no meio do barco, vela aberta, o barquinho partiu. Em seguida, outros preparativos semelhantes e novas partidas para pesca. Tudo no mesmo suave ramerrão dentro do ameno azul. Visto assim, nenhum esforço se denotava. Dir-se-ia que a labuta de sobrevivência daqueles aldeões apenas se dava para compor a tarde azul. Os flanadores iam como crianças contentes e curiosas, saboreando o preambular, o descompromisso, a recíproca companhia, compondo saudades para o depois. Provavelmente a quietude, a luminosidade o estado de madorna que pairava na tarde azul, motivavam aquela leveza de espírito. Ou seria apenas devido ao desusado da coisa? O certo é tinham aprendido a tornar grande o que é pequeno, a se deliciar com miudezas, sabendo que são destas minudências que se compõe o viver. E mais, sabiam que a vida, do mais ínfimo micro ao mais máximo macro, é um instigante mistério a suscitar admiração e elucidação e, tal qual a esfinge, sempre desafia: “Decifra-te ou te devorarei”. Na ocasião estavam somente no pasmo. Então, a bucólica caminhada numa tarde azul era o bastante para fazê-los feliz, e não apenas naquele momento em que vagavam na tarde azul, mas no todo sempre em que ocasionalmente fosse lembrado. Como agora numa melancólica tarde de inverno carente de azul e companhia.


AVISOS & EDITAIS PEDIDO DE LICENÇA AMBIENTAL FASE 3 (FUNCIONAMENTO) A FERROPRONTO LTDA, CNPJ 01.000.129/0001-62, torna público que está requerendo a Secretaria de Meio Ambiente, Saneamento e Recursos Hídricos–SMARH da Prefeitura Municipal de Lauro de Freitas a Licença Ambiental Fase III (Funcionamento) para a atividade de ARMADURA PRONTA, localizado na rua Jamil Campos, 103, Loteamento Jardim Meu Ideal, lote 53, Bairro Caji, Lauro de Freitas, Bahia.

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POLÍTICA AMBIENTAL FERROPRONTO LTDA l Promover de forma continua programa de educação ambiental junto ao público interno e externo visando à melhoria nos aspectos ambientais da l Aplicar a utilização de tecnologia limpa em toda Atividade da Ferropronto Ltda, contribuindo com ações voltadas para o controle e minimização da geração de resíduos (sólidos, líquidos e gasosos). l Estabelecer objetivos e metas ambientais juntamente com todos os colaboradores internos e externos. l Estabelecer o uso consciente de energia através do gerenciamento e práticas de rotina.

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inha cachorra não suporta não ser o alvo da nossa atenção. Ela detesta quando sentamos para ver televisão, os quatro olhando fixamente para a parede, e não para ela. Como que em protesto, ela senta e nos encara, um a um, fixamente. O jogo é não olhar para ela – porque assim que retribuímos seu olhar, ela traz o brinquedo da vez, rabo abanando, e exige atenção ativamente. A direção do olhar é a indicação mais evidente do nosso foco, e até cachorros sabem disso. Curiosamente, lobos, os primos mais próximos do cão doméstico, não têm a mesma avidez por receber o olhar humano. Teria isso a ver com o processo de domesticação dos cães? Entre humanos, receber o olhar de alguém importante faz aumentar a produção no cérebro de um hormônio pró-social, a ocitocina, que faz com que o ser olhado olhe de volta, fechando o circuito e fazendo aumentar a produção de ocitocina no cérebro de quem olha. A ocitocina agora em ambos os cérebros promove modificações

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TERAPIA

Ligados pelo olhar A interação entre cães e donos pelo olhar aumenta o hormônio ocitocina em ambos e fortalece seus elos Suzana Herculano-Houzel

que fazem o cérebro associar uma sensação positiva ao olhar daquela pessoa. E assim se forma e fortalece o elo entre mãe e filho, entre amigos, entre amantes. Seria este também o mecanismo de formação de laços entre cão e homem? Um grupo de pesquisadores japoneses mediu a produção de ocitocina em cães e seus donos e descobriu que meia hora de interação faz aumentar a ocitocina nos donos daqueles cães que os encaram longamente durante a interação, e também em seus cães respectivos. Fazer festinha em lobos domesticados não funciona nem para o humano nem para o lobo --supostamente porque, como os lobos não devolvem o olhar

humano, o elo não se fecha. Se o efeito social é intermediado pela ocitocina, então aumentar artificialmente a exposição do cérebro canino a este hormônio deveria deixar os animais ainda mais focados em seus donos. Aplicando um spray nasal de ocitocina aos cães, os pesquisadores notaram que as cadelas de fato respondiam encarando seus donos três vezes mais tempo. A domesticação dos cães, portanto, teria envolvido a aquisição de sensibilidade ao olhar humano, com a produção consequente de ocitocina. Eu suspeito que gatos não tenham passado por isso. Mas a minha cachorra certamente tem um cérebro altamente sensível ao nosso olhar – e a danada sabe muito bem explorar a sensibilidade do nosso cérebro ao olhar dela... SUZANA HERCULANO-HOUZEL é neurocientista, professora da UFRJ e autora do livro “Pílulas de Neurociência para uma Vida Melhor” (ed. Sextante) e autora do blog www.suzanaherculanohouzel.com


Castanha brasileira Consumida na medida certa, a castanha-do-pará ajuda no combate aos radicais livres, além de ser fonte de gorduras saudáveis

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castanha-do-pará é saborosa, combina com receitas doces e salgadas e faz bem à saúde quando consumida de forma correta. Uma de suas propriedades mais importantes é o selênio. “Esse mineral antioxidante é muito estudado no combate aos radicais livres. Pesquisas com a castanha têm sido feitas em pacientes em hemodiálise, com obesidade, mal de Alzheimer e outras doenças afetadas pela ação dos radicais livres”, explica a nutricionista funcional Helouse Odebrecht. As qualidades da castanha-do-pará não param por aí, segundo a nutricionista da Unicamp, Ana Caroline Angelini: “É um alimento muito nutritivo, com boas quantidades de carboidratos e proteínas, rico em gordura insaturada, conhecida como gordura boa, pois previne doenças cardiovasculares, diminui o colesterol ruim (LDL) e aumenta o colesterol bom (HDL). Além disso, possui quantidades significativas de fibras que auxiliam na saúde intestinal”. Porém, mesmo com gorduras saudáveis, é preciso ficar atento à quantidade diária de castanha ingerida. O ideal é não passar das duas unidades. Fabiana Schiavon / Folhapress.

Bolo de castanha com frutas sem açúcar Ingredientes: 3 ovos; 5 bananas nanicas bem maduras; 2 xícaras de aveia; 1 xícara de damasco picado; 1/2 xícara de castanha-do-pará picada; 1/2 xícara de uva-passa; 1/2 xícara de ameixa preta picada; 1 colher (sopa) de fermento

em pó. Modo de preparo: No liquidificador, coloque os ovos, as bananas e bata ligeiramente. Depois, junte em um recipiente o damasco, as nozes, as uvas-passas e as ameixas. Em seguida,

Risoto de hortelã e cheiro verde Ingredientes: 3 colheres (sopa) de manteiga; 1 cebola pequena picada; 1 e 1/2 xícaras (chá) de arroz arbóreo; 4 col heres (sopa) de caldo líquido de carne; 1/2 xícaras (chá) de vinho branco seco; 2 colheres (sopa) de hortelã picada grosseiramente; 2 colheres (sopa) de cheiro-verde picado. Modo de preparo: Em uma panela,

Crédito da receita: Sheila Oliveira para a Cozinha Nestlé (www.nestle.com.br)

adicione o creme de ovos com banana, misture bem e acrescente a aveia e o fermento. Unte uma forma de 30 centímetros, redonda com um furo no meio. Coloque a massa na forma e asse em forno pré-aquecido por aproximadamente 30 minutos. Faça o teste do palito para saber quando está pronto. Crédito da receita: Helouse Odebrecht, nutricionista funcional

aqueça quatro xícaras (chá) de água. Em outra panela, aqueça uma colher (sopa) de manteiga e refogue a cebola. Em seguida, adicione o arroz arbóreo, o caldo líquido de carne e o vinho branco. Mexa até que tudo evapore. Depois, crescente, pouco a pouco, a água quente, mexendo sempre, até que o arroz fique úmido e “al dente”. Desligue o fogo e misture delicadamente a manteiga restante, a hortelã e o cheiro-verde. Sirva imediatamente. Agosto de 2015 | Vilas Magazine | 79


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Continuação da pág. 15 / Manifestação da Aldeias SOS condena redução da maioridade penal

Freitas, o presidente da Câmara Municipal Antônio Rosalvo (PSDB) também se pronunciou contra a redução da maioridade penal por meio de nota pública, “enquanto representante eleito do município em que mais se mata adolescentes neste país”. O vereador pontua quatro questões relativas ao tema. Uma delas acusa os parlamentares favoráveis à redução de patrocinar uma vingança em vez de promover justiça. A proposta já aprovada em primeiro turno pela Câmara de Deputados pune os adolescentes que cometem alguns crimes, mas não todos. O tráfico de drogas, por exemplo, ficou fora da lista. “Os que são favoráveis à medida argumentam que adolescentes de 16 anos devem cumprir pena porque ‘já sabem o que estão fazendo’, mas não em todos os casos? Há um tipo de crime que um adolescente comete sem saber o que está fazendo? Ou bem que o adolescente sabe o que faz ou bem que não sabe”, disse. Para o presidente nacional da Comissão de Direitos Humanos do Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB),

Everaldo Patriota, nas últimas duas décadas e meia, o Brasil criou uma “equação terrível” na política de prevenção e de ressocialização dos jovens. “Nós não cumprimos o ECA e agora estamos tratando dos efeitos e esquecendo a causa”, destacou. “A sociedade toda está tomada por uma paranoia de insegurança coletiva, mas o que foi que fizemos com nossas crianças e adolescentes? Não cuidamos delas e agora vamos criminalizá-las?”, indagou. “Só podemos lamentar todo esse retrocesso”, disse o gestor nacional da Aldeias Infantis SOS Sergio Marques. Para ele, há um movimento conservador forte no Congresso Nacional que tenta relacionar o aumento da violência no país à necessidade de redução da maioridade penal. “É preciso fazer investimentos eficazes em educação, saúde, trabalho e renda para que consigamos romper esse ciclo de exclusão e de violência ao qual estão submetidos nossas crianças e adolescentes”, ressaltou Marques. A especialista na Área de Direitos da Criança e do Adolescente do Fundo das Nações Unidas para a Infância (Unicef), He-

lena Oliveira, disse que a aprovação trouxe uma sensação de desalento em um país que conta com uma legislação avançada de defesa dos direitos da infância. “O Estatuto da Criança e do Adolescente completa 25 anos e é recebido com essa votação que realmente marca um retrocesso com relação a esse marco legal brasileiro”, acrescentou. O vice-presidente do Conselho Nacional dos Direitos da Criança e do Adolescente (Conanda), Carlos Nicodemos, disse que os indicadores de violência no país não justificam a redução da maioridade penal. Ele ressaltou também que há em curso uma política socioeducativa amparada pela Lei 12.594 e que não foi implementada sequer pela metade. “Não se pode falar em esgotamento dessa política e na necessidade de transferir o problema para o sistema prisional. [A aprovação da emenda] é um retrocesso na agenda de cidadania, das crianças e dos adolescentes e é um afunilamento do processo de criminalização da juventude negra”, disse. “Agora, aprimora-se esse sistema para criminalizar, colocando no sistema prisional jovens que deveriam estar sob a orientação de um sistema socioeducativo.” Agosto de 2015 | Vilas Magazine | 127


Tribuna do Leitor Coleta de lixo comercial Gostaria de expressar o sentimento de muitos colegas comerciantes de Vilas do Atlântico e de Lauro de Freitas, com os quais tive a oportunidade de discutir sobre a coleta de lixo pública, que hoje não é mais realizada pelo município para o comércio, agora se tornou um luxo para nós, comerciantes. As vias são legais, apesar de discutíveis do ponto de vista da Constituição, segundo nossa assessoria jurídica, mas o que temos discutido e nos mobilizado é com relação à maneira como mais esta cobrança nos foi imposta. Sim, mais esta. Ao que nos consta, Lauro de Freitas não possui grandes indústrias, não tem força no turismo, sendo o comércio, portanto, uma força motriz importante na economia da cidade, que gera muitos empregos diretos e indiretos. Temos as taxas de IPTU, contas de água, luz, telefone, caras taxas de alvarás de publicidade, de saúde, e em contrapartida, o que temos? Temos de pagar seguranças privados, ou nos alocarmos em shoppings ao custo de condomínios altíssimos para cobrir este e outros serviços, nossos funcionários se queixando constantemente de assaltos no transporte público, falta de pontos de ônibus em diversos lugares, asfalto sofrível, e agora mais esta novidade: vamos pagar pela coleta de lixo. O lixo é uma questão não só de saúde pública, mas ambiental muito importante. Concordamos que ações para minimizarmos os danos causados pelo excesso de lixo gerado sejam tomadas, porém discutidas de forma produtiva. A exemplo, ao invés da imposição da coleta privada, poderiam ser feitas propostas de ações de coleta seletiva, de reciclagem, e que estas ações fossem utilizadas para reduzir o volume de lixo gerado, através de parcerias com cooperativas, como a Cooperativa de Catadores e Agentes Ecológicos de Lauro de Freitas, entre outras que existem e que poderiam ser desenvolvidas, com a união de todos. O que tenho visto, é que esta iniciativa, só incentiva alguns comerciantes a jogarem seus lixos em qualquer lugar, desde que não na sua porta, para não ter que pagar, e isso é uma contramão neste assunto. Portanto, proponho a união dos comerciantes para discutirmos o assunto, com novas ideias, e uma nova negociação, para não sofrermos mais este impacto em nosso orçamento. Solicito à redação da Vilas Magazine que publique esta mensagem, assunto de grande importância para o comércio local. Que o tema seja abordado em uma de suas próximas edições. Thalita Cáceres.

O sofrimento do Rio Sapato Embora a revista Vilas Magazine tenha denunciado, exaustivamente, sobre as obras que estão sendo realizadas pela Conder, no Rio Sapato, em Vilas do Atlântico, o nosso querido rio continua sofrendo com mais esse ataque da gestão pública. Nas imediações do final da Av. Praia de Copacabana, onde plantamos e cuidamos de diversas árvores frutíferas, inclusive formando os cílios protetores do rio, a Conder está cometendo um crime ambiental, em razão de uma obra interminável, insensata, para não dizer incompetente, assistida pela gestão municipal. Há cerca de um mês, uma máquina arrancou todo o capim que se encontrava na margem interna do rio, que constitui uma parede de cerca de dois metros de altura, em ângulo em torno de 40º, deixando essas margens sustentadas por areia. Com as chuvas deste período, essas paredes, sem a proteção do capim que as seguravam, passou a sofrer erosões e consequentemente, destruir as árvores plantadas. Como esse crime está ocorrendo em uma via pública, com bastante visibilidade para todos que por ali passam, acreditamos que a prefeitura de Lauro de Freitas tenha conhecimento do fato. Lamentavelmente, nenhuma iniciativa foi tomada para solucionar o problema. Vamos continuar fazendo nossa parte. Jaime de Moura Ferreira. Vilas do Atlântico.

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Observações sobre texto de saúde Sobre a seção Saúde & Bem-Estar, páginas 46 e 47 da edição de julho, há um tópico muito controverso com o assunto horário para tomar sol, em referência ao asunto principal: ossos. Para os ossos, o melhor sol é o ultravioleta B (UVB) e estes raios começam as 10 e terminam as 15 horas e quanto mais próximo do sol à pique, melhor!. Fora deste período é a zona de conforto dos dermatologistas e não para os ossos. Confiram abaixo alguns sites que dão dicas de qual o melhor horário para tomar sol com referência à vitamina D, ou D3, que na medicina moderna não é classificada como vitamina e sim como hormônio. Por último tem um vídeo com o médico cardiologista e nutrólogo Lair Ribeiro, que comenta sobre Vitamina D. Não estão em forma de link, copie e cole no cabeçalho de seu navegador: l uai.com.br/app/noticia/saudeplena/noticias/2013/09/14/noticia_saudeplena,145410/vitamina-d-saude-que-vem-do-sol.shtml l www.ebc.com.br/noticias/saude/2013/11/vitamina-d-tempo-idealde-exposicao-ao-sol-depende-do-tom-de-pele l globotv.globo.com/rede-globo/bom-dia-brasil/v/luis-fernandocorrea-explica-qual-o-melhor-horario-do-sol-para-produzir-vitamina-d/2793751/ l www.enxaqueca.com.br/blog/sol-cura-mata/ l www.youtube.com/watch?v=XbaCDbBA3Ug Creio que suas fontes, pelas suas especialidades, dr. Caio de Souza e dr. Fábio Cardoso, não compactuam com o horário mencionado para tomar sol com efeito benéfico para os ossos. Sobre o leite e seus derivados como benefícios, vale a pena assistir a palestra do médico Lair Ribeiro, na qual ele menciona que o leite faz mal ao organismo humano: www.youtube. com/watch?v=eZZD4cuvfd8 Tem também outra palestra, mais abrangente, sobre o mito do leite e derivados - por que estamos sendo enganados: www.youtube.com/ watch?v=8dEOeWVgEjA Sobre ossos e cálcio, valeria a pena uma matéria sobre cloreto de magnésio. No Google Acadêmico vocês podem encontrar 22.600 artigos técnicos em português. Carlos Marcel. Somos gratos, sr. Marcel, pelas suas observações. Alguns conteúdos editoriais publicados na revista Vilas Magazine, são fornecidos pela Agência Folhapress, do jornal Folha de São Paulo. A matéria em questão é de propriedade da agência. Vamos encaminhar à eles suas observações, pelas quais somos muito agradecidos. Accioli Ramos. Diretor-Editor. Esta foi a primeira vez que me manifesto em assuntos da “nossa” revista Vilas Magazine. E subiu ainda mais o meu conceito da seriedade de quem a dirige. Obrigado pela atenção. Carlos Marcel.

Buraqueira de Lauro de Freitas A convivência com a buraqueira nas ruas de Lauro de Freitas é muito antiga. A condição de nossas ruas e calçadas, que sempre foi péssima, chegou ao seu pior momento no período de chuvas que estamos atravessando. Em um momento de profunda reflexão, cheguei à conclusão de que o bairro de Buraquinho é o único cujo nome faz jus à sua situação, seja qual tenha sido o motivo real de seu nome. Sugiro então, que por uma questão de justiça, os outros bairros sejam renomeados para que não deixem para Buraquinho esse privilégio. Miragem poderia mudar para “Buracão”, Vilas do Atlântico poderia mudar para “Buraco Negro”, o Centro poderia mudar para “Brocadeira” e afinal, o município poderia passar a se chamar “Furico”. Marvio Martins.


PDDM de Lauro de Freitas: revisão dos termos de concessão do transporte público Tem sido frequente, em Lauro de Freitas, acidentes envolvendo veículos que prestam serviço de transporte público coletivo. A falta de manutenção, de fiscalização e de maior rigor na concessão do serviço, colocam em risco a vida da população, agravando também as chances de doenças por conta da excessiva emissão de gases poluentes. Em plena manhã de sábado, um eixo e duas rodas traseiras de um micro-ônibus em movimento soltaram, atingindo o parabrisa de um veículo de passeio na Av. Santos Dumont (BA-099), também conhecida como Estrada do Coco (foto abaixo). O fato ocorreu em abril, na via mais movimentada de Lauro de Freitas e que corta o município ligando duas grandes cidades: Salvador e Camaçari. Por ela trafegam veículos de diversas categorias, dentre os quais os de pequeno porte, levando, principalmente nos fins de semana, famílias em busca de descanso, diversão e lazer, geralmente em direção à turística Linha Verde. Mesmo não tendo resultado em vítimas fatais, o fato é grave. Casos semelhantes vem ocorrendo com frequência, comprovando que a falta de punição e de fiscalização mais rigorosa tem dado margem ao descaso e ao descumprimento de normas de segurança, a exemplo da manutenção periódica de veículos e equipamentos. Rodas que soltam, em plena via são ocorrências ainda incomuns mas, poderão virar rotina, como acontece com a emissão da fumaça negra oriunda da queima do diesel, um dos combustíveis fósseis mais prejudiciais à saúde e que, no entanto, é utilizado em caminhões, ônibus e micro-ônibus que circulam livremente com seus motores desregulados. Embora esteja localizada entre Salvador e Camaçari, cidades onde é grande o índice de emissão de gases poluentes, Lauro de Freitas ainda não dispõe de equipamentos de monitoração da qualidade do ar, diferente das cidades vizinhas. A monitoração contribuiria com dados importantes

Mapa de Vilas do Atlântico faz falta na revista Parabenizo pelo trabalho da equipe. As matérias da revista Vilas Magazine estão a cada edição mais interessantes e a grande sessão de classificados de facilidades e serviços é extremamente útil para a comunidade. Falando em utilidade, tenho uma observação a fazer: a retirada do mapa de Vilas do Atlântico, que sempre foi um guia para conhecer e se localizar no loteamento (muito antes da popularização dos celulares com gps). Sem contar que sua publicação já era uma marca registrada da revista. É um pouco frustrante não contar mais com esse recurso. Espero que seja uma breve retirada para atualização do layout e que em breve possamos contar mais uma vez com o mapa. Márcio Ferreira Costa.

para serem cruzados com os relatórios da Secretaria de Saúde, por exemplo, revelando o quanto a poluição do ar tem relação com os atendimentos médicos diários. Por sua vez, a Secretaria de Trânsito teria também material para cruzar com o mapa de linhas do sistema de transporte coletivo e, com as Secretarias de Meio Ambiente, Planejamento e Infraestrutura, incrementar novas diretrizes no planejamento da cidade. Durante a Audiência Pública realizada em 11 de julho, e que tratou sobre o Plano Diretor de Desenvolvimento Municipal (PDDM), propus a revisão dos termos de concessão do sistema de transporte público municipal, considerando a necessidade de critérios mais rigorosos quanto a emissão de gases poluentes, a monitoração e o controle da poluição do ar. Ilustrei a minha fala, apresentando dois filtros de ar-condicionado automotivo, um novo e outro usado, através dos quais foi possível demonstrar o porque da minha preocupação quanto a qualidade do ar que estamos respirando. O Brasil e sobretudo a Bahia, não têm histórico de acidentes naturais que coloquem a população em risco ou em estado de alerta e, ainda que as chuvas, vez por outra, nos “pegue de surpresa”, é inadmissível, nos dias de hoje, corrermos tantos riscos e assistirmos tantas famílias serem agredidas com a morte de seus entes, por simples falta do cumprimento de normas criadas para evitar o que vem se repetindo. Citei o exemplo do micro-ônibus, como ilustração de uma série de ocorrências que precisam ser levadas em consideração, ainda que seus efeitos sejam a médio ou longo prazo, como ocorre com a poluição do ar. É certo que os responsáveis precisam ser identificados e apenados, no entanto, devemos priorizar a capacitação das equipes, realizar avaliações periódicas e aumentar o investimento em equipamentos e o rigor na fiscalização como forma de evitar estas e outras ocorrências. Hendrik Aquino. Designer, jornalista e pós-graduando em Planejamento Urbano e Gestão de Cidades. hendrik@compos.com.br

acrescentar menos que 16 páginas por caderno, devido estrutura operacional da máquina rotativa que imprime a revista, eventualmente precisamos suprimir algumas matérias, inclusive o mapa, de algumas edições. Quando é possível, o mapa integra a edição, como na edição de julho, publicado na página 50 e nesta edição, na página 131, terceira capa. Accioli Ramos. Diretor-Editor.

Sr. Márcio, Obrigado pelo incentivo e reconhecimento. A publicação do mapa decorre da disponibilidade de espaço na edição. Como não podemos

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