PRODUÇÃO
GRÁFICA PORTFÓLIO
VÍTOR SILVA
PRODUÇÃO
GRÁFICA PORTFÓLIO
PASSA A MENSAGEM C.E.M CARTONAGEM S.TIAGO ADALBERTO PANDO BERMA
Nesta gráfica, podemos ver uma sala de impressão, onde os documentos que chegam para ser impressos são finalizados, e ajustados para aquilo que o documento e as máquinas pedem. Nesta sala, possuem também algumas máquinas de impressão, mas digital, onde são tirados trabalhos de pequeno formato ou de menores quantidades. Numa pequena repartição dessa sala, fazem a produção de fotolitos (à base de poliéster por ser mais barato), que são depois usados para a impressão de chapas para offset. A segunda sala, é o lugar onde é feita a produção das chapas, a sua lavagem, e o seu respectivo arquivo, para mais tarde serem usadas caso haja necessidade. No que toca a equipamentos de impressão (não referindo a digital), possuem algumas máquinas Heidelberg, que embora já mais antigas são equipamentos que garantem qualidade nas suas impressões, uma máquina propria para impressão de papel de facturas e guilhotina. Quando passamos para os acabamentos, podem imprimir zincogravura, possuem uma máquina que lhes permite
PASSA A MENSAGEM
colocar nas impressões fitas de cor prata e ouro, outra que dá relevo ao papel, e podem dar também acabamentos de verniz nas máquinas de impressão. Possuem ainda uma máquina de corte, que pode ser ajustada a vários tamanhos e formatos . A “Passa a Mensagem”, foi a gráfica que mais me marcou e “abriu os olhos”, pelo facto de ter sido a primeira que visitamos. Foi a primeira vez que pude observar uma máquina de impressão offset, ainda que não fossem máquinas de grandes tamanhos. Claro que, pelo que foi estudado em aula, já possuía uma noção de como funcionava a impressão offset, mas a teoria é diferente da prática, daí dizer que esta visita foi bastante importante. O que mais me agradou nesta gráfica, e as referências para impressão com que fiquei, foi na impressão digital, de pequenos trabalhos com algum tipo de acabamento, e a impressão em grandes quantidades de etiquetas, autocolantes e pequenas brochuras e desdobráveis.
A Companhia Editora do Minho é uma gráfica bastante conceituada e que inclusive já ganhou alguns prémios a nível nacional. Possuidora de um enorme pavilhão bastante bem equipado com máquinas de impressão, e uma zona de pré impressão que também reúne material de muito boa qualidade, esta gráfica tem os ingredientes necessários para o secesso que já construiu. Na zona de pré impressão, como é habitual, possuem computadores onde os projetos são finalizados, impressoras digitais, não só para este tipo de impressão, mas também para tirar provas de cor para os trabalhos a imprimir, e aquilo que me chamou mais a atenção, que foi o facto de terem scanners onde digitalizam, por exemplo, livros antigos, para a recuperação dos mesmos. À saída da zona de pré-impressão da C.E.M, pude reparar na enorme quantidade de livros que esta tinha exposta pelos corredores e pelas outras salas, e desde aí fui reparando no forte desta gráfica, impressão de trabalhos editoriais, ou seja, muito focada na impressão de livros (o facto de ser a Companhia EDITORA do Minho também ajudou bastante neste raciocínio).
CEM ARTES GRÁFICAS
Na zona das máquinas, ou seja, da impressão propriamente dita, podemos observar quatro máquinas de impressão offset, sendo que uma delas era realmente grande, com cinco corpos de impressão, e por consequência, justificava o tamanho das suas impressões. Claro que estas máquinas nunca têm um tamanho de chapa único, mas têm sempre um mínimo e um máximo. Quando esta máquina offset de maior tamanho foi posta a trabalhar, pude observar que uma folha impressa, continha várias páginas de um livro. Nada que me admirasse, mas a minha dúvida foi se nós, enquanto designers, teríamos de saber como dispor as páginas de um livro para ele ser impresso nos vários tamanhos de impressão offset. Prontamente o Sr. João Paulo me esclareceu, dizendo que apenas temos de mandar o pdf do documento com páginas corridas, que na pré impressão eles tratam desses últimos detalhes.
Para além das máquinas de impressão, possuíam também máquinas de corte, outra máquina de cosedura de cadernos e uma máquina que me chamou muito á atenção, que foi a maquina que finaliza os livros. Nós tivemos a sorte de a ver trabalhar, quando estava a imprimir um exemplar que continha a capa mole, embora na C.E.M. também imprimam em capa dura, mas claro, os custos são diferentes. Achei realmente interessante o facto de apenas entrar o miolo do livro na máquina, respectivamente cosido, e este sair completamente acabado, com a capa colocada, e com o livro devidamente cortado, pronto a embalar.
Com esta visita, fiquei com uma grande referência no que toca a impressão para Editorial, e visto que é uma das área nas quais gostaria de trabalhar no futuro, achei que foi das visitas mais interessantes, e mais enriquecedoras a nível de aprendizagem. Nisso, devo também deixar o agradecimento ao Sr. João Paulo, porque apesar de divagar um pouco para outras conversas se calhar não tão interessantes, conseguiu mostrar, explicar e tirar as dúvidas daquilo que realmente era importante.
CARTONAGEM
S.TIAGO
A cartonagem S. Tiago tem um processo de impressão bastante eficiente, ou seja, a forma como toda a fábrica está disposta, com a produção em “U”, ajuda a que toda esta produção seja mais eficiente, e se poupe esforço e tempo. A matéria prima, ou seja, as folhas de cartão, entrem na empresa com vários tamanhos, algumas com um tamanho impressionantemente grande, de forma a serem moldadas e usadas para conforme a necessidade do projeto. Esta empresa contém várias máquinas, as de impressão flexográfica, uma com apenas um corpo de impressão (normalmente preto), outras máquinas de corte e também de vinco. Como por vezes se torna impossível de imprimir
certos tipos de cartão ou não se consegue colocar certo tipo de moldes nas máquinas de impressão, a Cartonagem S. Tiago consegue imprimir em cartolina o grafismo da embalagem, e depois pelo método de contra-colagem, aplicala no molde da caixa. E falando em moldes, é espantoso ver o número de moldes que esta empresa possuí. Têm moldes universais, ou seja, que são usa-dos por várias marcas, para caixas de custos mais baixos , e estes como é de prever, são muito mas muito mais utilizados que os moldes construídos e desenhados para uma caixa ou embalagem de uma marca especifica.
A visita à cartonagem S. Tiago, foi muito enriquecedora, na medida em que conseguimos ver outro material a imprimir que não o papel. A parte final, onde nos mostraram vários exemplos de packaging impresso naquela empresa, também foi outra realidade que, por minha parte, não tinha imaginado ao fazer a visita à parte das máquinas. Embora tenha gostado e aprendido bastante, e não ter qualquer razão de queixa às explicações que nos foram dadas quanto à parte de impressão e do funcionamento das máquinas, penso que, nos deveriam ter sido dadas mais instruções e informações acerca da parte de pré impressão. Ou seja, como é que nós, enquanto designers gráficos, devemos apresentar ou enviar uma embalagem que queremos fabricar. O packaging, à semelhança do Editorial também é uma área do meu interesse, e gostaria de ter ficado um pouco mais esclarecido quanto a esse ponto.
A Adalberto é uma fábrica que trabalha a impressão de tecidos, através da estamparia, serigrafia, e, ultimamente tem apostado mais na impressão digital desses mesmos tecidos. Quanto à serigrafia, achei interessante ver como eram produzidos os quadros, e tive pena de não poder ver um tecido a ser impresso por um quadro, mas a explicação foi suficiente para perceber o seu funcionamento.
FÁBRICA DE
ADALBERTO No que toca à estampagem, foi igualmente interessante ver as diferenças entre a impressão de uma “simples” folha de papel, para metros e metros de tecido. Os tecidos têm de passar por três fazes, primeiro são estampados, que é quando levam a tinta, depois passam para uma estufa, onde esta tinta seca fixando a cor e sublimando o pigmento, e também é onde o tecido é esticado, e por último, ainda vai para uma máquina de termo-fixagem que serve para dar realce à cor do tecido. Na impressão digital, a impressão dos tecidos é mais rápida, mas em contra-facto, as máquinas, sendo bem mais recentes, também são muito mais caras. Este tipo de impressão, tem que estar acompanhada com uma máquina de testes de cor, e à semelhança da estampagem, depois de impresso, vais também para a máquina térmica para ganhar mais cor.
Uma sala que me chamou bastante à atenção foi a sala das tintas. Nesta sala, a primeira coisa em que reparei e de certa forma comparei, foi a diferença de como as tintas são manobradas. Aqui, fiquei com a impressão que as tintas têm um controlo mais computorizado que nas gráficas anteriormente visitadas. Esta visita, embora também muito necessária, como todas aliás, para mim não foi a mais interessante, e isto deve se apenas ao facto de esta área não ser uma área do meu interesse. Serviu e muito para tirar algumas referências acerca do têxtil, porque apesar de não ser um foco do meu interesse, posso vir um dia a precisar destes conhecimentos, para qualquer outro tipo de trabalho.
A Berma, como centro de impressão digital, oferece-nos uma enorme variedade de formatos de impressão, desde o mais pequeno cartaz ou brochura no mais simples papel, até um expositor em cartão elaborado ao pormenor. Como todas as gráficas, a Berma também nos apresentou a sua sala de pré impressão, onde, para além de nos fornecer os serviços base de pré impressão, têm também a parte criativa, contudo, não de qualquer trabalho. A parte criativa da Berma foca-se no desenho e produção de expositores em cartão, para qualquer tipo de produto. Na zona da impressão, podemos observar que possuem desde as máquinas de impressão para formatos mais “normais” (falo em A4 e A3) até ploters de impressão de grandes formatos. Para além dos grandes formatos em papel e lona, esta empresa mostra-nos também soluções bastante interessan-
tes e sinaléticas por exemplo para supermercados, tal como os anúncios que estavam a ser embalados para o Continente durante a nossa visita. Com a visita à Berma, acho que ganhamos uma enorme referencia não só no que toca à impressão digital, mas sim em impressões de grande formato. Conhecemos uma gráfica onde podemos um dia vir a mandar imprimir um mupie, um outdoor, onde podemos mandar fazer um expositor onde não só o grafismo seja nosso, mas quem sabe até o que nele está exposto. Todas as empresas visitadas ajudaram e muito a começar a construir uma lista de contactos com diferentes opções para o nosso trabalho no futuro. Claro que não nos podemos sujeitar apenas a estas, mas penso que depois destas visitas conseguimos ficar com muito boas referências.
BERMA
Eu achei a visita á Pando particularmente interessante pela enorme variedade de acabamentos que nesta empresa é possível conseguir. Eles dão solução a uma variedade enorme de trabalhos, de muitas áreas de design. Usam a plasticização em polipropileno e polietileno, aplicam vários tipos de vernizes, com os quais conseguem dar alto relevo a zona impressa, e verniz ainda mais brilhante que o habitual. Para além disto, dão também acabamentos em glitter dourado e prateado, este muito usado para publicações infantis e juvenis.
PANDOO
Na Pando, para além de encontramos as máquinas que permitem fazer todos estes acabamentos, encontramos também uma outra que funciona para a abertura de quadros, para a gravação, por exemplo de telas. O que não encontramos, ao contrário de todas as outras empresas, são máquinas digitais. O que vimos nesta empresa, não foi nada que já não conhecêssemos, nem nada que com o que nunca tivéssemos tido contacto, mas esta visita tornou se importante (na minha opinião) a partir do momento em que vimos como estes acabamentos são feitos, e acho que acima de tudo, onde são feitos para grandes quantidades. Penso que com esta visita ficamos com mais um excelente contacto para o nosso futuro profissional.
PRODUÇÃO
GRÁFICA PORTFÓLIO
VÍTOR SILVA 3º ANO DESIGN GRÁFICO IPCA