Revista Umbrella_01

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TEMPO...TEMPO...TEMPO...

umbrella 01_R$ 19,90 ano 1_outubro_2016

É possível ser multitarefa e vencer a batalha do tempo?

Casa arrumada em apenas 15 minutos 40 horas bem investidas em Buenos Aires Com organização, ônibus escolar se transforma em casa

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23:59 um minuto Ê o tempo mais do que necesssårio para decidir assinar o melhor em organização e estilo de vida

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outubro 2016

ORGANIZAÇÃO & LIBERDADE

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SUMÁRIO

Casal compra um ônibus escolar e o transforma em um lar incrível

PINTURAS GEOMÉTRICAS Aprenda a fazer pinturas geométricas para decorar sua parede, móveis e muito mais

20 SUA UMBRELLA

Dúvidas na hora de fazer a mala? O nosso leitor dará àquela forcinha

36 DICAS PARA ORGANIZAR AS FINANÇAS 48 LITERATURA INTROSPECTIVA

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Com organização, planejamento e dedicação, você nunca mais passará aperto

40H EM BUENOS AIRES : O QUE FAZER? Está de passagem pela Argentina? Aproveite a estadia na capital com as melhores dicas

Organize suas reflexões com crônicas do cotidiano

52 ORGANIZE A CASA EM 15 MINUTOS

CAIXAS & CESTOS

Entenda os melhores materiais para investir na organização

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Acabe com a bagunça mesmo em períodos em que o tempo é curto e as atividades se multiplicam

SANTA MEDITAÇÃO

Prática ultrapassou o campo espiritual e ganhou o aval da ciência

26 MULTITAREFA: SOLUÇÃO OU MITO?

Você lida bem com o tempo e acha que ser multitarefa é a solução para os seus problemas? Talvez você precise mudar.

Projeto Gráfico e Editorial Vinicius Gericó viniciusgerico@gmail.com www.viniciusgerico.com Universidade Federal da Bahia (UFBA) Faculdade de Comunicação (Facom) Diretor de Redação: Diretor de Arte: Redator-chefe: Editores: Repórteres: Redes sociais: Vídeos: Designers: Produtor Gráfico: Gerente de Negócios Digitais: Gerentes de Produto: Analistas de Produto: Designers: Animação: Desenvolvimento: Estagiário: Atendimento ao Leitor: Coordenação Administrativa: CTI: Vendas para audiência: Digital e Mobile: Apoio Branded Content: Planejamento controle e operações: Recursos Humanos:

editorial

Não é apenas uma revista, é um estilo de vida. E nós escolhemos o que representa o conforto. Umbrella é a materialização de um projeto cujo foco é a qualidade de vida. Aqui todos os temas dialogam entre si, sem conflitos e rótulos dominantes.

A organização do lar e da própria vida deixa de ser encarada como algo distante, impossível ou apenas destinados ao perfil de pessoas bem-sucedidas.

Queremos dialogar com você, cidadão comum, que tem pouco tempo entre o trabalho e o lar, mas que adora aproveitar a vida sem estresse.

Você que gosta de viajar, de histórias que inspiram o cotidiano, além de curtir a limpeza do espírito e da alma, com temas introspectivos. Nesta publicação você também participa, com histórias e dicas do que já aplica no seu dia a dia.

Não deixamos de lado nenhuma das bases para viver bem: economia, saúde, bem-estar, literatura, decoração e turismo. Todas elas estão reunidas nas páginas da Umbrella. Aqui tudo deve ser simples, limpo, organizado e divertido. Deixe-se levar pelo nosso conteúdo, explore as páginas deste guarda-chuva de temas saudáveis para a sua rotina.

Por que Umbrella? Porque nós sabemos que em algum momento da vida, se esqueceu de um guarda-chuva no escritório, em casa ou em qualquer outro lugar. Sabemos da falta que ele fez para você naquele dia de chuva ou de sol escaldante.

Nossa intenção é a de que você mergulhe no nosso leque de conteúdo e que nós nos tornemos tão indispensáveis, quanto o guarda-chuva em dias de chuva e nos dias de sol forte. Umbrella nasceu para se tornar indispensável para você, leitor (a).

E nós seremos.

Vinicius Gericó

2016 © Umbrella - mais do que uma revista, um estilo de vida todos os direitos reservados

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É possível ser multitarefa e vencer a batalha do temp

Casa arrumada em apenas 15 minutos 40 horas bem investidas em Buenos Aires Com organização, ônibus escolar se transforma em casa umbrella 01_R$ 19,90 ano 1_outubro_2016

quem faz - outubro

Revista Experimental produzida na disciplina COM346 - Temas Especiais em Planejamento Gráfico em Jornalismo, no semestre 2016.1, ministrada por Carla Risso, do curso de Comunicação Social, com Habilitação em Jornalismo, da Universidade Federal da Bahia (UFBA).

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inspire-se

Organização & liberdade Casal compra um ônibus escolar, organiza o espaço e o transforma em um lar incrível Da Incrível Club Imagens: Expedition Happiness inspire@revistaumbrella.com.br

8 outubro 2016

Você largaria tudo para seguir seus sonhos em outro continente? Foi isso o que este casal alemão fez. De forma criativa, eles transformaram um ônibus escolar na casa móvel com que sempre sonharam. UMBRELLA leva você para um tour por este lar-peculiar.

Felix, Mogli e seu cachorro, Rudi, decidiram deixar Berlim para viajar do Alaska à Argentina em uma moradia sobre rodas.

Mas não é qualquer casa móvel, e sim um ônibus escolar, daqueles amarelos de filmes, transformado por eles mesmos em um belo lar. O resultado deixará você de boca aberta.

Não fica devendo nada à sala de uma casa tradicional. Há uma mesa dobrável para que Rudi possa se movimentar sem problemas, duas cadeias e um sofá que vira cama para hóspedes. É tudo de que eles precisavam para curtir as lindas e selvagens paisagens do continente americano.

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CASAL divide as horas do dia em paisagens deslumbrantes a partir de uma decoração simples, arrojada e muito aconchegante.

“A COZINHA É MAIOR ATÉ DO QUE A QUE TINHA EM BERLIM” Mogli Taibi

10 outubro 2016

O ÔNIBUS perdeu todas as suas características de veículo na parte interna e, com a decoração aconchegante, se assemelha a apartamentos em grandes cidades.

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Para Mogli, é a cozinha mais legal do mundo. É até maior do que a que ela tinha em Berlim. Conta com geladeira, forno, liquidificador, torradeira e armários para guardar comida. Todo o necessário para que o casal prepare suas refeições.

Certamente, o que causa mais curiosidade na casa é saber como o banheiro funciona. Os donos optaram por um banheiro seco ecológico, que não requer água e não contamina o meio ambiente. Sem falar que este chuveiro é um sonho, não acha?

Você não achava que seria possível dormir feito rei em um ônibus escolar? Veja só o quarto (ao lado), com cama de 1,5 metro de largura, Apple TV com tela plana e o melhor: uma claraboia que permite ao casal dormir sob a luz das estrelas.

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12 outubro 2016

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faça você mesmo

Pinturas geométricas Aprenda como fazer pinturas geométricas para decorar a parede, móveis e muito mais

Da Minha Casa Minha Cara Fotos: Minha Casa Minha Cara fvm@revistaumbrella.com.br

Você sempre vê pinturas geométricas no pinterest e fica sonhando em tê-las na sua casa? Quer ter uma parede mais divertida na sala, no quarto ou no escritório? Nós montamos um passo a passo bem simples para você aprender como fazer essas pinturas geométricas na sua casa e começar a decorar tudo que você ver pela frente.

PINTURAS geométricas deixam o ambiente com mais personalidade e elegância. A técnica tem sido usada nos projetos de decoração em diferentes espaços.

PASSO 01: MONTANDO A MÁSCARA Máscara é como a gente chama o desenho geométrico que você vai pintar. Você precisa escolher se quer fazer um desenho específico ou se vai montar diferentes desenhos. Nós desenhamos linhas e decidimos que cada parte seria colorida de forma diferente. Se você quiser saber um pouco mais sobre o processo de decidir o desenho para pintar, leia nosso post sobre como reformar um balcão de madeira. Com o desenho definido, lembre-se de colar bem a fita crepe para evitar que exista uma fresta que manche seu desenho. wink Se você quiser, reforce a colagem com uma espátula.

14 outubro 2016

E COLE BEM PARA QUE ELA NÃO ABRA NENHUMA FRESTA

RECOMENDAMOS QUE USE UMA ESPÁTULA

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PASSO 02: PINTANDO OS CONTORNOS Para evitar que o seu desenho borre e você perca uma parte do seu trabalho, use um pincel para pintar os contornos do seu desenho. É importante que você não dilua a tinta, porque isso pode fazer com que ela infiltre a máscara de fita crepe e estrague suas pinturas geométricas.

PARA NÃO BORRAR, PASSE ANTES O PINCEL NOS LIMITES

PASSO 03: COMPLETANDO A PINTURA Depois de terminar os contornos, use um rolo de pintura para completar a área escolhida das suas pinturas geométricas. Repita os passos 02 e 03 para todas as cores e desenhos que você montou. E, se for preciso, volte para a pintura com o pincel para fazer retoques. Deixe secar a pintura por um dia.

É SÓ REPETIR O PROCESSO EM TODAS AS CORES

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PASSO 04: COMPLETANDO A PINTURA

RETIRE AS MÁSCARAS COM CUIDADO

Tente encontrar as pontinhas da fita crepe e comece a retirar as máscaras com bastante cuidado. As partes que a máscara cobriu ficarão em branco. Você pode deixá-las assim e usá-las como contorno para o seu desenho ou você pode pintá-las.

RESTERÃO AS PARTES QUE A MÁSCARA COBRIU

COMO PINTAR O BRANCO DA MÁSCARA NAS PINTURAS ?

Use mais um pedaço de fita crepe para fazer uma máscara em cima das partes já coloridas. Cole a fita crepe sempre em cima da cor contrária a que você vai completar o desenho. Com a máscara colocada, use o pincel e o rolo para preencher esse espaço. wink Facinho, né?! Você também pode usar essa técnica para fazer as últimas correções que você achar necessário.

FAÇA RETOQUES NO LOCAL COM O PINCEL, SE PRECISAR

COM UMA FITA, FAÇA A MÁSCARA PARA PINTAR O RESTANTE

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USE A MÁSCARA TAMBÉM PARA FAZER OS ÚLTIMOS RETOQUES

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Com as suas pinturas geométricas prontas, vale a pena compor com outros quadros e elementos de decoração que darão um destaque único para o seu trabalho! heart Nós complementamos nosso corredor com quadros e mensagens divertidas. Conta para a gente: como você pretende complementar as suas?

18 outubro 2016

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sua

espaço do leitor

DÚVIDAS NA HORA DE FAZER A MALA? Tom Ayzenberg e Nomades Digitais, de São Paulo Fotos: Nomades Digitais espacoleitor@revistaumbrella.com.br

Uma das coisas que mais preocupa os viajantes de plantão é aquele momento de arrumar tudo, encarar a bagagem e montar a mala. Ela depende sempre do destino, do tipo de férias que você vai fazer e do tempo que vai gastar, mas a verdade é que, longas ou curtas, de praia ou montanha, montar as malas é um desafio.

1. A ESCOLHA DA MALA Em primeiro lugar, você precisa escolher o tipo de mala que precisa. Não faz muito sentido apostar naquele malão gigante se você vai andar pulando de cidade em cidade, usando transporte público e carregando algo pesado com você. Mas se você for passar um período de alguns meses estudando ou trabalhando no exterior, então sim, pode arriscar no malão, que vai ficar arrumado no canto da sala e só será usado no dia do retorno.

Para a típica viagem de verão, de 2 ou 3 semanas, as tradicionais não vão te desiludir – com rodinhas, espaço suficiente, práticas e, muito importante, que permitem que a roupa fique acondicionada e não amasse tanto.

20 outubro 2016

2. ROUPAS VERSÁTEIS Já parou para pensar que duas camisetas básicas e dois jeans no mesmo estilo podem dar quatro combinações de roupa diferentes?

Esse é o truque – roupa leve, descontraída e que seja “combinável” entre si vai te poupar espaço na mala (e não, você não vai poder levar todo seu guarda-roupa). O mesmo pensamento vale para os bikinis das meninas.

3. FAÇA MUITOS ROLINHOS Quando fazemos malas, nem nos damos conta de como desperdiçamos espaço desnecessariamente. Por exemplo, se seus sapatos são grandes e por isso devem ficar no fundo da mala, por que não ter as meias dobradas dentro deles? Ou, quando sobra aquele espacinho entre peças, por que não dar aquela dobra tradicional nas camisetas e depois fazer um rolinho e colocar nesses espaços? Camisetas e roupas que não amassam não precisam ir esticadas (deixe isso para os vestidos ou para uma roupa social, se for necessário) e vão te poupar muito espaço. No caso dos mochilões, esqueça roupa social e aposte em malhas.

Detalhe – quando for colocar aquelas calças jeans, deixe a parte das pernas para fora da mala; coloque outras peças em cima e só depois dobre a metade de fora para dentro. Assim ganha espaço, organização e fica tudo mais acondicionado.

4. ESPAÇO FORA DA MALA Não importa se é uma maleta de mão, de senhora ou uma mochila – o que importa é que você tenha como transportar de forma simples aquelas coisas essenciais a qualquer dia de viagem. Óculos de sol, câmera fotográfica, bloco de notas, tudo aquilo que vai tornar a aventura realmente inesquecível.

Os amantes de esportes também devem considerar a hipótese de deixar as costas livres, onde é possível transportar uma prancha de surf ou um skate, por exemplo. Fica a dica.

5. SE ORGANIZE Se você sabe que vai precisar usar um pijama na primeira noite e que depois vai mudar de lugar, não coloque o pijama no fundo da mala. Caso contrário, esse processo doloroso pelo qual você passou ainda em casa vai ser repetido durante toda a viagem. Saber onde estão as coisas mais importantes é um truque simples, mas muitas vezes esquecido.

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gps

40h em Buenos Aires: o que fazer?

Está de passagem pela Argentina? Aproveite a estadia na capital com as melhores dicas Viviane Amaro, da Embarque na Viagem e Melhores Destinos Fotos: Divulgação gps@revistaumbrella.com.br

Aproveitando nossa rápida ida ao Ushuaia, escolhi vôos com o maior intervalo entre as conexões e desta maneira consegui passar 40 horas na capital argentina. Mas o que fazer em 40 horas?!

Pergunta muito difícil, com tantas opções escolhi o trivial e não me arrependi.

Começando pelo hotel, depois de uma vasta pesquisa escolhi estar na Paris de Buenos Aires, Recoleta. Este antigo e luxuoso bairro é carinhosamente comparado com a cidade luz, pois suas construções remetem a capital francesa e literalmente nos leva acreditar que estamos andando por ela.

Este por si só já é um programa, andar ao léu, parar em algum charmoso café e apreciar as vitrines da rua Alvear. Uma boa dica é andar até a praça Francia onde você irá encontrar uma Figueira gigante e uma escultura em bronze faz alusão de que um homem está segurando os galhos da imponente árvore. Em volta da praça há alguns restaurantes, o cemitério da Recoleta onde

22 outubro 2016

está enterrada Evita Peron, a Basílica del Pilar (a segunda mais antiga do país) e o Centro Cultural Recoleta sempre com programações descoladas. No dia que estive por lá, tinha apresentação do Fuerza Bruta e cinema a céu aberto.

Se o dia estiver bonito, aproveite as bikes do Itaú (sim lá também tem bike laranjinha!) as grandes avenidas tem ciclovias e as ruas do bairro ciclofaixa.

O hotel escolhido para relaxar durante as horas de descanso foi o exclusivo Algodon Mansion (ele é tão exclusivo que nem os taxistas portenhos conhecem), membro do Relais & Chateau, com ótima localização, serviço vip e o melhor de tudo um banheiro que é um verdadeiro spa. A escolha foi ideal para recompor as energias.

De taxi (não consegui localizar nenhum Uber e nos taxis existem vários adesivos de “Fora Uber”) seguimos para o boêmio bairro de San Telmo, na região central da cidade. O bairro antigo

vem ganhando hotéis boutiques e novos restaurantes atraindo a cada dia mais turistas. O tango escolhido “El Querandi”, parece um programa muito turístico ir ao tango em Buenos Aires, mas como escolhi fazer o trivial este programa não poderia faltar.

E pasmem me deparei com algumas mesas de argentinos cantando entusiasmados os hinos de Carlos Gardel.

A cidade oferece diversas opções de shows e tome cuidado para não cair em uma roubada ou algo turístico demais.

A convite do El Querandi, chegamos a charmosa e íntima casa às 20:30 antes do show estava previsto um jantar. Uma garrafa de vinho Malbec foi nos oferecida acom-

“A CIDADE OFERECE DIVERSAS OPÇÕES DE SHOWS , MAS TOME CUIDADO PARA NÃO CAIR NO TURISMO” Viviane Amaro

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“TÁXI JÁ FOI BARATO NA ARGENTINA. NOSSO DINHEIRO DESVALORIZOU” Viviane Amaro

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panhando o cardápio com entrada, prato principal e sobremesa. O jantar completo é incluso no pacote Cena + Show, mas sinceramente o custo benefício do jantar não vale a pena. Na momento da compra faça a opção somente pelo show.

O ambiente é pequeno e as mesas são todas muito próximas ao palco proporcionando uma visão perfeita do show. Uma competente banda liderada pelo pianista Aldo Falasca, toca durante duas horas a história do tango e os dançarinos interpretam em vários atos a trajetória da dança ao longo do século XX. Na segunda e última noite não podíamos deixar de ir a Puerto Madero, o bairro que na década de 1990 sofreu um processo de revitalização e hoje é o moderno centro financeiro e gastronômico da cidade. O tradicional Cabanas Las Lilas foi nossa escolha para degustar a famosa parrila argentina. Dica: não deixe de experimentar o assado de tira!

Taxi já foi barato na argentina, aliás nosso dinheiro desvalorizou em relação ao peso, as coisas não estão tão acessíveis o quanto antes, mas mesmo assim a capital portenha encanta pela beleza, cultura e educação.

24 outubro 2016

visite também Teatro Colón O Teatro Colón é um dos grandes orgulhos da capital portenha. Esse sentimento se deve não apenas à estrutura neoclássica incrível do edfício, mas também à acústica apurada e perfeita para concertos.

Jardim Japonês Para quem gosta de lugares bonitos e que transmitem paz, um passeio pelo Jardim Japonês de Buenos Aires é um ótimo programa! O cuidado do lugar é singular e suas plantas são lindas!

Casa Rosada A Casa Rosada é a sede da presidência da Argentina. É nesse conhecido edifício que o presidente faz reuniões, realiza discursos e toma importantes decisões a respeito de seu país.

Museo Nacional de Bellas Artes O Museu Nacional de Belas Artes de Buenos Aires (MNBA) possui um apanhado de obras de diferentes séculos, retratando, em especial, a história argentina.

Obelisco - Plaza de la República O Obelisco, na principal avenida de Buenos Aires, a 9 de Julho, é um monumento com 67m de altura, construído nos anos 30 para comemorar os 400 anos da fundação da capital argentina.

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capa

Multitarefa: solução ou mito?

Você lida bem com o tempo e acha que ser multitarefa é a solução para os seus problemas?

Anna Carolina Rodrigues, da VOCÊ S/A Fotos: Omar Paixão redacao@revistaumbrella.com.br

Esta reportagem começa com um desafio: leia o texto todo de uma vez, sem interrupções.

Não vale olhar mensagens no celular nem espiar as redes sociais. Ao cair na tentação de fazer outra coisa durante a leitura, você age como um multitarefa. Muita empresa gosta e até espera que seus empregados assumam esse comportamento de tocar várias atividades ao mesmo tempo. Ainda mais em períodos de estagnação e ajuste econômico como o atual, em que o tamanho das equipes diminui e o trabalho cresce.

O problema é que o hábito não passa de um mito. Só 2,5% das pessoas são capazes de levar adiante mais de uma tarefa por vez, segundo pesquisa da Universidade de Utah, nos Estados Unidos. Elas são chamadas de supertaskers. Mas o restante dos mortais só se atrapalha ao tentar ser multitarefa.

Há um problema evidente, já que a maioria das empresas adora valorizar quem acumula diversas funções, o que, na prática, é impossível. “Já tive brigas com gestores de RH que insistem em colocar nas vagas de emprego: ‘Capacidade de ser multitarefa’”, afirma Christian Barbosa, especialista em gestão do tempo, de São Paulo. “Isso não existe, não funciona, é irracional.”

Tanto que o consultor criou um teste para verificar se os brasileiros são mesmo capazes de exercer várias atividades simultaneamente com eficiência. Em 2014, 4 000 profissionais participaram da prova e somente 1% conseguiu ser mais produtivo com um olho no gato e outro no peixe.

Além de ser um tiro no pé da produtividade, tentar dar conta de todo o trabalho de uma vez causa enorme angústia. A pessoa trabalha o dia todo e termina com a sensação de que nada foi concluído. E, mesmo quando a tarefa chega ao fim, resta o sentimento de má execução.

Qual a solução para dar conta de todas as tarefas de maneira eficiente? Não existe milagre, apenas investimento em organização e concentração. “Cada pessoa se organiza de um jeito e precisa descobrir como é mais eficiente”, diz Paula Rizzo, especialista americana em organização e autora do livro The Listful Thinking (ainda sem edição no Brasil, e-book por 27 reais na Amazon).

26 outubro 2016

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ORGANIZE o sem tempo com pequenas metas. VocĂŞ pode usar bloquinhos e adesivos, se tiver dificuldades em manter o foco ou lembrar das atividades.

28 outubro 2016

O primeiro passo é a consciência de que o descontrole sobre as atividades só atrapalha os resultados. Diante do desafio de chefiar dois times, um no Brasil e outro nos Estados Unidos, José Roberto Pelegrini, de 39 anos, diretor financeiro da JDSU, multinacional especializada em redes de comunicação, decidiu reorganizar sua agenda.

Esse perío­do foi de muito trabalho e ele só conseguiu dar conta do recado porque reviu seu estilo de trabalhar e priorizar tarefas. “Parecia que estava sempre deixando algo de lado, que não tinha me dedicado totalmente”, diz. A fórmula que encontrou passa por fazer listas das atividades semanais e diárias, manter a caixa de e-mail vazia e manter a calma. “Não adianta dar chilique na reunião, reclamar que não vai dar tempo”, afirma José Roberto.

Como ele, outros profissionais contam nesta reportagem as maneiras e os hábitos que encontraram para ser pessoas mais eficientes. O segundo passo é combater a distração, um desafio que fica mais complexo à medida que o mundo se torna mais conectado. Alternar continuamente a atenção entre várias tarefas prejudica a memória e o raciocínio, o que leva à queda de desempenho.

Gloria Mark, professora da Universidade da Califórnia, descobriu que um profissional típico leva, em média, 25 minutos para retornar à tarefa original depois de uma interrupção. “Alguém que permanece 10 horas no escritório poderia ficar apenas 8 horas se trabalhasse com uma sequência de tarefas”, afirma Christian.

A sensação de sobrecarga já começa a despertar em muita gente a von­tade de viver uma vida menos caótica, mais organizada e produtiva. Segundo um relatório de tendências para 2015, feito pela agência Box 1824, de São Paulo, uma crescente maioria se convence de que é impraticável

levar uma vida tão conectada. Nesse cenário, surge um contramovimento batizado de quiet bliss, algo como “felicidade silenciosa”, que prega que façamos apenas uma atividade por vez.

Para os defensores do movimento, aspectos como viver o momento sem registrá-lo (nada de selfies nas férias ou de assistir a um show pela tela do smart­phone em vez de olhar para o palco), deixar a internet desligada por alguns perío­dos, parar de encavalar afazeres e encontrar tempo para o ócio são fundamentais.

Isso se aplica, logicamente, ao espaço do trabalho. “De maneira inconsciente, muita gente acha que não merece ter tempo para o descanso”, diz Brigid Schulte, jornalista americana que escreve para o periódico The Washing­ton Post e é autora do livro Overwhelmed: Work, Love, and Play When No One Has the Time (“Sobrecarregados: trabalho, amor e diversão quando ninguém tem tempo”, numa tradução livre, ainda sem edição no Brasil). “Mas esses períodos são fundamentais para pensar sobre o que importa para você, onde você está, para onde está indo e como está gastando seu tempo”.

Quem consegue organizar os horários para ter tempo livre consegue organizar o tempo para trabalhar melhor. Esse é o desafio. E é importante saber dosar quando já tra­balhou o suficiente.

Para isso, o consultor americano Stephen Lynch, especialista em produtividade, propõe três questionamentos: quantas horas você trabalha em média por semana?

Você é capaz de se desligar completamente do trabalho um dia por semana? Como você tem melhorado a produtividade das horas que gasta trabalhando? Mudar as respostas a essas perguntas é o caminho para dar conta de tudo e ter uma vida melhor — dentro e fora do escritório.

outubro 2016 29

Veja a seguir lições de alguns profissionais que conseguem se organizar para dar conta de todas as tarefas.

“DIGO MUITO NÃO” O empresário Facundo Guerra, de 41 anos, é um dos nomes mais atuantes na noite paulistana. Formado em engenharia de alimentos e com passagem por empresas como American Express e Tetrapak.

Ele já está por trás de sete casas na cidade, como a balada Lions e o bar riviera. E não para. Em 2015, a tarefa foi inaugurar o PanAm, um bar no 220 andar do hotel Maksoud Plaza, ícone da hotelaria nos anos 80.

O empreendimento foi feito em tempo recorde: três meses. “Normalmente, isso varia de um ano a um ano e meio”, diz Facundo. Até o fim do ano, ele pretende abrir outras cinco operações, entre elas um bar no topo do prédio da TV Gazeta, na Avenida Paulista, e uma casa de shows.

Quando é mais produtivo?

Quando desligo o Wi-Fi. E-mails, como lidar?

Em dois blocos de 2 horas, de manhã e no fim do dia. Mas uso bastante o telefone.

Uma conversa de meia hora por WhatsApp leva 3 minutos por telefone.

Pior hábito?

Checar muito o Facebook e o Instagram. É trabalho porque eu dependo das redes sociais para os negócios. Às vezes, perco tempo demais.

Melhor hábito?

Falar “não”. Sempre uso minha filha de 2 anos como desculpa, mas sempre recuso quando sei que não vou dar conta. Digo muito ”não”.

“REUNIÃO COM MUITA GENTE ME DÁ ATÉ URTICÁRIA”

Facundo Guerra

30 outubro 2016

Com o que perdia tempo e hoje não?

“Reuniões improdutivas. Reunião com muita gente me dá até urticária. O máximo são seis pessoas e só quando estou lançando projetos. Uso a hora do almoço pra isso.”

“DEIXEI O PERFECCIONISMO DE LADO” A solução que Susy Yoshimura, de 37 anos, diretora de Sustentabilidade da Via Varejo, encontrou para se livrar da sobrecarga de trabalho gerada pela desorganização foi drástica: tirar um ano sabático em 2013.

Ela passou quatro meses estudando assuntos relacionados à pobreza e seis meses morando na África, onde era voluntária. no fim daquele ano, assumiu o cargo na Via Varejo, empresa responsável pela administração do Ponto Frio e da Casas Bahia. O desafio era criar a área de sustentabilidade. Mas SUsY queria uma rotina mais tranquila. “Investi no equilíbrio entre trabalho e vida pessoal”, afirma.

“NÃO ADIANTA ENTREGAR RÁPIDO ALGO QUE EXIGE MAIS TEMPO” Susy Yoshimura

O que mudou na sua vida para ser mais produtiva?

Deixei o perfeccionismo de lado. Não fico mais presa aos detalhes.

Não adianta deixar rebuscado algo que pode ser simples. E o contrário também vale. Não adianta entregar rápido algo que exige mais tempo e que, se for descuidado, vai voltar para você.

Primeira coisa a fazer no dia?

Medito por 15 minutos, como uma fruta ou algo leve e tomo café.

Sou viciada em café.

Como começa sua rotina no escritório?

Tento não entrar na adrenalina logo de cara. Claro que, se alguém me liga com alguma urgência, eu atendo. Mas procuro fazer trabalhos que demandam mais serenidade primeiro.

Do que não abre mão?

Ter tempo para meus amigos e família e meditar. Eu era workaholic e agora me considero muito mais equilibrada. Antes, vivia em um processo quase de explosão diária, que me fazia muito mal. A meditação entrou em minha vida para que eu tenha um tempo para me conectar comigo mesma, para me acalmar e me concentrar.

Com o que perdia tempo e hoje não?

Executar tarefas que não são de minha responsabilidade. Quando virei gestora, tinha dificuldade. Mas aprendi que agora tenho de delega, que minha função, muitas vezes, não é colocar a mão na massa, mas administrar as tarefas e dividir as responsabilidades.

outubro 2016 31

“PRODUZO ONDE TIVER DE PRODUZIR” A vida da atriz Giovanna Antonelli, de 38 anos, não é feita só de idas ao Projac. Ela soube aproveitar a fama para desenvolver outros negócios. No ano passado, inaugurou o restaurante carioca Pomar Orgânico, ao lado do ator e amigo Reynaldo Gianecchini. Além disso, é dona da Gio Laser, rede de franquias de clínicas de depilação com unidades no Rio de Janeiro e em São Paulo.

Tem mais: Giovanna fez parcerias com marcas para lançar bolsas, esmaltes, joias e relógios e, nos últimos três anos, ainda organiza um bazar beneficente. Tudo isso com três filhos e com planos de participar das gravações de um longa-metragem e da próxima novela das 21 horas da Globo, Favela Chique, que deverá estrear em outubro. “Sou bastante exigente e perfeccionista e acompanho tudo de perto”, diz Giovanna.

“QUANDO PRECISO ME CONCENTRAR, FICO NO MEU QUARTO SEM INTERVENÇÕES” Giovanna Antonelli

32 outubro 2016

Como se organiza durante as gravações?

A rotina caótica faz parte do meu dia a dia.

São tantos anos que nem acho que é tão caótica assim. Lido bem com isso. O importante é me dedicar a cada etapa.

Primeira (e última) coisa que faz no dia?

Saber das crianças, elas são sempre minha prioridade.

Situação mais produtiva?

Não tenho dessas coisas, produzo onde tiver de produzir. Mas, quando preciso me concentrar, fico no meu quarto, sem intervenções.

Do que não abre mão?

Filhos, família, amigos e crossfit — fundamental para o corpo e para a mente. Estou sempre me desdobrando para estar com todos e arrumando tempo para cuidar de mim também.

Como arruma tempo para a família?

O tempo livre é sempre deles. Mas procuro administrar sem frustração. Afinal, faço parte da maioria das mulheres que precisam trabalhar.

O que faria se tivesse mais tempo?

Leria e viajaria mais, me estressaria menos.

“NÃO GOSTO DE NADA FORA DO LUGAR, ACHO QUE ISSO ME AJUDA A SER ORGANIZADO” Felipe Nattoli

“SOU METÓDICO” O advogado Felipe Nottoli, de 32 anos, sócio do escritório Curti & Nottoli Advogados, de São Paulo, é obcecado por organização. “Tenho uma série de procedimentos para não perder tempo, sou muito metódico”, diz.

As principais ferramentas são o calendário e a caixa de entrada do e-mail. o escritório tem processos por todo o Brasil, cada um é dividido em pastas virtuais acessíveis. Além disso, reuniões semanais garantem a conferência de tarefas e o rearranjo de atribuições, caso alguém esteja sobrecarregado.

Como ter reuniões mais eficientes?

Faço uma reunião com a equipe para alinhar as tarefas da semana, na segunda ou na terça-feira. Temos uma lista das pendências e checamos as urgências. O encontro serve para ver como está o andamento de tudo e ver se alguém precisa de ajuda. O tempo máximo é 45 minutos. Última coisa a fazer no trabalho?

Escrevo tudo o que fiz no dia no timesheet, uma planilha que organiza com o que gastei meu tempo. Se não posso jogar no sistema, escrevo em um post-it para não esquecer. É uma grande lista de tarefas. Eu vejo, no fim de semana, se trabalhei bem ou não.

Que tecnologia mais o ajuda a se organizar?

O escritório tem um sistema de gestão de processos na nuvem que pode ser acessado por todos os funcionários. Colocamos tudo ali e qualquer um pode acessar os dados via celular. Essa tecnologia facilita a vida do estagiário que vive no fórum e dos advogados que estão em locomoção.

Quando é mais produtivo?

Depois das 18 horas, quando o telefone para de tocar e o trabalho não sofre tantas interrupções. Chego ao escritório às 9h30 e saio às 20h30, então dá para aproveitar as horas mais calmas.

Melhor hábito?

Não gosto de nada fora do lugar. Isso vale até para minha mesa do escritório. E acho que me ajuda a ser mais organizado.

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Pior hábito?

Checo muito o celular. Às vezes, ponho o smartphone na gaveta para que pare de piscar. Assim tiro o aparelho do meu campo de visão e me concentro.

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34 outubro 2016

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carteira saudável

Dicas para organizar as finanças Com organização, planejamento e dedicação, você nunca mais passará aperto Do Guia Bolso Ilustração: Freepik carteirasaudavel@revistaumbrella.com.br

MUDE SEUS HÁBITOS DE CONSUMO Não são poucos os que dizem não ser possível juntar dinheiro porque com o que ganham mal dá para quitar suas dívidas do dia a dia. Ledo engano! Mesmo quem não tem um alto salário pode, sim, juntar dinheiro, formar uma reserva para imprevistos, quitar as dívidas e ter uma vida financeira saudável. Basta ter autocontrole, mudar um pouco os hábitos de consumo e saber se planejar. Ainda acha impossível?

Pois então veja agora algumas dicas que vão ajudá-lo nessa tarefa:

SAIBA EXATAMENTE O QUANTO GANHA E O QUANTO GASTA Para conseguir juntar dinheiro é essencial, antes de mais nada, saber exatamente seu total de receitas e de despesas. Para isso, aposte em uma planilha online, ou em um gerenciado financeiro online, como o GuiaBolso, para anotar suas dívidas e acompanhá-las em tempo real. Quando você consegue apontar com clareza para onde está indo seu dinheiro, fica mais fácil se controlar e começar a poupar. Estabeleça áreas críticas, identificando em que setores seus gastos são mais altos do que o ideal, e comece o trabalho a partir daí.

Se identificar que está gastando seu salário no pagamento de juros caros, como o cheque especial ou o rotativo do cartão de crédito, uma opção é procurar um empréstimo pessoal que te cobre menos juros, como o oferecido pelo Just. Dentro do aplicativo, no comparador, você consegue ter acesso a esta e outras linhas de instituições parceiras.

36 outubro 2016

Juntar dinheiro ganhando pouco é possível sim, mas alguns hábitos precisam ser mudados para que você alcance esse objetivo com sucesso. Suas dívidas são majoritariamente relacionadas a lazer, idas ao cinema e jantares? Por que não restringir essas atividades a, por exemplo, uma vez por mês e economizar o dinheiro que seria direcionado a elas? Até mesmo as contas de consumo básico podem, com um pouquinho de esforço, ser reduzidas.

Condicione-se a não deixar a luz acesa, tire os aparelhos eletrônicos da tomada quando não os estiver usando e reduza a conta de água evitando deixar a torneira aberta enquanto escova os dentes, por exemplo. Outra estratégia interessante é comprar sempre nas mesmas lojas e comer nos mesmos restaurantes para poder aproveitar dos cupons de desconto e dos programas de fidelidade. Acredite, a economia no final do mês pode ser bem relevante!

SEPARE O DINHEIRO A SER POUPADO LOGO QUE RECEBER Uma das formas mais eficazes de se juntar dinheiro mesmo ganhando pouco é separando a quantia a ser guardada logo que o salário entrar. Dessa forma você não corre o risco de esperar sobrar uma quantiazinha no final do mês e acabar se decepcionando, já que isso raramente acontece.

Ao cultivar o hábito de guardar o dinheiro logo no início do mês, fica até mais fácil gastar menos, afinal, você vai ver no extrato da sua conta bancária que tem menos dinheiro ali que o de costume. Só não vale voltar atrás, hein? Dinheiro guardado é sagrado.

GUARDE UMA QUANTIA PARA IMPREVISTOS

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Juntar dinheiro é um hábito especialmente importante para quem não quer correr o risco de ser pego desprevenido por algum imprevisto — como uma conta inesperada ou um gasto alto com remédios, por exemplo. Se você não tiver de onde tirar a quantia vai acabar precisando recorrer a empréstimos ou ao cheque especial, com seu encargo de juros altíssimos. Separe uma quantia — como, por exemplo, 10% do que você gasta em uma roupa ou um sapato — para ser usada em despesas inesperadas. Sua carteira agradece.

Independentemente de guardar sempre o mesmo valor ou de variar de acordo com o mês, o importante é fazer com que juntar dinheiro se torne um hábito. Pode ter certeza que, mesmo ganhando pouco, é possível não só quitar as dívidas, mas fazer sobrar uma graninha. Pronto para começar a revolução nas suas finanças então?

outubro 2016 37

soluções

Caixas & cestos na organização

Entenda quais são os melhores materiais para investir nestes itens que quebram o galho na organização Verônica Cavalcanti Fotos: A casa que minha vó queria solucoes@revistaumbrella.com.br

Muita gente condiciona o sucesso da organização ao fato de ter dinheiro para investir em produtos organizadores. Né bem assim não hein? Tem gente também que diz que vai tirar férias para se organizar. Oi??? Gente, férias é pra descansar, viajar, ler livro, curtir a família e por aí vai, menos para organizar a casa. Que isso gente?

Costumo dizer por aí que ser organizado é um hábito que se faz na primeira infância, junto como tantos outros, como por exemplo, alimentação saudável. Criança que cresce num ambiente organizado e tem sua rotina acompanhada, tem uma cobrança, ainda que mínima para manter sua roupa no lugar, seus brinquedos guardados depois de usados, acaba se acostumando com isso. Euzinha por exemplo. Cresci num ambiente assim. Não sei ser diferente. Não sei o que é morar numa casa bagunçada.

Meus pais sempre mantiveram esse hábito. Minha mãe nunca foi lá muito organizada, mas quem tocava a banda lá em casa era seu Zé, meu pai, então…a casa era pintada todo ano, os móveis tinham sempre manutenção, muitos quadros na parede (talvez por isso eu seja fissurada em quadros) e nunca brincávamos na sala, nosso quarto era nosso território desde que os brinquedos voltassem para o lugar ao terminar de brincar. Cresci assim gente, absorvi isso cedo e sem nunca perder a criatividade. Falando nisso, hoje eu resolvi falar da nossa principal matéria prima: os cestos e demais organizadores. Sem esse item eu não consigo ir muito longe. E trabalho com o que tenho e com o que o público me demanda, podendo ser de plástico, de palha, de couro, de acrílico e por aí vai. Sempre usando a nossa criatividade nível máximo. Quer ver?

PAPEL Versáteis. Não curto muito organizar com caixas de papelão não, mas é um recurso muito mais barato e vende em qq lugar, desde papelaria chique à loja de material de construção. O problema dele é que não aguenta muito peso, principalmente papéis e objetos pesados. Porém, se o cliente tem, eu uso e sem reclamar, juro! Se ele quiser e for comprar, eu sugiro caixas de papelão de uma gramatura maior tipo papel craft como essas da foto aí, no cantinho que abrigam os mostruários dessa cliente que trabalha com Organização de Eventos. Coube como uma luva!

38 outubro 2016

PLÁSTICO, o mais usado! O rei! O popular! Aquele que nos salva principalmente nas áreas molhadas como banheiros e cozinhas, mas nada impede de usá-los nos demais espaços como quarto de crianças. Com ou sem tampa são nossos maiores aliados em todo nosso processo. Aqueles com divisórias são meus preferidos para separar botões, miudezas, aqueles elásticos pra fazer pulseira, sabe? Mas a minha organização preferida nele é a de Legos. Ah os Legos, por cor, na caixinha, porque neurose pouca é bobagem!

ACRÍLICO, o moderno! O VIP. O queridão dos arquitetos e decoradores, mas bem mais caro que os que costumamos usar como solução para a organização. Perfeito para quartos de crianças, por conta das cores etc e tal, mas servem também para cozinha, banheiros e demais espaços. Dá um bizu nessa brinquedoteca que organizamos para uma criança de cinco anos e sua irmã que ainda estava na barriga? Os cestos de acrílico nos ajudaram muito a definir o espaço de cada um, obviamente que o mais velho reinou quase absoluto!

outubro 2016 39

VIME, palha e materiais dessa mesma família. Os étnicos! Para os descolados e os que amam a nossa cultura, nosso país e querem isso impresso na organização da casa. Essa foto é de uma cliente querida, professora primária por amor e vocação e sempre que organizamos a casa dela, os cestos que ela trouxe do Norte do Brasil entram nesse contexto como aliados para o seu material de trabalho, correção e provas e elaboração das mesmas.

COURO, soberbo! É caro mas existem aqueles que gostam e investem pesado na organização do seu espaço. Feitos sob medida ou à venda em lojas home decor com super assinaturas, eles podem compor o ambiente e esconder papéis, documentos, materiais de papelaria, revistas e todo um universo voltado para este perfil de cliente, mais sóbrio e classudo certamente.

40 outubro 2016

MADEIRA, o descolado também. Pode ser alternativo, personalizado, customizado ou “no osso” como dizem por aí. As caixas de madeira têm a função de cestos pois setorizam produtos os mais variados. Deixaram de ser caixinha de costura e ganharam novas funções e versões e hoje estão presentes por toda a casa. Na sala para abrigar os jogos, os baralhos…no quarto da criança para guardar as miudezas…nos armários, para guardar bijuterias, óculos, cintos…nos homes da vida para organizar LPS, Cds e por aí vai, UFA!

TECIDOS VARIADOS Podendo ser sintéticos ou não.

Feitos à mão por artesãos ou comprados em lojas físicas ou virtuais mundo afora. Charmosos e verdadeiros aliados na organização da mesa de estudo, brinquedos, revistinhas, livros, miudezas e por serem maleáveis se ajustam ao espaço, mas não aguentam muito peso não hein? Presta atenção!

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Então, me diz agora? Qual a desculpa para não ter uma vida mais organizada? Hein?

Hein? Hein? Filhos? Marido? Trabalho? Dinheiro? Nada disso minha gente!!! Se apegue no cestinho, na caixinha de qualquer material, tipo, cor, e se jogue! Enquanto é tempo, enquanto o guri não cresce e ainda e para não perder mais deliciosas férias por conta de uma rotina que poderia ser feita, ainda que passos de tartaruga no dia a dia. Pensa nisso?

outubro 2016 41

meu interior

Santa meditação Prática ultrapassou o campo espiritual, ganhou o aval da ciência e passou a ser usada como terapia Bruna Vargas, do Zero Hora Fotos: Pixabay meuinterior@revistaumbrella.com.br

Meditar é uma atividade tão simples quanto antiga: milhares de anos atrás, já havia gente que tirava um momento do dia para olhar para dentro de si por uns minutos. Embora estivesse na cara – ou, pelo menos, na expressão facial dos monges – que a prática podia trazer benefícios à saúde, só nas últimas décadas ela recebeu o aval da ciência como aliada no tratamento de doenças e como forma de aprimorar habilidades como foco, atenção e criatividade.

O próprio ato de sentar, respirar e libertar os pensamentos já ganha contornos científicos. Quando uma pessoa medita regularmente, segundo os estudiosos, ela provoca algumas mudanças em estruturas cerebrais importantes, como o córtex (área usada para atividades como o pensamento abstrato e a instrospecção), e o hipocampo, fundamental para a memória – que pode aumentar de volume e densidade com a prática.

Além disso, a meditação mexe com um eixo do sistema neurológico responsável pela nossa resposta a situações de estresse, ajudando-o a regular a liberação de substâncias que, em excesso, podem ser tóxicas ao organismo – o que costuma deixar o praticante mais tranquilo. Apesar de toda essa atividade, a meditação precisou sair dos templos religiosos onde muita gente tomou conhecimento de sua existência para entrar na literatura científica.

MEDITAÇÃO deixa de ser uma prática meramente espiritual e começa a oferecer benefícios comprovados pela ciência. Estes, podem ajudar no seu dia a dia.

42 outubro 2016

outubro 2016 43

HOSPITAIS ABREM AS PORTAS

Atualmente, o mindfulness, ou atenção plena, que utiliza diferentes técnicas de meditação, é o tipo mais estudado e o mais utilizado nos hospitais. Esse modelo de meditação tem um caráter mais, digamos, laico. Sem vínculo a uma filosofia ou religião específica, ela torna a prática acessível a um número maior de pessoas.

– Não existe certo ou errado, mas o mindfulness deixa a prática mais abrangente. Nesse contexto médico, a meditação não é usada para consertar um problema, como a psicoterapia ou o uso de medicamentos. Ela vem para ajudar as pessoas a lidarem melhor com o conflito – diz o coordenador do Centro Brasileiro de Mindfulness e Promoção da Saúde, Marcelo Demarzo.

Segundo Demarzo, o objetivo do uso do mindfulness como terapia complementar não é, por exemplo, diminuir a intensidade de uma dor – embora haja registros de casos em que isso ocorreu. A ideia é melhorar outros pontos do paciente que estão relacionados àquele quadro, como a culpa e a catastrofização (ato de esperar pelo pior, que aumenta o nível de ansiedade), entre outros. Em resumo, é melhorar a saúde mental de quem passa por um problema físico.

No Brasil, pelo menos seis hospitais – cinco deles em São Paulo e dois deles vinculados a universidades –, utilizam ou recomendam técnicas de meditação a pacientes. Um deles é o Albert Einstein, onde a meditação faz parte de um núcleo de terapias integrativas, do núcleo de oncologia e hematologia da instituição. As terapias integrativas – que incluem, além de técnicas de mindfulness e relaxamento, movimentos de yoga – podem ser utilizadas por qualquer paciente, mas só estão incluídas nos tratamentos oncológicos. Nesses casos, as pessoas internadas recebem, de duas a três vezes por semana, a visita de terapeutas que ajudam a guiar uma prática meditativa.

– Na literatura médica, já sabemos que o uso dessas terapias pode oferecer 50% de melhora em quadros como ansiedade, dor, náuseas e vômitos. Muitos pacientes dormem durante a prática. Mas, para nós, isso também é um fator importante, porque às vezes tudo que ele precisa é um momento de desprendimento. O estresse cria um ambiente favorável para metástases e agravamento de quadros – explica Denise Tiemi Noguchi, especialista em oncologia pediátrica.

O hospital paulista trabalha com a terapia complementar desde 2012. Até agora, quase 10 mil pacientes já receberam esse tipo de atendimento. O principal avanço, segundo a oncologista, é a melhora do bem-estar dos pacientes que topam praticar a meditação.

“ESTAMOS PERCEBENDO MUDANÇAS. O MINDFULNESS AJUDA EMPODERAR” Vivían Vargas

44 outubro 2016

Foto: Júlio Cordeiro / Agencia RBS

MINDFULNESS GANHA ESPAÇO

CONTRA O CIGARRO Já no Hospital do Câncer do Mãe de Deus, em Porto Alegre, a meditação não ocorre dentro das dependências do hospital. Mas, segundo o oncologista Stephen Stephani, que coordena as atividades, a prática é recomendada a alguns pacientes em casos pontuais.

– Ainda é uma minoria que a utiliza, normalmente pessoas que já tinham tido algum contato com a prática. Há algum tempo, sabíamos que poderia ser útil nos tratamentos, mas tem ficado mais evidente nos últimos dois anos. A partir de algumas semanas, pode ajudar na diminuição da fadiga, na melhora de sintomas depressivos e também no desempenho clínico do paciente – conta.

Conforme Stephani, a meditação não altera a estratégia terapêutica traçada para os pacientes – como as sessões de quimio e radioterapia. Ele acredita que o principal ganho é ajudar as pessoas a lidarem melhor com suas emoções e diminuir o estresse, fatores que podem vir a modificar o desfecho de alguns quadros. A meditação como terapia complementar pode não operar milagres, mas também não põe nada a perder, já que o método é quase sem contraindicações: somente pacientes com esquizofrenia, quadros de ansiedade ou depressão severos devem evitar a prática, especialmente por conta própria. O ideal é discutir com um terapeuta a viabilidade e o melhor momento para começar.

Que deixar de fumar não é fácil, muita gente já descobriu por conta própria.

O que os pesquisadores estudam, atualmente, é como a meditação pode ser uma aliada para evitar as frequentes recaídas de quem encara a luta contra o tabaco.

Em fase de conclusão, uma pesquisa do Centro Brasileiro de Pesquisa e Formação em Prevenção de Recaídas Baseado em Mindfulness (MBRP), vinculado à Universidade Federal de São Paulo (Unifesp), convidou um grupo de tabagistas a incluírem na sua rotina práticas de mindfulness, enquanto outro tentava parar de fumar sem meditar. Os primeiros indícios são animadores: quem iniciou a prática, no geral, teve mais facilidade para se manter na decisão de abandonar o vício.

“Estamos percebendo mudanças boas.

O mindfulness ajuda a empoderar a pessoa, porque quem pratica aprende a lidar com o desconforto, começa a perceber as coisas que realmente precisa e quais são os gatilhos que a fazem voltar ao vício”, explica a psicóloga Víviam Vargas de Barros.

A tendência é de que o estudo vá ao encontro do que já foi constatado em pesquisas no Exterior. Uma parceria da Universidade de Tecnologia do Texas com a Universidade do Oregon, que fez um teste parecido com 27 fumantes, mostrou que, mesmo aqueles que não pretendiam abandonar o vício, mas incluíram o mindfulness na rotina, diminuíram o número de cigarros.

O grupo brasileiro, composto por nove pesquisadores, também tem pesquisas em andamento com usuários de outras substâncias, como benzodiazepínicos, e poliusuários (que utilizam álcool e outras substâncias), além de terem pesquisas sobre o uso de mindfulness por familiares de dependentes químicos. A ideia é que, no futuro, a prática – que quase não tem gastos – possa ser disseminada no sistema de saúde pública.

CLAUDIO Senna Venzke (no centro), coordena um grupo de meditação na Universidade do Vale do Rio dos Sinos. outubro 2016 45

COM AJUDA DO SMARTPHONE Ele não dá sossego para quase ninguém, mas há quem use o smartphone, acredite, para relaxar. Multiplicados nos últimos anos, aplicativos que ajudam a meditar estão cada vez mais populares – alguns dos mais conhecidos já passaram de 1 milhão de downloads – e podem, de fato, ser uma ferramenta eficaz para quem quer aprender a prática, mas não sabe por onde começar.

– Esses aplicativos são interessantes como um auxílio, porque a técnica da meditação, de modo geral, é simples – avalia o professor Claudio Senna Venzke, coordenador do grupo de meditação da Unisinos.

De um jeito ou de outro, normalmente em inglês, os apps sugerem pausas diárias a partir de um minuto (alguns já começam com programas mais longos, de 10 minutos) e guiam o usuário durante a prática. Como a base da meditação inclui algumas técnicas de respiração e a difícil missão de libertar seus pensamentos, o que a ¿voz¿ dos apps faz é ajudar a reservar aquele momento do dia para a pausa e dar algumas coordenadas. Alguns ainda utilizam recursos como sons e imagens para o relaxamento guiado. As vertentes são as mais diversas.

Há opções gratuitas e pagas – mesmo essas versões costumam ter módulos grátis. Enquanto, em geral, fica a cargo do usuário ¿calar¿ o celular na hora da meditação, alguns apps têm a opção de desativar automaticamente as notificações durante a prática. Se as facilidades servem de estímulo para quem se interessa pelo tema baixar os aplicativos, por outro lado, apenas tê-los instalados no smartphone não é garantia de uso. E persistir, quando o assunto é meditação, é fundamental para sentir os benefícios da prática a longo prazo. – O mais importante é a regularidade com que se pratica – destaca Venzke.

O SMARTPHONE pode ajudar na hora de meditar. Há dezenas de opções gratuitas nas principais lojas de aplicativos dos sistemas operacionais.

Cláudio Senna

46 outubro 2016

Vontade de começar não faltava, mas foi só depois de saber, por uma amiga, que podia meditar com o auxílio de um aplicativo de smartphone – e não em grupos, opção que o deixava pouco à vontade – que o designer Victor Dutra, 30 anos, resolveu dar o primeiro passo.

Meses atrás, tão logo instalou o programa no celular, sentou-se de pernas cruzadas, com as mãos sobre as pernas e deu o play. Veio a primeira decepção.

– Sempre recomendam essa posição, mas, para mim, não funciona. Tentei da primeira vez e achei desconfortável – conta.

Só depois de migrar para um poltrona, onde posicionou-se confortavelmente, conseguiu prestar atenção nas orientações do aplicativo Headspace, que guia práticas de 10 minutos em inglês. Os primeiros não foram tão fáceis: qualquer pequena interferência externa parecia roubar-lhe a atenção. Mas Victor resolveu tentar ir mais longe. Ao final das 10 sessões gratuitas, já tinha incorporado a prática na rotina, todas as noites, antes de dormir.

Os sons ao redor já não tiravam tanto sua atenção. E o principal: a insônia que lhe permitia cerca de quatro horas de sono por noite cedeu ao relaxamento alcançado durante a meditação.

– Me ajudou muito, porque eu ficava com pensamento ativo antes do sono. Hoje, consigo dormir sete, oito horas. Acho que foi um reflexo da meditação – comemora o designer.

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“A TÉCNICA DA MEDITAÇÃO EM GERAL É SIMPLES”

MEDITAÇÃO PARA CONTER A INSÔNIA

PUBLICIDADE outubro 2016 47

ótica cotidiana

Literatura introspectiva Organize suas reflexões com crônicas do cotidiano Vinicius Gericó Fotos: Freepik oticacotidiana@revistaumbrella.com.br

OS GAROTOS E A CHUVA De repente, garotos veem no céu indícios de que irá chover.

O do sertão, que escuta diariamente que a chuva é a possibilidade de comer, de ir à escola e de vencer as injustiças e o contínuo estado de opressão, instantaneamente, tem um sorriso desenhado no rosto. Embora não entenda bem o significado de cada uma destas palavras, não perde a esperança de que elas signifiquem uma melhora de vida e condição no mundo.

De outro lugar, um deles deseja que chova para que possa ficar em casa no frio, aquecido por uma camada de lençóis, dormindo. E no rosto, um sorriso aconchegante e despretensioso.

Um outro garoto consegue ver na janela as gotículas de água e deseja tomar um banho de chuva, porque viu na TV. E no seu rosto, um sorriso de alguém que sonha, conhece e experimenta a fantasia.

Na sala de aula, outro garoto deseja estrear o seu guarda-chuva novo. Justamente porque venceu o medo que teve um dia da chuva, ao lembrar de que ela havia levado alguém que amava. Estava em paz, após superar sentimentos tão seus. No seu rosto, um sorriso de orgulho e de heroísmo.

Avistado do lado de fora caminhando na calçada, outro garoto percorre o seu caminho preocupando-se com a sua casa e com os seus pais que estão fora dela.

No seu rosto, o sorriso apagado e a expressão da angústia.

Sem qualquer proteção, o garoto morador de rua invisível todos os dias nos cantos da cidade, no momento da chuva, deseja apenas um abrigo e um pouco do que cada garoto quer. No canto de um viaduto, com odores impuros, em seu rosto: o sorriso de quem deseja que alguém o enxergue e que possa oferecê-lo uma vida melhor ou pelo menos com dias de sol.

48 outubro 2016

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50 outubro 2016

O PARAÍSO DO HAMSTER

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De longe observo o hamster percorrer suas estradas imaginárias num grande globo, girando e girando. Talvez nem perceba que está sempre indo e voltando aos mesmos pontos espontaneamente.

De perto observo quantos de nós vivemos como um hamster, em mundos paralelos ou reais, girando e girando. Passeando ou trilhando caminhos. Dando passos, por longos espaços, em busca da mesma placa imaginária indicando a felicidade, um rumo ou mesmo uma ideia de paraíso.

O que viria a ser o paraíso? Algo carregado de significados pessoais? De certo, o paraíso tende a ser mais a materialização de vontades ou crenças pessoais, do que um pasto verde refletindo a paz de espírito num silêncio contínuo e tedioso.

O paraíso pode ser apenas o sonhar sem materializar. Por vezes, o sentido está justamente nesses processos de buscas, autoconhecimento, reflexão e das realizações esporádicas, alinhadas a algo maior -- que nem sempre nos damos conta do que seja. É um processo longo e complexo, nada é tão fácil. Talvez o paraíso não seja tão calmo como ilusoriamente cremos nos momentos de encarar o desconhecido e a infelicidade.

Embora a ideia de paraíso tenda sempre a frustrar quando o globo gira, imagina-se que sem ela não seja possível existir em totalidade. O seu paraíso, felicidade ou rumo na vida será de acordo com o tamanho do seu espírito. Cabe talvez, nas condições reais da vida, requalificar o sonho ou caminho a seguir.

Alinhando-se com os giros que estamos dando no globo. Porque tendemos, de um modo ou outro, evoluir. Tendemos a explorar o globo.

O hamster percorre o mesmo caminho que outros seres numa proporção mais (in)justa ao seu tamanho e tempo de vida. Às vezes ele para e deve se perguntar o que está fazendo ou o porquê continuar. Talvez ele entenda que esta parada não é definitiva e tampouco representará a sua desistência. Parar não significa renunciar.

De qualquer sorte e com reflexões espontâneas ou não, lá se vai o hamster mais uma vez correr pelo globo dos loucos atrás de alguma coisa que faça valer o seu esforço, ao menos para registrar sua passagem. Alguns devem somente gastar energias, como muitos humanos. Outros procuram sentido numa repetição tão previsível e tão singular a quem está girando e girando.

A verdade é que pouco importa a velocidade. O globo está girando e girando, tudo está girando e girando. Quanto mais você penetra no seu interior, quanto mais se descobre coisas, se questiona e o seus olhos veem uma estrada maior, o globo cresce absurdamente. Nada para por completo. Estamos sempre girando e girando (in)voluntariamente. É inerente, é vital.

outubro 2016 51

soluções

Organize a casa em 15 minutos Acabe com a bagunça mesmo em períodos em que o tempo é curto e as atividades se multiplicam

Casa e Jardim Foto: Almeida Design solucoes@revistaumbrella.com.br

Sabemos o quão difícil é ter tempo e disposição para dar aquela geral na casa. Mas nem tudo está perdido! Com a ajuda de três personal organizers, separamos dicas para você arrumar tudo gastando apenas 15 minutos por dia. Testamos e funcionou.

Seja tempo, disposição, filhos ou rotina, a verdade é que quase todo mundo tem um bom motivo para não conseguir arrumar a casa diariamente. Se você não tem alguém que faça a limpeza e organização por você, fica complicado até saber por onde começar. Por isso, separamos as dicas de Priscila Sabóia e Ivana Portella, fundadoras do Seja Personal Organizer e Juliana Faria, profissional da YRU Organizer, para mostrar que é possível manter a ordem na casa gastanto apenas 15 minutos por dia.

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UM CÔMODO DE CADA VEZ Divida a limpeza da casa por cômodo e por dia e faça uma lista de tarefas para saber o que deve ser feito em cada lugar.

“Programe cada dia da semana para uma coisa diferente, por exemplo: duas vezes na semana você tira esses 15 minutos pra varrer a casa e juntar a bagunça espalhada, uma vez por semana você tira pra dar jeitinho no banheiro e no quarto, uma vez por semana você dá um trato na cozinha”, Priscila sugere.

52 outubro 2016

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TIRAR O PÓ + PASSAR UM PANO + SEPARAR O QUE ESTÁ FORA DE LUGAR Na arrumação da casa, pequenas mudanças surtem grandes efeitos. Em todos os cômodos, tirar o pó e passar um pano úmido já faz uma grande diferença. Se a bagunça for muito grande, coloque em uma sacola tudo o que está fora do lugar. Quando tiver mais tempo, vá guardando item por item.

No banheiro, coloque as toalhas para secar e tire o lixo. Na cozinha, lave a louça, limpe a pia, o fogão emantenha os armários em ordem. No quarto, arrume a cama e guarde as roupas e sapatos. Na área de serviço, coloque as roupas sujas na máquina e retire as secas do varal.

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ENCONTRE O MELHOR HORÁRIO Segundo Juliana, os melhores horários são aqueles em que temos mais energia, seja de manhã ou à noite. O ideal é você reservar alguns minutos de manhã e outros da noite e tirar um dia da semana para executar a faxina pesada, apenas fazendo a manutenção nos outros dias. Se acordar cedo é maçante para você, fique com as tardes e as noites. O importante é arrumar a casa de bom humor – dentro do possível, claro.

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DEIXE ISSO PRA LÁ Seja uma pessoa desapegada. “Quanto menos coisas espalhadas pela casa, mais rápida será a limpeza”, aponta Juliana.

Evite ter muitos objetos miúdos e peças decorativas em estantes, mesas de centro e criado mudo. Eles dificultam a limpeza e às vezes tornam o ambiente poluído visualmente. Quanto mais objetos aparentes, maior a sensação de bagunça.

TORNE A TAREFA AGRADÁVEL Coloque uma música animada enquanto faz o trabalho e dê-se uma recompensa depois, como ir fazer as unhas ou encontrar os amigos. Assim, você nem vai sentir o tempo passar. Sem contar que ver a casa arrumada e limpa já é uma recompensa!

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FAÇA DA ROTINA UM HÁBITO Se você sempre guardar as roupas no armário antes de dormir ou se lavar a louça após sujá-la, com o tempo vai passar a fazer isso automaticamente. A prática se tornará um hábito, não uma obrigação. Quanto mais você fizer algo diariamente, mais incluirá a prática na sua rotina.

DIVIDA TAREFAS

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É dever de todos os moradores cuidar da casa. Separe as tarefas com os outros moradores. Se todos se propuserem a ajudar, não há porque a faxina demorar mais do que 15 minutos diários. Se você mora sozinho, abuse dos equipamentos mais eficientes para fazer várias tarefas em menos tempo.

Acredite: é possível manter a casa limpa e arrumada gastando apenas 15 minutos por dia.

outubro 2016 53

inspire-se

Foto: Freepik

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56 outubro 2016