Congestionamento Details Published on Thursday, 13 October 2011 17:19 Written by Sao Paulo 1. Breve história do trânsito na cidade A partir do início da década de sessenta, as condições de circulação na cidade de São Paulo começaram a piorar sensivelmente. Os congestionamentos de trânsito aumentaram em número, extensão e gravidade, passando a fazer parte do dia-a-dia da cidade. Na imprensa, bem como nas publicações técnicas especializadas, o tema “trânsito” começou a ganhar espaço crescente, na forma de centenas de artigos e comentários não apenas sobre as condições do trânsito, mas também sobre os aspectos urbanísticos da questão – o crescimento desordenado da cidade – e sobre as possíveis soluções, dentre as quais a ampliação do sistema viário surgia com maior força (Vasconcellos, 2000). Nestes anos, a responsabilidade sobre o trânsito era, como em todas as capitais do país, da diretoria de Serviço de Trânsito – DST, da Secretaria de Segurança Pública do Governo Estadual. Ao mesmo tempo em que ocorria um processo de crítica generalizada à atuação da DST, não apenas pelas condições do trânsito, mas também – e principalmente – pelas denúncias de corrupção nos procedimentos de registro de veículos e habilitação de motoristas, o Estado começava a se movimentar na direção da ampliação do sistema viário, que já estava estacionado há cerca de 10 anos. Com o aumento acelerado da frota em circulação, o trânsito continuou a piorar e, no final da década de 60, a Prefeitura concluiu o primeiro grande estudo básico sobre a cidade, denominado Plano Urbanístico Básico – PUB .O plano fez uma radiografia detalhada do crescimento da cidade e das formas possíveis de controlá-lo, abordando praticamente todos os pontos relevantes de um estudo urbanístico. Logo depois, em 1970, foi desenvolvido, no âmbito estadual, o Plano Metropolitano de Desenvolvimento Integrado – PMDI, que, seguindo em parte os passos do PUB, propôs uma série de medidas relativas aos transportes públicos e ao sistema viário. Em 1971, um plano municipal feito por intermédio da secretaria Municipal de Transportes, denominado “Plano de Vias Expressas”, detalhou uma extensa rede de vias expressas, já delineada no PUB, que cortaria a cidade em todas as direções, e outro plano, o Plano de Ação Imediata de Tráfego e Transportes – PAITT, fez os primeiros estudos abrangentes sobre as condições de circulação na cidade. Nesta mesma época, o movimento contrário ao domínio estadual sobre o trânsito entrara numa fase decisiva, iniciando-se um processo único no país, de municipalização do trânsito; em 1973 o Estado passou à Prefeitura todas as atribuições referentes ao controle de tráfego urbano, até então sob a responsabilidade da Secretaria de Segurança Pública e seu Departamento de Trânsito. Simultaneamente, o impacto da crise internacional do petróleo fez com que o Estado retirasse da agenda o plano de vias expressas, além do anel rodoviário, e voltaram à cena não apenas os discursos, mas também os planos globais relativos aos incentivos ao transporte público. Surgiu então, entre 1974 e 1975, o SISTRAN – Estudo do Sistema de Transporte de