IBF Florestas - Jornal DCI

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TERÇA-FEIRA, 10 DE MARÇO DE 2015 G DIÁRIO COMÉRCIO INDÚSTRIA & SERVIÇOS

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São Paulo Programa que capacita prisioneiros de S. Paulo para produção de mudas passa a colaborar com o Plante Árvore, que prevê o plantio de 80 espécies nas áreas do Cantareira e do rio Jundiaí-Mirim

Projeto de produção de mudas por detentos apoia plantio no Cantareira DIVULGAÇÃO

PONTO A PONTO

MEIO AMBIENTE

1. Espécies nativas. O projeto realizará o plantio de 80 espécies nas regiões desmatadas com metodologia pioneira no País, através de mudas armazenadas em recipientes fabricados com materiais recicláveis.

Beatriz Peixoto São Paulo beatrizp@dci.com.br G O projeto Semear, que capacita detentos de São Paulo para produção de mudas, apoia o Plante Árvore, programa que prevê o plantio de 80 espécies nativas nas áreas desmatadas do Sistema Cantareira e do rio Jundiaí-Mirim, consideradas prioritárias para o combate à crise hídrica no estado. Ambos os programas são iniciativas do Instituto Brasileiro de Florestas (IBF). Segundo o diretor presidente da organização, Solano Martins Aquino, parte das mudas compradas no projeto Plante Árvore é produzida dentro do sistema carcerário. “O trabalho de envolvimento dos presídios teve início este ano. É fundamental a participação de órgãos públicos em iniciativas como essa”. O Semear tem parceria com o Tribunal de Justiça de São Paulo e conta com modelo instalado na Penitenciária Compacta de Dracena, na macrorregião de Presidente Prudente, interior do estado.

Plantio no Cantareira Aquino afirma que o projeto Plante Árvore realizará o plantio de espécies na região do Sistema Cantareira com metodologia pioneira no País para a restauração, que respeita critérios da dinâmica de sucessão ecológica e condições específicas do local escolhido. “A ideia é manter a diversidade e aproximar o macrobioma de sua vegetação e condições originais.” Segundo Aquino, o programa utiliza mudas armazenadas em tabletes – recipientes fabricados com materiais recicláveis. “Elas têm excelente

2. Preservação. A restauração florestal da mata atlântica será feita no Sistema Cantareira e no rio Jundiaí-Mirim. Também está previsto o plantio de matas ciliares em beiras de rios, córregos e afluentes. 3. Destaque. O projeto auxilia os proprietários rurais a regularizar a situação de suas terras no Cadastro Ambiental Rural, através do auxílio técnico do programa e da iniciativa privada.

O programa irá restaurar a mata atlântica na região do Cantareira

qualidade e capacidade de rápido desenvolvimento.”

Densidade populacional O Plante Árvore começou em 2006 em âmbito nacional. Segundo Aquino, o programa foi reestruturado após o início da crise, com foco principal nas cidades de Jundiaí e Mairiporã. “O projeto não era regional, eram iniciativas isoladas. Porém, no ano passado, tivemos

Nota Fiscal de Ribeirão pode ser emitida por celular TECNOLOGIA Bete Cervi Ribeirão Preto bete.cervi@dci.com.br G A Secretaria de Fazenda de Ribeirão Preto colocou à disposição dos consumidores a emissão de notas fiscais eletrônicas por smartphones e tablets. A nova ferramenta permite que qualquer prestador de serviço da cidade, profissional autônomo ou liberal, emita a nota fiscal pelo serviço prestado na hora, sem qualquer complicação ou burocracia. De acordo com Cássio de Mello Marques, fiscal

fazendário da prefeitura, testes evidenciaram que a emissão para pessoa física, constando apenas o CPF, pode ser feita em menos de 30 segundos, quando se utiliza uma boa conexão. “A emissão apenas com o CPF já permite a participação do programa “Nota Ribeirãopretana”, que no final do ano sorteará um carro no valor de R$ 70 mil”, adiantou Cássio. A Nota Fiscal Ribeirãopretana é um programa de estímulo à cidadania, que gera créditos e direito a sorteio de prêmios em dinheiro aos cidadãos que solicitarem a nota fiscal de serviços. Toda pessoa física, portador de CPF, residente em qualquer município e condomínios comerciais regular-

muitos pedidos de empresas parceiras do programa, devido à emergência da crise em relação ao problema da densidade populacional nesses locais”. Além da restauração florestal da mata atlântica no Sistema Cantareira e do rio Jundiaí-Mirim, está previsto o plantio de matas ciliares em beiras de rios, córregos e afluentes, para proteger os recursos hídricos da Grande São

mente cadastrados em Ribeirão Preto podem participar do programa. Para fazer uso do benefício não se pode estar em débito com o município. O cadastro deve ser feito pelo portal da prefeitura – www. ribeiraopreto.sp.gov.br – no banner Nota Ribeirãopretana. O cidadão poderá solicitar a nota em escolas, faculdades, cursos de línguas, cursos preparatórios para vestibulares e concursos, academias de ginástica, dança e natação, cinema, boliches, cabeleireiros, centros de estética, hotéis, oficinas de consertos, empresas de instalação e manutenção em geral, serviços de pet shop e muitos outros serviços. Também deverá pedir para médicos, dentistas, arquitetos, engenheiros, fisioterapeutas, psicólogos, jardineiros, pedreiros, paisagistas, decoradores, eletricistas e demais profissionais autônomos.

Paulo e Região Metropolitana da capital. “O plantio na beira de rios melhora a qualidade da água e da vegetação e possibilita a recarga dos mananciais. O retorno também se dá no fluxo da chuva, mesmo que a níveis locais”, afirma Aquino. A quantidade de mudas nativas fomentadas no País pelo projeto foi de 20 milhões. Desses, 25% estão sendo destinados ao Estado de São Paulo – um total de 5 milhões de mudas. “A maior preocupação são as áreas degradadas. A restauração pode levar mais de 50 anos. É preciso intervenção nessas áreas abandonadas”, afirma o diretor do instituto.

Pa rc e r i as O programa conta com a participação de prefeituras, que participam através da indicação de áreas que podem rece-

ber o projeto. “O instituto fica responsável pela parte técnica, fomento, manutenção das florestas e capacitação dos coletores da região para a produção em viveiros e identificação de árvores. O plantio é feito por voluntários ou por equipes terceirizadas. Já as empresas parceiras entram com aporte financeiro para obtenção das mudas”, diz Aquino.

Propriedade rural Segundo o diretor, 90% da demanda por plantio em áreas degradadas em margens de rios vêm das áreas rurais e agrícolas. O projeto, explica o diretor, visa regularizar propriedades cadastradas no Cadastro Ambiental Rural (CAR) – registro obrigatório para propriedades rurais que integra informações sobre as Áreas de Preservação Permanente (APP). “Com o subsídio, o programa oferece um projeto técnico que possibilita a regularização da propriedade rural.” Os proprietários rurais cadastrados ficam responsáveis pela realização do plantio. “O IBF oferece triagem e orientação para o preparo do solo, plantio e manutenção das árvores durante o período de dois anos, e monitoramento por cinco anos. Esses proprietários aderem ao programa voluntariamente.” Pelo programa, as empresas investem na criação das florestas e plantio das mudas e matas ciliares, exonerando o pequeno proprietário rural desses custos no futuro, quando o CAR exigir que cumpram as determinações do Código Florestal. “Muitas vezes, o pequeno proprietário não tem recursos para recuperar as florestas ou as matas ciliares dos córregos que passam por suas propriedades. Através do programa e com a participação da iniciativa privada, isso pode ser feito”, salienta Aquino.

Taquaritinga constrói poço e amplia captação de água ABASTECIMENTO Bete Cervi Região de Ribeirão Preto bete.cervi@dci.com.br G Com investimento de um milhão e meio de reais, a Prefeitura de Taquaritinga, interior de São Paulo, através da autarquia Serviço Autônomo de Água e Esgoto (SAAET), está perfurando um novo poço profundo na cidade. O prazo para operação do sistema é de seis meses, aproximadamente. Com mais 600 metros de profundidade, nível em que atinge o aquífero guarani, e vazão de 250 metros cúbicos

de água por hora, toda a captação estará interligada à rede de água já existente e abastecerá 11 bairros da cidade.

R e s e rvat ó r i o Ao lado do poço, também será construído um reservatório com capacidade de 2 milhões de litros de água, diz o superintendente da autarquia, José Roberto Ferreira. Taquaritinga não sofreu período de racionamento, e hoje possui grande estoque de água em seus reservatórios. “Precisamos muito da ajuda de toda cidade; novos investimentos estão sendo feitos, mas precisamos continuar economizando água” diz Fulvio Zuppani, prefeito da cidade.


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