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A SINA DAS MARIONETES

talhados no afeto e perdão.

E enquanto me preparo para a chegada do amor, costuro a hora do encontro, o instante de revelar quem eu sou e de descobrir quem ele é. Enquanto espero, sigo cuidando do amor em mim.

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Não há quem não se encante com a atuação da marionete. É interessante ver algo inerte ganhar vida, causa alegria e entretenimento. Enquanto vimos o espetáculo, não queremos perceber que o movimenta dela é dado por cordões

e que alguém lhe empresta a fala e a expressão.

Marionete não tem voz e nem pensa. não decide nem planeja, não tem vontade nem sonha, Não tem liberdade de ação.

Ela segue obediente o script. E quando o show termina e o público se dispersa, é exilada no escuro de uma gaveta.

Ali, esquecida de quem é, não tem voz para gritar nem pernas para fugir ou mãos para se desvencilhar. Não sabe que tem vida própria. Lá permanece, descansando até ser arrastada a mais uma performance.

Um dia, quando corroída a madeira e os traços do rosto, será descartada para sempre, sem vida. Os cordões retirados, para prender outra marionete mais leve e nova, mais fácil de manipular.

As marionetes não sabem que sofrem de letargia, pelo controle e tirania

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