CONVITE ESPECIAL PASTOR JOSÉ VIEIRA ROCHA CIDADÃO PAULISTANO A Câmara Municipal de São Paulo, por iniciativa do Vereador Atílio Francisco, votou em 06.06.2016, conceder o Título de Cidadão Paulistano ao Pastor José Vieira Rocha, pelos 60 anos vividos na cidade de São Paulo, servindo em diversas frentes de relacionamento humano. A sessão solene, presidida pelo vereador Atílio Francisco e o Culto de Gratidão a Deus, serão realizados dia 27 de agosto de 2016, às 19h30 horas, no Templo da Primeira Igreja Batista do Brás.
EDITORIAL “Depois dos pais, o país, a segunda, a feira...” ou “pra não dizer que não sou carioca-olímpico”
Vital Sousa, editor
Pensar em Brasil é pensar logo em Mia Couto, nosso Antônio Emílio Leite Couto, é um biólogo e sobretudo filósofo moçambicano, que disse: “A maior desgraça de uma nação pobre é que em vez de produzir riqueza, produz ricos”. Meu caro Mia, pior ainda é uma nação rica que produz milhões e milhões de pobres e que seus cidadãos morrem de fome e o crime assassina mais de 150 indivíduos, diariamente.
Vieram me perguntar porquê eu não felicitei os pais, como faço tradicionalmente. Não tive motivação, não senti, não fui sensibilizado a escrever. Mas agora senti tal vontade e mesmo sendo segunda-feira, parabéns, meus amigos, principalmente os que pacientemente me leem, quase todos os dias... vida que segue. Depois que as datas comemorativas ficaram mais comerciais do que sentimentais a graça se diluiu, se perdeu, na maioria de tais comemorações. Mas sem vender nada, parabéns aos atuais pais e aos futuros. “Ser pai é saber que pouco, se torna muito, nos olhos de uma criança” Lu Palace. De pais para país é um pulo, nenhuma letra nova, basta um acento... E quantos e quantos acentos faltam em nossas vidas? Bem na vida do nosso país são tantos que a Operação Lava-Jato é apenas um pingo em um “i”, com dizem.
E hoje estou mais para o Mia que diz: “Vou ser feliz e já volto”. Mia Couto é um dos gênios esquecidos da nossa língua lusófona. Somos todos lusófonos, mesmo sem saber. Somos iludidos, sem saber, roubanos, sem que saibamos, nos matam, sem que saibamos. “A corrupção mata mais do que homicídio” já verbalizou o Deltan Dallagnol. Mas hoje é segunda, ninguém quer nada de segunda, segunda-mão, usado... sem dúvida segunda ainda é melhor que terceira, que quarta, que quinta... de quinta categoria é demais, melhor não ser, nada ser. As pessoas reclamam até de carne de segunda... Mas a segunda nasceu com o sol tropical mostrando que a primavera tá vindo, tá chegando e a energia está no ar! E os atletas nas Olimpíadas que o digam... apesar das crianças reclamarem que não aguentam mais isso e os políticos já terem faturado o que desejavam. Senti um gostinho feliz ao passar defronte ao Parque em Deodoro, tudo congestionado, tudo iluminado, a Vila Militar fechada...
Deodoro que era Vila Militar e mais alguma coisa, agora é o palco das Olimpíadas! No alguma coisa ficava a Fundação, logo o Caetano Veloso versou que “Guadalupe era Fundação”, mas Guadalupe cresceu, se emancipou e ficou bem mais “importante” que Deodoro, as guerras acabaram e a ditadura, também. Coitado de Deodoro, resumiu-se à estação, muitos quartéis desativados e os que ainda funcionam, são com um quadro mínimo, se tudo aquilo virar um grande shopping ninguém vai notar, como seria legal uma “Disneycarioca” naquele lugar, mas ainda é o maior aquartelamento da América Latina com 60 mil homens. Deodoro virou chique, enquanto a sua Guadalupe virou tristeza, com Ricardo, Anchieta e Pavuna, terra do Complexo do Chapadão, ou seja, um Morro do Alemão diferenciado, sem os belos teleféricos. Mas não se pode negar que para todos os bairros do fundo da Zona Norte do Rio de Janeiro as Olimpíadas são uma grande benção com a estrada tão sonhada há mais de 60 anos e que agora liga a região diretamente à Barra da Tijuca. O grande avanço de Campo Grande e Santa Cruz se deu em função dos caminhos para Barra, hoje estima-se que 70% dos empregos dos dois grandes bairros e mais de Bangu e toda região são da Barra... logo a região de Deodoro também será muito beneficiada com a ligação direta. Ainda se espera o autódromo do Rio de Janeiro agora em Deodoro/Guadalupe... lá no Paiol do Exército que uma vez explodiu, e eu ainda moleque tive que sair correndo na madrugada, balas que matam, e que agora continuam matando, por todos os cantos. Do jeito que o Rio avança para zona Oeste , aquele vulcão “adormecido” de Nova Iguaçu, divisa com o Rio de Janeiro em Bangu, vai se tornar a nova sensação,
a nova maior Floresta urbana do mundo, agora com um vulcão, fazendo inveja à Floresta da Tijuca e ao mundo inteiro, já pensou? Só nós temos uma floresta urbana com vulcão! As imagens do Rio de Janeiro bonito é o colírio das Olimpíadas., pra que medalhas? Meu Rio de Janeiro... além de lindo, cheio de novidades. Ver o adestramento de cavalos no Sport TV com o fundo do Maciço do Mendanha e a Serra do Vulcão foi tudo de bom... Feira, é tão amplo, mas logo me lembro da feira da Fundação, da rua Marcos de Macedo, mas atrapalhava a inter-ligação entre os bairros e Avenida Brasil e foi transferida para minha rua... Bétula, nome de flor, 23, para os antigos. Tinha uns dois quilômetros, hoje não tem mais de quinhentos metros, foi acabando... os supermercados, os shoppings, a população aumentou e as feiras foram diminuindo, é o chamado progresso. Além das frutas, legumes e verduras, tinha de tudo na feira. E no final o grande espetáculo, a limpeza, um batalhão de garis com suas vassouras, caminhões pipas com muita água para lavar tudo e a rua ficava novinha, de novo, transformação, porque no final de cada feira parecia até que um vendaval havia passado no lugar. Mas a amplitude da palavra feira, me remete também ao trabalho. Se o trabalho é escrever, vamos às revistas, às campanhas... Nova semana, com os mesmos pais, com o mesmo país, uma nova segunda, uma nova feira... ainda bem.
Uma publicação do grupo Vigiai.net - 15.08.2016 Editor Responsável: Jornalista Vital Sousa, MTB 63.588