MANGUEZAL
Bertioga, São Paulo
INSTITUTO
Fonte: Imagem do autor
Faculdade de Arquitetura e Urbanismo
Pontifícia Universidade Católica de Campinas
Vitória Quitério Cappello
Trabalho Final de Gradução
Orientadora: Prof. Dra. Ana Cecília Mattei de Arruda Campos
Banca Avaliadora: Prof. Dra. Maria Beatriz de Camargo Aranha Ma. Camila Motoike Paim
Campinas, 2022
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Fonte: Imagem do autor
AGRADECIMENTOS
Impossível pensar nessa conquista sem agradecer aqueles que estiveram comigo desde o início deste sonho, agradeço primeiramente a minha família por sempre estar ao meu lado independente dos desafios enfrentados durante esses anos de graduação. Agradeço a minha mãe, Valéria, por sempre ter sido um exemplo de superação e caráter; ao meu pai, Artur, por sempre me incentivar a seguir meus sonhos; a minha irmã, Bruna por sempre ser tão parceira e me ajudar a levar a vida de maneira mais leve; e a minha irmã Marília, que sigo como exemplo e admiração por mostrar que batalhar pelos seus sonhos te trazem resultados, e mesmo distante, sempre esteve presente. Vocês foram e sempre serão a minha base! Obrigada por sempre acreditarem em mim!
Agradeço também aqueles que dividiram toda essa loucura que é vivenciar o curso de Arquitetura e Urbanismo, aqueles que tornaram tudo mais divertido, mais leve e fizeram do H14 a minha segunda casa por tantos anos. Tive a oportunidade de vivenciar tantas experiências nesta faculdade, e não me arrependo das escolhas que fiz, foi um privilégio poder conhecer tantas pessoas incríveis. Desde muitas noites viradas, choros, festas, trabalhos, passeios, perrengues e muita risada, a FAU sem vocês não existe. Levo comigo todas essas lembranças eternamente.
Aos meus colegas de equipe, Bruna, Raquel, Stephanie, Tiago e Thaina, que tornaram este ano mais leve, e que compartilharam das mesmas angústias e anseios ao longo desses meses. Vencemos tantos desafios juntos e agora compartilhamos da mesma conquista, o tão esperado diploma!
A minha orientadora, Ana Cecília Mattei de Arruda Campos, que tornou as sextas feiras um momento de trocas com leveza e sensibilidade me movendo a questionar e desenhar, e pensar em maneiras de vencer desafios.
A todos os professores e professoras, que contribuíram na minha jornada durante a faculdade, que me fizeram admirar cada vez mais a profissão e me mostraram diferentes maneiras de refletir.
Terminar esta faculdade foi um grande desafio, apesar de toda a luta e imensurável dedicação, cursar Arquitetura e Urbanismo foi gratificante de diversas formas.
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Fonte: Imagem do autor
PREFÁCIO
Este memorial apresenta-se como um desenvolvimento do projeto do Plano Urbano de Bertioga: A busca pela ressignificação de uma cidade de veraneio, no qual foi elaborado no primeiro semestre de 2022, na Faculdade de Arquitetura e Urbanismo da PUC-Campinas. Sob a orientação da Professora Ana Cecília Mattei de Arruda Campos, a equipe é formada por Bruna Catarina Ludovico, Raquel Ferrari Klemm de Aquino, Stephanie Duarte dos Santos, Thainá Isabela Silva, Tiago Matheu Marques Justa e Vitória Quitério Cappello.
Após a leitura e análise do território de Bertioga, situado no litoral do estado de São Paulo, o plano prevê diretrizes urbanas e ambientais, com foco na conexão de um traçado fragmentado. A partir de propostas que buscam a expansão urbana ordenada, a reestruturação do sistema viário, a requalificação dos espaços e equipamentos públicos, e por fim na manutenção e preservação da vegetação nativa existente, que representa a maior parte do território da cidade.
Dessa forma, o Instituto Manguezal, é proposto a partir da necessidade de reconhecimento e preservação de um ecossistema imprescindível para as dinâmicas naturais e econômicas da região, o Mangue. Localizado na extensão do bairro Jardim Raphael, próximo ao Complexo Residencial de CDHU e às margens do Rio Itapanhaú, um dos principais cursos d’água, o projeto é inserido em um respiro em meio a vegetação densa existente, atuando como um ponto estratégico na proteção e contenção da expansão urbana.
Através de seu programa, o instituto atua como um centro de pesquisa ambiental, tendo como objetivo a proteção e regeneração da fauna e flora dos manguezais, buscando também a conscientização e participação da população neste processo, estando aberto a visitações educacionais. O Instituto Manguezal apresenta-se como apoio à recuperação ambiental, um local de reconhecimento e pertencimento da cultura da comunidade local e um ponto de valorização e fortalecimento da vegetação nativa da região.
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Fonte: LABOMAR
9 ÍNDICE 11 13 15 17 19 21 23 25 27 29 33 39 47 57 59 60 INTRODUÇÃO LEITURA PLANO URBANO DE BERTIOGA SITUAÇÃO ATUAL IMPLANTAÇÃO DE ENTORNO CONCEITO ORIENTAÇÃO SOLAR E SETORIZAÇÃO IMPLANTAÇÃO IMEDIATA PLANTA DE COBERTURA PLANTA TÉRREO PERSPECTIVAS CORTES ELEVAÇÕES SISTEMA E DETALHE CONSTRUTIVO REFERÊNCIAS PROJETUAIS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
INTRODUÇÃO
O município de Bertioga é considerado uma das regiões que apresenta a maior parte de vegetação remanescente de Mata Atlântica preservadas, e com isso possui enorme relevância no contexto ambiental. Localizado no litoral norte do estado de São Paulo, a cidade é delimitada pela exuberante Serra do Mar, que define o funcionamento das dinâmicas naturais da região e influencia diretamente no clima e formação topográfica da mesma. Bertioga está inserida em duas grandes áreas de proteção ambiental, o Parque Estadual da Serra do Mar e o Parque Estadual da Restinga, além de ser banhada por três principais rios: Itapanhaú, Itaguaré e Guaratuba. Estes estão cercados
pelos resquícios de vegetação nativa de mangue, um ecossistema extremamente frágil e fundamental para o funcionamento do ciclo natural da fauna e flora. Dessa forma, vê-se necessário a implementação de um equipamento urbano que sirva de apoio e fiscalização ambiental, de modo a preservar e proteger um elemento natural imprescindível, buscando trazer tal reconhecimento à população local e criar um espaço de aprendizado e permanência.
Em seguida, será compreendido a síntese do processo de leitura e diagnóstico do território atual, o processo de criação e partido do Instituto Manguezal, juntamente com seus desenhos técnicos que demonstram o resultado deste estudo.
Fonte: Foto elaborada pelo autor
LEITURA
INSERÇÃO URBANA BERTIOGA
Base Cartográfica: IBGE. Fonte: Ministério do Transporte, IBGE (2010), Open Street Map (2021) Projeção UTM/23S. Datum horizontal SAD69. Elaborado pela equipe.
O município de Bertioga, local de estudo, conquistou sua autonomia recentemente, em um plebiscito em 1991, sendo considerado uma cidade jovem. Está situado no litoral norte da Baixada Santista, no estado de São Paulo, se encontrando a 114 km da capital do estado, a 200 km de Campinas e 60 km de Santos. É conhecido por ser uma cidade turística litorânea, tendo uma alta taxa de população flutuante de veraneio durante as altas temporadas, no qual resulta em impactos no crescimento do populacional, ocasionando um alto déficit habitacional.
Base Cartográfica: IBGE. Fonte: Ministério do Transporte, IBGE (2010), Open Street Map (2021) Projeção UTM/23S. Datum horizontal SAD69. Elaborado pela equipe.
0 15km 0 7,5km
Como seu traçado urbano foi consolidado no entorno de uma grande rodovia federal, a BR - 101, sua malha se tornou cada vez mais fragmentada e desconexa, aumentando as disparidades sociais visto que a região central carece de infraestrutura pública, viária e de lazer, enquanto o restante da cidade, mas afastado do centro, é formado por condomínios residenciais privados de classe média e alta, com foco na população flutuante.
CONTEXTO AMBIENTAL
0 5km
Bertioga possui uma área urbana reduzida, visto que grande parte de seu território (88%) é ocupado por áreas de preservação ambiental, ou seja, apenas 12% desse território é ocupado ou passível de ocupação. Devido sua grande extensão de áreas verdes, encontra-se diversos tipos de vegetação sendo eles: Mata Atlântica, Restinga, Capoeira e Mangue; que caracterizam a morfologia do território.
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Base Cartográfica: IBGE. Dados: Inventário Florestal Governo do Estado de São Paulo. Mapa elaborado pela equipe.
Reestinga (33%) Mata (48%) Área Urbana (9%) Mangue (4%) Capoeira (6%)
PROJETOS URBANOS 1. MERCADO MUNICIPAL DA PESCA 2. CENTRO DE APOIO AOS PESCADORES ARTESANAIS 3. JARDIM BOTÂNICO DE BERTIOGA 4. COMPLEXO GASTRONÔMICO 5. INSTITUTO MANGUEZAL 6. CONJUNTO HABITACIONAL DO MANGUE Fonte: Google Earth. Alterado pelo autor
PLANO URBANO DE BERTIOGA
Como propostas de diretrizes urbanas do Plano para Bertioga, foi escolhido um recorte na área central, que é considerada a região que mais carece de infraestrutura, além de ser a região que a comunidade mais frequenta. Assim, como premissa do grupo, buscamos requalificar tal recorte visando a conexão do território, além de propostas para toda a extensão da cidade.
O plano é previsto em setores que juntos formam uma rede de intervenções e projetos para a ressignificação do território de veraneio. Para a consolidação do traçado urbano da cidade é colocado o adensamento controlado nos vazios urbanos pré existentes, visando a futura expansão da cidade, garantindo a permeabilidade do traçado.
A partir disso, é proposto a reestruturação do sistema viário, que atualmente encontra-se sobrecarregado com a passagem da BR-101 por toda a extensão da cidade que causa uma barreira urbana, assim na busca de amenizar tal impacto, é proposto a inserção de novos trajetos de ciclovia, e transposições peadonais visando quebrar a barreira da rodovia existente, além de uma rota de
VLT com um novo eixo viário por toda a cidade.
No caráter turístico, que tem extrema importância visto que é a maior fonte de geração de renda da cidade, o grupo implementou como diretriz a revitalização da orla do canal, que apresenta grande fluxo de pessoas por sua localização central e estar situada nos resquícios de um centro histórico. Valorizando assim o turismo educacional pelo Rio e também do reconhecimento da cultura local da pesca que ali reside.
No caráter ambiental, é implementado projetos e equipamentos que se interligam, visando a proteção e preservação dos biomas e vegetação existentes, atuando como agentes fiscalizadores e propagadores de conhecimento, buscando trazer a população para esses espaços. Tais equipamentos são imprescindíveis para a cidade, visto que seu território é 88% ocupado por matas. E assim, o Instituto Manguezal é proposto com um programa com foco na regeneração e proteção da fauna e flora, com um olhar voltado para o Rio Itapanhaú, sendo representado pelo número 5 no mapa ao lado.
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SITUAÇÃO ATUAL
Atualmente, a área de implantação do projeto, situada no bairro Jardim Raphael, consta com o uso de uma Transportadora de Ônibus, o Complexo de Habitação Social CDHU e grandes vazios urbanos rodeados pela vegetação existente próximos às quadras habitacionais. Tais vazios urbanos são recorrentes por todo o território de Bertioga, contribuindo para a fragmentação do tecido.
A partir da proposta de diretrizes do Plano Urbano, tal região será adensada de modo a conectar e fortalecer o traçado urbano, buscando respeitar as barreiras ambientais pré existentes. Com isso a Transportadora será realocada para outra área visto que tal terreno tem grande importância por estar nas limitações do Rio Itapanhaú e em área de preservação ambiental, apresentando resquícios da vegetação de mangue. Assim o projeto do Instituto Manguezal será alocado de maneira estratégica em tal localização.
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LEGENDA 1 2
Fonte: Google Earth. Alterado pelo autor
Quadra habitacional com malha urbana tradicional
Quadra aberta de uso misto com gabarito máximo de 5 pavimentos
Quadra tradicional I (mista)
Nova proposta de quadra com uso habitacional e de pequenos comércios Áreas verdes e praças públicas
IMPLANTAÇÃO DE ENTORNO
A partir das propostas do Plano Urbano de Bertioga, a área escolhida para a inserção do Instituto Manguezal está inserida no limite do Bairro Jardim Raphael. Seu entorno é caracterizado pela nova implantação de tipologias de quadras previstas, que buscam o adensamento ordenado respeitando as limitações ambientais e urbanas existentes. Assim é possível notar, que com as diretrizes propostas a região possui diferentes acessos para o bairro após a rodovia, trazendo a interligação deste território.
Rio
Ciclovia
APP VLT Ponto de ônibus
1 Instituto Manguezal
2 Complexo Habitacional do Mangue
Neste recorte, é visível também outro projeto do Plano Urbano, o Complexo Habitacional do Mangue, que está interligado ao Instituto Manguezal através das vias públicas, ciclovia local proposta e um novo trajeto de linhas de ônibus. Com o alargamento da BR-101, prevendo as marginais, os acessos também se dão por este grande eixo.
Assim, nota-se a localização estratégica do Instituto, que atuará como barreira de expansão urbana, protegendo seu território do entorno, e promovendo a integração da população com tal vegetação a partir de sua implantação com uma grande praça ao redor do Rio Itapanhaú.
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LEGENDA
CONCEITO
O Instituto está inserido numa localização estratégica, tendo proximidade com o Rio Itapanhaú, um dos principais cursos de água da cidade, servindo como proteção e barreira para a expansão urbana em áreas de preservação, que já é presente pelo gigante complexo de CDHU existente. Assim, atuará como um agente fiscalizador de degradação do mangue no território.
Com a proposta de expansão urbana controlada, elaborada pela equipe no Projeto Urbano, o Instituto Manguezal tem enorme importância para trazer pertencimento e conhecimento à população local referente ao ecossistema do Mangue, que está presente na cultura da cidade. Seu programa é pensado de tal forma que possa atrair a população e servir como um centro de pesquisa e monitoramento da fauna e flora dos manguezais.
O projeto é pensado a partir de uma estrutura leve suspensa que busca diminuir o impacto na vegetação existente, trazendo o observador em um nível mais elevado e de apreciação do seu entorno e do Rio Itapanhaú. Dessa maneira, tem como intuito promover a educação ambiental através do contato direto com as atividades do centro de pesquisa, que tem como maior premissa proteção e reprodução natural da fauna e flora que serão retornados ao ecossistema.
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ORIENTAÇÃO SOLAR
1. Setor de Pesquisa e Fiscalização
- Laboratório de reprodução
- Laboratório de Engorda
- Laboratório de Criação de Mudas
- Estufas Temporárias
- Centro de Monitoramento
- Centro de Pesquisa
2. Setor Administrativo - Recepção
- Sala Administrativa e Salas de Reunião - Depósito de Apoio - Vestiários/Banheiros - Depósito de coleta e manejo de resíduos
3. Setor voltado a população -Salas modulares para eventos - Pátio de Exposição - Circuito de visita - Biblioteca - Café
4. Setor de Apoio - Depósito - Banheiros - Ponto de Informação
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SETORIZAÇÃO
IMPLANTAÇÃO IMEDIATA
A implantação do projeto parte do princípio de proteger a vegetação existente, mas relacionando-se com o pré-existente. Assim, o acesso ao Instituto se dá pela marginal da rodovia proposta, além do acesso pela passarela pedonal que faz ligação também com a ciclovia local que interliga a cidade e as novas áreas adensadas. O edifício está inserido em uma grande praça que interliga tanto os acessos da CDHU quanto ao acesso público, buscando trazer o observador para dentro da quadra. Possuindo 3 vagas de estacionamento para ônibus e 10 vagas para automóveis. O terreno possui aproximadamente 3 ha e o projeto tem o total de 3.100m2 de área construída.
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PLANTA DE COBERTURA
O projeto está dividido em 4 blocos, nos quais cada um possui sua respectiva cobertura e inclinação, sendo vedadas com telha metálica termoacústica trapezoidal e vidro. A primeira e maior de todas, a sul do edifício principal, inserida no bloco do centro de pesquisa, possui 5,4% de inclinação no sentido sul e tem alguns recortes de iluminação translúcida a partir do uso da cobertura de vidro, que estão atrelados ao grande pátio de visitação da área de pesquisa.
Em seguida, está inserida a cobertura do bloco 2, no qual está numa área de um grande pátio de exposições. Tal cobertura possui 5% de inclinação, com duas quedas d’água sentido leste e oeste buscando um melhor direcionamento da água captada. Ainda no mesmo edifício, a terceira cobertura tem 5% de inclinação no sentido norte e também apresenta alguns recortes translúcidos para a passagem de luz em corredores de circulação. Por fim, a última cobertura no edifício de apoio, possui 5% e é feita apenas de telha metálica.
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LAB. ENGORDA
PLANTA TÉRREO
A planta do Instituto parte da lógica do seu programa, assim sua setorização está atrelada ao percurso de visitação e separação de usos do Centro de Pesquisa e das áreas públicas. O edifício está alocado na cota 3.6, elevado do terreno, assim seu acesso principal se dá na fachada leste através de uma rampa e uma escada. Neste eixo, está alocado o setor administrativo, com uma recepção para servir como ponto de informações e apoio aos visitantes.
Logo abaixo, sentido sul, está o Centro de Pesquisa voltado para visitações educacionais, no qual se inicia pelos laboratórios de reprodução e engorda que realizam a reprodução controlada de crustáceos, animais nativos do mangue como camarões, lagostas e caranguejos, chegando no laboratório criação de mudas, na qual será utilizado para a criação de mudas do Mangue Vermelho, ideal para o reflorestamento do ecossistema, que deverá ser plantado diretamente no rio. Neste setor há também o Centro de Monitoramento e Fiscalização, um espaço para o mapeamento e acompanhamento de áreas de mangue pela cidade, além de usos de apoio como depósitos de
materiais e manejo de resíduos. Esta área também é acessada por uma rampa de serviços, alocada na fachada oeste, que servirá de apoio para o dia a dia dos trabalhadores e o recebimento e retirada de materiais, possuindo uma doca para carga e descarga de caminhões. No centro do edifício, no eixo leste - oeste, é inserido um grande pátio mirante, que pode ser usado para exposições abertas quanto servir como um espaço de permanência visto que é pensado como um eixo de valorização da vegetação de entorno e o rio, através de um deck de observação. Ao norte, está alocado os usos públicos voltados à população, com um café, salas modulares para eventos que se integram nos ambientes e uma biblioteca. E por fim, um bloco solto, também na cota 3.6, o edifício de apoio, que serve para auxiliar o Centro de Pesquisa, visto que as mudas e animais criados em laboratórios serão inseridos novamente ao ecossistema do mangue, e este edifício está estrategicamente localizado próximo ao Rio Itapanhaú para facilitar nesse transporte e replantio.
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Vista externa da nascente do Rio Itapanhaú em relação ao Instituto Manguezal.
Vista do Laboratório de Reprodução
Vista do Laboratório de Engorda e o eixo de acesso com espaço para visitação e observação
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Vista das Salas de Eventos modulares, possibilitando a integração com o pátio e o café.
Vista do eixo Leste - Oeste, com visão para a vegetação nativa existente, sendo um espaço mirante.
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Vista do acesso principal ao Instituto pela fachada leste.
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CORTE AA
39
CORTE BB
41
CORTE CC
43
Vista do acesso via fachada Norte, com inteligação do edifício de apoio.
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ELEVAÇÃO NORTE
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ELEVAÇÃO SUL
49
ELEVAÇÃO LESTE
ELEVAÇÃO OESTE
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Buscando um sistema estruturual e de me- nor impacto ecológico, o projeto é feto a partir dos seguintes elementos:
- Estrutura de Madeira Laminada Colada (MLC), considerada indicada para o uso sustentável na construção civil.
- Paredes em tijolo de barro tradicional, janelas e portas com esquadrias metálicas e vedações de vidro;
TELHA METÁLICA TERMOACÚSTICA TRAPEZOIDAL + CALHA + RUFO + FORRO
CAIBROS E TERÇAS DE MLC
VIGAS + PILARES DE MLC + FUNDAÇÃO DE CONCRETO
SISTEMA CONSTRUTIVO
Telha Metálica i = 5%
Rufo Metálico Termoacústica Trapezoidal
Barrote MLC
Viga MLC 15x50cm
Janela com caixilho metálico
Parede de alvenaria Placa cimentícia Concreto com cinasita Assoalho de madeira
Cantoneira metálica
Viga de MLC 15x40x15cm
Pilar de MLC 15x15cm
Aparelho metálico
Argamassa (graute)
Pescoço de concreto
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DETALHE CONSTRUTIVO
REFERÊNCIAS PROJETUAIS
MORADIAS INFANTIS - Alph Zero e Rosenbaum
Fonte: ArchDaily
ESCOLA VERA CRUZ – ENSINO FUNDAMENTAL – PAVILHÃO ARTES -
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Base Urbana, Pessoa Arquitetos e Kipnis Arquitetos Associados
Fonte: Foto Pedro Vannucchi
RESIDÊNCIA EM PRUMIRIM - Bruno Rossi Arquitetos
Fonte: Foto André Scarpa
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Mangues da Amazonia. Disponivel em : <https://manguesdaamazonia.org.br> Acesso em: 20 Out. 2022
Áreas de manguezal viram tanques de aquicultura de camarão. Disponível em: < https://ambientes.ambientebrasil.com. br/natural/artigos/areas_de_manguezal_viram_tanques_de_ aquicultura_de_camarao.html> Acesso em: 20 Out. 2022.
Prefeitura de Bertioga. Disponível em: <http://www.bertioga.sp.gov.br> Acesso em: 25 Nov. 2022
Reserva da Biosfera do Cinturão Verde da Cidade de São Paulo. RBRBRede Brasileira de Reservas da Biosfera. Disponível em: <https://reservasdabiosfera.org.br/reserva/rb-cinturao-verde/>. Acesso em: 28 Nov. 2022.
LABOMAR. Recuperção de mangue pode ajudar na retirada de carbono do ar. Disponível em: <https://labomar.ufc.br/pt/recuperacao-de-mangue-pode-ajudar-na-retirada-de-carbono-do-ar/> Acesso em: 28 Nov. 2022.
ITA CONSTRUTORA. CADERNO DE DETALHES CONSTRUTIVOS, MADEIRA LAMINADA COLADA (MLC) DE EUCALIPTO. São Paulo, 2019.
REWOOD. CADERNO DE DETALHES CONSTRUTIVOS, MADEIRA LAMINADA COLADA (MLC). São Paulo.
GAUZIN-MULLER, Dominique. MARTINS, Alberto. WISNIK, Guilherme. Madeira como estrutura. A história da ITA. São Paulo
TALAMONI, Ana Carolina. B. PINHEIRO, Marcelo A. A. Educação Ambiental Sobre Manguezais. 1a Ed. São Vicente, 2018
SOUZA, Roberto Sakamoto Rezende de. O papel da legislação e das instituições para a conservação das diversidades ambiental e cultural na Baixada Santista. / Roberto Sakamoto Rezende de Souza; orientador Dr. Fábio Mariz Gonçalves. -- São Paulo, 2018
MENEZES, G. V. Recuperação de manguezais: um estudo de caso na Baixada Santista, Estado de São Paulo, Brasil. Tese (Doutorado em Oceanografia Biológica) — Instituo Oceanográfico, Universidade São Paulo, São Paulo. 1999.
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TRABALHO FINAL DE GRADUAÇÃO 2022