Diagnóstico lagoinha

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Projeto Lagoinha Escola de Arquitetura e Urbanismo UFMG Laborat贸rio de Arquitetura P煤blica

Coordenador: Leonardo Castriota Equipe: Ana Carolina Girundi Eduardo Fajardo Pedro Veloso Vilmar Sousa quatro de julho dede dois setembro dois mil mil ee treze treze

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Projeto Lagoinha Escola de Arquitetura e Urbanismo UFMG Laboratório de Arquitetura Pública

Coordenador: Leonardo Castriota Equipe: Ana Carolina Girundi Eduardo Fajardo Pedro Veloso Vilmar Sousa setembro de dois mil e treze

INTRODUÇÃO O PROJETO LAGIONHA é uma proposta de reabilitação integrada, que procura tratar os diferentes problemas da região de forma articulada e simultânea. Como tal, entrelaça ações de tipos variados, que vão de intervenções físicas a projetos culturais, passando por projetos afins de desenvolvimento urbano e social. Seu objetivo final é trazer para o bairro da Lagoinha melhores condições de vida, compatibilizando a preservação com desenvolvimento econômico. UM PROJETO DE REABILITAÇÃO INTEGRADA Entende-se os aspectos diversos da vida do bairro como partes de um conjunto que só podem ser tratados integralmente. Assim, todos os projetos envolvidos são montados conjuntamente, objetivando adequar às necessárias intervenções físicas às características específicas das áreas envolvidas, resguardando as condições de moradia e a qualidade de vida da população do bairro. UM PROJETO SOCIALMENTE CONSTRUÍDO Se pressupõe a participação dos usuários, dos moradores do bairro em todas suas etapas, da concepção à elaboração do projeto, da execução das obras à gestão. O diálogo permanente com a população é pressuposto básico do projeto Lagoinha, que envolverá num processo de planejamento socialmente construído. UM PROJETO PARA MELHORAR AS CONDIÇÕES DE VIDA O PROJETO LAGOINHA não tem qualquer perspectiva nostálgica: não se trata de recuperar a Lagoinha como ela porventura tenha sido, mas perceber as perspectivas que o seu passado e o presente apontam. Pela primeira vez em sua história, aquela região poderá participar de um processo de renovação que realmente prioriza a sua qualidade de vida. UM PROJETO QUE PRESERVA E INCENTIVA AS IDENTIDADES CULTURAIS O PROJETO LAGOINHA aposta num modela de desenvolvimento que, ao invés de ignorar as especificidades locais, parte exatamente da sua compreensão e valorização percebendo as identidades como base de sustentação e componente básico para qualquer intervenção bem sucedida no tecido urbano. 2 de 12


Projeto Lagoinha Escola de Arquitetura e Urbanismo UFMG Laboratório de Arquitetura Pública

Coordenador: Leonardo Castriota Equipe: Ana Carolina Girundi Eduardo Fajardo Pedro Veloso Vilmar Sousa setembro de dois mil e treze

Texto:

PATRIMÔNIO CULTURAL CONCEITOS, POLÍTICAS, INSTRUMENTOS

LEONARDO BARCI CASTRIOTA

HISTÓRIA “O Bairro Lagoinha, um dos mais tradicionais de Belo Horizonte, desfruta de um curioso status ma capital mineira, ao ser ao mesmo tempo central e periférico. Muito próximo ao Centro, a Lagoinha nasceu como local de habitação dos trabalhadores da construção da nova capital, fora dos limites da área urbana – geométrica e monumental – do projeto de Aarão Reis de final do século XIX. Desde o início de sua ocupação, o Bairro apresentou vida econômica e cultural efervescente, caracterizando-se rapidamente como um centro de serviços especializados. Ao longo de sua história, a fisionomia do lugar vai ser marcada por uma intensa sociabilidade, onde se mesclam uma religiosidade arraigada, uma forte tradição musical, a boêmia e a prostituição. No entanto, a despeito da vitalidade econômica e sócio-cultural que marca a região, esta tem vivido sob a ameaça das grandes intervenções viárias desde a década de 1930, quando se anuncia que ali seria aberta uma avenida sanitária. Como se deu com várias regiões pericentrais de outras cidades brasileiras, a Lagoinha pagou o preço pela sua localização, sofrendo profundas “cirurgias” em seu tecido urbano, seguidamente cortadopor avenidas e viadutos que constituem, desde os anos 1970, o chamado Complexo Viário da Lagoinha. Avenidas largas e com trânsito pesado, viadutos, edificações degradadas e semi-abandonadas substituíram o antigo burburinho típico da Lagoinha, que passou a oferecer uma imagem de desolação a quem se aproximava.

Fotos: “Lagoinha - Arqueologia Urbana” Auremar de Castro 3 de 12


Projeto Lagoinha Escola de Arquitetura e Urbanismo UFMG Laboratório de Arquitetura Pública

Coordenador: Leonardo Castriota Equipe: Ana Carolina Girundi Eduardo Fajardo Pedro Veloso Vilmar Sousa setembro de dois mil e treze

Texto:

PATRIMÔNIO CULTURAL CONCEITOS, POLÍTICAS, INSTRUMENTOS

LEONARDO BARCI CASTRIOTA

HISTÓRIA No início de 1994, a área voltou a ser cenário desse tipo de intervenção com a extensão do Complexo Viário da Lagoinha sobre o primeiro quarteirão da Rua Itapecerica, eixo comercial vital da região. Tomando essa intervenção viária como mote, a Prefeitura de Belo Horizonte, em parceria com a Universidade Federal de Minas Gerais, propôs, dessa vez, um novo tipo de intervenção do poder público, com o objetivo de não apenas realizar a obra viária, mas desencadear a reabilitação da área. Com isso, articulou-se um plano urbano, que adotava as idéias básicas contidas na perspectiva da conservação integrada (CI), articuladas, como veremos, com preocupações com a sustentabilidade econômica e social, derivadas da perspectiva da reabilitação. Para a realização do plano, que foi denominado “Projeto Lagoinha”, tomou-se como ponto de partida alguns estudos desenvolvidos pela administração municipal (1993/96), o “Inventário do Patrimônio Urbano e Cultural”, desenvolvido pela Secretaria Municipal de Cultura (ver capítulo 10) e a “Pesquisa das Atividades Econômicas da Lagoinha”, desenvolvida pela Secretaria Municipal de Indústria e Comércio, que, cada qual à sua maneira, traçavam diagnósticos do Bairro. Esses trabalhos, desenvolvidos a partir de perspectivas diversas e visando objetos específicos da área estudada, mostraram-se complementares e iluminaram-se mutuamente, configurando, ao final, um quadro preciso da realidade da região. Partindo-se, pois, de estudos que procuravam compreender de forma abrangente a região afetada e incorporando a perspectiva da participação popular, o Projeto Lagoinha propôs-se a inverter a lógica que normalmente norteia as grandes intervenções urbanas: o ponto de partida deveria ser a realidade do Bairro tal como era vivida pelos seus habitantes, sendo o seu fim último, a melhoria da qualidade de vida. ”

Complexo Viário e Rua Itapecerica Atualmente Imagens Google Street View 4 de 12


Projeto Lagoinha

LOCALIZAÇÃO

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CENTRO A área em estudo está na Região Noroeste de Belo Horizonte e encontra-se em destaque no mapa.

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MAPA DE ESTADO DE CONSERVAÇÃO

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BOM REGULAR RUIM

setembro de dois mil e treze

escala gráfica: 0

50

100

200 METROS

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MAPA DE ESTILO DE ÉPOCA

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MODERNO

Eduardo Fajardo

ECLÉTICO

Pedro Veloso

ART DECÓ

Vilmar Sousa

MODERNO setembro de dois mil e treze

escala gráfica: 0

50

100

200 METROS

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MAPA DE DATA DE CONSTRUÇÃO

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até 1920 de 1921 à 1940

Eduardo Fajardo

de 1941 à 1960

Pedro Veloso

até 1961 à 1980

Vilmar Sousa

até 1981 à 2009 setembro de dois mil e treze

escala gráfica: 0

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200 METROS

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MAPA DE USO E OCUPAÇÃO: TÉRREO

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Coordenador: Leonardo Castriota Equipe: Ana Carolina Girundi Eduardo Fajardo Pedro Veloso Vilmar Sousa

TOMBADO RESIDENCIAL INSTITUCIONAL SERVIÇOS COMERCIAL

setembro de dois mil e treze

escala gráfica: 0

50

100

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Projeto Lagoinha

MAPA DE USO E OCUPAÇÃO: SUPERTOR

Escola de Arquitetura e Urbanismo UFMG Laboratório de Arquitetura Pública

Coordenador: Leonardo Castriota Equipe: Ana Carolina Girundi Eduardo Fajardo Pedro Veloso Vilmar Sousa

TOMBADO RESIDENCIAL INSTITUCIONAL SERVIÇOS COMERCIAL

setembro dois mil mil ee treze treze quatro de julho dede dois

escala gráfica: 0

50

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MAPA DE DENSIDADE

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de 0 à 280 habitantes de 285 à 513 habitantes de 1030 à 1398 habitantes

setembro de dois mil e treze

escala gráfica: 0

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CONCLUSテグ

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